Projetos de Navio - Final

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UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Engenharias da Mobilidade Disciplina: Projetos de Navio I Projeto Preliminar de um Navio Porta Container Classe Panamax EQUIPE Maria Eduarda Felippe Chame Pedro Paludetto S. P. Lopes PROFESSORES Ricardo Aurélio Quinhões Pinto Luíz Eduardo Bueno Minioli Fevereiro/2014

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Centro de Engenharias da Mobilidade Disciplina: Projetos de Navio I

Projeto Preliminar de um Navio Porta

Container Classe Panamax

EQUIPE

Maria Eduarda Felippe Chame

Pedro Paludetto S. P. Lopes

PROFESSORES

Ricardo Aurélio Quinhões Pinto

Luíz Eduardo Bueno Minioli

Fevereiro/2014

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Projeto Preliminar de um Navio Porta Container Classe Panamax

SUMÁRIO

RESUMO ________________________________________________ Erro! Indicador não definido.

1 Introdução ____________________________________________________________________ 3

2 Tabela de dados _______________________________________________________________ 3

3 Navios Semelhantes____________________________________ Erro! Indicador não definido.

4 Metodologia __________________________________________________________________ 7

5 Estimativa do Comprimento _____________________________________________________ 10

6 Estimativa do Fundo Duplo _____________________________________________________ 11

7 Estimativa LWT e DWT ________________________________________________________ 20

7.1 LWT ________________________________________________________________________ 20

7.2 DWT: _______________________________________________________________________ 22

8 Estabilidade _________________________________________________________________ 25

9 Estimativa da Propulsão ________________________________________________________ 17

10 Método ______________________________________________ Erro! Indicador não definido.

11 Definição do Problema __________________________________ Erro! Indicador não definido.

12 Estudo de Viabilidade Econômica ________________________________________________ 29

13 Determinação das Dimensões Principais ___________________ Erro! Indicador não definido.

14 Arranjo _____________________________________________________________________ 13

14.1 Guindastes: .............................................................................................................. 14

15 Conclusão ___________________________________________________________________ 30

16 Bibliografia __________________________________________________________________ 33

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OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo desenvolver o projeto preliminar de uma

embarcação do tipo porta contêiner classe Panamax. O desenvolvimento deste

artigo deve conter dados suficientes para que o armador análise a viabilidade de

avançar no projeto dessa embarcação.

Dados importantes para a tomada de decisão são as dimensões principais, carga

máxima transportada, análise da estabilidade e estimativa sobre os custos e receitas

do navio porta contêiner.

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1 INTRODUÇÃO

No Brasil a movimentação de contêineres vem crescendo a cada ano, em 2011 a movimentação chegou em 5,2 milhões de TEUs. A estimativa é que em 2012 esse volume chegue a 14,7 milhões de TEUS.O Porto de Shangai em 2010 se tornou o porto com maior movimentação de TEUs do mundo, ultrapassando Cingapura, e em 2012 chegou a marca de 7,5 milhões de TEUs apenas no primeiro trimestre do ano.

Em 2005 o porto de Hong Kong aparecia em 2º porto de maior movimentação de container perdendo apenas para Cingapura, em 2010 o porto também foi passado pelo Porto de Shangai. O Porto de Busan aparece como 5º porto de maior movimentação em 2011 chegando em 16,17 milhões de TEUs.

Tabela do ranking mundial de volume de carga em milhões de TEUs

Embarcações do tipo porta contêineres realizam transportes regulares entre portos pré-estabelecidos com velocidade de serviço relativamente alta, cerca de 22 nós, seu arranjo é caracterizado por ter uma superestrutura localizada à popa da embarcação, para melhor utilização do espaço onde as cargas serão alocadas e seu shape delgado. Podendo armazenar contêineres externa e internamente, em alguns casos. Esse tipo de embarcação necessita que todos os requisitos de estabilidade sejam cumpridos.

O armador solicitou que a embarcação fosse projetada para atender a rota descrita no fluxograma a seguir.

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Para a simulação da rota foi utilizado um software on-line encontrado no site sea-distances.com.

Outro requisito do armador foi quanto a classe da embarcação, a qual deve ser projetada a fim de atender a classe Panamax. O termo “panamax” é definido como as máximas dimensões necessárias para cruzar o canal do Panamá.

Navio full-container Panamax Sea Land Maersk passando rente ao canal.

Busan

Hong Kong 1140 milhas 2,3 dias no mar 1,5 diais no porto

Shangay 845 milhas 1,7 dias no mar 1,5 dias no porto

Rio de Janeiro 12856 milhas 25,5 dias no mar 1,5 dias no porto

Santos 210 milhas 0,4 dias no mar 1,5 dias no porto

Paranaguá 155 milhas 0,4 dias no mar 1,5 dias no porto

Itajaí 149 milhas 0,3 dias no mar 1,5 dia no porto

Rio Grande 347 milhas 1 dia no mar 0 dias atracado

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O canal do Panamá foi oficialmente inaugurado no dia 15 de agosto de 1914, e é considerado até hoje a maior obra de engenharia do mundo e ficará atrás apenas da obra de reforma do canal. As restrições operacionais da classe Panamax são:

Boca: 32,3m;

Comprimento: 294,1m;

Calado:12m, considerando-se a água doce dos lagos tropicais, na qual a salinidade e a temperatura da água afetam sua densidade e determinam a forma de quanto fundo o navio alcançará na sua flutuabilidade;

Calado aéreo: 57,91 m.

2 DEFINIÇÃO DAS VARIÁVEIS A DETERMINAR

Espera-se que no fim deste trabalho as seguintes variáveis sejam determinadas:

Observação: as células que possuem uma marcação em vermelho no canto superior direito

apresentam uma nota explicativa, para ter acesso confira a planilha Grandezas que está

anexa.

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Variável Sigla

Altura da superestrutura Hsup

Altura do container Hcont

Altura do metacentro longitudinal GMl

Altura do metacentro transversal GMt

Área no plano da linha D'água WPA

Área superestrutura Asup

Boca Moldada Bmld

Boca/Beam B

Borda livre/ freeboard BL

Calado Moldado Hmld

Calado/draft/draught H

Centro Vertical de Flutuação KBt

Coeficiente de bloco Cb

Coeficiente dwt Cd

Comprimento da superestrutura Lsup

Comprimento do Container Lcont

Comprimento entre perpendiculares LBP

Consumo em toneladas por viagem Cons

Custo de combustível por viagem custo

Custo operacional por viagem Cop

Dead Weight DWT

Densidade ρ

Deslocamento W, ∆

Distância em milhas da viagem Dist.

Duplo fundo (altura) d(DB)

Espessura da chapa t

Horas no mar Horas

Largura do Container Bcont

Light Weight LWT

Lucro por viagem Lucro

Metacentro Longitudinal KMl

Metacentro transversal KMt

Momento para alterar o TRIM em 1cm MCTC

Peço de Aço WST

Peso de Equipamentos e Máquinas Wo

Peso máximo de carga (container) Wcont

Pontal/depth D

Potência Efetiva Pne

Receita de frete Receita

Resisitência Total RT

Superfície Molhada/ Wet Surface WSA

Teu máximo proposto TEUmax

Toneladas por centímetro de imersão TPC

Tripulação Obrigatória Tripulação

Velocidade de serviço V

Volume deslocado Vd

Volume do tanque de combustível Vfuel

Volume do tanque de H2O doce do DF Vh2o

Volume do tanque de lastro do DF Vlastro

VARIÁVEIS A DEFINIR

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3 METODOLOGIA

Ferramentas de metodologia de projeto são empregadas ao longo do

desenvolvimento deste estudo. Como nesta primeira etapa o escopo do trabalho é

limitado ao projeto preliminar, tem-se como objetivo determinar e estimar algumas

dimensões principais e características que auxiliem na formação do escopo do

produto a ser desenvolvido. Pretende-se no projeto preliminar entender as

necessidades do cliente, no casa o armador, e as especificações mais importantes

do projeto. Por esse motivo a matriz QFD será empregada.

Tendo em vista que o processo de desenvolvimento de uma embarcação exige

que iterações sejam realizadas com frequência, a ferramenta espiral de Evans será

utilizada também.

2.1. MATRIZ QFD

A Matriz QFD foi feita para confrontar requisitos do amador com requisitos de

engenharia, primeiramente é feito um levantamento dos requisitos do amador que

neste caso são: menor custo de aquisição, máximo carregamento, velocidade,

operação de carga e descarga, custo operacional e estabilidade, em seguida dá-se

peso de importância a estes requisitos. Dividindo os requisitos de engenharia em:

Deslocamento, Resistência ao Avanço, Equipamento de Carga e Descarga, Espaço

de Navio, Arranjo, DeadWeight, Shape e Propulsão. Em seguida confronta-os e

descobre-se o grau de importância de cada requisito. Os requisitos são:

DeadWeight: determina a quantidade de carga a ser transportada e a

Propulsão o qual determinará potência do motor e principalmente consumo de

combustível

Shape: apesar de ter bastante importância nesta fase do projeto ainda não se

tem as curvas do navio, serão analisados os aspectos relacionados ao peso

de aço utilizado no casco e as dimensões principais da embarcação.

Deslocamento: deflete diretamente no consumo, estabilidade e máximo

carregamento

Resistência ao Avanço: importante requisito a ser analisado pensando em

consumo de combustível

Equipamento de Carga e Descarga: diretamente ligado com operação de

carga e descarga, mas indiretamente ligado com consumo e deslocamento

Espaço de Convés: é um importante requisito pois está totalmente

relacionado ao máximo carregamento

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Arranjo: nesta etapa do projeto será analisado apenas duplo fundo, tanques

de lastro, compartimento de carga e área do convés

.

2.2. ESPIRAL DE EVANS

Em 1959 Evans propôs uma forma de definir as características do objeto do

projeto uma a uma, a cada volta que do espiral. Se uma certa característica não

puder ser definida, ela deve ser estimada a partir de experiência e conhecimento do

projetista. O método sugere que o projeto funcione em ciclos, aumentando o nível de

detalhamento a cada volta completa.

Para a definição deste projeto foi utilizado a Espiral de Evans, analisando os

requisitos um a um e corrigindo-os iterativamente até que atinja resultado

esperado.

QFD: Matriz de QualidadeProjeto Preliminar de um Navio Porta Container

Especificações do

projeto

Requisitos

do armador

| | | | | | | | | | | | | | | | | | | |20% 10

| | | | | | | | | | | | | | | | | | 18% 9

| | | | | | | | | | | | | | 14% 7

| | | | | | | | | | | | 12% 6

| | | | | | | | | | | | | | | | | | 18% 9

| | | | | | | | | | | | | | | | 16% 8

Imp

ortâ

ncia

LEG

EN

DA

Importância da especificação de

projeto

593.88 569.39573.47 532.65 344.9 385.71 308.16 585.71

○ ▽

C

ust

om

er

Import

an

ce

▽ ○ ▽ ▽ ● ● ▽

○ ● ● ○ ▽ ○ ○

●▽ ▽ ○ ●

● ● ○ ● ● ● ○ ○

●○ ●▽ ○

● ▽

● ○ ▽ ○ ● ▽

○Menor custo de aquisição

Máximo carregamento

Velocidade

Operações de carga e descarga

Custo Operacional

Estabilidade

Dea

d W

eig

ht

Sh

ap

e

Deslo

ca

men

to

Resis

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cia

ao

av

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Esp

aço

de c

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vés

Arra

njo

Pro

pu

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o

● FORTE

○ MÉDIO

▽ FRACO

LEG

EN

DA

Importância da especificação de

projeto

|||||||

|||||||

|||||||

|||||||

||||||

||||

||||

|||

15% 15% 15%15% 14% 9% 10% 8%

593.88 569.39573.47 532.65 344.9 385.71 308.16 585.71

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4 DEFINIÇÕES INICIAIS

O primeiro passo para avançar no projeto de uma embarcação é reunir o

máximo de informações de navios semelhantes ao que se almeja projetar. Dessa

forma é possível criar um banco de dados com as dimensões principais,

características de carregamento e operacionais. A partir desses dados será possível

definir alguns dados preliminares da embarcação.

Através dos sites MarineTraffic.com e Grosstonnage.com foi possível ter acesso

a navios com características próximas ao desejado para o projeto. A tabela abaixo

exibe o banco de dados feito para este projeto. As marcações nas colunas DWT e

GT são referentes às restrições do armador e a média dessas colunas foi feita

excluindo os dados que estão fora da faixa solicitada. A célula referente ao

comprimento LBP está em destaque pois será usada para confrontar o valor

calculado no próximo tópico.

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Para o cálculo do comprimento da embarcação são necessárias algumas

dimensões que foram definidas a partir da média dos dados das embarcações

semelhantes. Dentre as variáveis mostradas na tabela algumas tiveram de ser

redefinidas devido a restrição da classe Panamax e do calado máximo referente aos

portos de atracação. As restrições são apresentadas a seguir.

5 ESTIMATIVA DO COMPRIMENTO LBP

Para estimativa do comprimento do navio foi utilizado o Método da Raiz Cúbica,

extraída do livro de C. B. Barras (1985). A fórmula proposta por Barras é a seguinte:

[ (

)

(

)

]

Utilizando a equação acima e os dados dos navios semelhantes é possível

encontrar um valor médio para o LBP. O resultado obtido atende a restrição de

comprimento como pode ser visto abaixo.

itajaí 12 32.3

Santos 13.3 294.1

Paranaguá 17 12

Rio de Janeiro 15 57.91

rio grande 14

Shangai 15

Busan 12

Hong Kong 18

Calado Máximo 12

Calado Máximo dos portos de atracação

Boca Máxima

Comprimento Máximo

Calado Máximo

Calado Aéreo Máximo

Canal do Panamá

Displacement

(summer)Volume deslocado LBP Bmld Hmld DWT GT LWT Cb Cd Ano Bandeira V

[t] [m³] [m] [m] [m] [t] [t] [t] ad. ad. nós

CSAV LLANQUIHUE 67907 66250.73171 248 32.25 12.6 50249 40541 17658 0.6574 0.73997 2010 Liberia 24.5

BAHIA NEGRA 69348 67656.58537 242 32.2 12.4 53124 41483 16224 0.7002 0.76605 2007 Liberia 22,4 

CSCL BRISBANE 67271 65630.2439 244.8 32.25 12.6 50748 39941 16523 0.6598 0.75438 2005 HongKong 24.5

MSC DON GIOVANNI 53098 51802.92683 191.96 30.6 11.94 41583 29181 11515 0.7386 0.78314 1996 Panamá 20

MSC FABIENNE 86933 84812.68293 283.2 32.2 13.55 66694 54774 20239 0.6864 0.76719 2004 Panamá 24

CELERINA 83662 81621.46341 217 32.2 13.77 73035 39161 10627 0.8483 0.87298 1999 Switzerland 14

CARSTEN MAERSK 142800 139317.0732 331.54 42.8 14.94 110381 92182 32419 0.6572 0.77298 2000 Denmark

MSC POH LIN 87026 84903.41463 283.2 32.2 13.55 66786 54774 20240 0.6871 0.76743 2004 Panamá

Média dos navios base 82255.625 80249.39024 255.2125 33.3375 13.16875 68838.33333 45112.3333 13417.3 0.7044 0.77801 21.4

Banco de dados

Navio

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6 ANÁLISE DAS NORMAS E REGULAMENTAÇÕES

Para que a embarcação possa navegar é preciso estar atento a algumas normas

e regras impostas por órgãos que regulamentam o transporte marítimo. Com o

comprimento definido é possível prosseguir na análise dessas regras, visto que

muitos requisitos estão em função do comprimento do navio.

Neste projeto foram utilizados regras das seguintes instituições:

Dentro dos requisitos dos projetos também se encontram regras estipuladas

com o objetivo de melhorar o projeto da embarcação e estimativas que devem sem

atendidas para que se possa avançar nos cálculos, essas estimativas foram

definidas a partir da análise de outros trabalhos. Como é o caso do item calado e

dois itens da superestrutura.

A fim de ilustrar as regras que servirão como apoio no projeto a tabela a

seguir é apresentada.

Dados/Navios 1 2 3 4 5 6 7 8

LBP 248 242 244.8 191.93 283.2 217 331.54 283.2

Bmld 32.25 32.2 32.25 30.6 32.2 32.2 42.8 32.2

Hmld 12.6 12.4 12.6 11.94 13.55 13.77 14.94 13.55

Cb 0.657414 0.700192 0.65977 0.738614 0.686392 0.84831 0.657164 0.687127

Cd 0.739968 0.766049 0.754382 0.783137 0.767189 0.872977 0.772976 0.767426

LBPn 275.4351 263.8327 270.987 227.0581 286.2032 212.7614 283.25749 286.0716

294.1

263.200821

COMPRIMENTO MÁXIMO (RESTRIÇÃO)

COMPRIMENTO MÉDIO DOS NAVIOS BASE

Satisfeito

LBPn Comprimento entre perpendiculares do navio (projeto)

DWT Dead Weight do novo navio (projeto)

LBPb Comprimento entre perpendiculares do navio base

Bmld Boca moldada do navio base

Hmld Calado moldado do navio base

Cb Coeficiente de bloco do navio base

Cd Coeficiente de DWT do navio base

Legendas

À determinar

Dados dos navios modelos

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Ao longo do trabalho os requisitos impostos pelas regras serão empregados nas

etapas de cálculo e validação do resultado.

7 BORDA LIVRE

As “Embarcações SOLAS” para as quais seja obrigatória a atribuição de uma

borda-livre deverão ser portadoras de um Certificado Internacional de Borda-Livre,

de acordo com o modelo apresentado na Convenção Internacional de Linhas de

Carga (1966). A tabela a seguir relaciona a borda livre do navio com o comprimento

do mesmo.

Regra Requisito

Borda Livre

As “Embarcações SOLAS” para as quais seja obrigatória a

atribuição de uma borda-livre deverão ser portadoras de um

Certificado Internacional de Borda-Livre, de acordo com o

modelo apresentado na Convenção Internacional de Linhas

de Carga (1966 ).

BL = 4.189 retirado do gráfico para o

comprimento da embarcação

O comprimento da superestrutura é estimado como 60% da

boca da embarcaçãoCsup = 0.6Bmld

Supor que a superestrutura ocupa uma área quadrada no

convés (largura e comprimento iguais)Asup = (0.6 Bmld)²

A altura padrão da superestrutura não deverá ultrapassar 2,3m,

de acordo com a Convenção Internacional sobre Linhas de

Carga.

Ap = 2,3 retirado do gráfico para o

comprimento da embarcação

BL/Bmld [0.02; 0.2]

Lsup/LWL < 0.6

Bmld/D [1.75; 2.15]

Fundo duplo

   A altura do fundo duplo na região de carga é calculada pela

equação empírica da ABS – edição 200 (Parte 3 – Capitulo

2 – Seção 4 – Item 3.3.3)

Calado Manter o calado durante a operação do navio, utilizar o lastro. H = Hoperação

De acordo com a NORMAM 01 - Seção II - item 0110 para

embarcações empregadas na navegação de longo curso para

máquinas e convés

Tripulação máquinas e convés =9

Na Navegação de Longo Curso é obrigatório o embarque de,

pelo menos, um Cozinheiro (CZA) e um Taifeiro (TAA).Tripulação serviço de câmara= 2

Na navegação de Longo Curso é obrigatório o embarque de

um Enfermeiro (ENF) ou Auxiliar de Saúde (ASA).Tripulação saúde= 1

Superestrutura

De acordo com a IMO A749 o GM min para que a

embarcação seja estável é estabelecido por uma equação

empírica

Estabilidade

Tripulação

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8 ARRANJO

O arranjo da embarcação nesta fase do projeto será limitado ao duplo fundo,

equipamentos no convés e dimensionamento da superestrutura. Ainda durante o

desenvolvimento deste trabalho serão apresentados dados como alocação da carga

no casco e acima do convés.

8.1 ESTIMATIVA DO FUNDO DUPLO

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Para a estimativa do duplo fundo, utilizou-se uma equação retirada da ABS

como pode ser visto no tópico Análise das Normas e Regulamentações.

Segundo a MARPOL, convenção internacional da prevenção da poluição por

navios, a região do duplo fundo deverá conter obrigatoriamente tanques de água

doce e tanques de lastro, medidas estas que previnem impactos ambientais caso

haja avarias. Dessa forma foram propostos dois tanque para serem alocados na

região de duplo fundo. Neste tópico será apresentada a primeira estimativa do

volume dos mesmos.

Em tópicos posteriores a segunda iteração será divulgada e seu respectivo

motivo. Por enquanto se tem as dimensões do tanque de lastro, que irá auxiliar na

estabilidade do navio mantendo o calado de operação do mesmo, e o tanque de

água doce que servirá para atender as necessidades da tripulação. Poderá haver

mais tanques de lastro e água doce no navio, o que poderá ser previsto em uma

etapa posterior do projeto, não estando no escopo do projeto preliminar.

8.2 GUINDASTES

Para seleção de guindastes foi analisado a capacidade e o alcance e escolheu-

se 2 guindastes CBW-LIEBHERR destacando-se as seguintes características:

Baixa altura - melhor visibilidade desde a ponte do navio.

Baixo peso e baixo centro de gravidade - melhor estabilidade do navio e

maior capacidade do guindaste.

O campo amplo do cabo no gancho garante trabalho seguro e

posicionamento das mercadorias. A lança encontra-se acima da cabina do

B 32.2

d(DB) [mm] H 12.00

1688.579307 LBP 263.2008

d(DB) [m]

1.688579307

Dados do Navio

LBP(70%) m 184.2405744

Bmld (70%) m 22.54

Volume do duplo fundo m³ 7012.302674

Volume do tanque de água doce m³ 2103.690802

Volume do tanque de lastro m³ 4908.611872

Massa da água de lastro t 5031.327168

Massa de água doce t 2103.690802

1

ª

I

t

e

r

a

ç

ã

o

Supondo que o tanque de lastro e H2O doce esteja na região do duplo fundo:

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operador e possibilita visibilidade ilimitada para o operador sobre o deck e

para dentro do porão do navio.

Cilindros hidráulicos com tratamento cromo-níquel, isentos de manutenção

reduzem os custos operacionais e de manutenção.

Através dos cilindros hidráulicos ativos em ambos os sentidos, a lança está

fixa em todas as posições.

Devido ao pequeno raio mínimo de trabalho, é possível posicionar

mercadorias nas proximidades do guindaste.

Aplica-se na área de movimentação de contêineres:

Maior número de contêineres na posição de descanço da lança pois esta é

posicionada acima da carreira superior de contêineres.

Devido às estreitas dimensões externas do guindaste, perde-se apenas uma

carreira no local de posicionamento do container.

Figura 5. Guindaste CBW-LIEHBRERR

8.3 SUPERESTRUTURA

Altura padrão da superestrutura é apresentada pela Convenção Internacional

sobre Linhas de Carga de 1966 na página 67, tabela 33.1. Através da tabela é

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possível obter o valor de 2,3m para a superestrutura. Como a superestrutura

contará com três decks a altura total da superestrutura será de 6,9m.

A Convenção Internacional de Linhas de Carga (1966) faz algumas restrições

quanto à superestrutura e a visibilidade que serão importantes no momento de

definir o máximo de pilhas alocadas acima do convés.

Restrição sobre o campo de visão horizontal da superestrutura:

I) O campo de visão horizontal de um observador no passadiço deverá ser de 112,5°

para cada bordo, a partir da proa.

II) A partir de cada asa do passadiço, o campo de visão horizontal deve estender-se

por um arco de pelo menos 225°, contados a partir de 45° da linha de centro, pelo

bordo oposto, mais os 180° do bordo da referida asa.

III) O campo de visão horizontal, a partir do posto de governo principal, deverá se

estender sobre um arco a partir da linha de centro, na proa, até, pelo menos, 60°

para cada bordo do navio.

IV) O costado da embarcação deve ser visível das asas do passadiço.

Restrição sobre o alcance da visão do passadiço

A visão da superfície do mar na proa da embarcação, observada do passadiço, não

deve ser obstruída além de uma distância correspondente a mais do que 2 (dois)

comprimentos da embarcação, ou 500 m, o que for menor, em um arco de 10° da

linha de centro para cada bordo, independente do calado da embarcação, do trim ou

da carga no convés.

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9 PROPULSÃO E CUSTO OPERACIONAL

9.1 ESCOLHA DO MOTOR

Para escolha do motor do navio é preciso encontrar a potência efetiva necessária. O

fluxograma abaixo mostra as etapas de cálculo e as fórmulas utilizadas para

determinar a potência.

Com as fórmulas apresentadas é possível encontrar a Pne necessária. Os cálculos

são mostrados na tabela a seguir:

Resistência de Atrito

Resistência Total

Potência

V 21.4 nós

V 10.9996 m/s

LBP 263.2008205 m

W 82000 t

n 1.825 adimensional

WSA 11892.97514 m²

f (Proposto por Barras) 0.41989438 adimensional

Rf 1337937.138 N

Rt 2973193.641 N

Rt 2973.193641 kN

Pne 32754.8764 kW

Pne 43855.9846 hp

Cálculo da Potência

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Para verificar se a potência encontrada é aceitável, encontrou-se a Pne

variando com a velocidade e a partir daí foi comparada com o banco de dados. O

gráfico é exibido abaixo:

Para a velocidade de serviço encontrou-se um navio com potência

compatível. Mas como para velocidades acima a diferença alcançou quase 20 MW

foi feita uma nova validação a qual será apresentada em tópicos posteriores e a

potência efetiva encontrada foi aceita.

Com a potência definida é possível definir o motor que será empregado no projeto.

Foi realizado um levantamento dos tipos de motores e fabricantes. A primeira

decisão foi a de utilizar uma turbina a gás no projeto, a qual pode ser justificada

analisando as novas tendências de projeto de embarcações. O presidente da DNV

fez a seguinte declaração sobre o uso de turbinas a gás:

“Eu estou convencido que o uso do gás irá no futuro próximo ser o combustível que

será amplamente usado por navios, eu acredito que até o ano 2020, a maioria dos

armadores irá preferir encomendar navios movidos à LNG.”

Dentre as turbinas a gás disponíveis no mercado foram comparadas de três

fabricantes, Rolls Royce, Siemens e TGM. A última fabrica os motores no país, mas

possui poucas especificações em seu catálogo.

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

20 22.4 24 24.5 24.5

Po

tên

cia

[kW

]

Velocidade (nós)

Navio Base X Navio Projetado

Base

Projetado

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O primeiro motor, o MT30, foi apresentado em 2013 como a turbina a gás mais

potente do mundo. A seguir os dados utilizados para definir a propulsão do navio

são apresentados:

Como indicado pela matriz QFD os requisitos do armador com maior peso são

menor custo de aquisição e custo operacional. Dessa forma a especificação

consumo de combustível foi considerada como de maior importância na escolha da

turbina. O SGT-750 foi definido como a propulsão do navio.

9.2 VOLUME DO TANQUE DE COMBUSTÍVEL

Após a turbina a gás ser definida e possuindo algumas especificações da

mesma é possível estimar o custo de operação por viagem. Primeiro, será calculado

o gasto com combustível durante uma viagem. Utilizando seadistance.com foi

possível determinar as horas de mar para cumprir a rota proposta. E utilizando gás

natural liquefeito foi possível determinar o quanto será gasto com combustível para a

viagem. A tabela a seguir mostra os resultados:

MT30 Rolls-Royce SGT-750 Siemens BT/ BTE TGM Potência 36 MW 37 MW 40 MW

Poder Calorífico 9296 kJ/kW*h

Consumo 0.207 kg/kWh 0.236248488 m³/kW*h

Consumo (massa) 6780.259411 kg/h 5494.185911 kg/h

Consumo (volume) 9549.661143 m³/h 7738.290016 m³/h

Rotação 3600 rpm 6100 rpm

Eficiência Térmica 40% 40%

Peso 66 t

Porto Distância (milhas) Dias no mar Horas no mar Consumo (t) Consumo (m³) Volume GNL (m³) Massa GNL (t) Custo Dias no porto

Rio Grande 347 0.7 16.8 92.30232331 130003.2723 216.6721204 97.5024542 39 000.98$

Itajaí 149 0.3 7.2 39.55813856 55715.68811 92.85948019 41.78676608 16 714.71$ 1.5

Paranaguá 155 0.3 7.2 39.55813856 55715.68811 92.85948019 41.78676608 16 714.71$ 1.5

Santos 210 0.4 9.6 52.74418475 74287.58415 123.8126403 55.71568811 22 286.28$ 1.5

Rio de Janeiro 12856 25.5 612 3362.441778 4735833.49 7893.055816 3551.875117 1 420 750.05$ 1.5

Shangay 845 1.7 40.8 224.1627852 315722.2326 526.2037211 236.7916745 94 716.67$ 1.5

Hong Kong

Busan

Total 15702 31.2 748.8 4237.920957 5794431.56 9657.38594 4345.823673 1 738 329.47$ 9

128 146.08$ 427.1536089 1.5711.92268141140 320.36520672.3 55.2

ROTAS

427153.6089

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A planilha propulsão.xslx anexa ao trabalho apresenta todos os cálculos para

chegar a custo de combustível. Também é possível calcular o peso do combustível e

o volume do tanque. A primeira estimativa do volume do tanque resultou em uma

quebra de restrição no projeto, o DWT ficou acima do proposto, e para solucionar o

problema poderia diminuir a capacidade de carga máxima ou diminuir a quantidade

máxima de combustível carregado. Como definido pela QFD o requisito Máximo

carregamento é o segundo mais importante e por isso foi feita uma iteração

diminuindo o tamanho do tanque. Reduziu-se pela metade o volume do tanque e o

mesmo terá uma nova autonomia de 12 dias no mar e 6 mil milhas, o que é

suficiente visto que no caminho entre a maior rota proposta Rio de Janeiro –

Shangay é possível abastecer no canal do panamá. A tabela a seguir demonstra a

iteração feita.

9.3 ESTIMATIVA DOS CUSTOS OPERACIONAIS

A partir do dado “custo de combustível por viagem” é possível estimar o custo

operacional total por viagem. A análise de algumas bibliografias permitiu que a

estimativa fosse feita como o custo de combustível representa 80% do custo

operacional total. Sendo assim foi possível obter a seguinte estimativa:

10 ESTIMATIVA DAS CAPACIDADES DO NAVIO

10.1 LWT- LIGHTWEIGHT

Este é o peso do próprio navio, quando completamente descarregado.

Abrangendo o peso do aço, madeira, equipamentos e máquinas. Para estimar o

valor de LWT é necessário encontrar o peso dos itens descritos. No escopo deste

projeto será definidos o peso do aço do casco, peso do aço da superestrutura e

peso de máquinas e equipamentos.

2 172 911.84$

Considerar que o consumo de combustível representa

80% do custo de operação

Custo por viagem

Volume do tanque calculado 7893.1 m³ 0.45 t/m³

Volume do tanque estimado 8000 m³ Massa de combustível 3600000 kg 3600 t

Volume do tanque calculado 7893.1 m³ 0.45 t/m³

Volume do tanque estimado 4000 m³ Massa de combustível 1800000 kg 1800 t

Dimensões do tanque

Densidade gás natural liquefeito

Dimensões do tanque

Densidade gás natural liquefeito

Iteração 1: Com este valor de massa de combustível, o DWT irá ultrapassar o limite estipulado de projeto. Como na maior rota haverá uma passagem pelo canal do

Panamá e será possível abastecer a embarcação, o projeto irá ser reduzido para 50% do volume estimado anteriormente.

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10.1.1 PESO DE AÇO:

Para calcular o peso de aço será utilizado o método estipulado por Harvald and

Jensen retirado do livro de Schneekluth, H e Bertran, V. As fórmulas propostas são

as seguintes:

A planilha LWT.xlsx anexa ao trabalho contém todos os dados utilizados para o

cálculo de Wst. A tabela a seguir fornece o valor calculado de Wst e realiza uma

validação do resultado encontrado utilizando relações percentuais apresentadas

pelos autores para navios do tipo “containership”. O resultado foi validado.

Após a estimativa inicial do peso do aço do casco é possível estimar os gastos

decorrentes para aquisição de aço. Confira na tabela abaixo a estimativa do custo:

BL [m] 4.189

D [m] 15.689

t [m] 0.25

u 3.515873844

e 3.934551553

Cso (tabelado) 0.07

Cs 0.071251486

Wst 9307.5722

Wst/LWT 69%

P

E

S

O

D

O

A

Ç

O

Atende pesos relativo proposto [62- 72]%

Wst 9307.572196 t

110% Wst 10238.32942 t

t 0.25 m

Tipo

Fabricante

Valor (médio) 850.00$ /tonelada Valor total 8 702 580.00$

Valor (USIMINAS) 1 200.00$ /tonelada Valor total 12 285 995.30$

C

U

S

T

O

D

O

A

Ç

O

Para chapa grossa, utilizar a tabela ao lado para

encontrar o peso da chapa

Placa de aço DH40 da construção naval

Wugang Hongxing Metal Material Co., Ltd.

Preço de aço

𝑾𝒔𝒕 𝑳𝑩𝑷 𝑩 𝑫 𝑪𝒔

𝑪𝒔 𝑪𝒔𝒐 𝟎,𝟎𝟔𝟒𝒆−(𝟎,𝟓𝒖+𝟎,𝟏𝒖𝟐,𝟒𝟓 )

𝒖 log𝟏𝟎(𝑾

𝟏𝟎𝟎 𝒕 )

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Para o cálculo preliminar do custo do aço foi utilizada como referência um

placa de aço DH40 do fabricante Wugang Hongxing Metal Material Co., Ltd. Outro

ponto importante é que foi calculado o custo para compra de 110% do peso de aço

encontrado anteriormente, este fato é justificado por perdas que ocorrem no

processo de fabricação do casco.

10.1.2 CÁLCULO DO PESO DE MÁQUINAS:

Para calcular os pesos de máquinas será utilizada a fórmula empírica abaixo:

O valor encontrado para o peso de máquinas foi Wo = 30003,6 t.

10.1.3 PESO DE AÇO DA SUPERESTRUTURA:

A seguir a tabela de cálculos que auxiliou na determinação do custo do preço

de aço para a superestrutura:

10.2 DWT: DEADWEIGHT

O deadweight de um navio é o peso que o navio transporta. O DWT inclui o

peso da carga, combustível, água potável, água do lastro, tripulação e seus

pertences, mantimentos e outros. Primeiramente, calculou-se a capacidade máxima

de carga que o navio poderá transportas. Como o objetivo do armador é carregar o

máximo de carga possível, o DWT foi calculado para a quantidade de TEU máxima.

Para o cálculo do peso máximo de carga foram realizados os seguintes

cálculos:

t chapa 0.08 m

Peso especíifico 7.85 t/m³Asup 361.7604 m²Wsup 227.19

Custo unitário 300.00$ /tonelada

Custo total

Utilizar chapa mais fina na superestrutura

AÇO SUPERESTRUTURA

68 155.66$

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Para dimensionar o espaço de carga algumas considerações foram feitas,

como o tipo de container e suas dimensões e a área destinada no casco e acima do

convés para alocar cargas. A área interna do casco para alocação de carga foi

definida como o produto de 90% do comprimento do navio, 90% da boca moldada e

60% do pontal. Já a área acima do convés foi definida da mesma forma, o que foi

alterado é o pontal, sendo definido como no máximo duas pilhas de containers, a fim

de não obstruir o campo de visão da sala de comando. O peso máximo de carga

ficou dentro do esperado.

Para o cálculo do DWT restante foram necessárias três iterações até que o

DWT fosse satisfatório com a restrição.

Optou-se na segunda iteração em reduzir o tanque de água doce para então

chegar em um valor razoável de DWT. Repare que o DWT restante pode ser

Altura Padrão 2.3 m

Decks 3 adimensional

Hsup 6.9 m

Lsup 19.02 m

Asup 361.7604 m²

DWT 68500 t

Tipo Dry Box 20'

Fabricante Log In

Carga Máxima 24 t

Comprimento 5.9 m

Largura 2.34 m

Área 13.806 m²

Altura 2.4 m

2854.166667

2868

LBP (90%) 236.8807385 217.8607385

Bmld (90%) 28.53 28.53

Área por pilha 6758.207469 Calculado Real

TEU estimado 489.5123474 TEU por comprimento 36.92554889 36

Pontal (60%) 9.4134 TEU por largura 12.19230769 12

Altura acima do convés 4.8 TEU por pilha 450.2076538 450

Bmld 31.7Quantidade de pilhas (abaixo do

convés)3.92225 3

LBP 263.2008205Quantidade de pilhas (acima do

convés)2 2

3531.65394 2700

TEU Máximo 2868 TEU calculado 2700 Calculado < Máximo

64800 DWT restante 3700Peso máximo de carga

Quantidade de TEU

Cálculo da quantidade de container

TEU Máximo

SUPERESTRUTURA

Comprimento para área de carga

Largura para área de carga

Determinação da quantidade de containers em relação a área disponível no convés

Quantidade máxima de containers

DWT 68500 DWT 68500 DWT 68500

Massa do combustível 3600 Consumível Massa do combustível 1800 Consumível Massa do combustível 1800 Consumível

Carga máxima transportada 64800 Carga máxima transportada 64800 Carga máxima transportada 64800

Tanque de água doce 2103.691 Consumível Tanque de água doce 2104 Consumível Tanque de água doce 701 Consumível

Outros Outros 0 Outros 0

Tanque de Lastro Variável Tanque de Lastro 0 Variável Tanque de Lastro 0 Variável

DWT RESTANTE -2004 DWT RESTANTE -204 DWT RESTANTE 1199

Navio em condição Plena Carga1ª iteração 2ª iteração 3ª iteração

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preenchido por outros itens ou pode aumentar a carga transportada, desde que a

carga não interfira nas restrições já apresentadas em tópicos anteriores.

Como o tanque de água doce foi alterado é necessário realizar uma segunda

iteração no dimensionamento dos tanques abrigados no duplo fundo.

Foram analisados três cenários diferentes e como o DWT irá variar, como

apresentado:

Percebe-se que no cenário onde o navio está apenas com 50% do

carreamento máximo o lastro disponível no duplo fundo não será suficiente. Deverá

ser projetado um compartimento que possa ser utilizado como tanque de lastro

quando o navio não estiver totalmente carregado. O que está fora do escopo deste

projeto.

10.3 DESLOCAMENTO X CALADO

DWT 68500 DWT 68500 DWT 68500

Massa do combustível 360 Consumível Massa do combustível 180 Consumível Massa do combustível 1800 Consumível

Carga máxima transportada 64800 Carga máxima transportada 64800 Carga máxima transportada 32400

Tanque de água doce 140.2461 Consumível Tanque de água doce 70 Consumível Tanque de água doce 701 Consumível

Outros Outros 0 Outros 680

Tanque de Lastro 2001 Variável Tanque de Lastro 2251 Variável Tanque de Lastro 32919 Variável

Navio em condição condições adversasPróximo de um porto (20% de combustível e água doce) Próximo de um porto (10% de combustível e água doce) Com carregamento de 50% da carga de TEU

LBP(70%) m 184.2405744

Bmld (70%) m 22.54

Volume do duplo fundo m³ 7012.302674

Volume do tanque de água doce m³ 2103.690802

Volume do tanque de lastro m³ 4908.611872

Massa da água de lastro t 5031.327168

Massa de água doce t 2103.690802

LBP(70%) m 184

Bmld (70%) m 23

Volume do duplo fundo m³ 6947

Volume do tanque de água doce m³ 701

Volume do tanque de lastro m³ 6246

Massa da água de lastro t 6402

Massa de água doce t 701

Supondo que o tanque de lastro esteja na região do duplo fundo:

1

ª

I

t

e

r

a

ç

ã

o

2

ª

I

t

e

r

a

ç

ã

o

O tanque de água doce foi redefinido, por isso uma nova iteração

Supondo que o tanque de lastro e H2O doce esteja na região do duplo fundo:

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Para concluir o tópico será apresentado o gráfico deslocamento X calado:

11 ESTABILIDADE

Como já dito anteriormente, a estabilidade para este tipo de navio é de extrema

importância e por isso deve ser calculada de forma que garanta um navio estável ao

longo do percurso.

Para o cálculo da estabilidade foram utilizadas fórmulas do livro do Barras e a

validação da altura metacêntrica mínima utilizou a ABS. Para que um navio seja

estável o GM deve ser maior que zero. Os cálculos a segui apresentam os dados

relativos a estabilidade longitudinal e transversal:

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Após os cálculos preliminares da estabilidade a curva hidrostática foi traçada.

BMt 6.8652

Há cinco fórmulas propostas para

o cálculo do centro vertical de

flutuação, duas não são

compatíveis com o modelo

projetado.

KB1 KB2 KB3

KB 7.666667 5.998713 6.1525

KG 10.19785 10.19785 10.19785

Nt= 0.084 *Cw² para Cw [0.692-0.893]

Utilizar KG= 65% do pontal

Transversal

KMt 14.53187 12.86391 13.0177

GMt 4.334017 2.666063 2.8198502

Status Estável Estável Estável

LBP Bmld D BL Lsup

263.20 31.7 16.189 4.189 19.02

1.20833493

BMl 422.5627

KMl 428.5614

GMl 418.3635 Nl=(3/40)*Cw² para Cw [0.692-0.893]

GMmin

Para verificar se o GM encontrado atendo as normas, será

utilizado o cálculos de GM min fornecido pela IMO A749.

Transversal

Longitudinal

,

, , ,

,

,

,

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Por fim o WPA, TPC e MCTC foram determinados:

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

10000

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

Calado [m]

Curva Hidrostática

KB*1000

KG*600

KMt*100

BMt*1000

GMt*1000

KMl

BMl

GMl

Densidade 1.025 t/m³

WPA 7156.587 m²

TPC 73.35501 t/cm

MCTC 2149.443 tm/cm

,

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12 CARACTERÍSTICAS PRELIMINARES DA EMBARCAÇÃO

Variável Sigla Valor Unidade Origem

Altura da superestrutura Hsup 6.9 m Estimado o nº de decks e seguindo a altura padrão

Altura do container Hcont 2.4 m Especificação do fabricante

Altura do metacentro longitudinal GMl 418.36 m Fórmula (planilha estabilidade)

Altura do metacentro transversal GMt 2.82 m Fórmula (planilha estabilidade)

Área no plano da linha D'água WPA 7156.587 m² Fórmula (planilha estabilidade)

Área superestrutura Asup 361.7604 m² Fórmulas (planilha DWT)

Boca Moldada Bmld 31.7 m Fórmula

Boca/Beam B 32.2 m Banco de dados dos navios base

Borda livre/ freeboard BL 4.189 m Convenção Internacional de Linhas de Carga (1966)

Calado Moldado Hmld 11.50 m Fórmula

Calado/draft/draught H 12.00 m Banco de dados dos navios base

Centro Vertical de Flutuação KBt 6.15 m Fórmula (planilha estabilidade)

Coeficiente de bloco Cb 0.786621 adimen. Fórmula

Coeficiente dwt Cd 0.835366 adimen. Fórmula

Comprimento da superestrutura Lsup 19.02 m 60% da boca da embarcação (comprimento e largura iguais)

Comprimento do Container Lcont 5.9 m Especificação do fabricante

Comprimento entre perpendiculares LBP 263.20 m Fórmula Método da Raiz Cúbica

Consumo em toneladas por viagem Cons 4238 t Fórmula (planilha propulsão)

Custo de combustível por viagem custo 1738329 -$ Fórmula (planilha propulsão)

Custo operacional por viagem Cop 2172912 -$ Fórmula (planilha propulsão)

Dead Weight DWT 68500 t Requisito armador

Densidade ρ 1.025 t/m³ Definido

Deslocamento W, ∆ 82000 t Banco de dados dos navios base

Distância em milhas da viagem Dist. 15702 milhas Fórmula (planilha propulsão)

Duplo fundo (altura) d(DB) 1.688579 m Equação da ABS

Espessura da chapa t 0.25 m Estipulado

Horas no mar Horas 749 h Fórmula (planilha propulsão)

Largura do Container Bcont 2.34 m Especificação do fabricante

Light Weight LWT 13500 t Fórmula

Lucro por viagem Lucro 257088 -$ Fórmula (planilha propulsão)

Metacentro Longitudinal KMl 428.56 m Fórmula (planilha estabilidade)

Metacentro transversal KMt 13.02 m Fórmula (planilha estabilidade)

Momento para alterar o TRIM em 1cm MCTC 2149.443 tm/cm Fórmula (planilha estabilidade)

Peço de Aço WST 10238.33 t Fórmula HARVALD AND JENSEN

Peso de Equipamentos e Máquinas Wo 3003.648 t Fórmula empírica

Peso máximo de carga (container) Wcont 64800 t Fórmulas (planilha DWT)

Pontal/depth D 16.189 m Fórmula

Potência Efetiva Pne 32754.88 kW RT * V

Receita de frete Receita 2430000 -$ Fórmula (planilha propulsão)

Resisitência Total RT 2973.194 kN Calculado planilha propulsão

Superfície Molhada/ Wet Surface WSA 11892.98 m² Fórmula de D.W. Taylor (planilha PROPULSÃO)

Teu máximo proposto TEUmax 2700 TEU Fórmulas (planilha DWT)

Toneladas por centímetro de imersão TPC 73.35501 t/cm Fórmula (planilha estabilidade)

Tripulação Obrigatória Tripulação 12 adimen. Requisitos

Velocidade de serviço V 21.4 m/s ou nósMédia navio base

Volume deslocado Vd 80000 m³ Banco de dados dos navios base

Volume do tanque de combustível Vfuel 4000 m³ Fórmula (planilha propulsão)

Volume do tanque de H2O doce do DF Vh2o 701 m³ Fórmulas (planilha DWT)

Volume do tanque de lastro do DF Vlastro 6246 m³ Fórmulas (planilha DWT)

* Observação: as células que possuem uma marcação em vermelho no canto superior direito apresentam uma

nota explicativa, para ter acesso confira a planilha Grandezas que está anexa.

CARACTERÍSTICAS DA EMBARCAÇÃO

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12.1 VALIDAÇÃO DOS DADOS ENCONTRADOS

A fim de validar as principais características determinadas ao longo deste

trabalho, foi feita uma planilha para comparar dados de referência com os calculados

no projeto. Foram atribuídos pesos para as características levando em consideração

a confiabilidade da fonte, por exemplo, a referência do peso de aço é de uma

plataforma e por isso foi admitido uma faixa maior de variação entre a referência e o

projeto.

13 ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA

13.1 CUSTO DE AQUISIÇÃO DO NAVIO

A partir do dado custo de peso do aço é possível estimar o custo operacional

total por viagem. Para essa estimativa foram analisados o estudo "The Practical

Application of Economics to Merchant Ship Design" e o case do Estaleiro Mauá.

Ambos os estudos resultaram em uma mesma estimativa, o custo do preço do aço

representa 25% do custo total da embarcação. A figura abaixo mostra a tabela

retirada do estudo citado acima e utilizado como parâmetro neste projeto.

Admitido Referência Projeto Min Max Origem da Referência Observação StatusPeso do aço [t] 35% 13877.00 10465.51 18733.95 9020.05 Fonte estaleiro Mauá Única fonte (maior incerteza) Aprovado

Boca Bmld 15% 33.34 31.70 38.34 28.34 Banco de dados navios Aprovado

Boca Bmld 15% 36.32 31.70 41.77 30.87 Estudo feito por Barras Bmld= (L/10) + 10 Aprovado

Calado Hmld 15% 13.17 11.50 15.14 11.19 Banco de dados navios Aprovado

CB 15% 0.69 0.79 0.79 0.58 Estudo feito por Barras CB=1.2 - 0.39(V/LBP²) Aprovado

CB 15% 0.70 0.79 0.81 0.60 Banco de dados navios Aprovado

CD 15% 0.78 0.84 0.89 0.66 Banco de dados navios Aprovado

CD 15% 0.60 0.84 0.69 0.51 Estudo feito por Barras Necess i ta 2ª i teração Recalcular

Comprimento LBP 15% 255.21 263.20 293.49 216.93 Banco de dados navios Aprovado

Custo de aquisição 35% 24 000 000.00$ 32 252 305.41$ 32 400 000.00$ 15 600 000.00$ Fonte Fearnley Finans Única fonte (maior incerteza) Aprovado

DWT 15% 68838.33 68500.00 79164.08 58512.58 Banco de dados navios Aprovado

Velocidade 15% 22.00 21.40 25.30 18.70 Estudo feito por Barras Velocidade típica para containerAprovado

VALIDAÇÃO

DAS

DIMENSÕES

PRINCIPAIS

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No próximo tópico será esclarecido o motivo por se ter orçado dois fornecedores

de aço.

14 CONCLUSÃO

Para concluir o estudo foi realizada uma prospecção dos custos, receita e prazo

de retorno do investimento. O primeiro custo contabilizado foi o preço do aço.

Inicialmente foi feita uma comparação com o peso do aço encontrado e o

respectivo custo, utilizando os dados da última licitação do Estaleiro Mauá, pode-se

verificar que o valor encontrado para a quantidade de aço está próximo do esperado.

A fonte cita a quantidade de aço para 49 navios e o que o custo representa no valor

total:

“No total, os 49 navios licitados nas duas fases do Promef vão consumir 680 mil

toneladas de aço, o que representa de 20% a 30% do custo das embarcações.”

O que equivale a 13877 t/plataforma (como não foram encontrados outros

dados de peso de aço a comparação foi feita com o navio tipo plataforma classe

Panamax) e no projeto o cálculo resultou em 10465.51 t. Que está dentro da

expectativa do projeto com apresentado no anexo I.

Para orçar o custo do aço, usou-se como referência dois valores para o preço

da chapa grossa naval, um fornecedor nacional e outro internacional. A

diferença de preço foi significativa na aquisição do aço para a estrutura do

casco e superestrutura. Mas, como retirado da bibliografia, essa diferença é

Custo Wst 8 702 580.00$ Custo Wst 12 285 995.30$

Custo Wsup 68 155.66$ Custo Wsup 68 155.66$

Custo Wstotal 8 770 735.66$ Custo Wstotal 12 354 150.96$

Custo de aquisição Custo de aquisição

CUSTO ESTIMADO DE

AQUISIÇÃO

Utilizar o estudo "The Practical Application of

Economics to Merchant Ship Design"

CUSTO ESTIMADO DE

AQUISIÇÃO - AÇO

BRASILEIRO

35 082 942.65$

Utilizar o estudo "The Practical Application of

Economics to Merchant Ship Design"

Custo total de aquisição: 4X o Wstotal

49 416 603.83$

Custo total de aquisição: 4X o Wstotal

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esperada. Como se pode conferir na citação abaixo, dita por Paulo Sebastião

Ferreira Marques, da Usiminas Mecânica:

“A tonelada de chapa grossa da Usiminas equivale hoje a US$ 1.200, ante US$ 860

a US$ 900 do preço na Europa, Japão e Estados Unidos, excluída a China. O

diferencial é de 33% a mais para o produto nacional vendido no mercado interno.

Marques atribui esta diferença "ao custo Brasil".”

A estimativa do custo de aquisição/construção da embarcação foi feita

utilizando duas fontes diferentes, a primeira retirada do estudo “The Practical

Application of Economics to Merchant Ship Design” e a segunda do estaleiro Mauá

apresentado anteriormente. Ambas as fontes resultaram no custo do aço

representando, em média, 25% do custo total de construção.

O segundo custo calculado foi o de operação, o que inclui gastos com

combustível, tripulação, óleos, manutenção, taxas e outros. Com base em outros

estudos do gênero o gasto com combustível representa 80% dos gastos totais de

operação da embarcação.

Para validação do custo calculado, consultou-se o estudo publicado pela

Fearnley Finans “Shipping e Offshore report 2013” o preço médio de aquisição de

um navio novo classe Panamax é de US$ 24 000 000,00. Como ao longo do projeto

foram escolhidos itens que agregassem valor à embarcação, como a turbina a gás,

implantação de dois guindastes e duplo fundo; O investimento na embarcação está

dentro do esperado. A seguir será apresentada a tabela de investimento, receita e

retorno. Foi estimado a quantidade de anos que o navio terá que operar a fim de dar

lucro para o armador. O cálculo se baseou nos custos apresentados acima e no

preço do frete multiplicado pela quantidade máxima de TEU’s carregados pela

embarcação. O estudo feito pelo GELOG-UFSC “Frete marítimo e o panorama

brasileiro” apresenta o valor de US$ 850,00 para o frete de um TEU, nos cálculos foi

considerado US$ 900,00 por TEU.

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Percebe-se que o investimento do armador será quitado em menos de dez

anos, o que é plausível no cenário atual visto o incentivo para o desenvolvimento da

marinha mercante. Há linhas de créditos para que o armador possa viabilizar

economicamente a construção de novos navios. O presente estudo considerou

fornecedores nacionais e estrangeiros a fim de ampliar as opções do armador no

momento de solicitar crédito para o investimento, visto que alguns bancos priorizam

que parte da manufatura seja oriunda do país.

Custo Wst 8 702 580.00$

Custo Wsup 68 155.66$

Custo Wstotal 8 063 076.35$

Custo de aquisição 32 252 305.41$

Custo Wst 12 285 995.30$

Custo Wsup 68 155.66$

Custo Wstotal 12 354 150.96$

Custo de aquisição 49 416 603.83$

Custo por viagem 2 172 911.84$

Custo por TEU 804.78$

Frete por TEU 20 900.00$

Receita frete 2 430 000.00$

Lucro por viagem

(Receita frete - Custo por viagem) $ 257 088.16

Quantidade de viagens para sa ldar

aquis ição192

Viagens por ano 7

Quantidade de anos para quitação

do investimento 25.98

ANÁLISE DO

INVESTIMENTO- AÇO

BRASILEIRO

Supor que o navio opere durante todos os dias do ano

CUSTO ESTIMADO DE

OPERAÇÃO

Considerar que o consumo de combustível representa

80% do custo de operação

Custo total de aquisição: estimar 4X o custo total do

Wstotal

INVESTIMENTO, RECEITA E RETORNO

CUSTO ESTIMADO DE

AQUISIÇÃO- AÇO

IMPORTADO

Estimativa feita a partir do estudo "The Practical

Application of Economics to Merchant Ship Design"

Custo total de aquisição: estimar 4X o custo total do

Wstotal

CUSTO ESTIMADO DE

AQUISIÇÃO - AÇO

BRASILEIRO

Estimativa feita a partir do case do Estaleiro Mauá

(Custo Wstotal representa 25% do custo total)

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