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22 e 23 de Agosto de 2013 UFF Universidade Federal Fluminense Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda Volta Redonda/ RJ Qualidade em serviço oferecido em escola infantil: um estudo de caso no município de São João da Barra à luz das percepções dos professores Eliane Viana da Silva Henrique Rego Monteiro da Hora Ariele Lorena Barbosa da Hora Helder Gomes Costa Resumo O presente estudo tem por objetivo avaliar a qualidade em serviço numa creche-escola, tendo em vista a importância das concepções vigentes na cultura, e mais particularmente entre os agentes responsáveis por organizar e prover o cuidado à criança, na qualidade da experiência da creche, o presente estudo se propôs a investigar concepções e práticas de cuidado entre os professores de uma creche-escola na cidade de São João da Barra. Um total de 20 professores (100% da população de professores da creche) responderam a um questionário, com perguntas fechadas, incluindo uma escala de 5 opções declarando a referida característica de satisfação contendo 39 fatores selecionados como aspectos relevantes para a qualidade da creche; Os resultados encontrados indicam um modelo de creche em termos de concepções que pode ser denominado satisfatório ou insatisfatório quanto ao gráfico utilizado em que a maior porcentagem está abaixo da média, em que a creche é vista como um lugar responsável pela guarda e desenvolvimento físico da criança. Palavras-chave: Avaliação da percepção, Qualidade em serviços educacionais, Educação infantil

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22 e 23 de Agosto de 2013 UFF – Universidade Federal Fluminense

Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda Volta Redonda/ RJ

Qualidade em serviço oferecido em escola infantil: um estudo de

caso no município de São João da Barra à luz das percepções dos

professores

Eliane Viana da Silva

Henrique Rego Monteiro da Hora

Ariele Lorena Barbosa da Hora

Helder Gomes Costa

Resumo

O presente estudo tem por objetivo avaliar a qualidade em serviço numa creche-escola, tendo

em vista a importância das concepções vigentes na cultura, e mais particularmente entre os

agentes responsáveis por organizar e prover o cuidado à criança, na qualidade da experiência

da creche, o presente estudo se propôs a investigar concepções e práticas de cuidado entre os

professores de uma creche-escola na cidade de São João da Barra. Um total de 20 professores

(100% da população de professores da creche) responderam a um questionário, com perguntas

fechadas, incluindo uma escala de 5 opções declarando a referida característica de satisfação

contendo 39 fatores selecionados como aspectos relevantes para a qualidade da creche; Os

resultados encontrados indicam um modelo de creche em termos de concepções que pode ser

denominado satisfatório ou insatisfatório quanto ao gráfico utilizado em que a maior

porcentagem está abaixo da média, em que a creche é vista como um lugar responsável pela

guarda e desenvolvimento físico da criança.

Palavras-chave: Avaliação da percepção, Qualidade em serviços educacionais, Educação

infantil

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Introdução

O conceito de qualidade evoluiu ao longo das décadas em que qualidade do produto era

entendida como sinônimo de perfeição, ou seja, resultado de um projeto e fabricação que

conferiam perfeição técnica ao produto. Na atualidade, as organizações buscam a excelência

em seus produtos e/ou serviços por meio dessas técnicas modernas de administração, mas

afirma que tão somente isto não é suficiente. Para alcançar tal excelência, um plano de ação

voltado para a modernização dos processos de gestão de qualidade deve ser considerado

(BALLESTERO-ALVAREZ, 2010).

Hora, Monteiro e Arica (2010) apontam o crescimento do setor de serviços, nos países

industrializados, graças à globalização e ao uso de novas tecnologias. Neste mesmo

crescimento estão os prestadores de serviços educacionais, que devem se preocupar em

proporcionar qualidade com um alto nível, agregando assim maior valor ao estudante.

A análise da qualidade da educação deve dar-se em uma perspectiva polissêmica, em que o

planejamento consiste na identificação, na análise e na estruturação dos propósitos da

instituição rumo ao que se pretende alcançar, levando em consideração suas políticas e

recursos disponíveis (SILVA, 2009). O exame da realidade educacional, sobretudo em vários

países da Cúpula das Américas, com seus diferentes atores individuais, evidencia que são

diversos os elementos para qualificar, avaliar e precisar a natureza, as propriedades e os

atributos desejáveis ao processo educativo. Os conceitos, as concepções e as representações

sobre o que vem a ser uma educação de qualidade alteram-se no tempo e espaço,

especialmente se considerarmos as transformações mais prementes da sociedade

contemporânea (DOURADO; OLIVEIRA; SANTOS, 2007).

Em uma organização estão envolvidos diversos fatores que contribuem para o seu sucesso

e/ou desenvolvimento. Cada um desses fatores pode interferir diretamente na produtividade

como também em seu resultado final. Nos últimos anos a gestão da qualidade em serviço vem

ganhando destaque e sofrendo mudanças no que diz respeito aos seus aspectos conceituais, no

entanto as organizações sabem que não basta serem as melhores em sua região, mas precisam

ser de classe mundial e preparada para concorrerem em qualquer parte do mundo .

Para conseguir detectar possíveis falhas no ensino público no município de São João da Barra

declaram-se como questão da pesquisa: “Como é a qualidade de ensino básico público na

municipalidade de São João da Barra, no interior do estado do Rio de Janeiro”? As possíveis

deficiências nas escolas públicas no município de São João da Barra precisam ser avaliadas

pelas competências necessárias para com os profissionais, lembrando que competência não é

um estado, e sim um processo de transformação e de refinamento contínuo. Consiste na

mobilização dos conhecimentos “saber”, das habilidades “fazer”, das atitudes “comportar-se”

e das motivações “querer”. Com isso podemos dizer que competência é o atributo marcante

que efetivamente cria benefícios para os alunos.

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Assim sendo, este trabalho tem como objetivo analisar a qualidade do ensino básico de uma

creche pública no município de São João da Barra, norte do estado do Rio de Janeiro, sob o

ponto de vista dos educadores.

Revisão Bibliográfica

Gestão da qualidade

A gestão da qualidade evoluiu ao longo do século XX, passando por quatro estágios

marcantes: a inspeção do produto, o controle do processo, os sistemas de garantia da

qualidade e a gestão da qualidade total. Com a importância dos certificados da qualidade da

ISO 9001, passou a estabelecer requisitos de gestão que dependem da liderança da direção, do

envolvimento das pessoas e de outros princípios de gestão. Com tudo a ISO se destina as

empresas que deseja implementar um sistema de gestão da qualidade que passa a demonstrar

a sua capacidade de atender aos requisitos dos clientes.

Em primeiro lugar, deve-se ter como base que o serviço é diferente do produto industrial,

porque é intangível, e não pode ser armazenado nem inspecionado. Ele também é mais

complexo do que um produto industrial, pois envolve o relacionamento entre pessoas, sendo

sua qualidade, geralmente subjetiva.

Atualmente, há uma crescente participação do setor de serviços nos processos produtivos. Os

insumos intangíveis se consolidam como vetor da nova economia, evidenciando a necessidade

de se conhecer e estudar as particularidades das suas operações. Com o intuito de fidelizar

seus clientes, as empresas têm envidado grandes esforços para atender suas necessidades e

exceder suas expectativas. A escala SERVQUAL é uma das ferramentas que podem auxiliar

neste sentido.

De acordo com Juran (1992, p. 28), é necessário definir o planejamento de qualidade como: i)

A atividade de fixação das metas de qualidade; ii) o desenvolvimento de produtos e processos

necessários à realização daquelas metas. O planejamento de qualidade inclui a fixação de

metas como parte do mapa de planejamento da qualidade, sendo coerente essa inclusão, onde

a maior parte das práticas e tendências são predominantes.

A qualidade do Ensino

Com o passar dos anos a qualidade de ensino estão mudando seus paradigmas e passando a

olhar para si como empresas inseridas em um cenário de negócios. Porém para permanecerem

vivas ao logo do tempo, será necessário adaptar regras essenciais para o desenvolvimento do

mesmo, sendo rápidas e eficazes (SILVA, 2009).

De acordo com Colombo (2004), afirma que para encontrar administradores educacionais que

preocupado com a diminuição do número de matrículas resolvem realizar medições de

pesquisa de marketing.

Neste sentido fazer marketing escolar requer respeitar um calendário de ações e estar presente

o ano inteiro, o que se pode afirmar com segurança é que o aluno que receber um serviço

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educacional sério e de qualidade, oferecido por um corpo docente qualificado e capacitado,

assessorado por funcionários treinados e motivados, com instalações adequadas, em que se

determinam as necessidades, os desejos e interesses de seu público alvo e transformar essas

ansiedades em serviços oferecidos, preservando dessa maneira, seu aluno e captando novos,

começando tudo com um planejamento (COLOMBO, 2004).

Escola pública de qualidade para todos é um ideal de indiscutível valor, porém um enorme

desafio. Sendo assim, uma prática escolar que abre espaço para uma relação de troca e

parceria com a família e sociedade, que transcende a ideia de ensino de qualidade, buscando

profissionais engajados tornando um grupo em que se constitui a partir da ação de um líder

capaz de mobilizar a equipe, que tenha credibilidade com implementador e seja inovador,

visionário (DOURADO; OLIVEIRA; SANTOS, 2007).

Para que haja uma nova gestão escolar é necessário valorizar e investir no capital humano,

conferir autonomia e responsabilidade aos profissionais envolvidos e conferir autoridade ao

líder que atue como organizador articulador e mobilizador dos diversos processos que se

desenvolvem na escola (COLOMBO, 2004).

Quando se fala em ensino básico nos deparamos com um desafio que é como motivar e

mobilizar as pessoas que trabalham na escola. No entanto, o desafio está na busca do

crescimento profissional é necessidade inerente ao que se espera desse novo profissional de

educação, que deve ser empreendedor, comprometido com sua profissão e com a escola em

que trabalha.

De acordo com Colombo (2007, p. 245), o maior desafio hoje é resgatar a credibilidade da

escola que, perante a opinião pública, tem sua imagem desgastada. Isso vai exigir de cada

escola que inicie um trabalho interno de real esforço para fortalecer-se diante de sua própria

comunidade. Um movimento comum nas escolas é oferecer serviços como reforço escolar,

aulas extras etc. A diversificação é positiva, em que o foco principal é que haja um

crescimento na busca do desenvolvimento de novas competências da escola que só é saudável

quando se pode garantir a preservação da qualidade essencial.

Habilidades e Competências na Educação

De acordo com Ron e Soler (2010), a partir do momento que uma instituição de ensino decide

entrar no mundo da formação por competências deve levar em conta que não se pode

simplesmente trazer essas competências do sistema produtivo para os processos de ensino e

de aprendizagem na educação profissional. Faz-se necessária uma tradução educacional

fundamentada, um currículo bem estruturado e uma prática pedagógica eficaz.

Um conjunto de elementos de competência com valor e significado no mundo do trabalho

descreve o que os profissionais devem ser capazes de fazer nas situações de trabalho,

expressam o resultados que espera que as pessoas obtenham na unidade de competência. O

referencial que especifica a qualidade do desempenho em cada elemento de competência está

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em permitir julgar como adequado ou não adequado, satisfatório ou não satisfatório, no

entanto o desempenho do profissional com relação ao elemento de competência permite

verificar se o profissional alcança ou não o resultado descrito no elemento de competência.

Como resultado desse processo, cada qualificação profissional estaria convenientemente

identificada e localizada, propiciando o estabelecimento de uma base sólida para estruturar e

atualizar a educação profissional.

Ainda segundo Ron e Soler (2010) é importante que, para desenvolver competências nos

alunos, o professor deve buscar novas competências para ensinar, na medida em o educador

seja estimulado a desenvolver técnicas de ensino que proporcione satisfação tanto para o

educador quanto o educando, sendo necessário também que haja uma mudança por parte da

escola, adaptando suas práticas e reformulando propostas.

Uma educação profissional sintonizada com os novos cenários do mundo do trabalho, pautada

pelas noções de competência deve portanto, propiciar progressivamente ao trabalhador o

domínio consistente dos fundamentos técnicos e científicos de sua área profissional, o

desenvolvimento de capacidades relativas à cooperação, comunicação, autonomia e

criatividade, com condições de transitar por um leque mais amplo de atividades profissionais

afins, onde o prazer deve se tornar mais importante nesta nova sociedade, sendo provável que

todas estas transformações de estilo de vida venham produzir propostas que desempenham a

qualidade no ensino.

Para Maimone e Tomás (2005), a Escala de Empenho do Adulto, tal como descrita por

Bertram e Laevers (1996) analisa as características pessoais e profissionais que definem a

capacidade de interação da educadora no processo de ensino e aprendizagem (sentir, motivar,

autonomizar a criança), como um fator crítico na qualidade da aprendizagem da criança.

Trata-se de um instrumento de observação, cujo formato é de uma escala de cinco itens, a ser

utilizada para observar os educadores na sua interação com as crianças, possibilitando a

caracterização dos estilos educativos mais comuns num determinado contexto.

De acordo com Andrade (2008), a partir da fundamentação teórico-metodológica em

“alfabetização patrimonial”, foi iniciado o trabalho de campo acreditando que mais do que em

outro momento, era necessário construir uma “escuta sensível” da escola e de seus

movimentos. Sendo assim, é de grande importância ter um “olhar investigativo” e uma

“escuta sensível” em relação ao espaço físico, material e arquitetônico em que o trabalho de

campo foi realizado, acreditando que eles dão pistas para a compreensão das condições e

relações que se mantém naquele lugar.

Metodologia

Classificação da Pesquisa

Esta pesquisa classifica-se, de acordo com Silva e Menezes (2005), quanto à sua abordagem,

como pesquisa qualitativa, pois procura considerar as subjetividades inerentes entre o mundo

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real e o homem. Trata-se de uma pesquisa aplicada, dirigida para resolver problemas práticos

(RICHARDSON et al., 2008, p. 16). A pesquisa aplicada tem por objetivos gerar

conhecimentos para aplicação prática, está dirigida a soluções de problemas específicos,

envolve interesses locais e utiliza-se de uma abordagem qualitativa e quantitativa (SILVA;

MENEZES, 2005, p. 21).

De acordo com Chaves (2009), O espaço na instituição de educação infantil deve propiciar

condições para que as crianças possam usufruí-lo em beneficio do seu desenvolvimento e

aprendizagem. Para tanto, é preciso que o espaço seja versátil e permeável à sua ação. A

rotina na educação infantil pode ser facilitadora ou cerceadora dos processos de

desenvolvimento e aprendizagem.

Ainda segundo Chaves (2009), a pluralidade cultural, isto é, a diversidade de etnias, crenças,

costumes, valores etc., que caracterizam a população brasileira, marca também as instituições

de educação infantil. O trabalho com a diversidade e o convívio com a diferença possibilitam

a ampliação de horizontes tanto para o professor quanto para a criança. A comunicação mais

individualizada entre as famílias e as instituições de educação infantil deve ocorrer desde o

inicio de forma planejada. Após os primeiros contatos, a comunicação entre as famílias e os

professores pode se tornar uma rotina mais informal, mas bastante ativa. Muitos dos

problemas de aprendizagem estão ligados às condições de saúde e de vida do estudante, que

exercem grandes influencia no desempenho escolar.

Segundo Richardson (2008, p. 89), as técnicas qualitativas permitem verificar os resultados

dos questionários e ampliar as relações descobertas, já as técnicas estatísticas podem

contribuir para verificar informações e reinterpretar observações qualitativas, partindo de

observações menos objetivas.

Quanto aos objetivos, esta pesquisa é de característica descritivo-exploratória, porque visa

proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explicito ou a

construir hipóteses. Esse tipo de pesquisa assume em geral a forma de estudo de caso

(SILVA; MENEZES, 2005 p. 21).

Pesquisa Metodológica

Nylander et al. (2012) realizaram pesquisa semelhante em Belém/PA entre os anos de 2010 e

2011, inquirindo 20 educadores por meio de questionário a fim de conhecer o perfil do

profissional de educação destes estabelecimentos.

Maimone e Tomás (2005) utilizam-se da técnica do estudo de caso em uma creche infantil em

uma cidade do interior do estado de Minas Gerais, inquirindo os seis educadores que

atendiam a uma população de 150 crianças de 0 a 6 anos, utilizando-se da Escala de

Desempenho Adulto e de vídeos-gravações para avaliar o desempenho dos educadores de

modo a contribuir para um projeto de formação de educadores infantis.

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Já Andrade (2008) prefere realizar a investigação científica por pesquisa-ação no objeto de

interesse do estudo, frequentando o ambiente de ensino-aprendizagem infantil e interagindo

com seus sujeitos de modo a descrever o mais completamente possível o as particularidades

em que ocorre a educação.

Procedimentos técnicos e população do estudo

Os procedimentos técnicos adotados nesta pesquisa incorporam os elementos relatados em

Nylander et al. (2012), adotando a população de educadores como a de interesse de estudo

para fornecer informações relevantes no processo de ensino-aprendizagem; em Maimone e

Tomás (2005), utilizando do estudo de caso, aprofundando e procurando exaurir uma unidade

de creche e uma escala de avaliação para captar percepções e; e em Andrade (2008), na ida ao

ambiente para observação ativa na captações de informações que justifiquem os resultados.

A pesquisa (survey) foi entregue em mãos aos respondentes, junto com uma pequena

explanação sobre os procedimentos para resposta, e tiveram à disposição o pesquisador por

ocasião do preenchimento das percepções, de modo a sanar as dúvidas mais comuns e dar

todo suporte para garantir a validade e confiabilidade da coleta de dados (HORA;

MONTEIRO; ARICA, 2010).

A coleta de dados começou em 27 de abril de 2013, e encerrou-se no dia 16 de maio, quando

houve uma nova visita ao estabelecimento de educação para coletar os últimos questionários.

Ao todo houve 10 visitas ao local para coleta de dados e observação ativa em horários e dias

aleatórios. Dada a população de interesse do estudo delimitar-se em número reduzido,

prefere-se realizar a pesquisa de forma censitária, compreendendo todos os 20 educadores.

Instrumento de interrogação e técnica para análise dos resultados

O questionário utilizado foi adaptado de Lima e Bhering (2007) a partir de 39 perguntas

fechadas (dicotômica, múltipla escolha), o instrumento permite conhecer aspectos da

informação profissional dos educadores infantis, das condições ambientais em que realizam

seu trabalho no cotidiano da escola, mas especialmente o modo como interagem com as

crianças e pensam o percurso do desenvolvimento infantil nessa fase da vida. O questionário

aplicado encontra-se em anexo a este trabalho.

Os dados coletados são tabulados em planilha eletrônica, e sumarizados por item e agrupadas

por dimensão, de onde é possível verificar o grau de concordância/discordância da população

inquirida por cada pergunta presente do questionário e a freqüência de cada item da escala de

resposta. Apresentado os dados quantitativos é procedida uma breve análise e interpretação

dos resultados. As respostas foram associadas a uma escala quantitativa (Quadro 1) para

cálculos de média e desvio padrão.

Qualitativa Quantitativa

Inexistente 1

Mínimo 2

Regular 3

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Bom 4

Excelente 5

Quadro 1: Associação da escala qualitativa a uma escala quantitativa.

A validade do instrumento de pesquisa, isto é, se o questionário mede aquilo que ele se propõe a medir

(HAYES, 1995) é atestada em Lima e Bhering (2007), pois trata-se do mesmo perfil de população de

interesse, e a confiabilidade dos dados é verificada pelo coeficiente alfa de Cronbach atestada pela

consulta a especialistas (HORA; MONTEIRO; ARICA, 2010), uma vez que os educadores da creche-

escola são os atores inerentes e imersos no processo. Contudo, o coeficiente alfa de Cronbach também

é calculado para verificação suplementar.

Estudo de caso

Descrição do objeto de estudo

A presente pesquisa foi realizada em uma creche-escola municipal, localizada no distrito de Grussaí,

no município de São João da Barra, norte do estado do Rio de Janeiro, e tem em seu corpo de

funcionários uma diretora nomeada pelo poder executivo, vinte professores, dez auxiliares de creche,

um orientador pedagógico, um orientador educacional, duas auxiliares de secretaria, uma

psicopedagoga, uma assistente social, uma psicóloga, quatro merendeiras e duas auxiliares de

merenda.

Apesar do nome da creche-escola não ser divulgado, a pesquisa foi executada com conhecimento e

autorização da diretoria da mesma, e recebeu apoio na aplicação do questionário e acesso facilitado às

dependências.

Na Tabela 1, apresentam-se os coeficientes de confiabilidade alfa de Cronbach, calculados conforme

descrito em Hora; Monteiro e Arica (2010).

Tabela 1: Resultado da análise de confiabilidade pelo alfa de Cronbach.

Dimensão Alfa

Espaço e mobiliário 0,8225

Rotinas de cuidado pessoal 0,5320

Linguagem oral e compreensão 0,8918

Atividades 0,9505

Interação 0,9436

Estrutura do programa 0,9426

Pais e equipe 0,9360

Os valores apresentados por dimensão na Tabela 1 atestam a confiabilidade dos dados, isto é,

em se repetindo a coleta, os resultados serão próximos, desvios somente dentro da variação

normal de medições (HAYES, 1995). Apesar de não haver um valor de corte que indique o

limiar entre confiável e não confiável, admite-se 0,60 como uma boa referência para tal. O

valor de 0,5320 apesar de baixo, é compensado com o fato de da confiabilidade dos dados

também ser atestada pela confiança da população consultada (HORA; MONTEIRO; ARICA,

2010).

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Resultados

Para cada dimensão avaliada, são apresentados dois gráficos, indicados como (a) e (b). O

primeiro apresenta o desempenho médio de cada item calculado a partir da escala

quantitativa, tendo seu desvio padrão ilustrado nas linhas de intervalo. O segundo gráfico

apresenta a distribuição de respostas dentro da escala qualitativa apresentada aos

respondentes. Os itens analisados são organizados por dimensão, e tem sua descrição

disponível no questionário em anexo.

Espaço e mobiliário

Esta dimensão procura avaliar os itens de tangibilidade do serviço ofertado, e a partir da

Figura 1.a observa-se que há um desempenho satisfatório (acima de três) em quase todos os

quesitos, excetuando-se somente o item Q3, que avalia as provisões para relaxamento e

conforto das crianças e apresentou somente 24% das respostas como Bom ou Excelente

(Figura 1.b).

3,483,29

2,81

3,52

3,05

1

2

3

4

5

Q1 Q2 Q3 Q4 Q5

Méd

ia

Questões

1. Espaço e mobiliário

(a)

14%5%

19%

24%

29%29%

67%

43%

24%

14%

52%

24% 19%

29%24%

5% 5% 5%

24% 19%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Q1 Q2 Q3 Q4 Q5Questões

Po

rce

nta

gen

s

Inexistente Mínimo Regular Bom Excelente

(b)

Figura 1: Resultados das médias (a) e distribuição das respostas na dimensão (b) para a dimensão ‘Espaço e

mobiliário’.

O baixo desempenho no item Q3, e o item limítrofe Q5, sobre exposição de materiais para crianças

podem ser justificados pela complexidade de logística de ressuprimento própria das unidades públicas

no Brasil, que passam por processos licitatórios públicos longos e burocráticos.

Rotinas de cuidado pessoal

A Figura 2.a apresenta os resultados da dimensão de 'Rotinas de cuidado pessoal', que inquire a

população acerca dos procedimento quotidianos das necessidades próprias das crianças. O único

desempenho que pode ser considerado ruim é o do quesito 8, sobre a qualidade de sono. As respostas

'Inexistente', 'Ruim' e 'Regular' somam mais de 60% (Figura 2.b).

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4,004,10

3,00

3,48

3,053,14

1

2

3

4

5

Q6 Q7 Q8 Q9 Q10 Q11

Méd

ia

Questões

2. Rotinas de cuidado pessoal

(a)

0% 0%

19%5% 5% 5%0% 0%

10%

19%

38%24%

10% 14%

33%

10%

10% 33%81%

62%

29%

57%

43% 29%

10%24%

10% 10% 5% 10%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Q6 Q7 Q8 Q9 Q10 Q11

Questões

Po

rce

nta

gen

s

Inexistente Mínimo Regular Bom Excelente

(b)

Figura 2: Resultados das médias (a) e distribuição das respostas (b) para a dimensão "Rotinas de cuidado

pessoal".

Não há rigidez dentro das regras sobre horário de descanso coletivo dentro da creche-escola, e as

crianças são livres para descanso ou não dentro do horário de permanência dos mesmos no

estabelecimento. Acredita-se que esta situação seja motivação do baixo desempenho deste quesito.

Quanto ao quesito 10, sobre práticas de saúde, os cuidados de troca de fraldas e higiene pessoal, são

praticados regularmente, por norma da escola, mas a administração de medicamentos, mediante a

prescrição médica, é facultada aos educadores a fazê-lo ou não.

Linguagem oral e compreensão

Na Figura 3.a verifica-se os desempenhos médios da dimensão "Linguagem oral e compreensão", que

se ocupa em avaliar os esforços para compreensão da criança e formação de vocabulário, além de

utilização de livros educativos e didáticos de acordo com as idades. É possível observar desempenhos

acima de 3 em todos os itens, mas o quesito 14 apresenta-se limítrofe para abaixo da média,

apresentando, de acordo com a Figura 3.a, uma grande concentração de respostas que apontam esta

atividade como inexistente ou de desempenho ruim.

3,673,52

3,05

1

2

3

4

5

6

Q12 Q13 Q14

Méd

ia

Questões

3. Linguagem oral e compreensão

(a)

5%14%

24%24%

14%

19%5% 10%

14%33% 29%

14%

33% 33% 29%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Q12 Q13 Q14

Questões

Po

rce

nta

gen

s

Inexistente Mínimo Regular Bom Excelente

(b)

Figura 3: Resultados das médias (a) e distribuição das respostas (b) para a dimensão "Linguagem oral e

compreensão".

A escola-creche não possui uma biblioteca adequada, com títulos direcionados às necessidades da

faixa etária dos estudantes. A diversidade de respostas observadas na Figura 3.a dá-se também pela

diversidade de alunos atendidos, sendo esta atividade desenvolvidas com uns com idade mais

desenvolvida, e não com outros. Contudo, dentro das possibilidades dos educadores, e com os recursos

disponíveis, um bom trabalho é desenvolvido.

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Atividades

No gráfico da Figura 4.a, da dimensão sobre as atividades pedagógicas de desenvolvimento da criança,

apresentam-se os desempenhos médios dos quesitos consultados. Os quesitos abaixo de três são as

atividades com bloco (Q19), areia e água (Q21) e uso de TV e computador (Q23). O baixo

desempenho é verificado do quesito 21 é corroborado pela Figura 4.b, aonde quase a metade dos

educadores informam que não há atividades relacionadas com areia e água. A maioria dos educadores

não desenvolve atividades deste tipo dada a necessidade de espaço físico e/ou materiais pedagógicos

para a atividade.

3,763,52

3,143,33

2,95

3,29

2,43

3,102,86

3,62

1

2

3

4

5

6

Q15 Q16 Q17 Q18 Q19 Q20 Q21 Q22 Q23 Q24

Méd

ia

Questões

4. Atividades

(a)

10% 5%

29% 24% 19%33%

48%

5% 0% 5%

5%24%

10%10% 24% 0%

5%

38%38%

14%

14%

10%

10%10%

14%

14%

10%

10%

43%

24%

43%38% 24%

24%

29%

10%

33%38%

14%

29%

29% 24% 29% 33%

14%

43%

5% 10% 5%

29%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Q15 Q16 Q17 Q18 Q19 Q20 Q21 Q22 Q23 Q24

Po

rce

nta

gem

Inexistente Mínimo Regular Bom Excelente

(b)

Figura 4: Resultados das médias (a) e distribuição das respostas (b) para a dimensão "Atividades".

É compreensível que as atividades com TV e computador tenham baixo desempenho, uma vez que não

há computadores destinados às atividades das crianças, e a disponibilidade dos aparelhos de áudio e

vídeo são limitadas, seja por defeito e demora no reparo, seja por concorrência de uso. Ou seja, a

atividade é existente (0 % para inexistente), mas não é operacional e regular.

Interação

A dimensão de interação, que avalia as múltiplas faces do relacionamento entre as crianças e os atores

do processo de ensino-aprendizagem na creche-escola, entre crianças (Q26), e com a equipe de

educadores(Q26), tanto na sua supervisão (Q25) quanto na disciplina (Q28), apresentou bom

desempenho em todos os itens, como pode ser verificado na Figura 5.a com médias sempre acima de

três, e na Figura 5.b, aonde é possível observar, por exemplo, que não houve nenhuma resposta

avaliando como inexistente a supervisão (Q25), e obteve valores mínimos nos outros quesitos.

3,953,76 3,71

3,52

1

2

3

4

5

6

Q25 Q26 Q27 Q28

Méd

ia

Questões

5. Interação

(a)

0%10% 10% 5%

14%5% 5% 10%

29%19% 24% 29%

5%33% 29%

43%

52%

33% 33%

14%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Q25 Q26 Q27 Q28

Questões

Po

rce

nta

gen

s

Inexistente Mínimo Regular Bom Excelente

(b)

Figura 5: Resultados das médias (a) e distribuição das respostas (b) para a dimensão "Interação".

22 e 23 de Agosto de 2013 UFF – Universidade Federal Fluminense

Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda Volta Redonda/ RJ

O bom desempenho neste bloco de questões é atribuído ao fato de as atividades de interação

dependerem exclusivamente do desempenho e dedicação dos educadores responsáveis às suas

turmas, que têm por procedimento próprio incentivar e liderar atividades pedagógicas

coletivas.

Estrutura do programa

A dimensão 'Estrutura do programa' propõe avaliações acerca da elaboração da agenda e o

balanceamento de atividades. Na Figura 6.a verifica-se que o quesito que aborda a adequação

da creche-escola sobre a abordagem de crianças com necessidades especais., o desempenho é

pífio. Observando a Figura 6.b indica que mais da metade dos educadores afirma que este

item não é contemplado no programa ou se é, o é em uma avaliação mínima.

3,48 3,573,43

2,52

1

2

3

4

5

Q29 Q30 Q31 Q32

Méd

ia

Questões

6. Estrutura do programa

(a)

0% 0% 0%

29%14%

29% 29%

33%

38% 14% 19%

5%33%

29%33%

24%

14%29%

19%10%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Q29 Q30 Q31 Q32

Questões

Po

rce

nta

gen

s

Inexistente Mínimo Regular Bom Excelente

(b)

Figura 6: Resultados das médias (a) e distribuição das respostas (b) para a dimensão "Estrutura do programa".

Ainda relacionado com a Figura 6.b, é interessante notar que nos quesitos Q29, Q30 e Q31, todos os

respondentes afirmam há, em algum nível, os itens abordados (programação da atividade, atividades

livres e atividades em grupos), figurando em 0% a distribuição de 'Inexistente'.

Não há adequação das instalações físicas para portadores de necessidades especiais, sejam estas

permanentes ou provisórias, e apesar da secretaria municipal de educação oferecer esporadicamente

seminários para tratar o assunto, as práticas nunca tivera condições de serem implementadas no local

estudado, e os educadores (em todo seu corpo docente) não estão preparados para receber e atender

estas crianças.

Pais e equipe

No processo de ensino-aprendizagem, em qualquer parte da formação da criança, é necessário

considerar os pais e responsáveis, fazendo-os co-autores deste processo, além é claro da gestão da

equipe de educadores. A dimensão ‘Pais e equipe’ aborda estes quesitos, e tem seus desempenhos

ilustrados na Figura 7 a e b.

22 e 23 de Agosto de 2013 UFF – Universidade Federal Fluminense

Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda Volta Redonda/ RJ

3,86

3,48 3,38 3,29 3,33

3,71

3,29

1

2

3

4

5

6

Q33 Q34 Q35 Q36 Q37 Q38 Q39

Méd

ia

Questões

7. Pais e equipe

(a)

5% 5% 5% 5% 0% 0% 5%

14% 14% 14% 14% 24%10%

14%

10%

33% 33%43% 29%

38%

38%33%

24%33%

24% 38%

24%

33%38%

24%14% 14% 10%

29%

10%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Q33 Q34 Q35 Q36 Q37 Q38 Q39

Questões

Po

rce

nta

gen

s

Inexistente Mínimo Regular Bom Excelente

(b)

Figura 7: Resultados das médias (a) e distribuição das respostas (b) para a dimensão "Pais e equipes".

A participação e envolvimento dos pais são avaliados de forma positiva, bem como a gerência da

equipe de educadores. Todos os itens são avaliados acima de três, e não se observa nenhum crítico. A

distribuição de respostas também se apresenta sem nenhuma concentração de respostas que demande

atenção para análise mais detalhada.

Conclusões

Este trabalho atinge seu objetivo ao fornecer avaliar criticamente os serviços prestados em uma

creche-escola, sob o ponto de vista da percepção do corpo de educadores, e fornece informações que

podem melhorar a prestação de serviços nas creches da rede pública municipal de São João da

Barra/RJ.

A força desse modelo, em concepções e práticas, não deve ser subestimada, embora os dados sejam

oriundos de apenas uma creche. Entretanto, é conveniente assinalar que essa instituição parece ser

perfeitamente representativa do que é a experiência de creche para parcelas consideráveis da

população infantil que utilizam esse serviço.

Observa-se que os quesitos avaliados que dependem de infraestrutura e material de consumo obtém

desempenho fraco, e atribui-se este baixo desempenho às burocracias de falta habilidade na logística

de ressuprimento característicos de municípios do interior do país. Por outro lado, os quesitos

avaliados que dependem do comprometimento pessoal do corpo de educadores possui desempenho

favorável, que é atribuído ao compromisso dos funcionários com as crianças assistidas pela creche-

escola.

Subtende-se que este resultado se reflete na desestimulação do corpo docente, apontando para a

necessidade de investimentos da administração municipal principalmente em infraestrutura, mas

também em formação continuada de seus funcionários, preparando-os para os desafios de uma

educação inclusiva eficiente.

Após este trabalho, é possível realizar um estudo de redefinição de dimensões e dos itens pertencentes

a cada dimensão. Os pesquisadores e planejadores da área devem provavelmente, focalizar os modelos

implícitos de creches, como um alvo prioritário na busca de soluções para elevar a qualidade do

serviço fornecido à criança.

Outro trabalho interessante a ser desenvolvido a partir deste é uma revisão de todos os itens, a fim de

proporcionar melhorias. Embora tais mudanças possam gerar diferenças nas políticas adotadas,

22 e 23 de Agosto de 2013 UFF – Universidade Federal Fluminense

Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda Volta Redonda/ RJ

acredita-se que elas são menos importantes para a discussão aqui apresentada, que trata mais de

modelos construídos e compartilhados socialmente, não apenas pelas autoridades responsáveis, mas

principalmente pela comunidade envolvida.

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na Educação Infantil. Trabalho de conclusão de curso (Licenciatura em Pedagogia) Universidade do Estado do

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22 e 23 de Agosto de 2013 UFF – Universidade Federal Fluminense

Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda Volta Redonda/ RJ

Anexo: Questionário

Temas Itens

Inex

iste

nte

Mín

imo

Reg

ula

r

Bo

m

Ex

cele

nte

EXEMPLO EXEMPLO X

1. Espaço interno

2. Móveis para cuidados de rotina e brincadeiras

3. Provisões para relaxamento e conforto

4. Organização da sala

1. Espaço e

mobiliário

5. Exposição de materiais para crianças

6. Chegada/Saída

7. Refeições/merendas

8. Sono

9. Troca de fraldas/Uso de banheiro

10. Práticas de saúde

2. Rotinas de

cuidado pessoal

11. Práticas de segurança

12. Auxílio às crianças para compreenderem a linguagem

13. Auxílio às crianças para usarem a linguagem 3. Linguagem oral

e compreensão 14. Uso de livros

15. Motora fina

16. Atividade física

17. Arte

18. Música e movimento

19. Blocos

20. Dramatizações

21. Areia/Água

22. Natureza/Ciências

23. Uso de TV, vídeo e/ou computador

4. Atividades

24. Promoção da aceitação de diversidade

25. Supervisão do brincar e do processo de aprendizagem

26. Interação criança-criança

27. Interação equipe-criança 5. Interação

28. Disciplina

29. Programação

30. Atividade livre

31. Atividades em grupo

6. Estrutura do programa

32. Medidas para crianças com necessidades especiais

33. Medidas para o envolvimento dos pais

34. Medidas para as necessidades pessoais da equipe

35. Medidas para atender as necessidades profissionais da equipe

36. Interação e cooperação entre a equipe

37. Estabilidade da equipe

38. Supervisão e avaliação da equipe

7. Pais e equipe

39. Oportunidades para desenvolvimento profissional