Área de Informática na Educação por Rodrigo Balaba Lopes André...
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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR
CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
ANÁLISE DE FERRAMENTAS DE VIDEOCONFERÊNCIA PARA O MOODLE
Área de Informática na Educação
por
Rodrigo Balaba Lopes
André Luis Alice Raabe, Dr. Orientador
Itajaí (SC), julho de 2010
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR
CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
ANÁLISE DE FERRAMENTAS DE VIDEOCONFERÊNCIA PARA O MOODLE
Área de Informática na Educação
por
Rodrigo Balaba Lopes Relatório apresentado à Banca Examinadora do Trabalho de Conclusão do Curso de Ciência da Computação para análise e aprovação. Orientador: André Luis Alice Raabe, Dr.
Itajaí (SC), julho de 2010
ii
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS.................................................................. iv
LISTA DE FIGURAS.................................................................................v
LISTA DE TABELAS...............................................................................vi RESUMO...................................................................................................vii ABSTRACT..............................................................................................viii 1 INTRODUÇÃO......................................................................................1 1.1 PROBLEMATIZAÇÃO ..................................................................................... 2 1.1.1 Formulação do Problema................................................................................. 2 1.1.2 Solução Proposta ............................................................................................... 2 1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 2 1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................... 2 1.2.2 Objetivos Específicos ........................................................................................ 3 1.3 METODOLOGIA................................................................................................ 3 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ....................................................................... 4
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................5 2.1 EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA............................................................................. 5 2.1.1 Modelos de EAD no Brasil ............................................................................... 6 2.2 AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM............................................. 8 2.2.1 Aprendizagem no AVA..................................................................................... 8 2.2.2 Principais Ambientes Virtuais de Aprendizagem.......................................... 9 2.2.3 MOODLE ........................................................................................................ 10 2.3 VÍDEOS NA INTERNET ................................................................................. 12 2.3.1 Conceitos Básicos ............................................................................................ 13 2.3.2 Evolução do Streaming................................................................................... 14 2.3.3 Real Time Messaging Protocol ...................................................................... 14
3 PROJETO DA ANÁLISE COMPARATIVA...................................16 3.1 OBJETIVOS DA ANÁLISE............................................................................. 16 3.2 DEFINIÇÕES DOS REQUISITOS PARA ANÁLISE COMPARATIVA.. 16 3.3 IDENTIFICAÇÃO DAS FERRAMENTAS ................................................... 17 3.3.1 Definição dos Argumentos de Busca Utilizados........................................... 17 3.3.2 Relação de Serviços e Sites que foram Consultados .................................... 17 3.3.3 Definição dos Critérios para Seleção das Ferramentas .............................. 18 3.4 FERRAMENTAS CLASSIFICADAS............................................................. 19 3.4.1 Dimdim............................................................................................................. 20 3.4.2 WiZiQ............................................................................................................... 20 3.4.3 Elluminate........................................................................................................ 21 3.4.4 OpenMeetings.................................................................................................. 21
iii
3.5 FERRAMENTAS ESCOLHIDAS PARA TESTES COMPARATIVOS.... 22
4 TESTES COMPARATIVOS ..............................................................23 4.1 DEFINIÇÃO DO PLANO DE TESTES ......................................................... 23 4.1.1 Testes de instalação e configuração............................................................... 23 4.1.2 Experimentos didáticos em sala de aula ....................................................... 23 4.1.3 Testes de Carga ............................................................................................... 26 4.2 EXECUÇÃO DO PLANO DE TESTES ......................................................... 27 4.2.1 Configuração das Ferramentas ..................................................................... 27 4.2.2 Experimentos didáticos em sala de aula ....................................................... 27 4.2.3 Testes de Carga ............................................................................................... 35
5 CONCLUSÕES ....................................................................................45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................47
iv
LISTA DE ABREVIATURAS
AVA Ambiente Virtual de Aprendizagem EAD Ensino a Distância IC Instituto de Computação ITU International Telecommunication Union L2S Laboratório de Soluções em Software MEC Ministério da Educação MOODLE Modular Object Oriented Distance Learning Environment - Objeto Modular
Orientado ao Ensino a Distância NIED Núcleo de Informática Aplicada à Educação RTMP Real Time Messaging Protocol TIC Tecnologia da Informação e Comunicação UAB Universidade Aberta do Brasil UFC Universidade Federal do Ceará UNICAMP Universidade Estadual de Campinas UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí GALS Gerador de Analisadores Léxicos e Sintáticos
v
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Gráfico da ocorrência de problemas na utilização 33 Figura 2. Gráfico em relação a dificuldades de navegação 34 Figura 3. Gráfico em relação à contribuição de cada ferramenta nas aulas no MOODLE 34 Figura 4. Gráfico do Número de Usuários – Cenário Uso Extremo 38 Figura 5. Usuários X Tempo Resposta – Audioconferência 40 Figura 6. Usuários X Falhas – Audioconferência 40 Figura 7. Usuários X Tráfego de Rede – Audioconferência 41 Figura 8. Usuários X Uso CPU – Audioconferência 41 Figura 9. Usuários X Tempo Resposta – Videoconferência 42 Figura 10. Usuários X Falhas – Videoconferência 43 Figura 11. Usuários X Tráfego de Rede – Videoconferência 43 Figura 12. Usuários X Uso CPU – Videoconferência 44
vi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Critérios de escolha das ferramentas 19 Tabela 2. Questões de caracterização da população 24 Tabela 3. Questões da análise da ferramenta na realização das tarefas 24 Tabela 4. Questões da análise específica da ferramenta 25 Tabela 5. Perguntas de Caracterização – Professor 29 Tabela 6. Perguntas Específicas – Professor 29 Tabela 7. Perguntas de Caracterização – Alunos 30 Tabela 8. Facilidade de Execução das Tarefas – Alunos 30 Tabela 9. Perguntas Específicas – Alunos 32 Tabela 10. Cenário de uso extremo – Dimdim 36 Tabela 11. Cenário de uso extremo - Dimdim 36 Tabela 12. Número de usuários por iteração 39
vii
RESUMO
LOPES, Rodrigo Balaba. ANÁLISE DE FERRAMENTAS DE VIDEOCONFERÊNCIA PARA O MOODLE. Itajaí, 2010. 48 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciência da Computação)–Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar, Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 2010. O avanço tecnológico, principalmente com a Internet, vem propiciando novos acessos ao ensino de Educação a Distância. Atualmente estão disponíveis Ambientes Virtuais de Aprendizagem que dispõe de recursos como correio eletrônico, Chat e fóruns de discussão. Um desses ambientes é o MOODLE que tem vários recursos para auxiliar o aprendizado e facilitar a comunicação entre educadores e alunos. O MOODLE vem sendo utilizado na UNIVALI tanto para as disciplinas de ensino a distância como nas disciplinas presenciais. Buscando aprimorar a comunicação síncrona entre professores e alunos, este trabalho busca uma solução relacionada a utilização de videoconferência e audioconferência. Desta realizou-se uma análise comparativa das ferramentas de videoconferência que podem ser integradas ao MOODLE. Foram inicialmente identificadas seis ferramentas que possuem acoplamento com o MOODLE, dentre estas, duas preencheram um maior número de requisitos de interesse desta pesquisa, as ferramentas OpenMeetings e Dimdim. Testes comparativos mais detalhados foram conduzidos entre estas. Os testes realizados foram: (i) testes de instalação e configuração; (ii) testes de carga; e (iii) experimento didático em sala de aula. Ao final do teste comparativo a ferramenta Dimdim apresentou resultados melhores nos testes de carga e no experimento didático, e ambas ferramentas empataram nos testes de instalação e configuração. Baseado nestes resultados esta pesquisa indica a adoção da ferramenta DimDim por ser mais estável e consumir menos recursos de hardware. Entretanto a ferramenta OpenMeetings também apresenta-se como opção satisfatória. Palavras-chave: MOODLE. Videoconferência. Ensino a distância. Ambientes Virtuais de Aprendizagem.
viii
ABSTRACT
The internet advance has provided new access to Distance Education Courses. Virtual Learning
Environments actually available has features such as email, chat and discussion forums. Moodle is
one of these environments with many features to aid learning and facilitate communication between
educators and students. The MOODLE environment has been used at UNIVALI tu support distance
learning courses and for aid traditional classes. Aiming to improve the synchronous communication
between teachers and students, this research analyses solutions related to the use of video and
audio conferencing with Moodle. A comparative analysis of videoconferencing tools was
conducted. Initially were identified six tools that have coupling with the MOODLE, among them
only two attended the requirements defined for this research, OpenMeetings and Dimdim. A set of
comparative studies were performed between this tools: (i) installation and configuration, (ii) load
test, and (iii) teaching didactical experiment. At the end of the comparison THE tool Dimdim
showed better results in load test and in the teaching experiment, and both tools scored the same in
installation and configuration test. Based on these results, this research indicates the adoption of
the tool DimDim for its stability and less use of hardware resources. However the tool
OpenMeetings also presents a satisfactory result..
Keywords: MOODLE. Videoconferencing. Distance Education. Virtual Learning Environments.
1 INTRODUÇÃO
Atualmente a Educação a Distância (EaD) encontra-se numa fase de crescimento intenso,
regulamentação governamental e consolidação pedagógica (MORAN, 2009). Uma boa parte dessa
transformação deve-se a aplicação de novas tecnologias de informação e comunicação no ensino
(ROSENBERG, 2002).
Entre estas tecnologias estão os sistemas e-learning, que podem tanto abranger situações de
apoio tutorial ao ensino presencial, em que o professor-formador-tutor disponibiliza materiais,
sugere recursos e interage on-line com os alunos. Como ser o principal meio de interação no ensino
a distância (GOMES, 2005).
Os sistemas e-learning têm se multiplicado, cada um agregando novas funcionalidades e
melhorias. Entre os sistemas e-learning o MOODLE tem se destacado, tanto pelo crescimento de
sua comunidade desenvolvedora, como pelo número de ferramentas complementares que podem ser
agregadas ao ambiente.
O MOODLE (Modular Object Oriented Distance Learning Environment - Objeto Modular
Orientado ao Ensino a Distância), segundo Rice (2008), é um “Ambiente Colaborativo de
Aprendizagem” cujo conceito evoca o lugar onde a aprendizagem ocorre. Envolve um contexto
mais amplo que puramente a utilização de tecnologia, possibilita que se compartilhem ações com as
quais todos atuam simultaneamente como professor-aluno.
A Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) para ampliar e flexibilizar o acesso à
educação superior utilizando tecnologias de informação e comunicação implantou o modelo de
Educação a Distância (EaD). Nessa modalidade de ensino a utilização de um AVA (Ambiente
Virtual de Aprendizagem) é necessária para auxiliar o aprendizado com todos os seus recursos.
Com o início dessa nova modalidade de ensino a UNIVALI, que até então utilizava o
Teleduc, realizou uma pesquisa para buscar um novo AVA, que tivesse mais recursos e que fosse
mais moderno. Concluiu-se com a pesquisa que o MOODLE era a opção a ser escolhida e
implantada.
Na implantação do MOODLE na UNIVALI notou-se a necessidade de uma ferramenta
robusta para comunicação síncrona, para melhorar a interação entre alunos e professores. Conforme
2
CINELLI (2003) e GHEDINE (2003), uma ferramenta síncrona tem como característica o requisito
de tempo real. A ferramenta chat que está disponível no ambiente MOODLE e que poderia ser uma
solução de ferramenta síncrona apresentou alguns problemas e limitações que impossibilitariam sua
utilização como ferramenta síncrona.
Em paralelo, surgiram demandas internas na instituição relacionadas à orientação de
trabalhos de graduação à distância para uso de ferramentas síncronas, em especial incluído o
recurso de vídeo conferência.
Com as necessidades acima identificadas, concluiu-se que uma ferramenta de
videoconferência poderia atendê-las de forma plena, sendo assim a proposta deste trabalho é
identificar, avaliar e recomendar uma ferramenta de videoconferência que possa ser utilizada pelo
Ambiente Virtual MOODLE, com ênfase no MOODLE utilizado pela UNIVALI, denominado
Ambiente Sophia.
1.1 PROBLEMATIZAÇÃO
1.1.1 Formulação do Problema
Existe uma demanda na UNIVALI para uso de uma ferramenta de comunicação síncrona
que inclua videoconferência integrada ao ambiente MOODLE. A escolha de uma dentre as
ferramentas disponíveis deve ser amparada em uma análise detalhada considerando os requisitos de
funcionalidades e adaptação à infra-estrutura existente.
1.1.2 Solução Proposta
Considerando o problema apresentado, este trabalho propõe realizar uma análise
comparativa das ferramentas de videoconferência disponíveis para o MOODLE e a partir dessa
análise indicar uma ferramenta a ser adotada futuramente pela UNIVALI.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
O objetivo geral desse trabalho é realizar uma análise comparativa de ferramentas de
videoconferência que trabalhem integradas ao ambiente MOODLE.
3
1.2.2 Objetivos Específicos
Os objetivos específicos desse projeto são:
• Documentar os requisitos funcionais e de infra-estrutura para a ferramenta considerando
as necessidades da UNIVALI;
• Definir uma metodologia para realização da análise comparativa;
• Definir o plano de testes a ser executado; e
• Indicar uma das ferramentas analisadas para futura adoção pela UNIVALI.
1.3 METODOLOGIA
Para realização deste trabalho a seguinte metodologia foi definida e será seguida. As três
primeiras etapas foram realizadas no TCC I e as demais etapas serão realizadas no TCC II:
1. Definições dos requisitos para análise comparativa, nesta etapa foram documentados os
requisitos apontados pela EAD UNIVALI para a ferramenta de videoconferência, bem
como foram detalhados a infra-estrutura de servidores disponível.
2. Busca e Identificação de ferramentas, esta etapa compreende a realização de pesquisa
utilizando os mecanismos de busca tradicionais como Google e Yahoo, além de buscas
em repositórios de softwares e nos sites da comunidade MOODLE. Compõem esta
etapa:
o Definição dos argumentos de busca utilizados;
o Relação de serviços e sites que foram consultados: e
o Definição dos critérios para seleção das ferramentas.
3. Escolhas de ferramentas candidatas para realização de testes compreendem esta etapa:
o Definição dos critérios para escolha das ferramentas candidatas; e
o Elaboração de tabela comparativa entre todas as ferramentas identificadas.
Etapas do TCC II
4. Definições do plano de testes, nesta etapa serão definidas:
o Ferramentas e procedimentos para realização de testes de carga; e
4
o Procedimentos para realização de testes com os usuários.
5. Realizações dos testes, nesta etapa serão realizados os testes planejados na etapa 4 e
serão documentados os resultados.
6. Análise Comparativa, nesta etapa os dados coletados serão tabulados e organizados de
forma a permitir uma comparação entre as ferramentas candidatas considerando as
variáveis analisadas.
7. Conclusão, nesta etapa será emitido um parecer conclusivo acerca de qual ferramenta
deverá ser adotada considerando os condicionantes analisados referentes às
características da instituição.
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO
O trabalho está estruturado da seguinte maneira, o primeiro capítulo apresenta a introdução
com uma visão geral do trabalho, seus objetivos, a metodologia e as perspectivas.
O segundo capítulo é representado pela fundamentação teórica com o levantamento do
estudo dos temas envolvidos no trabalho, a fim de dar embasamento cientifico ao trabalho.
No terceiro capítulo serão apresentados detalhes da análise das ferramentas encontradas,
onde serão escolhidas duas ferramentas para aplicação do plano de testes.
O quarto capítulo apresenta a definição do plano de testes, onde os experimentos que serão
aplicados durante a execução do plano de testes são determinados e os resultados da análise do
plano de testes.
No quinto, e ultimo capítulo, estão apresentadas as conclusões, a recomendação e os
possíveis trabalhos futuros.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A fundamentação teórica destina-se aos estudos dos temas envolvidos no trabalho, trazendo
as definições necessárias para desenvolvimento do mesmo. Entre os temas que serão apresentados
estão: Educação a Distância, Ambientes Virtuais de Aprendizagem e Streamings de Vídeo na
Internet.
2.1 EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
A EAD denomina a educação continuada, ao treinamento em serviço, à formação supletiva,
à formação profissional, à qualificação docente, à especialização acadêmica, à complementação dos
cursos presenciais, além de ter todos esses significados há diferentes modelos para atender
concepções pedagógicas e organizacionais distintas (MORAN, 2009).
A EAD para muitos é vista como apenas uma solução pontual para determinadas ocasiões,
como pessoas na fase adulta, que precisem de horários flexíveis, mas podemos perceber que essa
concepção tem mudado vendo a EAD como algo mais complexo podendo auxiliar até mesmo a
educação presencial (MORAN, 2009).
A EAD pode ser vista com uma abordagem que vai além da superação da distância física,
mas sim como uma modalidade educacional que faz uso de processos e metodologias pedagógicas
que tem base no conceito distância transacional que considera a distância educacional não do ponto
de vista físico, mas do ponto de vista comunicativo (MOORE, 1993).
De acordo com PETERS (2001), seguindo o conceito de MOORE a distância transacional
será maior ou menor de acordo com a situação dos alunos, quanto maior a comunicação entre
alunos e professores essa distância se torna menor.
A estrutura do material de ensino também influencia na distância transacional dos alunos,
assim quanto mais pré-programado e menos flexível for o programa, com isso as necessidades
individuais deixam de ser respeitadas, a tendência é aumentar consideravelmente a distância
transacional (PETERS, 2001).
Com base nesse conceito as tecnologias de informação e comunicação, mais
especificamente as ferramentas disponibilizadas nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem, têm a
missão de diminuir essa distância transacional entre alunos e professores, tanto nos cursos
6
presenciais atuando como um recurso agregador, como nos cursos não presenciais como principal
instrumento (PETERS, 2001).
2.1.1 Modelos de EAD no Brasil
No Brasil apenas em 1996 com a Lei de Diretrizes e Bases é que o ensino a distância foi
reconhecido, a partir disso é que começou seu desenvolvimento com maior destaque. Primeiramente
as universidades atenderam demandas especificas, principalmente nos cursos de Pedagogia e
Normal Superior, além da capacitação de professores em serviço. Sendo essa uma etapa de
adaptação e aprendizagem das instituições de ensino e do Ministério da Educação (ALVES, 2009).
Hoje a EAD está numa fase de consolidação, principalmente no ensino superior. Esta
consolidação pode ser vista em medidas do governo, como a criação da Universidade Aberta do
Brasil (UAB) em 2005, um órgão do MEC que coordena as iniciativas da EAD nas universidades
públicas. Além disso, foram publicados decretos e portarias que regulamentam os cursos de EAD
(MORAN, 2009).
Os modelos de EAD no ensino superior no Brasil, com algumas variações, são: o modelo
teleaula, o modelo videoaula e o modelo webaula.
2.1.1.1 Modelo Teleaula
Os alunos são reunidos numa sala, duas vezes por semana, e um professor transmite as aulas
ao vivo. As dúvidas dos alunos podem ser sanadas com o envio de perguntas para o professor, que
responde as mais relevantes. Na maioria dos casos depois da teleaula os alunos se reúnem nas tele-
salas, em grupos, para realizar as atividades daquela aula. Também há atividades individuais para
ser feitas durante a semana com ajuda de um tutor (MORAN, 2009).
Esse modelo é focado na transmissão das aulas, utilizando a tecnologia via satélite para
essas transmissões. Onde as aulas são variações do professor falando, com auxilio de uma
apresentação, e trechos de vídeos sobre o assunto abordado. Além das aulas, os alunos podem
acessar o conteúdo no portal do curso na Internet, participar de fóruns e enviar atividades e dúvidas
para os tutores (MORAN, 2009).
7
Os tutores acompanham os alunos de perto, tanto na teleaulas como nas atividades
posteriores, durante a semana ajudam os alunos esclarecendo dúvidas. Esses tutores são essenciais
para o sucesso desse modelo de EAD (CORTELAZZO, 2007).
2.1.1.2 Modelo WEB
Hoje quase todos os cursos de EAD utilizam a Internet no seu processo de ensino, em
algumas instituições ela é o principal suporte, principalmente nos cursos de curta duração, estes
podem ser feito inteiramente online. Nos cursos superiores, principalmente graduação, a pressão é
para o uso do modelo-semipresencial (MORAN, 2009).
O modelo Web é focado na disponibilização de conteúdo pela Internet ou por mídias. Os
alunos também recebem um material impresso de cada módulo ou disciplina. A utilização de
Ambientes Virtuais de Aprendizado (AVA) é quase que obrigatório nesse modelo, entre eles se
destacam o MOODLE, o Blackboard e o Teleduc (MORAN, 2009).
No modelo Web a orientação dos alunos é feita, na maioria das vezes, via Internet, os
encontros com os professores geralmente acontece apenas para a aplicação de avaliações. Não há a
pólos para apoio semanal (MORAN, 2009).
2.1.1.3 Modelo Videoaula
Nesse modelo o foco é a produção de material audiovisual e impresso, não sendo ao vivo
como na teleaula. Com isso a produção é feita em estúdio com a intenção de fazer um trabalho mais
profissional (MORAN, 2009).
Esse modelo se divide em semi-presencial e online. No modelo semi-presencial o conteúdo
produzido é apresentado numa tele-sala, onde os alunos freqüentam uma ou mais vezes por semana
com o auxílio de um tutor, este coordenado pelo professor da disciplina, para sanar as dúvidas
(MORAN, 2009).
No modelo online os alunos acessam o conteúdo via Internet ou recebem por CD/DVD e
assistem o aonde preferirem, realizam a leitura do conteúdo impresso e fazem as atividades que
devem ser entregues ao tutor, sendo necessária a presença física no pólo apenas para realização das
avaliações (MORAN, 2009).
8
2.2 AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM
Ambientes Virtuais de Aprendizagem (Virtual Learning Environments - VLEs), Sistemas
Gerenciadores de Educação a Distância, Ambientes de Aprendizagem Colaborativa Online e
Software de Aprendizagem Colaborativa são denominações para sistemas desenvolvidos com o
intuído de gerenciar o aprendizado. Esses sistemas sintetizam funcionalidades de comunicação e
disponibilidade de conteúdo (SCHLEMMER e FAGUNDES, 2000).
Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), utilizando todo o potencial da Tecnologia
da Informação e Comunicação (TIC), tem permitido atender várias demandas do processo de
ensino-aprendizagem. Entre elas apoiar o ensino presencial em sala de aula, proporcionar o estudo
autodidata com base em conteúdo disponível no ambiente, criar condições do desenvolvimento do
ensino a distância, expandir a sala de aula - deixando-a acessível ao aluno a qualquer momento
(FLORES; ULBRICHT; VANZIN; OBREGON, 2008).
Os AVAs permitem, através da Internet, disponibilizar múltiplas mídias, conteúdos textuais
e ferramentas, além de organizar as informações para facilitar o acesso. A elaboração e socialização
de produções tendo em vista atingir determinados objetivos são feitas de forma rápida, com isso as
interações entre pessoas e esses objetos de conhecimento ficam facilitadas (ALMEIDA, 2003).
Os recursos existentes nos AVA são basicamente os mesmos que existem em outras
ferramentas disponibilizadas na Internet, como: e-mails, fórum, chat, portifólio entre outros. Com
algumas variações de acordo com cada ferramenta, algumas com recursos mais sofisticados como
videoconferência (ALMEIDA, 2003).
2.2.1 Aprendizagem no AVA
Segundo Levy (2000), o conhecimento está sofrendo mudanças, desprendendo-se dos livros
e bibliotecas para entrar num espaço virtual. Com essas mudanças onde os limites do conhecimento
deixam de existir, o aprendizado torna-se muito mais democrático.
Alarcão (2005) dando ênfase, afirma que estamos passando de uma sociedade da informação
para uma sociedade do conhecimento, pois segundo ela só se gera o conhecimento onde a
informação está organizada.
9
Por isso a aprendizagem num AVA depende de organização e planejamento do conteúdo
disponibilizado, os docentes devem mediar e orientar os alunos, fornecer informações relevantes,
incentivar a busca por distintas fontes de informação e realizar experimentos para provocar a
reflexão em seus alunos. Os alunos devem desenvolver ações de receber, selecionar e enviar
informações; estabelecer conexões; refletir sobre os processos em desenvolvimento; desenvolver a
competência para resolver problemas (LEVY, 2000).
A produção do conhecimento não se resume apenas a experiência comunicativa do professor
para o aluno, sendo construído esse conhecimento socialmente, através de uma mediação. Dessa
forma, nota-se a importância do AVA na mediação do aluno nesse processo interativo que é a
construção do conhecimento (LEVY, 2000).
2.2.2 Principais Ambientes Virtuais de Aprendizagem
Atualmente existem diversos AVAs e cada ambiente tem características peculiares, mas
todos seguem uma linha uniforme de ferramentas e recursos disponíveis. Os principais ambientes
utilizados no Brasil são: Teleduc, Solar, e-Proinfo e MOODLE. Estes Ambientes são utilizados por
Universidades Estaduais e Federais no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Nesta seção serão
apresentados brevemente estes ambientes e será detalhado o ambiente MOODLE por ser o foco do
trabalho.
2.2.2.1 Teleduc
O Teleduc é um ambiente na Internet para ensino à distância que permite a realização de
cursos. O seu desenvolvimento ocorreu de uma parceria entre o Núcleo de Informática Aplicada à
Educação (NIED), o Instituto de Computação (IC) e a Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP).
A versão inicial era destinada à formação de professores para informática educativa. Seu
desenvolvimento teve a participação dos potenciais usuários através de pesquisas, onde foram
apresentados às necessidades ferramentais encontrados durante a fase de testes. Em decorrência
disso que o Teleduc é um dos mais intuitivos e funcionais AVA, sendo a melhor solução em
situações onde os usuários não têm o domínio da informática (UNICAMP, 2009).
2.2.2.2 E-Proinfo
10
O e-Proinfo é um ambiente na Internet que fornece suporte para criação, administração e
desenvolvimento de cursos à distância, complementos de cursos presenciais, projetos de pesquisas e
diversas outras formas de apoio ao processo de ensino-aprendizagem (E-PROINFO, 2009).
O ambiente é dividido em duas partes: o ambiente do participante e do administrador, no
ambiente do participante os usuários podem se inscrever para participar de cursos. Depois de
inscrito em algum curso, os participantes têm acesso às atividades disponibilizadas, a uma
ferramenta para interação com os tutores, além de outras ferramentas de apoio como: agenda,
notícias, avisos, diário e biblioteca (E-PROINFO, 2009).
No ambiente do administrador é possível configurar e utilizar todos os recursos, além de
uma parte para a montagem de turmas e confirmação das inscrições dos alunos (E-PROINFO,
2009).
2.2.2.3 Solar
O Solar é um AVA desenvolvido pelo Instituto Virtual da Universidade Federal do Ceará
(UFC) e tem as principais funcionalidades necessárias a um AVA, como: Correio Eletrônico,
Fórum, ferramentas de gerência de conteúdo, além dos perfis de acesso para aluno, professor e
administrador (UFC, 2009).
2.2.3 MOODLE
Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment (MOODLE), é um software livre
que permite a criação, participação e administração de cursos pela Internet, desenvolvido na
linguagem PHP, funcionando em qualquer sistema operacional que tenha suporte ao PHP permite a
utilização de várias bases de dados como: Oracle, MySQL, PostgreSQL, Interbase ou qualquer
outra acessível por ODBC (MOODLE, 2009).
O desenvolvimento do MOODLE é influenciado por uma filosofia de aprendizado especial,
que pode ser definida como uma pedagogia socioconstrucionista, que sustenta que as pessoas
aprendem à medida que interagem com o ambiente (MOODLE, 2009).
2.2.3.1 Histórico
O conceito do MOODLE foi criado em 2001 por Martin Dougiamas, que ainda hoje lidera o
projeto. A versão 1.0 foi lançada em 2002, depois de vários protótipos descartados. A primeira
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versão era restrita a pequenas turmas de nível universitário, com o crescimento da comunidade e o
lançamento de novas versões o MOODLE conseguiu ampliar a gama de pessoas atendidas e suas
necessidades de ensino (MOODLE, 2009).
Em 2003 foi criada a empresa moodle.com, para prestar atendimento de hospedagem
gerenciada, consultoria e outros serviços relativos ao MOODLE.
2.2.3.2 Características
Segundo MOODLE (2009), apresenta-se a lista das principais características:
• Simples, leve, eficiente, interface baseada em navegadores de tecnologia simples.
• Permite agregar novas funcionalidades, através da instalação de plugins.
• Documentação organizada e disponível.
• Código fonte compreensível e bem organizado.
• Facilidade de instalação e configuração.
• Comunidade desenvolvedora ativa e com um grande número de integrantes.
2.2.3.3 Funcionalidades
O ambiente MOODLE tem as principais funcionalidades que um AVA deve ter como:
ferramentas de comunicação, disponibilização de conteúdo, ferramentas de avaliação, ferramentas
de organização e administração. As principais funcionalidades são:
• Materiais: podem ser postados os mais variados tipos de materiais didáticos, como
páginas em texto comum ou páginas formato HTML que podem ser acessadas, arquivos
disponibilizados para download e publicação de Objetos de Aprendizagem.
• Atividades: agregam ferramentas de avaliação, comunicação e outras ferramentas
complementares. As ferramentas de comunicações são o Chat e o Fórum, mas outras
ferramentas podem ser adicionadas com a instalação de plugins, como ferramentas de
videoconferência. As ferramentas de Avaliação são as avaliações de curso, questionário,
trabalhos com revisão, tarefas e pesquisas de opinião. As ferramentas complementares
são ferramentas que são adicionadas ao ambiente com a instalação de plugins, assim
como nas ferramentas de comunicação.
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• Administração do Sistema: a ferramenta permite controle dos participantes, acesso a
arquivos de logs, gerenciamento de arquivos do curso, gerenciamento de notas.
2.2.3.4 MOODLE na UNIVALI
O MOODLE começou a ser implantado na UNIVALI no inicio de 2007, depois de um
projeto que avaliou vários AVA. Esse projeto tinha o intuito de substituir o Teleduc, a ferramenta
que estava sendo utilizada.
A avaliação e a implantação inicial foram feitas pela Gerência de Tecnologia da Informação,
nessa fase foram feitas algumas customizações no MOODLE para atender as necessidades da
UNIVALI. Além disso, foi desenvolvida a integração entre o sistema acadêmico, onde estavam as
informações das turmas, com o MOODLE.
O ambiente foi disponibilizado para a utilização no primeiro semestre de 2008, sendo
utilizado por algumas turmas pilotos. Mas esse ambiente era utilizado apenas para as turmas
presencias da UNIVALI.
Paralelamente a isso o Laboratório de Soluções em Software (L2S) iniciou a implantação de
um ambiente, utilizando a plataforma MOODLE, para atender as turmas não-presenciais da
UNIVALI. Esse novo ambiente foi desenvolvido a partir da ultima versão disponível do MOODLE
e várias alterações foram desenvolvidas. O L2S denominou esse novo ambiente de Sophia
(BENITTI; RAABE; SANTIAGO; FERREIRA; SOUZA, 2009).
No segundo semestre de 2008, tomou-se a decisão de manter apenas o ambiente Sophia,
então foram desenvolvidas as integrações com o sistema acadêmico. No primeiro semestre de 2009
o ambiente Sophia passou a atender a todas as turmas da UNIVALI, além de ser implantado um
novo recurso, o Portifólio, que foi compartilhado com a comunidade MOODLE. A implantação de
uma ferramenta de videoconferência, para atender as disciplinas de estágio, é a próxima meta. Com
isso nota-se a importância desse trabalho para a UNIVALI (BENITTI, 2009).
2.3 VÍDEOS NA INTERNET
Inicialmente para podermos visualizar vídeos ou áudios da Internet devíamos descarregar
(download) todo o arquivo para a máquina cliente só então poderia visualizar seu conteúdo, nos
arquivos de pouca dimensão não tínhamos maiores problemas, mas com arquivos grandes além do
13
tempo de espera desagradável pode haver interrupções que implicam em reiniciar todo o processo
(ADÃO, 2006).
Com o aumento da velocidade de transmissão e melhora na conexão, foi possível aprimorar
esse sistema, criando o Streaming de áudio e vídeo. Com essa nova tecnologia, a partir de um
software especifico (cliente/servidor) pode se visualizar os arquivos sem que os mesmos tenham
sido completamente baixados, sendo necessária apenas a espera da criação de um buffer inicial.
Segundo Adão (2006) esse sistema além de dar agilidade para a visualização de arquivos
maiores, como não há cópias dos arquivos na máquina do usuário, isso o protege para eventuais
ônus de responsabilidade sobre cópias não autorizadas, deixando toda a responsabilidade para o
fornecedor do conteúdo disponibilizado.
2.3.1 Conceitos Básicos
Há a necessidade de software específico para tal, rodando no cliente e no servidor. O
servidor fica responsável por enviar às partes do arquivo, do outro lado a aplicação cliente vai
recebendo esses dados e após ter um buffer inicial começa a transmitir o arquivo que está
recebendo. O ambiente para essa transmissão é na maioria das vezes a Internet, podendo aceitar
outras topologias de redes.
2.3.1.1 Broadcast
É o processo de transmissão em tempo real, onde um servidor envia para muito receptores
ao mesmo tempo e com isso o cliente não tem controle do fluxo. Não existe a possibilidade de
parar, retroceder ou avançar, sendo este recurso muito utilizado para transmissões ao vivo.
2.3.1.2 Unicast
É o processo de transmissão entre um transmissor para um receptor, sendo estabelecida uma
conexão dedicada para tal. O servidor de Streaming pode gerir vários canais de Unicast
simultâneos, dependendo da sua largura de banda. Nesse modelo o usuário tem controle do fluxo,
podendo parar, retroceder ou avançar.
2.3.1.3 Multicast
14
Processo onde a comunicação é feita do transmissor para um conjunto selecionado de
receptores, mas com os conceitos do Broadcast.
2.3.2 Evolução do Streaming
Não há como se precisar quando se iniciou o processo de desenvolvimento da tecnologia de
Streaming, segundo Adão (2006) na forma de demonstrações no inicio da década de 70, tem as
primeiras experiências com a utilização de streaming de áudio em laboratórios nos EUA.
No vídeo temos em 1974 um projeto que foi apresentado por um consorcio liderado pela
International Telecommunication Union (ITU), que originou nos formatos de compressão H.264 e
MPEG (ADÃO, 2006).
Apenas em 1990 surgiu o MPEG-1, sendo a primeira versão do standard de compressão de
áudio e vídeo, desenvolvido pela Moving Picture Experts Group (ADÃO, 2006).
A utilização em larga escala se iniciou em 1995, com o lançamento do RealAudio,
tecnologia desenvolvida pela empresa criada por Rob Glaser, chamada primeiramente de
Progressive Networks e em 1997 passou a se chamar RealNetworks. As primeiras versões dessa
tecnologia disponibilizavam um software, gratuitamente, que permitia aos usuários através de uma
conexão típica de internet da época ter acesso a áudios com qualidade semelhante a uma rádio AM,
pois os modems da época tinham uma largura de banda muito reduzida (ADÃO, 2006).
No final de 1995 foi feita a primeira transmissão ao vivo com a transmissão de um jogo de
basquete, já no final de 1996 com a primeira versão estável do RealAudio Server permitiu aos
usuários além de receber áudios também disponibilizarem seus conteúdos na rede (ADÃO, 2006).
2.3.3 Real Time Messaging Protocol
O Real Time Messaging Protocol (RTMP) é um protocolo proprietário que foi desenvolvido
pela Adobe, sendo utilizado primeiramente no Flash Communication Server. O RTMP utiliza o
protocolo TCP/IP para a transmissão de pacotes, mas não é utilizado para Remote Procedure Calls
(RPC). Com o RTMP a conexão com o servidor é mantida constante, sendo possível a comunicação
em tempo real dos dados (GONG, GREGOIRE e ROSSI, 2009).
15
Para ser realizada a comunicação via RTMP é necessário além do servidor um arquivo SWF.
Este arquivo SWF é o arquivo que a máquina cliente executa, onde há as chamadas RTMP,
normalmente implementadas em Action Script.
Vários servidores tem suporte ao RTMP, o primeiro deles foi o Flash Communication
Server que foi o antecessor do Flash Media Server, além desses desenvolvidos pela Adobe há o
WebOrb, o ElectroServer e o RED5.
3 PROJETO DA ANÁLISE COMPARATIVA
Neste capítulo é apresentado o Projeto da Análise Comparativa das Ferramentas de
Videoconferência para o MOODLE, contemplando as definições dos requisitos para análise
comparativa, identificação das ferramentas e escolha das ferramentas candidatas.
3.1 OBJETIVOS DA ANÁLISE
O objetivo dessa análise é identificar e selecionar duas ferramentas que atendam a um
conjunto de requisitos, para realizar vários testes comparativos entre elas em um cenário de uso
real.
3.2 DEFINIÇÕES DOS REQUISITOS PARA ANÁLISE COMPARATIVA
Essa seção tem o intuito de apresentar os requisitos que foram levantados a partir de
informações obtidas nas reuniões técnicas entre a Pró-Reitoria de Ensino, Gerência de Tecnologia
da Informação e o Laboratório de Solução em Software, da experiência do grupo de
desenvolvimento e durante as analises preliminares das ferramentas existentes.
Os requisitos que a ferramenta de videoconferência deve possuir estão abaixo listados:
• Simular uma sala virtual com os alunos da turma;
• Permitir o envio de áudio e vídeo do apresentador para os demais participantes da sala
de videoconferência;
• Permitir que o administrador da sala, nesse cenário o professor, possa tornar qualquer
pessoa da sala em apresentador;
• Permitir uma janela para conversas privadas, como um comunicador instantâneo.
• Permitir um espaço com instrumentos de desenho e escrita para o professor utilizar
como uma lousa;
• Permitir o upload de documentos dos tipos PDF, PPT e DOC para serem apresentado
nessa lousa, possibilitando que o apresentador possa fazer observações nesses
documentos com os instrumentos de desenho e escrita;
• Ser fortemente acoplado ao MOODLE;
17
• Ter políticas de segurança com relação às informações transmitidas nas salas;
• Ter uma interface intuitiva e fácil de ser utilizada;
• Ser uma ferramenta Open Source;
• Utilizar um servidor de Streaming com licença Freeware;
• Restringir para que apenas professores e administradores possam criar as salas de
videoconferência;
• Restringir para que apenas o administrador, nesse caso o professor, possa habilitar ou
desabilitar conversas privadas;
• Restringir para que a sala de videoconferência fique disponível apenas no horário
determinado; e
• Restringir as salas privadas apenas para participantes da turma ou administradores.
3.3 IDENTIFICAÇÃO DAS FERRAMENTAS
A identificação de ferramentas para videoconferência se deu através de Websites tradicionais
de buscas e buscas em repositórios de software da comunidade do MOODLE.
3.3.1 Definição dos Argumentos de Busca Utilizados
Os argumentos utilizados foram evoluindo ao longo das buscas, sendo utilizados os
argumentos a seguir em ordem cronológica:
• videoconferência+web;
• videoconferência+moodle;
• ferramenta+videoconferência+moodle; e
• ferramenta+videoconferência+moodle+RED5.
Além de serem repetidas as buscas com os termos traduzidos para língua inglesa a fim de
aprimorar os resultados obtidos.
3.3.2 Relação de Serviços e Sites que foram Consultados
Os serviços de busca utilizados na pesquisa foram:
18
• Google(www.google.com.br);
• Bing(www.bing.com); e
• Yahoo(www.yahoo.com).
Também foram utilizados os repositórios da comunidade MOODLE:
• MoodleDocs(docs.moodle.org);
• MoodleBrasil(www.moodlebrasil.net);
• Moodle(www.moodle.org); e
• EquipeMoodle(www.equipemoodle.net).
3.3.3 Definição dos Critérios para Seleção das Ferramentas
Os resultados foram analisados de forma preliminar, identificando os casos relevantes para
uma análise mais detalhada, buscando informações sobre as ferramentas e suas características para
verificar se a mesma atende a quantidade mínima de requisitos para ser classificada. Para isso
definiu-se o seguinte conjunto de critérios que as ferramentas deveriam/poderiam possuir:
1. Possibilitar integração de alta fidelidade com o MOODLE;
2. Simular um ambiente em que os participantes possam interagir entre si, podendo ser
restrita as pessoas da turma ou pública;
3. Restringir para que apenas professores possam criar as salas virtuais;
4. Permitir que o administrador da sala, nesse cenário o professor, possa permitir que
qualquer pessoa da sala se transforme no apresentador;
5. Permitir o envio de áudio e vídeo do apresentador para os demais participantes da sala de
videoconferência;
6. Permitir um espaço onde todos podem mandar mensagens, como um Chat;
7. Permitir os participantes de realizar Chat em modo privado;
8. Permitir um espaço com alguns instrumentos para o professor utilizar como uma lousa;
9. Permitir a criação de várias salas virtuais simultâneas;
10. Ser uma ferramenta Open Source; e
19
11. Utilizar um servidor de Streaming com licença Freeware.
Durante as pesquisas algumas ferramentas não atenderam os critérios de seleção e com isso
não foram classificadas para serem analisadas, segue a seguir a listagem com as ferramentas
desclassificadas:
• VPlace (VPLACE, 2009), é uma ferramenta proprietária, sendo necessária a compra de
licenças para seu uso. Além disso, sua integração com o MOODLE é de baixa
fidelidade, sendo que o modo de licença é de software como serviço.
• Auditorium Virtual (AUDITORIUM, 2009), é uma ferramenta proprietária que trabalha
com a modalidade de software como serviço, tendo uma integração de baixa fidelidade
com o MOODLE.
3.4 FERRAMENTAS CLASSIFICADAS
A partir de pesquisas realizadas pelos meios citados acima, identificaram-se as seguintes
ferramentas que atendiam os principais critérios:
Tabela 1. Critérios de escolha das ferramentas
Ferramenta Critérios Atendidos
Dimdim 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11
Elluminate 1, 2, 5, 6, 8, 9, 10, 11
WiZiQ 1, 2, 5, 6, 8, 9, 10, 11
OpenMeetings 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11
As quatro ferramentas possuem uma arquitetura semelhante, pois todas possibilitam a
criação de uma sala virtual, onde o criador desta sala é o apresentador, que transmite áudio e vídeo
para os demais participantes. Além desse recurso, possuem um chat para comunicação geral e uma
área compartilhada (whiteborad) para compartilhamento de uma apresentação ou reprodução da
área de trabalho do apresentador. Além disso, todas utilização o mesmo servidor de Streaming o
Red5.
O RED5 é um servidor Open Source com suporte para streaming de áudio e vídeo no
formato FLV e MP3, sendo baseado no servidor proprietário da Adobe Flash Media Server (GONG,
GREGOIRE e ROSSI, 2009).
20
O RED5 é responsável pela interação entre o Flash Player com uma conexão direta
utilizando Real Time Messaging Protocol (RTMP). O projeto do RED5 foi desenvolvido através de
Engenharia Reversa do Flash Media Server, sendo uma opção Open Source para aplicações que
precisem utilizar RTMP (GONG, GREGOIRE e ROSSI, 2009).
3.4.1 Dimdim
Segundo (Dimdim, 2009), o Dimdim é uma ferramenta que possibilita a criação de salas de
videoconferência, começou a ser desenvolvida em 2006 pela Nexus India Capital, Index Ventures
and Draper Richards. São oferecidas quatro versões, sendo três versões comerciais, que são:
Dimdim Enterprise, Dimdim Pro e Dimdim Free; além de possuir uma versão Open Source, que vai
ser a versão analisada.
Essa versão possui um módulo de integração com MOODLE, que após sua instalação, a
conferência ficará disponível como uma atividade disponibilizada pelo professor e tem todas as
características da versão Enterprise.
Utiliza o servidor de streaming Linux RED HAT 5, que é Open Source, além de utilizar o
servidor WEB Apache lighttpd.
O Dimdim tem uma comunidade ativa bem grande e está desenvolvendo o Dimdim Brasil,
sendo esta uma grande diferença em relação às demais ferramentas, pois tende a estimular a
comunidade brasileira com a disponibilização de materiais em português.
Segundo Fonseca e Franco (2007), “O DimDim é o primeiro Conference Server (Web
Conference) baseado em plataforma de código livre. Ele é gratuito e pode ser facilmente usado para
pequenos encontros ou para seminários com centenas de participantes.”
Além disso, o Dimdim vem sendo utilizado como temas em diversos artigos científicos,
conforme relato em Fonseca e Franco (2007); Silva (2008).
3.4.2 WiZiQ
Segundo Wiziq (2009) a ferramenta WiZiQ é uma plataforma baseada na Internet disponível
gratuitamente para qualquer pessoa, tendo como foco o suporte para aulas virtuais. Professores e
alunos usam WiZiQ como uma sala de aula virtual, criando e compartilhando conteúdos educativos
on-line e outros materiais. Seu desenvolvimento se iniciou em 2004, pela Sikhya Solutions.
21
Essa ferramenta possui duas versões: Premium e Free. Em ambas não é possível ter acesso
ao código fonte, pois a aplicação é hospedada nos servidores do fornecedor. Com isso não são
apresentados os detalhes técnicos referentes a servidores de streaming ou outras informações
relacionadas a infra-estrutura necessária para o funcionamento da ferramenta.
Seus desenvolvedores fornecem uma integração com o MOODLE, sendo acoplada ao
ambiente. Esses códigos da integração com o MOODLE são Open Source.
Não possui uma comunidade ativa, visto que é desenvolvido de forma proprietária,
dificultando sua documentação, publicações e divulgação.
3.4.3 Elluminate
Segundo Elluminate (2009) essa ferramenta é um ambiente que simula uma sala virtual,
fornecendo suporte para transmissão de áudio e vídeo do apresentador para os demais, além de
contar com um chat para integração dos participantes, sendo possível compartilhar um espaço para
desenho semelhante uma lousa, compartilhar ou apresentação ou apresentar a tela de uma
determinada aplicação.
Desenvolvido pela Elluminate Inc, assim como o Wiziq, tem código fonte proprietário, com
toda a infra-estrutura para prover o serviço disponibilizado pela empresa desenvolvedora.
Há uma integração com o MOODLE desenvolvido pela Elluminate com colaboração da
comunidade, pois essa integração é Open Source.
Não há uma comunidade ativa, pois é código proprietário, apenas um pequeno movimento
formado basicamente pelas pessoas da comunidade do MOODLE.
3.4.4 OpenMeetings
Segundo OpenMeetings (2009), a ferramenta OpenMeetings é um projeto Open Source para
videoconferência, tem suporte a várias linguagens, inclusive português do Brasil, tem suporte tanto
para videoconferência com todos transmitindo vídeo, como para uma sala onde o apresentador
transfere áudio e vídeo para os demais participantes, além de possuir suporte para lousa,
compartilhamento de arquivos de diversos formatos e transmissão da tela do apresentador para os
demais participantes.
22
Utiliza o servidor Open Source Red5 para streaming, tem suporte a vários SGDB´s, tem
integração com o MOODLE, uma boa documentação e é mantido por uma comunidade ativa que
vem crescendo bastante. Além de utilizar uma nova ferramenta de documentação do Google.
3.5 FERRAMENTAS ESCOLHIDAS PARA TESTES COMPARATIVOS
Esse capítulo teve como objetivo avaliar as várias ferramentas de videoconferência
resultantes das buscas e definir duas ferramentas para serem instaladas e configuradas num servidor
de testes. Em seguida definir um plano de testes para posteriormente ser executado esse plano, com
o intuito de recomendar uma ferramenta de videoconferência pela Internet que possa ser utilizada
no ambiente virtual MOODLE, denominado Sophia na UNIVALI.
Através da análise norteada pelos requisitos anteriormente definidos, duas das ferramentas
descritas nesse capítulo foram escolhidas, sendo escolhidas as duas ferramentas que apresentaram o
maior número de requisitos atendidos conforme Tabela 1. As duas ferramentas foram o
OpenMeetings e o Dimdim.
As ferramentas OpenMeetings e Dimdim serão avaliadas nos próximos capítulos deste
trabalho.
4 TESTES COMPARATIVOS
4.1 DEFINIÇÃO DO PLANO DE TESTES
O plano de testes tem o objetivo de definir os recursos utilizados, as ações necessárias, as
informações a serem geradas e os critérios utilizados de cada experimento. Além de contemplar os
possíveis problemas durante a realização dos experimentos e definir as medidas necessárias para
que esses possíveis problemas não atrapalhem o experimento.
O plano foi dividido em três partes: Dificuldades de Instalação e Configuração, Testes de
Carga e Testes de Uso.
4.1.1 Testes de instalação e configuração
Consiste em uma análise contendo todos os processos realizados para a instalação e
configuração de cada ferramenta, assim como os requisitos e recursos necessários para utilização de
cada ferramenta. Essa análise deve conter informações sobre todas as necessidades em relação a:
sistema operacional, equipamentos, tempo gasto com a instalação, tempo gasto com configurações e
outras dificuldades encontradas.
4.1.2 Experimentos didáticos em sala de aula
Os experimentos didáticos em sala de aula foram propostos para analisar as ferramentas em
sala de aula, sendo necessária a utilização de uma turma de alunos e um professor para usar as duas
ferramentas e posteriormente responder um questionário de avaliação contendo os seguintes eixos
de análise:
• Perfil da população;
• Avaliação específica da tarefa com cada ferramenta; e
• Avaliação específica da ferramenta.
Perfil da população
O objetivo das questões referentes ao perfil da população é determinar o nível de
experiência dos participantes da avaliação em relação a ambientes virtuais e videoconferência na
Internet.
24
Tabela 2. Questões de caracterização da população
Pergunta Alternativas A quem se aplica
(Alunos/Professores/Ambos)
Qual sua experiência com o Ambiente Virtual MOODLE
Nenhuma Pouca
Razoável Muita
Ambos
Qual sua experiência com outros Ambientes Virtuais
Nenhuma Pouca
Razoável Muita
Ambos
Qual sua experiência com a Videoconferência na Internet
Nenhuma Pouca
Razoável Muita
Ambos
Avaliação específica da tarefa com cada ferramenta
Para a avaliação específica da tarefa com cada ferramenta tem-se como objetivo avaliá-las
na execução das tarefas proposta em sala de aula. Nessa avaliação foi utilizado o Gerador de
Analisadores Léxicos e Sintáticos (GALS) para demonstrar para os alunos o compartilhamento de
tela das ferramentas.
Tabela 3. Questões da análise da ferramenta na realização das tarefas
Descrição da tarefa
Indique a facilidade
de execução da tarefa
A quem se aplica (Alunos/Professores/Ambos)
Visualizar os slides apresentados pelo professor ☺☺☺☺ ���� ���� Alunos
Apresentar slides com o conteúdo da aula para a turma ☺☺☺☺ ���� ���� Professor
Utilizar a videoconferência para apresentar a linguagem de programação criada e visualizar as apresentações dos colegas/alunos
☺☺☺☺ ���� ���� Ambos
Utilizar o Whiteboard para compartilhamento da utilização do software GALS pelo professor
☺☺☺☺ ���� ���� Ambos
Postar dúvidas sobre a aula no Chat ☺☺☺☺ ���� ���� Ambos
Avaliação específica da ferramenta
25
O objetivo das questões relacionadas à avaliação específica da ferramenta é avaliar a
ferramenta em si, como sua interface, suas funcionalidades e sua contribuição para melhorar a
interação do ambiente MOODLE.
Tabela 4. Questões da análise específica da ferramenta
Pergunta Alternativas A quem se aplica
(Alunos/Professores/ Ambos)
Ocorreu algum problema durante a utilização da ferramenta
Sim Não
Ambos
Quanto à utilização da ferramenta de modo geral, qual sua avaliação
Muito ruim Ruim
Regular Boa
Ótima
Ambos
Quanto à qualidade do áudio e vídeo apresentados pela ferramenta
Muito ruim Ruim
Regular Boa
Ótima
Ambos
Quanto ao tempo de resposta de cada ação realizada na ferramenta
Muito ruim Ruim
Regular Boa
Ótima
Ambos
Quanto à disposição, quantidade e agrupamento das informações apresentadas na tela da ferramenta, qual sua avaliação
Muito ruim Ruim
Regular Boa
Ótima
Ambos
Durante o período de utilização do ambiente, foi encontrada alguma dificuldade em sua navegação
Sim Não
Ambos
Quanto à contribuição da ferramenta para melhorar a interação durante as aulas no ambiente MOODLE, qual a sua avaliação
Não contribui em nada Contribui em parte Contribui bastante
Ambos
Comente os pontos positivos e negativos da ferramenta
Pergunta aberta Ambos
26
4.1.3 Testes de Carga
Os testes de carga têm o objetivo, da utilização de determinado recurso computacional
disponível, definir alguns dados, tais como:
• Tempo de resposta;
• Número de usuários;
• Tráfego de rede;
• Utilização da CPU; e
• Utilização de Memória RAM.
Para que a partir desses dados se faça uma análise comparativa entre as ferramentas. Nesse
trabalho os testes de carga ficaram divididos em: testes de uso extremo e testes de uso cotidiano.
Os experimentos serão realizados em ambas as ferramentas sendo que cada uma será
avaliada nos dois modos, videoconferência e audioconferência. Serão utilizados os laboratórios do
Curso de Ciências da Computação. Os testes serão efetuados nos finais de semana, pois o tráfego de
rede da UNIVALI é menor e menos variável o que diminui a chance de influência de outros fatores
no experimento.
4.1.3.1 Testes de uso extremo
Para os testes de uso extremo o maior número de máquinas clientes deverá acessar a
ferramenta, este deverá ser monitorado desde o inicio do teste através de uma ferramenta de
monitoramento em tempo real e que armazena esses dados para futuras consultas posteriormente.
Nesse experimento as máquinas clientes acessam o servidor sem qualquer preocupação em
relação a tempo de resposta ou falhas, sendo que os novos clientes são iniciados um após o outro,
até que o servidor deixe de atender os clientes, a análise será feita com as informações do servidor
nesse momento. Esse experimento será repetido três vezes para uma melhor precisão dos dados.
4.1.3.2 Testes de uso cotidiano
Para os testes de uso cotidiano a cada determinado número, que deverá ser definido na
execução do teste, de máquinas clientes que acessar a ferramenta, deverá haver uma checagem dos
determinados itens do servidor:
27
• Tráfego de rede;
• Utilização da CPU; e
• Utilização de Memória RAM.
Além do número de clientes que deixaram ou falharam ao receber ou enviar o áudio e/ou
vídeo, para isso será utilizado um áudio e vídeo constantes que possam determinar se está havendo
recepção dos mesmos, caso haja algum problema essa será apontada como falha. Na execução do
plano de testes deverá ser definido um critério de parada para esse experimento.
4.2 EXECUÇÃO DO PLANO DE TESTES
Conforme a definição do Plano de Testes a execução foi dividida em três fases: Instalação e
Configuração das Ferramentas, os Testes de Carga e os Testes de Utilização Prática.
4.2.1 Configuração das Ferramentas
Nessa fase foram criadas duas máquinas virtuais, através da ferramenta VMWare, uma com
o sistema operacional Ubuntu 9.04, sendo esse o sistema operacional recomendado na
documentação do OpenMeetings, e a outra com o sistema operacional Centos 5.2, sendo esse o
sistema operacional recomendado na documentação do Dimdim, ambas as máquinas tiveram o
mesmo ambiente de execução. Uma máquina Core 2 Duo 2,93 GHz, com 4GB de memória RAM e
com sistema operacional Windows Seven Ultimate 64Bits.
A máquina virtual com sistema operacional Ubuntu 9.04 abrigou a ferramenta
OpenMeetings, além da instalação do OpenMeetings foi instalado o Servidor de Streaming RED5.
A máquina virtual com sistema Centos 5.2 abrigou a ferramenta DIMDIM e também
recebeu a instalação do Servidor de Streaming RED5.
Uma outra máquina recebeu o ambiente MOODLE, essa máquina com o sistema
operacional Windows XP Service Pack 3, processador AMD Athlon 64 1,99 GHz, com 1,43 MB de
memória ram, com instalação do Apache. O ambiente MOODLE recebeu a instalação dos módulos
de integração das duas ferramentas, ficando ambas disponíveis como uma atividade do ambiente.
4.2.2 Experimentos didáticos em sala de aula
28
Na fase dos experimentos didáticos em sala de aula uma turma modelo foi utilizada, a turma
escolhida foi do sétimo período do curso de Ciências da Computação, na disciplina de
Compiladores, disciplina essa ministrada pelo Dr. André Luis Alice Raabe, orientador deste
trabalho.
Os testes foram realizados nos dias 13 e 20 de abril, às 19 horas, no laboratório Lab1 do
Bloco 7 – Piso Superior, sendo que tivemos a presença de 13 alunos matriculados na disciplina,
além do professor no primeiro dia de testes. No segundo dia de testes participaram 11 alunos e o
professor da disciplina.
Para esse experimento foram preparadas duas aulas, em cada uma foi utilizada uma das
ferramentas. Sendo que cada aula foi subdividida em quatro atividades que pudessem explorar boa
parte das funcionalidades das ferramentas.
• Apresentação de Slides, o conteúdo a ser apresentado na aula foi apresentado na forma
de slides que foram apresentados no Whiteboard para que todos pudessem acompanhar o
professor;
• Videoconferência dos alunos, cada aluno se apresenta e explica para os colegas, de
forma sucinta, a atividade desenvolvida;
• Compartilhamento de tela, professor irá compartilhar sua tela com os alunos para
apresentar exemplos práticos através da utilização de um software especifico; e
• Utilização do Chat, no final da aula o professor esclarece as dúvidas postadas no chat.
Para avaliar as ferramentas foram criados dois formulários de avaliação, sendo um para os
alunos e outro para o professor, os formulários foram aplicados ao final de cada aula que a
ferramenta foi utilizada.
4.2.2.1 Questionário Professor
O questionário do professor foi dividido em perguntas de caracterização e perguntas
específicas sobre a ferramenta. Na perguntas de caracterização identificou a experiência do
professor com o Ambiente MOODLE, com outros ambientes virtuais e com a videoconferência pela
Internet. Nas perguntas específicas às funcionalidades das ferramentas foram avaliadas.
29
Tabela 5. Perguntas de Caracterização – Professor
Pergunta Respostas
Qual sua experiência com o Ambiente Virtual MOODLE (Sophia):
Muita
Qual sua experiência com outros Ambientes Virtuais: Muita Qual sua experiência com a Videoconferência na Internet: Razoável
As perguntas de caracterização apresentam o perfil de um professor com uma boa
experiência em ambientes virtuais, sugerindo que suas opiniões devem ser consideradas na análise e
conclusões deste trabalho.
Tabela 6. Perguntas Específicas – Professor
Dimdim OpenMeetings Pergunta
Respostas
Ocorreu algum problema durante a utilização da ferramenta
Sim Sim
Visualizar os slides apresentados pelo professor ☺☺☺☺ ☺☺☺☺
Utilizar a videoconferência para apresentar a linguagem de programação criada e visualizar as apresentações dos colegas
���� ☺☺☺☺
Utilizar o Whiteboard para compartilhamento da utilização do software GALS pelo professor. ���� ☺☺☺☺
Postar dúvidas sobre a aula no Chat ☺☺☺☺ ���� Quanto à utilização da ferramenta de modo geral, qual sua avaliação:
Boa Boa
Quanto à qualidade do áudio e vídeo apresentados pela ferramenta:
Boa Boa
Quanto ao tempo de resposta de cada ação realizada na ferramenta:
Bom Regular
Quanto à disposição, quantidade e agrupamento das informações apresentadas na tela da ferramenta, qual sua avaliação:
Ótimo Muito Ruim
Durante o período de utilização do ambiente, foi encontrada alguma dificuldade em sua navegação:
Não Sim
Quanto à contribuição da ferramenta para melhorar a interação durante as aulas no ambiente MOODLE, qual a sua avaliação:
Contribui Bastante
Contribui Bastante
Na avaliação do professor nota-se uma um equilíbrio entre as ferramentas, em apenas três
itens a ferramenta Dimdim leva vantagem em relação ao OpenMeetings, sendo eles: tempo de
resposta; disposição, quantidade e agrupamento das informações da tela e dificuldades durante a
30
navegação. Mas na execução das tarefas o OpenMeetings é melhor em dois itens sendo eles:
visualizar os slides e utilizar o Whiteboard para compartilhamento de tela.
O que demonstra uma pequena vantagem para a ferramenta Dimdim é a utilização do Chat,
que teve uma avaliação bem superior ao OpenMeetings, que deixou a desejar nesse item de
avaliação.
4.2.2.2 Questionário Aluno
O questionário dos alunos foi dividido em perguntas de caracterização e perguntas
específicas sobre a ferramenta. Na perguntas de caracterização identificou a experiência de cada
aluno com o Ambiente MOODLE, com outros ambientes virtuais e com a videoconferência pela
Internet. Nas perguntas específicas às funcionalidades das ferramentas foram avaliadas.
Tabela 7. Perguntas de Caracterização – Alunos
Pergunta Nenhuma Pouca Razoável Muita Qual sua experiência com o Ambiente Virtual MOODLE (Sophia): 6 5 1 0 Qual sua experiência com outros Ambientes Virtuais: 0 9 3 0 Qual sua experiência com a Videoconferência na Internet: 2 8 2 0
As perguntas de caracterização apresentaram um cenário sobre as experiências dos alunos
com as ferramentas que estavam sendo analisadas, notou-se que a maioria dos acadêmicos ficou
entre pouca e nenhuma experiência, com isso chegamos a dois pontos. Um ponto positivo é que não
haveria uma pré-determinada preferência por uma ou outra ferramenta, deixando a análise menos
tendenciosa. O ponto negativo é que a pouca experiência e a falta de uma base comparativa pode
distorcer as respostas, necessitando de uma atenção especial na análise dos dados do questionário.
Uma questão interessante é que mesmo o MOODLE (chamado de Ambiente Sophia na
UNIVALI) sendo utilizado nas aulas regularmente, ainda assim a maioria dos alunos se posicionou
entre pouca e nenhuma experiência com essa ambiente virtual, demonstrando a necessidade de uma
melhor exploração do mesmo, isso podendo ser através da agregação de novas ferramentas.
Tabela 8. Facilidade de Execução das Tarefas – Alunos
Dimdim OpenMeeting Tarefas
☺☺☺☺ ���� ���� ☺☺☺☺ ���� ����
31
Visualizar os slides apresentados pelo professor 13 0 0 7 3 1 Utilizar a videoconferência para apresentar a linguagem de programação criada e visualizar as apresentações dos colegas
5 6 0 7 4 0
Utilizar o Whiteboard para compartilhamento da utilização do software Gals pelo professor.
4 7 2 5 5 1
Postar dúvidas sobre a aula no Chat 12 0 1 3 4 3
Nas perguntas sobre a execução de tarefas dentro de cada ferramenta e nas perguntas
específicas houve uma diferença na quantidade de alunos respondentes, visto que foram duas aulas
separadas por uma semana. Com isso essa comparação deve ser mais complexa, levando em
consideração o número da população da amostra.
Analisando as respostas em relação a cada tarefa, notamos que nas tarefas Visualizar os
slides apresentados pelo professor (primeira tarefa) e Postar dúvidas sobre a aula no Chat (quarta
tarefa) o Dimdim teve uma vantagem, pois na primeira tarefa todos os alunos se mostraram
satisfeitos com a facilidade de execução da tarefa e na quarta apenas uma pessoa divergiu dessa
opinião, enquanto no OpenMeetings pouco mais da metade da população tiveram essa opinião na
primeira tarefa e apenas três alunos, cerca de um terço da população, responderam satisfatoriamente
na quarta tarefa.
Nas segunda e terceira tarefa, Utilizar a videoconferência para apresentar a linguagem de
programação criada e visualizar as apresentações dos colegas e utilizar o Whiteboard para
compartilhamento da utilização do software GALS pelo professor respectivamente, notou-se que a
ferramenta OpenMeetings apresentou melhor satisfação dos alunos em relação a facilidade de
execução da tarefa, apesar de não haver uma diferença tão grande entre as duas ferramentas como
aconteceu nas tarefas anteriores.
Com os resultados gerais das quatro tarefas notou-se que a ferramenta Dimdim teve duas
tarefas que apresentaram respostas satisfatórias e duas tarefas desfavoráveis, mas em nenhuma teve
um resultado de insatisfação que atingisse uma parte considerável da população. A ferramenta
OpenMeeting manteve-se constante na satisfação dos alunos em relação a facilidade de execução
das tarefas, exceto na quarta tarefa onde o resultado foi bem abaixo do apresentado nas demais
tarefas.
32
Tabela 9. Perguntas Específicas – Alunos
Dimdim OpenMeetings Pergunta
Ótimo Boa Regular Ruim Muito Ruim
Ótimo Boa Regular Ruim Muito Ruim
Quanto à utilização da ferramenta de modo geral, qual sua avaliação:
0 12 1 0 0 0 4 6 1 0
Quanto à qualidade do áudio e vídeo apresentados pela ferramenta:
2 11 0 0 0 0 6 3 2 0
Quanto ao tempo de resposta de cada ação realizada na ferramenta:
0 12 1 0 0 0 4 6 1 0
Quanto à disposição, quantidade e agrupamento das informações apresentadas na tela da ferramenta, qual sua avaliação:
1 4 8 0 0 0 1 3 4 3
Nas perguntas específicas a ferramenta Dimdim não recebeu nenhuma indicação de ruim ou
muito ruim, enquanto a ferramenta OpenMeetings recebeu onze indicações de ruim ou muito ruim.
Além disso, o OpenMeetings não recebeu nenhuma indicação de ótima, já a ferramenta Dimdim
recebeu três indicações de ótimo.
Apenas na pergunta quanto à disposição, quantidade e agrupamento das informações
apresentadas na tela da ferramenta que o Dimdim teve a maioria das indicações como regular, mas
em compensação o OpenMeetings teve mais da metade das indicações entre ruim e muito ruim. Nas
demais perguntas o Dimdim recebeu a maioria das indicações como boa, nessas perguntas o
OpenMeetings teve as indicações divididas entre regular e boa, sendo que a opção regular tendo
mais indicações, divergindo apenas na pergunta quanto à qualidade do áudio e vídeo apresentados
pela ferramenta, onde a opção boa foi a mais indicada.
33
Ocorreu algum problema durante a utilização da ferramenta.
Nas perguntas em relação à ocorrência de algum tipo de problema ou falha durante a
utilização da ferramenta na Ferramenta Dimdim, conforme Figura 1, 42% das pessoas disseram ter
encontrado algum erro, na ferramenta OpenMeetings, conforme Figura 2, esse número foi de 64%.
Ocorreu algum problema durante a
utilização da ferramenta
0
2
4
6
8
OpenMeeting Dimdim
Sim
Não
Figura 1. Gráfico da ocorrência de problemas na utilização
Durante o período de utilização do ambiente, foi encontrada alguma dificuldade em sua navegação.
Na avaliação em relação às dificuldades de navegação durante a utilização das ferramentas,
conforme apresenta as Figuras 3 e 4, o OpenMeetings teve 73% dos alunos apontando que
encontraram dificuldades, enquanto no Dimdim esse número foi de 23%, essa diferença tão grande
pode ser explicada pela diferença do enfoque das duas ferramentas enquanto o Dimdim apresenta
apenas o áudio e vídeo do moderador no OpenMeetings são transmitidos áudio e vídeo de todos os
participantes o que acaba acrescentando muita informação na tela, consequentemente atrapalhando
os usuários.
34
Durante o período de utilização do ambiente,
foi encontrada alguma dificuldade em sua
navegação
0
2
4
6
8
10
12
OpenMeeting Dimdim
Sim
Não
Figura 2. Gráfico em relação a dificuldades de navegação
Quanto à contribuição de cada ferramenta na melhora da interação durante as aulas no ambiente MOODLE.
A ultima pergunta foi em relação à contribuição de cada ferramenta na melhora da interação
durante as aulas no ambiente MOODLE, conforme a Figura 3 apresenta enquanto as resposta do
OpenMeetings houve uma equivalência entre contribui bastante e contribui em parte, no Dimdim a
maioria dos alunos apontou para “Contribui Bastante”.
Quanto à contribuição da ferramenta para
melhorar a interação durante as aulas no
ambiente MOODLE, qual a sua avaliação
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Dimdim OpenMeetings
Não contribui em nada
Contribui em parte
Contribui Bastante
Figura 3. Gráfico em relação à contribuição de cada ferramenta nas aulas no MOODLE
35
4.2.3 Testes de Carga
Nessa fase foram criados experimentos que pudessem avaliar as ferramentas em diversas
situações de uso, tanto simulando cenários de uso cotidiano como cenários de uso extremos. Como
as ferramentas avaliadas não possuem as mesmas características os testes sofreram adaptações para
cada ferramenta.
Para a coleta dos dados referentes aos experimentos foi utilizada a ferramenta Cacti
(CACTI, 2010), que faz coleta de informações através de SNMP, os dados coletados são
armazenados numa base de dados MySQL, a ferramentas disponibiliza de gráficos gerados a partir
desses dados.
O serviço de Cacti está disponível num servidor da Gerência de Tecnologia da Informação
da UNIVALI. Para este trabalho o serviço era ativado nos servidores de testes conforme demanda e
os dados extraídos eram salvos em arquivos para que não houvesse nenhum ônus para esse servidor.
4.2.3.1 Cenário de uso extremo
Este cenário propõe a testar as ferramentas até o limite, sem analisar o número de falhas ou a
qualidade da transmissão, apenas determinar o número máximo de usuários que o servidor pode
atender, chegando a um gargalo que o leve o sistema operacional do servidor interromper novas
conexões.
Ferramenta Dimdim
A ferramenta Dimdim tem a possibilidade de videoconferência e audioconferência, nesse
cenário as duas possibilidades foram testadas. Conforme a Tabela 10, onde são apresentados os
resultados dos testes para ferramenta Dimdim, nota-se uma considerável diferença entre
audioconferência e videoconferência, principalmente no item tráfego de rede. Este item, que nos
testes efetuados não chegou a ser o gargalo principal, visto que os testes foram efetuados em rede
interna, mas são números que, para utilização de videoconferência num cenário de utilização da
Internet como meio de transmissão, poderiam se transformar num gargalo. O critério de parada dos
experimentos conduzidos foi causado pela utilização de 100% da CPU, sendo este o principal
recurso de hardware demandado.
36
Tabela 10. Cenário de uso extremo – Dimdim
Videoconferência Audioconferência Experimentos
1 2 3 µ σ 1 2 3 µ σ Número Usuários 235 243 226 234,6 8,5 386 358 390 378 17,4 Tráfego de rede (Mbits/s)
41,2 32,2 35,9 36,4 4,5 8,1 9,1 8,9 8,7 0,5
Atingir 100% de uso de CPU causou a inoperância do servidor resultando nos valores
apresentados na Tabela 10. Sendo que a forma da apresentação, videoconferência ou
audioconferência, foi determinante para a capacidade de usuários atendidos, mas esse resultado foi
satisfatório em ambas as formas.
Ferramenta OpenMeetings
A ferramenta OpenMeetings também foi testada nos seus dois modos, sendo eles a
videoconferência (onde todos os clientes transmitem áudio e vídeo) e audiência (onde apenas
alguns clientes transmitem áudio e/ou vídeo), sendo que para esse experimento no modo audiência
foi utilizado apenas o áudio que foi transmitido de um cliente apenas.
O modo audiência teve um desempenho satisfatório, sendo superior ao modo
videoconferência, este por sua vez decepcionou e apresentou vários problemas durante o
experimento.
Conforme a Tabela 11 nota-se a grande diferença no número de usuários atendidos pelo
servidor em cada modo, sendo o grande responsável por essa diferença o critério de parada do
experimento, visto que no modo videoconferência que foi o uso de CPU da máquina cliente, que
mesmo com o servidor respondendo não conseguia mostrar todas as informações na tela. Já no
modo audioconferência o critério de parado foi o mesmo utilizado no Dimdim, sendo a falta de
recurso CPU do servidor.
Tabela 11. Cenário de uso extremo - OpenMeetings
Audiência Videoconferência Experimentos
1 2 3 µ σ 1 2 3 µ σ Número Usuários 306 287 278 290,3 14,3 50 53 45 49,3 4,0 Utilização da CPU do servidor
100% 100% 100% 100% 0 35% 33% 37% 35% 2%
Utilização da CPU do cliente
9% 10% 7% 9% 2% 100% 100% 100% 100% 0%
Tráfego de rede (Mbits/s)
15,1 14,2 13,8 14,4 0,7 39,1 45,2 41,3 41,9 3,1
37
OpenMeetings X Dimdim
A comparação entre as duas ferramentas no cenário de uso extremo merece atenção pois um
dos modos do OpenMeetings apresentou resultados bem inferiores ao outro e o Dimdim manteve-se
mais constante nos seus resultados e mesmo na comparação com o modo audiência do
OpenMeetings levou uma vantagem considerável.
O OpenMeetings se apresentou uma ferramenta com mais possibilidades, tanto que para o
experimento foram analisadas duas configurações, uma mais complexa que é o modo
videoconferência e outra menos complexa que é o modo audiência transmitindo apenas áudio.
O Dimdim é uma ferramenta mais direcionada a realização vídeo-aula em que o professor é
o principal emissor de vídeo e apenas um aluno por vez pode participar, também enviando vídeo.
Ele possui dois modos sem muitas opções: o modo videoconferência é diferente do OpenMeetings
(onde todos transmitem áudio e vídeo), sendo possível no máximo duas pessoas transmitindo áudio
e vídeo e até cinco transmitindo apenas o áudio; o modo audioconferência é possível até quatro
pessoas transmitirem áudio.
Analisando as duas ferramentas nesse cenário, a ferramenta Dimdim apresentou maior
estabilidade e confiabilidade e mesmo no modo audioconferência, onde OpenMeetings apresentou
os melhores resultados, o Dimdim foi superior. Sendo que o resultado dessa estabilidade é
conseqüência das poucas possibilidades de configuração. Na Figura 4 apresenta-se uma visão geral
do número de usuários total atendidos no cenário de uso extremo para cada um dos três
experimentos com cada modo das ferramentas.
38
Número de Usuários - Cenário de Uso Extremo
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
1º 2º 3º
Experimento
Nú
me
ro d
e U
suá
rio
s
Audioconferência -
Dimdim
Audioconferência -
OpenMeetings
Videoconferência -
Dimdim
Videoconferência -
OpenMeetings
Figura 4. Gráfico do Número de Usuários – Cenário Uso Extremo
4.2.3.2 Cenário de uso cotidiano
Este cenário simula a utilização das ferramentas num cenário de uso cotidiano, onde foram
analisados a qualidade da transmissão, o tempo de resposta e o uso dos recursos do servidor. Para
esse experimento os critérios de parada foram o número máximo de 200 usuários ou o número de
falhas referentes à qualidade da transmissão caso fosse igual ou maior que 10%. Nesse cenário as
ferramentas também foram divididas em videoconferência e audioconferência.
Para o experimento desse cenário, conforme a definição no plano de testes, a cada iteração
do experimento um número de clientes é adicionado à ferramenta e são colhidos os dados
determinados no plano de testes, além de haver a checagem dos clientes para determinar o número
de falhas. Esta checagem foi realizada analisando cada um dos clientes, onde um vídeo e um áudio
constantes eram transmitidos caso houvesse algum problema no vídeo ou no áudio uma falha era
contabilizada.
O número de clientes a ser adicionado a cada iteração ficou definido conforme a Tabela 12:
39
Tabela 12. Número de usuários por iteração
Iteração Número de usuários
adicionados
Inicial 15
De 2 a 5 10
De 6 a 10 15
Mais que 10 20
Nesse cenário as duas ferramentas foram testadas em ambos os modos, sendo assim as
comparações serão dividas em cada modo. Apesar de que o modo videoconferência das duas
ferramentas serem bem distintos, visto que na ferramenta Dimdim apenas o moderador ou o
moderador e mais um usuário transmitem áudio e vídeo, enquanto que na ferramenta OpenMeetings
todos os usuários transmitem áudio e vídeo. A seguir são apresentadas as comparações:
Dimdim Audioconferência X OpenMeetings Audioconferência
O modo de audioconferência das duas ferramentas possui vários aspectos em comuns,
diferente do modo de videoconferência, com isso a análise comparativa desse modo tem maior peso
em relação ao outro modo.
Conforme a Figura 5, na qual é apresentada a relação entre o número de usuários e o tempo
de resposta, nota-se que a ferramenta Dimdim manteve a estabilidade do tempo de resposta até o
centésimo usuário, enquanto na ferramenta OpenMeetings essa estabilidade durou apenas até a
segunda iteração, a partir do 25º usuário houve uma alta considerável do tempo de resposta.
40
Número Usuários X Tempo de Resposta
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
2
15 25 35 45 55 70 85 100 115 130 150 170 190 210 230
Número de Usuários
Tem
po
de R
esp
osta
(s)
Dimdim
OpenMeetings
Figura 5. Usuários X Tempo Resposta – Audioconferência
Na relação entre o número de usuários e o número de falhas, conforme é apresentado na
Figura 6, onde o equilíbrio entre as duas ferramentas permanece até a sexta iteração, mas a partir
disso a ferramenta OpenMeetings apresenta um acréscimo considerável no número de falhas e a
ferramenta Dimdim permanece constante até a décima – terceira iteração.
Com o gráfico da Figura 6 fica evidente a superioridade da ferramenta Dimdim em relação a
desempenho, tanto que nesse teste o critério de parada foi o número máximo de usuários e não o
número de falhas, conforme ocorreu nos demais testes.
Número Usuários X Número de Falhas
0
2
4
6
8
10
12
14
15 25 35 45 55 70 85 100 115 130 150 170 190 210 230
Número de Usuários
Nú
mero
de F
alh
as
Dimdim
OpenMeetings
Figura 6. Usuários X Falhas – Audioconferência
41
Em relação ao tráfego de rede, apresentado na Figura 7, a ferramenta OpenMeetings
novamente teve um desempenho inferior a ferramenta Dimdim, números esses que pelos resultados
dos gráficos do tempo de resposta e número de falhas eram esperados como forma de confirmar os
resultados anteriores.
Número Usuários X Tráfego de Rede
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
15 25 35 45 55 70 85 100 115 130 150 170 190 210 230
Número de Usuários
Trá
feg
o d
e R
ed
e (
MB
its/s
)
Dimdim
OpenMeetings
Figura 7. Usuários X Tráfego de Rede – Audioconferência
A Figura 8, que apresenta a utilização da CPU, há um equilíbrio entre as ferramentas,
demonstrando que o fator que mais influiu para as diferenças apresentadas nas Figuras 4 e 5, tempo
de resposta e número de falhas respectivamente, foi o tráfego de rede, que deixou mais evidente a
diferença entre as ferramentas conforme a Figura 6.
Número Usuários X Uso da CPU
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
15 25 35 45 55 70 85 100 115 130 150 170 190 210 230
Número de Usuários
Uso
da
CP
U
Dimdim
OpenMeetings
Figura 8. Usuários X Uso CPU – Audioconferência
42
Dimdim Videoconferência X OpenMeetings Videoconferência
Na análise entre as ferramentas no modo videoconferência, conforme já definido no texto
acima, a diferença entre ambas as ferramentas é evidente, conforme apresentadas nos gráficos a
seguir:
Número Usuários X Tempo de Resposta
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
15 25 35 45 55 70 85 100 115 130 150 170 190 210
Número de Usuários
Tem
po
de R
esp
osta
(s)
Dimdim
OpenMeetings
Figura 9. Usuários X Tempo Resposta – Videoconferência
Na Figura 9, onde a relação entre o número de usuários e o tempo de resposta é apresentado,
pode ser notada o quão grande é essa diferença entre as ferramentas, onde a ferramenta
OpenMeetings chegou apenas até a quarta iteração, demonstrando que a transmissão de áudio e
vídeo por todos os usuários deixa completamente inviável a utilização da ferramenta, conforme fica
comprovado no número de falhas, apresentado no gráfico da Figura 10, que com apenas 45 usuários
um número de 8 falhas, que corresponde a 17% dos usuários.
43
Número Usuários X Número Falhas
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
15 25 35 45 55 70 85 100 115 130 150 170 190 210
Número de Usuários
Nú
mero
Falh
as
Dimdim
OpenMeetings
Figura 10. Usuários X Falhas – Videoconferência
O tráfego de rede apresentou as maiores diferenças entre as duas ferramentas, chegando ao
número apresentado na ferramenta OpenMeetings ser 3 vezes maior que o apresentado na
ferramenta Dimdim.
Número Usuários X Tráfego de Rede
0
5
10
15
20
25
30
35
15 25 35 45 55 70 85 100 115 130 150 170 190 210
Número de Usuários
Trá
feg
o d
e R
ed
e (
MB
its/s
)
Dimdim
OpenMeetings
Figura 11. Usuários X Tráfego de Rede – Videoconferência
Um dos dados que chamou a atenção foi a utilização da CPU, que demonstrou um equilíbrio
entre as ferramentas, tanto no modo audioconferência como no modo videoconferência, conforme a
Figura 12, os resultados entre as duas ferramentas foi bem semelhante, apesar das diferenças já
relatas no modo videoconferência.
44
Número Usuários X Uso da CPU
0%
20%
40%
60%
80%
100%
15 25 35 45 55 70 85 100 115 130 150 170 190 210
Número de Usuários
Uso
da
CP
U
Dimdim
OpenMeetings
Figura 12. Usuários X Uso CPU – Videoconferência
Na comparação entre as ferramentas alguns aspectos ficaram evidentes, um deles é que a
ferramenta Dimdim apresentou ser a ferramenta mais eficiente em relação ao desempenho, isso se
deve por dois fatores, um deles é por ter menos possibilidades de configuração, sendo uma
ferramenta mais focada em um objetivo especifico, enquanto o OpemMeetings é mais aberto. O
outro fator é por estar sendo desenvolvido há mais tempo e possuir uma versão já consolidada há
bastante tempo, enquanto o OpenMeetings está nas primeiras versões ainda.
Apesar de em todos os testes a ferramenta Dimdim ter apresentados melhores resultados, o
OpenMeetings demonstrou que tem potencial para melhorar, além disso trás consigo a característica
de possuir várias possibilidades na configuração da ferramenta, podendo atender as mais diversas
necessidades.
5 CONCLUSÕES
As análises elaboradas para busca e avaliação das ferramentas de videoconferência pela
Internet resultaram inicialmente em quatro ferramentas: o Wiziq, Elluminate, Dimdim e
OpenMeetings. Dessas as duas que atendiam a menor quantidade de requisitos foram descartadas,
as outras duas foram avaliadas de forma criteriosa, sendo submetidas a diversos testes para que se
chegasse à ferramenta a ser recomendada.
As ferramentas Dimdim e OpenMeetings foram as escolhidas para uma avaliação mais
criteriosa. Elas foram instaladas e configuradas em servidor de testes dedicado, onde a primeira
avaliação foi justamente definir as dificuldades de instalação e configuração das duas ferramentas.
A segunda fase de testes foi a de experimentos didáticos em sala de aula, onde as ferramentas foram
utilizadas pelos alunos e posteriormente avaliadas pelos mesmos e na ultima fase de testes foram
elaborados e executados os testes de carga.
Na primeira avaliação, em relação à instalação e configuração das ferramentas houve um
equilíbrio, pois ambas as ferramentas utilizam a mesma estrutura de servidores, tendo como base o
servidor Red5 como servidor de streaming, nenhuma das ferramentas apresentou maiores
dificuldades nessa fase, havendo um equilíbrio.
A segunda avaliação, em relação a experimentos didáticos em sala de aula, houve uma
vantagem da ferramenta Dimdim, segundo avaliação dos alunos e do professor que participaram do
experimento, apesar da ferramenta OpenMeetings apresentar vantagem em determinados aspectos
avaliados, tais como: visualizar a área de trabalho do moderador e apresentar para os demais
participantes sua linguagem, a ferramenta Dimdim teve um resultado melhor.
Na terceira avaliação a ferramenta Dimdim teve um desempenho bem superior, sendo
melhor nos dois modos avaliados (áudio e videoconferência), sendo que essa diferença aumentou
consideravelmente no modo videoconferência, principalmente devido à diferença na filosofia das
ferramentas, pois enquanto o OpenMeetings todos os clientes transferiam áudio e vídeo, na
ferramenta Dimdim apenas o moderador transmitia áudio e vídeo para os demais.
Durante os experimentos esta diferença entre as ferramentas dificultou a comparação entre
elas. Mas, tendo em vista que ambas atendem a todos os critérios definidos na seção 3.3.3 entende-
se que esta característica do OpenMettings não é necessária, e onerosa em termos de recursos.
46
Desta forma, baseando-se nos resultados obtidos, este trabalho recomenda a adoção da
ferramenta Dimdim. Apesar de esta ser uma ferramenta comercial, a versão Open Source utilizada
neste trabalho apresentou resultados satisfatórios, tendo como principais pontos favoráveis a
estabilidade e desempenho. A licença Open Source da ferramenta não impõe restrições ao uso para
fins de oferta de disciplinas e curso pela universidade. Portanto, são estes os fatores que levaram a
recomendação por essa ferramenta.
A ferramenta OpenMeetings apesar de ter tido resultados inferiores nos testes apresentou
uma característica que pode ter sido o principal fator que acabou por influenciar no desempenho e
na estabilidade da ferramenta, que foi a possibilidade um grande número de configurações, tais
como: permitir vários moderadores, envio de áudio e vídeo por todos os usuários na
videoconferência e envio de áudio de todos na audioconferência, mas por ser uma solução
totalmente aberta e que está nas suas primeiras versões demonstrou um grande potencial.
Este trabalho concluiu que a ferramenta a ser recomendada é a ferramenta Dimdim, que
apresentou os melhores resultados nas duas das três avaliações e se apresentou como a ferramenta
mais estável e confiável nesse momento, mas deixa uma ressalva que a outra ferramenta, o
OpenMeetings apresentou vários pontos relevantes que dependendo do ambiente necessitado pode
ser uma ótima solução.
Como perspectivas futuras desta pesquisa pretende-se avaliar o grau de aceitação dos
professores aos recursos disponíveis na ferramenta DIMDIM, e buscar a definição de
recomendações para uso eficiente da ferramenta como recurso pedagógico.
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