Re Vistas 18

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Empreendedorismo

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ÍNDICENúmero 18, fevereiro - março 2011

30 CAPAGestão de carreira Você precisa ser rarovocê precisa fazer a diferença

38 COMPORTAMENTO Violência e indisciplina nas escolas

42 CARREIRA - TÉCNICO Administração 44 CARREIRA - GRADUAÇÃO Informática Biomédica

46 CARREIRA – PÓS-GRADUAÇÃO Administração Pública

48 SE LIGA SAÚDE Curta o verão com mais saúde

50 10 DICASComo administrar o salário ou mesada até o fim do mês

54 CURTAS E BOAS

56 GALERA DO TRABALHO

57 GALERA DA ESCOLA

06 ESPAÇO DO LEITOR Fala aí!

08 SE LIGA CIDADÃO Um dilema ambiental: demolir ou compensar?

10 PROFISSIONAL SUCESSO Renato Munhoz

14 SE LIGA INFORMÁTICA O Sped e o setor de TI

16 BOM EXEMPLO Paulo Almir Borges de Souza Filho

18 SE LIGA SAÚDE Atividades em academia e lesões no ombro

20 ENTREVISTA Helio Castroneves

24 EMPREGO Grafologia

27 PROFISSÃO EMPREENDEDOR Monte seu próprio negócio 28 NÓS NA LíNGUA Plano de estudos

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jORNAlISTA RESPONSáVEl

Silvana Resende - MTB [email protected]

REDAçã[email protected]

COMERCIAl Eliana [email protected]

SECRETARIAJúlia Fontana

ESTAGIáRIOSNaiana KennedyGabriel Rodrigues

DESIGN E EDITORAçãO ElETRÔNICA Alexandre José Martins dos Santos

IMPRESSãO Gráfica e Editora São Francisco

TIRAGEM 30 mil exemplares

REVISãOMaria do Socorro Dias Novaes de Senne

Artigos e informes publicitários são de inteira responsabilidade de quem os assina e não expressam,necessariamente, a opinião da revista

PERIODICIDADEBimestralDISTRIBUIçãO DIRIGIDA E GRATUITAPontos estratégicos: Escolas de ensino fundamental (alunos no 9º ano), escolas de ensino médio e universitário—públicas e particulares, Secretarias Municipais de Educação, Diretorias Regionais de Ensino, consultórios de psicólogos, médicos, dentistas e advogados, livrarias, papelarias, comércio do centro e boulevard, shoppings e condomínios residenciais e corporativos.

Cidades: Altinópolis, Barretos, Barrinha, Batatais, Bebedouro, Brodowski, Buritizal, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Colina, Cravinhos, Dumont, Franca, Guará, Igarapava, Ipuã, Ituverava, jaboticabal, jardinópolis, luiz Antônio, Miguelópolis, Nuporanga, Orlândia, Pitangueiras, Pontal, Ribeirão Preto, Sales de Oliveira, Santa Rosa de Viterbo, São joaquim da Barra, São Simão, Serra Azul, Serrana, Sertãozinho.

PONTOS DE DISTRIBUIçãOPapelaria Aliadas: R. São josé esq. c/ Quintino Bocaiúva | Banca Paulista: Av. Independência ao lado do n° 1730 | Banca São Lucas: R. Amadeu Amaral esq. c/ Bernardino de Campos | Banca Napoleão: Av. Saudade - Praça Santo Antônio | Banca 7 de Setembro: Praça 7 de Setembro |Banca Pinguim: Praça XV

Profissão Sucesso é uma publicação do INDAG - Instituto Nacional de Desenvolvimento e Apoio à Gestão.

Planejar para ser raro O que eu vou ser quando crescer? Hoje a pergunta não deve ser apenas essa. O certo agora é saber como planejar a carreira para alcançar o sucesso. E é bom que esse planejamento comece cada vez mais cedo. Desde a forma e o tempo dedicados ao estudo assim como a escolha da profissão. O sucesso do futuro depende das escolhas do presente, por isso é preciso autoconhecimento. E o sucesso não é só ter dinheiro ou ocupar um cargo de chefia. Ele reside também na realização pessoal, emocional, de estar fazendo o que gosta e como gosta. E só consegue isso quem conhece suas características e aptidões antes de escolher o que vai ser.

Quando se vence a primeira etapa, o desafio é o como chegar lá. Aí o sucesso está em fazer da melhor forma, é ser diferente. O fácil qualquer um faz. Deve-se ser especial, quase insubstituível, ter capacidade técnica e habilidade para trabalhar em equipe, deve-se ser empreendedor e comprometido, deve-se ser disciplinado e raro.

Este tema é a nossa matéria de capa. Você vai encontrar dicas para se planejar e saber o que fazer para se realizar profissionalmente. Aproveite e boa leitura!

Silvana [email protected]

Profissão Sucesso 4

Se você quiser assinar a revista Profissão Sucesso preencha as informações no site www.profissaosucesso.com.br

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“leio a revista Profissão Sucesso porque é uma revista atual, muito abrangente, que a cada edição nos surpreende e com um visual muito agradável que incentiva a leitura de todas as reportagens. Reportagens estas muito es-clarecedoras, diversificadas e com dicas e conteúdos de grande interesse tanto para o mundo corporativo como para os estudantes e pais. Tanto a equipe da revista como a do programa estão de parabéns!”stos no futuro”.Silvia Regina Rossetto – Representante da EF Cursos no Exterior – Ribeirão Preto e região – SP

“Vivemos em um mundo globalizado onde a cada dia tor-nam-se necessários o conhecimento e o aperfeiçoamento dos profissionais nos diferentes níveis e segmentos.Como gestor, procuro acompanhar todos os aconteci-mentos e novidades do mercado e sem dúvida alguma, tanto o programa como a revista Profissão Sucesso são muito importantes para Ribeirão Preto e região, pois eles nos trazem um panorama atualizado do mercado de tra-balho em todos os segmentos de trabalho de nossa cidade e região.Parabéns a toda equipe pelo belíssimo trabalho que em muito tem colaborado com o empre-sariado.”

Adriano Aguilar – Gerente da Matriz Kia Motors – Ribeirão Preto – SP

“Gostaria de parabenizar os profissionais da Profissão Sucesso pela capacidade, responsabilidade e dedicação com que vocês realizam as matérias e esclarecem as dúvidas dos jovens”.

Cássio Luiz Gomes Guimarães – Ribeirão Preto – SP

“Olá pessoal, sou leitora assídua da revista Profissão Sucesso. Obrigada por me ajudar a conhecer melhor o mercado de trabalho, as profissões e também a esclarecer algumas dúvidas. Continuem com esse trabalho.”

Thais Helena Favareto Caldeira – Pitangueiras – SP

“Olá. Mando esta mensagem para parabenizar o site e a revista Profissão Sucesso pela excelência do seu trabalho em ambos. Como representante de sala do curso de Administração da Etec. josé M. da Silva, peço sempre que meus com-panheiros de sala entrem no site ou procurem uma revista porque vale a pena, porque é completa e atualizada. PARABÉNS!”

Daniel Olinto – Ribeirão Preto – SP

Profissão Sucesso 6

Porque eu leio a revista e assisto ao programa profissão sucesso?Por que eu leio a revista e assisto ao programa Profissão Sucesso?

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Olá, quero saber qual é a diferença entre o curso técnico e o tecnológico Natália Mieko Ishii – Ribeirão Preto – SP

“Um curso técnico tem nível médio, exigindo que o aluno in-gressante tenha concluído o primeiro grau e esteja cursando ou já tenha cursado o ensino médio, e fornece um certificado de conclusão. Com duração média de 1 ano e meio, tem por obje-tivo proporcionar a qualificação para o exercício de atividades produtivas, preparando o aluno para trabalhar em empresas e executando projetos e atividades específicas ligadas à deter-minada área técnica. Com uma boa formação técnica pode-se ingressar em uma faculdade já focado em uma área específica do mercado. O curso tecnológico tem nível superior, exigindo que o aluno ingressante tenha concluído o ensino médio. Com duração de 3 anos, é uma graduação, ou seja, o aluno cola grau ao final do curso, recebendo um diploma (em Bacharelado ou em Licenciatura). Isto o habilita a prestar concursos, ingres-sar na pós-graduação e desenvolver qualquer outra atividade ou carreira que exija nível superior. Seu objetivo é formar um profissional com competên-cias para determinada área, mas fun-damentado em conceitos científicos, tecnológicos, culturais e éticos. Seu conteúdo abrange métodos e teorias orientadas para investigações, avalia-ções e aperfeiçoamentos tecnológi-cos, focando as aplicações destes conhecimentos aos proces-sos, produtos e/ou serviços de interesse.”

José Roberto Garbin – Diretor da FATEC de Sertãozinho

Queria saber qual a diferença entre o profissional de zootecnia e o médico veterinário e se cada um pode atuar na área do outro.Larissa Palmarini Rossi – Cravinhos – SP

“A área de atuação do médico veterinário é muito ampla. Além de exercer, como profissional liberal, a prática da clíni-ca e da cirurgia em animais, este profissional pode desem-penhar funções também em empresas públicas ou priva-das, planejar e executar programas de defesa sanitária e de prevenção de doenças comuns aos animais e ao homem; realizar a direção técnica de estabelecimentos industriais, co-merciais, de proteção e de recreação onde estejam animais ou produtos de sua origem; realizar também a inspeção e fiscaliza-ção sob o ponto de vista sanitário destes estabelecimentos, garantindo a qualidade dos alimentos e a preservação da saúde pública; realizar peritagem; desenvolver atividades nas áreas de produção, nutrição e melhoramento genético animal; de preservação ambiental; de planejamento, administra-ção e economia rurais; de extensão rural e de pesquisa tanto nas áreas de saúde animal como nas de produção animal e tecnologia e inspeção de produtos de origem animal. O zootecnista atua em todas as etapas que envolvem a criação de animais, principalmente nas áreas de nutrição e alimenta-

ção, forragens e melhoramento gené-tico, reprodução, manejo, instalações, higiene e tecnologia de produtos e de-rivados de origem animal e adminis-tração rural.”

Lúcia Ferreira da Rosa Sobreira – Co-ordenadora do curso de Veterinária do Centro Moura Lacerda

Qual é área de atuação do profissional que se for-mou em gestão de recursos humanos e como é o mercado de trabalho? Michele Carla da Silva – Franca – SP

“O profissional de recursos humanos pode atuar nos diversos subsistemas de gestão de pessoas, tais como: recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento, cargos e salários, avaliação de desempenho, administração de pessoal, benefí-cios e gestão de carreiras. Dentre suas atribuições estão a análise de estratégias institucionais, avaliação da necessidade de novos colaboradores e movi-mentações no quadro de colabo-radores. Existe grande demanda de profis-sionais graduados, que podem atuar em diversos níveis das orga-nizações, públicas ou privadas, de qualquer porte. O mercado busca profissionais com visão integrada da administração empresarial, facilidade de adaptação e habili-dade para trabalhar em equipe.”

Evelyn Scaramal Raphaloski – Consultora de Recursos Huma-nos e professora do Centro Universitário Barão de Mauá

O que é preciso para ser um cabeleireiro?Gabriela Secani - Ribeirão Preto – SP

“Existem vários cursos no mercado, mas é claro que o dom e o talento são essenciais. Amar a profissão e buscar o aper-feiçoamento também é importante, pois trabalhamos com a autoestima das pessoas. O primeiro passo é fazer um curso em uma boa escola e em seguida escolher um salão que oferece uma oportunidade de crescimento. A próxima etapa é procurar sempre se atualizar com as tendências como, por exemplo, tonalidades de tintu-ras, cortes etc. A teoria e a prática caminham sempre juntas, por isso é necessário buscar atualizações em workshops, revistas, via-gens ao exterior e acompanhar a moda. E lembre-se de que o cabeleireiro vende a beleza, por isso ele tem que estar sempre im-pecável. Boa sorte!”

Flamina Teixeira Biagini – Só-cia-proprietária e cabeleireira sênior do Jacques Janine – Ri-beirão Preto – SP

Dúvidas ou sugestões, acessewww.profissaosucesso.com.bre envie seu e-mail.

Profissão Sucesso 7

Perguntas

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ão sabemos, ao certo, quantas ações civis públicas tramitam hoje no Brasil, movidas pelo Ministério Público dos Estados e também pelo Ministério Público Federal, pleiteando ao ju-diciário a remoção de obras e edificações em áreas de interesse ambiental. A maioria destas obras está no entorno de represas que foram formadas para geração de energia elétrica.

Outras estão à margem de rios estaduais ou federais, de to-dos os portes e tamanhos. Isso sem contar com as ações possessórias movidas pelas concessionárias de energia, pedindo praticamente a mesma coisa: demolição. Podemos estimar em milhares de ações. Em nenhum mo-mento este pequeno artigo pretende criticar a atuação dos Ministérios Públicos Estaduais ou Federal. longe disso. As nossas divergências jurídicas sobre o tema estamos e es-taremos debatendo no processo judicial. O mesmo se diga quanto às ações movidas pelas Concessionárias de ener-gia. Ao judiciário caberá resolver essa intrincada questão. Precedentes judiciais temos dos dois lados. Demolições propriamente ditas, muito poucas por enquanto. E há todo tipo de queixa popular: ¨antes da represa essa área era pasto;. ¨essa casa que hoje está na beira do lago era a sede da fazenda¨; ¨onde tem rancho tem mais preservação ambiental, do que onde não tem¨. Existe também o outro lado, de quem acusa, de quem pretende demolir: ¨são áreas de preserva-ção permanente e ponto final, não há como negociar nessa questão e temos que pedir a demolição¨. Nossa militância como advogado da área ambiental nos apresenta todas essas situações. E, como advogado, nem é preciso dizer de que lado estamos nessa questão. Mas va-mos repetir: estas divergências jurídicas serão tratadas nos processos. A reflexão que queremos propor aqui é a seguinte: onde vamos depositar o entulho de milhares e milhares de edifica-ções demolidas? Alguém já pensou nisso? Será uma cordilheira de entulhos de construção civil. Sem contar com os milhões de reais que serão investidos nessas remoções e demolições, caso o judiciário assim decida. E cabe a ele decidir. Será que não poderíamos investir estes milhões de reais em plantios de mudas, em outras áreas degradadas, per-mitindo que as edificações permaneçam e que a ocupação se dê sob rigoroso licenciamento ambiental? Parece-nos que sim. É uma questão de bom senso: o que veio até aqui, para por aqui. Proíbe-se o que pode vir no futuro, mas encontra-se um mecanismo de compensa-ção para o que se edificou no passado, muitas vezes com a complacência e a autorização dos órgãos públicos. Por fim, ficamos imaginando como poderiam ser as con-

clusões de um EIA-RIMA, que é o estudo de impacto ambien-tal mais completo que existe, se o mesmo fosse feito estudando e mapeando todas as edificações em áreas de preservação permanente que deveriam ser derrubadas. O que faríamos com tanto entulho? Talvez o Princípio da Precaução, de comum aplicação no Direito Ambiental, vá nos indicar que as remoções e demolições não sejam levadas adiante. Vai ser interessante uma ação civil pública ambiental ser extinta sem julgamento do mérito porque o seu alcance pode causar mais dano ambiental. E para pensar mais um pouco sobre a questão: será que o próximo passo será pedir a remoção dos barracos das favelas

Um dilema ambiental: demolir ou compensar?

Profissão Sucesso8

N

do Rio de janeiro, todos eles situados em áreas de preservação permanente? Ou vamos começar pelas mansões das regiões ser-ranas do Brasil? Cautela e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém. Não se conserta o mundo em uma década, mudando tudo que se construiu ao longo de centenas de anos.

Evandro A. S. Grili, sócio e diretor-executivo de Brasil Salomão e Matthes Advocacia, com atuação na área tributária e ambiental.

[email protected] – Twitter.com/EvandroGriliwww.brasilsalomao.com.br

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De darágua na boca

REnAtO MUnhOz

Sucesso - trabalho sem parar

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E le já teve água, luz e telefone cortados. E tudo num mesmo dia. A senha de sua colaborado-ra para avisar dos cortes e das cobranças era pedrinhas atiradas contra a janela de metal do acanhado apartamento onde vivia. Ao ouvir o sinal, logo cedinho, escondia-se debaixo do

lençol e pedia com fervor a Nossa Senhora Aparecida que viesse em seu socorro. Mas levantava-se e ia à luta. Num sábado, após ver religada a água por meio de um acordo que fizera com o departamento de água e esgoto de Ribeirão Preto, com a condição de que pagaria na se-gunda-feira, choveu torrencialmente. logo no sábado, dia de maior movimento e que agora corria o risco de ser um fracasso. Que nada, a gaveta do caixa ficou lotada. “Foi Deus!”, agradece.

Hoje, suas duas casas noturnas, ambas franquias da Cachaçaria água Doce, recebem em média sete mil clientes por semana, têm 110 funcionários, entre eles nutricionista e até psicóloga. Em junho, ele inaugura a terceira, a do jardim Paulista. Aos 38 anos de idade, Renato Munhoz ex-perimenta agora o sabor de ser uma espécie de “rei da noite”. Nascido em Presidente Prudente e com o curso de direito incompleto, o ex-despachante da Viação Motta, um dia decidiu, junto com o amigo Ari Camargo, abrir um barzinho por aqui, após desistirem de uma sorveteria em Natal ou no Guarujá, por absoluta falta de dinheiro. Na viagem rumo ao sonho de um Eldorado chamado Ri-beirão Preto, capotou o carro na estrada e perdeu quase tudo. Sobraram a determinação e uma garra incrível para vencer.

A luz no fim do túnel veio de uma empresa de Tupã, onde está a sede da Cachaçaria água Doce, hoje uma rede de 104 franqueados pelo Brasil. Ousadia à parte, para quem tinha pouco, Munhoz fez a opção certa na hora certa. Mais que isso: de permanecer no negócio mesmo quando tudo parecia conspirar para que ele fosse cuidar de outra coisa na vida.

O ponto escolhido, para começar, foi o da Avenida Portugal. Nos bolsos, R$ 40 mil. Em dívidas de reforma,

R$ 100 mil. De setembro de 1996 até dezembro de 1998, quando a sociedade acabou, o que Renato Munhoz mais fez foi trabalhar duro e colecionar dívidas. Em 2001, ele não tinha conta bancária, talão de cheque, cartão. Até pe-dido de falência de um sistema de comunicação teve de enfrentar por não pagar as propagandas. E superou. E uns 170 cheques devolvidos. Que pagou. Ficou sem carro e andava em uma velha Variant ou em uma Caravan toma-das emprestadas dos funcionários. Suas compras eram pagas com cheques de terceiros, dos clientes que gasta-vam na casa.

E foi em meio à turbulência que ele decidiu se lançar ao trabalho com determinação. Teve atitude. No domingo e na segunda-feira, atacava na cozinha. De terça à quinta-feira, era o caixa. Sexta e sábado, era garçom. “Ninguém sabia que eu era o dono e eu também não falava nada”, lembra.

E, foi lá no salão, servindo, que deu vida à casa, que fez a diferença. E, foi lá também, que aprendeu a lição de que a humildade é uma bênção para quem quer cativar e prosperar. E, foi lá, de mesa em mesa, de pedido em pedi-do, que desenvolveu a arte de lidar e entender aquilo que o cliente gosta, de como quer ser tratado. Em 2002 veio outro sonho, bem ao estilo Renato Munhoz, com alguns lampejos de pesadelo: o de abrir uma nova casa, desta vez bem maior, bem mais suntuosa, em uma das princi-pais avenidas da cidade, a Independência, em um terreno até hoje alugado. A capacidade: 560 pessoas sentadas e em pleno conforto, dentro de um projeto arquitetônico de muito bom gosto. “Muita gente me dizia que era coisa

ELE nãO tInhA DInhEIRO pARA nADA, fOI gARçOM E hOjE é O REI DA nOItE

Para ser o primeiro é preciso se atualizar ”

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de maluco, que não iria dar certo. Mas eu não desisti do projeto”, orgulha-se.

E não é para menos: a maluquice deu certo. A Cacha-çaria da Independência vive lotada. É um dos points mais disputados da cidade. E funciona dentro dos princípios de uma empresa de grande porte, com estrutura moderna, de-partamentos específicos, tudo para proporcionar um bom ambiente de trabalho aos colaboradores e bem-estar aos clientes. Renato Munhoz diz que a cidade se transformou nos últimos 15 anos e que a competição para a conquista de mercado exige capacitação e treinamento. “Quando eu cheguei, o perfil do mercado era outro, as casas noturnas funcionavam de maneira diferente e muitas delas ficaram pelo caminho porque não evoluíram”, explica.

Profissionalismo. Essa é a palavra que Renato Munhoz mais foca e persegue. E não é à toa que ele tem como um de seus grandes ídolos Ayrton Senna, um símbolo de obstinação e de perseverança para milhões de brasileiros E é assim que ele conquista prêmios, como o segundo lugar da Associação Brasileira de Franquias, o único do setor de alimentação. O primeiro foi a Hering, de um total de 1.500 participantes. Da AmBev veio o reconhecimento

de ser o melhor bar de cerveja do Brasil. Para quem já tem a fama de possuir o melhor chope, Ribeirão Preto acaba de conquistar a medalha de ouro no setor de bebidas à base de cevada. “Para ser o primeiro é preciso se atualizar, mas sem perder aquilo que aprendi como garçom lá nos tempos mais difíceis”, ensina.

Renato Munhoz é um homem de fé. E de trabalho. Muito trabalho: passa mais de 15 horas por dia envolvido com o que faz. E diz com orgulho que tem o tamanho que Deus lhe deu. Trabalhar, para ele, é uma diversão levada a sério. E acalenta um sonho que deve ser a motivação de seus co-laboradores: o de conseguir ser a melhor casa noturna para se trabalhar. Afinal, quem é que não gosta de estar em um ambiente de trabalho repleto de motivação e de bons moti-vos para sempre fazer a coisa certa?

Para ser um franqueado da Cachaçaria água Doce, Re-nato Munhoz desembolsa 4% de royalties mais uma taxa de 2% para o fundo de propaganda. E está feliz com o que faz e com os resultados. E a receita é bem simples, própria ao estilo do empresário: “a hora que não gostar mais, eu vendo. Não estou aqui por sacrifício”. Você acredita?

Profissão Sucesso12

Deus me deu o tamanho que tenho ”

Crescimento - vem aí a terceira Cachaçaria

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m dos maiores consensos entre os brasileiros, principalmente os que pagam seus impostos, é que a carga tributária do país supera todos os limites e é uma das maiores do mundo. A máquina pública precisa arrecadar e nesse processo ocorre o dilema: “Como arrecadar mais sem a criação de novos impostos?”. Um

dos caminhos encontrados pelo poder público foi apertar o cerco contra a sonegação e assim surgiu o SPED – Sistema Público de Escrituração Digital.

Na prática, o SPED consiste na substituição da escrituração fiscal e contábil, em papel, pela digi-tal, por meio de uma rede que interliga o banco de dados da empresa aos órgãos fiscalizadores, no caso à Receita Federal, que faz a monitoração. Em pouco tempo, grande parte das empresas em atividade no Brasil terão de estar adequadas ao SPED.

Explicando melhor. Segundo a legisla-ção, estão obrigadas a adotar o SPED Con-tábil, as sociedades empresárias sujei-tas a acompanhamento econômico-tributário diferenciado e que tam-bém estejam sujeitas à tributação do Imposto de Renda com base no lucro Real. Para as demais socie-dades empresárias, a aplicação é facultativa. As sociedades simples e as microempresas e empresas de pequeno porte, optantes pelo Simples Na-cional, estão dispensadas desta obrigação. Em regra, a periodicidade de apresentação é anual com entrega no último dia útil do mês de junho do ano seguinte, exceto em casos de cisão ou incorporação deverá ser apresentado no último dia do mês subsequente.

já para o SPED Fiscal, a partir de sua base de dados, as empresas deverão gerar um arquivo digital de acordo com layout estabelecido em Ato COTEPE, informando todos os documentos fiscais e outras informações de interesse dos fiscos federal e estadual, referentes ao período de apuração dos impostos ICMS e IPI. Em regra, a periodicidade de apre-sentação é mensal.

Se fizermos a projeção de que milhares de empresas terão de investir na implantação do SPED em seu sistema opera-cional, o que vemos é um campo cheio de oportunidades para o setor de Tecnologia da Informação. E como vivemos um momento de escassez de profissionais qualificados, essa oportunidade também se estende aos estudantes que

queiram ingressar nas carreiras voltadas ao setor de TI. Mas o sucesso sempre vai depender do pensamento de cada pessoa que realmente tenha garra e vontade de buscar uma chance no mercado de trabalho.

O SPED é apenas um dos fatores que alimentam a expansão do mercado de TI nacional que, em 2010, deve ter um cresci-mento de aproximadamente 10%, considerando a boa fase vivida pela economia brasileira. Outro fator que deve impulsionar

o mercado interno de TI é a tendência de interna-cionalização das empresas do setor. Se por

um lado ocorre o aumento da demanda e do faturamento, por outro, aumenta

o déficit de mão de obra, ou seja, as vagas não são preenchidas

no mesmo ritmo da expansão e é aí que está a oportunidade

que mencionamos. Apenas para acrescentar outro indi-cador, até 2014 espera-se que o número de com-putadores deverá dobrar no Brasil, saltando dos atuais 70 milhões para cerca de 140 milhões de aparelhos.

Em Ribeirão Preto e região, várias empresas do setor de TI, ligadas ao PISO – Polo Industrial de Software, atuam com o

desenvolvimento de proje-tos de consultoria e desen-

volvimento de sistemas para a implantação do SPED, o que

também resulta em oportuni-dades de trabalho no mercado

local que atende clientes de vários pontos do país e até do exterior. E

uma dica importante: o profissional que se dedica pra valer, com a intenção de ser

empreendedor de si mesmo, ou seja, que quei-ra aprender a fazer bem feito, e com agilidade, é o

que terá maiores chances de sucesso.

Flávio de BarrosPresidente do PISO – Polo Industrial de Software de Ribeirão Preto e região

O SPED e o setor de TI

Profissão Sucesso14

U

Rua: Aureliano Garcia de Oliveira, 185 sala 15Bairro: Nova RibeirâniaTelefone: 16 3236 5445Site: www.piso.org.br

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Profissão Sucesso16

P

De olho nas estrelas e no futuro

arar o carro no acostamento e atrasar a chegada para as tão sonhadas férias nunca foi problema para a família do jovem Pau-lo Almir Borges de Souza Filho, 16, e sim, um momento mágico para se observar o brilho da lua e a posição das estrelas.Mesmo com todo esse estímulo desde a infância, não era de se esperar que o Paulo tivesse tanto interesse pela astronomia.

Filho de uma secretária e de um assistente financeiro, química e física não faziam parte do roteiro dos pais. Seu primeiro contato com a teoria astronômica foi na escola. “Quando estava na 6ªsérie do ensino funda-mental houve a primeira olimpíada, participei, mas não era algo que me interessava muito. já no 2° ano do ensino médio eu entendia melhor o assunto, já tinha visto alguns conteúdos na escola, busquei livros, pes-quisei na internet e então resolvi participar pra valer”, relembra Paulo.

OBA (OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA)

Uma prova com 10 questões dissertativas e cada uma com cinco subperguntas envolvendo química, física, matemática, conheci-mento específico e observação espacial foi realizada em todo o Brasil no ano passado. Todos os alunos interessados puderam participar. Foram mais de 784 mil estudantes de escolas públi-cas e particulares de todo o Brasil.

Ribeirão Preto fez bonito nessa competição. O Paulo, que sempre estudou em escola pública, trouxe para a Escola Estadual Professor Cid de Oliveira leite e para Ribeirão Preto a medalha de bronze.“Isso funciona como incentivo,

EStUDAntE DE ESCOLA pÚBLICA COnQUIStA 3º LUgAR nA OLIMpÍADA BRASILEIRA DE AStROnOMIA

Este prêmio mostra que talento não tem

classe social ”“

PAULO ALMIR BORGES DE SOUZA FILHO

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O lAIFE (laboratório Interdisciplinar de Formação do Educador) da USP de Ribeirão Preto possui grupos de estudo relacionados à astronomia. As reuniões são abertas ao público, e não é neces-sário estudar na USP para participar. Então, para você de qualquer idade que se interessa pelo as-sunto e quer se inscrever é só acessar http://sites.ffclrp.usp.br/laife ou ligar para (16) 3602-3845.

QUER APRENDERSOBRE ASTRONOMIA?

Profissão Sucesso 17

Olhar o céu pra mim é um refúgio, uma terapia, é encontrar a paz que

todo mundo precisa ”“

não só para os alunos como para todos nós, pois resulta-dos positivos só fortalecem a vontade de vencer”, afirma a professora Bernadete Araújo.

Competir com tanta gente não é o maior dos desafios, estudar em uma escola pública do interior do estado deixa essa conquista com o brilho de uma estrela de primeira grandeza. Segundo o presidente nacional da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, o professor joão Batista Garcia Canalle, “este prêmio mostra que talento não tem classe social. Alunos talentosos estão em todos os lugares, o que precisamos é descobri-los, fazer com que eles mesmos também tenham consciência de que são talentosos, de que basta estudarem para terem muito sucesso em suas vidas profissionais”.

TEMPO CALCULADO

Alcançar um objetivo nem sempre é fácil, mas também não precisa existir sofrimento durante o processo. Em al-guns momentos, trocar a diversão pelo estudo, para ser recompensado lá na frente, é apenas uma maneira diferente de olhar o tempo. E foi assim que o Paulo fez. Deixou a maior parte do tempo para os estudos, mas não se esque-ceu do lazer. “Alguns amigos meus, que já fizeram facul-dade, me deram algumas dicas. Além de ir para escola, eu estudo três horas por dia em casa durante todo o ano, e nas férias continuo estudando. Acabei um volume de física em três semanas, mas, sem deixar de aproveitar a vida de adolescente.”

Aulas de música, violão, bateria e percussão fazem parte do lado mais comum da rotina do Paulo, que não deixa de viajar e ter uma vida social normal. FUTURO

E ele sonha alto. Quer fazer faculdade e ir para o ex-terior, buscar um estágio na Itália ou na Alemanha. Para chegar lá, ele está de olho nos astros, mas os pés bem no chão.“O que não pode é achar que depois de ganhar um prêmio, dá para passar fácil no vestibular. Tem que ter hu-mildade e continuar estudando. Se você fizer isso, estará acumulando conhecimento e o dia que precisar, vai saber o conteúdo sem necessidade de estudar na última hora.”

Seguindo essa máxima, ele já ganhou vários prêmios. Participou de olimpíadas de física, química, matemática, de grupos de estudos da USP sobre bioinformática e muito mais. Sempre pensando em aprender, melhorar o currículo e investir na própria formação profissional.

“Olhar o céu é um refúgio, uma terapia, é encontrar a paz que todo mundo precisa”, declara Paulo, mas, por incrível que pareça, astronomia não é a carreira que ele quer seguir. Entender o movimento dos astros e o clima da terra é muito prazeroso para ele, envolve muitos cálculos e teorias, mas, esse jovem promissor e premiado astrônomo, na verdade, quer ser engenheiro mecânico.

Paulo diz que mesmo que seja por hobby, estudar é sempre válido.

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verão está chegando e com ele a ansiedade pelo corpo perfeito a ser exibido nos clubes, praias e assim por diante. Começa agora a procura desenfreada por academias, clíni-cas de estética e surgem inúmeras fórmulas mágicas para um corpo perfeito.

Neste momento devemos ter cuidado para que nosso corpo não sofra com as lesões decorrentes do “overuse”, ou seja, excesso de esforço. O ombro é uma sede frequente de lesões como tendinites, bursites, luxações e outros proces-sos patológicos decorrentes destes excessos. Muitas vezes estas lesões podem ser prevenidas e, quando ocorrem, sempre devem ser tratadas adequadamente. O ombro é a articulação com maior mobilidade do corpo humano. Para que isto seja possível, são cerca de 20 mús-culos, 4 articulações e inúmeras outras estruturas agindo si-multanemente. O complexo do ombro proporciona uma ampla variação de movimentos para os membros superiores, como também executa importantes funções de equilíbrio, esforço, elevação do corpo, inspiração, expiração e até mesmo sustentação de peso. No ombro, além das articulações, ossos e músculos há uma série de outras estruturas importantes como bursas (bolsas de amortecimento), tendões e ligamentos. As tendinites (processos inflamatórios nos tendões), mialgias (dores musculares), bursites (processos infla-matórios das bursas), as luxações (perda da congruência articular), as fraturas e as contusões estão entre as principais afecções nos ombros decorrentes de lesões no esporte e academias. Estes processos podem ser causas de incapaci-dade funcional do ombro e afetar, em muito, o dia a dia das pessoas. Como prevenir sempre é o melhor remédio, as atividades físicas sempre devem ser antecedidas de um bom alonga-mento, um aquecimento adequado e sempre acompan-hadas por um educador físico. Dor é sinal de que algo está errado e muitas vezes aquelas receitas caseiras ou as dicas dos amigos podem não ser a melhor solução para o prob-lema.

Dr. Elpídio da GraçaCRM: 77.018Médico ortopedista credenciado a São Francisco SaúdeO

Atividades em academia e lesões no ombro

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HELIO CASTRONEVES

Walter MelloFree lancer

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O Dá nos nervos ver

tanto talento sendo desperdiçado ”

Fé, família e pé na tábua piloto ribeirão-pretano Helio Castroneves, aos 33 anos de idade, é um exemplo de profis-sionalismo e superação. Tricampeão nas 500 Milhas de Indianápolis – se vencer em 2011, ele será o primeiro estrangeiro na história a conquistar esse triunfo. No ano pas-sado, entretanto, teve os braços e as pernas algemadas sob a acusação de fraude fiscal, um dos mais graves crimes que se pode cometer nos Estados Unidos. Diante do Tribunal da Corte Federal da Flórida, Helinho provou que era inocente e retomou sua carreira de

sucesso. Considerado um dos esportistas mais carismáticos e bem-sucedidos daquele país tornou-se ainda mais popular ao vencer o Dancing With The Stars, em 2007, a versão “dança dos famosos” dos norte-americanos. Recentemente, lançou o livro “Victory Road- The Ride Of My Life, que deverá chegar ao mercado brasileiro este ano. Homem de fé, voltado à família, Helio Castroneves, falou à profissão Sucesso quais são os caminhos para se chegar lá.

1) Quais as lições que já retirou das pistas e de todo o planejamento que existe em torno de uma equipe de corridas para aplicar em sua vida pes-soal? Qual é o segredo para se manter o foco e obter sucesso? Não há propriamente um segredo para se obter sucesso. O que existe é a exigência sempre presente de fazer tudo com a maior dedicação possível, a garra e vontade de vencer têm de estar em ponto de bala o tempo todo. No esporte, como na vida, a gente tem altos e baixos. Nem sempre tudo sai exatamente como o planejado e, nessas horas, você pre-cisa estar psicologicamente muito bem preparado para os revezes e amparado na fé. Se o piloto só tem preparo mental para vencer, sem ter condições de suportar as adversidades da derrota, o esporte deixa de ser um prazer motivador para ser uma cruz pesada de carregar. Em resumo é preciso ter profissionalismo, fé, dedicação e muito preparo físico e men-tal. Tento aplicar todos esses elementos à minha vida e acho que estou conseguindo fazer a lição de casa direitinho.

2) Como superar as adversidades e alcançar os objetivos em um mundo cercado pela com-petição? Toda vez que venço uma corrida, vem em minha mente não somente as dificuldades enfrentadas naquela prova, mas tudo o que passei na minha carreira para chegar onde es-tou. E sempre divido essa alegria com a minha família, pois o apoio do meu pai Helio, minha mãe Sandra e de minha irmã Katiucia foram fundamentais para que eu deixasse de ser aquele kartista “pé-vermelho”, como o pessoal de São Paulo me chamava quando comecei a correr em Interlagos, para chegar até aqui, com a graça de Deus, sendo considerado um esportista de sucesso na profissão que abracei. Mas nada é fácil, tudo é resultado de muita, mas muita dedica-ção, mesmo. Nada cai do céu e você pode até ser talentoso

naquilo que abraçou, mas o talento provavelmente não será suficiente se você não se dedicar, não for humilde e não tra-balhar, dia após dia, como muita disciplina.

3) Em seu ambiente de trabalho os resultados são aferidos a todo instante. Que conselho poderia dar aos jovens que buscam realizar seus sonhos a partir do mundo do automobilismo e das com-petições? É difícil dar um conselho porque a experiência de cada um é única, cada um tem sua história, suas referências, seus valores. Mas se eu pudesse enumerar algumas coisas como importantes, diria que a pessoa tem de ter certeza de que é isso mesmo que ela quer, sem deixar se levar unicamente pela expectativa, nem sempre verdadeira, de fama e glamour. É preciso trabalhar muito forte, com profissionalismo e muita, muita dedicação. Tem de saber tomar as decisões não pela emoção, mas pelo lado racional, e ter em torno de si pes-soas com o mesmo propósito, de trabalhar por um objetivo. E, é claro, humildade e ética, respeito ao adversário e aos regulamentos.

4) De que maneira o esporte pode contribuir para a formação do cidadão? Acho que uma das coisas mais bacanas do esporte, prin-cipalmente quando você começa a praticar bem cedo, é a enorme contribuição que ele te dá na sua formação como cidadão. Ganhar e perder faz parte do jogo e nas pistas e na vida a pessoa tem de estar preparada para as duas coisas. Ganhar é uma delícia, mas é na derrota que você aprende e começa a caminhar para a vitória. O automobilismo ensina humildade, trabalho em equipe, respeito aos adversários e autoridades. Se a pessoa está disposta a aprender e viver todas essas experiências, certamente o esporte é um lugar perfeito para formar grandes cidadãos.

Profissão Sucesso 21

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Profissão Sucesso22

5) O senhor é um profissional que conquistou um dos mercados mais competitivos do mundo, o dos Estados Unidos. Como é a sua relação com o público? É a melhor possível porque sou eu mesmo em qualquer lugar, no Brasil, nos Estados Unidos, na Europa, Austrália ou no japão. Aprendi desde cedo que o fã tem de ser tratado com atenção e quanto mais atencioso você for com ele, obviamente man-tendo uma relação de respeito de duas vias, certamente recebe muito em atenção, carinho e afeto. Eu procuro tratar todo mundo bem com esse meu jeito alegre de ser.

6) O Brasil é um país repleto de jovens talentos. Em sua opinião, o que deve ser feito para o melhor aproveitamento desse potencial? Eu acho que a base de tudo é a educação e a oferta de oportunidades. E não estou falando só do esporte, mas para o jovem de maneira geral em todas as suas habili-dades e aptidões. Conheço grandes profissionais em ação no automobilismo, mas não na pilotagem, que são feras nas suas funções, mas são um horror ao volante. Então, cada um na sua habilidade tem de ter as ferramentas e oportunidades para desenvolver seus potenciais e talentos e isso só acontece na sala de aula, nas praças esportivas, nos laboratórios científi-cos, nas universidades e no mercado de trabalho. Quanto mais dinâmico for o processo de educação, mais jovens poderão desenvolver suas aptidões. É um campo que já avançou muito, mas precisa avançar muito mais. Dá nos nervos ver, em alguns segmentos, tanto talento sendo desperdiçado em qualquer lu-gar do mundo. Mas tem o outro lado da moeda, com muita coisa boa sendo feita.

7) Se estivesse diante de uma plateia repleta de jovens em busca de uma orientação para dar os primeiros passos na vida profissional, o que diria a eles?Busque o seu sonho, com dedicação e perseverança. Pesquise bastante, seja curioso sobre o que quer fazer, seja realista e tenha sempre em mente que as vitórias só são alcançadas e valorizadas quando as dificuldades lhe ensinam como se man-ter no caminho da retidão e do propósito honrado e ético.

Quanto mais dinâmico for o processo de educação,

mais jovens poderão desenvolver suas aptidões”

“Castroneves - metas e superação

Dança dos famosos - campeão em outras pistas

Um campeão - livro chega ao

Brasil este ano

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e n h o capital, dis-posição para trabalhar e desejo me tornar empresário. Qual o melhor caminho a seguir? Ser dono do meu

próprio negócio ou adquirir uma franquia de uma empresa já estabelecida no merca-do? Depende! Primeiramente, é necessário que se faça uma análise do seu perfil empreendedor para saber se tem facilidade em seguir regras e procedimentos ou se possui capacidade emocio-nal para correr maiores riscos e montar um negócio independente. Constatado o perfil de franqueado, o próximo passo é descobrir qual o segmento de negócio com o qual você possui maior afinidade. O terceiro passo é fazer uma triagem das marcas fran-queadoras desse determinado segmento e avaliar as oportunidades. Essa avaliação é extremamente importante uma vez que o fato da marca ser con-hecida não garante o sucesso do negócio. Todo o material deve ser analisado detalhadamente. Faça uma investigação completa sobre as franquias levantadas, procure conhecer a estrutura orga-nizacional do franqueador, bem como o suporte prestado aos franqueados. Visite unidades fran-queadas e converse com os franqueados da rede. Analise muito bem a COF (Circular de Oferta de Franquia) e o contrato de franquia. Atente-se para as questões de ordem financeira e jurídica. Verifique com o franqueador a possibilidade de um test-drive em alguma loja da rede. É tendo contato com a operação que a decisão de empreender se torna mais racional e menos emocional. É muito impor-tante conhecer o negócio na prática, vivenciar os bastidores da operação.

Algumas dúvidas que surgirão durante o processo:

• Será que tenho perfilpara tocar essa operação?

• A empresa é realmentesólida?

• Como é a concorrência no seg-mento escolhido?

• A marca e o segmento têm ummelhor resultado em loja de rua, em loja de

shopping ou é indiferente?• Seráqueoqueestásendovendidocor-

responde com a realidade?• Em quanto tempo, realmente, retornará oinvestimento que farei no negócio?• Seráqueocapitaldegiroquetenhomedáfôlego para manter a operação?• Ataxadefranquia,osroyaltieseastaxasdepublicidade e propaganda estão adequados?

O Franchising cresce num ritmo bem mais acelerado do que a economia como um todo. Em 2010, en-quanto o PIB brasileiro cresceu 7,5%, o faturamento do setor de franquias cresceu 19%. As franquias oferecem, a todo aquele que queira empreender, a oportunidade de operar um negócio próprio com uma marca conhecida, cujo padrão já foi testado e aprovado na prática. Escolher um franqueador com uma gestão profissional, que tenha uma conduta ética, sendo sério e responsável é fun-damental para aumentar as possibilidades de sucesso do empreendimento.

Um abraço a todos e até a próxima edição!

André [email protected] Cross Franchise Consultoria e Participação ltda.www.crossfranchise.com.br

Monte seu próprio negócio

T

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A

Profissão Sucesso24

Escreva e eu

te decifros diferenças entre o garrancho e aquela letra bonita, arre-dondada, quase desenhada, há muito tempo deixaram de ser apenas um detalhe estético para se transformar em uma importante ferramenta no recrutamento de um funcionário. Do corte do “t” ao pingo no “i”, a análise precisa do movimento, tamanho, pressão sobre o papel

e inclinação das letras revela traços importantes de seu comporta-mento. E é cada vez maior o número de empresas que lançam mão da grafologia para escolher ou indicar profissionais para o mercado. A psicóloga e grafologista Nanci Augusta Fernandes é categórica: a caligrafia muda de acordo com nossas experiências”, afirma.

À espera de ver transformado o curso de grafologia em superior, como ocorre na França e Itália, por exemplo, ela lembra que essa técnica remonta à época dos filósofos Sócrates e Platão, ambos estudiosos do assunto. Na verdade, os primeiros estudos e aná-lises da escrita iniciaram-se no século XVII. A técnica evoluiu para a conhecida grafologia, ciência que permite o mapeamento de certos traços da personalidade humana, tais como habilidade para relacio-namentos, capacidade intelectual e de trabalho em grupo, senso de humor ou visão estratégica.

Por certo a grafologia não é a única ferramenta de orientação para a contratação de um profissional. Ela faz parte de um rol de outros métodos, mas que cada vez mais consegue se firmar, principalmente pelo seu índice de acerto, que chega a 90%. “Ter pessoas adequa-das às necessidades dos cargos, com talento e potencial de desen-volvimento, faz com que o recrutamento e seleção das empresas recorram à grafologia”, completa a psicóloga.

SEU EMpREgO pODE DEpEnDER DE SUA CALIgRAfIA

A caligrafia muda de acordo com nossas

experiências ”“

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Nanci - caligrafia é impressão digital

A escolha mal feita é sempre um transtorno”“

São muitos os exemplos de escolhas que se mostraram acertadas após o resultado do teste grafológico. Como o do caso de um candidato a um cargo de supervisor cujo teste revelou problemas de saúde e distúrbios emo-cionais. Em outro caso, um gerente de compras estava desmotivado. Para surpresa, o teste revelou que ele pos-suía aptidões para as artes, como a pintura em especial. Hoje, cinco anos passados, ele expõe seus quadros na Europa. A caligrafia pode, segundo especialistas, identificar

e melhorar a forma de lidar com a frustração, agressividade ou a capacidade de adaptar-se, buscando o caminho do autoconhecimento.

Nanci Fernandes diz que a caligrafia é uma espécie de impressão digital, própria a cada pessoa, indepen-dentemente das semelhanças. Ela é reveladora de sua personalidade e será utilizada para a análise do seu per-fil profissional, de suas capacidades e habilidades e até onde poderá ir.

Na prática

Várias empresas já usam o método, uma delas é a Cohros Competências Humanas e Resultados Organizacionais, que trabalha desde 1995 com a ferramenta da grafologia para escolher colaboradores para seus clientes. Não im-porta o nível de formação do candidato ou qual cargo irá ocupar. A empresária Denise lustri revela-se satisfeita por ter em mãos essa ferramenta de avaliação. Ela faz questão de advertir que não se trata de nenhum misticismo, mas de ciência, e com resultados muitos positivos. Ela mesma, no início, foi submetida ao teste e observou que os resulta-dos eram muito compatíveis com o seu modo de ser e de agir. “Isso me convenceu a optar pelo método”, revela.

Denise adverte que existem muitos “grafólogos” sem nenhuma formação e que isso pode levar a resultados equivocados e com prejuízo de todos os envolvidos no processo seletivo. “A escolha mal feita é sempre um transtor-no”, finaliza.

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Fonte: Nancy Fernandes

O qUE A LETRA REvELA

AMOSTRA 1Trata-se de pessoa com facilidade para o contato interpessoal, discreta e amável nos relacionamentos. A letra grande e em arco indica elevada sociabilidade, com tendência para a formalidade e a reserva, indicadas por ovais fechadas. Os traços ini-ciais em gancho são indicativos de sedução. Ocupam todo o espaço do papel, denotando facilidade para o contato e também disposição de estar em evidência. De pensamento reprodutivo, o autor analisa as questões de forma ampla, porém com tendência para a superficialidade. letra grande e caligráfica. O fato de ser ascendente e a pressão nutrida mostram otimismo e disposição de enfrentar as dificuldades do dia a dia, per-sistência e força de vontade. A ascendência nas linhas e barras da letra “t” acima do traço são indicativos de pessoa sonhadora. A escrita clara e organizada denota que a pessoa tende a ser didática em suas colocações, preocupando-se em ser com-preendida pelos demais. Gosta de trabalhar em locais organizados e arejados.

AMOSTRA 2 Escrita rápida e angulosa, tratando-se de pessoa dinâmica, disposta a combater as dificuldades e lutar por seus interesses. Perseverança, firmeza e resistência às mudanças também fazem parte do traçado anguloso. A pressão nutrida e as linhas horizontais confirmam sua força de vontade e determinação, mas também sua inclinação para mudar. Apresenta disposição para o contato interpessoal devido à letra inclinada à direita. Entretanto, essas relações tendem a ser mais formais do que desenvoltas, graças à ligação angulosa. O ângulo indica disposição para ser crítico e reduzida maleabili-dade para acatar sugestões ou opiniões alheias. Pensamento lógico dedutivo, com boa memória e facilidade para a assimilação e a associação de ideias, letra ligada e rápida. Toma decisões objetivas e ágeis, procurando solucionar as questões de uma só vez, com menor disposição para retornar ao assunto deliberado.

Profissão Sucesso26

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Fixe os conceitosPlano de estudos - 2011

CONCEITOS BÁSICOS

Em vez de perder energia tentando decorar listas e tópicos teóricos, o

candidato deve concentrar seu foco na apreensão de conceitos que, com-

binados, levarão à elaboração das respostas esperadas pelos exami-

nadores da FUvEST e daCOMvEST, como por exemplo:

vARIANTES LINGUÍSTICAS: Entenda que há diversas normas que regem o uso da língua portuguesa. Não há uma norma certa e outra er-

rada. Cada uma delas é adequada ou não a um dado contexto.

INTERTEXTUALIDADE:Nenhum texto é isolado de outros

textos. A natureza da língua é dialógi-ca: todos os discursos são construí-

dos com discursos alheios.

POLISSEMIA:A língua portuguesa é rica em termos e enunciados com múltiplos significa-

dos. A piada, a propaganda, a litera-tura abusam dessa possibilidade para

construir seus discursos.

Prof. Me. Jefferson Cassiano, diretor doNúcleo Cassiano de Língua Portuguesa.

Já faz tempo que o vestibular não é mais uma máquina de medir conteúdo acumulado exclusivamente por processo de memorização. A FUVEST e a COMVEST, instituições responsáveis pelo vestibular

da USP e da UNICAMP respectivamente, têm demonstrado, ao menos na última década, que o interesse dessas universi-dades é por candidatos com o domínio de conceitos que possam ser combina-dos de formas diversas e em função de um problema proposto. Em certa medida, é possível afirmar que para responder a determi-nadas perguntas, sobretudo da 2ª Fase desses exames, é mais importante para o aluno entender o conceito de, por exem-plo, sintaxe do que memorizar a lista de conjunções subordinativas. Com a com-preensão de que a sintaxe trabalha com as ideias de relação e função, espera-se que o candidato possa aplicar essa noção sempre que for necessário, pois esse de-veria ser um conhecimento mais orgânico e acessível. Com o ano começando, os can-didatos a uma vaga nas grandes universi-dades devem estruturar um programa de estudos que contemple as características do que se pode chamar Novo Vestibular. No caso específico da língua portuguesa, primeiro se deve entender que há certos tópicos os quais precisam de algum es-

forço de memorização. É o caso do para-digma dos verbos regulares ou das ex-ceções representadas por alguns verbos irregulares notáveis, como os verbos ser e pôr. Mesmo esses tópicos, no entanto, quando confrontados com a análise da arquitetura das provas de 2ª fase das es-taduais de São Paulo, perdem importân-cia, pois não são os conteúdos de listas que ocupam a mente dos examinadores. Faz tempo. A prova de língua portuguesa, tanto da FUVEST quanto da COMVEST, é, embora não se diga, uma avaliação de “linguagens, códigos e suas tecnolo-gias”, subtraindo-se, é verdade, os con-teúdos de educação física que aparecem em questões do ENEM. Não são exames de gramática. Ciente dessa característica da prova que enfrentará, o aluno deve se preocupar em dominar alguns conceitos simples, mas que serão de extrema importância para elaborar respostas completas. Conceitos como: variantes linguísticas, morfossintaxe, elementos e funções da linguagem, intertextualidade, organização textual e suas estratégias, polissemia, conotação e denotação. Some-se a isso a leitura crítica dos livros indicados na lista unificada da FUVEST e COMVEST e é possível afirmar que o candidato terá um plano de estudos em sintonia com a realidade das provas. Sem decoreba e sem sofrimento.

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É preciso planejar a carreira desde cedo

COnSULtOR AfIRMA QUE ApEnAS 5% DOS BRASILEIROS fAzEM gEStãO DE CARREIRA E QUE pLAnEjAMEntO DEVERIA COMEçAR nA jUVEntUDE

É muito provável que você faça parte da legião de profissionais brasileiros que não têm um plano estruturado de carreira. Caso não esteja entre os 5% que já tomaram essa decisão, saiba que é possível fazê-la a qualquer tempo, não importa a idade ou a profissão. Isso quem garante é o mestre em administração David Forli, do Instituto de Ensino e Pesquisa (Inepad). “Muita gente tem uma falsa noção de estabilidade, mas as coisas mudam com o passar do tempo”, adverte Forli.

Segundo ele, a gestão de carreira deveria começar cedo. E também fazer parte da formação escolar, para ajudar desde o começo da vida o jovem a escolher a profissão certa para as suas aptidões e ainda estabelecer uma estratégia que iria balizar todas as etapas de sua vida profissional. Não só isso: oferecer informações para que ele pudesse aferir os resultados de todas as etapas planejadas. Forli lembra que as empresas trabalham com planejamento e estratégia, pois visam a metas e resultados. E completa: “o estudante e o profissional já formado também precisam agir assim”.

Ele explica que há muitos mercados em obsolescência e que, sem a gestão de carreira, a ameaça torna-se muito grande. Um programador especialista em apenas um determinado tipo de linguagem, por exemplo, e que já corre o risco de ser substituída por outra está sob ameaça, caso ele não tenha se adequado às novas linguagens. “Se você é um executivo, seu bem é a sua carreira e ela precisa ser planejada”.

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Walter MelloFree lancer

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Não basta se sentir o cara ”

Autoconhecimento O embrião da gestão de carreira é o autoconhecimento. Uma espécie de jogo de perguntas e respostas que vão desde o “quem sou eu” e o que “eu desejo fazer”. Da-vid Forli informa que existem testes para isso, como o de Edgard Schein, chamado Âncora de Carreiras e que está disponível na web e que pode ser feito por qualquer pes-soa. Ele lembra que não se pode conviver com a máxima do filósofo Sêneca, autor do célebre pensamento: “se você não sabe para aonde vai qualquer lugar que for es-tará bom”. É preciso saber o caminho.

A chave que abre as portas do sucesso e da realização pessoal na carreira está em suas mãos e não importa

o grau de competitividade do mercado. E entenda como sucesso aquilo que você é capaz de fazer com bem-estar e que o leve aos lugares altos que

sonhou. “É uma falácia acreditar que só é feliz quem ocupa um cargo de gerência. Essa satis-fação é decorrente da escolha e dos cuidados que você teve com sua carreira ao longo de sua vida profissional”, diz. E acrescenta: “é preciso olhar para os recursos que tenho e quais as necessidades que vou atender”.

Planejamento A gestão de carreira exige que seus obje-tivos sejam traçados a curto, médio e longo prazos, pois esse planejamento irá acom-panhá-lo por toda a vida e será sempre pos-sível aferi-lo para o ajuste de rotas. Estudar novos idiomas, estabelecer uma missão pessoal de onde se pretende chegar den-tro da sua especialidade e até projetar suas metas salariais devem compor o arcabouço de seus planos. “o planejamento dá as me-didas e os instrumentos para que a carreira seja monitorada”, explica Forli.

Também é preciso conhecer as suas poten-cialidades, isto é, o que o difere dos demais e

principalmente saber que essa vantagem é real. Aqui, David Forli dá uma pista: “essa diferença é

sempre percebida pelas pessoas e não basta se “sentir o cara”. Sua carreira deve ser sustentada,

duradoura. “Busque sempre conhecimento para

sustentar essa vantagem: o responsável pela gestão é o próprio profissional”.

Outro ponto importante dentro da gestão de carreira é respeitar o código de ética, de exercer atividades que sejam condizentes com aquilo que é defendido pela socie-dade. Davi Forli fala que um profissional pode até trabalhar em uma empresa que industrialize o tabaco, que seja po-luidora, mas terá de pagar o preço da escolha. “Se você tem um plano será levado a boas escolhas”, tranquiliza.

A gestão da carreira tem outro ingrediente fundamental, a autoconfiança. O profissional precisa acreditar em suas potencialidades, que irá dar certo, desde que cumpra as etapas anteriores. Quem planeja tem maiores chances de êxito. Aqueles outros 95% não serão tão exitosos.

E, por fim, avaliar os resultados. E ter uma ótima rede de relacionamentos.

Forli - O responsável pela gestão é o próprio profissional.

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Se você é um executivo, seu bem é a carreira, e

ela precisa ser planejada ”“

1 - Autoconhecimento Quem é você, o que quer e quais suas capacidades dominantes. Quais dos seus recursos pessoais preencherão necessidades existentes no mercado de trabalho?

2 - vocação Tendo em vista suas capacidades, qual sua vocação? Qual sua missão pessoal? Qual o tipo de atuação pretendida?

3 - Análise do mercado Frente à sua visão de atuação, que oportunidades há no mercado de trabalho? Qual a perspectiva de futuro desse mercado?

4 - Capacitação Qual a capacitação exigida para atuação na posição pretendida? línguas? Cursos técnicos? Graduação? MBA? Mestrado? 5 - vantagem competitiva O que, no seu perfil, pode ser considerado diferente no mercado de trabalho? Como são seus concor-rentes? Que vantagens eles podem ter? 6 - Objetivos e estratégias Quais seus objetivos em dimensões financeiras, hierárquicas, de atuação na economia e por porte de empresa? Quais seus objetivos de curto, médio e longo prazos? Quais suas estratégias para atingir estes objetivos? 7 - Ética Eticamente como você pretende se posicionar? Do que pretende se orgulhar no futuro? Como se posicio-nará em relação ao ambiente e ao futuro de sua comunidade e do planeta? 8 - Análise da evolução Mensure constantemente sua evolução. Quanto você evoluiu? Quais objetivos atingiu? Replaneje e reali-mente constantemente seu plano. 9 - qual é o seu sucesso? O que fará de você uma pessoa realizada? Tenha sempre em vista essa busca.

Empresária diz que todos podem planejar Ela garante que planejar a carreira profissional dá certo. Duvidar pra quê? Afinal, Patrícia Miguel Sobral Simonetti tinha tudo para escrever outra história de vida. Arquiteta e com mestrado na cobiçada Escola de Engenharia de São Carlos-USP, em 2007 viu-se diante de uma bifurcação: ou os projetos ou assumir a área financeira de uma próspera agên-cia de publicidade que tem em sociedade com o marido. “Escolhi o segundo caminho”, orgulha-se.

E lá foi ela novamente para a escola, desta vez no MBA da Fundace, em Ribeirão Preto, onde começou a ter as primeiras noções e o despertar para o planejamento da carreira. Nascia assim uma nova profissional, agora com metas a cumprir e objetivos a alcançar. E isso tudo dentro de prazos preestabelecidos. “A primeira coisa é decidir o que você pretende e quer para a sua vida e ser persistente naquilo que se propôs a realizar a curto, médio e longo prazos”, ensina. Patrícia explica que nem tudo sai como está no roteiro. Isso mesmo: um bom planejamento precisa ser escrito, colocado no papel, no computador e, se possível, deixado em lugares estrategicamente estabelecidos, de fácil acesso, onde a pessoa tem o costume de mexer. “O planejamento precisa ser relido, revisado e readequado, se for o caso. Quem irá determinar essas mudanças são os resultados obtidos ou não dentro dos prazos estabelecidos”. No caso de Patrícia, tudo está no caminho certo. Ela festeja o crescimento da empresa – o número de colaboradores aumentou mais de 100% no último ano e a agência atende a 13 gordas contas nos setores público e privado. E o mais importante: existe vida por trás do planejamento de carreira, tanto é que ela, o marido e a filha já estão com viagem de férias

marcada, isso após três anos sem descanso. “Qualquer pessoa pode planejar. Basta começar”.

CARREIRA ARqUITETADA

PASSO A PASSO PARA UMA CARREIRA BEM-SUCEDIDA

Fonte: David Forli, mestre em administração do Instituto de Ensino e Pesquisa (Inepad)

Profissão Sucesso32

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EM épOCA DE hIpERCOMpEtItIVIDADE, VOCê pRECISA fAzER A DIfEREnçA

GESTãO DE CARREIRA

Você precisa serraroVocê precisa serraro

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v ocê é o cara? Pois saiba que, daqui para frente, você terá de ser o raro. Ser simplesmente aquele colaborador exemplar, que faz tudo certo, fala outros idiomas e tem um diploma de uma faculdade conceituada ajuda muito, mas já não basta. É o básico. Mais de 70% dos profissionais com bom perfil perdem o emprego por falta de ética, por não saber lidar com

pessoas, atributos que deveriam ser indispensáveis ao ser humano. A excelência deixou de ser apenas técnica. “Contrata-se pelo quociente de inteligência (QI) e demite-se pelo quociente emocional (QE)”, diz o consultor Antonio Carlos Kronemberg.

Carioca da Baixada Fluminense, e a quinta geração de uma família de alemães, ele recorre à Fórmula 1 para explicar qual é o profissional talhado para a nova dimensão profissional em tempos de hipercompeti-tividade. O piloto Felipe Massa, da Ferrari, e qualquer um dos mecânicos encarregados pela troca de pneus, nos pit stops, têm grande importância no contexto da corrida. Porém, apenas Felipe é o raro, por uma única razão: ele tem exatamente aquilo que o outro não tem. O consultor ex-plica que “as empresas querem saber qual é o seu DNA corporativo, de que maneira você pode contribuir para que o negócio prospere e qual é a sua raridade”.

Kronemberg diz que essa nova dimensão é filha da globalização e que não tem mais volta. E a gestão de carreira assume importante peso na vida profissional. Mas com um grande problema: essa nova realidade ainda não chegou – ou chega lentamente – às salas de aula das facul-dades. “De que adianta você formar um excelente médico sem dar a ele essas informações? O resultado são consultórios vazios e um profundo descontentamento com a opção profissional”, constata.

Se antes apenas bastava ser competitivo, agora entra em ação o super-lativo e já estamos vivendo a era da hipercompetitividade. Até há pouco tempo, a competição de mercado era regional. Hoje, não. Em suas an-danças pelo Brasil, Antonio Carlos Kronemberg percebe que, em breve, o consumidor do Nordeste, por exemplo, estará se servindo de pão de queijo e tomando chimarrão, hábitos da cultura gastronômica mineira e gaúcha. O pão de queijo já está em quase todos os shoppings e pa-darias de Aracaju, em Sergipe, por exemplo. “O mundo está mais com-petitivo e você é avaliado por resultados. As empresas querem pessoas que olhem para e pelo negócio delas. E tudo com muita ética. É um bom negócio ser honesto”, avalia.

Despreparados Dentro dessa nova perspectiva também está a boa formação acadêmi-ca. E o que esperar de futuros profissionais que hoje sequer atingem os níveis básicos de aprendizagem, segundo revelou em dezembro o Programa Internacional de Avaliação de Alunos? Nele, o Brasil está nos últimos lugares – é o 53º entre 65 países –, e a maioria dos estudantes não passou do primeiro em seis níveis de conhecimento. Mais de 40% dos alunos repetem o ano ao menos uma vez durante a escolaridade básica; quase 50% não passam do nível mais baixo de leitura e 70% alcançam apenas o mínimo em matemática. “Eles serão excluídos do mercado”, sentencia.

Até o ensino médio, a distância entre a pontuação dos estudantes da rede privada em relação à dos alunos de escolas públicas chegou a 30%. Dos 109 pontos em 2006, agora já são 121, o que fez o fosso ficar ainda maior nos últimos três anos. já no nível superior essa realidade se inverte e as melhores médias estão nas universidades federais. “Se não houver uma política educacional séria para dar a base, melhor remuneração e treinamento de professores, o país será cada vez mais desigual”, adverte Kronemberg. “Não é à toa que temos o apagão de mão de obra, o que nos faz importar profissionais”, acrescenta.

É um bom negócio ser honesto ”

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Especialistas concordam com a máxima de Barack Obama, de que “o mundo mudou e que precisamos mu-dar também”. Hoje já se fala que tudo o que deu certo no passado tem grande possibilidade de não dar no futuro. O consultor afirma que os profissionais e as empresas precisam aprender a desconstruir, descartar paradigmas e estar devidamente capacitados para essa nova realidade e ordem mundial. Para ele “as organizações precisam aprender a desaprender. O vento não é um fenômeno natural que o obriga a construir abrigos necessariamente, mas a erguer moinhos”.

Se você quer ser o raro, mude. É uma questão de ati-tude. Se você quer que sua empresa conquiste mercados e consumidores satisfeitos, mude também. Foi o que acon-teceu com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, capaz de entregar correspondências com excelência nos serviços e pontualidade, mas que foi alvejada quase que mortalmente por uma palavrinha chamada e-mail. “Hoje, de cada 10 compras feitas pela internet, sete delas são entregues pelos Correios”, compara Kronemberg, para quem a empresa deu um exemplo de como mudar para-digmas e sobreviver.

Desafios A visão dessa nova ordem diante de um mundo glo-balizado e sob o rígido padrão da hipercompetitividade faz com que as empresas precisem de menos gente e de mais ideias. E a coisa ainda se torna pior aos homens. Mais de 60% dos estudantes são mulheres, que no mer-cado também são capazes de dirigir o ônibus escolar, pilotar jatos de passageiros ou presidir uma empresa. E bem. Elas estão sendo contratadas até para operar empilha-deiras em pátios e armazéns, por serem consideradas mais cuidadosas.

As mudanças também incluem revoluções nos conceitos. O consultor diz que a informação tem maior valor agre-gado que conhecimento, desde que o colaborador esteja devidamente capacitado para fazer uso dela. No mundo

Tudo o que puder ser substituído por uma

máquina, será ”“

Kronemberg - é preciso ser raro

corporativo, dentro dessa perspectiva, a Google tem maior valor de mercado que a American Air. “A grande vantagem é que, pela primeira vez na história, a inteligência substitui a força como principal determinante de sucesso”, comemora.

Kronemberg faz analogias: o mundo está diante de reali-dades objetivas e claras. Ou somos imigrantes ou nativos, isto do ponto de vista tecnológico ou organizacional. Ou somos nativos digital ou imigrantes digital. Ele mesmo se considera um imigrante e reserva aos filhos, de 13 e 14 anos, a categoria de nativos. Mas, não é apenas isso: ainda há os conceitos que valorizam muito mais o coletivo que o individual, a liderança em detrimento da chefia pura e simples. “Responda a essa pergunta: você é nativo ou imigrante; sua empresa o que é?”, indaga.

Procuram-se empreendedores Antonio Carlos Kronemberg sugere também uma nova postura na gestão da carreira, a do empreendedorismo, ainda que você seja um funcionário, pois as empresas pre-cisam cada vez mais de colaboradores determinados, que as ajudem a encontrar soluções para enfrentar um mer-cado cada vez mais competitivo. E tudo para atender a um cliente mais informado, sabedor de seus direitos e com várias opções de escolha. Se o homem não corresponder a isso e agir em tempo, a tecnologia entra em ação. “Tudo o que puder ser substituído por uma máquina, será”, adverte.

E é nesse cenário de guerra pela conquista de um bom lugar ao sol que é preciso cuidar da carreira para não perder a vez. Kronemberg diz que a palavra mágica é “transforma-ção” e que ela é uma espécie de “chaminha” que está em cada um de nós, à espera de atitude. E que precisamos de todas aquelas palavras-chaves capazes de abrir portas importantes, como criatividade, aprendizado, informação, inovação e planejamento. E aqui entra a figura do navegador brasileiro Amyr Klink, que atravessou o Atlântico partindo da costa da áfrica do Sul com destino ao Brasil, a bordo de um barco a remo. Foram 720 dias de planejamento e apenas 109 dias navegando.

E o consultor deixa um conselho, tanto para quem quer cuidar melhor da carreira ou da empresa. Segundo ele, a melhor forma de prever o futuro é criá-lo. Para isso é preciso entender o novo tempo, procurar novos caminhos, elaborar novas estratégias, sem perder de vista as caracterís-ticas e o respeito às regras do jogo. É preciso transformar o dia a dia dos colaboradores, clientes, parceiros e manter o pensamento organizado e o foco nos resultados. E o mais importante: “Não faça com o outro aquilo que não gostaria que fizessem com você”.

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C ena 1: A professora invade o estacionamento da escola onde um grupo de crianças brinca. Aos gritos, ela repete sem parar que “os de-testa”, dirigindo-se aos alunos. Motivo: ela acabara de comprar um carro novinho em

folha e temia que ele fosse riscado.

Cena 2: Um grupo de alunos se diverte vendo imagens em um telefone celular. O professor se aproxima e descobre o motivo da diversão: no filme, gravado dentro da escola, um aluno com problemas de retardamento é obrigado a fazer sexo com outro aluno. O filme está em poder do Ministério Público

Cena 3: Um aluno de uma escola estadual lança mão de uma chave usada em oficinas mecânicas e tenta desmontar o motor do carro de uma professora como represália.

Cena 4: A professora adverte um aluno em uma sala de ensino fundamental, o chacoalha pelos braços. Outro aluno, de oito anos, vem em defesa do coleguinha e morde uma das per-nas da professora. Todos foram parar no distrito policial.

De repente, um grupo de meninas com idade entre 11 e 13 anos rompe os corredores de uma escola estadual na zona oeste de Ribeirão Preto. Aos gritos de “Esquadrão Perereca, as mais gostosas” elas comemoram a prostituição que ali instalaram. Um grupo de alunos, chamados de sala em sala, dirige-se à quadra de esporte e lá fumam maconha e depois voltam para a sala de aula. Ou cheiram cocaína no banheiro na companhia de algumas garotas. Obra de terror? Antes fosse. Tudo isso faz parte de uma pesquisa elaborada pelo Ob-servatório de Violência Institucional da Universidade de São Paulo – USP-, instalado no campus de Ribeirão Preto e co-ordenado pelo professor e filósofo Sérgio Kodato. Nela, 30

ESCOLAS SE tRAnSfORMAM EM pALCO DE VIOLênCIA E EnSInO fICA EM SEgUnDO pLAnO

O que se deteriorou foi

a escola,o ensino ”

Alfabeto do

MedoAlfabeto do

Medo

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professores se incumbiram de identificar os focos de violência em 25 escolas municipais, estaduais e privadas. Em análise, também a gestão, ou seja, a ação dos diretores no comando dessas instituições. “Quando o diretor é omisso, a violência é maior”, observa. A pesquisa da USP estarrece ao revelar que 60% dos alu-nos das escolas da periferia nada faziam durante o período que permaneciam na instituição. Os outros 40% tentavam ter aula, muitas vezes sem sucesso por falta de projetos interessantes e pela inexistência de atrativos tecnológicos. Para o professor “a grande maioria vai à escola por causa da merenda, para estabelecer relações sociais, como a pa-quera, por exemplo, e acabam se envolvendo em atos de indisciplina e de violência”. Sérgio Kodato analisa que, apesar de estar matricula-do e de freqüentar a instituição, o aluno se sente excluído, marginalizado e vê na violência um sentido para justificar a existência dele na escola. Quando não são os próprios cole-gas as vítimas, ou os professores, essa revolta é canalizada contra o patrimônio público, com a explosão de bombas em banheiros, portas arrancadas e janelas estraçalhadas. Segundo Kodato muitas crianças estão se iniciando no uso de drogas dentro das escolas. Para o promotor da Infância e da juventude, Ronaldo Ba-tista Pinto, a violência é crescente e está relacionada ao su-cateamento da escola pública, ao despreparo do professor e à falta de estrutura familiar desses estudantes. Ele lembra que ao longo dos anos, os professores tiveram seus salários corroídos, o que também é prejudicial para o ensino. “Um pro-fessor ganhava igual a um juiz de direito antigamente. Hoje, essa relação é de no mínimo 6 por 1, isto para os professores melhor remunerados”, compara. Ele adverte que a violência nas escolas e o mau aproveita-mento dos alunos poderão conduzir essas crianças ao tráfico ou à prostituição no curto prazo, pois desde cedo convivem com a promiscuidade e quase não têm orientação em uma escola que já deixou de cumprir seu papel. Para ele “ não adianta dizer que as coisas pioraram depois do Estatuto da Criança e do Adolescente, o que não é verdade. O que se deteriorou, foi a escola, o ensino”. Para o presidente do Sindicato de Especialistas de Educa-

ção do Magistério (Udemo), luiz Gonzaga Oliveira, a violência está na sociedade e a escola não vive isolada dela. Ele de-fende mudanças na legislação para que a escola “tenha mais autoridade para tomar providências”. Há uma década sem fazer qualquer pesquisa sobre violência nas escolas, o que fazia regularmente entre 1995 a 2000, o dirigente garante que a Udemo voltará a pesquisar a partir do ano que vem. “Pre-cisamos de normas para fortalecer a autoridade do Conselho de Escola”, garante. Para a Secretaria da Estadual da Educação, que responde por meio de sua assessoria de imprensa, o Sistema de Pro-teção Escolar, implantado em 1.000 das 5.300 escolas públi-cas está dando resultados positivos. São 1.200 professores-mediadores que também atendem às famílias dos estudantes. São 80 ocorrências diárias, de acordo com a assessoria. “Du-vido que seja tão pouco”, desconfia a delegada dos Direitos

Muitas crianças estão se iniciando no uso de drogas

dentro da escola ”“

Ronaldo Pinto - escola deteriorada

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da Defesa da Mulher de Ribeirão Preto, lúcia Pinto, para onde muitos casos ocorridos em escolas e que tenham crianças ou professoras como vítimas são carreados. “A escola precisa retomar sua finalidade”, afirma.

.Outra realidade Sérgio Kodato diz que os professores estão batendo de frente com os alunos e que a violência nas escolas é conseqüência do fim dos organizadores pedagógicos. A progressão continuada dificulta a reprovação, os alu-nos não podem ser expulsos. Assim, os professores ficam sem poder aplicar os mecanismos de controle. Segundo ele, um dos mecanismos para a redução da violência nas escolas seria a instalação de equipa-mentos de tecnologia, para tornar as aulas mais atrati-vas e prender a atenção dos alunos, a exemplo do que é feito nas escolas particulares. Kodato afirma que a pesquisa revelou que nas escolas particulares, quando há qualquer ato de indisciplina grave ou de violência, o que ocorre, segundo ele, em escala muito melhor que nas públicas, é que o aluno é expulso . “Eles têm o que perder e zelam por manter o nome”, garante.

Um levantamento divulgado no final do ano passado pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas mostra que 55% dos estudantes da rede particular já usaram psicotrópicos, como maconha, cocaína e crack, pelo menos uma vez. Entre os estudantes da rede pública, o índice é de 40,3%. O mapeamento envolveu 50.890 jovens na faixa etária entre 16 e 18 anos de todas as capitais. Quando o consumo é freqüente, seis ou mais vezes, e pesado, 20 ou mais vezes, as escolas públicas superam as particulares. A última pesquisa havia sido feita em 2004 e abordou apenas estudantes da rede pública. Seis anos depois, o consumo nesse grupamento sofreu redução, menos o de cocaína. Outro dado alarmante é quando a pesquisa envolve todas as faixas etárias, do ensino fundamental ao médio: 30% dos alunos da rede privada já experimentaram psicotrópicos, contra 24% dos da pública. O estudo do governo federal em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) trouxe pela primeira vez os números da rede privada. Segundo a Senad, cerca de 94% das escolas públicas convidadas aceitaram participar da pesquisa, contra 70% das privadas.

Sem investimentos Previsto no Mais Saúde, o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, do governo federal, teve uma execução de 2% do programado. Quando o Mais Saúde foi lançado, em 2008, a expectativa era investir R$ 99,9 milhões até 2011 em ações na área, dos quais R$ 90,23 até o final de 2010. Foi gasto R$ 1,9 milhão.

Consumo de drogas é maior nas privadaspESQUISA tEVE MAIS 50 MIL EntREVIStAS COM jOVEnS EntRE 16 E 18 AnOS

Kodato - violência é reativa

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Mercado em alta

e você planeja fazer um curso técnico saiba que essa sua decisão será acertada. Se ele for na área de administração, comemore. Há grande oferta de estágios. E tudo isso logo de cara, bem no início, após o começo das aulas. Em 2009, o mercado de trabalho de Ri-

beirão Preto ofereceu mais de 5.000 estágios. Os dados de 2010 ainda não estão disponíveis, mas a procura é cada vez maior. “Os pais geralmente pagam a primeira mensalidade, daí para frente o próprio aluno arca com seus custos”, entusiasma-se a supervisora do Advance Plus Rosângela Aguiar Cruz.

O técnico em administração é um dos mais requisita-dos para estágio. “O curso capacita o aluno para atuar em diversas áreas de uma empresa”, afirma Vera lúcia Borges, coordenadora do curso na ETEC josé Martimiano da Silva, de Ribeirão Preto, a antiga Industrial.

Diante de um mercado cada vez mais ávido pela con-tratação de técnicos em administração, quem tem se beneficiado das oportunidades, principalmente de estágios, são os estudantes das cidades no entorno de Ribeirão

EMpRESAS BUSCAM EStAgIáRIOS E OfERECEM MILhARES DE VAgAS

ADMINISTRAçãO

Preto, como jardinópolis, Brodósqui e Cravinhos, onde não há cursos na área. E essa mão de obra não é apenas aproveitada pelas empresas privadas, mas também pelo poder público, o que potencializa ainda mais as oportuni-dades para quem deseja seguir a carreira de técnico em

Rosângela - estágios garantidos.

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CARACTERíSTICAS DO PROfISSIONAl

Habilidade para lidar com pessoas, dinamismo, organização, visão gerencial, visão global dos diversos departamentos da empresa, disciplina e atenção.

ONDE ESTUDARConsulte o site www.profissaosucesso.com.br.

administração ou vencer novos horizontes e ingressar em um curso superior. “Muitas empresas patrocinam a facul-dade de ex-estagiários, porque estão satisfeitas com os resultados e não querem perder o colaborador”, garante Rosângela. Daniel Olinto tem 16 anos e já está no segundo dos três módulos do curso técnico em administração da ETEC josé Martimiano da Silva e faz estágio na Santa Emília Veículos. Está satisfeito com a escolha e rasga elogios ao curso: “ele abre a visão do aluno e muitas portas no mercado de trabalho”, enfatiza. Daniel espera ingressar em uma faculdade de jornalismo em 2012, um sonho que acalenta desde os 11 anos de idade e que tem certeza que se tor-nará realidade com a ajuda da empresa onde estagia. “Eu vou conseguir”, afirma.

O curso O curso técnico em administração tem duração de um ano com carga horária de 800 horas em escolas privadas e de um ano e meio, 1.500 horas, nas públicas, como é o caso da ETEC. O estudante precisa gostar de contabili-dade, estudo básico de línguas, como português, inglês. Ele também aprende sobre recursos humanos, finanças, conceitos de economia, de produção, logística, noções de administração jurídica, gestão ambiental, psicologia organizacional e de custos. O curso tem como proposta capacitar o jovem com um currículo multidisciplinar. Com as aulas, o aluno aprende a trafegar com desenvoltura por diversos departamentos da empresa e a mapear as áreas onde seus conhecimentos possam ser aplicados para melhorar a eficiência da empresa.

Áreas de atuação O técnico em administração é o profissional que controla a rotina administrativa das empresas. Colabora nos plane-jamentos estratégicos, táticos e operacionais. Também realiza atividades em recursos humanos e procede à inter-

Muitas empresas patrocinam a faculdade de ex-estagiários ”

mediação nos processos de colocação e de recolocação profissional. Também atua na área de compras, auxilia no setor contábil e assessora a área de vendas. A ele também pode ser destinada a função de intercâmbio de mercadorias e de serviços e execução de atividades nas áreas fiscal e financeira.

Salários Tudo começa com o estágio de quatro ou seis horas diárias. A bolsa-auxílio, geralmente, fica a partir de R$ 400. Depois de formado, o salário pode chegar a R$ 1.600. Mas, não para por aí. Vai depender da capacidade de cada profissional e do interesse em ampliar seus horizontes profissionais e de se especializar. Com o curso superior, esse salário pode ser dobrado ou chegar aos R$ 4.000.

Opinião do profissional Paulo Henrique lazari fez o curso técnico em administra-ção e com o auxílio do Pró-Uni ingressou na faculdade de gestão em recursos humanos. Formado há seis meses e aos 21 anos de idade, ele é assistente de administração da Nestlé, onde pretende fazer carreira. lazari diz que o curso técnico o ajudou a tomar a decisão da escolha da área de atuação. “A minha formação técnica foi muito abrangente e isso facilitou as coisas”, afirma.

Daniel - o curso abre portas no mercado.

Lazari - escolha certa.

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Tecnologia para a

vidauando você se submete a um dos complexos exames de saúde que envolve imagens, tais como tomografia, ressonância magnética e mais uma infinidade deles, por trás daquelas poderosas máquinas está todo um sistema de tecnologia da informação capaz de for-

necer ao médico elementos suficientes para o diagnóstico da doença. Um das tarefas do profissional de informática biomédica é justamente essa: desenvolver softwares e equipamentos eletrônicos para serem usados nas áreas biológicas e médica.

E está em Ribeirão Preto, no campus da USP, no setor de Matemática e Física, o primeiro e até agora único curso de graduação existente no Brasil. Quem fala dele com or-gulho é o professor e vice-coordenador luiz Otávio Murta júnior. “O Brasil se antecipou a uma demanda internacio-nal de profissionais dessa área, cada vez mais solicitada graças ao emprego de mais tecnologia no diagnóstico e no tratamento de doenças”, diz.

CURSO DA USp-RIBEIRãO pREtO é pIOnEIRO EM InfORMátICA DA BIOLOgIA

INFORMÁTICA BIOMÉDICA

Em breve, segundo luiz Murta, tanto a Unicamp quanto a Universidade Federal de Santa Catarina também irão for-necer cursos na área da informática biomédica. Por en-quanto, cabe à Universidade de São Paulo esse avanço. O pioneirismo da InfoBio, mais uma vez, cabe aos Estados Unidos, de onde vem a maioria das inovações. “Temos uma grande responsabilidade em nossas mãos, que é de formar profissionais para uma área tão sensível”, diz o pro-fessor.

Murta - sólida formação

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CARACTERíSTICAS DO PROfISSIONAl

Gosto por novas tecnologias, facilidade em lidar com cál-culos matemáticos, interesse pela área médica, disciplina, paciência e disposição para manter-se atualizado.

ONDE ESTUDARConsulte o site www.profissaosucesso.com.br.

Da USP o aluno sai com uma forte formação em in-formática e conhecimento para fazer qualquer tipo de aplicação, em especial nas áreas médicas e biológicas de grande complexidade. Uma delas é a do processamento de informação genômica, capaz de identificar os códigos de uma determinada moléstia ou de desenvolver novas medicações. “A nossa formação é muito sólida”, reforça Murta.

O curso A duração é de quatro anos, e o curso fornece todos os elementos de alta performance em informática. De lá, o aluno sai capacitado a trabalhar com desenvolvimento de programas complexos de computação, mas com maior aplicabilidade nas áreas biológicas e médicas. Nos primeiros dois anos, os alunos estudam anatomia. Nos de-mais, o curso é dividido em três áreas: bioinformática, pro-cessamento de sinais e gerenciamento em saúde pública. O curso de infobio exige do aluno não apenas formação nas áreas biológicas, mas também na de exatas, como cálculo diferencial, estatística, engenharia de software, re-des de computadores, inteligência artificial, biologia celu-lar, genética, geoepidemiologia e fisiologia. “Esse profissional trabalha em uma área muito nobre e delicada, que exige permanente aquisição de conhecimentos e adequação às inovações”, explica o professor.

Áreas de atuação O profissional da infobio pode atuar em diversas áreas da tecnologia voltadas para o desenvolvimento de programas de saúde que otimizem o trabalho em hospitais, laboratórios, clínicas médicas e centros de pesquisa de processamento genômico e proteína dos organismos vivos e também na criação de novos medicamentos. Ele ainda pode elaborar projetos para a informatização de um centro médico, desde a marcação de consultas até a elaboração da receita médica e do prontuário do paciente.

Mercado de trabalho O campo de trabalho para o profissional em informática biomédica é cada vez maior, pois os procedimentos na área médica envolvem sofisticação tecnológica. As qua-tro turmas já formadas pela USP - Ribeirão Preto encontram facilidades no mercado de trabalho. Alguns optam pela vida acadêmica, mas a maioria busca um lugar fora das facul-dades. A robusta formação em programas avançados de computação faz com que esses profissionais sejam dis-putados. As maiores oportunidades estão em clínicas e em centros de pesquisas. Os principais empregadores estão nas capitais.

Salários Em geral, o salário desse profissional é muito semelhante ao de um programador ou analista de sistemas, pois os encargos e funcionalidades são parecidos e ficam entre R$ 2.500 a R$ 3.500. Em São Paulo, com um ano de ex-periência, o profissional recebe mais de R$ 3.000.

Opinião do profissional Hugo Pessotti, 26, e Mário Sergio Adolfi júnior, 23, for-mam a Kidop, uma empresa que surgiu ainda no curso de infobio. E eles já foram premiados com o troféu “Ideia Saudável” dado pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo por um programa que desenvolveram para in-formatizar todo o Sistema Integrado de Regulação Médica de Urgência e Emergência em 26 cidades da Divisão Re-gional de Saúde de Ribeirão Preto. A nova ferramenta foi testada por três meses com resultados acima da média. Com ela, os médicos solicitantes, os reguladores e os hos-pitais são capazes de fazer o acompanhamento on-line de um pedido de internação, dos leitos disponíveis e trocar informações quanto ao estado de saúde do paciente. En-quanto aguardam uma resposta do governo para a nego-ciação do sistema, os jovens empresários enaltecem o curso.”É excelente”, diz Pessotti. “O curso fez a diferença”, comemora júnior.

Temos uma grande responsabilidade em nossas mãos, que é de formar profissionais para uma área tão

sensível ”

Mario Sergio e Hugo - curso superou expectativas

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É precisomelhorar

ualificar os profissionais do setor público como os da iniciativa privada para tornar os governos mais eficientes, com prestação de serviços de qualidade e respeito aos re-cursos públicos. Não se trata de um sonho, mas de uma porta que se abre para uma nova

realidade. “Os governos precisam melhorar seus serviços e isso só se faz com a valorização de seus quadros”, diz o professor joão luiz Passador, um dos coordenadores do MBA em Gestão Pública da Fundação para a Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Eco-nomia - Fundace, criada há 15 anos por professores da FEA/USP de Ribeirão Preto.

Em sua análise, já existem áreas de excelência nos governos, mas é preciso que a qualificação se estenda a todos os setores, em especial nos governos municipais, onde ocorre o primeiro contato do cidadão com a esfera pública. No entanto, o professor lembra que as prefeituras ficam com a menor parte do bolo dos impostos e que pouco podem investir na formação de seus quadros. “Há também certo desinteresse, pois muitos prefeitos optam por investir naquilo que é aparente”, afirma.

Há quem defenda a ideia de que uma cidade poderia ser administrada por um gerente e não por um político. E se ela fosse governada por um prefeito, eleito pelo voto, mas com formação em gerência de cidade? Isso é pos-sível. O curso de pós-graduação em gerente de cidade oferece essa oportunidade a quem nunca sonhou em dis-putar uma eleição, mas que tem o perfil adequado a tra-balhar e a exercer funções públicas com maior eficiência. “O curso se destina à formação de gestores”, diz Victor Nozaki, coordenador da pós-graduação de gerente de cidade da FAAP de Ribeirão Preto.

CURSO EnSInA A tORnAR A MáQUInA pÚBLICA MAIS EfICIEntE

ADMINISTRAçãO PúBLICA

O coordenador lembra que o nível de informação do ci-dadão é maior, e essa pressão se reflete sobre os gestores públicos. Outro ponto positivo e que deverá ser cada vez mais constante, é que a sociedade cobre do postulante a um cargo público propostas de eficiência na gestão. “Os políticos tradicionais perdem cada vez mais espaço”, analisa. Como exemplo, ele traça um paralelo com o Pro-con, o órgão de defesa do consumidor. “Cada um de nós descobriu que temos direitos e garantias quando compra-mos um bem. E isso, aos poucos, está sendo canalizado para outras atividades e setores de nossas vidas, inclusive na prestação de serviços públicos: quem não apresentar bons resultados estará fadado ao insucesso”, avalia. E o que é mais importante: além da formação global, o curso de pós-graduação em administração pública tenta corri-gir uma distorção histórica, a de que todos os problemas de uma cidade são iguais e que existe uma panaceia tec-

Passador - qualificar os funcionários

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CARACTERíSTICAS DO PROfISSIONAl

Capacidade de organização, disciplina, gosto pelo de-senvolvimento de projetos de interesse coletivo, interesse por administração, contabilidade, arquitetura, engenharia e urbanismo. Dedicação ao estudo de leis e suas aplicações e aptidão para trabalhar em equipe.ONDE ESTUDARConsulte o site www.profissaosucesso.com.br.

Os políticos tradicionais perdem cada vez mais

espaço ”“

nológica capaz de resolvê-los. “O modelo de mobilidade adotado há anos em Curitiba funciona muito bem dentro das características daquela cidade. Isso não significa dizer que ele daria certo em outra cidade”, adverte.

Victor Nozaki diz que cada vez mais é preciso pensar as cidades sob a ótica dos profissionais capacitados para apresentar boas soluções dentro de orçamentos com-patíveis. “Se o município não tiver bons técnicos, o gestor vai patinar”, garante.

O curso Os cursos têm duração de 18 a 24 meses. As mensali-dades custam cerca de R$ 500. São divididos em módulos que explicam os aspectos históricos da formação do Bra-sil, processos administrativos aplicados em vários países, inovações de gestão, planejamento estratégico, gestão de RH, logística, operações, disciplinas na área de economia, fi-nanças, direito público, ambiental entre outras. No final os alu-nos têm de apresentar uma monografia. Não é necessário que o interessado trabalhe na área ou que seja bacharela-do em administração pública e gerente de cidade. Apesar de mais frequentado por profissionais já ligados ao setor, a pós-graduação em administração pública e gerente de cidade também tem um número expressivo de estudantes graduados em outras áreas.

Áreas de atuação O administrador ou gestor público pode prestar consul-torias ou trabalhar diretamente em orgãos dos governos municipais, estaduais ou federal, além do terceiro setor e em empresas privadas que prestam serviços para o setor público. Os profissionais são habilitados a administrar secretarias, elaborar, implantar e gerenciar projetos, políticas públicas, programas governamentais e agências reguladoras e de fomento social.

Mercado de trabalho “Os três níveis de governo necessitam de pessoas com conhecimento e domínio das novas ferramentas em ad-ministração”, diz o professor joão Passador. Para Victor Nozaki, o mercado de trabalho tende a grandes oportu-nidades tendo em vista que o setor público necessita de modernização e eficiência.

Quem não apresentar bons resultados está fadado ao

insucesso ”“

Victor - formação de gestores

Rocha - boa aplicação dos tributos

Salários Bons salários esperam por um administrador público que tenha curso de pós-graduação. Prefeituras, Câmaras municipais e empresas privadas que atuam junto a governos necessitam de profissionais capacitados e pagam entre R$ 6.000 e R$ 7.000. Se a atuação se der no campo da con-sultoria, esses valores podem alcançar R$ 15.000.

Opinião do profissional Ricardo Rocha é pós-graduado em gerente de cidade, consultor de contabilidade pública. Para ele, além de apre-sentar e discutir políticas públicas a serem implementadas nos municípios, o curso permite um grande networking entre pessoas que exercem as mais diversas funções em órgãos públicos. “As disciplinas são organizadas de forma a per-mitir ao aluno a obtenção de conhecimentos amplos de várias áreas voltadas à administração pública. Com isso, o aluno obtém condições plenas de desempenhar o papel para o qual é formado: gerenciar cidades”, diz.

Rocha avalia que a gestão de um município cada vez mais está se parecendo com o gerenciamento de uma empresa: “o município deve possuir legislação atualizada e moderna, deve dar resultados positivos (sociais, orça-mentários, patrimoniais), e deve dar ao cidadão, que é o investidor dessa empresa, o que ele mais precisa: a boa aplicação dos tributos”.

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Overão é a estação do ano mais celebrada, e é a cara do Brasil. Férias, praia, viagem com a família... As pessoas passam o ano inteiro sonhando com isso. Mas, para que tudo ocorra como o planejado e as tão sonhadas férias não se tornem um pesadelo, é de extrema importância evitar que certos proble-mas aconteçam. levar o carro para revisão, fazer

reservas no hotel, trancar bem a casa, arrumar alguém que cuide do cachorro, garantir um bom estoque de protetor solar são itens que fazem parte do check list dos candidatos a viajantes. Entretanto, mui-tas pessoas se esquecem de que o cuidado com a alimentação tam-bém é fundamental para garantir uma boa diversão.

O primeiro cuidado a ser tomado é o de se alimentar em pequenas quantidades várias vezes ao dia. O café da manhã é uma das princi-pais refeições do dia e não deve ser negligenciado. O almoço e o jan-tar devem constar de refeições leves, que são de digestão mais fácil e garantem uma maior disposição, evitando o consumo de alimentos gordurosos e massas com molhos pesados. Durante a manhã e também durante a tarde, recomenda-se a ingestão de frutas e su-cos naturais, mantendo assim um aporte mais ou menos contínuo de nutrientes ao nosso organismo, ao invés de poucas refeições em grande quantidade que fornecem picos momentâneos de energia.

Dicas do médico Roberto Annovazzi, para aproveitar bem o verão:

•Recomenda-seaingestãode,nomínimo,trêslitrosdelíquidopordia. Mantenha seu organismo bem hidratado e abuse de água, su-cos naturais e bebidas isotônicas, repondo assim os sais perdidos com a transpiração. Tente evitar sucos industrializados, pois eles contêm grande quantidade de açúcar e conservantes.

•Consumaàvontadelegumes,verdurasefrutas.Elessãodefácildigestão e causam menos aquela sensação de empachamento que pode comprometer sua disposição para as atividades. As sala-das cruas são excelentes opções para a obtenção de energia de forma leve e saudável, além das vitaminas e minerais, que são im-portantes para a prática de exercícios. As saladas devem ser tem-peradas com azeite, vinagre e limão. Importante: a maionese pode ser perigosa nessa época do ano, pois contém ovos crus, foco de contaminação de bactérias, favorecendo a ocorrência de diarréia.

•Quantoàscarnes,dêpreferênciaàquelasgrelhadasouassadas,pois elas fornecem menos gorduras e, consequentemente, menos calorias. Dessa forma, evitam o ganho excessivo de peso.

•Osalimentosquesãoricosemcarboidratoscomplexos,comoos cereais integrais, frutas, verduras, arroz, feijão e batata, são uma ótima fonte de energia e ajudam a regular a quantidade de açúcar no sangue. Evite o consumo de açúcar e doces em geral, pois eles são absorvidos rapidamente, elevando em picos a quantidade de açúcar no sangue, o que não é recomendável.•Evitealimentos ricosemgorduras, comomanteiga, cremede

leite, margarina, bacon, óleo vegetal. Além disso, mantenha distância de petiscos e aperitivos calóricos (os famosos “tira-gostos”, como o amen-doim, salgadinhos industrializados, condimentados e batatas fritas). Uma opção é substituí-los por legumes temperados e cortados (como pepinos, etc.) ou queijo branco temperado com azeite e orégano.

•Sanduíchesnaturaissãodeliciosos,porémnãosubstituemumare-feição e devem ser preparados na hora que forem consumidos. Eles podem ser uma opção nos lanches durante a manhã e à tarde, como acompanhamento aos sucos.

•OsalimentosricosemvitaminaCtêmpropriedadesantioxidantese ajudam a manter a pele saudável, combatendo os radicais livres. Recomenda-se a ingestão de frutas cítricas (acerola, kiwi, laranja, limão, maracujá e morango) e vegetais verde-escuros (agrião, bró-colis, couve, espinafre, rúcula).

• O betacaroteno ajuda na obtenção e manutenção de umbronzeado mais intenso, por isso recomenda-se iniciar a ingestão de alimentos ricos nessa substância 15 dias antes da data dese-jada, mantendo a ingestão durante todo o verão. Esses alimen-tos são: a cenoura, a abóbora, o damasco, a laranja, o mamão, a manga e o pêssego.

•Respeite aquela vontade irresistível de tomar sorvete,masescolha os sorvetes à base de frutas ou frozen yogurte, sem coberturas, caldas e outras delícias.

•Preparadoscomaçaísãoumaótimamaneiraderesfriarocorpoe repor as energias gastas com o excesso de atividades físicas. No entanto, evite o consumo exagerado de açaí, pois ele é muito gorduroso e de difícil digestão, devendo ser ingerido após o treino e não antes do treino, como é comum. Além disso, se você pratica exercício físico, esteja mais atento à reposição de líquidos e sais minerais; uma opção é o consumo de bebidas isotônicas durante o exercício.

•Lembre-sedequesuasaúdeéomaisimportante,porissonãoa sacrifique aderindo a dietas milagrosas que colocam em risco o seu bem-estar. Invista na reeducação alimentar.

•Lavebemverduras,legumesefrutas,utilizandoáguatratadaouentão fervida. Eles podem ser mantidos durante uma hora em uma mistura contendo água e algumas gotas de hipoclorito de sódio ou vinagre, com enxague adequado depois. Atenção para a conser-vação das carnes e, principalmente, de peixes.

E divirta-se, pois afinal de contas você só pode aproveitar o verão uma vez por ano!

Ivette Lira – Assessora de Comunicação Unimed de Ribeirão Preto

Curta o verão com mais saúde

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COMO ADMINISTRAR O SALÁRIO OU MESADA PARA QUE DURE ATÉ O FINAL DO MÊS

10 DICAS

“Dinheiro na mão é vendaval”, canta Paulinho da Viola. Se pra você é assim também, então aproveite as dicas pesquisadas pela revista Profissão Sucesso. É hora de aprender a lidar com o seu dinheiro. Boa sorte e sucesso nas finanças!

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Poupar sempre “O mais recomendado não é pen-sar em administrar o salário para que dure até o final do mês, mas sim pen-sar que o dinheiro recebido como mesada ou salário, se for administra-do todo mês, desde cedo, e houver a oportunidade de poupar parte do recurso por um longo período de tempo, será suficiente para propiciar poupança e segurança financeira.”

Marcos Daré – Diretor do Departamento de Investimentos do Bradesco S/A

Gastar o necessário “Levante todos os seus gastos dos últimos meses e coloque-os lado a lado, mês a mês. Veja quanto do seu salário já está comprometido com os gastos fixos (aluguel, luz, água, tele-fone, prestações etc.) e só então veja se é possível reservar algum valor para o lazer ou mesmo um novo bem. Não gaste mais do que recebe, tenha metas, programe-se e gaste somente o necessário, mantenha a disciplina e adie seus sonhos ou vontade de ter. Não se esqueça de poupar sem-pre alguma coisa, imprevistos acontecem.”

Alexandre de Castro Moura Duarte – Engenheiro de

Produção

Ter disciplina

“A falta ou o excesso de dinheiro é sempre a causa dos males que ator-mentam o ser humano. Educação financeira é a ferramenta necessária para se manter em equilíbrio e de bem com a vida. Pela ordem: plane-jar, realizar, ganhar, poupar, investir, controlar e gastar. É infalível. Retroali-mente o ciclo virtuoso, lembrando que os recursos são escassos e precisam ser bem administrados.”

Afonso Reis Duarte – Economista

Resistir aos modismos “A mistura da pressão pelo sucesso à toda prova e a invasão de uma mí-dia desprovida de valores éticos, que sofremos diariamente são os grandes vilões da dificuldade em se manter sob controle. Somos bombardeados pela ‘necessi-dade de um pseudopoder’ que, indiretamente, diz que ‘precisamos consumir de tudo para sermos consu-midos por todos os lados’, ou seja, ‘ter algo’ para ‘ser alguém além do óbvio’. Diante dessa situação, acredito que a superação está em cada pessoa buscar simples-mente se reconhecer como capaz e socialmente inde-pendente do sucesso, pois o mesmo é, e sempre foi, efêmero.”

Guilherme Davoli - Psicólogo

Controlar as emoções “É importante lembrar que, emoções têm um importante peso nas finan-ças pessoais, em especial nos gastos, podendo-se dar algumas sugestões: 1) evitar compras em situação de tristeza e de euforia; 2) tomar cuidado com as paixões e os amores incondicionais na hora de es-colher os presentes; 3) prestar atenção nos apelos emocionais das campanhas publicitárias.”

Jair M. Casquel – Economista

Profissão Sucesso 51

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Profissão Sucesso52

vencer os impulsos “É preciso controlar os atos impulsi-vos de consumo e superar a cultura do ‘pra tudo há um jeitinho’. Em primeiro lugar, não há vida financeira organizada sem planejamento. Assim, é essencial planejar o que fazer com o seu dinheiro. Depois, talvez o mais difícil de se realizar, é importante assumir uma postura firme e de-terminada na execução daquilo que foi planejado.”

Anita Adas – Coordenadora pedagógica do Ético Sistema de Ensino

Prever os gastos “É importante que o jovem saiba an-tecipadamente de seus custos/inves-timentos para o período. Em vez de olhar para o quanto recebe, verificar primeiro a expectativa de gasto para o mês. Dessa forma ele trata de ajustar seus ímpetos porque já sabe o que o espera pelos próximos 30 dias. Em um primeiro momento, essa organização pode parecer um pouco ‘chata’. Mas o ganho em tranquilidade que vem depois, certamente vai valer a pena.”

Marcelo Jabur – Professor dos cursos de MBA e FGV e Coach

Executivo

Planejar

“Planejar. O grande segredo da administração financeira – e vale para pessoas e empresas – reside no planejamento. Plane-jar é fazer o próprio futuro. Um simples cálculo dos recebimentos e pagamentos, com respectivos saldos, a serem realizados nos próximos 90 dias, apresentado dia a dia, pode mudar radicalmente sua situa-ção financeira.”

Alberto Borges Matias – Professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabili-

dade de Ribeirão Preto – FEA-RP/USP

Pagar em dia “O grande problema é que quando chega o tão sonhado e esperado dia do pagamento o mesmo já está par-cial ou totalmente comprometido. Para que este salário dure mais dias é necessário: ser organizado; pro-visionar e realizar despesas, desde que já exista receita que possa cobrir a curto, médio e longo prazos; monitorar o valor cumulativo das parcelas assumidas por compras a prazo; realizar compras à vista; quando fizer uso do cartão de crédito, pague a fatura em sua totalidade.”

Fabiano Giacomini – Coordenador do curso de Administração e Negócios do Senac Ribeirão Preto

Ser discípulo do tio Patinhas “Governar é escolher. É estabelecer preferências. Comece aprendendo a administrar seu dinheiro, men-talizando o que é necessário. Só depois deve vir o supérfluo. Primeiro, a ali-mentação. Depois, habitação, aí incluídos aluguel, IPTU e tudo o mais. Saúde e educação devem vir a seguir. Mas leve em considera-ção – ainda que não somente – o preço das mercadorias e dos serviços. Porque o preço é sempre muito precioso. Lembre-se: dinheiro não aceita desaforo.”

Vicente Golfeto – Professor de Economia e Diretor Técnico do Insti-tuto de Economia da ACIRP

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Codesp São 138 vagas distribuídas para diversos cargos de nível fun-damental, médio e superior na Companhia de Docas de São Paulo . A remuneração varia de R$ 601,03 a R$ 3.121,89. As inscrições vão até 1º de março pelo site www.vunesp.com.br. A taxa de inscrição varia de R$ 30,00 a R$ 70,00. Prova objetiva prevista para 17 de abril.

Tribunal de Contas São nove vagas para o cargo de Procurador do Ministério Público no estado de São Paulo. É preciso ser graduado em Direito. Mais informa-ções, confira no site WWW.concursosfcc.com.br.

As inscrições serão realizadas exclusivamente pelo site www.concursosfcc.com.br até as 14:00 horas do dia 14 de março de 2011.

A taxa de inscrição é de R$ 200,00.

Juiz do Trabalho

O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região de São Paulo está com inscrições abertas para 34 cargos de juiz do Trabalho Substituto.

A remuneração é de R$ 21.766,15.

A inscrição deve ser feita no endereço eletrônico www.trt15.jus.br até o dia 02 de março de 2011.

Professor de odontologia da USP A Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universi-dade de São Paulo (FORP – USP) está com inscrições aber-tas para o concurso de títulos e provas destinado ao provi-mento do cargo de professor doutor junto ao Departamento de Morfologia, Estomatologia e Fisiologia.

As inscrições devem ser feitas na Seção de Apoio Acadêmi-co, da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, à Aveni-da do Café, s/nº, no bairro Monte Alegre até 03 de março de 2011. O salário é de R$ 7.574,75.

Profissão Sucesso54

CONCURSOS

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Ciee tem mais de 200 vagas para estágios O Centro Integração Empresa Escola (CIEE) de Ribeirão Preto tem 265 vagas abertas para estágios. A maioria delas para as áreas de administração, técnico em administração, técnico em eletrôni-ca, técnico em informática, secretariado e ensino médio noturno. Os interessados devem se cadastrar pelo site www.ciee.org.br ou se preferir comparecer na unidade - Rua Inácio luis Pinto, 388.

Para outras informações, ligue, (16) 3913-1000.

vagas para trainee - Boticário O grupo Boticário abre, no dia 3 de março, inscrições para o programa de trainee da empresa. As vagas são para atuar nos setores de operações, marketing e ven-das, transformação e desenvolvimento organizacional, financeiro, novos negócios, pesquisa e inovação. Para participar do processo seletivo é preciso estar forma-do há, no máximo, 2 anos e meio, possuir formação superior, inglês avançado, domínio do pacote Office e disponibilidade para morar nas regiões de Curitiba e São Paulo.

As inscrições podem ser feitas até 31 de março pelo site http://hotsites.grupoboticario.com.br.

vagas para trainee - GvT A GVT, operadora de banda larga e telefonia fixa com atuação nacional, abriu 17 vagas para trainees. Com salário inicial de R$ 4.000, o programa tem duração de dois anos e visa formar potenciais gestores para atuar em áreas específicas como engenharia, finanças, marketing, qualidade e experiência do cliente, recursos humanos, tecnologia da informação e operações regionais. Os candidatos devem ter concluído a graduação entre dezembro de 2007 e dezembro de 2010 nos cursos de administração, contabilidade, economia, engenharia de telecomunicações, en-genharia elétrica, engenharia da computação, sistema da informação, ciência da computação, comunicação social (relações públicas ou publicidade e propaganda), marketing e psicologia. Inglês avançado, sólidos conhecimentos em informática e disponibilidade para mudança e via-gens também são requisitos exigidos pela companhia. As inscrições devem ser feitas até 14 de março pelo www.trabalhenagvt.com.br.

SENAC Ribeirão oferececurso de graça O Programa de Educação para o Trabalho do Senac Ribeirão Preto está com 200 vagas abertas para jovens de baixa renda. Os cursos são gratuitos e o objetivo é capacitar alunos para o mercado de trabalho e valori-zar as relações sociais. As inscrições podem ser feitas pelo site www.sp.senac.br/ribeiraopreto, pelo telefone (16) 2111-1200 ou pessoalmente na Avenida Capitão Salomão, 2.133.

vAGAS

CURSOS

Cvv Ribeirão promove curso gratuito O Centro de Valorização da Vida abre inscrições para curso gratuito de seleção de voluntários. As aulas serão ministradas uma vez por semana, durante três meses. Poderão se inscrever homens e mulheres com 18 anos completos ou mais.

Haverá duas turmas, uma aos sábados, das 14h30 às 17h30, com início no dia 12 de março, e outra às quartas-feiras, das 19h30 às 22h30, com início no dia 16 de março. As inscrições podem ser feitas pelos telefones (16) 3636.4111 ou 141 (liga-ção a partir de telefone fixo) e pelo e-mail [email protected].

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Phábrica de Ideias

Assessoria de Imprensa -

Cris, Miréia, Mirene e Nathy

Equipe WGA Propaganda -

Lucas, Maria Georgina, Rita

de Cássia, Wagner, Maria

Cândida, Nilton e André

Carlos , Antônio, Ednilce e o gerente de marketing Júlio, da Construtora Pereira Alvim

A dupla Henrique e Junior

da Nitro Company Estúdio

de Criação

Meninas do marketing da Anhanguera - Ignez, Juliana, Marcia e Taise

Momento de descontração

do Grupo Ativa durante

treinamento dos colabora-

dores na filial de Cuiabá

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Sua opinião

Quer sugerir temas para a revista e o programa Profissão Sucesso?

Então, chegou a sua oportunidade! Está sendo formado o conselho

Profissão Sucesso. Queremos a opinião de professores, profis-

sionais, empresários e, principalmente, estudantes, para

que a revista e o programa fiquem cada vez melhores.

Para participar é só enviar um e-mail pra gente.

Cara nova O programa Profissão Sucesso está com novo formato. Agora,

com plateia formada por estudantes.

Os alunos têm a chance de conhecer os estúdios do SBT e

podem tirar as dúvidas sobre a profissão mostrada no dia. Você

quer participar? Então entre no site www.profissaosucesso.com.br

e envie agora mesmo um email. Inscreva-se.

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DE JANEIRO A FEVEREIRO

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