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Questão Nuclear

Resumo das Notícias dos

Últimos 12 Meses

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DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 08/01/2018 | France-Presse | Leia em : Correio Braziliense

EUA querem que Coreia do Norte interrompa testes nucleares para negociação

O fim dos testes nucleares norte-coreanos é a principal condição de Washington para negociar com o regime de Pyongyang.

A interrupção dos testes nucleares deveria se estender "por um período suficientemente longo" antes de que as discussões

possam passar para "a fase seguinte".

Donald Trump disse que "poderíamos falar em um certo momento com a Coreia do Norte, mas muitas coisas teriam que

acontecer antes disso".

O presidente americano havia afirmado ontem que estava disposto a conversar por telefone com o líder norte-coreano, Kim

Jong-Un, depois que apareceram sinais tímidos de melhoria na relação entra as duas Coreias.

POLÍTICA | ORIENTE MÉDIO | 08/01/2018 | France-Presse | Leia em : Correio Braziliense

Dez momentos-chave no Irã desde a Revolução Islâmica em 1979

Conheça a seguir os acontecimentos que marcaram o Irã desde a Revolução Islâmica de 1979, que acabou com a

monarquia.

A proclamação da República Islâmica

1979: o xá Mohammad Reza Pahlavi, apoiado pelos Estados Unidos, parte para o exílio após meses de protestos.

Em seguida, o aiatolá Ruhollah Khomeini, líder revolucionário, retorna triunfante do exílio. O governo do xá cai: é

proclamada a República Islâmica.

1979: crise dos reféns americanos

1979: estudantes partidários de Khomeini tomam como reféns 52 americanos na embaixada dos Estados Unidos em Teerã.

Washington rompe as relações diplomáticas em 1980. Os reféns são libertados em 1981, após 444 dias de cativeiro.

1980: guerra Irã-Iraque

1980: o Iraque invade o Irã depois que seu então presidente Saddam Hussein rompeu o tratado de 1975 sobre o estratégico

canal de Shatt al-Arab, desencadeando um conflito de oito anos no qual um milhão de pessoas morreram.

A guerra, uma das mais longas e mortais no Oriente Médio, termina em 1988 com um cessar-fogo negociado pela ONU.

1989: Khamenei, guia supremo

Khomeini morre em 1989 e o aiatolá Ali Khamenei, presidente desde 1981, torna-se o guia supremo iraniano.

1997-2005: o distanciamento

1999: o governo enfrenta os maiores protestos desde 1979, nos quais ocorrem confrontos entre os estudantes e a Polícia.

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2002: um 'eixo do mal'

2002: o então presidente americano George W. Bush coloca o Irã em uma lista de "eixos do mal", junto com Iraque e Coreia

do Norte, os quais acusam de apoiar o terrorismo.

2005: começa a era Ahmadinejad

2005: o ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad é eleito presidente. Ele afirma que deveria "varrer do mapa" Israel.

Durante sua presidência, o Irã começa a enriquecer urânio, o que alarma o Ocidente, que acredita que Teerã quer fabricar

uma arma nuclear.

Sua reeleição em 2009 desencadeia uma crise política, com a repressão de protestos por todo o país, que dizima o

movimento reformista.

2015: o acordo nuclear

A eleição do clérigo moderado Hassan Rohani, em 2013, supõe um degelo das relações com os Estados Unidos.

Rohani e o presidente americano Barack Obama falam por telefone, um tipo de contato inédito desde a Revolução

Islâmica.

Em 2015, o Irã alcança um acordo com as potências mundiais sobre seu programa nuclear, acabando com 12 anos de crise.

O acordo dá um respiro ao Irã ao aliviar as sanções econômicas em troca de limitar seu programa.

2016: ruptura com a Arábia Saudita

Em 2016, a Arábia Saudita, rival regional do Irã, e seus aliados rompem relações diplomáticas com Teerã, ou as reduzem,

após a crise gerada pela execução por Riad do clérigo xiita xeque Nimr al-Nimr.

2017: onda de protestos

Em 2017, Rohani é reeleito com o apoio dos reformistas e graças a uma maioria de votos dos jovens.

Não obstante, aumentam as críticas dos que consideram que não cumpriu com suas promessas eleitorais e que deixou de

lado os mais pobres com suas políticas de austeridade.

DESARMAMENTO NUCLEAR | EUROPA | 12/01/2018 | Estado de São Paulo | Leia em : Estadão

UE enfatiza apoio a acordo nuclear com Irã em meio a ameaças de Trump

A União Europeia enfatizou seu apoio ao acordo nuclear com o Irã e ressaltou que pacto cumpre seu objetivo, em meio a

incertezas sobre eventuais sanções do presidente americano Donald Trump contra Teerã.

Apesar do apoio explícito dos europeus, Trump deve decidir se impõe de novo uma série de sanções econômicas suspensas

depois que o Irã cumpriu um dos compromissos do pacto. O Irã já disse estar preparado para todos os cenários.

Estabilidade

Os europeus estão especialmente preocupados com a estabilidade em uma região onde o Irã xiita apoia o regime sírio de

Bashar Assad, o Hezbollah libanês e os rebeldes houthis do Iêmen, assim como pelo impacto neste sentido da futura

decisão do presidente americano.

Os chanceleres europeus também teriam alcançado um princípio de acordo com os iranianos para iniciar um diálogo sobre

os temas que não estão no acordo, como a situação no Iêmen.

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DESARMAMENTO NUCLEAR | ORIENTE MÉDIO | 15/01/2018 | EFE | Leia em : Agência Brasil

Irã qualifica novas sanções dos EUA de "ilegais" e ameaça com resposta

O Ministério de Assuntos Exteriores do Irã condenou as novas sanções impostas pelos Estados Unidos, qualificando-as de

"ilegais e hostis".

"O senhor Trump continua com suas medidas hostis contra o povo do Irã e menciona ameaças que já várias vezes foi

incapaz de aplicar (...), diz a nota.

O departamento iraniano também reagiu às ameaças feitas pelo presidente americano contra o acordo nuclear, assinado

em 2015 entre Irã e seis grandes potências.

O Ministério de Assuntos Exteriores insistiu em que não adotará "nenhuma medida além dos compromissos que contraiu

com o JCPOA", sigla em inglês pela qual se conhece formalmente o pacto nuclear.

Tampouco permitirá que se estabeleça conexão entre este acordo e outros temas, nem aceitará "nenhuma mudança, nem

agora, nem no futuro" do tratado.

Trump decidiu ontem manter ativo um mecanismo que suspende temporalmente as sanções ao Irã por causa de seu

programa nuclear, algo sobre o qual deve se pronunciar a cada 120 dias por força da lei, mas deu um ultimato à Europa

para modificá-lo.

ITAMARATY | BRASIL | 16/01/2018 | Itamaraty | Leia em : Itamaraty

Prêmio concedido ao Brasil pela Associação de Controle de Armas

A “Arms Control Association” (ACA) agraciou as delegações de desarmamento do Brasil, África do Sul, Áustria, Irlanda,

México e Nova Zelândia e a embaixadora Elayne Whyte Gómez (Costa Rica) com o prêmio “Arms Control Persons of the

Year” pela liderança nas negociações que levaram à adoção do Tratado para a Proibição de Armas Nucleares (TPAN).

O TPAN foi negociado ao longo de 2017, ao abrigo da Assembleia Geral das Nações Unidas, e preenche lacuna na área de

desarmamento, ao banir as armas nucleares. Trata-se de importante vitória das Nações Unidas e do multilateralismo.

Primeiro país a assinar o TPAN, o Brasil congratula-se com os demais países que receberam a homenagem, reafirma seu

compromisso constitucional com o uso pacífico da energia nuclear e conclama a comunidade internacional a engajar-se nos

esforços que levem à completa e irreversível eliminação das armas nucleares.

DESARMAMENTO NUCLEAR | INTERNACIONAL | 26/01/2018 | Barbara Goldberg | Leia em : Reuters

"Relógio do Apocalipse" fica o mais próximo da meia-noite desde Guerra

Fria por ameaça nuclear

Cientistas avançaram em meio minuto o simbólico “Relógio do Apocalipse”, dizendo que o mundo está o mais perto da

aniquilação desde o auge da Guerra Fria devido à resposta ruim dos líderes mundiais às ameaças de guerra nuclear.

Essa foi a segunda ocasião em que o relógio, criado pelo Boletim de Cientistas Atômicos como um indicador da

susceptibilidade do mundo ao cataclismo, foi avançado desde a eleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,

em 2016.

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Faltando dois minutos para a meia-noite, o relógio está o mais perto da catástrofe desde 1953, devido aos perigos de um

holocausto nuclear pelo programa de armas da Coreia do Norte, envolvimentos de Estados Unidos e Rússia, tensões no Mar

do Sul da China e outros fatores.

Os perigos não controlados ligados às mudanças climáticas foram outro fator que cientistas citaram ao avançar o relógio.

Uma preocupação geral foi o que os cientistas descreveram como o desaparecimento da diplomacia sob a administração

Trump.

“A diplomacia internacional foi reduzida a xingamentos, dando um senso surrealista de irrealidade que torna a situação da

segurança mundial ainda mais ameaçadora”, disse o grupo.

POLÍTICA | ÁSIA | 29/01/2018 | Reuters | Leia em : O Globo

China diz esperar que relações com o Japão voltem ao normal

A China espera trabalhar com o Japão para recuperar o curso normal das relações entre os países.

Os laços entre China e Japão, segunda e terceira maiores economias do mundo, respectivamente, também têm sido

afetados por uma disputa territorial de longa data sobre um grupo de ilhotas do Mar da China Oriental e suspeitas da China

sobre os esforços do primeiro-ministro japonês Shinzo Abe para alterar a Constituição pacifista do Japão.

No entanto, os dois países têm buscado melhorar as relações, e Abe e o presidente chinês Xi Jinping se encontraram em

novembro nos bastidores de uma reunião regional no Vietnã.

Há forte desejo do Japão de melhorar as relações, e a China aprova isso, uma vez que melhores laços estão nos interesses

de ambos os países.

Os dois países compartilham uma grande responsabilidade em salvaguardar a estabilidade e a prosperidade da Ásia e do

mundo em geral:

O Japão pressionou a China repetidamente a fazer mais para ajudar a controlar os programas de mísseis da Coreia do Norte

e seus programas nucleares. A China diz estar comprometida a aplicar as sanções das Nações Unidas, mas que todas as

partes precisam fazer mais para reduzir as tensões e reiniciar negociações.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ESTADOS UNIDOS | 05/02/2018 | DW.com | Leia em : Deutsche Welle

Líderes internacionais condenam "revisão nuclear" dos EUA

Alemanha reforça o coro de condenação às intenções de Trump de expandir o arsenal nuclear nacional. Irã aponta

hipocrisia e violação do TNP.

O ministro alemão do Exterior, Sigmar Gabriel, uniu-se ao coro crítico contra a decisão recentemente anunciada pelos

Estados Unidos de renovar e expandir seu arsenal nuclear.

O comentário do chefe da diplomacia da Alemanha veio em reação à assim chamada Revisão da Postura Nuclear. A

administração Donald Trump delineia sua nova estratégia militar e nuclear. Além disso, o Pentágono classificou Rússia e

China como as principais ameaças aos EUA.

Gabriel admitiu que a anexação da península ucraniana da Crimeia pelo governo de Vladimir Putin provocou uma

"dramática perda de confiança na Rússia", tanto nos EUA quanto na Europa. "Os sinais de que a Rússia está se rearmando,

não só convencionalmente, mas com armas nucleares, são óbvios."

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No entanto, ao invés de desenvolver novas armas, Berlim se empenhará "junto a seus aliados e parceiros" pela continuação

do desarmamento global e para que "os tratados de controle de armas existentes sejam mantidos incondicionalmente",

prometeu.

Pressão internacional contra Trump

O Ministério da Defesa da China declarou-se "em firme oposição" à estratégia nuclear proposta pela administração Trump.

O presidente do Irã, Hassan Rouhani, condenou as estratégias propostas pelo Pentágono, acusando Trump de hipocrisia ao

se opor ao programa nuclear iraniano. "Como alguém pode falar de paz mundial, quando ao mesmo tempo fala de novas

armas nucleares e ameaça seus principais inimigos?", comentou.

O ministro do Exterior do país, Mohammad Javad Zarif, advertira que a política nuclear de Washington colocaria a

humanidade "mais próxima da aniquilação", acrescentando que ela viola o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares

(TNP), assinado em 1970 por quase todos os países, inclusive os EUA.

Declarando-se "profundamente decepcionado", o governo da Rússia igualmente criticou no sábado a proposta americana,

por seu caráter "belicoso e antirrusso", assegurando que responderá à altura para garantir a própria segurança.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ESTADOS UNIDOS | 21/02/2018 | Joan Faus | Leia em : el País

Quebra de confiança entre EUA e Rússia põe em cheque redução de arsenais

atômicos

Desenvolvimento de torpedos nucleares russos leva Pentágono a fomentar fabricação de novos mísseis.

A confiança entre os Estados Unidos e a Rússia que permitiu a crescente desnuclearização das duas potências se quebrou.

Washington acusou Moscou de violar um tratado de 1987 ao desenvolver em segredo um novo sistema de mísseis. Esse

pacto, firmado pelo presidente norte-americano Ronald Reagan com seu homólogo soviético, Mikhail Gorbachov, proíbe o

desenvolvimento de mísseis balísticos ou de cruzeiro de alcance intermediário. Foi um marco da Guerra Fria. Na época teve

início um processo de desnuclearização que parece estar chegando ao fim.

A desconfiança entre as duas potências nucleares está hoje no máximo. O relatório do Pentágono adverte que o

desenvolvimento por parte da Rússia de novos torpedos nucleares – que, embora aparentemente respeitem o tratado de

redução nuclear START, de 1991 – representa um claro desafio: podem cruzar o Pacífico sem serem detectados e atingir

boa parte dos EUA.

Essa crescente ameaça é o que alega o Governo de Donald Trump para expandir seu arsenal de ataque atômico,

acelerando a modernização que Obama já iniciou. A nova estratégia do Pentágono aposta no desenvolvimento, dentro dos

termos dos acordos internacionais, de um míssil de cruzeiro que seria disparado de submarinos. E também novas ogivas

nucleares, que descreve como de baixa intensidade, as que são equiparáveis às bombas atômicas despejadas sobre o Japão

em 1945.

O START, que Gorbachov selou com George H. W. Bush (sucessor de Reagan), reduziu drasticamente o arsenal nuclear das

duas superpotências.

Em 2010, ao subscrever a segunda versão do acordo, o Novo START, que reduziu em 85% a capacidade atômica

norteamericana desde seu máximo na Guerra Fria, o presidente Barack Obama confiou em um desenlace semelhante.

Volta o dogma da paz por meio da força que era um lema do republicano Reagan. A ele se une o isolacionismo de Trump e

seu receio do multilateralismo. Tudo sob a percepção da atual Administração de que Obama – vencedor em 2009 do

Prêmio Nobel da Paz por sua aposta no desmantelamento nuclear– foi ingênuo e de que a Rússia há tempos não acredita

nos acordos de redução do arsenal porque o vem aumentado.

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DESARMAMENTO NUCLEAR | ORIENTE MÉDIO | 23/02/2018 | Folha | Leia em : Folha de São Paulo

Irã está cumprindo acordo nuclear, afirma relatório da Aiea

O Irã tem se mantido dentro das restrições impostas pelo acordo nuclear de 2015 com potências ocidentais, afirma

relatório confidencial da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea).

A República Islâmica não excedeu seus limites nos estoques de urânio de baixo enriquecimento e de água pesada e não

enriqueceu urânio acima do limite de 3,63% de pureza determinado pelo acordo, que levantou sanções internacionais

contra Teerã.

O acordo teve como meta estender o tema necessário para que o Irã construísse uma bomba nuclear para cerca de um ano,

em vez de meses, e vem sendo alvo de críticas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que tem pressionado países

europeus e o Congresso americano para consertar o que chama de "falhas terríveis" no documento.

Trump estendeu o acordo nuclear, mas disse que seria a última vez, para dar uma chance aos aliados dos EUA de corrigi-lo

num prazo de 120 dias. São signatários do texto, além de EUA e Irã, Reino Unido, França, Alemanha, China e Rússia.

O Irã acusa Washington de tentar sabotar o acordo.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ESTADOS UNIDOS | 02/03/2018 | Folha | Leia em : Folha de São Paulo

Putin anuncia novo míssil nuclear e ameaça os Estados Unidos

O presidente russo Vladimir Putin disse que o país desenvolveu uma nova linha de armas nucleares que incluem mísseis que

não podem ser detectados pelos sistemas de defesa.

Segundo Putin, a decisão russa de ampliar seu arsenal nuclear foi tomada depois que os Estados Unidos decidiram deixar

um acordo antimísseis assinado em 1972. "Na ocasião, vocês não ouviram nosso país. Então nos ouçam agora", disse ele.

Putin disse ainda que o novo míssil pode atingir qualquer lugar do mundo e pediu que os russos sugiram um nome para o

equipamento. Ele anunciou ainda um drone capaz de carregar uma ogiva nuclear e que pode ser usado embaixo da água.

A fala foi feita 17 dias antes da eleição presidencial, na qual Putin é amplo favorito para conquistar seu quarto mandato no

comando do país. Além das declarações sobre as armas, o discurso teve ainda promessas de melhoria da economia russa.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 07/03/2018 | Folha | Leia em : Folha de São Paulo

Seul diz que Coreia do Norte aceita suspender seu programa nuclear

O ditador norte-coreano Kim Jong-un disse a diplomatas da Coreia do Sul que está disposto a iniciar um diálogo com os

Estados Unidos sobre o fim de seu programa nuclear e que aceita suspender os testes de mísseis durante as negociações.

Segundo ele, o governo norte-coreano teria dito que não há necessidade de manter seu programa nuclear caso receba

garantias internacionais de que o país não sofrerá um ataque militar e que o atual regime será respeitado.

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Caso a declaração seja confirmada por Pyongyang, será a primeira vez desde que Kim chegou ao poder em 2011 que ele

sinaliza a possibilidade de abrir mão de seu programa nuclear.

Em seu discurso de Ano Novo Kim deixou de lado as trocas de acusações contra Trump e elogiou o país vizinho,

expressando a vontade que atletas norte-coreanos participassem da Olimpíada de Inverno, na cidade sul-coreana de

PyeongChang.

O processo culminou com as duas Coreias desfilando juntas na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, enquanto Moon,

o presidente sul-coreano, se sentava na tribuna ao lado de Kim Yo -jong, irmã do ditador norte-coreano.

A Casa Branca não se manifestou oficialmente sobre o assunto, mas Trump comentou o assunto nas redes sociais,

afirmando que as negociações com Pyongyang estão progredindo.

DESARMAMENTO NUCLEAR | INTERNACIONAL | 08/03/2018 | O Estado de São Paulo | Leia em : Estadão

EUA apoiam cúpula para negociar fim do programa nuclear da Coreia do Norte

Após meses de tensão entre as Coreias, a aproximação entre os dois países, iniciada nos Jogos Olímpicos de Inverno, parece

ter dado os primeiros resultados.

O presidente dos EUA, Donald Trump, reconheceu “avanços” no diálogo com o regime norte-coreano e elogiou o esforço

diplomático.

De acordo com informações de Seul, o regime norte-coreano manifestou disposição de conversar com os EUA a respeito da

desnuclearização do país, caso seja garantida a segurança do regime. Ainda segundo os sul-coreanos a Coreia do Norte

também afirmou que suspenderá os testes nucleares e de mísseis durante as negociações.

O aparente recuo da Coreia do Norte pode ser considerado a primeira vitória da política externa de Trump.

A viagem da delegação sul-coreana a Pyongyang foi uma resposta à histórica visita de Kim Yo-jong, irmã do líder

nortecoreano, à Coreia do Sul, em fevereiro, durante a Olimpíada de Inverno.

DESARMAMENTO NUCLEAR | BRASIL | 08/03/2018 | Igor Gielow | Leia em : Folha de São Paulo

Potências mundiais ensaiam corrida armamentista

O anúncio feito pela China de aumentar em 8,1% seu gasto militar neste ano provocou uma onda de especulação sobre

uma nova corrida armamentista.

O presidente americano, Donald Trump, já havia prometido aumentar em 11,6% o orçamento de defesa para 2019, que já é

hoje equivalente à soma daqueles dos 14 países seguintes no ranking.

Para completar, Vladimir Putin fez seu discurso anual à Rússia e disse que "ninguém no mundo tem algo parecido com isso"

--"isso" sendo a nova geração de armas nucleares que ele apresentou.

Há um risco real no ambiente atual

É preciso renovar o controle de armas no mundo para "evitar que uma nova Guerra Fria saia do controle".

Os russos redobraram esforços de modernização militar desde que tiveram dificuldades para derrotar a minúscula Geórgia

numa guerra localizada em 2008.

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Mas e a China? O país já é uma superpotência rival dos EUA em termos econômicos, mas sua infraestrutura militar ainda

padece de musculatura. O aumento de investimento prometido pelo regime liderado por Xi Jinping segue em linha com os

7,6% dos anos anteriores.

É um crescimento continuado: os chineses gastam hoje dez vezes mais, em valores constantes, do que em 1989.

O Brasil, que ocupa o 12º lugar do ranking do IISS, gasta praticamente tudo o que tem para defesa com pagamento de

salários, aposentadorias e pensões. Está muito longe de ser uma potência militar.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 09/03/2018 | France-Presse | Leia em : Correio Braziliense

Pedidos de entrada no Brasil cresceram 76% em países com visto eletrônico

Donald Trump e Kim Jong-Un se reunirão até o mês de maio para debater o desarmamento nuclear na Península coreana.

Trump "aceitará o convite para se encontrar com Kim Jong-Un em local e data que ainda serão definidos".

Após o anúncio de seu encontro com o líder norte-coreano, Trump saudou no Twitter os "grandes progressos" obtidos para

persuadir a Coreia do Norte a acabar com seu programa nuclear.

"Kim Jong-Un conversou sobre 'desnuclearização' com os representantes sul-coreanos, e não apenas sobre um

congelamento" das atividades nucleares.

Logo após o anúncio, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, declarou que "aprecia enormemente a mudança da Coreia

do Norte para iniciar conversações sobre a premissa de eliminar as armas nucleares".

"Não há mudança na política de Japão e Estados Unidos. Vamos seguir exercendo uma pressão máxima até que a Coreia do

Norte adote ações concretas para eliminar suas armas nucleares de uma forma perfeita, verificável e irreversível".

DESARMAMENTO NUCLEAR | RÚSSIA | 12/03/2018 | France-Presse | Leia em : Correio Braziliense

Rússia testa míssil hipersônico, definido por Putin como 'arma ideal'

A Rússia anunciou que lançou com sucesso um míssil hipersônico que o presidente Vladimir Putin chamou de "arma ideal"

quando apresentou uma série de armas de nova geração no início do mês.

O míssil de alta precisão Kinzhal (Punhal) foi lançado de um avião supersônico MiG-31 que decolou de uma base do distrito

militar sul da Rússia, anunciou o ministério da Defesa.

"O lançamento aconteceu como se esperava, o míssil hipersônico alcançou o objetivo", afirmou o ministério.

O míssil Kinzhal integra a série de novas armas da Rússia que Putin revelou no início de março, poucos dias antes da eleição

presidencial.

Putin afirmou na ocasião que o míssil voa a uma velocidade 10 vezes superior a do som.

DESARMAMENTO NUCLEAR | RÚSSIA | 13/03/2018 | DW.com | Leia em : Deutsche Welle

De onde vem a popularidade de Putin?

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O líder de fato da Rússia nos últimos 18 anos nunca gostou de fazer campanha eleitoral, mas nestas eleições, em que sua

nova vitória parece inevitável, tem-se a impressão de que seu entusiasmo é menor do que nunca.

Império político

Como talvez não seja de espantar para um ex-funcionário da KGB, Putin é um homem que valoriza a própria privacidade e

controla estritamente que informações devem chegar ao público. Em quase duas décadas no poder, viu-se uma

transmutação de sua imagem pública – de um jovem líder relativamente desconhecido para a encarnação cuidadosamente

moldada do machismo russo e da ambição política redescoberta do Estado.

E esse desejo de redefinir o passado da Rússia parece estar na raiz do tom cada vez mais beligerante com que Putin se

dirige tanto à Europa quanto a Washington.

Putin revelou uma série de plataformas armamentistas com potencial nuclear, segundo ele capazes de contornar qualquer

sistema de defesa antimíssil dos Estados Unidos. "Vocês não nos escutaram naquela época. Então nos escutem agora",

declarou o líder russo em seu discurso.

Navegando através do caos

A popularidade contínua de Putin entre os eleitores também está relacionada ao caos dos anos 1990. A desintegração da

União Soviética e o consequente desastre econômico e social deixaram cicatrizes profundas em muitos cidadãos russos.

Durante os nove anos entre a criação da Federação Russa e a ascensão de Vladimir Putin ao poder, a economia nacional

sofreu várias grandes crises, o PIB caiu quase 50%, e a perspectiva média de vida diminuiu.

É discutível até que ponto as medidas de Putin foram responsáveis pela maior estabilidade econômica na Rússia nos

primeiros anos de seu governo. A Rússia é um país rico em recursos, que automaticamente se beneficiaria do boom do

mercado de bens de consumo no início do século 21.

E quando os russos votarem no próximo domingo, irá pela primeira vez às urnas uma geração que não conhece a Rússia

sem Putin. A completa dominação da vida política russa por ele deixou pouco espaço para o desenvolvimento de uma

oposição legítima.

POLÍTICA | ESTADOS UNIDOS | 15/03/2018 | DW.com | Leia em : Deutsche Welle

Demissão de Tillerson isola ainda mais os EUA

Uma demissão pelo Twitter. A forma como o presidente dos Estados Unidos demitiu seu ministro do Exterior foi

humilhante.

Como diplomata, Tillerson era inexperiente e não tinha muitos amigos dentro do próprio Departamento de Estado, mas ele

conquistou respeito internacional. Suas posições moderadas e suas declarações contrárias às do presidente – por exemplo

sobre a Coreia do Norte ou o Irã.

Com Mike Pompeo, Trump coloca um linha-dura no Departamento de Estado, alguém que é visto como agente do

presidente e sua política America First. Tillerson era contra abandonar o Acordo do Clima de Paris, já Pompeo nem mesmo

acredita nas mudanças climáticas. Assim como Trump.

Tillerson argumentava que era do interesse dos Estados Unidos não renunciar completamente ao acordo nuclear com o Irã.

Já Pompeo preferiria romper hoje mesmo com o esse "acordo desastroso", como ele diz. Assim como Trump.

E isso pode ocorrer em breve. Recentemente o presidente reclamou que as negociações para uma revisão do acordo não

avançam. Ele disse que poderá usar o próximo deadline, em maio, para transformar suas ameaças em ações. As

consequências seriam devastadoras para o Oriente Médio - e também para os Estados Unidos e a Europa.

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Se isso ocorrer, como a comunidade internacional pretenderá frear o programa nuclear iraniano? E que argumentos

poderão ser utilizados para levar o regime norte-coreano a negociações sérias?

Trump e o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, querem se encontrar já em maio. Justamente por isso teria sido

aconselhável apostar em continuidade no Departamento de Estado.

DESARMAMENTO NUCLEAR | RÚSSIA | 21/03/2018 | The Economist | Leia em : Estadão

The Economist: O futuro da Rússia

A vitória de Vladimir Putin na eleição presidencial jamais foi colocada em dúvida. A votação foi menos uma escolha e mais

um referendo sobre seu governo.

Apesar de notícias esparsas de fraude eleitoral, isso era praticamente desnecessário. Putin disputou a presidência com

rivais pouco viáveis para serem concorrentes e desfruta de um apoio generalizado.

A vitória de Putin lhe confere um mandato para continuar sua atual trajetória, caracterizada em grande parte pelo

confronto com o Ocidente. Antes da eleição, ele usou seu discurso para fazer ameaças nucleares.

Embora a operação de reeleição de Putin tenha decorrido sem contratempo, seu próximo mandato será um campo minado.

A Constituição o autoriza a governar por dois períodos consecutivos apenas, o que significa que ele terá de se afastar em

2024. Indagado se pensava em retornar em 2030, ele qualificou a pergunta de “engraçada”.

Transição. A elite russa já começa a se preparar para sua saída manobrando para se encaixar num sistema pós-Putin.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ORIENTE MÉDIO | 22/03/2018 | Folha | Leia em : Folha de São Paulo

Israel confirma que bombardeou reator nuclear da Síria em 2007

Israel confirmou que bombardeou um reator nuclear da Síria em 2007, dizendo que o ataque removeu uma grande ameaça

ao Estado judaico e à região e foi uma "mensagem" para os outros.

O primeiro reconhecimento público por Israel de que os aviões F-16 realizaram o bombardeio de 2007 da instalação

parcialmente construída de Al-Kubar foi feito depois que os censores militares suspenderam uma ordem de mais de 10

anos que impedia servidores de abordarem o tema.

Relatórios da inteligência israelense concluíram que o reator estava em construção com ajuda norte-coreana e estava a

meses de ativação.

"A motivação dos nossos inimigos cresceu nos últimos anos, mas também o poderio das IDF [Forças de Defesa de Israel]",

disse o ministro da Defesa israelense, Avigdor Lieberman.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 11/04/2018 | O Estado de São Paulo | Leia em : Estadão

Kim Jong-un faz primeiro comentário oficial sobre diálogo com EUA

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, fez seu primeiro comentário oficial sobre os contatos entre seu país e os EUA, e a

cúpula que será realizada na fronteira com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in.

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Kim fez um relatório sobre a situação na península coreana em uma reunião do Comitê Central do Partido dos

Trabalhadores, no qual fez "uma profunda análise e avaliação" do desenvolvimento das relações Norte-Sul e "das

perspectivas de diálogo" com os EUA.

A publicação do primeiro comentário oficial do líder norte-coreano sobre as conversas entre Pyongyang e Washington foi

feita horas depois de Donald Trump dizer que se reunirá com Kim em um encontro no qual se espera chegar a um acordo

sobre a desnuclearização do regime.

DESARMAMENTO NUCLEAR | EUROPA | 20/04/2018 | DW.com | Leia em : Deutsche Welle

Parlamentares europeus alertam EUA contra fim do acordo com Irã

Em torno de 500 parlamentares de Alemanha, França e Reino Unido apelaram aos congressistas dos Estados Unidos contra

o fim do acordo nuclear com o Irã, assinado em 2015, que estabelece um controle sobre o programa nuclear do país em

troca do alívio das sanções internacionais.

Em carta dirigida ao Congresso americano, os legisladores europeus afirmam que "o governo dos EUA caminha rumo ao

abandono do JCPOA (sigla em inglês para Plano Integral de Ação Conjunta), "sem qualquer prova de que o Irã não tenha

cumprido com suas obrigações".

O acordo nuclear JCPOA foi assinado em 2015 pelo Irã e o os países do grupo P5+1 (EUA, Reino Unido, França, Rússia e

China, mais Alemanha).

Os europeus alertam para as consequências de os EUA abandonarem o acordo, afirmando que "o efeito de curto prazo

seria o fim do controle sobre o programa nuclear iraniano, resultando em outra possibilidade de conflitos devastadores no

Oriente Médio e além dele", diz a carta.

As consequências de longo prazo seriam "danos duradouros à nossa credibilidade como parceiros internacionais [...] e à

diplomacia como instrumento para assegurar a paz e garantir a segurança".

Donald Trump classificou o tratado histórico de "o pior acordo de todos os tempos" e advertiu que, caso não consiga

corrigir as "falhas" do acordo nuclear por meio da ação do Congresso ou de negociações internacionais, vai abandoná-lo.

Trump vem demonstrando desprezo para com tratados internacionais, como ao abandonar o Acordo de Paris sobre o Clima

e ao impôr aumentos de tarifas alfandegárias que violam as diretrizes da Organização Mundial do Comércio (OMS).

Berlim, Paris e Londres defendem um aumento das sanções da União Europeia (UE) ao Irã, como forma de aplacar a fúria de

Trump e evitar o cancelamento do acordo nuclear.

Eles criticaram as "políticas agressivas" americanas, dentro e fora do país.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 30/04/2018 | Folha | Leia em : Folha de São Paulo

Regime norte-coreano fechará instalações nucleares em maio, diz Seul

O governo da Coreia do Sul declarou que o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, prometeu fechar as instalações de teste

nuclear de seu país em maio e que ele convidará especialistas sul-coreanos e americanos para verificar o processo.

Mas Kim pede, em contrapartida, que os EUA se comprometam a não invadir seu país e encerrem formalmente a Guerra

das Coreias, suspensa com um armistício em 1953 após três anos de confronto.

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O pedido foi recebido com cautela pelos EUA, que pretendem apresentar um plano para o desmanche completo do

programa nuclear norte-coreano em um prazo a negociar.

O assessor de segurança nacional de Donald Trump, John Bolton, diz que o plano precisa incluir a revelação total de tudo

que é relacionado ao programa nuclear de Pyongyang e ser acompanhado de verificação internacional.

O programa nuclear da Coreia do Norte e seus sucessivos testes de mísseis e de bombas é uma das principais causas de

tensão geopolítica hoje e razão para uma série de sanções internacionais que estrangulam a já frágil economia do país

asiático.

As declarações atribuídas do ditador, cujo cacife político nos últimos anos cresceu sustentado pelo temor de seu programa

nuclear, mostram uma mudança de atitude que o próprio Kim atribui ao desejo de ver melhorias na economia de seu país.

No passado, promessas semelhantes foram descumpridas por Pyongyang, e o programa nuclear continuou avançando, daí

o ceticismo com a repentina mudança.

Trump confirmou que a cúpula ocorreria e disse que faria um “grande favor ao planeta” ao obter um acordo com

Pyongyang.

Ele voltou a atribuir a mudança diplomática do regime à sua campanha de pressão, com discursos duros, sanções e

isolamento diplomático, com pressão sobre a China para forçar o aliado a recuar.

Kim também indicou disposição de iniciar um diálogo com o Japão, outro alvo de seu programa nuclear. Segundo o

portavoz de Seul, o premiê japonês, Shinzo Abe, informou a Moon que pode conversar com Pyongyang.

O discurso de reunificação das Coreias é repetido pelos dois lados com alguma frequência, embora pouco se tenha feito

para sua concretização. As imagens carregadas de simbolismo dos dois líderes sorrindo e se abraçando, porém, parecem ter

revigorado as expectativas.

Kim também atingiu seu objetivo de ser tratado como interlocutor respeitável. Diante da parede de câmeras que

transmitiam seu discurso ao mundo, declarou que as Coreias são ligadas por sangue e não podem viver separadas.

DESARMAMENTO NUCLEAR | EUROPA | 30/04/2018 | Folha | Leia em : Folha de São Paulo

Macron se compromete com iraniano a manter acordo nuclear

O presidente da França, Emmanuel Macron, e o presidente do Irã, Hassan Rowhani, se comprometeram em trabalhar para

preservar o acordo nuclear de 2015.

O pacto feito com o Irã, Estados Unidos e cinco outros países impõe limitações ao programa nuclear do país e estabelece

inspeções periódicas em troca de alívio às sanções financeiras internacionais contra Teerã.

Macron propôs que as discussões se ampliem para cobrir três outros assuntos que afirma serem indispensáveis: o programa

de mísseis de Teerã, as atividades nucleares do Irã depois de 2025 e a crise regional no Oriente Médio.

O acordo vigente cobre apenas o período até 2025.

Rowhani, porém, voltou a dizer disse que o Irã não aceitará restrição adicional aos compromissos já firmados e que “o

acordo nuclear ou qualquer outro assunto vinculado a ele é inegociável”.

Dias antes, o líder dissera estar pronto para tomar reações “esperadas e inesperadas” caso os EUA se retirassem do acordo

nuclear.

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Trump, crítico contumaz do pacto desde a campanha eleitoral de 2016, acusa o Irã de descumprir o acordo nuclear e deu

um ultimato ao Reino Unido, à França e à Alemanha, que firmaram o tratado com os dois países, a Rússia e a China, para

que revisassem o texto sob pena de abandoná-lo.

A sugestão atraiu críticas das demais partes e também levou Rowhani a dizer que Trump desconhece a legislação

internacional.

O temor de uma revogação do tratado pelos EUA e da retomada das sanções mais duras a Teerã tem também afetado o

mercado de petróleo, elevando o preço do produto do qual o Irã é um dos maiores produtores ante o temor de uma

redução da oferta global caso as exportações iranianas sejam novamente limitadas.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 04/05/2018 | O Estado de S.Paulo | Leia em : Estadão

Kim agora já é confiável para 78% dos sul-coreanos, aponta pesquisa

Kim Jong-un mostrou ao mundo um lado diferente de si mesmo durante a histórica cúpula intercoreana no fim de abril,

transmitindo uma imagem humilde ao se comprometer em trabalhar com a Coreia do Sul para a desnuclearização da

península.

O líder norte-coreano também admitiu que ficou atrasado em relação ao país vizinho em áreas-chave como infraestrutura e

modificou sua linguagem para atrair o público sul-coreano.

Depois de passar todo o ano de 2017 ampliando os testes de armamentos e as ameaças belicosas na mídia estatal, Kim

adotou uma mudança notável em seu discurso - e a diferença parece ter resultado numa reavaliação de suas intenções

entre os cidadãos do sul.

Pesquisa revelou que mais de 78% dos sul-coreanos agora consideram o norte-coreano confiável.

Parece ser um golpe na opinião pública dado por Kim, que até recentemente era visto de maneira extremamente negativa

pela maioria dos sul-coreanos.

Outros levantamentos também mostraram uma lenta mudança de opinião sobre Kim. Em 2013, ele era visto positivamente

apenas por 3% dos sul-coreanos. Já em janeiro, depois que Pyongyang fez a oferta de conversar amigavelmente com o Seul,

nova pesquisa descobriu que 90% dos sul-coreanos não acreditavam que o norte poderia desistir de suas armas nucleares.

Na pesquisa revelou que 89% dos entrevistados viam a cúpula intercoreana como um sucesso. O presidente da Coreia do

Sul, Moon Jae-in, também foi visto positivamente, com um índice de aprovação acima de 86%.

O resultado ainda apontou que os sul-coreanos parecem estar esperançosos sobre a reunião de Kim com Trump.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ORIENTE MÉDIO | 09/05/2018 | O Estado de S.Paulo | Leia em : Estadão

Netanyahu apoia decisão de Trump de deixar o acordo nuclear com Irã

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, apoiou a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de

abandonar o acordo nuclear firmado com o Irã em 2015.

Segundo Netanyahu, o acordo fez com que o Irã se tornasse um país mais agressivo, o que se refletiria em todo o Oriente

Médio, principalmente na Síria, onde, segundo o premiê, o país persa estaria construindo bases militares para atacar Israel.

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O premiê israelense ainda afirmou que o acordo não impediu que o Irã fabricasse mísseis balísticos a fim de carregar armas

nucleares.

Tensão

O Exército de Israel ativou seus sistemas de defesa na Colina de Golan, no nordeste do país, por conta de supostas

"atividades irregulares das forças iranianas" na Síria.

Tropas isralenses estão em "alerta elevado" para um possível ataque na região. O local é emblemático e remonta um

histórico conflito entre Israel e Síria, potencializado pelos recentes ataques realizados por Israel contra soldados iranianos

no país vizinho.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ORIENTE MÉDIO | 10/05/2018 | O Estado de S.Paulo | Leia em : Estadão

Arábia Saudita ameaça desenvolver as próprias armas nucleares caso Irã também

o faça

O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita afirmou que seu país pretende desenvolver as próprias armas

nucleares caso o Irã também o faça.

Questionado sobre a possibilidade de o governo de Riad desenvolver seu armamento nuclear, levando em consideração a

saída dos Estados Unidos do acordo firmado com o Irã em 2015, o ministro foi enfático: "Se o Irã adquirir capacidade

nuclear, faremos o possível para fazer o mesmo".

Juntamente com Israel, a Arábia Saudita foi um dos poucos países que apoiou a decisão de Donald Trump de deixar o

acordo nuclear.

Ataques

A Arábia Saudita foi alvo de novos ataques com mísseis balísticos disparados pelos rebeldes houthis do Iêmen, apoiados

pelo Irã.

"Tentamos evitar ao máximo uma ação militar direta contra o Irã, mas Teerã continua se comportando assim. Isso

representa uma declaração de guerra", acrescentou o ministro.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ORIENTE MÉDIO | 11/05/2018 | O Estado de S.Paulo | Leia em : Estadão

Cenário: Conflito regional não é apenas cenário de ensaio acadêmico

A retirada dos EUA do pacto nuclear do qual participam Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha deve facilitar as

atividades da aterrorizante vertente deixada de fora pelos negociadores.

O Irã tem dez diferentes modelos de mísseis. Os maiores são bons o suficiente para levar cargas nucleares de 1 tonelada.

O estoque é grande e pode cobrir alvos estratégicos em todo o Oriente Médio.

Desde que o moderado Rohani assumiu, em 2013, caiu o número de testes a céu aberto: foram cinco – com o radical

Mahmoud Ahmadinejad foram de 12 a 18. Todos bem sucedidos.

O plano de desenvolvimento, consolidação, construção e preparação para uso imediato de uma força de mísseis nunca

parou no Irã.

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O resultado mais claro do empreendimento é a sofisticada rede de bases militares, controlada pela Guarda Revolucionária,

conhecida como Cidade dos Mísseis.

O programa, iniciado em 1981 e elevado ao grau de prioridade na doutrina de Defesa do Irã em 1988, envolve 27 distritos

industriais. Não há informações confiáveis quanto ao tamanho dos investimentos ou ao quadro de pessoal.

A possibilidade de um conflito regional a partir, por exemplo, de um ataque preventivo desfechado por Israel contra o Irã –

com o suporte da Arábia Saudita – não é apenas cenário de ensaio acadêmico. Nos últimos dois anos, ações pontuais da

aviação israelense têm fustigado grupos radicais da região, apoiadores do regime dos aiatolás.

Ao menos dois campos de treinamento do braço armado do Hezbollah e uma central de comando, comunicações e logística

do Hamas foram atingidas na Síria – ambos os comandantes locais eram ligados a Teerã.

O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, apresentou documentos que considera “provas irrefutáveis das mentiras” do Irã a

respeito do projeto de capacitação atômica.

Netanyahu sustentou a percepção de que isso é uma grave ameaça a Israel. Ao longo da história recente, esse discurso tem

terminado no campo de batalha.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 15/05/2018 | DW.com | Leia em : Deutsche Welle

Why the Iran nuclear deal's collapse is a disaster for North Korea

Only a few hours after US President Donald Trump pulled out of the Iran nuclear deal, Mike Pompeo, his secretary of state,

arrived in Pyongyang. His message to the high-ranking officials there: If you give up your nuclear weapons, we will ease our

sanctions and not attack you.

However, it will come as no surprise to the Kim regime that the US has broken from the Iran agreement. Its distrust of

Washington is already very deep.

'Deals have expiration dates'

The exit from the nuclear deal also puts strain on South Korean President, who in recent months has pulled out all the stops

to revive the fragile peace process on the Korean Peninsula.

'Libya model' doesn't work, either

Trump National Security Adviser John Bolton announced that he aspired to the "Libya model" for North Korean nuclear

disarmament. In the early 2000s, the then-Libyan leader Moammar Gadhafi abandoned his nuclear weapons program in

response to diplomatic pressure from the West.

What Bolton failed to mention was that the Libyan government was toppled in 2011 with the help of Western airstrikes,

and

Gadhafi himself was brutally executed by a mob. The events in Libya are one of the main reasons the hard-liners in

Pyongyang want to hang on to their nuclear program at all costs — they see it as a form of life insurance.

DESARMAMENTO NUCLEAR | EUROPA | 15/05/2018 | DW.com | Leia em : Deutsche Welle

O que o Irã quer para ficar no acordo?

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Desde que Donald Trump desembarcou do acordo nuclear, o ministro das Relações Exteriores iraniano iniciou uma

maratona diplomática.

O iraniano leva a difícil tarefa de encontrar terreno comum com os outros cinco signatários do acordo – Rússia, China, Reino

Unido, França e Alemanha – para mantê-lo vivo. Os europeus dizem que querem manter o pacto, que tem funcionado, na

opinião deles. Para isso, no entanto, Teerã faz exigências.

Prazos

O Irã exige garantias dos outros signatários de que o acordo nuclear continuará em vigência, mesmo sem os EUA, que

ameaçaram aplicar suas sanções também contra empresas europeias dentro de 90 a 180 dias.

Sanções

O Irã exige uma espécie de compensação dos signatários restantes assim que as sanções dos EUA entrarem em vigor.

Negociações

A UE está interessada em também manter os EUA no acordo nuclear. Por isso, o presidente francês, Emmanuel Macron,

propôs uma ampliação do acordo. Nessa ampliação, também seriam debatidas as políticas do Irã na região, na Síria, e o

programa de mísseis do país. A questão agora é se o Irã estaria disposto a aceitar novas negociações e um complemento ao

acordo.

Diplomacia

A questão agora é se a UE deve se aproximar mais da Rússia, ou se Moscou pode usar o acordo nuclear com o Irã para

reivindicar concessões da UE.

No final, também está a questão sobre se o acordo nuclear pode sobreviver a longo prazo sem os EUA como uma potência

fiscalizadora. Diplomatas americanos afirmaram que os EUA continuariam apoiando as inspeções no Irã da Agência

Internacional de Energia Atômica.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 15/05/2018 | DW.com | Leia em : Deutsche Welle

Coreia do Norte inicia desmonte de centro de testes nucleares

Imagens de satélite revelam que a Coreia do Norte começou a desmantelar o centro de testes nucleares Punggye-ri, no

nordeste do país.

Fotografias seriam as "primeiras provas indiscutíveis" de que o desmantelamento do centro de testes nucleares estaria

"bastante avançado".

Vários "edifícios-chave" no nível operacional foram demolidos desde a análise anterior, realizada com fotografias de

satélite. Também foi iniciado o desmonte de alguns trilhos do complexo que ligam os túneis ao depósito de dejetos

nucleares, além de algumas construções secundárias. As escavações de um novo túnel estão paralisadas desde março.

As imagens mostram o trabalho preparatório para a cerimônia de desativação do centro de testes.

Pyongyang disse que fechará Punggye-ri por completo em um ato público com a presença da imprensa e de especialistas.

Na ocasião, os túneis deverão ser explodidos.

O regime do líder Kim Jong-un realizou seis testes nucleares subterrâneos em Punggye-ri. No último deles, Pyongyang

afirmou se tratar de uma bomba de hidrogênio.

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Muitos analistas questionam se a desnuclearização irá de fato ocorrer, lembrando que em 2008, Pyongyang demoliu

publicamente parte de sua fábrica de processamento de urânio, mas acabou retomando seu programa nuclear. Além disso,

o regime norte-coreano ainda não se comprometeu a abrir mão de seu arsenal, que incluiria mísseis capazes de atingir os

Estados Unidos.

DESARMAMENTO NUCLEAR | EUROPA | 21/05/2018 | DW.com | Leia em : Deutsche Welle

Até onde a Europa vai para salvar o acordo nuclear?

O rompimento unilateral do acordo com o Irã, por parte dos Estados Unidos, apesar dos apelos pessoais dos mais

poderosos políticos europeus, forneceu mais um exemplo de que o presidente Donald Trump não tem nenhum

constrangimento em ignorar os interesses europeus e as questões transatlânticas.

Para salvar o acordo nuclear com o Irã, e a própria dignidade, os signatários europeus do acordo – França, Alemanha e

Reino Unido – precisam decidir o quanto querem se aproximar da Rússia, da China e do Irã.

"Os méritos do acordo e as desvantagens de um colapso total são tão grandes que, mesmo que os europeus achem que as

chances de sucesso são pequenas, ainda assim vale a pena ao menos tentar".

Isso significa posicionar os russos e chineses em torno do Irã, junto com os britânicos, franceses e alemães.

Isso deixa uma porta aberta para aqueles países europeus que há muito defendem um alívio ou mesmo o fim das sanções à

Rússia.

Entre a Rússia e os EUA

O Kremlin não deveria se encher de esperanças. A Europa defende que: "Os diplomatas dos três grandes países-membros

que estão envolvidos no processo do acordo iraniano podem pensar que é necessário falar com a Rússia". "Mas isso não vai

mudar nada na Crimeia e no conflito híbrido que a Rússia começou contra nós." Por isso: "Se nós agora ignorarmos nossos

problemas com a Rússia, isso vai quebrar a União Europeia."

É improvável que haja algo mais do que uma aproximação de interesses com a Rússia. O que realmente deve preocupar a

Europa é a deterioração da relação com os Estados Unidos.

A falta de uma infraestrutura própria de defesa, o pano de fundo da relação agressiva e tensa com a Rússia: tudo isso

desempenha um papel e vai acabar obrigando a Europa a aceitar ou ao menos a não desafiar de forma tão hostil o que os

americanos estão fazendo.

Os europeus precisam preservar essa relação estratégica mais ampla mesmo que aquilo que Trump esteja fazendo seja

percebido como totalmente ultrajante.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 24/05/2018 | O Estado de S.Paulo | Leia em : Estadão

Coreia do Norte recebe imprensa estrangeira para desmantelamento de local de

testes nucleares

Jornalistas estrangeiros partiram de trem para o interior da Coreia do Norte para acompanhar o desmantelamento do

campo de testes de Punggye-ri.

O grupo foi convidado pelo governo do líder supremo do país, Kim Jong-un, e vai acompanhar a cerimônia formal.

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A decisão de fechar o campo de testes nucleares é vista como um gesto de Kim para dar um tom positivo à cúpula histórica

com o presidente americano Donald Trump. Ainda assim, a medida não é irreversível e ações mais significativas seriam

necessárias para atender às demandas de desnuclearização defendidas pelos Estados Unidos.

A presença da mídia estrangeira no evento aponta para o desejo dos norte-coreanos de transmitir, para todo o mundo, as

imagens das explosões. No entanto, inspetores não foram convidados para o evento, o que limita seu valor como uma

concessão séria de desnuclearização por Pyongyang.

DESARMAMENTO NUCLEAR | EUROPA | 09/06/2018 | O Estado de S.Paulo | Leia em : Estadão

França, Alemanha e Reino Unido pedem aos EUA que empresas europeias

possam negociar com Irã

Grã-Bretanha, França e Alemanha se uniram para pedir aos Estados Unidos que isentem empresas europeias de quaisquer

sanções impostas sobre negócios com o Irã.

O grupo de países faz parte do acordo nuclear com o Irã, assinado em 2015, e afirma lamentar "fortemente" a decisão do

presidente Donald Trump de retirar os EUA da negociação.

Trump justificou sua decisão argumentando que o acordo estabelecia regras fracas para o controle do programa nuclear

iraniano e afirmou que vai impor sanções a qualquer empresa que faça negócios com Teerã.

Na carta, as autoridades europeias disseram esperar que "os efeitos extraterritoriais das sanções secundárias dos EUA não

sejam impostas a entidades e indivíduos da União Europeia (UE)".

Outro ponto defendido pela Europa é de que Teerã não seja retirada do sistema SWIFT de transferências monetárias

internacionais. Os europeus ressaltam seu apoio à manutenção da negociação, argumentando que é o "melhor meio" para

impedir que o Irã se torne uma potência nuclear.

A divulgação da carta ocorreu um dia após a declaração do Irã de que está se preparando para retomar o enriquecimento

de urânio dentro dos limites do pacto. A afirmação pareceu demonstrar principalmente que o país pode retomar o

enriquecimento em escala industrial se a negociação for anulada.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 12/06/2018 | Cláudia Trevisan | Leia em : Estadão

Trump diz que vai convidar Kim para ir aos EUA se diálogo avançar

Interrompida há 65 anos com um armistício, a Guerra da Coreia poderá acabar oficialmente na próxima semana, com a

assinatura de um acordo de paz na histórica cúpula com a presença de Kim Jong-un e Donald Trump.

Segundo o presidente americano, o sucesso do encontro poderá levar a um convite para que o ditador norte-coreano faça

uma visita sem precedentes aos EUA e à Casa Branca.

“Nós podemos absolutamente assinar um acordo. Nós estamos analisando isso. Nós estamos falando sobre isso com eles.

Nós estamos falando sobre isso com muitas outras pessoas. Mas isso pode acontecer”, disse o presidente, referindo-se ao

acordo de paz.

A assinatura de um acordo de paz é uma antiga demanda da Coreia do Norte, que teme ser atacada pelos EUA. Trump

ressaltou que esse é apenas “o primeiro passo” que poderá levar à normalização de relações diplomáticas entre os dois

países no longo prazo.

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O secretário de Estado, Mike Pompeo, que se reuniu com Kim, disse ter escutado do ditador a intenção de abrir mão de seu

arsenal nuclear.

Muitos analistas veem com ceticismo essa possibilidade e acreditam que Kim tenta ganhar tempo e conseguir algum

oxigênio para a economia do país com o alívio de sanções.

Pompeo ressaltou que os EUA darão “garantias de segurança” ao ditador em troca da desnuclearização.

No mês passado, Trump abandonou o acordo sobre o programa nuclear do Irã, fechado pelo governo Barack Obama.

Muitos críticos disseram que a decisão afetaria a credibilidade dos EUA na negociação com a Coreia do Norte.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ORIENTE MÉDIO | 01/07/2018 | DW.com | Leia em : Deutsche Welle

Irã anuncia plano para contornar sanções econômicas dos EUA

O governo do Irã anunciou que passará a permitir a companhias privadas exportarem o óleo cru nacional, numa tentativa

de contornar as sanções dos Estados Unidos à indústria petrolífera iraniana.

O país asiático também instou as demais nações da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), incluindo a

rival Arábia Saudita, a manterem o acordo no sentido de acelerar coletivamente a produção.

Trump ataca Opep e europeus

Donald Trump, que em maio se retirou do acordo nuclear entre as potências mundiais do grupo P5+1 e o Irã, prometeu

que seu país voltará a impor sanções econômicas a Teerã.

Trump afirmou que a Arábia Saudita concordara em aumentar suas exportações "talvez até 2 milhões de barris", a fim de

compensar o déficit "por causa do reboliço e da desfunção no Irã e Venezuela".

O Irã reagiu com escárnio aos comentários do americano: "Eles estão mendigando para os sauditas aumentarem a

produção deles, de modo que, se a quota do Irã diminuir, nada aconteça nos mercados."

O ministro iraniano do Petróleo, Bijhan Zanganeh, lembrou a Riad que "qualquer incremento na produção por qualquer

paísmembro, para além dos compromissos estipulados nas decisões da Opep, constituiria violação do acordo".

Trump ameaçou, ainda, impor sanções às companhias europeias que agora façam negócios com o Irã.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 12/07/2018 | DW.com | Leia em : Deutsche Welle

Trump divulga carta de Kim e fala em "grande progresso"

Donald Trump divulgou uma carta que disse ter recebido do líder norte-coreano, Kim Jong-un. A mensagem vem à tona um

mês após a cúpula entre os dois dirigentes em Cingapura.

Segundo a versão traduzida, Kim afirma que o encontro em Cingapura, bem como a declaração conjunta assinada por

ambos os líderes na ocasião, marca apenas "o início de uma jornada significativa".

Ele pede ainda que sejam tomadas "ações concretas" a fim de fortalecer ainda mais a confiança que tem em Trump.

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O regime norte-coreano vem defendendo um desarme gradual e multilateral em toda a península da Coreia, enquanto

acusa os Estados Unidos de pressionarem por uma desnuclearização "unilateral e forçada".

Além da desnuclearização, outro tema prioritário para os EUA é a repatriação dos restos mortais dos soldados mortos

durante a intervenção americana na Península Coreana durante a Guerra da Coreia (1950-1953). Em Cingapura, Kim teria se

comprometido a atender ao pedido americano.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ESTADOS UNIDOS | 22/07/2018 | Alina Polyakova | Leia em : Estadão

Putin precisa muito mais dos EUA

Desde sua reeleição, a aprovação de Vladimir Putin vem caindo. A economia russa está estagnada, afetada pelas sanções

internacionais e pela intervenção na Síria. Para melhorar sua imagem, Putin precisa de Donald Trump mais do que Trump e

os EUA necessitam dele.

Mas, da maneira como Trump lida com Putin, você nunca saberá disto.

Os elogios, a crise criada por ele na Otan e a entrevista ao jornal The Sun, em que criticou a premiê Theresa May, sugerem

que Trump está ansioso para cair nas graças de Putin.

O Departamento de Justiça indiciou 12 russos acusados de interferência na eleição de 2016, mas isto não arruinou o

encontro. As medidas parecem mais um esforço para dar a falsa impressão de que Trump e está em posição de vantagem

nas negociações com o russo.

No topo da lista de queixas do Kremlin está a expansão da Otan e o aumento da presença americana na Europa Oriental e

Putin vê Trump como uma abertura para conseguir o que o afastou de outros presidentes americanos: a aceitação

americana da influência russa sobre o chamado “Oriente Próximo”, incluindo as ex-repúblicas soviéticas. Moscou quer

ainda passe livre para atuar na Síria, violar tratados nucleares e assassinar ex-espiões.

O objetivo de Putin é o retorno à normalidade, que significa o fim das sanções e a retomada do diálogo sobre não

proliferação nuclear. Putin quer que os EUA reduzam seu compromisso de defesa com a Europa, o que deixará o

continente mais vulnerável à influência russa.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ORIENTE MÉDIO | 22/07/2018 | Reuters | Leia em : O Globo

Irã anuncia nova fábrica de centrífugas para enriquecer urânio

O chefe da agência atômica do Irã anunciou que o país construiu uma fábrica capaz de produzir rotores suficientes para a

montagem de 60 centrífugas por dia, o que aumenta a tensão com Washington em relação ao programa nuclear da

República Islâmica.

O anúncio depois de o líder religioso do país, o aiatolá Ali Khamenei, dizer que o país poderá aumentar o enriquecimento

de urânio se o acordo nuclear de 2015 não puder ser mantido depois da saída dos Estados Unidos.

Sob os termos do pacto, que também foi assinado por Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha, o Irã se compromete

a não produzir a bomba atômica, em troca do fim das sanções econômicas que estrangulavam sua economia. As sanções da

ONU e da União Europeia continuam suspensas, mas a volta das sanções americanas ameaça as companhias europeias que

desde 2015 incrementaram o comércio com o Irã e assinaram contratos para investir no país.

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Apesar da saída dos Estados Unidos, os outros países envolvidos estão lutando para que o acordo continue em vigor,

dizendo que essa é a melhor maneira de evitar que o país persa tenha as condições de desenvolver uma bomba atômica.

O Irã afirmou que irá esperar a movimentação dos demais signatários do pacto, mas já sinalizou que está pronto para

aumentar o enriquecimento de urânio. O governo insiste em que seu programa nuclear tem unicamente fins pacíficos,

como a geração de energia e a produção de isótopos usados na medicina.

Após a retirada dos EUA do pacto de 2015, o governo americano irá aplicar novamente sanções contra o Irã, o que fará

"pressão inédita", segundo o país. O primeiro pacote de sanções, que atinge as áreas de saúde, energia e finanças, será

implementado em agosto. As demais, que visam o setor petrolífero, passam a vigorar em novembro.

As empresas europeias no país serão afetadas porque também têm negócios nos Estados Unidos e usam o dólar em muitas

de suas transações internacionais.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ORIENTE MÉDIO | 24/07/2018 | Reuters | Leia em : Reuters

Presidente do Irã adverte Trump: guerra contra Irã seria "mãe de todas as

guerras"

O presidente iraniano, Hassan Rouhani, advertiu Donald Trump para não tomar medidas hostis contra o Irã.

O Irã está enfrentando um aumento na pressão dos Estados Unidos e possíveis sanções após Trump decidir retirar os

Estados Unidos de um acordo internacional de 2015 sobre o programa nuclear do Irã.

“Os Estados Unidos deveriam saber que a paz com o Irã é a mãe de toda paz, e a guerra com o Irã é a mãe de todas as

guerras”, disse Rouhani.

DESARMAMENTO NUCLEAR | RÚSSIA | 24/07/2018 | BBC | Leia em : BBC

Os novos detalhes das seis 'superarmas' da Rússia que poderiam deixar o sistema

de defesa da Otan 'inutilizável'

A Rússia apresentou suas novas armas. Moscou garante que todas já foram testadas.

O ministério da Defesa russo publicou esta semana uma série de vídeos que mostram a montagem e o funcionamento de

algumas de suas "superarmas", uma nova geração de artefatos convencionais e nucleares que o Kremlin considera

"invencíveis".

A difusão do material ocorreu apenas três dias após o encontro entre Putin e Donald Trump, em Helsinki, capital da

Finlândia. Os dois trataram da necessidade de se evitar uma nova corrida armamentista.

1- Míssil cruzeiro de propulsão nuclear Burevestnik

O Burevestnik utiliza um motor nuclear, o que lhe dá um alcance "essencialmente ilimitado".

2- Sistema oceânico multipróposito 'Poseidón'

A agência estatal de noticias russa Tass disse que este sistema é "100% invencível frente às contramedidas inimigas".

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Trata-se de um sistema subaquático não tripulado, que carrega uma ogiva nuclear e poderia ter como objetivo atingir

portos ou porta-aviões inimigos. Segundo as autoridades russas, esse sistema se alimenta de uma central nuclear e tem

um alcance "intercontinental".

3- Sistema balístico intercontinental Sarmat

Essa é considerada uma arma invencível, indetectável e sem limitação de alcance.

4- Sistema de mísseis hipersônicos de lançamento aéreo Kinjal

São novos mísseis hipersônicos lançados a partir de uma plataforma hipersônica e sua velocidade os torna "invulneráveis"

aos sistema atuais de defesa antiaérea e aérea.

5- Sistema de míssil estratégico com unidade hipersônica planador Avangard

Trata-se de um míssil com alcance intercontinental. O que o distingue de outras armas existentes é sua capacidade de voar

na atmosfera a distâncias intercontinentais a uma velocidade hipersônica, de mais de 24 mil quilômetros por hora.

6- Sistema de armas laser Peresvet

O Ministério da Defesa russo afirmou que tinha pela primeira vez um novo armamento baseado em um sistema laser: o

Peresvet.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ORIENTE MÉDIO | 02/08/2018 | O Estado de S.Paulo | Leia em : Estadão

Trump diz que está disposto a encontrar os líderes do Irã sem 'condições prévias'

Donald Trump disse que está disposto a se reunir com os líderes do Irã "sempre que quiserem" e "sem condições prévias".

A declaração vem uma semana depois do aumento de tensões entre Washington e Teerã.

Depois de um aviso do presidente iraniano, Hassan Rohani, para Trump não "brincar com a cauda do leão", o presidente

americano respondeu com uma mensagem agressiva pelo Twitter, escrita em letras maiúsculas. "NUNCA MAIS AMEACE OS

ESTADOS UNIDOS OU IRÁ SOFRER AS CONSEQUÊNCIAS COMO POUCOS NA HISTÓRIA SOFRERAM ANTES", disse. "NÃO

SOMOS MAIS UM PAÍS QUE APOIARÁ SUAS PALAVRAS DEMENTES DE VIOLÊNCIA E MORTE, TENHA CUIDADO!",

acrescentou.

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse que a prioridade de Trump é "a segurança do povo americano" e a

garantia de que Teerã não adquira armas nucleares.

O Irã e os Estados Unidos romperam relações diplomáticas em 1980. Em 2018 Trump anunciou a retirada dos Estados

Unidos do acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano, assinado em 2015, e a retomada das sanções contra

esse país.

Washington responsabiliza Teerã por desempenhar um papel "desestabilizador" no Oriente Médio e determinou doze

condições necessárias para um novo acordo com o país.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ORIENTE MÉDIO | 02/08/2018 | Reuters | Leia em : Folha de São Paulo

Irã rejeita oferta de conversas feita por Trump e diz que 'não é a Coreia do

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Norte'

O líder da Guarda Revolucionária iraniana rejeitou a oferta feita por Donald Trump, de conversas com Teerã, afirmando

que a República Islâmica "não é a Coreia do Norte".

Trump afirmou que estava disposto a se encontrar com o presidente iraniano, Hassan Rowhani, sem pré-condições.

"Senhor Trump! O Irã não é a Coreia do Norte para aceitar sua oferta de um encontro".

Teerã costuma ser um alvo comum das críticas de Trump, e a relação dos dois países, que já era difícil, piorou após o

presidente americano anunciar que seu país iria deixar o acordo nuclear com o Irã.

O presidente iraniano, Hassan Rowhani, disse que o abandono do acordo pelos EUA É "ilegal" e que seu país nunca cederá

às campanhas de Washington para estrangular as exportações de petróleo iraniano.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 02/08/2018 | O Estado de S.Paulo | Leia em : Estadão

Coreia do Norte segue fabricando novos mísseis, afirma inteligência americana

As agências de inteligência dos EUA acreditam que a Coreia do Norte está construindo novos mísseis na mesma fábrica

onde produziu um míssil balístico intercontinental (ICBM), capaz de atingir cidades americanas.

Para alguns funcionários e especialistas americanos não surpreende que Pyongyang continue fabricando armas porque, a

seu entender, Kim não fez qualquer promessa sobre o tema na cúpula com Trump.

Há alguns dias, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, admitiu em audiência no Congresso que Pyongyang

continua produzindo material nuclear.

Em junho, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, chegaram a um acordo sobre a "desnuclearização" da

Coreia do Norte em uma cúpula histórica celebrada em Cingapura.

Na semana passada, a Coreia do Norte começou a desmantelar a infraestrutura de sua principal base de lançamento de

satélites, considerado um local de disparo de mísseis balísticos intercontinentais.

DESARMAMENTO NUCLEAR | INTERNACIONAL | 05/08/2018 | dw.com | Leia em : Deutsche Welle

ONU: Coreia do Norte continua a desenvolver programa nuclear

O regime da Coreia do Norte continua desenvolvendo programas nucleares e de mísseis, o que representa uma violação

das sanções internacionais impostas ao país, segundo um relatório confidencial das Nações Unidas,

A Coreia do Norte está contornando as sanções usando diplomatas e outros indivíduos radicados no exterior para tentar

comprar petróleo e carvão ilegalmente, além de ter feito esforços para vender armas convencionais para rebeldes de países

como a Líbia, o Iêmen e o Sudão.

Entre as sanções impostas ao país estão severas restrições à compra de petróleo no exterior.

O relatório da ONU foi divulgado no momento em que o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, se

encontra em Cingapura para uma reunião ministerial da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).

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Durante o evento, Pompeo classificou de "inconsistentes" as ações do regime norte-coreano de continuar com a construção

de mísseis de longo alcance ao mesmo tempo em que promete desmantelar seu armamento nuclear.

Donald Trump e o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, realizaram em junho uma reunião histórica, também em

Cingapura, onde concordaram sobre a importância de adotar ações "simultâneas" para conseguir a paz e a

desnuclearização na península coreana.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ORIENTE MÉDIO | 07/08/2018 | France-Presse | Leia em : Correio Braziliense

Cronologia da situação no Irã após saída dos EUA do acordo nuclear

Depois que o presidente Donald Trump anunciou a retirada unilateral dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã,

estes são os principais fatos que marcaram as relações entre as duas grandes potências.

Trump anuncia retirada

Trump anunciou a saída dos Estados Unidos do acordo e o restabelecimento das sanções contra o Irã e as empresas

internacionais que façam negócios com o país.

Acertado em 2015 depois de dois anos de negociações entre o Irã, Estados Unidos, China, Reino Unido, França e Alemanha,

este pacto permitiu levantar uma na parte das sanções contra Teerã e conseguir o compromisso do regime islâmico

iraniano de não ter nenhuma bomba nuclear.

Segundo o Organismo Internacional de Energia Atômica (OIEA), o Irã respeitou as condições do acordo.

França, Alemanha e Reino Unido afirmaram estar decididos a garantir a execução do texto e preservar os benefícios

econômicos para a população iraniana.

Teerã quer garantias

O presidente iraniano Hassan Rohani, advertiu que Teerã poderá deixar de respeitar as limitações impostas pelo acordo

nuclear e voltar a enriquecer urânio caso as negociações com os dirigentes europeus, russos e chineses não deem os

resultados esperados.

Pressão

O governo dos Estados Unidos ameaçou o Irã com as sanções "mais fortes da história" caso Teerã não aceitasse as

condições para alcançar um "novo acordo", que teria como objetivo reduzir a influência do regime iraniano no Oriente

Médio.

Apoio ao Irã

Os EUA estavam empenhados em reduzir a zero as exportações de petróleo iranianas.

Os dirigentes dos países europeus, da Rússia e da China anunciaram o desejo de permitir ao Irã a continuidade da

exportação de petróleo e gás. Líderes europeus rejeitaram o pedido dos Estados Unidos de isolar economicamente o Irã e

aprovaram medidas jurídicas para proteger as empresas europeias das sanções americanas.

O governo iraniano elevou o tom com o anúncio de uma denúncia contra o governo dos Estados Unidos na Corte

Internacional de Justiça pela retomada das sanções.

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DESARMAMENTO NUCLEAR | EUROPA | 09/08/2018 | Bernd Riegert | Leia em : Deutsche Welle

UE pouco pode fazer no embate entre Trump e Irã

Parte das sanções econômicas dos Estados Unidos contra o regime iraniano, declarado arqui-inimigo por Donald Trump,

está novamente em vigor. Elas enfraquecerão ainda mais a economia iraniana. A União Europeia (UE), que tomou o

partido dos governantes iranianos para salvar o acordo nuclear, não será capaz de evitar isso.

Apesar de bem intencionada, a lei europeia concebida como uma reação, chamada de Blocking Statute(Estatuto de

Bloqueio), não terá praticamente nenhum efeito.

Segundo essa lei, empresas da UE que seguirem as sanções dos EUA podem, teoricamente, ser punidas. Ao mesmo tempo,

ninguém pode e quer forçar empresas a fazerem negócios no Irã ou com o Irã. A liberdade comercial, um direito

fundamental, não pode ser restrita pelo bloco europeu.

Diante do dilema, as empresas optarão por suas ligações com o mercado americano e deixarão o Irã para trás. Mesmo o

Banco Europeu de Investimento (BEI), que pertence aos países-membros da UE, não quer financiar mais negócios com

Teerã por temer as sanções dos EUA.

São poucos os meios que a UE dispõe para salvar o acordo planejado para impedir o desenvolvimento do programa nuclear

iraniano. O poder da potência econômica americana é muito maior, e empresas estatais russas e chinesas logo se

apressarão em preencher as lacunas deixadas pelas empresas europeias.

Aquelas pouco sentirão as sanções americanas, já que não têm ligação com o mercado americano. A UE está trabalhando

numa espécie de novo canal financeiro entre Teerã, Londres, Paris e Berlim. O objetivo é contornar o sistema bancário

internacional dominado pelos EUA para ao menos permitir as exportações de petróleo e gás pelo Irã.

Basicamente, a UE considera que o caminho da desestabilização do regime, que o governo americano está agora seguindo,

é extremamente perigoso. O Irã poderia se tornar ainda mais agressivo em sua política externa, buscando novamente

armas nucleares.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ORIENTE MÉDIO | 09/08/2018 | Joan Faus | Leia em : El País

Estados Unidos retomam sanções ao Irã e apoiam protestos populares

Entrou em vigor um pacote de sanções dos Estados Unidos ao Irã que havia sido suspenso após o acordo nuclear de 2015 e

que atinge a emissão de dívida, o comércio de metais e as transações em dólares e riais.

Trump encerrou orgulhosamente uma etapa na geopolítica norte-americana, num movimento que amplia sua distância em

relação à Europa, que prefere manter vivo o acordo nuclear com o Irã.

A Administração republicana enterra definitivamente o incipiente degelo com o Irã promovido por seu antecessor

democrata, Barack Obama, cristalizado no acordo de 2015 entre Teerã, Washington e outras cinco potências.

O rial iraniano perdeu metade do seu valor desde abril por causa do temor de novas sanções. A desvalorização cambial,

junto com a crescente inflação e a perda de investimentos estrangeiros, propiciou manifestações esporádicas no Irã contra

a corrupção e a situação econômica, incluindo cânticos contra o Governo.

Trump e os republicanos consideram que o pacto de 2015 era muito benévolo com Teerã, ao permitir a futura retomada do

enriquecimento de urânio e por não abordar outros assuntos, como o apoio ao Hezbollah no Líbano e ao ditador sírio

Bashar Al Assad.

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EUA MINIMIZAM OS ESFORÇOS EUROPEUS

O destino do acordo nuclear passa por Bruxelas. A União Europeia tenta convencer o Irã a permanecer nele e estancar a

sangria de multinacionais que cancelaram seus investimentos nesse país por causa da retomada das sanções

norteamericanas. Mas os EUA consideram isso inútil.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ORIENTE MÉDIO | 19/08/2018 | Agências Internacionais | Leia em : O Globo

EUA anunciam criação de grupo para pressionar governo iraniano

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, anunciou a criação do Grupo de Ação para o Irã que, nas suas palavras,

está compromissado com “um esforço do governo para mudar o comportamento do regime iraniano”.O secretário

afirmou ainda que o grupo será formado por uma “equipe de elite” de profissionais do setor de política externa do

governo.

Desde a saída dos Estados Unidos do acordo sobre o programa nuclear iraniano, o governo americano reintroduziu

sanções que haviam sido aliviadas com a assinatura do pacto e ampliou a pressão para que o Irã abandone o que descreveu

como “atividades malignas” no Oriente Médio.

Além do histórico de direitos humanos do país e dos programas nuclear e de mísseis, Washington também criticou o

governo iraniano pelo apoio ao presidente sírio, Bashar al-Assad, rebeldes xiitas no Iêmen e grupos anti-Israel. Nas últimas

semanas, a casa Branca intensificou os esforços internacionais para limitar as exportações de petróleo do Irã.

Os Estados Unidos também ameaçaram empresas e governos europeus com penalidades caso violem, ignorem ou tentem

driblar as sanções americanas. Pompeo e outros membros do governo americano negam que Washington esteja tentando

derrubar o regime iraniano e afirmam que buscam fazer com que o Teerã mude sua política.

O Grupo de Ação para o Irã será dirigido pelo atual diretor de planejamento político do Departamento de Estado, Brian

Hook, próximo do conselheiro de Segurança Nacional de Trump, John Bolton, que há tempos defende que os EUA

trabalhem pela mudança de regime em Teerã.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ORIENTE MÉDIO | 20/08/2018 | dw.com | Leia em : Deutsche Welle

Irã anuncia nova arma "contra EUA e Israel"

O Irã anunciou que revelará nesta semana um novo caça a jato e aprimorará suas defesas antimísseis, para enfrentar

ameaças de Israel e dos EUA.

O Irã revelou em 2013 o que afirmou ser um novo caça a jato, chamado Qaher 313, mas na época alguns especialistas

expressaram dúvidas sobre a viabilidade da aeronave.

A força aérea funcional do Irã é composta de apenas algumas dúzias de aeronaves de ataque, de fabricação russa e velhos

modelos defasados produzidos nos EUA, adquiridos antes da revolução iraniana de 1979.

O programa de defesa foi motivado pelas lembranças dos ataques com mísseis sofridos pelo Irã durante sua guerra de oito

anos com o Iraque, na década de 1980, e pelas repetidas ameaças de Israel e dos Estados Unidos, que afirmaram que

"todas as opções estão sobre a mesa" nas relações com o Irã.

O rival regional, a Arábia Saudita, "tem o maior orçamento militar do mundo depois dos EUA e da China, enquanto o nosso

orçamento de defesa é limitado". "O que qualquer nação com tal situação e passado faria em nosso lugar?".

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A Guarda Revolucionária do Irã afirmou no início do mês que realizou jogos de guerra no Golfo, com o objetivo de

"enfrentar possíveis ameaças" dos inimigos.

O Comando Central das Forças Armadas dos EUA disse ter detectado aumento da atividade naval iraniana, estendendo-se

até o Estreito de Hormuz, uma via estratégica para exportação de petróleo que o Irã ameaça bloquear.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 22/08/2018 | France-Presse | Leia em : Correio Braziliense

Agência da ONU preocupada com atividades nucleares da Coreia do Norte

O organismo de controle nuclear da ONU, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), afirmou que não observa

nenhum indício de interrupção das atividades nucleares na Coreia do Norte, apesar das promessas de desnuclearização.

A agência, que não tem presença na Coreia do Norte desde a expulsão de seus inspetores em 2009, revelou

especificamente que dispõe de informações sobre atividades relacionadas ao "laboratório radioquímico" norte-coreano

"entre o fim de abril e o início de maio de 2018", ou seja, depois da reunião das duas Coreias.

A AIEA destacou ainda que Pyongyang prossegue com a construção de um reator de água leve, assim como com a extração

e concentração de urânio na unidade de Pyongsan. A agência considerou "lamentável" as atividades que violam as

resoluções do Conselho de Segurança da ONU e pediu mais uma vez que a Coreia do Norte "cumpra plenamente com suas

obrigações internacionais".

As duas Coreias tê uma nova reunião de cúpula agendada para setembro em Pyongyang. O Departamento de Estado

americano afirmou na semana passada que as discussões com a Coreia do Norte estavam no "bom caminho", ao mencionar

as reuniões a porta fechada entre Washington e Pyongyang.

A Coreia do Norte criticou o governo americano por suas demandas "unilaterais" e "o estilo gangster" para realizar o

desmantelamento completo do arsenal atômico de Pyongyang.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 29/08/2018 | Reuters | Leia em : Folha de São Paulo

Em carta 'beligerante', Coreia do Norte diz que conversas com EUA podem

fracassar

Autoridades norte-coreanas alertaram em uma carta aos EUA que as conversas entre os dois países estão "novamente em

risco e podem naufragar".

A carta foi a razão pela qual o presidente Donald Trump resolveu cancelar na semana passada uma iminente visita do

secretário a Pyongyang.

O conteúdo da carta, recebida no dia seguinte ao anúncio da viagem, foi considerado "beligerante".

A Guerra da Coreia (1950-53) terminou em um armistício, e não em um tratado de paz, deixando a península tecnicamente

em estado de guerra.

A Coreia do Norte há muito manifestou que o fim oficial do conflito é um ponto crucial para que a tensão na região

diminua.

Mas os EUA têm relutado em declarar o fim da guerra até que o Norte abandone seu programa de armas nucleares.

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A mídia estatal norte-coreana acusou os EUA de "jogo duplo" e de "armar uma trama criminosa", mas não mencionou o

cancelamento da visita.

Um porta-voz do governo sul-coreano disse que não comentaria a autenticidade da carta, mas reconheceu que as conversas

entre Washington e Pyongyang haviam chegado a um impasse.

DESARMAMENTO NUCLEAR | RÚSSIA | 03/09/2018 | Rodrigo Fernández | Leia em : El País

Rússia anuncia suas maiores manobras militares dede a época soviética

A Rússia fará em setembro as suas maiores manobras militares desde 1981, no auge da Guerra Fria. Os exercícios terão a

participação de unidades dos Exércitos da China e Mongólia.

“A capacidade de nos defender em uma conjuntura internacional frequentemente agressiva e nada amistosa para nosso

país torna os exercícios justificados”, disse o porta-voz russo.

O Kremlin considera que a OTAN (aliança militar ocidental) mantém uma presença desproporcional e injustificada no flanco

ocidental da Rússia, numa faixa que inclui a Polônia e os países bálticos.

Poderio bélico

As manobras costumam ser antecedidas por um período de preparação com inspeções sem aviso prévio da capacidade

combativa de diversas unidades.

O convite à China não é casual. Moscou e Pequim tinham participado anteriormente de manobras militares conjuntas, mas

numa escala muito mais reduzida.

Por intermédio do seu Ministério de Defesa, Pequim informou que a participação dos militares chineses tem como objetivo

o desenvolvimento da associação estratégica sino-russa e o reforço das capacidades de reação conjunta às diversas

ameaças existentes.

Dylan White, porta-voz interino da OTAN, declarou à imprensa russa que a Aliança seguirá atentamente as manobras

Oriente-2018 e espera que elas transcorram de forma “transparente e previsível”.

MOBILIZAÇÃO NO ORIENTE PREOCUPA O JAPÃO

O Japão ainda não se pronunciou oficialmente sobre as manobras que a Rússia fará em setembro – exceto por fontes da

chancelaria que observaram que Tóquio sempre acompanha com muita atenção os movimentos militares da Rússia e da

China –, mas muitos analistas apontam que serão um novo motivo de preocupação.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 07/09/2018 | Josh Smith | Leia em : Folha de São Paulo

Aniversário de 70 anos da Coreia do Norte é chance de Kim projetar nova

imagem

As comemorações do 70º aniversário da Coreia do Norte vão procurar projetar a imagem de um país que já montou um

arsenal nuclear e agora volta suas atenções a desenvolver sua economia e cultivar suas relações internacionais.

Tendo declarado seu programa nuclear “completo”, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, segundo analistas, vai aproveitar os

eventos para destacar seu foco sobre o desenvolvimento econômico e, possivelmente, a campanha diplomática que neste

ano lhe rendeu cúpulas históricas com os Estados Unidos, China e Coreia do Sul.

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As sanções econômicas impostas à Coreia do Norte devido ao desenvolvimento de armas nucleares vêm causando

dificuldades ao país pobre, onde cerca de 40% da população, ou mais de 10 milhões de pessoas, precisa de assistência

humanitária, e 20% das crianças sofrem de desnutrição, segundo a ONU.

Sob o governo de Kim o país também vem sendo acusado de abusos dos direitos humanos cometidos em grande escala. No

ano passado um relatório da ONU estimou que entre 80 mil e 120 mil pessoas estejam detidas em campos de prisioneiros

no país.

Pela primeira vez em cinco anos, Pyongyang voltou a organizar os Jogos das Massas, um enorme espetáculo nacionalista a

ser apresentado por até 100 mil pessoas em um dos maiores estádios do mundo.

O Korea Maritime Institute, um think tank sul-coreano, estima que o turismo gera US$ 44 milhões (R$ 180 milhões) por ano

para o país. Cerca de 80% dos estrangeiros que visitam Pyongyang são turistas chineses.

Até agora apenas um chefe de Estado de um país pequeno, a Mauritânia, tem presença confirmada na Coreia do Norte para

os festejos do aniversário do país. Pyongyang culpa os EUA por esse fato.

A programação prevista deste domingo inclui uma procissão à luz de tochas e um desfile militar. Este será observado de

perto para flagrar possíveis sinais de novos mísseis balísticos ou outras armas avançadas.

A Coreia do Norte tradicionalmente aproveita feriados nacionais para exibir sua capacidade militar e os avanços mais

recentes em seu programa de mísseis.

Imagens obtidas por satélite sugerem que a parte militar do desfile deste domingo pode ser maior que um desfile anterior

promovido neste ano, apesar de não terem sido vistos mísseis balísticos de longo alcance ou seus lançadores.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 09/09/2018 | dw.com | Leia em : Deutsche Welle

Coreia do Norte deixa mísseis balísticos de lado em desfile militar

A Coreia do Norte realizou um grande desfile militar em comemoração ao 70º aniversário da fundação do país. Desta vez,

o regime norte-coreano não exibiu mísseis balísticos intercontinentais ou de médio alcance, os quais motivaram uma série

de sanções internacionais contra o país.

Em vez de mostrar a Coreia do Norte como potência nuclear, grande parte do evento foi dedicada a destacar os esforços da

população para desenvolver a economia doméstica.

Kim destacou sua amizade com a China ao levantar a mão de um enviado do presidente chinês, Xi Jinping. A ausência de Xi

pode ser um indicativo de que Pequim ainda tem reservas quanto às iniciativas de Kim para desnuclearizar o país.

Convites diplomáticos foram enviados a vários países, mas o único chefe de Estado que compareceu foi o presidente da

Mauritânia, Mohamed Ould Abdel Aziz. Apesar de não estarem presentes, Xi e o presidente russo, Vladimir Putin, enviaram

mensagens de parabéns a Kim pelo 70º do país.

Impasse com os EUA

A República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte, foi fundada em 1948, três anos depois de

Moscou e Washington dividirem a península coreana entre si ao final da Segunda Guerra Mundial.

Datas como essa são importantes no calendário político norte-coreano e há anos são usadas como oportunidade para

demonstrar progressos na busca do país por um míssil capaz de transportar uma ogiva nuclear para os Estados Unidos.

O desfile militar foi o primeiro desde que Kim e Donald Trump assinaram uma declaração conjunta em Cingapura,

prometendo trabalhar para a desnuclearização do regime de Pyongyang.

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Os esforços de Kim para amenizar as tensões com Trump estão estagnados desde então. Washington exige que Pyongyang

de fato se comprometa com a desnuclearização, enquanto o regime norte-coreano quer que antes sua segurança seja

garantida e que seja assinado um tratado de paz finalmente encerrando a Guerra da Coreia, encerrada somente com um

armistício, em 1953.

Apesar de ter prometido desnuclearizar a península, Pyongyang ainda não declarou publicamente sua disposição de abrir

mão das armas desenvolvidas durante décadas, a um enorme custo político e financeiro. Imagens de satélite obtidas por

agências de inteligência dos EUA sugeriram que a Coreia do Norte continua construindo mísseis.

Segundo um relatório confidencial das Nações Unidas, o regime da Coreia do Norte continua desenvolvendo programas

nucleares e de mísseis, o que representa uma violação das sanções internacionais impostas ao país.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 11/09/2018 | dw.com | Leia em : Deutsche Welle

Kim Jong-un envia carta a Trump pedindo segundo encontro

A Casa Branca informou que está planejando um segundo encontro entre Donald Trump e o líder da Coreia do Norte, Kim

Jong-un, depois de o ditador da nação asiática ter enviado uma carta "muito cordial" ao americano sugerindo a reunião.

"O objetivo principal da carta foi agendar outra reunião com o presidente, à qual estamos abertos e já estamos no processo

de coordenação".

Após meses de trocas de farpas, Trump e Kim realizaram uma cúpula histórica em junho deste ano em Cingapura, o que

tornou o republicano o primeiro presidente dos Estados Unidos a se reunir com um líder norte-coreano. Em declaração

conjunta, eles prometeram trabalhar para reduzir o programa nuclear do regime de Pyongyang.

O governo americano também mencionou o desfile, em comemoração ao 70º aniversário da fundação da Coreia do

Norte."A recente parada na Coreia do Norte, pela primeira vez, não foi sobre seu arsenal nuclear", descrevendo o ato como

um "sinal de boa fé".

No mês passado, a agência de energia atômica da ONU expressou "grande preocupação" com a continuidade e o

desenvolvimento do programa nuclear norte-coreano.

Apesar de ter prometido desnuclearizar a península, Pyongyang ainda não declarou publicamente sua disposição de abrir

mão das armas desenvolvidas durante décadas, a um enorme custo político e financeiro. Imagens de satélite obtidas por

agências americanas de inteligência sugeriram que a Coreia do Norte continua construindo mísseis.

DESARMAMENTO NUCLEAR | RÚSSIA | 12/09/2018 | BBC | Leia em : BBC

Como serão os megaexercícios militares da Rússia, os maiores desde a

Guerra Fria

A Rússia deu início a seus maiores exercícios militares desde 1981, durante a Guerra Fria.

Batizado de Vostok-2018 (Vostok significa leste), eles contam com a participação da Mongólia e da China.

Os exercícios acontecem em meio a uma tensão crescente entre a Rússia e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico

Norte), aliança militar com 29 países membros liderada pelos Estados Unidos.

A relação entre as duas partes tem piorado desde que a Rússia anexou a Crimeia, que pertencia à Ucrânia, em 2014.

Quais são as intenções da Rússia?

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O presidente Vladimir Putin tem feito da modernização militar do país, incluindo a fabricação de novos mísseis nucleares,

uma prioridade de seu governo.

Por que a China está envolvida?

Putin encontrou-se recentemente com o líder chinês Xi Jinping e disse que eles têm "um relacionamento de confiança na

esfera de política, segurança e defesa".

Em anos recentes, Rússia e China vêm aprofundando a cooperação militar. Durante os exercícios, inclusive, eles usarão o

mesmo quartel-general - um contraste com os anos de Guerra Fria, quando a União Soviética e a China eram rivais,

disputando a liderança global comunista e com confrontos em sua fronteira oriental.

O ministro de Defesa russo diz que o extremismo islâmico na Ásia Central é a maior ameaça à segurança da Rússia.

Nesse sentido, a China tem acentuado suas ações de repressão para conter o que considera "extremismo religioso" em

Xinjiang, no extremo oeste do país, habitado pela minoria muçulmana uighur.

Há anos a região é foco de tensão. A China culpa os militantes islâmicos e separatistas pela intensificação do conflito. A

ONU acusou o país de manter cerca de um milhão de muçulmanos uighur presos de forma ilegal na província.

Por que há tensão entre a Rússia e a Otan?

A tensão entre a Rússia e a Otan tem aumentado desde que a Rússia interveio na Ucrânia em 2014, apoiando rebeldes

separatistas russos.

A Otan respondeu aumentando a presença de suas forças no leste europeu, enviando 4 mil tropas para os países bálticos.

A reação foi considerada provocativa e injustificada pela Rússia. Ela diz que a revolução ucraniana de 2013 e 2014 - uma

resistência à ocupação russa na península da Crimeia - foi um golpe orquestrado pelo "Oeste", referindo-se aos países do

Ocidente.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 18/09/2018 | Reuters e Associated Press | Leia em : Folha de São Paulo

Presidente sul-coreano é recebido em Pyongyang por Kim Jong-un

O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, abraçou o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, em sua chegada a

Pyongyang, capital norte-coreana, para a terceira cúpula entre os dois.

Esta é a primeira vez que um mandatário sul-coreano viaja a Pyongyang em 12 anos —as duas primeiras reuniões, em abril

e em maio, foram na zona desmilitarizada.

Algumas das pessoas carregavam bandeiras norte-coreanas e a bandeira unificada das Coreias.

Na viagem o sul-coreano tentará avançar em temas como a desnuclearização da península e a consolidação de um tratado

de paz que dê fim oficialmente à Guerra da Coreia —os países só assinaram um armistício em 1953.

Um porta-voz da Presidência, porém, descartou que a reunião tenha algum grande anúncio sobre a questão nuclear.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 18/09/2018 | France-Presse | Leia em : Correio Braziliense

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EUA e Rússia se enfrentam na ONU por sanções contra Coreia do Norte

Os Estados Unidos acusaram a Rússia de "burlar" as sanções impostas pela ONU à Coreia do Norte com um projeto

ferroviário, transferências de petróleo e acordos comerciais com Pyongyang.

Já a Rússia denunciou que Washington bloqueia todas as medidas para fomentar a cooperação entre as duas Coreias e usa

o Comitê de Sanções da ONU "como um canal para castigar" o regime de Pyongyang.

A troca de acusações destacou a divisão entre os Estados Unidos, que pressiona por sanções contra a Coreia do Norte, e a

Rússia, que argumenta que incentivos devem ser oferecidos a Pyongyang para seguir em frente.

As sanções "não podem ser um fim em si", disse o embaixador russo. "Deveríamos, em vez de criar obstáculos, promover a

cooperação e o diálogo intercoreano".

O conselho, com os Estados Unidos à frente, adotou no ano passado três pacotes de sanções abrangentes com o objetivo

de cortar o financiamento dos programas nucleares e balísticos da Coreia do Norte.

Washington argumenta que as sanções da ONU, que conseguiram enfraquecer a economia norte-coreana, devem

permanecer em vigor até que Pyongyang tenha abandonado completamente seus programas de armas nucleares.

A Rússia quer desenvolver conexões ferroviárias com a Coreia do Norte para exportar carvão de sua região leste, e chegar à

Coreia do Sul para obter acesso a um porto global, acusou Haley.

Russos insistem que o plano ferroviário não viola as resoluções de sanções e rejeitam as acusações de que um navio russo

estava envolvido em transferências de petróleo para a Coreia do Norte.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 19/09/2018 | dw.com | Leia em : Deutsche Welle

Coreias reforçam compromisso com desnuclearização

O governo da Coreia do Norte afirmou que vai desativar instalações-chave para testes de mísseis na presença de

especialistas internacionais e que está disposto a desmantelar o complexo de Yongbyon – epicentro do programa nuclear

do país – se os Estados Unidos adotarem "medidas recíprocas".

Kim Jong-un, e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, afirmaram terem concordado em transformar a Península Coreana

numa "terra de paz e sem armas nucleares".

Kim também anunciou que fará uma histórica visita a Seul num futuro próximo. A visita seria a primeira de um líder

nortecoreano à capital do Sul desde o fim da Guerra da Coreia, ocorrida entre 1950 e 1953. O conflito terminou com um

armistício, e não com um acordo de paz.

Moon afirmou que ambas as Coreias também se comprometeram a estabelecer um comitê militar conjunto para avaliar

como reduzir as tensões bilaterais e manter a comunicação para afastar crises.

Novo encontro entre Kim e Trump?

Washington exige uma ação concreta rumo à desnuclearização antes de concordar com objetivos-chave de Pyongyang:

declarar o fim oficial da Guerra da Coreia e aliviar duras sanções internacionais impostas ao regime norte-coreano devido a

seu programa nuclear e de mísseis.

Trump classificou as novas promessas do líder da Coreia do Norte de animadoras.

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Kim enviou uma carta a Trump sugerindo uma segunda cúpula entre os dois – que, se concretizada, pode representar uma

nova oportunidade para dar forma real ao processo de desnuclearização. A Casa Branca afirmou estar planejando o

encontro.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ESTADOS UNIDOS | 21/09/2018 | Danielle Brant | Leia em : Folha de São Paulo

Trump vai defender punições a Irã e Coreia do Norte na Assembleia-Geral da

ONU

Donald Trump vai defender a necessidade de reforçar as sanções adotadas contra Irã e Coreia do Norte e manter encontros

bilaterais com líderes de países aliados, como França e Reino Unido, durante a Assembleia-Geral da ONU.

Trump também terá encontros bilaterais durante a assembleia. Estão previstas reuniões com os líderes de Coreia do Sul,

Egito, França, Israel, Japão e Reino Unido.

O vice-presidente, Mike Pence, terá uma reunião sobre crise migratória na Venezuela. Já o secretário de Estado americano,

Mike Pompeo, vai comandar a reunião do Conselho de Segurança da ONU e debater a questão norte-coreana.

“É uma chance de olharmos o que alcançamos e os progressos na Coreia do Norte, uma chance de olharmos o

comprometimento que temos com a paz, mas também uma chance de termos uma conversa de que, se não reforçarmos as

sanções, tudo isso pode ser em vão”, afirmou.

As questões envolvendo o Irã também serão abordadas na semana.

Em maio, os EUA decidiram deixar o acordo assinado em 2015 com Irã e outros países desenvolvidos para limitar o

programa nuclear de Teerã. No mês passado, o governo americano retomou algumas sanções contra a administração

iraniana.

O governo americano também anunciou que incluiu 33 entidades e indivíduos associados ao setor de defesa da Rússia em

uma lista de pessoas e instituições sujeitas a sanções por participar das “atividades malignas” do governo russo.

A relação abrange uma agência militar chinesa e seu diretor, acusados de realizar transações com as 72 pessoas que fazem

parte da lista.

Autoridades americanas afirmaram que as transações envolveram a transferência da Rússia para a China de uma aeronave

de combate Su-35 e um sistema de míssil S-400.

Segundo o governo americano, as ações não buscam prejudicar as capacidades militares ou de combate dos países, mas

impor custos à Rússia por causa da interferência nas eleições presidenciais de 2016 nos EUA.

DESARMAMENTO NUCLEAR | EUROPA | 25/09/2018 | Reuters | Leia em : Folha de São Paulo

UE, China e Rússia acertam mecanismo para driblar sanções dos EUA ao Irã

As partes remanescentes do acordo nuclear com o Irã decidiram manter o comércio com Teerã apesar do ceticismo sobre

se isso seria possível com a volta das sanções dos Estados Unidos ao país.

Donald Trump, decidiu abandonar o pacto e retomar as punições econômicas aos iranianos, incluindo aquelas que buscam

forçar os compradores de petróleo a interromper as transações com a República Islâmica.

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Em comunicado após a reunião de Reino Unido, China, França, Alemanha, Rússia e Irã, o grupo se disse determinado a

desenvolver mecanismos de pagamento para manter o comércio com o Irã.

“Cientes da urgência e da necessidade de resultados tangíveis, os participantes celebraram as propostas práticas para

manter e desenvolver canais de pagamento notavelmente a iniciativa de estabelecer uma Sociedade de Propósito

Específico para facilitar os pagamentos relacionados às exportações iranianas, incluindo petróleo”.

Diplomatas europeus afirmam que a ideia seria criar um sistema de escambo, similar ao usado pela União Soviética durante

a Guerra Fria para trocar o petróleo iraniano por mercadorias europeias, sem haver troca de dinheiro.

Nota do Atualidades Concursos:

O Brasil, sob o governo de Getúlio Vargas, estabeleceu acordo similar (ao escambo) com a Alemanha alguns anos

antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial. A essa estratégia deu-se o nome de "comércio compensado".

A ideia é driblar as sanções que preveem a retirada do sistema financeiro americano de qualquer instituição que facilite as

transações de petróleo com o Irã.

A chave do acordo nuclear de 2015, negociado por dois anos pelo governo do democrata Barack Obama, era que o Irã

reduzisse sua atividade atômica em troca do relaxamento das sanções que prejudicaram sua economia.

Trump considera o pacto leve por não incluir o programa de mísseis balísticos iranianos e o apoio da República Islâmica a

aliados em conflitos na Síria, no Iêmen, no Líbano e no Iraque.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ORIENTE MÉDIO | 26/09/2018 | Steve Holland e Parisa Hafezi | Leia em : Reuters

Trump e Rouhani trocam ameaças e insultos na Assembleia-Geral da ONU

Donald Trump e o presidente iraniano, Hassan Rouhani, trocaram provocações na Assembleia-Geral da Organização das

Nações Unidas, com Trump prometendo mais sanções contra Teerã.

Trump utilizou seu pronunciamento anual nas Nações Unidas para atacar a “ditadura corrupta” do Irã, elogiar a Coreia do

Norte, e para deixar uma mensagem desafiadora de que irá rejeitar o globalismo e proteger os interesses da América do

Norte.

Mas a maior parte do seu pronunciamento foi direcionado ao Irã, que é acusado pelos Estados Unidos de ter ambições

nucleares e de fomentar a instabilidade no Oriente Médio através de seu apoio a grupos militantes na Síria, no Líbano e no

Iêmen.

Rouhani, que se dirigiu aos líderes mundiais depois do presidente dos EUA, criticou a decisão de Trump de se retirar do

acordo nuclear de 2015 com o Irã.

“Confrontar o multilateralismo não é sinal de força. É na verdade um sintoma de fraqueza intelectual - entrega uma falta de

habilidade para entender um mundo complexo e interconectado”, disse.

VISÃO ALTERNATIVA DE MACRON

Ao oferecer uma visão alternativa quando foi sua vez no púlpito, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse aos

delegados da ONU que a lei da sobrevivência do mais forte, o protecionismo e o isolacionismo apenas levariam ao aumento

das tensões.

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Defendendo o multilateralismo e a ação coletiva, Macron alertou que o nacionalismo levaria ao fracasso e que se países

pararem de defender princípios básicos, as guerras globais poderiam voltar.

“Eu não aceito a erosão do multilateralismo e não aceito a nossa história se desdobrando”, disse Macron à assembleia, por

vezes levantando seu tom de voz.

Macron, citando o exemplo do Irã, disse que essa tendência ao unilateralismo levaria diretamente a conflitos.

POLÍTICA | ESTADOS UNIDOS | 26/09/2018 | Reuters e Associated Press | Leia em : Folha de São Paulo

Só vamos dar dinheiro a quem for nosso amigo, diz Trump na ONU

Donald Trump, afirmou que apenas países aliados dos EUA irão receber dinheiro de Washington.

Em uma fala recheada de autoelogios a seu governo, Trump rejeitou “a governança global, o controle e a dominação” e

defendeu o direito ao isolacionismo, afirmando preferir o patriotismo ao globalismo.

O americano voltou a fazer ataques a órgãos internacionais, incluindo o Tribunal Penal Internacional, que tem sede em

Haia (Holanda), e o Conselho de Direitos Humanos da ONU (do qual os Estados Unidos saíram).

Apesar disso, a fala de Trump teve um tom mais ameno do que seu incendiário discurso em 2017, sua estreia na

Assembleia Geral da ONU, quando o americano ameaçou destruir a Coreia do Norte e criticou Irã, Cuba e Venezuela.

Embora tenha voltado a reclamar de Teerã e Caracas, o americano elogiou o regime norte-coreano e agradeceu o ditador

Kim-Jong-un pela melhoria da relação entre os países —Índia, Arábia Saudita, Polônia e Israel também ganharam elogios do

americano.

Apesar disso, ele afirmou que manterá as atuais sanções contra o país até que Pyongyang realize a desnuclearização.

O Irã se tornou o principal alvo das declarações de Trump.

“Os líderes iranianos buscam caos, morte e destruição. Querem riqueza e espalhar a loucura no Oriente Médio e pelo

mundo. Mandam seus aliados para estimular guerra. Muitos de seus vizinhos sofreram com isso”, afirmou Trump, que

voltou a defender a decisão de acabar o acordo nuclear com Teerã.

Outro alvo de críticas foi o governo do ditador Nicolás Maduro, contra o qual o Departamento do Tesouro dos EUA

anunciou também nesta terça uma nova rodada de sanções.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ORIENTE MÉDIO | 27/09/2018 | dw.com | Leia em : Deutsche Welle

Trump ataca China e Irã no Conselho de Segurança da ONU

Donald Trump abriu a reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas com acusações ao Irã de financiar terrorismo e

um apelo para que o país jamais tenha uma bomba nuclear.

Além disso, ameaçou Teerã com a imposição de novas medidas punitivas, além das relacionadas à retirada dos EUA do

acordo nuclear, que afetam o petróleo.

Foi a primeira vez que o líder americano presidiu uma sessão do Conselho da ONU, que foi dedicada à não proliferação de

armas nucleares, químicas e biológicas.

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Trump aproveitou a ocasião para acusar a China de se imiscuir nas eleições americanas de meio de mandato, alegando que

o país queira impedir a vitória de seu Partido Republicano, em represália ao posicionamento deste no comércio externo. A

imposição de pesadas tarifas a produtos chineses vem desencadeando uma verdadeira guerra comercial.

O presidente americano ainda criticou na ONU a Rússia e Teerã por seu envolvimento na guerra da Síria, em apoio ao

presidente Bashar al-Assad: "A carnificina do regime sírio é possibilitada pela Rússia e por Teerã".

DESARMAMENTO NUCLEAR | CHINA | 01/10/2018 | ONU | Leia em : Nações Unidas

Na ONU, China diz que não será chantageada nem sucumbirá a pressões de

comércio

O comércio internacional tem uma natureza de “ganha-ganha” e não deveria ser um jogo cuja soma é zero, disse o ministro

das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmando que o país “não será chantageado ou sucumbirá a pressões”.

Wang acrescentou que o país também está agindo para “manter o sistema de livre comércio e as regras e ordens

internacionais” tendo como objetivo os interesses comuns de todos os países.

Ele enfatizou a importância de se adaptar à globalização econômica e garantir que tais processos sejam abertos, inclusivos e

equilibrados para oferecer benefícios a todos.

No dia de abertura do debate geral, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse à Assembleia que havia

anunciado mais 200 bilhões de dólares em tarifas sobre produtos chineses. Ele disse que, apesar de ter o “maior respeito”

pela China, deixou “claro que o desequilíbrio comercial não é aceitável”. “As distorções de mercado da China e a maneira

como eles lidam com isso não podem ser toleradas”, declarou na ocasião.

Enquanto pedia uma ONU forte, Wang prosseguiu dizendo que a China apoia uma reforma na Organização, que deve ser

planejada para priorizar as preocupações dos países em desenvolvimento, tornando as Nações Unidas mais eficientes e

aprimorando a supervisão e a prestação de contas.

Voltando-se para a Península Coreana, Wang disse que a China contribuiu para a “grande reviravolta”, e apoia a melhoria

total das relações entre Coreia do Norte e do Sul, bem como os esforços para facilitar os diálogos entre Coreia do Norte e

EUA.

“A China encoraja a Coreia do Norte a continuar seguindo na direção certa da desnuclearização”, disse Wang.

Ele ressaltou ainda que a solução efetiva da questão requer a desnuclearização completa, bem como o estabelecimento de

um mecanismo de paz.

Sobre a crise rohingya, o ministro das Relações Exteriores disse que isso deveria ser resolvido por meio de um “processo de

três fases”, envolvendo a cessação da violência, o retorno de pessoas deslocadas e o desenvolvimento econômico.

Quanto ao desenvolvimento, Wang disse que “não existe um modelo único para todos”, acrescentando que “todo país tem

o direito de explorar um caminho de desenvolvimento que seja adequado para proporcionar felicidade e segurança a seu

povo”.

A este respeito, a China tem trabalhado em parceria com outros países da comunidade internacional, salientou.

Wang apresentou o projeto de desenvolvimento “One Belt, One Road”, que se tornou a maior plataforma de cooperação

internacional. Até agora, mais de 130 países e organizações internacionais assinaram acordos com a China no âmbito dessa

iniciativa.

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DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 03/10/2018 | Associated Press | Leia em : Estadão

Fim da Guerra da Coreia não é ‘moeda de troca’ para desnuclearização, diz

Pyongyang

A mídia estatal da Coreia do Norte exibiu uma mensagem do governo dizendo que a declaração para dar fim à Guerra da

Coreia não deve ser vista como barganha nas negociações sobre a desnuclearização da Península. O comunicado

acrescentou que uma possível moeda de troca seria a suspensão das sanções impostas por Washington ao país.

Pyongyang diz ter tomado medidas significativas para dar fim à hostilidade entre Norte e Sul, argumentando que os EUA

estão tentando “subjugar” a nação norte-coreana por meio de sanções. O comunicado deixou claro o desejo de que

Washington retire as sanções caso queira progredir nas negociações sobre armamento nuclear, atualmente paralisadas.

Segundo a mensagem, a declaração do fim da guerra, que substituiria o armistício de 65 anos, "não é apenas um presente

de um homem para outro" e a questão "nunca poderá ser moeda de barganha para que a DPRK (República Popular

Democrática da Coreia) se desnuclearize".

Nota do Atualidades Concursos:

O armistício mencionado no texto é intitulado: Armistício de Panmunjom (assinado em 1953).

As esperanças de progresso nas negociações tiveram impulso no mês passado, quando o presidente sul-coreano, Moon Jae-

in, se encontrou com Kim para uma terceira cúpula.

A reunião resultou em uma declaração conjunta na qual o Norte expressou disposição para um desmantelamento

permanente de sua principal instalação nuclear, em Nyongbyon, se os EUA tomarem medidas correspondentes, além do

desmantelamento de um local de testes e uma plataforma de lançamento de mísseis.

O comentário e a declaração na ONU sugerem que as sanções são uma preocupação primária para o país. A Guerra da

Coreia, de 1950 a 1953 foi pausada pelo o que deveria ser um cessar-fogo temporário, que dura até hoje.

DESARMAMENTO NUCLEAR | INTERNACIONAL | 03/10/2018 | Agência EFE | Leia em : Agência Brasil

Ucrânia suspeita que Rússia tenha armas nucleares na Crimeia

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia firmou que a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, se

transformou em uma "grande base militar" de Moscou, além de suspeitar da existência de "armas nucleares, ou pelo

menos infraestruturas para as mesmas" no local.

O chanceler disse que os suprimentos de equipamentos militares para a Síria são produzidos a partir da Crimeia, por

exemplo.

O Ministério das Relações Exteriores ucraniano planeja redigir uma resolução sobre a "militarização da Crimeia ocupada",

que apresentará à Assembleia Geral da ONU, disse.

Na mesma entrevista, Klimkin afirmou que a Rússia não abriu negociações sobre uma possível troca entre o cineasta

ucraniano Oleg Sentsov, preso na Rússia por supostamente ter preparado atentados terroristas na Crimeia, e os cidadãos

russos Viktor Bout, suposto traficante de armas, e o piloto Konstantin Yaroshenko, ambos presos nos Estados Unidos (EUA).

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DESARMAMENTO NUCLEAR | ESTADOS UNIDOS | 03/10/2018 | Robin Emmott | Leia em : Reuters

EUA irão destruir armamento russo proibido se necessário, diz embaixadora de

Washington na Otan

A Rússia deve interromper seu desenvolvimento secreto de um sistema de mísseis de cruzeiro proibido ou os Estados

Unidos irão buscar destruí-lo antes que se torne operacional, disse a embaixadora de Washington na Otan.

Os EUA acreditam que a Rússia está desenvolvendo um sistema de lançamento no solo em violação a um tratado da Guerra

Fria e que poderia permitir que a Rússia realizasse um ataque nuclear na Europa rapidamente, mas Moscou tem

consistentemente negado qualquer violação de tal tipo.

A embaixadora dos EUA para a Otan disse que Washington permanece comprometido com uma solução diplomática, mas

está preparado para considerar um ataque militar se o desenvolvimento do sistema de médio alcance continuar.

Hutchison mais tarde esclareceu que não falava sobre um ataque preventivo contra a Rússia. “Meu ponto: a Rússia precisa

voltar a cumprir o Tratado INF ou nós iremos precisar igualar suas capacidades para proteger interesses dos EUA e da

Otan. A situação atual, com a Rússia em flagrante violação, é insustentável.”

O Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário de 1987 proíbe mísseis de médio alcance capazes de atingir a

Europa ou o Alasca

“Os Estados Unidos estão comprometidos em cumprir suas obrigações de controle de armas e esperam que a Rússia faça a

mesma coisa”, disse, acrescentando que os EUA estão discutindo a questão com seus aliados.

DESARMAMENTO NUCLEAR | EUROPA | 05/10/2018 | dw.com | Leia em : Deutsche Welle

Em Israel, Merkel afirma que Irã não deve ter arma nuclear

Durante visita oficial a Israel, a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, afirmou, ao lado do primeiro-ministro

Benjamin Netanyahu, que ambos concordam que não se deve permitir que o Irã adquira ou desenvolva armas nucleares,

mas que discordam sobre o modo como isso deve ocorrer.

"Estamos convencidos e compartilhamos da posição de Israel de que tudo deve ser feito para evitar que o Irã possua armas

nucleares. Não estamos, porém, sempre de acordo sobre o caminho para atingir esse objetivo", disse Merkel. A Alemanha

é um dos signatários do acordo nuclear com o Irã de 2015, amplamente criticado pelo governo israelense.

Netanyahu renovou suas críticas ao acordo, ameaçado após a saída dos Estados Unidos do grupo de países que assinaram o

tratado e a reimposição de sanções a Teerã por parte de Washington. O líder israelense afirmou que o governo iraniano

deixa de investir no desenvolvimento de seu próprio país para financiar "grupos terroristas" em outras nações.

A Alemanha e a União Europeia (UE) tentam salvar o acordo – assinado também pela Rússia, China, França e Reino Unido –

e encontrar meios de evitar as pesadas sanções americanas às empresas europeias que continuarem fechando negócios

com Teerã.

Num aceno a Israel, a chanceler alemã defendeu que o Irã deve retirar seu contingente militar da Síria. "A permanência do

Irã e de suas tropas nas colinas de Golã é uma ameaça a Israel", disse a chanceler.

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DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 08/10/2018 | Hyonhee Shin, Joyce Lee | Leia em : Reuters

Pompeo says North Korea ready to let inspectors into missile, nuclear sites

U.S. Secretary of State Mike Pompeo said North Korean leader Kim Jong Un was ready to allow international inspectors

into the North’s nuclear and missile testing sites, one of the main sticking points over an earlier denuclearization pledge.

Pompeo, who met Kim during a short trip to Pyongyang, said the inspectors would visit a missile engine test facility and the

Punggye-ri nuclear testing site as soon as the two sides agree on logistics.

The top U.S. diplomat also said both sides were “pretty close” to agreement on the details of a second summit, which Kim

proposed to U.S. President Donald Trump.

Pompeo’s trip to Pyongyang, his fourth this year, followed a stalemate as North Korea resisted Washington’s demands for

irreversible steps to give up its nuclear arsenal, including a complete inventory of its weapons and facilities.

INSPECTION

At last month’s inter-Korean summit, the North expressed its willingness to close the Yongbyon nuclear complex if

Washington takes corresponding action, which Moon said would include a declaration of an end to the 1950-1953 Korean

War.

Moon also said the North will “permanently dismantle” its missile engine testing site and launch platform in the

northwestern town of Tongchang-ri in the presence of experts from “concerned countries”.

But Pyongyang failed to keep its pledge to allow international inspections of its demolition of the Punggye-ri site in May,

fanning criticism that the move could be reversed.

State Department spokeswoman Heather Nauert said in a statement Kim had invited inspectors to visit the Punggye-ri

nuclear test site to confirm it had been irreversibly dismantled.

DESARMAMENTO NUCLEAR | RÚSSIA | 19/10/2018 | AFP | Leia em : Estadão

Putin garante que russos 'irão para o paraíso' em caso de guerra nuclear

Os russos "irão para o paraíso" em caso de guerra nuclear, garantiu o presidente Vladimir Putin, defendendo-se de

qualquer tentativa de guerra. Ele advertiu que qualquer agressor que queira atacar seu país com armas atômicas será

"destruído".

Caso ocorra uma guerra nuclear, a Rússia "não poderá ser a iniciadora de tal catástrofe porque não temos um conceito de

ataque preventivo", esclareceu o presidente russo.

"Em uma situação assim, esperamos ser atacados por armas nucleares, mas não as utilizaremos" primeiro, garantiu.

A Rússia critica os Estados Unidos por sua nova doutrina nuclear adotada no começo de 2018, classificada de "beligerante"

e de "antirrussa", que pretende principalmente proporcionar a este país novas armas nucleares de baixa potência.

Vladimir Putin ordenou em 2016 reforçar o potencial nuclear militar da Rússia, assim como uma modernização dos

armamentos, em resposta ao reforço da presença militar da OTAN em suas fronteiras, percebido como uma ameaça.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ESTADOS UNIDOS | 22/10/2018 | AFP e Reuters | Leia em : Estadão

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Trump diz que EUA vão abandonar tratado nuclear, e Rússia alerta sobre

retaliação

A Rússia considera um "passo perigoso" o anúncio do presidente americano Donald Trump de deixar de cumprir o tratado

sobre armas nucleares de alcance intermediário assinado durante a Guerra Fria entre a União Soviética e os Estados

Unidos.

O Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF), negociado pelo então presidente dos EUA Ronald Regan e

pelo líder soviético Mikhail Gorbachev em 1987, estabeleceu a eliminação de mísseis nucleares e convencionais de alcances

curto e intermediário por ambos os países.

“A Rússia não honrou, infelizmente, o acordo então nós vamos encerrá-lo e sair dele”, disse Trump.

Autoridades estadunidenses acreditam que Moscou está desenvolvendo e instalou um sistema de mísseis 9M729, com

lançamento baseado em terra, o que permitiria aos russos lançar um ataque nuclear contra a Europa com rapidez e

violaria o tratado INF. A Rússia tem consistentemente negado qualquer violação do tratado.

Trump disse que os EUA vão desenvolver armas a menos que Rússia e China concordem em interromper o

desenvolvimento. Os chineses não fazem parte do tratado – que impede a posse pelos EUA de mísseis balísticos que

podem ser lançados por terra e tenham alcance entre 500 e 5 mil quilômetros – e têm investido pesado em mísseis

convencionais.

Para as autoridades russas, o governo Trump está usando o tratado como uma tentativa de chantagear o Kremlin, o que

coloca a segurança global em risco.

Gorbachev aponta ‘falta de sabedoria’ de Trump

O último presidente da União Soviética (URSS), Gorbachev avaliou que Trump está agindo com pouca sabedoria ao

abandonar o tratado.

"Não se deve romper de modo algum os acordos de desarmamento. É difícil compreender que a rejeição a estes acordos

significa falta de sabedoria? É um erro", declarou Gorbachev.

DESARMAMENTO NUCLEAR | INTERNACIONAL | 23/10/2018 | David Ehl | Leia em : Deutsche Welle

Tratado INF abriu caminho para o fim da Guerra Fria

Não é a primeira vez que um presidente republicano dos EUA anuncia a saída de um importante tratado sobre controle de

armamentos assinado com a Rússia.

Em 2001, George W. Bush anunciou a saída unilateral do Tratado de Mísseis Antibalísticos (ABM). Nele, a antiga União

Soviética e os EUA se comprometeram em 1972, em plena Guerra Fria, a reduzir drasticamente seus arsenais de sistemas

antimísseis.

Após o anúncio de Bush, Putin falou na época de um erro, mas também afirmou: "A decisão do presidente dos EUA não

representa nenhuma ameaça à segurança nacional da Federação Russa." E, assim, apesar da saída unilateral americana, os

dois países encolheram seus arsenais bélicos.

Menos de 17 anos depois, é a vez de Donald Trump anunciar a saída dos Estados Unidos do Tratado de Forças Nucleares de

Alcance Intermediário (INF).

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Após os atentados do 11 de Setembro, os EUA passaram a perceber principalmente Iraque, Irã e outros países muçulmanos

como uma ameaça. Por um certo período, a Rússia se tornou uma aliada, mas perdeu esse status desde a anexação da

Crimeia, em 2014.

"O começo do fim do conflito Leste-Oeste"

Antes do Tratado INF, a Guerra Fria passava pela sua última fase acirrada: nos anos 1970, o Ocidente e o Leste

desenvolveram e estacionaram na Europa novos mísseis de cruzeiro, que poderiam ter causado grande destruição. Situados

na fronteira entre os dois blocos, os dois Estados alemães estariam entre os principais alvos no caso de um ataque, tanto de

um lado como do outro.

Só em dezembro de 1987, os esforços deram frutos, com a assinatura do Tratado INF por Ronald Reagan e Mikhail

Gorbachov. Nele, ambos os países se comprometeram a destruir e a não produzir mais sistemas de mísseis de curto e

médio alcance, tanto nucleares como convencionais.

O INF está em vigor desde sua ratificação, em 1988. O acordo foi revolucionário "porque ele não apenas proporcionou o

controle armamentista como também eliminou toda uma categoria de perigosos sistemas de mísseis".

Foi o início de um processo que levou ao colapso da União Soviética e do Pacto de Varsóvia.

Quem violou o tratado?

O momento do anúncio de Trump de sair do acordo também foi uma surpresa – mas o processo como um todo não foi. Em

2014, Barack Obama, tornou público pela primeira vez que a Rússia estaria violando o acordo.

Aparentemente, os EUA tinham informações precisas sobre o novo desenvolvimento de Moscou com um alcance de 2.600

quilômetros e do míssil de cruzeiro russo do tipo 9M729 (SS-C-8, no código da Otan).

A Rússia admitiu a existência do programa de desenvolvimento, mas afirmou que os mísseis estavam em conformidade com

o acordo. No início deste mês, os 28 Estados-membros da Otan aumentaram a pressão sobre a Rússia e solicitaram

informações críveis do Kremlin.

Chama a atenção o fato de que Trump, que tenta reverter em grande parte a política de seu antecessor e é considerado

favorável a Putin, queira finalizar a retirada americana do pacto.

O que vem a seguir?

Trump afirmou que os EUA pretendem construir novos mísseis de médio alcance caso o INF não seja sucedido por outro

acordo – que, além da Rússia, também envolveria a China. Assim, ele leva em conta também mudanças geopolíticas que há

muito atenuaram a ordem mundial bipolar da Guerra Fria.

A China está emergindo cada vez mais como uma potência mundial na região do Pacífico, como no Mar da China

Meridional, onde Pequim afirma sua soberania territorial sobre áreas reivindicadas também por países vizinhos.

É verdade que, graças a uma série de tratados desde o fim da Guerra Fria, os arsenais nucleares de ambas as

superpotências foram consideravelmente reduzidos. Mas também o Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Start) vai

expirar em 2020.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ESTADOS UNIDOS | 25/10/2018 | Associated Press | Leia em : Folha de São Paulo

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Putin diz que países que abrigarem mísseis dos EUA serão alvo da Rússia

Vladimir Putin disse que, caso os Estados Unidos passem a manter mísseis de médio alcance na Europa, a Rússia terá como

alvo as nações que hospedarem os mísseis.

A ameaça vem depois do anúncio que Donald Trump pretende tirar seu país de um acordo de 1987 para o controle de

armas nucleares. Trump afirma que a Rússia violou o acordo.

O Tratado de Forças Nucleares de Médio Alcance (INF, na sigla em inglês), negociado em 1987 pelo então presidente

americano Ronald Reagan e pelo líder soviético Mikhail Gorbatchov, suprime o uso de toda uma série de mísseis com

alcance entre 500 e 5.000 km, capazes de atingir a Europa ou o Alasca.

Putin disse que espera que os EUA não posicionem mísseis de médio alcance, que eram banidos pelo acordo, na Europa, já

que isso repetiria a situação dos anos 1980, durante a Guerra Fria, quando União soviética e EUA tinham esse tipo de arma

no continente.

O presidente russo voltou a negar que a Rússia tenha violado os termos do INF e disse que foram os EUA quem o fizeram.

Ele afirmou que instalações militares dos EUA na Romênia têm mísseis capazes de operação de médio alcance caso seja

feita uma pequena alteração de software.

O governo Trump afirma que vai sair do pacto também porque a China não é signatária dele e detém o tipo de míssil

banido.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ORIENTE MÉDIO | 06/11/2018 | Reuters e AFP | Leia em : Estadão

Rohani diz que Irã violará sanções impostas pelos EUA e seguirá com venda de

petróleo

O Irã seguirá com a venda de petróleo, violando as sanções impostas novamente pelos Estados Unidos contra os setores

bancário e de energia do país, afirmou o presidente iraniano, Hassan Rohani.

O mandatário iraniano prometeu também “contornar com orgulho” as novas sanções. "Anuncio que vamos contornar com

orgulho suas sanções ilegais e injustas, uma vez que elas são contrárias ao direito internacional."

Washington afirmou na sexta-feira que permitirá temporariamente que oito importadores continuem a comprar petróleo

iraniano quando as sanções - que têm como objetivo forçar Teerã a encerrar suas atividades nucleares e de mísseis forem

impostas novamente nesta segunda.

Acredita-se que China, Índia, Coreia do Sul, Japão e Turquia - todos importantes importadores do petróleo iraniano

estarão entre os oito países que receberão as isenções temporárias para garantir que os preços do petróleo não sejam

desestabilizados.

A retomada das sanções faz parte de esforços do presidente americano, Donald Trump, para forçar o Irã a encerrar seus

programas nucleares e de mísseis, assim como seu apoio às forças no Iêmen, Síria, Líbano e em outras partes do Oriente

Médio.

Guerra econômica

Adotando uma política hostil em relação ao Irã, Trump, para quem o acordo nuclear é uma aberração, restabeleceu em

agosto uma primeira série de sanções econômicas contra Teerã.

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Elas funcionam como uma chantagem contra países que negociam atualmente com o Irã: empresas asiáticas ou europeias

serão banidas do mercado americano se continuarem a importar petróleo iraniano, ou realizar operações com bancos

iranianos. Muitos já escolheram ou vão escolher os EUA.

Oito países, no entanto, irão se beneficiar de uma isenção para o petróleo, incluindo a Turquia e, possivelmente, a China e a

Índia. A lista será anunciada nesta segunda.

Este regime de isenção é semelhante ao que os EUA praticaram de 2012 a 2015, antes do acordo nuclear do Irã negociado

sob Barack Obama. Na época, China, Índia, Turquia, Coreia do Sul, Japão e Taiwan foram poupados das sanções

americanas, uma vez que estavam gradualmente reduzindo suas importações de petróleo iraniano. Anos depois, a

administração Trump assumiu o mesmo argumento. "Há um grupo de países que já reduziu significativamente suas

importações de petróleo e que precisa de um pouco mais de tempo para chegar a zero, e nós daremos esse tempo", disse o

chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo.

'Desconectar o Irã'

O secretário do Tesouro americano explicou na semana passada que os EUA querem desconectar o Irã do sistema bancário

internacional Swift, a espinha dorsal do sistema financeiro global.

A economia iraniana já sofria muitos males antes da ofensiva de Trump. As exportações de petróleo, que respondem por

40% das receitas do Estado iraniano caíram 2,5 milhões de barris por dia para 1,6 milhão de barris em setembro.

O maior mercado para o petróleo iraniano é a China, seguido pela União Europeia, Índia e Turquia. O Japão e a Coreia do

Sul praticamente reduziram suas importações a zero.

Apesar da animosidade, Trump reitera que está disposto a se reunir com os líderes iranianos para negociar um acordo

global com base em 12 condições: restrições muito mais firmes e duradouras sobre o nuclear, mas também o fim da

proliferação de mísseis e atividades consideradas "desestabilizadoras" de Teerã no Oriente Médio.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 16/11/2018 | dw.com | Leia em : Deutsche Welle

Coreia do Norte testa suposta arma de alta tecnologia

Kim Jong-un inspecionou o teste de um suposto sistema de defesa de "última geração" recém-desenvolvido no país. O líder

destacou ainda o suposto sucesso do teste e disse, sem especificar detalhes, que o sistema testado foi um no qual seu pai

esteve especialmente interessado durante a vida e teria comandado pessoalmente seu desenvolvimento.

"A arma de última geração tem como objetivo proteger completamente nosso território e melhorar significativamente o

poder de combate do nosso Exército Popular", anunciou a Coreia do Norte.

Foi a primeira vez que Kim vai pessoalmente inspecionar um equipamento militar desde novembro do ano passado, quando

o líder norte-coreano visitou um local de testes de mísseis intercontinentais Hwasong-15.

O anúncio foi feito em meio à estagnação do diálogo entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte para desnuclearizar o

regime. O presidente dos EUA, Donald Trump, se reuniu com Kim em 12 de junho, mas as conversas para colocar em prática

os compromissos firmados na ocasião não avançaram muito desde então.

A suspensão do programa nuclear e de misseis balísticos de Pyongyang tem sido fundamental para a retomada dos laços

diplomáticos entre os países. A atitude é constantemente elogiada por Trump.

Apesar do impasse nos últimos meses, o vice-presidente americano, Mike Pence, disse que Trump e Kim voltarão a se

encontrar no próximo ano, sem citar data ou local onde essa reunião ocorrerá.

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DESARMAMENTO NUCLEAR | ESTADOS UNIDOS | 16/11/2018 | Davis Van Opdorp | Leia em : Deutsche Welle

EUA perderiam guerra contra China e Rússia, diz relatório

Os Estados Unidos enfrentam uma "grave crise na segurança e na Defesa nacional", segundo um relatório publicado por

uma comissão que investiga a estratégia militar do presidente Donald Trump.

A Comissão de Estratégia de Defesa Nacional, composta por um painel de 12 ex-funcionários democratas e republicanos

selecionados pelo Congresso, avaliou a Estratégia de Defesa Nacional (NDS, na sigla em inglês) do governo Trump.

A estratégia pedia uma remodelação do Exército americano, com mais foco na concorrência entre grandes potências

mundiais. O relatório sugere que, se os Estados Unidos entrarem em guerra com países como China e Rússia, poderiam não

ganhar.

"O Exército americano poderia sofrer baixas numa dimensão inaceitavelmente alta e perderia muitos recursos financeiros

em seu próximo conflito. Pode lutar para vencer, ou talvez perca, uma guerra contra a China ou a Rússia", afirma a

comissão. "Os Estados Unidos, particularmente, correm risco de sobrecarga se suas Forças Armadas forem forçadas a

combater em duas ou mais frentes simultaneamente".

O texto diz ainda que a superioridade militar dos EUA "erodiu para níveis perigosos" e que sua habilidade para defender a

si, seus aliados e seus interesses externos vem se tornando "cada vez mais duvidosa".

O documento menciona as recentes agressões da Rússia no Leste Europeu, suas operações cibernéticas e as alterações que

fez no seu arsenal nuclear como ameaças que os Estados Unidos e seus aliados na Otan (Organização do Tratado do

Atlântico Norte) precisam abordar.

Nos últimos anos, as forças russas anexaram a Península da Crimeia, atuaram para desestabilizar a Ucrânia, reforçaram

suas capacidades militares no Ártico e conduziram os maiores exercícios militares de sua história em setembro passado,

com cerca de 300 mil soldados.

Apesar de não ter ido ao ponto de criticar abertamente a Otan, assim como Trump fez durante seu mandato até agora, a

comissão destacou a necessidade da aliança de fortalecer suas capacidades militares.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ESTADOS UNIDOS | 20/11/2018 | Maxim Rodionov | Leia em : Reuters

Putin diz que Rússia irá retaliar se EUA deixarem tratado de mísseis nucleares

Vladimir Putin, disse que o Kremlin iria retaliar caso os Estados Unidos se retirassem do tratado de Forças Nucleares de

Alcance Intermediário (INF), de 1987.

O documento, da época da guerra fria, que livrou a Europa de mísseis nucleares baseados em terra, veio a ser discutido em

meio a uma nova onda de tensões entre o Ocidente e a Rússia, particularmente após a anexação da península da Crimeia,

no leste da Ucrânia, em 2014.

O governo do presidente norte-americano Donald Trump acusa a Rússia de não respeitar o acordo de 31 anos e alertou que

abandonará o tratado como resultado. O Kremlin nega ter violado o pacto.

A Otan e um emissário russo discutiram a questão com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, tendo exigido que

Moscou fizesse mudanças rápidas para obedecer completamente as exigências do tratado. Ele disse que o desenvolvimento

russo do míssil de cruzeiro SSC-8, de base terrestre e alcance intermediário, representava um “risco sério à estabilidade

estratégica”.

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Líderes europeus temem que um colapso do INF poderia levar a uma nova e desestabilizadora corrida armamentista.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ORIENTE MÉDIO | 28/11/2018 | Alissa de Carbonnel | Leia em : Reuters

Irã alerta UE que paciência sobre acordo nuclear está se esgotando

O responsável pelo programa nuclear do Irã disse que alertaria a principal diplomata da União Europeia (UE) que a

paciência iraniana estava se esgotando com as promessas do bloco de manter o comércio de petróleo apesar das sanções

dos EUA.

Ali Akbar Salehi, chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, afirmou que a República Islâmica poderia retomar o

enriquecimento de urânio a uma pureza de 20 por cento, o que é visto como acima do nível necessário para abastecer

usinas de energia para fins civis, se o país não tiver o benefício econômico do acordo de 2015, que levou a cortes no seu

programa nuclear.

No acordo de 2015 com potências mundiais, o Irã restringiu o seu programa de enriquecimento de urânio, visto então pelo

Ocidente como um esforço disfarçado para desenvolver os meios de fabricação de bombas atômicas. Em troca, o país não

sofreria mais sanções internacionais.

O presidente dos EUA, Donald Trump, retirou o país do acordo e restabeleceu sanções sobre o setor de exportação de

petróleo do Irã no início deste mês.

Mas a Europa vê o acordo nuclear como um elemento importante da segurança internacional.

DESARMAMENTO NUCLEAR | ESTADOS UNIDOS | 06/12/2018 | Vladimir Soldatkin | Leia em : Reuters

Putin diz que Rússia fabricará mísseis proibidos se EUA deixarem tratado nuclear

A Rússia desenvolverá mísseis hoje proibidos pelo Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) se os

Estados Unidos deixarem o pacto de controle de armas e começarem a fabricar tais armamentos, disse Vladimir Putin.

Os EUA deram um ultimato de 60 dias para a Rússia se pronunciar a respeito do que Washington vê como uma violação do

tratado de armas nucleares de 1987, dizendo que serão forçados a iniciar um processo de seis meses de retirada se nada

mudar.

Putin acusou os EUA de culparem a Rússia por violações como pretexto para romperem o pacto. O russo ainda observou

que muitos países produzem mísseis proibidos pelo INF, mas que Moscou e Washington se comprometeram a se limitarem

com base no acordo assinado em 1987.

DESARMAMENTO NUCLEAR | INTERNACIONAL | 12/12/2018 | David Sanger | Wiliiam Broad | Leia em : Folha de São Paulo

Ao menos dez países têm mísseis como os banidos por tratado entre EUA e

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Rússia

Quando os EUA deram um ultimato à Rússia avisando que se preparam para abandonar um tratado fundamental sobre

armas nucleares, a reação do presidente Vladimir Putin foi combativa. A possibilidade de uma retomada da corrida

armamentista nuclear está amplamente sendo vista como uma reprise da Guerra Fria.

Mas isso abrange apenas uma parte do problema –e pode ser a parte mais fácil de administrar.

Hoje os EUA e a Rússia não detêm mais o monopólio dos mísseis que Ronald Reagan e Mikhail Gorbatchov concordaram em

1987 proibir, assinando para isso o Tratado de Forças Nucleares de Médio Alcance, ou INF.

Hoje 95% da frota terrestre da China utiliza mísseis semelhantes, e Irã, Índia, Arábia Saudita, Coreia do Norte e Taiwan

fazem parte dos dez países dotados de arsenais semelhantes, que vêm crescendo rapidamente.

Em um reflexo da visão da administração Trump de como lidar com uma ordem global nova e mais ameaçadora,

Washington não parece estar interessada em tentar renegociar o tratado de modo a incluir todos os países que hoje

possuem os mísseis, que podem carregar ogivas convencionais ou atômicas.

Em vez disso, os EUA estão assinalando sua intenção de abandonar o tratado e, de olho na China, posicionar na Ásia o tipo

de armas que tiraram da Europa nos dias perigosos que antecederam a queda do Muro de Berlim.

A administração americana atribui o fracasso do tratado, visto até agora como um dos mais bem-sucedidos dos acordos de

controle de armamentos da Guerra Fria, a violações russas, o que Moscou nega. Mas a questão maior é que o presidente

Trump quer se livrar do que vê como sendo limitações à capacidade americana de se contrapor a outras potências em

ascensão, principalmente a China.

O receio dos proponentes do controle de armas não é apenas que o tratado INF seja anulado. Um tratado muito maior

também pode desabar em breve: o novo Start, ou Tratado de Redução de Armas Estratégicas, que reduziu as armas

nucleares americanas e russas para o nível histórico mais baixo, de 1.550 mísseis balísticos intercontinentais, quando

entrou em pleno efeito este ano.

Negociado pelo presidente Barack Obama, o novo Start chega ao fim de sua vigência um mês após a próxima posse

presidencial.

Funcionários da administração americana dizem que não veem sinais de que qualquer lado vá ceder e nem mesmo dialogar

com o outro sobre as implicações do possível abandono do tratado. As origens do tratado remetem a 1977, quando a URSS

desenvolveu um míssil móvel chamado SS-20, criado para poder atacar a Europa.

Cada artefato tinha três ogivas nucleares, cada uma das quais podia ser disparada contra uma cidade diferente. E a partir

disso emergiram muitos outros mísseis com alcances diversos. As negociações do tratado começaram sob Jimmy Carter,

mas ganharam ímpeto com Reagan e Gorbatchov.

Quando esses dois líderes firmaram o tratado INF, em 1987, o alcance do pacto surpreendeu a quase todos: ele proibia

todos os mísseis terrestres com alcance de 500 km a 5.500 km, com ogivas nucleares ou convencionais. Graças ao tratado,

Washington destruiu 846 de seus mísseis, e Moscou, 1.846 –e a Europa deu um suspiro de alívio.

Na época em que o INF foi assinado, a China mal foi levada em consideração. Ela possuía um punhado de mísseis

intercontinentais capazes de alcançar os EUA e algumas dezenas de mísseis de médio alcance. Mas essa situação mudou

drasticamente desde então devido aos esforços de Pequim para intimidar Taiwan, exercer influência em todo o leste

asiático e manter navios americanos longe das costas da China.

Hoje a China possui várias centenas de mísseis que violariam o tratado –se Pequim fosse signatária dele.

A China não é o único país a possuir esses mísseis. Hoje há dez países dotados de mísseis de médio alcance, incluindo Índia,

Irã, Israel, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Paquistão e Taiwan.

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DESARMAMENTO NUCLEAR | ÁSIA | 19/12/2018 | Hyonhee Shin | Leia em : Reuters

U.S. seeks to expedite aid for North Korea amid stalled nuclear talks

U.S. officials will try to expedite humanitarian aid to North Korea as Washington and Pyongyang struggle to find a

breakthrough in stalled talks aimed at ending the North’s nuclear program.

North Korean leader Kim Jong Un vowed to work toward denuclearization at his landmark summit with U.S. President

Donald Trump in Singapore in June but the two sides have since made little progress.

With Washington doubling down on sanctions enforcement, humanitarian aid for North Korea has nearly ground to a halt

this year, despite warnings of a potential food crisis and improving relations with Pyongyang.

International sanctions imposed over North Korea’s nuclear weapons and missile programs technically do not cover

humanitarian activities, and over the summer the United Nations adopted a U.S. proposal designed to streamline approval

for aid shipments.

But strict interpretations of U.N. sanctions curtailing banking and shipping transactions with Pyongyang, as well as a travel

ban for U.S. citizens, have effectively shut down the North Korea operations of most relief groups.

STALLED TALKS

Trump has said a second summit with Kim is likely to take place in January or February.

North Korea has for years pursued nuclear and missile programs in defiance of U.N. Security Council resolutions but the

bellicose rhetoric from both Pyongyang and Trump that raised fears of war has eased this year.

North Korean state media has credited Trump for his “willingness” to continue dialogue but has also slammed Washington

for stepping up sanctions.

The State Department said communication between both sides was “ongoing” but sanctions relief would come after they

achieved the goal of a “final, fully verified denuclearization”.

DESARMAMENTO NUCLEAR | INTERNACIONAL | 21/12/2018 | dw.com | Leia em : Deutsche Welle

Russia's Vladimir Putin warns about growing threat of nuclear war

An attempt to lower the threshold for the use of nuclear weapons could potentially result in an all-out nuclear war, Vladimir

Putin warned.

"There is a tendency to lower the threshold for the use of nuclear weapons," he said. "In the West, there is this idea of

using low-yield nuclear weapons. The use of such weapons could lead to a global disaster," the Russian leader stressed.

Putin pointed at the US intention to withdraw from the 1987 Intermediate-Range Nuclear Forces (INF) Treaty. He said that

if the US puts intermediate-range missiles in Europe, Russia will be forced to take countermeasures.

The Russian leader also warned against developing tactical nuclear warheads and conventional long-range ballistic missiles.

According to him, both are dangerous, because they increase the threat of an incidental nuclear war.

"We are currently observing the collapse of the international system for containing weapons," he added.

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'We need to get into a new economic league'

Russia is ranked 12th in the 2017 world pecking order by the International Monetary Fund, with economic output worth

some $1.5 trillion.

In recent years, the Russian economy has been suffering from low oil prices and Western sanctions.

DESARMAMENTO NUCLEAR | AMÉRICA LATINA E CARIBE | 21/12/2018 | Itamaraty | Leia em : Itamaraty

Declaração de Montevidéu sobre Cooperação Nuclear Empresarial Brasil-

Argentina

O Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Argentina

Considerando a relação bilateral estratégica na área nuclear e reiterando a natureza pacífica de seus respectivos programa

nucleares,

1. Celebram os 30 anos da Declaração de Iperó (1988) sobre Política Nuclear, bem como a visão dos Presidentes José

Sarney e Raúl Alfonsín para dar impulso a esse processo de aproximação e cooperação bilateral no campo nuclear;

2. Reconhecem o excepcional nível de confiança mútua bilateral, construída conjuntamente no marco fixado pela Agência

Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC). Reiteram os compromissos

oportunamente assumidos na Declaração de Iperó, reafirmam a disposição dos dois países de aprofundar a colaboração

na área nuclear;

3. Ressaltam os êxitos e avanços significativos obtidos pelos dois países com investimentos na complementaridade deseus

setores nucleares, que possibilitam o desenvolvimento tecnológico, ganhos de escala e maior competitividade, de que

são exemplos o projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), desenvolvido com esforços bilaterais, o

fornecimento de molibdênio ao Brasil pela Argentina e o fornecimento de urânio enriquecido à indústria nuclear da

Argentina pelo Brasil;

4. Valorizam a intenção de dar continuidade à aproximação dos setores nucleares dos dois países, com vistas a

lograrmelhor posicionamento de ambos em mercados internacionais e a estimular a inovação e perspectiva empresarial

na área, pontos explorados no I Seminário Brasil - Argentina de Oportunidades de Negócios entre Empresas Brasileiras e

Argentinas do Setor Nuclear (Buenos Aires, 7 de novembro de 2018);

DESARMAMENTO NUCLEAR | RÚSSIA | 27/12/2018 | Maria Kiselyova | Polina Nikolskaya | Leia em : Reuters

Putin diz que Rússia está perto de concluir novo míssil nuclear hipersônico

O presidente Vladimir Putin informou que a Rússia concluirá seu primeiro grupo de mísseis nucleares hipersônicos no ano

que vem, dizendo que a medida significa que seu país agora tem um novo tipo de arma estratégica.

Putin discursou após supervisionar o que o Kremlin diz ter sido um teste prévio do novo sistema, chamado Avangard.

Moscou disse que o novo sistema, uma de várias armas novas que Putin anunciou, é altamente manobrável, o que permite

que escape de sistemas de defesa antimísseis facilmente.

O Kremlin descreveu que o teste, dizendo que um míssil Avangard disparado de um local no sudoeste russo atingiu e

destruiu com sucesso um alvo no extremo leste do país.

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Putin anunciou uma série de novas armas em um de seus discursos mais belicosos em anos, dizendo que ele é capaz de

atingir quase qualquer ponto do globo e escapar de um escudo de mísseis montado pelos Estados Unidos.

DESARMAMENTO NUCLEAR | RÚSSIA | 28/12/2018 | EFE | Leia em : Estadão

Ministro russo diz que novo míssil supersônico não pode ser abatido

O vice-primeiro-ministro da Rússia, Yuri Borisov, afirmou que o míssil do sistema Avangard, a nova arma estratégica

hipersônica russa, ultrapassou os 32.202 km/h nos últimos testes o que, na prática, o torna praticamente impossível de ser

abatido.

Borisov explicou que é muito difícil prever onde o míssil hipersônico do sistema Avangard estará em um determinado

momento, pois ele pode mudar de direção e manobrar nos planos vertical e horizontal.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, supervisionou pessoalmente os últimos testes do sistema Avangard e anunciou que

ele entrará em serviço nas forças estratégicas do país já em 2019.

Segundo os seus desenvolvedores, o Avangard, composto por um foguete balístico intercontinental equipado com uma ou

várias ogivas hipersônicas capazes de manobrar antes de alcançarem seus alvos, pode "enganar" qualquer sistema

antimíssil existente no mundo atualmente.

"A Rússia tem um novo tipo de arma estratégica. O novo sistema Avangard é invulnerável para os sistemas de defesa

antiaérea e antimísseis, atuais e futuros, de um possível inimigo. Isto é um grande sucesso e uma grande vitória", afirmou

Putin ao anunciar o teste bem-sucedido.

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