Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2016

Título: PROPOSTA DE LEITURA DE CONTOS PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

Autor: Márcia Mendes da Fonseca

Disciplina/Área: (ingresso no PDE)

Língua Portuguesa

Escola de Implementação doProjeto e sua localização:

Colégio Estadual Jardim Consolata

Município da escola: Cascavel

Núcleo Regional de Educação: Cascavel

Professor Orientador: Dra.Greice da Silva Castela

Instituição de Ensino Superior: UNIOESTE/Cascavel

Relação Interdisciplinar: (indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)

Resumo: (descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)

Durante a prática de docência no contexto escolar do Colégio Estadual Jardim Consolata, na cidade de Cascavel, revelou-se que grande parte dos alunos que liam no Ensino Fundamental, ao ingressarem no Ensino Médio, demostram uma certa resistência para lerem os textos literários. Pela experiência de trabalhar por muitos anos com alunos do 1° ano do Ensino Médio, devido ao legado que a literatura traz e ao dever da escola trabalhá-la, surgiu o desejo de trabalhar com contos para estimular o educando à leitura literária, em especial à leitura de contos, com atividades variadas de leitura que os levem a perceber, no tempo e no espaço, a representação das mudanças sociais e o comportamento humano, as suas diferenças e semelhanças, a fim de que possam ainda usufruir do prazer dessa leitura com o despertar do interesse e do senso crítico, o qual é construído ao longo da vida. Ao utilizar esses instrumentos, espera-se despertar no educando o desejo pela leitura.

Palavras-chave: (3 a 5 palavras)

Formação do Leitor; Leitura; Narrativa; Conto;

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público: (indicar o grupo para o qual o material didático foi desenvolvido: professores, alunos, comunidade...)

Alunos das 1° ano do Ensino Médio

Proposta para Leitura de Contos no Ensino Médio

Professora PDE: Márcia Mendes da Fonseca

Professora orientadora: Dra. Greice da Silva Castela

1. REFLETINDO SOBRE A PERSPECTIVA TEÓRICA DE LEITURA ADOTADA

Ler é refletir, pensar, posicionar-se contra ou a favor de alguma situação

representada, encontrar significados no que lê, ou até se reconhecer em um sujeito

de uma história. Bordine complementa este pensamento acerca da leitura ao

mencionar que:

[...] o ato de ler pressupõe inúmeras vantagens, uma delas e talvez a mais relevante, é a difusão do conhecimento. Ler oferece condições de conhecer novas culturas, palavras e expressões e entender seu papel como sujeito histórico. (BORDINE, 1988, p. 10).

É importante que o professor procure instigar em seus alunos o hábito de ler,

pois “a atividade de leitura se faz presente em todos os níveis educacionais das

sociedades letradas.” (SILVA, 2000, p. 31). A escola tem o papel fundamental de

disponibilizar materiais para a concretização dessa atividade, oferecendo aos alunos

estímulos para que sejam transformados em leitores.

O professor é mediador do conhecimento, ele precisa fazer com que seu

aluno seja crítico e que consiga compreender alguns passos significativos do

processo de leitura, não apenas decodificando palavras. Nesse sentido, Cosson

(2014, p. 23) explica que:

[...] estamos diante da falência do ensino da literatura. Seja em nome da ordem, da liberdade ou do prazer, o certo é que a literatura não está sendo ensinada para garantir a função essencial de construir e reconstruir a palavra que nos humaniza. Em primeiro lugar porque falta um objeto próprio de ensino. Os que se prendem aos programas curriculares escritos a partir da história da literatura precisam vencer uma noção ‘conteudística’ do ensino para compreender que, mais que um conhecimento literário, o que se pode trazer ao aluno é uma experiência de leitura a ser compartilhada. No entanto, para aqueles que acreditam que basta a leitura de qualquer texto convém perceber que essa experiência poderá e deverá ser ampliada com informações específicas do campo e até fora dele.

A formação do leitor se dá na busca do letramento literário, quando realmente

é construída a criticidade tão importante para a formação do cidadão, que lê e

constitui sentido para o texto lido durante sua vida. Para isso são importantes

práticas de leitura diferenciadas, não só a silenciosa. Devem ser buscados estímulos

de práticas dinâmicas para o público jovem também no espaço escolar, pois, do

contrário, a formação de leitores não ocorrerá nesse espaço vital de construção

cidadã. Como afirma Cosson (2014, p. 27):

[...] no sentido de que lemos apenas com os nossos olhos, a leitura é, de fato, um ato solitário, mas a interpretação é ato solidário. [...] Ler implica troca de sentidos não somente o escritor e o leitor, mas também com a sociedade onde ambos estão localizados, pois os sentidos são resultados de compartilhamentos de visões do mundo entre os homens no tempo e no espaço.

Nesse sentido, vemos que também o aluno traz as suas experiências para o

espaço do compartilhamento e a partir delas que devemos trabalhar, porém deve-se

ir além das práticas comuns, para que seu conhecimento seja expandido. Mas é

importante não deixar de lado a abordagem aos cânones, devido à herança cultural

que nos é deixada por eles, aliada à leitura dos contos contemporâneos, para,

assim, valorizar ambas as contribuições literárias.

Incentivar o hábito da leitura é favorecer a descoberta de sentido, isso

significa que a leitura de qualquer gênero é importante, mas aguçar a prática de

leitura de textos literários é uma meta que propõe atingir muitos objetivos, pois, a

literatura “extrai dos processos históricos-políticos sociais nela representados uma

visão típica de existência humana” (BORDINE, 1988, p. 14). De acordo com a

citação, são de suma importância as formas de como o homem pensa, sente e

identifica-se com seus semelhantes.

É por meio das leituras feitas que o leitor vai desenvolvendo experiências e

encontrando sentido para o que lê. “Ou o texto dá sentido ao mundo, ou ele não tem

sentido nenhum.” (LAJOLO, 2001, p. 15).

Com a finalidade de envolver o leitor na experiência da leitura é que se

propõe a leitura de contos, por serem narrativas curtas e objetivas sem deter-se em

pormenores secundários. De acordo com Moisés (2003, p.23):

Essa objetividade, observável ainda em outros aspectos adiante examinados, salta aos olhos com as três unidades: de

ação, lugar e tempo. As unidades de ação, lugar e tempo deve-se acrescentar a de tom. Entendem-se por isso que todas as partes da narrativa devem obedecer a uma estruturação harmoniosa, com o mesmo e único objetivo. Este, por sua vez, corresponde à preocupação de todo contista e cronista provocar no espírito do leitor numa só impressão, seja de pavor, piedade, ódio, simpatia, acordo, ternura, indiferença, etc., seja o contrário delas. Compreende-se melhor que no conto tudo deva convergir para essa impressão singular, quando nos lembramos de que ele opera com a ação e não com caracteres.

Enquanto há narrativas com várias tramas, os contos, ao contrário, são mais

objetivos e mais capazes de prender a atenção dos jovens, como é a intenção do

projeto.

Verifica-se que o conto ganha espaço devido à velocidade das informações

que vem e vão com a mesma pressa, isso por sua vez é promissor, pelo fato de ser

encontrado nele a riqueza da narrativa em poucas páginas. “Daí vem que todo o

esforço criador se concentra na formação dum drama em torno dum sentimento

único e forte a ponto de desencadear uma impressão correspondente no espírito do

leitor.” (MOISÉS, 1985, p. 23).

Segundo se expõe nas Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa, é por

meio da literatura, em particular da narrativa que é importante, que o aluno venha a

colocar-se no lugar da personagem, para que a leitura faça sentido para ele e

também que tenha contato com a leitura dos colegas. Sendo assim, a troca de

experiência deixa o texto mais significativo, como afirmam as Diretrizes:

O primeiro olhar para o texto literário, tanto para alunos de Ensino Fundamental e do Ensino Médio, deve ser de sensibilidade, de identificação. O professor pode estimular o aluno a projetar-se na narrativa e identificar-se com algum personagem. O professor, então, solicita aos alunos que digam o que entenderam da história lida. Esta fase é importante para que o aluno se perceba como coautor e tenha contato também, com outras leituras, a dos colegas de sala que não havia percebido. (DCLP, 2008, p. 75).

Ao basear-nos nesses aspectos, vemos que se torna importante realizar a

pesquisa, fazer leituras de contos, buscando torná-las prazerosas e interessantes,

enfocando a ação das personagens, focalizando o tempo e o espaço, sempre

procurando atualizá-los, visando ao social e ao cultural e, assim, poder contribuir

para que seja formado o senso crítico do aluno ao longo do seu processo de

aprendizagem na formação do leitor.

1.1. A Produção Didática será dividida em três momentos:

1°MOMENTO

Nesse primeiro momento as aulas serão de apresentação do projeto, para

que o educando (de duas turmas de 1° séries A e B) se familiarize com a ideia,

podendo tirar as dúvidas, colaborar, refletir sobre as propostas da produção didática;

_Apresentar um trailer de 1:35 do filme: A menina que não sabia ler, de John Harding.(nesse vídeo há um resumo sobre o filme, várias perguntas, imagens e música de suspense); Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=bi1vGxcmBOs> acesso em 23 nov. 2016. Questionamentos orais de (1 a 3) e escritos de (4 a 6) a respeito do trailer: 1- Qual será o motivo do tio da menina não a deixar ler? 2- Já pensou na possibilidade de alguém proibi-lo de ler? Que reação você teria diante do fato? 3-Em que situações na atualidade uma pessoa poderia ser impedida de ler? 4-A menina do vídeo descobriu o mundo literário por meio da biblioteca. Qual é a importância da biblioteca na sua vida? E o que é literatura para você? 5- Você já conheceu alguma pessoa que não sabe ler? Se a resposta for afirmativa, explique como essa pessoa resolve assuntos simples no seu cotidiano; como pegar um ônibus, ler e assinar documentos, ler as placas de sinalização, enfim as inúmeras possibilidades de leitura que a vida exige. 6-O vídeo que você acabou de assistir é interessante? Por quê? Se você fosse convidado a criar uma propaganda sobre um livro que gostou de ler, como faria?

Explicar a estrutura da narrativa por meio de slides; dando enfoque para o conto, estrutura geralmente curta, narrador, tempo, espaço, personagens, clímax e desfecho, utilizando uma tabela para melhor visualização dos alunos:

Quadro I: Característica do gênero do discurso Conto.

Estrutura da

Narrativa

Gênero Conto

Narrador (foco

narrativo)

O narrador pode ser em 1° ou 3° pessoa; Em 1° pessoa: O narrador participa da história pode ser a personagem principal ou não; Em 3° pessoa: O narrador pode ser onisciente, ou seja, aquele que sabe o que a personagem está pensando e sentindo revelando nas ações ou narrador-observador que só narra a atitudes aparentes.

Tempo

A narrativa pode ter dois tempos: o cronológico e o psicológico; Cronológico: é de origem grega “cronos” que quer dizer “tempo”, tempo do relógio. Psicológico: é de origem grega “psique” que quer dizer “mente”, tempo relacionado ao pensamento.

Espaço

O espaço da narrativa pode ser lugar aberto ou fechado como exemplos: uma casa, um quarto, um avião, uma rua, um parque, enfim um lugar escolhido pelo autor, e ainda nesse tipo de narrativa geralmente são poucos os lugares utilizados.

Personagens

Geralmente há poucas personagens sendo a principal e as secundárias que tem relação com a principal. A personagem principal recebe o nome de protagonista e a que se opõe a principal é a antagonista.

Verossimilhança

A narrativa precisa ser verossímil, ou seja, precisa estar apoiada ao social, amparada em fatos relacionados a vida real e ou transfiguração do real, mesmo a história sendo fictícia.

Clímax

O clímax é o momento considerado ponto máximo de conflito, ou seja, quando os fatos são encadeados focando o pico da tensão da história narrada.

Desfecho É o desenrolar da narrativa seguido do final.

Fonte: Elaborado com base em MOISÉS, Massaud, em 1985.

Visitar à biblioteca separando os contos a serem trabalhados, embora já

tenham sido escolhido algum. Será feita uma dinâmica de quadrilha apresentada no

livro de Cosson (2014), ou seja, os participantes ficam um de frente para o outro em

círculo, como se fossem parceiros de quadrilha, cumprimentam-se apresentando o

livro mesmo sem conhecê-lo, ou seja, imaginando através do título o tema do livro, e

vão passando de um para o outro até chegar ao parceiro inicial. No letramento

literário essa prática é muito boa para que o aluno apresente um livro para o outro

fazendo uso da imaginação como é a história quem não leu.

2°MOMENTO

Depois de apresentar a proposta, nas duas turmas de 1° série, dividir a turma em 9 grupos de 4 a 5 alunos e sortear um conto para cada grupo, apresentar o livro, para que o conheçam e possam usá-lo, fazendo a leitura;

Preparando ambiente de leitura silenciosa, ou seja, cada grupo se reunirá para essa atividade, quando todos terminarem realizar-se-á por meio de perguntas orais ou escritas;

Os contos selecionados e atividades (todas as atividades com os recursos tecnológicos serão apresentadas no final para a turma e ainda uma pequena apresentação sobre os autores) que serão trabalhadas e estão dispostas da seguinte forma:

Dentre os contos escolhidos, será ofertado um vídeo contando o conto de Machado de Assis: A Carteira, pois nesse conto há a presença do suspense, envolvendo fidelidade e infidelidade, o foco ora está em Honório sobrecarregado de dívidas, acha uma carteira cheia de dinheiro na rua (a quantia daria para pagar todas as suas dívidas), porém era de seu amigo Gustavo, nos bilhetinhos de amor que estão dentro da carteira, ora está nas atitudes da esposa de Honório a D. Amália para com o amigo Gustavo. Nessa narrativa há a trama, o conflito, o clímax, o desfecho, a surpresa no final, como de práxis das obras machadianas, a dúvida que fica para o leitor, se Honório leu ou não os bilhetinhos que estavam na carteira de Gustavo. Pedir para que os alunos aproximem o contexto desse conto com a realidade. Os questionamentos a respeito do gênero do conto presentes nesse vídeo serão feitos oralmente.

Fonte: Disponível em :<https://www.youtube.com/watch?v=na36SnFojBg> acesso em:22 nov. 2016.

Apresentar para os alunos, por meio de slides, um breve resumo dos autores, biografia, obras e uma pequena síntese do conto selecionado.

Quadro II: Autores, biografas e obras.

AUTORES

BIOGRAFIAS E OBRAS

Alcântara Machado

Antônio Castilho de Alcântara Machado d’Oliveira, nasceu em São Paulo, formou-se na faculdade de Direito, trabalhou no jornal do comércio, a sua linguagem é popular e objetiva, favorecendo as características da narrativa. Alcântara também participou da política como deputado federal, faleceu aos 34 anos em 1936, não conseguiu concluir a sua obra Mana Maria. Em 1928 publica “ Brás, Bexiga e Barra Funda” que narra a história de “Gaetaninho”, um menino muito levado que vivia fazendo arte e gostava de brincar na rua, certa vez teve um sonho ruim, uma pista de que algo está para acontecer, mas não com quem ele sonhou; ainda neste ano Alcântara juntou-se a corrente Modernista. Disponível em:<http://brasilescola.uol.com.br/literatura/antonio-alcantara-machado.htm>Acesso em 20 nov. 2016.

Clarice Lispector

Haia Pinkhasovna Lispector, de origem judaica, nasceu na Ucrânia, seus pais vieram para o Brasil, a família chegou à Maceió em 1922, quando ela tinha 1 ano fugindo da perseguição aos judeus, quando veio para o Brasil seu nome mudou para Clarice Lispector, aos 15 anos foi para o Rio de Janeiro. A partir de 1960 começou a publicar com frequência suas obras, sendo considerada uma das maiores escritoras brasileira, conhecida por suas frases enigmáticas e imagem que causava impacto. O livro de 25 contos de Clarice Lispector, intitulado Felicidade Clandestina, foi lançado em 1971. Clarice era colaboradora do jornal, o qual publicou alguns contos dela. Os contos são considerados corriqueiros e fazem com que as atitudes das personagens estimulem a análise sobre a vida. O conto; Felicidade Clandestina narra a história de uma menina que queria muito ler um livro, porém a detentora do livro não a emprestava, por esse motivo a que não tinha o livro ia todos os dias pedi-lo emprestado. Disponível em:<http://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=1523>Acesso em 20 nov. 2016. Disponível em:<http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros/felicidade-clandestina.html>Acesso em 20 nov. 2016.

Nasceu em Cruz Alta no Rio Grande do Sul em 1905, seus pais se separaram em 1922ele foi morar com sua avó materna, para ajudar nas despesas da casa, começou trabalhar como balconista no armazém, mas o que ele gostava de fazer mesmo era ler, lia muitos livros entre eles de Monteiro Lobato, Oswald e Mario de Andrade e o seu tio materno o incentivava a ler Nietzsche, Stuart mil entre

Érico Veríssimo

outros. Entre muitas mudanças e dificuldades em sua vida, trabalhou no Banco do Comércio, mas não satisfeito torna-se sócio do Boticário, o colega do boticário é quem envia seus textos a Revistado Globo, dá início as publicações dos seus contos, mais tarde também começa a publicar no “Diário de Notícias” e “Correio do Povo” e não para mais. Escreveu um número vasto de livros entre eles “O Tempo e o Vento”, ganhou vários prêmios e foi homenageado muitas vezes. O conto “As mãos do Meu Filho”, o qual narra a história de um menino que fazia aula de piano e a sua mãe costureira, pagava as aulas com dinheiro muito sacrificado, já o pai não, pois tinha o vício da bebida e estava desempregado, pegava o dinheiro e dizia que o filho não precisava de aula de piano; esse conto foi publicado no século XX, no livro Últimos Contos. Disponível em:<http://releituras.com/everissimo_bio.asp> Acesso em 20 nov. 2016. Disponível em:<https://contosdocovil.wordpress.com/2008/05/12/as-maos-de-meu-filho/> Acesso em 20 nov. 2016.

Graciliano Ramos

Graciliano Ramos de Oliveira, nasceu em Alagoas em 1882, tinha 14 irmãos, teve vida difícil com o pai violento que batia muito nele e nos irmãos e com a seca, seus escritos estão baseados na seca e retrata a violência em suas obras. Ao trabalhar no “Correio de Maceió”, em 1911, usava pseudônimos; Soeiro de Lobato, Lambda e Soares de Almeida Cunha. Em 1914 trabalha no “Correio da Manhã”, entre muitas conturbações do contexto histórico da época, ditadura de Getúlio Vargas, foi preso por ser acusado de participar do comunismo. Na literatura seus dois livros “Caetés” e “Vidas Secas” são considerados os melhores. O conto “Baleia” em 1938, deu origem ao livro “Vidas Secas”, o conto narra a história da cadela Baleia e uma família castigada pela seca, cria o suspense do início ao fim, segurando o leitor com sua linguagem objetiva e direta. Disponível em:<http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/graciliano-ramos.html> Acesso em 21 nov. 20016. Disponível em:<https://webwritersbrasil.wordpress.com/literatura-na-web/a-arte-do-conto/um-conto-de-graciliano-ramos-2/> Acesso em 21 nov. 2016.

Lima Barreto

Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu e morreu no Rio de janeiro em 1881-1922, de família humilde ficou órfão de mãe aos 4 anos, por encontrar muitas dificuldades financeiras deixou os estudos secundários para sustentar a família, começou a trabalhar como escrevente coopista na Secretaria da Guerra, para ganhar um dinheiro extra escrevia para os jornais cariocas, tinha um estilo próprio longe de ser os padrões da época, usava termos coloquiais e despojado, fazia crítica à República Velha, pré-modernista. O conto “A Nova Califórnia” retrata a história da corrida do ouro, mais especificamente sobre a alquimia do misterioso Raimundo Flamel, é uma sátira ao comportamento nacional e em se tratando de dinheiro, há pessoas que perdem seus valores. O conto foi escrito a 10 de dezembro de 1910 e publicado em 1916.

Disponível em:<http://www.recantodasletras.com.br/artigos/2375139>Acesso em 21 de nov. de 2016. Disponível em:<http://www.lainsignia.org/2004/noviembre/cul_021.htm> Acesso em 21 nov. 2016.

Luís Fernando Veríssimo

Luís Fernando Veríssimo filho de Érico Veríssimo nasceu em Porto Alegre em 1936. Inaugurava no mural de azulejos um estilo muito particular, pois se destaca pelo seu humor . A estreia de sua coluna diária no jornal Zero Hora, em 1969, apresentou seu texto a um público bem mais amplo. Em 1973, essas primeiras crônicas foram publicadas no livro: O popular, o primeiro de uma longa série de sucessos. “Conto de Verão n°2: Bandeira Branca” faz parte do livro Histórias brasileiras de verão_as melhores crônicas da vida íntima, que narra a história deum casal que só se encontrava no carnaval, desde a infância, passa a fase da adolescência e voltam a se encontrar depois de adultos. Disponível em:<https://www.ebiografia.com/luis_fernando_verissimo/>Acesso em 21 nov. 2016. Disponível em:<http://contobrasileiro.com.br/conto-de-verao-no-2-bandeira-branca-luis-fernando-verissimo/>Acesso em 21 nov. 2016.

Machado de Assis

José Maria Machado de Assis, nasceu no Rio de Janeiro em 1839, após a morte de sua mãe, vai morar com sua madrinha, anos depois seu pai casa-se novamente e ele volta a morar com o pai e a sua madrasta, em 1858 começa a trabalhar como corretor de provas na tipografia e livraria do jornalista Paula de Brito, colaborou na revista Espelho, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, as obras de Machado dividem-se em duas partes; a romântica escreveu muitos romances entre eles Ressurreição (1872) seu primeiro romance A Mão e a Luva(1874) Helena( 1876) e a realista como; Memórias Póstumas de Brás Cubas(1881), Quincas Borba (1892) Dom Casmurro(1900), escreveu crônicas, poemas, contos como; A Carteira, em que foi publicado originalmente em “ A Estação” 15/03/ 1884 o qual narra a história de um homem casado, afundado em dívidas, quando acha uma carteira. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/machadodeassis/>Acesso em 21 nov.

de 2016. Disponível em:<http://machado.mec.gov.br/cronologia- mainmenu-1216 >Acesso em 21 de nov. de2016. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000169.pdf>Acesso em 21 de nov. de 2016.

Moacyr Scliar

Moacyr Jaime Scliar nasceu em Porto Alegre em 1937 e morreu em 2011, formado em medicina atuou na saúde pública e como professor universitário, escreveu conto, crônicas e ensaios, pelo seu jeito despojado e irônico, atraiu um grande público, ganhou vários prêmios, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. O conto “No Retiro da Figueira”, é narrado em primeira pessoa, tempo cronológico, conta a história de uma família que estava cansada da violência urbana, resolve morar em um condomínio fechado, em busca de maior segurança, aparentemente era tudo perfeito, o lugar, o pessoal da segurança, enfim toda a trama envolve o leitor e deixa a surpresa para o final. Disponível em:<http://www.passeiweb.com/estudos/livros/no_retiro_da_figueira_conto>Acesso em 21 nov.de 2016. Disponível em:<https://maisumcontocontemporaneo.wordpress.com/2011/09/21/no-retiro-da-figueira-moacyr-scliar-sobre-o-autor/>Acesso em 21 nov.de 2016.

Rubem Braga

Rubem Braga nasceu em Cachoeiro do Itapemirim no Espírito Santo, no dia 13 de janeiro2013 e faleceu em 19/12/1990 no Rio de Janeiro em Ipanema. Estudou na cidade em que nasceu, ao se desentender com um professor pediu para sair da escola, os pais o mandaram para o Rio de Janeiro, morar na casa de parentes e foi matriculado no colégio em Niterói, começou direito no Rio de Janeiro, porém só terminou em Minas Gerais, iniciou o trabalho de repórter, momento em que deu cobertura a Revolução Constitucionalista, também trabalhou no Diário Carioca da Itália, nas muitas idas e vindas de um estado para o outro, escreveu livros, conheceu outros escritores, criou uma editora junto com Fernando Sabino, sendo responsável por trazer vários autores de países vizinhos como; Gabriel Garcia Márquez e Pablo Neruda. Rubem Braga tem um estilo próprio, muito popular pelas suas crônicas, como jornalista exerceu várias funções no jornal. No conto Um braço de mulher, é uma história de uma viagem de avião, focando na mulher que tem medo de viajar e um homem cordial que se oferece para ajudá-la. Disponível em: <http://www.releituras.com/rubembraga_bio.asp>Acesso em 29

nov. 2016.

A) Conto de Verão número 2: Bandeira Branca (Autor: Luís Fernando Veríssimo) Disponível em: <http://contobrasileiro.com.br/conto-de-verao-no-2-bandeira-branca-luis-fernando-verissimo/> em 22 nov. 2016. Questões: _Qual é o significado de bandeira branca? _ Que relação há entre o título e a história? _A história gira em torno de qual tema? Atividade: Os alunos produzirão uma dramatização para apresentar para turma.

B) Conto: Baleia (Autor: Graciliano Ramos) Disponível em:<http://www.tirodeletra.com.br/conto_canino/Baleia.htm> em 22 nov. 2016. Questões: _Quem é Baleia? _O que se espera de do significado da palavra Baleia? _É possível haver ironia no significado dessa palavra? Atividades: Produção de slides com legendas.

C) Conto: No Retiro da Figueira (Autor: Moacyr Scliar) Disponível em: <https://maisumcontocontemporaneo.wordpress.com/2011/09/21/no-retiro-da-figueira-moacyr-scliar-sobre-o-autor/>Acesso em 21 nov. de 2016. Questões: _Qual é o tema da história? _Você gostaria de morar em um condomínio fechado? Por quê? _ O que foge ao esperado no conto? Atividades: Será construído um áudio narrando o conto, como está no texto.

D) Conto: A Nova Califórnia ( Autor: Lima Barreto) MARCONI, Italo. Os Cem melhores Contos Brasileiros. Rio de janeiro, Objetiva, 2001. Disponível em: <http://contobrasileiro.com.br/a-nova-california-conto-de-lima-barreto/>Acesso em 22 novembro2016. Questões: _ O que é alquimia? _Quem é Raimundo Flamel? E qual é o desejo dele? _ É possível fazer alquimia na vida real? Por quê? Atividade: Resumo do conto com algumas perguntas, música de suspense e imagens/slides.

E) Conto: Gaetaninho (Autor: Alcântara Machado) Disponível em: <http://contobrasileiro.com.br/gaetaninho-conto-de-alcantara- machado/>Acesso em 22 novembro2016. Questões: _Quem é Gaetaninho? _Como é a personalidade de Gaetaninho? _O que aconteceu com ele? Há pistas no texto de algo que inesperado poderá acontecer? Como se deu desfecho da história? Atividade: A atividade a ser realizada é o Jogral decorado. Cada aluno deve decorar a fala da personagem, com entonação, eloquência e postura, para a apresentação do conto.

F) Conto: A Carteira (Autor: Machado de Assis) Disponível em:<http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/contos/macn101.pdf.> Acesso em 22 nov. 2016. Questões: _Que situação de conflito há no conto? O que é possível acontecer na história em relação à vida real? _ Será que os bilhetinhos foram lidos e desvendados o segredo pelo marido? _O final foi surpreendente? Explique? Atividade: Os discentes deverão recontar o texto com o final diferente do original.

G) Conto: As mãos do meu filho (Autor: Érico Veríssimo) Disponível em:<http://contobrasileiro.com.br/as-maos-de-meu-filho-conto-de-erico-verissimo/> Acesso 22 nov.2016. Questões: _ Quais as questões familiares que envolvem o tema da narrativa? _ Qual era o maior desejo da mãe e do filho? _ Houve a realização do desejo? _ Compare a história lida com algum fato real semelhante. Atividade: Os alunos montarão slides narrando à história.

H) Conto: Um braço de mulher (Autor: Rubem Braga) Diponível em: <http://contobrasileiro.com.br/tag/um-braco-de-mulher-rubem-braga/>Acesso em 22 nov.2016. Questões: _ O que será que aconteceu no avião para a mulher ficar tão nervosa? _ Houve um flerte nessas poucas horas de viagem? Como pode ser afirmado esse fato? Por parte de quem do homem ou da mulher? _Esse fato pode ocorrer na vida de vigília? Por quê? Atividade: Dramatização muda, ou seja, os educandos dramatizarão através de gestos.

I) Conto: Felicidade Clandestina (Autora: Clarice Lispector) Disponível em: <http://redebibliotecas.municipioarraiolos.pt/images/BIBLIOTECA/clarice_lispector_contos.pdf>Acesso em 22 nov. de 2016. Questões: _ O título do texto traz muitos significados, o que você imaginou em um primeiro momento, ou seja, antes de fazer a leitura? _ Por que será que a menina que tinha a posse do livro não o queria emprestar? _ Quais os motivos que levaram a menina, que não possuía o livro, ir todos os dias pedir o livro emprestado? Caso você se interessasse por um livro, seria capaz de fazer como a menina do conto, ir todos os dias pedir o livro emprestado? Atividade: Os estudantes prepararão um vídeo com a história lida, ou seja, com a trama, personagens, cenário, tempo, enfim o que envolve a narrativa.

Os contos acima, exceto o Conto de Verão número 2- Bandeira Branca, estão no livro de: MARCONI, Italo. Os Cem melhores Contos Brasileiros. Rio de Janeiro Objetiva, 2001.

Os contos a serem trabalhados serão sorteados (ou escolhidos) para/por cada grupo. A atividade será aplicada para todos os alunos, com o objetivo de que entendam melhor as características do gênero conto.

Quadro III: Atividade sobre a estrutura da narrativa _ Gênero Conto.

3° MOMENTO

As oficinas de relógio, jogral, aqui apresentadas estão referenciadas no livro de Cosson (2014):

Montagem do cronograma das apresentações com o uso dos recursos tecnológicos ou não como: livros, computador do colégio, tv pen drive, multimídia, gravador, tablet do professor/aluno, notebook do professor/aluno, celular do aluno, gravador, cartazes...

Colégio Estadual jardim Consolata- Ensino Fundamental e Médio Nome: ............................................ Número: ......... Turma: .......... Data: .............. Disciplina: Língua Portuguesa Professora: Márcia Mendes da Fonseca Análise das leituras realizadas com os contos lidos: 1-Dê o título do conto lido por você. 2- Qual é o tema do conto que você leu? 3- Que espaço(s)foi/ foram descrito(s) na narrativa? 4- Há o tempo na narrativa. Qual? ( ) cronológico ( ) psicológico 5- Quem são as personagens da história lida? Qual é o nome da protagonista? E quais as características delas? 6- Com suas palavras explique o momento do clímax do conto que você leu. 7- Em que situação é possível aproximar da atualidade, ou seja, o que há de verossimilhança, no assunto/tema do conto lido por você? Explique. 8- Qual é o foco narrativo do texto, ou seja, em que visão é narrada a história ?

Em uma roda de leitura, os componentes de cada grupo podem fazer a leitura do seu conto, ou seja, compartilhar o seu conto com os demais; essa troca permite a socialização dos contos.

Será proposta a oficina chamada: Relógio, é uma oficina que precisa dividir os alunos em dois grupos, um será o futuro e o outro o passado. O professor começa a história e indica um aluno para que ele continue a contá-la no passado e outro no futuro. Para dar continuidade a atividade que o professor continue escolhendo os alunos aleatoriamente. Pode ser usado o início da história ou o final.

O jogral: Será selecionado um trecho do texto ou o texto inteiro para montar o jogo de vozes, organizando a vez de cada aluno falar, é melhor que o texto seja memorizado e encenado com entonação e postura para dar ênfase a história. É importante frisar que a leitura não pode ser confundida com leitura coletiva.

No final das apresentações e oficinas, será montado um mural com os contos lidos, no ambiente escolar, saguão e ou biblioteca para que seja compartilhado com outros alunos.

As turmas de primeiro ano que não foram contempladas com o projeto, poderão ter a oportunidade de assistir as apresentações das atividades envolvendo as mídias, em outro momento, para maior valorização das atividades desenvolvidas.

______________________ ¹ As oficinas de relógio e jogral, aqui apresentadas, estão baseadas nas referenciadas no livro de Cosson (2014). Os alunos envolvidos no projeto ajudarão na construção da árvore de contos, ou seja, serão colocadas cordinhas com ganchos em uma árvore do colégio, com livros de contos variados, os livros ficarão à disposição dos alunos que quiserem ler no momento do intervalo, com o intuito de que continue a prática leitora de contos. Referenciado em: Disponível em:< http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2012/08/24/interna_cidadesdf,318898/biblioteca-no-riacho-fundo-atrai-leitores-com-livros-pendurados-em-arvore.shtml>Acesso em 16 de dez. 2016.

REFERÊNCIAS

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