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R ELATÓRIO P LANETA V IVO 2006

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A WWF (também conhecida porWorld Wildlife Fund nos EUA e noCanadá) é uma das maiores emais experientes organizaçõesde conservação independentesdo mundo, com quase 5 milhõesde associados e uma rede globalactiva em mais de 100 países. Amissão da WWF é de deter adegradação do ambiente naturaldo planeta e construir um futurono qual a humanidade poderáviver em harmonia com anatureza.

Zoological Society of London(Sociedade Zoológica deLondres)Fundada em 1826, a ZoologicalSociety of London (ZSL)(Sociedade Zoológica deLondres) é uma organizaçãointernacional de conservação,científica e educativa. A sua mis-são visa alcançar e promover aconservação mundial da fauna edos seus habitats. A ZSL dirige oJardim zoológico de Londres e oParque de animais selvagens deWhipsnade, realiza a pesquisacientífica no Instituto de Zoologiae encontra-se activamenteenvolvida no processo de con-servação de zonas a nível mundi-al.

A Rede Global da Pegada pro-move a economia sustentável aodar a conhecer a PegadaEcológica, uma ferramenta quepermite medir a sustentabilidade.Juntamente com os seus par-ceiros, a Rede coordena apesquisa, desenvolve normasmetodológicas e fornece basesrobustas de recursos a quemtoma as decisões para ajudar aeconomia humana a funcionardentro dos limites ecológicos daTerra.

1. WWF INTERNATIONALAvenue du Mont-BlancCH-1196 Gland Switzerlandwww.panda.org

2. INSTITUTE OF ZOOLOGYZoological Society of LondonRegent’s ParkLondon NW1 4RY, UKwww.zoo.cam.ac.uk/ioz

3. GLOBAL FOOTPRINTNETWORK1050 Warfield AveOakland, CA 94610, USAwww.footprintnetwork.org

PRÓLOGO 1

INTRODUÇÃO 2

O ÍNDICE PLANETA VIVO 4

ESPÉCIES TERRESTRES 6

ESPÉCIES MARINHAS 8

ESPÉCIES DE ÁGUA DOCE 10

CAPTAÇÃO DE ÁGUA 12

PEGADA ECOLÓGICA 14

PEGADA MUNDIAL 16

BIOCAPACIDADE MUNDIAL 17

A PEGADA POR REGIÃO E GRUPO DE

RENDIMENTO 18

A PEGADA E O DESENVOLVIMENTO HUMANO 19

CENÁRIOS 20

CENÁRIO DE REFERÊNCIA 22

LIGEIRO DESVIO 23

REDUÇÃO RÁPIDA 24

REDUZIR E DISTRIBUIR 25

TRANSIÇÃO PARA UMA SOCIEDADE

SUSTENTÁVEL 26

ONE PLANET LIVING 28

ONE PLANET OLYMPICS - LONDRES 2012 30

MATA DE SESIMBRA 31

TABELAS 32

ÍNDICE PLANETA VIVO: DADOS TÉCNICOS 41

PEGADA ECOLÓGICA: PERGUNTAS FREQUENTES 42

REFERÊNCIAS E LEITURA ADICIONAL 44

AGRADECIMENTOS 45

EDITOR CHEFEChris Hails1

EDITORESJonathan Loh1,2

Steven Goldfinger3

INDEX LIVING PLANETJonathan Loh1,2

Ben Collen2

Louise McRae2

Sarah Holbrook2

Rajan Amin2

Mala Ram2

Jonathan E. M. Baillie2

ECOLOGICAL FOOTPRINTMathis Wackernagel3

Steven Goldfinger3

Justin Kitzes3

Audrey Peller3

Jonathan Loh1,2

Paul Wermer3

Gary Gibson3

Josh Kearns3

Robert Williams3

Susan Burns3

Brooking Gatewood3

SCENARIOSMathis Wackernagel3

Justin Kitzes3

Steven Goldfinger3

Audrey Peller3

Jonathan Loh1,2

C O N T E Ú D O S

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1RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

O último objectivo da WWF consiste na criação de um futuroem que a humanidade viva em harmonia com a natureza. Masnão se pode conseguir aquilo que não se mede. Para rectificareste facto, e para orientar o nosso trabalho, a WWF criou oRelatório Planeta Vivo, em 1998, no sentido de fornecer umavisão quantitativa do estado do ambiente natural.

Desde essa altura, e à medida que dados mais exactos e emmaior número se foram acumulando, a WWF corrigiu eaperfeiçoou estas medidas. Actualmente, o Índice PlanetaVivo representa a perda contínua da biodiversidade, emboraaparentemente a uma velocidade mais lenta durante os últimoscinco anos. A Pegada Ecológica demonstra que as exigênciasda humanidade em matéria de capacidade regenerativa daTerra ainda estão a aumentar. Estes indicadores em conjunto,quase recíprocos, demonstram que o consumo humano actualleva realmente à perda da biodiversidade.

ExcedenteO maior impulsionador destas tendências é a forma como omundo produz e consome energia - a nossa capacidade parausar essa energia é aparentemente exclusivamente limitadapela nossa capacidade de pagamento. O relatório demonstraque a necessidade da população relativamente à energiaproveniente de fontes emissoras de CO2 aumentou quase1000 % desde 1961, com as emissões com impacto climáticoa contribuírem em 48 % da pegada global.

Um aspecto menos aparente do excedente é realçado pelarepresentação dos níveis de consumo com base numa medidareconhecida de desenvolvimento humano - o Índice deDesenvolvimento Humano das Nações Unidas. Tal análisedemonstra claramente que o conceito de alto desenvolvimentoactualmente aceite está bastante longe do objectivo desustentabilidade determinado pela comunidade internacional.Ao melhorarem, actualmente, o bem-estar das suaspopulações de acordo com os paradigmas tradicionais, ospaíses desviam-se da sustentabilidade global - e continuam atornar-se cada vez menos sustentáveis.

É urgente desviar o consumo mundial do excedente. Nosúltimos 20 anos, o nível de utilização dos recursos renováveisdo nosso planeta tem sido mais elevado do que a capacidadede regeneração dos mesmos pelos sistemas naturais. Isso é oequivalente à produção de capital financeiro que, uma vezgasto, está perdido.

A mudança que melhora os estilos de vida, reduzindo aomesmo tempo o consumo com impacto negativo sobre omundo natural, e que dá espaço aos milhões de outras espéciesque partilham o nosso planeta, não será fácil de concretizar.As escolhas efectuadas hoje influenciam a rapidez e a eficáciacom que essa mudança poderá ser alcançada. As infra-estruturas - estradas, casas, fábricas e cidades, bem como ossistemas de energia e de transportes - planeadas e construídasactualmente poderão, por um lado, prender a sociedade aoexcedente para além dos tempos ou, por outro, impulsionaresta e as próximas gerações para a sustentabilidade. Agora éhora de se tomarem boas decisões.

Já existem algumas tecnologias eficazes do ponto de vista dosrecursos - incluindo aquelas que poderiam reduzir seriamenteas emissões de CO2 prejudicais ao clima -, mas são aindaextremamente necessárias políticas de longo prazo queconstruam um consenso e que promovam o investimento emmatéria de inovação. Felizmente existe uma compreensãocrescente de que as economias se desenvolvem melhor no seiode um ambiente saudável. A questão que se coloca não é“podemos suportá-la?”, mas antes “como podemos alcançá-la?”.

Princípios de mudançaOs sinais da mudança estão a surgir. A determinação da Chinade se industrializar rapidamente, mas limitando a sua pegada,especialmente a pegada de CO2, é impressionante. Acomunidade ambiental activa da Índia encontra-se a trabalharem colaboração com o governo com vista a reduzir adegradação. O caminho seguido pelas nações mais populosasdo mundo é crucial para todos nós, podendo atingir oobjectivo de uma pegada per capita sustentável combinadacom um alto nível de desenvolvimento.

No Brasil, o governo efectua um esforço extremo e de longoprazo de modo a preservar o seu bem ecológico maisgrandioso. O programa Zonas Protegidas da RegiãoAmazónica, estabelecido em parceria com a WWF, visa criare apoiar um sistema de zonas protegidas bem geridas e dereservas de gestão de recursos naturais sustentáveis duranteum período de 10 anos. Até à data, o programa superou odobro da área florestal sob protecção e continua a trabalharpara manter um coberto florestal suficiente, de modo agarantir as funções hidrológicas e os padrões de precipitaçãoao mesmo tempo que se armazenam vastas quantidades de

carbono da atmosfera.

O Forest Stewardship Council (Conselho de ManejoFlorestal), o Marine Stewardship Council (Conselho deProtecção Marinha), e agora as Mesas Redondas sobre a sojae o óleo de palma sustentáveis, encontram-se todos a trabalharem conjunto com produtores, processadores, expedidores,grossistas e retalhistas no sentido de introduzir a realidade daprodução sustentável e do sourcing junto dos compradores.Todos os critérios estabelecidos para a certificação dessesprodutos, desde a madeira, o papel, marisco e óleosalimentares, até ao biodiesel, provêm exclusivamente defontes geridas de forma sustentável.

A cooperação entre a WWF e algumas marcas líderes demercado - Lafarge, o maior produtor mundial de cimento e demateriais de construção; IBM; Sony; ou a multinacional deprocessamento e embalagem de alimentos Tetra Pak - nosentido de reduzir a intensidade dos recursos e das emissõesde CO2 demonstra que as grandes corporações estãopreocupadas e desejam agir para a mudança.

Alguns governos do mundo desenvolvido estão tambémempenhados na mudança. A Suécia, onde 26 % de toda aenergia consumida já provém de fontes renováveis, pretendequebrar a sua dependência da economia do petróleo em 2020.A deslocação da base tributária do país do trabalho para oconsumo, particularmente sobre a energia produtora de CO2,iniciada nos anos 1990, já é uma componente significativa daestratégia.

Tornando a mudança possívelA WWF está determinada em demonstrar que a mudança épossível, praticável e que não temos muitas opções senãotorná-la acessível. As mensagens combinadas do ÍndicePlaneta Vivo e da Pegada Ecológica transmitem-nos o facto deque todos nós estamos envolvidos e que as escolhas que cadaum de nós faz actualmente irão marcar a diferença: na nossacomunidade, na nossa nação e mesmo no outro lado do nossomundo.

Jim LeapeDirector-Geral, WWF International

P R Ó L O G O

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2 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

I N T R O D U Ç Ã O

1960 1970 1980 1990 2000 03

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acompanhar o consumo humano e aprodução de resíduos. A Pegada Ecológicadetermina a exigência humana sobre anatureza no que respeita à área terrestre e aquática, biologicamenteprodutiva, necessária para a disponibilizaçãode recursos ecológicos e serviços -alimentos, fibras, madeira, terreno paraconstrução e terrenos para a absorção dodióxido de carbono (CO2) emitido pelacombustão de combustíveis fósseis. Abiocapacidade da terra constitui aquantidade de área biologicamente produtiva- zona de cultivo, pasto, floresta e pescas -disponível para responder às necessidadesda humanidade.

Desde os últimos anos da década de 80 quea Pegada Ecológica ultrapassa abiocapacidade da terra, sendo a exigênciaglobal superior à oferta em cerca de 25 porcento. Efectivamente, a capacidaderegenerativa da terra já não consegue

acompanhar a exigência humana - aspessoas estão a transformar os recursos emresíduos mais rapidamente do que anatureza os consegue regenerar.

A humanidade já não vive no interesse danatureza, mas está sim a reduzir o seucapital. Esta pressão crescente sobre osecossistemas está a causar a destruição ou adegradação do habitat e a perda permanenteda produtividade, ameaçando tanto abiodiversidade como o bem-estar humano.Por quanto tempo mais será isto possível?

Um cenário de referência moderado,baseado nas previsões das Nações Unidasrelativamente ao crescimento lento e estáveldas economias e das populações, sugereque, a meio do século, a exigência humanasobre a natureza será duas vezes superior àcapacidade de produção da biosfera. A esteritmo, torna-se cada vez mais provável aexaustão dos activos ecológicos e o colapso

O presente relatório descreve o estado damudança da biodiversidade global e o nívelde pressão na biosfera causado peloconsumo humano de recursos naturais. Éelaborado com base em dois indicadores: OÍndice Planeta Vivo, que reflecte a saúde dosecossistemas do planeta; e a PegadaEcológica, que apresenta a extensão daexigência humana sobre estes ecossistemas.Estas medidas são seguidas há váriasdécadas, revelando tendências anteriores,então três cenários exploram o que poderáestar no futuro. Os cenários mostram de queforma as escolhas que fazemos podem levara uma sociedade sustentável, vivendo emharmonia com ecossistemas robustos, ou aocolapso destes mesmos ecossistemas,provocando uma perda permanente dabiodiversidade e o enfraquecimento dacapacidade do planeta de sustentar apopulação.

O Índice Planeta Vivo mede as tendências

no âmbito da diversidade biológica da terra.Este índice localiza populações de 1 313espécies vertebradas - peixes, anfíbios,répteis, aves, mamíferos - de todo o mundo.São elaborados índices separados para asespécies terrestres, de água doce e marinhase a média das três tendências é entãocalculada com vista à criação de um índiceagregado. Embora as espécies vertebradasrepresentem apenas uma parte das espéciesconhecidas, presume-se que as tendênciasno seio das suas populações sejam típicas dabiodiversidade a nível global. Ao localizaras espécies selvagens, o Índice Planeta Vivocontrola também a saúde dos ecossistemas.Entre 1970 e 2003, o índice perdeu cerca de30 por cento. Esta tendência global sugereque estamos a deteriorar os ecossistemasnaturais a um ritmo nunca visto na históriada humanidade.

A biodiversidade sofre sempre que aprodutividade da biosfera não consegue

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Fig.1: ÍNDICE PLANETA VIVO, 1970-2003

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Fig.2: PEGADA ECOLÓGICA DA HUMANIDADE, 1961-2003

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3RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

podemos identificar a parte que resta para ouso das outras espécies. Com vista a mantera biodiversidade, é essencial que uma parteda capacidade de produção da biosfera sejareservada para garantir a sobrevivência deoutras espécies e que esta parte seja divididaentre todos as áreas biogeográficas e osprincipais biomas.

No sentido de conseguir a transição para asustentabilidade, necessitamos de medidasque demonstrem onde estivemos, ondeestamos actualmente e até onde temos aindaque ir. O Índice Planeta Vivo e a PegadaEcológica ajudam a estabelecer linhas debase, a fixar objectivos e a controlar osfeitos e as falhas. Tais informações vitaispodem estimular a criatividade e a inovaçãorequeridas para a abordagem do maiordesafio da humanidade: Como podemosviver bem, mantendo as outras espécies doplaneta e vivendo dentro dos limites dacapacidade de um planeta Terra?

Figura 1: Índice Planeta Vivo. A média dos trêsíndices que demonstram tendências em populaçõesde espécies terrestres, de água doce e espéciesvertebradas marinhas. Perdeu cerca de 29 por centoentre 1970 e 2003.

Figura 2: Pegada Ecológica da Humanidade.Estima a parte da capacidade regenerativa da biosferaque as pessoas usam. A pegada é representada pelaparte do planeta Terra necessária para satisfazer oconsumo.

Figura 3: Três cenários da Pegada Ecológica. Doispoderão levar à sustentabilidade.

Tabela 1: Procura e oferta ecológica em paísesseleccionados. Os 12 países com as PegadasEcológicas de total mais elevado.

do ecossistema em grande escala.

São ainda explorados dois caminhosdiferentes que levam à sustentabilidade. Umpressupõe um ligeiro desvio da nossatrajectória actual enquanto outro prevê umatransição mais rápida para asustentabilidade. A Pegada Ecológicapermite-nos estimar a dívida ecológica queirá resultar de cada um destes cenários:quanto maior for a dívida ecológica, equanto mais tempo persistir, maior será orisco da perda permanente de produtividade.Este risco deve ser considerado de acordocom os custos económicos e as potenciaisdisrupções sociais associadas a cadacaminho.

Dar o passo para a sustentabilidade dependede uma acção significativa agora. Otamanho da população altera-se lentamentee o capital construído pela humanidade -casas, carros, estradas, fábricas ou centrais

eléctricas - pode durar muitas décadas. Talsignifica que as decisões políticas e deinvestimento tomadas actualmente irãocontinuar a determinar a nossa exigência emmatéria de recursos ao longo da maior partedo século XXI.

Tal como demonstrado pelo Índice PlanetaVivo, a pressão humana já está a ameaçarmuitos dos activos da biosfera. Até o“cenário de referência” moderado ésusceptível de acelerar estes impactosnegativos. E dada a lenta resposta de muitossistemas biológicos, é susceptível de haverum intervalo considerável antes de osecossistemas começaram a beneficiar, deforma significativa, das acções positivas dahumanidade.

Nós partilhamos o planeta Terra com 5 a10milhões de espécies, ou até mais.Determinando a proporção da biocapacidadedo planeta de que nós nos apropriamos,

Tab.1: PROCURA E OFERTA ECOLÓGICA EM PAÍSES SELECCIONADOS, 2003

Mundo 14 073 2.2 1.8 -0.4

EUA 2 819 9.6 4.7 -4.8China 2 152 1.6 0.8 -0.9Índia 802 0.8 0.4 -0.4Federação Russa 631 4.4 6.9 2.5Japão 556 4.4 0.7 -3.6Brasil 383 2.1 9.9 7.8Alemanha 375 4.5 1.7 -2.8França 339 5.6 3.0 -2.6Reino Unido 333 5.6 1.6 -4.0México 265 2.6 1.7 -0.9Canadá 240 7.6 14.5 6.9Itália 239 4.2 1.0 -3.1

0.8

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Fig.3: TRÊS CENÁRIOS DA PEGADA ECOLÓGICA, 1961-2100

Núm

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1961-2003

Pegada Ecológica

2003 - 2100 (cenários)

Cenário de referência moderado Ligeiro desvio

Redução rápida

Pegada Ecológica total(milhões 2003 Ha global)

Pegada Ecológica per capita(Ha global/pessoa)

Biocapacidade(Ha global/pessoa)

Reserva ecológica/défice (-)(Ha global/pessoa)

PLA

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4 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

definidas de acordo com a história daevolução biológica. Apesar dos ecossistemasno seio de um único bioma partilharem osmesmos processos ecológicos e tipos devegetação, a sua composição exacta dasespécies varia em função da área em que seencontram. Os padrões da biodiversidadedas espécies de água doce seguemdiferenças similares com base em áreasbiogeográficas, mas as áreas marinhas sãomenos bem definidas, em parte devido àsespécies marinhas que tendem a estardistribuídas de forma mais ampla pelosoceanos de todo o mundo.

Figura 4: Índice Planeta Vivo das espéciesterrestres. O índice das espécies terrestresdemonstra um declínio de 31 por cento, em média,entre 1970 e 2003.

Figura 5: Índice Planeta Vivo das espéciesmarinhas. O índice das espécies marinhas apresentaum declínio médio de 27 por cento entre 1970 e 2003.

Figura 6: Índice Planeta Vivo das espécies de águadoce. O índice das espécies de água doce apresentaum declínio de cerca de 28 por cento entre 1970 e2003.

Mapa 1: Áreas biogeográficas e biomas.

O Índice Planeta Vivo é um indicador doestado da biodiversidade do mundo, combase em tendências apresentadas desde 1970até 2003 no âmbito de mais de 3 600populações com mais de 1 300 espéciesvertebradas de todo o mundo. Estácalculado como sendo a média de trêsíndices distintos que medem as tendênciasem populações de 695 espécies terrestres,344 espécies de água doce e 274 espéciesmarinhas.

O índice mostra um declínio global de cercade 30 por cento durante o período de 33anos, tal como mostra individualmente cadaum dos índices terrestres, de água doce emarinho. O declínio apresentado pelosíndices, e em particular o índice de águadoce, é inferior ao de relatórios anteriores.Tal se deve ao facto de os índices terem sidoagregados de uma forma diferente de modoa reduzir o grau de imprecisão dos mesmos.

Não existe qualquer tentativa de selecçãodas espécies com base na geografia,ecologia ou taxonomia. Com efeito, osdados constantes do índice contêm maistendências populacionais de grupos bempesquisados, especialmente aves, e deregiões bem estudadas, particularmente aEuropa e a América do Norte. Tal érectificado através da atribuição de igualpeso às regiões temperadas e tropicais (comigual peso atribuído a cada espécie em cadaregião) no âmbito dos índices terrestre e deágua doce, e às bacias oceânicas no querespeita ao índice marinho (consultar págs.6 a 10).

O mapa em frente mostra a superfície daTerra dividida em 14 biomas terrestres, outipos de habitat, e 8 áreas biogeográficas. Ademarcação dos biomas é baseada nacobertura pelo habitat (a zona agrícola eurbana é classificada de acordo com o tipode vegetação potencial) e as áreas são

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Í N D I C E P L A N E T A V I V O

Fig.4: ÍNDICE PLANETA VIVO DAS ESPÉCIES TERRESTRES,1970-2003

Índice Terrestre

Índice Planeta Vivo

Índice Água Doce

Índice Planeta Vivo

Fig.5: ÍNDICE PLANETA VIVO DAS ESPÉCIES MARINHAS,1970-2003

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Índi

ce (

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Fig.6: ÍNDICE PLANETA VIVO DAS ESPÉCIES DE ÁGUA DOCE,1970-2003

Índice Marinho

Índice Planeta Vivo

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= 1

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5RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

Prados e savanas inundados

Prados e zonas com arbustos de montanha

Tundra

Florestas mediterrânicas, florestas abertas e vegetação arbustiva

Desertos e zonas com arbustos xéricas

Mangais

Corpos de água

Rocha e gelo

Florestas húmidas folhosas tropical e subtropical

Florestas secas folhosas tropical e subtropical

Florestas de coníferas tropical e subtropical

Florestas temperadas folhosas e mistas

Florestas de coníferas temperadas

Florestas boreais/taiga

Prados, savanas e zonas com arbustos tropicais e subtropicais

Prados, savanas e zonas com arbustos temperados

Tropical and Subtropical Moist Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Dry Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Coniferous Forests

Temperate Broadleaf and Mixed Forests

Temperate Coniferous Forests

Boreal Forests/Taiga

Tropical and subtropical grasslands, savannas, and shrublands

Tropical and Subtropical Moist Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Dry Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Coniferous Forests

Temperate Broadleaf and Mixed Forests

Temperate Coniferous Forests

Boreal Forests/Taiga

Tropical and subtropical grasslands, savannas, and shrublands

Tem ate G slands, Sav and Shrublands

Tropical and Subtropical Moist Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Dry Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Coniferous Forests

Temperate Broadleaf and Mixed Forests

Temperate Coniferous Forests

Boreal Forests/Taiga

Tropical and subtropical grasslands, savannas, and shrublands

Temperate Grasslands, Savannas, and Shrublands

Tropical and Subtropical Moist Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Dry Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Coniferous Forests

Temperate Broadleaf and Mixed Forests

Temperate Coniferous Forests

Boreal Forests/Taiga

Tropical and subtropical grasslands, savannas, and shrublands

Temperate Grasslands, Savannas, and Shrublands

Tropical and Subtropical Moist Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Dry Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Coniferous Forests

Temperate Broadleaf and Mixed Forests

Temperate Coniferous Forests

Boreal Forests/Taiga

Tropical and subtropical grasslands, savannas, and shrublands

Temperate Grasslands, Savannas, and Shrublands

Flooded Grasslands and Savannas

Tropical and Subtropical Moist Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Dry Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Coniferous Forests

Temperate Broadleaf and Mixed Forests

Temperate Coniferous Forests

Boreal Forests/Taiga

Tropical and subtropical grasslands, savannas, and shrublands

Temperate Grasslands, Savannas, and Shrublands

Flooded Grasslands and Savannas

Tropical and Subtropical Moist Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Dry Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Coniferous Forests

Temperate Broadleaf and Mixed Forests

Temperate Coniferous Forests

Boreal Forests/Taiga

Tropical and subtropical grasslands, savannas, and shrublands

Temperate Grasslands, Savannas, and Shrublands

Flooded Grasslands and Savannas

Montane Grasslands and Shrublands

Tropical and Subtropical Moist Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Dry Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Coniferous Forests

Temperate Broadleaf and Mixed Forests

Temperate Coniferous Forests

Boreal Forests/Taiga

Tropical and subtropical grasslands, savannas, and shrublands

Temperate Grasslands, Savannas, and Shrublands

Flooded Grasslands and Savannas

Montane Grasslands and Shrublands

Tropical and Subtropical Moist Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Dry Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Coniferous Forests

Temperate Broadleaf and Mixed Forests

Temperate Coniferous Forests

Boreal Forests/Taiga

Tropical and subtropical grasslands, savannas, and shrublands

Temperate Grasslands, Savannas, and Shrublands

Flooded Grasslands and Savannas

Montane Grasslands and Shrublands

Tundra

Mediterranean Forests, Woodlands, and Scrub

Deserts and Xeric Shrublands

Mangroves

Lakes

Tropical and Subtropical Moist Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Dry Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Coniferous Forests

Temperate Broadleaf and Mixed Forests

Temperate Coniferous Forests

Boreal Forests/Taiga

Tropical and subtropical grasslands, savannas, and shrublands

Temperate Grasslands, Savannas, and Shrublands

Flooded Grasslands and Savannas

Montane Grasslands and Shrublands

Tundra

Mediterranean Forests, Woodlands, and Scrub

Deserts and Xeric Shrublands

Mangroves

Lakes

Rock and Ice

Tropical and Subtropical Moist Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Dry Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Coniferous Forests

Temperate Broadleaf and Mixed Forests

Temperate Coniferous Forests

Boreal Forests/Taiga

Tropical and subtropical grasslands, savannas, and shrublands

Temperate Grasslands, Savannas, and Shrublands

Flooded Grasslands and Savannas

Montane Grasslands and Shrublands

Tundra

Mediterranean Forests, Woodlands, and Scrub

Deserts and Xeric Shrublands

Mangroves

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Rock and Ice

Tropical and Subtropical Moist Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Dry Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Coniferous Forests

Temperate Broadleaf and Mixed Forests

Temperate Coniferous Forests

Boreal Forests/Taiga

Tropical and subtropical grasslands, savannas, and shrublands

Temperate Grasslands, Savannas, and Shrublands

Flooded Grasslands and Savannas

Montane Grasslands and Shrublands

Tundra

Mediterranean Forests, Woodlands, and Scrub

Deserts and Xeric Shrublands

Mangroves

Lakes

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Tropical and Subtropical Moist Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Dry Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Coniferous Forests

Temperate Broadleaf and Mixed Forests

Temperate Coniferous Forests

Boreal Forests/Taiga

Tropical and subtropical grasslands, savannas, and shrublands

Temperate Grasslands, Savannas, and Shrublands

Flooded Grasslands and Savannas

Montane Grasslands and Shrublands

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Mediterranean Forests, Woodlands, and Scrub

Deserts and Xeric Shrublands

Mangroves

Lakes

Rock and Ice

Tropical and Subtropical Moist Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Dry Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Coniferous Forests

Temperate Broadleaf and Mixed Forests

Temperate Coniferous Forests

Boreal Forests/Taiga

Tropical and subtropical grasslands, savannas, and shrublands

Temperate Grasslands, Savannas, and Shrublands

Flooded Grasslands and Savannas

Montane Grasslands and Shrublands

Tundra

Mediterranean Forests, Woodlands, and Scrub

Deserts and Xeric Shrublands

Mangroves

Lakes

Rock and Ice

Tropical and Subtropical Moist Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Dry Broadleaf Forests

Tropical and Subtropical Coniferous Forests

Temperate Broadleaf and Mixed Forests

Temperate Coniferous Forests

Boreal Forests/Taiga

Tropical and subtropical grasslands, savannas, and shrublands

Temperate Grasslands, Savannas, and Shrublands

Flooded Grasslands and Savannas

Montane Grasslands and Shrublands

Tundra

Mediterranean Forests, Woodlands, and Scrub

Deserts and Xeric Shrublands

Mangroves

Lakes

Rock and Ice

Mapa 1: ÁREAS BIOGEOGRÁFICAS E BIOMAS

PLA

NE

TAV

IVO

Neártico

Oceânico

Paleártico

NeotropicalAfrotropical

Antártico

Indo-Malaia

Australásia

Oceânico

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Figura 7: Índices Planeta Vivo das espéciesterrestres tropicais e temperadas. As populaçõesdas espécies terrestres tropicais apresentam umaqueda de 55 por cento, em média, desde 1970 até2003; as populações das espécies temperadasmantiveram-se razoavelmente estáveis.

Figura 8: Perda do habitat natural, por bioma. Comexcepção das florestas mediterrânicas e das florestasmistas temperadas, onde a grande perda de habitatestabilizou após 1950, dado que a maioria dosterrenos adequados à agricultura já tinham sidoconvertidos, os biomas que apresentaram uma maiorperda de habitat antes de 1950 continuaram a perdê-lo rapidamente (Avaliação dos Ecossistemas doMilénio).

Figura 9: Perda do habitat natural para aagricultura, por área. O nível de perda do habitatnatural durante este período foi mais elevado nostrópicos. A agricultura expandiu-se na Australásia aum nível equivalente ao dos neotrópicos, mas haviaum nível de cultivo relativamente baixo em 1950

(Avaliação dos Ecossistemas do Milénio). Consultar oMapa 1 relativamente aos limites das áreas.

Mapa 2: Tendências em populações de espéciesterrestres determinadas. Estas tendências nãoindicam necessariamente as tendências das espéciesgerais em cada região, mas ilustram os tipos de dadosutilizados no índice das espécies terrestres.

As populações das espécies terrestresdecaíram em cerca de 30 por cento, emmédia, entre 1970 e 2003. Esta quedaesconde uma diferença acentuada nastendências entre as espécies temperadas etropicais. As populações das espéciestropicais diminuíram em cerca de 55 porcento, em média, entre 1970 e 2003,enquanto que as populações das espéciestemperadas apresentaram uma mudançaglobal pouco significativa. A figura 7mostra as tendências médias das populaçõesde 695 espécies temperadas e terrestrestropicais (das quais 562 surgem em zonastemperadas e 150 em zonas tropicais)indexadas num valor de um em 1970.

O rápido nível de declínio da população dasespécies tropicais é reflectido pela perda dohabitat natural para dar lugar a zonas decultivo e prados nos trópicos, entre 1950 e1990 (Figura 8), sendo a conversão agrícolao maior impulsionador da perda do habitat.

As florestas tropicais da Ásia do Sudeste,parte da área biogeográfica indo-malaia,presenciaram a mais rápida conversão dohabitat natural em zonas de cultivo, nas duasúltimas décadas. Nos ecossistemastemperados, a conversão do habitat naturalem zonas de cultivo teve lugar,maioritariamente, antes de 1950, quando aspopulações de espécies temperadasdiminuiram antes de estabilizarem.

Os biomas (consultar o Mapa 1) com o nívelmais rápido de conversão, na segundametade do século XX, foram os pradostropicais, os prados inundados e as florestassecas tropicais (Figura 9). Os pradostemperados, tropicais e inundados, asflorestas mediterrânicas, as florestasfolhosas temperadas e as florestas secastropicais perderam todos mais de metade dacobertura do seu habitat original. Os biomasque menos sofreram a conversão agrícolasão as florestas boreais e a tundra.

0.8

0.6

1.8

1.6

1.2

0

0.2

0.4

1.4

1.0

1970 1980 1990 2000 03

n

n

0 20% 40 60 80

n

n

0 1 2 3 4 65

E S P É C I E S T E R R E S T R E S

6 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

Fig.7: ÍNDICES PLANETA VIVO DAS ESPÉCIES TERRESTRESTROPICAIS E TEMPERADAS,1970-2003

Índice Terrestre

Temperado

Índi

ce (

1970

= 1

.0)

Tropical

Fig.8: PERDA DO HABITAT NATURAL, POR BIOMA,até 1990 (% da área original estimada)

Pré 1950

1950-1990

Tundra (sem diferenças significativas)

Florestas boreais/taiga

Florestas de coníferas temperadas

Florestas húmidas folhosas tropical e subtropical

Prados e zonas com arbustos de montanha

Desertos e zonas com arbustos xéricas

Mangais

Florestas coníferas tropical e subtropical

Prados, savanas e zonas com arbustos tropicais e subtropicais

Prados e savanas inundados

Florestas secas folhosas tropical e subtropical

Florestas temperadas folhosas e mistas

Florestas mediterrânicas, florestas abertas e vegetação arbustiva

Prados, savanas e zonas com arbustos temperados

Fig.9: PERDA DO HABITAT NATURAL, PARA A AGRICULTURA, POR ÁREA, 1950-1990 (% da área em 1950)

Cultivo

Pasto

Neártico

sem diferençças significativas

Paleártico

Afrotropical

Indo-Malaio

Neotropical

Australásio

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Mapa 2: TENDÊNCIAS EM POPULAÇÕES DE ESPÉCIES TERRESTRES DETERMINADAS, 1970-2003

Nome comum Espécie Localização da população do levantamento`I`iwi Vestiaria coccinea Hawai, Estados Unidos Víreo de Bell Vireo bellii Estados Unidos e CanadáCobra rateira Elaphe obsoleta Hill Island, Ontário, CanadáPica-pau-orelhudo Dryocopus pileatus Estados Unidos e CanadáIguana rinoceronte Cyclura cornuta Ilha de Mona, Porto RicoPapa-vento Anolis limifrons Ilha do Colorado, PanamáCodornizão Crex crex Reino UnidoAlce Alces alces LituâniaÍbis-preta, íbis-calvo do norte Geronticus eremita MarrocosIbex dos Alpes Capra ibex Parque Nacional Gran Paradiso, ItáliaLobo-cinzento Canis lupus Grécia

Nome comum Espécie Localização da população do levantamentoGorila-da-montanha Gorilla beringei Virunga, Rep. Dem. do Congo, Ruanda, UgandaVaca do mato Alcelaphus buselaphus UgandaAbutre-do-cabo Gyps coprotheres África do SulGnu-azul Connochaetes taurinus Cratera de Ngorongoro, TanzâniaAbutre-de-bico-longo Gyps indicus Norte da ÍndiaRinoceronte-de-java Rhinoceros sondaicus Java, IndonésiaVombate de focinho peludo Lasiorhinus krefftii Austrália

7RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

1970 2003Alces alces

1970 2003Lasiorhinus

krefftii

1970 2003Anolis limifrons

1970 2003Cyclura cornuta

1970 2003Elaphe obsoleta

1970 2003Dryocopus

pileatus

1970 2003Vireo bellii

1970 2003Gyps

coprotheres

1970 2003Alcelaphusbuselaphus

1970 2003Gorilla beringei

1970 2003Connochaetes

taurinus

1970 2003Gyps indicus

1970 2003Rhinocerossondaicus

1970 2003Vestiaria coccinea

1970 2003Crex crex

1970 2003Capra ibex

1970 2003Geronticus

eremita

1970 2003Canis lupus

1970 2003Lichenostomus

melanops

PLA

NE

TAV

IVO

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8 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

0.8

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1.8

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0

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1970 1980 1990 2000 03

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1970 1980 1990 2000 03

n 2000

n 1990

0 2 4 6 8

E S P É C I E S M A R I N H A S

Fig.10: ÍNDICES PLANETA VIVO DO OCEANO AUSTRAL E DOOCEANO ÁRTICO/ATLÂNTICO, 1970-2003

Índice Marinho

Ártico/Atlântico

Índi

ce (

1970

= 1

.0)

Oceano Austral

comerciais nos trópicos e são essenciaispara manterem os “stocks” de peixe e,consequentemente, os recursos alimentares.Os mangais estão a ser degradados oudestruídos a um nível de cerca de duasvezes superior ao das florestas tropicais(Figura 15). Estima-se que mais de umterço da área global do mangal foi perdidoentre 1980 e 2000 (Figura 12).

Figura 10: Índices Planeta Vivo do Oceano Australe do Oceano Ártico/Atlântico. As populações dasespécies do Oceano Austral caíram em cerca de 30por cento entre 1970 e 1998, enquanto que astendências no Oceano Ártico/Atlântico aumentaramem geral.

Figura 11: Índices Planeta Vivo do OceanoPacífico e do Oceano Índico/Ásia do Sudeste. Aspopulações das espécies no Oceano Índico e nosmares da Ásia do Sudeste apresentam um declínio,em média, de mais de metade entre 1970 e 2000,enquanto que as tendências das espécies no Oceano

Pacífico se mantiveram estáveis em geral.

Figura 12: Mangal, por região. Mais de um quartoda cobertura de mangal da Ásia foi perdida nos dezanos anteriores ao ano de 2000. Na América do Sul,quase metade foi perdida durante o mesmo período (Mayaux et al. 2005).

Mapa 3: Tendências em populações de espéciesmarinhas determinadas. Estas tendências nãoindicam necessariamente as tendências das espéciesgerais em cada região, mas ilustram os tipos dedados utilizados no Índice Planeta Vivo.

A água cobre cerca de 360 milhões de km2,ou aproximadamente 70 por cento dasuperfície da terra da qual 96 por cento éoceano. O ambiente marinho inclui um dosecossistemas mais diversos e produtivos,embora a acção humana tenha provocadoum impacto adverso nos ecossistemasmarinhos durante a segunda metade doséculo XX.

O índice de espécies marinhas é divididopor bacia oceânica. O Oceano Pacífico, omaior, cobre mais de um terço da superfíciedo planeta. O Oceano Atlântico inclui abacia ártica. O Oceano Índico inclui osmares costeiros do Sudeste da Ásia parafins do índice. O Oceano Austral abrangeos mares à volta da Antártica, sendo o seulimite norte definido pela linha de latitudede 60ºS.

O índice marinho inclui tendências de 1112populações de 274 espécies, entre 1970 e

2003, e apresenta um declínio superior a 25por cento, em média, por todas as quatrobacias oceânicas. São evidentes tendênciasrelativamente estáveis no Oceano Pacífico enos Oceanos Ártico/Atlântico, emcomparação com declínios dramáticosapresentados pelos Oceanos Índico/doSudeste da Ásia e do Oceano Austral.Existem pouco dados de comparação doOceano Austral e do Oceano Índico, já queas espécies nesses oceanos têm vindo a sermenos controladas do que em outras baciasoceânicas. Com efeito, os respectivosíndices terminam em 1997 e 2000.

Os mangais - tolerantes à água salgada,florestas em águas baixas que sedesenvolvem em linhas de costas tropicais -incluem-se nos ecossistemas maisprodutivos da Terra e são cruciais para asaúde dos ecossistemas marinhos tropicais.Os mangais funcionam como berçários para85 por cento das espécies de peixes

Índi

ce (

1970

= 1

.0)

Fig.11: ÍNDICES PLANETA VIVO DO OCEANO PACÍFICO E DOOCEANO ÍNDICO/ÁSIA DO SUDESTE, 1970-2003

Índice Marinho

Pacífico

Índico/Ásia do Sudoeste

Fig.12: MANGAL, POR REGIÃO, 1990-2000

América do Sul

África

Ásia

milhões ha

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9RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

Mapa 3: TENDÊNCIAS EM POPULAÇÕES DE ESPÉCIES MARINHAS DETERMINADAS, 1970-2003

Nome comum Espécie Localização da população do levantamentoAlabote-dente-curvo Atheresthes stomias Ilhas Aleutian, Mar de Bering, Pacífico NorteLontra marinha Enhydra lutris Washington, Estados Unidos, Pacífico NorteMarracho Lamna nasus Canadá, Norte do AtlânticoTalha-mar Rynchops niger EUA e México, Mar das Caraíbas/Golfo do MéxicoTartaruga-de-Kemp Lepidochelys kempii México, Mar das Caraíbas/Golfo do MéxicoPinguim-das-Galápagos Spheniscus mendiculus Galápagos, Equador, Sul do PacíficoBaleia-comum Balaenoptera physalus Oceano AntárticoBaleia-azul Balaenoptera musculus Islândia, Atlântico NorteBaleia-anã Balaenoptera acutorostrata Islândia, Atlântico NorteCapelim Mallotus villosus Oceano Ártico

Nome comum Espécie Localização da população do levantamentoEspadarte Xiphias gladius Atlântico Norte Cagarra de Cory Calonectris diomedea Malta, Mar mediterrâneo/Mar NegroRoaz-corvineiro Tursiops aduncus Emirados Árabes Unidos, Oceano ÍndicoDugongue Dugong dugon Quénia, Oceano ÍndicoAtum-albacora Thunnus albacares Oceano ÍndicoPinguim africano Spheniscus demersus África do Sul, Atlântico Sul Albatroz-de-sobrancelha Thalassarche melanophris Oceano AntárticoUrso polar Ursus maritimus Oceano ÁrticoPargo-legítimo Pagrus auratus Golfo de Hauraki/ Bay of Plenty, Pacífico Sul

1970 2003Mallotus villosus

1970 2003Thunnusalbacares

1970 2003Atheresthes

stomias

1970 2003Pagrus auratus

1970 2003Lamna nasus

1970 2003Calonectrisdiomedea

1970 2003Spheniscusmendiculus

1970 2003Thalassarchemelanophris

1970 2003Spheniscusdemersus

1970 2003Rynchops niger

1970 2003Lepidochelys

kempii

1970 2003Balaenopteraacutorostrata

1970 2003Balaenoptera

musculus

1970 2003Xiphias gladius

1970 2003Ursus maritimus

1970 2003Tursiops aduncus

1970 2003Dugong dugon

1970 2003Enhydra lutris

1970 2003Balaenoptera

physalus

1970 2003Caretta caretta

PLA

NE

TAV

IVO

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10 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

0.8

0.6

1.8

1.6

1.2

0

0.2

0.4

1.4

1.0

1970 1980 1990 2000 03 0 20% 40 60 80 100

n

n

0 20% 40 60 80 100

n

n

E S P É C I E S D E Á G U A D O C E

apresentam mais de 70 por cento (por baciade drenagem) dos seus grandes sistemasfluviais gravemente fragmentados (Figura 12).A tundra é o único bioma em que, devido àsua localização remota, os grandes sistemasfluviais não foram na sua maioria afectados.

Figura 13: Índices Planeta Vivo das espécies deágua doce tropicais e temperadas. As populações deespécies tropicais e temperadas decaíram em cerca de30 por cento no geral desde 1970 até 2003.

Figura 14: Fragmentação e regulação do fluxo degrandes sistemas fluviais, por bioma. Percentagemda área total no âmbito das bacias de drenagem dosgrandes sistemas fluviais, de 14 biomas terrestres, queé gravemente afectada ou que sofre um impactomoderado devido às barragens (Nilsson et al. 2005).Consultar as informações técnicas relativamente àsdefinições.

Figura 15: Fragmentação e regulação do fluxo degrandes sistemas fluviais, por região. Percentagem

da descarga total anual dos grandes sistemas fluviaisque é gravemente afectada ou que sofre um impactomoderado devido às barragens (Nilsson et al. 2005).Consultar as informações técnicas relativamente àsdefinições.

Mapa 4: Tendências em populações de espécies deágua doce determinadas. Estas tendências nãoindicam necessariamente as tendências das espéciesgerais em cada região, mas ilustram os tipos de dadosutilizados no Índice Planeta Vivo.

Estima-se que vivem 45 000 espéciesvertebradas em lagos, rios, cursos de água epântanos, ou nas proximidades. As tendênciasdas populações destas espécies são indicativasda saúde global dos ecossistemas de águadoce do mundo.

O índice de espécies de água doce (Figura 13)apresenta as tendências médias de 344espécies de água doce (das quais 287 surgemem zonas temperadas e 51 em zonastropicais). Ambas as populações de espéciestemperadas e de espécies tropicaisdiminuíram em cerca de 30 por centoglobalmente entre 1970 e 2003. Os maioresimpulsionadores desta tendência de declíniosão a destruição do habitat, a pesca emexcesso, espécies invasivas, poluição e adisrupção de sistemas fluviais para oabastecimento de água.

A alteração e a retenção de sistemas fluviaispara o uso industrial, o abastecimento

doméstico de água, a irrigação e a energiahidroeléctrica fragmentaram mais de metadedos maiores sistemas fluviais do mundo,representando 83 por cento do seu fluxo anualtotal - sendo 52 por cento afectado de formamoderada e 31 por cento gravemente afectado- com o fluxo fluvial europeu sendo o maisregulado e o da Australásia o menos regulado(Figura 15). Mundialmente, a quantidade deágua armazenada em reservatórios por trás debarragens é de três a seis vezes a quantidadecontida nos rios.A fragmentação e a alteração dos fluxosfluviais naturais afectam a produtividade dospântanos, das planícies aluviais e dos deltas,quebram o fluxo de migração e de dispersãodos peixes e provocam o declínio no seio dasespécies de água doce.No que respeita aos biomas (consultar o Mapa1), as florestas mediterrânicas, os desertos eas zonas com arbustos xéricas, as florestasfolhosas temperadas e os biomas de pradostemperados, inundados e de montanha, todos

Fig.13: ÍNDICES PLANETA VIVO DAS ESPÉCIES DE ÁGUA DOCETROPICAIS E TEMPERADAS, 1970-2003

Índice Água doceÍndi

ce (

1970

= 1

.0)

Temperadas

Tropicais

Tundra

Mangais

Florestas húmidas folhosas tropical e subtropical

Florestas boreais/taiga

Florestas de coníferas tropical e subtropical

Florestas secas folhosas tropical e subtropical

Florestas de coníferas temperadas

Prados, savanas e zonas com arbustos tropicais e subtropicais

Prados e zonas com arbustos de montanha

Prados e savanas inundados

Prados, savanas e zonas com arbustos temperados

Florestas temperadas folhosas e mistas

Desertos e zonas com arbustos xéricas

Florestas mediterrânicas, florestas abertas e vegetação arbustiva

FIG.14: FRAGMENTAÇÃO E REGULAÇÃO DO FLUXO DE GRANDESSISTEMAS FLUVIAIS, POR BIOMA

Fortemente afectado

Moderadamente afectado

FIG.15: FRAGMENTAÇÃO E REGULAÇÃO DO FLUXO DE GRANDESSISTEMAS FLUVIAIS, POR REGIÃO

Fortemente afectado

Moderadamente afectado

Australásia

América do Sul

África

Ásia

América Central e do Norte

Europa

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11RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

Mapa 4: TENDÊNCIAS EM POPULAÇÕES DE ESPÉCIES DE ÁGUA DOCE DETERMINADAS, 1970-2003

Nome comum Espécie Localização da população do levantamentoSalmão rosa Oncorhynchus gorbuscha Alasca, Estados UnidosRã Pseudacris ornata Rainbow Bay, Sta. Carolina, Estados UnidosTartaruga-caixa Terrapene carolina Maryland, Estados UnidosArrabio Anas acuta MéxicoCaimão negro Melanosuchus niger Zancudococha, EquadorTracajá Podocnemis unifilis R. Aguarico, Res.Vida Selv. Cuyabeno, EquadorFlamingo dos Andes Phoenicoparrus andinus Andes, América do SulAbetouro-comum Botaurus stellaris Reino UnidoSalmão-do-Atlântico Salmo salar NoruegaMergulhão de crista Podiceps cristatus SuéciaPigargo-africano Haliaeetus vocifer UgandaPelicano-africano Pelecanus rufescens Uganda

Nome comum Espécie Localização da população do levantamentoRã africana Pyxicephalus adspersus Midrand, África do Sul.Golfinho-do-rio-Indus Platanista minor Rio Indus, PaquistãoGavial Gavialis gangeticus ÍndiaColhereiro-de-cara-preta Platalea minor Hong Kong, ChinaTartaruga-pescoço de serpente do Oeste Pseudemydura umbrina Reserva Ellen Brook, Perth, AustráliaRã do Norte Pseudophryne pengilleyi Planícies de Ginini, Austrália

1970 2003Oncorhynchus

gorbuscha

1970 2003Pseudacris

ornata

1970 2003Terrapenecarolina

1970 2003Anas acuta

1970 2003Podilymbus

gigas 1970 2003Crocodylus

acutus

1970 2003Phoenicoparrus

andinus

1970 2003Botaurusstellaris

1970 2003Salmo salar

1970 2003Podicepscristatus

1970 2003Pelecanusrufescens

1970 2003Pyxicephalus

adspersus

1970 2003Platanista minor

1970 2003Gavialis

gangeticus

1970 2003Platalea minor

1970 2003Pseudemydura

umbrina1970 2003Pseudophryne

pengilleyi

1970 2003Haliaeetus

vocifer

1970 2003Crocodylus

porosus

PLA

NE

TAV

IVO

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H E A D E R

12 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

C A P T A Ç Õ E S D E Á G U A

116%

32%

57%

49%

75%

57%

16%

2%21

%

4% 49%

5%76

%58

%76

%16

%53

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%36

%11

7%28

%2% 8% 4% 32

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%1% 71

1%1

533%

23%

7% 4% 27%

17%

1% 722%

22%

10%

6% 21%

3% 20%

25%

2% 34%

15%

31%

7% 0.6%

4% 0.9%

18%

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7% 22%

9% 0.6%

22%

2%26

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%12

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%5% 27%

31%

3% 2% 6%

100%

l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l

5.0

4.5

5.5

4.0

3.5

3.0

2.5

2.0

1.5

1.0

0.5

0

n

n

n

llllll

A água doce não está incluída na PegadaEcológica porque a procura e o uso desterecurso não pode ser expresso em termos dehectares globais que fazem a pegada. Étodavia essencial tanto para a saúde humanacomo para a do ecossistema.

Existem cerca de 35 milhões km3 de águadoce no mundo, mas quase 70 por cento sãogelo e cerca de 30 por cento são reservassubterrâneas de água. Menos de 1 por centoenche os lagos, rios, correntes e zonaspantanosas da Terra. Todos os anos cerca de110.000 km3 de água caem na terra comoprecipitação e após as plantas utilizarem amaior parte, à volta de 40.000 km3encontram o seu caminho para o mar comoescoamento. Este escoamento representa afonte total de água doce renovável domundo, da qual a agricultura, a indústria e oabastecimento doméstico dependemfundamentalmente. As captações de água nomundo inteiro contabilizam

aproximadamente 4.000 km3 por ano, oequivalente a cerca de 10 por cento doescoamento global de água doce.

Apesar da água doce não ser consideradaglobalmente um recurso escasso, muita delaestá geograficamente inacessível ou nãoestá disponível durante o ano. Doescoamento de água doce anual que estáacessível às populações humanas, cerca demetade é retirada para o abastecimentodoméstico, para uso industrial ou, aindamais importante, para a irrigação.

Os recursos de água doce estão longe deestar distribuídos uniformemente pelomundo, e muitos países retiram mais do queaquilo que pode ser suportado, colocandopressão nos ecossistemas de água doce. Umindicador do stress hídrico muito utilizado éo nível de captações em relação àdisponibilidade. Mede as captações totais deágua anuais da população contra o recurso

Fig.16: CAPTAÇÕES DE ÁGUA ANUAIS POR PESSOA, POR PAÍS, 1998-2002

TU

RQ

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O

UZ

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de água renovável anual disponível: quantomais alto o nível, maior o stress a sercolocado nos recursos de água doce. Deacordo com esta medida, as extracções de 5-20 por cento representam um stress suave,20-40 por cento, um stress moderado eacima de 40 por cento, stress severo.

Onde o uso de água, em particular parairrigação, não pode ser suportado peloescoamento superficial dos rios, sãoutilizadas as reservas de água subterrâneas.O aumento da captação dos recursossubterrâneos está a baixar a tabela de águaem muitas partes do mundo, especialmenteno Oeste dos Estados Unidos da América,Norte da China e muitas partes do Sul daÁsia, em níveis que excedem um metro porano. Globalmente, estima-se que 15-35 porcento das captações para irrigação não sãosustentáveis.

Figura 16: Captações de água anuais por pessoa,por país. Mais de 40 por cento, stress severo; 20-40por cento, stress moderado; 5-20 por cento, stresssuave (FAO, 2004; Shiklomanov, 1999).

Figura 17: Captações de água globais, por sector.O uso de água duplicou entre 1960 e 2000, o quesignifica que a média por pessoa de uso de águapermaneceu constante. A agricultura usa cerca de 70por cento das captações de água globais e a indústriacerca de 20 por cento (FAO, 2004; Shiklomanov,1999)

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Fig.17: CAPTAÇÕES DE ÁGUA GLOBAIS, POR SECTOR, 1960-2003

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A Pegada Ecológica mede a exigênciahumana na biosfera. A pegada de um paísinclui a área precisa para manter o consumoda população humana da zona de cultivo(alimentos, rações de animais, fibras e óleo);dos prados e pastos (pastoreio de animais paraa obtenção de carne, peles, lã e leite); daszonas de pesca (peixe e marisco), e das áreasde floresta (madeira, fibras de madeira, pastae lenha). A componente de dióxido decarbono (CO2) consiste na área precisa paraabsorver o CO2 emitido pela combustão decombustíveis fósseis, menos a quantidadeabsorvida pelos oceanos. A pegada da energianuclear, a qual representa cerca de 5 por centoda utilização global de energia, é calculadacomo sendo a pegada para o montanteequivalente da energia proveniente decombustíveis fósseis. A componente de zonasurbanizadas é a área utilizada para a infra-estrutura, incluindo a energia hidráulica.

As pessoas consomem recursos e serviçosecológicos de todo o mundo. Desta forma, asua pegada consiste na soma destas áreas,onde quer que estas se localizem no planeta.Em 2003 a Pegada Ecológica global era de14,1 mil milhões de hectares globais, ou 2,2hectares globais por pessoa (um hectareglobal é um hectare cuja produtividadebiológica é equivalente à média global).

A divisão da Pegada Ecológica nos seuscomponentes individuais demonstra a formacomo cada um deles contribui para aexigência global da humanidade no planeta. AFigura 17 demarca estes componentes emhectares globais constantes em 2003,tornando possível a comparação dasmudanças em níveis absolutos de exigênciaao longo do tempo. A pegada de CO2,provocada pelo uso de combustíveis fósseis,constituiu o componente de maiorcrescimento, aumentando mais de 10 vezesdesde 1961 até 2003.

P E G A D A E C O L Ó G I C A

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A Pegada Ecológica global da humanidadequase que quadruplicou entre 1961 e 2003,aumentando assim mais rapidamente do que apopulação que quase duplicou durante omesmo período. Esta exigência sobre anatureza pode ser comparada com abiocapacidade da Terra, a quantidade de áreaterrestre e aquática biologicamente produtivano planeta. Em 2003, tal significava umamédia de 1,8 hectares globais debiocapacidade disponível por pessoa.

Figura 18: Pegada Ecológica por pessoa, por país.Inclui todos os países com populações de mais de 1milhão para as quais estão disponíveis dadoscompletos.

Figura 19: Pegada Ecológica por componente. Apegada é apresentada em hectares globais constantesem 2003.

Em ambos os diagramas, e ao longo deste relatório, aenergia hidráulica é incluída na pegada de terrenourbanizado e a lenha na pegada da floresta.

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Fig.19: PEGADA ECOLÓGICA POR COMPONENTE, 1961-2003

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2003 média da biocapacidade mundial por pessoa: 1.8 hectares globais, ignorando as necessidades das espécies selvagens

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H E A D E R

16 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

P E G A D A M U N D I A L

A Pegada Ecológica global, representadano Mapa 5, altera-se com a densidadepopulacional, o consumo médio por pessoae a eficiência da utilização dos recursos. Abiocapacidade da Terra (Mapa 6) -aproximadamente 11,2 mil milhões dehectares globais, ou um quarto dasuperfície do planeta - altera-se com a suaárea total de produção biológica e aprodutividade média dessa área. Em 2003,a Pegada Ecológica total da humanidadeexcedeu a biocapacidade global em quase

metade de um hectare global por pessoa,ou 26 por cento. Este excedente globaliniciou-se na década de 80 e tem vindo acrescer desde essa altura. O termoexcedente significa que estamos a utilizar ocapital da natureza mais rapidamente doque a sua regeneração. Se tal situaçãopersistir, a capacidade biológica do planetapoderá sofrer uma redução permanente. OMapa 5 apresenta um aumento de 26 porcento em relação ao Mapa 6, sendo adiferença a representação do excedente

global total. No Mapa 5, o tamanho decada país é demonstrado em proporção àsua parte da Pegada Ecológica total dahumanidade. A pegada de cada país édeterminada pela sua população, oconsumo de um residente médio e aintensidade de recursos dos bens e dosserviços consumidos. A cor de cada paísindica a pegada per capita dos seuscidadãos.

No Mapa 6, o tamanho de cada país indica

a proporção da biocapacidade mundial queestá localizada dentro das suas fronteiras.Inclui os bens e serviços ecológicosdisponibilizados pela zona de cultivo, pelazona de pasto, pelas florestas e pelaspescas. A cor indica a biocapacidadedisponível por pessoa em cada país.

Os países podem entrar num déficeecológico mediante o consumo de activosecológicos, no âmbito do seu território, deuma forma mais rápida do que o processo

> 5,4 hectares globais por pessoa

3,6-5,4 hectares globais por pessoa

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Dados insuficientes

Mapa 5: PEGADAS EM TODO OMUNDO, 2003Pegadas nacionais totais como proporção dapegada global são indicados pelo tamanho dopaís. As pegadas nacionais per capita sãoindicadas pela cor.

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17RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

de regeneração dos mesmos; mediante aimportação de recursos de outros locais; oumediante a produção de mais materiaisresiduais, tais como o CO2, que podem serabsorvidos pelos ecossistemas dentro dassuas próprias fronteiras.

Os países considerados “devedoresecológicos” poderão depender deimportações líquidas de recursos ou dautilização dos seus activos ecológicos paramanter o seu consumo de recursos. Os

países considerados “credores ecológicos”são aqueles que ainda possuem reservasecológicas. Dispor de uma reserva nãosignifica necessariamente uma boa gestãodos activos: podem ser exportados paraoutros países, ou sujeitos a um cultivo emexcesso ou a degradação. Os paísesrepresentados em tamanho mais pequenono Mapa 6 do que no Mapa 5 são aquelesque possuem actualmente um déficeecológico, enquanto que os paísesrepresentados com maior dimensão

possuem reservas ecológicas.

À medida que os défices ecológicoscontinuam a aumentar, a linha geopolíticapredominante poderá deslocar-se da divisãoeconómica actual, entre os paísesdesenvolvidos e os países emdesenvolvimento, para se fixar entre os“devedores ecológicos” e os “credoresecológicos”.

Com o excesso global contínuo, os paísesdevedores e os países credores irão, deforma idêntica, tomar consciência daimportância dos activos ecológicos para acompetitividade económica e a segurançanacional, e por conseguinte do valor dalimitação das suas pegadas e daconservação da sua biodiversidade.

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Mapa 6: BIOCAPACIDADE POR TODOO MUNDO, 2003Pegada Ecológica Nacional relativa àbiocapacidade nacional disponível.

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Biocapacity 0-50% larger than footprint

Biocapacity more than 50% larger than footprint

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H E A D E R

18

ideologia ou a honra nacional... (Schwartz eRandall, 2003).

Em Junho de 1992, no Rio de Janeiro, aConferência das Nações Unidades sobreAmbiente e Desenvolvimento veio reafirmara importância da garantia de uma vidasaudável e produtiva para todos, embora nãoexcedendo os limites da natureza. Nos 11anos seguintes a essa conferência, entre 1992e 2003, a pegada média por pessoa, medidaem hectares globais constantes, em países derendimento baixo e médio alterou-se umpouco, enquanto que a pegada média porpessoa em países de rendimento altoaumentou em 18 por cento. Durante osúltimos 40 anos, a pegada média em países derendimento baixo rondou os 0,8 hectaresglobais por pessoa. A pegada energéticademonstra a maior disparidade por pessoaentre os países de rendimento alto e baixo. Talse deve, em parte, ao facto de as pessoaspoderem apenas comer uma quantidade

limitada de alimentos, enquanto que oconsumo da energia é limitado principalmentepela capacidade de pagamento doconsumidor.

Figura 20: Pegada Ecológica e biocapacidade porregião. A diferença entre uma pegada regional (barrascheias) e a sua biocapacidade (linha ponteada)corresponde à reserva ecológica (+) ou ao défice (-).

Figura 21: Pegada Ecológica por grupo derendimento nacional por pessoa. A pegada média per capita dos países de rendimentoalto aumentou mais do que o dobro entre 1961 e 2003.

A exigência de uma região sobre a biosfera éigual ao total da sua população vezes a suapegada per capita. Na Figura 20, a altura decada barra é proporcional à pegada média porpessoa, a nível regional, a sua largura indica asua população e a área à Pegada Ecológicatotal da região.

Uma comparação entre cada pegada regionalcom a sua biocapacidade demonstra se essaregião possui uma reserva ecológica ou seestá a sofrer um défice. Mesmo com a suabiocapacidade considerável, a América doNorte possui o défice mais alto por pessoa,com uma média de utilização por pessoa demais 3,7 hectares globais do que osdisponíveis na região. A União Europeia (UE-25) surge a seguir: com um défice por pessoade 2,6 hectares globais; a região encontra-se autilizar o dobro da sua biocapacidade. Nooutro extremo, apresenta-se a América Latina:com reservas ecológicas de 3,4 hectaresglobais per capita, a pegada média por pessoa

na região é de apenas um terço dabiocapacidade disponível por pessoa naregião.

Existe um reconhecimento crescente de queos défices ecológicos resultam em gravesimplicações para as regiões e as nações. Umrelatório de 2003 da Global Business Networkadverte para o seguinte:

À medida que as capacidades de sustentaçãosão reduzidas a nível local e mundial, a tensãopoderá aumentar em todo o mundo… Asnações que dispõem de recursos para talpoderão construir fortalezas virtuais à voltados seus países, preservando os recursos parasi. As nações menos afortunadas... poderãoiniciar grandes esforços para terem acesso aalimentos, água salubre ou energia. Aliançaspouco prováveis poderiam ser formadas àmedida que as prioridades de defesa sealteram e o objectivo passa a visar os recursospara a sobrevivência em vez da religião,

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RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

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Fig.20: PEGADA ECOLÓGICA E BIOCAPACIDADE, POR REGIÃO, 2003

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Europa Não UE

Médio Oriente e Ásia

Central

América Latina e

Caraíbas

Ásia - Pacífico

África

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Fig.21: PEGADA ECOLÓGICA POR GRUPO DE RENDIMENTO NACIONAL, POR PESSOA, 1961-2003

Países com rendimento alto

Países com rendimento médio

Países com rendimento baixo

NOTA: as linhas ponteadas

representam as estimativas devido

à dissolução da URSS.

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1975 1980 1985 1990 1995 2000 2003

RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

O desenvolvimento sustentável consiste numcompromisso para a melhoria do bem-estarhumano, com a limitação de que estedesenvolvimento se concretize dentro doslimites tecnológicos da biosfera.

O progresso com vista ao desenvolvimentosustentável pode ser avaliado através doÍndice de Desenvolvimento Humano (IDH)do Programa das Nações Unidas para oDesenvolvimento (PNUD) como umindicador do bem-estar, e da PegadaEcológica como uma medida da exigênciahumana na biosfera. O PNUD considera umvalor do IDH de mais de 0,8 para aclassificação de “alto desenvolvimentohumano”. Uma Pegada Ecológica inferior a1,8 hectares globais por pessoa, abiocapacidade média disponível por pessoano planeta, torna as exigências em matériade recursos de um país globalmentereplicativas.

O desenvolvimento sustentável de sucessoenvolve o mundo como um todocorrespondendo a ambos os critériosmínimos, deslocando-se para o quadranteazul indicado na Figura 20. À medida que apopulação aumenta, a biocapacidadedisponível por pessoa diminui e a altura doquadrante reduz-se.

Em 2003, a Ásia-Pacífico e a Áfricaencontravam-se a utilizar, a nível regional,uma quantidade inferior à média mundial dabiocapacidade por pessoa, enquanto que aEU-25 e a América do Norte ultrapassavamo limiar definido para o altodesenvolvimento humano. Nem o mundocomo um todo, nem nenhuma região,satisfizeram ambos os critérios para odesenvolvimento sustentável.

As alterações ao nível da pegada e do IDH,desde 1975 até 2003, são aqui ilustradospara nações seleccionadas. Em geral,

durante este período, a utilização derecursos por parte das nações ricas cresceumais rapidamente do que o nível da suaqualidade de vida. Este padrão derendimentos decrescentes não se manteveem relação às nações mais pobres,nomeadamente na China ou na Índia, ondeforam alcançados aumentos significativosno IDH, enquanto que as suas pegadas porpessoa se mantiveram a um nível inferior àbiocapacidade global por pessoa.

A comparação de uma pegada média porpessoa de um país com a biocapacidademédia global não pressupõe uma apreciaçãosobre a igual distribuição dos recursos doplaneta. Em vez disso, esta comparaçãoindica que nações exibem padrões deconsumo que, se alargados ao mundointeiro, iriam levar ao excedente global, equais os padrões que não levariam a isso.

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GA

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P E G A D A E C O L Ó G I C A E O D E S E N V O L V I M E N T O H U M A N O

Fig.22: DESENVOLVIMENTO HUMANO EPEGADAS ECOLÓGICAS, 2003

Excede a capacidade média porpessoa da biosfera, alto

desenvolvimento

Austrália

EUA

Itália

Hungria

Rep. Coreia

Rep. África do Sul

Brasil

ChinaÍndia

América do Norte

Europa UE

Europa Não-UE

América Latina e Caraíbas

Médio Oriente e

Ásia Central

Ásia - Pacífico

África

Pop. de um país(colorida por região)

+ de 1 bilião

100 milhões- 1 bilião

30 milhões- 100 milhões

10 milhões- 30 milhões

5 milhões- 10 milhões

menos de5 milhões

Pegada E

cológica (hectares globais por pessoa)

Satisfaz os critérios mínimospara o desenvolvimento

sustentável

Biocapacidade média mundial disponível por pessoa, sem capacidade dedicada às espécies selvagens

Excede a capacidade média porpessoa da biosfera, baixo

desenvolvimento

Dentro dos limites da capacidademédia da biosfera, por pessoa, baixo

desenvolvimento

Índice de Desenvolvimento Humano

Lim

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ano

Tendências históricas para países seleccionados(2003, ponteado colorido por região e dimensionado com base na população)

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RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

2 %? Ou de 10 %? Será necessário investir alongo prazo em diversas áreas, tais como aeducação, tecnologia, conservação,planeamento urbano e familiar, e sistemasde certificação de recursos, bem comodesenvolver novos modelos comerciais emercados financeiros.

No passado, as condições prolongadas deexcedente local reduziram a disponibilidadede recursos e levaram a quebras naseconomias locais (Diamond 2005). Sepretendermos evitar este padrão numa escalaglobal, a questão relevante a ser colocadapoderá não ser quanto custará eliminar oexcedente, mas sim o que custará a sua nãoeliminação.

Cindo factores determinam a extensão doexcedente global ou, para as nações, o seudéfice ecológico. Três destes factores

formam a Pegada Ecológica, ou exigênciasobre a biocapacidade: A densidadepopulacional, o consumo médio por pessoanessa população e a intensidade da pegadamédia por unidade de consumo.

1. População. O aumento da populaçãopode ser diminuído e eventualmenterevertido ao incentivar as famílias a teremmenos filhos. A oferta às mulheres demelhor formação, de oportunidadeseconómicas e de cuidados de saúde constituitrês abordagens comprovadas para se atingirtal objectivo.

2. Consumo de bens e de serviços porpessoa. O potencial de redução do consumodepende, em parte, da situação económicade cada indivíduo. Enquanto que as pessoasque vivem no limiar da subsistência ouabaixo dele poderão necessitar de aumentar

Olhando para o futuroSe continuarmos na nossa trajectória actual,até mesmo as previsões moderadas das NUrelativas à mudança, em termos depopulação, do consumo de alimentos efibras e das emissões de CO2, sugerem queem 2050 a humanidade estará a utilizar oequivalente a mais de dois planetas. Estegrau de excesso coloca em risco não só aperda da biodiversidade, como tambémdestrói os ecossistemas e a sua capacidadede fornecer recursos e serviços dos quais ahumanidade depende. A alternativa éeliminar o excesso. Enquanto que o aumentoda produtividade do ecossistema poderáajudar a eliminar a lacuna, a redução dapegada global da humanidade é essencial(Figura 22).

Sustentabilidade dos custosQuanto mais cedo o excedente foreliminado, mais baixo será o risco de umagrave disrupção do ecossistema e dos seuscustos associados. Desembolsos financeiros

requeridos para se escapar ao excedente sãosubstanciais, mas a sociedade veráresultados significativos nestesinvestimentos. Para facilitar o fluxo docapital necessário, várias barreiras devemser reconhecidas e ultrapassadas. Estasbarreiras incluem o problema do fluxofinanceiro inerente à necessidade actual deinvestimento para evitar custos futuros;orçamentos limitados utilizados para crisesimediatas, que desviam a atenção dedesafios mais gerais; e rendimentosinsuficientes para os investidores iniciais.

Se a eliminação do excedente estiverprevista para uma determinada data, sãonecessárias análises económicas paradeterminar a percentagem do PIB mundialque terá de ser investida na redução dapegada da humanidade e no aumento dabiocapacidade. Essa percentagem será de

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Fig.23: ELIMINAÇÃO DO EXCEDENTE GLOBAL

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1961-2003

Pegada Ecológica

Biocapacidade

Excedente

Eliminação Potencial do Excedente

2003-2100

Aumento positivo da biocapacidade

Pegada rapidamente reduzida

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podem reduzir a biodiversidade. Aagricultura de alata intensidade energética ea forte confiança em fertilizantes poderáincrementar a produção, mas a custo de umapegada maior associada a um aumento deentradas, podendo assim empobrecer o solo,acabando finalmente por provocar a quedada produção.

A biocapacidade pode ser preservada atravésda protecção do solo da erosão e dadegradação; através da salvaguarda debacias fluviais, pântanos e bacias dedrenagem para assegurar o abastecimento deágua doce e da preservação de florestas ezonas de pesca saudáveis. A prevenção ou amitigação dos impactos da mudançaclimatérica, bem como a eliminação dassubstâncias químicas tóxicas que possamdegradar os ecossistemas, pode ajudar apreservar a produção.

A proporção em que deve ser reduzida, aforma como as reduções devem serdistribuídas e quando devem serimplementadas são escolhas a seremefectuadas pela sociedade, segundo a análiseda pegada que ajudará a medir asconsequências de um caminho em particular.

Três cenários são explorados nas páginasseguintes: um cenário de referênciamoderado, baseado nas projecções das NU;um cenário de ligeiro desvio, levando àeliminação do excedente no final do século,com alguma biocapacidade preservada paraas espécies selvagens como tampão paraabrandar a perda da biodiversidade; e umcenário de redução rápida, em que oexcedente seria eliminado a meio do século,com uma zona tampão para a biodiversidadereservada à restauração de espéciesselvagens e dos seus habitats.

o seu consumo para escaparem à pobreza, aspessoas mais ricas podem reduzir o seuconsumo e mesmo assim melhorar a suaqualidade de vida.

3. A intensidade da pegada, a quantidadede recursos utilizados na produção debens e serviços, pode sersignificativamente reduzida. Tal poderá serefectuado sob várias formas, desde aeficiência energética a nível industrial edoméstico, passando pela diminuição daprodução de resíduos e pelo aumento dareciclagem e da reutilização, até aosveículos com bom rendimento energético euma redução da distância em que muitosbens são transportados. As empresas e aindústria reagem às políticasgovernamentais que promovem a eficiênciados recursos e a inovação técnica, se taispolíticas forem claras e de longo prazo.

Dois outros factores determinam abiocapacidade, ou a oferta: a quantidade deárea biologicamente produtiva disponível e aprodutividade ou produção dessa área.

4. A área bioprodutiva pode ser alargada:as zonas deterioradas podem ser recuperadasatravés da gestão cuidada. A culturaescalonada teve o seu sucesso histórico e airrigação, também, pode tornar as terrasmarginais mais produtivas, apesar dosresultados poderem não persistir. Sobretudo,a boa gestão das terras deverá assegurar queas áreas bioprodutivas não serão reduzidasou perdidas, por exemplo, para aurbanização, salinização ou desertificação.

5. A bioprodutividade por hectare dependedo tipo de ecossistema e da forma como esteé gerido. As tecnologias agrícolas podemimpulsionar a produtividade, mas também

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Fig.24: FACTORES LIGADOS À PEGADA E ÀBIOCAPACIDADE QUE DETERMINAM O

EXCEDENTE

Área x Bioprodutividade = Biocapacidade (OFERTA)

População x Consumo porpessoa

x Intensidadepegada

=Pegada

Ecológica

(PROCURA)

1,8ha globais por

pessoa (biocapacidade

global 2003)

2,2ha globais por

pessoa

(pegada global 2003)

Lacunaentre a oferta e

procura:EXCEDENTE

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reduzido se a sobre-colheita conduzisse àdegradação do ecossistema e ao seu declínioantes dos stocks estarem totalmenteesgotados.

Já que as florestas possuem um dos maioresstocks permanentes de qualquer tipo de terrabioprodutiva, um planeta que inclui zona decultivo, pasto, sumidouros de carbonolimitados e zonas de pesca, tem menos stockdisponível para consumo humano e podiapor isso tolerar planetas-ano de dívidaecológica antes de esgotar.

Ao contrário do capital financeiro, que podemuito facilmente ser trocado por outrodesde que se chegue a um valor monetáriocorrespondente, os activos ecológicos sãomenos intercambiáveis. A sobre-utilizaçãode um activo ecológico, como os bancos depesca por exemplo, nem sempre pode sercompensada por uma utilização menos

intensa de outro, como as florestas. Noentanto, estes tipos de activo não existemindependentemente um do outro: as zonasde cultivo expandem-se frequentemente àcusta das florestas, tornando menos árvoresdisponíveis para fornecer madeira, papel ecombustível, ou para absorver CO2. Se osbancos de pesca entram em declínio, aszonas de cultivo podem ficar sobre maiorpressão para alimentar os seres humanos eos animais domésticos. Cenários quepressupõem a capacidade total desubstituição entre tipos de activosecológicos irão por isso subestimar aseveridade do excedente.

O cenário de referência observa asconsequências, se várias projecçõesmoderadas das NU estiverem combinadas.O aumento da pegada é conduzido pormodestas taxas de crescimento tanto napopulação como na exigência debiocapacidade. Inicialmente, abiocapacidade deverá continuar a aumentara uma taxa idêntica à do aumento dasproduções nos passados 40 anos. Mais tarde,com o excedente contínuo a ter impacto nosecossistemas produtivos, estes ganhos irãosupostamente ser invertidos.

Em 2050, com este cenário, a pegada totalda zona de cultivo e de CO2 aumenta em 60por cento, a exigência por zona de pasto ezona de pesca em 85 por cento e o uso deflorestas em 110 por cento. Presumindo umcrescimento moderado da população, istosignifica que a média da pegada por pessoaaumentará de 2,2 hectares globais em 2003,para 2,6 hectares em meados do século.

Através do contínuo excedente, em 2050, ahumanidade terá acumulado uma dívidaecológica de 34 planetas-ano, altura em queestará ainda longe de terminar o excedente.Mesmo se toda a exigência na biosferacessasse de repente, levaria ainda nomínimo 34 anos para as reservas doecossistema regressarem ao nível quetinham quando começou o excedente.

A dívida ecológica é uma medida do riscodos recursos ecológicos e serviços nãoestarem disponíveis para satisfazer asexigências da humanidade. O stock demadeira de uma floresta saudável é igual a50 vezes o seu crescimento anual. Se a Terrafosse totalmente coberta por floresta, teriaum stock ecológico acumulado de cerca de50 anos, e assim conseguiria atingir ummáximo de 50 planetas-ano de dívidaecológica, antes do stock ficar esgotado, enecessitaria de mais 50 anos para voltar acrescer esse stock. Este máximo seria

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Fig.25: CENÁRIO DE REFERÊNCIA E DÍVIDAECOLÓGICA

1961-2003

Pegada Ecológica

Biocapacidade

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2003-2100, cenário de referência moderado

Pegada Ecológica (para 2050)

Biocapacidade

A biocapacidade deverá cair até aonível da produtividade de 1961 ouabaixo no caso do excedentecontinuar a aumentar. Este declíniopode acelerar-se à medida que adívida ecológica cresce, e estasperdas de produtividade podemtornar-se irreversíveis.

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O cenário de ligeiro desvio mostra osresultados de um esforço concertado paragradualmente sair a humanidade doexcedente e, em 2100, estabelecer umamodesta zona tampão de biodiversidade.Neste cenário, as emissões globais de CO2são reduzidas em 50 por cento no final doséculo. A pesca de peixe selvagem éreduzida em 50 por cento em 2100 nosentido de baixar a captura total para umnível potencialmente sustentável. Aexigência de zona de cultivo e de pastopressupõe um aumento para metade da taxade aumento da população, em parte devido àbaixa percentagem de carne na dieta damédia das pessoas. Em contraste, oconsumo de produtos florestais cresce 50por cento para compensar a diminuição dautilização de combustíveis fósseis, químicose outros materiais. Comparado com 2003,estas mudanças combinadas resultam numadiminuição da pegada total da humanidadeem 15 por cento em 2100, comparado com

2003. Se os ganhos da biocapacidade podemser sustentados, resultando num aumento de20 por cento em 2100, e o crescimento dapopulação permanecer moderado, a médiada Pegada Ecológica de uma pessoa passariade 2,2 hectares globais para cerca de 1,5hectares globais. O excedente terminariacerca de duas décadas antes do fecho doséculo, altura em que cerca de 10 por centoda biocapacidade do planeta teria sidocolocado de parte para preservar as espéciesselvagens.

Energia para o futuroA maior componente da Pegada Ecológicahoje é a pegada de CO2, a exigênciacolocada na biosfera pelas emissões de CO2de combustíveis fósseis. Muitos geólogosesperam que o pico da produção de petróleopossa ocorrer globalmente dentro daspróximas duas ou três décadas. No entantograndes reservas de carvão, areiaspetrolíferas e outros combustíveis de carvão

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mais caros, podiam compensar isto, levandoa um aumento das emissões no próximoséculo.

Quais as estratégias para reduzir adependência dos combustíveis fósseis? Umaanálise recente sugere que a combinação desete grandes mudanças, incluindo umaredução de 25 por cento das emissões dasconstruções, um aumento na economia decombustível em 2 mil milhões de carros deuma média de 8 para 4 litros aos 100quilómetros, um aumento de 50 vezes emenergia eólica e um aumento de 700 vezesem energia solar seriam necessários apenaspara manter as emissões em 2050 iguais aonível que têm hoje (Pacala e Socolow, 2004)Serão necessárias medidasconsideravelmente mais fortes para alcançara redução de 50 por cento incluída nestecenário.

O desafio é eliminar as emissões de CO2

sem empurrar o fardo para outras partes dabiosfera. Por exemplo, a energia eólica podeprecisar de ser aumentada com gás adicionalou centrais de energia hidráulica, e a energiahidráulica pode levar à perda de áreasprodutivas junto aos rios. Osbiocombustíveis podem começar a competirpor zona de cultivo e áreas florestais emutilização para produção de alimentos eabsorção de carbono. Cultivar, transportar eprocessar biomassa para combustível requerquantidades significativas de energia, e osganhos líquidos de energia da utilização debiocombustível ainda não são claros.

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Fig.26: CENÁRIO DE LIGEIRO DESVIO E DÍVIDA ECOLÓGICA

1961-2003

Pegada Ecológica

Biocapacidade

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Dívida EcológicaAcumulada

2003-2100, ligeiro desvio

Pegada Ecológica

Biocapacidade

Zona tampãode biodiversidade

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24 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

longe. Os animais competem com aspessoas por alimentos e habitat. As plantaspodem ser excluídas pelo cultivo contínuode um conjunto limitado de espéciesdomesticadas e pela plantação florestal. Osesforços para impulsionar a biocapacidade -aumentar a produção da zona de cultivoatravés da irrigação ou do uso de pesticidas,por exemplo - pode também ameaçar abiodiversidade. Outras ameaças incluem:

* Mudança climática, conduzida pelo CO2 eoutros gases com efeito de estufa, e adevastação (Flannery, 2005). * A sobre-colheita de espécies ouecossistemas, que pode levar à falha depopulações selvagens. * O uso intenso da terra, frequentemente emconjunto com a sobre-colheita e odesenvolvimento de infraestruturas comoestradas, quintas e áreas urbanas, podeaumentar a fragmentação. * Espécies invasoras. Enquanto a taxa de

invasão pode ser gerida através de práticascuidadosas, maiores volumes de transporteinternacional e interregional aumentam orisco de propagação de espécies não-nativas.* Os regulamentos e as práticas de gestão

ajudaram a reduzir a libertação desubstâncias tóxicas para o ar, água e solo,mas as substâncias químicas tóxicascontinuam a ameaçar a biodiversidade. Atítulo de exemplo, podemos referir oescoamento da agricultura intensa, metaispesados, chuva ácida e disruptoresendócrinos de plásticos comuns.

A não ser que seja deixada biocapacidadesuficiente para as espécies selvagens e que ometabolismo da sociedade sejacuidadosamente gerido, é pouco provávelque a conservação da biodiversidade sejabem sucedida.

O cenário de redução rápida descreve umesforço agressivo para tirar a humanidadedo excedente. Ao conseguir isto em 35 anos,a dívida ecológica acumulada manter-se-áabaixo dos oito planetas-ano. O cenário criatambém uma zona tampão de biodiversidadede 30 por cento em 2100: de acordo comalguns ecologistas, ainda não é suficientepara conter a perda de biodiversidade(Wilson, 2002).

Este cenário pressupõe uma redução dasemissões de CO2 de 50 por cento em 2050,e de 70 por cento em 2100. O consumoabsoluto de zonas de cultivo e de zonas depasto cresce apenas 15 por cento em 2100.Pelas projecções da média da população,isto requer um decréscimo de 23 por centona zona de cultivo por pessoa e pegadas nazona de pasto. Consegue-se alcançar semdiminuir a ingestão calorífica ou o valornutricional dos alimentos consumidos,reduzindo a proporção global da produção

cultivada para alimentação dos animais.

Assume também um crescimento optimistaem biocapacidade, quase 30 por cento em2100 - provocado pelo aumento das zonasde cultivo, bancos de pesca e produção dafloresta através da tecnologia e gestãomelhoradas.

O cenário de redução rápida resulta dapegada da humanidade ser 40 por centoinferior em 2100 do que em 2003. Necessitado maior investimento económico inicial,mas ao minimizar a dívida ecológica maisrapidamente, tem o risco ecológico maisbaixo.

Biodiversidade e exigência humana Enquanto será necessário um esforçosignificativo para trazer a exigência humanadentro da capacidade regenerativa dabiosfera, segurar a biodiversidade poderequerer a redução da pressão ainda mais

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Fig.27: CENÁRIO DE REDUÇÃO RÁPIDAE DÍVIDA ECOLÓGICA

1961-2003

Pegada Ecológica

Biocapacidade

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Dívida EcológicaAcumulada

2003-2100, redução rápida

Pegada Ecológica

Biocapacidade

Zona tampãode biodiversidade

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25RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

Eliminar o excedente significa diminuir adistância existente entre a Pegada Ecológicada humanidade e a biocapacidade doplaneta. Se a comunidade global concordarcom o princípio, será então necessáriotomar decisões em relação à diminuição dapegada, e em como esta redução naexigência humana agregada é partilhadaentre indivíduos e populações.

As possíveis estratégias de atribuiçãopodem incluir uma distribuição absoluta departes da pegada, ou uma distribuiçãoinicial de direitos ou autorizações deconsumo, que depois podem sercomercializadas entre indivíduos, nações ouregiões. Qualquer estratégia global aceitávelserá influenciada por considerações éticas eeconómicas assim como ecológicas.

As estratégias de atribuição discutidas aquiilustram como a actual distribuição regionalpode mudar, com base na proporção relativa

da actual população mundial ou nabiocapacidade em cada região. Asatribuições podem ser fixas ou variadas emproporção à percentagem de mudança daregião de um dos factores. As reduções aatingir em relação às pegadas regionaispodem ser proporcionais às actuais linhasde base (Figura 26), de forma semelhanteao quadro adoptado pelo Protocolo deQuioto para os gases com efeito de estufa.Alguns podem argumentar que estaestratégia recompensa as regiões com altosníveis históricos de consumo e depopulação, e penaliza aquelas que jácomeçaram a reduzir a sua exigência totalnos ecossistemas.

Uma segunda opção poderá consistir naatribuição de uma parte da pegada global acada região, em proporção à sua própriabiocapacidade regional (Figura 27). Asregiões podem aumentar a suabiocapacidade através do comércio com

regiões que possuem reservas debiocapacidade. Esta estratégia pode sermodificada para dirigir as discrepânciasmuito grandes na biocapacidade disponívelque actualmente existe entre regiões enações.

O quadro da Contracção e Convergência(Meyer, 2001) sugere que os direitos paraemitir gases com efeito de estufa sejamatribuídos de forma igual a cada pessoa noplaneta. De forma semelhante, a pegadaglobal pode ser partilhada numa base deigualdade per capita (Figura 28), commecanismos estabelecidos para permitir queas nações e as regiões comercializem assuas atribuições iniciais em excesso. Apesarde ser num sentido estritamente igualitário,esta estratégia de atribuição recompensa ospaíses com maior população, ignoracircunstâncias históricas e simplificademasiado as várias necessidades emdiferentes partes do mundo.

Negociar, seleccionar e combinar estes ououtros esquemas de atribuição, irá requereruma cooperação global nunca vista, sepretendermos reduzir a pegada dahumanidade. Desenvolver a lógica atrás dosquadros para reduzir a exigência humana ésimples quando comparado com o desafiode implementar o processo.

Ao considerar os custos e a complexidadede conseguir este desafio, a comunidadeglobal pode querer ter em conta não só oque é necessário para conseguir tal projecto,mas também as consequências ecológicas ede bem-estar humano do fracasso domesmo.

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Fig.28: ATRIBUIÇ\AO DA PEGADA PELO USOREGIONAL ACTUAL

Fig.29: ATRIBUIÇÃO DA PEGADA PELABIOCAPACIDADE REGIONAL

Fig.30: ATRIBUIÇÃO DA PEGADA PELAPOPULAÇÃO REGIONAL

América do Norte22%

Europa UE16%

América Latina e Caraíbas

8%

África7%

Ásia - Pacífico34%

Médio Orientee Ásia Central

6%

Europa Não UE7%

América do Norte17%

Europa UE9%

América Latina e Caraíbas

26%

África10%

Ásia - Pacífico24%

Médio Orientee Ásia Central

3%

Europa Não UE11%

América do Norte 5%

América Latina e Caraíbas 9%

África13%

Ásia - Pacífico56%

Médio Oriente e Ásia Central6%

Europa Não UE 4%

Europa UE 7%

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pedestre - pode suportar uma qualidade devida alta com uma pegada pequena. Se,como está agora previsto, a populaçãoglobal crescer para os 9 mil milhões e sequeremos deixar uma zona tampão mínimapara a preservação de algumabiodiversidade, precisamos encontrar formaspara a pessoa média viver bem em menos demetade da actual pegada média global.

A infra-estrutura mais comprida édesenhada para durar, a mais crítica é paraassegurar que não estamos a construir umlegado destrutivo que irá destruir o nossobem-estar físico e social. Cidades, nações eregiões podem considerar como acompetitividade económica será confrontadase a actividade económica for dificultadapor uma infra-estrutura que não podefuncionar sem grandes exigências derecursos.

Informação precisa e relevanteSe não medimos, não podemos gerir demaneira eficaz. Sem contabilidadefinanceira, os negócios funcionam àsescuras, arriscando a bancarrota. Sem acontabilidade dos recursos, os déficesecológicos e o excedente passariamdespercebidos e persistiriam. Quando osefeitos do excedente se tornassem evidentes,poderia ser demasiado tarde para mudar ocurso e evitar a bancarrota ecológica. Odeclínio das pescas ao largo da costaoriental do Canadá e os efeitos severos dadesflorestação no Haiti são dois exemploslamentáveis.

A contabilidade dos recursos e relatórios sãoessenciais para combater a mudança doclima, preservar os stocks de pesca e chegara acordos internacionais para partilhardireitos de uso da água. Estas e outrasmedidas concebidas para proteger os activosecológicos ajudam a prevenir e mitigar as

Primeiro, concentrar-se em “coisaslentas”É tempo da essência. As projecçõesmoderadas das NU para o crescimento dapopulação mundial e do consumo mostram ahumanidade a usar o dobro dabioprodutividade do planeta Terra em 2050.No entanto, atingir este nível de consumopode ser impossível, dado que o capitalnatural a ser utilizado para permitir esteexcedente pode bem ficar esgotado antesdos meados do século.

Os esforços para conter esta rápidaintensificação do excedente e evitar ocolapso do ecossistema devem ter em contaos tempos lentos de resposta das populaçõeshumanas e das infra-estruturas. Mesmo apósos taxas de natalidade caírem abaixo dosníveis de substituição, as populaçõescontinuam a expandir-se durante muitosanos. A esperança de vida duplicou só noséculo XX - uma criança que nasce hoje vai,

em média, consumir recursos nos próximos65 anos. As infra-estruturas também podemdurar muitas décadas.

A figura 29 compara os tempos de vidatípicos para alguns activos humanos efísicos com o cronograma para ocrescimento do excedente num futurocenário de referência baseado nasprojecções das NU. As pessoas nascidas e asinfra-estruturas construídas hoje irão, emconjunto, desenhar a fonte de consumo paraa maior parte do resto do século.

Os activos que criamos podem ser benéficospara o futuro, ou não. O transporte e asinfra-estruturas urbanas tornam-searmadilhas se apenas funcionarem empegadas grandes. Em contraste, uma infra-estrutura benéfica para o futuro - cidadesdesenhadas como fontes eficientes, comedifícios autónomos em energia e sistemasorientados para o transporte público e

T R A N S I Ç Ã O P A R A U M A S O C I E D A D E S U S T E N T Á V E L

RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

Figura 31

Projecções moderadas das NU sugerem que a

pegada da humanidade irá crescer para o dobro da

capacidade da Terra dentro de cinco décadas. O

tempo de vida da infra-estrutura colocada no sítio

hoje com uma grande extensão, determina o recurso

ao consumo durante décadas e pode fechar a

humanidade neste cenário ecologicamente arriscado.

16

12

0

4

8

24

20

1960 1980 2000 2020 2040 2060 2080 2100

Fig.31: ESPERANÇAS DE VIDA DAS PESSOAS, ACTIVOS E INFRAESTRUTURAS

Bili

ões

de H

ecta

res

Glo

bais

200

3

Carro (média EUA: 9 anos)

Central Eléctrica de alimentação nuclear (EUA/UE:40 anos)

Auto-estrada (20-50 anos)

Ponte (30-75 anos)

Central eléctrica de alimentação a carvão (30-75 anos)

Humano (médias nacionais: 32-82 anos)

Desenho de edifício comercial (50-100 anos)

Caminho de ferro, casa e barragem (50-150 anos)

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Peritos de muitas disciplinas desempenhamum papel importante na transição para umasociedade sustentável. Cientistas sociaispodem estudar acordos institucionais paradeterminar como facilitar de modo eficaz econtinuar em frente o diálogo globalnecessário e o processo de tomada dedecisão. Engenheiros, arquitectos eplaneadores urbanos podem contribuir como conhecimento das formas comotransformar a infra-estrutura humana e oambiente construído, para que permitam teruma qualidade de vida alta, mantendo aexigência ecológica dentro do orçamento derecurso disponível. A pesquisa e oplaneamento no sentido de desacelerar eeventualmente retroceder o crescimentocontínuo da população da forma adequadairão também ter um papel importante.

Ecologistas, biólogos, agricultores egestores de recursos podem encontrarformas de aumentar a biocapacidade da

Terra sem colocar mais pressão nabiodiversidade, enquanto evitam tecnologiascom riscos significativamente negativos parao futuro. O desenvolvimento de fontes deenergia de baixo impacto desempenhará umpapel importante, assim como uma mudançapara uma produção sustentável daagricultura e alimentos e sistemas dedistribuição.

São particularmente necessárioseconomistas em particular para estimarquanto da nossa base de recurso financeiroglobal, humano e ecológico será necessáriapara mudar a actual trajectória dahumanidade para um caminho quepermanecerá dentro da capacidade biológicado planeta.

crises ambientais e as suas consequênciassocioeconómicas. Podem ser utilizadas paraestabelecer linhas de base, definir objectivose monitorizar o sucesso ou o fracasso dasestratégias de sustentabilidade, como mostraa Figura 30.

A utilidade da gestão de medidas decontabilidade como o Índice Planeta Vivo ea Pegada Ecológica, é certificada pela suarecente adopção como indicadores para osobjectivos de 2010 da Convenção sobre aDiversidade Biológica. Complementada pormedidas que localizam outros aspectoschave da biosfera e do bem-estar humano,ajudam a fornecer o conjunto completo deinformação necessária para nos manter noobjectivo, já que inventamos o caminho paraum futuro sustentável.

Conduzir a sustentabilidade através dainovaçãoQue estratégias irão ter sucesso? Estratégias

de sustentabilidade eficazes convidam àparticipação e estimulam a capacidadehumana. Tais estratégias suscitam imagensde um futuro atractivo e trabalham paraconstruir um consenso. Estas são ascaracterísticas comuns de concepçõesurbanísticas pioneiras de sucesso comoCuritiba no Brasil, Gaviotas e Bogotá naColômbia e BedZed no Reino Unido.

Abordagens inovadoras são chamadas parasatisfazer as necessidades humanas se nosmovermos para além da crença de que ummaior bem-estar implica necessariamentemais consumo, especialmente nassociedades onde as necessidades básicas jáestão a ser satisfeitas. O pensamento dossistemas tem um papel importante: ajuda aidentificar sinergias e a assegurar que assoluções propostas provocam uma reduçãototal da pegada, em vez de simplesmentedeslocar a exigência de um ecossistema paraoutro.

RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

Figura 32

Catalisar a transição para a sustentabilidade

depende do feedback do melhoramento contínuo.

CE

RIO

S

Fig.32: CATALISAR A TRANSIÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE

EndingOvershoot

Assess SituationDetermine extent of human

overshoot by measuring humandemand on and availability of

biocapacity

Explore OptionsDevelope scenarios for ending

overshoot. Evaluate each scenario’secological and economic risks.

Determine investment needs, andways to share cost and benefits.

Choose StrategyEngage in public process that helps

choose most attractive scenario.Invite participation and build publicwill for implementation. Legislate

targets and timetables.

Implement StrategyAllocate necessary resources and

designate authority forimplementation.

Monitor ProgressEvaluate implementation and

compare overshoot reductions withset targets.

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O One Planet Living (Vivência PlanetaÚnico) é uma iniciativa lançada pela WWFem parceria com o BioRegional(www.bioregional.com) par a promover osconceitos de desenvolvimento sustentável ede pegada ecológica. O One Planet Livingestá baseado em 10 princípios distintivos dasustentabilidade e representa uma sériatentativa de tornar a vivência dentro doslimites naturais do planeta mais fácil,suportável e atractiva.

Na altura da primeira crise petrolífera, noinício da década de 70, a humanidade noseu todo ultrapassou o ponto em que viviadentro do limite da capacidade desustentação natural da Terra. A nossa pegadaglobal cresceu em 150% entre 1961 e 2003,atingindo um nível de 25% acima dacapacidade biológica do planeta. Colocadode outra forma, enquanto que em 1961, nósconsumíamos aproximadamente metade dosrecursos renováveis da Terra por ano, a raçahumana exige agora os recursos de umplaneta inteiro e mais um quarto de outropara sobreviver. Se pretendermos viver deuma forma sustentável no futuro,necessitamos reduzir drasticamente o nossoconsumo global de matérias-primas ecombustíveis fósseis - a nossa pegadaecológica - ao nível de um planeta.Sobre a nossa pegada ecológica: A pegadaecológica consiste na medição dos recursosnaturais renováveis utilizados pelaHumanidade. Pode ser expressa em número

de planetas, em que um planeta equivale àcapacidade produtiva biológica total daTerra num ano. Actualmente, o nível deconsumo dos recursos naturais é superior àcapacidade produtiva, o que resulta doesgotamento do capital natural do planeta,mas esta situação não pode serindefinidamente sustentável.

A maioria do excesso do consumo aconteceno mundo desenvolvido. Se todas as pessoasno planeta apresentassem um nível deconsumo tão alto como a média doseuropeus, precisaríamos de três planetaspara nos sustentar; e se toda a gente tivesseum nível de consumo como a média dosNorte-americanos, precisaríamos de cincoplanetas. Isso é claramente insustentável.Com efeito, o desafio que todos nósenfrentamos é: como podem as pessoas emtodo o lado usufruir de um alto nível dequalidade de vida dentro dos limites dacapacidade de um planeta?

RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

O N E P L A N E T L I V I N GU M A R E S P O S T A A O R E L A T Ó R I O P L A N E T A V I V O

Padrão de consumo Europeu

Os 10 Princípios de Sustentabilidade One Planet Living

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da WWF. Os residentes do BedZEDapresentam uma pegada ecológica demetade da pegada média do Reino Unido, eos requisitos para o aquecimento das casasBedZED são de cerca de 10% daquelesrequeridos para uma casa típica. A experiência do BedZED temdesempenhado um papel importante noapoio à iniciativa One Planet Living, no querespeita ao fornecimento de soluçõesespecializadas e credíveis aos governos e àsempresas relativamente ao desenvolvimentode produtos sustentáveis, serviços epolíticas que funcionam. Desde o seu início,a iniciativa de desenvolvimento temrecebido 15.000 visitantes, dentro os quaisencontramos ministérios governamentais,líderes de autoridades locais, agentes dedesenvolvimento e cidadãos inspirados pelavisão prática e optimista de um futurosustentável, que o BedZED oferece.

Com este objectivo, encontramo-nos atrabalhar com empresas, governos e outrosparceiros com vista ao fornecimento desoluções positivas para fazer parar a nossadívida ecológica crescente e ajudar aresponder ao conjunto das necessidadeshumanas de forma sustentável. Isso incluireunir um conjunto de empresas,organizações e entidades individuais paraformar uma rede mundial das comunidadesOne Planet Living, no sentido dedemonstrar como as pessoas em todo omundo podem melhorar a sua qualidade devida utilizando uma parte justa dos recursosda Terra - One Planet Living em acção.Estamos actualmente a criar centros OnePlanet Living, em cada comunidade, comocentros de instrução e desenvolvimentoprofissional contínuo, e a desenvolveriniciativas específicas como a “One PlanetProducts” (Produtos Planeta Único) paraajudar as empresas a atingirem os objectivosde sustentabilidade fixados. Nós estamos a

promover a exigência imperativa para o OnePlanet Living e as suas directrizes paradespoletar a mudança com os governos,empresas e entidades individuais.

BedZedO vencedor de vários prémios “BeddingtonZero Energy Development”, ou “BedZed”, éa maior ecocidade do Reino Unido. Criadopelo BioRegional, o BedZed foi apoiadopela WWF, desenvolvido pela Peabody Truste concebido pela Bill Dunster Architects.Localizado em Wallington, no Sul deLondres, o BedZED inclui 100 casas,instalações comunitárias e um espaço detrabalho para 300 pessoas. Os residentesestão a viver no BedZED desde Março de2002.

O BedZED é um exemplo da forma como aspessoas podem seguir um estilo de vida“One Planet Living” de alta qualidade eveio inspirar a iniciativa conjunta OPL junto

RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

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Crédito Marcus Lyons/BioRegional

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“A excelência ambiental estará de mãos dadas com o desempenho desportivo nosJogos Olímpicos de Londres 2012”

Sebastian Coe

Campeão olímpico e Presidente do Comité de proposta para os Jogos de Londres 2012

transformar as zonas circundantes, situadasa Leste de Londres, que incluem algumasdas áreas mais pobres e fisicamentedestituídas do Reino Unido, num novoquarteirão urbano sustentável da capital.

Outros pontos principais incluem:- Criação do maior parque urbano na Europapara um período de 150 anos- Mais de 120 hectares de novos espaçosverdes de alta qualidade- 6 km de corredor fluvial na parte Este doparque olímpico de Londres - Um aumento de 66% em termos de espaçoaberto ao público- Serviços integrados de energia, resíduos eágua e infra-estruturas no sentido demelhorar as condições de vida e oinvestimento empresarial interno no distritodo parque olímpico.

Para mais informações sobre os JogosOlímpicos de Londres 2012 consultarwww.london2012.com

A estratégia de sustentabilidade One PlanetLiving, adoptada pela vencedora PropostaOlímpica de Londres 2012, irá tornar osjogos de uma tal forma sustentável quenunca foi presenciada pelo mundo.O BioRegional e a WWF trabalharam emconjunto com a equipa responsável pelaárea do ambiente do Londres 2012 nosentido de criar uma estratégia para osJogos que impressionou os peritosambientais independentes e acredita-se terajudado a influenciar a decisão do ComitéOlímpico Internacional. O relatório“Towards a One Planet Olympics” (Emdirecção às Olimpíadas Vivência Única),elaborado pelo BioRegional e a WWF,apresenta soluções relativas a estratégias deresíduos zero e baixo carbono, redes defornecimento local, transporte sustentável,biodiversidade da vida selvagem e umlegado contínuo para uma comunidadesustentável.

O “One Planet Olympics” (OlimpíadasVivência Única) de Londres 2012 irãoimplementar uma variedade de estratégias

de sustentabilidade com base nos 10princípios do One Planet Living, incluindo:- o Jogos baixo carbono - reduzir a procuraenergética, conseguida a partir do carbonozero/baixo nível de carbono e das fontesrenováveis, e demonstrar como os JogosOlímpicos se estão a adaptar a um mundocada vez mais afectado pelo clima;- o Jogos resíduos zero - evitar as lixeiras,reduzindo os resíduos na origem, seguindo-se a reutilização, reciclagem e recuperaçãodos resíduos restantes;- o Conservação da biodiversidade -conservar os habitats naturais e a vidaselvagem, melhorar a qualidade dos espaçosverdes urbanos e aproximar a natureza daspessoas;- o Transporte sustentável - reduzir anecessidade de viajar e fornecer alternativassustentáveis para os veículos motorizadosprivados;- o Legado sustentável - promover a saúde eo bem-estar através de um pacote integradode iniciativas desportivas, ambientais eculturais e o investimento no ambienteconstruído. O novo parque olímpico irá também

RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

O N E P L A N E T O L Y M P I C S - L O N D R E S 2 0 1 2

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31RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

O projecto global principal da iniciativaOne Planet Living tem início previsto para2007. O desenvolvimento da Mata deSesimbra consiste num excitante programade desenvolvimento de 1,1 mil milhões de Ûque irá construir 8.000 novas casas, hotéis,lojas e instalações de lazer e comunitáriascarbono e resíduos zero para mais de 25.000pessoas perto de Lisboa. O projecto foiconcebido para mostrar aos decisorespolíticos, empresas e mercados, e a todas aspessoas, que a vivência sustentável é viávele desejável.

O plano director do projecto foidesenvolvido pela empresa portuguesaPelicano (www.pelicano.pt). A WWF e oBioRegional trabalharam em conjunto coma Pelicano para desenvolver o Plano deAcção Sustentável que estabelece osgrandes objectivos de acordo com cada umdos 10 princípios do One Planet Living. Aimplementação de cada um deles serácontrolada cautelosamente.

O desenvolvimento irrompe o molde doeco-alojamento em vários aspectos. Oscustos destas casas e apartamentos de altatecnologia, ambos para construir e paracomprar, serão os mesmos que osnecessários para qualquer desenvolvimento“convencional”. O projecto irá trazergrandes benefícios, ambos sociais eambientais, para a região, através de:restituição, para a floresta nativa, de 4.800

hectares de plantações degradadas epedreiras mediante um programa dereplantação e conservação no valor de 120milhões de Û;

criação de uma rede pública de transportessustentável, no valor de 90 milhões de Û,para a região, incluindo um sistema demetropolitano ligeiro, a construção de linhasexclusivas para um novo parque decomboios ecológicos de pequeno curso,bicicletas gratuitas e um clube automóvel; apoio aos pescadores locais e à comunidade

agrícola através da formação e acreditaçãode produtores e fornecedores, como parte deum programa de classificação “OPLProducers” (Produtores OPL); promoção do crescimento de novas

empresas de altas tecnologias, incluindo aprimeira linha europeia de produção paramateriais de construção sustentáveis“ecobloco”; apoio à regeneração urbana em áreas

circundantes de baixo rendimento; e criação de fundos no sentido de ajudar na

recuperação de algumas das espécies dopaís que se encontram em maior perigo,através da aplicação de um “imposto verde”na venda de casas e nas reservas de quartosde hotel. A parceria entre a WWF e o BioRegionalcom os agentes de desenvolvimento locais,as autoridades e os peritos ambientais irácriar a primeira comunidade mundialsustentável e verificável. De acordo com odepartamento de estatística nacional dogoverno português, prevê-se que o projectovenha criar mais de 11.000 novos postos detrabalho.

Um inquérito à opinião pública, realizadopor uma empresa-líder de sondagem deopinião, revelou um grande apoio por parteda população local ao programa e ao papel

de inovação da WWF e do BioRegional noâmbito da iniciativa. Cerca de 10.000pessoas, de todo o mundo, escreveram aoslíderes do governo local expressando o seuapoio ao projecto.

A WWF e o BioRegional encontram-se atrabalhar em conjunto com empresas einstituições políticas com vista aodesenvolvimento de uma série de outrascomunidades OPL importantes em cadacontinente do globo, de modo a projectar anossa visão de uma sociedade sustentável eencorajar outras entidades a apoiar e investirnum futuro One Planet Living.

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M A T A D E S E S I M B R A A P R I M E I R A C O M U N I D A D E M U N D I A L O N E P L A N E T L I V I N G

Moradia protótipo Pelicano

Início trabalhos de reflorestação de areeiros naMata de Sesimbra

Magnus Sylven (Director WWF Europa) com JoséMiguel Caetano (Presidente AFLOPS)

Consulta Pública em Sesimbra

Livro One Planet Living

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32 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

PAÍS/REGIÃO

População(milhões)

PegadaEcológica

Total

Zona deCultivo

Zona dePasto

Floresta:madeira,

pasta e papel

Floresta:lenha

Zona dePesca

CO2 decombustíveis

fósseis

Nuclear ZonasUrbanizadas1

Captaçõeságua

p/pessoa(‘000m3/ano)2

Pegada Ecológica (hectares globais por pessoa, em 2003 hag)

MUNDO 6 301.5 2.23 0.49 0.14 0.17 0.06 0.15 1.06 0.08 0.08 618

Países Alto Rendimento 955.6 6.4 0.80 0.29 0.71 0.02 0.33 3.58 0.46 0.25 957Países Rend. Intermédio 3 011.7 1.9 0.47 0.17 0.11 0.05 0.15 0.85 0.03 0.07 552Países Baixo Rendimento 2 303.1 0.8 0.34 0.04 0.02 0.08 0.04 0.21 0.00 0.05 550

ÁFRICA 846.8 1.1 0.42 0.09 0.05 0.13 0.05 0.26 0.00 0.05 256Algéria 31.8 1.6 0.47 0.10 0.05 0.05 0.02 0.85 0.00 0.04 194Angola 13.6 1.0 0.44 0.09 0.06 0.05 0.13 0.18 0.00 0.05 27Benin 6.7 0.8 0.57 0.02 0.04 0.00 0.05 0.09 0.00 0.05 20Botswana 1.8 1.6 0.30 0.36 0.06 0.07 0.04 0.66 0.00 0.10 110Burkina Faso 13.0 1.0 0.58 0.13 0.06 0.09 0.01 0.06 0.00 0.06 63Burundi 6.8 0.7 0.31 0.03 0.03 0.24 0.01 0.02 0.00 0.04 44Camarões 16.0 0.8 0.39 0.10 0.02 0.12 0.06 0.08 0.00 0.06 63República Central Africana 3.9 0.9 0.34 0.29 0.02 0.10 0.02 0.03 0.00 0.07 –Chade 8.6 1.0 0.49 0.22 0.06 0.15 0.05 0.00 0.00 0.07 28Congo 3.7 0.6 0.25 0.03 0.01 0.06 0.13 0.09 0.00 0.05 13República Dem. do Congo 52.8 0.6 0.17 0.01 0.03 0.26 0.03 0.02 0.00 0.05 7Costa do Marfim 16.6 0.7 0.33 0.06 0.04 0.10 0.05 0.11 0.00 0.07 57Egipto 71.9 1.4 0.51 0.01 0.04 0.05 0.11 0.51 0.00 0.12 969Eritreia 4.1 0.7 0.34 0.09 0.00 0.06 0.05 0.13 0.00 0.04 75Etiópia 70.7 0.8 0.28 0.16 0.03 0.26 0.00 0.05 0.00 0.04 81Gabão 1.3 1.4 0.47 0.05 0.35 0.16 0.29 0.00 0.00 0.06 92Gâmbia 1.4 1.4 0.67 0.07 0.06 0.09 0.20 0.26 0.00 0.03 22Gana 20.9 1.0 0.45 0.02 0.03 0.20 0.17 0.04 0.00 0.05 48Guiné 8.5 0.9 0.37 0.07 0.05 0.27 0.06 0.06 0.00 0.06 181Guiné-Bissau 1.5 0.7 0.32 0.09 0.07 0.06 0.02 0.06 0.00 0.04 121Quénia 32.0 0.8 0.23 0.20 0.04 0.13 0.03 0.15 0.00 0.04 50Lesotho 1.8 0.8 0.32 0.21 0.00 0.23 0.00 0.01 0.00 0.02 28Libéria 3.4 0.7 0.24 0.01 0.00 0.32 0.04 0.01 0.00 0.06 34Líbia 5.6 3.4 0.54 0.17 0.04 0.02 0.08 2.53 0.00 0.04 784Madagáscar 17.4 0.7 0.27 0.11 0.01 0.12 0.08 0.07 0.00 0.06 884Malaui 12.1 0.6 0.32 0.02 0.03 0.08 0.02 0.04 0.00 0.04 85Mali 13.0 0.8 0.40 0.23 0.02 0.08 0.04 0.01 0.00 0.06 519Mauritânia 2.9 1.3 0.36 0.31 0.00 0.11 0.10 0.32 0.00 0.07 606Maurícias 1.2 1.9 0.44 0.07 0.14 0.00 0.28 0.77 0.00 0.17 504Marrocos 30.6 0.9 0.54 0.00 0.04 0.00 0.06 0.23 0.00 0.00 419Moçambique 18.9 0.6 0.28 0.03 0.02 0.18 0.05 0.03 0.00 0.04 34Namíbia 2.0 1.1 0.36 0.06 0.00 0.00 0.26 0.34 0.00 0.12 153Níger 12.0 1.1 0.75 0.11 0.03 0.14 0.00 0.05 0.00 0.03 189Nigéria 124.0 1.2 0.64 0.05 0.05 0.10 0.05 0.22 0.00 0.05 66Ruanda 8.4 0.7 0.38 0.04 0.04 0.12 0.00 0.03 0.00 0.04 18Senegal 10.1 1.2 0.48 0.18 0.07 0.10 0.15 0.13 0.00 0.04 225

T A B E L A S

Tabela 2: A PEGADA ECOLÓGICA E A BIOCAPACIDADE, 2003

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33RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

1.78 0.53 0.27 0.78 0.14 -0.45 14 -25 0.74 – 10 MUNDO

3.3 1.10 0.19 1.48 0.31 -3.12 40 -14 0.91 – 10 Países Alto Rendimento2.1 0.50 0.31 1.05 0.15 0.18 14 -11 0.77 – 5 Países Rend. Intermédio0.7 0.31 0.17 0.12 0.05 -0.09 8 -48 0.59 – 10 Países Baixo Rendimento

1.3 0.37 0.51 0.27 0.08 0.24 -2 -42 – – 4 ÁFRICA0.7 0.29 0.35 0.00 0.01 -0.9 51 -45 0.72 43 52 Algéria3.4 0.24 2.35 0.29 0.44 2.4 35 -51 0.45 – 0 Angola0.9 0.64 0.06 0.09 0.04 0.1 -7 -1 0.43 42 0 Benin4.5 0.30 3.04 1.11 0.00 3.0 70 -51 0.57 12 2 Botswana1.0 0.59 0.23 0.11 0.00 0.0 19 1 0.32 25 6 Burkina Faso0.6 0.28 0.21 0.06 0.01 -0.1 -28 -44 0.38 33 2 Burundi1.3 0.59 0.14 0.43 0.07 0.4 -16 -46 0.50 19 0 Camarões3.7 0.61 0.71 2.26 0.00 2.8 -5 -38 0.36 35 – Rep. África Central2.5 0.48 1.81 0.13 0.05 1.5 6 -45 0.34 27 1 Chade7.8 0.20 3.88 3.52 0.15 7.2 -34 -54 0.51 13 0 Congo1.5 0.16 0.36 0.90 0.02 0.9 -19 -52 0.39 -7 0 Rep. Dem. Congo2.0 0.74 0.74 0.40 0.03 1.2 -28 -43 0.42 3 1 Costa do Marfim0.5 0.30 0.00 0.00 0.06 -0.9 49 1 0.66 50 117 Egipto0.5 0.09 0.30 0.00 0.08 -0.2 -17 -53 0.44 – 5 Eritreia0.5 0.23 0.16 0.11 0.00 -0.3 -5 -51 0.37 – 5 Etiópia

19.2 0.47 4.80 12.16 1.69 17.8 6 -50 0.64 – 0 Gabão0.8 0.33 0.15 0.07 0.25 -0.5 64 -53 0.47 65 0 Gâmbia1.3 0.49 0.34 0.35 0.07 0.3 1 -36 0.52 18 2 Gana2.8 0.28 1.10 0.97 0.35 1.8 -13 -45 0.47 – 1 Guiné2.9 0.37 0.43 0.56 1.49 2.2 -17 -52 0.35 36 1 Guiné-Bissau0.7 0.20 0.35 0.04 0.03 -0.2 -5 -50 0.47 3 5 Quénia1.1 0.14 0.91 0.00 0.00 0.3 -16 -34 0.50 8 2 Lesoto3.1 0.20 0.83 1.75 0.27 2.4 -20 -50 – – 0 Libéria1.0 0.34 0.27 0.02 0.31 -2.4 13 -43 0.80 – 711 Líbia2.9 0.25 1.16 1.23 0.21 2.2 -19 -49 0.50 24 4 Madagáscar0.5 0.27 0.11 0.03 0.02 -0.1 -33 -39 0.40 3 6 Malaui1.3 0.43 0.76 0.03 0.04 0.5 -13 -39 0.75 – 7 Mali5.8 0.17 4.15 0.00 1.37 4.5 31 -44 0.33 45 15 Mauritânia1.2 0.20 0.00 0.01 0.82 -0.7 80 -16 0.48 40 22 Maurícias0.8 0.40 0.00 0.11 0.27 -0.1 4 -31 0.63 47 43 Marrocos2.1 0.21 1.39 0.40 0.03 1.4 -3 -38 0.38 – 0 Moçambique4.4 0.60 1.98 0.00 1.74 3.3 26 -48 0.63 – 2 Namíbia1.5 0.80 0.67 0.04 0.01 0.4 -17 -43 0.28 29 6 Níger0.9 0.53 0.23 0.09 0.03 -0.2 4 -32 0.45 42 3 Nigéria0.5 0.31 0.09 0.08 0.00 -0.1 -19 -32 0.45 32 2 Ruanda0.9 0.33 0.26 0.09 0.14 -0.3 -19 -56 0.46 47 6 senegal

BiocapacidadeTotal

Zona de Cultivo

Zona de Pasto

Floresta Zona de Pesca

ReservaEcológica ou

défice (-)(ha global/pessoa)

Mudança daPegada por

pessoa(%) 1975-20034,5

Mudança daBiocapacidade

por pessoa(%) 1975-20034,5

Índice deDesen.

Humano20036

Mudança emHDI

(%) 1975-20036

Captações deÁgua

(% recursos totais)2

Biocapacidade (hectares globais por pessoa, em 2003, hag)

PAÍS/REGIÃO

DA

DO

S E

T AB

ELA

S

Page 36: R ELATÓRIO P LANETA V IVO 2006 · 2012-01-03 · estar no futuro. Os cenários mostram de que forma as escolhas que fazemos podem levar a uma sociedade sustentável, vivendo em harmonia

34 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

Serra Leoa 5.0 0.7 0.29 0.03 0.02 0.22 0.08 0.04 0.00 0.05 80Somália 9.9 0.4 0.01 0.18 0.01 0.21 0.00 0.00 0.00 0.00 347Rep. África do Sul 45.0 2.3 0.38 0.23 0.12 0.05 0.05 1.35 0.06 0.05 279Sudão 33.6 1.0 0.44 0.23 0.05 0.10 0.01 0.11 0.00 0.07 1 135Suazilândia 1.1 1.1 0.42 0.25 0.05 0.10 0.03 0.23 0.00 0.06 –Tanzânia 37.0 0.7 0.28 0.11 0.04 0.12 0.04 0.05 0.00 0.07 143Togo 4.9 0.9 0.41 0.04 0.03 0.23 0.04 0.08 0.00 0.04 35Tunísia 9.8 1.5 0.61 0.04 0.08 0.04 0.11 0.65 0.00 0.01 271Uganda 25.8 1.1 0.53 0.05 0.09 0.28 0.04 0.05 0.00 0.05 12Zâmbia 10.8 0.6 0.19 0.07 0.05 0.13 0.04 0.09 0.00 0.05 163Zimbabwe 12.9 0.9 0.28 0.13 0.05 0.13 0.01 0.22 0.00 0.03 328

MÉDIO ORIENTE 346.8 2.2 0.49 0.13 0.07 0.00 0.07 1.35 0.00 0.07 1 147E ÁSIA CENTRALAfeganistão 23.9 0.1 0.01 0.04 0.05 0.01 0.00 0.01 0.00 0.00 1 014Arménia 3.1 1.1 0.44 0.19 0.02 0.00 0.01 0.39 0.00 0.04 960Azerbeijão 8.4 1.7 0.44 0.09 0.05 0.00 0.00 1.09 0.00 0.07 2 079Geórgia 5.1 0.8 0.44 0.23 0.00 0.00 0.00 0.07 0.00 0.04 697Irão 68.9 2.4 0.52 0.13 0.04 0.00 0.08 1.52 0.00 0.09 1 071Iraque 25.2 0.9 0.10 0.02 0.00 0.00 0.00 0.75 0.00 0.00 1 742Israel 6.4 4.6 0.88 0.12 0.29 0.00 0.37 2.88 0.00 0.07 325Jordânia 5.5 1.8 0.49 0.07 0.08 0.01 0.20 0.82 0.00 0.09 190Kazaquistão 15.4 4.0 0.82 0.30 0.05 0.00 0.02 2.72 0.00 0.05 2 263Kuwait 2.5 7.3 0.42 0.05 0.12 0.00 0.19 6.38 0.00 0.18 180Kirzigistão 5.1 1.3 0.50 0.34 0.02 0.00 0.00 0.29 0.00 0.10 1 989Líbano 3.7 2.9 0.68 0.07 0.18 0.00 0.08 1.85 0.00 0.05 384Arábia Saudita 24.2 4.6 0.56 0.18 0.11 0.00 0.15 3.43 0.00 0.20 736Síria 17.8 1.7 0.54 0.14 0.05 0.00 0.03 0.90 0.00 0.07 1 148Taziquistão 6.2 0.6 0.26 0.08 0.01 0.00 0.00 0.22 0.00 0.06 1 931Turquia 71.3 2.1 0.70 0.13 0.15 0.01 0.06 0.93 0.00 0.08 534Turquemenistão 4.9 3.5 0.74 0.23 0.01 0.00 0.01 2.39 0.00 0.09 5 142Emiratos Árabes Unidos 3.0 11.9 1.27 0.12 0.39 0.00 0.97 9.06 0.00 0.07 783Uzebequistão 26.1 1.8 0.30 0.19 0.02 0.00 0.00 1.25 0.00 0.07 2 270Iémen 20.0 0.8 0.26 0.12 0.01 0.00 0.09 0.31 0.00 0.05 343

ÁSIA - PACÍFICO 3 489.4 1.3 0.37 0.07 0.07 0.04 0.15 0.57 0.02 0.06 583Austrália 19.7 6.6 1.17 0.87 0.53 0.03 0.28 3.41 0.00 0.28 1 224Bangladesh 146.7 0.5 0.25 0.00 0.00 0.04 0.07 0.09 0.00 0.05 552Cambodja 14.1 0.7 0.24 0.10 0.01 0.14 0.14 0.06 0.00 0.04 295China 1 311.7 1.6 0.40 0.12 0.09 0.03 0.17 0.75 0.01 0.07 484Índia 1 065.5 0.8 0.34 0.00 0.02 0.06 0.04 0.26 0.00 0.04 615Indonésia 219.9 1.1 0.34 0.05 0.05 0.07 0.23 0.26 0.00 0.06 381Japão 127.7 4.4 0.47 0.09 0.37 0.00 0.52 2.45 0.38 0.07 694Coreia 22.7 1.4 0.37 0.00 0.05 0.05 0.09 0.84 0.00 0.05 400Rep. Coreia 47.7 4.1 0.46 0.06 0.35 0.01 0.63 1.96 0.52 0.05 392Laos 5.7 0.9 0.32 0.13 0.01 0.21 0.08 0.05 0.00 0.10 543

PAÍS/REGIÃO

População(milhões)

PegadaEcológica

Total

Zona deCultivo

Zona dePasto

Floresta:madeira,

pasta e papel

Floresta:lenha

Zona dePesca

CO2 decombustíveis

fósseis

Nuclear ZonasUrbanizadas1

Captaçõeságua

p/pessoa(‘000m3/ano)2

Pegada Ecológica (hectares globais por pessoa, em 2003 hag)

Page 37: R ELATÓRIO P LANETA V IVO 2006 · 2012-01-03 · estar no futuro. Os cenários mostram de que forma as escolhas que fazemos podem levar a uma sociedade sustentável, vivendo em harmonia

35RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

1.1 0.17 0.46 0.10 0.29 0.4 -26 -39 0.30 – 0 Serra Leoa0.7 0.00 0.63 0.02 0.07 0.3 -38 -54 – – 22 Somália2.0 0.53 0.73 0.52 0.21 -0.3 -13 -23 0.66 0 25 Rep. África do Sul1.8 0.53 1.07 0.10 0.01 0.8 -6 -44 0.51 47 58 Sudão1.1 0.25 0.74 0.00 0.00 -0.1 -35 -46 0.50 -6 – Swazilândia1.3 0.22 0.85 0.11 0.04 0.6 -20 -51 0.42 – 5 Tanzânia0.8 0.50 0.18 0.05 0.01 -0.1 -4 -56 0.51 21 1 Togo0.8 0.56 0.00 0.02 0.18 -0.8 38 -36 0.75 47 57 Tunísia0.8 0.47 0.22 0.06 0.04 -0.2 -27 -50 0.51 – 0 Uganda3.4 0.41 1.99 0.95 0.03 2.8 -30 -49 0.39 -2 2 Zâmbia0.8 0.19 0.52 0.03 0.01 -0.1 -12 -54 0.50 -7 21 Zimbabwe

1.0 0.46 0.27 0.11 0.08 -1.2 -19 20 – – 46 MÉDIO ORIENTEE ÁSIA CENTRAL

0.3 0.00 0.27 0.04 0.00 0.2 -45 -32 – – 36 Afeganistão0.6 0.27 0.20 0.09 0.00 -0.5 -76 -78 0.76 – 28 Arménia1.2 0.44 0.25 0.13 0.34 -0.5 -62 -56 0.73 – 57 Azerbeijão1.2 0.26 0.33 0.58 0.01 0.5 -83 -55 0.73 – 6 Geórgia0.8 0.49 0.13 0.01 0.09 -1.6 62 -35 0.74 30 53 Irão0.0 0.00 0.03 0.00 0.00 -0.8 30 -51 – – 57 Iraque0.4 0.23 0.01 0.04 0.03 -4.2 35 -45 0.92 15 123 Israel0.3 0.14 0.02 0.00 0.00 -1.5 77 19 0.75 – 115 Jordânia4.1 1.21 2.19 0.30 0.34 0.1 -14 48 0.76 – 32 Kazaquistão0.3 0.03 0.01 0.00 0.09 -7.0 44 -28 0.84 11 2 200 Kuwait1.4 0.52 0.74 0.01 0.00 0.1 -73 -50 0.70 – 49 Kirgistão0.3 0.21 0.00 0.00 0.01 -2.6 141 -2 0.76 – 31 Libano1.0 0.45 0.15 0.00 0.14 -3.7 203 -22 0.77 28 722 Arábia Sáudita0.8 0.59 0.13 0.00 0.00 -0.9 32 -36 0.72 34 76 Síria0.5 0.31 0.16 0.01 0.00 -0.1 -86 -80 0.65 – 75 Tajiquistão1.4 0.77 0.12 0.38 0.02 -0.7 10 -39 0.75 28 18 Turquia3.6 0.72 2.18 0.02 0.54 0.1 -24 29 0.74 – 100 Turquemenistão0.8 0.14 0.00 0.00 0.62 -11.0 205 -77 0.85 26 1 533 Emiratos Árabes Unidos 0.8 0.43 0.23 0.00 0.04 -1.1 -60 -72 0.70 – 116 Uzebequistão0.4 0.11 0.11 0.00 0.12 -0.5 20 -60 0.49 – 162 Iémen

0.7 0.34 0.08 0.17 0.11 -0.6 38 -18 – – 13 ÁSIA-PACÍFICO12.4 4.26 1.83 3.34 2.73 5.9 -7 -28 0.96 13 5 Austrália0.3 0.19 0.00 0.00 0.06 -0.2 -1 -20 0.52 51 7 Bangladesh0.9 0.32 0.12 0.18 0.21 0.1 -7 0 0.57 – 1 Cambodja0.8 0.34 0.12 0.16 0.09 -0.9 82 -3 0.76 44 22 China0.4 0.29 0.00 0.02 0.03 -0.4 16 -23 0.60 46 34 Índia1.0 0.36 0.07 0.26 0.27 0.0 36 -20 0.70 49 3 Indonésia0.7 0.13 0.00 0.41 0.13 -3.6 30 -16 0.94 10 21 Japão0.7 0.24 0.00 0.29 0.09 -0.8 -19 -30 – – 12 Coreia0.5 0.13 0.00 0.08 0.27 -3.5 143 -35 0.90 27 27 Rep. da Coreia1.3 0.33 0.21 0.64 0.07 0.4 1 -24 0.55 – 1 Laos

DA

DO

S E

TAB

ELA

S

BiocapacidadeTotal

Zona de Cultivo

Zona de Pasto

Floresta Zona de Pesca

ReservaEcológica ou

défice (-)(ha global/pessoa)

Mudança daPegada por

pessoa(%) 1975-20034,5

Mudança daBiocapacidade

por pessoa(%) 1975-20034,5

Índice deDesen.

Humano20036

Mudança emHDI

(%) 1975-20036

Captações deÁgua

(% recursos totais)2

Biocapacidade (hectares globais por pessoa, em 2003, hag)

PAÍS/REGIÃO

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36 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

Malásia 24.4 2.2 0.28 0.06 0.21 0.03 0.58 1.01 0.00 0.09 376Mongólia 2.6 3.1 0.25 1.72 0.12 0.01 0.00 0.93 0.00 0.05 172Mianmar 49.5 0.9 0.50 0.02 0.02 0.15 0.09 0.04 0.00 0.08 680Nepal 25.2 0.7 0.33 0.06 0.04 0.10 0.01 0.09 0.00 0.07 414Nova Zelândia 3.9 5.9 0.68 1.01 1.30 0.00 1.19 1.60 0.00 0.16 549Paquistão 153.6 0.6 0.27 0.00 0.02 0.03 0.02 0.21 0.00 0.05 1 130Papua Nova Guiné 5.7 2.4 0.99 0.05 0.00 0.19 0.00 1.02 0.00 0.11 13Filipinas 80.0 1.1 0.33 0.03 0.04 0.03 0.35 0.22 0.00 0.05 363Sri Lanka 19.1 1.0 0.29 0.03 0.02 0.06 0.28 0.27 0.00 0.05 667Tailândia 62.8 1.4 0.30 0.02 0.05 0.06 0.24 0.64 0.00 0.06 1 400Vietname 81.4 0.9 0.32 0.01 0.05 0.05 0.09 0.28 0.00 0.08 889

AMÉRICA LATINA 535.2 2.0 0.51 0.41 0.17 0.10 0.09 0.59 0.01 0.09 482E CARAÍBASArgentina 38.4 2.3 0.60 0.59 0.12 0.02 0.08 0.69 0.04 0.11 769Bolívia 8.8 1.3 0.38 0.43 0.05 0.05 0.01 0.34 0.00 0.08 166Brasil 178.5 2.1 0.55 0.60 0.29 0.15 0.06 0.37 0.02 0.10 336Chile 15.8 2.3 0.48 0.30 0.51 0.16 0.15 0.60 0.00 0.14 804Colômbia 44.2 1.3 0.32 0.31 0.05 0.05 0.05 0.42 0.00 0.09 246Costa Rica 4.2 2.0 0.43 0.25 0.35 0.17 0.05 0.64 0.00 0.11 655Cuba 11.3 1.5 0.62 0.11 0.06 0.03 0.05 0.62 0.00 0.05 728Rep. Dominicana 8.7 1.6 0.37 0.19 0.07 0.01 0.34 0.57 0.00 0.05 393Equador 13.0 1.5 0.29 0.34 0.08 0.08 0.09 0.55 0.00 0.06 1 326El Salvador 6.5 1.4 0.38 0.12 0.11 0.13 0.14 0.46 0.00 0.04 200Guatemala 12.3 1.3 0.34 0.11 0.04 0.25 0.08 0.40 0.00 0.06 167Haiti 8.3 0.6 0.32 0.05 0.02 0.05 0.01 0.08 0.00 0.02 120Honduras 6.9 1.3 0.30 0.17 0.06 0.25 0.01 0.41 0.00 0.07 127Jamaica 2.7 1.7 0.42 0.07 0.16 0.04 0.59 0.41 0.00 0.04 156México 103.5 2.6 0.69 0.34 0.12 0.07 0.08 1.18 0.02 0.06 767Nicarágua 5.5 1.2 0.40 0.11 0.01 0.22 0.09 0.29 0.00 0.07 244Panamá 3.1 1.9 0.44 0.29 0.04 0.08 0.15 0.83 0.00 0.06 268Paraguai 5.9 1.6 0.60 0.38 0.32 0.20 0.02 0.01 0.00 0.09 85Perú 27.2 0.9 0.39 0.16 0.04 0.05 0.12 0.00 0.00 0.10 752Trinidad e Tobago 1.3 3.1 0.42 0.07 0.18 0.01 0.38 2.08 0.00 0.00 239Uruguai 3.4 1.9 0.43 0.86 0.05 0.09 0.15 0.22 0.00 0.12 929Venezuela 25.7 2.2 0.35 0.34 0.04 0.03 0.18 1.15 0.00 0.09 –

AMÉRICA DO NORTE 325.6 9.4 1.00 0.46 1.20 0.02 0.22 5.50 0.55 0.44 1 630Canadá 31.5 7.6 1.14 0.40 1.14 0.02 0.15 4.08 0.50 0.18 1 470EUA 294.0 9.6 0.98 0.46 1.21 0.03 0.23 5.66 0.56 0.47 1 647

EUROPA (UE) 454.4 4.8 0.80 0.21 0.48 0.02 0.27 2.45 0.44 0.16 551Áustria 8.1 4.9 0.79 0.17 0.85 0.08 0.13 2.82 0.00 0.11 260Bélgica/Luxemburgo 10.8 5.6 0.91 0.17 0.32 0.01 0.24 2.75 0.88 0.34 836Rep. Checa 10.2 4.9 0.87 0.15 0.53 0.02 0.17 2.56 0.48 0.13 252Dinamarca 5.4 5.8 0.99 0.19 0.90 0.04 0.21 3.17 0.00 0.25 237

PAÍS/REGIÃO

População(milhões)

PegadaEcológica

Total

Zona deCultivo

Zona dePasto

Floresta:madeira,

pasta e papel

Floresta:lenha

Zona dePesca

CO2 decombustíveis

fósseis

Nuclear ZonasUrbanizadas1

Captaçõeságua

p/pessoa(‘000m3/ano)2

Pegada Ecológica (hectares globais por pessoa, em 2003 hag)

Page 39: R ELATÓRIO P LANETA V IVO 2006 · 2012-01-03 · estar no futuro. Os cenários mostram de que forma as escolhas que fazemos podem levar a uma sociedade sustentável, vivendo em harmonia

37RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

3.7 0.87 0.02 2.32 0.42 1.5 77 -35 0.80 29 2 Malásia11.8 0.30 11.04 0.45 0.00 8.7 -12 -46 0.70 – 1 Mongólia1.3 0.57 0.01 0.46 0.20 0.4 36 -6 0.58 – 3 Mianmar0.5 0.27 0.05 0.08 0.01 -0.2 9 -19 0.53 78 5 Nepal

14.9 3.34 4.40 6.59 0.45 9.0 28 -9 0.93 10 1 Nova Zelândia0.3 0.24 0.00 0.02 0.03 -0.3 -1 -41 0.53 45 76 Paquistão2.1 0.29 0.05 0.72 0.91 -0.3 88 -41 0.52 23 0 Papua Nova Guiné0.6 0.28 0.02 0.11 0.12 -0.5 6 -40 0.76 16 6 Filipinas0.4 0.21 0.02 0.04 0.05 -0.6 43 -20 0.75 24 25 Sri Lanka1.0 0.57 0.01 0.23 0.13 -0.4 60 -4 0.78 27 21 Tailândia0.8 0.40 0.01 0.14 0.16 -0.1 40 12 0.70 – 8 Vietname

5.4 0.70 0.96 3.46 0.21 3.4 21 -30 – – 2 AMÉRICA LATINA E CARAÍBAS

5.9 2.28 1.91 1.02 0.53 3.6 -18 -14 0.86 10 4 Argentina15.0 0.59 2.89 11.48 0.00 13.7 22 -37 0.69 34 0 Bolívia9.9 0.86 1.19 7.70 0.09 7.8 30 -27 0.79 23 1 Brasil5.4 0.51 0.49 2.51 1.73 3.0 54 -27 0.85 21 1 Chile3.6 0.24 1.42 1.83 0.01 2.3 19 -35 0.79 19 1 Colômbia1.5 0.41 0.69 0.24 0.04 -0.5 13 -25 0.84 12 2 Costa Rica0.9 0.52 0.10 0.15 0.04 -0.7 -2 4 0.82 – 22 Cuba0.8 0.30 0.25 0.20 0.03 -0.8 60 -36 0.75 21 16 Rep. Dominicana2.2 0.33 0.40 1.15 0.30 0.7 31 -36 0.76 20 4 Equador0.6 0.26 0.14 0.09 0.02 -0.8 73 -27 0.72 22 5 El Salvador1.3 0.36 0.30 0.53 0.01 0.0 42 -32 0.66 29 2 Guatemala0.3 0.14 0.04 0.03 0.03 -0.3 -10 -44 0.48 – 7 Haiti1.8 0.34 0.28 1.01 0.06 0.5 10 -49 0.67 29 1 Honduras0.5 0.19 0.04 0.11 0.09 -1.3 -2 6 0.74 7 4 Jamaica1.7 0.50 0.30 0.58 0.24 -0.9 50 -33 0.81 18 17 México3.5 0.62 1.02 1.74 0.09 2.4 -14 -47 0.69 18 1 Nicarágua2.5 0.30 0.57 1.50 0.10 0.6 10 -36 0.80 13 1 Panamá5.6 1.24 3.59 0.64 0.02 4.0 -3 -54 0.76 13 0 Paraguai3.8 0.33 0.55 2.45 0.39 3.0 -11 -34 0.76 19 1 Perú0.4 0.13 0.01 0.04 0.24 -2.7 43 -24 0.80 7 8 Trinidad e Tobago8.0 1.01 5.66 0.71 0.52 6.1 -30 5 0.84 11 2 Uruguai2.4 0.25 0.73 1.28 0.04 0.2 -4 -42 0.77 8 – Venezuela

5.7 1.87 0.28 2.68 0.43 -3.7 35 -21 – – 9 AMÉRICA DO NORTE14.5 3.37 0.26 9.70 1.08 6.9 11 -26 0.95 9 2 Canadá4.7 1.71 0.28 1.93 0.36 -4.8 38 -20 0.94 9 16 EUA

2.2 0.82 0.08 1.02 0.12 -2.6 31 0 0.92 – 14 EUROPA (UE)3.4 0.66 0.10 2.59 0.00 -1.5 46 -3 0.94 11 3 Áustria1.2 0.40 0.04 0.41 0.01 -4.4 38 5 0.95 † 42 Bélgica/Luxemburgo2.6 0.92 0.02 1.53 0.01 -2.3 -3 19 0.87 – 20 Rep. Checa3.5 2.02 0.01 0.45 0.80 -2.2 26 -2 0.94 8 21 Dinamarca

DA

DO

S E

TAB

ELA

S

BiocapacidadeTotal

Zona de Cultivo

Zona de Pasto

Floresta Zona de Pesca

ReservaEcológica ou

défice (-)(ha global/pessoa)

Mudança daPegada por

pessoa(%) 1975-20034,5

Mudança daBiocapacidade

por pessoa(%) 1975-20034,5

Índice deDesen.

Humano20036

Mudança emHDI

(%) 1975-20036

Captações deÁgua

(% recursos totais)2

Biocapacidade (hectares globais por pessoa, em 2003, hag)

PAÍS/REGIÃO

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38 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

NOTAS

Mundo: A população total inclui países que não constam da tabela.

A tabela inclui todos os países com populações de mais de 1 milhão, excepto Malta e

Chipre (0,4 e 0,8 milhões respectivamente), que estão incluídos como parte da UE-25, e

o Butão, Omã e Singapura, para os quais não havia dados suficientes para calcular a

Pegada Ecológica e dados sobre biocapacidade.

Países com rendimento alto: Austrália, Áustria, Bélgica/Luxemburgo, Canadá,

Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Rep.

Coreia, Kuwait, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, Arábia Saudita, Eslovénia,

Espanha, Suécia, Suíça, Emirados Arábes Unidos, Reino Unido, EUA.

Países com rendimento intermédio: Albânia, Algéria, Angola, Argentina, Arménia,

Azerbeijão, Bielorrússia, Bolívia, Bósnia-Herzegovina, Botswana, Brasil, Bulgária, Chile,

China, Colômbia, Costa Rica, Croácia, Cuba, República Checa, República Dominicana,

Equador, Egipto, El Salvador, Estónia, Gabão, Geórgia, Guatemala, Honduras, Hungria,

Indonésia, Irão, Iraque, Jamaica, Jordânia, Kazaquistão, LAtvia, Líbano, Líbia, Lituânia,

Macedónia, Malásia, Maurícias, México, Marrocos, Namíbia, Panamá, Paraguai, Perú,

Filipinas, Polónia, Roménia, Fed. Russa(e URSS em 1975), Sérvia e Montenegro,

Eslováquia, Rep. África do Sul, Sri Lanka, Swazilândia, Síria, Tailândia, Trinidad e

Tobago, Tunísia,Turquia, Turquemenistão, Ucrânia, Uruguai, Venezuela.

Países com rendimento baixo: Afeganistão, Bangladesh, Benin, Burkina Faso,

Burundi,Cambodja, Camarões, Rep. Central Africana, Chade, Congo, Rep.Democrática

do Congo, Costa do Marfim, Eritreia, Etiópia, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Haiti,

Índia, Quénia,Coreia, Kirziguistão, Laos, Lesoto, Libéria, Madagáscar, Malaui, Mali,

Mauritânia, Rep. Moldava, Mongólia, Moçambiquie, Mianmar, Nepal, Nicarágua, Níger,

Nigéria, Paquistão, Papua Nova Guiné, Ruanda, Senegal, Serra Leoa, Somália, Sudão,

Taziquistão, Tanzânia, Togo, Uganda, Uzebequistão, Vietname, Iemén, Zâmbia,

Zimbabwe.

Estónia 1.3 6.5 0.83 0.47 1.04 0.27 0.19 3.54 0.00 0.13 118Finlândia 5.2 7.6 0.83 0.20 2.02 0.15 0.29 3.07 0.93 0.14 476França 60.1 5.6 0.80 0.33 0.46 0.01 0.33 2.02 1.50 0.17 668Alemanha 82.5 4.5 0.73 0.18 0.48 0.01 0.12 2.45 0.41 0.17 571Grécia 11.0 5.0 0.95 0.24 0.29 0.02 0.28 3.17 0.00 0.05 708Hungria 9.9 3.5 0.78 0.11 0.29 0.05 0.11 1.79 0.24 0.12 770Irlanda 4.0 5.0 0.70 0.33 0.45 0.00 0.24 3.12 0.00 0.12 289Itália 57.4 4.2 0.71 0.17 0.42 0.02 0.25 2.52 0.00 0.07 772Latvia 2.3 2.6 0.87 0.91 0.16 0.04 0.10 0.45 0.00 0.06 129Lituânia 3.4 4.4 1.01 0.36 0.32 0.09 0.49 1.00 1.02 0.16 78Holanda 16.1 4.4 0.58 0.23 0.32 0.00 0.30 2.78 0.05 0.13 494Polónia 38.6 3.3 0.93 0.09 0.31 0.02 0.03 1.83 0.00 0.07 419Portugal 10.1 4.2 0.73 0.24 0.31 0.01 0.91 1.96 0.00 0.04 1 121Eslováquia 5.4 3.2 0.62 0.12 0.23 0.02 0.06 1.39 0.66 0.13 –Eslovénia 2.0 3.4 0.44 0.14 0.58 0.05 0.03 2.10 0.00 0.07 –Espanha 41.1 5.4 1.13 0.11 0.45 0.01 0.71 2.58 0.31 0.05 870Suécia 8.9 6.1 0.87 0.42 1.58 0.13 0.22 1.06 1.63 0.17 334Reino Unido 59.5 5.6 0.68 0.30 0.46 0.00 0.25 3.21 0.31 0.38 161

EUROPA NÃO UE 272.2 3.8 0.74 0.20 0.21 0.05 0.15 2.11 0.22 0.07 583Albânia 3.2 1.4 0.50 0.16 0.08 0.01 0.03 0.58 0.00 0.07 544Bielorrússia 9.9 3.3 0.91 0.23 0.19 0.02 0.11 1.77 0.00 0.08 281Bósnia Herzegovina 4.2 2.3 0.49 0.06 0.36 0.06 0.04 1.27 0.00 0.06 –Bulgária 7.9 3.1 0.75 0.09 0.12 0.06 0.01 1.45 0.50 0.13 1 318Croácia 4.4 2.9 0.69 0.04 0.38 0.04 0.06 1.67 0.00 0.07 –Macedónia 2.1 2.3 0.54 0.11 0.16 0.07 0.05 1.31 0.00 0.08 –Rep. Moldava 4.3 1.3 0.52 0.07 0.05 0.00 0.05 0.55 0.00 0.04 541Noruega 4.5 5.8 0.86 0.29 0.87 0.06 1.63 1.98 0.00 0.15 485Roménia 22.3 2.4 0.86 0.09 0.17 0.03 0.02 1.05 0.05 0.10 1 035Fed. Russa 143.2 4.4 0.76 0.23 0.24 0.06 0.19 2.64 0.22 0.06 532Sérvia e Montenegro 10.5 2.3 0.61 0.09 0.14 0.04 0.05 1.29 0.00 0.06 –Suíça 7.2 5.1 0.52 0.30 0.44 0.03 0.14 2.77 0.79 0.16 358Ucrânia 48.5 3.2 0.72 0.25 0.06 0.03 0.06 1.66 0.36 0.05 767

PAÍS/REGIÃO

População(milhões)

PegadaEcológica

Total

Zona deCultivo

Zona dePasto

Floresta:madeira,

pasta e papel

Floresta:lenha

Zona dePesca

CO2 decombustíveis

fósseis

Nuclear ZonasUrbanizadas1

Captaçõeságua

p/pessoa(‘000m3/ano)2

Pegada Ecológica (hectares globais por pessoa, em 2003 hag)

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39RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

1. As zonas urbanizadas incluem energia hídrica.

2. Captações de água e estimativas de recursos de FAO AQUASTAT 2004 e

Shiklomanov 1999

3. A biocapacidade inclui zonas urbanizadas (ver coluna sob Pegada Ecológica).

4. As mudanças de 1975 são calculadas com base nos hectares globais constantes de

2003.

5. Para os países que faziam parte da antiga República Federal Democrática da Etiópia,

da União Soviética e antiga Jugoslávia, ou Checoslováquia, as pegadas per capita 2003

e a biocapacidade são comparadas com a pegada per capita e a biocapacidade do

antigo país unificado.

6. Estatísticas do IDH DO PNUD, http://hdr.undp.org/statistics/ (Agosto 2006).

† Os aumentos em 1975 para a Bélgica e Luxemburgo são respectivamente de 12 e 13

por cento.

- = Dados insuficientes

0 = menos do que 0.5; 0.0 = menos do que 0.05; 0.00 = menos do que 0.005

5.7 1.06 0.09 4.23 0.21 -0.7 41 108 0.85 – 1 Estónia12.0 1.04 0.00 10.68 0.15 4.4 57 -4 0.94 12 2 Finlândia3.0 1.42 0.14 1.17 0.10 -2.6 51 -1 0.94 10 20 França1.7 0.66 0.06 0.83 0.03 -2.8 6 2 0.93 – 31 Alemanha1.4 0.90 0.01 0.26 0.24 -3.6 101 -21 0.91 9 10 Grécia2.0 0.96 0.07 0.79 0.01 -1.5 -5 -22 0.86 11 7 Hungria4.8 1.45 0.96 0.67 1.59 -0.2 46 -10 0.95 17 2 Irlanda1.0 0.51 0.01 0.37 0.05 -3.1 60 -15 0.93 11 23 Itália6.6 2.06 0.20 4.21 0.09 4.0 -44 141 0.84 – 1 Latvia4.2 1.80 0.15 2.10 0.02 -0.2 -3 54 0.85 – 1 Lituânia0.8 0.32 0.05 0.11 0.17 -3.6 28 0 0.94 9 9 Holanda1.8 0.84 0.08 0.85 0.01 -1.4 -24 -20 0.86 – 26 Polónia1.6 0.36 0.06 1.06 0.08 -2.6 73 -3 0.90 15 16 Portugal2.8 0.68 0.04 1.90 0.00 -0.5 -36 26 0.85 – – Eslováquia2.8 0.29 0.06 2.41 0.00 -0.6 40 96 0.90 – – Eslovénia1.7 1.07 0.04 0.55 0.04 -3.6 97 -4 0.93 11 32 Espanha9.6 1.11 0.04 8.15 0.12 3.5 16 -2 0.95 10 2 Suécia1.6 0.54 0.15 0.19 0.36 -4.0 33 6 0.94 11 6 Reino Unido

4.6 0.98 0.25 3.02 0.26 0.8 -11 -12 0.79 – 3 EUROPA NÃO UE0.9 0.42 0.12 0.24 0.05 -0.5 0 -18 0.78 – 4 Albânia3.2 0.93 0.32 1.91 0.00 -0.1 -28 18 0.79 – 5 Bielorrússia1.7 0.34 0.26 1.07 0.00 -0.6 -4 19 0.79 – – Bósnia Herzegovina2.1 0.79 0.04 1.12 0.04 -1.0 -18 -21 0.81 – 49 Bulgária2.6 0.64 0.34 1.26 0.28 -0.3 21 79 0.84 – – Croácia0.9 0.52 0.24 0.07 0.00 -1.4 -5 -38 0.80 – – Macedónia0.8 0.69 0.07 0.01 0.00 -0.5 -72 -71 0.67 – 20 Rep. Moldava6.8 0.57 0.03 4.03 2.00 0.9 37 -3 0.96 11 1 Noruega2.3 0.72 0.01 1.41 0.03 -0.1 -20 -8 0.77 – 11 Roménia6.9 1.15 0.37 4.91 0.40 2.5 -4 150 0.80 – 2 Fed. Russa0.8 0.61 0.09 0.00 0.00 -1.5 -6 -48 – – – Sérvia e Montenegro1.5 0.29 0.17 0.92 0.00 -3.6 39 -9 0.95 8 5 Suíça1.7 1.03 0.13 0.47 0.05 -1.5 -30 -37 0.77 – 27 Ucrânia

DA

DO

S E

T AB

ELA

S

BiocapacidadeTotal

Zona de Cultivo

Zona de Pasto

Floresta Zona de Pesca

ReservaEcológica ou

défice (-)(ha global/pessoa)

Mudança daPegada por

pessoa(%) 1975-20034,5

Mudança daBiocapacidade

por pessoa(%) 1975-20034,5

Índice deDesen.

Humano20036

Mudança emHDI

(%) 1975-20036

Captações deÁgua

(% recursos totais)2

Biocapacidade (hectares globais por pessoa, em 2003, hag)

PAÍS/REGIÃO

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40 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

1961 3.08 4.5 1.70 0.36 1.13 0.42 0.74 0.00 0.15 9.01965 3.33 5.4 1.79 0.41 1.15 0.49 1.41 0.00 0.16 9.21970 3.69 6.9 1.98 0.44 1.19 0.63 2.49 0.01 0.19 9.5 1.00 1.00 1.00 1.001975 4.07 8.0 1.97 0.49 1.19 0.66 3.41 0.06 0.22 9.7 1.03 1.00 1.06 1.031980 4.43 9.3 2.16 0.50 1.30 0.67 4.24 0.12 0.26 9.9 0.99 0.97 0.95 1.071985 4.83 10.1 2.42 0.55 1.37 0.76 4.44 0.26 0.32 10.4 0.95 0.86 0.93 1.071990 5.26 11.5 2.65 0.65 1.49 0.80 5.15 0.37 0.37 10.7 0.90 0.83 0.92 0.961995 5.67 12.1 2.76 0.77 1.36 0.88 5.50 0.44 0.40 10.8 0.85 0.82 0.82 0.822000 6.07 13.2 2.96 0.85 1.44 0.93 6.10 0.52 0.46 11.1 0.71 0.71 0.78 0.652003 6.30 14.1 3.07 0.91 1.43 0.93 6.71 0.53 0.48 11.2 0.71 0.69 0.73 0.72

CENÁRIO DE REF. MODERADO2025 7.8 19 3.8 1.3 2.0 1.3 9.3 0.6 0.5 122050 8.9 23 4.9 1.7 3.0 1.7 10.8 0.6 0.6 11

CENÁRIO DE LIGEIRO DESVIO2025 7.8 16 3.6 1.1 1.9 1.0 7.6 0.7 0.6 122050 8.9 16 3.7 1.1 2.0 0.8 6.8 0.6 0.6 132075 9.3 14 3.8 1.1 2.1 0.6 4.6 0.7 0.6 132100 9.5 12 3.8 1.1 2.2 0.5 3.4 0.7 0.6 13

CENÁRIO DE REDUÇÃO RÁPIDA2025 7.8 14 3.6 1.1 2.0 0.8 5.0 0.6 0.6 122050 8.9 12 3.4 1.0 2.0 0.7 3.4 0.6 0.5 132075 9.3 11 3.3 1.0 2.1 0.5 2.7 0.6 0.5 142100 9.5 10 3.5 1.1 2.2 0.5 2.0 0.5 0.5 14

NOTE: totals may not add up due to rounding. All time trends reported in constant 2003 global hectares.

Tabela 4: ESPÉCIES QUE CONTRIBUEM PARA OS ÍNDICES PLANETA VIVO TERRESTRES, DE ÁGUA DOCE E MARINHAS DENTRO DE CADA CLASSE DE VERTEBRADOS

MAMÍFEROS PÁSSAROS RÉPTEIS ANFÍBIOS PEIXES TOTALTERRESTRES 171 513 11 695MARINHOS 48 112 7 107 274ÁGUA DOCE 11 153 17 69 94 344TOTAL 230 778 35 69 201 1 313

Tabela 5: TENDÊNCIAS NOS ÍNDICES PLANETA VIVO ENTRE 1970E 2003, COM LIMITES DE CONFIANÇA DE 95%

ÍNDICES TERRESTRE PLANETA VIVO ÍNDICE MARINHO PLANETA VIVO ÍNDICE ÁGUA DOCE PLANETA VIVO

ÍND. PV Todas as espécies Temperado Tropical Todas as espécies Ártico/Atlântico Sul1 Pacífico Índico2 Todas as espécies Temperado Tropical

% mudança no índice -29 -31 7 -55 -27 15 -31 2 -59 -28 -31 -26limite de confiança superior -16 -14 22 -34 6 55 19 77 -22 -1 1 26limite de confiança inferior -40 -44 -7 -70 -42 -14 -61 -43 -82 -48 -53 -57

Tabela 3: O PLANETA VIVO ATRAVÉS DO TEMPO, 1961-2003

Pegada Ecológica (biliões de hectares globais 2003)

1. 1

970-

1997

; 2. 1

970-

2000

POP.GLOBAL(biliões2003)

PegadaEcológica

Total

Zona deCultivo

Zona dePasto

Floresta Zona dePesca

CO2 deComb.Fósseis

Nuclear ZonasUrban.

Biocapacidade Total

(biliões2003 hag)

ÍndicePlaneta

Vivo Terrestre Marinho Água Doce

Índices Planeta Vivo

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41RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

População 1 População 2 População 3

Tabela 6: CLASSIFICAÇÃO DA FRAGMENTAÇÃO E DA REGULAÇÃO DO FLUXO EMSISTEMAS DE GRANDES RIOS

% do fluxo barragens barragens Regulação do Fluxo (% descarga total anual que pode ser retida e libertada

livre no canal tributárias tributárias pelas barragens)

principal principais menores 0–1 1–2 2–5 5–10 10–15 15–20 20–25 25–30 >30

100 não sim U U M M M M M M M

100 sim não U M M M M M M M M

75–100 não não M M M M M M M M S

75–100 não sim M M M M M M M S S

75–100 sim não M M M M M M S S S

50–75 não não M M M M M M S S S

50–75 não sim M M M M M S S S S

50–75 sim não M M M M S S S S S

25–50 não não M M M M S S S S S

25–50 não sim M M M S S S S S S

25–50 sim não S S S S S S S S S

<25 S S S S S S S S S

U: não afectados; M: moderadamente afectados; S: severamente afectados (Nilsson et al., 2005)

Recolha de dadosOs dados da população de espéciesutilizados para calcular o índice provêm deuma variedade de fontes publicadas emjornais científicos, literatura das ONG ou naInternet. Qualquer dado utilizado naelaboração do índice deve constar de umasérie cronológica da densidade populacionalou uma proxy da densidade populacional.Alguns dados são estimativas do total dapopulação como contagem de uma espécieinteira; outros são medidas de densidade,por exemplo o número de aves porquilómetro de transecto; alguns sãobiomassa ou estimativas de stock,particularmente para espécies comerciais depeixe; e outros são proxies da densidadepopulacional, tais como o número de ninhosde tartarugas marinhas em várias praias.

Toda a série cronológica de população tempelo menos dois pontos de dados e a maioriatem mais de dois, recolhidos com métodoscomparáveis pelos anos, sendo que épossível determinar a tendência. Umaestimativa da população tirada num ponto do

tempo não será usada com uma segundaestimativa de outro estudo da mesmapopulação noutro ponto do tempo, a não serque estivesse claro que o segundo sedestinava a ser comparado com o primeiro.

As plantas e os invertebrados foramexcluídos, já que não estavam disponíveisséries cronológicas de população suficientes.Pressupõe-se por isso, que as tendênciaspopulacionais de vertebrados sãoindicadoras de tendências totais nabiodiversidade global.

Cálculo dos índicesAntes de calcular o Índice Planeta Vivo, asespécies foram primeiro divididas de acordocom o seu habitat, seja terrestre, de águadoce ou marinho, e, pelo facto de estaremdisponíveis mais dados populacionais deregiões de clima temperado do mundo doque de regiões tropicais (já que a riqueza deespécies marinhas é maior nos trópicos), aspopulações terrestres e de água doce foramdivididas em temperado e tropical, e aspopulações de espécies marinhas foram

divididas de acordo com o oceano ondehabitam: Atlântico/Ártico, Pacífico, Índicoou Austral. Deste modo, os dados foramdivididos em oito conjuntos. Se os dados doÍndice Planeta Vivo não fossem agrupadosdesta forma, o índice seria dominado pelasespécies terrestres de clima temperado, enão seria representativo da biodiversidadeglobal.

Para cada um dos conjuntos, foi calculadoum índice, representando a mudança médiade todas as espécies populacionais dentro dogrupo. O Índice Planeta Vivo de EspéciesTerrestres foi então calculado como o meiogeométrico dos índices terrestres do climatemperado e do clima tropical, como oÍndice Planeta Vivo de Espécies de ÁguaDoce, enquanto o Índice Planeta Vivo deEspécies Marinhas foi calculado como meiogeométrico dos índices dos quatro oceanos.O índice terrestre inclui 695 espécies demamíferos, aves e répteis encontrados emecossistemas como florestas, prados, savana,deserto ou tundra em todo o mundo. Oíndice de água doce inclui 344 espécies de

mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixe aviver em ecossistemas como rios, lagos oupântanos. O índice marinho inclui 274espécies de mamíferos, aves, répteis e peixedos ecossistemas dos oceanos do mundo,mares e costeiros. O Índice Planeta Vivo é omeio geométrico dos índices terrestre, deágua doce e marinho. A hierarquia dosíndices é mostrada na Figura 33. Os intervalos de confiança para o ÍndicePlaneta Vivo foram obtidos por um métodoBootstrap e mostrados na tabela 5. Pode serencontrada uma descrição detalhada doscálculos do Índice Planeta Vivo em Loh etal. 2005.

Figura 33: Hierarquia dos índices dentro do ÍndicePlaneta Vivo Cada população carrega igual pesodentro de cada espécie; cada espécie carrega igualpeso dentro de áreas tropicais e temperadas ou dentrode cada oceano; áreas temperadas e tropicais ouoceanos carregam igual peso dentro de cada sistema;cada sistema carrega igual peso dentro de todo oÍndice Planeta Vivo.

DA

DO

S E

TAB

ELA

S

Í N D I C E P L A N E T A V I V O : D A D O S T É C N I C O S

Fig. 33: HIERARQUIA DOS ÍNDICES DENTRO DO ÍNDICE PLANETA VIVO

ÍNDICE PLANETA VIVO

Terrestre Água Doce Marinho

Espécies deClima Temperado

EspéciesTropicais

AtlânticoÁrtico

Espécies deClima Temperado

EspéciesTropicais

Oceano Índico

OceanoPacífico

Oceano Austral

Espécies 1 Espécies 2 Espécies 3

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H E A D E R

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de recursos passados e a sua disponibilidade. Nãoprevêem o futuro. Portanto, a Pegada Ecológicanão estima perdas futuras causadas pela actualdegradação dos ecossistemas. Se persistir, éprovável que seja reflectido nas contas futurascomo uma perda de biocapacidade.

As contas da pegada também não indicam aintensidade com que cada zona biologicamenteprodutiva está a ser utilizada, nem apontam aspressões específicas da biodiversidade.Finalmente, a Pegada Ecológica, como medidabiofísica, não avalia as dimensões sociais eeconómicas da sustentabilidade.

Como foram melhorados os cálculos dapegada desde o último Relatório Planeta Vivo?Existe um processo formal para assegurar omelhoramento contínuo da metodologia dasNational Footprint Accounts (Contas Nacionais daPegada). Coordenado pela Rede Global daPegada, este processo foi apoiado pela AgênciaEuropeia do Ambiente e pela Rede Global daPegada, organizações parceiras, entre outras.

A mudança mais significativa desde o RelatórioPlaneta Vivo 2004 tem sido a incorporação de umnovo conjunto de dados, a base de dados dasNações Unidas COMTRADE, para localizar fluxosentre as nações de mais de 600 produtos. Istopermite uma atribuição mais precisa da pegadaincorporada nos bens comercializados. Outrasrevisões melhoraram a exactidão dos cálculosrelativos às secções de cultivo e floresta.

Em Relatórios Planeta Vivo anteriores, relatamoshectares globais específicos a cada ano, pois tantoo número total de hectares bioprodutivos como aprodutividade média mundial por hectare mudamanualmente. Para simplificar a comparação dosresultados da pegada e da biocapacidade de anopara ano, neste relatório são dadas todas astendências em hectares globais constantes 2003.Semelhante ao uso de dólares ajustados à inflaçãoem estatísticas económicas, o uso de um hectareglobal fixo mostra como os níveis absolutos de

consumo e bioprodutividade, em vez de mostrarapenas a taxa entre eles, estão a mudar ao longodo tempo. A Tabela 9 mostra a conversão doshectares globais dos anos seleccionados emhectares globais constantes 2003.

Como é contabilizado o uso de combustíveisfósseis?Os combustíveis fósseis - como o carvão, opetróleo e o gás natural - são extraídos da crostaterrestre e não são produzidos por ecossistemas.A queima deste combustível produz CO2. Paraevitar a acumulação de carbono na atmosfera, oobjectivo da Convenção Quadro das NaçõesUnidas sobre as Alterações Climáticas, existemduas opções: A absorção tecnológica humana, talcomo a injecção profunda; ou a absorção natural.A absorção natural corresponde à biocapacidadenecessária para absorver e armazenar o CO2 nãoisolado pelos humanos, menos a quantiaabsorvida pelos oceanos. Esta é a pegada para oCO2. Apesar de, actualmente, quantidadesinsignificantes de CO2 serem absorvidos atravésdos processos tecnológicos humanos, estastecnologias irão reduzir a pegada carbónicaassociada à queima de combustíveis fósseisconforme vão sendo alinhados.

A taxa de absorção utilizada nos cálculos daPegada Ecológica baseia-se numa estimativa daquantia de emissões de carbono que as florestasmundiais conseguem remover da atmosfera ereter. Um hectare global em 2003 consegueabsorver o CO2 emitido ao queimaraproximadamente 1.450 litros de gasolina por ano.

A pegada de CO2 não sugere que a absorção decarbono seja a solução para o problema doaquecimento global. Muito pelo contrário: apontapara a falta de capacidade da biosfera paraenfrentar os actuais níveis das emissões de CO2.A taxa de absorção de CO2 aproxima-se do zero àmedida que as florestas amadurecem, e podematé tornar-se emissores de carbono.

Como é calculada a Pegada Ecológica?A Pegada Ecológica mede a quantidade de terrabiologicamente produtiva e a área de águanecessárias para produzir os recursos que umindivíduo, uma população ou uma actividadeconsome e para absorver o resíduo que geram,dando tecnologia dominante e gestão de recursos.Esta área é expressa em hectares globais,hectares com produtividade biológica médiamundial (1 hectare = 2,47 acres). Os cálculos dapegada utilizam factores de produção (Tabela 7)para ter em conta as diferenças nacionais naprodutividade biológica (por exemplo, toneladas detrigo por hectare do Reino Unido ou Argentinaversus média mundial) e factores de equivalência(Tabela 8) para ter em conta diferenças naprodutividade média mundial de entre os tipos deterra (por exemplo, média mundial de florestaversus média mundial de zona de cultivo).

Os resultados da pegada e da biocapacidade paraas nações são calculados anualmente pela RedeGlobal da Pegada. O desenvolvimentometodológico contínuo destas National FootprintAccounts (Contas Nacionais da Pegada) éinspeccionado por um comité formal de revisão(www.footprintstandards.org/committees).

Um detalhe dos métodos e cópias da amostra dasfolhas de cálculo podem ser obtidas emwww.footprintnetwork.org.

O que é incluído na Pegada Ecológica? O queé excluído?Para prevenir que as exigências humanas sobre anatureza sejam exageradas, a Pegada Ecológicainclui apenas os aspectos de consumo derecursos e produção de resíduos para os quais aTerra tem capacidade regenerativa e para os quaisexistem dados que permitem que esta procuraseja expressa em termos de área produtiva. Porexemplo, as extracções de água doce não estãoincluídas na pegada, apesar de estar a energiautilizada para bombear ou tratar.

As contas da Pegada Ecológica retratam a procura

P E G A D A E C O L Ó G I C A : P E R G U N T A S F R E Q U E N T E S

RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

Tabela 7: FACTORES DE PRODUÇÃO, paísesseleccionados

Cultivo Floresta Pasto PescaPrimário Alto Mar

MUNDO 1.0 1.0 1.0 1.0Algéria 0.6 0.0 0.7 0.8Guatemala 1.0 1.4 2.9 0.2Hungria 1.1 2.9 1.9 1.0Japão 1.5 1.6 2.2 1.4Jordânia 1.0 0.0 0.4 0.8Lao PDR 0.8 0.2 2.7 1.0Nova Zelândia 2.2 2.5 2.5 0.2Zâmbia 0.5 0.3 1.5 1.0

Tabela. 8: FACTORES DE EQUIVALÊNCIA, 2003

hag/haZona Cultivo Primário 2.21Zona Cultivo Costeira 1.79Floresta 1.34Pasto Permanente 0.49Marinho 0.36Águas Interiores 0.36Zonas Urbanizadas 2.21

Tabela. 9: FACTORES DE CONVERSÃO

hag/ha 1961 0.861965 0.861970 0.891975 0.901980 0.921985 0.951990 0.971995 0.972000 0.992003 1.00

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factores, as contas da pegada mostrarão istocomo a eliminação do excedente global.

A Pegada Ecológica ignora o papel docrescimento da população como um condutordo aumento do consumo da humanidade?A Pegada Ecológica total de uma nação ou dahumanidade como um todo é uma função donúmero de pessoas que consomem, da quantiamédia de bens e serviços que uma pessoa médiaconsome, e da intensidade do recurso destesbens e serviços. Já que a contabilidade da pegadaé histórica, não prevê como algum destes factoresmudará no futuro. No entanto, se a populaçãocrescer ou diminuir (ou qualquer um dos outrosfactores mudar), isto será reflectido nas contas daspegadas futuras.

As contas das pegadas podem também mostrarcomo o consumo de recursos é distribuído pelasregiões. Por exemplo, a pegada total da regiãoÁsia-Pacífico, com a sua grande população masuma baixa pegada por pessoa, pode serdirectamente comparada à da América do Norte,com a sua pequena população mas uma pegadapor pessoa muito maior.

Como posso calcular a Pegada Ecológica deuma cidade ou região?Enquanto os cálculos para Pegadas Ecológicasglobais e nacionais foram estandardizados dentrodo National Footprint Accounts (Contas Nacionaisda Pegada), existe uma variedade de maneirasutilizadas para calcular a pegada de uma cidadeou região.

A família de abordagens “baseadas em processo”utiliza receitas de produção e estatísticassuplementares para atribuir a pegada nacional percapita às categorias de consumo (como paraalimentos, abrigo, mobilidade, bens e serviços). Aspegadas médias regionais ou municipais per capitasão calculadas escalonando estes resultadosnacionais para cima ou para baixo, com base emdiferenças entre os padrões de consumo nacionaise locais. A família de abordagens de entrada-saídautiliza tabelas de entrada-saída monetária, física ou

híbrida para atribuição da exigência total àscategorias de consumo.

Existe o reconhecimento crescente danecessidade de estandardizar os métodos deaplicação da pegada sub-nacional de modo aaumentar a sua comparabilidade através deestudos e ao longo do tempo. Como resposta aesta necessidade, métodos e abordagens paracalcular a pegada de cidades e regiões estãoactualmente a ser alinhados através da iniciativaglobal Ecological Footprint Standards (Padrões daPegada Ecológica). Para mais informações sobreos actuais padrões da pegada e debates emcurso, consulte www.footprintstandards.org.

Para informações adicionais sobre a metodologiada pegada, fontes dos dados, hipóteses edefinições, por favor visite:

www.footprintnetwork.org/2006technotes

Como é contabilizada a energia nuclear?A exigência na biocapacidade associada ao usoda energia nuclear é difícil de quantificar, em parteporque muito dos seus impactos não estãodirigidos pela pergunta de pesquisa subjacente àpegada. Para a falta de dados conclusivos,assume-se que a pegada da electricidade é amesma da pegada da quantia equivalente deelectricidade dos combustíveis fósseis. A RedeGlobal da Pegada e os seus parceiros estão atrabalhar para refinar esta hipótese. Actualmente, apegada da electricidade nuclear representaaproximadamente 5 por cento da PegadaEcológica global total.

Como é contabilizado o comérciointernacional?A National Footprint Accounts (Contas Nacionaisda Pegada) contabiliza o consumo líquido de cadapaís ao somar as suas importações à produção, esubtraindo as suas exportações. Isto implica queos recursos usados na produção de um carroconstruído no Japão, mas vendido e utilizado naÍndia, contribuirão para a pegada da Índia e nãopara a japonesa.

As pegadas nacionais resultantes podem serdistorcidas, já que os recursos utilizados e osresíduos gerados na produção dos produtos paraexportação não estão totalmente documentados.Isto afecta as pegadas dos países cujo fluxo decomércio é grande em relação às suas economiastotais. No entanto, estes consumos mal atribuídosnão afectam a total Pegada Ecológica global.

A Pegada ecológica tem em conta outrasespécies?A Pegada Ecológica descreve a exigência humanasobre a natureza. Actualmente, existem 1,8hectares globais de biocapacidade disponível porpessoa na Terra, menos se a área biologicamenteprodutiva for colocada de lado para uso dasespécies selvagens. Os locais sociais valiosos embiodiversidade determinarão quanto dabiodiversidade da zona tampão é colocado delado. Esforços para aumentar a biocapacidade,como o monocultivo e a aplicação de pesticidas,

podem também aumentar a pressão nabiodiversidade; isto pode aumentar o tamanho dabiodiversidade da zona tampão necessária paraatingir os mesmos resultados de conservação.

A Pegada Ecológica define o que é umautilização “justa” ou “equitativa” dos recursos?A pegada documenta o que aconteceu nopassado. Quantifica os recursos ecológicosutilizados por um indivíduo ou uma população,mas não pode prescrever o que deviam estar ausar. A atribuição de recursos é um assuntopolítico, baseado em crenças da sociedade sobreo que é ou não equitativo. Deste modo, enquantoa contabilidade da pegada pode determinar abiocapacidade média que está disponível porpessoa, não pode estipular como essabiocapacidade deve ser partilhada entre indivíduose nações. No entanto, fornece um contexto paratais discussões.

A Pegada Ecológica importa-se se oabastecimento de recursos renováveis puderser aumentado e os avanços da tecnologiapuderem atrasar o esgotamento dos recursosnão renováveis? A Pegada Ecológica mede o actual estado de usode recursos e da produção de resíduos - pergunta:num dado ano, as exigências humanas sobre osecossistemas excederam a capacidade dosecossistemas para satisfazer essas exigências? Aanálise da pegada reflecte tanto os aumentos naprodutividade de recursos renováveis (porexemplo, se a produtividade da zona de cultivoestá a aumentar, então a pegada de 1 tonelada detrigo irá diminuir), como a inovação tecnológica(por exemplo, se a indústria de papel duplica aeficácia total da produção de papel, a pegada portonelada de papel será reduzida de metade). Ascontas da Pegada Ecológica capturam estasmudanças quando elas ocorrem e podemdeterminar a extensão para a qual estas inovaçõestiveram sucesso ao trazer a exigência humanadentro da capacidade do ecossistema do planeta.Se houver um aumento suficiente no fornecimentoecológico e uma redução da exigência humanadevido aos avanços tecnológicos ou a outros

RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

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H E A D E R

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RELATÓRIO PLANETA VIVO 2006

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Centro de Monitorização para a

Conservação Mundial do PNUA

(UNEP-WCMC): O Índice Planeta

Vivo foi originalmente desenvolvi-

do pela WWF em colaboração com

o UNEP-WCMC, a arma de avali-

ação da biodiversidade e da políti-

ca de implementação do Programa

das Nações Unidas para o

Ambiente. O UNEP-WCMC recol-

heu muitos dos dados para o

índice nos primeiros anos do pro-

jecto.

www.unep-wcmc.org

European Bird Census Council

(Concelho Europeu para Census

de Aves): Dados da tendência pop-

ulacional de 77 espécies de aves

europeias foram fornecidos para

utilização no Índice Planeta Vivo

(LPI) pelo esquema Pan-European

Common Bird Monitoring (PECBM)

(Monitorização de aves comuns

pan-europeias), uma iniciativa

EBCC/BirdLife International para

entregar indicadores de biodiversi-

dade relevantes a nível político

para a Europa. www.ebcc.info

Worldmapper: Os cartogramas nas

págs. 14-15 foram fornecidos pelo

Worldmapper, um projecto conjun-

to entre o grupo de pesquisa

Social and Spatial Inequalities

(Desigualdades sociais e espaci-

ais) da Universidade de Sheffield

(RU) e Mark Newman da

Universidade do Michigan (EUA).

Os mapas resultantes cobrem

assuntos como o ambiente, a

saúde, o comércio, a educação e o

emprego. Mapas, cartazes e dados

estão disponíveis gratuitamente

em www.worldmapper.org.

Dados sobre a perda de habitat

terrestre e o mapa de biomas ter-

restres na pág. 5 foram generosa-

mente fornecidos por John

Morrison e Nasser Olwero do

Conservation Science Programme,

WWF-US, (Programa para a

Conservação da Ciência). Dados

sobre a fragmentação dos rios e

regulação do fluxo foram gen-

erosamente fornecidos por

Catherine A. Reidy, Landscape

Ecology Group (Grupo de ecologia

da paisagem), Universidade de

Umea, Suécia, e Carmen Revenga,

Conservation Strategies Group

(Grupo de estratégias de conser-

vação), The Nature Conservancy.

Os autores gostariam de agradecer

às pessoas que se seguem pelos

seus comentários úteis: Gianfranco

Bologna, Stuart Bond, Susan

Brown,Kim Carstensen, Lara

Hansen, Miguel Jorge, Jennifer

Morgan, Richard Mott, Simon

Pepper,Jamie Pittock, Duncan

Pollard, Jorgen Randers, Robert

Rangeley, Geoffroy de Schutter.

Muita da pesquisa para este

relatório não teria sido possível

sem o generoso apoio de: The

Dudley Foundation, the Flora

Family Foundation, The Lawrence

Foundation, The Max and Anna

Levinson Foundation, The San

Francisco Foundation, the Soup

Community, the Richard and

Rhoda Goldman Fund, the Roy A.

Hunt Foundation, The Lewis

Foundation, Grant Abert, Frank e

Margrit Balmer, Gerald O. Barney,

Urs e Barbara Burckhardt, a pro-

priedade de Lucius Burckhardt,

Max e Rosemarie Burkhard-

Schindler, Leslie Christian, Anthony

D. Cortese, Sharon Ede, Eric

Frothingham, Margaret Haley,

Alfred Hoffmann, Laura Loescher,

Tamas Makray, Charles McNeill,

Ruth e Hans-Edi Moppert, Kaspar

Müller, Lutz Peters, David e Sandra

Ramet, William G. Reed, Daniela

Schlettwein, Peter Seidel, Peter

Schiess, Dana-Lee Smirin, Dieter

Steiner, Dale e Dianne Thiel, Lynne

e Bill Twist, Caroline Wackernagel,

Hans e Johanna Wackernagel,

Isabelle Wackernagel, Marie-

Christine Wackernagel, Oliver e

Bea Wackernagel, Yoshihiko Wada,

Tom e Mary Welte, bem como de

Nadya Bodansky, John Crittenden,

Katherine Loo, e Gary Moore do

Cooley Godward LLP pelo seu

generoso apoio de pesquisa da

Pegada Ecológica.

Gostaríamos de agradecer em par-

ticular às 70 organizações par-

ceiras da Rede Global da Pegada,

os seus 25 Conselheiros de ciência

e política e ao Global Footprint

Network National Accounts

Committee (Comité das contas

nacionais da rede global da pega-

da) pela sua orientação, con-

tribuições e compromisso para for-

talecer as National Footprint

Accounts.

Austrália Áustria Bélgica Butão Bolívia Brasil Canadá Cáucaso (Geórgia)África central (Camarões)América central (Costa Rica)ChinaColômbia Danúbio (Áustria)Dinamarca África oriental (Quénia)Finlândia França Alemanha Grécia Guianas (Suriname)Hong Kong Hungria Índia Indonésia

Itália Japão Madagáscar Malásia Mediterrâneo (Itália) México Mongólia NepalHolanda Nova Zelândia Noruega Paquistão Peru Filipinas Polónia Rússia Singapura Africa do sul África do sul (Zimbabué)Pacífico sul (Fiji)Espanha Suécia Suíça Tanzânia

Turquia Reino unido Estados UnidosÁfrica ocidental (Gana, Senegal)

Política Europeia (Bélgica) Macroeconomics ForSustainable Development(Macroeconomia para o desen-volvimento sustentável)(EUA)

Associados WWFFundación Vida Silvestre (Argentina)Fundación Natura (Equador)Pasaules Dabas Fonds (Letónia)Nigerian ConservationFoundation (Nigéria) Fudena (Venezuela)

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Publicado em Novembro 2006por WWF-World Wide Fund ForNature (anteriormente WorldWildlife Fund), Gland, Suíça.

Qualquer reprodução total ouparcial desta publicação devemencionar o título e creditar oeditor acima mencionado comodetentor dos direitos de autor.

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A missão da WWF é deter a degradação do ambiente do planeta e construirum futuro no qual a humanidade poderá viver em harmonia com a natureza:- conservando a diversidade biológica do mundo- assegurando que a utilização dos recursos naturais renováveis ésustentável- promovendo a redução da poluição e do consumo desperdiçador.

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