radioterapia-130412190113-phpapp02

34
7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02 http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 1/34

Transcript of radioterapia-130412190113-phpapp02

Page 1: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 1/34

Page 2: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 2/34

 

Estes aparelhos usam microondas para acelerar elétrons a grandes velocidadesem um tubo com vácuo. Numa extremidade do tubo, os elétrons muito velozes choca-secom um alvo metálico, de alto número atômico. Na colisão com os núcleos dos átomos doalvo, os elétrons são subitamente desacelerados e liberam a energia relativa a esta perda

de velocidade. Parte desta energia é transformada em raios X de freiamento, que temenergia variável na faixa de 1 MeV até a energia máxima do elétron no momento dochoque. Por exemplo, um acelerador linear que acelera elétrons até 10 MeV, produzraios-x com energias entre 1 e 10 MeV. Os aceleradores lineares podem gerar fótons deenergia muito maior que os do cobalto-60. Fótons de alta energia liberam menor dose napele e nos tecidos sadios do paciente.

Os elétrons não penetram profundamente no tecido, liberando sua dose numintervalo que vai da pele até uma profundidade em torno de 5cm, com uma quedaacentuada após esta profundidade. Os tratamentos com elétrons são adequados quandoo órgão alvo é superficial com estruturas radiossensíveis ao seu redor, como, porexemplo, os linfonodos cervicais que têm a medula espinhal logo atrás e lesões

infiltrativas de pele.

Emprego de Mais de Um Campo de Irradiação

Com o uso de diversos campos de irradiação (feixe de fótons) entrando pordiferentes locais do corpo, mas todos localizados no volume tumoral obtêm-se uma maiorconcentração da dose no tumor homogeneamente distribuída e uma diminuição da dosenas regiões adjacentes não tumorais. Desta forma, podem-se aplicar doses tumoricidaselevadas, enquanto se mantém em níveis toleráveis as doses nos tecidos sadios vizinhosao tumor. No mínimo, são usados dois campos de irradiação, à exceção dos tumoressuperficiais que podem ser irradiados com feixes diretos. Quanto maior a dose curativaempregada, mais campos devem ser usados. A fim de facilitar o uso de múltiplos feixes,muitos aparelhos giram em torno de um eixo chamado isocentro. Colocando-se o centrodo volume tumoral no isocentro, torna-se fácil dirigir todos os campos para o tumor e girara máquina de uma posição de entrada para a próxima. A escolha da técnica detratamento deve ser feita conjuntamente pelo radioterapêuta e por um físico radiológicotreinado.

Princípios da Braquiterapia e Tipos de Aplicação

O termo braquiterapia foi primeiramente sugerido por Forsell, em 1931, para

irradiação a curta distância. A braquiterapia constitui uma forma de tratamento que utilizafontes radioativas, em contato direto com o tumor, sendo indicada em cerca de 10% dospacientes que se submetem à radioterapia. Sendo indicada rotineiramente no tratamento

Page 3: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 3/34

Page 4: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 4/34

Page 5: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 5/34

Page 6: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 6/34

Page 7: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 7/34

 

Suporte para Abdome

Nos casos de tratamento em decúbito ventral, os pacientes com abdômen em avental têmsua mobilização comprometida, pois nessa posição o abdômen funciona como um mata-borrão, impedindo a imobilização. Nesses casos, pode-se lançar mão deste acessório queconsiste em uma mesa com orifício central para acomodar o abdome do paciente e assimimpedir o movimento pendular.

Cadeira para Tratamento

Muitos são os casos de pacientes que não suportamo decúbito e necessitam de radioterapia. Oposicionamento desses pacientes é dificultoso, poiseles também não conseguem ficar sentados pormuito tempo, além de ter sua cifose torácicaacentuada na posição sentada. Um recurso parasolucionar este problema é a utilização desseacessório que consiste em uma cadeira com oencosto vazado, suporte para cabeça e braços,

capaz de sustentar esse tipo de paciente.

Protetores Testiculares

A radiação é conhecida por seu efeito de esterilização reprodutiva e em muitos casos airradiação de áreas próximas aos testículos aumenta os riscos desse efeito colateral.Naqueles casos em que a irradiação dos testículos não é indicada e que a proteção dosmesmos não implica em comprometimento da técnica proposta de tratamento deestruturas adjacentes, pode-se lançar mão deste acessório. Os protetores testiculares sãoum invólucro de chumbo que envolve e protegem essa estrutura anatômica.

Page 8: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 8/34

 

Travesseiro para Decúbito Ventral

Para aqueles posicionamentos em decúbito ventral onde a utilização de um travesseiroconvencional pode impedir uma posição confortável para o paciente e comprometer a sua

imobilização. O travesseiro para decúbito ventral é um suporte com a base vazada onde opaciente acomoda sua face, além de ter inclinada sua porção inferior para acomodar ocontorno do tórax.

Protetores Oculares

Naqueles casos onde lesões perioculares têm indicação de radioterapia, a preservaçãoda visão é um aspecto importante na qualidade do tratamento. Esses acessórios sãolentes de chumbo revestidas de cerâmica, que são posicionadas sobre a córnea dopaciente para proteção do cristalino e diminuição dos riscos de catarata. Oposicionamento das lentes pode ser feito pelo técnico, que necessita instilar algumas

gotas de anestésico no olho antes do procedimento.

Retrator de ombros

Acessório para estabelecer o posicionamento em pacientes de cabeça e pescoço onde aabordagem com campos látero-laterais sobre região cervical é otimizada com a retiradados ombros do campo de tratamento. O paciente é posicionada em decúbito dorsal e

Page 9: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 9/34

segura duas alças apoiadas sobre seus pés, tracionando o ombro e retirando suasuperposição da região cervical.

Bolus padronizado

A utilização de feixe de elétrons convive com a necessidade freqüente da utilização debolus para superficialização das curvas de isodose. Esse acessório consiste em um jogode placas de polímero, com densidade semelhante à do corpo humano, com diferentesespessuras, ideal para o uso em superfícies planas.

Suporte para tratamento com braços elevados

O tratamento da região do tórax e do abdome superior quando necessita de camposlaterais ou oblíquos implica na necessidade de elevação dos membros superiores. Essaposição é muito incômoda e compromete a imobilização, pois o paciente fica sem apoio.Esse acessório é um suporte para que o paciente segure e se mantenha na posição deforma mais confortável.

Page 10: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 10/34

 

Suporte pélvico

Com o tratamento conformacional, a imobilização passou a ser fundamental, em vista doscampos e margens pequenas utilizadas. O suporte pélvico tem a mesma proposta dasmáscaras termoplásticas e é feito de material semelhante, só que mais rígido. Esseacessório tem indicação nos tratamento pélvicos de maneira geral, mas especialmentenos de próstata.

Alfa Cradle

É um acessório de imobilização personalizado para cada paciente. Consiste em umrecipiente cheio de partículas de polímero sintético que assume os contornos do pacienteao ser retirado o ar de seu interior. Existe também outro tipo de alfa cradle que não utilizao vácuo para definir os contornos do paciente.

Suporte para joelho

Page 11: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 11/34

Auxilia na imobilização da pelve. São estruturas de espuma encapadas que, posicionadassob os joelhos, mantêm a posição da pelve, e garantem o posicionamento planejado.

Posicionamento para Crânio e Neuro-eixo

O posicionamento de pacientes para tratamento radioterápico de crânio e neuro-eixo deveser personalizado. Pode-se utilizar a combinação de alfa cradle, com esse suportepadronizado para o posicionamento em questão. Consiste em uma base para apoio do

queixo e da testa, anexada a um suporte para fixação da máscara termoplástica.

Oficina de Moldes

Page 12: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 12/34

Imobilizadores

São os mais populares, geralmente conhecidos como "máscaras". As máscaras têm umafunção extra. Além de ajudar a posicionar e manter o paciente corretamente posicionado,as máscaras também servem para evitar que o paciente tenha que ser tatuado numaregião visível do corpo, o que certamente evita uma série de constrangimentos aos

pacientes, fazendo com que a aceitabilidade do tratamento seja maior e a intervençãomédica seja menos agressiva. O uso correto da máscara depende da qualidade com queé confeccionada. Atualmente são utilizadas as máscaras de acrílico e as termoplásticas.Embora já estejam em desuso, também podem ser usadas máscaras feitas apenas comgesso. No momento, as máscaras termoplásticas são as mais usadas, tanto no Brasil,como em todo o mundo. As máscaras de acrílico estão sendo paulatinamenteabandonadas porque são mais difíceis de preparar, mais demoradas para serem feitas,mais desconfortáveis para os pacientes, não são reaproveitáveis e não são tão precisas.

Junto com a máscara, o paciente utiliza um suporte sob a cabeça. É importante observarque esse suporte seja sempre os mesmo todos os dias.

As máscaras, especialmente as de acrílico, podem fazer com que a distribuição da doseseja modificada, gerando reações na pele maiores do que as previstas. Para a confecçãoda máscara termoplástica devemos deixá-la na água a cerca de 70 ºC até que fique moleem toda a sua extensão. Em seguida, ela deve ser retirada da água e agitada para retirara água retida nos furos do termoplástico. Essa água pode criar desconforto ao paciente,

ou mesmo queimar sua pele, porque está muito quente. Quando o termoplástico já estálivre desse excesso de água, pode ser imediatamente colocado no paciente e moldadocom as mãos até que endureça. Esse processo demora de 2 a 3 minutos.

Page 13: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 13/34

 

Imobilizadores pélvicos

São muito parecidos com as máscaras para cabeça e pescoço. Trata-se de acessórioextremamente útil para pacientes obesos ou para tratamentos que exijam melhor precisãodo que a radioterapia convencional. É o caso da radioterapia conformacional.

Esses imobilizadores constituem-se por uma base adaptada à mesa de tratamento e porum termoplástico moldado diretamente sobre o paciente. Para o correto posicionamentodo paciente podem ser usados junto com outros acessórios de imobilização como oscolchões a vácuo ou os colchões preenchidos com um líquido que endurece após algunsminutos. Esses colchões são colocados sob o paciente e modelam seu corpo, fazendocom que o paciente tenha mais uma referência para que fique deitado corretamente. Ocolchão deve ser estendido sobre a mesa e o paciente deita sobre ele. Uma bomba devácuo conectada ao colchão faz com que as bolinhas fiquem comprimidas umas sobre asoutras, endurecendo o colchão. Terminado o uso da bomba de vácuo, ela pode serremovida porque uma válvula garante que não entre ar no colchão endurecido.

Quando se usa o líquido modelador, faz-se uma mistura de dois líquidos que formam uma

solução viscosa. Essa solução é colocada dentro de um saco plástico cuja boca deve serfechada. O paciente posiciona-se sobre esse saco plástico e aguarda alguns minutos. Acombinação correta dos líquidos faz com que a solução viscosa aumente de volume,

Page 14: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 14/34

Page 15: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 15/34

Page 16: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 16/34

Optando-se pelos blocos personalizados, é imprescindível se contar com um númerogrande de bandejas para se prender os blocos.

Bolus

Muitos dos pacientes submetidos à radioterapia necessitam de uma distribuição de dose

não disponível com campos únicos de tratamento. Nesses casos pode-se optar pelacolocação de materiais sobre a pele do paciente para alterar esse distribuição. Essesmateriais devem ser maleáveis e ter um excelente contato com a pele. Muitas vezes seusam opções não reprodutíveis, com chumaço de gaze molhada. Outros materiais nãomaleáveis e com inadequado contato com a pele.

Compensadores

Nas situações de tratamentos de pacientes com contornos irregulares, pode ser requeridaa confecção de moldes para compensar essas diferenças de contorno.

Simulador Convencional e CT – Sim

Os simuladores são equipamentos de radiodiagnóstico que possuem conformação eacessórios que mimetizam as unidades de tratamento de teleterapia. O princípiofundamental de seu funcionamento é a utilização de estruturas radiológicas comoreferencial para definição dos campos de tratamento. No caso dos simuladoresconvencionais, as estruturas utilizadas são parâmetros ósseos e de imagembidimensional: já nos CT-Sim, a imagem volumétrica projetada corte a corte se apresentacomo referência mais real na definição dos campos de tratamento.

Simulador Convencional:

Equipamento de radiodiagnóstico, equipado ou não com radioscopia, no qual parâmetrosósseos é a base na definição de campos de tratamento. Possui características emovimentação de todas as suas estruturas em correspondência com às unidades deteleterapia.

Mesa de tratamento: estrutura plana fixada em base especial que possui capacidade demovimentação súpero-inferior, látero-lateral, crâneo-caudal e oblíqua, esta última segundo

a rotação de sua base.

Page 17: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 17/34

 

Gantry: é o braço do aparelho; nele está fixados o cabeçote, na parte superior, e na parteinferior o intensificador de imagens. Possui movimentação súpero-inferior para definiçãoda distância de tratamento Focus Axis Distance (FAD) ou Distância Foco-Eixo (DFE), queusualmente é de 80 ou 100 cm para os equipamentos mais utilizados. Possui tambémcapacidade de posicionamento em

Cabeçote: localizado na extensão do gantry, é onde está localizada a ampola de raios-x erepresenta a fonte de radiação da unidade de tratamento. Nessa estrutura é fixada abandeja ou os aplicadores de tratamento. Também abriga os colimadores de feixe.

Colimadores: São estruturas que atenuam o feixe de radiação e estão antepostas a elede forma a colimar a radiação emitida. São denominados blades nos equipamentos maisnovos e permitem, através da diminuição da radiação espalhada, um otimização naqualidade da imagem radiográfica ou radioscópica. Outra estrutura abrigada pelocabeçote são os wires, fios metálicos dispostos paralelamente cuja projeção da suasombra através do campo luminoso determina a borda do campo de radiação.

Bandeja:  estrutura localizada na saída do feixe, anexa ao cabeçote, que serve parasuporte de proteções. Estas devem ser padronizadas por unidade de tratamento já que asdistâncias podem variar.

Page 18: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 18/34

Comando: são estações de controle do equipamento. Normalmente estão dispostos emduas estruturas: A primeira é um comando central localizado em área radioprotegida,onde o técnico e o médico, durante a radioscopia, movimentam livremente o equipamentoe alteram as referências de tratamento de forma dinâmica; é também de onde se disparaa ampola para realização de check films. O outro comando é portátil e está atrelado àmesa de simulação, onde todos os recursos de mobilização também estão disponíveis.

Esse último também é reconhecido como pendant..

Laser:  equipamento fundamental para qualidade; determina o isocentro de tratamento.Serve tanto como referência de posicionamento como parâmetro para o tratamento.

Intensificador de imagens:  localizado oposto à ampola de raios-x, tem como funçãocaptar a radiação emitida e produzir imagens correspondentes, visualizadas em monitorespecífico.

CT- Simulador

Equipamento de radiodiagnóstico utilizado para planejamento de radioterapia.Conceitualmente qualquer tomógrafo computadorizado pode ser utilizado com este fim

Page 19: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 19/34

desde que seja compatível com um software de planejamento de radioterapia.Recomenda-se, contudo que equipamentos do tipo helicoidal sejam preferencialmenteutilizados, já que o tempo de aquisição de imagens é muito menor e problemas demobilização e posicionamento são minimizados.

Tomógrafo Computadorizado:  mesmo equipamento utilizado para radiodiagnóstico,

desde que compatível com o software de planejamento. Necessita de mesa especialplana, de preferência semelhante à utilizada nas unidades de tratamento. A abertura dotomógrafo pode ser limitante quando há necessidade de utilização de acessórios deposicionamento, como por exemplo, o breast board.

Workstation (estação de trabalho):  A unidade de trabalho com software deplanejamento instalado, preferencialmente disposto em rede com o tomógrafo. Nessecomputador são definidos os contornos das estruturas envolvidas e dispostos os aspectostécnicos do tratamento.

Lasers:  são utilizados para determinação da referência de mobilização do isocentro.

Todas as mudanças no isocentro serão feitas a partir desse ZERO. Existemequipamentos que ainda permitem a mobilização lateral desse referencial, posição estaimpossibilitada pelo movimento limitado da mesa do tomógrafo.

Page 20: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 20/34

Aula 3. Técnica de tratamento (SAD e SSD),Isocentro,Colimadores simétricos, assimétricos e multi-lâminas,Definição de volumes de tratamento (GTC, CTV, ITV, PTV,VT,VI). 

TÉCNICA DE TRATAMENTO: DISTÂNCIA FONTE-EIXO (SAD) X (SSD) DISTÂNCIAFONTE-PELE.

Introdução

O planejamento do tratamento por radiação obedece a diversos critérios técnicos. Entreesses critérios, a distância da fonte de radiação até o alvo de tratamento é extremamenteimportante. Os equipamentos de teleterapia mais comuns são: a) Bomba de cobalto.Embora ainda existam bombas de cobalto operando a uma distância de 60 cm,freqüentemente operam na distância de 80 cm e muito raramente a 100 cm. b)Aceleradores lineares. Independente se de baixa ou alta energia os aceleradores lineares

operam à distância de 100 cm.

Distância fonte-eixo (SAD)

Sigla do inglês denominado Source Axis Distance, representa a distância da fonte deradiação até o eixo de rotação do aparelho, que em português é denominada DFE(Distância Fonte Eixo). Na prática clínica, consiste na determinação de um ponto em umadeterminada profundidade no paciente, ao redor do qual o aparelho irá girar (isocentro).

Distância fonte-pele (SSD)

Sigla do inglês denominado Source Skin Distance, representa a distância da fonte deradiação até a pele do paciente. Este termo, embora seja representado como DFS, diferedo mesmo conceito de DFS utilizado na programação de tratamentos em SAD. Nasprogramações em SSD o tamanho do campo de tratamento é definido na distância padrãodas máquinas de tratamento. (Ex: SSD com Cobalto=80cm, Acelerador Linear = 100 cm).É normalmente utilizada no tratamento de lesões superficiais abordáveis com apenas umcampo de tratamento, como por exemplo, tumores de pele, irradiação de parede torácicaapós mastectomias, irradiação de corpo vertebral etc. Embora indicada para lesões

superficiais, lesões profundas são também tratadas pela técnica da SSD, mesmo quandosão utilizados campos paralelos e opostos e/ou uma combinação de vários campos.

Page 21: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 21/34

 

Comparação entre as técnicas SSD x SAD

Um paciente tratado em SAD com o tamanho de campo definido na profundidade.Quando se modifica a distância para tratamento em SSD o tamanho do campo naprofundidade aumenta devido à divergência do feixe. Nesse caso podemos observar a

importância da distância da fonte de tratamento para o volume alvo, quando pequenasalterações implicam em mudanças no volume irradiado. O tamanho do campo definido napele em um tratamento em SAD é sempre menor que seu referencial em profundidade.Por isso o técnico deve ficar bem atento para a técnica de tratamento programada e quaisas correções necessárias a serem feitas caso haja alteração na técnica.

ISOCENTRO

Os laseres de posicionamento instalados em uma sala de radioterapia correspondem àdistância da fonte de radiação até o isocentro. Nos casos de SSD, para se achar a

distância de tratamento, basta posicionar o centro do campo sobre a interseção doslaseres. A mobilização do isocentro também pode ser feita utilizando o laser como

Page 22: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 22/34

referencial. É importante lembrar que a calibração deste acessório deve ser freqüente ecriteriosa.

COLIMADOR COM MULTI-LÂMINAS

O Colimador com multi-lâminas. Multleaf Colimator (MLC) é um sistema de colimação queusa várias lâminas finas com a finalidade de moldar o campo de tratamento. O MLCsomente está disponível para feixes de fótons. É constituído por pares opostos, paralelos,de lâminas de tungstênio, que deslizam entre si com uma velocidade de 1,5 cm/s, tendocada lâmina, um motor independente. Existe vários fabricante de MLC, dentre elescitamos: Varian, Siemens, GE, Philips. O número de pares de lâminas varia, podendo serde 26, 48 e 60, dependendo do fabricante.

Page 23: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 23/34

 

Alguns tratamentos também podem ser realizados pelatécnica do step and shoot, o que corresponde emposicionar as lâminas em cada um dos campos

conformados e proceder ao tratamento.

COLIMADORES ASSIMÉTRICOS

Colimadores são estruturas ou dispositivos metálicos, compostos normalmente porchumbo ou tungstênio, existentes em unidades de teleterapia. Têm como objetivo darforma aos feixes de radiação através de processo de absorção, permitindo a passagemde fótons por abertura fixa (colimadores fixos). Numa segunda etapa absorvem tambémfótons secundários, e por movimentação simétrica ou assimétrica permitem definiçãoapropriada das áreas de tratamento.

Colimadores fixos ou primários

Normalmente presentes em unidades de kilovoltavem (Kv) e megavoltagem (Mv), estãosituados junto à estrutura emissora de fótons (alvo) ou à .janela de saída de elétrons. Sãoexatamente os colimadores fixos que vão determinar o campo geométrico máximodisponível em determinado equipamento. Se utilizarmos como exemplo a unidade decobaltoterapia, considerando uma fonte radioativa com emissão em múltiplas direções, ocolimador fixo permitirá a focalização desses; daí a afirmação de que são capazes deformatá-los.

Colimadores móveis ou secundários

Também presentes em unidades de ortovoltagem e megavoltagem, se apresentam comodispositivos externos (aplicadores - cones) ou dispositivos próprios do equipamento. Nocaso dos aparelhos de megavoltagem, são dispostos em 2 pares, perpendiculares entre si

Page 24: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 24/34

e sobrepostos, em íntimo contato. Nos aceleradores mais modernos, dispomos dodeslocamento assimétrico, permitindo movimentação individualizada das bordas doscampos. Em muitas situações, vão substituir os blocos de colimação assim como permitira composição de campos irregulares na forma de múltiplas lâminas de colimação (MultiLeaf Collimation- MLC).

A utilização destes dispositivos permite maior agilidade no tratamento, com redução dotempo de permanência do paciente na sala.

DEFINIÇÃO DOS VOLUMES DE TRATAMENTO EM RADIOTERAPIA

Para descrever um tratamento com radiações ionizantes, são necessários, no mínimo, 3parâmetros: volume tratado, dose de radiação e técnica utilizada.

Recomendações do ICRU 50.

Volumes

O processo de determinação do volume de tratamento consiste de várias etapas. Doisvolumes devem ser definidos antes de se começar o planejamento. Esses volumes são:

Page 25: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 25/34

GTV (Gross tumor volume / volume tumoral).

CTV (Clinical target volume / volume alvo)

Durante o processo de planejamento, mais dois volumes são definidos:

PTV (Planning target volume / volume de panejamento).

Com os resultados do planejamento, passam a existir mais dois volumes:

Volume tratado.

Volume irradiado.

GTV: Gross Tumor Volume (Volume Tumoral Visível ou Palpável)

O GTV é o volume palpável ou visível do tumor. Esse volume corresponde à parte dadoença onde existe a maior concentração de células malignas. Se o tumor foi removidocirurgicamente, o GTV não pode ser definido.

Page 26: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 26/34

CTV: Clinical Tumor Volume (Volume Tumoral Clínico)

O CTV corresponde ao volume de tecido que contém um GTV visível e/ou doençamaligna microscópica subclínica. A doença subclínica pode ser considerada como adisseminação presumida da doença, como por exemplo, os linfonodos regionais.

PTV - Planning Target Volume

Para assegurar que todos os tecidos inclusos no CTV recebem a dose prescrita, énecessário, em princípio, planejar irradiar um volume geometricamente maior que o CTV.O PTV é o CTV mais as margens de erros, no qual podem estar inclusos, portanto

- O movimento do tecido que contem o CTV (ex.: respiração) e também o movimento dopaciente;

- A variação no formato do tecido que contém o CTV (ex.: diferentes níveis de repleção,enchimento, da bexiga);

- As variações das características geométricas do feixe (tamanho do feixe, angulações,etc.).

O PTV tem o formato geométrico parecido com o do CTV, só que maior em escala paraassegurar que todos os tecidos inclusos no CTV estão recebendo a dose prescrita.

Volume Tratado

Idealmente a dose deveria ser liberada somente no PTV, mas devido às limitações dastécnicas de tratamento isso não é alcançado e permite a definição do volume tratado.

Volume Irradiado

Volume irradiado é o volume de tecido que recebe uma dose considerada significativa emrelação a tolerância dos tecidos normais. Esse volume depende da técnica de tratamento

utilizada.

Page 27: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 27/34

ICRU - 62

O conceito global e a definição do PTV foram mantidos, mas foram definidas 2 margens:

1 IM - Margem Interna - a IM é definida para levar em consideração as variações dotamanho, forma e posição do CTV em relação a pontos de referência anatômica (isto é,

movimentação devido ao enchimento do estômago, bexiga, movimentos devido àrespiração e etc.).

2 SM - Margem de Set-up (posicionamento) - a margem de posicionamento é adicionadapara levar em consideração as incertezas devidas ao posicionamento do paciente. A SMestá relacionada principalmente com o posicionamento e imobilização do paciente; bemcomo com a estabilidade mecânica da máquina.

ITV (internal target volume – volume interno do alvo)

Essa é uma nova definição do ICRU, onde o volume é a soma do CTV com IM, isto é o

CTV com as margens devido a sua variação da posição e formato.

Podemos concluir então que: PTV = CTV + IM + SM

Page 28: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 28/34

Aula 4. Posicionamento, Check film e Portal film, Filtro de Varredura, Curva de Isodose.

Posicionamento

Tão importante quanto o início precoce do tratamento é que ele só seja iniciado após umprocesso criterioso e que todos os acessórios necessários sejam confeccionados e

estejam disponíveis antes da simulação do tratamento. Um planejamento deficiente poderesultar em mais dano do que benefícios ao paciente. Por exemplo, um tratamento paraseios da face, administrado através de técnica que não poupa o cristalino, resulta naformação de catarata. A irradiação do pâncreas com altas doses de radioterapia, seadministrada com técnica que não poupe os rins, fatalmente resultará em lesão renalirreversível. O posicionamento se torna crucial quando estruturas sensíveis estão perto dovolume-alvo. Todo o cuidado deve ser tomado para evitar a exposição dos órgãossensíveis. Abaixo está listado o limiar de tolerância de alguns órgãos. Quanto menor seulimiar maior a necessidade de cuidados.

A qualidade do posicionamento não deve em hipótese alguma ser comprometida com oobjetivo de se agilizar o tratamento. O técnico deve iniciar o tratamento apenas apóspleno conhecimento dos fatores envolvidos (acessórios, uso de filtros, proteções, etc.). Adefinição do volume a ser irradiada, a distribuição dos campos, a escolha da energia, sãoatribuições do radioterapeuta. As primeiras manobras de posicionamento são iniciadas nosimulador, onde o paciente deve ser colocado em decúbito dorsal ou ventral. O corpodeve ser alinhado com laser vertical, tendo como referência todas as estruturas de linhamédia (nariz, centro do mento, fúrcula esternal, cicatriz umbilical, sínfise púbica). Aprojeção lateral dos lasers normalmente não obedece a referências anatômicas, e deveapresentar semelhança no seu aspecto contralateral.

Além da mobilidade da pele, um fator crítico no posicionamento é a atenção da rotação do

gantry e do colimador, obedecendo à angulação programada. Pequenas distorções nesteposicionamento podem ocasionar grandes alterações no tratamento. O campo simulado a

Page 29: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 29/34

Page 30: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 30/34

Vantagens

  Facilidade de obtenção  Custo baixo  Durável

Desvantagens

  Aquisição tardia de imagem  Dependência de revelação  Difícil análise quantitativa (subjetiva)

O check film radiográfico é o seu custo de obtenção quando comparado à opção digital,bem como a duração dos filmes. A lei brasileira determina o arquivamento dadocumentação de tratamento radioterápico por 20 anos. A principal desvantagem é aaquisição tardia da imagem. O check film radiográfico nunca é realizado durante aaplicação do tratamento e sim antes ou depois do mesmo, podendo não corresponder à

realidade.

Para o check film digital:

Vantagens

  Imagem em tempo real  Aquisição de múltiplas imagens  Capacidade de processamento digital para otimização da imagem  Comparação numérica entre o filme de planejamento e filme de tratamento  Fácil integração em rede com os dados do tratamento de cada paciente

Desvantagens

  Custo do equipamento  Deterioração do arquivo magnético de imagem com o tempo  Fragilidade do equipamento  Dependência eletrônica  Inconveniente de interpretar as imagens em um monitor  Contínuas atualizações de software (mais custo)  Necessidade de manutenção especializada

O check film digital encontra a sua maior resistência no custo de aquisição e demanutenção dos equipamentos.

Portal film chech film

Page 31: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 31/34

Page 32: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 32/34

Page 33: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 33/34

 

Medição da isodose

Tradicionalmente as curvas de isodose são determinadas num fantoma dito semi-infinito.Ele é constituído por um recipiente (acrílico na maioria das vezes) que comporta um

volume de água da ordem de 50x50x50 cm³. Neste recipiente está afixado umposicionador que permite movimentar (manualmente ou com o auxílio de um computador)um detetor pelo menos em duas direções (profundidade e numa direção perpendicular). Odetetor deve apresentar um sinal com baixo ruído e ser pequeno (tipicamente são usadascâmaras de ionização ou diodos com volumes menores que 0,6 cm³).

As medidas das curvas de isodose são responsabilidade do físico médico da instalação.Elas são feitas normalmente num setup de SSD. Após o fantoma ser nivelado e alinhadocom o gantry, a sua altura é ajustado até que a superfície da água esteja no isocentro doaparelho de tratamento. O detetor é então alinhado com o campo luminoso e inicia-se umprocesso de varredura na vertical e horizontal. A quantidade de dados a serem medidos

depende se os cálculos serão todos manuais ou se será utilizado algum sistema deplanejamento. Como estas medidas são demoradas e feitas normalmente após ainstalação do aparelho de tratamento, recomenda-se um planejamento dos tipos detratamento que serão realizados para que as medidas adequadas sejam realizadas.

Page 34: radioterapia-130412190113-phpapp02

7/25/2019 radioterapia-130412190113-phpapp02

http://slidepdf.com/reader/full/radioterapia-130412190113-phpapp02 34/34