Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA)...

21
1 TRATAMENTO ANAERÓBIO DE ESGOTOS ATRAVÉS DE REATORES DO TIPO UASB Marcio Gomes Barboza/Eduardo L. C. de Amorim GTR/CTEC/UFAL

Transcript of Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA)...

Page 1: Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA) •Grande interferência de flutuações de vazões quando comparado com LEA •Operação

1

TRATAMENTO ANAERÓBIO DE ESGOTOS ATRAVÉS DE

REATORES DO TIPO UASB

Marcio Gomes Barboza/Eduardo L. C. de AmorimGTR/CTEC/UFAL

Page 2: Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA) •Grande interferência de flutuações de vazões quando comparado com LEA •Operação

2

1. INTRODUÇÃO

�Upward-flow Anaerobic Sludge Blanket (UASB)

� Dr. Gatze Lettinga no ano de 1980 Wageningen University (The Netherlands)

� Observações em filtros anaeróbios: biomassa nos interstícios do leito

� Observações em "claridigestor“: desenvolvimento de grânulos compactos

� O fluxo ascendente seleciona microrganismos que formam agregados facilitando a separação de sólidos, líquido e gás

Page 3: Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA) •Grande interferência de flutuações de vazões quando comparado com LEA •Operação

3

1. INTRODUÇÃO(cont.)

�Uso de UASB no Brasil: início da década de 80

� Brasil é o país que mais utiliza UASB: Paranáé líder(> 200 unidades)

� Outras nomenclaturas usadas no BrasilDAFA (Digestor Anaeróbio de Fluxo Ascendente)

RAFA (Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente)

RALF (Reator Anaeróbio de Leito Fluidizado)

RAFAMAL (Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente e Manta de Lodo)

RAFAALL (Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente através de Leito de Lodo)

Page 4: Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA) •Grande interferência de flutuações de vazões quando comparado com LEA •Operação

4Esquema de um Reator UASB

2. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

4 a 10% de ST

1,5 a 3% de ST

Page 5: Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA) •Grande interferência de flutuações de vazões quando comparado com LEA •Operação

5

2. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

Page 6: Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA) •Grande interferência de flutuações de vazões quando comparado com LEA •Operação

6

2. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

Page 7: Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA) •Grande interferência de flutuações de vazões quando comparado com LEA •Operação

7

2. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

Page 8: Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA) •Grande interferência de flutuações de vazões quando comparado com LEA •Operação

8

2. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

Page 9: Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA) •Grande interferência de flutuações de vazões quando comparado com LEA •Operação

9

3. VANTAGENS E DESVANTAGENS

�Vantagens no uso de UASB comparado com

Lagoas de Estabilização Anaeróbia(LEA),

Tanque Séptico(TS) e Filtro Anaeróbio(FA)

• Menor θh que LEA e TS

• Maior facilidade no controle de mau odor que LEA

• Maior eficiência que TS

• Não necessita de suporte para microrganismos como

os FA

Page 10: Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA) •Grande interferência de flutuações de vazões quando comparado com LEA •Operação

10

3. VANTAGENS E DESVANTAGENS(CONT.)

�Desvantagens no uso de UASB comparado com

Lagoas de Estabilização Anaeróbia(LEA),

Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA)

• Grande interferência de flutuações de vazões

quando comparado com LEA

•Operação mais complexa

• Geralmente o período de partida é maior

Page 11: Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA) •Grande interferência de flutuações de vazões quando comparado com LEA •Operação

11

3. VANTAGENS E DESVANTAGENS

�Vantagens no uso de UASB comparado com

processos aeróbios convencionais

Page 12: Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA) •Grande interferência de flutuações de vazões quando comparado com LEA •Operação

12

3. VANTAGENS E DESVANTAGENS

�Vantagens no uso de UASB comparado com

processos aeróbios convencionais

• Baixa produção de lodo

• Baixa demanda de área

• Baixo custo de implantação e operação

• Baixo consumo de energia( apenas para a estação elevatória)

• Produção de biogás metano(combustível)

• Boa desidratabilidade do lodo

• Reinício de operação relativamente rápido

• Elevada concentração do lodo excedente

Page 13: Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA) •Grande interferência de flutuações de vazões quando comparado com LEA •Operação

13

3. VANTAGENS E DESVANTAGENS(CONT.)

�Desvantagens no uso de UASB comparado com

processos aeróbios convencionais• Possibilidade de exalar maus odores(H2S)

• Operação mais complexa

• Elevado período de partida (3 a 6 meses sem inóculo)

• Necessidade de pós-tratamento(eficiência 65% a

75% de remoção de DBO e DQO)

Page 14: Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA) •Grande interferência de flutuações de vazões quando comparado com LEA •Operação

14

4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO

� Tempo de Detenção Hidráulica(θh )

Q

Vθ h =

θh= Tempo de detenção hidráulica (d)

V = volume (m3)

Q = vazão (m3.d-1)

Page 15: Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA) •Grande interferência de flutuações de vazões quando comparado com LEA •Operação

15

4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO

V

QHVC =

� Carga hidráulica volumétrica(CHV)

CHV= Carga hidráulica volumétrica (m3.m-3.d-1)

V = volume (m3)

Q = vazão (m3.d-1)

Adotar CHV < 4 m3.m-3.d-1

1CHV =ou

Page 16: Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA) •Grande interferência de flutuações de vazões quando comparado com LEA •Operação

16

4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO

V

S.QOVC =

� Carga orgânica volumétrica(COV)

COV= Carga orgânica volumétrica (kgDQO.m-3.d-1)

V = volume (m3)

Q = vazão (m3.d-1)

S = concentração de substrato afluente (kgDQO.m-3)

Adotar: COV < 15 kgDQO.m-3.d-1

Esgotos sanitários COV < 3 kgDQO.m-3.d-1

Page 17: Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA) •Grande interferência de flutuações de vazões quando comparado com LEA •Operação

17

4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO

A

QVa =

� Velocidade ascensional (Va)

Va = Velocidade ascensional (m.h-1)

Q = vazão (m3.d-1)

A = Área da seção transversal do reator (m2)

H = Altura do reator (m)

Adotar: VQmed de 0,5 a 0,9 m.h-1

VQmáx de 0,9 a 1,1 m.h-1

Vpico < 1,5 m.h-1

ha

θ

H

V

H.Qv ==ou

Page 18: Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA) •Grande interferência de flutuações de vazões quando comparado com LEA •Operação

18

4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO

d

dA

AN =

� Números de tubos distribuidores do afluente(Nd)

Nd = Número de tubos distribuidores

A = Área da seção transversal do reator (m2)

Ad = Área de influência de cada distribuidor (m2)

Adotar: Ad de 1,5 a 4,0 m2 para esgotos domésticos

Page 19: Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA) •Grande interferência de flutuações de vazões quando comparado com LEA •Operação

19

4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO

� Velocidades nos tubos distribuidores(vd)

Vd < 0,2 m.s-1 para evitar arraste de ar

• Diâmetros de 75 a 100 mm

• diâmetro na saída deve diminuir para aumentar a velocidade e favorecer a mistura

• os tubos devem ficar a distância de 10 a 15cm do fundo do reator

Page 20: Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA) •Grande interferência de flutuações de vazões quando comparado com LEA •Operação

20

4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO

t

CH

CHK

DQOV 4

4=

� Produção de Metano (CH4)

CH4 + 2O2 CO2 + 2H2O

• Teoricamente 64g de DQO produzem 16g de CH4

• Nas CNTP 0,35L CH4/gDQO

VCH4 = vol. CH4 produzido (L)

DQOCH4 = DQO removida e convertida a CH4 (gDQO)

Kt = fator de correção de temperatura operacional (gDQO/L)

Page 21: Reatores UASB v2 - ctec.ufal.br UASB v2.pdf · Tanque Séptica(TS) e Filtro Anaeróbio(FA) •Grande interferência de flutuações de vazões quando comparado com LEA •Operação

21

)273.(

.

tR

KPK t

+=

4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO4. PARÂMETROS DE PROJETO� Produção de Metano (CH4)

P = pressão atmosférica (1atm)

K = DQO correspondente a 1 mol de CH4 (64 gDQO/molCH4)

R = const. dos gases (0,08206 atm.L/mol.oK)

T = temperatura operacional do reator (oC)