Reconstrução de pterossauros com poliestireno extrudido (24o. cbp)
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Reconstrução de esqueletos de pterossauros usando material leve, barato e reciclável
Helder da Rocha www.imaginosaurus.wordpress.com
XXIV CONGRESSO BRASILEIRO DE PALEONTOLOGIA
2 a 6 de agosto de 2015 Crato, Ceará
Escultura científica em XPS
Paleoescultura
Paleoarte: arte paleontológica + referências
Referências são essenciais para justificar as decisões: esqueletos são representações de teorias científicas
Processo científico
Pesquisa paleontológica + pesquisa de materiais (teste, erro, aprendizagem) + execução
Reconstruções de pterossauros
Pesquisa baseada em Fotografias (uma ou mais visões) Desenhos & diagramas Descrições, publicações, opiniões de especialistas
Metas Precisão cien3fica & nível de detalhamento Leveza e resistência Flexibilidade para montar em diferentes posições
Tempo de produção (depende de qualidade, pesquisa, detalhe) Crânios: 3-‐10 dias Esqueletos completos: 4-‐6 semanas
Helder da Rocha
Paleoescultor desde 2012
Apenas pterossauros
Apenas escultura em XPS
3 esqueletos completos + 4 crânios diferentes
Obras expostas em congressos e museus
Pterossauros
Guidraco (esqueleto), Anhanguera (crânio), Tupandactylus (crânio), Dsungaripterus (crânio), Tupuxuara (esqueleto), Caupedactylus (crânio), Tapejara (esqueleto)
Guidraco venator (2012)
Modelo "frankenstein" sem precisão científica
Anhanguera piscator (2012)
Baseado em Kellner & Tomida, 2000
Tupandactylus imperator (2013)
(teeth still missing)
Dsungaripterus weii (2013)
Tupuxuara leonardii (2013)
Tupuxuara leonardiiPrêmio de escultura do concurso de paleoarte do blog Colecionadores de ossos (2012)
Exposto no I Simposio de Dinossauros e Rio Ptero 2013 (Simposio Internacional de Pterossauros)
Menções em blogs Tetrapod Zoology SciaAm (Darren Naish) e Pterosaur Heresies (David Peters)
Caupedactylus ybaka (2013)
Fonte: site da Paleodirect
Tapejara wellnhoferi (2014)
Museu de Dinossauros de Peirópolis, Uberaba, MG
Instituto Geológico de
Lisboa, Portugal
Características de uma réplica
Forma de uso
Interno ou externo
Exibição ou manipulação
Qualidade (adequação deve considerar a forma de uso)
Precisão científica e nível de detalhamento
Resistência
Peso
Durabilidade
Custo de manutenção
O que deve ser considerado?
Processos de escultura
Aditivo
Processo de adicionar material (ex: cerâmica, metal)
Subtrativo
Processo de remover material (ex: pedra)
Molde (ex: peça + molde de silicone + resina)
Permite reproduzir peças originais
Permite reproduzir réplicas a baixo custo
Paleoescultura em XPS
Muito leve, durável, resistente, para exibição interna
Pode ser construida robusta, para manuseio (+ pesado)
Fácil de esculpir detalhes, permite precisão de medidas (mais fácil em modelos grandes)
Durável, não retém umidade, não encolhe
Relativamente resistente, flexível; resistência e flexibilidade pode ser aumentada com massa acrílica e epoxi
Escultura aditiva e subtrativa + técnicas mistas
"Desenho" em 3D: réplica por comparação (sem moldes)
DesvantagensCurva de aprendizado da técnica exige habilidades manuais
Processo artesanal
Cada peça tem que ser construída todas as vezes
Peças precisam ser copiadas (por comparação) sem moldes
Resistência é relativa
Suficiente para instalações e manuseio simples
Insuficiente para uso externo e manuseio "teste de resistência"
Adequado para uso interno
AlternativasGesso, resina, fibra de vidro
Ideal para usar moldes Cera e galvanoplastia Madeira, papel e cartão
Também reciclável; processo de construção mais seguro
Pedra (escultura subtrativa), metal (aditiva), etc. Escultura digital 3D + impressão 3D em metal, resina, PVC ... Técnicas mistas
Kai-Xiang Xhong
Philippe Pasqua
Chicago O´Hareby Field Museum (fibra de vidro)
(papelão reciclado)
(cromo)
Jeffrie Parker (3D printer)
Escultura e modelagem com XPS
Aditiva (modelado em folhas finas) e subtrativa (esculpido com estilete e fogo em blocos grossos)
Cópia por comparação (não usa moldes)
Preferencialmente oca
Muito mais leve (só contém ar)
Para objetos com muito espaço interno (vértebras grandes) pode-‐se criar uma estrutura (esqueleto) interna
Material
XPS : Poliestireno extrudido
Fácil de modelar
Fácil de cortar (com estilete)
Não é "isopor" (EPS: poliestireno expandido)
Difícil de cortar com estilete
Frágil (difícil trabalhar com folhas finas, peças ocas, etc.)
Leve e resistente
Resistente a tensão
Compressão reduz fragilidade,amolece o material permitindo amassar, dobrar e modelar
Folhas finas permitem modelar ossos ocos Tapejara crânio: 90g Completo: 300 -‐ 350g
Tupuxuara crânio: 250g Completo: 950g
Barato
Bloco "Depron" 120cm x 60cm x 2.5cm ~R$20
Menos densa, mais grossa, para detalhes
Onde encontrar: Lojas de construção e lixo
Folha "Pluma" 42cm x 60cm x 0.2-‐0.5cm ~R$12,00
Várias densidades, fina, para modelar, textura, etc.
Onde encontrar: Papelarias, bandejas de alimentos
Reciclado: R$0
Reciclável
Encontrado no lixo
Bandejas de alimentos
Isolamento térmico / acústico
Não é material bio-‐degradável e é fabricado em larga-‐escala para uso temporário
A reciclagem do XPS para construção de réplicas duráveis é ecologicamente correto
Processo relativamente seguroBaixa toxicidade (para uso com fogo)
Atóxico para manuseio e modelagem sem queimar
Aquecimento para amolecer e dar textura (sem queimar) libera CO2 e vapor; queima libera menos gases tóxicos que madeira
Aspirar o pó (liberado ao lixar o XPS) é mais tóxico
Muito menos tóxico que gesso, resina ou fibra de vidro
Baixa flamabilidade
Possui retardante de chama: não propaga o fogo
Precauções
Para usar fogo, trabalhar sempre em ambiente ventilado
Usar máscara ao lixar
Aplicações
Esqueletos levíssimos
Fáceis de transportar e instalar: fios de nylon e clipes de papel
Ideal para instalações temporárias, eventos
Menos custos de seguro e instalação
Outros materiais
Massa de modelagem (emulsão de polímero acrílico à base de água)
Cola de isopor, epoxi (araldite), tintas, tingimento natural (cinzas, café), etc.
Opcional: revestimento em epoxi
Trabalhando com XPSDobrando e amassando
Derretendo, adicionando textura, modelando com fogo
Tupandactylus imperator
Tupuxuara leonardii
Ponto de partida: "esboço" em 3D
Textura e corAquecer XPS altera a textura
Áspera (microcrateras)
Permite a aderência da massa acrílica
Massa acrílica à base de água
Fica mais leve com o tempo (evaporação)
Pigmentos misturados à massa acrílica (tintas, corantes naturais): cinzas e café
+ proteçãoEpoxi líquido + verniz fosco
É opcional!Vantagem: aumenta a resistênciaDesvantagens: introduz brilho e perde texturas
Exemplos
1. Construção de Tupuxuara leonardii
2. Construção de Tapejara wellnhoferi
(Baixe apresentações completas e veja descrições maisdetalhadas dos processos em imaginosaurus.wordpress.com)
Pesquisa: TupuxuaraFotos de IMCF 1502 (IWAKI, JP): Tudo menos pelvis, carpos, tarsos, dedos, vértebras dorsais e pré-‐pubis
Outras fontes: artigos e consulta especializada Detalhes limitados à precisão das fotos
Este é um resumo da apresentação: Making of Tupuxuara leonardii
Veja mais em http://www.slideshare.net/helderdarocha/the-imaginary-pterosaur-makingof-tupuxuara-leonardii
Source: ICMF 1502 (Iwaki, JP)
Resolution of skull details is limited since the fossil is not fully prepared
Will use other sources & infer appearance as closely as possible
Material: 5mm XPS foam board
1.0 x 1.2 m
Transfer to foam board
Cut out
Paste together & let dry
I call this a 3D sketch
Stained with coffee
Palate
External 3D details based on photos of the Iwaki specimen Internal 3D details based on articles (Pinheiro & Schultz 2012)
Height (without mandible): 34 cm
Height (with mandible): 36 cm
Width: 12.5 cm
Length : 103 cm Weight: 250 g Time to produce: 5 days
Further improvements may include • Fixes (in case better sources are provided) • Resistance (layers of epoxi – which will also triple the weight)
Assemble
Hollow vertebra
Compare
Compare to source
Thoracic vertebrae w fused ribs
Notarium
Studying the sources
Distal & proximal syncarpals
Bone ends
Ulna: roll
Pesquisa: Tapejara
1. SMNK PAL 1137 Tapejara wellnhoferi (Germany)
2. AMNH 24440 Tapejara wellnhoferi (USA)
3. IMCF 1061 Tapejara wellnhoferi (Japan)
4. MN 6595-‐V Tapejara wellnhoferi (holotype)
+ 8 fontes
osseous labyrinth is well defined, leaving a deep depression
on the endocast around the floccular lobes. The preserva-tion of a small portion of the lateral semicircular canal
suggests that this structure would have completely sur-
rounded the flocculus.
Quadrate
The right quadrate is complete but lies unfused to the other
elements of the skull. The bone is formed by two branches,orientated dorsoventrally and mediolaterally, and con-
nected by a thin diagonal laminae of bone to give the
element an L-shaped appearance in its posterior aspect(Fig. 2; plate 3). The dorsoventrally directed branch is 2.4
times the length of the horizontal branch; the dorsal ter-
mination of the former being smooth and well rounded inposterior view and preserving an oval shaped cross section.
The ventrolateral margin of the bone forms the articular
facet for the mandible where a pronounced sulcus runs inan anteromedial direction. A left quadrate of a comparable
size to that described above is also present in the concretion
but the vertical branch is broken only just dorsal to its base.
Mandible
The mandible is edentulous and preserves a short sym-physis only 44 mm in length, formed by the completely
co-ossified contralateral rami. The dorsal face of the
symphysis is transversely concave and is directed antero-ventrally at an angle of 18!, starting at a point 45 mm
posterior of the rostral tip (Fig. 2; plate 4B). The ventral
margin is almost straight but forms a sagittal crest reachingits maximum depth at the symphysis. In its dorsal aspect
the bone appears as an elongate triangle, three times as
long as it is wide (Fig. 2; plate 4) while the posteriorsection containing the articular facet is missing.
Cervical vertebrae
Four procoelous vertebra, identified as elements of the
cervical series, are observed in various states of preserva-tion (Fig. 4). Two of these are attributed to the middle
cervical column (Fig. 4f–o) while a third is identified as the
7th cervical. The remaining element represents the isolatedaxis (Fig. 4a–e).
Fig. 4 Cervical elements of Tapejara wellnhoferi, SMNK PAL 1137,where: A–E axis in lateral (A), anterior (B), posterior (C), dorsal(D) and ventral view (E); F–J cervical vertebra in lateral (F), anterior(G), posterior (H), dorsal (I) and ventral view (J); K–O, cervicalvertebra in lateral (K), anterior (L), posterior (M), dorsal (N) and
ventral view (O); P–T, 7th cervical vertebra in lateral (P), anterior(Q), posterior (R), dorsal (S) and ventral view (T). f foramen, ncneural canal, ns neural spine, pe postexapophysis, pre preexapoph-ysis, pz postzygapophysis, prz prezygapophysis, vc vertebral condyle
K. Eck et al.
Este é um resumo da apresentação: Making of Tapejara wellnhoferi
Veja mais em http://www.slideshare.net/helderdarocha/the-imaginary-pterosaur-making-of-tapejara-wellnhoferi
ScalingReplica is 25% larger than reference size of young individual
51
Bone constructionFully documented at http://imaginosaurus.wordpress.com/2013/08/28/imaginary-pterosaur-7-finished/
52
SMNK PAL 1137 limestone slabApproximate reconstruction (using bones of one pterosaur)
53
Neurocranium version 1replica of SMNK PAL 1137
http://imaginosaurus.wordpress.com/2013/07/06/unfinished-tapejara-skull/
54
Cervical vertebrae
Sources: 4 specimens (SMNK, IMCF Tapejara and Tupuxuara, AMNH)
55
Cervical vertebrae
http://imaginosaurus.wordpress.com/2013/07/15/tapejara-cervical-vertebrae/
56
Fingers
http://imaginosaurus.wordpress.com/2013/08/01/tapejaras-hands-and-feet/
57
Pectoral girdle
http://imaginosaurus.wordpress.com/2013/08/19/tapejara-pectoral-girdle/
58
Feet
http://imaginosaurus.wordpress.com/2013/08/01/tapejaras-hands-and-feet/
59
Conclusões
Reconstruções esculturais de pterossauros usando XPS são uma alternativa às soluções tradicionais
Material barato, leve, reciclável e fácil de obter
Processo menos tóxico que métodos tradicionais
Réplicas relativamente resistentes e detalhadas; adequadas para uso interno
Trabalho é artesanal: não produz "cópias": trabalho é repetido a cada reconstrução mesmo que idêntica; não usa moldes -‐ peça precisa ser recriada por comparação a original ou fotos
OficinaRealizada durante 24o. Congresso Brasileiro de Paleontologia usando técnicas descritas nesta apresentação
12 horas (3 dias) -‐ 15 participantes
Referências
Reconstruções de pterossauros (Helder da Rocha)
The Imaginary Pterosaur: http://imaginosaurus.wordpress.com É um blog, e deve ser lido de trás para frente. Os posts contém todo o processo de construção dos pterossauros, que foi descrito em detalhes durante a sua construção, com referências de pesquisa paleontológica e de materiais
The Imaginary Pterosaur: Making of Tupuxuara leonardii. March 2013. http://www.slideshare.net/helderdarocha/the-imaginary-pterosaur-makingof-tupuxuara-leonardii
The Imaginary Pterosaur: Making of Tapejara wellnhoferi. August 2014. http://www.slideshare.net/helderdarocha/the-imaginary-pterosaur-making-of-tapejara-wellnhoferi
Referências paleontológicas (artigos, fontes de fotografias, etc.), específicas de cada projeto, estão incluídas nas apresentações acima