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GRATUIT Fr 29 paulo costa, 42 anos, campeão do mundo de Boxe Thaï e dirigente do Kick Boxing de romainville. FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Cívica SiSTemA eleiTorAl ArcAico e compleXo Voto dos emigrantes não tem sido prioridade Empresas. Com 71 empresas, Portu- gal teve a maior presença de sempre no Midest, o salão internacional da subcon- tratação industrial. 09 Cabeleireiro. Para além de ter um salão em Ozoir-la Ferrière, Michael Caiolas tornou-se o cabeleireiro dos melhores jo- gadores de futebol. 12 Política. Autarca socialista de Feyzin, José da Rocha quer mais diálogo entre as diferentes Secções do PS português em França. 02 Futebol. O Treinador do Lusitanos de Saint Maur, Adérito Moreira, diz-se prepa- rado para o jogo com o Créteil/Lusitanos para a Taça de França. 26 04 Edition nº 194 | Série II, du 12 novembre 2014 Hebdomadaire Franco-Portugais A partir do dia 17 de novembro o Consulado de Portugal em Paris só atende quem tiver feito marcação por internet. PUB PUB

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G R A T U I T

Fr

29paulo costa, 42 anos, campeão domundo de Boxe thaï e dirigente doKick Boxing de romainville.

F R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Cívica

SiStema eleitoralarcaico e complexoVoto dos emigrantes não tem sido prioridade

Empresas. Com 71 empresas, Portu-gal teve a maior presença de sempre noMidest, o salão internacional da subcon-tratação industrial.

09

Cabeleireiro. Para além de ter umsalão em Ozoir-la Ferrière, Michael Caiolastornou-se o cabeleireiro dos melhores jo-gadores de futebol.

12

Política. Autarca socialista de Feyzin,José da Rocha quer mais diálogo entreas diferentes Secções do PS portuguêsem França.

02

Futebol. O Treinador do Lusitanos deSaint Maur, Adérito Moreira, diz-se prepa-rado para o jogo com o Créteil/Lusitanospara a Taça de França.

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Edition nº 194 | Série II, du 12 novembre 2014 Hebdomadaire Franco-Portugais

A partir do dia 17 denovembro o Consuladode Portugal em Parissó atende quem tiverfeito marcação por internet.

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02 política le 12 novembre 2014

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José da rocha quer mais diálogoentre as Secções do pS português em França

José da Rocha foi eleito nas últimaseleições municipais em Feyzin (69) nalista de Yves Blein e nomeado MaireAdjoint com o pelouro da Cidadania.Ocupa-se do Estado civil e da Gestãodo pessoal camarário, da Comunica-ção externa, do Ambiente, e do Patri-mónio comunal desde o 14 de marçodeste ano.

LusoJornal: Foi difícil assumir estasnovas responsabilidades?José da Rocha: Não. Eu já tinhafeito, em paralelo, formações comesta finalidade desde há dez anos.Assumi encargos associativos, comoa presidência da “Epicerie Mo-derne”, entre outras funções, e tam-bém como dirigente associativo.Também desempenho funções noPartido Socialista francês, onde souo Secretário Federal desde 2003.Hoje estou à vontade, e não houve di-ficuldades maiores na tomada deposse destas responsabilidades.

LusoJornal: Estas suas funções levam-no a ter contactos e a trabalhar com aComunidade portuguesa?José da Rocha: Claro que sim. Não sepassa uma semana que eu não sejasolicitado por membros da nossa Co-munidade, por exemplo recém-chega-dos aqui à região de Feyzin, pedindoinformações e ajuda. Dentro das nos-sas possibilidades tudo se faz para quehaja um final positivo. Mas o contextoé muito difícil, pois as condições porvezes não são favoráveis. O trabalho éescasso e as situações das pessoasque o solicitam por vezes são críticase irrefletidas. O espírito aventureiroportuguês continua muito presente.

Por vezes são situações dramáticas edifíceis de resolver ou até sem solu-ção.

LusoJornal: Antes de ser eleito naequipa de Yves Blein, teve encargos deresponsabilidade no seio da Comuni-dade portuguesa?José da Rocha: Fui durante algunsanos Presidente da Associação Cultu-ral Portuguesa de Feyzin (ACPF) e coma equipa de Direção fizemos várioseventos culturais e recreativas. Os nos-sos objetivos foram sempre a divulga-ção da nossa cultura às Comunidadesfrancesa e portuguesa. Conferências,espetáculos e festivais de folclore,assim como festas populares, foramorganizadas no decorrer dos anos.Criámos também um espetáculoanual, já com bastante reputação, queé uma noite de fado: “A noite de Por-tugal”. Vários artistas portugueses,cantores de fado, já passaram pelopalco da Epicerie Moderne, com quemtrabalhamos em parceria.

LusoJornal: E no plano político, na Co-munidade portuguesa, onde se situa?José da Rocha:Estou e estarei semprenuma posição de escuta, para me in-vestir o mais possível. Fui durante“tempos” Conselheiro das Comunida-des, o que não me deixou boas recor-dações, pelo contrário. Fui eleitoSecretário Coordenador da Secção doPS português de Lyon, há menos deum ano. Com a equipa atual, queroque seja uma Secção que funcione eque tenha objetivos, com valores paraa Comunidade residente na região dogrande Lyon. Eu não quero ter grandesdiscursos, belas escritas, e elaborarplanos sem ter a possibilidade de osconcretizar, mas sim ser realista e tra-balhar no terreno, no dia-a-dia e estarà escuta dos nossos compatriotas comas suas dificuldades.

LusoJornal: Quais são então concreta-mente os seus objetivos para a Secçãodo PS português de Lyon?José da Rocha: Atualmente, na Sec-ção de Lyon, somos cerca de 75 mili-

tantes, mas temos o objetivo de chegaràs duas centenas de encartados nosfins de 2015. Quero que haja maisdiálogo entre as Secções do PS portu-guês em França. Após a queda da Fe-deração, pouco ou nada se faz.Considero que acabar com a Federa-ção do PS em França foi uma inicia-tiva infeliz e que resultou nestarealidade. Quero também que hajamais partilha de ideias à minha volta,e também dar confiança no futuro aosmilitantes da Secção. As ações noplano social e político ao nível da Co-munidade, têm que ser definidas epostas em prática. Dentro da Secçãomesmo, quero mais implicação e apresença de cada militante. No pró-ximo fim de semana, no dia 21 denovembro, vamos ter eleições para oSecretário Geral do Partido. Estamosa preparar essas eleições.

LusoJornal: Como acha que as Co-munidades são vistas em França eem Portugal?José da Rocha: Em França, queroque tenham mais consideração, eque reconheçam a nossa existência.Que sejamos também uma força euma presença no contexto políticofrancês. Que a nossa Secção tenhaações participativas na vida políticafrancesa e que seja mais visível. ParaPortugal, eu daria o conselho que apróxima força política a governar opaís criasse um Ministério para asComunidades residentes no estran-geiro. Hoje somos cerca de cinco mi-lhões de Portugueses espalhadospelo mundo, enviamos centenas demilhões de euros para o nosso país enão temos a consideração que mere-cemos, até temos a impressão quenos ignoram. Salvaguardar a nossa

cultura e a nossa língua, tendo emconta a nova vaga de imigrantes,apoiando ao máximo o ensino do por-tuguês no estrangeiro e muitas outrasações que fossem nesse sentido desalvaguardar a nossa identidade e anossa cultura. O mundo da lusofoniaconta com cerca de duzentos mi-lhões de pessoas, então o que fazemos nossos Governos para que seja co-nhecida e mantida toda esta cultura?Pouco ou nada. Hoje faz-se tudo paradiminuir essas ações e cada vez maisse vê a carência e a perda destes va-lores no seio da Comunidade portu-guesa.

LusoJornal: Quais seriam os conse-lhos a dar aos membros da nossa Co-munidade em França?José da Rocha: O que sempre disse:sejam mais visíveis e têm de se in-vestir muito mais na vida política dasociedade francesa onde estão inse-ridos. Que se inscrevam nos cadernoseleitorais das Mairies onde residem eque votarem sempre que sejam soli-citados, tendo em conta os nossos di-reitos e deveres cívicos. Ao vivermosna sociedade francesa temos que sermais ativos e participativos e sermosmais atores e não só espetadores.Quem não vota, não conta! Quemnão está inscrito, não existe. E é estaa realidade dos números das estatís-ticas que dizem que a Comunidadeportuguesa não está presente nas lis-tas eleitorais com valores significati-vos. Temos que mudar esta tendênciae no futuro tomar as boas decisões quese impõem. Temos que ter tambémpensamentos de vida em Comunidadepara o bem de todos e não sermos in-dividualistas e só pensarmos no nossobem estar.

Português é Maire Adjoint em Feyzin

Por Jorge Campos

Eu sei que a minha introdução podelevar alguns a compreender ou inter-pretar diferentemente o sentido realdessa mesma introdução.Porém, já venho alertando faz jámuito tempo os Portugueses paraabrirem o olho e o bom, evidente-mente contra todas as agressões quesorrateiramente os países de acolhi-mento vão quotidianamente profe-rindo contra a nossa Comunidade emparticular: França, Luxemburgo, Ale-manha e Suíça.É frequente que nesses países numa

forma de cobardia, os representantestanto do ensino público, nas reparti-ções públicas, como até nas própriasempresas, vão aqui ou ali dando acompreender, que falar português émal visto e pode de certa maneira serprejudicial a uma carreira tanto es-colar como profissional.O que não é verdade, pelo contrário,hoje mais que nunca a língua portu-guesa tem o seu futuro e todos nóssabemos que alguns desses paísestentaram desde muitos séculos travara progressão da língua portuguesa,

sem o conseguirem e hoje tentamnovamente de maneira diferente“amigavelmente e democratica-mente” lapidar culturalmente os Por-tugueses que por razões diferentestiveram que emigrar para esses paí-ses, proibindo-os de falarem a suaprópria língua. Não somente é anti-democrático, como todos esses casosdevem ser divulgados para que essespaíses sejam condenados internacio-nalmente.Deixo aqui o meu apelo como Portu-guês a todos os meus compatriotas

para nunca se integrarem, mas sim-plesmente se adaptarem.Esses países perversos, o que eleschamam integração, muitas dasvezes não é mais nem menos que la-pidação cultural.A história demonstra que tenhorazão, e se virem cada vez que umPortuguês pede a nacionalidade nes-ses países, pedem-lhes sempre pararetirarem pelo menos uma palavra,ou alterar uma palavra, como paracortarem o cordão umbilical com opaís de origem.

Exemplos: Rodrigues/Rodrigue, Pe-reira/Pereire, Cardoso/Cardoze,...Existem milhares de exemplos comoestes.Por essa razão me exponho, masalerto contra a lapidação cultural pro-ferida por esses países que se podeconsiderar uma morte, “morte cultu-ral”.Se os Portugueses de todos os níveisculturais não abrirem o olho rapida-mente, é esse o risco que corremosna Europa, por parte dos nossos“amigos”!

portugueses abram o olho!

Crónica de opiniãomanuel Sousa FonsecaEscritor e dirigente associativo

[email protected]

José da Rocha, em FeyzinLusoJornal / Jorge Campos

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03comunidade

emsíntese

atos consularesque pode fazersem sair de casaMuitos atos consulares podem serfeitos sem ser necessário deslocar-se ao Consulado.

Livrete de família.Atualização do livrete de família.Certificado para legalização de viatura.Certificado de residência para finsbancários.Certificado de residência para fins ad-ministrativos.Certificado de residência para fins es-colares ou universitários.“Certificat tenant lieu de certificatd’hérédité, valable uniquement enFrance pour un montant ne pouvantdépasser 5.335 €, n’existant ni bienmeubles ou immeubles en France”.Certificado de lei para registo na “Mai-rie” de recém-nascido com váriosapelidos.Certificado de lei sobre a transmissãodos nomes de família aos cônjuges.Certificado para PACS.Certificado de lei sobre a composiçãodo nome em Portugal.Certificado para a concordância donome, quando uma pessoa temnomes diferentes em Portugal e emFrança.Certificado de lei para casamento.Pedido de transcrição de casamentocelebrado em França entre 2 portu-gueses.Pedido de transcrição de casamentocelebrado em França com 1 nubenteportuguês.Pedido de registo de óbito.Certidões de nascimento, de casa-mento, de óbito.Reconhecimento de assinatura detradutor ajuramentado depositado noConsulado.Para informações sobre como tratardestes atos consulares sem se deslo-car ao Consulado, consulte o site:www.consuladoportugalparis.com

le 12 novembre 2014

consulado de portugal em paris só atendequem marcar por internet

A partir de segunda-feira, dia 17 de no-vembro, para pedir Cartão de cidadãoou Passaporte, para Registo de nasci-mento ou de divórcio, para Casamentoou para fazer uma Procuração, o Con-sulado Geral de Portugal em Paris sóvai atender os utentes que tiverem feitomarcação via internet.Através de uma aplicação de agenda-mento acessível 7/7 dias e 24/24horas, os utentes poderão escolher, deentre os períodos disponíveis, o dia e ahora para se deslocarem ao Consulado.O agendamento deverá ser feito com,pelo menos, 36 horas de antecedên-cia.O Cônsul Geral de Portugal em Paris,Pedro Lourtie, explica ao LusoJornal asrazões destas alterações.

LusoJornal: O que vai mudar exata-mente?Pedro Lourtie: Já está disponível umaplataforma online de marcação préviapara alguns atos consulares divididosem 4 serviços: pedido de cartão do ci-dadão, pedido de Passaporte, Registocivil (registo de nascimento, divórcio ouóbito, ou para casamento) e Notariado(para procuração, ou a sua revogação,ou instrumento de consentimento ouratificação). Os utentes poderão agen-dar o seu encontro no Consulado esco-lhendo o dia e a hora a que serãoatendidos.

LusoJornal: Mas poderão escolher o diae depois não haver lugar?Pedro Lourtie: O sistema é todo auto-matizado e é muito simples. O utenteregista-se, escolhe um nome de utili-zador, insere um email e escolhe umapassword. São estes os dados que osistema pede. Isto demora cerca de 2minutos. A marcação demora outros 2minutos. O utente escolhe o dia e ahora que pretender. Receberá imedia-tamente um email com confirmaçãoda marcação, 7 dias antes recebe umemail a recordar a marcação e um diaantes um novo email para relembrar.Esses emails vão indicar também a

lista dos documentos que deverá trazerem função do ato consular que vier tra-tar. O Consulado criou um canal noYouTube onde explica tudo em vídeosdetalhados de 5 minutos.

LusoJornal: E se alguém chegar aoConsulado sem marcação?Pedro Lourtie: A partir de 17 de no-vembro, quem tem prioridade no aten-dimento serão as pessoas que fizerama marcação online. Se nos primeirosdias os horários não estiverem todos re-servados pela marcação, poderemos,evidentemente, atender os utentes quevierem sem marcação, dentro do limiteda capacidade de atendimento doConsulado. Mas não será a regra.

LusoJornal: E quem não tiver Internet?Pedro Lourtie: A nossa experiência in-dica que se trata de uma minoria.Temos em consideração que há pes-soas, nomeadamente de mais idade,que têm mais dificuldade em lidar cominformática, mas normalmente conhe-cem alguém que as pode ajudar, sejaum familiar ou, por exemplo, numa as-sociação. Mas é evidente que se houveralguém que não tem mesmo acesso, oConsulado também pode ajudar. Nin-

guém vai deixar de ser atendido poressa razão.

LusoJornal: Há serviços que não neces-sitam de marcação?Pedro Lourtie: Sim. Por exemplo, paralevantar o Cartão do cidadão não é ne-cessária marcação. O recenseamentoeleitoral e militar e a dispensa do Diada defesa nacional não justificam mar-cação. Um simples reconhecimento deassinatura também não.

LusoJornal: Há atos que não constamda plataforma de marcação. Comofazer nesse caso?Pedro Lourtie:Há serviços de naturezadiferente, atos que são menos frequen-tes, que continuam a manter, como atéaqui, um sistema de marcação poremail. As habilitações de herdeiros, ostestamentos, os repúdios ou as renún-cias de heranças, os pedidos de nacio-nalidade, os requerimentos dealteração de nome e os vistos são man-tidos num sistema de marcação poremail. Os utentes enviam um pedidopor email e são posteriormente contac-tados para agendarem uma marcação.O serviço jurídico-social, pelas suas ca-racterísticas, também mantém esse

mesmo sistema de marcação por e-mail que tem estado a funcionar háquase 2 anos.

LusoJornal: A razão da mudança é porhaver muitos utentes ou poucos fun-cionários?Pedro Lourtie: Diria os dois. Há diasque são muito difíceis, nos quais é im-possível dar resposta a todas as pes-soas que nos procuram. Julgo, por isso,que o sistema vai melhorar as condi-ções de atendimento dos utentes quese dirigem ao Consulado. A necessi-dade leva muitas vezes à inovação.Desde que cheguei há dois anos emeio, a necessidade tem levado a quea gestão do Consulado seja mais ima-ginativa, tenho que ir à procura denovas soluções perante os constrangi-mentos que temos e é evidente queeste é um dos resultados.

LusoJornal: E que outras soluções en-controu?Pedro Lourtie: Por exemplo, aumentaro número de atos que podem ser feitosà distância. Há muitas coisas quepodem e devem ser feitas à distânciae os nossos utentes já o sabem. Os Li-vretes de família, os pedidos de Certi-dões de nascimento, e casamento,óbito, e muitos outros documentos,cuja informação se encontra no site doConsulado... Recebemos já hoje maisde cem pedidos por dia, pelo correio.Trata-se de um modo mais confortávele mais eficiente de pedir esses docu-mentos, enviando por correio ao Con-sulado e recebendo o documentoigualmente por correio, sem que tenhaque sair de casa.

LusoJornal: As Permanências quefazem noutras cidades, também estãoabrangidas pelo mesmo sistema demarcação?Pedro Lourtie: Por enquanto não. Tal-vez mais tarde. Depende das necessi-dades. Pode acontecer que este ououtro sistema de marcação possa serintroduzido para uma ou outra Perma-nência que tenha maior afluência deutentes.

A partir do dia 17 de novembro

Por Carlos Pereira

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Pedro Lourtie, Cônsul Geral de Portugal em ParisLusoJornal / Carlos Pereira

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04 comunidade

lusojornal.com

Voto dos portugueses residentes no estrangeiro não tem sido prioridade.Quando se resolverá este problema?

No próximo ano, em 2015, vão terlugar as eleições legislativas em Por-tugal. Há décadas que o processoeleitoral para os Portugueses resi-dentes no estrangeiro tem vindo aser denunciado por ser demasiadocomplexo, por vezes incompreensí-vel, e por não estar adaptado àsnovas realidades.Há décadas que o assunto é levan-tado, mas há décadas que ninguém oresolve. E já não há tempo (nem von-tade) para o resolver antes da próximaeleição.

o recenseamento não é obrigatórioEm Portugal, o voto não é obrigatório(como é por exemplo no Brasil ou naBélgica), mas o recenseamento é ob-rigatório... salvo para os Portuguesesque moram no estrangeiro.Pelo simples facto de residir no es-trangeiro, o Legislador considerou quenão devia haver essa obrigatoriedade,alegando por exemplo os países quenão toleram a dupla cidadania. “Euconsidero que o recenseamento deviaser, pelo menos automático. E sóquem não aceitasse ser recenseado,por uma razão qualquer, é que podiasolicitar que não o fosse” diz ao Lu-soJornal o Deputado social-democrataCarlos Gonçalves.O facto é que, dos cerca de 5 milhõesde Portugueses que residem no es-trangeiro, pouco mais de 200 milestão recenseados. E este númeroestá praticamente estável desde hávários anos.Na linha da frente deste “imobilismo”estão os funcionários consulares. Hámilhares de Portugueses que vãotodos os dias aos Postos consulares,mas a esmagadora maioria deles entrae sai sem que o funcionário lhes per-gunte se querem ser recenseados. Osfuncionários contactados pelo Luso-Jornal evocam mil e uma desculpas!A desculpa mais frequente é que nãotêm tempo “a perder”. “Se o utenteveio fazer um Cartão do cidadão, setemos dezenas de outros utentes à es-pera, não vamos perguntar se quer re-censear-se porque isso faz com que asfilas de espera aumentem” diz umfuncionário que pediu anonimato. “Osfuncionários fazem aquilo que os Côn-sules dizem para fazer” disse em tem-pos um dirigente do Sindicato dostrabalhadores consulares STCDE, ale-gando que são os Cônsules quepedem maior celeridade aos funcio-nários.O anterior Secretário de Estado dasComunidades Portuguesas, AntónioBraga, criou uma aplicação informá-tica que “obrigava” os funcionários aperguntarem ao utente se queria serrecenseado. “Demora mais tempo aexplicar que o utente não quer, do quea fazer o próprio recenseamento”disse na altura. O Conselho das Co-munidades emitiu, na altura, um co-municado a congratular-se por estainiciativa. A aplicação esteve a funcio-nar cerca de uma semana. “Se bem

me lembro, houve um parecer nega-tivo da Comissão nacional de proteçãode dados” explica o Deputado socia-lista Paulo Pisco. “Mas é isso quetemos de fazer: criar um sistema quefaça com que o recenseamento au-mente”.O atual Secretário de Estado, José Ce-sário, decidiu considerar o recensea-mento como um “ato consular”. Comefeito, até aqui, o recenseamento não

era “visível” nas estatísticas dos Con-sulados. Agora é. “Foi uma boa inicia-tiva” comentam militantes dos maisvariados partidos políticos. Esta sim-ples iniciativa acaba por ter um im-pacto nos Postos mais pequenos. OsPostos maiores, com muita afluênciade público, continuam a não propor orecenseamento aos utentes porquebaseiam-se na lógica da “velocidade

de atendimento”. Os Postos mais pe-quenos, querem “mostrar” atos con-sulares (alguns para não virem afechar) e por conseguinte, encontra-ram no recenseamento eleitoral, umaoportunidade de aumentarem as es-tatísticas de atos praticados no Posto.Há uns anos atrás, o recenseamentopodia ser feito por “agentes terceiros”que motivavam os Portugueses a seinscreverem no Consulado. “Eu fizcom que muita gente se inscrevesseno recenseamento eleitoral portu-guês” disse recentemente um diri-

gente associativo de Bezons, nas pá-ginas do LusoJornal. Hoje isso não épossível. Tudo é informatizado e o re-censeamento apenas se pode fazernos Postos consulares.É pena que não se utilizem precisa-mente as novas tecnologias para fazero recenseamento eleitoral fora dosPostos consulares, aproveitando até asPermanências consulares descentra-lizadas.

outros problemas com o recenseamentoOutro problema está relacionado comaqueles que decidem fazer o Cartãodo cidadão em Portugal. Com o encer-ramento de 12 Postos consulares emFrança nas últimas décadas (sim12!), cada vez há mais Portuguesesque fazem o Cartão do cidadão em

Portugal, aproveitando o período deférias. Podem fazê-lo. Só que os fun-cionários em Portugal não foram sen-sibilizados para a especificidade dequem mora fora de Portugal. “Pergun-taram-me onde morava, respondi emFrança, a senhora perguntou-me senão tinha uma morada em Portugal,respondi que sim e meses mais tardefiquei a saber que o meu recensea-mento em França tinha sido supri-mido automaticamente e passei aestar recenseado na minha freguesiaem Portugal” conta ao LusoJornal

Carlos Faria, residente há mais de 40anos em Bourg-la-Reine (92). Já háalguns anos, o Deputado Carlos Gon-çalves tinha denunciado a situação.“Estamos a perder eleitores emFrança” dizia na altura.É que com a chegada do Cartão do ci-dadão, o recenseamento passou aestar associado automaticamente àfreguesia de residência. “Claro que osfuncionários em Portugal nem sempre

querem escrever moradas no estran-geiro e por isso convencem os utentesa dar a morada portuguesa, sem com-preenderem os problemas que essesimples facto pode vir a ter na vidadas pessoas” disse ao LusoJornal umfuncionário consular. “Depois somosnós que ouvimos as queixas”.Também quem emigra agora, temproblemas. Quando um “novo emi-

grante” vai ao Consulado fazer umCartão do cidadão, dando a residênciaem França, cessa automaticamentede estar recenseado em Portugal e al-guns descobrem depois que nãopodem pura e simplesmente votar.Deixam de estar recenseados.“Eu fui recentemente ao Consuladopedir para transferir o meu recensea-mento para França e disseram-meque não podia” disse ao LusoJornaluma estudante que vai passar algunsanos em França. “Levantaram-metantos problemas que continuei re-

censeada em Portugal. Acabei por nãovotar nas eleições europeias e prova-velmente também não vou votar naseleições legislativas do próximo ano”.Um Cônsul de Portugal que passourecentemente em França resumiu asituação: “falta-nos pessoal. Podía-mos fazer muitas mais coisas, massem ovos não se fazem omeletes”.Vários cadernos eleitoraisNum comunicado emitido recente-mente, o Conselho das ComunidadesPortuguesas pedia a “uniformizaçãodos cadernos eleitorais”. O facto éque, para cada eleição há Cadernoseleitorais diferentes.O Caderno eleitoral para as eleiçõesLegislativas não é o mesmo das elei-ções Europeias, nem é o mesmo daeleição para o Presidente da Repú-blica, nem para o Conselho das Co-munidades. Quatro eleições, comquatro Cadernos eleitorais diferentes.“É necessário uniformização” con-firma o Deputado Paulo Pisco.Para as eleições Europeias, o pro-blema dificilmente será resolvido. OsCadernos eleitorais são os mesmospara os Portugueses que residem forada União Europeia. Mas por exemplo,um Português que resida em França,decide se quer votar em Portugal ouem França. Tem essa possibilidade deescolha.Mas na eleição Presidencial está omaior problema. O Legislador decidiuque apenas podiam votar nas eleiçõesPresidenciais os emigrantes recensea-dos até 1997. Vá-se lá saber porquê?“Há uma grande falta de visão. OsPartidos têm medo dos votos dosEmigrantes” avança ao LusoJornal oDeputado Carlos Gonçalves. Depoisdessa data, antes de cada eleição Pre-sidencial, os Deputados votam o“alargamento do Caderno eleitoral”.“O meu filho vai fazer 18 anos no dia6 de dezembro deste ano, vai recen-sear-se, ele é militantes da JSD, masnão vai poder votar para o Presidenteda República porque a Lei atual nãoo permite. Salvo se os Deputadosapresentarem, antes da eleição, maisum ‘alargamento do Caderno eleito-ral’” explica o Deputado. “E isso eunão posso aceitar”. Mas vai ter deaceitar, porque a Lei é assim.Porque não resolvem o problema umavez por todas? Porque se cria esta dis-criminação entre Portugueses de forae Portugueses de dentro? Não há res-posta possível, sobretudo quandoessa discriminação vem da própriaAssembleia da República!Por fim, na eleição para o Conselhodas Comunidades Portuguesas, oatual Secretário de Estado, José Ce-sário, propõe que sejam utilizados osCadernos eleitorais das Legislativas,num esforço de uniformização.Mesmo assim, há quem critique, eprefira deixar como está atualmente,em que podem votar todos os cida-dãos inscritos nos Consulados.

Vários métodos de votoTambém a metodologia de voto écomplexa nas Comunidades portu-guesas. Para as eleições legislativas o

Sistema é arcaico, complexo e ineficaz

Por Carlos Pereira

le 12 novembre 2014

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05comunidade

lusojornal.com

voto é feito por correspondência, en-quanto para as outras eleições o votoé presencial. Mesmo assim, para aeleição do Presidente da Repúblicadura três dias, para a eleição Europeiadura dois dias e para a eleição doConselho das Comunidades dura umdia.Porque fazer fácil quando se podefazer complexo?

Voto por correspondência é arcaicoO voto por correspondência nas elei-ções legislativas é arcaico e não seadapta à realidade atual. Toda a genteconcorda.Primeiro porque nem todos os recen-seados recebem o boletim de voto.“Por vezes há pessoas que mudam demorada, não informam o Consulado ea carta é devolvida. Quando é devol-vida duas vezes, não voltam a enviar”.Em certos países os correios funcio-nam tão mal que os boletins de votochegam atrasados ao eleitor ou nou-tros casos chegam a Lisboa várias se-manas depois das eleições.Mas o voto por correspondência é ca-racterizado sobretudo pelo grande nú-mero de votos nulos. “As pessoasenganam-se e metem o boletim devoto no envelope errado” e isso anulaautomaticamente o voto. “Há efetiva-mente uma distorção dos resultados”comenta o Deputado Paulo Pisco.Até há uns anos, era necessário meterno envelope uma fotocópia do Cartãodo eleitor, para provar que o eleitor es-tava recenseado. Agora, como já nãohá Cartão de eleitor, é necessário ir aoConsulado solicitar uma Certidão em

como está recenseado!!! “Só podemestar a brincar connosco” diz JaimeRodrigues, leitor do LusoJornal emMassy. “Então, se eu recebo o enve-lope em casa é porque estou recen-seado, não é? E se tenho de ir aoConsulado buscar a tal certidão,então não há vantagem no voto porcorrespondência. É por estas coisasque eu não estou recenseado, nemme interessa. Eles que brinquem so-zinhos”.

porque não se resolve o problema?Se todos os Partidos concordam queesta situação caótica tem de ser re-solvida, o facto é que não resolvem.Há décadas que não resolvem o pro-blema.É que em matéria eleitoral, qualquermudança de Lei exige a aprovação dedois terços dos Deputados. E os De-putados não estão ali para chegarema consensos, sobretudo em matériasde emigração. Por isso, não chegam.Nem tentam chegar. E o assuntodura. E vai continuar a durar.“Eu ando desde que sou Deputado há10 anos a pedir os consensos. Tive aoportunidade de estar ligado a duasiniciativas que têm a ver com as me-todologias do voto para poder alargara participação que é a minha grandepreocupação. Nós temos que retiraralguns preconceitos ideológicos e es-quecer algumas estratégias eleitorais”diz o Deputado Carlos Gonçalves(PSD). Mas tem mesmo procuradoconsensos?Sejamos claros, esta matéria joga-seentre os dois maiores partidos com

assento no Parlamento português, oPSD e o PS, sem os quais não se atin-gem os 2/3 dos Deputados.“Estas questões são complexas. Nãopodemos tomar decisões sem ter pri-meiro uma reflexão profunda” explicaao LusoJornal o Deputado PauloPisco que confessou que não tem ha-vido reflexão conjunta entre os doismaiores Partidos do Parlamento. “Éverdade, não tem havido iniciativasde parte a parte”. E depois acres-centa que “estas iniciativas têm deser tomadas em início da legislatura.Agora já é tarde porque já estamosem cima da eleição”. E porque nãotomou?Em 2007, o Partido Socialista fezuma proposta de alteração da meto-dologia de voto, passando o voto porcorrespondência para voto presencial.A Lei foi apresentada na Assembleiada República e foi aprovada, mas teveo veto do Presidente da República porconsiderar que esta metodologia devoto faria com que menos eleitoresainda pudessem participar no atoeleitoral. O PS nunca mais voltou aabordar esta questão.E continuamos assim (por quantotempo mais?) com o PS a considerarque, apesar do encerramento dosPostos consulares (encerrados peloPSD e pelo PS) a melhor soluçãoainda é a do voto presencial, e com oPSD a defender (apesar de tambémter alguma contestação interna) o votoeletrónico.

Voto eletrónicoO voto eletrónico tem sido evocadopor várias personalidades nas Comu-

nidades portuguesas. A França, e vá-rios outros países já implementarameste método de voto. A ideia é quecada cidadão possa decidir entre ovoto presencial num Posto consularou o voto via internet, a partir da suacasa, com uma simples senha.Quando Carlos Gonçalves foi Secretá-rio de Estado das Comunidades Por-tuguesas, há 10 anos, fez um teste devoto eletrónico. “Foi uma experiênciaque eu assumi no sentido de dar a en-tender que era possível claramenteutilizar como voto alternativo, o votoeletrónico, para chegar a todos os Por-tugueses. Na altura infelizmente pra-ticamente não houve consenso, houvemuitas críticas e portanto depreen-deu-se que na maioria dos Partidospolíticos, talvez até nalgumas daspessoas do PSD, não haveria vontadede recorrer às novas metodologias.Mas para mim, isso ainda é uma ma-téria que está em cima da mesa e queeu sempre levanto”.António Braga, que substituiu CarlosGonçalves na Secretaria de Estado,considerou que o sistema não era se-guro e podia haver “manipulação devotos”. Hoje, todos nós fazemos com-pras recorrendo à internet, confiamosas nossas economias aos bancos apartir de um simples ‘clic’, mas An-tónio Braga sempre recusou esta via,alegando que “controlar um país nãotem preço” e poderia haver manipu-lação eletrónica dos resultados eleito-rais.Na altura foi testada em Portugal umapossibilidade de voto eletrónicomesmo para quem mora no país. Aideia defendida pelo então Secretário

de Estado José Magalhães, era queum Português do norte que estivessede férias no Algarve pudesse votar emFaro. Esta “mobilidade”, podia apli-car-se também aos Portugueses resi-dentes no estrangeiro. “Mas asconclusões não foram positivas. Osrelatórios podem ser consultados.Concluiu-se que, por enquanto aindanão se encontrou um sistema seguroque garanta a fiabilidade do voto ele-trónico” explica o Deputado PauloPisco. “Pode haver modificação doresultado, pode haver modificação dovoto e pode até ser divulgado emquem uma pessoa votou. E isso nãopode acontecer”.Como sair desta situação? O Depu-tado socialista defende que devemcontinuar os testes, os “trabalhos téc-nicos” à volta deste assunto. “Deveser o Governo, através das suas insti-tuições, que devem efetuar testes.Até porque é o Governo que tem osmeios para o fazer. Quando as análi-ses forem conclusivas, poderemosavançar para este sistema. Eu sou to-talmente favorável”.Para concluir, o país que se vangloriade vender software nacional à NASAe de ter um sistema de pagamento deautoestradas dos mais sofisticados einovadores do mundo, também devesaber fazer um sistema de voto ele-trónico fiável. Assim haja vontade po-lítica (parece que não há), assim asComunidades portuguesas sejamolhadas como uma prioridade (pareceque não são) e assim haja reflexãoconjunta (visivelmente não há).Entretanto, as próximas eleições Le-gislativas devem ter lugar em 2015!

le 12 novembre 2014

Cívica

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06 comunidade

lusojornal.com

a aGraFr organiza a segunda ediçãoda “luso Journée”

A AGRAFr (Associação dos Diploma-dos Portugueses de França) organizaum Colóquio intitulado “2ème LusoJournée - Regards Extérieurs sur lePortugal: perspectives pour l’avenir”no próximo sábado, dia 15 de no-vembro, na sala de conferências daFundação Calouste Gulbenkian, emParis, das 9h30 às 17h00.Esta 2ª edição surge na continuidadeda primeira “Luso Journée” que de-correu em novembro de 2013 tam-bém na Fundação CalousteGulbenkian em Paris e cujo tema foi“Percursos profissionais: histórias desucesso” e contou com a presençade um número importante de partici-pantes e vários oradores convidados.Segundo a organização, o objetivodesta 2ª edição da “Luso Journée”consiste em apresentar testemunhosde estrangeiros e Portugueses resi-dentes em França que têm ou tive-ram recentemente uma ligação comPortugal. O conhecimento de visõesexternas a Portugal oferece-nosnovas perspetivas quanto ao contextoda realidade portuguesa inseridanum mundo global. “Por outro lado,este conhecimento permite novasabordagens de contacto e é funda-mental para o estabelecimento de co-nexões duradouras entre Portugal eo Estrangeiro” disse ao LusoJornalAna Antunes, Presidente da AGRAFr.A AGRAFr anuncia a presença doCônsul Geral de Portugal em ParisPedro Lourtie, do Investigador eespecialista da história contempo-rânea de Portugal Yves Léonard,do Deputado francês PascalCherki e da historiadora Marie-Christine Volovitch-Tavares, paraalém do Diretor da AICEP emParis António Silva e do Diretor daFundação Calouste Gulbenkianem Paris João Caraça.

Butelo de Bragança promovido em paris

Um dos pratos mais emblemáticosde Bragança vai ser promovido emParis, entre 14 e 16 de novembro,pela Confraria do Butelo e da Casula,que espera reunir uma centena deemigrantes num jantar.Segundo divulgaram os promotores,“trinta Confrades” vão deslocar-se aFrança, “a custas próprias” para de-senvolverem ações de promoção dostradicionais enchidos de ossos (bu-telo) e cascas de feijão seco cozidas(casulas).Outros produtos regionais como opão, azeite, vinho, cebolas constarãotambém da “ementa” desta ação depromoção.

emsíntese

rencontre avec adalberto alves à marseille

Mis en place par l’Office de Coopéra-tion Économique pour la Méditerra-née et l’Orient (OCEMO), AdalbertoAlves, poète, écrivain, historien, ara-biste et avocat portugais, lauréat duPrix Sharjah pour la culture arabe del’UNESCO en 2008, présente uneconférence-débat le lundi 17 novem-bre, de 9h00 à 10h30, à la Villa Val-mer, 271 Corniche Kennedy, àMarseille.Les «Cafés-débats de la Méditerra-née» sont des rencontres conviviales,autour d’un café, permettant de dé-couvrir différents aspects du mondeméditerranéen. Elles sont organiséesen collaboration avec des institutionsde pays représentés à Marseille etmettent à chaque fois un pays à l’hon-neur.La première rencontre est le fruit d’unpartenariat avec le Consulat Généraldu Portugal à Marseille, une des plusanciennes représentations consu-laires, installé en octobre 1822.

L’engagement du Portugal envers laMéditerranée est une donnée histo-rique et stratégique parfois malconnue. En effet, si pendant plusieurssiècles sa présence et son influenceen Afrique subsaharienne, en Amé-

rique du Sud et en Asie semble avoirdétourné le Portugal de la région mé-diterranéenne, les relations luso-ma-ghrébines ont pris, après la Révolutiondes Œillets et avec l’adhésion du Por-tugal au projet d’intégration euro-

péenne, un nouvel élan qui place leMaghreb dans les zones d’importancestratégique pour le pays.Avant la Révolution des Œillets d’avril1974, Adalberto Alves a été un oppo-sant actif au régime de Salazar et aplaidé pour défendre les droits desprisonniers politiques.Né à Lisboa en 1939, il est l’auteurd’un grand nombre d’œuvres sur laculture arabe en portugais, ainsi quedans d’autres langues. Son activitécouvre également la traduction et il areçu le prix de traduction de l’arabede la Société de la langue portugaise.Plus récemment, en octobre 2013, ila publié le «Dictionnaire d’arabismesde la langue portugaise», qui est le ré-sultat d’une recherche approfondieautour des mots portugais d’originearabe. Il est régulièrement invité àprésenter des conférences au Portugalet à l’étranger sur plusieurs thèmes,poésie, philosophie, histoire, dialoguedes civilisations et culture portugaise,notamment son héritage arabe.Infos: 06.08.00.54.60

Café-débat de la Méditerranée

Par José Manuel Santos

pS questiona Governo sobre legalidade deprestadores de serviços nos consuladosO Deputado socialista Paulo Piscoquestionou na semana passada o Go-verno sobre a legalidade do recurso aprestadores de serviços nos Consula-dos, nomeadamente sobre os direitoslaborais e acesso a documentos con-fidenciais por parte destes trabalha-dores. “Atualmente existem já maisde 60 contratados que trabalham soba tutela de empresas de prestação deserviços, sem qualquer vínculo laboralao Ministério dos Negócios Estrangei-ros, em, pelo menos, 11 Postos con-sulares, ao mesmo tempo que jádeixaram o quadro da função públicanestes três anos de GovernoPSD/CDS-PP, mais de 500 funcioná-

rios, 250 dos quais só em 2013”,afirma o Deputado do PS, num reque-rimento dirigido ao Ministro de Estadoe dos Negócios Estrangeiros, Rui Ma-chete.No documento, entregue na Assem-bleia da República, Paulo Pisco con-sidera que “o recurso a estasempresas levanta uma série de ques-tões que exigem cabal esclareci-mento”, quer quanto à situaçãolaboral dos trabalhadores, quer quantoaos contratos ganhos pelas empresas.O socialista refere que os funcionáriosdestas empresas “não possuem qual-quer vínculo laboral” ao Ministério e“não têm direito a férias nem a qual-

quer compensação no caso de teremde meter baixa médica, além de po-derem ser substituídos sem quaisquerentraves”.Paulo Pisco questiona se o Governo“tem capacidade para garantir os di-reitos laborais desses trabalhadores ounão interfere nesta matéria e é tudoda responsabilidade das empresascontratadas?” e pretende ainda saberse o executivo tem conhecimento de“alguma situação de ilegalidade nes-tes contratos à luz da legislação labo-ral do país onde prestam essesserviços, particularmente na Europa”.Por outro lado, o socialista perguntase “é legal e normal os trabalhadores

dessas empresas terem acesso a do-cumentos confidenciais e a dadospessoais dos Portugueses residentesno estrangeiro”.O Parlamentar já questionou o Secre-tário de Estado das Comunidades,José Cesário, sobre estas matérias, nasemana passada durante uma audi-ção parlamentar. Na ocasião, o gover-nante lembrou que o recurso aprestadores externos começou no an-terior Governo, do PS, e garantiu queo Ministério vai continuar a contratarserviços nestas condições, prevendotambém a contratação direta de pes-soal para os quadros.

le 12 novembre 2014

l’aGraFr a reçu adelaide cristóvãoLe samedi, 1er novembre, l’AGRAFr(Association des Diplômés Portugaisen France) a eu comme invitée de son«Autour d’un verre avec…» AdelaideCristóvão, la Coordinatrice de l’Ensei-gnement du Portugais en France (Ca-mões, IP). La rencontre a eu lieu,autour d’un verre mais aussi de «pas-teis de nata», dans le café Lusofolie’s,à Paris.La thématique proposée à l’invitée parl’AGRAFr était «Parler et écrire Portu-gais: capital économique et humain».Adelaide Cristóvão a parlé de son par-cours, depuis ses années de Lectriceà l’Université de Paris 8 jusqu’à sesresponsabilités actuelles de Coordina-trice de l’enseignement du Portugais.Il a été question de stratégies pour ledéveloppement du Portugais enFrance, de la différence entre leslangues, de l’importance de la capa-cité de curiosité et de refus des cli-

chés, de la langue en tant que perfor-mance vivante et encore de la diffé-rence entre langue d’émigration etlangue de prestige mais également delangue d’héritage, d’affects et delangue comme outil stratégique dansun monde global.«Autour d’un verre avec…» est unerencontre mensuelle, qui a générale-ment lieu le premier samedi du moisdans un café parisien, autour de thé-matiques prédéfinies avec une per-sonnalité de renom dans différentsdomaines qu’ils soient, entre autres,artistiques, scientifiques ou institu-tionnels. Ces rencontres interactivesouvertes à tous visent les membres del’AGRAFr et la Communauté portu-gaise en France en général. Le butétant de faire découvrir, de se faireconnaître, d’échanger des idées,d’établir des réseaux et de favoriserl’intégration des nouveaux arrivants.

«Autour d’un verre avec…»

Adelaide Cristóvão com os membros da AGRAFrDR

Adalberto Alves, poète, écrivain, historien, arabiste et avocatDR

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07comunidade

emsíntese

rencontre avec leportugal à cannes

Sous la présidence d’honneur dePedro Marinho da Costa, Consul Gé-néral du Portugal à Marseille, uneconférence «Le Portugal, les océans etl’Europe», «25 Avril 1974 - la singula-rité d’une Révolution portugaise», parAdalberto Alves, écrivain, poète et his-torien, et un vidéo projection sur le Por-tugal, buffet de spécialités portugaises,exposition d’images du Portugal,chants et danses avec l’associationUnion Portugaise de Cannes, aura lieule samedi 15 novembre, de 9h45 à16h00, à la Grande salle 1901 de laMaison des Associations, 9 rue LouisBraille, à Cannes.Cette rencontre conviviale d’informa-tion et d’échanges avec le Portugal estouverte à tout public avec accès libreet gratuit aux conférences.Sur réservation préalable avec uneparticipation de 18 euros il y a un buf-fet vers 13h00.Infos: 04.89.02.73.94

alexandre Neto: “portugal especializou-sena exportação de desempregados”O Organismo de Direção Nacional(ODN) do PCP em França realizou, nopassado domingo, a sua última reu-nião do ano de 2014, tendo, os mili-tantes que a compõem, começado apreparar o Plenário de 23 de novem-bro e a Assembleia que decorrerá emmarço de 2015.“Serão dois momentos importantes danossa vida partidária”, disse AlexandreNeto ao LusoJornal, “que darão aindamais força ao trabalho que os militan-tes têm vindo a desenvolver junto dosPortugueses residentes em França.Um trabalho que visa alertar e sensi-bilizar os nossos compatriotas emigra-dos para a situação de afundamentosocial e económico que se vive emPortugal, bem como para as propostasalternativas que o PCP apresenta paraque o país recomece a produzir ri-queza e a distribua de uma formajusta. Estas propostas permitiriam acriação de condições para que os Por-tugueses pudessem continuar a viverem Portugal, uma vida condigna ecom perspetivas de futuro para osmais jovens”.Rosa Rabiais, membro do Comité Cen-tral do PCP, participou nesta reunião eestará presente no próximo Plenário,falou-nos desse “afundamento dopaís”, salientando o “impacto nega-tivo” do Orçamento de Estado para

2015 apresentado pelo GovernoPSD/CDS-PP. “Este Orçamento de Es-tado para 2015 vem na sequência dapolítica de austeridade e empobreci-mento que o Governo vem aplicandodesde 2011”.Quando perguntámos quais são osprincipais sinais desse “afundamentoque conduz ao empobrecimento”, Ale-xandre Neto não hesitou e apontou odesemprego, a precariedade laboral ea emigração como as “grandes chagassociais que, fomentadas pelas Troikas,a nacional e a estrangeira, têm des-mantelado a nossa estrutura social eeconómica”. E concretiza. “O desem-

prego real, que atinge 1,4 milhões dePortugueses, é muito maior do quedizem as estatísticas mentirosas doGoverno. Números falsos que não con-tam com os desempregados desenco-rajados que já não estão inscritos noscentros de emprego. Por outro lado, ostrabalhadores que sofrem com a pre-cariedade laboral e com os salários demiséria não contam para a taxa de de-semprego, mas contam para outrosnúmeros igualmente preocupantes: odaqueles trabalhadores que, apesar deestarem empregados, não conseguemsair da pobreza devido aos salários ex-tremamente baixos. É a pobreza de

quem trabalha.”E a emigração? “Os mais de 100 milPortugueses que saem de Portugaltodos os anos são um bálsamo para apropaganda do Governo”, ironiza Ale-xandre Neto. “Imagine que os 400 milPortugueses que saíram de Portugaldesde 2011, gente ativa e, em boaparte, altamente qualificada, tivessemficado no país a engordar os númerosdo desemprego”, conjetura. “É porisso, para fugir a essas terríveis conse-quências, que o Governo fomenta aemigração desde que chegou aoPoder. Portugal especializou-se na ex-portação de desempregados”.

PCP-França prepara Plenário e Assembleia

le 12 novembre 2014

PUB

Par José Manuel Santos

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08 memória

lusojornal.com

câmara de Fafelembrou soldadosmortos na i Guerramundial

A Câ-maraMuni-cipald eF a f eassi-nalou

o centenário da I Grande GuerraMundial, com uma cerimónia junto aoMonumento aos Combatentes e cujoobjetivo primeiro foi o de homenageartodos os soldados mortos em com-bate na I Guerra Mundial.Na sua mensagem, o presidente daLiga dos Combatentes, Joaquim Ro-drigues, lembrou os soldados que lu-taram por um país, deixando tambéma certeza de que a Liga que repre-senta nunca os esquecerá.Na ocasião foi também lida umamensagem do Presidente da Repú-blica, Aníbal Cavaco Silva.Refira-se que do concelho de Fafemorreram em combate na I GuerraMundial 15 soldados.

centenário da iGrande Guerra emGouveia

O Município de Gouveia e o Núcleoda Liga dos Combatentes organiza-ram, no Jardim Lopes da Costa, na-quela cidade, uma cerimóniaevocativa do centenário da I GrandeGuerra. O evento contou com a pre-sença de uma força militar do Regi-mento de Infantaria nº 14, da cidadede Viseu, que prestou as honras mili-tares.“Com a realização deste ato pretende-se homenagear todos os Portuguesesque há 100 anos, em França, naFlandres, integraram o Corpo Expedi-cionário Português, e os que defen-deram Angola e Moçambique contraa invasão da Alemanha, na GrandeGuerra 1914-1918”, referiu a organi-zação.

exposição sobre aGrande Guerra emmanteigas

O Arquivo Municipal de Manteigasacolhe uma exposição intitulada “IGrande Guerra Mundial - Mantei-guenses na frente de batalha” até aodia 28 de novembro.As peças e os documentos em expo-sição transportam o visitante “parahistórias e memórias sobre a partici-pação portuguesa, e manteiguenseem particular, no conflito de 1914-1918, que é importante recuperar econtar”.

emsíntese

F. Hollande a inauguré l’anneau de la mémoire

Le 11 novembre, le Président FrançoisHollande a inauguré l’Anneau de laMémoire à Notre Dame-de-Lorette,dans le Pas de Calais. C’est un hom-mage bien particulier à tous les soldatsmorts dans le champ de bataille de laPremière Guerre Mondiale dans la ré-gion Nord Pas de Calais. 579.606noms de soldats sont gravés par ordrealphabétique, dont 2.266 Portugais.L’historien Yves Le Maner est le Direc-teur du Projet. A l’occasion de la visitede LusoJornal au site de l’Anneau dela Mémoire, nous l’avons rencontré,ainsi que l’architecte et maître d’œu-vre, Philippe Prost.

LusoJornal: Combien de soldats mortspendant la I Guerre sont inscrits sur les500 panneaux de ce monument?Yves Le Maner: Il y a au total 580 millesoldats de toutes nationalités, qui ontpéri dans le sol de l’Artois et de la Flan-dre française entre 1914 et 1918. Denoter que parmi les soldats disparuspendant cette terrible guerre, 40% descorps n’ont pas été retrouvés et 8%sont morts par maladie ou après lescombats. Il y a plus de 30 nationalitésreprésentées sur les panneaux de cemémorial. Bien évidemment 3 nationspar la masse de leurs morts dominent:l’Empire Britannique avec 294 millenoms, la deuxième liste est celle desAllemands, avec 174 mille, la troi-sième liste est celle des Français avec106 mille soldats recensés. Ce dernierchiffre parait inférieur à ceux des Bri-tanniques et des Allemands, parce quetout simplement, l’armée française estpartie combattre à Verdun à partir demars 1916, laissant le front à l’armée

britannique. Il y a également à côté,d’autres nationalités qui sont représen-tées: il y a les Belges avec plus de 2mille noms et 2.266 Portugais qui ontété retrouvés à partir de listes que nousavons dressé en pleine collaborationavec le Ministère Portugais de la Dé-fense.

LusoJornal: Comment avez-vous dé-passé la difficulté pour graver le nomdes soldats portugais, sachant quenous avons plusieurs prénoms etnoms de famille?Yves Le Maner: Nous avons adoptécomme principe, que ce sont les na-tions des combattants qui fournis-sent les listes de façon à valider lamanière de les inscrire. C’est donc leMinistère de la Défense Portugaisqui nous a transmis la liste de façonà respecter la graphie particulière du

nom de ces soldats.

LusoJornal: Pourra-t-on consulter surinternet tous les noms qui sont sur lespanneaux de ce monument?Yves Le Maner: Il va y avoir deux éta-pes. A partir du 12 novembre, une ap-plication sur smartphone permettra deconsulter les panneaux de l’Anneaude Mémoire sur le site dans une pé-riphérie d’un kilomètre. A partir dumois de mai 2015, sera inauguré, àdeux kilomètres d’ici, sur la communede Souchez, un Centre l’Interprétationqui fera le récit de la Grande Guerredans le Pas-de-Calais et qui rendra ac-cessible dans une salle spécifique desbases de mémoire et des bases dedonnées, qui seront consultables parle public. Cela sera vrai pour les An-glais, les Français, les Allemand etbien évidemment pour les Portugais.

LusoJornal: Pourquoi avoir choisi demettre par ordre alphabétique tousces noms de soldats, au lieu de lesgraver par nationalité ou tout autreclassement?Yves Le Maner: Tout simplementparce que nous sommes un siècleaprès la Guerre, que depuis, l’Europea fortement changé, les rivalités na-tionalistes se sont estompées, laguerre a cessée entre nos peuples etdonc il était tout à fait logique d’unirces hommes de façon posthume etfraternelle.

LusoJornal: L’Anneau de la Mémoirepourra être visité à tout moment del’année et à toute heure de la jour-née?Yves Le Maner: C’est un évènementtrès important. C’est un monumentpermanent. C’est un monument du-rable dans une société qui est deve-nue très éphémère et très virtuelle.Nous avons gravé le nom de ces hom-mes dans le matériel dans lequel étaitfabriqué les obus: le métal. Effective-ment des gens originaires de toute laplanète pourront venir visiter et s’im-prégner de ce silence dans le lieu oùl’on est, comme une sorte de cloître,en se plongeant dans un passé pas silointain que cela et en se disant qu’onapprécie la paix qui règne aujourd’huidans nos nations européennes. Lemonument va être illuminé pendantla nuit par un programme mis enplace par Yanne Toma qui s’appelle«La Grande Veilleuse». On pourraainsi apprécier la mise en valeur parla lumière de ce monument construitpour les générations futures en sou-venir de ceux qui en perdant leurs viedans la guerre ont contribué à la paix.

Le Directeur du Mémorial parle de son projet

Par António Marrucho

l’autre cimetière portugais de la i Guerre

Dans les colonnes de LusoJornal estévoqué régulièrement le plus connudes Cimetières portugais de la IGuerre Mondiale: le Cimetière Mili-taire Portugais de Richebourg. Inau-guré en 1935, il est composé de1.831 tombes, dont 238 sont de Sol-dats portugais inconnus.L’autre concentration de tombes deSoldats portugais, moins connue, estcelle du cimetière britannique EasternCemetery à Boulogne-sur-Mer. Dansun carré du dit cimetière, autour d’unMémorial, 44 tombes de Combattantsportugais y sont rassemblées. LeCommonwealth, quant à lui, y abrite5.821 tombes, 5.577 de la I Guerreet 224 de la II Guerre.La particularité des tombes britanni-ques, est le fait qu’elles sont posées àplat. La nature sablonneuse du sol nepermettait pas de dresser les stèles.Parmi ces tombes se trouve celle dupoète à scandale «de la guerre heu-reuse» l’anglais Julian Grenfell, qui aécrit entre autre que la Grande Guerreétait «un pique-nique géant sans lesinconvénients d’un pique-nique» et«celui qui meurt c’est celui qui neveut pas se battre».

Pendant la Grande Guerre, Boulogne-sur-Mer devient une base importantede l’Armée britannique. Entre Mon-treuil, où s’est installé le Quartier Gé-néral britannique, et Calais, le littoralde la région se transforme en une im-mense zone logistique où se succè-dent camps, dépôts et hôpitaux. Leravitaillement de ceux-ci est notam-ment assuré depuis le Port de Bou-logne.Parallèlement à ce dispositif, en 1917le Quartier Général du Corps Expédi-tionnaire Portugais, rattaché à l’arméebritannique, s’installe à Ambleteuse,au nord de Boulogne, avec tous ses

services: camps, bureaux, dépôts ethôpitaux.La proximité des deux Quartiers Gé-néraux et la présence d’hôpitaux, ex-plique ainsi le pourquoi des 44tombes de Combattants portugaisdans le Cimetière britannique de Bou-logne.Le Mémorial portugais fut élevé enhommage à ces soldats le 27 novem-bre 1938. Il rappelle également quele 1er Octobre 1917, le Président dela République portugaise, accom-pagné de son Premier Ministre, étaitvenu visiter la base.Après l’émotion de rentrer dans ce

«bout du Portugal», le visiteur est saisipar l’abandon auquel sont vouées les44 stèles. Il n’y a pas la manutentionnécessaire dont la responsabilité estde l’Etat portugais. Cela fait «tache»au milieu des autres milliers de tom-bes britanniques. Il y a des tombes oùil n’est plus possible de lire les nomset sur certaines le granit menace dese casser.Le Colonel Alberto Marinheiro, du dé-partement de la Défense de l’Ambas-sade Portugaise, estimait en 2012qu’il fallait 70 à 80 mille euros pourremplacer les stèles. A Richebourg lebesoin pour la réhabilitation des1.831 tombes est nécessaire plus de500 mille euros.Le Gouvernement portugais, la Liguedes Combattants et la Communautéportugaise en France réussiront-ils àprendre en charge et finaliser la res-tauration avant le 9 avril 2014, datedes commémorations du centenairede la Bataille de la Lys?D’autre part, dans ces lieux de mé-moire qui sont Boulogne-sur-Mer etRichebourg, à l’image des autres ci-metières militaires, il serait égalementimportant qu’à l’entrée, on puisseconsulter la liste des combattants enles localisant à l’intérieur de ces lieux.

Eastern Cemetery à Boulogne-sur-Mer

Par António Marrucho

Yves Le Maner, Directeur de l’Anneau de la MémoireLusoJornal / Luís Gonçalves

Tombes de Soldats portugais à Boulogne-sur-MerLusoJornal / Luís Gonçalves

le 12 novembre 2014

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09empresas

emsíntese

portugueses na feira “cartes Secure connexions”

Em paralelo com a feira de subcon-tratação industrial “Midest” em ParisNord Villepinte, teve lugar, de 4 a 6de novembro, a feira “Cartes SecureConnexions”.Esta feira dedica-se aos processos deidentificação dos acessos, identifica-ção por cartões e passes, assimcomo equipamentos de controlo deacesso, equipamentos de pagamen-tos (terminais de pagamentos), equi-pamentos de produção de cartões eartefactos de acessos, assim como ossoftwares dedicados a estes produ-tos.A feira agrupou cerca de 450 expo-sitores, dos quais cerca de 80%eram estrangeiros. Quatro empresasportuguesas participaram no cer-tame: a Card4b Systems, a Card-presso Lda., a Vision-Box e a Best-id.

empresas lusas no salão de segurança e prevenção de riscos

Cinco expositores portugueses parti-ciparam no salão de segurança eprevenção de riscos, ExpoprotectionParis.O salão Expoprotection teve lugar noParque de exposições de Paris Portede Versailles, e reúne todos os doisanos empresas especialistas interna-cionais em equipamentos e soluçõesinovadoras de prevenção e gestão deriscos. A oferta está estruturada emtorno de duas áreas complementa-res: Riscos profissionais, naturais eindustriais e Riscos malévolos e In-cêndio.As 5 empresas portuguesas cobremsetores como a saúde e segurançano trabalho, riscos profissionais, na-turais e industriais ou ainda riscosmalévolos e incêndio: Sinalux (sina-lética), Rofinor Têxteis (tecidos), APCarneiro (calçado), Orcopom (unifor-mes) e Dikamar (calçado).

empresas portuguesas brilham no midest

Portugal contou com a maior repre-sentação estrangeira na edição desteano da Midest, uma feira internacio-nal de subcontratação industrial, quedecorreu na semana passada no Parcd’Expositions de Paris-Villepinte.Ao todo, 71 empresas portuguesasmarcam presença na feira que reu-niu 1.600 expositores de 38 países.O Pavilhão de Portugal, com 600metros quadrados foi organizadopelas duas associações empresa-riais do setor, a Associação dos In-dustriais Metalúrgicos, Metalo-mecânicos e Afins de Portugal(AIMMAP) e a Associação Nacionaldas Empresas Metalúrgicas e Ele-tromecânicas (ANEMM).A presença portuguesa na Midest é amaior de sempre e constitui a maiorrepresentação estrangeira no evento,disse à Lusa o Presidente da AIMMAP,Aníbal Campos. “É uma feira extre-mamente importante porque é umsetor que tem estado em grande cres-cimento. Toda a indústria metalúrgicae metalomecânica tem resistido àcrise porque é o setor que mais ex-porta, que tem criado emprego e que,não tenho dúvidas, continuará a con-tribuir para o crescimento da indústriaem Portugal”, afirmou.Aníbal Campos lamentou que o setorseja pouco conhecido, apesar de “ex-portar em dois meses o que o calçadoexporta num ano”, sublinhando que“há empresas que fornecem compo-nentes para a NASA” e que “os cami-nhos-de-ferro em França ou na Ale-manha têm componentes de indús-trias da fundição portuguesa”.O ‘cluster’ da subcontratação indus-

trial é um subsetor da indústria meta-lúrgica e metalomecânica, tendo fa-turado, em Portugal, 6 mil milhões deeuros em 2012 e tendo representado,em 2013, mais de 3 mil milhões deeuros de exportações. Já o setor da in-dústria metalúrgica e metalomecânicarepresenta 18% do Produto InternoBruto (PIB) português e 30% das ex-portações. No ano passado, o setor ex-portou mais de 12,7 mil milhões deeuros para um volume de negócios de27 mil milhões.As 71 empresas portuguesas presen-tes na feira Midest representam umvolume de negócios de 270 milhõesde euros - 150 milhões de euros dosquais referentes a exportações - e co-brem todo o leque da subcontrataçãoindustrial: mecânica, trabalho dachapa, serralharia, ferramentas, mol-des e modelos, fundição, forja, trata-mentos térmicos e de superfície,transformação de plásticos e de bor-racha, estudos e projetos.Por isso, na sexta-feira da semanapassada, o Secretário de Estado-ad-junto e da Economia, Leonardo Mat-hias, visitou o certame, na companhiado Diretor do Centro de Negócios daAICEP em Paris, António Silva e doPresidente da Câmara de Comércio eIndústria Franco-Portuguesa (CCIFP),Carlos Vinhas Pereira.

LusoJornal: Foi importante vir a estecertame?Leonardo Mathias: A nossa economiabaseia-se em 3 pilares fundamentaispara o seu desenvolvimento que são aestabilização do consumo privado, oaumento e a dinâmica das exporta-ções e o aumento do investimento. Eestas empresas que estão aqui pre-

ponderantemente PME’s, de váriaspartes do país, têm conseguido au-mentar os seus níveis de inovação, dequalificação, de certificação, de formaa poder expandir o seu negócio alémfronteiras. E portanto o Governo apoiae entende que a resposta que está aser dada por este setor, que é um setorque representa 18% do nosso PIBque é um setor que tem 15 mil em-presas com mais de 200 mil trabalha-dores e que exporta o equivalente de30% do nosso PIB nacional é muitoimportante.

LusoJornal: O que representa o mer-cado francês?Leonardo Mathias: Não podemos es-quecer que a economia francesa é a7ª maior economia do mundo, 5°maior exportador, 3° maior importa-dor. Portanto é um mercado onde, in-dependentemente das relações, daafinidade cultural e da tradição quetemos, é um mercado onde temos queestar presentes. A Midest é conside-rada a mais reputada feira a nível desubcontratação metalúrgica e por issoé fundamental estarmos aqui presen-tes.

LusoJornal: Como é que o Governoajuda estas empresas a sair do país?Leonardo Mathias: Não é o Governoque exporta, são os empresários quedefinem das estratégias da sua inter-nacionalização. Mas há apoios varia-dos, a nível das associações setoriais,há no âmbito da internacionalização o“Compete” e os fundos estruturais,...O Estado pode também desburocrati-zar, facilitar a vida, mas essencial-mente o que o Estado faz é criar ascondições para que os empresários

possam tomar as decisões mais cor-retas e mais adequadas ao seu ciclode produção e ao seu objetivo estra-tégico de exportação.

LusoJornal: O que mais o impressio-nou na sua visita ao Midest?Leonardo Mathias: A inovação, a cer-tificação, a chamada propriedade in-dustrial e de certa forma esta formainequívoca de vir para fora,... A capa-cidade que estas empresas têm dequalificar os seus quadros. Acho queé extremamente importante. Impres-sionou-me estas PME’s, muitas delassão pequenas empresas que estão acomeçar, outras têm mais tradição,isto é o verdadeiro tecido empresarialportuguês.

LusoJornal: Algumas destas empresasintegram já as equipas de investiga-ção e de estudo...Leonardo Mathias: Sem dúvida ne-nhuma que estas empresas, ao faze-rem parte da cadeia de valor, sãoempresas que são muito sofisticadasa nível da sua produção e eu acho queem Portugal não se tem essa cons-ciência. Uma das razões porque vimcá é porque o Governo quer apoiarestes empresários duma forma dis-creta mas eficaz, estão a inovar, estãoa participar nas cadeias de valor, re-pare que estas empresas trabalhampara a indústria aeronáutica, automó-vel, grandes indústrias muito compe-titivas. E estas empresas apesar deserem pequenas já participam nas ca-deias de desenvolvimento de serviçoe isso é impressionante e é de louvartodos estes senhores que aqui estãoporque querem continuar com estedesafio.

Maior feira internacional da subcontratação industrial

Por Carlos Pereira

easyJet vai voar entre o porto e NantesA companhia aérea easyJet anunciouna semana passada quatro novas rotasentre o Porto e Manchester, Bristol,Londres (Luton) e Nantes, operacio-nais a partir do final de março de2015, na sequência da abertura deuma base operacional naquele aero-porto português. “Com a criação desta

base e novas rotas vamos disponibili-zar no mercado mais 200 mil lugaresno ano fiscal que vai de outubro a se-tembro, mais 23% do que no exercícioanterior”, afirmou o Diretor comercialda easyJet Portugal, José Lopes, emconferência de imprensa no Porto.Com a entrada em operação das qua-

tro novas rotas, a easyJet passa a ligar10 destinos ao Porto, cuja nova base -com dois aviões A320 estacionados -representa um investimento de 80 mi-lhões de euros e a criação de 80 pos-tos de trabalho diretos. Já com umabase operacional em Lisboa e 25 emtoda a Europa, a easyJet diz “acreditar

no Porto e na região Norte como umdestino de grande atração” na Europa,nomeadamente ao nível do turismo denegócios.Para Nantes a easyJet voará quatrovezes por semana. A ‘low cost’ já voaentre o Norte de Portugal e Lyon, Parise Toulouse.

le 12 novembre 2014

Leonardo Mathias visitando o Midest em ParisLusoJornal / Carlos Pereira

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10 empresas

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mission de lacciFp à madère

Les 20 et 21 novembre prochains, laChambre de Commerce et d’IndustrieFranco-Portugaise (CCIFP) signera unProtocole de coopération avec la ré-gion de Madère.Une mission entrepreneuriale avecdes entrepreneurs franco-portugaissera organisée par le GouvernementRégional de Madère et par la CCIFP.La délégation, présidée par Carlos Vi-nhas Pereira, aura des réunions avecla Chambre de Commerce et d’Indus-trie de Madère, la Sociedade de De-senvolvimento da Madeira,l’Associação da Indústria da Constru-ção (ASSICOM), avec le Conselho Em-presarial da Madeira et l’Associação deJovens Empresários. Le Protocole serasigné par la Secretaria Regional daCultura, Turismo e Transportes, aprèsune reception du Président de la Ré-gion autonome, Alberto João Jardim.

empresário luso desucesso em limoges

Daniel Borges é um empresário de su-cesso em Limoges.Dono de uma bomba de gasolina Totalhá 14 anos, abriu no mês passado umCentro auto Spedy.Este Centro Speedy caracteriza-se porefetuar reparações e serviços de ma-nutenção rápidos em veículos auto-móvel, mantendo a garantia da marca.O empresário conta com a colabora-ção de 4 funcionários e de si própriocom o objetivo de melhorar a quali-dade do atendimento e serviço auto-móvel em Limoges.Um caso de sucesso nesta região dopaís.

Jantar da confrariados Financeiros deparis

O próximo jantar da Confraria dos Fi-nanceiros de Paris realizar-se-á no dia13 de novembro, quinta-feira destasemana, pelas 20h00 no restaurante“Les Trois Font la Paire”, 26 boulevardSaint Germain, em Paris 05.

emsíntese

Por André Leite

padaria e pastelaria com fabrico português

Há cerca de três anos, Leonel Fran-cisco e a esposa Maria de Fátima,abriram a “Boulangerie-PâtisserieFrancisco Fati & Leonel”, em SaintAy, nos arredores de Orléans.Neste estabelecimento, muito concor-rido, encontra-se uma grande varie-dade de pastelaria e padaria francesa.Ainda assim, Leonel Francisco fazquestão de fabricar algumas iguariasbem portuguesas. Diariamente podecomprar-se broa de milho e bolo-rei,aqui batizado de “Brioche du Soleil”.Ao sábado há pastéis de nata e, naPáscoa, o tradicional Pão-de-ló. É im-portante frisar que qualquer um des-tes produtos pode ser encomendadonoutras ocasiões, durante todo o ano.Outra curiosidade deste estabeleci-mento, é a existência de mesas e es-planada, onde os clientes podemsentar-se e provar a doçaria, ao

mesmo tempo que tomam um café.Existe ainda um menu de almoço,composto com a tradicional “ba-guete” francesa.No que respeita às origens deste casal

empreendedor, refira-se que LeonelFrancisco é de Vila Fernando, naGuarda, e Maria de Fátima é de Car-valhosa, em Marco de Canaveses.Chegaram a França ainda muito jo-

vens, há 42 anos atrás, e trilharam umpercurso que passou sempre por estesetor de atividade, pelo que são pes-soas muito experientes na área da pa-daria e da pastelaria.O LusoJornal teve a oportunidade deprovar alguns produtos, como o Pãorústico, o Pão de milho, o Pão comchocolate branco, a Brioche simples,entre outros, comprovando a quali-dade dos mesmos, fruto de um fa-brico artesanal.Leonel Francisco é também um dosprincipais dirigentes da rádio portu-guesa Arc en Ciel, em Orléans.

Boulangerie-Pâtisserie Francisco Fati & Leonel11 Route Nationale 15245130 OrléansInfos: 02.38.88.86.21De segunda a sexta, das 6h45 às 13h30 e das 15h30 às 19h30Ao sábado, das 7h00 às 13h30

Pastelaria Francisco Fati & Leonel em Orléans

Por Luís Cardoso

tradição são-tomense e inovação portuguesano Salão do chocolate em paris

São Tomé e Príncipe voltou a marcarpresença, pelo vigésimo ano consecu-tivo, no Salão do Chocolate em Paris,que terminou na semana passada, eque contou também com a estreia deuma marca portuguesa de chocolatesde vinho. “É o vigésimo ano que esta-mos presentes em vinte anos de salão.São Tomé é o único país presente,sem interrupção, desde a primeiraedição”, sublinhou o Cônsul honoráriode São Tomé e Príncipe em Marseillee responsável pelo stand são-tomense,Jean-Pierre Bensaïd, à Lusa.O balanço da participação “é muitopositivo”, disse, e voltou a contar coma presença de artistas são-tomensesque já estiveram no salão, como o pin-tor Eduardo Malé e o duo Calema,composto pelos irmãos Fradique e An-tónio Mendes Ferreira.“De ano para ano começámos a termais público e o pessoal começou aadorar. Começámos a fazer todos ossalões, em Paris, em Lyon e em Mar-seille. Este ano, lançámos o nosso pri-

meiro álbum que se chama ‘BomuKêlê’ ou ‘Vamos acreditar’”, descre-veu António Mendes Ferreira, depoisde um miniconcerto que concentroucentenas de pessoas no palco princi-pal do Salão do Chocolate.Como é habitual, Jean-Pierre Bensaïdtambém subiu ao palco para contar aopúblico a história do chocolate de SãoTomé e Príncipe, lembrando que opaís “foi o berço do cacau africano”por ter sido “introduzido pela primeiravez em África em 1822”.“Em 1913, São Tomé era o primeiroprodutor mundial de cacau. Hoje é oinverso. A produção anual de cacaude São Tomé e Príncipe ronda as duasmil toneladas, mas a produção mun-dial são quatro milhões. Ainda assim,São Tomé continua a ser conhecidocomo a ‘Ilha Chocolate’ porque ocacau é dos mais finos do mundo”,explicou à Lusa.Pela primeira vez no salão, que come-çou a 28 de outubro, estiveram o‘chocolatier’ Nuno Andrade e o ‘som-melier’ Nuno Jorge que apresentarama ‘Cacao di Vine’, a marca portuguesa

que casou o chocolate com o vinho, apartir de castas portuguesas e estran-geiras. Os pacotes de chocolate apre-sentam uma embalagem de cortiça aremeter para Portugal e, claro, para ouniverso do vinho. “Somos os únicosa fazer a junção do chocolate comvinho. Existem outras versões à basede licores, ou seja, o licor no interiordo chocolate. Nós fazemos uma dife-rença que é uma fusão no interior,temos uma mousse. A degustaçãotorna-se mais cuidadosa, não tãoagressiva, não se sente tanto o ál-cool”, descreveu Nuno Jorge à Lusa.Os dois empreendedores criaram amarca há três anos, depois de se aper-ceberem, ao longo de muitas degus-tações de vinho e de chocolates, quepodiam unir o melhor de dois mun-dos: o conhecimento de um ‘somme-lier’ com o de um ‘chocolatier’.“O chocolate é criado a partir de cas-tas estrangeiras produzidas em Portu-gal como o Merlot, CabernetSauvignon, Syrah e o Pinot Noir e decastas portuguesas como a TintaRoriz, a Baga, a Touriga Nacional. Es-

tamos a produzir um chocolate deMoscatel de Setúbal e temos uma in-venção que fizemos que é Vinho doPorto, amêndoa e flor de sal”, expli-cou Nuno Andrade.Depois de dois anos de estudos, os jo-vens conseguiram entrar no mercadoda Suécia, Dinamarca e Finlândia e,agora, estão determinados em entrarnos mercados de França, Bélgica eEspanha. O Salon du Chocolat conse-guiu-lhes abrir algumas portas e o ob-jetivo de dar a conhecer a marca foicumprido. “Acima de tudo consegui-mos contactos muitíssimo bons anível externo, estamos a falar do Chile,América do Sul, Estados Unidos eReino Unido. Em princípio vamos teralgumas lojas aqui em Paris, mais vi-radas para o ‘gourmet’”, continuouNuno Andrade.O ‘gourmet’ anda nas bocas domundo, mas agradar aos mestres daarte do chocolate não é tarefa fácil.Nuno Andrade garante que os Portu-gueses conseguiram-no e tiveram “oreconhecimento de alguns ‘chocola-tiers’” que passaram no stand.

Por Carina Branco, Lusa

le 12 novembre 2014

restaurante espanhol com simpatia portuguesa

Jorge Carreira, natural do concelho doPombal e a esposa Júlia Carreira, na-tural de Vieira do Minho, emigrarampara Paris respetivamente em 1975 e1976, onde já tinham família. Oriun-dos de concelhos diferentes, conhece-ram-se em França no restaurante paraonde ambos vieram trabalhar: no “AuDerrick Catalan”, um restaurante es-panhol que na altura empregava 5 por-tugueses.Jorge Carreira apaixonou-se pela jovemJúlia, na altura sua colega de trabalho,e começaram um namoro que em1979 os uniu pelo matrimónio. Além

de partilharem alegrias, tristezas e amesma casa, partilhavam o mesmoespaço de trabalho, ele como Chef de

cozinha e ela no serviço de sala.Em 1994 os proprietários anunciaramaos empregados que pretendiam ven-der o restaurante. Jorge e Júlia Carreiratinham um carinho muito especialpelo local onde começou a sua históriade amor e no qual já trabalhavam há18 anos. De coração repleto de senti-mento, carinho e estima por aqueleespaço que consideravam “segundacasa”, tomaram a importante decisãode comprar o estabelecimento.Em outubro de 1994 tornam-se pro-prietários do Restaurante espanholem que predomina a simpatia e boadisposição, características das “gen-tes” de Portugal.

Notificado pelo guia Gault & Millau,o restaurante é frequentado por clien-tes portugueses e também de outrasnacionalidades, que procuram as es-pecialidades da casa, tais como aPaelha Catalana, Parrilhada Marinerae o Bacalhau Grelhado. Todas estasespecialidades são confecionadascom uma pitada de “carinho” portu-guês.No “Au Derrick Catalan”, a pedidotambém se pode degustar a comidatradicional portuguesa.

Au Derrick Catalan346 rue Lecourbe75015 Paris

Por Paula Martins

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portugal foi “convidado de honra”da Feira internacional e Gastronómica de Dijon

A gastronomia e o vinho portuguesesesteve em destaque na 84ª ediçãoda Feira Internacional e Gastronó-mica de Dijon, na região da Bour-gogne, que terminou na terça-feiradesta semana, e que começou a 31de outubro.A feira contou com 580 expositorese teve um “pavilhão de honra” dedi-cado a Portugal, com stands de ar-tesanato, gastronomia, vinho,turismo, cortiça e espaços para es-petáculos de fado e de folclore.“Testar a cozinha portuguesa é pro-var a presença de diferentes terras,desde o Brasil, Angola, Moçambi-que, Goa e Macau. A cozinha portu-guesa sempre conservou os saboreslongínquos”, pode ler-se no comuni-cado de imprensa da feira, que des-taca ainda “as 365 formas decozinhar o bacalhau, tantas quantosos dias do ano” e o gosto dos Portu-gueses pelas couves, nomeada-mente, pelo caldo verde.

Os Vinhos do Porto e a Região De-marcada do Douro também foram os“convidados de honra” no contextoda segunda edição do salão Vinidi-vio, que terminou a 4 de novembroe que foi apadrinhado por ManuelCabral, o Presidente do Instituto dosVinhos do Douro e do Porto. “O con-vidado desta edição é um dos nossosvizinhos europeus. Portugal é umpaís dotado de um património cultu-ral único, onde a tradição se alia deforma harmoniosa com a moderni-dade. Portugal tem conhecimentosartesanais ancestrais, uma gastrono-mia rica e variada e é um grandepaís vitícola”, acrescenta a brochurade apresentação.Na sexta-feira da semana passada, oevento contou com a visita do Depu-tado eleito pelo círculo da Europa, osocial-democrata Carlos Gonçalves,que atribui à Comunidade portu-guesa “o interesse que em Françaexiste, neste momento, por Portu-gal”.“Naquela área, vive uma forte Comu-

nidade portuguesa com uma redeempresarial muito expressiva e estaregião do leste francês está hoje li-gada a Portugal por vários voos dire-tos para o Porto. Daí, também, aescolha para o salão do vinho, emque a Região Demarcada do Dourotambém é convidada de honra”,disse o Deputado à Lusa.Carlos Gonçalves sublinhou “o con-tributo muito grande das Comunida-des portuguesas para o sucessoeconómico que o país aparente-mente está a começar a conhecer”,acrescentando que “este tipo de ini-ciativas é uma montra para o país epara a internacionalização dos pro-dutos e das empresas”.A Comunidade portuguesa na regiãoda Bourgogne conta com mais de 30mil pessoas, de acordo com dadosdo Consulado Geral de Portugal emLyon, fornecidos pela organização. Afeira também contou com a visita doSecretário de Estado da Agricultura,José Diogo Albuquerque, no do-mingo passado.

Deputado Carlos Gonçalves visitou o certame

Por Carina Branco, Lusa

le 12 novembre 2014

tap portugal lance une promotion«a la découverte de madère l’enchanteresse»Le nouvelle offre promotionnelle deTAP Portugal, à 239 euros aller-re-tour, est une réelle opportunité dedécouverte des charmes de Madèreet de Porto Santo, élue «Meilleuredestination insulaire européenne»aux World Travel Awards en 2013et 2014.«A commencer par l’occasion uni-que de visiter la patrie de CristianoRonaldo, joueur de football d’ex-ception, dont les trophées sont ex-posés dans son musée à Funchal»dit une note de presse de la com-pagnie aérienne portugaise. Le cli-mat doux dont bénéficie l’archipelest une invitation à pratiquer d’in-nombrables activités sportives enplein air durant toute l’année. Lescélèbres «levadas» (canaux d’irri-gation) garantissent des sensationsconstamment renouvelées pourtous les amateurs de randonnées.

Longues de près de 1.500 km, ilest possible de les parcourir à pied.De 0 à 1.862 mètres, elles permet-tent d’accéder au cœur de l’île etde se retrouver face à des paysagesà couper le souffle. La visite de laforêt Laurifère classée au patri-moine de l’Unesco, ainsi que laplage de sable doré de Porto Santo,procureront aux visiteurs d’inou-bliables souvenirs.Madère c’est également une pa-lette de saveurs. La simplicité gas-tronomique de l’archipel deMadère reflète l’âme d’un peuplesimple mais généreux. Un vastechoix de produits régionaux degrande qualité permettent l’élabo-ration de spécialités gastronomi-ques, allant de la cuisine régionaleà la cuisine internationale.Du 11 au 18 février 2015, se tien-dront les festivités du fameux Car-

naval de Madère dont les originessont fortement ancrées dans la tra-dition populaire. Plusieurs groupesparticipent au défilé et des milliersde figurants inondent les rues deFunchal de musique et d’allé-gresse. De nombreux vols au départde Paris mais également de pro-vince permettront des séjours à lacarte où l’hospitalité portugaise «àbras ouverts» sera au rendez-vous.

Prix aller-retour: 239 euros TTC(hors frais d’émission)Villes de départ: Paris, Bordeaux,Lyon, Marseille, Nantes, Nice etToulousePériode de vente: jusqu’au 7 dé-cembre 2014Période de voyage: du 5 janvier au27 mars 2015

www.flytap.com

‘centre d’affaires portugal’ vai ser lançada em toulouseA CNPT- Centre d’Affaires Portugalvai ser apresentada no próximo dia22 de novembro, em Toulouse.Trata-se de uma associação sem finslucrativos, que tem por objetivo apromoção de Portugal. “Julgamosque os desafios que a economiaatual coloca requerem a entreajuda,reestruturação e reposicionamentodas organizações de forma a dispo-nibilizar uma oferta mais completade serviços” diz uma nota de apre-sentação do projeto. “Assim, nestecontexto, apresenta-se um conjuntode ideias que se baseiam numa or-ganização focalizada no mercado,

trabalhando num ciclo renovado deoportunidades”.A associação é também uma home-nagem ao ex-Cônsul de Portugal emToulouse, Joaquim Carreira dos San-tos, que faleceu no ano passado.“Sem qualquer tipo de apoio, aCNPT nasce da vontade de um visio-nário que acolheu esta ideia numsimples fôlego. Muito embora esteprojeto não possa contar com ele,pode contar com o seu legado. De-sistir era, para ele, uma perda detempo; acreditar será sempre o ca-minho; empenho e muito trabalho, omelhor capital”.

Numa altura em que tanto se fala de“aldeia global” este projeto pre-tende, “não só humanizar, mas tam-bém redimensionar e ajustar osapoios às diferentes atividades. Oobjetivo será levar a cabo uma ca-deia de processos visando o desen-volvimento das diversas organizaçõesque dela fazem parte. A CNPT pre-tende fazer a ponte entre Portugal eToulouse ‘Região’, ser um ponto deancoragem para quem chega, bemcomo para quem parte”.Com os olhos postos neste objetivo,a CNPT propõe-se, para além de ou-tras iniciativas, criar um departa-

mento de suporte jurídico e linguís-tico e, através de parcerias com ins-tituições, fomentar os intercâmbiosdas relações comerciais.“Julgamos que será também um ele-mento diferenciador da nossa asso-ciação, a criação da CNPT-ONcomunicação. A ON comunicaçãoparte do modelo de uma agência decomunicação integrada. A ideia édotar este departamento de compe-tências e conhecimento para assegu-rar o planeamento estratégico ondese incluem, entre outros, a comuni-cação interna e organização de even-tos. Para além de agregar valor e

consolidar a imagem da CNPT, pre-tende formatar conteúdos e eventospara poderem ser disponibilizados aoutras associações prolongando,desta forma, a vida dos recursosneles investidos. Um outro objetivoserá dar a possibilidade aos jovensde participarem neste projeto, deforma a desperta-lhes novos motivosde interesse e espírito associativo”.O comunicado enviado à redação doLusoJornal por António Santos, umdos “arquitetos” da CNPT, terminacom a frase “Que nunca caiam aspontes entre nós”, que passou a sero slogan da estrutura.

Portugal Business Club de DijonNos dias 6 e 7 de novembro foi organizado o Primeiro Encontro económico doPortugal Business Club de Dijon, acabado de ser criado pelos outros PortugalBusiness Club (Tours, Lyon e Saint Etienne). Foram parceiros do lançamentodo clube as associações empresariais de Leiria (Nerlei), de Tavira, Braga, Ama-rante e Guimarães.

Odália Novais e Alexandra Custódio grandes obreiras da FeiraDR

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Faleceu artur castro Neves

Faleceu na semana passada o soció-logo Artur Castro Neves, radicado emParis desde 1962.Artur Castro Neves nasceu em 1944,foi professor universitário em França eem Portugal, escreveu várias obras,também nos dois países e interessou-se muito por cinema e por comunica-ção. Foi enterrado no Porto, de ondeera natural.

tomar empenhadona rede europeiade cidades templárias

A Câmara Municipal de Tomar acor-dou com as autoridades da cidadefrancesa de Troyes (10), um plano detrabalho para a realização de uma can-didatura comum à constituição daRota Europeia das Cidades Templárias,informou o município português emcomunicado.Uma delegação que integrou elemen-tos do executivo tomarense, da asso-ciação Templanima e da organizaçãoda Festa Templária esteve há duas se-manas em Troyes, onde em 1129 foiconstituída a Ordem do Templo, como objetivo de estreitar relações com osresponsáveis da região, dando se-quência a contactos estabelecidos em2012, durante um congresso sobre osTemplários.

Novo romance demodiano editadoem portugal

O romance “Domingos de Agosto”, dePatrick Modiano, autor francês distin-guido este ano com o Prémio Nobel deLiteratura, é editado no dia 16 de no-vembro pelas Publicações D. Quixote.“Em ‘Domingos de Agosto’ entramosnum fascinante labirinto de mistérios”,afirma em comunicado a editora, queadianta ter a obra sido traduzida porAntónio José Massano.

Festival Diásporaem Belmonte

A 1ª edição do Diáspora - Festival Lite-rário de Belmonte, uma iniciativa daCâmara municipal destinada a cele-brar a história e a cultura portuguesas,teve lugar na semana passada na his-tórica vila onde nasceu Pedro ÁlvaresCabral, com a participação de cerca de20 autores.Além das visitas de escritores e ilustra-dores às escolas, houve exposições emesas-redondas em que se debate-ram temas como a experiência dosemigrantes num país em segundamão.

emsíntese

lusodescendente michael caiolas penteia os melhores jogadores de futebol

São vários os jogadores franceses queoptam por um corte de cabelo dese-nhado e personalizado, um fenómenode moda que se alastrou estes últimosanos nos campos de futebol. O luso-descendente Michael Caiolas tornou-se o “cabeleireiro incontornável” dosjovens desportistas.Dirigente do salão “Hair Play” emOzoir-la-Ferrière, Michael já penteouvários nomes do futebol internacional,como por exemplo Sulley Ali Muntari,Mamadou Sakho, Francis Coquelin,Paul Pogba, Florian Thauvin, entre ou-tros.Esta nova aventura com o mundo dofutebol iniciou no dia 26 de dezembrode 2008, quando um conhecidíssimojogador do Inter de Milão, Muntari, en-trou no salão acompanhado por umamigo de Michael. “Nem queria acre-ditar que o jogador estava ali no meusalão! Muntari também manifestou asua surpresa por não ver um cabelei-reiro africano, mas ele ficou satisfeitocom o meu trabalho e convidou-mepara ir ver o jogo do Milão contra Man-chester, na altura com Cristiano Ro-naldo”, recorda ao LusoJornal.Muito naturalmente a passagem do jo-gador percorreu a cidade e a região.Rapidamente o Português encontrououtros jogadores no salão ou a domi-cílio. Após ter penteado e desenhadoo crânio de Sakho do PSG, ou de PaisCissé de Newcastle, “comecei a cortaro cabelo dos jogadores da Seleção doSenegal num hotel e fui algumas

vezes a Londres pentear Coquelin, doArsenal, o que me permitiu ver váriosjogos do Arsenal contra o Liverpool oucontra o Chelsea”.Em França o cabeleireiro também éum conhecido do Centro de Clairefon-taine onde ainda recentemente foipentear alguns jogadores da Seleçãofrancesa antes de irem para o Cam-peonato do Mundo no Brasil.São momentos como estes e muitosmais ainda que o jovem de 33 anos,contou ao LusoJornal. “Momentosinesquecíveis que transformaram numpiscar de olhos a minha carreira pro-

fissional. Hoje ainda guardo contactocom alguns deles com quem ficámosamigos”, diz com orgulho.Michael trabalha com uma equipa de4 mulheres - Sandra, Cláudia, Fannye Prescilla. A clientela do “Hair Play”é diversa, homens ou mulheres, jovense menos jovens, de todas as naciona-lidades e sobretudo lida com todos ostipos de cabelos. O salão adquiriuuma certa fama desde então. Contudoo jovem lusodescendente permanececonvicto que o sucesso deve-se aofacto de gostar do que faz. “Este tra-balho é como uma paixão, empenho-

me a 100% no que faço e a minhapersonalidade também favorece o de-senvolver da minha carreira”.Originário de Mata Mourisca do ladopaterno e de Chaves do lado materno,Michael Caiolas vai regularmente aPortugal visitar a família especial-mente no verão. “Tenho muito carinhopor Portugal, tenho ótimas recorda-ções das férias e hoje posso dizer quesei falar e escrever português”.O lusodescendente formou-se e espe-cializou-se em cabeleireiro, mas comoadora desenhar, integrou então o de-senho no corte de cabelo. “Gosto daoriginalidade e a meu ver os cortes decabelo desenhados têm um estilo di-ferente e mostram a personalidade decada um”, aponta.Um dos sonhos a concretizar seria cor-tar o cabelo do seu ídolo: Rui Costa.“É um jogador que me faz vibrar e quetanto prezava encontrar. Obviamenteque o Cristiano Ronaldo também seriaum sonho”. Para além dos jogadores,teve a oportunidade de pentear outraspersonalidades como o cantor Sir Ma-nuel do “Saian Supa Crew” ou figurasda televisão como Alex Inked da série“Belle et ses princes”.“Gostava muito de poder pentear TonyCarreira ou os seus filhos”, conclui.Se quiser seguir as proezas capilaresde Michael Caiolas, pode através dasredes sociais nomeadamente Insta-gram com o nome “caiolas1214”.

Hair Play23 rue François de Tessan77330 Ozoir-la-Ferrière

O encontro com Muntari mudou-lhe a vida

Por Clara Teixeira

Santander totta em lyon

O Diretor do Balcão SantanderTotta de Arco de Baúlhe visitou oEscritório de Representação e a Co-munidade de Portugueses residen-tes na região de Lyon.Com o objetivo de “aprofundar oconhecimento sobre a Comunidadeportuguesa” residente na região deLyon, Sérgio Ventura efetuou visi-tas entre o dia 31 de outubro a 3de novembro, em conjunto comPedro Almeida, Responsável peloEscritório daquele banco em Lyon,a diversos clientes na região de

Lyon e de Savoie, bem como algu-mas associações portuguesas.“O Banco Santander Totta é umbanco com grande tradição na emi-gração e focado no cliente! Estetipo de iniciativas são importantespara estarmos mais próximos dosnossos Clientes” disse Sérgio Ven-tura ao LusoJornal. “São diasmuito intensos, mas muito positi-vos. É um orgulho ver o sucesso danossa Comunidade em França e aforma tão acolhedora como elesnos recebem”.

le 12 novembre 2014

almoço dos carlos

Aproveitando o dia de S. Carlos nocalendário católico, teve lugar norestaurante “Pedra Alta” de Pon-tault-Combault, um “Almoço dosCarlos” no qual participou o Depu-tado Carlos Gonçalves, o Presidenteda Câmara de Comércio e IndústriaFranco-Portuguesa Carlos VinhasPereira, o Presidente da Academiado Bacalhau de Paris Carlos Fer-reira, o Diretor Geral da PastelariaCanelas Carlos Gonçalves, o Diretorda Recer em França Carlos Freitas eo Diretor do LusoJornal Carlos Pe-

reira.Todos os participantes consideraram“engraçada” a ideia e prometeramvoltar a marcar a efeméride no pró-ximo ano “com muitos mais Carlos”.Desde o Diretor Geral da PeugeotCarlos Tavares, ao Deputado franco-português Carlos da Silva, tudo in-dica que no próximo ano o grupo vaiser muito maior. Para já os Carlosnão sentem necessidade de oficiali-zar nenhuma estrutura, mas apenasmarcarem esta data simbólica docalendário.

Michael Caiolas e a sua paixão pelo desenhoDR

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13cultura

lusojornal.com

livro sobre 40 anos da “revolução doscravos” foi lançado em França

A economista portuguesa radicada emFrança, Cristina Semblano, apresen-tou no fim de semana passado, naCasa do Brasil da Cidade Universitária,em Paris, o livro “Portugal 1974 -2014: de la révolution à l’effondre-ment du modèle néo-libéral”.O livro nasceu de uma conferência,em abril deste ano, em Paris, sobre os40 anos do 25 de Abril de 1974 econta com os artigos dos professoresuniversitários Cristina Semblano, LuísMoita, Abraham Behar, Alain Joxe eBernard Ravenel, sendo ilustradopelas imagens do fotojornalista francêsGuy Le Querrec.Os autores franceses, antigos mem-bros do Partido Socialista Unificado,“viveram de muito perto a Revoluçãoportuguesa” e debruçam-se sobre asrelações entre o poder popular e opoder militar entre 1974 e 1975.Luís Moita, professor na UniversidadeAutónoma de Lisboa - que chegou afazer parte do V Governo provisório em1975 depois de ter estado preso emCaxias - questiona “O 25 de Abril e assuas consequências para a sociedadeportuguesa”, enquanto Cristina Sem-blano fala sobre “Portugal, 40 anosdepois”.“Eu falo do Portugal de hoje. A come-moração do 40° aniversário da Revo-lução portuguesa coincide com umperíodo negro da história portuguesa:

o período da intervenção da Troika, doprograma de ajustamento, do desem-prego e emigração de massa, da des-valorização do trabalho e do papel doEstado, da venda a preços de saldodos bens públicos e também da des-truição do serviço nacional de saúdee da escola pública”, disse à LusaCristina Semblano.Em França há 42 anos, CristinaSemblano é membro do Bloco deEsquerda e ensina economia portu-guesa na Universidade Sorbonne -Paris IV, acreditando que “a cha-mada crise portuguesa é uma crise

europeia que está altamente ligadaà forma como Portugal se inseriu naeconomia europeia”.“A história da europeização da eco-nomia portuguesa é a história dasua neoliberalização. Na altura daadesão à Comunidade EconómicaEuropeia significou uma espécie deseguro contra todos os riscos políti-cos”, acrescentou a também au-tarca em Gentilly, na região deParis.No livro, a economista defende,ainda, “uma anulação substancialde uma parte da dívida portu-

guesa”, que vê como “uma dívidaimpagável”, considerando que “40anos após a Revolução, o povo por-tuguês está mais pobre num paísmais pobre e mais desigual”.“Sinto que me estão a roubar a Re-volução e tudo o que conquisteicom a Revolução, nomeadamente ademocracia. A Revolução trouxe oserviço nacional de saúde e uma es-cola pública acessíveis a todos oscidadãos. Pouco a pouco isso come-çou a ser roubado e agora está a serintegralmente roubado”, concluiu,em conversa com a Lusa.

Cristina Semblano é uma das autoras do livro

Por Carina Branco

“Fui! Guia para emigrar” lançado em parisEsta quinta-feira, dia 13 de novem-bro, pelas 18h30, vai ser apresentadono Consulado Geral de Portugal emParis – Salões Eça de Queirós - o livro“Fui! Guia para Emigrar”, de CatarinaDinis Pereira de Sousa.A obra será apresentada por SusanaDoutor, psicóloga e diretora do serviçoa clientes da Publicis.A autora, Catarina Sousa, Portuguesa,emigrante desde 2002. Nasceu emLisboa em 1976 onde viveu até2002, ano em que emigrou. Em 12anos viveu em 4 países e 9 casas di-ferentes.Licenciou-se em Psicologia Social edas Organizações pelo ISPA (Portu-gal). Realizou o Mestrado em Psicolo-gia do Desporto e da Atividade Físicae o Doutoramento em Psicologia pela

Universitat Autònoma de Barcelona(UAB). Nos Estados Unidos realizou opós-doutoramento pela UCLA (Univer-sity of California, Los Angeles).Trabalhou em diversas áreas: monitorade natação, consultora de formação,técnica de recursos humanos, profes-sora universitária, investigadora em di-ferentes projetos científicos epsicóloga do desporto de treinadorese atletas de competição. Atualmente,coloca a sua formação e experiênciaprofissional ao serviço de todos os quevivem “longe das suas raízes”, aosque em determinado dia tiverem, ouvão ter, de colocar os ponteiros do re-lógio a zero na nova vida.“Fui! Guia para emigrar” é um livrodestinado a todos os que já pensaramemigrar, aos emigrantes, aos que já

foram emigrantes, assim como aosseus familiares e amigos.Neste livro são apresentados con-selhos práticos para auxílio no quo-tidiano do emigrante, históriascontadas na primeira pessoa, situa-ções para refletir e uma “pitada”de humor de situações caricatas. Aleitura por familiares e amigosajuda a compreender as situaçõesvividas pelos emigrantes e, destemodo, a facilitar também o pro-cesso de adaptação de ambas aspartes.A palavra emigrante é utilizada no seusignificado literal, também com a pre-tensão de desmantelar o estereótipoportuguês do emigrante. Um livro paraos emigrantes dos dias de hoje, escritopor uma “emigrante de profissão”.

le 12 novembre 2014

“le vampire decuritiba”, de Dalton trevisan

Né à Cu-r i t i b a(État duParaná,Brésil) en1925, an-cien avo-cat eth o m m ed’affaire,D a l t o nTrevisanest un

écrivain qui s’est toujours tenu àl’écart de la vie littéraire brésilienne.Il est connu notamment pour sesnouvelles («contos»), qui ont sou-vent fait scandale.S’inspirant de la vie urbaine, il créedes personnages et des situations àcaractère universel, où les compor-tements psychologiques et lesmodes de vie sont restitués à tra-vers un langage concis et courant,accentuant ainsi les incidents quo-tidiens et créant souvent une atmo-sphère d’angoisse.Outre «Le vampire de Curitiba» (éd.Métailié, 1998, traduction de Gene-viève Leibrich et Nicole Biros), quiest son livre de nouvelles le plusconnu au Brésil, Dalton Trevisan apublié de très nombreuses autresnouvelles, parmi lesquelles «Nove-las Nada Exemplares» (1959), «Ce-mitério de Elefantes» (1964), ouencore «A Guerra Conjugal»(1969), adapté à l’écran. En 1994,il a publié «Ah, é?», un chef-d’œu-vre de style «minimaliste», boule-versant le minimum de choses.Enfin, signalons que Dalton Trevi-san a obtenu en 2012 le plus im-portant prix littéraire du mondelusophone, le Prix Camões, ainsique le Prix Machado de Assis del’Académie Brésilienne des Lettres,pour l’ensemble de son œuvre.Dans «Le vampire de Curitiba», oùtout n’est que mensonge et fauxsemblant, rien n’échappe à l’hu-mour corrosif de Dalton Trevisan, àtravers les déboires d’un vampirebien pitoyable: un personnage sansnom et sans crime, qui souffre dedésir frustré. La séduction d’unepetite fille, un asile de vieillards, unpensionnat ou la visite à une an-cienne institutrice sont les occa-sions que saisit le regard acerbe decet auteur pour s’arrêter sur les al-ternances du désir et de l’impuis-sance, sur les mises en scèneérotiques dérisoires. Aucuneéchappatoire à ces conflits qui neconnaissent que des vaincus sansgloire. Seul l’humour vient soulignerl’horreur, la rendant presque sup-portable.

Um livro por semana

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

a França condecora uma docenteda Faculdade de letras de coimbraA professora catedrática da Facul-dade de Letras da Universidade deCoimbra (FLUC) Cristina RobaloCordeiro foi condecorada na sexta-feira da semana passada pelo Es-tado Francês com as insígnias deCavaleiro da Legião de Honra.A atribuição da “ordem máxima doEstado Francês” visa reconhecer

“a dedicação de uma vida à defesada língua e da cultura francesas,tanto em Portugal, como no estran-geiro”, afirma uma nota da FLUC.A condecoração foi entregue peloEmbaixador de França em Portu-gal, durante uma sessão realizadana Universidade de Coimbra, “poropção da professora”, que teve

lugar na sexta-feira ao fim datarde, na Sala dos Conselhos daFaculdade de Letras.A “Légion d’Honneur” é a distin-ção “mais prestigiada no planosimbólico que o Estado Francêspossui”, refere a mesma nota daFLUC.Cristina Robalo Cordeiro é autora de

“vários trabalhos consagrados no uni-verso da francofonia” e é, atualmente,Diretora do “Bureau Maghreb del’Agence Universitaire de la Francop-honie”, em Marrocos, “tendo já ocu-pado, em Portugal e no estrangeiro,outros cargos ligados ao ensino, inves-tigação e divulgação da língua e cul-tura francesas”.

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14 cultura

lusojornal.com

Filme de pedrocosta estreia emportugal antes devir para França

O filme “Cavalo Dinheiro”, do reali-zador português Pedro Costa, es-treia-se nos cinemas portugueses a4 de dezembro, antes de vir para omercado comercial francês, reveloua distribuidora Midas Filmes.O filme foi apresentado em estreiamundial no Festival de Cinema deLocarno, na Suíça, no passado mêsde agosto, estreia-se em dezembroem quatro salas portuguesas e temexibição comercial garantida, a par-tir de 2015, nos Estados Unidos,Reino Unido, Bélgica, Japão eFrança.“Cavalo Dinheiro” volta a ser prota-gonizado por Ventura, o cabover-diano que entrou no filme“Juventude em Marcha” e quePedro Costa conheceu na rodagemde dois outros filmes no bairro dasFontaínhas (já demolido), nos arre-dores de Lisboa: “Ossos” (1997) e“No quarto da Vanda” (2000).

cinco filmes emantestreia naFesta do cinemaFrancês

Cinco filmes em antestreia, como“Hope” de Boris Lojkine, foram exi-bidos durante a edição deste anoda Festa do Cinema Francês emBeja.Este ano, a festa, que vai na 15ªedição e é organizada pelo InstitutFrançais du Portugal para promo-ver o cinema francês, decorreu em18 cidades e localidades portugue-sas, sendo que Beja recebeu oevento pela segunda vez no TeatroMunicipal Pax Julia.A programação de Beja arrancoucom a comédia “Attila Marcel”, deSylvain Chomet, tendo-se seguindo“Sur le chemim de l’école”, de Pas-cal Plisson. Depois houve as exibi-ções dos filmes “Les Vacances dupetit Nicolas”, de Laurent Tirard, e“Hope”, de Boris Lojkine.A festa terminou no domingo comuma sessão dupla de cinema deanimação, com os filmes “Le PèreFrimas”, de Youri Tcherenkov, e“l’Oeil du loup”, de Hoël Caouissin.

emsíntese

le cinéma lusophone revient sur montpellier

La 7ème édition de FestAfilm, festi-val du cinéma lusophone et franco-phone, va se dérouler à partir du 18novembre jusqu’au 21 décembre àMontpellier.Crée au sein de l’association cultu-relle lusophone de Montpellier, CasaAmadis, à l’initiative de FerdinandFortes, Directeur du Festival, depuisl’an dernier le festival s’est dotéd’une structure propre: l’associationFestAfilm dont les objectifs sont de«promouvoir la culture lusophonepar le biais du cinéma et de créerdes contacts entre francophones etlusophones à travers ce milieu».«Cette année encore nous avons reçudes films par centaines, et venus dumonde entier», explique Flavia Var-gas.Dans la soirée dʼouverture: le long-métrage «Florbela» sur la vie de lapoète portugaise, Florbela Espanca.Zoom sur le cinéma brésilien: desfilms qui ont déjà conquis un publicnombreux seront diffusés à Montpel-lier. En tète de affiche «La cité deDieu: 10 ans après» et le film «Aupremier regard», ce dernière a étéprimé comme meilleur film de laMostra Panorama à Berlin et a étéchoisi par le Ministère de la Culturebrésilien parmi 18 longs-métrages,pour représenter le Brésil dans lacompétition au Oscar du meilleurfilm étranger. La musique brési-lienne en trois styles: Forró, MPB etChorinho.

Le panorama jeune public rassemble4 courts-métrages faits au Brésil,dont 3 doublés en français grâce aupartenariat du Festival avec l’écolede cinéma ACFA Multimédia. La sé-lection «Ville Jumelée» sera partagéeen deux séances et permettra pourla deuxième fois, la rencontre du ci-néma Montpelliérain avec le cinemaCarioca (Rio de Janeiro).Les femmes sont à l’honneur cetteannée dans la sélection «Femmes dumonde». Cette sélection sera accom-pagnée d’une master-class «Femmesenceintes de Guerre Coloniale: Le re-gard de la camera!» et d’une tableronde «Femmes du Brésil, Femmesdu Portugal: Le registre cinématogra-

phique».La compétition de courts-métragesinternationales, nous montre les di-vers regards de ces deux cultures, etles diverses façons de sʼy identifier.Les prix des films en compétition se-ront attribués par le jury et par le pu-blic. Le réalisateur de MontpellierStéphan Baley sera le Président dujury de cette édition. Les regardsbrésiliens et montpelliérains se croi-seront dans les expositions photogra-phiques, en avant première mondiale,«Coupe du monde 2014, regards bré-siliens» de 6 photographes brésiliens,et «Pictorialites», une exposition del’artiste montpelliérain Jean-PierreBigas.

La sélection officielle se divise en di-verses catégories: Compétition inter-nationale, Animation, RegardEtranger et Panorama Fenêtre Ou-verte. «La bataille de Tabato» deJoão Viana (78’, Portugal/Guiné-Bis-sau), «Angola année zéro» de EverMiranda (58’, Luanda), «La cité deDieu: 10 ans après» de Cavi Borgeset Luciano Vidigal (90’, Brésil),«Florbela» de Vicente Alves do Ó(120’, Portugal), «Génération de de-main» de Carlos Vaz (22’, Guiné-Bis-sau), «La fin de l’oubli» de RenatoTapajos (55’, São Paulo, Brésil),«Samba Lumière» de Pedro Adib(52’, Brésil) et bien d’autres encore,sauront vous séduire au long du Fes-tival.«Nous avons très vite mis en placedes partenariats avec plusieurs fes-tivals lusophones au Brésil, au Por-tugal et en Angola. Ces partenariatsnous ont permis de réaliser deséchanges de films inter-festival. Au-jourd’hui ces échanges continuent etaboutiront à des rencontres entreréalisateurs lusophones et franco-phones et à la naissance de projetscinématographiques».Cinq espaces culturels diffuseront lasélection 2014: le Centre Rabelais,le Cinéma Utopia, l’ACFA, l’Amphi-théâtre Hôtel Mercure MontpellierCentre Comédie et la Laiterie.D’année en année FestAfilm gagneen ampleur, avec des partenaires etun public fidèles. Le Festival seveut aussi un lieu d’échanges et dedébats.

FestAfilm: Festival de cinéma lusophone et francophone

Par Clara Teixeira

José pinheiro, dos bastidores dos pink Floydaos filmes com alain Delon

José Pinheiro é um homem da rádio,do cinema e da televisão que, de por-tuguês, só tem o sangue paterno e -como afirma - “o olhar”, o mesmocom que assegura, entusiasmado, tersido concebido no furor da libertaçãode Paris.Nasceu a 13 de junho de 1945, pou-cos dias depois do final da II GuerraMundial na Europa, cerca de um anoapós a libertação da capital francesado jugo nazi, recorda.Hoje, aos 69 anos, não olha para odocumentário “Pink Floyd: Live atPompeii”, que editou, no início dacarreira, com a nostalgia de quem re-corda ter produzido uma obra pio-neira da indústria musical. A bandabritânica de rock progressivo foi ape-nas um entre muitos nomes sonantesa cruzarem o seu caminho, tais comoos atores Alain Delon e Jeanne Mo-reau, o fotógrafo Raymond Depardonou o estilista Yves Saint-Laurent.José Pinheiro entrou no cinema gra-ças à rádio, onde começou como téc-nico de som e sonorizador, na RadioMonte Carlo, em Paris, tendo conhe-cido “todo o tipo de pessoas” que lhederam vontade de trabalhar na sé-tima arte.Começou como editor dos primeirosdocumentários do fotógrafo e realiza-

dor francês Raymond Depardon,tendo montado “Ian Palach” (1969),“Les Révolutionnaires du Tchad”(1970), “Yemen: Arabie Heureuse”(1973) e “Tibesti Too” (1976).Depois, trocou a edição pela realiza-ção e o documentário pela ficção,com o primeiro filme, “Family Rock”,

rodado em 1982, a ser selecionadopara uma secção paralela do Festivalde Cannes.“Parole de Flic” (1985) marca o iní-cio da colaboração com Alain Delon,com quem rodou também “Ne réveil-lez pas un flic qui dort” (1988) e,ainda, duas séries televisivas - “Fábio

Montale” (2002) e “Le Lion”(2003).Desses tempos ficou “uma ligaçãomuito forte, de gratidão e afeição” aoator, diz.Pelo caminho, montou um filme paraYves Saint-Laurent, da fotógrafa Mar-tine Barra, “um filme atípico que dei-xou furioso Pierre Bergé”,companheiro e sócio do costureiro, eem que descobriu que, na casa dogénio da alta-costura, “era baraberto” para quem se quisesse servirda “saladeira de cocaína” (ressal-vando, José Pinheiro, que as drogasnunca o atraíram).Antes de entrar na televisão, filmou,ainda, “La Femme fardée” (1990),com Jeanne Moreau, André Dussoliere o filho de Alain Delon, AnthonyDelon.A partir dos anos de 1990, deixou-seseduzir pelo pequeno ecrã e fez vá-rias séries e minisséries televisivas,entre as quais se contam “Navarro”e “Commissaire Moulin”, dirigidasnos últimos anos.Em 1998, fez o vídeo que acompa-nhou “Toda a gente sabe que teamo”, dos Delfins. “Fauves”, filmede 2012, é a produção mais recentepara televisão.Atualmente, o realizador concentra-se na escrita de argumentos e na pro-cura de novos desafios.

Por Carina Branco, Lusa

le 12 novembre 2014

«La bataille de Tabato» de João VianaDR

José Pinheiro, à ParisCarina Branco

Todas as semanas, estamos ao seu lado

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15cultura

emsíntese

aluna portuguesade Dança conquista prémioem paris

A aluna Teresa Borges, da Escola deBailado Espaço Dança, no Porto, con-quistou o 1º lugar na categoria de BalletClássico nas semifinais do concursoYouth America Grand Prix, que decor-reu no último fim de semana, em Paris.De acordo com a Escola de Bailado Es-paço Dança, Teresa Borges e AdrianaCipriano, de 11 anos, e Ana TeresaCarvalho, de 10 anos, devido aos re-sultados alcançados nos doze primei-ros lugares de várias categorias,ficaram colocadas nas finais mundiaisdo concurso, que vão decorrer emNova Iorque. A escola adianta aindaque Constança Leite, de 14 anos, re-cebeu o convite para ingressar comobolseira na Balletschulle Theatre Basel,na Suíça, escola dirigida por AmandaBennett.Desde 2005 que o YouthAmerica Grand Prix é membro do Con-selho Internacional da Dança (CID) daOrganização das Nações Unidas paraa Educação, Ciência e Cultura(UNESCO).

realizador carlos conceição homenageadono Festival de amiens

O realizador Carlos Conceição, autordas premiadas curtas-metragens“Boa Noite Cinderela”, “Carne” e“Versailles”, é o nome em foco doprograma Pygmalion do 34º Festivalde Cinema de Amiens, em França,de 14 ao 22 de novembro.A secção dedicada aos nomes emer-gentes do cinema europeu apresen-tará uma retrospetiva integral dotrabalho do realizador e uma master-class aberta ao público do Festival.No âmbito da retrospetiva, o Festivalfrancês editará ainda em DVD ascurtas-metragens do cineasta -“Carne”, “O Inferno”, “Versailles” e“Boa Noite Cinderela” - para distri-buição internacional.Carlos Conceição foi convidado porum dos programadores do Festivald’Amiens na sequência da sua par-ticipação na Semana da Crítica noFestival de Cannes em maio pas-sado. “Ele gostou do meu trabalho econvidou-me. Não se trata duma ho-menagem mas sim de promover omeu trabalho e encontrar novosapoios”.“Boa Noite Cinderela”, a sua maisrecente curta-metragem, uma adap-tação do conto clássico, é, nas pala-vras de Fabien Gaffez, crítico e

programador da secção Pygmalion,“um conto Sadiano de glamour iró-nico que, nos seus recursos declara-damente limitados, sinaliza o ilustreinício de carreira de um grande ci-neasta, afetando a sua audiência deforma profunda e sublime”.O realizador português não parece no

entanto convicto que esta participa-ção lhe traga os apoios necessários.Um ano antes, “Versailles” foi aúnica curta-metragem portuguesa aestrear em competição no presti-giado Festival de Locarno 2013.“Contudo nada mudou após o festi-val”, apontou ao LusoJornal.

Tendo realizado todos os seus filmesà margem de apoios estatais ou ins-titucionais, Carlos Conceição consi-dera esta mostra em Amiens “umaforma muito estimulante de divulgaro trabalho feito e de o valorizar, umavez que em Portugal o cinema nacio-nal parece acontecer cada vez maisdentro de círculos relativamente fe-chados”, lamenta. O realizador tem-se servido da sua rede de contactospara conseguir realizar os seus pro-jetos. “Participamos nos projetosuns dos outros e todo o dinheiro queconsigo juntar é para realizar de ime-diato uma curta-metragem”.Carlos Conceição nasceu em Angolaem 1979, mas vive em Portugal. Li-cenciado em Cinema pela EscolaSuperior de Teatro e Cinema, come-çou em 2005 a realizar videoclipsmusicais, video-art e instalações, aomesmo tempo que trabalhou comrealizadores veteranos entre os quaisJoão Canijo, João Pedro Rodrigues eJosé Fonseca e Costa.Em 2015, a convite do Festival deAmiens, Carlos Conceição fará tam-bém parte de uma residência artís-tica de um mês na Villa Medici, emRoma, para o desenvolvimento deum novo projeto.

www.filmfestamiens.org

Em foco no programa Pygmalion do 34° Festival de Cinema de Amiens

Por Clara Teixeira

le 12 novembre 2014

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“Boa Noite Cinderela” um filme de Carlos ConceiçãoDR

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16 cultura

lusojornal.com

Jantar literáriosobre Jacqueslanzmann em almeirim

A Fundação Passos Canavarro e aTertúlia Marquesa da Alorna, daEscola Secundária de Almeirim,voltam a promover a iniciativa“jantar literário”, no próximo dia14, desta vez em torno de “O Cân-tico da Viagem”, do escritor fran-cês Jacques Lanzmann(1926-2006).A participação no jantar, que de-corre na Casa-Museu Passos Ca-navarro, em Santarém, implicainscrição e leitura prévia da obra.

«la pluie ébahie»de mia couto

Les éditions Chandeigne et la Li-brairie Portugaise et Brésiliennede Paris organisent le jeudi 20 no-vembre, à 19h00, le lancement dulivre «La Pluie ébahie» de MiaCouto, avec une lecture suivied’un concert de musique tradition-nelle mozambicaine, en présencede la traductrice Élisabeth Mon-teiro Rodrigues et de l’artiste Cân-dido Xerinda.Librairie Portugaise et Brésilienne,19/21 rue des Fossés Saint-Jac-ques, Place de l’Estrapade, à Paris5.

adaptação BD de “o estrangeiro”, de albert camus publicada em português

O autor francês Jacques Ferran-dez adaptou para banda dese-nhada o romance “O estrangeiro”,de Albert Camus, editado em2013 por ocasião do centenário donascimento daquele escritor, eque agora é publicada em Portu-gal.Considerado um dos melhores ro-mances sobre o absurdo, “O es-trangeiro” foi publicado em 1942e conta a história de Meursault,um homem que é condenado àmorte, acusado de assassinato deoutro homem. A ação da históriapassa-se na Argélia - quandoainda era território francês - ondeAlbert Camus viveu grande partedos seus dias.Camus nascido a 7 de novembrode 1913, foi Prémio Nobel da Li-teratura em 1957. Morreu em1960, aos 46 anos, vítima de umacidente de automóvel.

emsíntese

Deux troupes portugaises de théâtreparticipent au Festival Don Quijote à paris

Le 23ème festival de théâtre Don Qui-jote, dans son nomadisme, poursuitsa mission de service public du théâ-tre hispanique et propose un éventaildes arts scéniques espagnols et la-tino-américains avec, cette année,deux spectacles portugais, du 22 no-vembre au 20 décembre.Le pays invité est la Bolivie, maiscette édition s’ouvre cette année à lacréation portugaise avec 2 spectacles:«Édipo» et «Peregrinação» program-més dans le cadre du réseau euro-péen «Esmark» de mobilité artistiqueentre l’Espagne, la France et le Por-tugal.Cette 23ème édition réalise un focussur des personnalités d’acteurs à tra-vers deux autoportraits de l’espagnolAlberto San Juan et de Maurice Du-rozier du Théâtre du Soleil. L’acteurJean-Claude Dreyfus prête lui, son ta-lent à la lecture d’un texte d’auteurmexicain.Le théâtre contemporain est repré-senté par La Zaranda, prix national dethéâtre et compagnie invitée pour sadernière création à la Biennale de Ve-nise, ainsi que par la Cie Du Pas Sageavec l’auteur argentin E. Pavlosky etpar la Compagnie bolivienne Diti-rambo avec des adaptations libres dedeux textes de Garcia Lorca et d’Er-nesto Caballero.Les textes classiques sont interprétéspar Teatro Corsario et dans des adap-tations très contemporaines par laCompagnie portugaise Chapitô qui re-visite l’Œdipe de Sophocle et la Cie

Obskené avec Fuenteovejuna de Lopede Vega. Des récits classiques sontaussi présentés sous formes animéeset de théâtre d’objets.L’histoire espagnole et la Guerre Civile

sont évoquées à travers la pièce Penalde Ocaña de Maria Josefa Canelladaet le texte Contraseña de José MaríaRidao présenté par l’auteur.Et comme chaque année, la danse et

la musique ont leur place au festivalavec un spectacle de flamenco et unconcert de Carmen Paris.Du côté portugais, le vendredi 28 no-vembre, à 20h30, au Café de laDanse, le Teatro do Chapitô, de Lis-boa, présente «Édipo», avec interpré-tation de Jorge Cruz, Marta Cerqueiraet Tiago Viegas, mis en scène par JohnMowat. «Oedipe serait-il le mari de sapropre mère ou le fils de sa femme?Et ses enfants, seraient-ils aussi sesfrères, enfants de sa femme ou safemme serait-elle grand-mère de sespropres enfants? Et de plus, Creonteserait-il son oncle ou son beau-frère?»Réinventé et sans complexe, tel estl’Oedipe de la compagnie Chapitô,dans une adaptation en comédie,avec un langage gestuel universel.Le mardi 2 décembre, à 20h30, leTeatro de La Fontana présente «Pere-grinação», à l’Espace Beaujon, mis enscène et interprété par Marcelo Lafon-tana. «C’est le récit des péripéties deFernão Mendes Pinto, l’explorateurportugais, né en 1510, un antihérosqui a lui-même raconté ses fabu-leuses aventures de plus de 30 ansdans le lointain eldorado asiatique.Originalité de la pièce repose sur uneheureuse conciliation du théâtre clas-sique grec des formes animées, avecle cinéma. Le spectateur peut voir enmême temps la manipulation et surun écran e jeu des personnages dansleurs décors. Cette innovation réussitune mise en abîme magique du théâ-tre d’objets au cinéma».

www.festivaldonquijote.com

23ème édition du Festival de théâtre hispanique de Paris

Par Clara Teixeira

théâtre: «le fado pour seul bagage»fait salle comble à BrunoyLa troupe de théâtre «Os Sugos» estde nouveau montée sur scène pourinterpréter la nouvelle adaptationthéâtrale du premier livre d’Altina Ri-beiro «Le Fado pour seul bagage». Lesamedi 8 novembre, elle a été ac-cueillie par l’association AmitiéFranco Portugaise du Val d’Yerres, àla Salle des fêtes de Brunoy, dansl’Essonne.Tout comme la précédente adaptationqui a eu lieu en 2007, cette nouvellemise en scène résume parfaitementle livre, tout en étant plus dynamiqueque la première. Elle reflète l’esprit del’ouvrage, comportant tant des pas-sages douloureux, que des momentsplus légers. Les spectateurs, attentifsdurant les scènes émouvantes et trèsréactifs face à des moments drôles,ont été conquis par le spectacle quiraconte un peu de leur vie.Après la pièce, Marie-Hélène Euvrard,Présidente de l’association, a félicitéles membres de la troupe, présentél’auteur du livre et lancé un débat. Uncertain nombre de participants portu-gais ou non, ont fait part de leur ex-périence de migration. MaitreEléonore Afonso a rendu aussi unhommage aux parents qui se sont

souvent sacrifiés pour permettre àleurs enfants de faire des études, uneautre participante a témoigné de sondépart à l’occasion de la guerre civileen Espagne, une troisième a racontéaussi son départ de Pologne.Il y avait beaucoup d’enfants danscette assemblée. Deux d’entre eux ontmême pris la parole. Le premier, un

garçon de dix ans, Gabriel, a dit «J’aibeaucoup aimé la pièce. Même si jen’ai pas vécu cette expérience, j’ai ététrès ému et j’ai aussi beaucoup ri etma maman va vous raconter aussi sonexpérience…». Une fillette, Lisa, desept ans, a également réagi: «C’étaittrès bien. J’ai bien aimé l’histoired’Altina. Et j’ai tout compris!».

Luisa, la sœur d’Altina Ribeiro, un despersonnages clés du livre et de lapièce, était également présente etnous a confié qu’elle était très émuede voir une partie de sa vie et celle desa famille défiler sur scène. Elle aajouté être très fière du travail accom-pli par sa sœur ainsi que de son par-cours.Tout le monde s’est ensuite réuni au-tour d’un verre, ce qui a permis depoursuivre l’échange.Les livres d’Altina Ribeiro ont égale-ment eu beaucoup de succès. Nepouvant quitter son espace de dédi-cace qui n’a pas désempli ni avant, niaprès le spectacle, ce sont les enfantsqui lui ont très gentiment apportéquelques «pasteis de nata».Un garçon d’une dizaine d’années ademandé à sa maman de lui acheterle livre en lui précisant qu’il lui prête-rait après l’avoir lu…!Une soirée riche en émotions et par-semée de belles rencontres. On pou-vait percevoir un certain climat decommunion entre tous de par ces par-tages de tranches de vie.Les responsables de l’association sesont promis de renouveler l’expé-rience voire avec un public d’élèves.

le 12 novembre 2014

Altina Ribeiro, Marie-Hélène Euvrard et la troupe de théâtreDR

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17cultura

emsíntese

«tous les fados dumonde… ou pres-que»

Une nouvelle version de «Tous lesfados du monde… ou presque» - pourla dernière soirée de l’année du Coindu fado (mais il reste la promesse derevenir en 2015!) - aura lieu le ven-dredi 14 novembre, à 21h00, aux Af-fiches, à Saint Michel, près de la Seine,au Quartier Latin.On y retrouvera bien sûr, présentés parJean-Luc Gonneau (qui chantera unpeu aussi), l’enthousiasme sensuel deConceição Guadalupe, accompagnéepar la virtuosité de Philippe de Sousaà la guitare portugaise, et le jeune et ta-lentueux Nuno Estevens à la guitareclassique, avec le piment des percus-sions de Nella Gia. Car comme tou-jours, «Tous les fados du monde… oupresque» est un subtil mélange defados classiques et de fados métissés,de samba, de tango, de jazz, de bo-lero… Des fados qu’on n’entend pasailleurs, un programme qui évoluechaque fois, avec des sourires, sou-vent, des émotions, beaucoup, etl’amitié, toujours. En première partie,du fado-fado, et en seconde du fadoplus métissé!Jean-Luc Gonneau invite à chaquesoirée d’autres artistes à participer à lafête. Le 14 novembre, ce sont JoãoRufino, un habitué de ces soirées,joyeux camarade et fadiste inspiré, Ka-rine Bucher, la «française du fado»,dans la tradition lisboète, la jeune et ta-lentueuse Ana Martins. Et en «specialguest» Jenyfer Rainho, l’une des gran-des voix du fado parisien. Et sansdoute d’autres encore..C’est dans le Club, la superbe caveaménagée des Affiches, que se tiendrala soirée, à 21h00, selon une formule«café-concert».Les Affiches est le café ciné bar de l’Es-pace Saint Michel, 7 place Saint Mi-chel (Métro et RER Saint Michel). 20euros, incluant deux consommations(vin, bière, softs) ou 1 alcool (whisky,porto). Une restauration légère est pos-sible au bar du rez-de-chaussée desAffiches avant le spectacle.Réservation obligatoire, les placesétant limitées: 06.22.98.60.41.

«Delikatessen»: le nouvel album de mísia

Mísia ne fait rien comme tout lemonde, avais-je écrit il y a un peu plusde deux ans alors qu’elle donnait àParis son spectacle «Senhoras daNoite». La voici de retour en Francepour la promotion de son nouvelalbum, un joli objet qui pourrait faireun très estimable et élégant cadeaupour les fêtes qui se rapprochent. Etbien entendu, le contenu n’est pas faitcomme tout le monde. Et changed’un «Senhoras da Noite» très fadiste.L’idée de «Delikatessen» (un peul’équivalent des petiscos) lui est venueun soir de fringale en découvrant sonréfrigérateur quasi vide. «Alors, pourcalmer ma faim, je me suis mise àpréparer un menu de chansons, deschansons, et des artistes, qui ont mar-qué ma vie à différents moments,chansons parfois très kitsch, souventémouvantes, avec un goût très fortpuisqu’il s’agit d’un repas». Avec deschansons en portugais (cinq), en fran-çais (trois), en espagnol (cinq). Cer-taines dédiées à la mémoire d’artistesaimés (Amália, Romy Schneider, Sa-rita Montiel, la cubaine La Lupe, Tonyde Matos,…), d’autres en hommage àde grands artistes (Juliette Gréco, lemetteur en scène Peter Brook, la plas-ticienne Sophie Calle). Le plus sou-vent avec le seul accompagnement dupianiste (italien) Fabrizio Romano.Saupoudré de complicités sur certains

thèmes (les portugais Pedro Santos,Jeff Cohen, Melech Mechaya, DeadCombo, Sandro Costa, Daniel Pinto,Tigerman, la brésilienne Adriana Cal-canhotto, le délicieusement kitschténor mexicain Ramon Vargas, l’amé-ricain Iggy Pop). Musiques du monde?Oui, mais musique d’un monde,aussi, celui de Mísia.Et le fado dans tout ça? Mísia se cabregentiment: «J’ai plusieurs personnesen moi, comme Fernando Pessoa. Je

ne me suis jamais cantonnée au fado,et je pense qu’être fadiste ne veut pasdire qu’on ne fait rien d’autre. Les tra-ditionalistes sont très intolérants, voussavez. En son temps, même la grandeAmália a été attaquée parce qu’elle‘trahissait’ le fado en chantant enfrançais, en espagnol, en anglais oumettait dans son répertoire despoèmes de Pessoa. Le fado, je conti-nue à en chanter, j’ai d’ailleurs unspectacle consacré à Amália Ro-

drigues, qui essaie de montrer des as-pects différents de ceux qui lui sontgénéralement attribués, d’aller ail-leurs».Ajoutons que dans Delikatessen, lefado n’est pas complètement absent.Si la présence de la guitare portugaisese limite à quelques accords de San-dro Costa sur le très kitsch «Cha chacha em Lisboa» du compositeur FerrerTrindade, Mísia offre une version trèspersonnelle du «Fado do ciúme» créépar Amália et du «Basta do infinito»du compositeur Miguel Ramos. Ajou-tons-y «Só nós dois», plutôt fado-can-cão, hommage à Tony de Matos. Etsurtout la voix de Mísia, qui demeurevoix de fado dans tout ou presque cequ’elle chante.Et à part ça, comment va Mísia? Plu-tôt bien, dirait-on, pleine de projets(l’un déjà réalisé au Brésil, «São três»sur des musiques des grands compo-siteurs Dorival Caymmi, Lupicinio etCartola adaptées en fados), un autreà venir, en 2015, avec le Philarmo-nique de Brême où elle chantera desfados et des lieder de Schubert. Ja-mais comme tout le monde, on vousdit.Toujours «gothique», Mísia? «Tou-jours, je reste fidèle à la mort». Plusfidèle à la mort qu’a la vie? «Maisc’est la même chose, voyons!».«Delkatessen, café concerto». Prod.Verycords. Disponible depuis le 27octobre.

Elle ne fait rien comme tout le monde...

Par Jean-Luc Gonneau

carmen Souza em Savigny-le-temple

No âmbito da Semana da solidarie-dade internacional, o Espace Prévertem Savigny-le-Temple (77) vai aco-lher Carmen Souza no próximo dia 14de novembro.A artista caboverdiana vai essencial-mente apresentar o seu trabalho maisrecente “Live at Lagny Jazz”, editadoem finais de 2013.Esta não é a primeira vez que a can-tora sobe aos palcos franceses, já tevea oportunidade de percorrer várias ci-dades e de ir ao encontro do públicofrancês e caboverdiano.Carmen Souza é sem dúvida uma dascantoras e compositoras mais impor-tantes da nova geração que, apesarde ter nascido fora de Cabo Verde, éuma verdadeira embaixatriz da cul-tura mista dos seus antepassados. Eladá aos ritmos tradicionais das ilhas,como o Funaná, Morna, Batuke, Ma-zurka e outros, uma abordagem únicasempre à procura da “Excelência”. Alíngua com a sua fonética é um as-peto determinante da sua arte. Refor-çada pela qualidade específica e umavasta amplitude da sua voz, a ento-nação e os acentos, dão à sua músicauma identidade Caboverdiana. “Ge-ralmente canto em crioulo, mas tam-bém canto em português, inglês emuito recentemente em francês”, de-clara ao LusoJornal.Carmen Souza sempre viu a músicacomo uma missão e estima-se privi-legiada de ter a possibilidade de seexprimir através da música e de be-neficiar da companhia de músicos

notáveis.A cantora instalou-se em Londres há7 anos, e desde então a sua carreiramusical conheceu uma viragemenorme. O seu talento rapidamenteconquistou um público além-frontei-ras, e como disse, “praticamente sóvivo em Londres, mas passo o meutempo fora em tournées, quer emFrança, Alemanha, Roménia, nos Es-tados Unidos ou ainda na Ásia”.A sua relação com a França fez-semuito naturalmente. “Acredito quefoi o fruto de muitos anos de trabalhoque me ajudou a furar, também meinteressei pela língua francesa

quando despertou em mim um inte-resse particular pela canção francesa,e julgo que isso favorece a minha re-lação profissional em França”.Depois de “Esse é Nha Cabo Verde”em 2005, “Verdade” em 2008,“Protegid” em 2010, “Carmen Souzaduo feat Theo Pas’cal” em 2011,“Kachupada” em 2012, “Live atLagny Jazz” em 2013, Carmen Souzasempre trabalhou com o compositor,Theo Pascal. “Depois de trabalhar-mos juntos há mais de 10 anos, po-demos dizer que nos conhecemosmuito bem. O processo de construçãodas novas canções é muito natural,

sempre tentamos compor sem pre-conceitos, limitações criativas ou im-posições comerciais. Nós só podemosescrever e compor o que sentimos eacreditamos, sempre procurando serfieis às nossas raízes e influências”.A cantora diz querer dar mais desta-que ao seu colega, que até agorasempre ficou por trás. “Não tinhasentido continuarmos assim, somosdois no projeto e é normal que onome dele apareça, o próximo álbumterá certamente como título ‘CarmenSouza e Theo Pascal’”, explicou acantora.Os seus trabalhos mostram a exce-lente capacidade de Carmen Souzapara melodias e letras ao mesmotempo que explora a sua fascinante eexpressiva voz. Além de coproduzir etocar vários instrumentos em algunstemas, Carmen Souza também assinavários temas do seu trabalho. O seutalento é notável como compositoradando ênfase à sua missão comomensageira de compreensão e fé, àsemelhança de todos os seus discosanteriores.Carmen Souza tocou em alguns dospalcos mais importantes do mundo.Com a evolução da sua carreira, a suamissão continua, ela certamente iráconquistar o público ainda mais comseu carisma, presença relaxada empalco, músicos excecionais e um somvocal incrível e único.

Espace Prévert4 place du Miroir d’EauQuartier de Plessis-le-Roi77176 Savigny-le-Temple

Por Clara Teixeira

le 12 novembre 2014

Patricia Pas’Cal

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museu Vieira daSilva celebra 20anos de existên-cia

O Museu da Fundação Arpad Sze-nes - Vieira da Silva (FASVS), emLisboa, celebrou vinte anos deabertura ao público com uma ex-posição que faz o balanço da ati-vidade de duas décadas.De acordo com a FASVS, as cele-brações vão prolongar-se duranteum ano com um programa que in-clui a organização de conferên-cias, a exibição de filmes e outrasiniciativas que a entidade irá divul-gar posteriormente. Criada ainda em vida de MariaHelena Vieira da Silva (1908-1992), uma das mais importantespintoras portuguesas, e instituídapor decreto-lei em 10 de maio de1990, a FASVS tem como missãogarantir a existência de um es-paço, em Portugal, onde o públicopossa contactar permanente-mente com a obra dos dois pinto-res.Quando França sofreu a ocupaçãonazi, na Segunda Guerra Mundial,o casal tentou viver em Portugal,mas António Oliveira Salazar, Pre-sidente do Governo da ditadura,retirou a nacionalidade portuguesaà pintora e a Szenes, cidadão hún-garo de ascendência judia.Vieira da Silva e Arpad partiramentão para o Brasil onde estiveramexilados entre 1940 e 1947, per-manecendo apátridas até 1956,ano em que lhes foi concedida anacionalidade francesa.O Museu Arpad Szenes - Vieira daSilva foi inaugurado a 3 de novem-bro de 1994, num edifício daPraça das Amoreiras, cedido pelaCâmara Municipal de Lisboa. AFundação Calouste Gulbenkiancusteou as obras de remodelaçãoe a Fundação Luso-Americanapara o Desenvolvimento apoiou,na área da investigação.A coleção do museu cobre umvasto período da produção de pin-tura e desenho do casal: de 1911a 1985, para Arpad Szenes (1897-1985), e de 1926 a 1986, paraMaria Helena Vieira da Silva(1908-1992).Também foi desejo de Vieira daSilva legar um espaço de investi-gação aberto ao público, cum-prido com a criação do Centro deDocumentação e Investigaçãoque, além de desenvolver pesqui-sas internamente, tem acolhido in-vestigadores portugueses e estran-geiros.

emsíntese

christelle pereira dévie vers la chanson françaiseChristelle Pereira vient de lancer sonnouvel album «Chrysalide», produitpar le label Mildo Productions.«Ce projet de longue haleine, absolu-ment original, que j’avais envie deréaliser depuis fort longtemps est lefruit d’une rencontre avec un compo-siteur que j’avais perdu de vue (etd’oreille!) il y a une vingtaine d’an-nées, renouant avec la Chanson fran-çaise dans tout ce qu’elle peut avoirde plus noble» explique Christelle Pe-reira.«J’ai gardé l’esprit d’émerveillementd’un enfant de 6 ans, c’est vrai…! Lavie réserve des surprises à chaque ins-tant et malgré tout, riche et forte del’expérience qui est la miennepuisque je ne suis plus une ‘débu-tante’, l’exigence de cet album étaitpour moi à son maximum».C’est une déviation de la «sacréesainte route du jazz», que ChristellePereira empruntait. C’est une nouvelle«orientation naturelle» qui se dessine,«une envie irrésistible d’exprimer la

vie et de la faire vibrer dans la languede Molière». Des chansons françaisesaux accents «jazzy», ciselées spécia-lement pour Christelle Pereira par descompositeurs et auteur de talent, quiont imaginé ce nouvel habit. «Je portece répertoire comme on porte un cos-tume taillé sur mesure, à ma mesureet à ma ‘démesure’».Le choix de la musique, des mélodies,des rythmes qui enveloppent desmots parmi les plus choisis, un uni-vers qui parait ressembler à la chan-teuse d’origine portugaise, «qui meraconte, sans trop le faire à la fois…des chansons où chacun se retrouve,dire la vie et dire l’amour avec desmots simples… dire l’espoir aussidans un monde qui nous dépassesouvent dans sa compréhension».«Chrysalide», avec arrangements deMichel Leclerc, compositions de BettyLogez et Michel Leclerc et textes deSéverine Viscogliosi, est disponibledès le jeudi 13 novembre chez MildoProductions.

«Chryssalide»: nouvel album «jazzy» de la chanteuse d’origine portugaise

Danse: thiago Granato au centre pompidou

Le chorégraphe brésilien Thiago Gra-nato revient sur la scène parisienne,cette fois-ci au Centre Pompidou avecson spectacle de danse «This is con-crete» du 14 au 16 novembre.«This is concrete» est une collabora-tion entre les danseurs et chorégrap-hes Jefta van Dinther et ThiagoGranato. Ce travail s’aventure vers lareprésentation de l’intime, la notionde volatilité, offrant au regard duspectateur l’expérience de l’incertainet de la lenteur infectieuse.Car le spectacle est une course lente.Deux corps masculins s’entremêlentincessamment l’un à l’autre, brouil-lant leurs propres limites.Baignés dans un environnement so-nore fait de battements, de pulsationset d’ombres en rotations, le voyage deces deux corps se veut long, sédatif,coïtal. Les mouvements se mutentalors en mots tandis que commencentà parler les bouches et les organes.

Dans cette fusion corporelle et socialese générant entre eux, leurs parcoursmutuels glissent vers le plaisir, leursparoles vers la mastication, leursétreintes charnelles vers la danse,leurs symbioses vers le parasitisme.Performeur et chorégraphe brésilien,Thiago Granato partage son temps

entre le Brésil, la France et l’Alle-magne. Il intègre en 2008 le projet«Ex.e.r.ce» du Centre ChorégraphiqueNational de Montpellier, sous la direc-tion de Xavier Le Roy. Il a collaboréavec des chorégraphes d’horizons di-vers: Lia Rodrigues, Adriana Grechi,João Saldanha, Cristina Moura, Cris-

tian Duarte, Thelma Bonavita, Mat-hilde Monnier, Cecília Bengolea,Lenio Kaklea, Frederic Gies et Jeftavan Dinther. Il a créé «Plano B»(2008), avec Cristian Duarte, «We arenot superficial», «We love penetra-tion» (2008), ou encore «Tombo»(2009), en collaboration avec CristianDuarte et Thelma Banvita. Il travailleactuellement sur «Basement», projetchorégraphique mené avec SandroAmaral, manifestation performative etchorégraphique open source pour ungroupe d’artistes mettant en lumièredes éléments habituellement tus enpublic. Il développe par ailleurs unenouvelle recherche chorégraphique àl’Akademie Schloss Solitude à Stutt-gart.

Vendredi 14 et samedi 15, 20h30Et dimanche 16, 17h00Centre Georges PompidouGrande salle, niveau -1ParisInfor: 01.44.78.12.33

Par Clara Teixeira

le 12 novembre 2014

pintor antónio Dacosta recordado nos açoresAntónio Dacosta teria feito no dia 3 denovembro 100 anos e os amigos re-cordaram-no com um grande pintor epoeta, que apesar de viver em Parisnunca abandonou os Açores, ondenasceu. “Ele nunca deixa a ilha”, sa-lientou, em declarações à Lusa, o es-critor Álamo Oliveira, explicando quemesmo na fase surrealista de Dacostasempre estiveram presentes influên-cias dos Açores, por exemplo, no qua-dro “A festa”, em que se vê umbezerro enfeitado, como nas Festas doDivino Espírito Santo.António Dacosta nasceu em Angra doHeroísmo, no dia 3 de novembro de1914, onde viveu até ir estudar belasartes para Lisboa e foi um dos pionei-ros do surrealismo em Portugal. Em

1947, ganhou uma bolsa e mudou-separa Paris, o que acabou por resultarnum interregno na pintura de mais deduas décadas, em que Dacosta se de-dicou à escrita, sobretudo à crítica dearte.Foi em Paris que o pintor conheceu asua segunda mulher, Miriam, umahistoriadora de arte, que trabalhavanuma galeria. Nessa altura, Miriamnão sabia que Dacosta era pintor, por-que ele tinha parado de pintar e elanão conhecia o seu passado, mas per-cebeu desde cedo que ele “tinha mui-tas ideias novas e interessantes”.Só passadas duas décadas, já casadoe com filhos pequenos, voltou a pintarem França, mas a expor sempre emPortugal.António Dacosta, Fonte de Sintra IV, 1982, acrílico sobre tela

O LusoJornal, de mãos dadas com a cultura.

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19cultura

Susana alexandre expõe ‘Silences’ em paris

A fotógrafa Susana Alexandre inau-gurou na semana passada, a exposi-ção “Silences” no Consulado Geralde Portugal em Paris, na presençado Cônsul Geral Pedro Lourtie, doDeputado eleito pelo círculo eleitoralda Europa, Carlos Gonçalves, do fo-tógrafo Gérald Bloncourt, entre ou-tros artistas e personalidades daComunidade portuguesa.“Tenho muito orgulho em inauguraresta exposição porque foi aqui que aSusana Alexandre começou a expore constatamos todos o percurso queela fez entretanto, tendo exposto emmuitos outros lugares, nomeada-mente na Assembleia da Repúblicaem Lisboa” disse Pedro Lourtie.“Recordo-me de o ter vindo ver, pelaprimeira vez, muito timidamente,para a exposição ‘Expressions’” lem-bra a artista.“Silences é uma abstração do baru-lho da vida” explica Susana Alexan-dre. “A um dado momento da minhavida, quis sair dos barulhos da vidae quis encontrar-me comigo mesmo.As fotografias foram tiradas pratica-mente todas no norte da França, emnoites em que não conseguia dor-mir” contou ao LusoJornal.Depois de uma primeira exposição apreto e branco, Susana Alexandre

optou agora pela cor. “Senti neces-sidade de passar para a fotografia acor, mas escolhi tonalidades ‘silen-ciosas’”.Durante a inauguração da exposição,o fotógrafo Gérald Bloncourt leu umpoema que escreveu para o livro daautora. O livro foi aliás apresentadopor Susana Alexandre. “Habitual-

mente ilustro as minhas fotografiascom textos meus” explicou ao Luso-Jornal. Mas desta vez optou por soli-citar a várias personalidades paracomentarem o seu trabalho. “Asimagens de Susana Alexandre inspi-ram-me inquietação. A espera, apaz, o silêncio, as emoções ou ossentimentos necessários à vida.

Estas imagens sabem falar sem aspalavras, em silêncio” escreveu porexemplo Carla Bruni Sarkozy, a mu-lher do ex-Presidente da República,Nicolas Sarkozy.Jean Bertolino, Fernando Tordo,Ruben Alves, Beatriz Pacheco Pe-reira, Luís Represas, Isabel Pires deLima, Pedro Abrunhosa, Ruy de Car-valho, Gabriela Canavilhas ou Ma-nuela Aguiar, são algumas daspersonalidades que comentaram asfotografias da autora para o livro daexposição.Depois de Paris, Susana Alexandrequer expor essencialmente em Por-tugal e, quem sabe, depois partir àconquista de Nova Iorque. “Voltar aexpor em França, só para depois” dizao LusoJornal. “É difícil entrar nomeio fechado da fotografia emFrança” comenta. “Vai ser mesmonecessário que encontre uma Galeriaque esteja disponível para me repre-sentar aqui”.Susana Alexandre nasceu em Peni-che há 39 anos, passou a adolescên-cia nos Açores, antes de se radicarem Paris. “Sempre rebelde e à pro-cura dela própria e de algo de pro-fundo na sua alma, começa aexprimir-se através da fotografia. Asua máquina fotográfica passa a sera sua fiel companheira” lê-se nanota de apresentação.

Exposição de fotografia no Consulado de Portugal

Por Carlos Pereira

Galeria carlos carvalho na Feira paris photo

A Galeria portuguesa ‘Carlos CarvalhoArte Contemporânea’ vai participarpela segunda vez na prestigiosa FeiraParis Photo, de 13 a 16 de novembro,no Grand Palais, no stand C34. 3 ar-tistas vão representar a galeria nesta18ª edição: Daniel Blaufuks, CarlaCabanas e Manuel Vilariño.O dirigente e proprietário da galerialisboeta, Carlos Carvalho, começoupor explicar o orgulho que tinha emintegrar esta Feira da fotografia mun-dial. “Conseguimos entrar pela pri-meira vez no ano passado, o que émuito difícil, pois há muitos a parti-cipar, muita concorrência. É umahonra estarmos presentes novamentee este ano temos um stand um poucomaior com 35 m2”.Daniel Blaufuks regressa novamenteeste ano, com 3 peças. “Mantive oDaniel e alterei os outros. No fundo oscritérios são: em função de cada mo-mento do artista e da sua capacidadede resposta, a qualidade, a diversi-dade e a internacionalização”. DanielBlaufuks utiliza no seu trabalho a fo-tografia e o vídeo, apresentando o re-sultado através de livros, instalaçõese filmes. Os seus temas de predileçãosão a ligação entre o tempo e o es-paço e a representação da memóriaprivada e pública.Daniel Blaufuks nasceu em Lisboaem 1963, numa família de refugiadosjudeus alemães. A sua formação divi-diu-se entre a AR.CO, Lisboa, o RoyalCollege of Arts, Londres, e a WatermillFoundation, Nova Iorque. Utilizandoprincipalmente fotografia e vídeo, é

autor de livros, instalações, filmes ediários fac-similados. O seu trabalhoencontra-se representado em váriascoleções, entre as quais a da Funda-ção Calouste Gulbenkian (Lisboa), aColeção Berardo (Lisboa), o CentroGalego de Arte Contemporânea (San-tiago de Compostela), ou ainda, TheProgressive Collection (Ohio).No trabalho de Carla Cabanas as ima-gens do arquivo fotográfico sobre asdemolições de parte significativa davelha Mouraria serviram de mote aoseu percurso pessoal, onde a memóriase esbate num processo criativo quenos põe em confronto com as nossaspróprias lembranças afetivas em rela-

ção aos lugares. “A Carla apresentará5 fotografias de formato pequeno, e agrande novidade será a sua interven-ção com as fotografias no momentopresente”.Carla Cabanas nasceu em Lisboa em1979, licenciou-se em Artes Plásticasna Escola Superior de Arte e Design,em 2003. Em 2008, frequentou ocurso de fotografia do Programa Gul-benkian Criatividade e Criação Artís-tica. O seu trabalho tem sidodesenvolvido também em residênciasartísticas. Ganhou entre outros, umaMenção Honrosa no Prémio de Foto-grafia ‘Purificacion Garcia’ em 2012e em 2005 o terceiro prémio de Pin-

tura Ariane de Rothschild.E finalmente Manuel Vilariño teráapenas uma fotografia de grande for-mato que poderá ser alterada durantea Feira. As fotografias de Manuel Vi-lariño não podem ser entendidas sempensarmos na sua relação indissociá-vel com a poesia. As sua paisagenssão, pois, espaços emocionais. O ar-tista conecta com o mundo exteriorusando a fotografia como um processode introspeção e meditação pessoais.O artista galego iniciou o seu percursopela fotografia durante a sua perma-nência na Universidade de Santiago,a partir do momento que entendeu terreunido cultura visual suficiente paraconceber um projeto.Os 3 artistas já expuseram na galeriade Carlos Carvalho. “São artistas so-licitados internacionalmente e comquem gosto de trabalhar”, acres-centa.Segundo Carlos Carvalho, a presençana Feira Paris Photo traz muita visi-bilidade internacional. “Ajuda não sóna promoção do nosso trabalho emgeral, como o do artista em particu-lar, como traz contactos e novosclientes”, aponta ao LusoJornal.Nos tempos de crise económica queafetam Portugal, esta Feira é impor-tante para manter a existência da suagaleria. “Quase que é preciso mila-gres para mantê-la aberta, os poucosapoios desapareceram e somos obri-gados a virarmo-nos para o exterior”.Apaixonado pela arte em geral, CarlosCarvalho é também poeta e autor devários livros, como “Espelho do vento”e brevemente publicará “Substânciada Sombra”.

Por Clara Teixeira

le 12 novembre 2014

Carla Cabanas

Susana Alexandre com o Deputado Carlos GonçalvesLusoJornal / Mário Cantarinha

“paris en perspectives” à laGalerie «ici pourl’instant»

C’est la première exposition de photode cette photographe d’art d’origineportugaise. Sandra Isabel est née àFaro en Algarve et y a vécu jusqu’àl’âge de 24 ans, moment où elle estvenue rejoindre sa famille à Paris, oùelle vit désormais et travaille commegardienne d’immeuble.Sandra Isabel aime Paris. “Même sila vie n’est pas toujours facile, j’ai unassez bon contact avec les gens,j’aime y faire la fête et de longues ba-lades...” dit-elle au LusoJornal. Elle atoujours aimé et pratiqué la photoavec passion, mais depuis 5 ans elles’y intéresse plus sérieusement. Sesphotos nous parlent d’eau, de ciel, dereflets et surtout de mises en pers-pectives. Sandra Isabel photographieaussi des concerts (jazz,reggae,chanson française, etc.), dont elleconsidère le résultat surprenant!Cette première exposition, lui faisaitun peu peur mais le dynamisme dela jeune Galerie «Ici pour l’instant» etla sympathie d’Olivier Dacher, sonpropriétaire, lui ont donné le couragenécessaire. Olivier Dacher, diplôméen Droit Public de l’École des Gobe-lins, a fréquenté aussi l’École de gra-vure Duperré et a ouvert cette année,son atelier-galerie, «Ici pour l’instant»,où il pratique le dessin et la gravureet expose ses œuvres.Il y présente régulièrement d’autresartistes. Durant 15 jours, en novem-bre, Sandra Isabel y exposera sesphotographies. Le vernissage auralieu le 22 novembre, de 17h00 à21h00.

Atelier/Galerie «Ici pour l’instant»158 rue de Charenton75012 ParisInfos: 06.25.29.48.96

Um olhar sobre...

maria Fernandapinto

Un regard sur...

Un partenariat de LusoJornal avec:

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Sandra Isabel

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20 cultura

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l’anticyclone desaçores selonSandra rocha

La photographe portugaise SandraRocha, récemment installée enFrance, va lancer son livre «Anticy-clone» le jeudi 13 novembre, à par-tir de 18h00, au Polycopies, BateauConcorde Atlantique, amarré Portde Solférino, à Paris 7.Pendant 5 ans, entre 2009 et 2013,Sandra Rocha est retournée sur l’îlede Terceira, dans l’archipel des Aço-res, où elle a vécu jusqu’à ses 20ans, pour visiter et photographier safamille.Conçu par André Principe et JoséPedro Cortes, Anticyclone est uneétude sur l’île, les effets des élé-ments et de la géographie sur lequotidien de ses habitants.L’invisible haute pression provoquéepar l’Anticyclone des Açores fait cir-culer l’air dans le sens des aiguillesd’une montre. Il est présent partout,dans les silences, les cigarettes quis’allument, le vent qui secoue les ar-bres, sur les vagues…

«marginalités auféminin dans le monde lusophone»

Um Colloque international et inter-disciplinaire sur «Marginalités au fé-minin dans le monde lusophone»organisé par le Centre de Recher-ches sur les Pays Lusophones(CREPAL) de l’Université SorbonneNouvelle - Paris 3, aura lieu les 24,25 et 26 novembre: les 24 et 26 no-vembre à l’Université SorbonneNouvelle-Paris 3 (Salle Bourjac) etle 25 à la Fondation Calouste Gul-benkian, à Paris.

camilo casteloBranco e machado deassis

O Centro de Língua Portuguesa doCamões IP da Universidade Lu-mière Lyon 2 organiza um Con-gresso Internacional intitulado“Camilo Castelo Branco, Machadode Assis e as relações luso-brasilei-ras”, no dia 18 de novembro, naUniversidade Lumière Lyon 2, Cam-pus Porte des Alpes de Bron, salade Conferências do Instituto IUT.Participarão Marie-Thérèse Vilela,Bernard Corneloup, Isabel Mateus,Jean-Paul Giústi, Maria da Concei-ção Coelho Ferreira, Sérgio Guima-rães de Sousa, Carlos da Cunha,Paulo Oliveira, Isabel Sebastião, Ka-trym dos Santos e João Carlos Pe-reira.

emsíntese

machado de assis bientôt lu par les écoliers

Pierre Sève, professeur à l’ESPE(Ecole supérieure du professorat et del’éducation), proposera en novembreun dossier pédagogique à dispositiondes professeurs des écoles. Ilconcerne l’étude du ‘Conte del’école’, livre de Machado de Assisque le professeur juge parfaitementadapté à l’étude dans les classes deCM1 et CM2.«Le ‘Conte de l’école’ est entré dansles listes de la Commission de l’Édu-cation Nationale en 2012, depuis,nous nous sommes proposés de four-nir en plus aux professeurs un filconducteur facilitant l’étude de cerécit», a t-il expliqué.Avant de proposer un dossier, troismaîtres d’école, en relation avecPierre Sève, ont «testé» l’étude dulivre avec leurs élèves: la classe de Ca-mille Gargne à l’école de Saint Eloy-les-Mines, celle de Stéphanie Boudetà l’école Aristide Briand, et celle deMarie Pellegry, à Chanat-l’Etang.Ils ont déterminé, ensemble, autourd’un travail collectif, deux objectifspour les enfants: qu’ils lisent maisaussi qu’ils apprennent à lire. Appren-dre à lire c’est aussi apprendre à as-sumer ce qui a été étudié en classeen dehors du cadre scolaire. Il estdonc nécessaire que l’enfant soit enmesure de parler de ce que portel’œuvre étudiée et pas seulement dedévelopper ses capacités de lecture.

Ainsi les maîtres ont commencé parclarifier les enjeux de cette œuvre enproposant plusieurs pistes de lectureafin d’aider l’enfant à mettre en mé-moire les éléments du ‘Conte del’école’.Le maître a pu ainsi établir que parmises 26 élèves: 12 pensent que le Maî-tre est méchant, 16 pensent que Pilarva retrouver sa pièce et 13 pensentque Pilar est très intelligent et quec’est pour cela qu’il fait l’école buis-sonnière.Apport de vocabulaire, recours à desquestionnaires de lecture, travail desélection et de reformulation... autant

de méthodes testées auprès des en-fants et qui ont fait leur preuve.L’une des classes s’est même intéres-sée à la traduction du ‘Conte del’école’ en analysant notamment lechoix des mots fait par le traducteur,pour une relecture plus profonde del’œuvre. «Alors là, elle ne sait pas cequ’elle veut la traductrice», s’exclameun des enfants concernés.La classe de Saint Éloy-les-Miness’est par exemple questionnée sur lavisée de l’histoire: est-elle écrite pournous faire sourire ou nous attrister?Une autre classe a préféré confronterle texte avec d’autres œuvres comme

‘Madame Bovary’ de Gustave Flaubertou encore ‘Le petit Nicolas’ de Gos-cinny.Au final, les enfants ont vraisembla-blement apprécié le livre et chacun enest allé de son commentaire: «Dansces livres, les punitions c’est toujourspour faire rire»; «C’est pour nous direqu’on a de la chance, c’était terriblela classe avant».

L’auditoire séduit par la présentationde Pierre SèvePierre Sève a expliqué son projet lorsd’une Conférence à la Maison desSciences de l’Homme à Clermont-Ferrand, le lundi 13 octobre.Parmi la vingtaine de participants:des Inspecteurs et Conseillers péda-gogiques. Jocelyne Boudet, Inspec-trice de l’Education Nationale pré-sente à la Conférence est, commePierre Sève, séduite par l’auteur bré-silien. «Je ne le connaissais pas avantde recevoir l’invitation pour cetteConférence et j’ai trouvé l’œuvre pas-sionnante. Je l’ai lu et relu», explique-t-elle.Nadine Châteauneuf, Conseillère pé-dagogique, est du même avis et salueles efforts de Pierre Sève. «Ce n’estpas une œuvre facile et c’est très am-bitieux ce que propose Pierre Sève,qui est de former de véritables ques-tionneurs de texte et pas de simplesquestionnés», dit-elle.Le dossier pédagogique sera délivré àl’éditeur courant novembre.

Conférence de Pierre Sève à Clermont-Ferrand

Par Tatiana Marotta

Sandrine Gameiro cherche un financementpour son nouvel album

La jeune chanteuse, Sandrine Ga-meiro, était en concert à l’Etage, le 4novembre dernier, à Paris. Entre chan-sons françaises et standards de la mu-sique latino-américaine: une ambian-ce unique aux sonorités enchante-resses. Une nouvelle révélation fran-çaise aux saveurs de Norah Jones,Katie Melua ou encore Stacey Kent.Depuis son projet d’album avec MajorCompany, qui n’a pas aboutit, San-drine Gameiro a fait un grand pas,cela lui a permis de faire des rencon-tres et échanger des contacts qui luiont emmené notamment jusqu’àl’Etage. «J’ai rencontré Helena Moraqui est devenue mon agent et me voicice soir. Je cherche des partenaires

pour m’aider à financer mon deuxiè-me album, je continue à écrire et je

compose aussi maintenant. J’aimeraisfaire partager cela avec le public».

Une belle occasion pour Sandrined’exprimer sa passion sur scène et dese faire connaître, elle désigne un pu-blic magique et très réceptif. «Uneexpérience fabuleuse que j’espère vase reproduire souvent, et c’est pourcela qu’on fait ce métier», rajoute-t-elle.Son travail terminé, la chanteused’origine portugaise fait appel à tousceux qui aiment sa musique de l’aiderà financer son album. «Il ne reste plusqu’aller en studio et enregistrer». Unpeu timide au début sur scène, San-drine Gameiro s’est vite imprégnée del’énergie de la salle pour s’imposercomme une vraie professionnelle. Ilne reste plus qu’à concrétiser son pro-jet afin qu’elle puisse partager avecnous son talent et sa jolie voix.

Par Mário Cantarinha

le 12 novembre 2014

ricardo pauletti trio em digressão pela FrançaO renomado Ricardo Pauletti Trio, deItajaí, Santa Catarina, Brasil, fezuma digressão pela França paraapresentar o seu novo disco “Chorode Faia”.O Espetáculo “Choro de Faia”, mos-tra através das composições e arran-jos de Ricardo Pauletti, a riqueza dalinguagem do Choro e das suas ver-tentes. O repertório vai desde as ma-nifestações mais tradicionais como a

Polca e o Maxixe, até às mais moder-nas, com Choros e Sambas em com-passo ímpar. A sonoridade do grupoainda traz um toque de Jazz pela li-berdade de improvisação e harmo-nias modernas.Este trabalho foi gravado este ano de2014 e contou com a participaçãode grandes nomes da música brasi-leira e foi produzido pelo violonistaAlessandro Penezzi. Além de Ricardo

Pauletti no Violão Sete Cordas, o Trioainda conta com Mário Júnior na Ba-teria e Rafael Petry no Acordeon.Ricardo Pauletti é violonista, compo-sitor e arranjador. É formado em mú-sica pela Univali e estudou violãoerudito no Brasil e em Espanha.Após orientação de Luiz Otávio Bragae Maurício Carrilho, passou a se de-dicar ao choro e ao violão de 7 cor-das. Em 2011, lançou o CD

“Variações Brasileiras”, que já circu-lou por diversas cidades do Brasil,Argentina e França.Mário Júnior é uma das maiores re-ferências da bateria em Santa Cata-rina e Rafael Petry é um dos grandesrepresentantes da nova geração doacordeão brasileiro.O trio esteve em Bordeaux (dias 1, 2e 3 de novembro), em Antony (dia 7)e em Paris (dia 8).

Conférence de Pierre Sève à Clermont-FerrandTatiana Marotta

LusoJornal / Mário Cantarinha

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21Solidariedade

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academia do Bacalhau de parisapoia mulheres empreendedoras em mirandela

Na sexta-feira 7 de novembro, tevelugar mais um jantar da Academia doBacalhau de Paris, desta vez emSainte Geneviève-des-Bois (91), noconhecido restaurante “Le Lux ChezMax”. O evento foi oferecido pelo“Compadre” Mário Jorge, que tam-bém pagou aos artistas que anima-ram a noite. Os vinhos foramoferecidos por Francisco Valdemar ea decoração da sala do restaurante foifeita por Olívia Jorge e Alice Fran-cisco.Os fundos recolhidos reverteram afavor da associação “Ultrapassar Bar-reiras”, de Mirandela, representadapela sua Presidente, Cristina Passas.Com cerca de 150 participantes, ojantar contou também com a pre-sença do Maire de Sainte Geneviève-des-Bois, Olivier Leonhardt. OPresidente da Academia do Bacalhaude Paris, Carlos Ferreira, deu a boasvindas aos convivas e explicou asações que a Academia tem vindo arealizar nos últimos anos, ajudandoos mais necessitados. Olivier Leo-nhardt agradeceu o convite que lhefoi formulado e destacou a ação em-preendedora dos Portugueses, dei-xando mesmo a proposta de sercriado um núcleo da Academia doBacalhau de Paris naquela cidade doEssonne.Durante o jantar foi atribuído o Di-ploma de Comadre a Magalie Mar-ques, apadrinhada por Clotilde Lopes.Foi Irene de Oliveira quem sugeriuque o evento servisse para recolherfundos para a associação UltrapassarBarreiras. “Conheci a Presidente da

associação, Cristina Passas, nasredes sociais e depois calhou a ir aum casamento em Mirandela. Encon-trei-a e desde então temos mantidouma amizade muito bonita” disse aoLusoJornal. Irene de Oliveira aceitouapadrinhar a associação que apoiamulheres empreendedoras e conven-ceu os colegas da Academia a orga-nizar este evento.Cristina Passas explicou ao LuoJornalos objetivos da associação.

LusoJornal: O que é a associação “Ul-trapassar Barreiras”?Cristina Passas: A ‘Ultrapassar Bar-reiras’ é uma associação que temcomo fim, apoiar todas as mulheresque necessitam de ter uma orienta-ção numa fase mais inicial, ou demeia idade, que precisem de umapoio específico e que não encontrampropriamente numa associação de

caráter geral, porque há especificida-des próprias. Pedir a uma mulher queseja empreendedora, não é a mesmacoisa que pedir a um homem. Depoispoderemos fazer com que ela crie oseu autoemprego ou que ela integreiniciativas que nós vamos desenvol-ver.

LusoJornal: É um trabalho essencial-mente na área empresarial?Cristina Passas: Não. Também é naárea social porque apoiamos, porexemplo, as mulheres vítimas de vio-lência doméstica. Temos uma Dire-tora que foi vítima de violênciadoméstica e achamos que temos defazer qualquer coisa, isto tem queparar, as pessoas têm que ser livres eautónomas e muitas vezes ao fim deum processo de violência elas nãoconseguem ser autónomas. É todaessa realidade que aqui em Trás-os-

Montes e no Alto Douro somos sensí-veis e quisemos trabalhar.

LusoJornal: Quantos membros tem aassociação?Cristina Passas: Reativámos a asso-ciação desde o mês de abril, emborativesse sido criada em 2009, mas defacto a conjuntura nacional e regionalagravou-se muito e foi um momentocomplicado. Neste momento somoscerca de 130 membros. Temos a cer-teza que vamos crescer mais, temosaquelas que apoiamos e temos asso-ciações e entidades que nos apoiam.Fazemos Protocolos com várias enti-dades nomeadamente com clínicas,para que as associadas possam bene-ficiar de serviços.

LusoJornal: Para que vão servir osfundos recolhidos aqui?Cristina Passas: Vão servir para im-

plementar uma cozinha regional co-munitária. O sentido comunitário épôr ao dispor de 4 ou 5 mulheres,competências e conhecimentos quelhes permitam ao fim de um ano es-tabelecerem-se por conta própria. De-pois, esse mesmo espaço pode serintegrado por mais 5 mulheres, eassim de seguida. De facto, depois deser estudado o enquadramento delas,nós vocacionamos mais para a áreaprofissional que elas vão desenvolver.A cozinha vai ser vocacionada paraos nossos produtos regionais. Todosnós sabemos que em Trás-os-Montesa vantagem competitiva em termosempresariais faz-se através dos pro-dutos regionais e é isso que nósvamos produzir naquela cozinha re-gional.

LusoJornal: Mas depois qual é o es-coamento?Cristina Passas: O escoamento quejá temos assegurado é através de al-guns aderentes, de supermercados,neste caso do Intermarché que já fezum Protocolo connosco, e nós vamoster expositores adequados aos nos-sos produtos em cada um dos pontosde venda. Obviamente que vamossempre identificar o nosso patroci-nador. A Academia do Bacalhau deParis vai apoiar e é um sponsor quequeremos que nos acompanhe nesteprojeto. Além disso, temos todas aslojas de produtos regionais de Miran-dela, Macedo de Cavaleiros, Murçae Carrazeda de Ansiães, porque sãoconcelhos que são abrangidos pelaassociação, e temos também umaempresa que faz feiras todas as se-manas, que vai levar os nossos pro-dutos.

Jantar em Sainte Geneviève-des-Bois apoiou associação Ultrapassar Barreiras

Por Carlos Pereira com Alfredo Lima

le 12 novembre 2014

Jantar de angariação de fundos para a construção donovo centro Social regueira de pontes em leiriaNo próximo dia 15 de novembro vaiser organizado um jantar, na SalaVasco da Gama, em Valenton (no edi-fício dos estúdios da rádio Alfa), paraangariar fundos destinados à constru-ção do edifício do Centro Social deRegueira de Pontes, para crianças,adolescentes e idosos.A construção deste edifício vai come-çar em 2015, os custos ascendem amais de 1.500.000 euros e “nestemomento não existe nenhum apoio doEstado, por isso todas as ajudas sãobem-vindas” diz Vítor Matos, DiretorAdministrativo.Sensível a esta causa, Gomes de Sá,fundador da revista Lusopress e prin-cipal organizador do evento, quer atra-vés deste jantar sensibilizar e divulgarjunto dos Portugueses residentes emFrança para uma melhor qualidade devida dos utentes e famílias do projeto.O projeto engloba uma ResidencialSénior para 30 utentes (18 quartos),um Centro de Dia e Centro de Convíviopara 40 utentes, um Serviço de ApoioDomiciliário para 40 utentes, umaCreche para 30 crianças e atividadesde tempos livres (ATL) para 37 crian-

ças. Estará equipado com áreas deserviço, lavandaria, balneários, áreastécnicas, serviços administrativos edireção, serviços de refeições, áreasde convívio e atividades, refeitórios eárea de saúde, área de descanso e hi-giene assim como os núcleos dequartos para residentes e respetivasáreas de serviço de banho assistido.A construção ficará ainda preparadapara mais tarde poder levar um 2ºandar com mais 18 quartos pas-

sando assim para 36 quartos e resi-dencial para 60 seniores.O Centro Social Paroquial de Re-gueira de Pontes, em Leiria, é umainstituição particular de solidarie-dade social de natureza fundacionalcriada por iniciativa do ConselhoEconómico Paroquial. Fundada emjulho de 1995, fruto do esforço deum grupo de pessoas da comuni-dade, especialmente o Pároco, quefoi um forte impulsionador na criação

da mesma, como forma de responderàs necessidades dos idosos e doentesda freguesia que recorriam aos servi-ços de instituições de freguesias li-mítrofes. Perante a dificuldade deavançar com a construção de novasinstalações, contando com a colabo-ração do Conselho Económico Paro-quial, pessoas individuais da paróquiae de fora dela, foram realizadas obrasno Centro Pastoral de Regueira dePontes para que reunisse as condi-

ções físicas exigidas para o início deatividade. Em 2006, o Centro Socialiniciou a sua atividade com a res-posta social de Serviço de Apoio Do-miciliário, tendo sido celebradoacordo de cooperação com o Institutode Segurança Social de Leiria.Tendo presente o objetivo de apoiara população idosa, fazer mais e me-lhor, em 2010, foi inaugurada umanova resposta social: o Centro deConvívio. Tal como a resposta deServiço de Apoio Domiciliário, oCentro de Convívio funciona nas ins-talações provisórias do Centro So-cial.O Centro Social Paroquial de Re-gueira de Pontes desenvolve ativida-des em prol da Paróquia e da causasocial, que vão desde a identificaçãodas necessidades da comunidadeaté à resposta integrada a essas ne-cessidades, através dos serviços desolidariedade social. O objetivo prin-cipal é encontrar soluções para amelhoria das condições de vida dosidosos e das suas famílias, assegu-rando a satisfação básica das suasnecessidades reais.

Mesa de honra do jantar da Academia do BacalhauPhoto Lima

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22 associações

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Festa à portuguesa emSaint martin d’Heres

A Comunidade portuguesa de SaintMartin d’Heres, nas proximidades deGrenoble, organiza um programa de-dicado aos emigrantes no próximodia 16 de novembro, a partir das20h00, na salle l’Heure Bleu.O cartaz do evento contempla doisespetáculos de música tradicionalportuguesa. O cantor Carlos Pires eos cantores Jorge Loureiro, Naty esua banda, serão os responsáveispela animação musical.Infos: 07.87.63.83.36

concerto em Funelcom ritmos latinosde rui Bandeira

Rui Ban-deira é oc o n v i -dado es-pecial daFesta doE m i -g r a n t eque aAssocia-ç ã o

Franco-Portuguesa de Funel (47)realiza no sábado, dia 15 de novem-bro, pelas 20h00, onde reunirá todosos seus êxitos ao longo dos seus 15anos de carreira.O cantor, músico e compositor, vaiproporcionar um espetáculo commúsicas plenas de romantismo, comgrandes canções que irão certa-mente marcar todos aqueles que se-guem atentamente a carreira de RuiBandeira.Antes da subida ao palco do vence-dor do 36° Festival RTP da Canção,o espetáculo começa com baile ani-mado pelo organista Lionel Figuei-redo. Infos: 06 83 16 17 45

Fête des châtaignes àNoisy-le-Grand

Comme chaque année, l’Associationfranco-portugaise culturelle et récréa-tive Cantares de Noisy-le-Grand orga-nise la Fête de S. Martinho ou Fêtedes Marrons.Cette année, la Fête aura lieu le 16novembre, avec un point de rencon-tre près de la place du marché, puisdéambulation vers la Ferme du ClosSaint Vincent. Participeront pour lapremières fois à Noisy, les groupes deLes Ulis, Ormesson, Villeneuve-le-Roiet Pantin.

emsíntese

Por José Manuel Santos

eruption associative au pays des volcans!

Implantée au cœur d’un paysage fa-çonné par les éruptions volca-niques, la ville de Volvic compteune population de 4.690 habitants,dont un tiers environ composé dePortugais et Lusodescendants. Lesdeux principales activités écono-miques historiques sont l’exploita-tion des carrières de pierre, et deson eau de source minérale.Deuxième entreprise agro-alimen-taire en Auvergne, classée en 3èmeplace des eaux minérales commer-cialisées en France, la «Société desEaux de Volvic» (Groupe Danone)produit 1,25 milliard de bouteillespar an, dont 70% sont vendues àl’international (65 pays).Elle compte approximativement900 employés, dont un grand nom-bre constitue cette Communautéportugaise, qui a décidé de se re-trouver au sein d’une association:Les Lusitanos Volvicois.Créée en juillet 2012, cette asso-ciation compte actuellement 117adhérents. Son principal objectif estde faire connaître les us et cou-tumes traditionnels portugais. Fran-cisco Novais est le Présidentfondateur, José Figueiredo, le VicePrésident et Inês Garcia en est laTrésorière principale.Volvicois d’adoption depuis avril1955, et jeune retraité des Eaux deVolvic qu’il avait intégré en 1984,José Figueiredo se remémore fré-quemment son arrivée en France etsurtout son père, employé de l’en-treprise Mallet, pour laquelle il ex-trayait et travaillait la pierre.

Celui-ci partait également à l’étran-ger (Italie, Allemagne,…) afin deprocéder à l’installation de diversesstructures industrielles.Cette pierre d’origine volcanique ré-siste en effet aux températures su-périeures à 1.000 °C et possède laparticularité d’offrir une très granderésistance à la corrosion des acides.Jeune enfant, José Figueiredo et samère ont accompagné le père pen-dant 3 mois, lors de l’installation debacs à acide dans les locaux de lasociété Sapec, à Setúbal, au Portu-gal.Le Président de l’association, Fran-cisco Novais, a lui émigré en août1966 et a débuté sa carrière auxeaux de Volvic en 1974. Fier de sesorigines et désirant partager les tra-

ditions et les coutumes de sesaïeux, lui et l’équipe dirigeante or-ganisent, tout au long de l’année,diverses manifestations.Aux mois de mai et septembre, l’as-sociation organise un Tournoi du jeutraditionnel «Jogo de Malha». 32équipes de 2 joueurs ont participéau dernier Tournoi organisé le 13septembre dernier.L’association organise également laFête nationale du 10 juin, avec unerencontre autour d’un repas tradi-tionnel portugais, et au mois de no-vembre, la Fête de la Saint Martin,un “Magusto de São Martinho”,cette fête populaire dont les formesde célébration varient légèrementen fonction des traditions régio-nales.

Lors du Marché de Noël de la ville,l’association vend des produits ré-gionaux portugais et des plats ty-piques à emporter, comme parexemple des beignets de morue,des rissoles, du poulet grillée…Chaque dimanche, les membres del’association se réunissent autourdu “Jogo da malha”, aussi appelé“Chinquilho” ou “Jogo do fito”. Cesport s’apparente à la “Galoche Bi-goudène” (jeu breton) ou à la Pé-tanque.Le samedi 8 novembre, l’associa-tion a organisé un repas dansant àl’approche de la fête de la “SãoMartinho”. Lors de ces diverses ma-nifestations, l’association a reçu lacollaboration de la banque CaixaGeral de Depósitos.

Lusitanos Volvicois

Par Jorge Grancho

magusto na nova sededa associação cultural Desportiva de trevoux

A Associação Cultural Desportiva deTrevoux (01) foi fundada a 5 de julhode 2002 e obteve locais da Mairie da-quela cidade, que abriram aos ade-rentes em janeiro de 2003, para queaí se reunissem aos sábados e domin-gos.A equipa fundadora, dirigida pelo Pre-sidente Nelson Lopes, deixou grandesrecordações com os eventos recreati-vos, desportivos e culturais, duranteos anos que se seguiram.Este ano a Mairie de Trevoux fez umaproposta de locais mais espaçosos àcoletividade, no espaço onde funcio-nava a Escola de música da cidade.Os locais tinham de ser adaptados erenovados para as funções da associa-ção, mas a equipa dirigente aceitou aproposta.A nova Direção, eleita em setembrodeste ano, e dirigida por Agostinho Ri-beiro, fez as obras de renovação e nodomingo dia 21 de setembro, a“casa” foi inaugurada com a presençados autarcas de Trevoux, o PrimeiroAjunto Claude Trassard e o Adjuntopara a cultura e para a vida associa-tiva François Allonzo. O Presidente daCâmara Municipal de Ribeira de

Pena, Rui Vaz Alves, veio a Trevouxespecialmente para a inauguração ofi-cial da sede da coletividade.“Temos aqui mais de duzentos metrosquadrados de superfície, que mode-lámos numa grande sala de convívioe de jogos, e um canto para cozinha e

bar” explica o Presidente AgostinhoRibeiro. “Por agora estamos abertosaos sábados de tarde até às 21h00, eaos domingos das 10h30 às 20h00.A partir de janeiro, vamos por em diaa nossa lista de sócios, que conta comcerca de 140 membros inscritos, mas

que não está atualizada”.O Presidente lembra que “estão aber-tas as inscrições para novos sócios etemos vários projetos de animaçãopara concretizar rapidamente, aindano decorrer de 2015”, concluiu aoLusojornal.No passado dia 9 de novembro, a as-sociação organizou um Magusto quereuniu sócios e não sócios na tarde dedomingo, com distribuição de casta-nhas assadas pelos presentes.E para o dia 22 de novembro, a asso-ciação vai organizar um jantar comespetáculo, na sala de festas de Tre-voux, com a animação de Dj Mário Ri-beiro.Integrado nas atividades culturais daassociação, existe um grupo de dançamoderna, os “Dloma”, composto por19 jovens lusodescendentes, comidades compreendidas entre os 4 e os22 anos, que se reúnem uma vez porsemana para ensaios nos novos locaisda coletividade.A próxima atuação do grupo em pú-blico está agendada para o dia 22 denovembro, no decorrer do jantar-espe-táculo.A sede da associação situa-se no 331Quai de Saone, em Trevoux, no Dé-partement de l’Ain (01).

Por Jorge Campos

le 12 novembre 2014

Agostinho Ribeiro e Teresa da CostaLusoJornal / Jorge Campos

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24 associações

toulouse: Festadas Vindimas noBBK

O restaurante BBK organizou nopassado dia 26 de outubro, a “Festadas Vindimas”.No evento, que contou com a pre-sença da Comunidade portuguesa,foi possível ouvir durante a tarde ocantor Norberto Ferreira, que se en-contra radicado na Suíça, e a BandaAlmeida, vinda de Pau.No final da festa, que teve início às15h00 e que decorreu durante todaa tarde de domingo, o cantor Nor-berto Ferreira teve oportunidade deconfraternizar e distribuir autógrafospelos presentes. A par do espetá-culo proporcionado pelos artistas, foipossível almoçar e jantar no restau-rante, acompanhando assim a tardede festividades. Atualmente a “Pica-nha”, o “Leitão” e o “Cabrito”, sãoas especialidades da casa, adiantao proprietário Manuel Pereira Lopes,natural de Leiria.O restaurante organiza até ao mêsde dezembro várias atividades.Manuel Pereira e a organização ti-veram ainda oportunidade de agra-decer a todos os presentes na festa,bem como aos clientes que diaria-mente visitam ambos os restauran-tes dos quais é proprietário.O “BBK”, está aberto de segunda-feira a domingo ao almoço, e quinta,sexta-feira e sábado ao jantar.

“BBK”1 place Lucien CassagneZl de la Pichet31600 SeyssesInfos: 05.34.47.60.41

emsíntese

Por Vítor Oliveira

almoço-convívio dos Beirões de França

A Associação Beirões de França(Amigos da Beira Interior) organizouno passado domingo, uma jornadade convívio à volta de um almoço ti-picamente beirão, de um magustoregado com jeropiga, num quadroextremamente agradável proporcio-nado pelo restaurante “O Cortiço”,situado a norte de Paris, emMontgé-en-Goelle, que é tambémenquadrado pela floresta nacional,onde a castanha é abundante epode ser apanhada livremente.As 60 pessoas presentes no eventoforam gratificadas com uma sessãode fados e guitarradas a cargo deAlves de Oliveira, Joaquim Campose Conceição Sarmento, acompa-nhados à guitarra por Manuel Mi-randa e à viola por Pompeu Gomes.O magusto realizado no exterior, no

parque do restaurante, foi apre-ciado e muitos quilos de castanhavindas de Portugal para serem dis-tribuídas por várias associações a

cargo da Cap Magellan, foram sa-boreadas, sendo as que não foramassadas, repartidas pelos presen-tes.

Hermano Sanches Ruivo, José Car-dina, Abílio Laceiras, Ilda Nunes eDeolinda de Sousa, membros daDireção, souberam dar ao aconte-cimento o resplendor adequado epossibilitar um verdadeiro mo-mento de amizade repartida portodos os presentes, Beirões ou não.De assinalar que este restaurantetem um passado historicamente in-teressante. Por ali passou MichelSardou, Michel Polnareff e atéFrançois Miterrand, segundo os an-tigos proprietários, ainda em vida,a senhora e o senhor Gaston.O fotógrafo Mário Cantarinha exposalgumas das suas fotografias, comtemas relacionados com a Beira in-terior.Os participantes deram os para-béns ao Senhor Serafim e à suaequipa “pelo serviço esmerado eacolhimento prestado”.

Em Montgé-en-Goelle

Por Abílio Laceiras

activités associatives dans le Nord

Mike da Gaita et ses danseuses sesont produits samedi dernier, le 8novembre, dans la salle de Wattre-mez, à Roubaix (59), lors d’un spec-tacle organisé par le GrupoTraditional das Províncias Portugue-sas de Roubaix.Ça été l’occasion de fêter la SaintMartin, quelques jours à l’avance.Guilhermina Soares, en choisissantMike de Gaita pour animer la soirée,ne s’est pas trompée. La salle étaitpleine de monde et on peut dire quel’artiste a correspondu à l’attented’un public désireux d’écouter samusique, mais aussi de danser etd’ainsi oublier, ne serait-ce que pen-dant une soirée, la morosité, parfois,de la vie quotidienne.Le Groupe Folklorique «Os Minhotosde Roubaix» a participé égalementau spectacle, ainsi que l’orchestretourquennois EmoSons. L’Adjoint àla Culture de Roubaix, Jean Deroi, ahonoré l’invitation en étant présent à

cette fête ainsi que Cante Dembo,Président de l’Association de Gui-née-Bissau.A Noël, Pâques et à la Toussaint,

l’Eglise de Saint Pierre, à Croix, ac-cueille une cérémonie en langue por-tugaise présidée par le Père BernardWillems. Ce dernier ayant appris le

Portugais lors d’un long séjour auBrésil.Malgré, le beau soleil, l’église étaitremplie le 1er novembre, jour desSaint et jour de souvenir pour laCommunauté portugaise du Nord.Les noms des familiers et amis dé-cédés depuis un an ont été évoqués.Le dimanche 2 novembre, le GrupoTradicional das Províncias Portugue-sas de Croix a organisé son repas tra-ditionnel dans la Salle Jacques Brel,à Croix. Les tripes à la mode de Portoet le poulet grillé, font toujours re-cette. Les organisateurs ont dû refu-ser du monde.Le 21 novembre, Tony Carreira seproduira au Zénith de Lille, specta-cle très attendu dans le milieu por-tugais et pas seulement !Pour les amateurs de musique clas-sique, les dates du 6 et 8 décembresont à retenir. La plus grande pia-niste portugaise de l’actualité, MariaJoão Pires, se produira à Lille dansla Salle du Nouveau Siècle. Ellejouera des œuvres de Beethoven.

Par António Marrucho

le 12 novembre 2014

espetáculo animado em créteil

A associação Franco-Portuguesa Cul-tural de Créteil (AFPCD) organizou nosábado passado um espetáculo ani-mado pelo grupo “Fantasia”. A asso-ciação organiza duas vezes por anodois eventos deste género. O próximoserá no início do ano, em meados defevereiro.A associação representa a região deLeiria e existe desde 1978. “Temosum grupo folclórico e duas equipas defutebol. Na altura os criadores eramda região centro e daí o facto de es-colher essa região”, começa por expli-car o Tesoureiro.“Temos a sorte de ter 20 voluntáriosque nos ajudam e que nos permitemorganizar festas e eventos diversosgratuitamente, e em relação às outraslocalidades, é algo de precioso que

contribui imenso para o desenvolvi-mento da associação”.

A associação tenta privilegiar o conví-vio entre os membros. É verdade que

cada vez há menos meios financeirose “gasta-se menos dinheiro”, avan-çou.Este ano a associação organizará pela3ª vez a Festa de Fim de Ano “quereúne facilmente duzentas pessoas.Como somos uma equipa mais jovem,gostamos mesmo é de conviver unscom os outros e as nossas festas sãosempre um sucesso”. O Tesoureiroapela a todos os que quiserem assistiraos espetáculos, que “têm a possibi-lidade de passar um momento agra-dável e barato”.A associação que vive essencialmentedas suas atividades folclóricas orga-niza o seu próximo Festival folclóricono dia 14 de dezembro.A AFPCD atrai muitos membros defora, “não somos todos de Créteil, enem todos de Leiria, quem quiseraderir é bem-vindo” concluiu.

Por Mário Cantarinha

Convívio dos Beirões depois do MagustoLusoJornal / Mário Cantarinha

Mike da Gaita à RoubaixLusoJornal / Luís Gonçalves

Todos dançaram em CréteilLusoJornal / Mário Cantarinha

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25Desporto

lusojornal.com

emsíntese

Voleibol: Nuno pinheiro perdeu na Bélgica

O Tours Volley-Ball perdeu na pri-meira jornada da Liga dos Campeõesde Voleibol por 3-2 no reduto dos bel-gas do Noliko Maaseik. Num encon-tro com um sabor especial para ointernacional português, Nuno Pi-nheiro, a equipa francesa não conse-guiu vencer o quinto e decisivo set,perdendo por 16-14. Uma derrotafrustrante para o Tours visto que es-teve a vencer por 2-0 antes de que-brar. No próximo jogo da Liga dosCampeões, o Tours recebe o Perugiada Itália no dia 19 de Novembro.

Fonte Bastardoem vantagemsobre o chaumontna taça challengede voleibol

Os açorianos do Fonte Bastardo re-ceberam e venceram, na semanapassada, os Franceses do ChaumontVB 52 por 3-1, em encontro da pri-meira mão da segunda eliminatóriada Taça Challenge em voleibol mas-culino.A formação açoriana não entrou bemno encontro e perdeu o primeiro “set”por 25-16, em apenas 25 minutos,mas reagiu e igualou no parcial se-guinte a contenda, vencendo por 25-21, em 31 minutos.Refeitos da derrota no primeiro par-cial, os jogadores da formação insularassumiram as rédeas do encontro,frente a um adversário que “vendeucara” a derrota, tendo passado paraa frente do encontro nom quarto“set”, que venceram por difíceis 28-26, em 42 minutos.O parcial que se revelou decisivo paraa vitória da equipa lusa foi igualmenteequilibrado e, até bem perto do final,eram os Franceses quem lideravamo marcador, mas o Fonte Bastardoconseguiu virar o resultado a seufavor, vencendo por 27-25, em 36minutos.O encontro da segunda mão estáagendado para 18 de novembro, emChaumont.

chipre à moda lusa

Na passada quarta-feira, dia 5 de no-vembro, o Paris Saint Germain derro-tou por 1-0 a equipa cipriota doAPOEL Nicósia, no Parque dos Prín-cipes, com o único golo da partida aser apontado pelo avançado uruguaioEdinson Cavani logo no primeiro mi-nuto de jogo. Com este resultado, osParisienses apuraram-se para os oita-vos-de-final da Liga dos Campeões,enquanto o APOEL fica eliminado daprova mas ainda pode seguir para aLiga Europa se terminar no terceirolugar do grupo F, grupo que incluitambém o FC Barcelona e o Ajax deAmesterdão.No fim do encontro, o LusoJornal tevea oportunidade de falar com os trêsPortugueses que estão no plantel daequipa cipriota, Tiago Gomes, médio-ofensivo de 29 anos, Mário Sérgio, la-teral-direito de 33 anos, e NunoMorais, médio-defensivo de 30 anos.Entrevistas cruzadas.

LusoJornal: O APOEL até tem reali-zado bons encontros. Perdeu por 1-0frente ao FC Barcelona em Espanha,1-0 frente ao PSG em casa, e nova-mente 1-0 aqui em Paris, sem esque-cer o empate a uma bola frente aoAjax…Tiago Gomes: É verdade, aliás se ana-lisarmos os encontros, perdemos pordetalhes e ficamos com um saboramargo por não alcançar um outrotipo de resultados.Mário Sérgio: Admito que nos doisjogos em casa frente ao Ajax e ao ParisSaint Germain podíamos ter alcan-çado resultados melhores. Acho que amaioria das pessoas pensavam que oAPOEL ia ser o “bombo da festa” masnão é o caso porque temos realizadobons jogos.Nuno Morais: Nós tentamos sempreentrar nos jogos para ganhar e dar onosso melhor. É preciso dizer que per-der 3-0 ou 4-0 frente ao PSG ou ao

Barcelona é quase normal, mas issonão aconteceu porque lutamos e que-remos sempre alcançar o melhor re-sultado possível.

LusoJornal: O objetivo agora é a LigaEuropa?Tiago Gomes: Claro. Temos agora umabatalha com o Ajax. Estamos a umponto dos Holandeses e veremos oque vai acontecer no jogo na Holanda.O que é certo é que temos tempo parapreparar esse encontro visto que antesteremos de defrontar o FC Barcelonaem casa, mas é evidente que o nossoadversário direto agora é o Ajax.Mário Sérgio: A luta é entre nós e oAjax para um acesso à Liga Europa.Tudo vai decidir-se na derradeira jor-nada nesse jogo na Holanda. O nossofuturo nas competições europeiaspassa por esse encontro. Vamos tentarpontuar com o FC Barcelona, e depoisvamos tentar segurar a Liga Europacom o Ajax, porque agora é esse onosso objetivo.Nuno Morais: O objetivo mais lógicofoi sempre a Liga Europa, mas temos

de ter cuidado porque o Ajax tambémé uma excelente equipa.

LusoJornal: O objetivo interno daequipa cipriota é revalidar o título?Tiago Gomes: Sim e neste momentoestá tudo a correr bem porque esta-mos no primeiro lugar. Estamos con-fiantes, a equipa é forte e somos umadas melhores equipas de Chipre. Setudo correr como está a decorrer, se-remos novamente Campeões.Mário Sérgio:Às vezes não é fácil con-ciliar a Liga dos Campeões e o Cam-peonato, mas neste momentoestamos a gerir bem as duas compe-tições. O nosso grande objetivo estatemporada é sermos Campeões paraestarmos novamente na Liga dosCampeões para o ano.

LusoJornal: Como tem sido a vossaaventura em Nicósia?Tiago Gomes: Está a ser boa. Na tem-porada passada tive alguns problemascom o meu joelho e as coisas não cor-reram bem, mas este ano estou ajogar e estou feliz. Estou no melhor

clube cipriota em todos os níveis e éum bom país para se viver. É uma boaexperiência.Mário Sérgio: Eu estou no meu ter-ceiro ano neste clube e neste país, eposso dizer que tudo está a correr damelhor maneira possível. Estou feliz,tenho ganho títulos e espero que semantenha assim.Nuno Morais: Felizmente há três Por-tugueses na equipa, bem como outrosjogadores que passaram pelo Cam-peonato português, o que traz um ex-celente ambiente. Temos uma boaequipa e as coisas têm corrido bem.Estou feliz aqui, aliás já é a minha oi-tava temporada no Campeonato ci-priota.

LusoJornal: Ainda sonha com a Sele-ção Portuguesa?Tiago Gomes: A esperança é a últimaa morrer. Sei que é difícil porqueestou a jogar num clube e num Cam-peonato que não tem tanta visibili-dade em Portugal. Mas nunca se sabee não perco a esperança.

LusoJornal: O Fernando Santos estáagora à frente da Seleção Nacional...Mário Sérgio: O Fernando Santos éum grande Treinador. Acho quequando as coisas correm mal numaSeleção quem paga é o Técnico e foio que aconteceu com Paulo Bento,porque acho que também é um bomTreinador. Agora o que é certo é queFernando Santos está na liderança daSeleção e cabe aos jogadores apren-derem rapidamente os métodos dele.

O trio luso vai agora encontrar o FCBarcelona no dia 25 de novembro, en-quanto o Paris Saint Germain vai re-ceber o Ajax no Parque dos Príncipes,em Paris. Neste momento, na tabelaclassificativa no Grupo F, os Parisien-ses lideram com 10 pontos à frentedos Catalães com 9, do Ajax com dois,e do APOEL que tem apenas umponto.

Liga dos Campeões

Por Marco Martins

Guerreiro convocado para a Seleção lusa

Raphaël Guerreiro, lusodescendentede 20 anos que atua no Lorient, foiconvocado para representar a SeleçãoA de Portugal.O atual Selecionador, Fernando San-tos, decidiu convocar o jovem lateral-esquerdo que tem sido um titularindiscutível com a Seleção de Sub-21.Uma decisão um pouco forçada paraFernando Santos visto que os três la-terais portugueses que ocupam oflanco esquerdo, Fábio Coentrão, Eli-seu e Antunes, estão lesionados. Comestas circunstâncias, Raphaël Guer-reiro estreia-se nos convocados da Se-leção A, e está a um passo de realizara sua primeira internacionalização.As duas opções para o jogo frente à Ar-ménia, que conta para a qualificaçãopara o Euro-2016 que vai decorrer emFrança, e frente à Argentina, um jogoamigável, são Raphaël Guerreiro eTiago Gomes, que atua no Sporting de

Braga, dois estreantes!Raphaël Guerreiro, lusodescendentede pai português e de mãe francesa,nasceu no Le Blanc-Mesnil, foi for-mado no Caen, e joga atualmente noLorient. Uma ascensão fulgurante para

um jovem jogador que disputou “ape-nas” oito jogos com a Seleção Sub-21de Portugal e que decidiu escolher aSeleção Portuguesa sabendo que tam-bém teve a possibilidade de jogar pelaSeleção Francesa Sub-21 e que recu-

sou o convite.Lista dos 24 convocados:Guarda-redes: Anthony Lopes(Lyon/França), Beto (Sevilha/Espanha)e Rui Patrício (Sporting).Defesas: Bosingwa (Trabzonspor/Tur-quia), Bruno Alves (Fenerbahçe/Tur-quia), Cédric (Sporting), José Fonte(Southampton/Inglaterra), Pepe (RealMadrid/Espanha), Raphael Guerreiro(Lorient/França), Ricardo Carvalho(Mónaco/França) e Tiago Gomes (Spor-ting de Braga).Médios: Adrien (Sporting), João Mário(Sporting), William Carvalho (Spor-ting), André Gomes (Valência/Espa-nha), João Moutinho (Mónaco/França)e Tiago (Atlético Madrid/Espanha)Avançados: Cristiano Ronaldo (RealMadrid/Espanha), Danny (Zenit/Rus-sia), Éder (Sporting de Braga), HélderPostiga (Deportivo da Corunha/Espa-nha), Nani (Sporting), Ricardo Qua-resma (FC Porto) e Vieirinha(Wolfsburgo/Alemanha).

Futebol

Por Marco Martins

le 12 novembre 2014

Antes do início do jogo entre o PSG e o APOELLusoJornal / Marco Martins

Raphaël Guerreiro, n°5, nos Sub-21FFF

LJ / Alfredo Cadete

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26 Desporto

lusojornal.com

D1 Football Féminin: Juvisy serapproche de lyon

Tandis que Lyon et le Paris Saint Ger-main disputent les 8ème de finale dela Ligue des Champions, le Cham-pionnat de première division continue!Juvisy a battu 6-1 Guingamp et est re-monté à la 2ème place à seulementdeux points de Lyon et avec un pointd’avance sur le Paris Saint Germain.Côté lusophones, Metz, où jouent leslusodescendantes Adeline Janela etElodie Martins, a arraché un matchnul, 2-2, face à Montpellier, tandisqu’Issy, de la lusodescendante MariePinto, a perdu 3-1 face à Arras. Metzest 9ème au classement, tandisqu’Issy est à la 11ème et avant-der-nière place.

D2 Football Féminin: qui pourraarrêter la VGaSaint maur?

L'équipe la plus lusophone du footballféminin, avec notamment les interna-tionales portugaises Mariane Amaro etMélissa Gomes, n’en finit plus de gag-ner et continue à commander leGroupe A avec une étonnante facilité!Septième match et septième victoire,grâce au 4-0 infligé à Compiègne. Leconstat est accablant: 39 buts mar-qués contre seulement trois encaisséspar l’équipe de Saint-Maur, quicompte 28 points, plus cinq queNancy, Vendenheim et Hénin-Beau-mont. D’ailleurs, le week-end pro-chain, le choc de la huitième journéesera entre la VGA Saint Maur et Ven-denheim, club de la lusodescendanteSarah da Cunha.À noter également que dans le GroupeB, Yzeure, le club de la gardienne por-tugaise Patrícia Morais, a battu 6-0Tours et se retrouve à la deuxièmeplace du Groupe B avec 24 points, àseulement deux unités du leader LaRoche-sur-Yon.

challenge U-19Football Féminin:marina de almeidamène issy à la victoire

La lusodescendante Marina de Al-meida, Capitaine de l’équipe d’Issy-les-Moulineaux dans le Championnatfrançais des moins de 19 ans, a réussià mener son équipe à la victoire faceaux tenantes du titre, les Lyonnaises,sur le score de 2-0. Une prouesse im-portante pour Issy et Marina de Al-meida qui sont maintenant en tête duChampionnat, Groupe B, avec 15points, devant Vendenheim et Nancyqui comptent 14 unités, et surtout de-vant Lyon qui recule à la quatrièmeplace avec 13 points.

emsíntese

l’entraîneur du lusitanos croit en l’exploit

Après avoir remporté une victoire surle fil (0-1) du côté de Melun en Cham-pionnat, lors de la 8ème journée, l’en-traîneur du club lusitanien AdéritoMoreira peut maintenant se tournervers le choc du 7ème Tour de Coupede France face au Créteil/Lusitanos(L2). Avec ambition et envie.

LusoJornal: Etes-vous heureux decette dernière victoire à Melun qui per-met à Saint Maur de revenir à un pointde la réserve de Créteil, leader de laDH?Adérito Moreira:On a connu un matchdifficile face un adversaire qui a réussià nous faire douter. Ils ont su nouscontenir malgré notre bonne entamede match. On n’a pas su la conclurepar un but. C’est dommage. Au fur età mesure, on s’est un peu désorganisé.Melun a su nous contrarier en défen-dant bien. Je suis heureux de voir fi-nalement que l’on a réussi à fairebasculer le match grâce à l’apport denotre banc de touche. Joël Saki et Gil-berto Pereira ont pu ainsi faire la dif-férence dans le jeu. A l’image de notrematch de Coupe de France face à Vil-lemomble (1-1, 6 tab 5), les rempla-çants ont fait une bonne rentrée.Sachant que la réserve de Créteil a faitun match [1-1 au Racing 92, ndlr], onreste deuxième tout en revenant à unpoint. Mais une fois de plus, l’arbitragea joué un rôle dans le comportementdes joueurs. J’ai dû sortir deux garçonsqui n’étaient plus protégés. C’est dom-mage.

LusoJornal: Avez-vous toujours cru à lavictoire malgré le scénario qui vous avu marquer seulement à la 94ème mi-nute?Adérito Moreira: Il a fallu bouger les

choses pour faire pencher la balance.Melun n’évoluait pas tactiquement etgardait son dispositif initial. Il fallaittrouver les solutions pour faire la dif-férence. A 20 minutes de la fin, J’aifait monter deux milieux de terrains,juste derrière les trois attaquants. Ona mis plus de présence devant et tech-niquement, les joueurs ont joué à laperfection les derniers coups. Sur lebut, Léo Toty fait une dernière percéedont il a le secret pour décaler JonyRamos qui frappe. Il est contré. Der-rière, Joël Saki reprend et le gardienrepousse sur Gilberto Pereira qui con-clue enfin l’action. Le gardien a bienfailli encore prendre le dessus. Maisc’est une victoire qui fait du bien aumoral et permet de continuer sur notrebonne série du moment.

LusoJornal: Le week-end prochain seprofile le 7ème Tour de Coupe deFrance face au Créteil/Lusitanos.Comment abordez-vous ce match?Adérito Moreira: On va jouer unmatch particulier. Tout le monde estpressé de voir ce match. D’abordparce que l’on réalise un bon Cham-pionnat et que l’on a une belleéquipe. Ça donne de l’intérêt. Lesgens sont persuadés que l’on est ca-pable de les battre. C’est pour celaque les gens veulent nous voir face àeux. Si l’on était dernier, je ne saispas s’il y aurait un intérêt à ce match.Puis, c’est une équipe de Ligue 2 ettout le monde veut croire à l’exploit.C’est cet exploit qui peut nous piéger.Il ne faudra pas oublier la base dumatch et les fondamentaux comme la

rigueur, la concentration et l’émotion.Sans pour autant être submergé parcette dernière.

LusoJornal: Le fait de «recevoir» auStade Duvauchelle de Créteil n’est-ilpas un handicap?Adérito Moreira: On va jouer dans unbeau stade et sur un bon terrain, maisils seront les favoris. Ils le seront en-core plus car ils joueront sur leur ter-rain. J’aurais préféré jouer au StadeChéron. Cela aurait été l’idéal. Main-tenant, il faut faire avec et se rendreà Duvauchelle. Après, sur un terrain,tout est toujours possible. Ça resteraonze hommes face à nous. Ça va êtresympa pour les joueurs mais il faudrasurtout jouer pour ne pas décevoir lepublic qui sera présent.

Interview: «Tout est possible»

Par Eric Mendes

Sónia Bompastor parle des ambitions de l’ol

Samedi soir a eu lieu le 8ème de fi-nale-aller de la Women’s ChampionsLeague entre le Paris Saint Germainet l’Olympique Lyonnais, au StadeCharléty, à Paris 13.Les deux équipes se sont quittées surun match nul 1-1. But de Corine Petità la 22ème minute pour Lyon et deFatmire Alushi à la 49ème minutepour Paris.Après le match, LusoJornal est allé àla rencontre de l’ancienne internatio-nale française et lusodescendante,Sónia Bompastor, qui est actuelle-ment l’entraîneuse-adjointe de l’OL etégalement la responsable de la Sec-tion féminine du Club.

LusoJornal: Tu es maintenant l’assis-tante de Gérard Prêcheur. Commentça s’est passé pour que tu en arriveslà?Sónia Bompastor: Tout simplementj’étais au Club en tant que responsa-ble de la formation des jeunes, etquand Gérard Prêcheur est arrivé, il asouhaité que je puisse faire partie de

son staff car il me connaissait, il y aune grande confiance entre nous, etil a demandé à ce que je puisse l’as-sister au niveau des domaines tech-niques et tactiques et pour moi c’esttrès enrichissant.

LusoJornal: Tout se passe bien? Lesambitions avec le Club?

Sónia Bompastor: Oui, tout va bien.Nous avons un Club qui est ambi-tieux, un Président également pour lefootball féminin, donc c’est trèsagréable d’y travailler chaque jour. Lequotidien avec le staff et les joueusesse passe aussi très bien, nous avonsfait un très beau début de saison avec8 victoires sur 8 matchs en Cham-

pionnat, puis là nous sommes en8ème de finale de la ChampionsLeague et nous venons de faire unmatch nul à l’extérieur avec un butmarqué, donc c’est un résultat qui estfavorable pour l’OL. Pour le momentquand le match va démarrer à Ger-land nous sommes qualifiés.

LusoJornal: Quels sont les objectifsdu Club?Sónia Bompastor: De gagner un maxi-mum de titres - nous sommes bienpartis en Championnat - et aller plusloin en Champions League car il y aeu beaucoup de déceptions la saisondernière, avec cette élimination en8ème contre Potsdam. Je pense quel’on a de la qualité pour aller au boutde la compétition, puis en deuxièmepartie de saison il y a la Coupe deFrance et nous avons égalementenvie de garder ce titre gagné l’annéedernière.

Le match retour aura lieu ce mer-credi 12 novembre, à 18h45, austade Gerland et, et sera diffusé surEuropsort.

Football féminin: match nul entre le PSG et l’OL pour la Champions League

Par Angélique David-Quinton

le 12 novembre 2014

Adérito Moreira, entraîneur de Lusitanos de St MaurLusitanos de Saint Maur / EM

Sónia Bompastor (archive)WyllPhotographie

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28 Desporto

lusojornal.com

ricardo Dinizdesclassificadona “route durhum”

O navegador solitário, RicardoDiniz, foi desclassificado no do-mingo passado da mítica prova LaRoute du Rhum, numa decisão di-vulgada pelos responsáveis da re-gata. O veleiro “ParisAsia.fr” foi,assim, posto fora da prova.Numa mensagem divulgada já emcima da hora de fecho desta edi-ção do LusoJornal, Ricardo Dinizdiz que os organizadores afirmamque “terá infringido determinadasregras marítimas afetas à regata”.Num contacto via satélite citadopelo centro de comunicação donavegador, Ricardo Diniz mostrou-se “triste e desiludido” com estadecisão. “Sei bem o que fiz e seibem porque o fiz. Explicarei tudoquando chegar a terra”.Esta foi a primeira vez na históriada “Route du Rhum” que um Por-tuguês esteve presente na impor-tante competição. Dos 91velejadores que no passado dia 2iniciaram a prova em St. Malo, de-sistiram, até ao fecho desta edi-ção, mais de vinte embarcações,quando a prova já foi ganha, semsurpresas, pelo francês Loïck Pey-ron, no maxi-catamaram “BanquePopulaire VII”.Ricardo Diniz teve um problemalogo à partida com uma fuga decombustível que o fez partir umdia depois do início da prova. De-pois, como os primeiros diasforam “muito duros e intensos” onavegador parou no porto de LaCoruña. “Os ventos estavam muitofortes e não valia a pena ter maisdanos do que os já existentes”.Segundo o serviço de comunica-ção do “ParisAsia.fr”, vários barcospararam nas costas portuguesa e es-panhola.Ricardo Diniz fez-se ao mar, masagora a caminho de... Peniche,onde já deve ter chegado quandoesta edição do LusoJornal for pu-blicada e promete “prestar decla-rações aos jornalistas”.

emsíntese

le Sporting club de paris tient sa revanche

Pratiquement un an plus tôt, leSporting Club de Paris connaissaitsa seule et dernière défaite de la sai-son 2013/2014 sur le terrain du FCErdre Atlantique dans l’une des plusbelles salles du Championnat deFrance.Samedi dernier, les hommes de Ro-dolphe Lopes avaient pour obsessiond’effacer ce revers, de reconquérirl’Armorique, et si possible avec dela manière. Dans une salle rythméepar les batucadas brésiliennes, leSporting Club de Paris entame sonmatch avec rigueur et concentrationtout en restant attentif à ne pas seblesser. Durant la semaine, LucasDiniz et Kamel Hamdoud ont vu leurparticipation à la Coupe d’Europeêtre fortement compromise suite àdes blessures, l’objectif est claire-

ment de ne pas aller au contact afinde préserver l’état physique desjoueurs à quelques jours du départpour le Kazakhstan.Face à une équipe aux fortes conso-nances hispaniques et pratiquant unjeu assez séduisant, le Sporting Clubde Paris va tout de même ouvrir lamarque par Davi pour son tout pre-mier match sous les couleurs pari-siennes (1-0). S’en suivra unecourse-poursuite entre les deuxéquipes jusqu’au 3-3, après des réa-lisations de Pupa (2-1) et d’Alexan-dre Teixeira (3-2). Le Sporting Clubde Paris prendra son envol dans cematch pour ne plus jamais être rat-trapé.Café pour le 4-3, bénéficie d’unebelle interception d’AlexandreTeixeira et n’a plus qu’à glisser leballon dans les buts vides. Tandisque les batucadas accompagnent le

rythme imposé par les joueurs duSporting Paris, Davi inscrit son se-cond but de la soirée (5-3) avantque Roninho signe l’un des plusbeau but de cette journée. Sur laligne, il se débarrasse de son adver-saire direct par un petit pont et vientbattre le portier nantais (6-3).Un autre joueur s’illustre depuis ledébut de ce match, intraitable et àl’image de l’homme qu’il est, Pupaest généreux dans l’effort et inscritun doublé à son tour (7-3). Lui aussis’illustre grandement et va mêmes’offrir un triplé, il s’agit de Davi quifait lever le public par un magni-fique ballon lobé au-dessus du gar-dien du FC Erdre, un touché subtilqui porte l’avance du Sporting à 5buts (8-3).Le FC Erdre n’a tout de même pasdit son dernier mot, et bien que leSporting Club de Paris mène claire-

ment au score, il faut dire que les lo-caux sont actifs et auront sollicitégrandement Gabriel Miraglia et Dja-mel Haroun, trouvant même la faillepour réduire le score à 4-8.Les dernières minutes approchent,le jeu du FC Erdre se délie et leSporting Club de Paris va porter lesdernières estocades par Chimel Vita(9-4) et une nouvelle fois Café (10-4). Le buzz retentit dans la salle etles joueurs de Rodolphe Lopes ajou-tent une nouvelle victoire à leurcompteur.Cette semaine, le Sporting Club deParis se déplacera une nouvelle fois.Court déplacement du côté deGarges-les-Gonesses avant de pren-dre le départ dimanche pour le Ka-zakhstan où le Sporting Club deParis se confrontera entres autres auKairat Almaty, récent club Cham-pion du monde.

Futsal / Championnat national

Par Rudy Matias

Bruno magalhães termina rali da córsega em 6°

O piloto português Bruno Maga-lhães concluiu a época desportivado Campeonato da Europa deRalis com um excelente sextolugar no Rali da Córsega.O piloto português ao volante doPeugeot 208 T16, navegado porCarlos Magalhães mostrava-sebastante satisfeito com o desfechoda incursão no Campeonato este

ano.O resultado deste rali assim comoos demais em que participou, re-fletem a boa adaptação do pilotoportuguês neste regresso à ativi-dade desportiva: “Mesmo fazendoapenas parte do Campeonato che-gámos ao final com o oitavo lugarda classificação, o que na nossaopinião é bastante. Estou muito

satisfeito com os resultados mastambém com o apoio dos meus pa-trocinadores que permitiram estarpresente nas mais importantesprovas do Campeonato”, referiu.Concluída que está a época de2014, Bruno Magalhães centraatenções no ano que se avizinha:“O conhecimento que adquiri des-tas provas será de extrema impor-

tância para o próximo ano. Vai-nospermitir conseguir ainda melhoresresultados e batermo-nos de igualpara igual. Foi um bom ano emtermos de aprendizagem e deadaptação ao carro que só chegouàs nossas mãos a meio da época.Chego ao final com o sentimentode dever cumprido”, concluiu o pi-loto português.

le 12 novembre 2014

SCP SCP

@tWord

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paulo da costa: champion du monde de Boxe thaï

A 42 ans, Paulo da Costa est Cham-pion du monde Boxe Thaï. Cadre dela Fédération française de sports decombat, il gère les arbitres et s’oc-cupe des formations des grades, ainsique des diplômes d’entraîneurs.Électronicien pendant la journée, ilconsacre tout son temps libre ausport, notamment dans le KickBoxing de Romainville (92), club queson père a crée il y a 22 ans et qu’ila développé avec son frère Filipe.Originaire de Guimarães, Paulo daCosta dit aimer les deux pays, et ré-pond donc aux questions de LusoJor-nal.

LusoJornal: Vous avez le titre deChampion du monde de Boxe Thaïdepuis mai. Comment cela s’estpassé?Paulo da Costa: J’ai été Champion deFrance, Champion d’Europe et Cham-pion du monde, mais cela faisait 8ans que je n’avais pas boxé. Or, de-puis 20 ans je pars régulièrement enThaïlande pour m’entraîner. Cetteannée je me suis lancé le défi, je mesuis préparé pendant 6 mois, dont 2en Thaïlande, et le résultat est là, jesuis Championnat du monde.

LusoJornal: C’est la preuve qu’à 42ans on peut encore être Champion dumonde…Paulo da Costa: Oui, on peut encoreêtre Champion à mon âge. Il y a lesannées de pratique et d’expérience etaussi la chance, car je ne me suis ja-mais blessé. J’ai eu des petits bobos,mais rien de cassé, il faut surtoutbien se soigner derrière, pour durer.

LusoJornal: Et maintenant? Vous allezdéfendre votre titre?Paulo da Costa: Quand on est Cham-pion, on l’est pendant un an, ensuiteil faut le remettre en jeu, sinon, onperd le titre. En Championnat d’Eu-rope c’est six mois. Si j’ai le couragede m’entraîner, peut-être je me repré-senterai de nouveau.

LusoJornal: Votre club était une asso-

ciation portugaise…Paulo da Costa: Tout a commencé ily a 22 ans. C’est mon père qui a créecette association, avec un groupe defolklore et des fêtes. L’associationexiste encore, certes sans le folklore,mais toujours avec du football et dela boxe, qui est devenue notre activéprincipale. A l’époque j’ai commencépar le football, mon frère faisait dujudo, et nous avons eu le déclic parun ami qui faisait de la boxe, on s’estinscrit par curiosité et on a aimé. Au-jourd’hui je gère ce club avec monfrère Filipe.

LusoJornal: Vous avez donc com-mencé comme pratiquants…Paulo da Costa: Oui, d’abord prati-quants, sur Romainville et sur Noisy-le-Sec. Ensuite on s’est lancés dansles compétitions, nous en avons faitune centaine. Mon frère a été égale-ment Champion de France dans plu-sieurs disciplines, il a été deuxièmeen Championnat d’Europe, ensuite ils’est arrêté à cause de son travail. Unjour nous sommes passés entraî-neurs, nous avons passé nos di-plômes, et je suis rentré au sein de la

Fédération française.

LusoJornal: Parlez-moi de ce club au-jourd’hui.Paulo da Costa: Nous avons 200adhérents. C’est un des plus grandsclubs de France. Le nôtre se portetrès bien. En général un club tourneentre 100 à 150 adhérents, et dansles petites régions c’est entre 20 à50. Les plus jeunes ont 5 ans et leplus âgé doit avoir 62 ans. Nousavons des cours spécifiques pour en-fants-ado et ado-adultes. Nous fai-sons tout ce qui est sport de contact:Kick Boxing, Boxe Thaï, Full Contact.Tout ce qui est poing et pied…

LusoJornal: C’est un sport cher?Paulo da Costa: Les enfants ont 3cours par semaine et cela leur coûte130 euros à l’année. En plus, 80%des familles reçoivent des aides de laCAF qui cette année sont de 95euros, donc c’est quasiment gratuitpour eux. Les adultes ont des courstous les jours, 6 fois par semaine, etpayent 200 euros à l’année. Il y en aqui sont là pour le loisir, qui viennentque 2 ou 3 fois par semaine, mais

pour d’autres c’est du haut niveau etils viennent tous les jours sauf le di-manche.

LusoJornal: Quels type de pratiquantsavez-vous?Paulo da Costa: Ce sport a une imagenégative. On l’associe à des voyous,mais nous avons mis de la bonne hu-meur dans ce club. Nous avons desavocats, des policiers, certainementaussi des voyous, des riches et despauvres, mais une fois que tout lemonde est là, en short, nous sommestous pareils. Il n’y a quasiment plusde nez cassé. Cela peut arriver, maisrarement. Dû au changement de ma-tériel, de protections et de comporte-ment, nos formations spécifiques ontchangé, il y a des règles à respecter.J’ai connu l’époque où il y avait zéroprotection, où l’on se faisait mal…

LusoJornal: Comment se porte laboxe en France?Paulo da Costa: Tout ce qui est KickBoxing, Boxe Thaï a beaucoup évo-lué, ça monte de plus en plus, on abeaucoup de femmes, avant il y enavait une et on l’appelait de ‘garçon

manqué’, aujourd’hui ce sont des‘femmes féminines’. On a une ving-taine en ce moment. Dans la rue,personne ne dira qu’il s’agit d’uneboxeuse. On en a une Championnedu monde et Championne d’Europequi est professeure. Il y a aussi lephénomène de société avec la vio-lence qui est montée, il y a des per-sonnes qui viennent pour apprendreà se défendre, et après cela devientun loisir. Il y a environs 25.000 pra-tiquant en France. Il y a 10 ans, lePrésident de la Fédération était Por-tugais. Entretemps il est rentré auPortugal, retraité. Mais nous avons unpourcentage de Portugais intéres-sant.

LusoJornal: Vous avez déjà combattuau Portugal?Paulo da Costa: Nous avons un par-tenariat avec un club de Matosinhos.Nous emmenons là-bas nos boxeursles plus méritants, pour leur faire dé-couvrir le pays. Au Portugal, avant ilsétaient plus dans le Full Contact,mais maintenant ils sont très forts enKick Boxing et en Boxe Thaï. Sachantqu’ils n’ont pas les mêmes aides quenous en sport - les adhérents doiventpayer eux-mêmes les salles et tout lereste - c’est donc plus difficile qu’enFrance.

LusoJornal: Que représente la Thaï-lande pour vous?Paulo da Costa: Cela fait 20 ans quej’y vais. Avant c’était pour combattre,maintenant c’est plus pour m’entraî-ner car je suis un retraité des rings.Tous les ans j’emmène quelquesboxeurs là-bas, pour former et on pro-fite pour visiter le pays. J’ai appris lalangue. J’ai fait 6 mois d’école thaïici, pour mieux m’intégrer là bas oùon m’appelle Nakmuay Ting Tong.

LusoJornal: Que peut-on vous souhai-ter maintenant?Paulo da Costa: Moi, j’espère que leclub continue comme il est, que lespetits que nous avons continuent àtrouver le même plaisir que j’ai, qu’ilscontinuent à gagner des médailles,des coupes,…

Kick Boxing de Romainville, une association “portugaise”

Par Carlos Pereira

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le 12 novembre 2014

Paulo da Costa, Champion du MondeLusoJornal / Carlos Pereira

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30 tempo livre

Du 13 au 16 novembre Exposition de Carlos Carvalho Arte Con-temporânea, avec les artistes DanielBlaufuks, Carla Cabanas, Manuel Vila-riño, dans le cadre de Paris Photo(stand C34), au Grand Palais, à Paris.

Jusqu’au 23 novembre Exposition de photos “Aix // Coimbradois objetivos” avec Gonçalo Martins etJ-Claude Carbonne, à l’Office de tou-risme d’Aix-en-Provence (13). Du lundiau samedi de 9h00 à 19h00 et le di-manche, de 10h00 à 13h00 et de14h00-18h00.

Jusqu’au 25 novembre Exposition «Silences» de Susana Ale-xandre, au Consulat Général du Portu-gal à Paris, 6 rue Georges Berger, àParis 17.

Du 22 novembre au 6 décembre “Paris en perspectives”. Exposition depeinture de Sandra Isabel à l’atelier -Galerie des Instants Volatiles «Ici pourl’instant», 158 rue de Charenton, àParis 12.

Jusqu’au 15 décembre Exposition de l’artiste Costa à la GalerieArt Jingle, 31 bis et ter rue des Tour-nelles, à Paris 3.

Jusqu’au 20 décembre «Horizons EPEA02», avec les travauxde douze jeunes photographes euro-péens invités, dans le cadre de la deu-xième édition de l’European PhotoExhibition Award, à travailler autour du«nouveau social». Fondation CalousteGulbenkian - Délégation en France, 39boulevard de la Tour Maubourg, à Paris7. Infos: 01.53.85.93.81.

Le jeudi 13 novembre, 18h30 Présentation du livre «Fui! Guia paraEmigrar”, de Catarina Dinis Pereira deSousa, au Consular du Portugal à Paris,6 rue Georges Berger, à Paris 17.

Les 13 et 14 novembre Colloque sur «Décalages - Vie et œuvrede José Rodrigues Miguéis» avec plu-sieurs spécialistes. Conférence de clô-ture par Eduardo Lourenço. Le 13 de9h30 à 16h45, Université SorbonneNouvelle, Salle Las Vergnas, 13 rueSanteuil, à Paris 5. Le 14, de 10h00 à17h30, Fondation Calouste Gulben-kian, Délégation à Paris, 39 Bd de laTour-Maubourg, à Paris 7.

Le samedi 15 novembre, 10h00 Conférence sur «Le Portugal, lesocéans et l’Europe. 25 avril 1974, lasingularité d’une révolution portugaise»par le Consul du Portugal à MarseillePedro Marinho da Costa e l’écrivain,poète et historien Adalberto Alves, or-ganisée par le Mouvement Européen, àla Maison des associations, 9 rue LouisBraille, à Cannes (06).

Le lundi 17 novembre, 15h30 Conférence sur Machado de Assis, lesorcier de Rio - Poética da emulação: aforma livre machadiana, par João CezarCastro Rocha. Organisé par la Chaire Sáde Miranda, Camões I.P., Maison desSciences de l’Homme, Salle 219, 4 rueLedru, à Clermont-Ferrand (63).

Le lundi 17 novembre, 18h00 Conférence sur «Espaços Urbanos,marginalidade e violência na literaturados séculos XX e XXI» par Maria ZildaFerreira Cury de l’Universidade Federalde Minas Gerais e Rogério Lima de

l’Universidade de Brasília, dans lecadre de la préparation à l’Agrégationde portugais de l’Institut des EtudesLusophones, Université Sorbonne Nou-velle Paris 3, 13 rue de Santeuil, emParis 5.

Le 18 novembre de 9h à 18h45 Congrès international sur Camilo Cas-telo Branco, Machado de Assis et lesrelations luso-brésiliennes. UniversitéLumière Lyon 2, Salle de Conférencesde l’IUT, Campus Porte des Alpes deBron, 86 rue Pasteur, à Lyon (69).

Le lundi 24 novembre, 14h30 Conférence “O dom da visita na imagi-nação machadiana”, par José Luiz Pas-sos. Organisé par la Chaire Sá deMiranda, Camões IP, Maison des Scien-ces de l’Homme, Salle 219, 4 rueLedru, à Clermont-Ferrand (63).

Les 24 et 26 novembre, 9h30-17h30 Colloque ‘Marginalités au féminin dansle monde lusophone’, organisé par Cris-tina Pais Simon (Université SorbonneNouvelle) et Paulo Motta Oliveira (Uni-versité de São Paulo, Brésil), à l’Uni-versité Sorbonne Nouvelle, SalleBourjac, 17 rue de la Sorbonne, àParis.

Le mardi 25 novembre, 18h30 Table ronde sur les Mites fondateurs del’Europe, avec (entre autres) Anne-Marie Pascal de l’Université LumièreLyon 2. Goethe-Institut Lyon, 18 rueFrançois Dauphin, à Lyon 2.

Le jeudi 27 novembre, 18h00 Conférence «Les avant-gardes portugai-ses: un reflet culturel de la GrandeGuerre?» par Ana Maria Binet, dans lecadre des Commémorations du cente-naire de la I Guerre Mondiale, organiséeen collaboration avec le Lectorat Ca-

mões à l’Université Michel Montaigne,Musée d’Aquitaine, 20 cours Pasteur, àBordeaux (33).

Le mercredi 19 novembre, 19h00 Projection et débat autour du film «Car-lota Joaquina» de Carla Camurati. Orga-nisé par Glauber Sezerino. CLP - CentroJosé Saramago, Salle B4-306 UniversitéLille 3, Domaine universitaire du Pont-de-bois, à Villeneuve-d’Ascq (59).

Du 18 au 21 décembre 7ème Festafilm, Festival du cinéma lu-sophone et francophone, au Centre Ra-belais, à l’Hôtel Mercure Comédie, àl’ACFA et au Cinema Utopia, à Montpel-lier (34).

Les jeudis, 20h00 «Olá!» ‘one man show’ de l’humoristeJosé Cruz au Café-Théâtre Le Lieu, 41rue de Trévise, à Paris 9. Infos: 01.47.70.09.69.

Le vendredi 14 novembre, 20h30 «Olá!» ‘one man show’ de l’humoristeJosé Cruz dans le cadre du Festival Hu-mour Cassis, au Théâtre Oustau Calen-dal, Quai des Moulins, à Cassis (13).

Le samedi 15 novembre, 21h00 «Olá!» ‘one man show’ de l’humoristeJosé Cruz dans le cadre du Festival TopIn Humour, au Théâtre Espace Sociocul-turel, Espace Raymond Conard, à Cloyes-sur-le-Loir (28).

Le vendredi 28 novembre, 20h30 «Édipo» par le Teatro Chapitô, mise enscène de John Mowat, avec Jorge Cruz,Marta Cerqueira et Tiago Viegas, dans lecadre du Festival D. Quixote. Café de la

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a fé desperta-nos!

Ao longo da História vários autoresacusaram a religião de ser um meroinstrumento de controlo das massas;uma distração para que ninguémlute por uma sociedade mais justa,ou como dizia Karl Marx, de ser o“ópio do povo”. É um facto que a re-ligião pode ser manipulada paramanter o status quo, no entanto, namissa do próximo domingo, dia 16,descobrimos que a essência da vidacristã é o oposto da apatia e do co-modismo. É-nos proposta a famosa“parábola dos talentos” que des-creve o comportamento de três ser-vos, a quem tinham sido confiadosos bens de um senhor (um “talento”,no tempo de Jesus, era uma uni-dade de peso que correspondia a 36quilos de prata). Quando o senhorpergunta como foram investidos osseus bens, um desses servos res-ponde: «Tive medo e escondi o teutalento na terra».Dificilmente encontramos na Bíbliapalavras tão duras como as reserva-das a este servo! Ai de quem (pormedo ou preguiça) esconder os donsque Deus lhe deu e se alhear dosproblemas do mundo! Esta paráboladiz-nos que os discípulos de Jesusnão podem renunciar a um papelativo na luta por uma sociedade maisjusta e mais fraterna; não podem nãodenunciar erros e injustiças; nãopodem não investir os próprios talen-tos e capacidades na construção deum mundo melhor. Porque o reinode Deus, anunciado por Jesus Cristo,começa aqui e agora. E todos somosconvidados a colaborar na sua cons-trução, colocando os nossos talentosao serviço da família humana.Amigo, se achas que ser cristão éviver alienado e com a cabeça nasnuvens, não podias estar mais enga-nado…

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:

Eglise Ste Bernadette18 rue de la Côte d’Or94500 Champigny-sur-Marne

Missa em português ao domingo,8h15

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le 12 novembre 2014

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31tempo livre

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Danse, 5 passage Louis Philippe, à Paris11. Infos: 01.48.28.79.90.

Le samedi 29 novembre, 21h00 «Olá!» ‘one man show’ de l’humoriste JoséCruz au Centre Culturel Cassis, 20 ave-nue Emmanuel Agostini, à Cassis (13).

Le mardi 2 décembre, 20h30 «Peregrinação» de Fernão Mendes Pintopar le Teatro La Fontana, mise en scène etinterprétation de Marcelo Lafantana, dansle cadre du Festival D. Quixote. EspaceBeaujon, 208 rue du Faubourg St Honoré,à Paris 8. Infos: 01.42.89.17.32.

Le samedi 6 décembre, 21h00 Revista à Portuguesa «P’ró diabo kus car-regue!» avec Vitor Emanuel, Natalina José,Anita Guerreiro, Paulo Oliveira, Ana PaulaMota et Filipa Giovanni, organisé par l’As-sociation Culturelle Portugaise au Théâtrede Neuilly, 167 avenue Charles de Gaulle,à Neuilly-sur-Seine (92). Infos: 01.55.62.62.50.

Le vendredi 14 novembre, 21h00 Soirée «Tous les fados du monde... oupresque», présentée par Jean-Luc Gon-neau, avec Conceição Guadalupe, accom-pagnés par Filipe de Sousa (guitarra),Nuno Estevens (viola), et Nella Gia (per-cussions). Plus artistes invités. Unique-ment sur réservation. Les Affiches/ LeClub, 7 place Saint Michel, à Paris 5.Infos: 06.22.98.60.41.

Le samedi 15 novembre Dîner fado avec Conceição Guadalupe, ac-compagnée par Manuel da Silva (guitarra)et Zeca Afonso (viola). La Grange du Fau-bourg, 35 rue du Faubourg de Chartres,Dourdan (91). Infos: 01.64.59.31.50.

Le mercredi 19 novembre, 20h00 Fado avec Andreia Filipa accompagnée parHugo Miguel et Filipe de Sousa. Restau-rant Show Devant, Esplanada Pierre YvesCosnier, à Villejuif (94). Infos: 01.49.60.61.70.

Le vendredi 28 novembre, 21h00 Soirée fado organisée par Radio Alfa, avecCarlos do Carmo, Cuca Roseta et NatáliaJuskiewicz. Salle Vasco da Gama, 1 rueVasco da Gama, à Valenton (94). Infos: 01.45.10.98.60.

Le samedi 29 novembre, 20h30 Soirée fado avec Sandra Correia, ac-compagnée par Marta Pereira da Costaet Flávio Cardoso Junior, organisée parle Portugal Business Club de Tours, àl’église de la Médaille, 3 avenue de laRépublique, à St Pierre-des-Corps (37).Infos: 02.47.71.25.25.

Le samedi 6 décembre, 21h00 Soirée fado organisée par l’associationGaivota dans le cadre du Festival 6Continentes, en simultanée dans plu-sieurs parties du monde, avec Victor doCarmo, Mónica Cunha et Alves de Oli-veira, accompagnés par Filipe deSousa, Manuel Miranda, CasimiroSilva, Nuno Estevens et Christian Tou-cas. Eglise St Gervais St Protais, 1 ruedu four, à Bry-sur-Marne (94). Infos: 06.64.13.48.94.

Le vendredi 14 novembre, 20h45 Concert de Carmen de Souza (Jazz etsaudade du Cap Vert), dans le cadre dela Semaine de la solidarité internatio-nale. Espace Prévert, 4 place du Miroird’eau, à Savigny-le-Temple (77). Infos: 01.64.10.55.10.

Le vendredi 14 novembre, 20h00 Concert de Sofia Ribeiro (voix), accom-pagnée par Juan Andres Ospina(piano), Petros Klampanis (contre-basse) et Marcelo Woloski (percus-sions), organisé par l’Institut Camõesdans le cadre de Jazzycolors, le Festivalinternational de jazz des instituts cul-turels étrangers à Paris. Goethe Insti-tut, 17 avenue d’Iéna, à Paris 16.

Le vendredi 21 novembre, 20h00 Tony Carreira en concert au ZénithArena, 1 boulevard des Cités Unies, àLille-Euralille (59).

Le samedi 22 novembre, 20h00 Tony Carreira en concert aux Arènes, 5avenue Louis le Débonnaire, à Metz(57).

Le mercredi 26 novembre, 14h30 Concert “Os tempos da Língua”, avecManuela de Sá (coordination musicale),Mariana Castello-Branco (soprano),Sara Marques (soprano), José ManuelBrandão (piano), organisé par Camões- Centre culturel à Paris, au Lycée in-ternational de Saint Germain-en-Laye,

2 rue du Fer à Cheval, à Saint Germain-en-Laye (78).

Le vendredi 28 novembre, 20h00 Tony Carreira en concert au Summum,rue Henri Barbusse, à Grenoble (38).

Le samedi 29 novembre, 20h00 Tony Carreira en concert au Zénithd’Auvergne, Plaine de Sarliève, à Cler-mont Ferrand (63).

Le dimanche 30 novembre, 18h00 Tony Carreira en concert au Halle TonyGarnier, 20 place docteurs Charles etChristophe Mérieux, à Lyon 07.

Le vendredi 5 décembre, 20h30 Concert de Lula Pena dans le cadre duWorld Stock 2, au Théâtre des Bouffesdu Nord, 37 boulevard de la Chapelle,à Paris 10. Infos: 01.46.07.34.50.

Le samedi 15 novembre, 20h00 Fête portugaise avec Carlos Pires, JorgeLoureiro, Naty et banda, organisée parl’ACIP- As Lavradeiras do Minho. SalleLouis Labé, avenue Robert Schumann,à St. Symphorien d’Ozon (68). Infos: 06.84.89.68.72.

Le samedi 15 novembre, 20h00 Festa do Imigrante avec Rui Bandeiraet bal avec Lionel Figueiredo. Salle del’Association Franco-Portugaise Fumé-lois, 37-39 rue Métaire Basse, em Fumel(47). Infos: 06.83.16.17.45.

Le dimanche 16 novembre, 20h00 Spectacle avec Jorge Loureiro, Nathy etsa bande, bal animé par l’orchestre Car-los Pereira, organisé par l’UO Portugal.Salle l’Heure Bleue, 5 avenue JeanVilar, à Saint Martin d’Hères (38). Infos: 07.87.63.83.36.

Le dimanche 16 novembre Fête de São Martinho / Fêtes des mar-rons organisée par l’Association franco-portugaise culturelle et récréativeCantares, avec la présence de groupetraditionnels (Les Ulis, Ormesson, Ville-neuve-le-Roi et Pantin). Au 105 rue duDocteur Sureau, près de la place duMarché, puis déambulation vers laFerme du Clos Saint Vincent, à Noisy-le-Grand (93).

Le samedi 22 novembre, 21h00 Spectacle portugais avec Paula Soares,Jorge Amado et ses danseuses et BandaLatina, organisé par l’Association Spor-tive et Culturelle de Persan. Salle Mar-cel Cachin, place Salvadore Allende, àPersan (95). Parking gratuit. Infos: 06.08.86.85.00.

Le samedi 22 novembre, 20h30 Soirée avec dîner, animée par le groupe«BA2PE», organisée par l’AssociationLes Amis Franco-Portugais de Montreuil(93). Infos: 06.22.48.07.05.

Le dimanche 23 novembre, 14h30 Spectacle de Jorge Ferreira et son or-chestre, Mike da Gaita avec son orches-tre et ses danseuses et la révélationbrésilienne Cleyton Nunes. Organisé parPortugal Magazine et FP Productions.Salle Jean Vilar, 9 boulevard Héloïse, àArgenteuil (95). Infos: 06.63.78.17.13.

Le dimanche 23 novembre, 14h00 Spectacle avec Os Minhotos Marotos etbal avec Carlos Ganito et ses danseuses,pour les 36 ans du Groupe folkloriqueAlegria do Algarve, organisé par l’Asso-ciation socioculturelle portugaise. Es-pace Lumière, avenue de Lattre deTassigny, à Epinay-sur-Seine (93). Infos: 06.66.53.92.62.

Le samedi 6 décembre, 19h30 Repas dansant, organisé par toutes lesassociations portugaises d’Argenteuil,au profit du Téléthon, animé par CordasSoltas, Virginie, Kevin & Jordan etShaunna Carvalho. Salle Jean Vilar, 9boulevard Héloïse, à Argenteuil (95).Infos: 06.24.25.79.27.

Le dimanche 16 novembre, 14h00 Fête des châtaignes avec les groupesfolkloriques Rosas de Portugal de Mon-treuil, Estrelas de Portugal de Montfer-meil, Sol de Portugal de Goussainville,Borda d’Agua de Chaville, ainsi que legroupe de concertinas Convergência deMontreuil, organisé par l’associationConvergência. Ecole Diderot II, 19 ave-nue Walwain, à Montreuil (93). Infos: 01.48.58.98.33.

Le dimanche 23 novembre, 14h30 Fête de la São Martinho organisée parl’ACLF La Joie de Vivre, avec la partici-pation des groupes Meu País de Mai-sons-Alfort, Amizade e Sorrisos deClamart, Aldeias do Minho de Malakoff,ARCOP de Nanterre et Arc en Ciel d’Al-fortville. Salle Les Planètes, 149 rueMarc Sangnier, à Maisons Alfort (94).Infos: 06.15.59.04.99.

Le vendredi 5 décembre, 18h00 Loto des Pompiers, organisé par toutesles associations portugaises d’Argen-teuil, au profit du Téléthon. Salle JeanVilar, 9 boulevard Héloïse, à Argenteuil(95). Infos: 06.24.25.79.27.

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No próximosábado, dia 15de novembro,a convidadado programa‘Voz de Portu-

gal’ da rádio Enghien é a AssociaçãoAgora para falar do espetáculo do dia23 de novembro com Mike da Gaitae Jorge Ferreira.Os convidados do sábado seguinte,dia 22 de novembro, são Paula Soa-res e Jorge Amado, pela primeira vezem Paris, para falar do espetáculodesse mesmo dia em Persan-Beau-mont.O programa tem lugar aos sábados,das 14h30 às 16h30, e pode ser ou-vido na região norte de Paris em FM98,0 ou por internet em:www.idfm98.fr.

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