Psicologia e Educação na Saúde

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Faro, 1 de Junho de 2006 - Psicologia e Educação na Saúde - Determinantes Psicossociais da Saúde Docentes: Dra. Celeste Duque Discente: Sónia Rodrigues, nº 15067 Curso: Radiologia

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Síntese onde se procuram as origens do conceito de número e contagem. Apresentam-se alguns dos sistemas numéricos da antiguidade, tais como: Babilónia, Maia, Egípcio, Romanos, Hindu/Árabe. Sistemas de contagem: o Ábaco...© Celeste Duque

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Faro, 1 de Junho de 2006

- Psicologia e Educação na Saúde -

Determinantes Psicossociais da Saúde

Docentes: Dra. Celeste Duque

Discente: Sónia Rodrigues, nº 15067

Curso: Radiologia

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Psicologia e Educação na Saúde

Faro, 1 de Junho de 2006

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(Sónia Isabel do Espírito Santo Rodrigues)

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Resumo

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Psicologia e Educação na Saúde

Resumo

O presente trabalho tem como principal objectivo desenvolver um dos temas do

programa da disciplina de Psicologia e Educação na Saúde.

O tema desenvolvido é referente aos determinantes psicossociais da saúde. Estes

determinantes são importantes tal como os factores biológicos para a saúde, existindo

uma ligação entre eles.

Este trabalho permitiu compreender melhor e aprofundar este tema, uma vez que foi

realizada uma investigação e pesquisa em relação ao tema referido.

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Índice

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Psicologia e Educação na Saúde

Índice

1. Introdução -------------------------------------------------------------------------------------- 1

2. Perspectiva Biopsicossocial ------------------------------------------------------------------ 2

2.1 Contexto Biológico ------------------------------------------------------------------------- 2

2.2 Contexto Psicológico----------------------------------------------------------------------- 2

2.3 Contexto Social ----------------------------------------------------------------------------- 3

2.4 “Sistemas” Biopsicossociais e Modelo Biopsicossocial ------------------------------- 3

3. Factores Psicossociais na Saúde------------------------------------------------------------- 5

3.1 Doenças Cardiovasculares ---------------------------------------------------------------- 5

3.2 Sida------------------------------------------------------------------------------------------- 6

3.4 Dor ------------------------------------------------------------------------------------------- 9

3.5 Cancro ------------------------------------------------------------------------------------- 12

3.6 Stress --------------------------------------------------------------------------------------- 13

3.7 Consumo de Tabaco e Álcool ----------------------------------------------------------- 14

3.8 Exercício----------------------------------------------------------------------------------- 17

4. Conclusão ------------------------------------------------------------------------------------- 19

5. Referências Bibliográficas------------------------------------------------------------------ 20

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Introdução

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Psicologia e Educação na Saúde 1

1. Introdução

A psicologia da saúde constitui, provavelmente, o desenvolvimento mais recente no

processo de inserção da psicologia na compreensão da saúde. Foi descrita por Matarazzo,

em 1980, como “o conjunto de contribuições específicas, educacionais, científicas e

práxicas da disciplina da psicologia, para a promoção e manutenção da saúde,

prevenção e tratamento da doença e disfunções relacionadas”. A psicologia da saúde

veio mais uma vez desafiar a cisão mente-corpo, ao propor um papel para a mente, tanto

na causa como no tratamento da doença. No entanto, difere da medicina psicossomática,

da saúde comportamental e da medicina comportamental, uma vez que a investigação

realizada em psicologia da saúde é mais própria da disciplina da psicologia [1].

Os objectivos da psicologia da saúde podem ser divididos em: compreender; explicar,

desenvolver teorias e testar teorias; e colocar em prática essas mesmas teorias.

A psicologia da saúde sugere que os seres humanos devem ser vistos como sistemas

complexos e que a doença é causada por uma multiplicidade de factores e não por um

único factor causal. Por este motivo a psicologia da saúde tenta afastar-se de um simples

modelo linear de saúde e sustenta que a doença pode ter origem numa combinação de

factores biológicos, psicológicos e sociais.

Neste trabalho serão descritos alguns dos factores psicossociais que podem interferir

na saúde e na doença do ser humano, ou seja, os factores sociais que podem causar

determinados comportamentos, emoções, crenças, stress e dor, os quais podem levar a

um estado de doença.

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Perspectiva Biopsicossocial

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Psicologia e Educação na Saúde 2

2. Perspectiva Biopsicossocial

Procurar um factor causal produz uma imagem incompleta da saúde e da doença de

uma pessoa, portanto os psicólogos trabalham a partir da perspectiva biopsicossocial

(mente-corpo). Esta perspectiva reconhece que forças biológicas, psicológicas e sociais

agem em conjunto para determinar a saúde e vulnerabilidade do indivíduo à doença, ou

seja, a saúde e a doença devem ser explicadas em relação a contextos múltiplos.

2.1 Contexto Biológico

Todos os comportamentos, incluindo estados de saúde e doença, ocorrem no contexto

biológico. Cada pensamento, estado de espírito e ânsia é um evento biológico

possibilitado pela estrutura anatómica, e pela função biológica característica do corpo de

uma pessoa. A psicologia chama a atenção para aqueles aspectos que influenciam a saúde

e a doença: a nossa conformação genética e o nosso sistema nervos, imunológico e

endócrino.

2.2 Contexto Psicológico

A mensagem central da psicologia da saúde é que a saúde e a doença estão sujeitas a

influências psicológicas. Os psicólogos da saúde pensam que certas pessoas podem ser

cronicamente depressivas e mais susceptíveis a certos problemas de saúde porque

revivem acontecimentos difíceis muitas vezes nas suas mentes, o que pode ser

funcionalmente equivalente a passar repetidas vezes pelo acontecimento real.

As intervenções psicológicas ajudam os pacientes a controlar a sua tensão,

diminuindo, assim, as reacções negativas ao tratamento. Aqueles pacientes mais calmos

em geral são mais capazes e mais motivados a seguir as instruções médicas.

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Perspectiva Biopsicossocial

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Psicologia e Educação na Saúde 3

As intervenções psicológicas também auxiliam os pacientes a controlar o stress da

vida quotidiana, que parece exercer um efeito acumulativo sobre o sistema imunológico.

Acontecimentos negativos na vida, como a perda de um ente querido, o divórcio, a perda

de emprego ou uma mudança, podem estar ligados à diminuição do funcionamento

imunológico e a maior susceptibilidade a doenças. Ensinando aos pacientes de forma a

controlar as tensões que são inevitáveis, os psicólogos da saúde podem ajudar o sistema

imunológico do paciente a combater as doenças.

2.3 Contexto Social

Os psicólogos da saúde preocupam-se com a maneira como pensamos, influenciamos

e nos relacionamos connosco e com o ambiente. Por exemplo, o género da pessoa implica

determinado papel social que dá um senso de ser mulher ou homem. Além disso, a pessoa

é um membro da família, comunidade e nação, também tem uma certa identidade racial,

cultural e étnica, e vive dentro de uma classe socioeconómica específica. Cada um destes

elementos do contexto social único da pessoa influencia as suas crenças e

comportamentos, incluindo aqueles relacionados coma saúde.

2.4 “Sistemas” Biopsicossociais e Modelo Biopsicossocial

A perspectiva biopsicossocial enfatiza as influências mútuas entre os contextos

biológicos, psicológicos e sociais da saúde, estando também fundamentada na teoria

sistémica do comportamento. Segundo essa teoria, a saúde é melhor compreendida como

uma hierarquia de sistemas, na qual cada um deles é simultaneamente composto por

subsistemas e por uma parte de sistemas maiores e mais abrangentes. Assim, cada um de

nós é um sistema, ou seja, um corpo formado por sistemas em interacção, como o sistema

endócrino, o cardiovascular, o nervoso e o imunológico. Estes sistemas biológicos são,

por sua vez, compostos de partes menores, que consistem de tecidos, fibras nervosas,

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Perspectiva Biopsicossocial

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fluidos, células e material genético. Por outro lado, somos parte de muitos sistemas

maiores, incluindo a nossa família, a nossa cidade, a nossa sociedade e a nossa cultura.

Esta abordagem aplicada à saúde enfatiza uma questão fundamental: um sistema de

um determinado nível é afectado por sistemas de outros níveis, afectando-os também. Por

exemplo, o sistema imunológico enfraquecido afecta órgão específicos no corpo de um

pessoa, o que, por sua vez, afecta a saúde biológica geral, afectando, por sua vez, os

relacionamentos dessa pessoa com a sua família e os seus amigos. Assim, conceituar a

saúde e a doença conforme a abordagem sistémica permite que compreendamos o ser

humano de uma forma integral [2].

Engel, em 1977 e 1980, desenvolveu o modelo biopsicossocial de saúde e doença,

representado na Figura 1.

Bio Psico Social

! Vírus

! Bactérias

! Lesões

! Comportamento

! Crenças

! Coping1 ! Stress

! Dor

! Classe

! Emprego

! Etnia

Figura 1 – Modelo biopsicossocial de saúde e doença (1 lidar, confronto ou enfrentamento) [1].

O modelo biopsicossocial representou uma tentativa para integrar o psicológico

(psico) e o meio ambiente (social) no modelo de saúde biomédico tradicional (bio). Isto

era feito da seguinte forma: os contributos biológicos incluíam a genética, os vírus, as

bactérias e os defeitos estruturais; os aspectos psicológicos da saúde e da doença eram

descritos ao nível das cognições (por exemplo, expectativas acerca da saúde), emoções

(por exemplo, medo do tratamento) e comportamentos (por exemplo, fumar, fazer dieta,

fazer exercício ou consumir álcool); os aspectos sociais ligados à saúde eram descritos

através das normas sociais de comportamento (por exemplo, a norma social de fumar ou

não fumar), das pressões para a mudança do comportamento (por exemplo, expectativas

do grupo de pares, pressão parental), dos valores sociais relativos à saúde (por exemplo,

se a saúde era vista como uma coisa boa ou má), da classe social e do grupo étnico.

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Factores Psicossociais na Saúde

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Psicologia e Educação na Saúde 5

3. Factores Psicossociais na Saúde

Os factores psicossociais têm bastante influência no aparecimento de algumas

doenças, tais como, doenças cardiovasculares, sida, obesidade, dor, cancro e stress.

Alguns hábitos na vida dos indivíduos (consumo de tabaco e álcool, exercício),

provocados por factores psicossociais, também podem levar a um estado de doença. O

modo como estes factores interferem nestas doenças e hábitos são abordados a seguir.

3.1 Doenças Cardiovasculares

Os cardiologistas, confusos pelo facto de muitos dos seus paciente não serem obesos

de meia-idade com colesterol elevado, decidiram que possivelmente estariam a ignorar

algo. Assim, eles ampliaram a sua busca por factores de risco que pudessem ajudar a

explicar a discrepância: comportamento tipo A, hostilidade e stress.

Os cardiologistas há muito suspeitavam de que certos traços de personalidade estão

ligados a doenças cardiovasculares. Eles encontraram um padrão de comportamento

propenso a problemas coronários que envolvia competitividade, forte senso de urgência e

hostilidade, que classificaram de tipo A. Em comparação, as pessoas que são mais

relaxadas e que não se sentem pressionadas por considerações relacionadas com o tempo

tendem a ser resistentes à doença coronária: tipo B. um grupo secundário de traços,

combinando depressão com níveis elevados de ansiedade (ambos ligados de forma

independente a doenças cardiovasculares) foi observado em indivíduos do tipo A. Além

disso, pessoas deprimidas apresentam quatro vezes o risco de recaída de ataque cardíaco

em comparação com sobreviventes de enfartes sem sintomas depressivos.

Algumas teorias sustentam que adultos hostis têm vidas mais stressantes, o que, com

o passar do tempo, exerce efeito tóxico sobre a saúde cardiovascular [2].

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Factores Psicossociais na Saúde

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Psicologia e Educação na Saúde 6

3.2 Sida

Na ausência de uma vacina eficaz para o HIV, as intervenções psicossociais são a

única forma de lutar contra a sida. Os psicólogos de saúde desempenham diversos papéis

na luta contra esta doença, incluindo orientar as pessoas sobre fazer exames para o HIV,

ajudar os indivíduos a modificar os seus comportamentos de risco elevado, ajudar

pacientes de sida a enfrentar perturbações emocionais e cognitivas e conduzir a terapia de

luto para aqueles que se encontram na ultima fase da doença, para as suas famílias e para

os seus amigos [2].

Os primeiros programas de intervenção psicossocial visavam a grupos de alto risco,

como homossexuais masculinos ou usuários de drogas injectáveis, usando intervenções

de modificação de comportamentos e educativas para tentar mudar posturas e

comportamentos. Os programas nos níveis escolar e universitário normalmente

concentram-se em aumentar o conhecimento da doença e promover o sexo seguro. A

consciência pública da sida e uma correspondente redução em comportamentos de

elevado risco, acompanhada por um nítido declínio de novos casos de infecção por HIV.

Base para as intervenções psicossociais

A teoria cognitiva social, que sugere relações determinadas de forma recíproca entre

eventos do ambiente, processos internos e comportamentos tem servido como estrutura

para diversas intervenções. Três factores abordados por este modelo parecem ser

particularmente importantes em programas de intervenção bem sucedidos: normas sociais

percebidas em relação à aceitação dos amigos acerca de comportamentos que reduzam o

risco de contrair o HIV; crenças na auto-eficácia controlando pensamentos, emoções e

comportamentos do indivíduo; e habilitações sociais, capacidade de responder de forma

assertiva ao negociar comportamentos de risco.

O modelo de crenças de saúde, apoiado na ideia de que as crenças do indivíduo

predizem o seu comportamento, tem obtido nível modesto de sucesso ao prever o uso de

preservativos, o número de parceiros sexuais e o conhecimento da história sexual de

parceiros entre uma variedade de grupos de alto risco.

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Factores Psicossociais na Saúde

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Psicologia e Educação na Saúde 7

O apoio para os modelos de estágios provém da evidência de que alguns indivíduos

são mais beneficiados do que outros com determinada intervenção. Por exemplo, pessoas

mais jovens e menos informadas tendem a ser beneficiadas com intervenções

educacionais que preenchem lacunas no conhecimentos sobre como a sida é transmitida,

enquanto indivíduos mais velhos em determinados grupos de alto risco parecem ser mais

beneficiados com intervenções que os motivem para a acção preventiva.

3.3 Obesidade

A obesidade tem vindo a ser associada às doenças cardiovasculares, diabetes,

traumatismo das articulações, dor nas costas, cancro, hipertensão e mortalidade [1].

A obsessão cultural dos dias de hoje em relação à magreza, a aversão à gordura, tanto

nos adultos como nas crianças, e a censura aos indivíduos obesos, podem promover uma

baixa auto-estima e uma auto-imagem pobre nos indivíduos que não se adaptam com a

imagem magra, estereotipicamente atraente.

Os aumentos de obesidade coincidem com a diminuição de taxa de energia gasta

diariamente devido às melhorias nas redes de transportes (Figura 2) e à mudança de uma

sociedade agrícola para uma sociedade industrial, cada vez mais baseada na informação.

Figura 2 – Mudanças na actividade física e obesidade [1].

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Factores Psicossociais na Saúde

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Psicologia e Educação na Saúde 8

Embora o tratamento mal sucedido da obesidade possa estar relacionado com um

estado de humor negativo, constata-se que a perda de peso está associada a mudanças

positivas como o entusiasmo, a autoconfiança e o aumento de sentimentos de bem-estar.

Isto sugere que, embora as tentativas falhadas de fazer dieta possam ser prejudiciais, as

tentativas bem sucedidas podem trazer consigo recompensas psicológicas.

Insatisfação com o corpo

Um estudo feito examinou o papel dos factores sociais na causa da insatisfação com

o corpo em termos dos media, etnicidade, classe social e ambiente familiar. Além disso, o

estudo tem explorado o papel dos factores psicológicos que podem traduzir os factores

sociais numa insatisfação com o corpo [1].

! O papel dos media - A crença mais comum nas comunidades laica e científica é

que a insatisfação com o corpo é provavelmente uma resposta às representações

mediáticas de mulheres magras, em revistas, jornais, televisão, filmes, e até em

romances. Seja qual for o seu papel, e seja qual for a existência das mulheres

utilizadas pelos media, elas são geralmente magras e é natural que sejam levadas a

crer que a magreza não é apenas norma desejada como representa a norma

propriamente dita.

! Etnicidade - Embora a insatisfação com o corpo tenha sido predominantemente

encarada como um problema das mulheres brancas, há contradição na literatura

que examina a relação entre a insatisfação com o corpo e o grupo étnico. Assim,

alguns estudos apontam para a existência de uma insatisfação com o corpo maior

nos brancos do que nos asiáticos e negros, outros mostram que os brancos estão

menos insatisfeitos e, alguns mostram que não há diferença entre grupos étnicos.

! Classe social – também é convicção geral que a insatisfação com o corpo é um

problema das classes mais altas. Porém, a literatura sobre a classe social também é

contraditória. Vários estudos desta área indicam que os factores que vão da

insatisfação com o corpo, distorção corporal e comportamento alimentar até às

perturbações de alimentação, são mais prevalecentes nos indivíduos de classes

mais altas.

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Factores Psicossociais na Saúde

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! Família – A família também tem influência na predição da insatisfação com o

corpo, salientando, nomeadamente, o papel da mãe, e sugerindo que as mães

insatisfeitas com o seu próprio corpo comunicam às filhas essa insatisfação, o que

resulta na insatisfação com o corpo da própria filha.

Assim, o estudo que explora o papel dos factores sociais tem posto em relevo o papel

dos media, etnicidade, classe social e a insatisfação com o corpo da mãe com o seu

próprio corpo. O resultado deste estudo não é conclusivo, primeiro, muitas das provas são

contraditórias e torna-se assim problemático tirar conclusões claras. Segundo, mesmo que

houvesse uma relação entre factores sociais e a insatisfação com o corpo, a simples

verificação das diferenças entre grupos (isto é, branco versus asiático, classe mais baixa

versus classe mais alta, mãe versus filha) não explica a forma como surge a insatisfação

com o corpo.

Talvez a simples observação das diferenças de grupo esconda o efeito de outras

causas psicológicas. A investigação tem explorado o papel das crenças, da relação mãe-

filha e o papel fundamental do controlo.

3.4 Dor

Ao longo do século XX, a Psicologia desempenhou um papel importante na

compreensão da dor. O que tinha por base várias observações [1].

Primeiro, foi observado que os tratamentos médicos para a dor (por exemplo,

fármacos, cirurgia) só eram úteis para o tratamento de dores agudas (dor de curta

duração). Tais procedimentos eram ineficazes no tratamento da dor crónica (dor de longa

duração). Isto sugeriu que havia mais alguma coisa envolvida na sensação de dor que não

estava incluída nos modelos simples de resposta ao estímulo.

Em segundo, foi observado que indivíduos com o mesmo grau de lesão dos tecidos

diferiam nos seus relatos da sensação dolorosa e/ou respostas dolorosas.

A terceira observação referia a dor do membro fantasma. Cinco a dez por cento das

pessoas que foram amputadas têm tendência a sentir dor no membro ausente. Esta dor

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Factores Psicossociais na Saúde

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pode realmente piorar após a amputação e continua mesmo depois da cura completa. A

dor do membro fantasma não possui qualquer base física, uma vez que o membro está

obviamente ausente.

Estas observações sugerem, portanto, variações entre os indivíduos, que apontam um

papel para a Psicologia.

Melzack e Wall (1965,1982) desenvolveram a teoria do portão de controlo da dor

(Figura 3), que representou uma tentativa de introdução da psicologia na sua

compreensão. A teoria sugere que, embora a dor possa ainda ser compreendida em termos

de uma via estímulo-resposta, esta é complexa e mediada por uma rede de processos

interactivos. Portanto, a teoria do portão de controlo integrou a psicologia no modelo

biomédico da dor e descreveu não só um papel para as causas e intervenções fisiológicas,

mas também para intervenções e causas psicológicas.

A teoria do portão de controlo e as subsequentes tentativas de avaliar as diferentes

componentes da percepção da dor reflectem um modelo dos três processos da dor. As

componentes deste modelo são os processos fisiológicos, subjectivos-afectivos-

cognitivos e comportamentais. Os processos fisiológicos envolvem factores como lesões

de tecido, libertação de endorfinas e mudança no ritmo cardíaco. Os processos

subjectivos-afectivos-cognitivos e comportamentais envolvem factores psicossociais, e

são descritos em pormenor.

Figura 3 – Teoria de controlo do portão da dor [1].

Processos subjectivos-afectivos-cognitivos

! Processos de aprendizagem – Condicionamento clássico: Tal como é descrito

pelas teorias de aprendizagem associativa, um indivíduo pode associar um

ambiente particular com a experiência de dor (por exemplo, a ida ao dentista

Cérebro ! Expectativas ! Experiência ! Humor ! Comportamento

Portão Sistema de acção

“dor”

Estímulo fisiológico

Fibras longas

Fibras curtas

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Factores Psicossociais na Saúde

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associada à dor devido a uma experiência passada). Condicionamento operante:

Os indivíduos podem responder à dor mostrando um comportamento de dor (por

exemplo, descansar, fazer caretas, coxear, não ir trabalhar). Estes comportamentos

de dor podem ser reforçados positivamente (por exemplo, simpatia, atenção,

dispensa de trabalho), aumentando, assim, a percepção da dor.

! Ansiedade – Fordyce e Steger (1979) examinara a relação entre ansiedade, dor

aguda e dor crónica. Afirmaram que a ansiedade tinha uma relação diferente com

estes dois tipos de dor. Em termos de dor aguda, a dor aumenta com a ansiedade, o

tratamento bem-sucedido reduz a dor e, consequentemente, o nível de ansiedade.

A ansiedade reduzida causa uma posterior redução na dor. No entanto, com a dor

crónica, o padrão é diferente. Uma vez que o tratamento tem muito pouco efeito

na dor crónica, esta aumenta a ansiedade, o que pode aumentar ainda mais a dor.

! Neurose – Foi também sugerido que a personalidade, em particular a neurose,

pode estar relacionada com a percepção da dor. A histeria, a hipocondria e a

depressão têm sido rotuladas tríade neurótica. Sternbach e colaboradores (1973)

afirmaram que uma intensificação da tríade neurótica está relacionada com o

aumento da dor crónica e pode estar relacionada com a falta de sono, vida social e

laboral reduzidas e sentimentos de exaustão.

! Estados cognitivos – Uma das mais importantes influências na dor é o estado

cognitivo do indivíduo. Beecher (1956) afirmou que as diferenças na percepção da

dor estavam relacionadas com o significado da dor para o indivíduo.

Processos comportamentais

O modo como o indivíduo responde à dor pode, por si, aumentar ou diminuir a

percepção da dor. Os comportamentos da dor, tais como: expressões faciais, postura ou

movimentos distorcidos, afectos negativos, ou evitar da actividade, são reforçados através

da atenção, reconhecimento e ganhos secundários que suscitam, tais como o não ter de ir

trabalhar. Comportamentos de dor reforçados positivamente podem aumentar a percepção

da dor. O comportamento de dor pode também causar falta de actividade e

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Factores Psicossociais na Saúde

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Psicologia e Educação na Saúde 12

enfraquecimento muscular, ausência de contacto social e de distracção, conduzindo o

sujeito a um papel de doente, o que pode também aumentar a percepção da dor.

3.5 Cancro

A psicologia desempenha um papel importante no cancro (Figura 4) ao nível das

atitudes e das crenças sobre o cancro, na predição de comportamentos como fumar e fazer

dieta, que estão implicados no seu aparecimento. Além disso, os que sofrem de cancro

relatam as consequências psicológicas com implicações na qualidade de vida.

Factores psicossociais no aparecimento e favorecimento do cancro:

! Factores comportamentais – Demonstrou-se que os factores comportamentais

desempenham um papel no aparecimento e favorecimento do cancro. Smith e

Jacobson (1989) afirmaram que 30 % dos cancros estão relacionados com o

consumo do tabaco, 35 % com a alimentação, 7 % com o comportamento

reprodutor e sexual e 3% com o álcool.

! Stress – Laudenslager e colaboradores (1983) publicaram um estudo que envolveu

a experiência ao stress de ratos com tendência para o cancro (agitando a jaula). Os

autores concluíram que havia um decréscimo na taxa de desenvolvimento do

tumor se o stressor pudesse ser controlado.

! Acontecimentos de vida – Um estudo por Jacobs e Charles (1980) examinou as

diferenças de acontecimentos de vida entre famílias que tinham tipo, ou não, uma

morte por cancro. Relataram que nas famílias com uma vítima de cancro tinha

havido maior número de membros com mudanças de casa, mudanças de

comportamento, deterioração do estado de saúde noutros que não a própria pessoa

e divórcios, sugerindo, assim, que os acontecimentos de vida podem contribuir

para o aparecimento de cancro.

! Controlo – Tem sido sugerido que o controlo sobre os stressores e os factores

ambientais pode estar relacionado com um aumento no aparecimento do cancro.

! Depressão – Bieliauskas (1980) sugeriu a existência de uma relação entre

depressão, cancro e stress crónico ligeiro, mas não com a depressão clínica.

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Factores Psicossociais na Saúde

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Psicologia e Educação na Saúde 13

! Personalidade – Temoshok e Fox (1984) sugeriram que os indivíduos que

desenvolvem cancro têm uma personalidade passiva, apaziguadora, com

sentimento de incapacidade, desesperada, centrada nos outros e emocionalmente

expressiva. Eysenk (1990) sugeriu que o cancro é uma característica dos

indivíduos que reagem ao stress com desespero e sentimento de incapacidade e

que reprimem as reacções emocionais aos acontecimentos da vida.

! Robustez – Kobasa e colaboradores (1982) descreveram o estilo de coping

chamado “robustez” com três componentes: controlo, comprometimento e desafio.

O baixo controlo sugere uma tendência para apresentar sentimentos de desespero

face ao stress. O comprometimento é definido como o oposto da alienação:

indivíduos assim encontram significado no seu trabalho, valores e relações

pessoais. Indivíduos destes consideram os acontecimentos potencialmente

stressantes, como desafios a serem enfrentados com um êxito esperado. A robustez

pode ser protectora para o desenvolvimento do cancro.

Figura 4 – O potencial papel da psicologia no cancro [1].

3.6 Stress

As definições actuais de stress consideram stressor o que é causado pelo ambiente

externo (por exemplo, problemas de trabalho), como stress a resposta ao stressor ou

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Factores Psicossociais na Saúde

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Psicologia e Educação na Saúde 14

sofrimento (por exemplo, a sensação de tensão), sendo que o conceito de stress é visto

como algo que envolve mudanças bioquímicas, fisiológicas, comportamentais e

psicológicas [1].

Uma das razões pelas quais o stress tem sido tão insistentemente estudado é o seu

potencial efeito na saúde do indivíduo. O stress pode afectar a saúde através de mudanças

comportamentais (fumar, álcool, alimentação, etc) ou mudanças fisiológicas (aumento de

ácidos no estômago, aumento das catecolaminas, aumento da resposta cardiovascular,

aumento dos corticosteróides, etc.).

A relação entre o stress e a doença não é linear e existem muitas evidências que

sugerem alguns factores que podem mediar essa ligação: exercício, género, estilo de

coping, acontecimentos de vida, comportamento/personalidade, maior apoio social e

controlo.

O apoio social (apoio à estima, apoio informativo, acompanhamento social e apoio

instrumental) medeia a ligação stress-saúde, e explicar o papel do apoio social no estado

de saúde foram desenvolvidas duas teorias:

! A hipótese do efeito principal sugere que o apoio social é benéfico em si e a sua

ausência causador de stress. O que sugere que a simples presença do apoio social

reduz os efeitos do stressor e que a ausência age como stressor.

! A hipótese da protecção contra o stress sugere o apoio social ajuda os indivíduos a

enfrentar o stress, protegendo o indivíduo do stressor. O apoio social influencia a

apreciação do indivíduo acerca do potencial stressor. Este processo sugere que a

existência de outras pessoas possibilita o indivíduo exposto ao stressor escolher

uma estratégia de coping adequada, através da comparação entre si e os outros.

3.7 Consumo de Tabaco e Álcool

Têm sido desenvolvidas muitas teorias para explicar a dependência e os

comportamentos dependentes, incluindo os modelos morais (que vêem a dependência

como resultado de uma fraqueza e falta de fibra moral), os modelos biomédicos (que

vêem a dependência como uma doença) e as teorias da aprendizagem social (que encaram

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Factores Psicossociais na Saúde

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Psicologia e Educação na Saúde 15

os comportamentos de dependência como aprendidos de acordo com as regras da teoria

da aprendizagem).

A teoria é muitas vezes encarada independentemente das mudanças que se dão nas

atitudes socais [1].

As atitudes relativas aos comportamentos de dependência têm mudado ao longo dos

anos. Nos últimos anos, com o desenvolvimento do comportamentalismo, da teoria da

aprendizagem e da convicção de que o comportamento é modulado por interacções, tanto

com o ambiente como com os outros indivíduos, vem sendo posta em causa a crença de

que os comportamentos excessivos e as dependências são doenças. Desde os anos 70 que

comportamentos como fumar, beber e consumir drogas têm sido cada vez mais descritos

no contexto de todos os outros comportamentos.

Segundo a perspectiva da aprendizagem social, os comportamentos de dependência

são aprendidos de acordo como os seguintes processos: condicionamento clássico,

condicionamento operante, aprendizagem por observação e processos cognitivos.

Condicionamento clássico

Os comportamentos são adquiridos através de processos de aprendizagem

associativa. Por exemplo, um estímulo incondicionado (EI) pode levar a uma resposta

incondicionada (RI). Se o estímulo incondicionado é associado a um estímulo

condicionado (EC), então irá levar a uma resposta condicionada (RC). Isto acontece da

seguinte forma [1], por exemplo:

! Estimulo incondicionado e resposta incondicionante:

ir ao bar ! sentir-se relaxado

(EI) ! (RI)

! Associação do estimulo incondicionado e estimulo condicionado:

ir ao bar + beber uma bebida

(EI) + (EC)

! Estimulo condicionado e resposta condicionada:

beber uma bebida ! sentir-se relaxado

(EC) ! (RC)

Então, o estímulo condicionado leva, agora, a uma resposta condicionada.

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Factores Psicossociais na Saúde

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Psicologia e Educação na Saúde 16

Condicionamento operante

A probabilidade de um acontecimento ocorrer aumenta se ele for reforçado

positivamente pela presença de um acontecimento positivo, ou reforçado negativamente

pela presença de um comportamento negativo. Em termos de um comportamento de

dependência como o consumo de tabaco, a probabilidade de fumar aumentará com os

sentimentos de aceitação social, confiança e controlo (reforço positivo) e com o

desaparecimento dos sintomas de privação (reforço negativo).

Aprendizagem por observação

Também se aprende através da observação dos comportamentos de pessoas

significativas. Por exemplo, os pais serem fumadores, associar o fumo a atractividade e

considerar o consumo de álcool como um comportamento de risco podem contribuir para

a aquisição do comportamento.

Factores cognitivos

Factores como a auto-imagem, o comportamento de resolução de problemas, os

mecanismos de coping e as atribuições também podem contribuir para a aquisição de um

comportamento de dependência.

Factores sociais no início e manutenção dos hábitos do consumo de tabaco em

crianças

Existem quatro fases do consumo de tabaco e álcool (Figura 5): iniciação,

manutenção, cessação e recaída. Os factores sociais podem predizer o início e a

manutenção do consumo de tabaco.

As cognições individuais podem predizer os hábitos do consumo de tabaco, mas elas

são produto da socialização do indivíduo. As interacções no mundo social da criança

ajudam-na a criar e a desenvolver as suas crenças e comportamentos. O factor mais

importante para a predição dos hábitos de fumo é os pais serem fumadores. O aspecto que

a seguir tem maior influência é a pressão exercida pelo grupo de pares. Existem altas

taxas de consumo de tabaco em crianças líderes de actividades académicas e sociais, com

elevada auto-estima e grande popularidade no seu grupo de pares. Um outro factor que

Page 21: Psicologia e Educação na Saúde

Factores Psicossociais na Saúde

______________________________________________________________________________________

Psicologia e Educação na Saúde 17

influencia o facto de a criança fumar ou não é a atitude da escola em relação a esse

comportamento.

Em resumo, os factores sociais como os comportamentos e as crenças dos pais, dos

pares e da escola influenciam as crenças e os comportamentos das crianças.

Figura 5 – As fases do uso de substâncias [1].

3.8 Exercício

Até aos anos 60, o exercício era praticado por indivíduos jovens e talentosos, a ênfase

era colocada na excelência. Mais recentemente, o exercício já não se destina a um elite,

nem tem de ser em níveis intensivos e por vezes impossíveis.

O exercício físico, para além dos benefícios físicos, tais como, a redução da tensão

arterial, redução de peso e obesidade, redução de diabetes, protecção contra a osteoporose

e o enfraquecimento dos ossos e a redução da doença coronária, também tem benefícios

psicológicos, ou seja, o exercício físico pode melhorar o bem-estar psicológico [1]. O

exercício, segundo estudos, resulta na redução da depressão, está relacionado com a

Cessação ! Pré-intenção

! Intenção

! Acção

! Manutenção

Intervenções de saúde pública: ! Conselhos médicos

! Intervenções no local de

trabalho

! Abordagens comunitárias

! Política governamental

Auto-ajuda

Intervenção clínica: ! Perspectiva de doença (p.e., substituição

da nicotina)

! Perspectiva de aprendizagem social

(p.e., terapia aversiva)

Prevenção da recaída: ! Coping ! Expectativas ! Atribuições

Factores Sociais: ! Comportamental

! Crenças parentais

! Pressão do grupo

de pares

Crenças: ! Susceptibilidade

! Gravidade

! Custos

! Benefícios

! Expectativas

Recaída Manutenção Iniciação

Page 22: Psicologia e Educação na Saúde

Factores Psicossociais na Saúde

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Psicologia e Educação na Saúde 18

redução da ansiedade, é um factor mediador em relação à resposta ao stress (quer através

da distracção ou diversão) e aumenta a auto-estima e autoconfiança.

Os factores sociais e políticos estão relacionados com os benefícios do exercício.

Uma maior dependência da tecnologia e uma redução na actividade diária no trabalho

remunerado e no trabalho doméstico parecem ter resultado num aumento do número de

pessoas com vidas relativamente sedentárias. Além disso, a mudança levou à crença de

que o exercício é bom para o bem-estar individual e colectivo preparou o caminho para

mudanças sociais e politicas que punham em relevo a prática do exercício. No fim da

década de 60, muitas iniciativas governamentais tentaram promover o desporto e o

exercício. Factores como a disponibilidade de instalações e atitudes culturais em relação

ao exercício podem estar relacionados com a participação dos indivíduos.

Uma abordagem recente da adesão à prática de exercício cifra-se num esquema de

prescrição com que o clínico geral encaminha determinados doentes-alvo.

Por essa razão, estas iniciativas têm tentado desenvolver um clima propício à

promoção do desporto. Além disso, em resultado da ênfase governamental posta no

exercício, criaram-se programas específicos, na tentativa de avaliar as melhores formas

de estimular a participação.

O exercício também pode melhorar o bem-estar psicológico. Alguns estudos sugerem

a existência de uma associação entre o nível de exercício e os seus níveis de depressão, e

uma das conclusões foi que o exercício aeróbico está relacionado com uma diminuição da

depressão e que este efeito é maior nos indivíduos com níveis iniciais de sintomas

depressivos mais elevados. Estes estudos também sugerem que o exercício pode estar

relacionado com uma redução de ansiedade, ao afastar a atenção do indivíduo daquilo

que o torna ansioso. O exercício também tem sido visto como um factor mediador em

relação ao stress, quer através da distracção ou da diversão. A auto-estima e a

autoconfiança também podem aumentar com o exercício, aumentando o bem-estar

psicológico do indivíduo.

Page 23: Psicologia e Educação na Saúde

Conclusão

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Psicologia e Educação na Saúde 19

4. Conclusão

Este trabalho permitiu estudar e aprofundar um dos temas do programa da disciplina

de Psicologia e Educação na Saúde. O tema desenvolvido refere os factores psicossociais

como determinantes da saúde. Este trabalho permitiu concluir que a saúde não depende

apenas de factores biológicos, mas que os factores psicológicos e os factores sociais

também estão relacionados com a saúde e a doença, estando todos estes factores

interrelacionados.

Page 24: Psicologia e Educação na Saúde

Referências Bibliográficas

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Psicologia e Educação na Saúde 20

5. Referências Bibliográficas

[1] Ogden, J. (2004). “ Psicologia da saúde”. Manuais universitários. Climepsi

Editores. 2ª Edição. Lisboa.

[2] Straub, R. O.(2002). “Psicologia da saúde”. Artmed Editora S.A. São Paulo.

[3] Apontamentos fornecidos pelo docente da disciplina de Psicologia e Educação na

Saúde.