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RCM 99 - Estruturas

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  • Edio 99 | 2010 | ISSN 1414-6517 Publicao Especializada da ABCEM Associao Brasileira da Construo Metlica

  • 4 Editorial O ao em evidncia

    6 CONSTRUMETAL 2010 O Congresso Latino-Americano da Construo Metlica

    08 O Archi-neering mostra suas obras

    12 Gustavo Penna: o ao como uma linguagem potica

    14 O Brasil decola mesmo

    16 Siegberg Zanettini: o ao e a sustentabilidade

    17 O estado da arte em estruturas de ao

    17 Light Steel Framing

    17 Infraestrutura, aeroportos e estdios

    17 O desenvolvimento de estruturas de ao e HSS Hollow Structural Section

    17 Estruturas de ao

    17 Sistemas tubulares em ao

    18 Prmio ABCEM 2010

    22 Exposio

    30 Atualizao na Norma de 2008

    32 Contribuies tcnicas

    34 Soluo para o dficit habitacional

    35 Prmio CBCA 2010

    36 O ao tem vida

    38 Opinio de Congressistas e Expositores

    40 Construindo com Ao Casa Pintangueiras

    42 Galvanizao Saneamento: concreto e ao galvanizado

    oferecem maior durabilidade

    44 Notcias ABCEM O show deve continuar

    45 2 Latingalva Conferncia Latino-americana

    de Galvanizao

    46 Estatstica Desempenho da distribuio INDA: agosto de 2010

    47 Scios & Produtos Empresas, entidades de classe e profissionais liberais

    50 Agenda Eventos do setor

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    12

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  • 4 Construo Metlica

    Edio 99 2010

    Publicao especializada da ABCEM Associao Brasileira da Construo Metlica

    Conselho Diretor ABCEM

    Presidente

    Jos Eliseu Verzoni (Metasa)

    Vice-Presidentes

    Carlos A. A. Gaspar (Gerdau Aominas)

    Jos A. F. Martins (MVC)

    Luiz Carlos Caggiano Santos (Brafer)

    Ulysses Barbosa Nunes (Mangels)

    Edson Miranda (Perfilor - ArcelorMittal)

    Diretores

    Ademar de C.Barbosa Filho (Codeme)

    Antnio Carvalho Neto (ABCEM Nordeste)

    Antnio Gattai (Gattai Estruturas de Ao)

    Ascnio Merrighi (Usiminas)

    Gilso Galina (Aotec)

    Horcio Steinmann (UMSA)

    Luiz Carlos de Lima (Metasa)

    Marcelo Manzato (Manzato)

    Marcelo Micali Ros (CSN)

    Marino Garofani (Brafer)

    Norimberto Ferrari (FAM Constr. Metlicas)

    Paulo Alcides Andrade (Paulo Andrade Enga.)

    Diretora Executiva

    Patrcia Nunes Davidsohn

    [email protected]

    Secretaria Geral

    Av. Brig. Faria Lima, 1931 - 9o andar

    01451.917 - So Paulo, SP

    Fone/Fax: (11) 3816.6597

    [email protected]

    www.abcem.org.br

    Redao

    Mimi Duprat

    [email protected]

    Colaborao

    Ariane Souza

    Publicidade e Marketing

    Elisabeth Cardoso

    [email protected]

    Projeto Grfico

    Paulo Ferrara Sansei Projetos

    [email protected]

    Direo de Arte e diagramao

    Antonio Albino

    Tratamento de imagens

    Fabiano Valverde Rodrigues

    Impresso

    CGP grfica Paulista

    Redao e Publicidade

    Av. Brig. Faria Lima, 1931- 9o andar

    01451.917 So Paulo, SP

    Fone/Fax: (11) 3816.6597

    www.abcem.org.br

    Tiragem

    5.000 exemplares

    Capa: ilustrao de Paulo Ferrara

    Construo Metlica uma publicao trimestral, editada desde 1991, pela ABCEM - Associao Brasileira da Construo Metlica, entidade que congrega empresas e profissionais da Construo Metlica em todo Brasil. A revista no se responsabiliza por opinies apresentadas em artigos e trabalhos assinados. Reproduo permitida, desde que expressamente autorizada pelo Editor Responsvel.

    O nosso pas vive um momento importante em seu processo de desenvolvimento. Alm da necessidade frequente de ampliar e melhorar a infraestrutura pblica, o Brasil v-se diante do desafio de sediar a Copa de 2014 e as Olimpa-das de 2016. Esses eventos atraem a ateno do mundo inteiro e demandaro recursos e mobi-lizaro empresas e pessoas, oferecendo inme-ras oportunidades de crescimento para diversos setores da indstria brasileira, incluindo o da construo metlica.

    E foi nesse cenrio de otimismo que o CONS-TRUMETAL 2010 tornou-se, durante trs dias, o foco de construtores, investidores, profissionais e potenciais clientes. Nessa edio, a quarta em sua histria, o evento teve uma extraordinria adeso de profissionais e especialistas do segmento, em-presrios e representantes da indstria. A presen-a de renomados palestrantes nacionais e interna-cionais atraiu um nmero recorde de pblico.

    Nas palestras tcnicas, foram apresentadas as novidades relacionadas com tecnologia, pro-cessos e melhores prticas. Na exposio, que contou com a presena expressiva de empre-sas estrangeiras, os corredores permaneceram lotados de interessados em conhecer mais so-bre os produtos e os servios que a indstria da construo metlica tem a oferecer. O espao da exposio transformou-se em um legtimo f-rum de negcios e de construo de parcerias, integrando toda a cadeia produtiva e a de for-necimento. Enfim, um evento do mais absoluto xito, que j se consolidou como o de maior re-levncia para o crescimento e o desenvolvimen-to do mercado brasileiro da construo metli-ca, e no qual se pode mostrar a capacidade e a potencialidade do nosso segmento. Um evento que nos enche de orgulho por termos o privil-gio de realiz-lo e organiz-lo.

    Esta edio traz uma ampla cobertura do evento e de sua repercusso.

    Boa leitura!Jos Eliseu Verzoni

    Presidente da ABCEM

    O ao em evidncia

  • 6 Construo Metlica

    CONSTRUMETAL 2010

    O Congresso Latino-Americano da Construo Metlica O CONSTRUMETAL 2010 discute as oportunidades, desafios e capacitao profissional do setor da construo em ao diante da atual fase do desenvolvimento brasileiro

    Componentes da mesa de Abertura

    Da esq. para a dir.:Catia Mac Cord Superintendente do IABrJoo Pignataro Ferreira representando o Ministro Miguel Jorge do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio ExteriorAlberto Posi ILAFAGilson Santos Bertozzo Superintendente do Sindisider / Inda

    A boa situao da economia brasileira influencia a demanda dos segmentos do ao. Segundo o Instituto Ao Brasil (IABr), o consumo aparente de

    produtos siderrgicos dever ter um aumento de

    34,5% em relao a 2009. Responsvel por 30% do

    consumo de ao, o setor da construo civil assiste a

    esse aquecimento, tanto nas obras de infraestrutura

    quanto na rea habitacional. Alinhado a esse cen-

    rio, o CONSTRUMETAL 2010 foi realizado em So

    Paulo, de 31 de agosto a 02 de setembro, no Frei Ca-

    neca & Convention Center. Em sua quarta edio, o

    evento que acontece a cada dois anos considerado

    o maior da construo metlica da Amrica Latina.

    Organizado pela Associao Brasileira da

    Construo Metlica (ABCEM), que tem por obje-

    tivo o desenvolvimento do mercado da construo

    metlica, o Congresso foi realizado em um especial

    momento do desenvolvimento socioeconmico bra-

    sileiro. Oferecendo ao pblico, formado por profis-

    sionais do setor, a possibilidade de refletir sobre as

    oportunidades de demanda, atualizar o conheci-

    mento sobre produtos e servios da cadeia produ-

    tiva da construo em ao, conhecer a produo de

    arquitetos e construtoras, e participar das aes de

    incentivo ao uso do competitivo ao em edificaes

    e obras de infraestrutura.

    O panorama da economia brasileira em rela-

    o economia global foi apresentado por Ricar-

    do Amorim. Um quadro sobre o consumo do ao

    em geral e a sua participao na construo civil foi

    resgatado na conferncia do Centro Brasileiro da

    Construo em Ao (CBCA), e outros painis abor-

    daram a questo da demanda habitacional.

    A exibio que se realizou paralelamente ao

    Congresso foi representada pelos principais forne-

    cedores da construo metlica. Reuniu fabricantes

    de estruturas e coberturas de ao, empresas de gal-

    vanizao, e indstrias de componentes e materiais

    complementares. O destaque ficou com a expressi-

    va quantidade de expositores internacionais, com

    foco no mercado nacional e nos estandes de em-

    presas de software de desenvolvimento de projetos

    de estruturas.

    Palestras sobre produtos nacionais e interna-

    cionais complementaram a oportunidade para que

    todos conhecessem a capacidade do setor.

    Nas palestras dos arquitetos Helmut Jahn e

    Gustavo Penna foram apresentadas a vivncia des-

    ses profissionais e suas produes na rea de edifica-

    es, em particular na construo em ao.

    O professor e arquiteto Siegbert Zanettini, em

    sua palestra sobre o Centro de Pesquisa da Petro-

    bras, na ilha do Fundo no Rio de Janeiro, abordou

    a questo da sustentabilidade e a complexidade do

  • Construo Metlica 7

    Nosso segmento est preparado para o momento.Jos Eliseu Verzoni, presidente da ABCEM

    Abertura do eventoO engenheiro Jos Eliseu Verzoni, presidente

    da ABCEM abriu o CONSTRUMETAL 2010 com

    otimismo em relao aos investimentos tanto do

    setor privado quanto do governo nos programas

    habitacionais de casas populares, nas obras de infra-

    estrutura, nos PACs e no Pr-sal que sozinho vai

    demandar grande consumo de estruturas metlicas,

    e grandes expectativas em relao aos eventos Copa

    do Mundo 2014 e Olimpadas 2016. Nosso seg-

    mento est preparado para o momento pontuou

    Verzoni. Destacou os investimentos no setor nos

    ltimos quatro anos e o expressivo aumento da ca-

    pacidade fabril. Citou ainda a importncia do evento

    CONSTRUMETAL no fortalecimento de parcerias

    no segmento da construo metlica.

    O presidente da ABCEM registrou tambm as

    aes institucionais que a Associao promove com

    o apoio de outras entidades do setor; seus programas

    de qualidade e a grande aceitao de suas iniciativas

    educacionais que, a cada edio, tm atrado maior

    nmero de interessados.

    gerenciamento de projeto em obras de grande porte.

    Zanettini detalhou, tambm, as vantagens da utili-

    zao do ao em projetos de edifcios.

    A preocupao, por parte da ABCEM, com a ca-

    pacitao e o incentivo profissional foi representada

    pela apresentao de estudos, contribuies tcni-

    cas, e palestras de cunho acadmico e promocional

    por profissionais, professores, mestres e doutores

    especializados no segmento da construo metlica.

    O curso sobre a atualizao na Norma Brasi-

    leira para estruturas em ao contou com a inscrio

    de engenheiros que j atuam profissionalmente no

    segmento e que, diante da ampliao da demanda,

    buscaram aperfeioamento profissional.

    Durante o Congresso houve, ainda, a entrega

    do Prmio ABCEM, o qual tem por objetivo o reco-

    nhecimento e incentivo aos arquitetos que se desta-

    caram em seus projetos com ao.

    Os eventos realizados durante o CONSTRU-

    METAL 2010 demonstraram o seu alinhamento

    com todas as questes da atual fase do desenvol-

    vimento do Brasil.

    Apoios

    Organizado pela ABCEM Associao Brasileira da Construo Metlica, o CONSTRUMETAL 2010 recebeu apoio da AARS Associao do Ao do Rio Grande do Sul, do CBCA Centro Brasileiro da Construo em Ao, do Instituto Ao Brasil, do ILAFA Instituto Latinoamericano del fierro y el Acero, do AISC American Institute of Steel Construction, e do INDA Instituto Nacional dos Distribuidores de Ao.FO

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  • 8 Construo Metlica

    CONSTRUMETAL 2010 Palestra Master

    Sem um bom cliente, no possvel construir um edifcio inovador.Helmut Jahn

    O Archi-neering* mostra suas obrasO arquiteto Helmut Jahn abre o ciclo de palestras do CONSTRUMETAL 2010

    Helmut Jahn abriu o ciclo de palestras do CONSTRUMETAl 2010 e fez sua primeira apresentao para o pblico

    brasileiro, falando sobre o conceito Archi-

    neering e a utilizao de novas tecnologias

    para preservar os recursos naturais.

    Em nosso trabalho, estamos interes-

    sados, desde o comeo dos anos de 1990, na

    integrao de Arquitetura e Engenharia, a

    Archi-neering, demolindo as barreiras que,

    frequentemente, existem entre essas disci-

    plinas. Ns quisemos integrar os assuntos

    formais, funcionais, tcnicos e ambientais

    em uma arquitetura bonita e sustentvel.

    A nfase est no desempenho, no sendo

    puramente esttica.

    Conseguimos essa integrao de-

    senvolvendo novas tecnologias e concei-

    tos. A meta fazer edifcios mais eficien-

    tes, tanto em relao sua construo

    quanto sua utilizao, conservar recur-

    sos e us-los das formas mais reciclvel

    e sustentvel possveis. So maximizados

    os recursos naturais e o conforto; j o

    *Archi-neering = arquitetura + engenhariaDemolindo as barreiras que existem entre as duas disciplinas.

    equipamento tcnico minimizado.

    O ao uma parte importante e deci-

    siva nessa arquitetura. um material fasci-

    nante, que permite maior preciso no design

    e na construo e que, se usado da forma

    correta, oferece muitas vantagens: presta-se

    ao design leve, permite a fabricao em maior

    escala e pode ser pr-montado, o que torna

    mais fcil tanto o seu transporte quanto a sua

    montagem no local onde vai ser utilizado.

    Alm disso, o ao reciclvel e, em contras-

    te com o concreto, tem um potencial de de-

    RCM: A seu ver como est a demanda mundial por de projetos? E

    quais so as chances para o ao?

    Helmut Jahn No h tantos projetos hoje em dia. O boom da

    construo foi no setor de prdios de apartamentos e, hoje, h

    milhares de vazios nas grandes cidades por todos os Estados Unidos.

    O governo est investindo, mas difcil. So muitos escritrios

    competindo. Os projetos que mostrei no foram feitos nos EUA.

    H uma grande dificuldade em levantar os recursos e os oramentos

    diminuram. Mas a construo com ao deve crescer nos setores

    automobilstico e naval. A produo vem da necessidade. Acho que o

    futuro est no ao. Ns no devemos desviar daquilo que queremos

    Helmut Jahn responde Revista Construo Metlica

    como arquitetos. J enfrentei tempos difceis como hoje em meus 40

    anos de prtica. Mas as coisas no acabam de uma hora para a outra.

    RCM: Um edifcio constri-se mais rpido em ao?

    Helmut Jahn O tempo de uma construo no o mais importante.

    O aeroporto de Bangkok, por exemplo, s poderia ter sido feito em

    ao. A vantagem que podemos desenhar de uma forma mais precisa,

    levantar o prdio dentro do tempo programado e ele no afetado

    pelo clima. mais fcil de construir e desmontar. O ao reciclvel, o

    concreto no. Ele possibilita que voc faa coisas que no consegue

    com o concreto.

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  • senvolvimento tecnolgico e de refinamento

    mais avanado. Isso se aplica a seu corte, sol-

    dadura, moldagem, revestimento e pintura.

    A escolha de ao ou concreto no

    depende s do design ou do arquiteto e

    do engenheiro, baseada nas condies

    regionais, nas preferncias locais ou nos

    tipos de construo: escritrios podem

    ser de ao ou concreto, apartamentos e

    hotis tendem para o concreto. A Europa

    e o Oriente Mdio favorecem o concreto,

    j os Estados Unidos variam entre o ao

    e o concreto, baseados em custos, condi-

    es de mercado e demanda.

    O uso inovador do ao em muitos

    dos nossos edifcios combinado ao

    uso do vidro, o que determina os resul-

    tados estticos.

    O que ns, como arquitetos, enge-

    nheiros e empreiteiros, podemos fazer

    trazer uma atitude positiva e inovadora

    em relao a essas tarefas, porque essa

    atitude pode mudar o mundo, para me-

    lhor ou para pior.

    Helmut Jahn

    Arquiteto reconhecido

    mundialmente, nasceu na Alemanha

    em 1940 e foi para os Estados

    Unidos em 1966 para estudar

    Arquitetura. Em 1967, comeou a

    trabalhar no tradicional escritrio de

    arquitetura C.F. Murphy Associates,

    em Chicago. Em 1988, tornou-se

    diretor do escritrio, cujo nome

    mudou para Murphy/Jahn Architects.

    J recebeu dezenas de prmios e

    condecoraes de vrias instituies

    ao redor do mundo.

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  • 10 Construo Metlica

    CONSTRUMETAL 2010 Palestra Master

    Helmut Jahn demonstrou o uso do ao em sete de seus projetos, construdos ou no, quais sejam: Sony Center, em Berlim; Aeroporto de Suvarnabhumi,

    em Bangkok; Post Tower, em Bonn; Highlight Munich Business

    Towers, em Munique; Merck Serono,

    em Genebra; Mnchen Stadion,

    em Munique; RAk Spire, nos Emirados

    rabes.

    Highlights Munich Business TowersSimplificao do que foi feito na Post Tower, sem prejuzo para o desempenho. Um paralelograma. A fachada foi desenhada tendo em mente aspectos tecnolgicos e ecolgicos, o que proporciona aos edifcios uma aparncia clara e transparente

    Post Tower O que faz do Post Tower nico a luz do dia, a ventilao natural,

    a energia solar e o conceito da building skin, que modela seu

    prprio clima. Em nosso mundo cada vez mais complexo e

    industrializado, ns, mais uma vez, precisamos prestar ateno nossas respostas naturais e aes intuitivas

    Rak Spire Projeto de um edifcio de 875 metros de altura que seria parte de um bairro de arranha-cus, de uma nova cidade de 500 mil habitantes nos Emirados rabes

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  • Merck SeronoA sede da gigante empresa farmacutica e de biotecnologia representa tudo o que o escritrio Murphy/Jahn est estudando e desenvolvendo h anos para chegar nesse nvel de sofisticao: a integrao perfeita entre o trabalho de arquitetos e engenheiros, que perfeitamente entendida pelo cliente

    Sony Center Oito edificaes, cobertas por uma grande estrutura de ao, vidro e tecido. Um grande jogo de sombra e luz natural

    Munich StadiumProjeto para o estdio de Munique: mesmo com o fechamento do teto, tem-se 90% de aproveitamento da luz diurna

    Aeroporto Internacional SuvarnabhumiUm vo de 145 metros, viabilizado pelo ao. Uma soluo inteligente, sofisticada e simples para ser a porta de entrada da Tailndia, que fica na memria quando se sai do pas

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  • 12 Construo Metlica

    CONSTRUMETAL 2010 Palestra Master

    Gustavo Penna: o ao como uma linguagem poticaO arquiteto mineiro foi o palestrante master do segundo dia do CONSTRUMETAL 2010

    Gustavo Penna pauta sua criao nos aspectos regionais de Minas Gerais e utiliza o ao como linguagem potica.

    O arquiteto acredita que o Brasil deve

    perseguir uma arquitetura com recursos

    e necessidades brasileiras. Reconhece a

    importncia dos projetos desenvolvidos

    por grandes arquitetos globais, que so

    espetculos vertiginosos, porm feitos

    para atender uma necessidade miditi-

    ca e por vezes narcisista dos pases

    emergentes. Podemos, tambm, fazer o

    espetculo da arquitetura brasileira, pois

    no estamos atrs de boniteza, mas esta-

    mos atrs da beleza, diz o arquiteto.

    Penna apresentou vrios proje-

    tos utilizando o ao, entre eles, dentro

    do campo educacional, o Escolas em

    Ao, para o governo de Minas Gerais e

    o projeto da Escola de Arte Guignard.

    Apresentou, tambm, o Memorial da

    Imigrao Japonesa na Pampulha, o

    Expo-Minas, o Museu de Congonhas e,

    ainda, o projeto de readequao do Mi-

    neiro, em parceria com a alem GMP.

    Citou exemplos de residncias constru-

    das com a tecnologia Steel Frame, como a

    casa em Nova Lima, Minas Gerais.

    Defendendo o uso mais intensivo

    do ao, afirma que, no Brasil, na maior

    parte das vezes, ele utilizado para gal-

    pes industriais, passarelas e pontes.

    Mas isso s um comeo. Acredita que

    o ao v ser amplamente utilizado como

    expresso em todas as manifestaes ar-

    quitetnicas.

    RCM O que o COnstRuMetal?

    Gustavo Penna Para mim o nico evento no Brasil que trata

    da construo metlica, alm de sua matria. Ou seja, pensamos

    tambm na arte que podemos fazer com isso.

    RCM Deveria haver mais eventos que tratem do uso do ao

    na construo?

    Gustavo Penna As grandes empresas da cadeia produtiva

    (siderrgicas, grandes montadoras) deveriam estar preocupadas

    em demonstrar que fazem obras de arquitetura notvel. Deveriam

    convidar a arquitetura brasileira: ousem, atrevam-se, que ns

    topamos! Ainda h argumentos castradores que cobem a

    criatividade. Deveriam ir aos meninos das escolas de arquitetura e

    dizer: Pensem, sonhem com ao! Como disse Disraelli: A vida

    muito curta para ser pequena.

    RCM Quando voc comeou a utilizar o ao em sua arquitetura?

    Gustavo Penna Foi na Casa do Jornalista, em 1981. Eu ganhei

    um concurso com a proposta de uma viga de 24 metros que passava

    Gustavo Penna responde Revista Construo Metlica

    por cima de uma praa. No foi feito, assim como vrios projetos que

    foram pensados para ao. As grandes obras em ao se recusam a

    acontecer. O meu projeto do Monumento Liberdade de Imprensa,

    que est l h 15 anos, tambm no foi construdo.

    RCM Voc trabalha unicamente com ao?

    Gustavo Penna No. O que eu apresentei nessa palestra foram

    alguns projetos em ao, mas tenho muitos outros projetos que no o

    so, por exemplo, o Memorial Tiradentes, em que utilizo o concreto

    ciclpico. Nasce da montanha, aquela coisa que vem do cho.

    RCM existe alguma diferena em projetar com ao? Que

    interferncias h no processo e na concepo?

    Gustavo Penna No h diferena. Todos os projetos seguem o

    mesmo princpio. Voc faz eleies. medida que isso acontece, voc

    se aproxima das necessidades de solues dos problemas advindos

    dessas eleies. Este o momento mais gostoso, pois voc comea a

    compartilhar sua criao com mais gente. Isso deixa de ser um assunto

    interno para ganhar outras dimenses. muito rico esse processo.

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  • Escolas em Ao

    Elementos mineiros:

    tringulos e varandas

    Memorial da Imigrao Japonesa O uso do ao possibilitou a plasticidade pretendida pelo arquiteto

    Escola Guignard Uso de vigas de

    alma cheia em curva

    Casa emNova Lima Uma das obras residenciais em steel frame

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  • 14 Construo Metlica

    CONSTRUMETAL 2010 Palestra Master

    Ricardo Amorim economista, con-sultor, comentarista da Rdio Eldo-rado, colunista da revista Isto e um dos

    apresentadores do programa Manhattan

    Connection, do canal GNT.

    Amorim voltou a morar no pas de-

    pois de nove anos em Nova York, porque

    o que est comeando a acontecer aqui

    to espetacular que eu seria maluco

    se no tivesse voltado! E diz que o que

    acontece pelo mundo, como a crise nos

    pases ricos, um verdadeiro tsunami

    jogando a nosso favor.

    Abriu sua palestra magna, no

    CoNsTRumETAl 2010, com o slide da

    capa da revista inglesa The Economist. A

    capa cujo ttulo

    o Brasil decola

    mostra uma mon-

    tagem com o Cristo

    Redentor, no Rio de

    Janeiro, decolando como se fosse um fo-

    guete. E esse foi o tom de sua apresentao.

    Nossa economia requer muitos cuidados e

    ainda existem muitas preocupaes, como

    as altas taxas de juros e a pesada carga tri-

    butria. mas a boa notcia que, nos lti-

    mos cinco anos, a mdia de crescimento do

    Brasil quase dobrou era de 2,4% e chegou

    a 4,7% ao ano no final desse perodo. Preci-

    samos aprender a enxergar o Brasil como o

    pas que est dando certo e no mais como

    o pas do futuro que s vimos dar errado.

    E apesar de o mercado brasileiro ser menor

    que o americano, pases europeus ou o ja-

    pons, ele cresce mais que o deles. Vrias

    empresas esto ganhando mais dinheiro

    aqui do que l fora.

    sobre o consumo pelo mundo,

    Amorim afirmou que o eixo de consumo

    mudou: saiu dos pases ricos e veio para

    os pobres. os pases ricos esto ven-

    dendo como vendiam h trs anos. Ns

    estamos vendendo 50% mais do que na-

    quele perodo. o consumo de massa est

    vindo para c, de tal forma que os pases

    que mais esto crescendo no mundo

    entre eles a China, a ndia, o Brasil e a In-

    donsia tm uma caracterstica comum:

    os quatro esto entre os mais populosos

    do mundo. segundo ele, o americano,

    quando ganha mais, no come mais. J o

    O Brasil decola mesmoRicardo Amorim deixa mensagem otimista para o auditrio repleto de empresrios do setor

    Capa da revista The Economist.

    Novembro de 2009

    Plateia na palestra de Ricardo Amorim

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  • chins, o indiano e o brasileiro vo comer

    mais, e isso significa demanda de produ-

    to bsico.

    Nos ltimos trs anos, oito milhes

    de empregos deixaram de existir nos Esta-

    dos unidos. No Brasil, no mesmo perodo,

    foram criados cinco milhes de empregos

    formais, na ndia foram trs milhes e

    na China 19 milhes. Amorim pergunta

    Cad a crise global? No uma crise glo-

    bal. o que ns temos uma mudana no

    centro de gravidade da economia mun-

    dial, saindo de l e vindo para c.

    o conselho do economista para a pla-

    teia foi: Em primeiro lugar, mirem suas

    vendas em vendas domsticas. A venda

    de produtos e bens como imveis que

    depende de crdito a que mais cresce no

    Brasil. Bom para voc do setor de ao. De-

    pois, mirem em pases emergentes. Ven-

    der para pases ricos, nos prximos anos,

    vai ser muito complicado.

    A percepo, para quem no do

    setor, que o ao mais para o imvel

    sofisticado. o que eu acho que vocs

    precisam populariz-lo em relao a sua

    utilizao na construo. na populari-

    zao da construo civil que vai estar o

    maior crescimento das vendas de ao no

    Brasil.

    Nos ltimos anos, a estabilidade econmica permitiu uma forte expanso do crdito, que continuar e, talvez, at se acelere nos prximos anos, medida que o dlar, a inflao e os juros voltem a cair. Somando-se a isso, os impactos positivos da Copa do Mundo e das Olimpadas, os setores de infraestrutura, imobilirio, automobilstico e de turismo impulsionaro o crescimento do pas, expandindo a demanda interna por ao.Ricardo Amorim

  • 16 Construo Metlica

    CONSTRUMETAL 2010 Palestras

    Siegberg Zanettini: o ao e a sustentabilidadeGrande defensor do ao na construo, o arquiteto apresenta o projeto CENPES II e as bases dos seus conceitos projetuais

    A palestra do arquiteto Siegberg Za-nettini teve como tema o projeto do CENPES II Centro de Pesquisa e Desen-

    volvimento da Petrobras, com a participao

    de representantes dessa empresa envolvidos

    no gerenciamento do empreendimento.

    considerada a maior, mais moderna

    e ecologicamente sustentvel obra, mesmo

    quando comparada ao CENPES original,

    j avaliado como um dos maiores polos de

    pesquisa do mundo na rea de Petrleo.

    Zanettini comentou a importncia do

    ao na construo do CENPES II, que pro-

    ps um novo paradigma para a arquitetu-

    ra brasileira, possibilitando a incluso de

    questes sobre ecoeficincia, sustentabili-

    dade, utilizao de condies ambientais

    naturais, incorporao de novas formas de

    energia e interao com os ecossistemas

    natural e construdo. Nesse projeto, houve

    o uso de tecnologias limpas, arquitetura

    contempornea e ecossistmica.

    O projeto, de carter inovador, inte-

    gra reas cientficas e de criatividade na

    estruturao, no processo sistmico defi-

    nido, estruturado e criativo, como siste-

    mas de ecoeficincia, no planejamento, na

    organizao e na racionalizao da obra.

    Por que o ao, segundo Zanettini

    Permeabilidade do olhar

    Leveza e transparncia do ao: a primeira permite delinear

    formas mais esbeltas e a segunda contribui para um olhar

    contnuo, sem as interferncias estruturais.

    Simetria e regularidade da estrutura

    O processo industrial permite peas feitas em srie,

    possibilitando as mesmas dimenses e a regularidade estrutural.

    Harmonia e proporcionalidade

    Praticidade: equalizao de vos e dimenses das peas.

    Possibilidade de reduo da rea de estocagem no canteiro de

    obras em funo da praticidade de montagem, visto que as

    peas pr-dimensionadas j vm prontas para instalao.

    Padronizao de usos

    Conceito sistmico: processo metodolgico.

    Facilidade de transporte

    Logstica: transporte de materiais pr-determinados, economia

    de tempo, entregas programadas.

    Organizao do canteiro de obras

    Materiais de acordo com a sua utilizao: uso conforme o

    consumo/ordem e a sequncia de acomodamento das peas.

    Racionalizao de materiais e mo de obra

    Adequao da quantidade de materiais sem perda,

    e mo de obra com funes definidas e exercidas conforme

    especializao.

    Sistemas para uso racional: metodologia e rapidez

    de montagem.

    Sistema e mtodos para agilidade e rapidez de instalao.

    Montagem: planejamento, racionalizao e sistematizao

    promovem velocidade e qualidade.

    Planejamento requer flexibilidade.

    Clareza na inteno dos detalhes

    Obras complexas sempre tm contribuies precisas dos

    calculistas, isso leva execuo quase imediata da obra,

    torna-a correta e permite aprovar certificaes.

    Reversibilidade

    A reversibilidade na maneira de se focar espaos e solues

    possibilita a reverso em prazos muito curtos.

    PALESTRA 1

    No alto, da esq. para dir.: Eng. Antero M. Abreu Petrobras,

    Carlos Cezar de Oliveira IECP,

    Marcelo Micali CSN. Abaixo, Siegberg

    Zanettini durante sua palestra

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  • Construo Metlica 17

    O estado da arte em estruturas de aoParticiparam dessa

    apresentao o engenheiro

    ingls Fergus McCormick,

    da Buro Happold, Frederico

    Donagemma, da Noronha

    Engenharia, Luiz Carlos

    Cagiano, da Brafer e

    vice-presidente da ABCEM

    como mediador, e o engenheiro Anderson Leris, da Usiminas

    Mecnica. Foram apresentados alguns estudos de caso para ilustrar o

    tema. O engenheiro Donagemma descatou: O ao prtico, o ao

    rpido e o ao pode ser barato. S depende da qualidade do projeto e

    da boa interao com o fabricante.

    PALESTRA 2

    infraestrutura, aeroportos e estdiosFez parte do painel o

    arquiteto Robert Hormes,

    diretor da alem GMP von

    Gerkan, Marg & Partners,

    hoje com escritrios no

    Brasil, que participou de

    obras como os estdios

    Green Point e Dubai Sport

    City e de projetos para os estdios do Morumbi e do Mineiro.

    Outro convidado foi o engenheiro Knut Stockhusen, responsvel

    hoje no Brasil pela concepo de projetos da tambm alem SBP

    Schlaich Bergermann and Partner.

    PALESTRA 4

    Light Steel FramingAlexandre Mariutti, da

    Construtora Sequncia,

    destacou as vantagens da

    utilizao do steel frame,

    como preos competitivos,

    facilidade de fornecimento,

    prazo de entrega 35% mais

    rpido que o da construo

    convencional, pequeno impacto ambiental, manuteno simples e

    grande qualidade construtiva. Como exemplos, citou o Complexo

    Urucu da Petrobras, no Amazonas, a Comperj, refinaria da Petrobras

    em itabora, no Rio de janeiro, e a vila Dignidade do CDHU,

    em Avar, So Paulo.

    PALESTRA 3

    O desenvolvimento de estruturas de ao e HSS Hollow Structural Section Massao Sonoda,

    vice-diretor da Diviso

    de Produtos para

    Construo, da Nippon

    Steel & Sumikin Metal

    Products, apresentou

    produtos e solues de

    sua empresa.

    PALESTRA 5

    Sistemas tubulares em aoO canadense Jeffrey

    A. Packer, professor

    doutor da Universidade

    de Toronto, no Canad,

    em sua apresentao,

    destacou a arquitetura

    livre. Podemos contruir

    qualquer coisa com perfis

    tubulares, disse ele.

    PALESTRA 7

    Estruturas de aoRicardo Chagas Saraiva,

    da TkCSA, Oswaldo

    Barbosa, Augusto Paiva

    e Silva e Daniel Taissum

    Cardoso, da Tecton

    Engenharia, apresentaram

    o projeto da estrutura de

    ao do prdio da Aciria

    da Thyssenkrupp CSA Companhia Siderrgica Santa Cruz,

    Rio de janeiro.

    PALESTRA 6

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    A ABCEM, h cada 2 anos, promove o Prmio ABCEM porque entende que o reconhecimento de profissionais da rea da construo que se destacam

    em projetos, cuja concepo voltada para o uso do

    ao em suas diferentes formas, um dos pontos-chave

    para o desenvolvimento do setor.

    O Prmio ABCEM 2010 contou com a participao

    de arquitetos, engenheiros, empresas construtoras e

    fabricantes de estruturas metlicas. No total foram

    inscritas 22 obras. Os vencedores foram anunciados

    dia 31 de agosto, durante a cerimnia de abertura

    do Congresso Latino-americano da Construo

    Metlica CONSTRUMETAL 2010. Os projetos foram

    classificados de acordo com seus contedos, elementos

    e componentes, predominando a utilizao do ao,

    bem como as estruturas mistas de ao-concreto.

    Os critrios determinantes foram: criatividade

    e inventividade, soluo tcnica, valorizao da

    utilizao do ao na obra e coerncia estrutural.

    PRMIO ABCEM 2010

    A comisso julgadora foi composta por profissionais

    indicados pelas principais associaes de classe da

    construo civil, da engenharia e da arquitetura do

    mercado brasileiro:

    Arquiteto Luiz Frederico Rangel,

    representando a ASBEA Associao Brasileira

    de Escritrios de Arquitetura.

    Engenheiro Joo Alberto de Abreu Vendramini,

    representante da ABECE Associao Brasileira

    de Engenharia e Consultoria Estrutural.

    Engenheiro Joo Natan Levental,

    representando o Instituto de Engenharia.

    Arquiteto Roberto Inaba,

    da USIMINAS, representando o CBCA Centro

    Brasileiro da Construo em Ao.

    Arquiteta Slvia Scalzo,

    da ArcelorMittal, tambm representando o CBCA.

    CAtEgORIAsEdificaesEstruturas verticais e/ou horizontais, que se destinam utilizao residencial, comercial, escolar, esportivo etc., de mdio e grande portes.CONCORRENtEs:Auto Shopping Cidade Empresarial, Aparecida de goinia, gO Oliveira Jnior VENCEDORComplexo Administrativo Imboassica, Rio de Janeiro, RJsidonio Porto Arquitetos Associados MENO HONROsAEspao Cultural UFG Campus Colemar Natal e Silva, goinia, gO Antonio Fernandes Baon simon Canteiro de Obras e Edificaes Provisrias, Ipojuca, PE Antonio goriosAtacado dos Presentes Filial Torre Loja de Comrcio Varejista, Recife, PE Luiz Rangel Moreira, sylvia scherb e Alberico Paes Barreto Ginsio SESC / Barra Tijuca, Rio de Janeiro, RJ FgMF Forte gimenes & Marcondes Ferraz

    Obras de Pequeno PorteForam consideradas as estruturas de residncias, pequenos edifcios, esculturas e monumentos, novas ou ampliaes/modificaes.CONCORRENtEs:Residncia Castanhel, Cricima, sCDiego E. santo e Norberto Zaniboni VENCEDORrvore Metlica da Sede Administrativa da Embrapa do Cear, Fortaleza, CERendell torres e Karina teixeira MENO HONROsAResidencial Unifamiliar do Artista Plstico e Professor Juarez Paraso, salvador, BA Kleber do Nascimento sabaResidencial Pitangueira, santana de Parnaba, sP Newton Massafumi Yamato e tnia Regina ParmaReforma e Ampliao do Escritorio Dria Lopes Fiuza Arquitetos Associados, Curitiba, PR Waldeny Fiuza Minicasa Natura, santo Andr, sP Forte, gimenes & Marcondes Ferraz + EPIgRAM Teatro Santo Antnio, Vila santa thereza, Bag, RsFlvio Kiefer Caf Projeto concebido para a Mostra deDecorao Decor 2009, Bauru, sP gisele Fernanda simo Aidar Cobertura da Quadra Poliesportiva da Escola Viverde, Bragana Paulista, sP geraldo Acedo Vieira SolarPark Estrutura Cobertura de Estacionamento Ecopedaggico em Escola, Porto Alegre, Rs Klaus Dal Pai BohneCobertura da Quadra e da Passarela do Sesi Jardim da Penha, Vitria, Estarcisio Bahia de Andrade, Daniele goldner, Cristiane Martinazi,Plinio Machado

    Obras EspeciaisForam consideradas as estruturas como galpes, indstrias, hangares, obras de arte, antenas de telecomunicaes etc.CONCORRENtEs:Aeropuerto Internacional Carrasco, Montevideo, Uruguay Raphael Violy VENCEDORPonte da Passagem Governador Carlos Linderberg, Vitria, EsKarl Fritz Meyer MENO HONROsAHangar DIGEX, so Jos dos Campos, sP Paulo Fraga silveira

    CONstRUMEtAL 2010 Prmio ABCEM

    18 Construo Metlica

  • Construo Metlica 19

    Com experincia acumulada em dois outros shoppings de automvel, um em Joo Pessoa e outro em Natal, o arqui-

    teto Oliveira Jnior desenvolveu esse pro-

    jeto para Gois. Localizado em um con-

    domnio comercial horizontal prximo ao

    centro de Goinia, o Shopping conta com

    32 lojas de venda de automveis.

    Inaugurado em maio de 2009, o em-

    preendimento s se tornou vivel com o

    uso do ao. Apoiado na caracterstica da

    A diretriz bsica assumida na concepo arquitetnica do

    Complexo Administrativo de Maca foi a de buscar um conjunto de

    edificaes marcante em termos de conforto ambiental e esttica,

    contendo espaos e percursos agradveis, reas de amenizao e

    acessos imponentes, alm do cuidado com os aspectos construtivos.

    Carlos Gaspar, Vice-Presidente da ABCEM, entrega o prmio para Oliveira Jnior

    Marcio Porto, da Sidonio Porto Arquitetos, recebe a meno honrosa

    de Ulysses B. Nunes, vice-presidente de

    Galvanizao da ABCEM

    Categoria EDIFICAEs

    Oliveira Jnior

    Meno HonrosaSidonio Porto

    VENCEDOREs

    PROJEtO: Complexo Administrativo Imboassica, em Maca,no Rio de Janeiro sidonio Porto Arquitetos AssociadosCLIENtE: Petrleo Brasileiro s/A Petrobras

    PROJEtO: Auto shopping Cidade Empresarial, em gois Arquitrave EngenhariaCLIENtE: Auto shopping Cidade Empresarial Ltda.

    Auto shopping

    Localizao: Aparecida de Goinia, GO

    Utilizao: shopping com 32 lojas de venda de automveis

    Data de concluso: maio de 2009

    Dimenses bsicas: 75,00 m x 105,00 m

    rea coberta em projeo: 7.800 m2

    rea de telhamento: 8.800 m2

    Peso da estrutura metlica: 160 ton

    Material aplicado na estrutura metlica: chapas USI SAC 300, alta resistncia corroso, em arcos soldados e teras tipo Z com sleeves, totalmente parafusados

    telhamento: telha trmica tipo sanduche, pr-pintada, e = 0,50mm, ondulada, com ncleo em fibra de vidro e cartolas distanciadoras

    Estrutura metlica: Arquitrave Engenharia

    flexibilidade de montagem e remontagem,

    possvel implantar o edifcio em terrenos

    alugados. Neste caso, o empresrio fica

    com a liberdade de poder reinstalar o seu

    negcio onde quiser. Com o alto custo dos

    terrenos, o uso do ao proporciona um in-

    vestimento direcionado ao negcio.

    Sem prejudicar a criatividade do arqui-

    teto, todos os elementos estruturais foram

    projetados com foco na facilidade de re-

    montagem e transporte dos componentes.

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    Com pouca movimentao na terra-plenagem do terreno, a fundao foi executada com sapatas isoladas de con-

    creto armado, considerando que as cargas

    exercidas nas fundaes foram bem redu-

    zidas com o uso da estrutura metlica.

    O conceito estrutural da residncia foi

    dividido em uma etapa de estrutura de con-

    creto armado e outra de estrutura metlica,

    que consiste em: cobertura metlica na rea

    de dormitrios, vigas de perfil I de 30 cm

    e 50 cm de altura na estrutura que supor-

    O conceito da obra foi transformar, modificar e revitalizar um espao

    inativo atravs de um elemento plasticamente elegante e com referncia

    direta face da empresa, a rvore.

    Categoria OBRAs DE PEQUENO PORtE

    Diego Santo e Norberto Zaniboni

    Meno HonrosaRendell Torres e Karina Teixeira

    PROJEtO: rvore metlica da sede administrativa da Embrapa, no Cear ARK ArquitetosCLIENtE: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria

    PROJEtO:

    Residncia Castanhel, em santa Catarina Engenharia Castanhel

    Diego Esprito Santo recebe o prmio pelas mos de Jos Eliseu Verzoni,

    presidente da ABCEM

    Residncia Castanhel

    Localizao: Cricima SC

    Data de concluso: janeiro de 2009

    rea til: 342,71 m2

    rea total: 384,50 m2

    Nmero de pavimentos: dois

    Quantidade de ao utilizado: 8.000 kg

    Caractersticas do ao: CosArcor 300 / SAC 300

    Forro: Perfil Cassete 60 perfurado

    telha: Perfil LR Zip 53 Perfilor trapezoidal pr-pintado (esp. 0,5 mm)

    Fabricante da estrutura metlica: Sulmeta Construes Metlicas

    Montagem: Engenharia Castanhel LTDA.

    Fabricante de telhas e acessrios: Perfilor

    Ao para a estrutura de concreto: ArcelorMittal

    ta a cobertura (tambm de metal), escada

    metlica e dois pilares metlicos com 110

    mm, que sustentam a laje sobre o espao de

    Festas e Home Theater. Esses pilares ainda

    cumprem a funo de condutor pluvial.

    Um grande vo e balanos propor-

    cionados pela estrutura metlica exercem

    um valor fundamental na funo de pro-

    teo solar e esttica da residncia.

    Vigas metlicas de perfil I na ex-

    tenso do deque da piscina garantiram a

    flutuao e leveza ao conjunto da obra.

    CONstRUMEtAL 2010 Prmio ABCEM

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    Raimundo Calixto, da Ark Arquitetos, e Luiz Carlos

    Caggiano Santos, vice-presidente de de Estruturas Metlicas

    da ABCEM

  • Construo Metlica 21

    O projeto concebido pela Rafael Violy Arquitetos visa proporcionar um maior fluxo de voos para Montevidu,

    com melhores servio e convenincia para

    os usurios.

    Seu design foi inspirado em formas

    que remetem aeronutica. A curva do

    Altura livre de 8,0 metros; preferncia do ao nos elementos principais;

    carto-postal para a cidade; e vo livre mnimo de 80 metros foram parmetros

    considerados no projeto.

    Categoria OBRAs EsPECIAIs

    Rafael Violy e Pablo Fumes

    Meno HonrosaKarl Fritz Meyer

    PROJEtO: Ponte da Passagem governador Carlos Linderberg, em Vitria EsCLIENtE: governo do Estado do Esprito santo e Prefeitura de Vitria

    PROJEtO: Aeropuerto Internacional CarrascoCliente: Puerta del sur s.A.

    Marino Garofani, presidente da Brafer e Conselheiro Diretor da ABCEM, entrega o prmio

    a Alex Ribeiro, representando Rafael Violy

    Terminal do Aeropuerto Internacional de Carrasco

    Localizao: Montevidu, Uruguai

    Data do projeto: maro de 2008

    Data de execuo: novembro de 2009

    Estrutura de ao: 4.000 ton

    rea coberta: 40.000 m2

    rea til: 52.000 m2

    tipo de cobertura: Chapa termoplstica TPO

    Fabricante da estrutura metlica: Cinter S.R.L.

    Montagem: Saceem

    Construo/engenharia civil: Campiglia Construcciones

    telhado, em forma de um grande chapu de

    sol, estende-se por 360 metros sobre todo

    o comprimento do edifcio, ultrapassando

    as extremidades e descansando no cho.

    A estrutura da cobertura suportada

    por um sistema integrado de elementos

    estruturais, que percorrem o permetro

    da edificao e, por sua vez, sustentam a

    fachada de vidro de, aproximadamente,

    8.000 m2, o que permite a utilizao da

    iluminao natural.

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    Karl Fritz Meyer recebe do Eng. Joo Pignataro

    Ferreira, do Ministerio do

    Desenvolvimento, Indstria e

    Comrcio Exterior, a meno honrosa

  • Exp

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    ExposioA exposio foi um grande sucesso, superou todas as expectativas dos expositores e do pblico, e proporcionou grandes novidades em tecnologia e servios para o setor da construo metlica

    A Exposio do CONSTRUMETAL 2010 contou com a participao

    de 39 empresas nacionais e

    internacionais, e macia presena

    de um pblico altamente

    qualificado profissionais das

    reas de Engenharia e Arquitetura,

    estudantes e empresrios puderam

    trocar informaes e conhecer

    as novidades tecnolgicas e os

    processos produtivos do setor

    da Construo Metlica.

    CONSTRUMETAL 2010 Expositores

    22 Construo Metlica

    www.adlluxsoftware.com.br

    www.arbus.com.br

    www.cbca-iabr.org.br

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  • Construo Metlica 23

    www.acotecbr.com.br www.acuna-sa.cl

    www.perfilor.com.br www.brafer.com.br

    www.cesmi.com.br www.ciser.com.br

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    www.cmv.com.br www.csn.com.br

    www.entermetal.com.br www.gerdau.com.br

    www.ipsl.es www.isoeste.com.br

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    www.danobat.com www.engemetal.com.br

    www.hard.com.br www.imesul.ind.br

    www.lanteksms.com www.mangels.com.br

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    www.manzato.com.br www.marko.com.br

    www.multiplus.com www.nsc.co.jp/en

    www.pini.com.br www.rocktec.com.br

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    www.medabil.com.br www.metasa.com.br

    www.oceanmachinery.com.br www.peddinghaus.com

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    www.rosler.com.br www.scia-online.com

    www.tkbrasil.com.br www.usiminas.com

    www.vmtubes.com.br www.voortman.net

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    www.sabi.es www.superpar.com.br

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    CONSTRUMETAL 2010 Curso tcnico

    Atualizao na Norma de 2008O curso tcnico ministrado pelo professor Zacharias Chamberlain Pravia superou a previso de inscries

    Zacharias Chamberlain Pravia, professor doutor, titular da Faculdade de Engenharia e Arquiteturada Universidade de Passo Fundo.Membro da comisso de reviso da ABNT NBR 8800 e da ABNT NBR 14762

    O que a NBR 8800:2008 A ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas) publicou, em 25 de agosto, a NBR 8800 Projeto de Estruturas de Ao e de Estruturas Mistas de Ao e Concreto de Edifcios. Em vigor desde 1986 (como NBR 8800 Projeto e Execuo de Estruturas de Ao de Edifcios), a norma foi revisada e a nova verso vlida desde 25 de setembro de 2008.

    Uma das contribuies mais importantes para o setor possibilitar o uso de mtodos de clculo modernos, o que permite chegar a estruturas mais leves e competitivas e com confiabilidade relativamente uniforme.

    A NBR 8800:2008 uma norma que tem em seu escopo, alm das estruturas de ao, as estruturas mistas de ao e concreto. Assim, possui tambm regras completas para o projeto de elementos estruturais mistos de ao e concreto (vigas, pilares, lajes e ligaes).

    Est totalmente de acordo em relao durabilidade, deslocabilidade, corroso e outros aspectos das estruturas.

    Anlise de segunda ordemUma estrutura carregada com aes, verticais e horizontais, deforma-se lateralmente devido s aes horizontais, havendo uma interao entre as aes verticais e os deslocamentos gerados pelas aes horizontais, acentuando esses deslocamentos. Essa interao chamada de efeito de segunda ordem.

    As normas mais modernas para anlise e dimensionamento de estruturas de ao, entre elas a ABNT NBR 8800:2008 e at a proposta da AISC 360 prevista para 2010, prescrevem a avaliao da deslocabilidade lateral de edificaes, atravs da anlise de segunda ordem.

    A anlise de primeira ordem pressupe, para o clculo de esforos e deslocamentos, o equilbrio da estrutura em sua posio inicial no deformada. Ao contrrio, a anlise de segunda ordem estabelece o equilbrio da estrutura na posio deformada, gerando esforos adicionais devido s foras aplicadas sobre os deslocamentos.

    A verso revisada cria bases para o Brasil crescer com tecnologia adequada, principalmente na aplicao de estruturas de ao para edificaes industriais, comerciais e habitacionais e ainda para shoppings, e outras aplicaes.

    A ABCEM, como parte do CONS-TRUMETAL 2010, promoveu o curso NBR 8800:2008, ministrado pelo

    professor Zacharias Chamberlain Pravia,

    nos dias 31 de agosto e 01 de setembro. O

    objetivo foi a atualizao na verso revis-

    ta em 2008 pela ABNT (Associao Brasi-

    leira de Normas Tcnicas)

    Entre os contedos abordados pelo

    professor Zacharias, destacam-se os co-

    nhecimentos reciclados para projetos de

    estruturas de ao e de estruturas mistas

    de ao e concreto para edifcios.

    Com carga horria de 8 horas, a

    maior parte dos inscritos foi de enge-

    nheiros projetistas de grandes empresas

    de estruturas metlicas.

    Ao final do curso, o professor Za-

    charias, em entrevista RCM, afirmou

    que a grande procura por inscries para

    o curso reflete o momento pelo qual pas-

    sa a Engenharia brasileira: O mercado

    de construo est aquecido e h uma

    forte demanda por profissionais melhor

    preparados, comemora o maior provedor

    de artigos tcnicos da RCM.

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    A ABCEM sempre se destacou pela inter-relao da academia e do setor empresarial.

    Operando em duas vias, leva

    o conhecimento dos produtos

    para as escolas, em aes como

    o Arkhi-Arquiteto, assim como

    traz para seus associados o

    conhecimento das universidades

    oferecido por meio de cursos.

    No CONSTRUMETAL 2010

    a presena da universidade foi

    marcada por 32 apresentaes

    de recentes trabalhos de pesquisa

    na rea da construo em ao.

    Dispostos por temas de interesse,

    aqui listados, os trabalhos esto

    disponveis no site da ABCEM.

    Alm dos trabalhos acadmicos,

    no mesmo endereo esto os

    arquivos, em PowerPoint, das

    apresentaes realizadas nos

    trs dias do Congresso.

    Em aes como esta, a ABCEM

    atesta seu compromisso de

    estar atenta capacitao

    de recursos humanos e aos

    investimentos em pesquisa.

    A presena da academia no setor empresarial

    CONSTRUMETAL 2010 Contribuies tcnicas

    Estrutura de ao dimensionamentoEstudo numrico-experimental de ligaes parafusadas com chapa de topo entre viga metlica de seo I e pilar misto preenchido com concreto de seo quadrada.Marcela Novischi Kataoka e Ana Lcia H. de C. El Debs

    Anlise comparativa de solues de lajes para edifcios estruturados em ao.Ygor Dias da Costa Lima e Alex Sander Clemente de Souza

    Anlise dinmica de uma plataforma mista ao-concreto de uma estao de carregamento de materais.Cludia Marcenes Kamei, Walnrio Graa Ferreira e Jos Guilherme Santos da Silva

    Anlise de segunda ordem em edifcios modelados tridimensionalmente: aplicaes, dificuldades e recomendaes.Fbio A. Nardi, Ricardo Ficanha e Zacharias M. Chamberlain Pravia

    Dimensionamento de estruturas de ao usando o mtodo dos elementos finitos.Ricardo Ficanha, Fbio A. Nardi, Zacarias M. C. Pravia

    Anlise de estrutura aporticada de ao para suporte de peneira vibratria. Tnia Maria Ribeiro Costa Assuno e Fernando Amorim de Paula

    Resistncia de perfis de ao formados a frio: a norma NBR 14762 e o mtodo de resistncia direta.Eduardo M. Batista, Elaine Garrido Vazquez, Elaine Souza dos Santos

    Estrutura mista ao-concreto viabilidade da utilizao de pilares mistos parcialmente revestidos em edifcios de mltiplos pavimentos: estudo de caso.Giovana Nasser Toldo, Silvana de Nardin e Alex Sander Clemente de Souza

    Fabricao e montagemAvaliao das principais descontinuidades encontradas nas juntas soldadas causas e possveis solues.Paulo Rogrio Santos de Novais

    Projeto de produo para construo metlica aplicado em lajes mistas steel deck.Raphael da Silva

    Estruturas tubulares de aoEstrutura metlica para o novo terminal rodovirio de Braslia.Paulo Srgio de Souza Ribeiro

    A futura norma brasileira de projeto de estruturas de ao e estruturas mistas de ao e concreto com perfis tubulares.Ricardo H. Fakury, Arlene Maria S. Freitas, Joo Alberto Venegas Requena, Roberval Jos Pimenta, Eduardo de Miranda Batista e Afonso Henrique M. de Arajo

    Resistncia de barras comprimidas de ao: curvas de flambagem para perfis laminados a quente e soldados, e formados a frio e tubulares.Eduardo M. Batista, Ricardo H. Fakury, Arlene M.S. Freitas, Joo Alberto V. Requena, Roberval J. Pimenta e Afonso H. M. de Arajo

    Ligaes metlicas com perfis tubulares Comportamento e prescries de projeto.Arlene Maria Sarmanho Freitas, Ricardo Hallal Fakury, Joo Alberto Venegas Requena, Roberval Jos Pimenta, Eduardo de Miranda Batista, Afonso Henrique Mascarenhas de Arajo

    Prescries de soldas aplicadas em ligaes, com base na norma brasileira de projeto de estrutura de ao e estruturas mistas de ao e concreto com perfis tubulares.Joo Alberto V. Requena, Ricardo H. Fakury, Arlene M. S. Freitas, Roberval Jos Pimenta, Eduardo M.Batista e Afonso H.M. de Arajo

    Ligaes de apoio de pilares em perfil tubular.Roberval Jos Pimenta, Ricardo Hallal Fakury, Arlene Maria Sarmanho Freitas,

    32 Construo Metlica

    Acesse www.construmetal.com.br/contribuicoes-tecnicas.phpe confira na ntegra as Contribuies Tcnicas que foram apresentadas durante o CONSTRUMETAL 2010.

  • Joo Alberto Venegas Requena, Eduardo de Miranda Batist e Afonso Henrique M.de Arajo

    Trelias espaciais formadas por perfis tubulares de ao: design bioinspirado e dimensionamento via algoritmos genticos. Juarez Moara Santos Franco, Eduardo de Miranda Batista e Alexandre Landesmann

    Projetos aoAeroporto Usiminas. Luiza Baptista de Oliveira

    Concepo arquitetnico estrutural de ponte mista entre Cabedelo e Lucena PBPatrcia de Lourdes Casadei e Sandro Valrio de Souza Cabral

    Edifcios-garagem estruturados em ao.Rosane Bevilaqua

    Intervenes metlicas em edificaes de valor histrico e cultural: estudos de caso de interfaces.Carolina Albuquerque de Moraes e Luiz Fernando Loureiro Ribeiro

    Novos tipos de ao para construoAos revestidos com zinco e suas ligas para estruturas de edificaes residenciais

    e Comerciais.Evandro de Azevedo Alvarenga

    Novos aos estruturais de elevada resistncia corroso marinha.Rogrio Augusto Carneiro e Evandro de Azevedo Alvarenga

    SustentabilidadeA aplicao da ferramenta de certificao LEED para avaliao de edifcios sustentveis no Brasil Mudanas do conceito de sustentabilidade.Monique C. Rodrigues, Gracimeire de C. Duart, Maria Christina R. Xavier de Souza Pereira e Patrcia F. J. G.Vieira

    Light Steel Framing Light Steel Framing como alternativa para a construo de moradias populares.Alexandre Kokke Santiago, Mara Neves Rodrigues, Mrcio Sequeira de Oliveira

    Avaliao ps-ocupao de edifcaes estruturadas em ao, com foco em edicaes em Light Steel framing.Holdlianh C. Campos e Henor Artur de Souza

    Habitao unifamiliar de baixo custo: projeto USP para a ArcelorMittal. Francisco F. Cardoso, Mercia M.S.B. de Barros, Mrcio Teixeira, Douglas Ito,

    Camila Conti, Lgia de Aquino, Daniel Gallardo-Alarcon, Herbert Gomes e Rosa M. Messaros

    CoberturasEstudo em tnel de vento da cobertura do estdio Beira Rio Porto Alegre RS. Acir M. Loredo-Souza, Marcelo M.Rocha, Mario G. K. Oliveira, Charles A. Simon, Luiz Eduardo P. da Silva, Guilherme M. Siqueira, Gustavo Menna Barreto Klein e Maria Cristina Dolz Bnia

    Estudo de trelias metlicas para cobertura em duas guas atravs de otimizao topolgica. Guilherme Di Domenico Tisot, Guilherme Fleith de Medeiros e Moacir Kripka

    Obteno de configuraes econmicas para o projeto de tesouras em ao.Guilherme Fleith de Medeiros, Guilherme Di Domenico Tisot e Moacir Kripka

    Proyetos y ejecucin de cubiertas de grandes luces para estadios en Argentina.Jos Gmez e Hctor Marcelo Ruffo

    Desafios e inovaes em coberturas: a aplicao do sistema de membrana TPO no Aeroporto Internacional de Carrasco Uruguai.Eduardo Munhoz de Lima Castro

  • 34 Construo Metlica

    CONSTRUMETAL 2010 Palestras

    Soluo para o dficit habitacional

    O dficit habitacional O dficit habitacional brasileiro de

    7 milhes de unidades e s poder ser

    combatido de forma efetiva com a adoo

    de solues construtivas de alto desempe-

    nho e baixo custo de produo.

    E isso s ser possvel com a utiliza-

    o de sistemas industrializados de cons-

    truo, como o caso das edificaes es-

    truturadas em ao.

    A demanda potencialSegundo um estudo da Ernst &

    Young, em conjunto com a Fundao Ge-

    tulio Vargas (FGV), o Brasil dever elimi-

    nar completamente o passivo habitacional

    at 2030 com a expanso dos investimen-

    tos do setor, que devem saltar dos R$

    165,2 bilhes de 2007 para R$ 446,7 bi-

    lhes nesse perodo. O trabalho levou em

    considerao o cenrio econmico, com

    o crescimento do Produto Interno Bruto

    (PIB) de 4% a 5% ao ano e o efeito positi-

    A arquiteta Silvia Scalzo, da ArcelorMittal, o arquiteto Roberto Inaba, da Usiminas, e o engenheiro Fernando Pinho Silvia, da Gerdau

    A necessidade de novas habitaes e as vantagens do ao como soluo em larga escala

    vo sobre a renda das famlias.

    CONSTRUMETAL 2010Em resposta a essa demanda, o

    Congresso Latino-Americano da Cons-

    truo Metlica apresentou o painel so-

    bre a habitao de interesse social em

    ao, como ajuda ao combate ao dficit

    habitacional brasileiro.

    Para compor a mesa, foram convi-

    dados como palestrantes a arquiteta Sil-

    via Scalzo, o arquiteto Roberto Inaba e o

    engenheiro Fernando Pinho.

    As solues apresentadas pelos re-

    presentantes das empresas ArcelorMit-

    tal, Usiminas e Gerdau acatam os pla-

    nos habitacionais governamentais. As

    exigncias levam em conta a populao

    localizada em reas de favela ou cortio,

    atendidas por residncias unifamiliares

    com a rea em planta de 37 a 45 m2, dis-

    postas em conjuntos habitacionais.

    O ao uma soluo competitiva,

    para essas obras, desde que potencializa-

    das suas caractersticas, prprias de uma

    construo industrializada, tais como a

    escala de produo, a racionalizao do

    canteiro, o projeto modular e a serializa-

    o dos componentes.

    Os palestrantes apresentaram trs

    diferentes tecnologias e solues em ao:

    o light steel framing, os perfis conformados

    a frio e os perfis estruturais laminados.

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  • Prmio CBCA 2010

    O CBCA (Centro Brasileiro da Construo em Ao) promoveu a terceira edio do concurso CBCA, diri-

    gido aos estudantes de arquitetura, cujo

    tema foi: Centro urbano praa pbli-

    ca coberta de uso mltiplo para uma

    cidade com populao entre 200 mil e

    400 mil habitantes.

    A premiao ocorreu no segundo

    dia do CONSTRUMETAL 2010.

    A equipe vencedora ir representar

    o Brasil no III Concurso de Projeto em Ao

    para estudantes de arquitetura em 2010,

    promovido pelo Instituto Latino-ameri-

    cano de Ferro e Ao (ILAFA), que reunir

    representantes de oito pases: Argentina,

    Brasil, Chile, Colmbia, Equador, Peru,

    Mxico e Venezuela.

    Equipe vencedora

    Universidade Estadual do Maranho

    Orientadores

    Mrcia Tereza Campos Marques e Eduardo Aurlio Barros Aguiar

    Membros da equipe

    Christiana Pecegueiro Maranho Santos, felipe Pereira Nascimento,

    vagner Almeida Moreira e felipe Romano Almeida

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    CONSTRUMETAL 2010 Palestras

    Resistncia e segurana

    Reciclvel

    Flexibilidade no projeto

    Fornecimento local

    Imagem como: o material mais sustentvel

    Alta velocidade de construo

    Preciso dimensional

    Baixa gerao de resduos

    Pontos fortes

    Mercado amplo, com pequena participao do ao

    Necessidade crescente de moradias

    Ambiente receptivo a solues construtivas com menor impacto ambiental:

    Economiza gua e energia

    Minimiza a gerao de resduos

    Maior segurana no canteiro de obras

    Oportunidades

    Cadeia de produo

    Pouca conscientizao do consumidor

    Falta mo de obra qualificada

    Falta de infraestrutura

    Pontos fracos

    AmeaasFalta de anlise econmica

    Possibilidade de no ser um material local

    Falta de conhecimento de outros materiais

    Esforos de desenvolvimento do mercado de substitutos

    Barreiras devidas a cdigos e regulamentos

    Cultura no uso de concreto e madeira

    O ao tem vidaOportunidades e desafios do desenvolvimento brasileiro anlise do setor da construo em ao

    Ctia Mac Cord, Superintendente do IABr, abriu a sesso de palestras do segundo dia do CONSTRUMETAL com

    a anlise do setor, comercializao, dis-

    tribuio setorial do consumo, mercado

    brasileiro do ao, incluindo a evoluo da

    participao dos principais setores con-

    sumidores finais.

    A atual ordem econmica nacional

    cria grandes possibilidades , mas tambm

    estabelece enormes desafios para todos

    os setores.

    A palestra abordou tpicos como os

    benefcios da utilizao do ao e as oportu-

    nidades de desenvolvimento do setor, como

    O ao tem vida pelas propriedades mecnicas que se alteram em funo da composio qumica e da estrutura metalogrfica obtida no processo de laminao, e pelos tratamentos tcnicos. Ele tem vida por sua resistncia tenso, tenacidade, dutilidade, resistncia, ao desgaste e corroso. difcil imaginar um mundo sem aoCtia Mac Cord

    a Copa do Mundo da FIFA, com a qual sur-

    gem estratgias da arquitetura sustentvel,

    apoio do BNDES construo e uma anlise

    SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities,

    Threats) para a construo em ao.

    Em relao s polticas econmi-

    ca e fiscal, a executiva destacou, em sua

    palestra, as aes prioritrias: a desone-

    rao dos investimentos e a reduo do

    custo de capital, a ampliao da oferta e

    do acesso ao crdito para investimentos,

    a poltica cambial de estmulo s expor-

    taes, a reduo da carga tributria e de

    sua incidncia em cascata, e a eliminao

    de assimetrias de tratamento tributrio.

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    Anlise SWOT

  • Construo Metlica 37

    Ctia Mac Cord engenheira metalrgica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ps-graduada em Economia. Como superintendente do Instituto Ao Brasil (IABr), responsvel pela rea de mercado, economia, estatsticas e relaes trabalhistas. gerente executiva do Centro Brasileiro de Construo em Ao (CBCA).

    RCM: Como a senhora analisa as aes

    governamentais em relao a essas janelas de

    oportunidades na rea de construo que esto

    se abrindo como o Pr-sal, a Copa do Mundo

    e as Olimpadas, entre outras?

    Ctia No diria que s o governo o

    responsvel pelas aes, a PPP (parceria

    pblico-privada) essencial aqui. Mas

    certamente, precisamos de acesso a

    financiamentos para investir e uma carga

    tributria menor. Este o melhor retorno que

    o governo pode dar, no s aumentando o

    emprego que se vai contribuir para o processo.

    A formao bruta de capital tem que crescer, o

    governo tem que participar desse processo, de

    forma direta ou indireta.

    RCM: Como podemos classificar a importncia

    da carga tributria?

    Ctia Essencial. Nossa carga muito

    alta. Temos que ter a preocupao com a

    desindustrializao sim. Preocupao com a

    falsa competitividade do produto chins.

    O fabricante no pode olhar o ao importado

    como a soluo para a vida dele; muitas vezes,

    o ao importado no segue o rigor necessrio,

    no serve para o trabalho dele. Mas no setor

    da construo, eu ainda acredito que estamos

    trabalhando no caminho certo. Tanto que a

    Usiminas e a Gerdau esto fornecendo para

    o projeto Minha casa, minha vida, a preos

    competitivos. Ento, d para fazer.

    RCM: O que a senhora acha dessa edio

    2010 do Congresso?

    Ctia As duas gestes do verzoni (jos

    Eliseu verzoni presidente da ABCEM)

    consolidaram esse evento como o evento

    do setor e a partir de agora, h mais um

    desafio: o evento precisa envolver e levar

    a informao a outros pblicos, como

    as prprias construtoras, os prprios

    empreendedores.

    RCM: A senhora quer dizer alguma coisa

    para quem est comeando, para os

    estudantes de arquitetura e engenharia?

    Ctia O ao tecnologia. No qualquer

    um que pode falar do ao. Mas quando

    o arquiteto encontra um engenheiro que

    conhece o ao, a no se para mais.

    Ele descobre que tem alternativas.

    Aps sua apresentao, Ctia tambm concedeu uma entrevista Revista Construo Metlica. Seguem alguns trechos dessa entrevista.

  • 38 Construo Metlica

    CONSTRUMETAL 2010 Opinio dos congressistas e expositores

    Na edio deste ano, pudemos

    observar uma frequncia maior de

    pblico que no CONSTRUMETAL

    de 2008. Agora h mais gente e

    mais interesse nas palestras.

    O CONSTRUMETAL importante

    para consolidar produtos,

    relacionamentos e conhecimentos.

    de extrema importncia, pois

    o nico congresso do setor

    no Brasil. Esperamos que cresa

    bastante nos prximos anos.

    Edson de Miranda,

    ArcelorMittal / Perfilor

    A TK Brasil participou de todas as edies do CONSTRUMETAL

    e essa edio est muito boa. O mercado est agitado e as

    expectativas so grandes. Os profissionais querem estar em dia

    com as novas tecnologias, desde a rea de engenharia em geral

    at a parte de fabricao. Uma grande quantidade de empresas

    est preparada para receber os novos projetos, mas h empresas

    que ainda no e o CONSTRUMETAL atua como divulgador

    dessas novas tecnologias.

    Artur Assis, TK Brasil

    Nossa empresa participa de vrios

    congressos e eventos, mas o

    CONSTRUMETAL 2010, em particular,

    muito bem focado. H pblico especializado,

    interessado em participar e conhecer novas

    tecnologias e produtos. Nesse momento,

    em que o mercado est bem aquecido, o

    congresso uma excelente oportunidade

    para reunir toda a cadeia produtiva.

    Aqui, tanto o nvel de negcios quanto

    o de contatos so excelentes.

    Rinaldo Pereira Leite, Ciser

    Todos aqui no

    CONSTRUMETAL 2010

    esto interessados em

    ao..., devemos aumentar

    a participao na construo

    civil..., pois um setor

    extremamente promissor.

    Ivan Lippi Rodrigues,

    professor e engenheiro

    que atua h 58 anos

    no segmento

    O CONSTRUMETAL

    superimportante para o

    segmento, pois uma

    forma de divulgarmos

    nossos produtos.

    Porm, precisamos fazer

    com que os clientes

    venham at aqui.

    Joo Batista DElia,

    Metasa

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  • As palestras esto excelentes, com participao notvel

    de pblico. Durante os trs dias de evento, as pessoas

    ficaram circulando, extremamente interessadas na

    apresentao de novas tecnologias e produtos. Na

    exposio paralela os fabricantes de estrutura metlica

    participaram de forma mais institucional, mostrando

    o que j fizeram; porm, os fabricantes de softwares,

    mquinas e parafusos, venderam seus produtos. Esses

    expositores gostariam de um CONSTRUMETAL por ano!

    Foram feitas muitas inscries e faltaram vagas no curso

    tcnico. Ns da ABCEM, pensamos em implementar

    mais cursos durante o prximo ano. Conversei com

    muitos professores de estrutura metlica com timas

    idias, que querem melhorar o currculo. Hoje, temos

    oferta de fornecimento e h necessidade de se criar

    mo-de-obra especializada.

    Luiz Carlos Caggiano Santos, Brafer.

    Vice-Presidente de Estruturas Metlicas da ABCEM

    Em outras edies, o CONSTRUMETAL tinha um carter mais

    centralizado, agora, encontramos com clientes de vrias regies do

    Brasil, ficou mais pulverizado. Como reflexo do segmento! Esse ano

    o evento est mais forte e a ABCEM est de Parabns!.

    Arnaldo Martello Jr, HARD

    Essa a primeira

    participao da Sabi

    no CONSTRUMETAL

    e o evento atendeu

    nossas expectativas.

    Fernando Palmo,

    Sabi Steel Solutions

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  • 40 Construo Metlica

    Localizada em Santana do Parnaba, na Grande So Paulo, a Casa Pitangueiras, projetada por Tnia Regina Parma e Newton Massafumi Yamato,

    da Gesto Arquitetura, apresenta uma arquitetura

    contempornea brasileira com valores sustent-

    veis, nas palavras da arquiteta. fundamental a

    preocupao com o meio ambiente se quiser consti-

    tuir essa linguagem, afirma.

    A residncia, de 900 m, foi planejada em

    dois blocos unidos por um vo, onde esto a es-

    cada e o elevador.

    Finalizada em 2009, foi projetada para ter o

    menor impacto possvel desde a construo. Por

    isso foram usados elementos pr-fabricados, como

    a estrutura metlica evidente: as vigas e os pilares

    Casa PintangueirasA combinao de estrutura metlica, steel frame e outros materiais racionalmente utilizados em uma arquitetura contempornea

    de cor marrom-avermelhada que contornam as pa-

    redes brancas e os panos de vidro. Os fechamentos

    foram feitos no sistema light steel frame, estrutura

    leve de ao, da Daruix Engenharia. Conseguimos

    reduzir bastante o desperdcio, ainda muito comum

    nas obras, pois o material comprado era o essencial

    para cada aplicao, explica Parma.

    O terreno foi aterrado, em mdia, de 12 a 15 m.

    Em seguida, foi executado o estaqueamento das fun-

    daes. Um bloco tem estrutura metlica e outro tem

    estrutura de steel frame sobre radier, um tipo de fun-

    dao rasa, em forma de laje de concreto armado que

    distribui a carga da construo para o solo. Na parte

    externa do edifcio, inclusive no teto, foram utilizadas

    ripas de madeira biossinttica. Na realidade, essa

  • Construo Metlica 41

    Construindo com Ao

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    madeira fabricada com 70% de sacos plsticos e

    30% de casca de coco e outros resduos orgnicos. As

    ripas do material formam brises que filtram os raios so-

    lares. Alm disso, como a residncia est localizada na

    rea baixa de um condomnio, as ripas so elementos

    que se destacam na residncia para quem a v de lon-

    ge. O bloco de servios est localizado na parte do edi-

    fcio que recebe mais insolao. Protege, assim a rea

    de lazer e estar da residncia do calor.

    Ambientes estratatgicamente posicionados,

    uso coerente de materais e racionalizao da execu-

    o demonstra que arquitetura sustentvel sinoni-

    mo de boa arquitetura. Como o caso deste projeto

    da Gesto Arquitetura.

    Arquitetura e gerenciamento da obra: Newton Massafumi Yamato e Tnia Regina Parma

    Colaborador: Fabrcio Rodrigues de Faria

    Projeto de estrutura metlica: Ycon Engenharia

    Projeto de Steel Frame: Daruix

    execuo da obra: Sommar Engenharia

    Steel Frame: Xtructure Sistemas

    Aquecedor solar e2: Solar

    Automao: ASP Automao e Segurana Predial

    Projeto de fundao: Interact

    Conforto termoacstico: Isar

    Proj. luminotcnico: mega Iluminao

    Proj. de instalaes eltricas: Sandretc

    Placas cimentcias: Brasilit

    sombreamento: Brilmad

    vidros: PKO do Brasil

    elevador: Bass Elevadores

    esquadrias: Alume Esquadrias

    gesso acartonado: Placo

    Madeira biosinttica: Ecoblock

    Madeira certificada: Ecolog

    Pintura texturizada: Decoril

    Os arquitetos especificaram produtos pr-fabricados. H vigas e pilares metlicos, lajes pr-moldadas de concreto e light steel frame para comportar paredes internas ou externas e elementos de vedao de vidro e placas cimentcias

  • 42 Construo Metlica

    Galvanizao

    Sustentabilidade um conceito que vem ganhando cada vez mais espao nas definies estratgicas das concessionrias

    brasileiras de saneamento. Alm de ter im-

    portncia na sua atividade, a sustentabilida-

    de est sendo vista pelas empresas pblicas,

    estatais e privadas de saneamento sob um

    prisma holstico, que abrange tambm a re-

    sistncia, a durabilidade e a possibilidade de

    reciclagem dos materiais utilizados na cons-

    truo de estaes de tratamento de efluen-

    tes (ETEs), e de gua (ETAs) e de redes de

    distribuio de gua e coleta de esgotos.

    Nesse sentido, as estaes de tratamento de

    gua e efluentes brasileiras podem ganhar

    em resistncia e durabilidade, ou seja, em

    sustentabilidade, com o uso de ao galva-

    nizado nos elementos metlicos presentes

    e, tambm, na estruturao em instalaes

    e edificaes desses sistemas. Num pas

    como o Brasil, que tem grandes deficincias

    em saneamento bsico e, mais especifica-

    mente, em relao ao esgoto, cujos ndices

    de abrangncia so de 50,9% (para a coleta)

    e de 13% (para o tratamento) do efluente,

    a importncia de se realizar mais obras, de

    elevada durabilidade, essencial.

    O ao galvanizado O ao galvanizado, empregado na es-

    truturao do concreto de instalaes e edi-

    ficaes de estaes de tratamento de gua

    e esgoto, adiciona robustez e durabilida-

    de ao concreto e aos elementos metlicos

    (guarda-corpos, escadas, corrimos, plata-

    formas, entre outros), por oferecer muito

    maior resistncia aos agentes agressivos,

    presentes em quantidade elevada nessas

    estaes, evitando a corroso e prolongan-

    do a vida til de suas instalaes. Quando

    as estruturas metlicas esto em contato

    direto com os efluentes, normalmente

    utilizado ao inoxidvel. possvel conectar

    elementos em ao galvanizado e inoxidvel

    utilizando conectores de borracha, que se-

    param os dois tipos de metais, de forma a

    evitar a corroso bimetlica.

    Como o concreto um material poro-

    so, os agentes causadores da corroso, tais

    como gua, oxignio e ons de cloreto, infil-

    tram-se atravs desses poros, atingindo os

    vergalhes de ao da estrutura. Geralmente,

    o ao encontra-se passivado, ou seja, estvel,

    no interior do concreto armado. Mas, quan-

    do os elementos corrosivos atingem nveis

    crticos, o ao perde a passivao, tendo in-

    cio o processo de corroso. Os produtos da

    corroso do ao podem alcanar volumes

    entre duas e dez vezes maiores que os do

    ao original, gerando uma tenso excedente

    dentro da estrutura do concreto, o que leva

    ao aparecimento de trincas e at fragmen-

    tao do concreto. Aps a ocorrncia da ra-

    chadura, a estrutura pode ser comprometi-

    da, exigindo reparos custosos.

    Nesse contexto, que exige a especifi-

    cao de materiais durveis para a aplicao

    em ambientes altamente agressivos, a galva-

    nizao por imerso a quente dos vergalhes

    de ao pode ser a soluo que apresenta a

    melhor relao custo/benefcio devido, es-

    sencialmente, excelente proteo que a

    galvanizao oferece em relao corroso.

    A galvanizao por imerso a quente

    uma tcnica de proteo que consiste no

    recobrimento do ao por uma camada pro-

    tetora de zinco, que serve como barreira a

    elementos corrosivos aos quais os verga-

    lhes esto expostos quando incorporados

    ao concreto. Alm da barreira protetora que

    o zinco proporciona, ele tambm oferece

    um nvel de proteo catdica, impedindo a

    deteriorao do ao e, assim, preservando e

    prolongando a vida til do concreto.

    Emissrio submarinoUm exemplo da utilizao dos verga-

    lhes galvanizados em tubos de concreto

    foi dado por obra recente, em Cingapura,

    na construo de um emissrio subma-

    Saneamento: concreto e ao galvanizado oferecem maior durabilidade POr AriAnE SOuzA

    fOn

    tE: A

    BCEM

    Durabilidade da camada de zincoCorrelao Peso/Espessura/Vida til da camada

  • Construo Metlica 43

    rino, que leva a gua limpa, originria do

    tratamento de esgotos, ao alto-mar. Esse

    emissrio parte de uma grande estao de

    tratamento de Changi, na cidade-estado

    asitica, e leva o efluente tratado a uma

    distncia de 5 km da costa, no estreito de

    Cingapura. O emissrio submarino com-

    posto por dois dutos paralelos, construdos

    por tubos de concreto, divididos em gran-

    des sees dispostas no leito do mar.

    Cada seo de tubo de concreto tem

    3 m de dimetro por 8 m de comprimento e

    contm entre 7 e 8 toneladas de vergalhes

    galvanizados. No total, foram utilizadas

    1.300 sees de tubos de concreto e 10 mil

    toneladas de vergalhes galvanizados.

    Essa obra, executada pela empresa

    holandesa Boskalis International, teve ca-

    ractersticas singulares, devido s exigncias

    de durabilidade: o projeto definiu um prazo

    de 100 anos de vida til para o emissrio,

    ou seja, nada menos que um sculo. Essa

    singularidade levou os projetistas e contra-

    tantes a optar pelos tubos de concreto estru-

    turados pelos vergalhes galvanizados com

    zinco. O revestimento deveria oferecer pro-

    teo contra a agressividade da gua do mar

    e, ao mesmo tempo, permitir flexibilidade

    suficiente para conformar as armaduras

    espessura e ao comprimento definidos para

    as sees dos tubos de concreto. A galvani-

    zao por imerso a quente foi a escolhida,

    entre outras alternativas de revestimento,

    por atender a todas essas exigncias e ainda

    por ser um revestimento resistente mecani-

    camente ao manuseio no local da obra.

    tecnologia no BrasilA tecnologia aplicada nessa obra em

    Cingapura j est disponvel no Brasil, que

    possui grandes empresas produtoras dos

    vergalhes de ao e galvanizadores com

    processos produtivos e know-how capa-

    zes de oferecer vergalhes que garantam

    maior robustez e durabilidade s instalaes

    de tratamento e aos tubos de concreto das

    redes distribuidoras em ambientes agressi-

    vos, como emissrios submarinos, estaes

    de tratamento de esgotos e outros.

    A durabilidade e a sustentabilidade

    das obras de saneamento tornam-se ain-

    da mais fundamentais se considerarmos

    o pequeno investimento nesse segmento

    nas ltimas dcadas no Brasil entre 1992

    e 2006, o percentual de reduo do dficit

    nessa rea foi de 1,31%. Embora essa re-

    duo do dficit tenha se acentuado nos

    ltimos quatro anos, especialmente aps a

    edio do PAC1, que previa investimento

    de R$ 10 bilhes em quatro anos (2007-

    2010), ainda h muito por ser feito. Portan-

    to, quanto mais durveis as obras, menos

    investimentos em reparos e manuteno

    sero necessrios e mais recursos podero

    ser aplicados na expanso da rede coletora

    e das estaes de tratamento de gua e es-

    goto. A sociedade brasileira, que em ltima

    instncia quem paga a conta, ser a maior

    beneficiada por ter mais e melhores obras

    de saneamento, com sustentabilidade.

    Aspectos da construo do emissrio: 5,2 km de comprimento, constitudo de dois tubos de

    concreto reforado de 3.000 milmetros de dimetro interno. As principais atividades do projeto incluram

    a pesquisa, a fabricao de tubos e elementos do difusor, a escavao da trincheira onshore e

    offshore e a instalao de dutos

    Ariane Souza engenheira do Departamento de Desenvolvimento de Mercado, da Votorantim Metais zinco.

    ArC

    Hir

    OD

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    GrO

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  • 44 Construo Metlica

    NotciasABCEM

    A Faculdade de Arquitetura da Uni-versidade Mackenzie recebeu, em 18 de agosto, o lanamento do livro A Boa

    Arquitetura de uma Gerao, idealizado pelo

    arquiteto Siegbert Zanettini junto Pana-

    mericana Escola de Arte e Design para co-

    memorar os 50 anos da sua trajetria.

    A ideia inicial era fazer uma exposi-

    o sobre sua carreira, que completou 50

    anos em 2009, mas o projeto evoluiu para

    uma homenagem gerao de arquitetos

    que criou trabalhos muito significativos

    do pas, transformando a exposio em

    uma referncia para os mais jovens.

    A exposio na Escola Panamerica-

    na gerou material para transform-la em

    um livro. Com o apoio do CBCA (Centro

    Brasileiro da Construo em Ao) e da

    ABCEM (Associao Brasileira da Cons-

    truo Metlica), o livro ser distribudo

    gratuitamente a todas as escolas de ar-

    quitetura do Brasil.

    No lanamento do livro na Macken-

    zie, estiveram presentes os arquitetos

    que fizeram parte da exposio e do li-

    vro. Cada um com sua linha arquitetnica

    prpria e com base nos preceitos moder-

    nos, evoluram no sentido de transpor

    esse perodo moderno e se encaminha-

    ram para um momento mais contempo-

    rneo da arquitetura.

    Repleto de convidados, professores

    e alunos da Faculdade, o espao foi mar-

    cado pela disputa de autgrafos de tantos

    dolos reunidos em um evento. Os arqui-

    tetos includos no livro so: Alberto Botti

    e Marc Rubin da Botti e Rubim, Candido

    Malta Campos Filho, Carlos Bratke, D-

    cio Ottoni, Decio Tozzi, Eduardo de Al-

    meida, Joo Filgueiras Lima (o Lel), Joo

    Walter Toscano, Joaquim Guedes (faleci-

    do em 2008), Paulo Bruna, Paulo de Mello

    Bastos, Paulo Mendes da Rocha, Plinio

    Croce (falecido em 1984), Roberto A