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XVIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 1 PROPOSTA DE UM ÍNDICE PARA AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE DA QUALIDADE DOS CORPOS HÍDRICOS AO ENQUADRAMENTO Cristiane Araújo Amaro 1 & Monica Ferreira do Amaral Porto 2 RESUMO --- O acompanhamento da situação de enquadramento dos corpos hídricos precisa ser encarado como uma atividade essencial para o planejamento de uma bacia hidrográfica e para auxiliar os gestores de recursos hídricos nos processos decisórios, portanto o desenvolvimento de metodologias para tal atividade é de suma importância. Este artigo apresenta a proposta de um índice capaz de informar de forma clara e objetiva a situação do corpo hídrico em relação à meta de qualidade da água sugerida. Os resultados são capazes de mostrar o comportamento do rio ao longo do tempo em relação a sua condição hídrica, permitindo a localização dos pontos da bacia que precisam de maior controle para atender aos padrões estabelecidos pela Resolução CONAMA n.357. ABSTRACT --- Monitoring the situation of superficial water bodies must be seen as an essential activity to the planning of a watershed and to facilitate the decision-making process in the water resources management. This paper shows the proposal of an index to report the current situation of the water body compared with the water quality objectives and designated uses. The result of the application of this method indicates the river behavior over time in relation to their quality condition and identifies critical areas of the watershed in need of additional pollution control practices to achieve the desired water quality standards. Palavras-chave: Enquadramento, recursos hídricos, índices de qualidade da água. ____________________ 1) Laboratório de Sistemas de Suporte a Decisões - LabSid - Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - Av. Prof. Almeida Prado, 83, prédio da Engenharia Civil, 05508-900, São Paulo - SP. E-mail: [email protected]. 2) Professora Titular da Universidade de São Paulo - Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - Av. Prof. Almeida Prado, 83, prédio da Engenharia Civil, 05508-900, São Paulo - SP. E-mail: [email protected].

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XVIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 1

PROPOSTA DE UM ÍNDICE PARA AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE

DA QUALIDADE DOS CORPOS HÍDRICOS AO ENQUADRAMENTO

Cristiane Araújo Amaro1 & Monica Ferreira do Amaral Porto

2

RESUMO --- O acompanhamento da situação de enquadramento dos corpos hídricos precisa ser encarado como uma atividade essencial para o planejamento de uma bacia hidrográfica e para auxiliar os gestores de recursos hídricos nos processos decisórios, portanto o desenvolvimento de metodologias para tal atividade é de suma importância. Este artigo apresenta a proposta de um índice capaz de informar de forma clara e objetiva a situação do corpo hídrico em relação à meta de qualidade da água sugerida. Os resultados são capazes de mostrar o comportamento do rio ao longo do tempo em relação a sua condição hídrica, permitindo a localização dos pontos da bacia que precisam de maior controle para atender aos padrões estabelecidos pela Resolução CONAMA n.357. ABSTRACT --- Monitoring the situation of superficial water bodies must be seen as an essential activity to the planning of a watershed and to facilitate the decision-making process in the water resources management. This paper shows the proposal of an index to report the current situation of the water body compared with the water quality objectives and designated uses. The result of the application of this method indicates the river behavior over time in relation to their quality condition and identifies critical areas of the watershed in need of additional pollution control practices to achieve the desired water quality standards.

Palavras-chave: Enquadramento, recursos hídricos, índices de qualidade da água.

____________________

1) Laboratório de Sistemas de Suporte a Decisões - LabSid - Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - Av. Prof. Almeida Prado, 83, prédio da Engenharia Civil, 05508-900, São Paulo - SP. E-mail: [email protected]. 2) Professora Titular da Universidade de São Paulo - Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - Av. Prof. Almeida Prado, 83, prédio da Engenharia Civil, 05508-900, São Paulo - SP. E-mail: [email protected].

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1 - INTRODUÇÃO

O enquadramento dos corpos hídricos é um dos instrumentos da Política Nacional de

Recursos Hídricos, fundamental para a gestão de recursos hídricos e o planejamento ambiental,

principalmente no que concerne ao binômio quantidade-qualidade da água (PORTO, 2002). É um

instrumeno que busca dar aos usos definidos para uma bacia hidrográfica a sustentabilidade, por

meio de metas de qualidade de água para o corpo hídrico, as quais devem ser mantidas ou

melhoradas ao longo do tempo.

Os objetivos de qualidade correspondentes a cada classe de usos estão contidos na Resolução

n. 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, de 17 de março de 2005, que

classifica as águas doces, salobras e salinas do território brasileiro, segundo seus usos

preponderantes.

Uma das dificuldades que comumente encontradas é a identificação da situação atual do corpo

hídrico em relação ao seu enquadramento, bem como acompanhar a eficácia das ações e do

resultado dos investimentos. Isto se deve ao fato do processo de enquadramento trabalhar com

muitas variáveis representativas de qualidade da água e ser planejado de diferentes maneiras no

tempo e no espaço.

2 - OBJETIVO

Neste artigo propõe-se a aplicação do Índice de Conformidade ao Enquadramento (ICE), que

tem como propósito fornecer subsídios para o acompanhamento da situação do corpo hídrico em

relação àquela planejada para a sua condição de qualidade da água.

A utilização deste índice permitirá a verificação, para os diversos trechos de uma bacia, da

condição de “aderência” ao enquadramento atualmente vigente ou mesmo identificar se os trechos

estão ou não conformes com um novo enquadramento proposto.

A existência de um indicador que informe de maneira objetiva e sintética a evolução temporal

da qualidade da água com relação à sua situação de enquadramento torna mais ágil o processo de

tomada de decisões por parte dos responsáveis pelo gerenciamento de recursos hídricos.

3 - METODOLOGIA

O ICE (Índice de Conformidade ao Enquadramento) é uma adaptação de um modelo de índice

de qualidade da água desenvolvido pela subcomissão técnica de qualidade da água do Canadá

(CCME, 2001).

A escolha deste índice deu-se pela sua facilidade de aplicação e por permitir sua adaptação à

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verificação da condição de conformidade da situação do corpo hídrico ao seu enquadramento

segundo os usos preponderantes, pois a definição do índice canadense está baseada na comparação

dos valores das variáveis de qualidade da água conseguidos nos monitoramentos com os padrões de

qualidade da água.

Figura 1 – Modelo Conceitual do Índice Fonte: adaptado CCME, (2001)

Os três eixos que compõem o índice (Figura 1) representam a abrangência do impacto

causado pela desconformidade, a freqüência com que as desconformidades ocorrem e a amplitude

da desconformidade, isto é, o desvio em relação ao valor objetivo da variável de qualidade da água.

O índice produz números mais elevados quando o corpo hídrico estiver mais próximo da meta

estabelecida. No caso da presente aplicação, um resultado próximo de zero representará uma

situação em que a condição do corpo hídrico está muito distante do enquadramento desejado. Por

outro lado, um índice próximo de 100 indicará aquela situação em que o corpo hídrico está em

situação de conformidade com o enquadramento.

O Índice da qualidade de água do CCME WQI é composto pelos fatores:

Fator 1- Abrangência/Espaço: representa a abrangência das desconformidades, isto é, o

número de variáveis que violaram os limites desejáveis pelo menos uma vez no período de

observação.

100variáveis de total Número

falharam que variáveis de NúmeroF1 ×

= (1)

Fator 2- Freqüência: representa a porcentagem de vezes que a variável esteve em

desconformidade em relação ao número de observações.

100testes de total Número

falharam que testes de NúmeroF2 ×

= (2)

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Fator 3- Amplitude: representa a quantidade pela qual o valor testado falhou, isto é, a

diferença entre o valor observado e o valor desejado de acordo com o objetivo de qualidade da

água.

O fator F3 é calculado em três etapas:

1) O número de vezes em que a concentração individual é maior que o limite da classe (ou

menor, quando o objetivo é um mínimo), ou seja, quando o valor do teste não deve exceder o

objetivo.

1Objetivo

falhou que testado Valorvariação

i

= (3)

Para os casos em que o valor do teste não deve ser abaixo do objetivo, a equação é expressa

por:

1falhou que testado Valor

Objetivovariação i

= (4)

2) O número total de testes individuais que apresenta ‘não conformidade’ é calculado

somando-se as variações individuais de seus objetivos e dividindo pelo número total de testes. Esta

variável é denominada ‘soma normalizada das variações’, ou snv é calculada da seguinte maneira:

testes de total número

variações

snv

n

1ii∑

=

= (5)

3) O valor de F3 é calculado pela soma normalizada das variações dos objetivos (snv),

padronizadas entre 0 e 100.

+⋅

=

01,0snv01,0

snvF3 (6)

O valor do índice CCME WQI é obtido através da relação (7) sendo o fator 1,732 empregado

de forma a normalizar o resultado, pois cada um dos três fatores individuais pode chegar a 100.

++

−=

732,1

FFF100WQI.CCME

2

3

2

2

2

1 (7)

As faixas de classificação do ICE foram baseadas nas categorias de qualidade da água do

CCME WQI e são apresentadas da seguinte forma:

� Conforme: (80 ≤ ICE ≤ 100) – valores obtidos se a maioria ou todas as medições

estiverem dentro dos padrões de qualidade da água naquele ano de monitoramento;

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� Afastado: (45 ≤ ICE < 80) – as medições estão frequentemente em desacordo com os

padrões de qualidade da água;

� Não conforme: (ICE < 45) – os padrões de qualidade da água quase sempre não

atendidos; a maioria ou a totalidade das medições está violando os limites da classe de

enquadramento correspondente ao trecho do rio naquele ano de monitoramento.

A mostra a categorização adotada para o ICE.

Tabela 1 - Faixas de classificação do ICE

Categorias Faixas de Valores

Conforme 100

80

Afastado

79

45

Não conforme 44

0

4 - ESTUDO DE CASO

O ICE foi aplicado para avaliação da conformidade ao enquadramento da bacia dos rios

Piracicaba/Capivari/Jundiaí (PCJ), localizada no estado de São Paulo, utilizando-se os dados de

qualidade da água provenientes das estações de monitoramento mantidas pela CETESB

(Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo).

O estado de São Paulo é dividido em vinte e duas Unidades de Gerenciamento de Recursos

Hídricos (Lei Estadual n. 9.034 de 27 de dezembro de 1994), conforme mostrado na Figura 2. Um

de seus princípios é a adoção da bacia hidrográfica como unidade físico-territorial de planejamento

e gerenciamento (Lei n. 7.663, de 30 de dezembro de 1991).

O enquadramento dos corpos hídricos no estado de São Paulo foi determinado pelo Decreto n.

10.755, de 22 de novembro de 1977. Este Decreto permanece válido e possivelmente passará por

revisão à medida que os planos de recursos hídricos das diversas bacias do Estado forem

elaborados.

Apesar da lei paulista de recursos hídricos não prever explicitamente o enquadramento como

um dos instrumentos de gestão, a inclusão deste instrumento na Lei n. 9.433, de 8 de janeiro de

1997, fez com que todo o processo de planejamento dos recursos hídricos no país passasse a

incorporá-lo como um importante instrumento para a gestão integrada quantidade-qualidade da

água.

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Figura 2 - Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo – UGRHI

(http://www.sigrh.sp.gov.br)

As bacias dos rios Piracicaba/Capivari/Jundiaí pertence à Unidade de Gerenciamento de

Recursos Hídricos - UGRHI 5, a qual corresponde às bacias hidrográficas dos rios Piracicaba,

Capivari e Jundiaí. A UGRHI 5 fica localizada na região leste do estado de São Paulo, desde a

divisa com o estado de Minas Gerais até o reservatório da Usina de Barra Bonita, no rio Tietê, numa

extensão de, aproximadamente, 230km.

A região do estudo é composta por sete sub-bacias, sendo cinco pertencentes ao rio Piracicaba

(Piracicaba, Corumbataí, Jaguari, Camanducaia e Atibaia) e dos rios Capivari e Jundiaí. A Figura 3,

a seguir, mostra a localização da bacia do PCJ.

Os principais cursos d’água da bacia são: rios Piracicaba, Jaguari, Atibaia, Camanducaia,

Corumbataí, Passa Cinco, ribeirões Anhumas, Pinheiros e Quilombo na bacia do rio Piracicaba; rios

Capivari, Capivari-Mirim, ribeirões Água Clara e Piçarrão na bacia do rio Capivari; rios Jundiaí,

Jundiaí-Mirim, córrego Castanho e ribeirão Piraí na bacia do rio Jundiaí.

Figura 3 - Localização da bacia do PCJ

Fonte: adaptado IRRIGART (2005)

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A região das bacias PCJ é altamente industrializada e urbanizada, com grandes cidades como

Campinas, Piracicaba, Americana, entre outras, um grande parque sucro-alcooleiro e áreas de

agricultura intensiva. É uma região onde a preservação das cabeceiras é essencial para o

abastecimento público não apenas da própria bacia, mas também da região metropolitana de São

Paulo, e que deve receber investimentos nos próximos anos para a recuperação da qualidade da

água, hoje fortemente afetada pela falta de tratamento dos esgotos domésticos.

5 - APLICAÇÃO DO MÉTODO

O Índice de Conformidade ao Enquadramento foi aplicado nos rios Piracicaba, Atibaia,

Camanducaia, Corumbataí e Jaguari (bacia do rio Piracicaba); rio Capivari (bacia do rio Capivari);

rios Jundiaí, Jundiaí-Mirim e ribeirão Piraí (bacia do rio Jundiaí).

Adotou-se para os cálculos do ICE o aplicativo MS Excel®, sendo as planilhas padronizadas

para o recebimento dos dados de qualidade da água, resultantes das atividades de monitoramento

realizadas pela CETESB. A padronização foi feita obedecendo aos enquadramentos (Classes

Especial, 1, 2, 3 ou 4 do Decreto n.º 10.755) para cada trecho de rio, respeitando os limites para as

variáveis de qualidade da água estipulados pela Resolução CONAMA n. 357/05.

As variáveis, o número de dados de qualidade da água e os períodos (variando entre 1989 a

2007) considerados no cálculo do índice, não foram os mesmos para todos os pontos, pois as

informações foram baseadas nos resultados das medições de qualidade da água feitas pela CETESB.

As variáveis de qualidade da água utilizadas no cálculo foram: alumínio dissolvido, bário,

boro, cádmio, chumbo, cloreto, clorofila a, cobre dissolvido, coliformes termotolerantes, cor

verdadeira, cromo, demanda bioquímica de oxigênio, densidade de cianobactérias, fenóis, ferro

dissolvido, fósforo, manganês, mercúrio, níquel, nitrogênio amoniacal, nitrato, nitrito, oxigênio

dissolvido, pH, sólidos dissolvidos, sulfato, surfactantes, turbidez e zinco.

As curvas que descrevem os valores do ICE apresentam a evolução temporal e indicam a

tendência a que os valores do índice estão alcançando, isto é, o seu comportamento em relação ao

enquadramento no decorrer dos anos, bem como a comparação dos resultados obtidos com as

concentrações das variáveis de qualidade da água, por meio da utilização dos gráficos tipo Box Plot.

Os pontos de monitoramento da qualidade da água estão codificados da seguinte forma, tem-

se o Ponto XXXX0CNNN.

onde: XXXX – sigla do rio em que o ponto está localizado;

0C – C é a classe de enquadramento;

NNN – numeração crescente no sentido da nascente para a foz do rio.

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6 - RESULTADOS

Os resultados possibilitam a visualização da evolução temporal e espacial dos índices de

conformidade, para os diversos pontos de monitoramento presentes na bacia (vide Figura 4). Os

gráficos permitem avaliar a situação do rio em relação à classe de enquadramento e a verificação

dos pontos da bacia que precisam de maior controle para atender aos padrões estabelecidos.

A título de exemplo, por ser a quantidade de resultados relativamente alta, serão apresentados

os valores do ICE mais significativos, que possibilitaram discussões a respeito de suas relações com

as cargas poluentes e com a localização dos pontos de monitoramento ao longo do corpo hídrico,

como as cabeceiras, foz dos rios e áreas próximas a aglomerados urbanos. Os resultados estão

divididos em gráficos de evolução temporal (Figura 4 a Figura 22) e dois gráficos tipo Box Plot de

coliformes termotolerantes e DBO5,20 (Figura 23 e Figura 24).

6.1 Evoluções temporais do Índice de Conformidade ao Enquadramento - ICE

Rio Piracicaba

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007

ICE

Ano

Ponto PCAB02135 - Divisa de Limeira e Sta. Bárbara d'Oeste

ICE Linear (ICE)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007

ICE

Ano

Ponto PCAB02192 - Próximo à Usina Monte Alegre

ICE Linear (ICE) Figura 4 - ICE do Ponto PCAB02135 Figura 5 - ICE do Ponto PCAB02192

Rio Atibaia

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2002 2003 2004 2005 2006 2007

ICE

Ano

Ponto ATIB02800 - Na captação de Sumaré

ICE Linear (ICE) Figura 6 - ICE do Ponto ATIB02800

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Rio Camanducaia

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

ICE

Ano

Ponto CMDC02400 - Ponte a jusante do córrego do Mosquito na SP - 107

ICE Linear (ICE)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007

ICE

Ano

Ponto CMDC02900 - Ponte na rodovia SP-340 no trecho que liga Campinas à Mogi-Mirim

ICE Linear (ICE) Figura 7 - ICE do Ponto CMDC02400 Figura 8 - ICE do Ponto CMDC02900

Rio Corumbataí Rio Jaguari

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

ICE

Ano

Ponto CRUM02900 - Na foz do rio Piracicaba

ICE Linear (ICE)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

ICE

Ano

Ponto JAGR02800 - Na captação de Limeira

ICE Linear (ICE) Figura 9 - ICE do Ponto CRUM02900 Figura 10 - ICE do Ponto JAGR02800

Rio Capivari

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

ICE

Ano

Ponto CPIV02030 - Ponte na estrada SP 360 Jundiaí/Itatiba, no bairro do Mato - dentro

ICE Linear (ICE)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2002 2003 2004 2005 2006 2007

ICE

Ano

Ponto CPIV02100 - No condomínio São Joaquim em Vinhedo

ICE Linear (ICE) Figura 11 - ICE do Ponto CPIV02030 Figura 12 - ICE do Ponto CPIV02100

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0

10

20

30

40

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60

70

80

90

100

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

ICE

Ano

Ponto CPIV02200 - Ponte de madeira na estrada que liga

Monte Mor a Fazenda Rio Acima

ICE Linear (ICE)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

ICE

Ano

Ponto CPIV02900 - Ponte no canavial, próximo à foz do rio Tietê

ICE Linear (ICE) Figura 13 - ICE do Ponto CPIV02200 Figura 14 - ICE do Ponto CPIV02900

Rio Jundiaí

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

ICE

Ano

Ponto JUNA02010 - Na captação de Campo Limpo Paulista

ICE Linear (ICE)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007

ICE

Ano

Ponto JUNA02020 - Ponte na Av. Aderbal da Costa Madeira, 50m a jusante do lançamento da Krupp,(Ind. Siderúrgica)

ICE Linear (ICE) Figura 15 - ICE do Ponto JUNA02010 Figura 16 - ICE do Ponto JUNA02020

Jundiaí-Mirim

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007

ICE

Ano

Ponto JUNA04900 - Na área urbana de Salto. Ponte na Praça Álvaro Guião, próximo à foz com o rio Tietê

ICE Linear (ICE)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

ICE

Ano

Ponto JUMI00800 - Na captação de Jundiaí

ICE Linear (ICE) Figura 17 - ICE do Ponto JUNA04900 Figura 18 - ICE do Ponto JUMI00800

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Ribeirão Piraí

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

ICE

Ano

Ponto IRIS02100 - Na captação de Cabreúva, no Bairro do Jacaré

ICE Linear (ICE)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

ICE

Ano

Ponto IRIS02200 - Ponte na Rodovia Marechal Rondon em frente à indústria Crown Cork

ICE Linear (ICE) Figura 19 - ICE do Ponto IRIS02100 Figura 20 - ICE do Ponto IRIS02200

0

10

20

30

40

50

60

70

80

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100

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

ICE

Ano

Ponto IRIS02250 - Estrada de terra, antes da indústria BIC

ICE Linear (ICE)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

ICE

Ano

Ponto IRIS02400 - Estrada sentido Faz. Santana, após

aproximadamente 500m do trevo

ICE Linear (ICE) Figura 21 - ICE do Ponto IRIS02250 Figura 22 - ICE do Ponto IRIS02400

6.2 Comparação do ICE com as variáveis de qualidade observadas: avaliação da

situação para coliformes termotolerantes e de DBO5,20

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Figura 23 – Comparação dos dados observados de coliformes termotolerantes e o ICE para o rio Capivari

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Figura 24 – Comparação dos dados observados de DBO5,20 e o ICE para o rio Corumbataí

7 - DISCUSSÕES

Nos resultados obtidos para avaliação de desempenho do ICE foi possível constatar que, nos

pontos localizados em áreas de captação de água para abastecimento público, os valores são

elevados (Ponto JAGR02800 no rio Jaguari; no Ponto JUMI00800 no rio Jundiaí-Mirim e Ponto

IRIS02100 no rio Piraí), indicados pelas Figura 10Figura 18 e Figura 19 respectivamente,

mostrando a adequação da qualidade atual do corpo hídrico aos objetivos de uso previstos no

enquadramento, mas com tendência de degradação da qualidade da água.

Existem, entretanto, casos em que isso não ocorre, como o Ponto JUNA02010 (Figura 15) no

rio Jundiaí e o Ponto ATIB02800 (Figura 6) no rio Atibaia, indicando-se a necessidade de medidas

de recuperação das condições da qualidade da água para que o trecho atenda ao enquadramento

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estabelecido, as ações já adotadas estão sendo eficazes no Ponto JUNA02010, uma vez que o

comportamento do trecho hídrico indica uma melhora sensível na qualidade hídrica.

Também é possível relacionar o ICE com a localização do ponto em relação ao curso do rio e

suas cargas poluidoras. Por exemplo, no Ponto CRUM02900 (rio Corumbataí) e no Ponto

CPIV02900 (rio Capivari), Figura 9 e Figura 14 respectivamente, os valores do índice ao longo do

tempo são baixos, justificados por suas localizações próximas da foz, onde se reúne toda a carga

poluidora da bacia. É de se esperar maior dificuldade para atingir sua meta de enquadramento.

A relação do ICE com os usos preponderantes do solo pode ser demonstrada nos pontos que

recebem influência de áreas urbanizadas e industrializadas das bacias estudadas, como por exemplo,

os Pontos PCAB02135 (Figura 4) e PCAB02192 (Figura 5) no rio Piracicaba. Nestes pontos, os

valores do ICE são relativamente baixos, refletindo a poluição gerada pelo uso urbano do solo.

Os pontos IRIS02200 (Figura 20) e IRIS02250 (Figura 21), situados a jusante de uma área

industrial apresentam também índices baixos, sendo que o segundo é ainda mais baixo por receber

contribuições de uma área maior. Este diagnóstico mostra a necessidade de se adequar a ocupação

da bacia às metas de qualidade da água possíveis de serem atingidas. Nestes pontos, o

enquadramento precisará ser revisto para que tal adequação seja feita, com uma definição de

objetivos de qualidade da água mais realista.

O Ponto CPIV02100 (Figura 12), situado no Rio Capivari, também tem índices baixos devido

à contribuição de esgotos domésticos da área a montante e o Ponto JUNA02020 (Figura 16), no Rio

Jundiaí, merece destaque, pois mostra claramente a contribuição de uma indústria siderúrgica

implantada na área.

Já os Pontos CMDC02400 (rio Camanducaia), CPIV02030, CPIV2900, JUNA04900 e

IRIS02400, gráficos representados pelas Figura 7, Figura 11, Figura 14, Figura 17 e Figura 22

respectivamente, as linhas de tendência demonstram que as ações de recuperação do corpo hídrico

para que estes se aproximem da meta de enquadramento proposta estão sendo suficientes.

Os gráficos tipo Box Plot (Figura 23 e Figura 24) mostram nitidamente a degradação da

qualidade da água no sentido da nascente para a sua foz, por exemplo, para o rio Corumbataí

(Figura 24), isto é verificado pelos valores decrescentes do ICE com as cargas crescentes de matéria

orgânica e consequentemente o afastamento do enquadramento sugerido para cada trecho do rio em

questão.

É possível também verificar, com esses gráficos, a influência do uso do solo nos resultados,

quanto mais próximos os pontos estão de aglomerados urbanos, menores são os valores do ICE e

existe uma melhora dos mesmos quando ocorre o afastamento dessas regiões.

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Pela análise do ICE pode-se constatar, pelos pontos citados anteriormente, que a eficácia das

ações de gerenciamento adotadas nesta bacia não está produzindo os efeitos desejados sobre a

qualidade das águas e, portanto, há de se adotar medidas de recuperação das condições da qualidade

da água para que os trechos atendam aos usos definidos.

8 - CONCLUSÕES

O estudo realizado permitiu verificar que a bacia do PCJ como um todo apresenta sérias

dificuldades em se adequar aos enquadramentos estabelecidos para os diversos trechos hídricos que

a compõem, a maioria dos pontos encontra-se na faixa de afastado na classificação do ICE, sendo

que os principais responsáveis por tal comportamento são os poluentes com cargas orgânicas e os

coliformes termotolerantes oriundos principalmente de esgotos domésticos.

Portanto, medidas precisam ser tomadas para recuperar os corpos hídricos desta bacia e

devem ser encaradas como prioritárias pelos gestores. O controle mais rigoroso das fontes de

poluição de origem doméstica e industrial, investimentos em estações de tratamento de esgotos,

reenquadramento de trechos com metas de qualidade possíveis de serem atingidas são as mais

recorrentes para a bacia do PCJ.

Os resultados obtidos foram satisfatórios e o ICE foi capaz de indicar se determinado trecho

do rio está em de acordo com o enquadramento estabelecido. Portanto, o processo de

acompanhamento de efetivação do enquadramento de um corpo hídrico pode ser mais eficiente se

existir informação objetiva sobre a qualidade da água, e como as variáveis a serem monitoradas são

muitas, a existência de um índice agregador objetivo facilitará este acompanhamento.

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