Qualidade de amostra para sorologia - VANDERLÉIA BÁRBARO VALENTE

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Qualidade da Amostra para Sorologia, Validação e Monitoramento de Transporte Vanderléia Bárbaro Valente Hemobrás 2.012 1

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Qualidade da Amostra para Sorologia, Validação e

Monitoramento de Transporte

Vanderléia Bárbaro Valente

Hemobrás 2.012

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Sistema de Qualidade

• Indústria

Deverá atender a necessidade do mercado – novos patógenos, cepas, etc.

Deverá atender as Boas Práticas de Fabricação e as Legislações.

- Qualificação de fornecedor.

- Controle de qualidade de todas as matérias primas .

- Sistema de rastreabilidade em todo o processo.

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Controle de Qualidade - Serviço Hemoterápico

Boas práticas de Laboratório Controle das variáveis pré- analíticas, analíticas e pós-analíticas.

Aquisição de insumos necessários para a rotina. Validações de processos. Monitorar e inspecionar lotes. Relatórios de faturamento e estatísticos.

Escolha Adequada:

kits (alta sensibilidade, evitar falsos negativos e boa especificidade);

equipamentos;

software para a integração com a rede informatizada do Serviço

Hemoterápico;

monitoramento do processo;

otimização de rotinas e recursos. 3

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Controle de Qualidade - Serviço Hemoterápico

Variáveis pré-analíticas • Adequação do tipo de amostra; plasma , soro ???

• Adequação da identificação, coleta (homogeinização e inclinação correta).

• Escolha adequada do tipo de tubo:

- volume de amostra adequado;

- diâmetro do tubo adequado ao equipamento;

- sem interferentes nos resultados sorológicos;

- adaptações adequada para as bolsas de coleta;

- tubo plástico, resistente e uso único;

- adequado aos tamanhos das racks dos equipamentos.

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Controle de Qualidade - Serviço Hemoterápico

Variáveis pré-analíticas • Estabilidade das amostras (validade).

• Critérios de aceitação de amostras (hemólise, lipêmia, diluídas, etc).

• Acondicionamento e transporte das amostras.

• Centrifugação (respeitando o tempo prévio ).

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Centrifugação das amostras

• Obter junto ao fabricante dos tubos as instruções

referentes à centrifugação adequada das amostras;

• Observar o tempo de espera para diminuir a formação

de fibrina no soro;

• Cuidado ao manusear tubos de vidro;

• Plano de calibração e manutenção das centrífugas;

• Limpeza dos equipamentos

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Variáveis Pré-Analíticas

• Transporte de amostras Características do Transporte de Amostras – RDC 302

Item 6.1.9.

- O laboratório deve ter instruções escritas abrangendo as condições de

temperatura para transporte, conservação e estabilidade das amostras.

- O uso de recipientes de transporte isotérmicos, impermeáveis, laváveis e

identificados com o símbolo de risco biológico.

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Variáveis Pré-Analíticas

Validação da caixa de transporte

• Escolher a caixa que atenda as especificações do transporte ( volume, rígida, impermeável; manuseio e limpeza; lacre de fechamento.

• Usar estantes adequadas para os tubos.

• Proteger as identificações dos tubos.

• Fixar os tubos nas estantes para evitar hemólises.

• Provover ações para evitar acidente durante o transporte.

• Identificação da caixa: remetente, local de destino, simbologia de risco biológico...

• Gelox adequado para : número de amostras x tempo x distância.

• Controlador de temperatura. 8

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Variáveis Pré-Analíticas

Validação da caixa de transporte

• Realizar a validação com amostras que não serão usadas.

• Dentro da caixa preparada com amostras e gelox inserir um termômetro (Logtag)- para monitorar a temperatura durante todo o período do transporte.

• O transporte de amostra poderá ser validado de à temp. de 2 até 10º C.

• Preferencialmente colocar as amostras já centrifugadas e refrigeradas ( de 2 à 8º).

• Monitorar o transporte e fazer as devidas adequações.

• Registrar passo a passo o processo que foi validado.

• Montar POP para o transporte. 9

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Variáveis Pré-Analíticas

Preparo das amostras na caixa de transporte

Utilizar somente após validações prévias.

• Colocar as amostras x gelox e lista de remessas na caixa, atendendo o processo de validação.

• Enviar com a caixa a lista de identificação das amostras (com data , horário e responsável pelo envio).

• Colocar o termômetro dentro da caixa ( quando o serviço usar a cada transporte).

• Enviar a caixa para o serviço.

• O remetente sempre deverá informar sobre o envio do material e a quantidade de caixa.

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Variáveis Pré-Analíticas

Recebimento da caixa de transporte Receber o material x documentações.

Verificar se o material recebido está em conformidade (com o protocolo de validação prévia).

Verificar se a temperatura durante o transporte foi adequada ( no caso de termômetro em todas as caixas).

Realizar a conferência das amostras e registrar o horário, data e o responsável pelo recebimento.

Analisar as amostras antes de coloca-las na rotina.

Caso tenha Não Conformidades, tomar as devidas providências

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Controle de Qualidade - Serviço Hemoterápico

Recebimento das amostras no Sistema

Montar as racks

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Controle de Qualidade - Serviço Hemoterápico

Variáveis analíticas

• Água usada para preparo dos reagentes

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Controle de Qualidade - Serviço Hemoterápico

Variáveis analíticas

• Limpeza de materiais (frascos ,vidrarias) e equipamentos.

• Cautela com o uso de hipoclorito no Lab. poderá ter interferência nos ensaios.

• Temperaturas de armazenamento de reagentes e amostras.

• Temperaturas de equipamentos e ambientes.

• Diluições adequadas .

• Adequações de calibrações e manutenções preventivas.

• Validações prévias de todo o processo.

• Descarte adequado dos resíduos.

• Treinamento de pessoal. 14

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Validações de Novos Processos

A triagem sorológica em doadores de sangue é uma atividade de alta complexidade e uma das etapas cruciais para a diminuição dos riscos transfusionais.

Erros nas avaliações dos Kits e nas realizações dos ensaios sorológicos poderão trazer graves danos à saúde pública.

A Instituição deverá adotar ferramentas de boas práticas para a avaliação, manipulação e monitoração, que garantam a qualidade dos serviços prestados.

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Segurança Transfusional

É fundamental que os testes para triagem

sorológica dos doadores tenham alta sensibilidade,

para que não existam resultados falsos negativos.

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Controle de Qualidade Pós - Analítico

Liberações de todos os resultados que apresentaram conformidades: • critérios de aceitação do fabricante; • CQI aprovado; • dupla conferência dos resultados (Planilhas das reações x placas x

interfaceamento); • liberação de resultado; • monitoramento de cut off x teste x fabricante. Arquivo de todos os registros (mínimo 20 anos). Indicadores Sorológicos

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INTERPRETAÇÃO DE RESULTADO SOROLÓGICO

• Conhecer a técnica usada.

• Atender aos critérios do fabricante.

• Validações dos controles do Kit.

• Validação do CQI neg e pos.

• Adequação da rotina no equipamento.

• Adequações dos registros (mapa da rotina com

resultados emitidos pelo equipamento).

• Identificação das pessoas autorizadas para

emissão do relatório da análise.

• Registro dos desvios ocorridos durante a execução

da análise, amostragem e coleta.

• Interfaceamento do equipamento para o sistema informatizado do serviço.

• Adequação do resultado sorologia x fracionamento.

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Resultado Sorológico (RDC N° 11 – 16.02.12)

Garantir que o resultado foi digitado

corretamente – dupla conferência( Art. 23. Os cálculos e as transferências de dados devem ser submetidos a verificações sistemáticas).

Art. 19. Todos os registros devem ser legíveis, indeléveis, armazenados e preservados de forma a garantir sua recuperação, rastreabilidade e disponibilidade.

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Registros Sorológicos (RDC N° 11 – 16.02.12)

• Art. 20. Os registros de cada análise devem conter informações adequadas e suficientes para estabelecer uma linha de auditoria, possibilitar avaliações técnicas e garantir sua reprodutibilidade.

• Art. 21. As alterações feitas nos registros devem conter a data e a identificação do responsável pela alteração, preservando os dados originais.

- Parágrafo único. Quando ocorrerem erros em registros, cada erro deve ser riscado, não devendo ser apagado, tornado ilegível ou eliminado, devendo ser adotadas medidas equivalentes para os registros eletrônicos.

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Resultado Sorológico (RDC N° 11 – 16.02.12)

• garantir a proteção, guarda, recuperação, transmissão, integridade e confidencialidade dos registros.

• emitir, encaminhar ou transmitir os relatórios analíticos e suas cópias, por meio físico e eletrônico, de forma objetiva, inequívoca, segura e confidencial.

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Emissão dos Laudos (RDC N° 11 – 16.02.12)

• título ou identificação do documento;

• nome e endereço do laboratório e do local onde os ensaios foram realizados;

• Identificação do relatório de ensaio e, em cada página, uma identificação que assegure que a página seja reconhecida como uma parte do relatório de ensaio, e uma clara identificação do final do relatório;

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Emissão dos Laudos (RDC N° 11 – 16.02.12)

• nome e endereço do solicitante;

• identificação do método utilizado e dos valores de referência aceitáveis para o produto testado;

• identificação do ensaio realizado;

• data e hora da coleta, data do recebimento das amostras e da emissão do laudo;

• resultados da análise com as unidades de medida;

• conclusão do resultado.

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Fluxo de Resultados

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• Realizar Leituras nos Equipamentos

• Validar a Rotina

• Conferir Resultados/Dupla Conferência

• Interfaceamento/ Conferência

• Liberações dos Resultados

• Emitir Laudos/Conferências

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Obrigada!!!!

vanderleia@hemocentro,fmrp.usp.br

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