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ISSN 1806-3713 Publicação Mensal Editor Chefe José Antônio Baddini Martinez – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP Editores Executivos Ilma Aparecida Paschoal – Universidade de Campinas, Campinas, SP João Carlos Prolla – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS José Alberto Neder – Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP Editores Associados Afrânio Lineu Kritski – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ Álvaro A. Cruz – Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA Daniel Deheinzelin – Hospital do Câncer, São Paulo, SP Fábio Biscegli Jatene – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP Geraldo Lorenzi-Filho – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP Nestor Muller – Vancouver General Hospital, Vancouver, BC, Canadá Renato Tetelbom Stein – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS Conselho Editorial Alberto Cukier – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP Ana C. Krieger – New York School of Medicine, New York, USA Ana Luiza Godoy Fernandes – Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP Carlos Alberto de Assis Viegas – Universidade de Brasília, Brasília, DF Carlos Alberto de Castro Pereira – Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP Carlos M. Luna – Hospital de Clinicas, Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires, Argentina Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP Carmem Silvia Valente Barbas – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP Celso Carvalho – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP Chris T. Bolliger – University of Stellenbosch, Stellenbosch, South Africa Dany Jasinowodolinski – Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP Douglas Bradley – University of Toronto, Toronto, ON, Canadá Elnara Márcia Negri – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP Emílio Pizzichini – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC Frank McCormack – University of Cincinnati School of Medicine, Cincinnati, OH, USA Irma de Godoy – Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SP John J. Godleski – Harvard Medical School, Boston, MA, USA José Dirceu Ribeiro – Universidade de Campinas, Campinas, SP José Miguel Chatkin – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS José Roberto de Brito Jardim – Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP José Roberto Lapa e Silva – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ Júlio César de Abreu de Oliveira – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, MG Luiz Eduardo Nery – Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP Manoel Ximenes Netto – Hospital de Base do Distrito Federal, Brasília, DF Marc Viravitlles – Hospital Clinic, Barcelona, España Marcelo Alcântara Holanda – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE Marcelo Amato – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP Margareth Maria Pretti Dalcolmo – Centro de Referência Hélio Fraga, Ministério da Saúde, Rio de Janeiro, RJ Maria Marli Knorst – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS Milton de Arruda Martins – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP Noé Zamel – University of Toronto, Toronto, ON, Canadá Nuno Fevereiro Ferreira de Lima – Universidade de Brasília, Brasília, DF Paulo Francisco Guerreiro Cardoso – Pavilhão Pereira Filho, Porto Alegre, RS Paulo Hilário Nascimento Saldiva – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP Peter J. Barnes – National Heart et Lung Institute, Imperial College, London, UK Renato Sotto-Mayor – Hospital Santa Maria, Lisboa, Portugal Riad Nain Younes – Hospital A.C. Camargo, São Paulo, SP Richard W. Light – Vanderbili University, Nashville, TN, USA Rik Gosselink – University Hospitals Leuven, Bélgica Robert Skomro – University of Saskatoon, Saskatoon, Canadá Rogério de Souza – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP Ruzena Tkacova – L Pasteur Faculty Hospital, Eslováquia Talmadge King Jr. – University of California, San Francisco, CA, USA Thais Helena Abrahão Thomaz Queluz – Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SP Vera Luiza Capelozzi – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP Verônica Parreira – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG Walter Araújo Zin – Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, Rio de Janeiro, RJ Wilson Leite Pedreira Júnior – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP Brazil Publicação Indexada em: Latindex, LILACS, Scielo Brasil, Scopus, Index Copernicus e MEDLINE Disponível eletronicamente nas versões português e inglês: www.jornaldepneumologia.com.br e www.scielo.br/jbpneu

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  • ISSN 1806-3713

    Publicação Mensal

    Editor ChefeJosé Antônio Baddini Martinez – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP

    Editores ExecutivosIlma Aparecida Paschoal – Universidade de Campinas, Campinas, SPJoão Carlos Prolla – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RSJosé Alberto Neder – Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP

    Editores AssociadosAfrânio Lineu Kritski – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJÁlvaro A. Cruz – Universidade Federal da Bahia, Salvador, BADaniel Deheinzelin – Hospital do Câncer, São Paulo, SPFábio Biscegli Jatene – Universidade de São Paulo, São Paulo, SPGeraldo Lorenzi-Filho – Universidade de São Paulo, São Paulo, SPNestor Muller – Vancouver General Hospital, Vancouver, BC, CanadáRenato Tetelbom Stein – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS

    Conselho EditorialAlberto Cukier – Universidade de São Paulo, São Paulo, SPAna C. Krieger – New York School of Medicine, New York, USAAna Luiza Godoy Fernandes – Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SPCarlos Alberto de Assis Viegas – Universidade de Brasília, Brasília, DFCarlos Alberto de Castro Pereira – Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SPCarlos M. Luna – Hospital de Clinicas, Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires, ArgentinaCarlos Roberto Ribeiro de Carvalho – Universidade de São Paulo, São Paulo, SPCarmem Silvia Valente Barbas – Universidade de São Paulo, São Paulo, SPCelso Carvalho – Universidade de São Paulo, São Paulo, SPChris T. Bolliger – University of Stellenbosch, Stellenbosch, South AfricaDany Jasinowodolinski – Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SPDouglas Bradley – University of Toronto, Toronto, ON, CanadáElnara Márcia Negri – Universidade de São Paulo, São Paulo, SPEmílio Pizzichini – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SCFrank McCormack – University of Cincinnati School of Medicine, Cincinnati, OH, USAIrma de Godoy – Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SPJohn J. Godleski – Harvard Medical School, Boston, MA, USAJosé Dirceu Ribeiro – Universidade de Campinas, Campinas, SPJosé Miguel Chatkin – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RSJosé Roberto de Brito Jardim – Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SPJosé Roberto Lapa e Silva – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJJúlio César de Abreu de Oliveira – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, MGLuiz Eduardo Nery – Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SPManoel Ximenes Netto – Hospital de Base do Distrito Federal, Brasília, DFMarc Viravitlles – Hospital Clinic, Barcelona, EspañaMarcelo Alcântara Holanda – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CEMarcelo Amato – Universidade de São Paulo, São Paulo, SPMargareth Maria Pretti Dalcolmo – Centro de Referência Hélio Fraga, Ministério da Saúde, Rio de Janeiro, RJMaria Marli Knorst – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RSMilton de Arruda Martins – Universidade de São Paulo, São Paulo, SPNoé Zamel – University of Toronto, Toronto, ON, CanadáNuno Fevereiro Ferreira de Lima – Universidade de Brasília, Brasília, DFPaulo Francisco Guerreiro Cardoso – Pavilhão Pereira Filho, Porto Alegre, RSPaulo Hilário Nascimento Saldiva – Universidade de São Paulo, São Paulo, SPPeter J. Barnes – National Heart et Lung Institute, Imperial College, London, UKRenato Sotto-Mayor – Hospital Santa Maria, Lisboa, PortugalRiad Nain Younes – Hospital A.C. Camargo, São Paulo, SPRichard W. Light – Vanderbili University, Nashville, TN, USARik Gosselink – University Hospitals Leuven, BélgicaRobert Skomro – University of Saskatoon, Saskatoon, CanadáRogério de Souza – Universidade de São Paulo, São Paulo, SPRuzena Tkacova – L Pasteur Faculty Hospital, EslováquiaTalmadge King Jr. – University of California, San Francisco, CA, USAThais Helena Abrahão Thomaz Queluz – Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SPVera Luiza Capelozzi – Universidade de São Paulo, São Paulo, SPVerônica Parreira – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MGWalter Araújo Zin – Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, Rio de Janeiro, RJWilson Leite Pedreira Júnior – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP

    Brazil

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  • ISSN 1806-3713

    SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIASecretaria: SEPS 714/914, Bloco E, Asa Sul, salas 220/223. CEP 70390-145 - Brasilia - DF, Brasil.Telefone 0800 616218. Site: www.sbpt.org.br. E-mail: [email protected] Jornal Brasileiro de Pneumologia ISSN 1806-3713, é uma publicação mensal da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Os conceitos e opiniões emitidos nos artigos são de inteira responsabilidade de seus autores. Permitida a reprodução total ou parcial dos artigos, desde que mencionada a fonte.Diretoria da SBPT (Biênio 2006-2008):Presidente: Antônio Carlos Moreira LemosPresidente Eleito: Jussara FitermanSecretário-Geral: Paulo Henrique Ramos FeitosaSecretário-Adjunto: Eduardo Felipe Barbosa SilvaDiretor Financeiro: Benedito Francisco Cabral JúniorDiretor de Assuntos Científicos: Luiz Carlos SellDiretor de Divulgação e Defesa Profissional: Luiz Fernando Ferreira PereiraDiretor de Ensino e Exercício Profissional: Sérgio Saldanha Menna BarretoPresidente do XXXIV Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia: Carlos Alberto de Assis ViegasPresidente do Conselho Deliberativo: Mauro ZamboniCONSELHO FISCAL:Efetivos: Marcelo Fouad Rabahi, Nuno Fevereiro Ferreira de Lima, Eraldo Emanoel S. BarbosaSuplentes: Marcelo Palmeira Rodrigues, Paulo César Nunes Restivo, Terezinha do Socorro Macedo LimaCOORDENADORES DOS DEPARTAMENTOS DA SBPT:Cirurgia Torácica – José de Jesus Peixoto CamargoEndoscopia Respiratória – Antônio José Pessoa DóreaFunção Pulmonar – José Alberto Neder SerafiniImagem – Arthur Soares Souza JúniorPneumologia Pediátrica – José Dirceu RibeiroCOORDENADORES DAS COMISSÕES CIENTÍFICAS DA SBPT:Asma Brônquica – Roberto StirbulovCâncer Pulmonar – Carlos Alberto GuimarãesCirculação Pulmonar – Jaquelina Sonoe Ota ArakakiDistúrbios Respiratórios do Sono – Flávio José M. da SilveiraDoenças Intersticiais – Carlos Alberto de Castro PereiraDoença Pulmonar Avançada – Maria Christina Lombardi de Oliveira MachadoDPOC – Aquiles Assunção CamelierDoenças Respiratórias Ambientais e Ocupacionais – Ericson BagatinEpidemiologia – José Miguel ChatkinFibrose Cística – Maria Angélica SantanaInfecções Respiratórias e Micoses – Ricardo de Amorim CorrêaPleura – Simone MirandaRelações Internacionais – Octávio Messeder e João Gonçalves PantojaTabagismo – Jônatas ReichertTerapia Intensiva – Arthur Osvaldo de Abreu ViannaTuberculose – Jamocyr Moura Marinho

    Secretaria Administrativa: SEPS 714/914, Bloco E, Asa Sul, salas 220/223. CEP 70390-145 - Brasília - DF, Brasil.Telefones/Fax: 0xx61-3245-1030, 0xx61-3245-6218.Secretária: Luana Maria Bernardes Campos. E-mail: [email protected]ão de português, assessoria técnica e tradução: Precise EditingEditoração: cubo multimidiaTiragem: 3800 exemplaresDistribuição: Gratuita para sócios da SBPT e bibliotecasImpresso em papel livre de ácidosAPOIO:

  • J Bras Pneumol. 2008;34 R: R1–R274

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    Anais do XXXIV Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia 2008

    AO002 ASMA NO ADULTO - SEGURIDAD DE LOS BETA2 AGONISTAS DE LARGA DURACIÓN (LABA) EN EL TRATAMIENTO DEL ASMA: LABA + CORTICOIDES INHALADOS (ICS) VS. ICS. REVISIÓN SISTEMÁTICA CON META-ANÁLISISGUSTAVO JAVIER RODRIGO1; VICENTE PLAZA2; LUÍS GARCÍA-MARCOS3; JOSÉ CASTRO-RODRIGUEZ4.1.HOSPITAL CENTRAL FF.AA, MONTEVIDEO, URUGUAI; 2.HOSPITAL DE LA SANTA CREU I SANT PAU, BARCELONA, ESPANHA; 3.UNIVERSIDAD ARRIXACA, MURCIA, ESPANHA; 4.UNIVERSIDAD CATÓLICA DEL CHILE, SANTIAGO, CHILE.PALAVRAS-CHAVE: ASMA; BRONCODILATADORES; SEGURIDADIntroducción: En asmáticos mayores a los 5 años de edad que no logran controlar su enfermedad con dosis bajas de ICS, los LABA constituyen la terapia preferida para combinar con los ICS. Sin embargo, algunos estudios sugieren que el uso regular de LABA conduce a un aumento de los efectos adversos y un deterioro del control de la enfermedad. El propósito de esta revisión fue evaluar la seguridad de los LABA en combinación con los ICS en el tratamiento del asma. Material y Métodos: Revisión sistemática con meta-análisis de ensayos clínicos aleatorizados, publicados y no publicados (registros de los laboratorios y FDA), de más de 1 mes de duración, que comparan LABA + ICS con ICS (dosis iguales o mayores del mismo esteroide) sin restricción de edad. Resultados: Cincuenta y cuatro estudios con 30.399 asmáticos fueron seleccionados. El riesgo relativo (RR) y la diferencia del riesgo para las diferentes variables se presenta en la Tabla. Conclusiones: De acuerdo con los datos de este meta-análisis, la combinación LABA + ICS se asoció con disminuciones significativas en la incidencia de exacerbaciones asmáticas que requirieron CCS sistémicos, y en la incidencia de hospitalizaciones por exacerbaciones, al compararse con dosis iguales o superiores de ICS. Por otro lado, la terapia combinada resultó equivalente al tratamiento con ICS en términos de la frecuencia de exacerbaciones con riesgo vital. Se constataron 3 muertes en igual número de estudios (2 en pacientes que recibían formoterol y 1 en un paciente tratado con salmeterol), resultando la diferencia del riesgo no significativa.

    Tabla

    Variable No. de eventos (total

    sujetos)

    No. de eventos (total

    sujetos)

    Riesgo Relativo (IC 95%)

    Número necesario

    para tratar (IC 95%)

    LABA Placebo

    Exacerbaciones con uso de corticoides

    sistémicos

    765 (6731)

    1051 (6448)

    0.69 (0.63,0.77)

    20 (16,26)

    Hospitalizaciones 118 (9575)

    156 (7897)

    0.58 (0.46,0.74)

    135 (90,282)

    Exacerbaciones con riesgo vital

    31 (4639) 20 (3318) 0.98 (0.57,1.68)

    Muertes por asma 3 (2643) 0 (1885) 2.95 (0.47,18.7)

    AO001 ASMA NO ADULTO - SEGURIDAD DE LOS AGONISTAS BETA2 DE LARGA DURACIÓN (LABA) EN EL TRATAMIENTO DEL ASMA: LABA VS. PLACEBO. REVISIÓN SISTEMÁTICA CON META-ANÁLISISGUSTAVO JAVIER RODRIGO1; VICENTE PLAZA2; LUÍS GARCÍA-MARCOS3; JOSÉ CASTRO-RODRIGUEZ4.1.HOSPITAL CENTRAL FF. AA, MONTEVIDEO, URUGUAI; 2.HOSPITAL DE LA SANTA CREU I SANT PAU, BARCELONA, ESPANHA; 3.UNIVERSIDAD ARRIXACA, MURCIA, ESPANHA; 4.UNIVERSIDAD CATÓLICA DEL CHILE, SANTIAGO, CHILE.PALAVRAS-CHAVE: ASMA; BRONCODILATADORES; SEGURIDADIntroducción: Algunos estudios han sugerido que el uso regular de LABA en asmáticos, conduce a un aumento de los efectos adversos graves, incluyendo el riesgo de fallecimiento. El propósito de esta revisión consistió en evaluar la seguridad de los BALD como monoterapia en el tratamiento del asma. Material y Métodos: Revisión sistemática con meta-análisis de ensayos clínicos aleatorizados, publicados y no publicados (registros de los laboratorios y FDA), de más de 1 mes de duración, que comparan LABA con placebo sin restricción de edad. Resultados: Cuarenta estudios incluyendo 38.128 asmáticos fueron seleccionados. El riesgo relativo (RR) y la diferencia del riesgo para las diferentes variables se presenta en la Tabla. Solo dos estudios presentaron una o más muertes por asma. El primero de ellos reportó un solo fallecimiento en un paciente tratado con 24 mcg bid de formoterol, y el segundo, 13 muertes en asmáticos que recibieron 42 mcg bid de salmeterol contra 3 muertes en el grupo placebo. Conclusiones: Este meta-análisis confirma el incremento en el riesgo de muerte por asma en los pacientes tratados con LABA. Sin embargo, la casi totalidad de las muertes derivaron de un solo estudio. Por el contrario, el uso regular de LABA se asoció a reducciones significativas en la incidencia de exacerbaciones de asma que requirieron corticoides sistémicos. Contrariamente a otros estudios, los LABA, al ser comparados con placebo, no mostraron un incremento en la frecuencia de hospitalizaciones así como de exacerbaciones con riesgo vital.

    Tabla

    Variable No. de eventos (total

    sujetos)

    No. de eventos (total

    sujetos)

    Riesgo relativo (IC

    95%)

    Número nec-esario para tra-tar (IC 95%)

    LABA Placebo

    Exacerba-ciones con uso de corticoides

    sistémicos

    666 (4.728)

    664 (3.634) 0.79 (0.71,0.89)

    24 (17-39

    Hospitaliza-ciones

    94 (3611)

    75 (2438) 0.98 (0.64,1.51)

    Exacerba-ciones con riesgo vital

    59 (15.831)

    36 (14.797) 1.18 (0.76,1.84)

    Fallecimiento por asma

    14 (13.451)

    3 (13.320) 3.83 (1.21,12.1)

    1226 (703-10.585).

    Apresentações Orais

  • R 2 Anais do XXXIV Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia 2008

    J Bras Pneumol. 2008;34 R: R1–R274

    26 semanas, com injeções de MEPO (n=8) (5 injeções mensais de 750 mg) ou placebo (n=10) nos participantes acima caracterizados. A dose de prednisona necessária para manter o controle foi reduzida após a segunda infusão, de acordo com protocolo pre-estabelecido. As exacerbações foram classificadas de acordo com a presença de eosinófilos no escarro em eosinofílicas e não eosinofílicas. Resultados: O uso de MEPO previniu a ocorrência de exacerbações eosinofílicas em todos os pacientes que receberam a intervenção enquanto que 8 dos pacientes que receberam placebo desenvolveram este tipo de exacebações (p

  • Anais do XXXIV Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia 2008

    J Bras Pneumol. 2008;34 R: R1–R274

    R 3

    face e tórax). Os pacientes são acompanhados trimestralmente e são realizadas reuniões mensais com fins educativos. Resultados: O PACA possui cerca de 850 pacientes cadastrados. Destes, 510 (60%) aderiram muito bem ao programa, freqüentando assiduamente os ambulatórios e as reuniões mensais destinadas a apresentação de medidas de controle e prevenção da asma. Verificou-se também, a partir de um levantamento realizado, que o número de crises e internações hospitalares reduziu significativamente associado a uma melhora da qualidade de vida dos pacientes. Conclusão: Na nossa região o PACA é fundamental para o controle da asma, auxiliando em seu diagnóstico, controle, prevenção e tratamento, reduzindo a morbimortalidade desses pacientes. Além disso, contribui de forma significativa para o aprendizado do aluno e a realização de atividades destinadas a assistência da população.

    AO008 ASMA NO ADULTO - AVALIAÇÃO DE FATORES ASSOCIADOS AO NÃO-CONTROLE DA ASMA EM PACIENTES AMBULATORIAIS.PAULO DE TARSO ROTH DALCIN1; LIANA FRANCISCATTO2; MARCELO DE FIGUEIREDO3; FERNANDO SOLIMAN4; DIEGO MILLÁN MENEGOTTO5; GLAUCO LUÍS KOZEN6; ANGELA ZANONATO7; ROSEMARY PETRIK PEREIRA8.1,8.UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; 2.PONTIFICE UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; 3,4,5,6,7.UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL.PALAVRAS-CHAVE: ASMA; CONTROLE DA DOENÇA; MEDICINA AMBULATORIALA avaliação sistemática do grau de controle da asma em resposta ao tratamento é fundamental no manejo ambulatorial dessa doença. A identificação dos fatores associados com a ausência de controle da asma poderia contribuir para uma intervenção mais eficaz na busca do controle da doença. Objetivos: avaliar o grau de controle da asma nos pacientes em acompanhamento ambulatorial, buscando identificar fatores associados com o não-controle da doença. Métodos: estudo transversal, prospectivo, em pacientes com diagnóstico de asma e em acompanhamento ambulatorial. Foi realizada coleta dos dados clínicos por questionário e revisão da técnica inalatória. A avaliação da gravidade da doença e do seu grau de controle foi de acordo com o proposto pela Global Initiative for Asthma (GINA). Resultados: Foram estudados 259 pacientes, sendo que 45 (17,4%) apresentaram asma totalmente controlada, 68 (26,3%) asma parcialmente controlada e 146 (56,4%) asma não controlada. As variáveis que se associaram com o não-controle da asma foram: condição de não ser estudante (p = 0,033), não estar trabalhando (p = 0,015), não utilização do corticóide inalado (p = 0,002), uso do beta-agonista de curta ação (p < 0,001), e gravidade clínica da asma (p < 0,001). Na análise de regressão binária, as variáveis que se associaram de forma significativa ao não controle da asma foram: o não uso de corticóide inalatório (razão de chances - RC = 6,7, p = 0,011) a gravidade cínica da doença (RC = 5,5, p < 0,001). Conclusões: Uma parcela significativa dos pacientes asmáticos em tratamento ambulatorial não apresenta controle da doença. Os principais fatores associados ao não-controle da asma foram o não uso do corticóide inalado e a gravidade cínica da doença. O uso efetivo de corticóide inalatório no tratamento da asma constitui-se em fator passível de intervenção.

    AO009 ASMA NO ADULTO - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ASMÁTICOS ATENDIDOS NO PAPA EM 2007.RAYSSA YASMIN PEREIRA SAUAIA; LÍVIA ARRUDA DE MELO; MARIA DO ROSÁRIO DA SILVA RAMOS COSTA; HAMILTON BARBOSA DE SOUSA; DANIEL LUCENA DE AGUIAR; LAURA CAROLINA RODRIGUES BERNARDES; ÉRIKA SALES LOPES; VANESSA SANTANA LOBO.UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO, SÃO LUÍS, MA, BRASIL.PALAVRAS-CHAVE: PNEUMOLOGIA; ASMA; PERFIL EPIDEMIOLOGICOIntrodução: Reconhece ser necessário que profissionais de saúde que atuam na área da Pneumologia conheçam o perfil epidemiológico de pacientes asmáticos para que possam identificar situações de risco e oferecer um tratamento e controle adequados. Objetivo: Traça o perfil epidemiológico dos pacientes asmáticos atendidos em um Programa de Assistência ao Paciente Asmático (PAPA) no ano de 2007. Métodos: Realiza estudo descritivo e transversal. Coleta dados de prontuários, em junho de 2008, relativos a características clínicas de 459 pacientes asmáticos acompanhados no PAPA durante o ano de 2007. Utiliza o programa EPIINFO2005 para análise dos dados. Resultados:

    farmacêutica que, que já demonstrou produzir melhora nos índices de adesão ao tratamento medicamentoso. A atenção farmacêutica foi importante para a adequada realização da técnica inalatória, principalmente quanto ao uso de nebulímetros.

    AO006 ASMA NO ADULTO - FATORES RELACIONADOS AO USO CORRETO DOS DISPOSITIVOS INALATÓRIOS EM PACIENTES ASMÁTICOS.PAULO DE TARSO ROTH DALCIN1; LIANA FRANCISCATTO2; MARCELO DE FIGUEIREDO3; FERNANDO SOLIMAN4; DIEGO MILLÁN MENEGOTTO5; GLAUCO LUÍS KOZEN6; ANGELA ZANONATO7; ROSEMARY PETRIK PEREIRA8.1,8.UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; 2.PONTIFICE UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; 3,4,5,6,7.UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL.PALAVRAS-CHAVE: ASMA; DISPOSITIVO INALATÓRIO; TÉCNICA INALATÓRIAO corticóide inalatório (CI) é a principal medicação para o tratamento de manutenção da asma e a técnica inalatória adequada é fundamental para o controle da doença. Objetivos: avaliar a técnica de uso dos dispositivos com corticóide inalatório no tratamento de manutenção da asma, estabelecendo fatores associados ao uso incorreto. Métodos: estudo transversal, prospectivo, em pacientes com diagnóstico de asma e em acompanhamento ambulatorial. A coleta dos dados clínicos foi realizada por questionário padronizado aplicado após consulta ambulatorial. Os pacientes foram testados quanto às etapas de utilização de seus dispositivos inalatórios pelos membros da pesquisa. Resultados: Foram estudados 253 pacientes, sendo que 128 (50,6%) realizaram a técnica inalatória correta em todas as suas etapas. O uso correto da técnica inalatória se associou com o estado civil (uso correto mais freqüente nos pacientes casados e menos nos viúvos, p = 0,030), com a renda familiar (técnica inadequada mais freqüente com a renda familiar menor, p = 0,009), com o grau de instrução (técnica inadequada mais freqüente com ensino fundamental incompleto, menor p= 0,046), com o tipo de dispositivo inalatório (técnica inadequada mais freqüente com o uso do aerossol dosimetrado do que os dispositivos em pós, p < 0,001). Não foi observada associação da técnica inalatória com sexo e idade. Na análise de regressão logística binária, as variáveis que se associaram significativamente com o uso incorreto foram: uso do dispositivo em aerossol (razão de chances – RC = 3,7, p < 0,001) e grau de instrução com ensino fundamental incompleto (RC = 1,9, p = 0,022). Conclusões: Uma percentagem significativa de pacientes asmático utiliza incorretamente os dispositivos inalatórios, sendo os erros mais freqüentes com a utilização do aerossol dosimetrado e em pacientes com menor grau de instrução. As estratégias educativas em asma devem priorizar esses grupos.

    AO007 ASMA NO ADULTO - CONTROLE DE ASMA E EDUCAÇÃO EM UM AMBULATÓRIO ESCOLA.MARIA DO SOCORRO L CARDOSO; PATRÍCIA GONÇALVES MIZOGUCHI; RAQUEL CHICRE B MELO CAVALCANTE; HENRIQUE OLIVEIRA MARTINS; NATHÁLIA WANDERLEY CORONEL; GISELLE EUGÊNIA PEREIRA IZEL.UFAM, MANAUS, AM, BRASIL.PALAVRAS-CHAVE: ASMA; PACA; CONTROLEIntrodução: A asma é uma doença crônica das vias aéreas. Apesar dos avanços no entendimento da doença, não tem ocorrido uma redução em sua morbimortalidade. Os pacientes geralmente tratam seus sintomas na fase aguda da doença, carecendo de tratamento e orientação no período inter-crises, levando-os a buscar repetidamente os serviços de emergência. Objetivos: O PACA tem o objetivo de educar asmáticos adultos e crianças em relação ao entendimento e manejo de sua doença, uso de medicações, controle dos sintomas, assim reduzindo a necessidade de consultas de emergência e hospitalizações por asma aguda. Material e métodos: O PACA tem cinco anos de implantação, com atividade contínua. Há uma equipe composta por médicos, estudantes de medicina, enfermeiro e psicólogo, os quais acompanham os pacientes asmáticos a partir de quatro anos de idade. No início é realizado anamnese com invetisgação da história de aparecimento da doença, fatores desencadeantes, número de crises, estudo de exposição aos alérgenos e história familiar. A avaliação laboratorial baseia-se no perfil atópico (hemograma e IgE sérico), funcional (espirometria e pico de fluxo) e infeccioso (RX de seios da

  • R 4 Anais do XXXIV Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia 2008

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    intensivos. Desta forma; estima-se que, em ausência do exame da PET em estudo, os tratamentos convencionais elevar-se-iam a R$ 1.017.230,50. Assim, comparativamente aos custos de R$ 716.199,50 e incorporando as 47 PETs que custaram R$ 61.100,00, os custos totais do programa somam R$ 777.299,50 proporcionando a oportunidade de economizar 23% dos recursos financeiros para atender os 47 casos. Desta forma, cada caso tratado durante o estudo custou a média de R$ 15.000,00 comparados aos R$ 22.000,00 nos casos sem a PET. Assim, a relação de custo-efetividade do programa com a PET é de 0,77: 1 relativamente ao programa convencional sem este exame. Conclusão: A incorporação da PET-FDG no estadiamento do CPNPC é custo-efetiva, na medida em que evita a realização de cirurgias não curativas.

    AO011 CÂNCER DE PULMÃO - IMPACTO CLÍNICO DA INCORPORAÇÃO DA PET-FDG NO ESTADIAMENTO DO CÂNCER DE PULMÃO NÃO-PEQUENAS CÉLULAS.RAFAEL SILVA MUSOLINO1; THIAGO OLIVEIRA MENDOÇA2; TERESA YAE TAKAGAKI3; GUSTAVO FAIBISCHEW PRADO4; JOSE SOARES JUNIOR5; JOSE CLAUDIO MENEGHETTI6.1,2,3,4.DISCIPLINA DE PNEUMOLOGIA HC - FMUSP, SÃO PAULO, SP, BRASIL; 5,6.SERVIÇO DE MEDICINA NUCLEAR INCOR HC - FMUSP, SÃO PAULO, SP, BRASIL.PALAVRAS-CHAVE: PET-FDG; CANCER DE PULMÃO NÃO-PEQUENAS CÉLULAS; ESTADIAMENTOIntrodução: Após o diagnóstico inicial de um câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC) um estadiamento TNM acurado é crucial para determinação da terapêutica adequada e estimativa mais fiel do seu prognóstico. Estadiamento não-invasivo foi substancialmente melhorado com o uso da tomografia por emissão de pósitron com 2-[18F] flúor-2-deoxi-D-glicose (PET-FDG). Um grande número de estudos de acurácia e meta-análises demonstraram que a PET é superior à tomografia computadorizada (TC) para o estadiamento linfonodal medistinal nos pacientes com CPNPC potencialmente operáveis. Além disso, após um estadiamento convencional negativo, metástases ocultas podem ser achadas pela PET em 5-29% dos pacientes, evitando-se, dessa forma, cirurgias não curativas. Sensibilidades e valores preditivos negativos foram comparáveis entre PET e mediastinoscopia para o estadiamento linfonodal mediastinal, entretanto o valor preditivo positivo do PET é menor devido a falso-positivos gerados por etiologias inflamatórias e infecciosas. No caso da PET mediastinal positiva, a biópsia é necessária para confirmar metástases linfonodais. Objetivo: Testar a hipótese de que a utilização da PET-FDG no estadiamento do CPNPC poderia evitar cirurgias não terapêuticas. Método: Estudo piloto prospectivo realizado entre junho de 2006 e março de 2008 no Instituto Central e InCor do HC/FMUSP, com a realização de PET-FDG em pacientes com diagnóstico histológico de CPNPC potencialmente operáveis quando avaliados pelo estadiamento convencional. O estadiamento convencional consistia de TC de Tórax e Abdome Superior com contraste nos pacientes com estagio I à IIb, além da realização de TC de crânio e cintilografia óssea com tecnécio, quando houvesse sintoma sugestivo de doença metastática nesses sítios ou do estagio III em diante, mesmo que assintomáticos. Resultados: Foi realizado PET-FDG em 47 pacientes com CPNPC, sendo que 40 destes eram potencialmente operáveis, quando avaliados pelo estadiamento convencional. A PET mudou o estadiamento em 30(63%) dos 47 casos, aumentando a identificação de metástases e/ou linfonodos em 28(59%) casos. Houve aumento de 34% na detecção de metástases à distância. No estadiamento mediastinal, em 20 (42%) casos ocorreu aumento do N. Em 53% dos casos, a realização da PET-FDG modificou a conduta. Das 40 cirurgias propostas, apenas 14 (35%) permaneceram indicadas após o estadiamento com a PET-FDG. Em 2 casos de diagnóstico tuberculose pulmonar associado ao de câncer, ocorreu a captação da PET-FDG, configurando falso-positivo. Em 2 casos houve diminuição do estadiamento (downstaging), um deles com diminuição do estadiamento mediastinal, indicando dessa forma a cirurgia. Em outro, descartando a suspeita de metástase de supra-renal suscitada pela TC de abdome superior. Conclusão: O PET-FDG é um instrumento efetivo para o estadiamento do CPNPC, modificando o estadiamento, dessa forma, alterando a conduta e o prognóstico, evitando cirurgias não curativas.

    Revela o predomínio do sexo feminino (69,7%) e uma idade média de 46 anos. Identifica algum grau de desconforto respiratório na pré-consulta em 33,7% dos casos. Expõe que, de 399 pacientes que tiveram o pico de fluxo expiratório aferido, apenas 29,6% alcançaram um valor igual ou inferior a 60% do previsto. Registra a presença de sintomatologia em 238 (51,8%) pacientes no momento da consulta, com 42% destes apresentando-a menos de duas vezes por semana. Destaca a ocorrência de dispnéia, chiado, tosse e dor torácica em 47,2%, 27,5%, 19,6% e 5,6%, respectivamente. Constata que 134 (29,19%) pacientes apresentavam sintomas somente quando expostos a fatores desencadeantes, sendo 15,6% dos casos desencadeados por mais de um fator, 10,4% por gripes, 9,7% por exercícios físicos e 9,1% pelo frio. Verifica a existência de episódios moderados e intensos de asma em 16,1% dos pacientes e de episódios noturnos em 30,9%. Chama atenção para o uso de broncodilatador de curta duração por 53,1% dos asmáticos, 37,7% diariamente. Evidencia 175 (39,6%) portadores de rinite ativa e 71 (16,6%) de sinusopatia. Desvela 156 (35,5%) casos de exacerbações dos sintomas da asma, mas somente 13,6% de idas à emergência. Ressalta que 46,2% das exacerbações ocorreram por causa conhecida; destas, 18,2% relacionavam-se a gripes e 9,8% a baixas temperaturas. Aponta a presença de ruídos adventícios à ausculta torácica em 130 (29,5%) pacientes, predominando os sibilos em 61,2%. Diagnostica asma intermitente, persistentes leve, moderada e grave em 4,4%, 34,3%, 49% e 12,1% dos indivíduos, respectivamente. Registra um único diagnóstico de asma associada a DPOC. Constata que apenas 22,8% apresentavam asma não controlada na primeira consulta de 2007, condição reduzida a 17,7% na última consulta do mesmo ano. Conclusão: Evidencia que menos da metade dos pacientes apresentavam descompensação respiratória grave, embora metade estivesse sintomático no momento da consulta. Chama atenção para o elevado uso de broncodilatador de curta duração, apesar deste índice se justificar pela quantidade de pacientes sintomáticos. Ressalta a importância de se considerar a existência de fatores desencadeantes da asma, destacando-se nesse contexto as gripes e baixas temperaturas. Diagnostica a asma como patologia respiratória isolada na maioria dos casos.

    AO010 CÂNCER DE PULMÃO ESTUDO DE CUSTO/EFETIVIDADE PARA O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE-SUS, SOBRE A INCORPORAÇÂO DA PET-FDG NO ESTADIAMENTO DO CÂNCER DE PULMÃO NÃO-PEQUENAS CÉLULAS.RAFAEL SILVA MUSOLINO1; TERESA YAE TAKAGAKI2; EVELINDA TRINDADE3; JOSE SOARES JUNIOR4; GUSTAVO FAIBISCHEW PRADO5; JOSE CLAUDIO MENEGHETTI6.1,2,5.HC - FMUSP, SÃO PAULO, SP, BRASIL; 3,4,6.INCOR HC - FMUSP, SÃO PAULO, SP, BRASIL.PALAVRAS-CHAVE: PET-FDG; CANCER DE PULMÃO NÃO-PEQUENAS CÉLULAS; CUSTO-EFETIVIDADEIntrodução: O Ministério da Saúde – MS – se interessa nas possíveis contribuições da tomografia por emissão de pósitron com 2-[18F] flúor-2-deoxi-D-glicose (PET-FDG), e patrocinou este estudo de base, prático e local para prover evidências farmacoeconômicas ao debate acerca de sua incorporação à relação de procedimentos diagnósticos autorizados rotineiramente pelo SUS. Objetivo: Este estudo visa responder ao MS se a incorporação da PET-FDG no estadiamento do câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) é custo-efetivo. Métodos: Estudo prospectivo de série de casos realizados no InCor e no Instituto Central do HC-FMUSP, entre junho de 2006 e março de 2008. Realizada a PET-FDG em 47 casos de pacientes com diagnóstico histológico de CPNPC, sendo a maioria (40) deles potencialmente operáveis quando avaliados pelo estadiamento convencional. Uma primeira base de dados de estrutura matricial permitiu anotar as variáveis demográficas e clínicas, as fichas com diagnóstico, o estadiamento clínico baseado em tomografia computadorizada (TC) do tórax e aquele orientado pela PET, bem como a decisão do médico assistente sobre a conduta a ser seguida. Todos os recursos utilizados nos casos foram anotados prospectivamente em uma segunda estrutura matricial. Resultados: A PET mudou o estadiamento em 30 (63%) dos 47 casos, aumentando a identificação de linfonodos e/ou metástases (upstaging) em 28 pacientes ou excluindo a suspeita destes em dois outros pacientes (downstaging). Em 26 (65%) dos 40 casos operáveis, a conduta de realizar cirurgia foi modificada para a indicação de quimioterapia isolada ou com radioterapia paliativa concomitante. Para os 40 pacientes para os quais se indicariam cirurgias conforme o estadiamento habitual (sem o recurso da PET-FDG)haveria a soma de 780 dias de permanência em enfermaria regular e 120 diárias de cuidados

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    relativamente seguro, observou-se uma extensão da sobrevivência global neste grupo de pacientes.

    AO014 CÂNCER DE PULMÃO - BAIXA QUALIDADE DE VIDA PÓS-PNEUMONECTOMIA POR NEOPLASIA – É POSSÍVEL DEFINIR PREDITORES?FERNANDO VANNUCCI; FRANCESCO LEO; FELIPE CARVALHO BRAGA DOS SANTOS; JULIANA GUARIZE; EDUARDO VILELA FUSCO; NÉLSON ALVES DOS SANTOS; PIERANGELO BAGLIO; LORENZO SPAGGIARI.DEPARTAMENTO DE CIRURGIA TORÁCICA – INSTITUTO EUROPEU DE ONCOLOGIA (IEO), MILÃO, ITÁLIA.PALAVRAS-CHAVE: QUALIDADE DE VIDA; CÂNCER DE PULMÃO; PNEUMONECTOMIAIntrodução: A realização de uma pneumonectomia pode comprometer de forma por vezes imprevisível a qualidade de vida (QoL) de parte dos pacientes operados. O surgimento de queixas cardio-respiratórias e/ou dor conduzem a limitações nas atividades cotidianas destes indivíduos. Poucas doenças determinam tanto impacto sobre a QoL dos pacientes como o câncer por si só e suas várias formas de tratamento. Objetivos: Avaliar prospectivamente as modificações na QoL de uma coorte de pacientes seis meses após pneumonectomia por câncer, além de buscar identificar preditores de uma baixa QoL pós-operatória. Métodos: Entre 1º de Agosto de 2006 e 31 de Julho de 2007, os pacientes candidatos a pneumonectomia por câncer no Departamento de Cirurgia Torácica do Instituto Europeu de Oncologia (IEO, Milão / Itália) foram submetidos à avaliação de QoL por meio de questionários padrão da Organização Européia para Pesquisa e Tratamento do Câncer (EORTC). Os questionários usados foram o EORTC QLQ-C30 (avaliação da QoL global) e o EORTC QLQ-LC13 (específico para câncer de pulmão). Os pacientes preencheram os questionários à internção (dia anterior à cirurgia), um, três e seis meses depois da pneumonectomia. Na análise estatística, onze variáveis clínicas foram testadas no intuito de se identificar fatores de risco para uma baixa QoL vida pós-operatória. Resultados: Numa população final de 41 pacientes, aos seis meses observou-se piora na QoL de 17 destes (41.6%), melhora em 11 casos (24.4%), enquanto que a QoL se manteve inalterada em 13 pacientes em relação ao pré-operatório. Entretanto, após análise comparativa entre a QoL expressa pelo “global health status” (GH) pré-operatório (60.4±26.5) e seis meses após a cirurgia (56.3±24.2), a diferença não foi estatisticamente significativa (p=0.15). De acordo com o conceito previamente estabelecido de baixa QoL pós-operatória, 10 pacientes (24.4%) registraram QoL baixa seis meses pós-pneumonectomia. A análise estatística das variáveis identificou como fatores de risco para baixa QoL pós-operatória: idade acima de 70 anos (OR 1.13 CI95% 1-1.26) e tratamento adjuvante (OR 2.6 CI95% 1.4-3.2). Análise univariada, mostrou o GH pré-operatório como principal preditor da QoL pós-operatória (OR 0.16, CI95% 0.02-0.46, p=0.0086). Conclusão: A pneumonectomia não apresentou impacto estatisticamente significativo sobre a QoL pós-operatória a seis meses, ao contrário das expectativas iniciais da equipe de pesquisadores. Todavia, foi possível identificar fatores de risco para uma baixa QoL pós-operatória (idade > 70 anos e terapia adjuvante). Além disto, o perfil de QoL pré-operatória (GH de base) mostrou-se como preditor da QoL pós-operatória. Tais achados podem ser considerados ferramentas pré-operatórias na identificação de pacientes de risco para uma baixa QoL pós-pneumonectomia por neoplasia, afim de permitir um planejamento terapêutico mais individualizado focado também no melhor êxito possível a nível de QoL pós-tratamento.

    AO015 CÂNCER DE PULMÃO - SINÓVIO-SARCOMA PRIMÁRIO DO TÓRAX: EXPERIÊNCIA DO INSTITUTO EUROPEU DE ONCOLOGIA.FELIPE CARVALHO BRAGA DOS SANTOS; DOMENICO GALETTA; JULIANA GUARIZE; FERNANDO VANNUCCI; EDUARDO VILELA FUSCO; NÉLSON ALVES DOS SANTOS; PIERANGELO BAGLIO; LORENZO SPAGGIARI.INSTITUTO EUROPEU DE ONCOLOGIA, MILANO, ITÁLIA.PALAVRAS-CHAVE: SINÓVIO-SARCOMA; TECIDOS MOLES; RESSECÇÃO CIRÚRGICAIntrodução: O sarcoma sinovial é uma neoplasia maligna, que afeta predominantemente os tecidos moles das extremidades em adolescentes e adultos jovens, e pode, mais raramente, ocorrer em outras partes do organismo. Achados recentes demonstram que o pulmão, o mediastino, a pleura, e a parede torácica também podem ser acometidos como sítios primários. Foram avaliados os aspectos clínicos e patológicos do sarcoma sinovial primário do tórax, e o valor da abordagem cirúrgica, na tentativa de identificar fatores prognósticos

    AO012 CÂNCER DE PULMÃO - ABLAÇÃO PERCUTÂNEA POR RADIOFREQUÊNCIA DE TUMOR DE PULMÃO EM PACIENTE CLINICAMENTE INOPERÁVEL.RICARDO BEYRUTI; FÁBIO BISCEGLI JATENE.DISCIPLINA DE CIRURGIA TORÁCICA, HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA USP, SAO PAULO, SP, BRASIL.PALAVRAS-CHAVE: CÂNCER DE PULMÃO ; ABLAÇÃO PERCUTÂNEA ; RADIOFREQUÊNCIAObjetivo: Apresentação de caso de paciente com câncer de pulmão clinicamente inoperável e sintomatologia dolorosa importante, tratado pela ablação percutânea por radiofrequência. Método: Paciente do sexo masculino, 64 anos, com adenocarcinoma periférico do lobo superior do pulmão esquerdo, estadio clínico T3N0M0 e dor torácica discreta. Antecedentes: insuficiência renal crônica (creatinina 3,2), insuficiência coronária, DPOC, diabetes insulino-dependente. Contra-indicada a operação e encaminhado para a radioterapia. Após resposta inicial, apresentou recidiva da dor aos 4 meses, necessitando opiáceos para seu controle. Submetido, então, sob anestesia geral, à ablação percutânea por radiofrequência em sessão única com agulha Cooltip®, três ciclos de 12 minutos cada e orientação radioscópica. Resultado: Apresentou alívio imediato da dor e cavitação tumoral em tomografia de controle realizada uma semana após o procedimento, período que permaneceu internado para observação da insuficiência renal. Aos seis meses mantinha-se assintomático, com desaparecimento do tumor e discreto espessamento pleural no local. Conclusão: A ressecção cirúrgica é a forma mais eficaz de tratar o câncer de pulmão. No entanto alguns pacientes apresentam contra-indicação clínica que impede sua realização. São então encaminhados para a radio ou quimioterapia, tratamentos que além de prolongados tem efeitos colaterais significativos. A ablação percutânea por radiofrequência, largamente empregada em outros órgãos (fígado, rim), ao promover em uma única aplicação necrose tumoral, pode constituir-se em uma alternativa terapêutica com intenção paliativa ou mesmo curativa neste grupo de pacientes, desde que adequadamente selecionados.

    AO013 CÂNCER DE PULMÃO - ERLOTINIB: UM TRATAMENTO EFICAZ PARA O CARCINOMA PULMONAR NÃO PEQUENAS CÉLULAS (CPNPC) LOCALMENTE AVANÇADO/METASTIZADO?NUNO FILIPE PIRES; ANTÓNIO MORAIS; ADRIANA MAGALHÃES; IDALINA ARAÚJO; TERESA FERREIRA; ALICE BARBOSA; VENCESLAU HESPANHOL; HENRIQUE QUEIROGA.HOSPITAL DE SÃO JOÃO, PORTO, PORTUGAL.PALAVRAS-CHAVE: CÂNCER DO PULMÃO; ERLOTINIB; PULMÃOIntrodução: O erlotinib é um inibidor tirosina cinase do EGFR, selectivo e reversível. É um fármaco disponível por via oral, estando aprovado em monoterapia para o tratamento de doentes com CPNPC localmente avançado/metastizado após falência de pelo menos um regime de quimioterapia (QT) prévio. Objectivo: Avaliação da experiência clínica do nosso Serviço com erlotinib em doentes com CPNPC localmente avançado/metastizado. Material e Métodos: Estudo retrospectivo dos casos diagnosticados no Hospital de S. João de CPNPC localmente avançado/metastizado tratados com erlotinib. Avaliaram-se os seguintes parâmetros: idade, sexo, exposição e carga tabágicas, diagnóstico histológico, estadio, tratamento e sobrevivência global. A análise estatística foi realizada utilizando o programa SPSS (Statistical Package for Social Sciences) versão 15.0. Resultados: No total de doentes (n=60), a idade mediana aquando do diagnóstico foi de 63 anos e 51,7% pertenciam ao sexo masculino. Quanto aos hábitos tabágicos, 25 doentes (42%) eram fumadores/ex-fumadores. Histologia: 71,7% adenocarcinoma, 10% carcinoma epidermóide, 18,3% outros. Estadio ao diagnóstico: 1,7% - I, 1,7% - II, 6,7% - IIIA, 35% - IIIB, 55% - IV. O tratamento inicial passou maioritariamente por QT isolada (60% dos casos). Número de regimes prévios de QT: 48,3% - 2, 40% - 1, 11,7% - 3. Exposição anterior a: vinorelbina-68,3%, gemcitabina-66,7%, platinos-63,3%, taxanos-46,7%, pemetrexed-26,7%. A sobrevivência global mediana foi de 20,7 meses. A mediana do tempo para progressão da doença desde início de tratamento com erlotinib foi de 2,68 meses. Os principais efeitos adversos grau 3/4 que ocorreram foram: rash cutâneo – 20%, diarreia – 5% e hipersensibilidade – 1,7%. Nove doentes (15%) necessitaram de redução de dose durante o tratamento com erlotinib para 100 mg. Não foram observados efeitos adversos inesperados. Conclusão: Erlotinib é uma boa opção terapêutica para CPNPC em regime de 2ª ou 3ª linha. Com um perfil

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    tratamento pré-operatório (quimioterapia em cinco, e radioterapia em quatro). Onze pacientes (52,3%) foram submetidos a uma ressecção alargada, e dois (9,5%) foram submetidos à carinectomia com traqueoplastia. Resultados: A mortalidade pós-operatória (até o trigésimo dia) foi de 4,7% (1/21). A morbidade relacionada ao procedimento foi de 23,8% (5/21); ocorreram: uma hérnia cardíaca, uma hérnia diafragmática, um infarto miocárdico, um TIA, e uma fístula bronco pleural imediata que foi submetida a tratamento cirúrgico. A permanência média na Unidade de Terapia Intensiva foi de um dia (de 0-6 dias). O tempo médio de internação hospitalar foi de oito dias (de 5-16 dias). O tratamento pré-operatório não teve influência na mortalidade nem na morbidade relacionados à cirurgia. Oito pacientes (38%) apresentavam doença no estádio I, três (14,3%) estádio II, e dez (47,7%) estádio III. A média de sobrevida em cinco anos foi de 28,7%. O tratamento pré-operatório não influenciou na sobrevida (25,7% para o grupo tratado pré-operatoriamente contra 29,6% no grupo não tratado). Pacientes do estádio I tiveram um prognóstico significativamente melhor (66,7%), quando comparados com estádio II (0%) e III (21,8%) (p=0.04). Os fatores T e N não influenciaram a sobrevida. Oito pacientes (38%) foram submetidos a tratamento curativo e permanecem livres de doença. Em uma analise estatística uni variada, apenas o tipo de tratamento pré-operatório apresentou significância estatística em termos de sobrevida (p=0,01), o que foi confirmado com uma analise multivariada (p=0,009). Conclusão: Os resultados deste estudo permitem concluir que a pneumonectomia de completamento para NSCLC apresenta baixa mortalidade, morbidade aceitável e boa sobrevida a longo prazo, o que justifica a sua realização como alternativa de tratamento cirúrgico, e que o uso de tratamento pré-operatório não influencia a evolução

    pos-operatória.

    AO017 CÂNCER DE PULMÃO - ANÁLISE DE SOBREVIDA EM PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA PARA CÂNCER DE PULMÃO COM INTENÇÃO CURATIVA.PEDRO HENRIQUE NABUCO DE ARAÚJO; RICARDO MINGARINI TERRA; ISRAEL LOPES MEDEIROS; RICARDO BEYRUTI; PAULO MANUEL PÊGO-FERNANDES; FÁBIO BISCEGLI JATENE.DISCIPLINA DE CIRURGIA TORÁCICA, HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA USP, SÃO PAULO, SP, BRASIL.PALAVRAS-CHAVE: CÂNCER DE PULMÃO; CIRURGIA; SOBREVIDAIntrodução: A neoplasia de pulmão é principal causa de morte por neoplasia em nosso país. Grande parte da informação referente à sobrevida e fatores prognósticos é baseada em trabalhos internacionais, porém dados nacionais são essenciais para um melhor entendimento do tema em nosso meio. Objetivo: Estimar a sobrevida de pacientes com câncer de pulmão submetidos a cirurgia com intenção curativa em hospital público terciário brasileiro, assim como analisar prevalência e impacto de seus diferentes tipos histológicos. Métodos: Foram incluídos todos os pacientes com câncer de pulmão submetidos a cirurgia com intenção curativa em nosso serviço, no período 2003-2006. Foram extraídos de prontuários: idade, sexo, cirurgia realizada, tipo histológico, estádio conforme exame anatomopatológico e sobrevida. Pacientes que não foram seguidos em nosso serviço foram contatados por telefone para confirmar sobrevida. O teste de Wilcoxon foi utilizado para comparações de sobrevida entre diferentes estadios e tipos histológicos, sendo considerado significativo p

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    dados avaliou informações referentes a complicações pós-operatórias em geral, complicações respiratórias e cardiológicas, tempo de permanência em UTI e tempo de internação hospitalar. Resultados: Dentre os pacientes, 79.9% eram do sexo masculino, a idade média foi de 63,4 anos (variando entre 36 e 82 anos). Do total da amostra, 88,3% eram tabagistas ativos ou ex-tabagistas; 80 pacientes (51,9%) foram submetidos a tratamento neoadjuvante pré-operatório. As mensurações médias de FEV1% e DLCO/VA% foram 83,4% e 85,3%, respectivamente. Os valores médios pré-operatórios de albuminemia, proteinemia e creatinemia foram 4,07 g/dl, 7,23 g/dl e 0,81 mg/dl, nesta ordem. Das pneumonectomias realizadas, 65 (42.2%) foram à direita. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos no que tange ao tempo de permanência em UTI, tempo de internação hospitalar e complicações cardíacas. O grupo de “IMC elevado” apresentou maior incidência de complicações respiratórias (21,7% versus 4,8% - p = 0,004) e de complicações em geral (54,5% versus 28,5%, p = 0,001). Conclusão: Valores de IMC acima de 25 Kg/m2 estão relacionados com maior incidência de complicações em geral e complicações respiratórias no pós-operatório de pacientes submetidos a pneumonectomia por CPNPC. A equipe que lida com este tipo de patologia deve estar ciente destas informações durante o planejamento da abordagem terapêutica que envolva eventualmente uma pneumonectomia em um paciente portador de sobrepeso ou obesidade.

    AO020 CÂNCER DE PULMÃO - O PAPEL DA METASTASECTOMIA PULMONAR EM PACIENTES IDOSOS.FERNANDO VANNUCCI; FRANCESCO LEO; FELIPE CARVALHO BRAGA DOS SANTOS; JULIANA GUARIZE; EDUARDO VILELA FUSCO; NÉLSON ALVES DOS SANTOS; PIERANGELO BAGLIO; LORENZO SPAGGIARI.DEPARTAMENTO DE CIRURGIA TORÁCICA – INSTITUTO EUROPEU DE ONCOLOGIA (IEO), MILÃO, ITÁLIA.PALAVRAS-CHAVE: METASTASECTOMIA; IDOSO; CIRURGIA PULMONARIntrodução: Nos últimos anos, devido ao aumento da expectativa de vida da população ocidental, mais pacientes idosos desenvolvem tumores sólidos e, por consequência, se observa um incremento na incidência de metástases pulmonares nestes pacientes. A cirurgia das metastases pulmonares obedece a critérios bem definidos dentre os quais não se inclui a idade, mas a discussão acerca do papel da metastasectomia pulmonar no que concerne especificamente a esta faixa etária ainda merece investigação. Objetivos: Analisar a morbi-mortalidade operatória e os resultados a longo prazo da metastasectomia pulmonar em pacientes acima de 70 anos. Material e Métodos: Foi realizada uma revisão da base de dados dos pacientes com 70 anos ou mais submetidos à metastasectomia pulmonar no Departamento de Cirurgia Torácica do Instituto Europeu de Oncologia (IEO, Milão/Itália) entre 1º de Janeiro de 1998 e 31 de dezembro de 2007. Foram analisados dados de morbidade e mortalidade operatória e as informações de seguimento pós-operatório dos pacientes foram obtidas através de revisão eletrônica de prontuários e por meio de contato telefônico complementar. Os “end-points” da análise de seguimento foram: a) sobrevida global em cinco anos, b) perfil de recorrência pós-metastasectomia; e c) preditores de falha terapêutica precoce da mestastasectomia. Resultados: Foram arrolados 82 pacientes consecutivos com 70 anos ou mais, sendo 44 do sexo masculino e 38 do sexo feminino. A idade mediana foi de 73 anos, variando de 70 a 85. Foram realizadas 66 metastasectomias unilaterais e 16 metastasectomias bilaterais sequenciais, com intervalo de três a cinco semanas entre o primeiro e o segundo procedimento. Um total de 98 toracotomias foram realizadas (lateral com preservação muscular em todos os casos), tendo sido efetuadas ressecções anatômicas em 30 casos e ressecções em cunha e/ou enucleações de precisão nos 68 pacientes restantes. Não houve mortalidade operatória. As complicações mais frequentemente observadas foram fibrilação atrial (18,3%) e escape aéreo prolongado por mais de 7 dias (15,3%). A taxa de sobrevida global em cinco anos para o grupo estudado foi de 41% e 54% dos óbitos assinalados ocorreram por recidiva da neoplasia de base. A análise estatística dos dados confirmou o número de lesões ressecadas (menos que quatro metástases) como único fator preditor de sobrevida a longo prazo (< 4 lesões: OR 0.8; CI 0.2-0.9). Nenhum outro fator preditor de sobrevida ou recorrência precoce. Conclusão: Os resultados da série demonstram que a idade acima de setenta anos, por si só, não é uma contra-indicação para pacientes candidatos à metastasectomia pulmonar, procedimento que representa uma modalidade terapêutica segura e potencialmente curativa, mesmo para pacientes idosos. A sobrevida global em cinco anos para este grupo de pacientes

    AO018 CÂNCER DE PULMÃO - FACTORES PRONÓSTICOS DE LAS NEOPLASIAS EPITELIALES PRIMARIAS DEL TIMO (NEPT).MARIA JOSE ROCA; ANTONIO RIOS; PATRICIA MARTINEZ; ANDRES ARROYO; ELENA ROMERA; ARANCHA GARCIA; MARIA RAMIREZ; JUAN TORRES.H. UNIVERSITARIO VIRGEN DE LA ARRIXACA, MURCIA, ES, ESPANHA.PALAVRAS-CHAVE: MEDIASTINO; TIMO; TUMORES EPITELIALESIntroducción: Los factores implicados en el pronóstico de las NEPT siguen siendo actualmente controvertidos, de ahí las múltiples subclasificaciones que van surgiendo. Objetivos: Presentamos una serie de 77 pacientes con estas tumoraciones, analizando los posibles factores pronósticos. Pacientes y Métodos: La edad media de los pacientes fue de 57 + 14 años (15-82), siendo el 57,1 % mujeres. 22 casos (28,5%) estaban asintomáticos, siendo un hallazgo radiológico casual. La sintomatología más frecuente fue la miastenia gravis (36,3 %), seguida de la disnea (15%) y el dolor torácico (10%). En las exploraciones complementarias la radiología de tórax mostró una masa localizada en el mediastino anterosuperior en el 95,2% de los casos. La TAC informó en todos de tumoración a nivel tímico y permitió valorar la extensión local del tumor. El diagnóstico histológico definitivo se obtuvo por el análisis de la pieza de timectomia en 57 casos y por biopsia quirúrgica en los casos restantes Se realizó resección tumoral completa en 57 casos (74%). La morbilidad postoperatoria fue del 31,7% (24 casos), y la mortalidad intrahospitalaria fue del 3,8 %. La histología corresponde en 69 casos (89,6%) a timomas y en 8 a carcinomas tímicos. Se analizan los datos clínicos, quirúrgicos y anatomopatológicos. En el estadiaje de Masaoka 22 pacientes (28,5%) estaban en estadío III y 11 (14,2%) en estadío IV. Para la estadística se utilizó el log. rank test y el modelo de regresión de Cox. Resultados: Tras un seguimiento medio de 8,2 años, han fallecido 20 pacientes (27%), que corresponden a los 6 carcinomas tímicos y a 14 timomas. Los factores pronósticos negativos con significación estadística (p

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    AO022 CÂNCER DE PULMÃO - SOBREVIDA DOS PACIENTES COM CÂNCER DE PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS ESTADIO N2 (CONFIRMADA POR MEDIASTINOSCOPIA) APÓS QUIMIOTERAPIA DE INDUÇÃO E TRATAMENTO CIRÚRGICO.FELIPE CARVALHO BRAGA DOS SANTOS; JULIANA GUARIZE; DOMENICO GALETTA; FERNANDO VANNUCCI; EDUARDO VILELA FUSCO; NÉLSON ALVES DOS SANTOS; PIERANGELO BAGLIO; LORENZO SPAGGIARI.INSTITUTO EUROPEU DE ONCOLOGIA, MILÃO, ITÁLIA.PALAVRAS-CHAVE: CIRURGIA; QUIMIOTERAPIA DE INDUÇÃO; SOBREVIDAIntrodução: Quinze per cento dos pacientes com NSCLC se apresentam com envolvimento mediastínico no momento do diagnóstico, e seu prognóstico com tratamento cirúrgico isolado (9% em cinco anos) ou com tratamento adjuvante apenas (1cm no estudo topografico, e/ou Pet-TC positiva). Não foram incluídos casos de linfadenopatia N2 “bulky”. Todos os pacientes foram submetidos a quimioterapia de indução com cisplatina. Após o tratamento neo-adjuvante os pacientes foram submetidos a: pneumonectomia 18%; lobectomia 75%; e toracotomia exploradora 7%. Resultados: A mortalidade pós-operatória foi de 3.2%. a probabilidade geral de sobrevida em cinco anos foi de 28% com uma sobrevida média de 24 meses. A sobrevida livre de doença em cinco anos foi de 20%; no entanto 70% dos pacientes apresentaram recorrência sistêmica com 24 meses. A constatação de “down staging” mediastínico (i.e. pN0-N1) e a presença de doença N2 em mais de uma estação, não afetaram a sobrevida. Pacientes com menos de 60 anos apresentaram um melhor prognóstico em relação a sobrevida (45% em 5 anos). Conclusão: NSCLC N2 continua um desafio terapêutico mesmo com tratamento multimodal, porém os resultados daqueles pacientes tratados com quimioterapia de indução e tratamento cirúrgico combinado mostram-se melhores que daqueles tratados apenas com terapia adjuvante, ou apenas tratamento cirúrgico. A persistência de doença N2 após a quimioterapia ou doença N2 em mais de uma estação não afetaram a sobrevida, sugerindo que o tratamento cirúrgico pode ser realizado mesmo em casos de persistência de doença N2.

    AO023 CIRURGIA TORÁCICA - NÓDULO PULMONAR INDETERMINADO – EXPERIÊNCIA PESSOAL DE 317 CASOS OPERADOS.RUI HADDAD.ESCOLA MÉDICA DE PÓS-GRADUAÇÃO DA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.PALAVRAS-CHAVE: NÓDULO PULMONAR; VÍDEO-TORACOSCOPIA; CIRURGIAO nódulo pulmonar indeterminado (NPI) é uma das alterações mais comuns encontradas em RX ou em tomografia computadorizada de tórax. Seu manuseio é bastante controvertido, e não há consenso firmado sobre qual conduta é a melhor. No sentido de tentar estabelecer uma conduta padrão para o manuseio do NPI o autor resolveu avaliar sua experiência desde que iniciou o uso da vídeo-toracoscopia até os dias atuais em pacientes com NPI. Para tal, o autor estudou retrospectivamente as fichas de 310 pacientes de clínica privada submetidos a 317 ressecções de nódulos pulmonares, realizadas num período de quatorze anos, entre janeiro de 1994 e dezembro de 2007. Foram levantados dados sobre o sexo e a idade dos pacientes, dados clínicos da doença, resultados de exames de imagem e dados dos procedimentos cirúrgicos realizados. Foi avaliado o diagnóstico anatomopatológico da lesão ressecada e, quando aplicável, os resultados dos testes microbiológicos e o estadiamento da lesão, se maligna e se primária pulmonar. A seguir, fez uma comparação entre uma série de parâmetros para pacientes portadores de nódulos benignos e nódulos malignos. Por fim, foi feita análise comparativa entre dois períodos consecutivos, com relação à incidência e características das lesões benignas e

    foi equivalente àquela observada em pacientes mais jovens, de acordo com os

    dados do registro internacional de metastases pulmonares.

    AO021 CÂNCER DE PULMÃO - FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÃO PULMONAR NOS INDIVÍDUOS COM TUMORES ÓSSEOS E SARCOMAS DE PARTES MOLES SUBMETIDOS À TORACOTOMIA PARA RESSECÇÃO DE METÁSTASES.ROGÉRIO SANTOS SILVA; PAULO SERGIO SIEBRA BERALDO; FLÁVIA FERRETTI SANTIAGO.REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO, BRASÍLIA, DF, BRASIL.

    PALAVRAS-CHAVE: PÓS-OPERATÓRIO TORACOTOMIA; METÀSTASE PULMONAR; RESSECÇÃO DE METÀSTASES

    Introdução: Os tumores ósseos malignos, notadamente o osteossarcoma, são agressivos e evoluem precocemente com metástases. Estas estão presentes em

    até 20% dos casos, no momento do diagnóstico, sendo que 85% localizam-se

    nos pulmões. A presença de metástases, embora modifique o prognóstico,

    não contra-indica sua ressecção. No geral, após toracotomias, pneumonias,

    atelectasia, pneumotórax e derrame pleural são as complicações mais citadas.

    A literatura não esclarece os fatores de risco para complicações pulmonares no

    pós-operatório de indivíduos com tumores ósseos. Tendo em vista que esses

    tumores apresentam especificidades, seria interessante conhecermos o perfil de

    risco dos pacientes que irão complicar no pós-operatório. Objetivos: Identificar fatores de risco relacionados às complicações pulmonares no pós-operatório de

    toracotomia para ressecção de metástases de sarcomas ósseos e de partes moles.

    Métodos: Coorte hospitalar retrospectiva de 45 pacientes consecutivamente submetidos à toracotomia para ressecção de metástases pulmonares no Hospital

    Sarah Centro, Brasília, DF, em 2007. Como variável dependente registramos

    todas as complicações pulmonares apresentadas no pós-operatório até a alta

    hospitalar. Como variáveis preditoras analisamos, além do gênero e idade,

    outras relacionadas ao pré, trans e pós-operatório. No primeiro caso, anotamos

    os principais parâmetros da espirometria, comorbidades e toracotomias prévias.

    Com relação ao trans-operatório anotamos o tempo e tipo de cirurgia, número

    de nódulos ressecados e perdas sanguíneas. Foi conduzida uma univariada

    para determinar possíveis associações com o desfecho de interesse, seguida de

    análise de regressão múltipla (logística binária, backward, Wald, SPSS, versão

    13). Resultados: Dos 45 pacientes, 34 (76%) eram homens, idade mediana de 21 anos (variação de 7 a 70), sendo que o osteossarcoma predominou (24

    casos, 53%). Sete pacientes (15,5%, IC95%, 20-49) apresentaram complicação

    pulmonar no pós-operatório, sem registro de óbitos. A mediana do tempo de

    internação do grupo que complicou foi superior aos pacientes sem complicação,

    respectivamente, 6 (intervalo interquartílico 5-7) e 11 (7,5-15,5) dias (P=0,025).

    A mediana de nódulos pulmonares retirados foi de 2 (1-6). O tempo mediano

    de cirurgia foi de 85 minutos (60-123; computados apenas 16 dos casos), com

    4 dias (3-6) de tempo de dreno. Numa análise preliminar, já que o tempo de

    cirurgia de todos os pacientes ainda não foi levantado, o percentual do previsto

    de VEF1 (OR=2,28; IC95% 0,99-5,30, P=0,056) e tempo de permanência do

    dreno torácico (OR=0,92; IC95% 0,83-1,01, P=0,083) foram as únicas que

    permaneceram no modelo. Conclusão: Entre os pacientes que apresentaram complicação pulmonar pós-operatória o tempo mediano de internação foi,

    aproximadamente, o dobro daqueles que não complicaram. Esse resultado

    justifica a busca por fatores de risco. Embora preliminar, já que não incluímos

    o tempo cirúrgico, os resultados reproduzem os fatores de risco descritos na

    literatura para toracotomias em geral. Ainda que não significativos, o tempo

    de dreno torácico configurou um fator de risco, enquanto o VEF1 um fator

    de proteção. Ambos são fatores não passíveis de controle prévio, porém

    marcadores de pior prognóstico pós-operatório. O presente estudo irá ampliar

    o período de observação para pelo menos mais 2 anos, além de contemplar a

    totalidade de informações das variáveis de interesse.

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    em relação ao G2, sendo que em 6 do G1 (14%) foi necessária descorticação. A necessidade de relocação do dreno ocorreu em 18 pacientes tratados por drenagem simples (42%), sendo em um caso, relocado por 2 vezes. Somente 1 dos pacientes com dreno locado por VATS (7%) necessitou relocação. Conclusão: A VATS para tratamento do empiema mostrou-se mais eficaz que a drenagem simples, por permitir o saque mais precoce do dreno e não necessitar re-intervenção.

    AO025 CIRURGIA TORÁCICA - TUMORES CARCINOIDES DE PULMÓN: DIAGNÓSTICO, TRATAMIENTO Y FACTORES PRONÓSTICOS.ANA KARINA PATANÉ; MOISÉS ROSENBERG; GLORIA OLMEDO; CLAUDIA POLERI; OSCAR ROJAS.HOSPITAL MARIA FERRER, BUENOS AIRES, ARGENTINA.PALAVRAS-CHAVE: CARCINOIDE BRONQUIAL; BRONCOPLASTIAS; SOBREVIDAIntroducción: Los tumores carcinoides de pulmón pertenecen al grupo de neoplasias neuroendócrinas (4), son de bajo grado de malignidad y suelen afectar a pacientes significativamente más jóvenes (2; 7; 14; 19) . Inicialmente se pensó que se originaban en las glándulas mucosas, de modo que fueron agrupados junto con los carcinomas adenoide-quísticos y mucoepidermoides con el nombre de tumores derivados de las mismas. Como además se supuso que éstas lesiones eran benignas, se las conoció durante algún tiempo con la denominación de adenomas bronquiales (4;10). Fue en 1928 cuando por primera vez se asoció al SCLC (carcinoma de células pequeñas) con el síndrome de Cushing, y, diez años después se pensó que los tumores carcinoides tenían también propiedades neuroendócrinas. Sin embargo fue hasta 1968 cuando un grupo de investigadores sugirió que éstas dos neoplasias estaban relacionadas en virtud de contener similares gránulos de secreción en su citoplasma (4;10). Finalmente, entrados los años ´80, surgen una serie de clasificaciones, como la de Gould en 1983, y Travis en 1991, hasta llegar a la actual clasificación de la Organización Mundial de la Salud (OMS) del año 1999, que los subdivide en típicos y atípicos, teniendo en cuenta principalmente el número de mitosis en 10 campos de gran aumento, y la presencia de necrosis, hecho que se correlaciona con la evolución (4; 10). Son tumores de baja frecuencia, muchos de ellos centrales y en el caso de los típicos, de buen pronóstico post-resección quirúrgica, y no parecen tener relación con el antecedente de tabaquismo (8;10; 20). Realizamos un análisis retrospectivo sobre 58 pacientes operados desde enero de 1975 hasta diciembre del 2007 en el Hospital de Rehabilitación Respiratoria Maria Ferrer, con diagnóstico histológico de tumor carcinoide típico o atípico. El objetivo del análisis es evaluar diversos factores pronósticos, entre ellos etarios, clínicos, quirúrgicos e histopatológicos. Materiales y Métodos: Se incluyeron todos los pacientes con diagnóstico histológico de tumor carcinoide típico o atípico y se recategorizaron según la clasificación de la OMS. En todos los pacientes se estudiaron los siguientes parámetros: edad , sexo, antecedentes de tabaquismo, evolución de la enfermedad hasta el momento del diagnóstico, síntomas, métodos de diagnóstico utilizados, tipo de cirugía practicada, histología del tumor y supervivencia libre de enfermedad (considerada como el tiempo transcurrido desde la cirugía hasta el último control ) . Asimismo se evaluó la relación entre factores pronósticos histológicos y evolución, analizando en este caso por separado los carcinoides típicos y los atípicos. Los factores pronósticos evaluados fueron: tamaño del tumor, presencia de metástasis ganglionar, permeación linfática e invasión vascular o de la grasa peri-ganglionar. En todos los pacientes operados se realizó congelación intra-operatoria para descartar compromiso del muñón bronquial proximal a la lesión. El análisis fue realizado con el paquete estadístico Stata 9.0. Los datos están expresados como proporciones para las variables categóricas y promedios y desvíos estándar para las continuas. Se estableció como punto de corte para la significancia estadística un valor de p menor o igual a 0.05, y el cálculo de la misma se realizó con el test de chi 2 para las proporciones y el test de Wilcoxon para las variables continuas. Resultados: Se operaron un total de 58 pacientes, de los cuales 54 tuvieron diagnóstico de carcinoide típico y 4 de atípico. En ambos subgrupos histológicos se observó una prevalencia de la enfermedad en el sexo femenino y a edades más avanzadas en el grupo de los carcinoides atípicos (tabla I). En relación al antecedente de tabaquismo sólo 14 pacientes eran fumadores activos (24,13%), 32 no fumadores (55.17 %) y no fue posible determinar el antecedente de tabaquismo en 12 pacientes (21,68%). No se estableció ninguna asociación estadísticamente significativa entre el hábito de fumar y alguno de los tipos histológicos analizados en nuestra muestra (p =0.158). La mediana del tiempo de evolución de la enfermedad,

    malignas por sexo, idade, tabagismo, tamanho das lesões, tipos de cirurgia, diagnóstico e estadiamento. Os achados mostraram que 92% dos pacientes eram assintomáticos e 51% dos nódulos pulmonares operados foram benignos. O sexo masculino predominou com 53% dos casos. A idade média dos operados foi de 59 anos sendo de 55,5 anos para lesões benignas e 62,3 anos para as malignas. 65% dos pacientes com lesões benignas eram fumantes contra 75% dos pacientes com nódulos malignos e 91% dos pacientes com carcinomas broncogênicos. O pulmão direito e os lobos superiores foram os mais acometidos tanto em nódulos benignos quanto em malignos. A ressecção em cunha foi o tratamento utilizado em 86% dos nódulos benignos, enquanto a lobectomia foi usada em 62% dos pacientes com nódulos malignos. O tamanho médio das lesões benignas foi de 16,31 mm e para as malignas de 19,81 mm. Predominaram os granulomas entre as lesões benignas (outras lesões foram: histoplasmoma, tuberculoma, hamartoma) e o carcinoma broncogênico entre as malignas (outras lesões foram: metástases pulmonares, tumores carcinóides e carcinoma bronquíolo-alveolar). A comparação entre o período de janeiro de 1994 e dezembro de 2001 com o período entre janeiro de 2002 e dezembro de 2007 mostrou uniformidade em relação à idade, sexo e incidência de tabagismo, mas mostrou cirurgias em nódulos menores no segundo período do estudo, com predomínio absoluto de lesões malignas e um estadiamento T1N0M0 cerca de 22% maior que no período anterior. Concluiu o autor que houve melhoria significativa nas indicações cirúrgicas no segundo período de estudo, tanto no número menor de casos benignos quanto na cirurgia de tumores malignos mais precoces.

    AO024 CIRURGIA TORÁCICA - TRATAMENTO DO EMPIEMA EM CRIANÇAS: ESTUDO RETROSPECTIVO DA DRENAGEM SIMPLES VERSUS A VIDEOTORACOSCOPIA.DANIELE CRISTINA CATANEO1; CARLOS ALEXANDRE POLÔNIO2; ERICA NISHIDA HASIMOTO3; LÍDIA RAQUEL DE CARVALHO4; ANTONIO JOSÉ MARIA CATANEO5.1,2,3,5.DISCIPLINA DE CIRURGIA TORÁCICA DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP, BOTUCATU, SP, BRASIL; 4.DISCIPLINA DE BIOESTATÍSTICA DO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS DE BOTUCATU - UNESP, BOTUCATU, SP, BRASIL.PALAVRAS-CHAVE: EMPIEMA; VIDEOTORACOSCOPIA; DRENAGEMIntrodução: O empiema tem sido tratado de várias formas, desde a toracocentese seriada, drenagem simples, drenagem com infusão de fibrinolíticos, descorticação por toracotomia e drenagem e limpeza da cavidade através da videotoracoscopia (VATS). A drenagem simples é um método bastante antigo, e continua muito eficaz, sendo dependente do estágio do empiema. Já a VATS, bem mais recente, mesmo sendo mais invasiva, por demandar anestesia geral, é resolutiva na maioria dos estágios do empiema, com exceção da fase tardia de organização. Objetivos: Estudar retrospectivamente crianças com pneumonia e empiema pleural submetidos à drenagem simples ou a videotoracoscopia, para avaliar se em nosso serviço há superioridade de algum dos dois métodos, por melhor evolução terapêutica. Métodos: Foram selecionadas para estudo os prontuários de todas as crianças com derrame pleural internadas no HC da Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP) nos últimos 4 anos e submetidas a drenagem, com ou sem associação de VATS para limpeza. Foram coletados a idade, o sexo, a queixa, o tempo de história, a análise do líquido, os patógenos encontrados, a conduta adotada (drenagem simples – G1 ou videotoracoscopia – G2), o tempo de evolução da drenagem e a necessidade de re-intervenção. Resultados: Nos últimos 4 anos, 57 crianças foram tratadas no serviço de Cirurgia Torácica por empiema pleural. Quarenta e três crianças foram tratadas por drenagem simples e 14 por VATS. A idade variou de 7 meses a 14 anos (Md±dp=4,4±3,8). O sexo masculino foi o predominante em 60% dos casos. O tempo de história variou de 1 a 30 dias, não havendo diferença entre os grupos. O lado mais acometido pelo derrame foi o esquerdo, em 30 pacientes e o direito em 27. O pH variou de 6,22 a 7,40 (Md±dp: G1=6,9±0,2; G2=7,0±0,2; p=0,08), o DHL de 632 a 49.377 (Mediana: G1=4.786; G2=2.973; p=0,53) e a glicose de 10 a 140 (Md±dp: G1=51,4±47,2; G2=36,4±30,4; p=0,53). A bacterioscopia e/ou a cultura foram positivas em 27% dos casos (15 pacientes), com predominância absoluta do streptococos pneumoniae (87%) em ambos os grupos. O tempo de drenagem variou de 2 a 24 dias (Md=10,14). No G2, o tempo médio de drenagem foi de 7 dias, sendo aumentado em 2 casos, devido a abscesso pulmonar drenado para cavidade pleural, com necessidade de manutenção do dreno por mais de 20 dias. No G1, o tempo médio de permanência do dreno foi de 11 dias, havendo diferença significante (p

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    tumores carcinoides atípicos mayores de 3 cm en comparación a los carcinoides típicos de igual característica (p=0.02), no hallándose diferencias significativas entre los mismos cuando el tamaño tumoral es menor a esa magnitud (p=0.69). En cuanto a las metástasis ganglionares, para los carcinoides típicos se demostró invasión de ganglios linfáticos en la estación N2 en 9 pacientes y ausencia de metástasis en los restantes 43. En el primer grupo se realizó seguimiento en el total de casos y, entre los segundos, en 41 de los 43 totales. No se observó ninguna diferencia en la supervivencia promedio de los dos grupos de pacientes (p =0.58), hallándose todos ellos vivos. Se evaluaron a continuación los carcinoides atipicos, hallándose metástasis en N1 en un paciente, en las estaciones N1 y N2 en dos pacientes y ausencia de metástasis ganglionar en el cuarto. No se halló una diferencia estadísticamente significativa en la supervivencia de los pacientes con y sin metástasis ganglionar dentro de éste grupo (p= 0.08). Al comparar los pacientes con metástasis ganglionar de cada tipo histológico, el promedio de sobrevida libre de enfermedad fue significativamente meyor para los carcinoides típicos (p=0.01). Se evaluó además el valor pronóstico de la presencia de permeación linfática e invasión vascular y/o de la grasa periganglionar. En el subgrupo de carcinoides típicos se detectaron uno o varios de éstos hallazgos en nueve pacientes de los 54 operados, cinco de ellos acompañados también de metástasis ganglionar N1 y/o N2. No fue posible establecer entre los dos subgrupos de pacientes analizados alguna diferencia significativa en la supervivencia libre de enfermedad de los mismos (p =0.29). De éste grupo sólo presentó dos recidivas un paciente al cual se le practicó una lobectomía, con recaída de la enfermedad al año, momento en el cual se completó la neumonectomía en otro hospital; siete años después llega a nuestra institución con hemoptisis, detectándose un nuevo implante endoluminal a nivel del BFI, que requirió resección y cierre bronquial, sin necesidad de reconstrucción carinal debido a un largo muñón (Tabla V). En el caso de los carcinoides atípicos, tres pacientes presentaron, además de metástasis ganglionar, invasión vascular, permeación linfática y en un paciente metástasis pleural al momento de la cirugía, hallándose dos de ellos fallecidos y un tercero con recaída local de la enfermedad a tres años de la cirugía. El caso restante no presentó ninguno de los hallazgos histológicos anteriores y sigue aún vivo completando una supervivencia global de 8 años aunque con dos recaídas locales. Si bien no se pudo establecer una diferencia estadísticamente significativa (p =0.08), sí fue claramente diferente la sobrevida entre los dos grupos histológicos (p= 0.012). Discusión: Los tumores carcinoides de pulmón constituyen lesiones poco frecuentes y de bajo grado de malignidad. Si bien el 12% de los tumores carcinoides se localiza en el pulmón, ésta entidad representa menos del 1% de las neoplasias pulmonares. Pertenecen al grupo de neoplasias neuroendócrinas que incluye también al carcinoma de células pequeñas y al carcinoma neuroendócrino de células grandes. Todos comparten características morfológicas, ultraestructurales , inmunológicas y moleculares, están caracterizados por la presencia de mediadores neuroendócrinos y de gránulos de núcleo denso por microscopía electrónica, sin embargo, presentan epidemiología, comportamiento y evolución marcadamente diferentes (2,7;14;19). De acuerdo a los datos publicados, los carcinoides típicos suelen tener buen pronóstico post –resección quirúrgica, con una tasa de supervivencia cercana al 100 % a 5 años, y raramente metastatizan (2,7;14;19). En contraposición, los carcinoides atípicos presentan una supervivencia más pobre, del 25 al 69 % a 5 años ( 2 ) y tienen mayor tendencia a metastatizar, presentando una tasa de metástasis a distancia a 5 años del 23 % y una tasa de recurrencia local para los estadíos I también del 23 % a 5 años (2;7;14;19). En nuestra serie observamos una marcada prevalencia de esta enfermedad en el sexo femenino, para los dos subgrupos de tumores carcinoides y no existe relación significativa entre el hábito de fumar y la histología del tumor. La mayoría de éstos pacientes presentan un largo período de síntomas hasta el momento del diagnóstico, lo cual revela el bajo grado de agresividad de éstas lesiones y su lento crecimiento. Dentro de los mismos, tos, hemoptisis e infección respiratoria, incluídas las neumonías a repetición, fueron los síntomas más frecuentemente manifestados por estos enfermos. ( 2; 7;14;19). Como la mayoría de estas lesiones tiene expresión endoluminal y son centrales, el método diagnóstico de elección es la FBC con toma de biopsia, la cual fue diagnóstica en cerca del 58% de los casos, no existiendo mayores riesgos de sangrado que en otros procedimientos endoscópicos (23). La FBC sin toma de biopsia fue realizada en los primeros años de la experiencia, por el riesgo de sangrado asociado a la misma. Entonces el diagnóstico de la enfermedad se basaba en la visualización de una lesión rojo vinosa, de contornos lisos e hiperémicos y de localización endobronquial. Esta caracterítica “lesión cereza“, considerada altamente sangrante, integró el grupo de lesiones denominadas

    considerada como el tiempo transcurrido desde el inicio de los síntomas hasta el momento del diagnóstico endoscópico, fue de 24,9 +/- 42 meses para 50 pacientes, no hallándose diferencias significativas entre los dos grupos histológicos (p =0,598). En cinco pacientes la enfermedad fue un hallazgo en un control radiológico y en tres pacientes no fue posible establecer el tiempo de evolución de los síntomas hasta el diagnóstico. Los síntomas de presentación más frecuentes fueron infección respiratoria - incluyendo neumonías a repetición- (22,81%), hemoptisis (21,05 %) y tos (19,3%). Ningún paciente recibió tratamiento endoscópico previo a la cirugía en nuestra o en otra institución ni desarrolló síndrome carcinoide. El método de diagnóstico más frecuentemente utilizado fue la FBC con toma de biopsia, la cual se practicó sin complicaciones en 31 pacientes (53%). No fue diagnóstica en 2 de ellos, en los cuales la biopsia informó metaplasia pavimentosa en uno y adenocarcinoma en otro. Le sigue en frecuencia la FBC sin toma de biopsia, que se practicó en 14 pacientes (24% de los casos). Otros métodos de diagnóstico utilizados incluyen biopsia quirúrgica en tres pacientes (5%), las cuales no fueron realizadas en nuestro hospital, punción con aguja fina en un paciente (1.7%), que informó células neoplásicas y tomografía en otro (1.7%), la cual demostró una lesión endobronquial. Dos pacientes no tuvieron diagnóstico preoperatorio, con FBC normal (3.4%) y en 6 pacientes no fue posible obtener datos acerca del método diagnóstico utilizado (10.3%). En cuanto al tipo de cirugías practicadas, se han realizado 23 plásticas bronquiales, con o sin resección pulmonar, 30 lobectomías y 6 neumonectomías por compromiso hiliar (4 de las cuales correspondieron a carcinoides atípicos). Cabe destacar que la realización de plásticas bronquiales se practicó en nuestra institución desde los primeros años analizados. Uno de los pacientes a los cuales se le realizo una plástica de carina era portador de una recidiva local de un carcinoide atípico, motivo por el cual fue incluído dos veces en el registro de cirugías. Otro paciente, con diagnóstico de carcinoide típico y dos cirugías anteriores en otro hospital, debió ser sometido a una resección de bronquio fuente izquierdo y cierre bronquial por recidiva local. Hubo marcadas diferencias entre el tipo de cirugía practicada por grupo histológico, recibiendo resecciones más extensas los carcinoides atípicos (p=0.000), entre los cuales se practicaron cuatro neumonectomías, una de ellas ampliada (Tabla II). Según el actual sistema TNM, dentro del grupo de carcinoides típicos, 43 pacientes correspondieron a estadío I, 7 a estadío II, 4 a estadío III y ningún paciente a estadío IV. Para los carcinoides atípicos, 1 paciente correspondió a estadío I de la enfermedad, 2 a estadío III y un paciente a estadío IV por presentar al momento de la cirugía un nódulo pleural positivo. Se realizó seguimiento a distancia en 52 de los 54 pacientes con diagnóstico de tumor carcinoide típico y en la totalidad de los atípicos, definiéndose el período libre de enfermedad como el tiempo transcurrido desde la cirugía hasta el último control o hasta la primer recaída. Considerando únicamente el tipo histológico, el promedio de supervivencia entre los carcinoides típicos es de 9.81 +/- 22 años, y, entre los atípicos, de 1.5 +/- 3 años, siendo esa diferencia estadísticamente significativa (p=0.036). Dentro del subgrupo de carcinoides típicos, en 36 pacientes (66.67%) el tamaño del tumor fue menor o igual a tres centímetros y en los 18 restantes (33.33%), mayor de tres centímetros, hallándose un promedio de supervivencia de 7,5 +/- 7,4 años en el primer grupo y de 13 +/- 37 años en el segundo (p =0.58), hallándose todos ellos vivos a la fecha del estudio. El hecho de que el tiempo libre de enfermedad sea mayor en el grupo de tumores mayor a tres cm puede ser explicada por el hecho de que la mayoría de ellos fueron tratados en los primeros años de la presente serie y por lo tanto tuvieron mayor tiempo de seguimiento. Sólo un paciente, operado en otra institución y con diagnóstico de carcinoide típico, presentó dos recidivas locales, la primera al año de la primer cirugía y la segunda ocho años después, el cual se halla vivo hasta la fecha. Realizando el mismo análisis en el grupo de carcinoides atípicos, en tres pacientes el tamaño del tumor fue mayor de tres centímetros, dos de los cuales fallecieron, y en el caso restante el paciente se halla vivo pero presentó al tercer año de la cirugía una recidiva local, debiendo recibir radioterapia. Estos tres pacientes requirieron neumonectomía por compromiso hiliar o extensión local de la enfermedad. En el cuarto caso, también neumonectomizado, el tamaño de la lesión fue de dos centímetros, pero el paciente presentó dos recidivas locales y se halla vivo al momento de éste estudio, completando una sobrevida global de 8 años. Si bien no se observó una diferencia significativa entre los promedios de supervivencia libre de enfermedad (p =0.08), es de destacar que aquellos pacientes con tumores mayores a tres centímetros presentaron un promedio de supervivencia menor en contraposición al único paciente cuya lesión fue menor de 3 cm. Al comparar los grupos histológicos entre sí, es significativamente menor la supervivencia libre de enfermedad entre los

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    AO026 CIRURGIA TORÁCICA - RECONSTRUÇÃO DA PAREDE TORÁCICA EM RESSECÇÕES EXTENSAS.OLAVO RIBEIRO RODRIGUES1; MILTON LUIZ YAEKASHI2; ROBERTO STORTE MATHEUS3; AURELINO FERNANDES SCHMIDT JR4; PAULO E.OLIVEIRA CARVALHO5.1.UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES-SERVIÇO DE CIRURGIA TORÁCICA,HCLPM-SPDM-UMC, MOGI DAS CRUZES, SP, BRASIL; 2,3,4.UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES, MOGI DAS CRUZES, SP, BRASIL; 5.FACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA-SP, MARÍLIA, SP, BRASIL.PALAVRAS-CHAVE: TUMORES TORÀCICOS ,CIRURGIA; CIRURGIA DE PAREDE TORÀCICA; RECONSTRUÇÔES DO TÓRAXIntrodução: Muitas técnicas de reconstrução da parede podem ser usadas nas ressecções extensas. Vários materiais sintéticos como telas de polipropileno,vycril, titânio e metacrilato são empregadas. Entretanto a cobertura de próteses com tecidos musculares é boa opção para proteger vísceras e evitar infecções. Objetivos: Investigar as próteses de metacrilato a longo prazo, as recomendações e restrições a seu uso. Comparar os resultados de reconstruções com tela e combinações de tela com metacrilato nas reconstruções. Métodos: 270 casos de tumores primários e metastáticos da parede foram submetidos a ressecções (esqueleto e tecidos moles) no período de 1977a2007. A idade variou de 3a 82 anos,160 masc.e 110 fem.Vinte eram crianças com tumor neuroectodérmico primitivo (PNET). Nestes,em 16, empregou-se quimioterapia de indução. A reconstrução em ressecções extensas,foi feita em 121dos 270 operados. Empregou-se técnicas combinadas ou isoladas. O procedimento de reconstrução mais utilizado foi a tela de polipropileno coberta por flap muscular.Reconstruções de esterno realizou-se em 34 pacientes. Nestes,utilizou-se com frequência dupla tela de marlex com metacrilato (sandwich). O seguimento pós-operatório e os dados de evolução foi possível em 92 das 121 reconstruções durante 1 ano (77%%);em 42 pacientes durante 5 anos (35%); em 36 pacientes durante 10 anos (30% ) e em 32 durante 25 anos (27%). Resultados: o resultado estético tardio foi bom da maioria dos operados. Complicações foram observadas em 4% de 121 reconstruções: sangramento pós-operatório (1); infecção com extrusão (1); fratura,deslocamento e compressão traqueal (1);deslocamento do metacrilato emgravidez (1) e hérnia cardíaca pré-cordial (1). 82 reconstruídos estavam vivos após 1 ano (sobrevida 68%);38 estavam vivos após 5 anos (sobrevida 32%);32estavam vivos após 10 anos (sobrevida 27%) e 24 permanecem vivos sem doença após 25 anos da reconstrução (sobrevida 20%) quando considerou-se apenas os tumores malignos operados.Comparou-se as vantagens e desvantagens do metacrilato em parede lateral e em região esternal a longo prazo. No grupo de PNET (Askin/Ewing),a sobrevida de 5 anos foi de 50%. Os fatores que se relacionaram significantemente com recidiva precoce, com complicações pós-operatórias e óbito pela doença,foram a existência de radioterapia pré-op.,a falta de quimioterapia de indução nos tumores de partes moles e tumor metastático. Conclusão: Um longo período de observação demonstrou complicações das próteses de metacrilato como absorção,fraturas,instabilidade e restrições ao emprego. Por outro lado,consolidou seu uso e recomendações nas reconstruções esternais. Demonstrou também que a quimioterapia pré-operatória nos tumores indiferenciados melhora a ressecabilidade e a sobrevida.

    AO027 CIRURGIA TORÁCICA - EVALUACION DE RESULTADOS INSATISFACTORIOS EN 1400 SIMPATECTOMÍAS.CLAUDIO SUAREZ1; FRANCISCO SUAREZ2; FERNANDO SUAREZ3.1.CLINICA SANTA MARIA, SANTIAGO, CHILE; 2.UNIVERSIDAD DE CHILE, SANTIAGO, CHILE; 3.UNIVERSIDAD DEL DESARROLLO, SANTIAGO, CHILE.PALAVRAS-CHAVE: HIPERHIDROSIS; SIMPATECTOMIA; HIPERHIDROSEIntroduccion: La simpatectomia videotoracoscopica se realiza hace casi 20 años para el tratamiento de la hiperhidrosis, con satisfaccion de 90 a 99% de los pacientes. Los resultados insatisfactorios se producen por persistencia de la hiperhidrosis (1-10%), sudoracion compensatoria severa (5-30%), complicaciones pleurales (1-4%) y reinervacion simpatica (3-18%). Nuestro grupo empezo a trabajar en diciembre 2002 con pacientes con hiperhidrosis. El objetivo del presente trabajo es presentar la experiencia acumulada por nuestro grupo determinando y evaluando las causas de los resultados insatisfactorios que pudieran aparecer. Material y Metodo: Se estudiaron 1410 simpatectomias consecutivas realizadas en 701 pacientes desde diciembre 2002 a julio 2008 en la Clinica Santa Maria de Santiago, Chile. En todos los casos se realizo con anestesia general, por 2 canales de trabajo axilares

    durante algunos años “adenoma bronquial ”, y que incluía también al carcinoma mucoepidermoide y al carcinoma adenoide-quístico, para luego pasar a tener su denominación actual de tumor carcinoide. La cirugía que debiera practicarse en estos pacientes debe tender a la máxima conservación del parénquima funcionante, recurriendo a la plástica bronquial de ser posible, dado que, a diferencia de otras lesiones neoplásicas del pulmón, los márgenes de resección pueden ser menores, sin afectar ello el pronóstico de éstos enfermos (5;20;24). En el plano histológico, resulta evidente la mayor frecuencia de los carcinoides típicos en comparación con los atípicos, hecho que se confirma en la literatura. Existen muchos trabajos que destacan la evolución lenta y favorable de los tumores carcinoides típicos, y en nuestro análisis sobre los 54 pacientes operados no hemos hallado diferencias con la bibliografía existente hasta la fecha. Sólo un paciente presentó dos recidivas locales de un carcinoide típico, operados en otra institución. Los trabajos publicados acerca de técnicas de resección broncoscópicas como único tratamiento de éstas lesiones, se basan en el hecho de la baja tasa de metástasis ganglionar y a distancia de los carcinoides típicos, sumado a su tendencia al crecimiento endoluminal y a la posibilidad de lograr varios milímetros de necrosis en profundidad con las técnicas actuales (23). Este último paciente, con dos recidivas locales post-quirúrgicas, parece contradecir el uso del tratamiento endoscópico exclusivo. Poco se ha publicado acerca de factores pronósticos asociados a sobrevida en tumores carcinoides de pulmón. En un trabajo de Thomas del año 2001, se analizan 34 casos de pacientes con tumor carcinoide de pulmón asociados todos a metástasis ganglionar regional (N1 o N2). De éstos, 23 eran típicos y 11 atípicos; en el primer grupo sólo dos pacientes presentaron metástasis a distancia entre los 54 y 78 meses posteriores al diagnóstico, mientras que en el grupo de carcinoides atípicos, siete pacientes desarrollaron metástasis a distancia a los 17 meses del diagnóstico, falleciendo por esa causa seis de los mismos (25). Al igual que en nuestra presentación, todos los pacientes portadores de un carcinoide típico tuvieron una evolución favorable y una supervivencia entre el 87 y el 100 %, muriendo de otras causas distintas a la neoplásica. El autor describe una evolución marcadamente diferente para los carcinoides atípicos con una tasa de metástasis a distancia mayor (7 de los 11 pacientes analizados) (25). Un trabajo de Ferguson sobre 139 pacientes encuentra un riesgo relativo de recurrencia mayor para los carcinoides atípicos aunque sus resultados