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Edio 99 | 2010 | ISSN 1414-6517 Publicao Especializada da ABCEM Associao Brasileira da Construo Metlica
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4 Editorial O ao em evidncia
6 CONSTRUMETAL 2010 O Congresso Latino-Americano da Construo Metlica
08 O Archi-neering mostra suas obras
12 Gustavo Penna: o ao como uma linguagem potica
14 O Brasil decola mesmo
16 Siegberg Zanettini: o ao e a sustentabilidade
17 O estado da arte em estruturas de ao
17 Light Steel Framing
17 Infraestrutura, aeroportos e estdios
17 O desenvolvimento de estruturas de ao e HSS Hollow Structural Section
17 Estruturas de ao
17 Sistemas tubulares em ao
18 Prmio ABCEM 2010
22 Exposio
30 Atualizao na Norma de 2008
32 Contribuies tcnicas
34 Soluo para o dficit habitacional
35 Prmio CBCA 2010
36 O ao tem vida
38 Opinio de Congressistas e Expositores
40 Construindo com Ao Casa Pintangueiras
42 Galvanizao Saneamento: concreto e ao galvanizado
oferecem maior durabilidade
44 Notcias ABCEM O show deve continuar
45 2 Latingalva Conferncia Latino-americana
de Galvanizao
46 Estatstica Desempenho da distribuio INDA: agosto de 2010
47 Scios & Produtos Empresas, entidades de classe e profissionais liberais
50 Agenda Eventos do setor
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4 Construo Metlica
Edio 99 2010
Publicao especializada da ABCEM Associao Brasileira da Construo Metlica
Conselho Diretor ABCEM
Presidente
Jos Eliseu Verzoni (Metasa)
Vice-Presidentes
Carlos A. A. Gaspar (Gerdau Aominas)
Jos A. F. Martins (MVC)
Luiz Carlos Caggiano Santos (Brafer)
Ulysses Barbosa Nunes (Mangels)
Edson Miranda (Perfilor - ArcelorMittal)
Diretores
Ademar de C.Barbosa Filho (Codeme)
Antnio Carvalho Neto (ABCEM Nordeste)
Antnio Gattai (Gattai Estruturas de Ao)
Ascnio Merrighi (Usiminas)
Gilso Galina (Aotec)
Horcio Steinmann (UMSA)
Luiz Carlos de Lima (Metasa)
Marcelo Manzato (Manzato)
Marcelo Micali Ros (CSN)
Marino Garofani (Brafer)
Norimberto Ferrari (FAM Constr. Metlicas)
Paulo Alcides Andrade (Paulo Andrade Enga.)
Diretora Executiva
Patrcia Nunes Davidsohn
Secretaria Geral
Av. Brig. Faria Lima, 1931 - 9o andar
01451.917 - So Paulo, SP
Fone/Fax: (11) 3816.6597
www.abcem.org.br
Redao
Mimi Duprat
Colaborao
Ariane Souza
Publicidade e Marketing
Elisabeth Cardoso
Projeto Grfico
Paulo Ferrara Sansei Projetos
Direo de Arte e diagramao
Antonio Albino
Tratamento de imagens
Fabiano Valverde Rodrigues
Impresso
CGP grfica Paulista
Redao e Publicidade
Av. Brig. Faria Lima, 1931- 9o andar
01451.917 So Paulo, SP
Fone/Fax: (11) 3816.6597
www.abcem.org.br
Tiragem
5.000 exemplares
Capa: ilustrao de Paulo Ferrara
Construo Metlica uma publicao trimestral, editada desde 1991, pela ABCEM - Associao Brasileira da Construo Metlica, entidade que congrega empresas e profissionais da Construo Metlica em todo Brasil. A revista no se responsabiliza por opinies apresentadas em artigos e trabalhos assinados. Reproduo permitida, desde que expressamente autorizada pelo Editor Responsvel.
O nosso pas vive um momento importante em seu processo de desenvolvimento. Alm da necessidade frequente de ampliar e melhorar a infraestrutura pblica, o Brasil v-se diante do desafio de sediar a Copa de 2014 e as Olimpa-das de 2016. Esses eventos atraem a ateno do mundo inteiro e demandaro recursos e mobi-lizaro empresas e pessoas, oferecendo inme-ras oportunidades de crescimento para diversos setores da indstria brasileira, incluindo o da construo metlica.
E foi nesse cenrio de otimismo que o CONS-TRUMETAL 2010 tornou-se, durante trs dias, o foco de construtores, investidores, profissionais e potenciais clientes. Nessa edio, a quarta em sua histria, o evento teve uma extraordinria adeso de profissionais e especialistas do segmento, em-presrios e representantes da indstria. A presen-a de renomados palestrantes nacionais e interna-cionais atraiu um nmero recorde de pblico.
Nas palestras tcnicas, foram apresentadas as novidades relacionadas com tecnologia, pro-cessos e melhores prticas. Na exposio, que contou com a presena expressiva de empre-sas estrangeiras, os corredores permaneceram lotados de interessados em conhecer mais so-bre os produtos e os servios que a indstria da construo metlica tem a oferecer. O espao da exposio transformou-se em um legtimo f-rum de negcios e de construo de parcerias, integrando toda a cadeia produtiva e a de for-necimento. Enfim, um evento do mais absoluto xito, que j se consolidou como o de maior re-levncia para o crescimento e o desenvolvimen-to do mercado brasileiro da construo metli-ca, e no qual se pode mostrar a capacidade e a potencialidade do nosso segmento. Um evento que nos enche de orgulho por termos o privil-gio de realiz-lo e organiz-lo.
Esta edio traz uma ampla cobertura do evento e de sua repercusso.
Boa leitura!Jos Eliseu Verzoni
Presidente da ABCEM
O ao em evidncia
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6 Construo Metlica
CONSTRUMETAL 2010
O Congresso Latino-Americano da Construo Metlica O CONSTRUMETAL 2010 discute as oportunidades, desafios e capacitao profissional do setor da construo em ao diante da atual fase do desenvolvimento brasileiro
Componentes da mesa de Abertura
Da esq. para a dir.:Catia Mac Cord Superintendente do IABrJoo Pignataro Ferreira representando o Ministro Miguel Jorge do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio ExteriorAlberto Posi ILAFAGilson Santos Bertozzo Superintendente do Sindisider / Inda
A boa situao da economia brasileira influencia a demanda dos segmentos do ao. Segundo o Instituto Ao Brasil (IABr), o consumo aparente de
produtos siderrgicos dever ter um aumento de
34,5% em relao a 2009. Responsvel por 30% do
consumo de ao, o setor da construo civil assiste a
esse aquecimento, tanto nas obras de infraestrutura
quanto na rea habitacional. Alinhado a esse cen-
rio, o CONSTRUMETAL 2010 foi realizado em So
Paulo, de 31 de agosto a 02 de setembro, no Frei Ca-
neca & Convention Center. Em sua quarta edio, o
evento que acontece a cada dois anos considerado
o maior da construo metlica da Amrica Latina.
Organizado pela Associao Brasileira da
Construo Metlica (ABCEM), que tem por obje-
tivo o desenvolvimento do mercado da construo
metlica, o Congresso foi realizado em um especial
momento do desenvolvimento socioeconmico bra-
sileiro. Oferecendo ao pblico, formado por profis-
sionais do setor, a possibilidade de refletir sobre as
oportunidades de demanda, atualizar o conheci-
mento sobre produtos e servios da cadeia produ-
tiva da construo em ao, conhecer a produo de
arquitetos e construtoras, e participar das aes de
incentivo ao uso do competitivo ao em edificaes
e obras de infraestrutura.
O panorama da economia brasileira em rela-
o economia global foi apresentado por Ricar-
do Amorim. Um quadro sobre o consumo do ao
em geral e a sua participao na construo civil foi
resgatado na conferncia do Centro Brasileiro da
Construo em Ao (CBCA), e outros painis abor-
daram a questo da demanda habitacional.
A exibio que se realizou paralelamente ao
Congresso foi representada pelos principais forne-
cedores da construo metlica. Reuniu fabricantes
de estruturas e coberturas de ao, empresas de gal-
vanizao, e indstrias de componentes e materiais
complementares. O destaque ficou com a expressi-
va quantidade de expositores internacionais, com
foco no mercado nacional e nos estandes de em-
presas de software de desenvolvimento de projetos
de estruturas.
Palestras sobre produtos nacionais e interna-
cionais complementaram a oportunidade para que
todos conhecessem a capacidade do setor.
Nas palestras dos arquitetos Helmut Jahn e
Gustavo Penna foram apresentadas a vivncia des-
ses profissionais e suas produes na rea de edifica-
es, em particular na construo em ao.
O professor e arquiteto Siegbert Zanettini, em
sua palestra sobre o Centro de Pesquisa da Petro-
bras, na ilha do Fundo no Rio de Janeiro, abordou
a questo da sustentabilidade e a complexidade do
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Construo Metlica 7
Nosso segmento est preparado para o momento.Jos Eliseu Verzoni, presidente da ABCEM
Abertura do eventoO engenheiro Jos Eliseu Verzoni, presidente
da ABCEM abriu o CONSTRUMETAL 2010 com
otimismo em relao aos investimentos tanto do
setor privado quanto do governo nos programas
habitacionais de casas populares, nas obras de infra-
estrutura, nos PACs e no Pr-sal que sozinho vai
demandar grande consumo de estruturas metlicas,
e grandes expectativas em relao aos eventos Copa
do Mundo 2014 e Olimpadas 2016. Nosso seg-
mento est preparado para o momento pontuou
Verzoni. Destacou os investimentos no setor nos
ltimos quatro anos e o expressivo aumento da ca-
pacidade fabril. Citou ainda a importncia do evento
CONSTRUMETAL no fortalecimento de parcerias
no segmento da construo metlica.
O presidente da ABCEM registrou tambm as
aes institucionais que a Associao promove com
o apoio de outras entidades do setor; seus programas
de qualidade e a grande aceitao de suas iniciativas
educacionais que, a cada edio, tm atrado maior
nmero de interessados.
gerenciamento de projeto em obras de grande porte.
Zanettini detalhou, tambm, as vantagens da utili-
zao do ao em projetos de edifcios.
A preocupao, por parte da ABCEM, com a ca-
pacitao e o incentivo profissional foi representada
pela apresentao de estudos, contribuies tcni-
cas, e palestras de cunho acadmico e promocional
por profissionais, professores, mestres e doutores
especializados no segmento da construo metlica.
O curso sobre a atualizao na Norma Brasi-
leira para estruturas em ao contou com a inscrio
de engenheiros que j atuam profissionalmente no
segmento e que, diante da ampliao da demanda,
buscaram aperfeioamento profissional.
Durante o Congresso houve, ainda, a entrega
do Prmio ABCEM, o qual tem por objetivo o reco-
nhecimento e incentivo aos arquitetos que se desta-
caram em seus projetos com ao.
Os eventos realizados durante o CONSTRU-
METAL 2010 demonstraram o seu alinhamento
com todas as questes da atual fase do desenvol-
vimento do Brasil.
Apoios
Organizado pela ABCEM Associao Brasileira da Construo Metlica, o CONSTRUMETAL 2010 recebeu apoio da AARS Associao do Ao do Rio Grande do Sul, do CBCA Centro Brasileiro da Construo em Ao, do Instituto Ao Brasil, do ILAFA Instituto Latinoamericano del fierro y el Acero, do AISC American Institute of Steel Construction, e do INDA Instituto Nacional dos Distribuidores de Ao.FO
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8 Construo Metlica
CONSTRUMETAL 2010 Palestra Master
Sem um bom cliente, no possvel construir um edifcio inovador.Helmut Jahn
O Archi-neering* mostra suas obrasO arquiteto Helmut Jahn abre o ciclo de palestras do CONSTRUMETAL 2010
Helmut Jahn abriu o ciclo de palestras do CONSTRUMETAl 2010 e fez sua primeira apresentao para o pblico
brasileiro, falando sobre o conceito Archi-
neering e a utilizao de novas tecnologias
para preservar os recursos naturais.
Em nosso trabalho, estamos interes-
sados, desde o comeo dos anos de 1990, na
integrao de Arquitetura e Engenharia, a
Archi-neering, demolindo as barreiras que,
frequentemente, existem entre essas disci-
plinas. Ns quisemos integrar os assuntos
formais, funcionais, tcnicos e ambientais
em uma arquitetura bonita e sustentvel.
A nfase est no desempenho, no sendo
puramente esttica.
Conseguimos essa integrao de-
senvolvendo novas tecnologias e concei-
tos. A meta fazer edifcios mais eficien-
tes, tanto em relao sua construo
quanto sua utilizao, conservar recur-
sos e us-los das formas mais reciclvel
e sustentvel possveis. So maximizados
os recursos naturais e o conforto; j o
*Archi-neering = arquitetura + engenhariaDemolindo as barreiras que existem entre as duas disciplinas.
equipamento tcnico minimizado.
O ao uma parte importante e deci-
siva nessa arquitetura. um material fasci-
nante, que permite maior preciso no design
e na construo e que, se usado da forma
correta, oferece muitas vantagens: presta-se
ao design leve, permite a fabricao em maior
escala e pode ser pr-montado, o que torna
mais fcil tanto o seu transporte quanto a sua
montagem no local onde vai ser utilizado.
Alm disso, o ao reciclvel e, em contras-
te com o concreto, tem um potencial de de-
RCM: A seu ver como est a demanda mundial por de projetos? E
quais so as chances para o ao?
Helmut Jahn No h tantos projetos hoje em dia. O boom da
construo foi no setor de prdios de apartamentos e, hoje, h
milhares de vazios nas grandes cidades por todos os Estados Unidos.
O governo est investindo, mas difcil. So muitos escritrios
competindo. Os projetos que mostrei no foram feitos nos EUA.
H uma grande dificuldade em levantar os recursos e os oramentos
diminuram. Mas a construo com ao deve crescer nos setores
automobilstico e naval. A produo vem da necessidade. Acho que o
futuro est no ao. Ns no devemos desviar daquilo que queremos
Helmut Jahn responde Revista Construo Metlica
como arquitetos. J enfrentei tempos difceis como hoje em meus 40
anos de prtica. Mas as coisas no acabam de uma hora para a outra.
RCM: Um edifcio constri-se mais rpido em ao?
Helmut Jahn O tempo de uma construo no o mais importante.
O aeroporto de Bangkok, por exemplo, s poderia ter sido feito em
ao. A vantagem que podemos desenhar de uma forma mais precisa,
levantar o prdio dentro do tempo programado e ele no afetado
pelo clima. mais fcil de construir e desmontar. O ao reciclvel, o
concreto no. Ele possibilita que voc faa coisas que no consegue
com o concreto.
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senvolvimento tecnolgico e de refinamento
mais avanado. Isso se aplica a seu corte, sol-
dadura, moldagem, revestimento e pintura.
A escolha de ao ou concreto no
depende s do design ou do arquiteto e
do engenheiro, baseada nas condies
regionais, nas preferncias locais ou nos
tipos de construo: escritrios podem
ser de ao ou concreto, apartamentos e
hotis tendem para o concreto. A Europa
e o Oriente Mdio favorecem o concreto,
j os Estados Unidos variam entre o ao
e o concreto, baseados em custos, condi-
es de mercado e demanda.
O uso inovador do ao em muitos
dos nossos edifcios combinado ao
uso do vidro, o que determina os resul-
tados estticos.
O que ns, como arquitetos, enge-
nheiros e empreiteiros, podemos fazer
trazer uma atitude positiva e inovadora
em relao a essas tarefas, porque essa
atitude pode mudar o mundo, para me-
lhor ou para pior.
Helmut Jahn
Arquiteto reconhecido
mundialmente, nasceu na Alemanha
em 1940 e foi para os Estados
Unidos em 1966 para estudar
Arquitetura. Em 1967, comeou a
trabalhar no tradicional escritrio de
arquitetura C.F. Murphy Associates,
em Chicago. Em 1988, tornou-se
diretor do escritrio, cujo nome
mudou para Murphy/Jahn Architects.
J recebeu dezenas de prmios e
condecoraes de vrias instituies
ao redor do mundo.
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10 Construo Metlica
CONSTRUMETAL 2010 Palestra Master
Helmut Jahn demonstrou o uso do ao em sete de seus projetos, construdos ou no, quais sejam: Sony Center, em Berlim; Aeroporto de Suvarnabhumi,
em Bangkok; Post Tower, em Bonn; Highlight Munich Business
Towers, em Munique; Merck Serono,
em Genebra; Mnchen Stadion,
em Munique; RAk Spire, nos Emirados
rabes.
Highlights Munich Business TowersSimplificao do que foi feito na Post Tower, sem prejuzo para o desempenho. Um paralelograma. A fachada foi desenhada tendo em mente aspectos tecnolgicos e ecolgicos, o que proporciona aos edifcios uma aparncia clara e transparente
Post Tower O que faz do Post Tower nico a luz do dia, a ventilao natural,
a energia solar e o conceito da building skin, que modela seu
prprio clima. Em nosso mundo cada vez mais complexo e
industrializado, ns, mais uma vez, precisamos prestar ateno nossas respostas naturais e aes intuitivas
Rak Spire Projeto de um edifcio de 875 metros de altura que seria parte de um bairro de arranha-cus, de uma nova cidade de 500 mil habitantes nos Emirados rabes
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Merck SeronoA sede da gigante empresa farmacutica e de biotecnologia representa tudo o que o escritrio Murphy/Jahn est estudando e desenvolvendo h anos para chegar nesse nvel de sofisticao: a integrao perfeita entre o trabalho de arquitetos e engenheiros, que perfeitamente entendida pelo cliente
Sony Center Oito edificaes, cobertas por uma grande estrutura de ao, vidro e tecido. Um grande jogo de sombra e luz natural
Munich StadiumProjeto para o estdio de Munique: mesmo com o fechamento do teto, tem-se 90% de aproveitamento da luz diurna
Aeroporto Internacional SuvarnabhumiUm vo de 145 metros, viabilizado pelo ao. Uma soluo inteligente, sofisticada e simples para ser a porta de entrada da Tailndia, que fica na memria quando se sai do pas
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12 Construo Metlica
CONSTRUMETAL 2010 Palestra Master
Gustavo Penna: o ao como uma linguagem poticaO arquiteto mineiro foi o palestrante master do segundo dia do CONSTRUMETAL 2010
Gustavo Penna pauta sua criao nos aspectos regionais de Minas Gerais e utiliza o ao como linguagem potica.
O arquiteto acredita que o Brasil deve
perseguir uma arquitetura com recursos
e necessidades brasileiras. Reconhece a
importncia dos projetos desenvolvidos
por grandes arquitetos globais, que so
espetculos vertiginosos, porm feitos
para atender uma necessidade miditi-
ca e por vezes narcisista dos pases
emergentes. Podemos, tambm, fazer o
espetculo da arquitetura brasileira, pois
no estamos atrs de boniteza, mas esta-
mos atrs da beleza, diz o arquiteto.
Penna apresentou vrios proje-
tos utilizando o ao, entre eles, dentro
do campo educacional, o Escolas em
Ao, para o governo de Minas Gerais e
o projeto da Escola de Arte Guignard.
Apresentou, tambm, o Memorial da
Imigrao Japonesa na Pampulha, o
Expo-Minas, o Museu de Congonhas e,
ainda, o projeto de readequao do Mi-
neiro, em parceria com a alem GMP.
Citou exemplos de residncias constru-
das com a tecnologia Steel Frame, como a
casa em Nova Lima, Minas Gerais.
Defendendo o uso mais intensivo
do ao, afirma que, no Brasil, na maior
parte das vezes, ele utilizado para gal-
pes industriais, passarelas e pontes.
Mas isso s um comeo. Acredita que
o ao v ser amplamente utilizado como
expresso em todas as manifestaes ar-
quitetnicas.
RCM O que o COnstRuMetal?
Gustavo Penna Para mim o nico evento no Brasil que trata
da construo metlica, alm de sua matria. Ou seja, pensamos
tambm na arte que podemos fazer com isso.
RCM Deveria haver mais eventos que tratem do uso do ao
na construo?
Gustavo Penna As grandes empresas da cadeia produtiva
(siderrgicas, grandes montadoras) deveriam estar preocupadas
em demonstrar que fazem obras de arquitetura notvel. Deveriam
convidar a arquitetura brasileira: ousem, atrevam-se, que ns
topamos! Ainda h argumentos castradores que cobem a
criatividade. Deveriam ir aos meninos das escolas de arquitetura e
dizer: Pensem, sonhem com ao! Como disse Disraelli: A vida
muito curta para ser pequena.
RCM Quando voc comeou a utilizar o ao em sua arquitetura?
Gustavo Penna Foi na Casa do Jornalista, em 1981. Eu ganhei
um concurso com a proposta de uma viga de 24 metros que passava
Gustavo Penna responde Revista Construo Metlica
por cima de uma praa. No foi feito, assim como vrios projetos que
foram pensados para ao. As grandes obras em ao se recusam a
acontecer. O meu projeto do Monumento Liberdade de Imprensa,
que est l h 15 anos, tambm no foi construdo.
RCM Voc trabalha unicamente com ao?
Gustavo Penna No. O que eu apresentei nessa palestra foram
alguns projetos em ao, mas tenho muitos outros projetos que no o
so, por exemplo, o Memorial Tiradentes, em que utilizo o concreto
ciclpico. Nasce da montanha, aquela coisa que vem do cho.
RCM existe alguma diferena em projetar com ao? Que
interferncias h no processo e na concepo?
Gustavo Penna No h diferena. Todos os projetos seguem o
mesmo princpio. Voc faz eleies. medida que isso acontece, voc
se aproxima das necessidades de solues dos problemas advindos
dessas eleies. Este o momento mais gostoso, pois voc comea a
compartilhar sua criao com mais gente. Isso deixa de ser um assunto
interno para ganhar outras dimenses. muito rico esse processo.
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Escolas em Ao
Elementos mineiros:
tringulos e varandas
Memorial da Imigrao Japonesa O uso do ao possibilitou a plasticidade pretendida pelo arquiteto
Escola Guignard Uso de vigas de
alma cheia em curva
Casa emNova Lima Uma das obras residenciais em steel frame
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14 Construo Metlica
CONSTRUMETAL 2010 Palestra Master
Ricardo Amorim economista, con-sultor, comentarista da Rdio Eldo-rado, colunista da revista Isto e um dos
apresentadores do programa Manhattan
Connection, do canal GNT.
Amorim voltou a morar no pas de-
pois de nove anos em Nova York, porque
o que est comeando a acontecer aqui
to espetacular que eu seria maluco
se no tivesse voltado! E diz que o que
acontece pelo mundo, como a crise nos
pases ricos, um verdadeiro tsunami
jogando a nosso favor.
Abriu sua palestra magna, no
CoNsTRumETAl 2010, com o slide da
capa da revista inglesa The Economist. A
capa cujo ttulo
o Brasil decola
mostra uma mon-
tagem com o Cristo
Redentor, no Rio de
Janeiro, decolando como se fosse um fo-
guete. E esse foi o tom de sua apresentao.
Nossa economia requer muitos cuidados e
ainda existem muitas preocupaes, como
as altas taxas de juros e a pesada carga tri-
butria. mas a boa notcia que, nos lti-
mos cinco anos, a mdia de crescimento do
Brasil quase dobrou era de 2,4% e chegou
a 4,7% ao ano no final desse perodo. Preci-
samos aprender a enxergar o Brasil como o
pas que est dando certo e no mais como
o pas do futuro que s vimos dar errado.
E apesar de o mercado brasileiro ser menor
que o americano, pases europeus ou o ja-
pons, ele cresce mais que o deles. Vrias
empresas esto ganhando mais dinheiro
aqui do que l fora.
sobre o consumo pelo mundo,
Amorim afirmou que o eixo de consumo
mudou: saiu dos pases ricos e veio para
os pobres. os pases ricos esto ven-
dendo como vendiam h trs anos. Ns
estamos vendendo 50% mais do que na-
quele perodo. o consumo de massa est
vindo para c, de tal forma que os pases
que mais esto crescendo no mundo
entre eles a China, a ndia, o Brasil e a In-
donsia tm uma caracterstica comum:
os quatro esto entre os mais populosos
do mundo. segundo ele, o americano,
quando ganha mais, no come mais. J o
O Brasil decola mesmoRicardo Amorim deixa mensagem otimista para o auditrio repleto de empresrios do setor
Capa da revista The Economist.
Novembro de 2009
Plateia na palestra de Ricardo Amorim
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chins, o indiano e o brasileiro vo comer
mais, e isso significa demanda de produ-
to bsico.
Nos ltimos trs anos, oito milhes
de empregos deixaram de existir nos Esta-
dos unidos. No Brasil, no mesmo perodo,
foram criados cinco milhes de empregos
formais, na ndia foram trs milhes e
na China 19 milhes. Amorim pergunta
Cad a crise global? No uma crise glo-
bal. o que ns temos uma mudana no
centro de gravidade da economia mun-
dial, saindo de l e vindo para c.
o conselho do economista para a pla-
teia foi: Em primeiro lugar, mirem suas
vendas em vendas domsticas. A venda
de produtos e bens como imveis que
depende de crdito a que mais cresce no
Brasil. Bom para voc do setor de ao. De-
pois, mirem em pases emergentes. Ven-
der para pases ricos, nos prximos anos,
vai ser muito complicado.
A percepo, para quem no do
setor, que o ao mais para o imvel
sofisticado. o que eu acho que vocs
precisam populariz-lo em relao a sua
utilizao na construo. na populari-
zao da construo civil que vai estar o
maior crescimento das vendas de ao no
Brasil.
Nos ltimos anos, a estabilidade econmica permitiu uma forte expanso do crdito, que continuar e, talvez, at se acelere nos prximos anos, medida que o dlar, a inflao e os juros voltem a cair. Somando-se a isso, os impactos positivos da Copa do Mundo e das Olimpadas, os setores de infraestrutura, imobilirio, automobilstico e de turismo impulsionaro o crescimento do pas, expandindo a demanda interna por ao.Ricardo Amorim
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16 Construo Metlica
CONSTRUMETAL 2010 Palestras
Siegberg Zanettini: o ao e a sustentabilidadeGrande defensor do ao na construo, o arquiteto apresenta o projeto CENPES II e as bases dos seus conceitos projetuais
A palestra do arquiteto Siegberg Za-nettini teve como tema o projeto do CENPES II Centro de Pesquisa e Desen-
volvimento da Petrobras, com a participao
de representantes dessa empresa envolvidos
no gerenciamento do empreendimento.
considerada a maior, mais moderna
e ecologicamente sustentvel obra, mesmo
quando comparada ao CENPES original,
j avaliado como um dos maiores polos de
pesquisa do mundo na rea de Petrleo.
Zanettini comentou a importncia do
ao na construo do CENPES II, que pro-
ps um novo paradigma para a arquitetu-
ra brasileira, possibilitando a incluso de
questes sobre ecoeficincia, sustentabili-
dade, utilizao de condies ambientais
naturais, incorporao de novas formas de
energia e interao com os ecossistemas
natural e construdo. Nesse projeto, houve
o uso de tecnologias limpas, arquitetura
contempornea e ecossistmica.
O projeto, de carter inovador, inte-
gra reas cientficas e de criatividade na
estruturao, no processo sistmico defi-
nido, estruturado e criativo, como siste-
mas de ecoeficincia, no planejamento, na
organizao e na racionalizao da obra.
Por que o ao, segundo Zanettini
Permeabilidade do olhar
Leveza e transparncia do ao: a primeira permite delinear
formas mais esbeltas e a segunda contribui para um olhar
contnuo, sem as interferncias estruturais.
Simetria e regularidade da estrutura
O processo industrial permite peas feitas em srie,
possibilitando as mesmas dimenses e a regularidade estrutural.
Harmonia e proporcionalidade
Praticidade: equalizao de vos e dimenses das peas.
Possibilidade de reduo da rea de estocagem no canteiro de
obras em funo da praticidade de montagem, visto que as
peas pr-dimensionadas j vm prontas para instalao.
Padronizao de usos
Conceito sistmico: processo metodolgico.
Facilidade de transporte
Logstica: transporte de materiais pr-determinados, economia
de tempo, entregas programadas.
Organizao do canteiro de obras
Materiais de acordo com a sua utilizao: uso conforme o
consumo/ordem e a sequncia de acomodamento das peas.
Racionalizao de materiais e mo de obra
Adequao da quantidade de materiais sem perda,
e mo de obra com funes definidas e exercidas conforme
especializao.
Sistemas para uso racional: metodologia e rapidez
de montagem.
Sistema e mtodos para agilidade e rapidez de instalao.
Montagem: planejamento, racionalizao e sistematizao
promovem velocidade e qualidade.
Planejamento requer flexibilidade.
Clareza na inteno dos detalhes
Obras complexas sempre tm contribuies precisas dos
calculistas, isso leva execuo quase imediata da obra,
torna-a correta e permite aprovar certificaes.
Reversibilidade
A reversibilidade na maneira de se focar espaos e solues
possibilita a reverso em prazos muito curtos.
PALESTRA 1
No alto, da esq. para dir.: Eng. Antero M. Abreu Petrobras,
Carlos Cezar de Oliveira IECP,
Marcelo Micali CSN. Abaixo, Siegberg
Zanettini durante sua palestra
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Construo Metlica 17
O estado da arte em estruturas de aoParticiparam dessa
apresentao o engenheiro
ingls Fergus McCormick,
da Buro Happold, Frederico
Donagemma, da Noronha
Engenharia, Luiz Carlos
Cagiano, da Brafer e
vice-presidente da ABCEM
como mediador, e o engenheiro Anderson Leris, da Usiminas
Mecnica. Foram apresentados alguns estudos de caso para ilustrar o
tema. O engenheiro Donagemma descatou: O ao prtico, o ao
rpido e o ao pode ser barato. S depende da qualidade do projeto e
da boa interao com o fabricante.
PALESTRA 2
infraestrutura, aeroportos e estdiosFez parte do painel o
arquiteto Robert Hormes,
diretor da alem GMP von
Gerkan, Marg & Partners,
hoje com escritrios no
Brasil, que participou de
obras como os estdios
Green Point e Dubai Sport
City e de projetos para os estdios do Morumbi e do Mineiro.
Outro convidado foi o engenheiro Knut Stockhusen, responsvel
hoje no Brasil pela concepo de projetos da tambm alem SBP
Schlaich Bergermann and Partner.
PALESTRA 4
Light Steel FramingAlexandre Mariutti, da
Construtora Sequncia,
destacou as vantagens da
utilizao do steel frame,
como preos competitivos,
facilidade de fornecimento,
prazo de entrega 35% mais
rpido que o da construo
convencional, pequeno impacto ambiental, manuteno simples e
grande qualidade construtiva. Como exemplos, citou o Complexo
Urucu da Petrobras, no Amazonas, a Comperj, refinaria da Petrobras
em itabora, no Rio de janeiro, e a vila Dignidade do CDHU,
em Avar, So Paulo.
PALESTRA 3
O desenvolvimento de estruturas de ao e HSS Hollow Structural Section Massao Sonoda,
vice-diretor da Diviso
de Produtos para
Construo, da Nippon
Steel & Sumikin Metal
Products, apresentou
produtos e solues de
sua empresa.
PALESTRA 5
Sistemas tubulares em aoO canadense Jeffrey
A. Packer, professor
doutor da Universidade
de Toronto, no Canad,
em sua apresentao,
destacou a arquitetura
livre. Podemos contruir
qualquer coisa com perfis
tubulares, disse ele.
PALESTRA 7
Estruturas de aoRicardo Chagas Saraiva,
da TkCSA, Oswaldo
Barbosa, Augusto Paiva
e Silva e Daniel Taissum
Cardoso, da Tecton
Engenharia, apresentaram
o projeto da estrutura de
ao do prdio da Aciria
da Thyssenkrupp CSA Companhia Siderrgica Santa Cruz,
Rio de janeiro.
PALESTRA 6
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A ABCEM, h cada 2 anos, promove o Prmio ABCEM porque entende que o reconhecimento de profissionais da rea da construo que se destacam
em projetos, cuja concepo voltada para o uso do
ao em suas diferentes formas, um dos pontos-chave
para o desenvolvimento do setor.
O Prmio ABCEM 2010 contou com a participao
de arquitetos, engenheiros, empresas construtoras e
fabricantes de estruturas metlicas. No total foram
inscritas 22 obras. Os vencedores foram anunciados
dia 31 de agosto, durante a cerimnia de abertura
do Congresso Latino-americano da Construo
Metlica CONSTRUMETAL 2010. Os projetos foram
classificados de acordo com seus contedos, elementos
e componentes, predominando a utilizao do ao,
bem como as estruturas mistas de ao-concreto.
Os critrios determinantes foram: criatividade
e inventividade, soluo tcnica, valorizao da
utilizao do ao na obra e coerncia estrutural.
PRMIO ABCEM 2010
A comisso julgadora foi composta por profissionais
indicados pelas principais associaes de classe da
construo civil, da engenharia e da arquitetura do
mercado brasileiro:
Arquiteto Luiz Frederico Rangel,
representando a ASBEA Associao Brasileira
de Escritrios de Arquitetura.
Engenheiro Joo Alberto de Abreu Vendramini,
representante da ABECE Associao Brasileira
de Engenharia e Consultoria Estrutural.
Engenheiro Joo Natan Levental,
representando o Instituto de Engenharia.
Arquiteto Roberto Inaba,
da USIMINAS, representando o CBCA Centro
Brasileiro da Construo em Ao.
Arquiteta Slvia Scalzo,
da ArcelorMittal, tambm representando o CBCA.
CAtEgORIAsEdificaesEstruturas verticais e/ou horizontais, que se destinam utilizao residencial, comercial, escolar, esportivo etc., de mdio e grande portes.CONCORRENtEs:Auto Shopping Cidade Empresarial, Aparecida de goinia, gO Oliveira Jnior VENCEDORComplexo Administrativo Imboassica, Rio de Janeiro, RJsidonio Porto Arquitetos Associados MENO HONROsAEspao Cultural UFG Campus Colemar Natal e Silva, goinia, gO Antonio Fernandes Baon simon Canteiro de Obras e Edificaes Provisrias, Ipojuca, PE Antonio goriosAtacado dos Presentes Filial Torre Loja de Comrcio Varejista, Recife, PE Luiz Rangel Moreira, sylvia scherb e Alberico Paes Barreto Ginsio SESC / Barra Tijuca, Rio de Janeiro, RJ FgMF Forte gimenes & Marcondes Ferraz
Obras de Pequeno PorteForam consideradas as estruturas de residncias, pequenos edifcios, esculturas e monumentos, novas ou ampliaes/modificaes.CONCORRENtEs:Residncia Castanhel, Cricima, sCDiego E. santo e Norberto Zaniboni VENCEDORrvore Metlica da Sede Administrativa da Embrapa do Cear, Fortaleza, CERendell torres e Karina teixeira MENO HONROsAResidencial Unifamiliar do Artista Plstico e Professor Juarez Paraso, salvador, BA Kleber do Nascimento sabaResidencial Pitangueira, santana de Parnaba, sP Newton Massafumi Yamato e tnia Regina ParmaReforma e Ampliao do Escritorio Dria Lopes Fiuza Arquitetos Associados, Curitiba, PR Waldeny Fiuza Minicasa Natura, santo Andr, sP Forte, gimenes & Marcondes Ferraz + EPIgRAM Teatro Santo Antnio, Vila santa thereza, Bag, RsFlvio Kiefer Caf Projeto concebido para a Mostra deDecorao Decor 2009, Bauru, sP gisele Fernanda simo Aidar Cobertura da Quadra Poliesportiva da Escola Viverde, Bragana Paulista, sP geraldo Acedo Vieira SolarPark Estrutura Cobertura de Estacionamento Ecopedaggico em Escola, Porto Alegre, Rs Klaus Dal Pai BohneCobertura da Quadra e da Passarela do Sesi Jardim da Penha, Vitria, Estarcisio Bahia de Andrade, Daniele goldner, Cristiane Martinazi,Plinio Machado
Obras EspeciaisForam consideradas as estruturas como galpes, indstrias, hangares, obras de arte, antenas de telecomunicaes etc.CONCORRENtEs:Aeropuerto Internacional Carrasco, Montevideo, Uruguay Raphael Violy VENCEDORPonte da Passagem Governador Carlos Linderberg, Vitria, EsKarl Fritz Meyer MENO HONROsAHangar DIGEX, so Jos dos Campos, sP Paulo Fraga silveira
CONstRUMEtAL 2010 Prmio ABCEM
18 Construo Metlica
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Construo Metlica 19
Com experincia acumulada em dois outros shoppings de automvel, um em Joo Pessoa e outro em Natal, o arqui-
teto Oliveira Jnior desenvolveu esse pro-
jeto para Gois. Localizado em um con-
domnio comercial horizontal prximo ao
centro de Goinia, o Shopping conta com
32 lojas de venda de automveis.
Inaugurado em maio de 2009, o em-
preendimento s se tornou vivel com o
uso do ao. Apoiado na caracterstica da
A diretriz bsica assumida na concepo arquitetnica do
Complexo Administrativo de Maca foi a de buscar um conjunto de
edificaes marcante em termos de conforto ambiental e esttica,
contendo espaos e percursos agradveis, reas de amenizao e
acessos imponentes, alm do cuidado com os aspectos construtivos.
Carlos Gaspar, Vice-Presidente da ABCEM, entrega o prmio para Oliveira Jnior
Marcio Porto, da Sidonio Porto Arquitetos, recebe a meno honrosa
de Ulysses B. Nunes, vice-presidente de
Galvanizao da ABCEM
Categoria EDIFICAEs
Oliveira Jnior
Meno HonrosaSidonio Porto
VENCEDOREs
PROJEtO: Complexo Administrativo Imboassica, em Maca,no Rio de Janeiro sidonio Porto Arquitetos AssociadosCLIENtE: Petrleo Brasileiro s/A Petrobras
PROJEtO: Auto shopping Cidade Empresarial, em gois Arquitrave EngenhariaCLIENtE: Auto shopping Cidade Empresarial Ltda.
Auto shopping
Localizao: Aparecida de Goinia, GO
Utilizao: shopping com 32 lojas de venda de automveis
Data de concluso: maio de 2009
Dimenses bsicas: 75,00 m x 105,00 m
rea coberta em projeo: 7.800 m2
rea de telhamento: 8.800 m2
Peso da estrutura metlica: 160 ton
Material aplicado na estrutura metlica: chapas USI SAC 300, alta resistncia corroso, em arcos soldados e teras tipo Z com sleeves, totalmente parafusados
telhamento: telha trmica tipo sanduche, pr-pintada, e = 0,50mm, ondulada, com ncleo em fibra de vidro e cartolas distanciadoras
Estrutura metlica: Arquitrave Engenharia
flexibilidade de montagem e remontagem,
possvel implantar o edifcio em terrenos
alugados. Neste caso, o empresrio fica
com a liberdade de poder reinstalar o seu
negcio onde quiser. Com o alto custo dos
terrenos, o uso do ao proporciona um in-
vestimento direcionado ao negcio.
Sem prejudicar a criatividade do arqui-
teto, todos os elementos estruturais foram
projetados com foco na facilidade de re-
montagem e transporte dos componentes.
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20 Construo Metlica
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Com pouca movimentao na terra-plenagem do terreno, a fundao foi executada com sapatas isoladas de con-
creto armado, considerando que as cargas
exercidas nas fundaes foram bem redu-
zidas com o uso da estrutura metlica.
O conceito estrutural da residncia foi
dividido em uma etapa de estrutura de con-
creto armado e outra de estrutura metlica,
que consiste em: cobertura metlica na rea
de dormitrios, vigas de perfil I de 30 cm
e 50 cm de altura na estrutura que supor-
O conceito da obra foi transformar, modificar e revitalizar um espao
inativo atravs de um elemento plasticamente elegante e com referncia
direta face da empresa, a rvore.
Categoria OBRAs DE PEQUENO PORtE
Diego Santo e Norberto Zaniboni
Meno HonrosaRendell Torres e Karina Teixeira
PROJEtO: rvore metlica da sede administrativa da Embrapa, no Cear ARK ArquitetosCLIENtE: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria
PROJEtO:
Residncia Castanhel, em santa Catarina Engenharia Castanhel
Diego Esprito Santo recebe o prmio pelas mos de Jos Eliseu Verzoni,
presidente da ABCEM
Residncia Castanhel
Localizao: Cricima SC
Data de concluso: janeiro de 2009
rea til: 342,71 m2
rea total: 384,50 m2
Nmero de pavimentos: dois
Quantidade de ao utilizado: 8.000 kg
Caractersticas do ao: CosArcor 300 / SAC 300
Forro: Perfil Cassete 60 perfurado
telha: Perfil LR Zip 53 Perfilor trapezoidal pr-pintado (esp. 0,5 mm)
Fabricante da estrutura metlica: Sulmeta Construes Metlicas
Montagem: Engenharia Castanhel LTDA.
Fabricante de telhas e acessrios: Perfilor
Ao para a estrutura de concreto: ArcelorMittal
ta a cobertura (tambm de metal), escada
metlica e dois pilares metlicos com 110
mm, que sustentam a laje sobre o espao de
Festas e Home Theater. Esses pilares ainda
cumprem a funo de condutor pluvial.
Um grande vo e balanos propor-
cionados pela estrutura metlica exercem
um valor fundamental na funo de pro-
teo solar e esttica da residncia.
Vigas metlicas de perfil I na ex-
tenso do deque da piscina garantiram a
flutuao e leveza ao conjunto da obra.
CONstRUMEtAL 2010 Prmio ABCEM
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Raimundo Calixto, da Ark Arquitetos, e Luiz Carlos
Caggiano Santos, vice-presidente de de Estruturas Metlicas
da ABCEM
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Construo Metlica 21
O projeto concebido pela Rafael Violy Arquitetos visa proporcionar um maior fluxo de voos para Montevidu,
com melhores servio e convenincia para
os usurios.
Seu design foi inspirado em formas
que remetem aeronutica. A curva do
Altura livre de 8,0 metros; preferncia do ao nos elementos principais;
carto-postal para a cidade; e vo livre mnimo de 80 metros foram parmetros
considerados no projeto.
Categoria OBRAs EsPECIAIs
Rafael Violy e Pablo Fumes
Meno HonrosaKarl Fritz Meyer
PROJEtO: Ponte da Passagem governador Carlos Linderberg, em Vitria EsCLIENtE: governo do Estado do Esprito santo e Prefeitura de Vitria
PROJEtO: Aeropuerto Internacional CarrascoCliente: Puerta del sur s.A.
Marino Garofani, presidente da Brafer e Conselheiro Diretor da ABCEM, entrega o prmio
a Alex Ribeiro, representando Rafael Violy
Terminal do Aeropuerto Internacional de Carrasco
Localizao: Montevidu, Uruguai
Data do projeto: maro de 2008
Data de execuo: novembro de 2009
Estrutura de ao: 4.000 ton
rea coberta: 40.000 m2
rea til: 52.000 m2
tipo de cobertura: Chapa termoplstica TPO
Fabricante da estrutura metlica: Cinter S.R.L.
Montagem: Saceem
Construo/engenharia civil: Campiglia Construcciones
telhado, em forma de um grande chapu de
sol, estende-se por 360 metros sobre todo
o comprimento do edifcio, ultrapassando
as extremidades e descansando no cho.
A estrutura da cobertura suportada
por um sistema integrado de elementos
estruturais, que percorrem o permetro
da edificao e, por sua vez, sustentam a
fachada de vidro de, aproximadamente,
8.000 m2, o que permite a utilizao da
iluminao natural.
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Karl Fritz Meyer recebe do Eng. Joo Pignataro
Ferreira, do Ministerio do
Desenvolvimento, Indstria e
Comrcio Exterior, a meno honrosa
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Exp
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ExposioA exposio foi um grande sucesso, superou todas as expectativas dos expositores e do pblico, e proporcionou grandes novidades em tecnologia e servios para o setor da construo metlica
A Exposio do CONSTRUMETAL 2010 contou com a participao
de 39 empresas nacionais e
internacionais, e macia presena
de um pblico altamente
qualificado profissionais das
reas de Engenharia e Arquitetura,
estudantes e empresrios puderam
trocar informaes e conhecer
as novidades tecnolgicas e os
processos produtivos do setor
da Construo Metlica.
CONSTRUMETAL 2010 Expositores
22 Construo Metlica
www.adlluxsoftware.com.br
www.arbus.com.br
www.cbca-iabr.org.br
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Construo Metlica 23
www.acotecbr.com.br www.acuna-sa.cl
www.perfilor.com.br www.brafer.com.br
www.cesmi.com.br www.ciser.com.br
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24 Construo Metlica
CONSTRUMETAL 2010 Expositores
www.cmv.com.br www.csn.com.br
www.entermetal.com.br www.gerdau.com.br
www.ipsl.es www.isoeste.com.br
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Construo Metlica 25
www.danobat.com www.engemetal.com.br
www.hard.com.br www.imesul.ind.br
www.lanteksms.com www.mangels.com.br
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26 Construo Metlica
CONSTRUMETAL 2010 Expositores
www.manzato.com.br www.marko.com.br
www.multiplus.com www.nsc.co.jp/en
www.pini.com.br www.rocktec.com.br
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Construo Metlica 27
www.medabil.com.br www.metasa.com.br
www.oceanmachinery.com.br www.peddinghaus.com
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28 Construo Metlica
CONSTRUMETAL 2010 Expositores
www.rosler.com.br www.scia-online.com
www.tkbrasil.com.br www.usiminas.com
www.vmtubes.com.br www.voortman.net
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Construo Metlica 29
www.sabi.es www.superpar.com.br
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30 Construo Metlica
CONSTRUMETAL 2010 Curso tcnico
Atualizao na Norma de 2008O curso tcnico ministrado pelo professor Zacharias Chamberlain Pravia superou a previso de inscries
Zacharias Chamberlain Pravia, professor doutor, titular da Faculdade de Engenharia e Arquiteturada Universidade de Passo Fundo.Membro da comisso de reviso da ABNT NBR 8800 e da ABNT NBR 14762
O que a NBR 8800:2008 A ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas) publicou, em 25 de agosto, a NBR 8800 Projeto de Estruturas de Ao e de Estruturas Mistas de Ao e Concreto de Edifcios. Em vigor desde 1986 (como NBR 8800 Projeto e Execuo de Estruturas de Ao de Edifcios), a norma foi revisada e a nova verso vlida desde 25 de setembro de 2008.
Uma das contribuies mais importantes para o setor possibilitar o uso de mtodos de clculo modernos, o que permite chegar a estruturas mais leves e competitivas e com confiabilidade relativamente uniforme.
A NBR 8800:2008 uma norma que tem em seu escopo, alm das estruturas de ao, as estruturas mistas de ao e concreto. Assim, possui tambm regras completas para o projeto de elementos estruturais mistos de ao e concreto (vigas, pilares, lajes e ligaes).
Est totalmente de acordo em relao durabilidade, deslocabilidade, corroso e outros aspectos das estruturas.
Anlise de segunda ordemUma estrutura carregada com aes, verticais e horizontais, deforma-se lateralmente devido s aes horizontais, havendo uma interao entre as aes verticais e os deslocamentos gerados pelas aes horizontais, acentuando esses deslocamentos. Essa interao chamada de efeito de segunda ordem.
As normas mais modernas para anlise e dimensionamento de estruturas de ao, entre elas a ABNT NBR 8800:2008 e at a proposta da AISC 360 prevista para 2010, prescrevem a avaliao da deslocabilidade lateral de edificaes, atravs da anlise de segunda ordem.
A anlise de primeira ordem pressupe, para o clculo de esforos e deslocamentos, o equilbrio da estrutura em sua posio inicial no deformada. Ao contrrio, a anlise de segunda ordem estabelece o equilbrio da estrutura na posio deformada, gerando esforos adicionais devido s foras aplicadas sobre os deslocamentos.
A verso revisada cria bases para o Brasil crescer com tecnologia adequada, principalmente na aplicao de estruturas de ao para edificaes industriais, comerciais e habitacionais e ainda para shoppings, e outras aplicaes.
A ABCEM, como parte do CONS-TRUMETAL 2010, promoveu o curso NBR 8800:2008, ministrado pelo
professor Zacharias Chamberlain Pravia,
nos dias 31 de agosto e 01 de setembro. O
objetivo foi a atualizao na verso revis-
ta em 2008 pela ABNT (Associao Brasi-
leira de Normas Tcnicas)
Entre os contedos abordados pelo
professor Zacharias, destacam-se os co-
nhecimentos reciclados para projetos de
estruturas de ao e de estruturas mistas
de ao e concreto para edifcios.
Com carga horria de 8 horas, a
maior parte dos inscritos foi de enge-
nheiros projetistas de grandes empresas
de estruturas metlicas.
Ao final do curso, o professor Za-
charias, em entrevista RCM, afirmou
que a grande procura por inscries para
o curso reflete o momento pelo qual pas-
sa a Engenharia brasileira: O mercado
de construo est aquecido e h uma
forte demanda por profissionais melhor
preparados, comemora o maior provedor
de artigos tcnicos da RCM.
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Construo Metlica 31
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A ABCEM sempre se destacou pela inter-relao da academia e do setor empresarial.
Operando em duas vias, leva
o conhecimento dos produtos
para as escolas, em aes como
o Arkhi-Arquiteto, assim como
traz para seus associados o
conhecimento das universidades
oferecido por meio de cursos.
No CONSTRUMETAL 2010
a presena da universidade foi
marcada por 32 apresentaes
de recentes trabalhos de pesquisa
na rea da construo em ao.
Dispostos por temas de interesse,
aqui listados, os trabalhos esto
disponveis no site da ABCEM.
Alm dos trabalhos acadmicos,
no mesmo endereo esto os
arquivos, em PowerPoint, das
apresentaes realizadas nos
trs dias do Congresso.
Em aes como esta, a ABCEM
atesta seu compromisso de
estar atenta capacitao
de recursos humanos e aos
investimentos em pesquisa.
A presena da academia no setor empresarial
CONSTRUMETAL 2010 Contribuies tcnicas
Estrutura de ao dimensionamentoEstudo numrico-experimental de ligaes parafusadas com chapa de topo entre viga metlica de seo I e pilar misto preenchido com concreto de seo quadrada.Marcela Novischi Kataoka e Ana Lcia H. de C. El Debs
Anlise comparativa de solues de lajes para edifcios estruturados em ao.Ygor Dias da Costa Lima e Alex Sander Clemente de Souza
Anlise dinmica de uma plataforma mista ao-concreto de uma estao de carregamento de materais.Cludia Marcenes Kamei, Walnrio Graa Ferreira e Jos Guilherme Santos da Silva
Anlise de segunda ordem em edifcios modelados tridimensionalmente: aplicaes, dificuldades e recomendaes.Fbio A. Nardi, Ricardo Ficanha e Zacharias M. Chamberlain Pravia
Dimensionamento de estruturas de ao usando o mtodo dos elementos finitos.Ricardo Ficanha, Fbio A. Nardi, Zacarias M. C. Pravia
Anlise de estrutura aporticada de ao para suporte de peneira vibratria. Tnia Maria Ribeiro Costa Assuno e Fernando Amorim de Paula
Resistncia de perfis de ao formados a frio: a norma NBR 14762 e o mtodo de resistncia direta.Eduardo M. Batista, Elaine Garrido Vazquez, Elaine Souza dos Santos
Estrutura mista ao-concreto viabilidade da utilizao de pilares mistos parcialmente revestidos em edifcios de mltiplos pavimentos: estudo de caso.Giovana Nasser Toldo, Silvana de Nardin e Alex Sander Clemente de Souza
Fabricao e montagemAvaliao das principais descontinuidades encontradas nas juntas soldadas causas e possveis solues.Paulo Rogrio Santos de Novais
Projeto de produo para construo metlica aplicado em lajes mistas steel deck.Raphael da Silva
Estruturas tubulares de aoEstrutura metlica para o novo terminal rodovirio de Braslia.Paulo Srgio de Souza Ribeiro
A futura norma brasileira de projeto de estruturas de ao e estruturas mistas de ao e concreto com perfis tubulares.Ricardo H. Fakury, Arlene Maria S. Freitas, Joo Alberto Venegas Requena, Roberval Jos Pimenta, Eduardo de Miranda Batista e Afonso Henrique M. de Arajo
Resistncia de barras comprimidas de ao: curvas de flambagem para perfis laminados a quente e soldados, e formados a frio e tubulares.Eduardo M. Batista, Ricardo H. Fakury, Arlene M.S. Freitas, Joo Alberto V. Requena, Roberval J. Pimenta e Afonso H. M. de Arajo
Ligaes metlicas com perfis tubulares Comportamento e prescries de projeto.Arlene Maria Sarmanho Freitas, Ricardo Hallal Fakury, Joo Alberto Venegas Requena, Roberval Jos Pimenta, Eduardo de Miranda Batista, Afonso Henrique Mascarenhas de Arajo
Prescries de soldas aplicadas em ligaes, com base na norma brasileira de projeto de estrutura de ao e estruturas mistas de ao e concreto com perfis tubulares.Joo Alberto V. Requena, Ricardo H. Fakury, Arlene M. S. Freitas, Roberval Jos Pimenta, Eduardo M.Batista e Afonso H.M. de Arajo
Ligaes de apoio de pilares em perfil tubular.Roberval Jos Pimenta, Ricardo Hallal Fakury, Arlene Maria Sarmanho Freitas,
32 Construo Metlica
Acesse www.construmetal.com.br/contribuicoes-tecnicas.phpe confira na ntegra as Contribuies Tcnicas que foram apresentadas durante o CONSTRUMETAL 2010.
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Joo Alberto Venegas Requena, Eduardo de Miranda Batist e Afonso Henrique M.de Arajo
Trelias espaciais formadas por perfis tubulares de ao: design bioinspirado e dimensionamento via algoritmos genticos. Juarez Moara Santos Franco, Eduardo de Miranda Batista e Alexandre Landesmann
Projetos aoAeroporto Usiminas. Luiza Baptista de Oliveira
Concepo arquitetnico estrutural de ponte mista entre Cabedelo e Lucena PBPatrcia de Lourdes Casadei e Sandro Valrio de Souza Cabral
Edifcios-garagem estruturados em ao.Rosane Bevilaqua
Intervenes metlicas em edificaes de valor histrico e cultural: estudos de caso de interfaces.Carolina Albuquerque de Moraes e Luiz Fernando Loureiro Ribeiro
Novos tipos de ao para construoAos revestidos com zinco e suas ligas para estruturas de edificaes residenciais
e Comerciais.Evandro de Azevedo Alvarenga
Novos aos estruturais de elevada resistncia corroso marinha.Rogrio Augusto Carneiro e Evandro de Azevedo Alvarenga
SustentabilidadeA aplicao da ferramenta de certificao LEED para avaliao de edifcios sustentveis no Brasil Mudanas do conceito de sustentabilidade.Monique C. Rodrigues, Gracimeire de C. Duart, Maria Christina R. Xavier de Souza Pereira e Patrcia F. J. G.Vieira
Light Steel Framing Light Steel Framing como alternativa para a construo de moradias populares.Alexandre Kokke Santiago, Mara Neves Rodrigues, Mrcio Sequeira de Oliveira
Avaliao ps-ocupao de edifcaes estruturadas em ao, com foco em edicaes em Light Steel framing.Holdlianh C. Campos e Henor Artur de Souza
Habitao unifamiliar de baixo custo: projeto USP para a ArcelorMittal. Francisco F. Cardoso, Mercia M.S.B. de Barros, Mrcio Teixeira, Douglas Ito,
Camila Conti, Lgia de Aquino, Daniel Gallardo-Alarcon, Herbert Gomes e Rosa M. Messaros
CoberturasEstudo em tnel de vento da cobertura do estdio Beira Rio Porto Alegre RS. Acir M. Loredo-Souza, Marcelo M.Rocha, Mario G. K. Oliveira, Charles A. Simon, Luiz Eduardo P. da Silva, Guilherme M. Siqueira, Gustavo Menna Barreto Klein e Maria Cristina Dolz Bnia
Estudo de trelias metlicas para cobertura em duas guas atravs de otimizao topolgica. Guilherme Di Domenico Tisot, Guilherme Fleith de Medeiros e Moacir Kripka
Obteno de configuraes econmicas para o projeto de tesouras em ao.Guilherme Fleith de Medeiros, Guilherme Di Domenico Tisot e Moacir Kripka
Proyetos y ejecucin de cubiertas de grandes luces para estadios en Argentina.Jos Gmez e Hctor Marcelo Ruffo
Desafios e inovaes em coberturas: a aplicao do sistema de membrana TPO no Aeroporto Internacional de Carrasco Uruguai.Eduardo Munhoz de Lima Castro
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34 Construo Metlica
CONSTRUMETAL 2010 Palestras
Soluo para o dficit habitacional
O dficit habitacional O dficit habitacional brasileiro de
7 milhes de unidades e s poder ser
combatido de forma efetiva com a adoo
de solues construtivas de alto desempe-
nho e baixo custo de produo.
E isso s ser possvel com a utiliza-
o de sistemas industrializados de cons-
truo, como o caso das edificaes es-
truturadas em ao.
A demanda potencialSegundo um estudo da Ernst &
Young, em conjunto com a Fundao Ge-
tulio Vargas (FGV), o Brasil dever elimi-
nar completamente o passivo habitacional
at 2030 com a expanso dos investimen-
tos do setor, que devem saltar dos R$
165,2 bilhes de 2007 para R$ 446,7 bi-
lhes nesse perodo. O trabalho levou em
considerao o cenrio econmico, com
o crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) de 4% a 5% ao ano e o efeito positi-
A arquiteta Silvia Scalzo, da ArcelorMittal, o arquiteto Roberto Inaba, da Usiminas, e o engenheiro Fernando Pinho Silvia, da Gerdau
A necessidade de novas habitaes e as vantagens do ao como soluo em larga escala
vo sobre a renda das famlias.
CONSTRUMETAL 2010Em resposta a essa demanda, o
Congresso Latino-Americano da Cons-
truo Metlica apresentou o painel so-
bre a habitao de interesse social em
ao, como ajuda ao combate ao dficit
habitacional brasileiro.
Para compor a mesa, foram convi-
dados como palestrantes a arquiteta Sil-
via Scalzo, o arquiteto Roberto Inaba e o
engenheiro Fernando Pinho.
As solues apresentadas pelos re-
presentantes das empresas ArcelorMit-
tal, Usiminas e Gerdau acatam os pla-
nos habitacionais governamentais. As
exigncias levam em conta a populao
localizada em reas de favela ou cortio,
atendidas por residncias unifamiliares
com a rea em planta de 37 a 45 m2, dis-
postas em conjuntos habitacionais.
O ao uma soluo competitiva,
para essas obras, desde que potencializa-
das suas caractersticas, prprias de uma
construo industrializada, tais como a
escala de produo, a racionalizao do
canteiro, o projeto modular e a serializa-
o dos componentes.
Os palestrantes apresentaram trs
diferentes tecnologias e solues em ao:
o light steel framing, os perfis conformados
a frio e os perfis estruturais laminados.
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Prmio CBCA 2010
O CBCA (Centro Brasileiro da Construo em Ao) promoveu a terceira edio do concurso CBCA, diri-
gido aos estudantes de arquitetura, cujo
tema foi: Centro urbano praa pbli-
ca coberta de uso mltiplo para uma
cidade com populao entre 200 mil e
400 mil habitantes.
A premiao ocorreu no segundo
dia do CONSTRUMETAL 2010.
A equipe vencedora ir representar
o Brasil no III Concurso de Projeto em Ao
para estudantes de arquitetura em 2010,
promovido pelo Instituto Latino-ameri-
cano de Ferro e Ao (ILAFA), que reunir
representantes de oito pases: Argentina,
Brasil, Chile, Colmbia, Equador, Peru,
Mxico e Venezuela.
Equipe vencedora
Universidade Estadual do Maranho
Orientadores
Mrcia Tereza Campos Marques e Eduardo Aurlio Barros Aguiar
Membros da equipe
Christiana Pecegueiro Maranho Santos, felipe Pereira Nascimento,
vagner Almeida Moreira e felipe Romano Almeida
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36 Construo Metlica
CONSTRUMETAL 2010 Palestras
Resistncia e segurana
Reciclvel
Flexibilidade no projeto
Fornecimento local
Imagem como: o material mais sustentvel
Alta velocidade de construo
Preciso dimensional
Baixa gerao de resduos
Pontos fortes
Mercado amplo, com pequena participao do ao
Necessidade crescente de moradias
Ambiente receptivo a solues construtivas com menor impacto ambiental:
Economiza gua e energia
Minimiza a gerao de resduos
Maior segurana no canteiro de obras
Oportunidades
Cadeia de produo
Pouca conscientizao do consumidor
Falta mo de obra qualificada
Falta de infraestrutura
Pontos fracos
AmeaasFalta de anlise econmica
Possibilidade de no ser um material local
Falta de conhecimento de outros materiais
Esforos de desenvolvimento do mercado de substitutos
Barreiras devidas a cdigos e regulamentos
Cultura no uso de concreto e madeira
O ao tem vidaOportunidades e desafios do desenvolvimento brasileiro anlise do setor da construo em ao
Ctia Mac Cord, Superintendente do IABr, abriu a sesso de palestras do segundo dia do CONSTRUMETAL com
a anlise do setor, comercializao, dis-
tribuio setorial do consumo, mercado
brasileiro do ao, incluindo a evoluo da
participao dos principais setores con-
sumidores finais.
A atual ordem econmica nacional
cria grandes possibilidades , mas tambm
estabelece enormes desafios para todos
os setores.
A palestra abordou tpicos como os
benefcios da utilizao do ao e as oportu-
nidades de desenvolvimento do setor, como
O ao tem vida pelas propriedades mecnicas que se alteram em funo da composio qumica e da estrutura metalogrfica obtida no processo de laminao, e pelos tratamentos tcnicos. Ele tem vida por sua resistncia tenso, tenacidade, dutilidade, resistncia, ao desgaste e corroso. difcil imaginar um mundo sem aoCtia Mac Cord
a Copa do Mundo da FIFA, com a qual sur-
gem estratgias da arquitetura sustentvel,
apoio do BNDES construo e uma anlise
SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities,
Threats) para a construo em ao.
Em relao s polticas econmi-
ca e fiscal, a executiva destacou, em sua
palestra, as aes prioritrias: a desone-
rao dos investimentos e a reduo do
custo de capital, a ampliao da oferta e
do acesso ao crdito para investimentos,
a poltica cambial de estmulo s expor-
taes, a reduo da carga tributria e de
sua incidncia em cascata, e a eliminao
de assimetrias de tratamento tributrio.
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Anlise SWOT
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Construo Metlica 37
Ctia Mac Cord engenheira metalrgica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ps-graduada em Economia. Como superintendente do Instituto Ao Brasil (IABr), responsvel pela rea de mercado, economia, estatsticas e relaes trabalhistas. gerente executiva do Centro Brasileiro de Construo em Ao (CBCA).
RCM: Como a senhora analisa as aes
governamentais em relao a essas janelas de
oportunidades na rea de construo que esto
se abrindo como o Pr-sal, a Copa do Mundo
e as Olimpadas, entre outras?
Ctia No diria que s o governo o
responsvel pelas aes, a PPP (parceria
pblico-privada) essencial aqui. Mas
certamente, precisamos de acesso a
financiamentos para investir e uma carga
tributria menor. Este o melhor retorno que
o governo pode dar, no s aumentando o
emprego que se vai contribuir para o processo.
A formao bruta de capital tem que crescer, o
governo tem que participar desse processo, de
forma direta ou indireta.
RCM: Como podemos classificar a importncia
da carga tributria?
Ctia Essencial. Nossa carga muito
alta. Temos que ter a preocupao com a
desindustrializao sim. Preocupao com a
falsa competitividade do produto chins.
O fabricante no pode olhar o ao importado
como a soluo para a vida dele; muitas vezes,
o ao importado no segue o rigor necessrio,
no serve para o trabalho dele. Mas no setor
da construo, eu ainda acredito que estamos
trabalhando no caminho certo. Tanto que a
Usiminas e a Gerdau esto fornecendo para
o projeto Minha casa, minha vida, a preos
competitivos. Ento, d para fazer.
RCM: O que a senhora acha dessa edio
2010 do Congresso?
Ctia As duas gestes do verzoni (jos
Eliseu verzoni presidente da ABCEM)
consolidaram esse evento como o evento
do setor e a partir de agora, h mais um
desafio: o evento precisa envolver e levar
a informao a outros pblicos, como
as prprias construtoras, os prprios
empreendedores.
RCM: A senhora quer dizer alguma coisa
para quem est comeando, para os
estudantes de arquitetura e engenharia?
Ctia O ao tecnologia. No qualquer
um que pode falar do ao. Mas quando
o arquiteto encontra um engenheiro que
conhece o ao, a no se para mais.
Ele descobre que tem alternativas.
Aps sua apresentao, Ctia tambm concedeu uma entrevista Revista Construo Metlica. Seguem alguns trechos dessa entrevista.
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38 Construo Metlica
CONSTRUMETAL 2010 Opinio dos congressistas e expositores
Na edio deste ano, pudemos
observar uma frequncia maior de
pblico que no CONSTRUMETAL
de 2008. Agora h mais gente e
mais interesse nas palestras.
O CONSTRUMETAL importante
para consolidar produtos,
relacionamentos e conhecimentos.
de extrema importncia, pois
o nico congresso do setor
no Brasil. Esperamos que cresa
bastante nos prximos anos.
Edson de Miranda,
ArcelorMittal / Perfilor
A TK Brasil participou de todas as edies do CONSTRUMETAL
e essa edio est muito boa. O mercado est agitado e as
expectativas so grandes. Os profissionais querem estar em dia
com as novas tecnologias, desde a rea de engenharia em geral
at a parte de fabricao. Uma grande quantidade de empresas
est preparada para receber os novos projetos, mas h empresas
que ainda no e o CONSTRUMETAL atua como divulgador
dessas novas tecnologias.
Artur Assis, TK Brasil
Nossa empresa participa de vrios
congressos e eventos, mas o
CONSTRUMETAL 2010, em particular,
muito bem focado. H pblico especializado,
interessado em participar e conhecer novas
tecnologias e produtos. Nesse momento,
em que o mercado est bem aquecido, o
congresso uma excelente oportunidade
para reunir toda a cadeia produtiva.
Aqui, tanto o nvel de negcios quanto
o de contatos so excelentes.
Rinaldo Pereira Leite, Ciser
Todos aqui no
CONSTRUMETAL 2010
esto interessados em
ao..., devemos aumentar
a participao na construo
civil..., pois um setor
extremamente promissor.
Ivan Lippi Rodrigues,
professor e engenheiro
que atua h 58 anos
no segmento
O CONSTRUMETAL
superimportante para o
segmento, pois uma
forma de divulgarmos
nossos produtos.
Porm, precisamos fazer
com que os clientes
venham at aqui.
Joo Batista DElia,
Metasa
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As palestras esto excelentes, com participao notvel
de pblico. Durante os trs dias de evento, as pessoas
ficaram circulando, extremamente interessadas na
apresentao de novas tecnologias e produtos. Na
exposio paralela os fabricantes de estrutura metlica
participaram de forma mais institucional, mostrando
o que j fizeram; porm, os fabricantes de softwares,
mquinas e parafusos, venderam seus produtos. Esses
expositores gostariam de um CONSTRUMETAL por ano!
Foram feitas muitas inscries e faltaram vagas no curso
tcnico. Ns da ABCEM, pensamos em implementar
mais cursos durante o prximo ano. Conversei com
muitos professores de estrutura metlica com timas
idias, que querem melhorar o currculo. Hoje, temos
oferta de fornecimento e h necessidade de se criar
mo-de-obra especializada.
Luiz Carlos Caggiano Santos, Brafer.
Vice-Presidente de Estruturas Metlicas da ABCEM
Em outras edies, o CONSTRUMETAL tinha um carter mais
centralizado, agora, encontramos com clientes de vrias regies do
Brasil, ficou mais pulverizado. Como reflexo do segmento! Esse ano
o evento est mais forte e a ABCEM est de Parabns!.
Arnaldo Martello Jr, HARD
Essa a primeira
participao da Sabi
no CONSTRUMETAL
e o evento atendeu
nossas expectativas.
Fernando Palmo,
Sabi Steel Solutions
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40 Construo Metlica
Localizada em Santana do Parnaba, na Grande So Paulo, a Casa Pitangueiras, projetada por Tnia Regina Parma e Newton Massafumi Yamato,
da Gesto Arquitetura, apresenta uma arquitetura
contempornea brasileira com valores sustent-
veis, nas palavras da arquiteta. fundamental a
preocupao com o meio ambiente se quiser consti-
tuir essa linguagem, afirma.
A residncia, de 900 m, foi planejada em
dois blocos unidos por um vo, onde esto a es-
cada e o elevador.
Finalizada em 2009, foi projetada para ter o
menor impacto possvel desde a construo. Por
isso foram usados elementos pr-fabricados, como
a estrutura metlica evidente: as vigas e os pilares
Casa PintangueirasA combinao de estrutura metlica, steel frame e outros materiais racionalmente utilizados em uma arquitetura contempornea
de cor marrom-avermelhada que contornam as pa-
redes brancas e os panos de vidro. Os fechamentos
foram feitos no sistema light steel frame, estrutura
leve de ao, da Daruix Engenharia. Conseguimos
reduzir bastante o desperdcio, ainda muito comum
nas obras, pois o material comprado era o essencial
para cada aplicao, explica Parma.
O terreno foi aterrado, em mdia, de 12 a 15 m.
Em seguida, foi executado o estaqueamento das fun-
daes. Um bloco tem estrutura metlica e outro tem
estrutura de steel frame sobre radier, um tipo de fun-
dao rasa, em forma de laje de concreto armado que
distribui a carga da construo para o solo. Na parte
externa do edifcio, inclusive no teto, foram utilizadas
ripas de madeira biossinttica. Na realidade, essa
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Construo Metlica 41
Construindo com Ao
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madeira fabricada com 70% de sacos plsticos e
30% de casca de coco e outros resduos orgnicos. As
ripas do material formam brises que filtram os raios so-
lares. Alm disso, como a residncia est localizada na
rea baixa de um condomnio, as ripas so elementos
que se destacam na residncia para quem a v de lon-
ge. O bloco de servios est localizado na parte do edi-
fcio que recebe mais insolao. Protege, assim a rea
de lazer e estar da residncia do calor.
Ambientes estratatgicamente posicionados,
uso coerente de materais e racionalizao da execu-
o demonstra que arquitetura sustentvel sinoni-
mo de boa arquitetura. Como o caso deste projeto
da Gesto Arquitetura.
Arquitetura e gerenciamento da obra: Newton Massafumi Yamato e Tnia Regina Parma
Colaborador: Fabrcio Rodrigues de Faria
Projeto de estrutura metlica: Ycon Engenharia
Projeto de Steel Frame: Daruix
execuo da obra: Sommar Engenharia
Steel Frame: Xtructure Sistemas
Aquecedor solar e2: Solar
Automao: ASP Automao e Segurana Predial
Projeto de fundao: Interact
Conforto termoacstico: Isar
Proj. luminotcnico: mega Iluminao
Proj. de instalaes eltricas: Sandretc
Placas cimentcias: Brasilit
sombreamento: Brilmad
vidros: PKO do Brasil
elevador: Bass Elevadores
esquadrias: Alume Esquadrias
gesso acartonado: Placo
Madeira biosinttica: Ecoblock
Madeira certificada: Ecolog
Pintura texturizada: Decoril
Os arquitetos especificaram produtos pr-fabricados. H vigas e pilares metlicos, lajes pr-moldadas de concreto e light steel frame para comportar paredes internas ou externas e elementos de vedao de vidro e placas cimentcias
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42 Construo Metlica
Galvanizao
Sustentabilidade um conceito que vem ganhando cada vez mais espao nas definies estratgicas das concessionrias
brasileiras de saneamento. Alm de ter im-
portncia na sua atividade, a sustentabilida-
de est sendo vista pelas empresas pblicas,
estatais e privadas de saneamento sob um
prisma holstico, que abrange tambm a re-
sistncia, a durabilidade e a possibilidade de
reciclagem dos materiais utilizados na cons-
truo de estaes de tratamento de efluen-
tes (ETEs), e de gua (ETAs) e de redes de
distribuio de gua e coleta de esgotos.
Nesse sentido, as estaes de tratamento de
gua e efluentes brasileiras podem ganhar
em resistncia e durabilidade, ou seja, em
sustentabilidade, com o uso de ao galva-
nizado nos elementos metlicos presentes
e, tambm, na estruturao em instalaes
e edificaes desses sistemas. Num pas
como o Brasil, que tem grandes deficincias
em saneamento bsico e, mais especifica-
mente, em relao ao esgoto, cujos ndices
de abrangncia so de 50,9% (para a coleta)
e de 13% (para o tratamento) do efluente,
a importncia de se realizar mais obras, de
elevada durabilidade, essencial.
O ao galvanizado O ao galvanizado, empregado na es-
truturao do concreto de instalaes e edi-
ficaes de estaes de tratamento de gua
e esgoto, adiciona robustez e durabilida-
de ao concreto e aos elementos metlicos
(guarda-corpos, escadas, corrimos, plata-
formas, entre outros), por oferecer muito
maior resistncia aos agentes agressivos,
presentes em quantidade elevada nessas
estaes, evitando a corroso e prolongan-
do a vida til de suas instalaes. Quando
as estruturas metlicas esto em contato
direto com os efluentes, normalmente
utilizado ao inoxidvel. possvel conectar
elementos em ao galvanizado e inoxidvel
utilizando conectores de borracha, que se-
param os dois tipos de metais, de forma a
evitar a corroso bimetlica.
Como o concreto um material poro-
so, os agentes causadores da corroso, tais
como gua, oxignio e ons de cloreto, infil-
tram-se atravs desses poros, atingindo os
vergalhes de ao da estrutura. Geralmente,
o ao encontra-se passivado, ou seja, estvel,
no interior do concreto armado. Mas, quan-
do os elementos corrosivos atingem nveis
crticos, o ao perde a passivao, tendo in-
cio o processo de corroso. Os produtos da
corroso do ao podem alcanar volumes
entre duas e dez vezes maiores que os do
ao original, gerando uma tenso excedente
dentro da estrutura do concreto, o que leva
ao aparecimento de trincas e at fragmen-
tao do concreto. Aps a ocorrncia da ra-
chadura, a estrutura pode ser comprometi-
da, exigindo reparos custosos.
Nesse contexto, que exige a especifi-
cao de materiais durveis para a aplicao
em ambientes altamente agressivos, a galva-
nizao por imerso a quente dos vergalhes
de ao pode ser a soluo que apresenta a
melhor relao custo/benefcio devido, es-
sencialmente, excelente proteo que a
galvanizao oferece em relao corroso.
A galvanizao por imerso a quente
uma tcnica de proteo que consiste no
recobrimento do ao por uma camada pro-
tetora de zinco, que serve como barreira a
elementos corrosivos aos quais os verga-
lhes esto expostos quando incorporados
ao concreto. Alm da barreira protetora que
o zinco proporciona, ele tambm oferece
um nvel de proteo catdica, impedindo a
deteriorao do ao e, assim, preservando e
prolongando a vida til do concreto.
Emissrio submarinoUm exemplo da utilizao dos verga-
lhes galvanizados em tubos de concreto
foi dado por obra recente, em Cingapura,
na construo de um emissrio subma-
Saneamento: concreto e ao galvanizado oferecem maior durabilidade POr AriAnE SOuzA
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Durabilidade da camada de zincoCorrelao Peso/Espessura/Vida til da camada
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Construo Metlica 43
rino, que leva a gua limpa, originria do
tratamento de esgotos, ao alto-mar. Esse
emissrio parte de uma grande estao de
tratamento de Changi, na cidade-estado
asitica, e leva o efluente tratado a uma
distncia de 5 km da costa, no estreito de
Cingapura. O emissrio submarino com-
posto por dois dutos paralelos, construdos
por tubos de concreto, divididos em gran-
des sees dispostas no leito do mar.
Cada seo de tubo de concreto tem
3 m de dimetro por 8 m de comprimento e
contm entre 7 e 8 toneladas de vergalhes
galvanizados. No total, foram utilizadas
1.300 sees de tubos de concreto e 10 mil
toneladas de vergalhes galvanizados.
Essa obra, executada pela empresa
holandesa Boskalis International, teve ca-
ractersticas singulares, devido s exigncias
de durabilidade: o projeto definiu um prazo
de 100 anos de vida til para o emissrio,
ou seja, nada menos que um sculo. Essa
singularidade levou os projetistas e contra-
tantes a optar pelos tubos de concreto estru-
turados pelos vergalhes galvanizados com
zinco. O revestimento deveria oferecer pro-
teo contra a agressividade da gua do mar
e, ao mesmo tempo, permitir flexibilidade
suficiente para conformar as armaduras
espessura e ao comprimento definidos para
as sees dos tubos de concreto. A galvani-
zao por imerso a quente foi a escolhida,
entre outras alternativas de revestimento,
por atender a todas essas exigncias e ainda
por ser um revestimento resistente mecani-
camente ao manuseio no local da obra.
tecnologia no BrasilA tecnologia aplicada nessa obra em
Cingapura j est disponvel no Brasil, que
possui grandes empresas produtoras dos
vergalhes de ao e galvanizadores com
processos produtivos e know-how capa-
zes de oferecer vergalhes que garantam
maior robustez e durabilidade s instalaes
de tratamento e aos tubos de concreto das
redes distribuidoras em ambientes agressi-
vos, como emissrios submarinos, estaes
de tratamento de esgotos e outros.
A durabilidade e a sustentabilidade
das obras de saneamento tornam-se ain-
da mais fundamentais se considerarmos
o pequeno investimento nesse segmento
nas ltimas dcadas no Brasil entre 1992
e 2006, o percentual de reduo do dficit
nessa rea foi de 1,31%. Embora essa re-
duo do dficit tenha se acentuado nos
ltimos quatro anos, especialmente aps a
edio do PAC1, que previa investimento
de R$ 10 bilhes em quatro anos (2007-
2010), ainda h muito por ser feito. Portan-
to, quanto mais durveis as obras, menos
investimentos em reparos e manuteno
sero necessrios e mais recursos podero
ser aplicados na expanso da rede coletora
e das estaes de tratamento de gua e es-
goto. A sociedade brasileira, que em ltima
instncia quem paga a conta, ser a maior
beneficiada por ter mais e melhores obras
de saneamento, com sustentabilidade.
Aspectos da construo do emissrio: 5,2 km de comprimento, constitudo de dois tubos de
concreto reforado de 3.000 milmetros de dimetro interno. As principais atividades do projeto incluram
a pesquisa, a fabricao de tubos e elementos do difusor, a escavao da trincheira onshore e
offshore e a instalao de dutos
Ariane Souza engenheira do Departamento de Desenvolvimento de Mercado, da Votorantim Metais zinco.
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44 Construo Metlica
NotciasABCEM
A Faculdade de Arquitetura da Uni-versidade Mackenzie recebeu, em 18 de agosto, o lanamento do livro A Boa
Arquitetura de uma Gerao, idealizado pelo
arquiteto Siegbert Zanettini junto Pana-
mericana Escola de Arte e Design para co-
memorar os 50 anos da sua trajetria.
A ideia inicial era fazer uma exposi-
o sobre sua carreira, que completou 50
anos em 2009, mas o projeto evoluiu para
uma homenagem gerao de arquitetos
que criou trabalhos muito significativos
do pas, transformando a exposio em
uma referncia para os mais jovens.
A exposio na Escola Panamerica-
na gerou material para transform-la em
um livro. Com o apoio do CBCA (Centro
Brasileiro da Construo em Ao) e da
ABCEM (Associao Brasileira da Cons-
truo Metlica), o livro ser distribudo
gratuitamente a todas as escolas de ar-
quitetura do Brasil.
No lanamento do livro na Macken-
zie, estiveram presentes os arquitetos
que fizeram parte da exposio e do li-
vro. Cada um com sua linha arquitetnica
prpria e com base nos preceitos moder-
nos, evoluram no sentido de transpor
esse perodo moderno e se encaminha-
ram para um momento mais contempo-
rneo da arquitetura.
Repleto de convidados, professores
e alunos da Faculdade, o espao foi mar-
cado pela disputa de autgrafos de tantos
dolos reunidos em um evento. Os arqui-
tetos includos no livro so: Alberto Botti
e Marc Rubin da Botti e Rubim, Candido
Malta Campos Filho, Carlos Bratke, D-
cio Ottoni, Decio Tozzi, Eduardo de Al-
meida, Joo Filgueiras Lima (o Lel), Joo
Walter Toscano, Joaquim Guedes (faleci-
do em 2008), Paulo Bruna, Paulo de Mello
Bastos, Paulo Mendes da Rocha, Plinio
Croce (falecido em 1984), Roberto A