Quo Vadis

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Frontispício da primeira ediçãodo livro, nos Estados Unidos.

Quo Vadis (livro)Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Quo Vadis (no original polonês: "Quo Vadis: Powieść z czasówNerona") é um romance do escritor polaco Henryk Sienkiewicz(1846-1916), ambientado na Roma Imperial, à epoca de Nero, e que tempor tema a perseguição que se abateu sobre os cristãos, após o GrandeIncêndio de Roma.O livro foi publicado, originalmente, em 1895.

Índice

1 Origem da expressão2 O livro3 Personagens do romance

3.1 Personagens históricos3.2 Personagens fictícios

4 Quo Vadis no Cinema5 Referências

Origem da expressão

A expressão "Quo vadis, Domine?" (Aonde vais, Senhor?) provem de uma tradição cristã, registrada emlivros apócrifos, segundo a qual, Jesus apareceu a Pedro, que deixava Roma para escapar à perseguição deNero, e quando indagado pelo apóstolo: "Aonde vais, Senhor?", respondeu-lhe: "Já que abandonas o meu

povo, vou à Roma para ser crucificado, outra vez".

O livro

A trama principal do romance centra-se na história de amor entre Vinícius e Lígia (aliás, Calina), duaspessoas que pertencem a mundos diferentes. O romance entre os dois exerce forte influência sobre odesenvolvimento da ação, com momentos marcantes como a tentativa de seqüestro de Lígia e sua salvaçãomilagrosa no confronto de Ursus com o touro, no circo. A vitória do homem contra o animal na arenaimprime um final feliz à história - bem ao agrado da maioria dos leitores - porque, nesse momento, o povo seafasta de Nero e se coloca a favor dos cristãos.

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Nero e o incêndio de Roma. Ilustração: M.Lipman, 1897.

O Nero de Sienkiewicz é uma caricatura,deliberadamente ridícula, do personagem histórico. Ele édescrito como um tirano que, além de se comprazer coma crueldade, imagina-se um grande poeta e cantor ,chegando ao cúmulo de incendiar Roma para obterinspiração semelhante a de Homero ao retratar oincêndio de Tróia.

Figura-chave na obra é Petrônio, patrício romano econselheiro de Nero, homem de bom gosto e elegância,incluído no romance como um símbolo da culturaclássica. Sua morte (suicídio nos braços da amada) ébem emblemática, tendo em vista a doutrina epicuristaque ele cultiva.

Quanto ao personagem mais degradante do romance,Chilonides Chilo - cuja ambição o leva a trair até aquelesque lhe ofereceram a mão em momentos difíceis - sua conversão, à hora da morte, proclama o cristianismocomo esperança de salvação, ao alcance até dos mais vís, desde que se arrependam e abracem a crença noCristo, redentor da Humanidade.

Personagens do romance

Personagens históricos

Nero: imperador romano. Além de descrevê-lo como um déspota sanguinário, o romance buscaridicularizar sua pretensão de ser um grande artista (músico e poeta), bajulado por sua corte deáulicos. Teria mandado incendiar Roma apenas para inspirar-se e compor um poema épico.Petrônio: patricio romano, poeta, epicurista e esteta, membro da corte de Nero, onde era tido como"árbitro da elegância", por seus gostos e conduta refinados. Na obra, ele é tio de Marco Vinício.Tigelino: comandante (praefectus) da Guarda Pretoriana. Serviu a Nero e a Galba, mas suicidou-sequando Otão tornou-se imperador. No romance, é cúmplice das crueldades de Nero.Aulo Pláucio: comandou as forças romanas na conquista da Britania, à época do imperador Cláudio.No romance, é o pai adotivo de Lígia e, por ser cristão, torna-se uma das vítimas de Nero, após oGrande incêndio de Roma.Pompônia Grecina: esposa do general Aulo Pláucio. No livro, é a mãe adotiva de Lígia.Popeia Sabina: tornou-se a segunda esposa de Nero, após se divorciar de Otão (futuro imperador). Éreferida de modo contraditório pelos escritores antigos (Flávio Josefo a elogia e diz que ela erasimpática ao Judaísmo). Foi morta por Nero que, em instante de cólera, chutou-lhe o ventre, quandoestava grávida. No romance, é mostrada como uma mulher cruel, que planeja a morte espetacular deLígia, à vista de Vinício, e acaba sendo estrangulada pelo marido-imperador.Acte: antiga amante de Nero, teria sido a grande paixão do imperador, que só não a desposou por vetoda mãe, Agripina. Suetônio diz que ela foi um dos poucos que se manteve fiel a Nero e custeou seusfunerais. Na obra, ela ajuda o imperador a se suicidar.Sêneca: filósofo romano, estóico, foi preceptor de Nero. Acusado de participar da Conspiração dePisão, suicidou-se.Lucano: poeta romano, autor de "Farsália". Era sobrino de Sêneca e suicidou-se junto com seu tio.Pedro, apóstolo cristão. O romance reforça a tradição segundo a qual ele teria sido crucificado, decabeça para baixo, na colina do Vaticano.Paulo, o grande edificador do Cristianismo. A tradição sustenta que teria sido executado em Roma,nesse tempo.

Personagens fictícios

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Ligia: Seu nome nativo era Calina. Natural da Lígia, vivia em Roma com refém do Estado, confiada àguarda da família do general Pláucio. Educada pelos país adotivos dentro do Cristianismo, enamora-sede Vinício, mas recusa-se a tornar-se sua amante. Sua conduta promove uma grande transformação nojovem patrício, levando-o à conversão.Marco Vinicio: patrício romano, comandante militar. Apaixona-se por Lígia e, por amor a ela,converte-se ao Cristianismo.Ursus («Urbano», após ser batizado): fiel servidor da mãe de Ligia, a quem promete, em seu leito demorte, proteger e defender a filha. Possui força física descomunal, porém é uma pessoa simplória eingênua.Glaucus: médico cristão de ascendência grega. Sua mulher e filhos são vendidos como escravos porChilón Chilonides. Por ser cristão, ele perdoa seu algoz.Eunice: escrava e amante de Petrônio que, por vontade própria, suicida-se junto com ele.Chilón Chilonides: filósofo grego ambicioso e desprovido de escrúpulos. Entre os cristãosapresenta-se como um deles, mas os delata a Nero, em troca de dinheiro.

Quo Vadis no Cinema

Adaptações cinematográficas do romance de Sienkiewicz:

Quo Vadis, filme francês (mudo) de 1902.Quo Vadis, filme italiano (mudo) de 1912.Quo Vadis, filme italiano (mudo) de 1925.Quo Vadis, filme estadunidense de 1951.Quo Vadis, filme italiano de 1985.Quo Vadis, filme polonês de 2001.

Referências

↑ Na verdade, o imperador possuía, realmente, dotes artísticos, compondo canções que eram cantadas por todoo Império, e que ele próprio passou a interpretar em público, a partir de 64, na cidade de Nápoles.

1.

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