Putin - Set 2015, Discurso à 70ª Assembleia Geral Da ONU (Trad. Ao Ing. Aqui Traduzida, Não...

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Baby Siqueira Abrão <[email protected]> [izquierdaunida] Presidente Vladimir Putin [28/8/2015, Discurso à 70ª Assembleia Geral da ONU (trad. ao ing. aqui traduzida, não oficial, do texto original (a conferir com o vídeo) – McClatchy 1 mensagem Vila Vudu [email protected] [izquierdaunida] <[email protected]> 28 de setembro de 2015 22:20 Responder a: [email protected] Para: [email protected], [email protected], Castor Filho <[email protected]>, Dario Achkar <[email protected]> Presidente Vladimir Putin 28/8/2015, Discurso à 70ª Assembleia Geral da ONU (trad. não oficial do texto original (a conferir com o vídeo) – McClatchy http://www.mcclatchydc.com/news/nation-world/world/article36860463.html (...), Senhoras e senhores. O 70º aniversário da ONU é boa ocasião para considerar a história e falar de nosso futuro comum. Em 1945, os países que derrotaram o nazismo reuniram esforços para lançar fundações sólidas para a ordem mundial do pós-guerra. Permitam-me lembrar-lhes que as decisões chaves sobre os princípios que guiaram a cooperação entre estados e o estabelecimento da ONU foram tomadas em nosso país – em Yalta, na Crimeia – onde se reuniram os líderes da coalizão anti-Hitler. O sistema de Yalta nasceu de fato em ação. Nasceu ao custo de dez milhões de vidas e de duas guerras mundiais que varreram o planeta no século 20. Sejamos justos – o sistema de Yalta ajudou a humanidade a atravessar eventos turbulentos, muitas vezes dramáticos, das últimas sete décadas. E salvou o mundo de levantes em grande escala. A ONU é única em sua legitimidade, representação e universalidade. É verdade que, em tempos recentes, a ONU tem sido amplamente criticada por supostamente não ser suficientemente eficiente e pelo fato de que a tomada de decisão em questões fundamentais resulta paralisada por diferenças insuperáveis – em primeiro lugar entre os membros do Conselho de Segurança. Gmail - [izquierdaunida] Presidente Vladimir Putin [28/8/2015, Discurso... https://mail.google.com/mail/u/0/?ui=2&ik=876347ab65&view=pt&sea... 1 de 10 29/09/2015 00:40

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Discurso de Putin à 70a. AG da ONU - set. 2015

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Baby Siqueira Abrão <[email protected]>

[izquierdaunida] Presidente Vladimir Putin [28/8/2015, Discurso à 70ª AssembleiaGeral da ONU (trad. ao ing. aqui traduzida, não oficial, do texto original (a conferircom o vídeo) – McClatchy1 mensagem

Vila Vudu [email protected] [izquierdaunida] <[email protected]>28 de setembro de 2015

22:20Responder a: [email protected]: [email protected], [email protected], Castor Filho <[email protected]>, DarioAchkar <[email protected]>

Presidente Vladimir Putin28/8/2015, Discurso à 70ª Assembleia Geral da ONU(trad. não oficial do texto original (a conferir com o vídeo) – McClatchyhttp://www.mcclatchydc.com/news/nation-world/world/article36860463.html

(...), Senhoras e senhores.

O 70º aniversário da ONU é boa ocasião para considerar a história e falar denosso futuro comum.

Em 1945, os países que derrotaram o nazismo reuniram esforços para lançarfundações sólidas para a ordem mundial do pós-guerra. Permitam-melembrar-lhes que as decisões chaves sobre os princípios que guiaram acooperação entre estados e o estabelecimento da ONU foram tomadas em nossopaís – em Yalta, na Crimeia – onde se reuniram os líderes da coalizão anti-Hitler.

O sistema de Yalta nasceu de fato em ação. Nasceu ao custo de dez milhões devidas e de duas guerras mundiais que varreram o planeta no século 20. Sejamosjustos – o sistema de Yalta ajudou a humanidade a atravessar eventosturbulentos, muitas vezes dramáticos, das últimas sete décadas. E salvou omundo de levantes em grande escala.

A ONU é única em sua legitimidade, representação e universalidade. É verdadeque, em tempos recentes, a ONU tem sido amplamente criticada porsupostamente não ser suficientemente eficiente e pelo fato de que a tomada dedecisão em questões fundamentais resulta paralisada por diferenças insuperáveis– em primeiro lugar entre os membros do Conselho de Segurança.

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Mas gostaria de lembrar que sempre houve diferenças na ONU ao longo desses70 anos. O direito de vetar sempre foi exercido pelos EUA, pelo Reino Unido,pela França, pela China, pela União Soviética e pela Rússia em pés deigualdade.

É absolutamente normal que seja assim, numa organização representativa e tãodiversa. Quando a ONU foi constituída, os fundadores de modo algum supuseramque sempre haveria unanimidade. De fato, a missão da ONU é buscar e alcançarconsensos, sempre, claro, com concessões. A força da ONU advém de levar emconsideração diferentes visadas e opiniões.

Decisões debatidas na ONU podem ser convertidas em Resolução, ou não.Como dizem os diplomatas, elas "passam ou não passam". E todas e quaisquerações que um estado empreenda sem considerar esses procedimentos sãoações ilegítimas, colidem com a Carta da ONU e desafiam a lei internacional.

Todos sabemos que, depois do fim da Guerra Fria, emergiu no mundo um centrode dominação. E então, os que se viram naquele momento no topo da pirâmideforam tentados a crer que, se somos tão fortes e excepcionais, então sabemosmais e melhor o que fazer, que o resto do mundo; assim sendo, por que, afinal,teríamos de reconhecer a ONU, a qual, em vez de automaticamente autorizar elegitimar decisões que pareçam necessárias, tantas vezes cria obstáculos ou, emoutras palavras "mete-se no caminho?".

Já se tornou lugar comum dizer que, no formato original, a organização tornou-seobsoleta e já teria cumprido sua missão histórica.

Claro, o mundo está mudando, e a ONU tem de ser consistente com essatransformação natural. A Rússia está pronta a trabalhar com todos os parceiros, àbase de consenso amplo, mas consideramos extremamente perigosas astentativas para solapar a autoridade e a legitimidade da ONU. Podem levar aocolapso de toda a arquitetura das relações internacionais. Aí, não nos restariamoutras leis, se não a lei do mais forte.

Poderíamos chegar a um mundo dominado pelo egoísmo, não pelo trabalhocoletivo. Um mundo cada vez mais caracterizado pela violência, não pelaigualdade e por democracia e liberdade genuínas. Um mundo no qual estadosverdadeiramente independentes seriam substituídos por número crescente deprotetorados de facto e territórios controlados de fora para dentro.

O que é, afinal, a soberania do Estado? A soberania tem a ver, basicamente, comliberdade e com o direito de cada pessoa, nação ou estado escolher livremente o

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próprio futuro.

Na mesma direção caminha a chamada legitimidade da autoridade do Estado.Não se deve brincar com elas, nem manipular as palavras. Na lei internacional,nos negócios internacionais, cada termo deve ser claro, transparente,interpretado por critério uniformemente compreendido por todos.

Todos somos diferentes. E todos devemos respeitar as diferenças. Ninguém temde encaixar-se num único modelo de desenvolvimento que outro, em algummomento, tenha decidido, de uma vez por todas, e para todos, que seria o únicomodelo correto.

Todos devemos lembrar o que nosso passado nos ensinou. Também recordamosalguns episódios da história da União Soviética. “Experimentos sociais" paraexportação, tentativas de impor mudanças dentro de outros países baseadas empreferências ideológicas, quase sempre levaram a consequências trágicas e àdegradação, não ao progresso.

Parece, contudo, que longe de aprender com os erros dos outros, tantos agora sepõem, exatamente, a repeti-los. Por isso continua a exportação de revoluções,agora chamadas "democráticas".

Para ver que assim é, basta examinar a situação no Oriente Médio e Norte daÁfrica. Claro que naquela região os problemas sociais já se acumulavam há longotempo. Claro que as pessoas queriam mudanças.

Mas no que realmente deu tudo aquilo? Em vez de promover reformas, umainterferência estrangeira agressiva resultou na visível destruição de instituiçõesnacionais e, até, de estilos de vida. Em vez de algum triunfo da democracia e demais progresso, o que obtivemos foi mais violência, mais miséria e um desastresocial. E ninguém dá qualquer atenção a qualquer dos direitos humanos,inclusive ao direito de viver.

Não posso me impedir de perguntar aos que causaram essa situação: Ossenhores dão-se conta do que fizeram? Mas temo que ninguém responderáminha pergunta. Na verdade, nunca foram abandonadas as sempre mesmaspolíticas baseadas na arrogância, na cega confiança na própria excepcionalidadee 'correspondente' total impunidade.

Já é agora óbvio que o vácuo de poder criado em alguns países do Oriente Médioe Norte da África levou à emergência de áreas de anarquia. As quais,imediatamente, passaram a encher-se de extremistas e terroristas. Dezenas de

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milhares de militantes combatem hoje sob os estandartes do chamado EstadoIslâmico. Naquelas fileiras há ex-soldados iraquianos desmobilizados e jogados àrua depois da invasão do Iraque em 2003. Muitos dos recrutados também vêm daLíbia – país onde o próprio Estado foi destruído, na sequência de grosseiraviolação da Resolução n. 1.973 do Conselho de Segurança da ONU.

E agora as fileiras dos radicais são inchadas por membros de uma chamada"oposição síria moderada", sustentada, mantida, por países ocidentais. Primeiro,os radicais são armados e treinados; imediatamente depois, desertam e unem-seao Estado Islâmico.

Mas o próprio Estado Islâmico, ele tampouco surgiu do nada, de lugar algum. OEstado Islâmico foi forjado inicialmente como ferramenta a empregar contraregimes seculares indesejáveis. Em seguida, depois de ter estabelecido umabase no Iraque e na Síria, o Estado Islâmico pôs-se a se expandir ativamentepara outras regiões. Agora busca dominar o mundo islâmico. E tem planos paraavançar ainda além disso.

A situação é mais do que perigosa. Nessas circunstâncias, é atitude hipócrita eirresponsável pôr-se a fazer 'declarações' sobre a ameaça do terrorismointernacional, ao mesmo tempo em que os mesmos 'declarantes' fingem que nãoveem os canais por onde caminha o dinheiro que financia e mantém terroristas,inclusive o tráfico de drogas e o comércio ilícito de petróleo e de armas. Tambémé igualmente irresponsável tentar 'manobrar' grupos extremistas e pô-los a seupróprio serviço para que 'colaborem' na busca de objetivos políticos só dossupostos 'manobradores', na esperança de "negociar com eles" ou, dito de outromodo, sob a certeza de que, "depois", poderão matá-los facilmente.

Aos que têm procedido assim, gostaria de dizer: "Caros senhores, não duvidem:os senhores estão lidando com gente dura e cruel, mas não são pessoas'primitivas' ou 'atrasadas'. São exata e precisamente tão espertos quanto ossenhores. Na relação com eles, ninguém jamais saberá quem manipula quem.Perfeita prova disso está nos dados recentes sobre destino final do armamentodoado àquela oposição suposta "moderada".

Os russos acreditamos que qualquer tentativa de 'jogar' ou 'brincar' comterroristas – e de armar terroristas, então, nem fala! – não é só comportamento depessoas sem visão, mas é criar pontos de alto risco de fogo, do tipo que iniciamgrandes incêndios. É comportamento que pode resultar em aumento dramáticona ameaça terrorista, e que se alastre para outras regiões – dado, especialmente,que o Estado Islâmico reúne em seus campos de treinamento militantes demuitos países, inclusive de países europeus.

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Infelizmente, a Rússia não é exceção. Nós não podemos deixar que essescriminosos que já provaram o cheiro de sangue voltem aos seus países, paracontinuar suas práticas assassinas. Ninguém quer que tal coisas aconteçam,suponho.

A Rússia sempre se opôs firme e consistentemente, sempre, contra o terrorismoem todas as suas formas. Hoje, damos assistência militar e técnica ao Iraque e àSíria, que enfrentam grupos terroristas.

Entendemos que é erro enorme e grave recusar-se a cooperar com o governosírio e suas forças armadas, que valentemente lutam cara a cara contra oterrorismo. É mais que hora de reconhecer afinal que ninguém, além das forçasarmadas do presidente Assad e das milícias curdas estão dando real combate aoEstado Islâmico e a outras organizações terroristas na Síria.

Caros colegas, devo notar que a abordagem direta e honesta da Rússia foirecentemente usada como pretexto para nos acusar de estarmos alimentandoambições crescentes (como se os que nos acusam fossem libertos de todas asambições...).

Mas a questão não é as ambições russas. A questão é reconhecer o fato de quejá ninguém pode continuar a tolerar o atual estado de coisas no mundo.

Na essência, estamos sugerindo que nos façamos guiar por valores comuns einteresses comuns, não por ambições. Temos de unir esforços, considerando a leiinternacional, para enfrentar os problemas que estão diante de todos nós, e criaruma coalizão ampla e genuinamente internacional contra o terrorismo.

Semelhante à coalizão que se constituiu anti-Hitler, a nova coalizão dever unirgama ampla de forças que desejem resolutamente resistir contra os que,exatamente como os nazistas, semeiam o mal e o ódio contra a humanidade.

Evidentemente, os países muçulmanos têm papel chave a desempenhar nacoalizão, tanto mais que o Estado Islâmico não é só ameaça contra asobrevivência deles, mas, além disso, ativamente agride e ofende, com suaspráticas sanguinárias, uma das maiores religiões do mundo. Os ideólogosdaquela militância zombam do Islã e pervertem todos os valores verdadeiramentehumanistas do Islã.

Gostaria de me dirigir aos líderes espirituais muçulmanos, porque sua autoridadee orientação são agora ainda mais profundamente importantes. É essencial

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impedir que jovens recrutados por militantes tomem as mais desgraçadasdecisões sobre a própria vida. E também os que já se tenham envolvido, que jáforam enganados e que, pelas mais diferentes circunstâncias da vida, vejam-sehoje vivendo entre terroristas, esses também precisam de ajuda, para queconsigam voltar à trilha da vida normal, para que deponham as armas e ponhamfim ao fratricídio.

A Rússia, como atual presidente do Conselho de Segurança, convocará em breveuma reunião ministerial para que se faça análise ampla das ameaças que cercamo Oriente Médio.

Em primeiro lugar, propomos que se discuta a possibilidade de construir umaResolução que vise a coordenar as ações de todas as forças que já estãoresistindo contra o Estado Islâmico e outras organizações terroristas. Mas umavez: essa coordenação terá de basear-se nos princípios da Carta da ONU.

Esperamos que a comunidade internacional será capaz de desenvolver umaestratégia ampla de estabilização política e, também para a recuperação social eeconômica do Oriente Médio. Isso feito, não será preciso criar novos campospara concentração de refugiados.

Hoje, o fluxo de pessoas forçadas a deixar a terra natal já literalmente inundou aEuropa. Há centenas de milhares deles agora e não demorará para que sejammilhões. De fato, é grande e trágica migração de pessoas. E é dura lição para oseuropeus.

Quero destacar: refugiados precisam, sem dúvida, de nossa compaixão e apoio.Mas o único meio de resolver esse problema em nível mais fundamental érestaurar o Estado, em todos os pontos onde foi destruído; reforçar as instituiçõesde governo onde elas ainda existam ou estejam sendo restabelecidas; proverajuda ampla – militar, econômica e material – a países em situação difícil; e, comcerteza, também aos que não abandonarão suas casas, não importa quais sejamos padecimentos.

Claro que qualquer assistência a estados soberanos pode e deve ser oferecida,nunca imposta; e única e exclusivamente de acordo com a Carta da ONU. Emoutras palavras, tudo nesse campo está sendo ou será feito em obediência aodisposto na lei internacional e com o apoio de nossa organização universal. Tudoque infrinja disposições da Carta da ONU deve ser rejeitado.

Acima de tudo, creio que é de máxima importância ajudar a restaurar asinstituições de governo na Líbia, apoiar o novo governo do Iraque e prover

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assistência ampla ao governo legítimo da Síria.

Colegas, garantir a paz e a estabilidade regionais e globais continuam a ser osobjetivos chaves da comunidade internacional, com a ONU no comando.

Acreditamos que isso implica criar um espaço de segurança igual e indivisível,não para uns poucos seletos, mas para todos. Sim, é tarefa desafiadora, difícil eque exige tempo, mas simplesmente não há via alternativa.

Porém, o pensamento de bloco dos tempos da Guerra Fria e o desejo de explorarnovas áreas geopolíticas ainda persistem em alguns de nossos colegas.

É de lastimar que alguns dos nossos colegas tenham, até aqui, escolhido outravia – a via de explorar predatoriamente novos espaços geopolíticos.

Primeiro, continuaram sua política de expandir a OTAN e sua infraestruturamilitar. Depois, ofereceram aos países pós-soviéticos uma escolha falsa: pôr-seao lado do ocidente ou ao lado do oriente.

Essa lógica de confrontação está fadada, mais cedo ou mais tarde, adesencadear uma grave crise geopolítica. É precisamente o que foi feito naUcrânia, onde o descontentamento da população com as autoridades foi usado, ese orquestrou um golpe militar de fora para dentro do país; e esse golpe disparouuma guerra civil.

Temos certeza de que só mediante a plena e fiel implementação dos Acordos deMinsk de 12/2/2015, poderemos pôr fim ao banho de sangue na Ucrânia eencontrar saída para aquele impasse.

A integridade territorial da Ucrânia não pode ser assegurada por tratados e sobarmas. Indispensável ali é consideração genuína pelos interesses e direitos dopovo na região do Donbass e respeito pelo que escolherem. É preciso coordenarcom eles, como fazem os Acordos de Minsk, os elementos chaves da política dopaís.

Esses passos garantirão que a Ucrânia desenvolverá um estado civilizado, comoelo essencial na construção de um espaço comum de segurança e cooperaçãoeconômica ao mesmo tempo na Europa e na Eurásia.

Senhoras e senhores, falei propositadamente de espaço comum de cooperaçãoeconômica. Não há muito tempo, parecia que na esfera econômica, com suasobjetivas leis de mercado, aprenderíamos a viver sem linhas divisórias. Que

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construiríamos regras transparentes e de comum acordo, que incluiriam osprincípios da Organização Mundial de Comércio, que estipulam a liberdade decomércio e investimento e a livre concorrência.

Mas hoje já é quase lugar comum impor sanções unilaterais que burlam o quedetermina a Carta da ONU. Além de perseguir objetivos políticos, essas sançõessão visível manobra mal-intencionada, para eliminar concorrentes comerciais.

Quero apontar ainda mais um sinal de crescente "autismo econômico". Algunspaíses escolheram criar associações econômicas como clubes fechados e"exclusivos", cuja fundação está sendo negociada na clandestinidade, ocultadaaté dos próprios cidadãos daqueles países, do público em geral e da comunidadeempresarial.

Outros estados, cujos interesses podem vir a ser afetados não são informados,tampouco, de coisa alguma. Parece que estamos a um passo de serconfrontados com um fato consumado, de que as regras do jogo foram mudadasa favor de um poucos privilegiados, sem que a OMC tenha sido jamais ouvida.Assim se desequilibra completamente o sistema comercial e desintegra-se oespaço econômico global.

Essas questões afetam os interesses de todos os estados e influenciam o futurode toda a economia mundial. Por isso propomos que essas questões sejadiscutidas dentro da ONU, dentro da OMC e dentro do G-20.

Ao contrário da política de "exclusividade", a Rússia propõe harmonizar osprojetos econômicos regionais. Refiro-me à chamada "integração deintegrações", baseada em regras universais e transparentes do comérciointernacional.

À guisa de exemplo, quero citar nossos planos para interconectar a UniãoEconômica Eurasiana e a iniciativa da China, do Cinturão Econômico da Rota daSeda. Ainda acreditamos que harmonizar os processos de integração dentro daUnião Econômica Eurasiana e a União Europeia é movimento altamentepromissor.

Senhoras e senhores, as questões que afetam o futuro de todos os povosincluem o desafio da mudança do clima global.

É do nosso interesse fazer da Conferência da ONU sobre Mudança Climática, emdezembro, em Paris, um sucesso. Como parte de nossa contribuição nacional,temos planos para reduzir para 70-75% a emissão dos gases de efeito estufa, até

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2030, de volta aos níveis de 1990.

Mas sugiro que tomemos, sobre essa questão, visada muito mais ampla. Sim,podemos aplacar as dificuldades, por algum tempo, definindo quotas de emissõesvenenosas, ou tomando outras medidas que, contudo, são medidas apenastáticas. Mas, por esse caminho, nada resolveremos.

Precisamos de abordagem completamente diferente. Temos de nos focar em,fundamentalmente, introduzir novas tecnologias inspiradas pela natureza e quenão causarão dano ao meio ambiente, e conviverão em harmonia com ele. Alémdisso, elas restaurarão o equilíbrio entre a biosfera e tecnofera, alterado pelasatividades humanas.

É desafio, realmente, de escopo planetário. Mas tenho confiança de que ahumanidade tem potencial intelectual para enfrentá-lo.

Temos de unir esforços. Refiro-me, em primeiro lugar, aos estados que têm sólidabase de pesquisas e que têm obtido avanços significativos em ciênciafundamental.

Propomos organizar um fórum especial, sob os auspícios da ONU, paradiscussão ampla das questões relacionadas ao esgotamento de recursos naturaisnão renováveis, à destruição do meio ambiente e à mudança climática. A Rússiaestá pronta para copatrocinar esse fórum.

Senhoras e senhores, foi em Londres, dia 10/1/1946, que a Assembleia Geral daONU reuniu-se para sua primeira sessão. Zuleta Angel, diplomata colombiano, epresidente da Comissão Preparatória, abriu a sessão oferecendo, entendo eu,uma definição concisa dos princípios básicos que a ONU deveria seguir em suasatividades: defender o livre arbítrio, desafiar os conluios e trapaças e preservar oespírito de cooperação.

Hoje, essas palavras ainda soam como orientação para todos nós.

A Rússia acredita no enorme potencial da ONU, de deve ajudar-nos e evitar umaconfrontação global e a nos engajar em franca cooperação estratégica. Juntoscom outros países, trabalharemos empenhadamente para fortalecer o papel daONU, de coordenação central.

Confio que, trabalhando juntos, conseguiremos fazer do mundo lugar pacífico eseguro, e asseguraremos condições propícias para o desenvolvimento deestados e nações.

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