Recordacao Das Existencias Anteriores
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14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 1 de 90
INDICE
OBJETIVO DA AULA............................................................................................................................. 3
BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL................................................................................................................... 3
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR.......................................................................................................3
ENTENDENDO O ESPIRITISMO...........................................................................................................4
O LIVRO DOS ESPÍRITOS.................................................................................................................... 5
CAPÍTULO IV - DA PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS......................................................................5
(QUESTÕES 166 A 170) - A REENCARNAÇÃO...........................................................................5
(QUESTÃO 171) - JUSTIÇA DA REENCARNAÇÃO.....................................................................5
(QUESTÕES 172 A 188) - ENCARNAÇÃO NOS DIFERENTES MUNDOS..................................5
(QUESTÕES 189 A 196) - TRANSMIGRAÇÕES PROGRESSIVAS.............................................7
(QUESTÕES 197 A 199) - SORTE DAS CRIANÇAS DEPOIS DA MORTE..................................8
(QUESTÕES 200 A 202) - SEXO NOS ESPÍRITOS.....................................................................8
(QUESTÕES 203 A 206) - PARENTESCO, FILIAÇÃO.................................................................8
(QUESTÕES 207 A 217) - PARECENÇAS FÍSICAS E MORAIS..................................................9
(QUESTÕES 218 A 221) - IDÉIAS INATAS...................................................................................9
CAPÍTULO V - CONSIDERAÇÕES SOBRE A PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS..........................10
(QUESTÃO 222) - O DOGMA DA REENCARNAÇÃO................................................................10
CAPÍTULO VI - DA VIDA ESPÍRITA....................................................................................................10
(QUESTÕES 223 A 233) - ESPÍRITOS ERRANTES...................................................................10
(QUESTÕES 234 A 236) - MUNDOS TRANSITÓRIOS..............................................................11
(QUESTÕES 237 A 256) - PERCEPÇÕES, SENSAÇÕES E SOFRIMENTOS DOS ESPÍRITOS
..................................................................................................................................................... 12
(QUESTÃO 257) - ENSAIO TEÓRICO DA SENSAÇÃO NOS ESPÍRITOS.................................13
(QUESTÕES 258 A 273) - ESCOLHA DAS PROVAS.................................................................13
(QUESTÕES 274 A 290) - AS RELAÇÕES NO ALÉM TÚMULO................................................15
(QUESTÕES 291 A 303) - RELAÇÕES DE SIMPATIA E DE ANTIPATIA ENTRE OS
ESPÍRITOS. METADES ETERNAS.............................................................................................16
(QUESTÕES 304 A 319) - RECORDAÇÃO DA EXISTÊNCIA CORPÓREA...............................17
O OLVIDO TEMPORÁRIO...................................................................................................................19
LEI DE AÇÃO E REAÇÃO OU LEI DO CARMA...................................................................................20
LEI DE CAUSA E EFEITO...................................................................................................................24
A LEI DE CAUSA E EFEITO................................................................................................................25
SERMÃO DA MONTANHA..................................................................................................................27
JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES SEGUNDO ALLAN KARDEC....................................................................28
CAUSAS ATUAIS DAS AFLIÇÕES......................................................................................................29
AFLIÇÕES ATUAIS – CONTO.............................................................................................................31
CAUSAS ANTERIORES DAS AFLIÇÕES...........................................................................................34
ESQUECIMENTO DO PASSADO........................................................................................................36
INSTRUÇÃO DOS ESPÍRITOS - BEM SOFRER E MAL SOFRER - O MAL E O REMÉDIO..............37
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 2 de 90
CAUSAS ANTERIORES DAS AFLIÇÕES...........................................................................................38
A FELICIDADE NÃO É DESTE MUNDO.............................................................................................43
PERDA DE PESSOAS AMADAS - MORTES PREMATURAS.............................................................44
UM HOMEM DE BEM TERIA MORRIDO.............................................................................................45
DESAVENÇA FAMILIAR - OSVALDO SHIMODA................................................................................49
CASO CLÍNICO.................................................................................................................................... 51
PECADO POR PENSAMENTO- ADULTÉRIO.....................................................................................56
COMENTÁRIOS DE ALLAN KARDEC:................................................................................................56
VERDADEIRA PUREZA - MÃOS NÃO LAVADAS...............................................................................56
ESCANDÁLO- SE VOSSA MÃO É MOTIVO, CORTAI- A....................................................................58
INSTRUÇÃO DOS ESPÍRITOS............................................................................................................59
HISTÓRIA INFÂNTIL - AS TRÊS CRIANÇAS......................................................................................59
EVANGELHO NO LAR......................................................................................................................... 74
Como é realizado?............................................................................................................................... 74
Importante............................................................................................................................................ 75
ESQUECIMENTO DO PASSADO - ANDRÉA AZEVEDO....................................................................77
PERGUNTAS/RESPOSTAS:...............................................................................................................79
PLANO DE IDÉIAS Nº 01..................................................................................................................... 90
DAR É MELHOR QUE RECEBER – ("NÃO TENHO OURO NEM PRATA, ...... EU TE DOU")...90
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 3 de 90
OBJETIVO DA AULA
Falar sobre o Evangelho no Lar;
Ilustrar os mecanismos divinos de reajuste dentro das familias;
Imortalidade da alma, as ações do passado refletindo no presente;
Indagar sobre que forças nos impulsionam à pratica do bem;
Mostrar a matéria como palco de grandes experiências e a reencarnação como
grande oportunidade;
Mostrar que o esquecimento do passado espiritual nos ajuda a retomar o caminho da
evolução
BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL
O Evangelho Segundo o Espiritismo – (Allan Kardec) Capitulo
O Livro dos Espiritos – (Allan Kardec)Questões de 166 a
319
Iniciação Espírita - (Diversos) – 5ª Edição Editora Aliança
O Consolador - (Emmanuel / F C Xavier)
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
Na Semeadura I - (Edgard Armond) 64 – 84 – 140 - 233
Na Semeadura II - (Edgard Armond) 69
Respondendo e Esclarecendo - (Edgard Armond)
35 – 53 – 83 – 99 –
185 – 189 – 245 –
280 – 285 - 289
Entendendo o Espiritismo – (Autores Diversos) 14
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 4 de 90
ENTENDENDO O ESPIRITISMO
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 5 de 90
O LIVRO DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO IV - DA PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS
(QUESTÕES 166 A 170) - A REENCARNAÇÃO
166Não alcançando a perfeição durante a vida corpórea o espírito precisa sofrer a
prova de uma nova existência.
A Essa existência de transformação é necessária que seja na vida corporal.
B A alma passa por muitas existências corporais.
C A alma que deixou um corpo reencarna em outro corpo.
167O objetivo da reencarnação é o melhoramento progressivo da Humanidade.
Sem isto, onde a justiça?
168Quando o espírito estiver depurado não tem mais necessidade das provas da
vida corporal.
169O número necessário de encarnações varia para cada espírito, todavia são
muito numerosas.
170 Depois da última encarnação o espírito é considerado puro.
(QUESTÃO 171) - JUSTIÇA DA REENCARNAÇÃO
171A reencarnação se fundamenta na justiça de Deus. Não seria justo a
infelicidade eterna sem o erro eterno.
(QUESTÕES 172 A 188) - ENCARNAÇÃO NOS DIFERENTES MUNDOS
172A encarnação se nos dá diferentes mundos. Na Terra não foram as primeiras
nem as últimas.
173Vive-se bastante num mesmo globo, se não se adiantou suficiente para passar
a um mundo superior.
A Podemos reaparecer muitas vezes na Terra.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 6 de 90
B Podemos voltar a viver na Terra, depois de termos vivido em outros mundos.
174Voltar a viver na Terra não é obrigatório, mas em não havendo progresso
podemos ir para outro mundo igual ou até pior.
175 Não há nenhuma vantagem voltar a viver na Terra, a não que seja em missão.
APermanecer na condição de espírito (enquanto não se atingir a perfeição) não
seria bom porque isto significaria estacionar.
176Depois de encarnar noutros mundos, os espíritos podem encarnar na Terra,
sem jamais terem aqui estado.
AExistem muitos seres encarnados pela primeira vez na Terra, e em diversos
graus de adiantamento.
B Não há utilidade em saber quem está encarnado pela primeira vez na Terra.
177Não é necessário que o espírito para chegar à perfeição tenha que passar por
todos os mundos existentes no Universo.
AA pluralidade das existências num mesmo planeta se deve às necessidades de
vivermos em diversas posições.
178Os espíritos em missão podem encarnar em um planeta inferior a outro onde já
viveu.
AEm caso de estacionamento do progresso os espíritos recomeçam outra
existência no meio conveniente à sua natureza.
BOs espíritos que faliram em suas missões ou suas provas recomeçam
existência semelhante.
179Em outros mundos, os seres não estão todos no mesmo nível de perfeição, uns
estão mais adiantados que outros.
180Passando de um planeta para outro, o espírito conserva a inteligência que já
possuía.
181Os seres que habitam outros mundos têm corpos mais ou menos materiais,
compatíveis com o grau de aperfeiçoamento.
182Os Espíritos só podem informar o estado físico e moral dos diferentes mundos
conforme o nosso entendimento.
183Existe a transição da infância nos diferentes mundos, mas nem todas são tão
obtusas quanto Terra.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 7 de 90
184Os espíritos não sempre podem escolher o mundo onde desejam habitar,
depende do mérito de cada um.
ACaso o espírito nada solicite, ele reencarnará em um mundo compatível com o
seu grau de evolução.
185O estado físico e moral dos seres em cada mundo evoluem conforme a lei do
progresso.
186 Existem mundos em que a envoltória do espírito é o próprio perispírito.
A Não existe estado demarcatório entre as últimas encarnações e o espírito puro.
187Ao passar de um mundo para outro, o espírito se reveste da matéria própria
desse outro.
188Os espíritos puros habitam “determinados” mundos, sem que a eles fiquem
ligados permanentemente.
(QUESTÕES 189 A 196) - TRANSMIGRAÇÕES PROGRESSIVAS
189Em sua origem, a vida do espírito é apenas intuitiva. Mal tem consciência de si
e dos seus atos.
190 O estado da alma na sua primeira encarnação é a da infância da vida corporal.
191A alma dos selvagens é de infância relativa, a inteligência desabrocha e ensaia
para a vida.
ANo selvagem as paixões são um sinal de desenvolvimento, mas não de
perfeição.
192Mesmo que alguém proceda impecavelmente, não conseguirá ser perfeito,
existem qualidades ainda desconhecidas.
AMas o homem pode reduzir a extensão e as dificuldades do caminho numa
existência futura.
193 Um homem pode retroceder na escala social, como espírito não.
194Um homem de bem não pode animar o corpo de um celerado, pois não existe
degeneração.
A Um homem perverso pode tornar-se bom, se arrepender-se.
195Deixar para se melhorar noutra existência significa retardar o progresso, mais
tarde o espírito verificará o próprio erro.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 8 de 90
196Os espíritos aperfeiçoam-se pelas tribulações da vida material, uma espécie de
depurador para atingir a perfeição.
A É o espírito que influencia o corpo para que o conjunto melhore.
(QUESTÕES 197 A 199) - SORTE DAS CRIANÇAS DEPOIS DA MORTE
197 O espírito de uma criança pode ser mais adiantado do que o de um adulto.
A Freqüentemente a criança é mais evoluída que o seu pai.
198Uma criança que morreu cedo, não tendo podido fazer mal nem bem,
permanece na mesma categoria espiritual.
199A curta duração de uma vida pode representar o complemento de outra vida
interrompida antes da hora.
A O espírito de uma criança que morre pequenina recomeçará outra existência.
(QUESTÕES 200 A 202) - SEXO NOS ESPÍRITOS
200Os espíritos não têm sexo como nos entendemos, há entre eles amor, simpatia
e concordância de sentimentos.
201O espírito que animou o corpo de um homem pode animar o de uma mulher e
vice-versa.
202O espírito nasce homem ou mulher em função das provas por que tem de
passar.
(QUESTÕES 203 A 206) - PARENTESCO, FILIAÇÃO
203Os pais transmitem aos filhos somente a vida material, a alma adiciona a vida
moral.
204A sucessão de existências corporais estabelece entre os espíritos ligações que
ultrapassam a parentela comum.
205A reencarnação não enfraquece os laços de família, ampliam-os, muitos estão
ligados por laços de sangue de vida anterior.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 9 de 90
AA reencarnação diminui a importância da genealogia, os espíritos transitam
entre povos e raças diversas.
206Devemos ter afeição pelos antepassados mesmo que os espíritos não
procedam uns dos outros.
(QUESTÕES 207 A 217) - PARECENÇAS FÍSICAS E MORAIS
207Os pais transmitem aos filhos a aparência física, a aparência moral fica por
conta das diferença entre os espíritos.
AAs semelhanças morais têm causa na atração recíproca entre espíritos
simpáticos e pela analogia de pendores.
208Os pais exercem grande influência sobre os filhos tendo como tarefa e
responsabilidade desenvolve-os pela educação.
209Pais virtuosos podem ter filhos perversos a pedido destes na esperança de
serem mais bem encaminhados.
210As preces do pais não têm a força de atrair um bom espírito para o corpo em
formação, mas ajuda o reencarnante.
211A semelhança de caráter que muitas vezes existe entre irmãos, está na
semelhança de tendências.
212Em crianças cujos corpos nascem ligados há dois espíritos cuja semelhança,
às vezes, nos pareça um só.
213Não é regra o fato de irmãos gêmeos serem simpáticos entre si, espíritos
antagônicos podem estar juntos na vida.
214A estória de que crianças “lutam no seio materno”, figuram o sentimento de
ódio recíproco que há entre mãe e filho.
215O caráter distinto de cada povo significa uma grande família formada pela
reunião de espíritos simpáticos.
216Em nova existência os espíritos podem conservar o caráter da anterior, mas
pode melhorar também. E bastante.
217O espírito se reflete no corpo, imprimindo certo cunho, sobretudo ao rosto, daí
se diz que os olhos são o espelho da alma.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 10 de 90
(QUESTÕES 218 A 221) - IDÉIAS INATAS
218O espírito encarnado conserva algum vestígio das existências anteriores
através de vaga lembrança ou “idéias inatas”.
AOs conhecimentos adquiridos por um espírito não se perdem, encarnando
esquece-os em parte, a intuição os conserva.
BNem sempre há grande conexão entre duas vidas consecutivas, às vezes há
mudanças em função do progresso auferido.
219A origem das faculdades extraordinárias de um indivíduo está no progresso
anterior da alma, o corpo muda o espírito não.
220Um espírito pode “perder” (ficam em estado latente) certas faculdades se as
utilizou mal ou se precisa exercitar outras.
221A intuição da existência de Deus se deve ao fato do espírito saber antes de
encarnar. O orgulho abafa este sentimento.
APela mesma razão, certas crenças da Doutrina Espírita são intuitivas, mas
preconceitos e ignorância atrapalham.
CAPÍTULO V - CONSIDERAÇÕES SOBRE A PLURALIDADE DAS
EXISTÊNCIAS
(QUESTÃO 222) - O DOGMA DA REENCARNAÇÃO
222O dogma da reencarnação não é invenção do Espiritismo, é conhecido desde a
mais remota antigüidade.
CAPÍTULO VI - DA VIDA ESPÍRITA
(QUESTÕES 223 A 233) - ESPÍRITOS ERRANTES
223Na Terra, a reencarnação pode ser imediata, mas em geral ocorre a intervalos
mais ou menos longos.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 11 de 90
224No intervalo da encarnações a alma é um espírito errante aspirando um novo
destino.
AOs intervalos duram desde algumas horas a milhares de séculos, mas não
perpétuo, é preciso continuar o progresso.
B Essa duração depende do espírito, para alguns imposta como expiação.
225A erraticidade não é um sinal de inferioridade, existem espíritos de todos os
graus; a encarnação é um estado transitório.
226 Errantes são todos os espíritos desencarnados que precisam reencarnar.
227Os espíritos errantes se instruem observando lugares, conselhos e cursos com
espíritos mais elevados.
228Na matéria os espíritos inferiores conservam suas más paixões, os mais
elevados conservam as boas paixões.
229Para os espíritos é difícil deixar as paixões na Terra, sobretudo para os que as
tem bastante acentuadas.
230Na erraticidade o espírito pode melhorar-se muito, mas é na vida corporal que
ele pratica as idéias que adquiriu.
231 Os espíritos errantes são felizes ou desgraçados conforme seus méritos.
232Os espíritos errantes não podem ir a todos os mundos, podem entrevê-los,
donde nasce o desejo de melhoria.
233Os espíritos purificados descem aos mundos inferiores para auxiliar o
progresso.
(QUESTÕES 234 A 236) - MUNDOS TRANSITÓRIOS
234Existem mundos conforme a natureza dos espíritos a que eles têm acesso,
onde gozam de maior ou menor bem-estar.
AOs espíritos que se encontram nesses mundos são livres para deixá-los, a fim
de irem para onde devam ir.
235Os espíritos progridem nos mundos transitórios ao se instruírem com vistas à
perfeição.
236 Os mundos transitórios são destinos temporários aos espíritos errantes.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 12 de 90
AEsses mundos não são habitados por seres corpóreos, sua superfície é estéril,
pois os habitantes de nada necessitam.
B Estes mundos são estéreis temporariamente.
C Mesmo não tendo belezas naturais, reflete as belezas da imensidade.
D A Terra já pertenceu à categoria de mundo transitório.
E Este fato ocorreu durante sua formação.
(QUESTÕES 237 A 256) - PERCEPÇÕES, SENSAÇÕES E SOFRIMENTOS DOS
ESPÍRITOS
237De volta ao mundo dos espíritos, a alma conserva as percepções que tinha,
além de outras de que não dispunha.
238Os espíritos mais próximos da perfeição sabem mais, os inferiores são mais ou
menos ignorantes acerca de tudo.
239Conforme a elevação e a pureza alcançada os espíritos conhecem o princípio
das coisas.
240A noção do tempo varia na compreensão dos espíritos, daí a dificuldade de
determinar datas ou épocas.
241Dependendo da elevação os espíritos fazem do presente uma idéia mais
precisa do que nós.
242Os espíritos lembram o passado com mais facilidade, mas nem tudo sabem, a
começar da própria criação.
243Quanto ao futuro depende da elevação alcançada. Muitas vezes entrevêem,
mas nem sempre podem revelá-lo.
AMesmo os espíritos perfeitos não têm completo conhecimento do futuro, por
isso só Deus é soberano.
244Os espíritos superiores vêem e compreendem a Deus, os inferiores sentem e
adivinham.
AQuando um espírito inferior diz que Deus lhe proíbe ou permite uma coisa, ele
não vê a Deus, mas sente sua soberania.
BDeus transmite suas ordens por intermédio dos espíritos imediatamente
superiores em perfeição e instrução.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 13 de 90
245A visão dos espíritos superiores não está circunscrita aos olhos como nos seres
corpóreos.
246Para os espíritos superiores não há necessidade de luz para enxergar, com os
inferiores ocorre o inverso.
247Os espíritos superiores, pela rapidez do pensamento, conseguem ver em todas
as partes do globo terrestre.
248 Aos espíritos superiores nada obscurece a visão.
249 Os espíritos superiores ouvem os sons mais imperceptíveis.
ADa mesma forma que a visão, os espíritos superiores, tem a percepção dos
sons não localizada.
250Os espíritos superiores vêem e ouvem apenas o que querem, os inferiores
vêem e ouvem o que lhes possa ser útil.
251Os espíritos superiores são sensíveis à música celeste que está distante como
nossa música do canto do selvagem.
252 Os espíritos são sensíveis às belezas da natureza conforme sua elevação.
253Os espíritos superiores conhecem nossos sofrimentos porque o sofreram, mas
não os experimentam mais.
254Os espíritos superiores não sentem fadiga como nos, repousam diminuindo a
atividade do pensamento.
255Quando um espírito superior sofre não se refere ao sofrimento físico, mas às
angústias morais.
256Espíritos que sentem frio/calor guardam as sensações na razão direta de suas
imperfeições como um reflexo da matéria.
(QUESTÃO 257) - ENSAIO TEÓRICO DA SENSAÇÃO NOS ESPÍRITOS
257O sofrimento dos espíritos guarda relação com o procedimento que tiveram e
cujas conseqüências experimentam.
(QUESTÕES 258 A 273) - ESCOLHA DAS PROVAS
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 14 de 90
258Na erraticidade, um espírito (mediano) escolhe o gênero de provas que há de
passar e nisso consiste o livre-arbítrio.
ADando ao espírito a liberdade de escolher, Deus lhe deixa a inteira
responsabilidade de seus atos e conseqüências.
259O espírito escolhe o gênero de provas e os fatos principais, detalhes e
particularidades obedecem às circunstâncias.
260 Nascer entre gente de má vida é um meio de passar pela prova escolhida.
ASe não houvesse gente de maus costumes na terra, o espírito não encontraria
meio apropriado a certas provas.
261Os espíritos não precisam passar por todos os tipos de prova para atingir a
perfeição.
262Os espíritos ainda primitivos têm a escolha supervisionada, com o seu
desenvolvimento passam eles mesmos a escolher.
AMesmo com o livre-arbítrio, quando o espírito não se mostra apto a escolher o
que lhe será útil, recebe supervisão.
263 A escolha das provas não se dá logo após morte.
264Escolhem-se as provas de acordo com a natureza das faltas, para expiar os
erros e progredir mais depressa.
265Existem espíritos que procuram o vício, por simpatia ou por gosto, mais tarde
compreenderão o próprio erro.
266Escolher provas menos dolorosas não é necessariamente natural, pois o
espírito com certas conquistas pensa d’outra forma.
267Existe a possibilidade de escolha das provas mesmo estando encarnado. A
escolha ocorre durante o sono.
AEspíritos escolhem as riquezas para gozá-la outros para conhecer-lhe as
vicissitudes.
268O espírito sempre passa por provas, que não só as tribulações materiais. Em
certo grau, tem deveres nada penosos.
269O espírito pode escolher uma prova acima de suas forças, como também uma
que não tenha proveito.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 15 de 90
270As vocações, a vontade de seguir uma carreira que não outra, é conseqüência
do progresso efetuado em outra existência.
271Estudando as condições em que deverá progredir, o espírito escolhe o meio
adequado para nascer.
272É possível que espíritos de mundos inferiores ou povos atrasados nasçam na
Terra, mas terão problemas de adaptação.
273É possível que um espírito civilizado nasça entre selvagens, podendo ser
inferior ou bom espírito, dependendo da tarefa.
(QUESTÕES 274 A 290) - AS RELAÇÕES NO ALÉM TÚMULO
274Entre as diferentes ordens de espíritos existe uma hierarquia conforme o grau
de superioridade.
A A ascendência dos espíritos superiores sobre os inferiores é irresistível.
275O poder e a consideração de um homem na Terra na lhe dá supremacia no
mundo espiritual. Exaltados serão rebaixados.
AO “maior” na Terra, pode pertencer à última categoria dos espíritos, enquanto
um servo pode estar na primeira.
276Aquele que foi “grande” na Terra pode perceber a inferioridade, e se orgulhoso
e invejoso, pode sofrer humilhação.
277 O título que se tenha obtido na Terra, de nada vale na vida espiritual.
278Os espíritos das diferentes ordens se reúnem por afinidade formando grupos ou
famílias.
279Os bons espíritos vão a toda parte, mas as regiões superiores são interditadas
ao espíritos imperfeitos.
280A natureza das relações entre bons e maus espíritos é que os primeiros se
ocupam em ajudar os outros a se elevar.
281Os espíritos inferiores se comprazerem em nos induzir ao mal pelo despeito de
não estarem entre os bons.
282Os espíritos se comunicam pelo pensamento através do fluido universal que
envolve todos os mundos.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 16 de 90
283Os espíritos inferiores não conseguem dissimular seus pensamentos aos
espíritos superiores.
284Os espíritos comprovam suas individualidades pelo perispírito, tal como faz o
corpo entre nós.
285 Os espíritos se reconhecem perfeitamente após a morte.
A Os espíritos se reconhecem também, pela lembrança de vidas pretéritas.
286Os espíritos desencarnados não vêem de imediato parentes e amigos que o
antecederam, é necessário algum tempo.
287A alma é acolhida como bem-amado irmão se justo, a do mal como um ser
desprezível.
288 Espíritos maus ficam satisfeitos quando vêem seres que se lhes assemelham.
289Parentes e amigos vão ao encontro da alma a quem são afeiçoados e ajudam-
na a desprender-se dos liames corporais.
290 A reunião com parentes e amigos após a morte, depende da elevação deles.
(QUESTÕES 291 A 303) - RELAÇÕES DE SIMPATIA E DE ANTIPATIA ENTRE OS
ESPÍRITOS. METADES ETERNAS
291Além da simpatia oriunda da semelhança entre os espíritos existem afeições
particulares não expostas às paixões.
292Os espíritos impuros alimentam o ódio entre si. E são eles que insuflam nos
homens as inimizades e as dissensões.
293Apenas os espíritos imperfeitos conservam o ressentimento que tiveram entre
si na Terra.
294A lembrança de atos maus praticados por dois homens é um obstáculo à sua
união.
295Após a morte, aqueles a quem fizemos mal, nos perdoam se forem bons, se
maus ficam ressentidos e nos perseguem.
296Os espíritos aperfeiçoados não estão sujeitos a enganar-se nas afeições a que
se dedicam.
297As afeições da Terra continuam no mundo dos espíritos, sendo mais sólidas do
que eram, por não terem interesses.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 17 de 90
298Não existe a predestinação de duas almas na sua origem, e que fatalmente se
unirão.
299Não é correta a palavra “metade” para designar espíritos simpáticos. Um
espírito sendo metade de outro seria incompleto.
300Para os espíritos perfeitos a união é com todos. Para os inferiores, quando um
se eleva já não simpatiza com os demais.
301A simpatia que atrai um espírito para outro resulta da perfeita concordância de
seus pendores e instintos.
302A identidade necessária à existência da simpatia perfeita é baseada na
igualdade dos graus de elevação.
303 Todos os espíritos que hoje não são simpáticos entre si, no futuro serão.
A Um espírito pode deixar de ser simpática a outro se um deles se aperfeiçoar.
(QUESTÕES 304 A 319) - RECORDAÇÃO DA EXISTÊNCIA CORPÓREA
304 Um espírito pode lembrar-se das muitas existências que teve na Terra.
305A lembrança de existências anteriores não ocorre logo após a morte, vem-lhe
pouco a pouco e à medida que nela se fixa.
306A lembrança não é pormenorizada, mas de conformidade com as
conseqüências que delas resultaram na situação atual.
AUm espírito pode se lembrar dos mais minuciosos pormenores, não o faz,
porém se não tiver utilidade.
BUm espírito mediano já vê e compreende melhor do que em vida a necessidade
do progresso espiritual.
307Um espírito pode rever o passado pelo esforço da imaginação ou através de
um quadro que se lhe apresente à vista.
308Um espírito pode recordar-se de todas as existências passadas, mas não se
recorda de modo absoluto de tudo.
309Um espírito mediano vê o seu corpo como uma veste imprestável da qual se
desembaraça, feliz por estar livre dela.
AUm espírito mediano quase sempre se conserva indiferente ao espetáculo do
seu corpo em decomposição.
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310Alguns espíritos reconhecem depois de algum tempo, coisas que lhe tenham
pertencido, dependendo da sua elevação.
311Um espírito mediano pode ser atraído pelos objetos materiais que deixou, para
outros a atração são as pessoas.
312Freqüentemente os espíritos se lembram dos sofrimentos por que passaram na
última existência.
313Os espíritos inferiores deploram os prazeres materiais perdidos na Terra, os
elevados preferem a felicidade eterna
314Os espíritos que interromperam trabalhos relevantes costumam influenciar
outros encarnados para ultimá-los.
315Os espíritos que deixaram trabalhos de arte ou literatura apreciam suas obras,
de outro ponto de vista.
316Os espíritos se interessam pelos trabalhos executados na Terra apenas no que
promova o progresso dos encarnados.
317Para espíritos elevados, a pátria é o Universo, na Terra, a pátria é onde está o
maior número das pessoas simpáticas.
318As idéias dos espíritos sofrem grandes modificações à medida que eles perdem
a influência da matéria.
319Mesmo tendo vivido a vida espírita antes da reencarnação, o espírito não se
lembra do fato, a lembrança vem aos poucos.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 19 de 90
O OLVIDO TEMPORÁRIO
O esquecimento, nessas existências fragmentárias, obedecendo às leis superiores
que presidem ao destino, representa a diminuição do estado vibratório do Espírito,
em contacto com a matéria. Esse olvido é necessário, e, afastando-se os benefícios
espirituais que essa questão implica, à luz das concepções científicas, pode esse
problema ser estudado atenciosamente.
Tomando um novo corpo, a alma tem necessidade de adaptar-se a esse
instrumento. Precisa abandonar a bagagem dos seus vícios, dos seus defeitos, das
suas lembranças nocivas, das suas vicissitudes nos pretéritos tenebrosos. Necessita
de nova virgindade; um instrumento virgem lhe é então fornecido. Os neurônios
desse novo cérebro fazem a função de aparelhos quebradores da luz; o sensório
limita as percepções do Espírito, e, somente assim, pode o ser reconstruir o seu
destino. Para que o homem colha benefícios da sua vida temporária, faz-se mister
que assim seja.
Sua consciência é apenas a parte emergente da sua consciência espiritual; seus
sentidos constituem apenas o necessário à sua evolução no plano terrestre. Daí, a
exigüidade das suas percepções visuais e auditivas, em relação ao número
inconcebível de vibrações que o cercam.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 20 de 90
LEI DE AÇÃO E REAÇÃO OU LEI DO CARMA
O carma, expressão vulgarizada entre os hindus, que em sânscrito quer dizer
«ação», a rigor, designa «causa e efeito», de vez que toda ação ou movimento
deriva de causa ou impulsos anteriores. Para nós expressará a conta de cada um,
englobando os créditos e os débitos que, em particular, nos digam respeito. O
carma, expressão vulgarizada entre os hindus, que em sânscrito quer dizer «ação»,
a rigor, designa «causa e efeito».
Por isso mesmo, há conta dessa natureza, não apenas catalogando e definindo
individualidades, mas também povos e raças, estados e instituições. (Ver:
Provações coletivas)
Para melhor entender o «carma» ou «conta do destino criada por nós mesmos»,
convém lembrar que o Governo da Vida possui igualmente o seu sistema de
contabilidade, a se lhe expressar no mecanismo de justiça inalienável.
Se no círculo das atividades terrenas qualquer organização precisa estabelecer um
regime de contas para basear as tarefas que lhe falem à responsabilidade,
a Casa de Deus, que é todo o Universo, não viveria igualmente sem ordem.
A Administração Divina por isso mesmo, dispõe de sábios departamentos para
relacionar, conservar, comandar e engrandecer a Vida Cósmica, tudo pautando sob
a magnanimidade do mais amplo amor e
Nas sublimadas regiões celestes de cada orbe entregue à inteligência e à razão, ao
trabalho e ao progresso dos filhos de Deus, fulguram os gênios angélicos,
encarregados do rendimento e da beleza, do aprimoramento e da ascensão da Obra
Excelsa, com ministérios apropriados à concessão de empréstimos e moratórias,
créditos especiais e recursos extraordinários a todos os Espíritos encarnados ou
desencarnados, que os mereçam, em função dos serviços referentes ao Bem
Eterno;
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 21 de 90
e, nas regiões atormentadas, varridas por ciclones de dor regenerativa, temos os
poderes competentes para promover a cobrança e a fiscalização, o reajustamento e
a recuperação de quantos se fazem devedores complicados ante a Divina Justiça,
poderes que têm a função de purificar os caminhos evolutivos e circunscrever as
manifestações do mal.
As religiões na Terra, por esse motivo, procederam acertadamente, localizando o
Céu nas esferas superiores e situando o Inferno nas zonas inferiores, porquanto,...
nas primeiras, encontramos a crescente glorificação do Universo e, nas segundas, a
purgação e a regeneração indispensáveis à vida, para que a vida se acrisole e se
eleve ao fulgor dos cimos.
Em assuntos da lei de causa e efeito, é imperioso não olvidar que todos os valores
da vida, desde as mais remotas constelações à mais mínima partícula subatômica,
pertencem a Deus, cujos inabordáveis desígnios podem alterar e renovar, anular ou
reconstruir tudo o que está feito.
Assim, pois, somos simples usufrutuários da Natureza que consubstancia os
tesouros do Senhor, com responsabilidade em todos os nossos atos, desde que já
possuamos algum discernimento.
O Espírito, seja onde for, encarnado ou desencarnado, na Terra ou noutros
mundos, gasta, em verdade, o que lhe não pertence, recebendo por empréstimos do
Eterno Pai os recursos de que se vale para efetuar a própria sublimação no
conhecimento e na virtude.
Patrimônios materiais e riquezas da inteligência, processos e veículos de
manifestação, tempo e forma, afeições e rótulos honoríficos de qualquer
procedência são de propriedade do Todo-Misericordioso, que no-los concede a título
precário, a fim de que venhamos a utilizá-los no aprimoramento de nós mesmos,
marchando nas largas linhas da experiência, de modo a entrarmos na posse
definitiva dos valores eternos, sintetizados no Amor e na Sabedoria com que, em
futuro remoto, Lhe retrataremos a Glória Soberana.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 22 de 90
Desde o elétron aos gigantes astronômicos da Tela Cósmica, tudo constitui
reservas das energias de Deus, que usamos, em nosso proveito, por permissão
dEle, de sorte a promovermos, com firmeza, nossa própria elevação a Sua
Majestade Sublime.
Dessa maneira, é fácil perceber que, após conquistarmos a coroa da razão, de tudo
se nos pedirá contas no momento oportuno, mesmo porque não há progresso sem
justiça na aferição de valores.
Fazemos errada conceituação de vida na Terra, quando nos achamos sempre
dispostos a senhorear indebitamente os recursos do estágio humano, em terras e
casas, títulos e favores, prerrogativas e afetos, arrastando, por toda a parte, as
algemas do mais gritante egoísmo...
No mundo o homem inteligente deve estar farto de saber que todo conceito de
propriedade exclusiva não passa de simples suposição. Por empréstimo, sim, todos
os valores da existência lhe são adjudicados pela Providência Divina, por
determinado tempo, de vez que a morte funciona como juiz inexorável, transferindo
os bens de certas mãos para outras e marcando com inequívoca exatidão o proveito
que cada Espírito extrai das vantagens e concessões que lhe foram entregues pelos
Agentes da Infinita Bondade. Aí, vemos os princípios de causa e efeito, em toda a
força de sua manifestação, porque, no uso ou no abuso das reservas da vida que
representam a eterna Propriedade de Deus, cada alma cria na própria consciência
os créditos e os débitos que lhe atrairão inelutavelmente as alegrias e as dores, as
facilidades e os obstáculos do caminho. Quanto mais amplitude em nossos
conhecimentos, mais responsabilidade em nossas ações. Através de nossos
pensamentos, palavras e atos, que nos fluem, invariáveis, do coração, gastamos e
transformamos constantemente as energias do Senhor, em nossa viagem evolutiva,
nos setores da experiência, e, do quilate de nossas intenções e aplicações, nos
sentimentos e práticas da marcha, a vida organiza, em nós mesmos, a nossa conta
agradável ou desagradável ante as Leis do Destino.
Informações do Espírito André Luiz, conforme instruções do Espírito Sânzio.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 23 de 90
Tudo de bom ou ruim que você fizer hoje, algo de força equivalente amanhã irá lhe
beneficiar ou prejudicar, seja nesta ou em outra vida. "A cada um será dado de
acordo com suas obras." Não existe escapatória ou subterfúgios perante as Leis de
Deus. Existe, sim, uma possível abreviação do carma. Através da prática do bem e
da caridade, um espírito pode alterar ou diminuir sua dívida cármica.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 24 de 90
LEI DE CAUSA E EFEITO
Encetando, pois, a sua iniciação no plano espiritual, de consciência desperta e
responsável, o homem começa a penetrar na essência da lei de causa e efeito,
encontrando em si mesmo os resultados enobrecedores ou deprimentes das
próprias ações.
Quando dilacerado e desditoso, grita a própria aflição, ao longo dos largos
continentes do Espaço Cósmico, reunindo-se a outros culpados do mesmo jaez,
com os quais permuta os quadros inquietantes da imaginação em desvario, tecendo,
com o plasma sutil do pensamento contínuo e atormentado, as telas infernais em
que as conseqüências de suas faltas se desenvolvem, mediante as profundas e
estranhas fecundações de loucura e sofrimento que antecedem as reencarnações
reparadoras; (Ver: Sofrimento espiritual)
contudo, é também aí que começa, sobrepairando o inferno e o purgatório do
remorso e da crueldade, da rebelião e da delinqüência, o sublime apostolado dos
seres que se colocam em harmonia com as Leis Divinas, almas elevadas e heróicas
que, em se agrupando intimamente, tocadas de compaixão pelos laços que
deixaram no mundo físico, iniciam, com a inspiração das Potências Angélicas, o
serviço de abnegação e renúncia, com que a glória e a divindade do amor edificam o
império do Sumo Bem, no chamado Céu, de onde vertem mais ampla luz sobre a
noite dos homens. - André Luiz - Pedro Leopoldo-MG, 19 de Março de 1958
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 25 de 90
A LEI DE CAUSA E EFEITO
Tudo o que fizermos ao próximo, de bem ou mal, retornará para nós. É a chamada
Lei de Ação e Reação, plantio e colheita. Tem um exemplo na Lei da Física,
explicada por Newton, onde toda ação tem uma reação contrária, de mesma
intensidade e sentido oposto.
Nosso mundo é de segunda categoria, classificado como de Provas e Expiações.
As expiações são a colheita nesta ou nas próximas existências do erro que
tenhamos praticado em outras vidas. Não é um castigo, pois Deus não castiga. É
sim a oportunidade de compreendermos nossos atos indevidos, sofrendo em nós
mesmos o que fizemos outro sofrer. Com isso, nosso espírito absorve a experiência,
a terá a tendência de não mais praticá-lo.
Jesus fala da Expiação na passagem onde ocorre sua prisão, que está em
Mateus, XXVI; 52.
“Então, disse Jesus a Pedro: Mete no seu lugar a tua espada: porque todos os
que lançarem mão da espada, à espada morrerão”.
Nesta passagem, o apóstolo Pedro tentava defender Jesus, ameaçando um
guarda com uma espada. E até neste difícil momento, Jesus aproveitou para nos
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 26 de 90
ensinar o quanto devemos pensar antes de agir. Caso contrário, não poderemos
reclamar do que nos espera no futuro.
As provas são as situações que ocorrem em nossa vida para ajudar-nos a
desenvolvermos a paciência, a inteligência, a humildade e a perseverança. Não têm
nada a ver com atos cometidos em outras vidas. Deus as coloca em nosso caminho
com o intuito de nos incentivar no desenvolvimento de nossos sentimentos e
habilidades, fazendo-nos ter “jogo de cintura” e sensatez frente aos percalços da
vida.
Com esta compreensão, no próximo tópico vamos entender sobre "O Perispírito e o
Fluido Universal"
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 27 de 90
SERMÃO DA MONTANHA
No sermão da Montanha, disse Jesus:
"Bem- Aventurados os que choram; porque serão consolados.
Bem- Aventurados os que tem fome e sede de justiça; porque eles serão fartos.
Bem- Aventurados os que padecem perseguição por amor de justiça; porque deles é
o reino dos Céus." (Mateus, V:5, 6 e 10)
E, levantando ele os olhos para seus discípulos, dizia:
"Bem-aventurados vós os pobres, porque vosso é o Reino de Deus.
Bem-aventurados os que agoira tendes fome, porque vós sereis fartos." (Lucas, VI:
20 e 21)
"Mas ai de vós os que sois ricos, porque tendes a vossa consolação.
Ai de vós os que estais fartos, porque vireis a ter fome.
Ai de vós que agoira rides, porque gemereis e chorareis." (Lucas VI, 24 e 25)
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 28 de 90
JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES SEGUNDO ALLAN KARDEC
A compensação prometida por Jesus aos aflitos, não poderá ter lugar, senão na vida
futura. ((Espiritualidade) Sem a certeza do porvir, tais máximas não teriam sentido.
Então porque sofrem uns mais do que outros? Por que nascem uns na miséria e
outros na opulência? Por que uns nada sai bem enquanto que para outros tudo lhes
parece sorrir?
É muito incompreensível ver os bens e os males desigualmente distribuídos. Ver que
homens virtuosos sofrem ao lado de maus que prosperam? Entretanto, desde que
se admite Deus como bondade, justiça e amor, não pode agir caprichoso, nem
parcialmente. As vicissitudes da vida tem, pois, uma causa; e desde que deus é
justo, a causa também deverá sê-lo. Disto, todos devem se compenetrar.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 29 de 90
CAUSAS ATUAIS DAS AFLIÇÕES.
As vicissitudes da vida são de duas ordens ou, se quiser, tem duas origens bem
diferentes e que convém distinguir: umas tem a causa na vida presente; outras, fora
desta vida. Muitos males são conseqüência natural do caráter e da conduta
daqueles que os sofrem.
Quantas pessoas são vitimas de sua imprevisão de seu orgulho e de sua ambição.
Quantos arruinados por falta de ordem, de perseverança, por mau proceder , ou por
não terem sabido limitar seus desejos. Quantas uniões infelizes, porque baseadas
apenas no cálculo frio, no interesse ou na vaidade, nas quais não entrou o coração.
Quantas divergências seriam evitadas, com mais moderação e menos
susceptibilidade. Quantas enfermidades de toda sorte, quantos pais desgraçados
pêlos filhos porque não combateram as más tendências do espírito na sua infância.
Pôr debilidade ou por indiferença deixaram que neles se desenvolvessem os germes
do orgulho, do egoísmo e da torpe vaidade que secam o coração e, mais tarde,
colhendo o que semearam admiram-se e afligem-se de sua falta de deferência e de
sua ingratidão.
Interroguem friamente a consciência e verão que quase sempre é possível dizer: Se
eu tivesse feito tal coisa não me encontraria em tal posição. A quem devem culpar
senão a si mesmos? Assim é que na maioria dos casos, o homem é o autor de seus
próprios infortúnios.
O homem os evitará quando trabalhar para o seu melhoramento moral, tanto quanto
para o intelectual.
Não há uma só falta, por mais leve que seja, uma única infração a lei Divina, que
não tenha conseqüência forçosas e inevitáveis. Mais ou menos desagradáveis. Daí
se segue que tanto nas pequenas com nas grandes coisas, é sempre o homem
castigado onde pecou. Os sofrimentos que são a conseqüência, o advertem de que
agiu mal, serve-lhe de experiência, fazendo-o sentir a diferença entre o bem e o mal
e a necessidade de se melhorar , a fim de evitar para o futuro aquilo que foi a causa
de pesares.
Algumas vezes, entretanto, a experiência vem um pouco tarde, quando a vida está
gasta e perturbada, as forças debilitadas e o mal sem remédio. Então o homem
exclama: se no começo da vida eu tivesse sabido o que agoira sei, quantos passos
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 30 de 90
falsos, teria evitado! Assim como o operário preguiçoso que diz: " Perdi o meu dia"
também diz: " Perdi minha vida"
Mas assim como para o operário nasce o Sol no dia seguinte e recomeça uma nova
jornada, que lhe permite a recuperação do tempo perdido, Também para ele, depois
da noite da sepultura, resplandecerá o Sol de uma nova vida na qual poderá
aproveitar a experiência do passado e suas boas resoluções para o futuro.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 31 de 90
AFLIÇÕES ATUAIS – CONTO
Os três amigos (pequena história)
CARLOS ORLANDO E PAULINHO, eram colegas no grupo escolar. Cada qual com
sua índole. Cada qual com seu caráter.
Carlos era muito esquentado (pavio curto). Brigava por qualquer coisa.
Não que as pessoas devam ser totalmente passivas (indiferentes, inertes) Isto é,
aceitarem tudo o que lhes acontece.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 32 de 90
Exemplos:
Se caiu, levante-se
Se perdeu algo, procure encontra-lo.
Se deseja conquistar um bem, lute, trabalhe e se esforce por conquista-lo.
São alternativas válidas, dizia sempre a mamãe. Mas brigar por tudo, não. Nem vale
a pena.
Brigar pelo primeiro lugar na fila
Porque o colega sem querer pisou-lhe o pé, e outras brigas sem justo motivo etc.
Fica ciumento porque a mamãe agradou o irmão caçula.
Mamãe explica que os primeiros lugares na fila, são determinados pela professora
Os primeiros da fila, devem ser os menores ou os maiores.
O colega deve ser desculpado, pois foi sem querer.
Não deveria ser ciumento, com o agrado ao irmão menor, pois ele é pequeno e
precisa de carinho.
Carlos, demostrava com isso que era um menino prepotente e de caráter difícil.
O que é ser prepotente?
É ser egoísta e vaidoso. É achar-se o centro das atenções, o dono da verdade. Tudo
deve girar a sua volta, achando-se a mais importante das criaturas.
E o que é Caráter?
São traços essenciais que servem para determinar ou classificar uma pessoa.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 33 de 90
A pessoa ciumenta, egoísta, e vaidosa, demostra fraqueza de caráter (que são
traços imperfeitos de uma pessoa)
Assim era o nosso Carlos.
Como era briguento, as pessoas evitavam-no. Ele sofria com isso, porque era
vaidoso e queria ser o centro das atenções. Sofria também com o ciúmes do irmão
menor. O ciúme, dá um sintoma dolorido, um estado de inquietude dentro de nós.
Então alguém poderá perguntar: O que tem tudo isto a ver com as AFLIÇÕES
ATUAIS DA VIDA?
É que todo efeito, tem uma causa e toda causa, produz um efeito.
Carlos, sofre porque é vaidoso, ciumento e egoísta. O sofrimento é o efeito, a causa
é a sua imperfeição. E ai estão explicadas as aflições atuais da vida de nosso
Carlos.
Se ele combater as suas imperfeições, não sofrerá essas aflições. Não seria evitado
pelas pessoas e sim, amado pêlos colegas e outras pessoas.
Moral da história.
Devemos ser bons para não sofrer-mos e muito melhores ainda, para não fazer-mos
os outros sofrerem.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 34 de 90
CAUSAS ANTERIORES DAS AFLIÇÕES
Posto haja males cuja causa é o próprio homem, outros há aos quais ele é estranho,
ao menos na aparência e que, parece o ferem como uma fatalidade. Tal é por
exemplo, a perda dos entes queridos e dos que sustentam a família. Tais são ainda
os acidentes, que nenhuma previsão pode evitar. Os reveses da fortuna, que
zombam de todas as medidas de previdências. As pragas da natureza, as
enfermidades de nascença e, principalmente aquelas que tiram ao infeliz os meios
de ganhar a vida pelo trabalho. As deformidades físicas, a idiotia, a imbecilidade etc.
Certo é que aqueles que nascem em tais condições, nada fizeram nesta vida para
merecer uma sorte tão triste. Pôr que tantos seres desgraçados, enquanto ao seu
lado, sob o mesmo teto, na mesma família, enquanto há outros favorecidos em
todos os sentidos. E que diremos então dessas crianças que morrem
prematuramente e da vida só conheceram os sofrimentos?
Problemas que nenhuma filosofia resolveu, anomalias que nenhuma religião
justificou e que seriam a negação da bondade, da justiça e da providencia da Deus,
na hipótese de que a alma seja criada ao mesmo tempo que o corpo e cuja sorte
está irrevogavelmente fixada depois da passagem de alguns instantes pela terra .
Que fizeram estas almas, que acabam de sair das mãos do Criador, para tantas
misérias sofrerem aqui?
Entretanto, como sabemos que todo efeito tem uma causa. Essas misérias são
efeitos que devem tem uma causa. E desde que se admita um Deus Justo, a causa
deve ser justa. E se essa causa não está na vida presente, deve ser anterior a esta
vida, Pertencer à vidas passadas. A prosperidade do mau , é apenas momentânea;
e se não expia hoje, espiará amanhã, enquanto aqueles que sofrem, expiam o
passado.
É assim que pela pluralidade das existências e pelo destino da Terra, como Planeta
de expiação, que se explicam as anomalias apresentadas na partilha da felicidade e
da desdita entre os bons e os maus aqui na Terra.
As tribulações da vida podem ser impostas a espíritos endurecidos, ou muito
ignorantes, que não podem fazer uma escolha com conhecimento de causa; são
porem, escolhidas livremente e aceitas pêlos espíritos arrependidos, que desejam
reparar o mal que fizeram e acostumar-se a agi melhor. O mesmo se dá com o que,
tendo cumprido mal a sua tarefa, pede que se lhe deixe recomeçar, para não perder
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 35 de 90
o resultado de seu trabalho. Estas aflições, pois são, ao mesmo tempo, expiações
do passado, que castigam e provas para o futuro, que preparam. Entretanto nem
todo sofrimento na Terra, indica determinada falta: freqüentemente são simples
provas escolhidas pelo espírito para acabar sua purificação e acelerar seu
progresso.
Assim, a expiação serve sempre de prova, mas nem sempre a prova é uma
expiação.
Provas e expiações são indícios de inferioridade, porque o que é perfeito não
necessita ser provado.
O que sofre com resignação, pode ser sem dúvida, um espírito de certa elevação.
Ao contrário, pode considerar-se como expiação , o espírito que sofre com
murmurações e rebeldia.
O sofrimento que não se rebela, também pode ser uma expiação; entretanto indica
que foi escolhido e não imposto.
Os espíritos não podem aspirar a felicidade perfeita senão quando puros; toda
mancha veda-lhes a entrada nos mundos ditosos.
Os espíritos despojam-se pouco a pouco de suas imperfeições nas diversas
existências físicas.
Quanto mais grave é o mal, tanto mais enérgico deve ser o remédio.
O que muito sofre, deve dizer que muito tinha a espiar e alegra-se pela cura rápida.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 36 de 90
ESQUECIMENTO DO PASSADO
Se Deus julgou, lançar um véu sobre o passado, é que isto deve ser útil
Com freqüência, o Espírito renasce no mesmo meio onde viveu e se encontra em
relação com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes haja feito: Se
nelas reconhecesse as que antes odiara , talvez o ódio despertasse; de qualquer
modo ver-se-ia humilhado perante aqueles a quem houvesse ofendido. Deu-nos
Deus, para nos melhorar-mos, exatamente o que é necessário e suficiente: A VOZ
DA CONCIÊNCIA, e as tendências instintivas. Tira-nos aquilo que nos pode
prejudicar.
Ao nascer, trazemos o que adquirimos. Cada existência é um novo ponto de partida.
Se sofre punição, é porque praticou o mal Suas atuais tendências, indicam aquilo
que deve ser corrigido.
O esquecimento do passado, é apenas durante a vida corporal. Entretanto, na vida
espiritual, ele recobra a lembrança do passado.
Com as palavras "BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS, PORQUE SERÃO
CONSOLADOS" indica Jesus ao mesmo tempo, a compensação que espera os que
sofrem, e a resignação que bendiz o sofrimento como prelúdio da cura. Esses são
os Motivos de Resignação.
Resulta que de tudo o que se conhece, devemos dar menos importância às coisas
materiais, moderar nossos desejos, sem invejar os outros, suportar os reveses,
adquirindo assim uma calma e resignação tão úteis à saúde do corpo quanto à
saúde da alma, e é o maior preservativo contra a loucura e o suicídio.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 37 de 90
INSTRUÇÃO DOS ESPÍRITOS - BEM SOFRER E MAL SOFRER - O MAL E O REMÉDIO
Quando Jesus disse: " BEM-AVENTURADOS OS QUE CHORÃO, PORQUE ELES
SERÃO CONSOLADOS", não se referiu em geral, aos que sofrem, porque todos
aqui sofrem, quer vivam em um palácio, quer numa cabana. Mas, poucos sabem
sofrer, poucos compreendem que só as provas bem suportadas conduzem ao reino
de Deus. Não ter coragem é uma falta. A prece é um conforto, mas não é tudo.
Deve-se apoiar-se numa fé viva na bondade de DEUS
Temos ouvido que um fardo pesado, não é posto em ombros débeis, mas que a
carga é proporcionada às forças, assim como a recompensa é proporcional à
resignação e à coragem. (LACORDAIRE)
É porventura a Terra um lugar de delicias ou de alegria?
Não disse o Profeta. " haverá choro e ranger de dentes, para os que estiverem neste
vale de dores"
Vos que nele estiveres, esperai lágrimas ardentes, e penas amargas. Levantando os
olhos para o Céu, bendizei ao Senhor.
Diz Santo Agostinho: "Que remédios poderíamos ministrar aos atacados por
doenças graves e cruéis obsessões ? Um só é infalível: a fé, A fé, é o remédio
seguro do sofrimento."
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 38 de 90
CAUSAS ANTERIORES DAS AFLIÇÕES.
Ainda os três amigos-(pequena história)
Lembram-se de Carlos, Orlando e Paulinho?
Se Carlos sofria porque era imperfeito, veremos agoira a história de Orlando e
Paulinho.
Orlando possuía uma deformidade física. Um de seus pés tinha um defeito que o
fazia mancar. Sofria muito com isso e tornou-se cheio de complexo por causa disso.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 39 de 90
Achava que os colegas riam-se dele, que evitavam-no nas competições esportivas
pela sua lentidão, etc. Muito ingratos os colegas, pois Orlando os compensava com
um tratamento carinhoso e afetivo. Ignorantes das grandes verdades e
ensinamentos cristãos, não sabiam os colegas das desigualdades e diferenças de
cada um. Mas em casa os pais e irmãos são gratos companheiros de romagem
terrena. Mesmo generoso e amigo, é portador de uma deficiência que o faz sofrer.
Jesus nas bem-aventuranças, diz que os que sofrem serão consolados. Orlando
sabe que na presente vida, colhe o que no passado plantou, porque tudo se paga, e
Jesus disse: " não sairás daqui, até pagares o último sentil"
Antes quando voltou a espiritualidade o nosso Orlando, viu claro e sentiu a
necessidade de progredir espiritualmente. Mas para tanto, teria que voltar a
encarnar no plano físico, com uma deficiência orgânica, que o faria pagar uma grave
falta do passado.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 40 de 90
Teve bom animo, orou e pediu aos protetores ajuda necessária . foi atendido e
renasceu com o defeito no pé Embora resignado e paciente, verdadeiramente é um
bem- aventurado , porque pagando a sua divida do passado, será feliz no futuro.
E Paulinho, que história nos conta?
Ah! Paulinho é um espírito muito endurecido. Na espiritualidade, não há
esquecimento do passado. Então este espírito viu que seus débitos eram grandes e
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 41 de 90
não encontrava em si mesmo, coragem para encarnar entre meio a criaturas que ele
muito havia prejudicado no Passado.
Deu-se então que a assembléia de Deus, sob as orientações de Jesus , o Mestre,
movimentou-se a seu favor. Decidiram que Paulinho (nome que viria a ser o seu) na
nova vida na Terra, teria uma reencarnação imposta . Para o seu próprio
adiantamento espiritual é claro.
O livre- arbítrio é um Dom que Deus nos oferece. Porem, quando o espírito é muito
endurecido e abusa dessa liberdade, fica temporariamente sem esse Dom,
dependendo ai da assistência dos bons espíritos, até que se arrependa e de os
primeiros passos a sua regeneração própria. Porque Deus o nosso Pai, quer o
progresso de todos os filhos.
Paulinho que em existência passada havia sido belicoso militar, que dirigira muitas
campanhas de guerras, com arrogância e cheio de vícios e paixões, reencarnava-se
entre aqueles que prejudicou.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 42 de 90
Seu caráter é deficiente, seu organismo é fraco e por expiação sofre um
retardamento mental, que o impede de acompanhar o aprendizado escolar com a
desenvoltura necessária.
Mesmo assim, tem como amigos na Terra, Carlos e Orlando que são como irmãos
bem amados.
Alem disso, há vovó Julinha que reúne os netinhos e mais as crianças do prédio
para contar Parábolas e histórias de Jesus e falar sobre a felicidade de ser bom.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 43 de 90
A FELICIDADE NÃO É DESTE MUNDO
Diz alguém: Não sou feliz! A felicidade não se fez para mim! Exclama em geral o
homem de todas as condições sociais. A máxima de eclesiastes diz:
"A felicidade não é deste mundo"
Realmente: nem a fortuna, nem o poder, nem mesmo a florida juventude, são
condições essenciais para a felicidade, direi mais: nem mesmo a reunião dessas
três condições tão invejadas. Pôr mais que se faça, cada um tem o seu quinhão de
misérias, seus desenganos e trabalhos e sofrimentos. Daí deduzirmos que a Terra é
lugar de Provas e Expiações.
Mas a Terra, não está destinada a ser sempre uma penitenciaria.
Pelos progressos realizados, podeis deduzir os progressos futuros. Mas para tanto,
é preciso que cada um se despoje energicamente do "HOMEM VELHO" Que os
corações aspirem para o futuro um mundo em que a felicidade deixe de ser uma
palavra vã. (François N. Madeleine)
Sobre a felicidade, Rodrigues de Abreu diz no livro " Cânticos do Além"
Pisicografado por Dolores Bacelar
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 44 de 90
PERDA DE PESSOAS AMADAS - MORTES PREMATURAS
Quando a morte vem segar em vossas famílias, levando jovens em lugar de velhos,
dizeis:" Deus não é justo, pois sacrifica, cheios de vida para conservar os que já
viveram.
Homens! porque medis a justiça Divina pelo padrão da vossa? Muitas vezes o bem
está onde supondes ver o mal. Aquele jovem atendeu a lei de Justiça (causa e
efeito) e partiu na época prevista desde a espiritualidade e o velho, teria que cumprir
sua missão ou provação, também com a mesma justiça. É a mesma coisa com a
morte das crianças, Tudo tem seu motivo, e uma explicação justa.
Mães, sabeis que vossos filhos muito queridos estão juntos de vós, sim, muito
juntos; que seus corpos fluídicos vos rodeiam, seus pensamentos vos protegem,
Mas vossos pesares infundados os afligem. (SANSON)
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 45 de 90
UM HOMEM DE BEM TERIA MORRIDO
Muitas vezes, falando de um malvado que escapa de um perigo dizeis: " Se fosse
um homem de bem, teria morrido". Ignorando as leis Divinas, dizei uma blasfêmia.
Enganai-vos porque aquele que parte, já concluiu sua tarefa, e o que ficou, pode não
ter começado a sua. Devemos habituar-nos a não censurar aquilo que não
compreendemos. (FÉNELON)
TORMENTOS VOLUNTÁRIOS
Corre os homens em busca da felicidade. Esta lhe escapa. Porque a felicidade
perfeita, não existe na Terra. Busca-a entretanto nas coisas perecíveis, nos gozos
materiais, em vez de busca-la nos prazeres da alma.
A MELANCOLIA
Sabeis porque uma vaga tristeza, as vezes se apodera de vossos corações? E vos
leva a considerar tão amarga a vida?
É o vosso espírito que aspira a felicidade e a liberdade e ligado ao corpo que lhe
serve de prisão, em vão se esforça para dele sair.
Vendo inúteis seus esforços, cai no desalento e, com isso influi, apoderando-se de
vós a melancolia o abatimento e uma espécie de apatia.
Deveis resistir com bom animo, e com energia Esperai com paciência o anjo da
liberdade. Pensai que durante a vossa estadia na Terra , tendes a cumprir uma
missão que ignorais. (FRANÇOIS DE GENEVE)
PROVAS VOLUNTÁRIAS
Perguntais se é permitido aliviar vossas próprias provas. Esta pergunta, se relaciona
com esta outra," É permitido a quem se afoga, procurar salvar-se? A quem se
espeta um espinho, procurar extirpa-lo? Ao que está enfermo, se chamar um
médico?
O objetivo das provas, é exercitar a inteligência, bem como a paciência e a
resignação.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 46 de 90
Um homem pode nascer em situação penosa e embaraçosa, exatamente para ser
obrigado a buscar os meios de vencer as dificuldades. O mérito está em suportar o
inevitável. É necessário bem distinguir. Não debiliteis vosso corpo com inúteis
privações e macerações sem propósito, porque tendes necessidade de todas as
forças.
Martirizar voluntariamente vosso corpo, é infringir a lei de Deus, O cilício em
benefício do próximo é abençoado por Deus, Se quiserdes um cilício, aplicai-o à
vossa alma e não ao corpo. (UM ANJO DA GUARDA)
Em vez de buscar a paz do coração, única e real felicidade aqui na Terra, o homem
é ávido de tudo quanto agita-lo e perturba-lo e- coisa singular! Parece que a
prosperidade cria os próprios tormentos, quando está em suas mãos evita-los.
Há-os porventura, maiores que os causados pela inveja e pelo ciúme? Para o
invejoso e para o ciumento, não há repouso; é uma febre continua. A prosperidade
dos rivais dá-lhes vertigens.
A estes não se aplica as Bem-Aventuranças, ao contrário, quantos tormento a si
mesmo evita, aquele que sabe contentar-se com o que tem
Esses é que são os tormentos voluntários para os que buscam os prazeres
perecíveis. (FÉNELON)
VERDADEIRA DESGRAÇA
A verdadeira desgraça, não é a que os homens supõem. Essas são para aqueles
que só enxergam o presente. Dizei-me se um acontecimento momentaneamente
feliz, mas de funestas conseqüências, não é realmente mais desgraçado que um
outro que inicialmente causando uma viva contrariedade, acaba produzindo um
bem?
HÁ MALES QUE VEM PARA O BEM
Para julgar uma coisa, é mister saber as conseqüências, Para o homem, é
necessário transportar-se além da vida, porque é ali que se fazem sentir as
conseqüências.
Esperai, vós que chorais
Tremei vós que rides
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A verdadeira desgraça é a que surpreende a alma enfraquecida pela indiferença e
pelo egoismo. (DELFINA DE GERARDIN)
Por outro lado: desde que não haja intenção de buscar a morte, não há suicídio. Mas
sacrifício e abnegação na ajuda ao próximo , mesmo que se tenha certeza de
perecer. (SÃO LUIZ)
PROVEITO PARA ALGUÉM DOS NOSSOS SOFRIMENTOS
Tais sofrimentos podem proveitosos para os outros material e moralmente.
Materialmente, se, pelo trabalho, privações e os sacrifícios que se impõem
contribuem para o bem estar material do próximo; moralmente pelo exemplo que
dão a sua submissão à vontade de Deus.
Esse exemplo do poder da fé Espírita, pode estimular os infelizes a resignação,
salva-los do desespero e de funestas conseqüências para o futuro. (SÃO LUIZ)
Paris 1860.
DEVEMOS POR TERMO ÀS PROVAS ALHEIAS?
Se estas na Terra de expiação e provas, tudo o que vos acontece, é conseqüência
das vidas anteriores. A justiça de Deus deve seguir o seu curso. Mas vejamos que
meios nosso Pai do Céu pôs ao nosso alcance para aliviar os sofrimentos de meus
irmãos vejamos se nossos conforto moral, nosso apoio material e nossos conselhos
poderão ajuda-lo. Ajudai-os sempre, mas lembrando que só Deus é quem pode
fazer essa prova cessar ou continuar. (BERNARDIM)
É LÍCITO ABREVIAR A VIDA DE QUEM SOFRE MAL INCURÁVEL?
Quem vos dá o direito de prejulgar o designo de Deus? Qualquer que seja o estado
de um moribundo, ninguém pode assegurar que haja soado a sua última hora. O
materialista que só vê o corpo e nada se importa com a alma, não pode
compreender tais coisas Mas o Espírita que sabe o que se passa além do túmulo,
conhece o valor dos últimos instantes.
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Mitiguei os últimos sofrimentos quanto puderes, mas não cuideis de abreviar a vida,
por um minuto que seja, porque esse minuto pode evitar muitas lágrimas no futuro
(SÃO LUIZ)
SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA
Quer o homem se mate, quer se faça matar, o objetivo é sempre o mesmo de
abreviar a vida e, por conseguinte, há suicídio de intenção embora não de fato.
Intenção premeditada, anula o mérito da ação. (SÃO LUIZ)
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DESAVENÇA FAMILIAR - OSVALDO SHIMODA
É nas famílias onde costumam se reunir os inimigos do passado.
Chico Xavier
O líder de movimentos da década de 60 e Prêmio
Nobel da Paz que buscava o respeito aos direitos dos
negros e o fim da discriminação e segregação racial
nos EUA, Martin Luther King, dizia: Nós aprendemos a
voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas
não aprendemos ainda a conviver como irmãos; o
amor é a única força capaz de transformar um inimigo
num amigo.
Suas palavras servem de reflexão para todos nós,
pois tivemos grandes avanços tecnológicos, científicos e materiais; porém, isso não
ocorreu na mesma proporção no convívio pacífico entre os seres humanos,
principalmente, no lar, dentro das famílias.
No meu entender, dentre todos os relacionamentos, a relação familiar é o mais
importante. Mas por quê?
Porque na vida tudo passa: emprego, poder, prestígio, status, dinheiro, mas o que
permanece com você é a sua família, principalmente, nos momentos difíceis da vida
ou mesmo na velhice. Onde você renova as suas energias antes de ir para o
trabalho ou nos momentos de lazer? Onde fica o seu Porto seguro? A quem você
recorre quando fica doente ou em crise? É fundamental, portanto, assegurar um
ambiente familiar agradável e saudável.
Mas, lamentavelmente, o que observo com os meus pacientes e nos noticiários, são
fartas reportagens envolvendo desavenças familiares que, muitas vezes, acabam
em tragédias, em assassinatos.
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Por que há famílias que se dão muito bem, enquanto que em outras estão sempre
em pé-de-guerra, um verdadeiro barril de pólvora, prestes a estourar a qualquer
momento?
Muitos acreditam que família é o resultado de um mero encontro fortuito, onde seus
membros estão juntos por acaso. Acreditam, portanto, que uma família que se dá
bem e o ambiente em geral é harmonioso, é porque os seus membros são pessoas
sensatas, equilibradas e civilizadas; agora, se o ambiente familiar é carregado de
conflitos, brigas constantes, pautadas na maior parte do tempo em agressões,
desrespeito e desentendimentos, é porque essa família é imatura e desequilibrada.
Tais explicações em parte fazem sentido, mas, ainda assim, é um pensamento
reducionista e simplista. Por isso, é preciso ampliar a visão de família dentro de uma
ótica reencarnacionista.
Não foi por acaso que o grande médium Chico Xavier afirmou: É nas famílias onde
costumam se reunir os inimigos do passado. Ao usar a expressão inimigos do
passado, ele estava se referindo aos desafetos de outras encarnações os quais
prejudicamos.
Neste aspecto, a família não é o resultado de um mero encontro fortuito, onde todos
estão juntos por acaso. E não é por acaso também que ocorrem conflitos, discórdia
no lar.
Na verdade, todos estão juntos por afinidades cármicas, ou seja, por terem se
prejudicado numa existência passada. Desta forma, a família atende a uma
finalidade clara que é proporcionar a todos um aprendizado, uma grande
oportunidade - através da convivência - de transformar laços de ódio em amor. É o
que constatei em meu consultório, após ter conduzido mais de 8000 sessões de
regressão com a TER (Terapia Regressiva Evolutiva) - A Terapia do Mentor
Espiritual, abordagem psicológica e espiritual breve, canalizada por mim pelos
Espíritos Superiores do Astral.
Nesta terapia, é comum o mentor espiritual do paciente (ser desencarnado de
elevada evolução espiritual, responsável diretamente pelo nosso aprimoramento
espiritual) lhe revelar que ele e sua família estão presos, amarrados por um laço
antigo de brigas, discórdias, ódio, desamor e desunião, que se repete em várias
encarnações; portanto, esse laço tem que ser desfeito, caso contrário, a vida de
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todos não irá deslanchar. E para ser desfeito, a chave da libertação é a
reconciliação, o perdão de todos os envolvidos.
Mas de todas as relações familiares, há uma que é a mais forte, mais visceral, que é
a relação mãe e filho. Explica o motivo do porquê a providência divina levar dois
inimigos de uma vida passada reencarnarem justamente como mãe e filho.
Na maternidade, a mulher gera de seu ventre, de suas entranhas, um pequeno ser
e, nessa relação, as condições tendem a ser mais propícia para que ambos - outrora
desafetos do passado - se amem e se reconciliem.
Já presenciei uma paciente regredir ao útero materno e identificar a sua mãe como
uma inimiga que tirou sua vida numa existência passada e, por conta disso, se
recusar, dificultar ao máximo o seu nascimento. Mas, após ser orientada pelo seu
mentor espiritual de que ela veio na vida atual para se reconciliar com o seu
desafeto (mãe), a relação com sua mãe melhorou consideravelmente. Através do
amor, da reconciliação, o laço de ódio que as unia foi rompido.
CASO CLÍNICO
DESAVENÇA FAMILIAR
Mulher de 42 anos, casada, três filhos.
Veio ao meu consultório, uma mulher desesperada, queixando-se que não
agüentava mais sua vida, e que havia procurado todo o tipo de ajuda.
Assim me relatou na entrevista de avaliação: Conheci o meu marido na Faculdade
de Medicina, ele era professor e eu residente, foi paixão à primeira vista; em 3
meses, estávamos morando juntos, e aos 6 meses, casamos. Não queríamos filhos
naquele momento, pois pensávamos apenas em nossas profissões.
Um ano depois, veio o primeiro filho, mas foi muito bem-vindo. Compramos uma
casa nova, a gravidez foi maravilhosa. Nasceu um menino, lindo, saudável. E dois
anos após, veio uma menina; estava indo tudo bem, tinha até medo de ser um
sonho. Daí veio a terceira filha. Estava tudo completo: um casamento maravilhoso,
ainda estávamos apaixonados, 3 filhos lindos, perfeitos, inteligentes. Tínhamos uma
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clínica, dávamos aulas em uma Universidade, e fazíamos de tudo para os nossos
filhos terem do bom e do melhor.
Mas não percebia que havia algo de errado: minha empregada me alertou dizendo
que o meu filho era muito quieto, demonstrava muita raiva com o pai, principalmente
quando eu não estava. Meu marido nunca tinha percebido nada, achava que era
coisa da idade.
Meu filho trouxe sua primeira namorada em casa para jantar. Ficamos muito felizes,
era uma moça muito bonita, de uma boa família, mas, nesse dia, meu filho disse
uma coisa que nos chocou muito. Ele disse ao meu marido: - Não olhe para a minha
mulher, seu velho!
Eu e meu marido ficamos horrorizados, não era o nosso filho. Ele fazia questão de
trazê-la em casa e ficavam na piscina. Meu marido não podia nem passar no jardim
que o meu filho partia pra cima dele. Daí começaram as agressões físicas, foram
vários boletins de ocorrência na delegacia; ele estava irreconhecível. Nossa vida
virou um inferno, saí da Universidade para ficar mais em casa, pois ele estava
agressivo com todos, era cínico, inventava mentiras, fazia muita confusão. Bebia
muito, trazia mulheres para dentro de casa, até que o meu marido não agüentou
mais, e acabou espancando o meu filho até ele desfalecer. Em seguida, chamou o
caseiro e o expulsou para fora de casa. Já nesse ponto, não tínhamos mais vida,
minhas filhas estavam estressadas, brigávamos, gritávamos por nada, enfim, tudo
era motivo para as acusações.
A minha filha mais nova, também começou a beber e a fumar maconha com o
namorado; a do meio está grávida, não sabemos quem é o pai. Para piorar a nossa
situação, eu e o meu marido não nos olhamos mais nos olhos, pois não o vejo mais
como o meu esposo. Por favor, Dr. Osvaldo, me ajude! (paciente pede chorando
copiosamente).
Esperei que ela se acalmasse, e lhe disse que toda sua família teria que passar pelo
tratamento, mas só o marido e a esposa vieram.
As sessões de regressão da esposa foram tranqüilas, sem muito o que desvendar,
porém, as sessões do marido tiveram muitas revelações.
Logo na primeira sessão, ele viu, numa vida passada, uma vila com vária cabanas,
casas feitas de palha, e assim me relatou:
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Dr. Osvaldo, vejo essa vila, parece que sou o chefe desse lugar, minha casa fica no
centro da vila, é grande, há várias mulheres em volta. Vejo um rapaz que me olha
com raiva.
- Veja o porquê dessa raiva - Peço ao paciente.
Eu violentei a mãe dele e, desse estupro, ele nasceu. Ele tem raiva de mim porque a
mulher que violentei não fazia parte das minhas mulheres e, com isso, ela ficou
desamparada, não conseguia casar. Ela não podia dizer às pessoas que tinha sido
eu, mas acabou contando ao filho que eu tinha feito essa monstruosidade, que eu a
estuprei.
Vejo nos olhos dele muito ódio, ele quer me matar. Ele se mostra ser muito forte, um
excelente caçador, e eu mesmo ordeno para que ele vá atrás das caças, sempre
pensando que ele não voltaria mais; no entanto, passaram-se 20 dias, ele voltou
com a caça, e o pior aconteceu: novamente violentei uma moça, que era sua
pretendente, e estavam prestes a se casarem. Fiz de propósito para ele ver quem
mandava naquela vila. Fui muito covarde e acabei também tirando a vida dele, o
matei pelas costas, atirando nele.
Depois dessa existência passada, nos encontramos no Astral e pactuamos vir como
família. Ele dizia que tinha muita mágoa de mim, mas aceitou vir novamente como
meu filho na encarnação atual.
Dr. Osvaldo, como pude fazer isso?! Nesse momento, sua esposa que estava
acompanhando a sessão de regressão, chora copiosamente, me revela que tem um
pesadelo recorrente de ser estuprada, e que a persegue desde criança.
Começamos, então, a montar o quebra-cabeça, entendendo o porquê de tudo
aquilo. A vida é realmente um grande jogo de quebra-cabeça, pois temos muitas
indagações e poucas respostas, por conta do véu de esquecimento do passado. Ele,
o marido, tinha feito uma coisa horrível, prejudicando várias pessoas nessa vida
passada; ela, a esposa, foi a primeira moça que foi violentada por ele; o rapaz, o
filho bastardo, foi fruto daquela violência, e que também sentiu na pele o fato de sua
noiva ter sido estuprada pelo próprio pai; depois, acabou sendo morto por ele pelas
costas. (pausa).
Dr. Osvaldo, estou vendo algumas luzes aqui no consultório, afirmou o paciente.
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- Pede para que se identifiquem - Peço ao paciente.
Estão dizendo que são os nossos mentores espirituais: o meu, da minha esposa e
dos meus filhos. Estão todos aqui para nos ajudar. Pedem para que eu peça perdão
ao meu filho, à minha esposa e filhas, mas que faça isso de coração, com todo o
arrependimento.
Quatro meses após o tratamento, seu filho veio ao meu consultório para também
fazer a terapia, pois disse que precisava perdoar o seu pai.
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CORAÇÃO SIMPLES E PURO
"Bem - Aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus"! (Mateus V: 8)
Então lhe apresentaram uns meninos, para que os tocasse ; mas os discípulos
ameaçavam os que lhes apresentavam. - O que, vendo Jesus levou-os muito a mal,
e disse-lhes: Deixai vir a min os pequeninos e não os embaraceis, porque dos tais é
o Reino d e Deus.- Em verdade vos digo: Que todo aquele que não receber o Reino
de Deus como pequenino, não entrará nele. - E abraçando-os e pondo neles as
mãos, abençoou-os. (MARCOS 13 e 16)
Comentários de Allan Kardec:
A pureza de coração é inseparável simplicidade e da humildade e exclui todo
pensamento de egoísmo e de orgulho.
Por isso Jesus toma a infância, como emblema de pureza, como também a tomou
de humildade.
Esta comparação é exata do ponto de vista da vida presente, porque não tendo
ainda podido o espírito manifestar nenhuma tendência perversa, oferece-nos a
criança a imagem da inocência e da candura. Assim Jesus não diz de modo
absoluto que o Reino de Deus, seja para elas, mas para aqueles que se lhe
assemelham.
Tudo é sábio na obra de Deus.
A criança necessita de cuidados, que só a ternura materna lhe pode prodigalizar.
Por outro lado, é necessário que a atividade do princípio inteligente, seja
proporcional à debilidade do corpo, incapaz de resistir a uma atividade demasiada
intensa do espírito, como se observa nas crianças precoces.
Por isso desde que se aproxima a encarnação, o espírito entra em perturbação e
perde pouco a pouco a consciência de si mesmo e, durante algum tempo, fica numa
espécie de sono, durante o qual, todas as suas faculdades se acham em estado
latente. Este estado transitório É necessário, para dar ao espírito novo ponto de
partida, e faze-lo olvidar em sua nova existência terrena aquilo que poderá servir-lhe
de estorvo.
Desde o nascimento e à medida que os órgãos se desenvolvem, suas idéias voltam
a tomar vôo, vagarosamente, podendo dizer-se que durante os primeiros o Espírito é
verdadeiramente criança, porque as idéias que formam o fundo de seu caráter,
ainda estão embotadas.
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Enquanto os instintos dormitam, ele é mais flexível, mais acessível às impressões
que podem modificar a sua natureza, e faze-lo progredir. Reveste pois, durante certo
tempo, a roupagem da inocência.
PECADO POR PENSAMENTO- ADULTÉRIO
"Ouviste o que foi dito aos antigos; Não adulteraras".
_Eu porém digo- vos: Que todo o que olhar para uma mulher cobiçando-a, já no seu
coração adulterou com ela" (MateusV27 e 28)
COMENTÁRIOS DE ALLAN KARDEC:
O vocábulo" ADULTÉRIO" é aqui tomado num sentido geral. A verdadeira pureza
não esta apenas nos atos, mas também no pensamento, Embora aquele que tem o
coração puro jamais pensa no mal.
Então na pessoa que nem sequer concebe um pensamento mau, o progresso está
realizado.
Na que tem um mau pensamento, mas o repele o progresso está em vias de
realização.
Infelizmente naquela que tem um mau pensamento e nele se compraz, o mal está a
todo vapor.
Numa o trabalho, está feito.
Na outra o progresso está em vias de se realizar.
E na terceira, tudo está ainda por fazer.
E Deus que é justo e paciente, leva em conta todos esses matizes na
responsabilidade dos atos e pensamentos dos homens.
VERDADEIRA PUREZA - MÃOS NÃO LAVADAS
Então chegaram a eles uns escribas e fariseus de Jerusalém, dizendo:
_Por que violam os teus discípulos a tradição dos antigos? Pois não lavam as mãos
quando comem o pão.
E ele respondeu-lhes dizendo:
_E vós também por que transgredis o mandamento de Deus para seguir vossa
tradição? Pois Deus fez este mandamento: honrai vosso pai e vossa mãe; e este
outro: que aquele que disser palavras injuriosas ao seu pai e a sua mãe, seja punido
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 57 de 90
de morte. Mas vos dizeis: todo aquele que tiver dito a seu pai, ou a sua mãe: Toda
oferenda que faço a Deus vos é útil, satisfaz a lei, ainda que depois disto, não honre
e nem assista seu pai e sua mãe; e, assim tornastes inútil o mandamento de Deus
por vossa tradição.
Hipócritas, bem profetizou de vós outros Isaías, quando diz: Este povo honra-me
com os lábios, mas seu coração está longe de min. Em vão pois me honram ,
ensinando doutrinas, que vem dos homens. E chamando para si a turba, lhes disse:
ouvi e entendei:- Não é o que entra pela boca que faz imundo o homem, mas o que
sai da boca, isto é que faz imundo o homem. Toda planta, que meu Pai não plantou,
será arrancada pela raiz. - deixai-os cegos são, e condutores de cegos, e se um
cego guia outro cego, ambos vem a cair no barranco.
Pedro disse:
_Explica-nos essa parábola.
_Também vós outros estais ainda sem inteligência? Tudo o entra pela boca, desce
ao ventre e se lança depois num lugar escuso. Mas as coisas que saem da boca
vem do coração, e são estas que fazem o homem imundo; - Porque do coração é
que saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as fornicações, os
furtos, os falsos testemunhos, as blasfêmias, estas coisas é que fazem imundo o
homem (Mateus, XV 1-20)
"Vos outros fariseus, limpai o que está por fora do corpo e do prato, mas vosso
interior está cheio de rapina e de maldade.- Néscios, quem fez tudo o que está de
fora, não fez também o que está dentro?" (Lucas, XI, 37-40)
Comentários de Allan Kardec:
Haviam os Judeus descurado dos mandamentos de DEUS, para observar a pratica
observar praticas e regulamentos estabelecidas pêlos homens.
O fundo simples, desaparecia sob as complicações da forma.
Era mais fácil observar os atos exteriores do que reformar-se moralmente. Lavar as
mãos do que limpar o coração. Pôr essa razão disse o profeta.
Em vão me honram ensinando doutrinas e mandamentos de homens.
O mesmo aconteceu com a doutrina moral de CRISTO, que acabou relegada a
segundo plano. Pôr isso Jesus diz: " toda planta que meu Pai celestial não plantou,
será arrancada pela raiz"
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 58 de 90
O objetivo da religião é conduzir o homem à Deus. Toda religião que não melhora o
homem, falha nos seus objetivos e é falsa pois a forma altera a e essência.
Não basta ter a aparência de pureza, é preciso ter pureza de coração .
ESCANDÁLO- SE VOSSA MÃO É MOTIVO, CORTAI- A.
O que escandalizar porém a um deste pequeninos que crêem em min, melhor lhe
fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma corda e o lançassem ao fundo do mar.-
ai do mundo por causa dos escândalos; mas ai daquele homem por quem vem os
escândalos. Ora se tua mão ou teu pé, te escandaliza, cortai-o e lançai-o para fora
de ti. Melhor te é entrar na vida manco ou aleijado, do que tendo duas mãos, ou dois
pés, ser lançado no fogo eterno.
E se teus olhos te escandaliza, tira, tira-o e lançai-o fora de ti, melhor te é entrar na
vida com um só olho, do que tendo dois, ser lançado no fogo do inferno.
Comentários de Allan Kardec:
Na acepção vulgar, escândalo é toda ação que choca a moral ou o decoro de modo
ostensivo.
O vocábulo da idéia de publicidade. Muita gente se contenta em evitar o escândalo,
que lhe feriria o orgulho e comprometeria suas considerações entre os homens.
Deste jeito suas torpeza ficam ignoradas e isto lhes basta para a tranqüilidade de
consciência.
Estes são, conforme as palavras de Jesus " Sepulcros caiados por fora, mas cheios
de podridão por dentro" " vasos limpos por fora, mas sujos por dentro". Não é
apenas o que abala a consciência alheia; ma tudo quanto resulta dos vícios e
imperfeições humanas, com ou sem publicidade.
"É necessário que o escândalo venha, porque estando os homens em expiação na
Terra, castigam-se a si próprios no contato dos vícios, dos quais são as primeiras
vitimas e cujos inconvenientes acabam por compreender."
Quando se cansarem de sofrer o mal, buscarão remédio no bem. A reação destes
vícios serve pois, simultaneamente, de castigo para uns e de prova para outros. É
assim que Deus faz sair o bem do mal. Quando não houver mais culpados, não
haverá necessidade de castigos.
Uma humanidade transformada em homens de bem, ninguém procurará prejudicar
ao próximo e todos serão felizes. É mister destruir toda causa de escândalo, isto é
do mal; arrancar do coração todo sentimento impuro e todo princípio vicioso.
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Repetimos, que mais valeria a um homem não ter tido a mão, do que a ter para
servir de instrumento a uma ação má; estar privado da visão do que ter olhos que
despertem maus pensamentos. Mas muitas coisas não podem ser compreendidas
sem a chave dada pelo Espiritismo.
INSTRUÇÃO DOS ESPÍRITOS
Deixai vir a min os pequeninos.
Disse Jesus, " Deixai vir a min os pequeninos"
Estas palavras não se reduzem ao chamamento das crianças, mas ao das almas
que gravitam no mundo ou estados inferiores onde a infelicidade desconhecem a
esperança.
Jesus chamava a si a infância intelectual, aos débeis, aos cativos, aos viciosos.
Nada podia ensinar à infância física, prisioneira da matéria, submetida ao jugo do
instinto.
Queria que os homens fossem a ele com o coração e a confiança das crianças, com
o coação de todas as mulheres que são mães. (João Evangelista, Paris 1.863)
(Bem aventurados os que tem os olhos fechados).
Ah! Que sofrimento, bom Deus! Perdeu a visão e ficou na escuridão.
Levantai sempre os olhos ao Céu e direi do fundo do coração:- " Meu Pai, curai-me,
mas fazei que minha alma se cure antes que as enfermidades do corpo.
Os que estão privados da vista deveriam considerar-se como os bem aventurados
da expiação.
Ho! sim, bem aventurados o cego que quer vencer com Deus. O olho aberto, está
sempre disposto a descuidar-se da alma; o olho fechado, ao contrário, está sempre
disposto a faze-la elevar-se para Deus.
A cegueira dos olhos muitas vezes é a verdadeira luz do coração.
HISTÓRIA INFÂNTIL - AS TRÊS CRIANÇAS
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 60 de 90
André é um bom menino.
Será que é realmente?
O Evangelho nos ensina que as crianças ao voltarem a nascer (Encarnação), são
pela misericórdia de Deus, nosso Pai e Criador, dotados de um novo corpo, para o
aperfeiçoamento do Espírito, que por sua vez, já viveu em encarnações diversas.
Nesse processo de reencarnação, ele perde pouco a pouco a consciência de si
mesmo, ficando numa espécie de sono durante algum tempo, no qual todas as suas
faculdades ficam em estado latente.
Esse estado é necessário para dar ao espírito novo ponto de partida.
O esquecimento do passado é também bondade de Deus para as novas atividades
terrenas.
Nesta fase, o Espírito é verdadeiramente criança, porque as idéias que formam o
fundo do seu caráter ainda estão embotadas. A medida que os órgãos se
desenvolvem suas idéias voltam a tomar vôo vagarosamente.
Enquanto os instintos dormitam, ele é mais flexível, mais acessível às impressões
que podem modificar sua natureza e faze-lo progredir.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 61 de 90
Então a criança não é um Espírito recém-criado e sim reencarnado. Reveste
entretanto, durante certo tempo, a roupagem da inocência.
André tem hoje nove anos. Já principiou desde os seis ou sete anos, a mostrar seu
verdadeiro caráter .
Podemos ver que é bom, pelas suas tendências, para o bem.
Sua cabeça não dá guarida a maus pensamentos.
É uma criança alegre, simples e inocente.
Amiga dos animais, e curioso, não gosta de ver pássaros presos em gaiolas, Prefere
vê-los a voar pêlos ares e jardins. Atenciosa para com os mais velhos. Quando a
mãe o chama para ajuda-la, está sempre pronto a toda sorte de ajuda.
Não direi que seja perfeita. Isso não. Também faz travessuras, é muito curioso, pois
gosta de mexer em tudo. É também muito teimoso.
Estuda, faz as tarefas escolares, mas não é o primeiro da classe. Tem como
colegas, crianças que se afinam com seu modo de ser. Gosta de ciências biológicas.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 62 de 90
Sempre que pode, vai ao aquário da Prefeitura , ver os peixinhos nadarem, e
procura aprender algo novo para o seu aprendizado escolar.
Se chegar a adolescência e maturidade com esse progresso Espiritual, será sem
duvida um Bem- Aventurado, porque possui limpo o coração.
A SEGUNDA CRIANÇA
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Vamos conhecer outra criança chamada Marianinha, que completou nove anos
também.
Esta é uma lutadora. Alguém poderá perguntar:- Luta judô ou boxe?
Nada disso. Marianinha luta com as más tendências.
Ao sair dos sete anos, começou a mostrar-se inquieta com tudo. Não obedece
horário de estudo, refeições, escola etc...
Não obedece aos pais com regularidade. Falta-lhe a matéria mais importante que é
a disciplina. Disciplina de si mesma.
Mas aqui é que Marianinha, mostra seu caráter de lutadora e reformista.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 64 de 90
Muitas vezes, se surpreende em grande arrependimento de sua vaidade excessiva.
É narcisista em exagero. Não se cansa do espelho.
Enquanto André, o menino da primeira história, nem sequer tem um mau
pensamento, Marianinha, possui uma variedade deles.
Isso não falando dos pensamentos que lhe são ofertados gratuitamente pêlos
Espíritos infelizes que se afinam com ela.
Então está ai a sua grande luta. Não é luta corporal, nem material, é luta Moral.
É uma necessidade urgente de ser melhor.
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As vezes chora muito e se confessa a Mamãe:
_Eu queria ser bem melhor do que sou. Sinto grande tristeza em ser egoísta,
vaidosa e tão imperfeita. Da mãe recebe conselhos para orar e pedir sempre a
proteção do bom Espírito Guia. Todos nós temos essa imperiosa necessidade. Está
dentro de nós, dentro de cada um em particular quando acordamos para a realidade
da vida. Pôr isso Reencarnamos, buscando sempre o que nos falta. As virtudes que
nos são indispensável para o aprimoramento espiritual. Quem nos ensina isto é o
Evangelho e a doutrina Espírita.
Kardec nos dá uma colher de chá, quando diz que verdadeiramente espíritas são os
que buscam através da luta incessante , modificar sua conduta para o bem.
Reformular o caráter, extirpando as más tendências, que cultivamos pala nossa
ignorância e imperfeição.
Marianinha, sem ser Espírita, está também procurando ser melhor.
Nessa criança, o progresso Espiritual, está em vias de realização.
A TERCEIRA CRIANÇA
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Vamos conhecer outra criatura de Deus, que é nosso irmão em humanidade. Porém
antes de mais nada, é bom que saibamos que o Pai criou os Espíritos simples e
ignorantes e dá-lhes a liberdade e serem melhores ou não pela sua própria vontade.
Este filho, não interessou-se pelo bem. pelo contrário, sentia prazer no mal. O mal
nele se encontra a todo vapor.
Então, enquanto em um dos meninos, o trabalho está quase pronto. (André) Na
outra está se processando (Marianinha) .
Neste o trabalho está todo por fazer.
Júlio se compraz no mal. Não só atende a sua índole de Espírito imperfeito também
ouve aos que lhe assemelham. Mau, perverso, e ignorante, tem impuro o coração.
Mau filho, mau irmão, perverso com as plantas e animais.
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Não se controla ao ver um ninho de passarinhos. A pobre mãe está fora em busca
de minhocas para a sua prole e quando volta, já não os encontra, pois Júlio os
retirou dali. Sente prazer em agir assim. Mas Deus tudo vê, e sabe o que pode
acontecer a um menino tão ruim se assim
Continuar." Quanto maior o mal, mais forte é o remédio".
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 68 de 90
Na escola , só faz coisas erradas. Desobedece a professora, desmancha o laço do
cabelo da colega, joga papel no chão, briga com os companheiros, etc.
Será que um dia Júlio se tornará melhor? Parece impossível.
Parece, mas não é.
Sabemos que lá no intimo de seu coração, Jesus o nosso Mestre amigo, espera pela
planta do bem que irá nascer um dia. Sedo ou tarde vai brotar e vigorosa fortalecer-
se. A semente do bem está plantada em todos os corações, e no de Júlio também.
Um dia ele irá cansar-se de lutar contra a luz, contra o bem e desejará ser feliz como
os demais.
Nesse dia haverá tanta alegria no Céu pela volta do filho extraviado que sofria mas
que resolveu afinal ser feliz. Não é muito melhor assim?
Jesus não permitiu que as crianças fossem enxotadas, porque sabe que elas muito
podem aprender com ele. Conhecendo o estado simples e inocente dos pequeninos
e da facilidade que sentem as lições do Evangelho, tem certeza da aprendizagem.
Outorgou assim aos professores, pais e interessados do porvir, a incumbência de
educar para salvar.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 69 de 90
A educação dos pequenos é o melhor que podemos fazer por eles. Ainda aconselha
Jesus aos adultos que procurem ser como as crianças, simples e humildes e puras
de coração.
João Evangelista esclareceu mais sobre o assunto " Deixai vir a min os pequeninos,
quando que "pequeninos " não são unicamente as crianças, mas as almas que
gravitam no orbe terrestre e mundos espirituais em estados inferiores , onde a
infelicidade não conhece a esperança. Jesus chama por essa mensagem, a infância
intelectual, aos débeis, aos cativos e aos viciosos. Quer que os espíritos venham a
ele , com a confiança das crianças e com o coração da todas as mulheres que são
mães. Jesus nos ensina que todos os pensamentos no mal é adultério da Lei de
Deus.
E que a verdadeira pureza, não está só nos atos, mas principalmente no
pensamento. Para Ter-se um caráter integro é necessário, pureza no pensamento e
nos atos.
Lembremo-nos de que o Apostolo Paulo disse: Tudo nos é permitido pela liberdade
que o Pai nos concedeu, " mas nem tudo nos convém".
A pureza não esta também nas mãos lavadas e sim no cumprimento aos
mandamento de Deus, que os homens esqueceram. Qual o mais importante- Não
comer determinados alimentos, não comer sem lavar as mãos, ou " honrar Pai e
Mãe".
Os Judeus introduziram na Lei de Deus, conveniências humanas, tradições dos
homens, por isso Jesus disse: " Toda planta que meu Pai não plantou, será
arrancada pela raiz".
O que torna impuro o homem é o que ele pensa, fala e faz de mal, porque essas
coisas vem do coração e da mente. Limpai o interior, e o que está por fora
resplandecerá.
Hipócritas, disse Jesus. Bem profetizou de vós o profeta Isaias quando disse: Este
povo honra-me com os lábios, mas o coração está longe de mim".
Comentários de Allan Kardec:
Os homens descuram dos verdadeiros mandamentos, para observar práticas
estabelecidas por eles. O fundo simples, desaparece sob as complicações da forma.
É mais fácil observar os atos exteriores, do que reformar-se moralmente.
Lavar as mãos do que limpar o coração. O mesmo aconteceu com a doutrina moral
do Cristo, que acabou relegada a segundo plano.
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O objetivo da religião é conduzir o homem a Deus. Toda religião que melhora o
homem , falha nos seus objetivos e é falsa, pois a forma altera a essência . O Mestre
adverte, que não sejam escandalizados os simples e os pequeninos, sob pena de
responder-se com grande responsabilidades na Lei de Justiça Divina. ((Causa e
Efeito) Os escândalos se verificam para que a sua reação sirva simultaneamente, de
castigo para uns e de provas para outros.
É assim que Deus faz sair o bem do Mal
Quando não houver mais culpados, não haverá infelicidade. Tal é o estado dos
mundos adiantados, onde o mal foi excluído. Os mundos primitivos servem de
habitação e de exílio para os Espíritos Imperfeitos.
É necessário arrancar do coração todo sentimento impuro e todo principio vicioso.
Repetimos com Jesus, que mais valeria a um homem não ter tido a mão, do que a
ter para servir de instrumento a uma má ação; estar privado da visão do que a visão
desperte um mau pensamento. Pôr isso disse:-(Bem - Aventurados os que tem os
olhos fechados) A cegueira dos olhos, muitas vezes é a verdadeira luz do coração.
Bem- Aventurados os cegos que vivem com Deus.
Coração simples e puro: Exclui o Egoísmo, o Orgulho e a Vaidade.
Para ilustrar essa passagem Evangélica, temos a seguinte história. Diz o filósofo:- "
A natureza escreveu no rosto do homem uma carta de credito que tem de aceitar-se
onde quer que se apresente".
Os dois semblantes.
Certa vez um grande artista foi escolhido para pintar um quadro a óleo, destinado a
uma igreja de Roma. A tela deveria ter por tema a vida de Jesus. O artista que a
muito tempo vinha esperando por aquela oportunidade, imensamente feliz, atirou-se
ao trabalho ardorosamente. Assim anos a fio e sem descanso, dedicou-se o pintor a
execução do quadro.
Mas faltava-lhe dois modelos importantes, justamente aqueles que deveriam
representar o menino Jesus e Judas Iscariote.
Pôs-se então a procura dos modelos. Começou a busca em sua própria cidade.
Procurou em todos os bairros em todas as ruas. Andou muito e viajou também.
Examinou linha por linha centenas de rostos de meninos e de homens sem contudo
achar quem representasse as características exigidas para os personagens de seu
quadro.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 71 de 90
Foi então que retornando a sua terra natal, percorrendo novamente seu velho bairro,
viu um pequeno, cujo semblante, de rara beleza e extraordinária meiguice, era
justamente o que procurava. O pintor exultou de alegria! Enfim poderia continuar o
seu trabalho. De imediato, falou aos pais do menino e pôs mãos a obra.
Durante dias e dias o garoto pousou pacientemente, até que seus lindos traços
fisionômicos, passaram um a um para a tela.
Quando o menino se foi, o artista comentou!
"A beleza e a candura de sua alma, estão refletidos em seu rosto"
O pintor então começou a fazer novas buscas, agora na esperança de encontrar
quem lhe servisse de modelo para a imagem de Judas. Novas caminhadas ....
Novas indagações... Novos semblantes em desfile... Mais nada! Ninguém satisfazia
a exigência do artista.
A bela obra paralisada, aguardava o seu último personagem, para ser exposto aos
olhares do público. O pintor já desanimava quando um dia, ao passar por um bar
pouco recomendável, viu aparecer a porta um pobre homem esfarrapado e magro.
Estava embriagado!
Por um instante, o homem cambaleou e agarrou-se a porta. Deu dois passos
incertos, tropeçou e caiu ao chão.
O pintor aproximou-se condoído e ao tentar levanta-lo estremeceu de horror e
emoção.
Aquela fisionomia ainda moça, marcada impiedosamente pelo vicio, ajustava-se com
precisão á sua tela inacabada!
Ajudou-o a erguer-se e propôs-lhe:
_Venha comigo, eu cuidarei de você.
Encontrara afinal o seu Judas Iscariote.
Pôs-se então o artista, dia e noite a completar a tela. Mas coisa estranha, à medida
que o trabalho avançava, o modelo pouco a pouco demonstrava desoladora tristeza.
O pintor percebia a transformação, mas nada comentava.
Um dia porém, notando que lágrimas silenciosas deslizavam daqueles olhos
encovados, interrompeu o trabalho e indagou interessado!
_Meu filho, porque se aflige tanto? Em que posso ajudar?
Desatando a chorar, o modelo cobriu o rosto com as mãos . depois passados uns
instantes, olhou para o pintor e disse:
_Não se lembra de min?
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_Há muitos anos, pousei para o seu MENINO JESUS...
O filósofo ORIZON MARDEM, fala sobre o valor da castidade.
_É honrosa para o homem, a pureza de pensamentos, e a honestidade de
linguagem.
Cada qual é conforme são os seus mais vivos sentimentos. Se de índole generosa,
todas as suas emoções tomarão aspectos dessa virtude.
As paixões brutas são como marinheiros amotinados que é preciso encerrar nos
porões.
Nosso fonógrafo mental reproduzirá uma conversação obscena, enquanto a vida
durar.
Afirmam os fisiológicos que todas as partículas de nosso organismo se renovarão
periodicamente, mas nenhum químico é capaz de fazer desaparecer da memória,
por completo, os vestígios de um pensamento sinistro.
O homem perde-se quando perde a sua pureza. Não existe na vida, mais
inestimável tesouro que a "castidade" que em rigor é a pureza aplicada aos
pensamentos, palavras , obras, leituras, atitudes, gestos, companhias, ocupações e
até alimentos.
É tão necessário manter puro o corpo físico alimentando-o e nutrindo-o, como
manter puro também os sentimentos generosos e nobres. Só assim é possível
conservar o harmônico equilíbrio Espiritual e Corporal .
A imaginação é o cinzel da alma e a chave do destino.
"Sede limpos de coração. Este é o grande mandamento. Não escuteis aqueles que
vos disserem que o vicio é uma necessidade.
Nada do que é mau e pernicioso, é necessário.
Toda malícia é fraqueza. O vicio e a força, não tem parentesco algum
A pureza é a força, a saúde é o poder.
Só há um remédio eficaz contra a impureza:- a constante ocupação em coisas úteis.
Milhares de homens , deixariam cortar a mão direita, se por tal preço se pudessem
ver livres das conseqüências da impureza.
As novelas e literaturas imoral, são como canos de esgoto, por onde corre, viscosa,
a vaza concentrada das mais horrendas paixões, dos mais degenerados costumes e
dos mais dissolutos tipos. É horrível que tão hediondas cloacas, despejem a sua
imundície sobre a cabeça de nossos filhos. Quem pode matar os répteis que surgem
da mente de um escritor licencioso?
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 73 de 90
Mantende Ho! jovens ! bem puros os vossos corações.
Não percais a inocência, porque se tal vos acontecer, tereis perdido o mais precioso
Dom de Deus, e não mais volvereis a encontra-lo, ainda que com lágrimas de
arrependimento o busqueis.
Se uma harpa se quebra, há um artífice que a repara, se uma luz se apaga, outra luz
se reascende, mas quem há que restitua louçania e fragrância, a uma flor fanada?
Se um aroma se evola, quem há que o concentre de novo?
Valor da Castidade.
Quem subirá à montanha do Senhor?
Quem permanecerá nesse sacratíssimo lugar?
Quem for limpo de mãos e puro de coração. "DAVID"
Pois que ? Não sabeis que o vosso corpo é o Templo do Espírito Santo? (São
Paulo)
Um coração sem mancha, não se intimida facilmente. (Shakespeare)
Se a alma é limpa, o corpo resplandece. (Hunt)
FIM
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 74 de 90
EVANGELHO NO LAR
Tão simples e tão importante - assim é o Evangelho no Lar!
O Culto do Evangelho no Lar é o estudo do Evangelho de Jesus em reunião
familiar.
Traz diversos benefícios às pessoas que o praticam, pois permite ampla
compreensão dos ensinamentos de Jesus. Quando o Culto do Evangelho no Lar é
praticado fielmente à data e ao horário semanal estabelecidos, atrai-se para o
convívio doméstico os Espíritos Superiores, que orientam e amparam, estimulam e
protegem a todos. A presença de Espíritos iluminados no lar afasta aqueles de
índole inferior, que desejam a desunião e a discórdia. O ambiente torna-se posto
avançado da Luz, onde almas dedicadas ao Bem estarão sempre presentes, quer
encarnadas, quer desencarnadas. As pessoas habituadas à oração, ao estudo e à
vivência cristã, tornam-se mais sensíveis e às inspirações dos Bons Espíritos.
COMO É REALIZADO?
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 75 de 90
Escolher pelo menos um dia da semana e horário para reunião com a família
– a pontualidade e a assiduidade são importantes.
Escolher um aposento silencioso e agradável da casa, de preferência a sala
de jantar, e que esteja com os aparelhos eletro-eletrônicos desligados.
Colocar uma jarra ou qualquer outro recipiente com água sobre a mesa, para
fluidificação. Também podem ser utilizados copos em número correspondente aos
integrantes da reunião.
Realizar uma prece de abertura da reunião. Pode ser uma prece pronta ou
uma prece espontânea, o importante é o sentimento da fé e a confiança na Proteção
Divina.
Fazer a leitura de um trecho de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e/ou
de uma mensagem de outra obra básica ou complementar da Doutrina Espírita.
Podem ser feitos comentários sobre os temas lidos (sem críticas ou
julgamentos às outras pessoas da reunião)
Realizar uma prece de encerramento, agradecendo as lições recebidas e
rogando a Jesus paz, harmonia, saúde e proteção para os membros da reunião,
bem como os parentes, amigos etc. Desejando, rogar também pelos doentes,
desamparados e infelizes da Terra. Por último, pedir a bênção Divina para os
familiares desencarnados, sem temor. A lembrança da prece alegra e pacifica os
que partiram.
Servir a água fluidificada aos presentes.
IMPORTANTE
A duração do Culto do Evangelho no Lar deve ser de até 1 (uma) hora, mais ou
menos.
É desaconselhável qualquer manifestação mediúnica durante a reunião. A sua
finalidade básica é o estudo do Evangelho de Jesus, para o aprendizado Cristão. Os
casos de mediunidade indisciplinada devem ser encaminhados a uma sociedade
espírita idônea.
O Culto do Evangelho no Lar não deve ser suspenso em virtude de festas ou visitas.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 76 de 90
“O culto do Evangelho em casa - pelo menos uma vez por semana - ser-vos-á
uma fonte de alegrias e bênçãos.
Renovemos o contato com os ensinamentos de Jesus, tanto quanto nos seja
possível, e não somente o lar que nos acolhe se transformará em celeiro de
compreensão e solidariedade, mas também a própria vida se nos fará
luminoso caminho de ascensão à felicidade real.”
BATUÍRA
(Mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier, do livro “Mais Luz”- Edição
GEEM)
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 77 de 90
ESQUECIMENTO DO PASSADO - ANDRÉA AZEVEDO
As vezes nos questionamos o porquê de não podermos lembrar de nossas
existências anteriores. Ficamos imaginando e indagando o porquê de nossas
relações e vidas atuais e não nos damos conta da essência da condição atual.
Deus, na sua infinita bondade e sabedoria , nos poupa dessa condição de
lembrança de outras vidas, porque sabe que isso somente nos poderia causar
dificuldades. Ele nos poupa, para podermos nos manter firmes na condição atual e
vencer as imperfeições e erros cometidos nas existências anteriores.
Se por um lado , nos esquecemos do passado para justamente evoluir com mérito,
por outro, renascemos com nossa intuição, que será nosso termômetro para
avaliarmos as situações dentro do que estamos necessitando corrigir.
O nosso passado (outras existências) fica provisoriamente esquecido. Quando
voltamos ao nosso estado original ( a vida espírita ) , nossa existência (toda a vida)
se desenrola por diante de nós. E então, é nesse momento que podemos ver e
entender os motivos pelos quais sofremos e o que necessitaremos para correção de
erros cometidos. É quando começamos a pensar nas novas encarnações.
Nos diferentes mundos, ou nos mundos evoluídos, podemos encontrar situações em
que os espíritos ali se lembram de toda as suas existências e sentem-se felizes por
agora estarem vivendo sem o véu da escuridão valorizando assim , as provas
passadas, as quais foram vencidas.
Esses sabem apreciar a felicidade que Deus lhe permite viver hoje. Há outros
porem, que não apreciam essa felicidade por não conhecerem o passado de
existências mais penosas.
Porem, se não a conhecem e apreciam como homens, dessa forma, eles em
espíritos sabem da verdade. Tudo é sempre muito sábio na Providência Divina.
Deus, nosso amado Pai, sabe de nossas dificuldades e do que precisamos para
evoluir com toda plenitude. Não devemos evoluir na teoria e sim na pratica e
consciência da alma é de fato, podermos ter a capacidade do amor incondicional e
da prática do bem sem egoísmo e sem falsas situações que, como espíritos, ainda
em evolução egoisticamente agimos em nosso próprio benefício. A lembrança de
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 78 de 90
nossas vidas passadas teria gravíssimos inconvenientes, como é dito no LE. Poderia
em certos casos, humilhar-nos extraordinariamente; em outros, exaltar o nosso
orgulho, o qual afetaria nosso livre-arbítrio.
Temos , dado por Deus, o que é suficiente : a voz da consciência e nossas
tendências instintivas, tirando-nos aquilo que nos poderia prejudicar. Apesar de nem
sempre poder ter algumas revelações do passado , muitos sabem entretanto o que
foram. Pode acontecer também em sonhos , de vir a lembrança de vidas passadas
por indícios desses sonhos. Porem, quase sempre, nos deparamos com imaginação
para esses casos.
Lembramos, nunca um espírito regride, ele evoluí ou permanece no estado
estacionário. As inclinações do espírito pode revelar seu passado. Das provas ,
lembranças e passados , vemos que a Providência Divina nos brinda com sua
sabedoria em nos poupar da vergonha de um passado que hoje (muito
possivelmente) já não temos mais as más inclinações.
Lutamos nessas existências por nosso melhoramento. Há que cumprirmos o que
nos propusemos. Sabemos, por inspiração, o que devemos fazer. Precisamos para
isso, sempre vigiar para entrar em sintonia com o plano maior, o qual nos ajudará
nessa nossa luta pela correção dos erros cometidos outrora. Como segue no LE:”
Chegando ao termo que a Providência lhe assinou à vida na erraticidade, o próprio
Espírito escolhe as provas a que deseja submeter-se para apressar o seu
adiantamento, isto é, escolhe meios de adiantar-se e tais provas estão sempre em
relação com as faltas que lhe cumpre expiar. Se delas triunfa, eleva-se; se sucumbe,
tem que recomeçar.
O Espírito goza sempre do livre-arbítrio. Em virtude dessa liberdade é que escolhe,
quando desencarnado, as provas da vida corporal e que, quando encarnado, decide
fazer ou não uma coisa procede à escolha entre o bem e o mal. Negar ao homem o
livre-arbítrio fora reduzi-lo à condição de máquina.
Mergulhando na vida corpórea, perde o Espírito, momentaneamente, a lembrança
de suas existências anteriores, como se um véu as cobrisse. Todavia, conserva
algumas vezes vaga consciência, lhe podem ser reveladas.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 79 de 90
Esta revelação, porém, só os Espíritos superiores espontaneamente lhe fazem, com
um fim útil, nunca para satisfazer a vã curiosidade..
As existências futuras, essas em nenhum caso podem ser reveladas, pela razão de
que dependem do modo por que o Espírito se sairá da existência atual e da escolha
que ulteriormente faça. tendo a secundá-la os Espíritos superiores que o assistem,
se atende às boas inspirações que lhe dão.
O homem não conhece os atos que praticou em suas existências pretéritas, mas
pode sempre saber qual o gênero das faltas de que se tornou culpado e qual o
cunho predominante do seu caráter. Bastará então julgar do que foi, não pelo que é,
sim, pelas suas tendências. As vicissitudes da vida corpórea constituem expiação
das faltas do passado e, simultaneamente, provas com relação ao futuro.
Depuram-nos e elevam-nos, se as suportamos resignados e sem murmurar.
A natureza dessas vicissitudes e das provas que sofremos também nos podem
esclarecer acerca do que fomos e do que fizemos, do mesmo modo que neste
mundo julgamos dos atos de um culpado pelo castigo que lhe inflige a lei.
Assim, o orgulhoso será castigado no seu orgulho, mediante a humilhação de uma
existência subalterna; mau-rico, o avarento, pela miséria; o que foi cruel para os
outros, pelas crueldades que sofrerá; o tirano, pela escravidão; o mau filho, pela
ingratidão de seus filhos; o preguiçoso, por um trabalho forçado, etc”.
PERGUNTAS/RESPOSTAS:
Existe a possibilidade(em casos especiais) de lembrarmos de outra reencarnação
por intermédio da terapia de vidas passadas?
Sim, existem casos especiais em que a TVP pode auxiliar a lembrança de vidas
passadas. E como você mesmo coloca, são casos especiais que o plano espiritual
auxilia nessa lembrança.
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 80 de 90
Não seria uma mera questão de exercício, onde através de dinâmicas adentramos
na memória maior ? Não me refiro a sua utilidade, mas a questão de se fazer a
ligação entre as duas memórias, a física e a espiritual ?
Na verdade, o próprio LE nos explica que podemos “saber” sobre nossas existências
passadas: “As pessoas que tanto se interessam por saber o que foram em vidas
anteriores, devem prestar atenção as suas tendências atuais”. Creio que esse é o
melhor caminho para identificarmos nossas atuações em outras vidas.
Nos 7 anos necessários para completar a reencarnação o espirito se identifica
mais com a existência anterior?
Creio que podemos dizer que sim. Pois a criança tem mais ligação com o plano
espiritual. Essa fase, é atenuada com a presença “dos amigos invisíveis”.
Alguém, uma certa vez, me disse que quase, ou praticamente todas as pessoas que
vivem ao nosso redor foram nossos obsessores em vidas passadas. Esquecemos, e
em outras vidas, através do amor, perdoamos. Isso justifica o fato de que se por
exemplo… Uma pessoa de quem eu gosto muito, que faz parte de mim, se eu vier a
descobrir que esta pessoa em outra vida me estuprou, ou me fez um outro mal
grave, esse ódio pode renascer. Isso é verdade?
Tudo pode acontecer. Na verdade , sabemos que o ódio não nos faz bem. E
devemos seguir a máxima que Jesus nos ensinou – Perdoar. Imagino o quanto deva
ser difícil sofrer tal violência , porem, e principalmente , acontecido em uma outra
“época” creio que podemos perdoar com maior facilidade. Lembremos, viver com
alegria no coração , deixando as amarguras e tristezas no passado , só nos fará
evoluir e caminhar para junto de nosso amado Pai.
E qual é a verdadeira razão de esquecermos de nós mesmos, lembrando apenas do
período desta encarnação?
Veja, Deus é sábio. E tudo faz pelo nosso próprio bem. Deus, na sua infinita
bondade e sabedoria , nos poupa dessa condição de lembrança de outras vidas,
porque sabe que isso somente nos poderia causar dificuldade. Ele nos poupa, para
podermos nos manter firmes na condição atual e vencer as imperfeições e erros
cometidos nas existências anteriores. Se por um lado , nos esquecemos do passado
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 81 de 90
para justamente evoluir com mérito, por outro, renascemos com nossa intuição, que
será nosso termômetro para avaliarmos as situações dentro do que estamos
necessitando corrigir. Ele , porem , nos concede as ferramentas necessárias para
nos corrigirmos com pleno mérito da nossa evolução.
Andréa Azevedo – Centro Espírita Léon Denis
14 – RECORDAÇÕES DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Página 82 de 90
RETORNO À VIDA CORPORAL
DA INFÂNCIA
Frequentemente ocorre ser o Espírito que anima o corpo de uma criança, tão
desenvolvido, ou mais ainda, do que o de um adulto, conforme o seu progresso
anterior. Enquanto criança, os órgãos da inteligência estando ainda em
desenvolvimento, não lhe põe à disposição todas as faculdades de um adulto. a sua
inteligência permanecerá limitada, até que a idade amadureça e ele domine
totalmente o novo organismo.
A perturbação que acompanha a encarnação não cessa de súbito com o nascimento
e só se dissipa com o desenvolvimento dos órgãos.(LE, perg. 380). Segundo
Emmanuel no livro "O Consolador", o Espírito no período infantil, até os sete anos,
ainda se encontra em fase de adaptação à nova existência. Nessa idade, ainda não
existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica. Suas recordações do
plano espiritual são mais vivas, tornando-se mais susceptível de renovar o caráter e
estabelecer novo caminho na consolidação dos princípios de responsabilidade, se
encontrar nos pais legítimos representantes do colégio familiar.
Eis por que o lar é tão importante para a edificação do homem e por que tão
profunda é a missão dos pais perante as leis divinas, pois é aí que a criança deve
receber as bases do sentimento e do caráter. O estado infantil é uma necessidade
do Espírito e corresponde aos desígnios da Providência, pois é um tempo de
repouso para o Espírito (LE, perg. 382). O objetivo da encarnação é o
aperfeiçoamento do Espírito e o estado de infância torna-o acessível às impressões
que recebe; sua nova fase de vida vai fundamentar-se nos novos registros inseridos
a partir de então.
Daí os novos rumos limitados e dependentes deles e o aumento da probabilidade de
sucesso na nova vida. As sábias leis divinas colocam-no em um meio onde ele só
haure o que é útil, o que convém, junto daqueles que estão incumbidos de educá-lo
e talvez capacitados a lhe auxiliar o adiantamento. Aos pais e professores cumpre
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ponderar seriamente sobre este aspecto, pois o Espiritismo abre um novo capítulo
na Psicologia Infantil e na Pedagogia, mostrando a importância da educação da
criança, não apenas para a vida em curso, mas também para a sua perene e
definitiva evolução espiritual.
Os estabelecimentos de ensino propiciam instruções, mas somente a família
consegue educar; a universidade forma o cidadão, mas somente o lar edifica o
Espírito. O primeiro sinal de vida da criança é expresso pelo choro para excitar o
interesse da mãe e provocar os cuidados necessários (LE, perg. 348). Se a sua
manifestação fosse em hosanas de alegria, as reações seriam tão diferentes que
poucos se inquietariam com as suas necessidades. Em tudo erige-se a sabedoria
divina.
A mudança que se opera no caráter das criaturas ao atingirem certa idade,
particularmente a partir da adolescência, deve-se ao fato de o Espírito retomar
paulatinamente a sua natureza e mostrar-se qual era em encarnação anterior. O que
o Espírito foi, é ou será, permanece oculto na inocência da criança. Isso permite
que, no caso de Espíritos antagônicos, receba todas as manifestações de carinho e
amor essenciais para que se lhe conceda a oportunidade adicional de redimir-se.
Assim não procederiam os pais, se ao invés da criança cheia de graça e
ingenuidade, se encontrassem sob os traços infantis um Espírito adulto, mostrando o
seu verdadeiro caráter e instinto.
A infância tem ainda outra utilidade: os Espíritos não ingressam na vida corpórea
senão para se aperfeiçoarem, para se melhorarem; a debilidade dos primeiros anos
os torna flexíveis, acessíveis aos conselhos da experiência e daqueles que devem
fazê-los progredir. É então que se pode reformar o seu caráter e reprimir as suas
más tendências.
Esse é o dever que Deus confiou aos pais, missão sagrada pela qual terão que
responder. É assim que a infância não é somente útil, necessária, indispensável,
mas ainda a consequência natural das leis que Deus estabeleceu e que regem o
Universo (LE, perg. 385).
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SIMPATIAS E ANTIPATIAS TERRENAS - ESQUECIMENTO DO PASSADO
Frequentemente durante a romagem terrena, dois seres sentem-se naturalmente
atraídos um pelo outro, em circunstâncias aparentemente fortuitas; ou inversamente,
a sensação que surge é de antipatia e rejeição. Estes personagens não se
reconhecem, porém, esta primeira impressão é resultante de encarnações
anteriores, cujas experiências felizes ou desagradáveis emergem da memória
espiritual de cada um.
Nem sempre é recomendável que eles se reconheçam; a recordação das
existências passadas teria inconvenientes maiores do que pensais. Após a morte
eles se reconhecerão e saberão em que tempo estiveram juntos (LE, perg. 386a).
Afora estas circunstâncias, dois Espíritos que tenham afinidades se procuram sem
que necessariamente se hajam conhecido em épocas remotas; fazem-no por
identidade de objetivos e metas.
Além de os encontros que se dão entre certas pessoas não serem obra do acaso,
mas sim o efeito de relações simpáticas, há, entre os seres pensantes, ligações que
ainda não conheceis. O magnetismo é a bússola desta ciência, que mais tarde
compreendereis melhor (LE, perg. 388). Assim como a atração de um ser para outro
resulta da simpatia, Espíritos antipáticos se reconhecem sem se falarem.
Dois Espíritos não são necessariamente maus pela ausência de simpatia, mas
também pela falta de similitude do modo de pensar. Tal acontece por não serem
afins. À medida em que eles se elevam, as diferenças se anulam e a antipatia
desaparece. Um Espírito mau sente antipatia por aquele que possa julgá-lo e
desmascará-lo. Ao sentir sua aproximação, já pela primeira vez percebe iminente
desaprovação; reage então sob a forma de uma repulsa que se transforma
facilmente em rancor, inveja e uma inspiração de fazer o mal.
O bom Espírito, por sua vez, pode afastar-se do mau porque sabe que não será por
ele entendido; porém, consciente de sua superioridade não alimenta rancor nem
inveja; limita-se a evitá-lo.
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ESQUECIMENTO DO PASSADO
O Espírito quando reencarna, esquece totalmente o seu passado; porém, muitas
pessoas acreditam que a lembrança de vidas anteriores, no decorrer da vida
presente, seria de grande benefício. Mas, em cada reencarnação manifestam-se as
tendências decorrentes da natureza do Espírito, a orientar seu comportamento mais
correto; as boas inclinações, indicam o progresso já realizado e as más, as paixões
a serem superadas.
Inúmeras vezes, Espíritos que foram acerbos inimigos numa determinada vida,
renascem no seio de uma mesma família, a fim de removerem as arestas e
aprenderem a se amar; se relembrassem do passado, em muitos casos essa
reconciliação se tornaria extremamente difícil. O homem nem pode nem deve saber
tudo; Deus assim o quer, na sua sabedoria. Sem o véu que lhe encobre certas
coisas, o homem ficaria ofuscado, como aquele que passa sem transição da
obscuridade para a luz. Pelo esquecimento do passado, ele é mais ele mesmo (LE,
perg. 392).
Em cada nova existência, o Espírito usufrui do conhecimento conquistado nas vidas
passadas, estando em melhores condições de distinguir o bem do mal; ao retornar
ao plano espiritual, descortina-se diante dele sua vida pregressa. Vê as faltas que
cometeu e que deram origem aos seus sofrimentos, assim como o modo como as
teria evitado; isto lhe servirá de orientação, caso tenha o mérito de escolher por si
próprio uma nova encarnação, a fim de evitar e reparar os erros cometidos. Ele
então escolhe provas semelhantes às que não soube aproveitar, ou os embates que
melhor possam contribuir pra o seu adiantamento.
Mas, se não temos, durante a vida corpórea, uma lembrança precisa daquilo que
fomos e do que fizemos de bem ou de mal em nossas existências anteriores, temos,
entretanto, a sua intuição. E as nossas tendências instintivas são uma reminiscência
do nosso passado, às quais a nossa consciência, - que representa o desejo por nós
concebido de não mais cometer as mesmas faltas, - adverte que devemos resistir
(LE, perg. 393). Se o homem não tem, portanto, lembranças precisas do passado,
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tem sempre a voz da consciência e suas tendências instintivas, que lhe permite o
conhecimento de si mesmo.
Existem mundos mais evoluídos, onde seus habitantes guardam lembranças claras
de suas existências passadas; mas isto é resultado da condição superior por eles
conquistada, e que os leva a uma melhor compreensão e melhor aproveitamento da
liberdade que Deus lhes permite desfrutar. Nesses mundos, onde não reina senão o
bem, a lembrança do passado nada tem de penosa; é por isso que neles se recorda
com frequência a existência precedente, como nos lembramos do que fizemos na
véspera.
Quanto à passagem que se possa ter tido por mundo inferiores, a sua lembrança
nada mais é, como dissemos, do que um sonho mau (LE, perg. 394). Mesmo em
mundos como a Terra, e em casos muito especiais, existem pessoas que sabem o
que foram e o que faziam; contudo, abstêm-se de dizê-lo abertamente, pois, do
contrário, fariam extraordinárias revelações sobre o passado.
Assim, cabe ao homem suportar resignadamente as provas e expiações que lhe são
pertinentes, sem a preocupação desnecessária de desvendar suas vidas passadas,
a cada nova existência a justiça divina dar-lhe-á a oportunidade de retomar o curso
do aprendizado interrompido, propiciando-lhe os recursos necessários para os
devidos reajustes. Observando seu próprio caráter, ele sentirá, cada vez mais, a
necessidade de superar suas imperfeições, pois basta que estude a si mesmo, e
poderá julgar o que foi, não pelo que é, mas pelas suas tendências (LE, perg. 399).
DEIXAI VIR A MIM OS PEQUENINOS
Então lhe apresentaram uns meninos para que os tocasse; mas os discípulos
ameaçavam os que lho apresentavam. O que, vendo Jesus, levou-o muito a mal, e
disse-lhes: "Deixai vir a mim os pequeninos e não os embareceis, porque o Reino de
Deus é daqueles que se lhes assemelham. Em verdade vos digo que todo aquele
que não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele." E
abraçando-os, e pondos as mãos sobre eles, os abençoava (Marcos, 10:13-16)
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Jesus tomou a infância como símbolo da pureza e da simplicidade; portanto, não
havia em suas palavras a intenção de dizer que o Reino de Deus é apenas para as
crianças, mas sim para todos aqueles que se lhes assemelham. Não poderia ser de
outro modo, pois que o Espírito ao reencarnar traz consigo não só as qualidades
conquistadas em vidas passadas, como também as imperfeições e as más
tendências. A criança, no entanto, é sempre um exemplo vivo de pureza, e não foi
outro o objetivo de Jesus ao tomá-la como paradigma para deixar à humanidade
mais um ensinamento: somente os simples e humildes terão aceso aos planos mais
sublimados da Espiritualidade, ou seja, o Reino de Deus.
A criança necessita de cuidados especiais, de carinho e desvelo maternos, cuja
ternura aumenta ainda mais diante da fragilidade na infância. A criança representa
para a mãe deixaria de ter essa atenção e abnegação, se nela se revelassem nítidas
manifestações do que foi em em vida anterior. Tal quadro se agravaria ainda mais,
se a mãe se conhecesse seus antecedentes, pois, em muitos casos, pais e filhos
são Espíritos antagônicos de vidas passadas.
O Espírito quando reencarna, entra num estado de perturbação e, paulatinamente,
perde a consciência de si mesmo, esquecendo suas vidas passadas. Durante algum
tempo ele permanece numa espécie de sono, conservando, no entanto, todas as
suas faculdades em estado latente. Esse estágio transitório é necessário para que o
Espírito tenha um novo ponto de partida, esquecendo tudo aquilo que possa
representar obstáculo na nova existência corporal. Mas não deixa de sofrer uma
reação do pretérito, conservando uma vaga intuição de toda a experiência adquirida.
Após o nascimento, suas idéias retomam gradativamente o seu desenvolvimento,
acompanhando o crescimento do corpo.
No período inicial da nova encarnação, o Espírito age realmente como criança, pois
as idéias que marcarão seu caráter estão adormecidas. Por isto a criança é mais
dócil nesta fase, tornando-se mais acessível às impressões que podem modificar
sua condição evolutiva. Jesus tomou como exemplo de pureza e simplicidade a
condição infantil, ao dizer venha a mim os pequeninos, não apenas nesta passagem
evangélica, mas em muitas outras, conforme o relato do Evangelho de Mateus:
-Graças te dou, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, que ocultaste estas coisas aos
sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos (Mateus, 11:25).
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-Assim também não é da vontade do Pai que estás nos Céus, que um destes
pequeninos se perca (Mateus, 18:14).
-Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos não o fizestes, não o
fizestes a mim (Mateus, 25:45).
Jesus cercou-se sempre de criaturas simples e humildes, pois sabia que somente
estes estavam aptos a assimilar suas palavras e seguir seus ensinamentos. A sua
mensagem imorredoura era essencialmente endereçada aos brandos, aos pacíficos,
aos humildes, aos sofredores de todos os matizes, aos pequeninos entre os
homens; por isso ele exultou-se quando viu que os pequeninos e não os sábios e
entendidos assimilaram a revelação do Reino de Deus.
Desse modo, Jesus usou esta imagem da criança para ilustrar a bem-aventurança
dos puros de coração. A simplicidade e a humildade são inerentes à pureza de
espírito, excluindo qualquer laivo de egoísmo e de orgulho.
QUESTIONÁRIO:
A - DA INFÂNCIA
1 - O Espírito de uma criança pode ser mais evoluído que o de seus pais?
2 - Por que o período de 1 a 7 anos é decisivo na formação do caráter e da
personalidade do Espírito reencarnante?
3 - O estado infantil é um tempo de repouso para o Espírito. Explique.
B - SIMPATIAS E ANTIPATIAS TERRENAS - ESQUECIMENTO DO PASSADO
1 - Como se explica a simpatia e antipatia à luz da Doutrina Espírita?
2 - Porque o esquecimento do passado representa valioso benefício para a evolução
do Espírito?
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3 - Sob que aspecto a análise de nossas tendências instintivas é importante para a
reforma íntima?
C - DEIXAI VIR A MIM OS PEQUENINOS
1 - Qual a mensagem de Jesus ao referir-se aos "pequeninos"?
2 - Como age o Espírito, no período inicial de sua encarnação? Desenvolva
3 - Graças te dou, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, que ocultastes estas coisas aos
sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos (Mateus, 11:25) comente esta
afirmação.
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PLANO DE IDÉIAS Nº 01
AULA ANTERIOR
MUNDO ESPIRITUAL VARIAS FILOSOFIAS VISÃO ESPIRITA
ESTA AULA
IMORTALIDADE DA ALMA – Existe em quase todas filosofias do Globo
LEI DE AÇÃO E REAÇÃO – (PROXIMA AULA)
REENCARNAÇÃO COMO OPORTUNIDADE (MISERICORDIA DIVINA)
ESQUECIMENTO DO PASSADO
FORÇAS DO BEM - A humildade é virtude muito esquecida entre vós
DAR É MELHOR QUE RECEBER – ("NÃO TENHO OURO NEM PRATA, ...... EU
TE DOU" )
REAJUSTE NA FAMILIA
EVANGELHO NO LAR