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Ramírio Thomé
Honestidade, simplicidade, solidariedade, comprometimento e sua fé e
religiosidade eram as maiores qualidades de Ramírio Thomé que nasceu na
cidade de Sinimbu, no dia 30 de dezembro de 1941, era filho de agricultores de
descendência alemã: José Thomé Filho e Lúcia Anton Thomé. E tinha sete
irmãos: Jandira, Lira, Íris, Lisane, Ademar, Elemar e Jussara.
Na sua infância até os seus seis anos de idade só falava alemão, e teve
o seu primeiro contato com a língua portuguesa a partir de quando começou a
frequentar a escola. Como seus primeiros quatro anos de vida foram marcados
pelo período da 2ª Guerra Mundial, quando a língua alemã havia sido proibido
no Brasil, seus irmãos se escondiam na lavoura quando avistavam algum
soldado ou autoridade, evitando qualquer contato.
Desde pequeno sempre teve vocação para a música. Seu pai, que era
músico e integrante de uma banda que toda a semana se reunia em sua casa
para ensaiar, logo perceberam seu dom e sua afinação, e assim seu pai
ensinou-lhe a tocar trompete.
* Nascimento: 30/12/1941
† Falecimento: 12/11/2015
Aos 14 anos Ramírio, começou a tocar profissionalmente na Banda
Cruzeiro de Sinimbu, sendo considerado um grande instrumentista. Também
tocou nas bandas Ideal e Trívole.
Outro de seus talentos era jogar futebol onde, sob o apelido de Mirim,
jogou e ganhou diversos campeonatos amadores pela equipe do Grêmio
Esportivo Sinimbu, sendo elogiado pela facilidade que tinha com a bola.
Mesmo depois de adulto, era admirado pela qualidade do futebol que jogava,
tendo sido convidado para jogar no profissional do Brasil de Pelotas quando
estava trabalhando na região de Morro Redondo.
De família católica praticamente, sempre cultivou a religiosidade, tendo
sido coroinha por muitos anos numa época em que as missas eram rezadas
em latim. Ele se orgulhava de rezar o “Confittio”, oração em latim, rezada pelos
coroinhas.
Sempre preocupado com a família, auxiliava seus pais na lavoura e nas
atividades de casa. Aos finais de semana, para ganhar um dinheiro extra, ia ao
Clube de Bolão Aurora para arrumar os pinos derrubados, utilizando os trocos
para ajudar na família ou ir ao cinema, um de seus principais divertimentos.
Ramírio tocando em um baile com a banda.
Ramírio sempre foi um aluno exemplar, estudou na Escola Nossa
Senhora da Glória de Sinimbu e, em regime de internato, na Escola Normal de
Educação Rural Murilo Braga de Carvalho, formando-se em professor rural.
Após, seguiu os estudos no Colégio São Luis, onde se formou técnico
em contabilidade. Também cursou até o 3º semestre do Curso de Direito.
Ele atuou como professor rural apenas por meio ano, desistindo da
profissão por falta de pagamento do salário do Governo do Estado.
Logo em seguida, Ramírio fez um teste para trabalhar na empresa
Souza Cruz, onde foi comunicado que teria passado no teste pelo Sr. Bruno
Franke, (que seria seu futuro chefe), que foi até Sinimbu para avisa-lo, nisso
Ramíro aproveitou a oportunidade para recomendar a contratação de outros
três amigos que teriam capacidade para trabalhar lá, assim ele mostrou que
Lembrança de sua formatura em professor rural.
Formatura de Ramírio em contabilidade no Colégio São Luis.
tinha um espírito de solidariedade. Ele permaneceu por 13 anos na Souza
Cruz.
Em 1977, ingressou como avaliador na Afubra, onde trabalhou por 36
anos. Quando ingressou na Associação dos Fumicultores do Brasil, logo foi
promovido a Coordenador do Departamento de Mutualidade. E graças a sua
facilidade com os números, passou a atuar como responsável pela elaboração
do custo de produção do tabaco, tornando-se conhecido e admirado pela
precisão e correção dos números. Mesmo ele coordenando uma grande
equipe, nunca se considerou chefe, mas sim colega e amigo, considerando os
funcionários que trabalhavam com ele como colaboradores, sempre agindo
com respeito, justiça, simplicidade e imparcialidade. Sempre se identificou
muito com os produtores do fumo, atendendo a todos com paciência e
cordialidade.
Ramírio Thomé só teve um único e grande amor de sua vida, que foi
Lídia Walczak Thomé, com quem se casou e teve dois filhos: Rodrigo e
Eduardo Thomé. Os dois se conheceram em Amaral Ferrador, município do sul
do estado que na época era distrito de Encruzilhada do Sul, quando passou a
trabalhar como instrutor de fumo na região. O primeiro contato entre eles
Ramírio e seu colega de trabalho na chácara da empresa Souza Cruz.
aconteceu quando ele participou de uma pescaria a beira do rio Camaquã, nas
terras de seu futuro sogro, a convite de seu amigo e colega José Henn que era
casado com uma prima de Lídia. Com sua simplicidade e alegre jeito de ser,
logo conquistou confiança da família Walczak, passando a namorar com a Lídia
com quem haveria de se casar e construir sua família. Mesmo com todas as
dificuldades da vida, foram muito felizes durante todos os anos em que
estiveram juntos, cumprindo até o fim o compromisso assumido no casamento.
Em sua adolescência gostava de jogar futebol e tocar em bailes. E após
o casamento gostava de sempre se reunir com seus colegas e amigo ao final
do expediente e confraternizar em família em datas especiais como Natal e
Ano Novo. Também gostava de passar alguns dias por ano na praia,
caminhando à beira-mar.
Gostava muito de sopa com bastante verduras e legumes, e fazer um
churrasco aos finais de semana.
Sempre praticou algum esporte, na sua infância e juventude jogava
futebol, e após a sua aposentadoria praticava diariamente uma caminhada ao
redor do campo do Parque da Oktoberfest.
Era torcedor do Internacional de Porto Alegre, embora não sendo
fanático, sempre festejava as conquistas do time e também gostava de
acompanhar os jogos da Seleção Brasileira.
Tinha uma excelente relação com a família. Não admitia qualquer tipo de
desavença ou briga em família, sempre se esforçando para que houvesse paz
e harmonia entre todos, adotando como lema em sua vida o amor ao próximo.
Sempre se considerou abençoado por Deus por ter conseguido
concretizar e realizar seus maiores sonhos, que era: ter uma família de bem e
unida e um emprego onde se sentisse feliz e realizado.
Mas infelizmente ele se foi, diagnosticado com câncer nos intestinos ele
não resistiu a doença e partiu deixando a família uma saudade imensa e vários
ensinamentos que dizia, como, “aprendemos a importância da prática da fé
como instrumento de ânimo e força para vencer e superar as dificuldades da
vida, onde sem Deus não somos nada”.
Mensagem da família para Ramírio Thomé:
“Obrigado por ter passado por nossas vidas. Por sua amizade,
simplicidade, companheirismo e ensinamentos deixados ao longo dos anos que
esteve conosco. Por sua alegria e jeito positivo e otimista de encarar as
dificuldades de vida onde, mesmo nos momentos mais difíceis, nunca se
entregou ou desanimou, sempre entregando sua vida nas mãos de
Deus, nosso Pai Celestial. Que esteja muito feliz em sua morada eterna, ao
lado de seus pais e irmãos que já partiram, olhando e velando por nós. Que
Nossa Senhora esteja sempre contigo, trazendo paz ao teu coração. Um dia
desejamos novamente estar contigo, se Deus assim quiser”.
Momentos especiais de Ramírio Thomé:
Formatura de seu filho Eduardo em Química Industrial.
Comunhão do seu filho Rodrigo.
Ramírio ordenhando uma vaca na chácara da empresa Souza Cruz.
Formatura de seu filho Rodrigo em Direito.
Ramírio e sua esposa na igreja Conceição.