RECOMENDAÇÕES PARA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL PARA ADULTOS E GESTANTES INFECTADAS PELO HIV SUPLEMENTO...

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RECOMENDAÇÕES PARA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL PARA ADULTOS E GESTANTES INFECTADAS PELO HIV SUPLEMENTO III - Tratamento como prevenção DEPARTAMENTO DE DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE MINISTÉRIO DA SAÚDE Outubro de 2010

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RECOMENDAÇÕES PARA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL PARA ADULTOS E GESTANTES INFECTADAS PELO HIV

SUPLEMENTO III - Tratamento como prevenção

DEPARTAMENTO DE DST, AIDS E HEPATITES VIRAISSECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Outubro de 2010

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Conteúdos do Suplemento III

• Profilaxia pós-exposição ocupacional ao HIV e HV• Recomendações abordagem da violência sexual• Profilaxia pós-exposição sexual ao HIV (NOVO)• Estratégias de redução de risco de transmissão

sexual do HIV no planejamento da reprodução entre PVHA (NOVO)

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Conteúdos do Suplemento III

• Recomendações para profilaxia pós-exposição ocupacional ao HIV e HV

• Recomendações para abordagem da violência sexual

• Profilaxia pós-exposição sexual ao HIV• Estratégias de redução de risco de transmissão

sexual do HIV no planejamento da reprodução entre PVHA

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Profilaxia pós-exposição sexual ao HIV Principais aspectos

Objetivo: ampliar as oportunidades de prevenir a transmissão do HIV

• Público que se destina a intervenção: pessoas expostas a situações de risco

• Reforça caráter complementar e abordagem equilibrada entre práticas sexuais seguras e o emprego de antirretrovirais

• Enfoca a indicação de PEP em exposições de risco para além das relações estáveis

• Propõe esquemas mais confortáveis para profilaxia

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Oportunidades para prevenção

Anos

Tratamento do HIV,Tratamento do HIV, ReduçRedução na infetividadeão na infetividade

Infectado

Anos

Pré-exposição

Comportamental,Estrutural, biomédicas

(evitar exposição, métodos de barreira)

CircuncisiCircuncisiãoãoPreservativPreservativ

ososDST, HSV-2DST, HSV-2

Cohen et al, JCI, 2008Cohen IAS 2008

Horas

TARV TARV PPrEPPrE

MicrobicidasMicrobicidas

exposição (pré-coito/coito)

72h

ImunizaçImunizaçõesõesTARVTARVPEPPEP

exposição (pós-coito)

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Risco de Transmissão/Forma de exposição

Tipo de exposição Risco de transmissão %

Penetração anal receptiva 0,1 – 3,0

Penetração vaginal receptiva 0,1 – 0,2

Penetração vaginal insertiva 0,03 – 0,09

Penetração anal insertiva 0,06

Sexo oral receptivo* 0 – 0,04

*Existem casos descritos

Mastro, T.; et al. AIDS 1996;10:575–82. Royce, R.; et al. HIV. N Engl J Med 1997;336:1072–8.Vincenzi, I. N Engl J Med 1994;331:341–6. Gray, R.; eta l. Lancet 2001;357:1149–53.Vittinghoff, E.; et al. Am J Epidemiol 1999;150:306–11.

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Avaliação do risco para decisão de indicar a profilaxia pós-exposição sexual

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Profilaxia pós-exposição sexual Atendimento inicial ou de urgência

Quando estiver indicado, o uso de antirretrovirais deve ser iniciado idealmente nas primeiras 2 horas após a

exposição, tendo como limite as 72 horas subsequentes.O tempo de uso da profilaxia é de 28 dias

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Profilaxia pós-exposição sexual Considerações finais

• As estratégias centrais da política brasileira de prevenção às DST e ao HIV incluem – abordagens direcionadas para reduzir vulnerabilidade, – adoção de práticas sexuais seguras– promoção de direitos humanos – redução do estigma e da discriminação

O uso de medicamentos não substitui as práticas sexuais seguras com uso de preservativos.

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Conteúdos do Suplemento III

• Recomendações para profilaxia pós-exposição ocupacional ao HIV e HV

• Recomendações para abordagem da violência sexual• Profilaxia pós-exposição sexual ao HIV• Estratégias de redução de risco de transmissão sexual

do HIV no planejamento da reprodução entre PVHA

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Considerações gerais da resposta nacional à epidemia

• Aumento da expectativa e qualidade de vida

• Queda da mortalidade

• Redução da Transmissão Vertical do HIV

• No período 2008 a 2009 aproximadamente 6 mil mulheres que

sabidamente viviam com HIV engravidaram

• Pesquisas indicam que o planejamento de reprodução é

insuficientemente abordado pelas equipes de saúde

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• 3381 casais heterossexuais sorodiscordantes de 7 países africanos foram acompanhados para analisar o risco de transmissão sexual do HIV com o tratamento

• Identificados 103 episódios de transmissão e apenas 1 envolvendo pessoa sob tratamento (ocorreu nos 3 meses inicais de terapia e foi na direção mulher → homem)

• TARV reduziu o risco de transmissão do HIV em 92%: coincide com estudos anteriores

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Organização Mundial da Saúdepublica em 2006 recomendações para planejamento da

reprodução em regiões com recursos limitados

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Planejamento da reprodução para pessoas que vivem e convivem com HIV e aids

• Objetivo do documento: fortalecer os direitos sexuais e reprodutivos das Pessoas que Vivem

com HIV no Brasil

• Elaboração com apoio de interlocutores do campo da prevenção, sociedade civil, Comitês

Assessores em Terapia Antirretroviral para Adultos e Gestantes Infectadas pelo HIV

• Público que se destina a intervenção: pessoas que vivem e convivem com o HIV que desejam

ter filhos

• Cenários abordados no documento:

Concepção entre casais sorodiscordantes – Homem HIV+

Concepção entre casais sorodiscordantes – Mulher HIV+

Concepção entre casais soroconcordantes

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Técnicas com alta densidade tecnológica

• Inseminação Intra-uterina

• Fertilização in Vitro

• Lavagem do esperma

Procedimentos de Reprodução Humana Assistida

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• Pessoa que vive com HIV estar em uso de terapia antirretroviral e boa

adesão ao tratamento

• Sistema imunológico recuperado

• Carga Viral sanguínea indetectável

• Ausência de infecções do trato genital (DST)

• Sem infecções oportunistas ou co-infecções

Técnicas com baixa densidade tecnológica• Autoinseminação• Profilaxia antirretroviral quando planejada a concepção no período fértil

Matthews LT, Mukherjee, JS. AIDS Behav 2009; Barreiro P et al, Human Reproduction 2007

Planejamento da reproduçãoMedidas de redução de risco

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Autoinseminação

Introdução do sêmen na

vagina: medida simples

que pode ser realizada no

serviço de saúde ou no

próprio domicílio

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Reprodução envolvendo pessoas que vivem com HIVConsiderações finais

• As práticas sexuais seguras, com uso de preservativo masculino ou feminino, permanecem a estratégia central de prevenção adotada no Brasil

• O conhecimento atual sobre a diminuição da transmissibilidade, desde que a pessoa que vive com HIV esteja em tratamento, permite desenvolver o planejamento da concepção no contexto do desejo de reprodução, reduzindo riscos para o casal e para o recém nascido

• A decisão sobre as medidas de planejamento familiar devem ser tomadas entre as equipes de saúde junto com os casais

• O MS desenvolve suas estratégias considerando os direitos das pessoas: seu papel é respeitá-los e proporcionar condições para sua decisão informada