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Revista Vozes dos Vales – UFVJM – MG – Brasil – Nº 16 – Ano VIII – 10/2019 Reg.: 120.2.095–2011 – UFVJM – QUALIS/CAPES – LATINDEX – ISSN: 2238-6424 – www.ufvjm.edu.br/vozes

Ministério da Educação – Brasil

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM

Minas Gerais – Brasil Revista Vozes dos Vales: Publicações Acadêmicas

Reg.: 120.2.095 – 2011 – UFVJM ISSN: 2238-6424

QUALIS/CAPES – LATINDEX Nº. 16 – Ano VIII – 10/2019

http://www.ufvjm.edu.br/vozes

Protótipo de um Sistema Web para um laboratório de análises clínicas

Profª. Dra. Simone de Paula Santos

Docente de Língua Portuguesa e Linguística da UFVJM Coordenadora de Gestão de Processos Educacionais do PIBID-UFVJM

Coordenadora do Estágio Integrado dos cursos de Letras http://lattes.cnpq.br/0697972547607328 E-mail: simone.mendes@ufvjm.edu.br

Naila dos Santos Cunha Enfermeira pela UFVJM.

Bolsista FAPEMIG http://lattes.cnpq.br/8330650655083206

E-mail: naila.cunha@hotmail.com

Profa. Dra. Liliane da Consolação Campos Ribeiro Doutora em Ciências da Saúde: Saúde da Criança e do Adolescente UFMG.

Docente do Mestrado Ensino em Saúde e do Departamento de Enfermagem da UFVJM. http://lattes.cnpq.br/4721367057858836 E-mail: liliane.consolacao@ufvjm.edu.br

Profa. Dra. Helisamara Motta Guedes Doutora em Enfermagem pela UFMG.

Docente do Mestrado Ensino em Saúde e do Departamento de Enfermagem da UFVJM. http://lattes.cnpq.br/6031880280960582

E-mail: helisa@gmail.com

Bárbara Ribeiro Barbosa Acadêmica de Enfermagem pela UFVJM. http://lattes.cnpq.br/8330650655083206

E-mail: barbara@dtna.com.br

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Resumo: No mercado atual encontram-se softwares especializados em gestão laboratorial, porém, não são acessíveis para a realidade de um laboratório municipal do interior de Minas Gerais, onde os recursos são mais escassos. Em sua realidade, a falta de um sistema web simples que compreenda os processos de agendamento da coleta de exames, cadastro de pacientes, relatório de envio de exames intermunicipais, lançamento dos resultados entre outras funcionalidades faz com que necessite de mais tempo registrando e anotando manualmente em vários cadernos essas informações, reduzindo a quantidade de exames as quais os funcionários possam coletar e analisar. Assim, este trabalho teve como objetivo desenvolver um protótipo de um sistema web que auxilie e sistematize o processo de trabalho dos funcionários de um laboratório de análises clínicas municipal gerando mudanças na organização e gestão. Fundamentou-se no desenvolvimento de um sistema baseando-se no conceito de prototipação seguindo os passos de coleta do problema, refinamento dos requisitos, construção do conteúdo, avaliação das telas pelo cliente, refinamento e remodelamento do projeto. Ao protótipo deu-se o nome de LabDatas com uma identidade visual a partir da disponibilização de uma ferramenta de criação de designer online e, um total de 13 telas com as ferramentas necessárias para a informatização do laboratório baseado nas demandas apresentadas em visita técnica. Acredita-se que a utilização da prototipagem permitiu o planejamento estratégico de disposição dos conteúdos nas telas, avaliação de funcionalidade e usabilidade pela farmacêutica e, replanejamento de acordo com suas pontuações facilitando o desenvolvimento futuro do sistema web proposto. Palavras-chave: Tecnologia da Informação. Software. Laboratório clínico.

Introdução

Há mais de trezentos anos antes de Cristo, Platão já refletia que o ser

humano é o animal mais indefeso da terra e que, para sua sobrevivência e bem-

estar, necessita de meios técnicos (ABBGNANO, 2007). Com o passar dos tempos,

essa afirmação se consolidou, mostrando que a ciência e a tecnologia são

instrumentos importantes para a saúde e o tratamento de doenças.

Por reconhecer a necessidade desses meios técnicos, os temas ditos

anteriormente estão em pauta na mídia, nas agendas de governos, empresas,

ecossistemas de empreendedorismo, agências de fomento à pesquisas e diversas

organizações sociais, com forte influência no setor saúde. Por conseguinte, foi

propagada a ideia de que se vive em uma época histórica de desenvolvimento

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tecnológico sem precedentes, resultando em uma sociedade atualmente

reconhecida pelo conhecimento e tecnologia (LORENZETTI et al., 2012).

A Lei da Inovação brasileira define inovação como o aperfeiçoamento ou o

surgimento de uma novidade que geram novos processos e produtos (BRASIL,

2004). Sabe-se que, avanços e inovações no setor da saúde têm importantes

implicações para a conjuntura da economia, repercutindo na qualidade de vida da

população e na capacidade produtiva do país (ALBUQUERQUE et al., 2004).

Mudanças profundas nas atividades de trabalho estão acontecendo, facilitado

processos e técnicas sobre diferentes campos ou especialidades. Tais avanços se

expressam por meio da introdução da informática, o aparecimento de aparelhos

modernos e sofisticados, com a inclusão mais recentemente de sistemas de

softwares e aplicativos à serviço dos profissionais da saúde e população. Como

resultado, há uma contribuição em larga escala para a organização do trabalho e,

solução de problemas antes insolúveis, revertendo em melhores condições de

trabalho a estes, de vida e saúde para as pessoas (LORENZETTI et al., 2012).

Na área da saúde, a tecnologia permite ao profissional voltar a maior parte do

seu tempo ao cuidado do paciente, agilizando os processos ditos “burocráticos” aos

quais tomavam a maior parte do tempo. Para mais, já sabendo que atualmente o

diferencial de uma empresa e dos profissionais está ligado à valorização da

informação e do conhecimento, é a tecnologia e a possibilidade do armazenamento

de informações que permitem a tomada de decisão, organização, operacionalização,

geração de informações fieis e de fácil acesso, ocasionando na solução de

problemas para melhor desenvolvimento das atividades (MONTENEGRO et al.,

2013; ÉVORA et al., 2006; HALAMKA et al., 2008).

Nesta perspectiva, para criar um sistema web que contemple a otimização do

tempo do profissional e, armazene informações dos pacientes de modo mais

eficiente se comparado às folhas de um caderno, é necessário que o mesmo seja

flexível, específico e permita a interação com o profissional de modo que não possua

dados desatualizados como em muitos sistemas de informações vigentes, excesso

de registros que impossibilitem uma análise clara ao olhar para o banco de dados e

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preparação dos profissionais que farão o manejo da plataforma para que seja

legítima a geração de dados (MONTENEGRO et al., 2013).

O problema é que a saúde depende da criação e desenvolvimento de

inovações em vários outros setores como por exemplo da tecnologia em si, da física,

da engenharia mecânica, entre outros, principalmente quando diz respeito ao serviço

da atenção primária ou municipais em geral no qual não existe uma sistematização

da forma de se investir causando retrocesso se comparado a outras áreas em que a

tecnologia e inovação são por vezes mais valorizadas.

No mercado atual encontram-se softwares especializados em gestão

laboratorial, porém, não é acessível para a realidade de um laboratório municipal do

interior de Minas Gerais, onde os recursos são mais escassos. É possível encontrar

plataformas que permitem rastreabilidade de amostras, escalabilidade do negócio –

voltado ao mercado privado-,controle de estoque, entrega de resultados online e a

possibilidade de diminuição de filas tendo em vista a o agendamento online da

coleta das amostras necessárias para às análises. Recursos importantes e que

facilitam a gestão laboratorial, mas que nem todos os laboratórios possuem

condições de desenvolver ou comprar.

Em alguns destes locais onde os recursos para informatização são mais

escassos é possível observar uma desorganização dos processos e, por

consequência informações perdidas, as quais se compiladas num sistema com o

mesmo banco de dados, poderiam subsidiar outras inovações.

Existem realidades em que farmacêuticos e/ou biomédicos são responsáveis

pelo agendamento da coleta, pela coleta em si e, o registro de resultados, sendo

muitos desses processos ainda não informatizados. Como consequência, há a

possibilidade da perda de informações importantes. Ademais, os profissionais são

também responsáveis pela própria análise e entrega de resultados.

Esse cenário poderia ser revertido se desenvolvido um sistema web simples

que, além de compilar ferramentas que facilitariam o trabalho desses profissionais,

dariam mais tempo para análises de mais exames.

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Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi desenvolver um protótipo de um

sistema web que auxilie e sistematize o processo de trabalho dos funcionários de

um laboratório de análises clínicas municipais.

Desenvolvimento

Tratou-se de um projeto de intervenção realizado no período de novembro de

2017 a julho de 2018 em um laboratório de análises clínicas de um município do

interior de Minas Gerais.

Para tal, a metodologia utilizada fundamentou-se no desenvolvimento de um

sistema baseado no conceito de prototipação, seguindo os passos de coleta do

problema, refinamento dos requisitos, construção do conteúdo, avaliação das telas

pelo cliente, refinamento e remodelamento do projeto, sendo a prototipação o

modelo que permite uma análise do conteúdo pelo cliente para posteriormente ser

desenvolvido e implementado ( SPERANDIO; ÉVORA,2005)

Na primeira fase, foi estabelecida a necessidade de se montar uma equipe

multidisciplinar a qual tivesse conhecimento sobre gestão em saúde, sistemas de

informação e desenvolvimento de software. Como consequência, envolveu-se no

processo graduandos de enfermagem e sistemas de informação com conhecimentos

científicos e técnicos sobre saúde, produto, empreendedorismo, legislações e

diretrizes, análises de sistemas, segurança de software e desenvolvimento de

sistemas, capazes de empreender esforços para a elaboração do protótipo.

Por se tratar de uma solicitação feita pelos próprios funcionários do

laboratório, ainda na primeira fase, foi realizada a visita técnica onde foi observado o

processo ao qual a farmacêutica bioquímica responsável utiliza para gestão do

laboratório. Neste mesmo dia, foi apresentada a proposta de desenvolvimento de um

sistema web que agilizasse, informatizasse e sistematizasse os processos aos quais

a mesma realiza manualmente tendo como referencial a Resolução de Diretoria

Colegiada – RDC Nº 302, de 13 de outubro de 2005 que dispõe sobre regulamento

técnico para funcionamento de laboratórios clínicos e os protocolos municipais

(BRASIL, 2005).

Na segunda fase realizou-se uma busca no portal PubMed, SciELO e Lilacs a

procura de sistemas web de laboratório de análises clínicas não tendo sido obtido

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êxito. Por conseguinte, foi feito uma busca por anterioridade na principal ferramenta

de pesquisa disponível e, o repositório de aplicativos oficial do Google (Playstore)

tendo sido encontrado os sistemas da Labol (software para laboratório de análises

clínicas); SCOLA (Sistema de Controle Laboratorial); InfoLab da Liga Sistemas e o

Sistema Pleres da Digital Med. Todos os sistemas cobram um tipo de taxa para

aquisição e, mensalidade para manutenção, inviabilizando a utilização destes por

parte do laboratório municipal em questão considerando a escassez de recursos

para esta finalidade.

A terceira fase foi procedida do desenvolvimento das telas do protótipo do

sistema web no programa CorelDraw x8 assim como a identidade visual a ser

utilizada no protótipo da plataforma disponibilizada e, adaptada através de uma

ferramenta de criação de designer gráfico online chamada Canva. Justificou-se a

utilização destes softwares por reunir características que permitissem a

remodelagem das telas e arte após análise da farmacêutica responsável pelo

laboratório.

Na página de entrada do sistema, existe a opção usuário, entende-se que

este espaço se destina à funcionária responsável tecnicamente pelo laboratório, a

farmacêutica bioquímica. Por se tratar de um protótipo, somente um campo de

acesso foi desenvolvido.

Na quarta fase, foram apresentadas as telas do protótipo e a identidade visual a

ser incorporada à plataforma à bioquímica responsável pelo laboratório para

avaliação de sua funcionalidade, levando em consideração sua conformidade,

adequação e segurança de acesso e, sua usabilidade e neste avaliando sua

inteligibilidade, apreensibilidade e operacionalidade, respeitando a RDC Nº 302, de

13 de outubro de 2005 no que diz respeito aos requisitos dispostos nos itens 6 –

Processos Operacionais e 7 – Registros (BRASIL, 2005).

Na quinta e última fase foram adaptadas as considerações e, o protótipo visual

em linha de código do sistema web foi criado, utilizando como plataforma o software

Sublime Text tendo como ferramenta para estruturação e apresentação do conteúdo

a linguagem Html 5 e o estilo de formatação CSS3.

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Resultados e Discussão

Após seguir todas as fases dispostas na metodologia do estudo, teve-se

como resultados o protótipo a qual se deu o nome de LabDatas – Laboratório de

Análises Clínicas Municipal, identificado pela arte a seguir.

FIGURA 1 - Imagem desenvolvida a partir de uma ferramenta de criação

designer gráfico pelos autores

Nery e Pelissari (2016) afirmam que os bons resultados de uma empresa

estão diretamente associados a forma com que o mesmo encara sua identidade

visual e a apresenta ao seu público. Tendo, essa identidade a possibilidade de

despertar emoções, lembranças e o reconhecimento, essencial para identificação

destas (WHEELER, 2008, STRUNCK, 2007). Reconhecendo a importância da

identidade visual, foi selecionada a identidade demonstrada na figura 1. A escolha

baseou-se na opinião dos envolvidos, sendo eles: os graduandos e orientadores

responsáveis pelo desenvolvimento do protótipo assim como dos funcionários do

laboratório municipal de análises clínicas. A identidade visual foi utilizada na

produção das telas.

A página de acesso ao protótipo de software propicia ao usuário os campos

de login e senha, resguardando ao laboratório segurança necessária a este tipo de

software. Segurança necessária tendo em vista os princípios de privacidade e

confidencialidade dos pacientes já relatados por Araújo e colaboradores (2013). O

autor comenta ainda sobre a vantagem da transformação dos arquivos que antes

era feito em papel, passível de perdas para os registros eletrônicos.

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Após entrar no sistema, há um redirecionamento para uma tela com cinco

funcionalidades, sendo elas: o agendamento de exames, a funcionalidade de gestão

de exames, cadastro prévio de pacientes, gestão de relatórios e, sair do sistema.

A opção Agendamento de Exames conta com campo para o nome do

paciente e exame – onde com o desenvolvimento da plataforma podem ser

acrescentados um número de até 30 exames diferentes -; Data, Local e Horário,

além do nome do médico que solicitou e o convênio – sendo neste laboratório todos

conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

A figura a seguir, corresponde a tela que será direcionada se, na página inicial

o usuário clicar em exames. Nesta tela, ficará disposto quatro funções, sendo elas o

lançamento de resultados, Controle Intermunicipal, Datas de entrega e, coleta de

resultados.

FIGURA 2 – Tela do protótipo referente as funcionalidades ligadas à gestão de

exames

Assim que preenchido todos os campos, o usuário poderá gerar o laudo de

resultados que estará disponível para impressão, com todas as informações

requeridas no ítem 6 que dispõe dos processos operacionais da RDC Nº 302, de 13

de outubro de 2005 (BRASIL, 2005).

Em municípios de pequeno porte, muitos exames são enviados para outras

cidades, por meio de um acordo intermunicipal de cota pré estabelecida, no qual

são analisados e reencaminhados ao município de origem. Para tal, foi estabelecida

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a necessidade da criação de uma forma de controlar quais exames seriam enviados,

a data e, para qual cidade seria encaminhada. Com isso, não só o fluxo fica mais

organizado como, passa-se a ter controle de quais exames já foram enviados, o

tempo em média para cobrança dos resultados e, quanto de cota o município ainda

possui nas cidades.

A facilitar a gestão de prioridade de análise clínica, foi criado a ferramenta

onde compila as datas de entrega dos exames de acordo com o que foi registrado

no processo de coleta de amostra. Desta forma, o profissional consegue priorizar

quais exames devem ser realizados primeiro e, identificar facilmente quando um

paciente passar a data de ir buscar o exame. Esta ferramente permitirá a realização

do rastreio aos pacientes que porventura não buscam o resultado dos mesmo.

No dia marcado para a coleta do exame, o usuário poderá utilizar a função

coleta de dados. Nela, o sistema será capaz de rastrear os dados já cadastrados do

paciente, e, oferecerá um campo para colocar o número de coleta que será

composto pelo ano, mês e número da coleta. Se em março de 2018 fosse coletado

amostra de um paciente X por exemplo, o número de coleta do mesmo seria, por

exemplo, 20180309. Sendo o 2018 o ano, 03 o mês e 09 o número da coleta. Esse

número é importante para assegurar a sigilosidade e segurança das informações do

paciente durante análise e, é um dos requisitos necessários dispostos no ítem 6 da

RDC Nº 302, de 13 de outubro de 2005 (BRASIL, 2005).

Além das funcionalidades descritas anteriormente, será possível gerar uma

tela com a intenção de imprimir o conteúdo com as informações e data de entrega

do resultado do exame. Para os exames enviados para análise nos municípios

vizinhos, será possível utilizar esta mesma impressão (neste caso que será feita em

duas vias) de modo que uma fique com o paciente e outra seja enviada com a

amostra garantindo identificação e melhor organização das amostras enviadas.

Na função cadastro do paciente, que naturalmente durante implantação do

sistema será utilizada no início do processo, permitirá que os dados dos pacientes

sejam salvos em núvem, permitindo pois o rastreamento durante todos os processos

e funções posteriormente do software.

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Por perceber que, uma das maiores dificuldades do profissional responsável

pelo laboratório era contabilizar o balanço financeiro das cotas intermunicipais, foi

desenvolvido uma ferramenta que contabilizará a quantidade de exames enviados e

agendados de modo a saber quanto ainda resta da cota e quais exames ainda são

possíveis de serem agendados. Desta maneira, o tempo que antes era gasto

subtraindo à cota a quantidade de exames solicitados, poderá ser gasto com análise

de mais exames e/ou em quaisquer outro processo.

Importante mencionar que, um fator que confere vantagem ao protótipo do

sistema web LABDatas é a simplicidade do layout, composto por um arranjo

agradável e claro, objetivo e, principalmente sem competições entre outros

elementos de um mesmo campo visual. Kalbach (2009) fala sobre a importância da

informação organizada para o usuário e a importância desta tornar-se sugestiva.

Fala ainda sobre os pontos aos quais devem ser levados em consideração e que,

pode ser avaliado quando apresentado profissional responsável. São eles: a

facilidade de aprendizado, consistência da navegação, clareza dos resultados

durante navegação, eficiência, clareza visual entre outros pontos que, não poderiam

ser avaliados em um protótipo.

Quando implantado o sistema é de fato necessário reavaliar todos os pontos

para afirmar sua consistência e eficiência. A possibilidade de armazenamento dos

dados e, utilização do sistema offline (sem uso da internet) será imprescindível para

uma ferramenta importante que é o rastreio de exames já feitos – diminuindo, pois, a

demanda diária aos laboratórios. Existe uma data de validade aos quais, o exame

continua válido a depender do estado clínico do paciente. Em pequenas cidades a

rotatividade de profissionais da saúde costuma ser grandes não sendo, em muitos

casos, o mesmo profissional que solicitou o exame ao paciente aquele que vai

analisa-lo afim de diagnóstico.

Ainda existem aqueles pacientes que os perdem e, voltam a fila das unidades

básicas e consultórios particulares com os mesmos sintomas, e as mesmas

demandas – exames, medicamentos - são solicitadas. Retomando esses pacientes

ao fluxo dos laboratórios. Se o sistema web possibilitar o rastreio dos resultados

destes, muitos dos exames que ainda estariam dentro da data de validade, poderiam

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ser resgatados, agilizando o processo e, evitando o gasto de materiais, tempo e mão

de obra.

Conclusão

Este estudo buscou informatizar, facilitar e melhorar os processos de trabalho

aos quais os funcionários de um laboratório de análises clínicas municipais estão

sendo submetidos. Apesar de avançado as inovações tecnológicas, ainda é comum

observar a dificuldade de algumas instituições em informatizar os processos de

trabalho, garantindo melhores condições aos seus funcionários e, sobretudo,

diminuindo a possibilidade de erros aos quais, manualmente e, estando o

funcionário desempenhando vários papeis, podem vir a acontecer.

Conhecendo esta realidade o trabalho buscou oferecer a estes funcionários a

possibilidade de reduzir não só erros cometidos quando transcrições manuais,

quanto o tempo gasto nestes rituais. Foi observado durante visita técnica

informações que se perdem quando não tabelados dados importantes ao município

e, que por conseguinte torna-se necessário a repetição de processos como, por

exemplo, cadastro de pacientes que, todas as vezes que vão ao laboratório de

análises clínicas, precisam repassar as informações novamente, frustrando não só o

profissional que, acaba por fazer mais de uma vez a mesma coisa, quanto o cliente

que acaba por não dar tanta credibilidade ao mesmo.

Com o advindo da tecnologia, a utilização dos sistemas de informação e

banco de dados tornaram-se indispensáveis em todas as áreas, inclusive na saúde.

Essas inovações conferem à economia mundial a possibilidade do corte de

despesas e do aumento do número de acertos. A utilização da prototipagem como

forma de validar um processo sem gastar muito, poder planejar ações e, reavaliar

uma inovação antes mesmo dela ser lançada, possibilita ações não antes

mensuradas. No seguinte trabalho, a utilização da prototipagem permitiu o

planejamento estratégico de disposição dos conteúdos nas telas, permitiu a

avaliação de funcionalidade e usuabilidade pela farmacêutica a qual quando

implementado o software terá acesso como usuária e, o replanejamento de acordo

com suas pontuações quanto conteúdo e layout para aí, então, nos próximos passos

ser de fato desenvolvido o sistema web final.

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Referências

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ARAÚJO, Bruno Gomes; VALENTIM, Alexsandro de Medeiros; HEKIS, Helio Roberto; JÚNIOR, José Diniz; TOURINHO, Francis Solange Vieira. Processo De Certificação De Sistemas De Registro Eletrônico De Saúde No Brasil: Uma Abordagem Abrangente E Os Principais Desafios. Revista Brasileira de Inovação Tecnológica em Saúde, Natal, RN, v. 3, n. 3, p.11-26, 2013. Disponível em:<

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BRASIL. RDC nº 302, de 13 de outubro de 2005. Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos. Brasília (DF): Congresso nacional; 2005. Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/item/rdc-302-de-13-de-outubro-de-2005>. Acesso em: 12 de fevereiro de 2018.:

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KALBACH, James. Designer de Navegação Web – otimizando a experiência do usuário. Editora Bookman. Porto Alegre, 2009. Disponível em:<

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Publicado na Revista Vozes dos Vales - www.ufvjm.edu.br/vozes em: 10/2019

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