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Camada De Ozônio: A Guerra Continua 2|fevereiro|2000

(Artigo submetido à FOLHA DE S.PAULO, em 2 de fevereiro de 2000)

A destruição da Camada de Ozônio é um dos mais severos problemas ambientais da nossa era, e durante algum tempo foi muito citada na imprensa.

Sua destruição ainda que parcial, diminui a resistência natural que oferece à passagem dos raios solares nocivos à saúde de homens, animais e plantas. As consequências mais citadas seriam o câncer de pele, problemas oculares, diminuição da capacidade imunológica, etc. O problema surgiu nos anos 30, quando algumas substâncias foram produzidas artificialmente em laboratório, principalmente para as aplicações em refrigeração. Descobriu-se mais tarde que estas atacam a camada de ozônio, com a tendência de reduzí-la globalmente, e com um efeito devastador que acontece localmente na Antártica, conhecido como o buraco de ozônio da Antártica, aumentando assim a penetração dos raios ultravioleta indesejáveis.

Nos anos 80 iniciou-se uma verdadeira guerra para preservação da camada de ozônio, e uma de suas maiores vitórias foi a assinatura do Protocolo de Montreal, há mais de 10 anos. Por este tratado, assinado em 1987 por vários países, todas as substâncias conhecidas por CFC (clorofluorcarbonetos), responsáveis pela destruição do ozônio, não seriam mais produzidas em massa.

O trabalho mundial que se realiza para salvar a camada de ozônio continua. Trata-se de uma verdadeira guerra, onde se ganha batalha por batalha (e às vezes se perde uma, como por exemplo a não assinatura do Protocolo por alguns países). Recentemente, mais uma vez, representantes de 129 governos se reuniram para discutir aspectos ligados à questão da proteção da camada de ozônio.

A reunião de Pequim aconteceu de 29 de novembro a 3 de dezembro de 1999. Seu objetivo foi mais uma vez verificar os progressos que estão sendo feitos no sentido de eliminar as substâncias que destroem a camada de ozônio.

Ficou mais uma vez constatado que apesar de alguns avanços importantes, nem todos os países tem conseguido satisfazer as metas traçadas em reuniões anteriores. Por isto foi decidido que serão gastos nos anos de 2000 a 2002, a quantia de US $ 475,7 milhões para ajudar as indústrias de países em desenvolvimento a se adaptar a estes objetivos.

O grande problema é que muitas das pequenas indústrias que produziam e ainda produzem substâncias "proibidas" não tem tido capacidade financeira de se adaptar aos ditames do Protocolo de Montreal, que prevê o congelamento da emissão dos CFCs, a partir de 1 de julho de 2000, nos níveis registrados entre 1995 e 1997. A eliminação total está prevista para 2010, e o nível de 50% está previsto, numa etapa intermediária, para 2005.

A maior vitória nesta guerra foi conquistada em 1987, quando a maioria dos países desenvolvidos parou de fabricar os CFCs. Para não prejudicar os países em desenvolvimento, foi lhes concedido ainda um tempo adicional para se adaptar às novas exigências. Assim é que, 84% da emissão de CFCs já foi eliminada, uma conquista extraordinária. A guerra, porém, ainda não está ganha. A Índia e a China são hoje ainda os maiores produtores e consumidores de CFCs.

A redução da camada de ozônio pode ser medida através do tamanho do buraco de ozônio da Antártica. Trata-se de uma região onde os efeitos destruidores dos CFCs são aumentados, pelas

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condições climáticas do Polo Sul. Assim é que estamos numa época em que o tamanho do buraco é o maior já registrado. Apesar da vitória alcançada em 87, os problemas ainda não estão totalmente resolvidos para a camada de ozônio, e o motivo é que não existe ainda um substituto ideal para repor o CFC. Hoje utiliza-se maciçamente substâncias conhecidas por HCFC, isto é, um CFC melhorado ecologicamente, mas que ainda tem em sua molécula um átomo de cloro, que mais cedo ou mais tarde, vai também atacar a camada de ozônio. Em outras palavras, a situação está teoricamente melhor, mas ainda não está resolvida. A guerra não está ganha ainda.

Não se pode esquecer que a camada de ozônio reage muito lentamente aos estímulos externos. O exemplo citado acima ilustra bem o que se afirma. A partir de 87 foi quase eliminada a emissão de novas quantidades de CFC para a atmosfera, mas hoje ainda temos um buraco de ozônio na Antártica que está próximo ao seu tamanho máximo. Os cientistas dizem para explicar isto que a camada tem constante de tempo muito longa. A constante de tempo da camada de ozônio é muito grande, isto é, ela só vai reagir a um estímulo após dezenas de anos. A prova é que, há mais de 13 anos após a principal vitória na eliminação da emissão de CFCs, o buraco na camada de ozônio ainda continua próximo ao seu máximo.

Em 1998 o tamanho do buraco de ozônio da Antártica foi o maior já registrado, com 27 milhões de quilômetros quadrados, ou seja, mais de 3 vezes o tamanho do Brasil. Parece que estamos ainda muito longe de um resultado realmente positivo no sentido da recuperação da camada de ozônio, não só na Antártica, mas também em todo o mundo. O Brasil tem participado deste trabalho de avaliação contínua da camada de ozônio não só sobre o Brasil, mas também na Antártica, onde manteve em 1999 uma equipe na base Comandante Ferraz, para medir a camada de ozônio usando balões de pesquisa.

Por tudo isto, continua o monitoramento da camada de ozônio em todo o mundo, a partir da superfície terrestre, de satélites, de aeronaves, usando as técnicas mais diversas. Não podemos esquecer que a guerra ainda levará muitos anos, até que finalmente, poderemos de fato não mais nos preocupar com radiação ultravioleta danosa aos seres vivos, quando a camada de ozônio estiver recuperada.

Fonte: http://www.dge.inpe.br/ozonio/kirchhoff/html/artigo2.html

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Sistema facilita realizar exame para câncer de peleEquipamento avalia lesão e envia dados pela Internet

9|fevereiro|2000

Campinas - Com a diminuição da camada de ozônio e o conseqüente aumento dos casos de câncer de pele registrados, o número de especialistas para diagnosticar lesões na pele começa a ser insuficiente no Brasil. Por isso uma empresa de São José dos Campos, SP, vem investindo desde 1998 num sistema computacional para acelerar a análise destas lesões e permitir a emissão de pareceres de especialistas via Internet.

"O equipamento é dotado de um vídeo dermatoscópio, uma espécie de microcâmera, que filma a lesão cutânea e transfere o sinal digital de vídeo para uma placa dentro do computador", explica Antônio Francisco Júnior, da Atonus Engenharia de Sistemas (http://www.polovale.softex.br/atonus). Um software digital analisa, então, o tamanho e o formato da lesão, indicando, por exemplo, se há possibilidade de ser um melanoma (câncer). "A análise comparativa por computador diminui a subjetividade do médico ou do paciente no controle da evolução de uma lesão e ainda reduz, em muitos casos, a necessidade de retirada de material para biópsia", acrescenta Francisco Júnior.

A Atonus é uma empresa que já trabalha com visão computacional, análise de sêmen, ótica e ultra-sonografia. Para o desenvolvimento de um equipamento nacional com vídeo dermatoscópio, dos softwares específicos e do sistema de comparação utilizado recebeu financiamento de R$ 113 mil da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, Fapesp (http://www.fapesp.br).

Um protótipo do sistema já funciona no Instituto Brasileiro de Controle do Câncer e a Atonus deverá colocar os primeiros equipamentos de linha no mercado nacional em abril deste ano. O sistema nacional deverá custar cerca de US$ 12 mil dólares, mais a manutenção ou atualização anual do software. Apenas outros três países - Alemanha, Áustria e Estados Unidos - têm sistemas semelhantes, mas só o equipamento - sem o software nem a possibilidade de consulta via Internet - custa o dobro. INFORMAÇÕES: E-mail [email protected], (0xx12) 3417225

Joinville - Quarta-feira, 9 de Fevereiro de 2000 - Santa Catarina - BrasilFonte: http://www.an.com.br/2000/fev/09/0inf.htm

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Prozon avalia projetos do setor de espumas 16|março|2000

Seis projetos de conversão industrial no setor de espumas serão avaliados hoje, no MMA, durante a reunião do Comitê Interministerial para Proteção da Camada de Ozônio (Prozon). Se forem aprovados, eles serão encaminhados à reunião do Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal, ainda esse mês, para a liberação de US$ 1,5 milhão pleiteado pelo Brasil para sua implantação. Os projetos vão permitir que as empresas deixem de emitir, anualmente, 204 toneladas de substâncias que destroem o ozônio.

A pauta de reunião do Prozon inclui ainda a análise da portaria dos Ministérios da Agricultura e da Fazenda, editada em 1999, que autoriza o uso do brometo de metila nos portos do país. Esse veneno, também muito utilizado nas culturas de fumo, serve para esterilizar produtos agrícolas nos tratamentos de quarentena e pré-embarque.

Fonte: www.mma.gov.br

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Cresce investimento para proteção da camada de ozônio 22|março|2000

Para realizar a conversão industrial de equipamentos que utilizam substâncias destruidoras da camada de ozônio, cerca de 160 empresas em atividade no Brasil captaram, desde 1992, um total de US$ 41,5 milhões do Fundo Multilateral de Implementação do Protocolo de Montreal. Levantamento da Secretaria de Qualidade Ambiental do MMA concluiu que 1999 foi o ano em que o Brasil obteve o melhor desempenho na captação desses recursos.

Somente no ano passado, quando voltou a integrar o Comitê Executivo do Fundo, o país obteve US$ 10 milhões.

Em 1996, segundo a Secretaria de Qualidade Ambiental, foram captados US$ 10,7 milhões para implantação de tecnologia limpa. Metade desses recursos foram destinados a um só projeto do setor de refrigeração.

Fonte: www.mma.gov.br

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Workshop alerta para o usodo brometo de metila 12|abril|2000

Joinville - O brometo de metila, agrotóxico 50 vezes mais prejudicial à camada de ozônio que o clorofluorcarbono (CFC), ainda é largamente usado no plantio do fumo. Na safra 1999/2000 foram usadas mais de 363 toneladas do veneno. O número ainda é preocupante, mas representa 20,77% da quantidade utilizada em 1997, ano em que os agricultores consumiram mais de 1,74 milhões de toneladas. Os números foram apresentados no workshop internacional sobre as alternativas para o uso de brometo de metila na cultura do fumo, que começou ontem, em Joinville.

O Brasil é o quarto produtor mundial de tabaco e está na primeira colocação como exportador. A meta nacional é banir o uso do insumo até 2005, mas as indústrias do setor prometem empenho para alcançar a meta até 2003.Participam especialistas da Áustria, Zimbabue, Croácia, Macedônia, Cuba, Argentina, México e República Dominicana, todos com pesquisas e resultados semelhantes para encontrar alternativas ao brometo. O evento é promovido pela United Nations Industrial Development Organization, Epagri, Emprapa e Ministério do Meio Ambiente, e continua hoje com uma excursão técnica aos municípios de Aurora e Ituporanga.

Conforme o pesquisador da Epagri Juarez José Vanni Müller, 99% dos plantadores de fumo ainda fazem uso do brometo, sendo que 96% deste volume nas plantações de fumo. E Santa Catarina tem responsabilidade significativa para a mudança desta realidade. O Estado consome 80% do insumo. Müller classifica o brometo de metila como uma bomba atômica.

"Para matar um ou dois microorganismos nocivos às mudas de fumo, aplica-se este gás que mata milhões", adverte.

Fonte: www.an.com.br/2000/abr/12/0ger.htm

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Camada de ozônio maio|2000

Pesquisa divulgada pela revista Science em maio de 2000 revela que a formação de nuvens estratosféricas no Pólo Norte está danificando a camada de ozônio no Ártico. Esse fenômeno, de acordo com os cientistas, pode ser um indício de que a camada não está se recuperando no ritmo esperado e de que esse processo deve demorar ainda mais tempo do que o estimado. Os dados foram colhidos pelo satélite MicroWave LimbSounder, sob orientação da Nasa.

A necessidade de proteger com urgência a camada de ozônio, ameaçada pela emissão de clorofuorcarbonetos, levou à realização do melhor exemplo de iniciativa de preservação ambiental bem-sucedida, unindo cientistas, empresas, organizações não governamentais e governos. O buraco na camada de ozônio fez com que 24 países desenvolvidos assinassem um compromisso em 1987, o Protocolo de Montreal (Canadá), para a erradicação gradual da produção de gás clorofluorcarbono (CFC) no mundo.

Situada na estratosfera, entre 20 e 35 km de altitude, a camada de ozônio tem cerca de 15 km de espessura. Sua constituição, há 400 milhões de anos, foi crucial para o desenvolvimento da vida na Terra. Composta de um gás rarefeito, formado por moléculas de três átomos de oxigênio - o ozônio -, ela impede a passagem de parte da radiação ultravioleta emitida pelo Sol.

A agressão à camada de ozônio interfere no equilíbrio ambiental e na saúde humana e animal. Sem sua proteção, diminui a capacidade de fotossíntese nas plantas e aumenta o risco de desenvolvimento de doenças como o câncer de pele.

O impacto do CFC na camada de ozônio começa a ser observado em 1974 pelos químicos Frank Rowland e Mario Molina, ganhadores do Prêmio Nobel de Química de 1995. Eles confirmam que o CFC reage com o ozônio, reduzindo a incidência desse gás e, conseqüentemente, a espessura da camada. Na época, o CFC é usado em propelentes de sprays, embalagens de plástico, chips de computador, solventes para a indústria eletrônica e, sobretudo, nos aparelhos de refrigeração, como geladeiras e sistemas de ar condicionado.

Em 1984, as observações dos dois químicos são confirmadas com a detecção de um desgaste na camada de ozônio num ponto sobre a Antártica. Sua extensão, de 7 milhões de km², supera as previsões mais pessimistas. De acordo com os números registrados então, os EUA, sozinhos, respondiam por quase um terço do consumo global de CFC, e os negócios com o gás movimentavam 28 bilhões de dólares.

Entre 1988 e 1995, o consumo de CFC cai 76% no mundo inteiro, em conseqüência do acordo de Montreal. Nem todos os países desenvolvidos, entretanto, cumprem a meta de substituir o gás por outro agente inócuo. Em meados da década de 90, um mercado negro de negócios com o CFC começa a se consolidar, movimentando entre 20 e 30 mil t anuais. Hoje a camada de ozônio é ameaçada também pelos efeitos da utilização na agricultura do brometo de metila, um inseticida que protege as plantações de tomate e morango, mas produz os mesmos efeitos nocivos do CFC.

Fonte: Revista Science, maio de 2000http://www.avanielmarinho.com.br/cultura_oline/meio_ambiente.htm

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Recuperação do ozônio pode demorarNuvens estratosféricas polares ameaçama camada que protege a vida na Terra

25|maio|2000

O esfriamento da região ártica contribui para a diminuição da camada de ozônio

Há mais de uma década, cientistas apontaram os clorofluorcarbonos (CFCs) como um dos maiores responsáveis pela diminuição da camada de ozônio, que protege a Terra dos raios ultravioleta do Sol. Esses compostos eram fabricados para uso em refrigerantes, aerossóis, solventes, extintores de incêndio e outros. Sua produção cessou em 1996 nos países signatários do Protocolo de Montreal. Desde então, a concentração de cloro na atmosfera superior já diminuiu. Mas a recuperação da camada de ozônio não está acontecendo no ritmo em que se esperava.

A causa disso é a formação de nuvens estratosféricas polares em número cada vez maior, segundo constataram recentemente cientistas da Agência Espacial Americana (Nasa). Essas nuvens eliminam os compostos de nitrogênio da atmosfera superior que diminuem o impacto destrutivo do cloro, além de transformar formas benignas de cloro em formas que destroem o ozônio.

Descobertas em 1986, essas nuvens são compostas de ácido nítrico e água e se formam na estratosfera - a porção da atmosfera terrestre compreendida entre 15 e 40 quilômetros de altitude, na qual se situa a camada de ozônio. A formação das nuvens estratoféricas polares é favorecida pelo esfriamento da atmosfera superior, que é conseqüência do aquecimento da superfície terrestre característico do efeito estufa.

A cada primavera, um buraco no ozônio se forma no Pólo Sul, mais frio que o Norte. Os pesquisadores da Nasa verificaram que as nuvens estratosféricas polares permanecem duas vezes mais tempo no sul que no norte. Eles observaram pela primeira vez durante um período de vários anos a quantidade de ácido nítrico nos Pólos Norte e Sul. Ao contrário do que ocorre no sul, esse composto existe em permanência durante o inverno ártico, e ajuda reduzir a perda do ozônio.

No entanto, a região ártica, em que se situa o Pólo Norte, tem se tornado mais fria e úmida, favorecendo a formação das nuvens estratosféricas polares. Os cálculos dos pesquisadores da Nasa mostram que, caso as temperaturas árticas caiam mais 3 ou 4 graus celsius, o Pólo Norte pode se assemelhar ao Sul por volta de 2010. "Isso poderia resultar em uma perda de ozônio dramática para o Hemisfério Norte, que é o mais populoso", segundo Azadeh Tabazadeh, que liderou a equipe de cientistas.

Fonte: http://www2.uol.com.br/cienciahoje/chdia/n096.htm| volta |

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Greenpeace denuncia Coca-Cola por violaros critérios ambientais dos Jogos Olímpicosde Sydney

2|junho|2000

Entidade lança campanha na Internet para pressionar a Coca-Cola a não usar o gás estufa HFC em seus sistemas de refrigeração

O Greenpeace abriu ontem uma campanha mundial pela internet denunciando a Coca-Cola, um dos maiores patrocinadores das Olimpíadas, por desrespeitar as Diretrizes Ambientais dos Jogos Olímpicos de Sydney/2000 e por manter ainda o uso em todo o mundo dos gases refrigerantes HFCs, que comprovadamente contribuem para o aquecimento terrestre através do efeito estufa. A campanha mostra ursos polares, símbolo usado pela Coca-Cola para vender bilhões de garrafas da bebida em todo o mundo e que, ironicamente, estão morrendo de fome devido às mudanças climáticas, como estudos científicos já provaram.

Os internautas vão poder participar da campanha através do website CokeSpotligh (www.cokespotlight.org), produzido em conjunto com a entidade de ativismo pela internet Adbusters, baseada no Canadá. No site, as pessoas ao redor do mundo vão poder ajudar o Greenpeace a pressionar a Coca-Cola para mudar sua política em relação à refrigeração com gases HFC. O visitante poderá obter um amplo kit de campanha, que inclui materiais passíveis de download como adesivos, pôsteres, cartões postais e imagens eletrônicas.

"A Coca-Cola teve sete anos para tomar a iniciativa e colocar refrigeração ambientalmente correta nos locais das Olimpíadas, de acordo com as Diretrizes Ambientais,” diz Corin Millais Coordenadora da Campanha Olimpíadas Verdes do Greenpeace Austrália. “Ao invés disso, a empresa preferiu continuar com sua prática poluidora de usar o HFC. A política mundial sobre refrigeração da Coca-Cola ajuda a intensificar a criseclimática global”.

A Coca-Cola vai instalar 1.700 refrigeradores à base de gases estufa HFC nos diversos locais onde vão acontecer os Jogos Olímpicos. Apenas 100 refrigeradores Greenfreeze (que cumprem as determinações das Diretrizes Ambientais das Olimpíadas de Sydney) serão instalados.

“Isto significa que os gases estufa HFC é que esfriarão mais de dez milhões de unidades de Coca-Cola durante as Olimpíadas de Sydney, os primeiros Jogos Verdes da história”, diz Cristina Bonfiglioli, Coordenadora da Campanha de Olimpíadas do Greenpeace Brasil. “Devemos lembrar que os HFCs (hidrofluorcarbonos) constituem um grupo de gases estufa que está entre os mais potentes já inventados. Em uma média de 20 anos, uma tonelada de HFCs causa 3.300 vezes mais alterações climáticas que uma tonelada de dióxido de carbono, o principal gás estufa.”

Sistemas naturais de refrigeração, conhecidos como Greenfreeze, estão comercialmente disponíveis, especialmente nos países desenvolvidos, e podem ser usados no lugar dos HFCs. Existe uma ampla gama de sistemas Greenfreeze disponíveis em supermercados, bares, restaurantes, escritórios, freezers para sorvetes e bebidas, geladeiras domésticas e ar condicionado.

No Brasil, o Greenpeace desenvolve uma campanha para pressionar os fabricantes de geladeiras, aparelhos de ar condicionado e freezers a também produzirem os greenfreezers e assim tornar disponível ao consumidor brasileiro uma opção ambientalmente correta.

Fonte: www.brasilpunk.hpg.ig.com.br/link%20de%20anti%20coca-cola.htm

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Substâncias que destroemcamada de ozônio serão proibidas 31|junho|2000

Resolução Conama, que ainda vai ser votada, prevê proibição a partirde janeiro de 2001

Brasília - O Ministério do Meio Ambiente vai proibir no País, a partir de janeiro do próximo ano, a utilização de substâncias que destroem a camada de ozônio. A resolução contendo a proibição, cujo texto ficou pronto ontem, será votada até dia 15 de junho em reunião ordinária da Câmara Técnica de Controle Ambiental do Conselho Nacional do Meio Ambiente.

Entre as substâncias a serem proibidas estão as utilizadas em propelentes de aerossóis, equipamentos e sistemas de combates a incêndios e instalação de ar-condicionado central, frigoríficos, ar-condicionado de carros e como solventes.

A resolução preparada pelo Conama vai atingir também o uso de gases em refrigeração e congeladores domésticos. Devem ainda figurar na lista das substâncias proibidas pelo Ministério do Meio Ambiente todos os equipamentos de refrigeração e sistemas de refrigeração, espumas rígidas e semi-rígidas.

Pela medida do Conama as empresas ficarão impedidas de importar fórmulas diversas do CFC (clorofluorcarbono) e outros gases. A resolução só permitirá a compra de substâncias incluídas no Protocolo de Montreal, que regulamenta a utilização de gases pelos países signatários do documento. Com a medida, o Brasil passará a cumprir o acordo assinado por diversos países para reduzir no ar o índice de gases que destroem a camada de ozônio.

O texto que irá à votação na Câmara Técnica do Conama estabelece também que as empresas importadoras só podem trazer os produtos para o Brasil se estiverem cadastrados no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Além do cadastro, as empresas ficarão ainda obrigadas a informar periodicamente a quantidade de substâncias que estejam manipulando.

Chico Araújo

Fonte: www.brasil.terravista.pt/Ipanema/3888/materias.htm

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Camada de ozônio tem maior buraco 9|setembro|2000

Satélite da Nasa anuncia fato inédito na AntártidaUm satélite de monitoramento da Nasa detectou sobre a Antártida o maior buraco na camada de ozônio já observado, com uma extensão de 28,3 milhões de quilômetros quadrados - mais de três vezes o território brasileiro. O anúncio, feito ontem por cientistas da agência espacial norte-americana, indica que gases nocivos à camada de ozônio emitidos anos atrás só agora estão causando seus maiores danos.

Em imagem captada pelos instrumentos a bordo do satélite Toms-EP (Total Ozone Mapping Spectrometer-Earth Probe), o buraco aparece como uma mancha azul gigante, cobrindo completamente a Antártida e chegando até o Cabo Horn, no extremo Sul da América. Até agora, o maior buraco na camada de ozônio sobre o Pólo Sul havia sido registrado em 1998, quando chegou a 27,2 milhões de quilômetros quadrados, de acordo com a Nasa.

O buraco recorde pode ter sido causado por uma mudança em uma corrente de ar em espiral sobre a Antártida - uma espécie de "jet stream" polar que circula a área e contém o buraco de ozônio. Este ano, a extensão dessa corrente de ar chegou mais ao Norte do que o normal.

O técnico Paul Newman, que trabalha com o espectrômetro especial do Toms-EP, disse que especialistas já esperavam encontrar um buraco maior este ano, mas não tão grande. "Sempre prevemos uma certa variação de ano para ano, mas o buraco este ano começou mais cedo que o normal e é consideravelmente maior do que esperávamos", disse Newman.

Observado pela primeira vez em 1985, o buraco sobre os céus da Antártida é causado pela destruição da camada protetora de ozônio da Terra por gases conhecidos como CFCs (clorofluorcarbonos), produzidos pelo homem. Proibidos a partir de 1987, os CFCs permanecem na atmosfera.

Temperatura também influi"O pico de vulnerabilidade não ocorreu logo após a proibição dos CFCs", explica o técnico. "Isso ocorre depois de uns 15 ou 20 anos." A partir daí, continua, a situação retornará ao normal, muito lentamente. "Seremos pessoas muito velhas quando esse buraco de ozônio realmente desaparecer."

A temperatura sobre a Antártida também contribui significativamente para o tamanho do buraco a cada ano. Temperaturas mais elevadas a partir de outubro reduzem a habilidade do cloro e outros gases de destruir a fina camada de ozônio que proteje a Terra dos raios ultravioletas do Sol.

Os registros das temperaturas e dos períodos para o congelamento e degelo de lagos no planeta nos últimos 150 anos, em áreas diversas como o Estado de Wisconsin, nos EUA, e regiões do Japão, são as mais novas evidências do chamado "alerta global" de aquecimento do planeta, segundo um relatório publicado na revista "Science".

Uma equipe internacional dirigida pelo doutor John Magnuson, da Universidade de Wisconsin, em Madison, concluiu que entre 1846 e 1995, os lagos passaram a congelar em média 9,8 dias mais tarde e a degelar 8,7 dias mais cedo nos invernos.

Fonte: http://an.uol.com.br/2000/set/09/0mun.htm

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Cidade chilena vive sob o buracona camada de ozônio 23|outubro|2000

Puerto Williams é ameaçado pelo buraco na camada de ozônio Todo ano, mais ou menos nesta época, é detectado um buraco na câmada de ozônio sobre a Antártica.

Este ano, no entanto, o buraco atingiu níveis recordes e chegou a uma área ao sul do Chile, incluindo a ponto mais ao sul do continente americano, a cidade de Puerto Williams.

À primeira vista, no entanto, a cidade parece não ter sido afetada pelo alerta.

Do lado de fora do posto de correios, um cartaz alerta a população para ficar em lugares fechados na hora do almoço e usar protetor solar.

Sem protetor nas lojas

Apesar do aviso, poucas pequenas estão tomando algum cuidado e nenhuma loja na cidade vende protetor solar.

Os pescadores da pequena cidade de 2 mil habitantes estão entre os que parecem decididos a continuar com a vida de sempre.

Preocupados com a próxima pescaria, eles nem pensam se vão ficar queimados pelo sol.

"Eu não sei que tipo de problema o buraco na camada de ozônio pode causar", diz o pescador Eladio Enrique Leger. "Mas não estou realmente preocupado, porque até agora não senti nada", disse.

Aulas especiais

Em alguns lugares, no entanto, a vida mudou. Na escola da cidade, o ecologista Ricardo Rozzi está dando aulas especiais sobre o buraco na camada de ozônio.

Aviso sobre os perigos da radiação Ele estimula os alunos a ler o último alerta divulgado pelas autoridades. Esse aviso diz que, sem protetor solar, a pele pode queimar em apenas cinco minutos sob o sol do meio-dia.

Por causa disso, ele adiou os planos de dar aulas ao ar livre no jardim botânico de Puerto Williams.

O prefeito da cidade, Eduardo Barros, está tentando conscientizar as pessoas sobre os problemas de se viver debaixo do buraco na camada de ozônio.

Ele quer comprar óculos de sol para as crianças na pré-escola e levar um carregamento de protetor solar para a cidade.

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Câncer de pele e processos

Além disso ele está preocupado com os danos a longo prazo na saúde dos habitantes de Puerto Williams, especialmente o risco de câncer de pele.

"No futuro, se os cientistas puderem provarem que o buraco na camada de ozônio prejudicou a saúde das pessoas aqui, nós iremos entrar com ação na Justiça contra as empresas responsáveis pelos produtos químicos que causaram o problema", afirma.

"Faremos como os que estão processando fabricantes de cigarros nos Estados Unidos", compara.

Até agora, médicos trabalhando na cidade dizem que ainda não foi detectado um aumento na incidência de câncer de pele entre os moradores.

Mas ressalvam que isso não quer dizer que os moradores de Puerto Williams estejam fora de perigo, já que podem se passar várias décadas antes que esses efeitos sejam sentidos.

www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2000/001023_ozonio.shtml

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Pólo Norte também pode ter buracona camada de ozônio 26|outubro|2000

Antártida é a região mais afetada Um buraco na camada de ozônio similar ao que já existe sobre a Antártida pode estar se formando no Pólo Norte.

Quem afirma é o cientista britânico Jonathan Shanklin, um dos responsáveis pela descoberta do buraco na camada de ozônio que atinge o sul do planeta.

Segundo ele, a camada de ozônio, que protege a Terra da ação dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol, está passando por um processo de esfriamento, o que dificulta sua recomposição e pode ampliar seu desgaste.

Enquanto as regiões atingidas pelos buraco na camada de ozônio na Antártida são desabitadas, um fenômeno semelhante na região do Círculo Polar Ártico permitiria a incidência perniciosa de raios ultravioleta sobre regiões densamente povoadas da Europa, Ásia e América do Norte.

Câncer

Sem o bloqueio parcial da camada de ozônio, os raios ultravioleta podem danificar os olhos, afetar o sistema imunológico e até causar câncer de pele.

De acordo com Shanklin, pode-se formar um buraco no norte do planeta mesmo com as medidas que restringem a emissão na atmosfera de gases que destróem as moléculas de ozônio.

"A Atmosfera está mudando, e uma das mudanças-chaves é o resfriamento da camada de ozônio", afirmou Shanklin à BBC.

Segundo ele, isso possibilita a formação de nuvens na região da atmosfera onde fica a camada de ozônio, principalmente no inverno.

"Nessas nuvens podem ocorrer reações químicas que formam substâncias capazes de destruir as moléculas de ozônio."

Shanklin acredita que, dentro de 20 anos, vai existir sobre o Pólo Norte um buraco tão grande quanto o que foi observado neste ano na Antártida - o maior já registrado.

www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2000/001026_ozonio.shtml

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O papel protetor da camada de ozônioe os perigos da sua destruição novembro|2000

por Millie Panichi e Samara Tamie

Apesar da sua reduzidíssima quantidade, o ozônio assume um papel fundamental na sobrevivência da humanidade. Com efeito, absorvendo grande parte das radiações ultravioletas

(mais de 95%), impede que estas atinjam a superfície terrestre em quantidades demasiado elevadas, o que a acontecer provocaria anomalias nos seres vivos, como sejam o cancro da pele

(sobretudo quando os seres humanos se expõem demasiado ao sol sem proteção), deformações, atrofia, etc. Estudos divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Meio

Ambiente indicam que a redução de apenas 1% na espessura da camada de ozônio é suficiente para a radiação ultravioleta cegar 100 mil pessoas por catarata e aumentar os casos de cancro da pele em 3%. Está provado também que a exposição desmedida aos raios ultravioletas pode

afetar as defesas imunológicas do homem e dos animais, dando sinal verde a doenças infecciosas. Em casos extremos (quantidades muito elevadas), tornar-se-iam mortais pelas

graves queimaduras que por elas seriam provocadas. Todas as células acabariam por ser então destruídas, o que impossibilitaria a existência das formas de vida atualmente conhecidas no nosso planeta. De notar, no entanto, que, em quantidades adequadas (muito pequenas), as

radiações ultravioletas são úteis à vida, contribuindo para a produção da vitamina D, indispensável ao normal

desenvolvimento dos ossos.

Em meados da década de 80, confirmou-se que o ozônio está a ser progressivamente destruído, com a conseqüente rarefação da camada onde este importante gás se concentra (camada do

ozônio). Essa destruição é provocada por produtos químicos libertados pela atividade humana, especialmente os que contêm cloro e, em particular, os chamados clorofluocarbonetos (CFC), gases constituídos por cloro, flúor e carbono, muito utilizados em frigoríficos, aparelhos de ar

condicionado, indústria eletrônica, produção de espumas sintéticas usadas no combate a incêndios, artigos de limpeza, etc.

Os CFC podem subir até à estratosfera sem se modificar. Mas, chegando ali, a radiação ultravioleta quebra as suas moléculas e liberta os átomos de cloro, que reagem com o ozônio, destruindo-o. Claro que o enfraquecimento da camada de ozônio, facilitando a passagem das

radiações ultravioletas, faz com que estas cheguem em maior quantidade à superfície do Globo, com os graves perigos já referidos.

O chamado "buraco do ozônio", que designa a camada de ozônio muito fina sobre a Antártida, surge com maior nitidez na Primavera e Outono. Porém, o perigo já não se restringe ao inóspito

e desabitado continente antártico, onde a falha na camada de ozônio é maior porque a movimentação dos ventos acontece em redor do pólo. Em várias outras regiões do planeta, o escudo do ozônio também está a ficar mais fino, permitindo a intensificação nada salutar dos

raios ultravioletas e novos buracos poderão surgir sobre regiões populosas de qualquer latitude.

Face a esta ameaça, mais de 60 países assinaram, em 1987, o Protocolo de Montreal, comprometendo-se a reduzir em 50% o uso de CFC até finais do ano 1999. Mas, em 1990, na Conferência de Londres, setenta países concordaram em acelerar os processos de eliminação

dos CFC, decidindo não a redução mas a paragem total da produção até ao ano de 2000, tendo sido criado um fundo de ajuda aos países em desenvolvimento de 200 milhões de dólares de

1991a 1993. Os Estados Unidos, Canadá, Suécia e Japão anteciparam essa data para 1995 e a UE decidiu parar com a produção até Janeiro de 1996.

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Fonte: www.bionline.net/2001/134/ozonio.htm

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Sol em excesso, uma ameaça à saúde da peleImportante para o ser humano, raio ultravioleta em horário indevidopode causar até câncer

12|novembro|2000

Luis Fernando Assunção

Joinville - O planeta está mais quente, o buraco da camada de ozônio maior e, a cada verão, os cuidados para os que gostam de se tostar ao sol precisam ser redobrados. Os raios ultravioletas, indispensáveis à sobrevivência dos seres humanos, podem estar se tornando um inimigo.

Exposição ao raios em horários inapropriados podem trazer queimaduras, envelhecimento mais rápido da pele e ainda gerar uma série de doenças, como o câncer. Estima-se que pelo menos 3% dos cânceres resultem da exposição às radiações, entre elas a solar.

Além dos perigos naturais, há os artificiais. O bronzeamento por lâmpadas, por exemplo, pode ser tão ou mais nocivo do que a exposição ao sol. O aumento do buraco da camada de ozônio tem tornado difícil a vida de quem gosta de se estirar ao sol. Estudos divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente indicam que a redução de apenas 1% na espessura da camada de ozônio é suficiente para a radiação ultravioleta cegar 100 mil pessoas por catarata e aumentar os casos de câncer de pele em 3%. Em casos extremos, pode matar por queimaduras.

Em quantidades adequadas, entretanto, esses raios contribuem para a produção de vitamina D, indispensável ao desenvolvimento dos ossos nos primeiros meses de vida.

Em meados da década de 80 os cientistas confirmaram o que fotos e análises via satélites deixavam claro já há algum tempo. A espessura da camada de ozônio estava cada vez mais fina, colocando em perigo a eficácia dos raios ultravioletas para a manutenção da vida na Terra. Os vilões da história são os produtos químicos liberados pela atividade humana, especialmente os que contém cloro e, em particular, os clorofluorcarbonados (CFC), gases constituídos por cloro, flúor e carbono. Muito uitlizados em frigoríficos, refrigeradores, aparelhos de ar condicionado, tubos de spray e espuma sintética, o CFC passou de componente de conforto da vida moderna a grande bandido das causas ambientais.

A pele é a primeira barreira física e imunológica para as agressões que sofre o organismo, diante das exposições solares. Daí a importância de se reconhecer bem os efeitos dos raios ultravioletas (UV). Os mais importantes desses raios são o A (UVA) e B (UVB). Os primeiros, são considerados os "bonzinhos" - apesar de serem indutores de envelhecimento cutâneo -, predominando no horário normal até as 10 horas e após as 16 horas. Os tidos como piores para o organismo humano seriam os UVB, entre 10 horas e 16 horas.

Falha na camada de ozônio cresce

O chamado buraco de ozônio surge com mais nitidez na primavera e outono. E o perigo já não se restringe ao continente antártico, onde a falha na camada é maior porque a movimentação dos ventos acontece ao redor dos pólos. Em muitas outras regiões do planeta, o escudo de ozônio está a cada dia mais fino, permitindo a intensificação dos raios ultravioletas.

Junto com isso, surgem os efeitos danosos ao organismo humano. É bom lembrar que as radiações ultravioletas são cumulativas e muito relacionada com o surgimento de cânceres de

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pele. Por isso, as crianças devem ser protegidas contra a exposição excessiva ao sol. "A prevenção começa na infância", orienta a dermatologista Naira Cristina Vigeti. Na vida adulta, mesmo que não se exponha mais aos raios ultravioletas sem a proteção adequada, alguns indivíduos podem apresentar a doença em conseqüência do sol tomado na infância.

O bronzeamento artificial também não passa imune aos olhares críticos dos especialistas em medicina e estética. Considerado tão ou mais nocivo do que os raios ultravioletas naturais, esses raios emitidos artificialmente por lâmpadas para dar uma cor mais escura à pele, para desespero dos médicos, virou mania nos últimos tempos.

"O bronzeamento artificial não tem sentido", sentencia a dermatologista Vigeti. "Buscando o bronzeamento rápido, as pessoas acabam se expondo a perigos desnecessários", alerta o esteticista e cosmetólogo Alexandre Simas.

Segundo ele, está comprovando cientificamente que o bronzeamento artificial, em doses elevadas, aumenta a incidência de doenças na pele. "O envelhecimento facial, apesar de demorado, é brutal", critica. (LFA)

Joinville - Domingo, 12 de Novembro de 2000 - Santa Catarina - Brasil Fonte:http://an.uol.com.br/2000/nov/12/0ger.htm

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Natal tem maior incidência de ultravioleta 27|novembro|2000

Inpe e Nasa mostram que na capital nordestina entre 12h e 14h filtros solares não barram efeitos nocivos da radiação

ANDRÉA DE LIMA - DA AGÊNCIA FOLHA

Estudos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e Nasa (agência espacial norte-americana) revelam que Natal (RN) registra o maior índice de incidência dos raios ultravioleta no Brasil.

Isso representa grave risco de ocorrência de doenças como câncer de pele aos que se expõem ao sol, sem proteção e em horários determinados.Ao meio-dia, numa escala de 0 a 16, o índice de radiação ultravioleta nessa capital tem chegado a 11.

"Mesmo com o uso de filtro solar, a radiação nesse horário é nociva. Diante dessa circunstância, não é bom se expor ao sol no período das 12h às 14h", disse o pesquisador do Inpe-RN, o engenheiro eletrônico Francisco Raimundo da Silva.

Por estar localizada a cinco graus do Equador, o que já aumenta a incidência dos raios solares, Natal apresenta poucas nuvens na atmosfera. Isso também ocorre por conta das correntes de ar e do baixo índice de ozônio.

A camada de ozônio funciona como uma barreira à radiação ultravioleta.

Sobretudo aos raios de comprimento B, prejudiciais aos seres vivos e causadores de melanoma (câncer de pele) e catarata.

"Quanto mais se polui, mais se diminui a camada de ozônio, que é que quem filtra esses raios. A principal causa dessa destruição é a poluição feita pelo homem: as queimadas, os gases emitidos pelos carros e caminhões, e a emissão de CFC (clorofluorcarbono), o gás usado nos refrigeradores e sprays", declarou o pesquisador.

Iniciado em 1995, os dados da pesquisa foram coletados diariamente a partir de uma rede de fotômetros Brewer, que medem a radiação solar e fazem levantamentos dos gases minoritários (gases do efeito estufa -gás carbônico, monóxido de carbono, óxidos nitrosos- e ozônio).

O Inpe mantém estações equipadas com esses fotômetros em Natal (RN), Cachoeira Paulista (SP), Santa Maria (RS), La Paz (Bolívia) e Punta Arena (Chile).

O pesquisador revelou que a proposta de sua equipe, coordenada pelo cientista Volker Kirchhoff, do Inpe-SP, é mostrar aos órgãos de saúde a necessidade de se fazer uma campanha de alerta sobre a superexposição solar.

"Com isso, se gastaria menos em atendimento com queimaduras solares e tratamento de câncer de pele", disse.

Anualmente, os registros de casos de câncer de pelo no mundo aumentam 5%, segundo o oncologista Rogério Izar Neves.

Fonte: Folha de S.Paulo - Cotidiano - 27/11/2000

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www.nuclear.radiologia.nom.br/politica/novemb00/271100.htm

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Prazo para eliminar gás que afeta camada de ozônio será ampliado 28|novembro|2000

São Paulo - O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) deve publicar ainda nesta semana uma resolução que amplia o prazo para o banimento dos gases CFCs, que agridem a camada de ozônio, de 1o de janeiro de 2001 para 2007.

Segundo Fernando Vasconcellos, gerente da Unidade de Ozônio do Ministério do Meio Ambiente, a resolução, encaminhada para a publicação na última sexta-feira, prevê uma diminuição gradativa nas cotas de importação do CFC-12 (diclorodifluormetano), que vão de 15% em 2001 até 100% em 2007. As importações do CFC-11 (triclorofluormetano) só serão permitidas para empresas cadastradas no Ibama e que tenham projetos de conversão às tecnologias livres dessa substância.

A informação foi dada durante o 3º Encontro de Proteção do Ozônio, realizado hoje, na Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. “A nova resolução ratifica alguns compromissos da resolução anterior, de 1995, e mantêm o objetivo de eliminar os CFCs, mas sem desabastecimento e maior flexibilização, para não quebrar pequenas e médias empresas que não tiveram tempo de se adequar”, diz Vasconcellos. “Foram investidos, até o momento, cerca de US$ 42 milhões a fundo perdido no parque industrial brasileiro no esforço tecnológico de eliminação dos CFCs”.

Como signatário do Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio, de 1987, o Brasil tem o compromisso de banir os CFCs até 2010. Esses gases, utilizados principalmente em aerossóis e sistemas de refrigeração, já estão com o consumo muito reduzido. Além de não fabricar mais o gás, o Brasil praticamente o eliminou nos aerossóis e em toda a linha branca (refrigeradores e freezers domésticos) e sistemas de refrigeração automotivos.

“A resolução do Conama vem em boa hora, pois a eliminação total dos CFCs a partir de janeiro de 2001 poderia levar ao caos ou ao contrabando de CFC para suprir os sistemas de refrigeração de auditórios, centros comerciais, bancos de sangue de hospitais e qualquer outro sistema de refrigeração”, disse o presidente da Companhia de Tecnologia Ambiental de São Paulo (Cetesb), Drausio Barreto.

Segundo ele, “atualmente o contrabando de substâncias nocivas à camada de ozônio responde por 15% do consumo remanescente de CFCs, que caiu 90% em relação à década de 80”.

Uma das dificuldades mundiais para a resolução do problema de aumento do buraco na camada de ozônio – que neste ano alcançou um nível recorde de 28,3 milhões de km2 -, é que os gases que estavam substituindo os CFCs também mostraram-se problemáticos. Os HCFCs acabaram incluídos no Protoloco por também agredirem a camada de ozônio e deverão estar banidos até 2030 pelos países desenvolvidos e até 2040 pelos demais. Os HFCs, que não destroem a camada de ozônio, foram incluídos no Protocolo de Kyoto, das Mudanças Climáticas, como um dos responsáveis pelo efeito estufa.

Mau ozônioEnquanto a preservação do ozônio na estratosfera é essencial para proteger o ser humano da radiação solar, sua presença na baixa atmosfera é um problema para a saúde e para a vegetação. Levantamentos da Cetesb mostram um significativo aumento de concentração de ozônio na Grande São Paulo a partir de 1990. Durante 1999, essas concentrações chegaram a

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ultrapassar os padrões de qualidade do ar por 79 dias, tendência que se mantêm neste ano.

Segundo Jesuíno Romano, gerente da Divisão de Qualidade do Ar da Cetesb, o ozônio não é um poluente emitido, mas é formado por gases precursores lançados dos automóveis. “Sua formação depende de sol e temperaturas elevadas, portanto o pico de concentração é sempre entre 11 e 16 horas. Além disso, essa massa de poluentes que gera o ozônio se movimenta conforme o regime de ventos. Os picos registrados na região de Mauá, por exemplo, devem-se à direção dos ventos em São Paulo. Quando não venta, os picos acontecem em bairros como Ibirapuera e Santana, próximos à região central”, explica.

Romano explica que há estudos internacionais mostrando que pode haver picos de ozônio até a 100 quilômetros de onde os gases precursores foram emitidos.

As conseqüências são irritações nos olhos e problemas nas vias respiratórias, com agravamento de casos de bronquite e asma. Nas áreas de cultivo, interfere no crescimento, pigmentação e vulnerabilidade das plantas. Somente nos Estados Unidos, são perdidos anualmente entre US$ 2 e US$ 3 bilhões na agricultura por conta da concentração de ozônio. A Cetesb está iniciando estudos para saber o efeito do ozônio por aqui, na agricultura e nas florestas.

“As únicas maneiras de minorar esse problema são melhorando a emissão dos veículos e dando prioridade para o transporte público”, acredita Romano.

Enquanto isso, a população deve evitar esforço físico durante os horários mais quentes, para não ingerir uma quantidade maior de ozônio, e evitar abastecer os carros em dias de calor, pois os gases formados nos tanques de combustível são eliminados durante a operação, agravando o problema.

Maura Campanili

Fonte: www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2000/nov/28/345.htm

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Cultivo de arroz destrói camada de ozônioPlantações também contribuem para aquecimento global com gás metano; medições foram realizadas nos EUA

3|novembro|2000

RICARDO BONALUME NETO - ESPECIAL PARA A FOLHA

Os gases emitidos pelas plantações de arroz não só contribuem para o aquecimento progressivo do planeta como também têm papel na diminuição da camada de ozônio. Na alta atmosfera, o ozônio protege a vida na Terra de radiações nocivas vindas do espaço.

Estudos feitos em arrozais da Califórnia indicaram que, além de emitirem o gás metano, cujo acúmulo na atmosfera contribui para o efeito estufa, neles ocorre a emissão de compostos -os haletos de metila- que contribuem para reações químicas em altas altitudes, destruindo o ozônio.

O ozônio é um tipo de molécula de oxigênio que, na estratosfera -acima de 12 km de altitude-, bloqueia a radiação ultravioleta que pode afetar seres vivos, causando câncer, por exemplo.

Um acordo internacional, o Protocolo de Montreal, de 1987, regulou a produção de substâncias que afetam a camada de ozônio, como os CFCs (clorofluorcarbonetos) e o brometo de metila (do grupo dos haletos).

Extrapolando os dados obtidos nos arrozais analisados em Maxwell, Califórnia, para o total de área plantada de arroz no mundo, os arrozais seriam responsáveis por 1% do brometo de metila atmosférico e por 5% do iodeto de metila, diz estudo publicado na edição de hoje da revista "Science" (www.sciencemag.org), realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Irvine.

Nem todos os arrozais emitiriam esses gases na mesma proporção. Os cientistas descobriram, ao analisar o ar de plantações no Texas e no Japão, que diferenças na composição química do solo podem afetar as emissões.

"Nossa extrapolação para todos os campos de arroz do mundo não é necessariamente precisa. Campos com maior quantidade de haletos, por exemplo perto dos oceanos, devem emitir mais brometo de metila e iodeto de metila", disse à Folha o líder da pesquisa, Ralph J. Cicerone.

À medida que as fontes industriais dos gases nocivos são fechadas, ganha importância a sua produção por processos naturais -embora seja possível argumentar que a agricultura em larga escala não seja "natural". Mas isso não quer dizer que algum tipo de regulação internacional possa vir a ser aplicada à agricultura.

"A maior parte da produção agrícola é essencial à população humana, por isso eu duvido que alguma regulação seja aceitável, até que, e a não ser que, todos os outros usos essenciais tenham sido regulados", afirma Cicerone.

"A mesma questão surge em relação ao metano, gás causador de efeito estufa importante para a mudança climática, produzido em arrozais e pelo gado", diz ele.

O metano nos arrozais é gerado pelo metabolismo de micróbios no solo e levado por meio da planta de arroz até a atmosfera.

"É possível que a geração de haletos de metila possa ocorrer como um subproduto metabólico

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da geração do metano", afirmam os pesquisadores.

"É ainda incerto se os haletos de metila emitidos são produzidos no solo ou nas próprias plantas", dizem eles. A emissão de alguns desses compostos nos campos de arroz varia de acordo com a fase de crescimento da planta. Já em certos casos, mesmo o campo inundado, mas não plantado, também pode emitir gás.

Os cientistas estão agora estudando o que acontece com outras plantas. "Estudos em laboratório têm mostrado que couve, repolho, mostarda e brócolis emitem brometo de metila", diz Cicerone.

Fonte: Folha de S.Paulo - Ciência - 03/11/2000www.nuclear.radiologia.nom.br/politica/novemb00/031100.htm

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Camada de Ozônio dezenbro|2000

Representantes de dez nações do centro e do leste da Europa, como a Polônia, estiveram reunidos, em outubro, no primeiro workshop regional para estudar a interrupção da produção e do uso do brometo de metila, um pesticida tóxico que provoca a redução da camada de ozônio. Dentre as políticas a serem desenvolvidas em cada país, acordadas durante o encontro, destacam-se o desenvolvimento de sistemas de licenciamentos nacionais para o controle da importação e exportação do produto, incentivos econômicos para promover alternativas de uso e consultas com grandes usuários de brometo de metila e outros atores envolvidos para o desenvolvimento de um plano de interrupção de sua produção e utilização.

A redução da camada de ozônio que protege a Terra dos raios ultravioleta do Sol vem atingindo proporções assustadoras. Análises recentes, a partir de satélites espaciais, mostraram que o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida atingiu o recorde de 28.300.000 km² – área três vezes maior do que a do território americano. Pelo Protocolo de Montreal, as nações industrializadas devem reduzir o consumo do brometo de metila em 50% ainda este ano, terminando por abolir o seu uso em 2005, exceto em alguns casos especiais. As nações em desenvolvimento precisam congelar o seu consumo em 2002, reduzi-lo em 20% em 2005 e interromper o seu uso em 2015.

Fonte : Instituto Brasil PNUMA - Informativo nº 57 DEZ 2000/JAN 2001| volta |

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Buraco na camada de ozônio tira o sono 10|dezembro|2000

Por Judith Achieng

O mundo se prepara para os passos destinados a reduzir o enfraquecimento da camada de ozônio e forjar novos caminhos nesse sentido.

Nairóbi - Enquanto os governos do mundo se preparam para a crucial reunião sobre a camada de ozônio, em Burkina Fasso, de 11 a 14 de dezembro, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) adverte que o dano causado a este escudo natural atingiu níveis sem precedentes e é acelerado pelo aquecimento global. As últimas medidas feitas por satélites revelam que a extensão do "buraco" na estratosfera sobre a Antárdida chegou a 28,3 milhões de quilômetros quadrados em setembro deste ano, seu maior tamanho desde 19 de setembro de 1998, quando foi de 27,2 milhões de quilômetros quadrados.

A degradação da camada de ozônio sobre as latitudes nórdicas também alcançou níveis sem precedentes, dando lugar a previsões de um segundo buraco sobre a região ártica. "Embora tenha-se avançado enormemente na última década na supressão paulatina dos agentes químicos que destróem o ozônio, o estado da camada de ozônio continua crítico", afirmou Klaus Toepfer, diretor-executivo do PNUMA, que patrocinou o Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Reduzem a Camada de Ozônio em 1987.

"Nossa principal tarefa para a próxima década e para a região de Ouagadougou (capital de Burkina Fasso) é completar o esforço dos 90 para garantir que os países em desenvolvimento tenham os recursos financeiros e tecnológicos necessários para uma transição completa para economias que não afetem o ozônio.

A reunião analisa os informes de 1999 sobre produção e uso de clorofluorcarbonos (CFC), considerados os principais responsáveis pela deterioração da camada de ozônio, nos países em desenvolvimento, comprometidos em acelerar a eliminação progressiva para chegar ao corte de 50% até 2005. A data-limite para a eliminação completa da produção e uso do CFC é 2010. Os países industrializados cumpriram seus prazos, enquanto as nações em desenvolvimento contaram com um período de carência de dez anos antes de começarem a suprimir paulatinamente seus CFCs e tetracloruro de carbono aos níveis médios de 1995, no dia primeiro de julho de 1999.

Os cientistas afirmam que a redução da camada de ozônio permite que uma quantidade maior de radiações ultravioleta do tipo B cheguem à superfície da Terra, com potenciais efeitos nocivos à saúde do homem, dos animais e às plantas. "O aquecimento da atmosfera perto do solo faz com que a estratosfera se torne ainda mais fria. As baixas temperaturas catalisam os processos químicos que destróem as moléculas de ozônio", revela o PNUMA.

O Painel Científico do Protocolo de Montreal afirma que a camada de ozônio poderia recuperar os níveis anteriores a 1980 até 2050, mas, somente se esse protocolo for implementado ao pé-da-letra.

Fonte: www.tierramerica.net/2000/1210/pacentos.html

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Page 28: Prozonesp - CETESB · A maior vitória nesta guerra foi conquistada em 1987, quando a maioria dos países desenvolvidos parou de fabricar os CFCs. Para não prejudicar os países

Prozonesp

Buraco fechado 13|dezembro|2000

Depois de ter atingido o tamanho recorde em setembro, o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida dissipou-se rapidamente este ano, desaparecendo por completo em 19 de novembro, de acordo com a Nasa. A imagem de cima mostra as concentrações de ozônio no Hemisfério Sul logo após o desaparecimento do buraco, que apareceria em roxo ou cor-de-rosa. Na foto de satélite divulgada em setembro, embaixo, a mancha azul representa baixas concentrações do gás.

Fonte: O Estado de São Paulo | volta |

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