Referencial teórico para acompanhamento didático ...

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Universidade de Sorocaba Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas Linha de Pesquisa: Avaliação de Substâncias Bioativas e Sistemas para Liberação de Fármacos 1 Laboratório de Biomateriais e Nanotecnologia da Universidade de Sorocaba LaBNUS – www.labnus.com Referencial teórico para acompanhamento didático - pedagógico da disciplina: Sistemas para Liberação de Fármacos: Prof. Dr. Marco Vinícius Chaud (PhD.) Os direitos autorais deste material pertencem ao autor qualquer uso indevido será considerado plágio Laboratório de Biomateriais e Nanotecnologia da Universidade de Sorocaba LaBNUS – www.labnus.com

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Linha de Pesquisa: Avaliação de Substâncias Bioativas e Sistemas para Liberação de Fármacos

1 Laboratório de Biomateriais e Nanotecnologia da Universidade de Sorocaba LaBNUS – www.labnus.com

Referencial teórico para

acompanhamento didático - pedagógico da disciplina:

Sistemas para Liberação de Fármacos:

Prof. Dr. Marco Vinícius Chaud (PhD.)

Os direitos autorais deste material pertencem ao autor qualquer uso indevido será considerado plágio

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Introdução

O desempenho farmacotécnico e farmacológico, bem como a segurança e adesão ao tratamento são aspectos

fundamentais para o desenvolvimento de sistemas para liberação de fármacos, os quais são alcançados a

partir de alto nível de conhecimento interdisciplinar, habilidade específicas e criatividade. Da conjunção

destas habilidades emerge a área de conhecimento denominada biofarmacêutica.

Apesar dos avanços consideráveis na área biofarmacêutica, a interface entre os aspectos que relacionam as

propriedades físicas e químicas do fármaco com os demais componentes envolvidos no projeto de criação de

sistema de liberação, e desse com a anatomia, histologia e fisiologia dos compartimentos biológicos, a

biofarmácia é uma ciência ignorada na formação de profissionais farmacêuticos e áreas afim.

O presente manuscrito abordará em cada uma das suas seções uma visão integrada, correlacionando as

consequências farmacêuticas, biológicas, toxicológicas, e a via de administração para a tomada de decisão na

fabricação e avaliação de sistemas para liberação de fármacos.

O conteúdo deste manuscrito é composto por seções e subseções que introduzem conceitos fundamentais,

métodos, e avanços na área de transporte, liberação, dissolução, permeação e desempenho das formas

farmacêuticas com foco específico sobre estratégias biofarmacotécnicas para transpor, com segurança,

barreiras anatômicas, fisiológicas e químicas.

Ao final deste estudo é esperado que os estudantes sejam capazes de aplicar os conhecimentos adquiridos para

o desenvolvimento racional de sistemas para liberação de fármacos. Para avaliar esta habilidade estudo de

casos serão propostos como desafio ao conhecimento e à capacidade adquirida para relacionar diferentes

aspectos biofarmacotécnicos.

A seguir serão apresentadas sequencialmente três listas, sendo uma de abreviaturas, outra de modelos

matemáticos, e a última de termos específicos relacionados à ciência farmacêutica.

A Seção I introduz conceitos básicos de biofarmácia, e discute o papel dos adjuvantes farmacotécnicos nos

vários estágios de desenvolvimento dos sistemas de liberação de fármacos. A Seção II descreve as

propriedades físico-químicas e moleculares que influenciam a biodisponibilidade de fármacos a partir de um

sistema de liberação especifico pela via de administração mais adequada. A Seção III introduz os princípios

que governam a absorção de fármacos, incluindo sistemas de barreira que dificultam a absorção de

xenobióticos. A Seção IV investiga mais detalhadamente os adjuvantes farmacotécnicos como facilitadores

da absorção de fármacos e os propósitos da forma farmacêutica e via de administração. A Seção V aborda os

sistemas de liberação alvo direcionados, os sistemas de liberação com ação alvo específico. A Seção VI

introduz a concepção de theranósticos. A Seção VII introduz estudos de casos com fármacos pertencentes aos

diferentes grupos do sistema de classificação biofarmacêutica, múltiplos tipos de formulação, e influencia de

alguns processos de fabricação.

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Lista de Abreviaturas e Significados

[i] – Número de moléculas ionizadas

[Ni] – Número de moléculas não ionizada

Fármaco (do inglês drug) – Substância com atividade terapêutica e/ou preventiva

Ka – Constante de dissociação ácida, constante de acidez

Kb- Constante de dissociação básica, constante de basicidade

Kg, mg, µg, ng – Unidades de massa (quilograma, miligrama, micrograma, nanograma)

L, mL, µL, nL – Unidades de volume (litro, mililitro, microlitro, nanolitro)

MM (do inglês MW – molecular weight) – Massa molecular (unidade g/mol)

pH - Logaritmo da concentração de hidrogênio em solução (potencial hidrogeniônico)

pKa – Logaritmo da constante de dissociação ácida

pKb - Logaritmo da constante de dissociação básica

ppm (parte por milhão pode ser utilizada tanto para unidade de massa como de volume)

SCB (do inglês BCS) – Sistema de Classificação Biofarmacêutico

SLF – Sistemas para liberação de fármacos

So – Solubilidade da forma não ionizada

St – Solubilidade total

DDS – Drug Delivery System (Sistemas para liberação de Fármacos). Delivery neste contexto significa

liberação, portanto não é entrega e muito menos libertação.

IR -Immediate Release (Liberação Imediata)

DRS – Drug Release System idem a DDS

DRSS – Drug Release Sustained System Delivery (Sistema para liberação sustentada de fármacos)

DDSST - Drug Delivery System Specific Target (Sistemas para liberação de fármacos alvo específico ou

direcionados ao alvo)

Modified Drug Delivery System– (Sistema modificado para liberação de fármacos

DDPA – Drug Delivery for Prolonged Action

DDER – Drug Delivery for Extended Release

PDRP - Programmed on/demand release profile

LR-DDS - Light Responsive Drug Delivery System

TR-DDS - Termo Responsive Drug Delivery System

pH-R-DDS - pH Responsive Drug Delivery System

MR-RS - Magneto Responsive Release Systems

TR - timed release

XL- extended liberation

XR- extended release

XT- extended Time (release)

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Termos comuns relacionados à ciência farmacêutica e Conceitos Gerais

• Sistemas para liberação de fármacos (SLF) – Formas farmacêuticas ou formas de dosagem projetadas

para liberar o fármaco em um compartimento biológico específico (cavidades: nasal, otológica, bucal,

vaginal, uretral, ampola retal), ocular, estomacal, intestinal (duodeno, jejuno, íleo, ceco ou cólon)

• Fármaco (do inglês drug) – Substância com atividade terapêutica e/ou preventiva

• Excipiente – conjunto de substâncias química, física e biologicamente compatíveis que compõe os

SLF, tem papel fundamental no efeito terapêutico e na segurança dos medicamento, contribuem de

forma importante para adesão ao tratamento. Na prática, modulam a liberação do fármaco,

direcionam o fármaco para um órgão ou para um local específico.

• Vias de administração: parenteral (endovenosa, muscular, subcutânea, intradermal, intratecal,

intracardíaca, intra-raquidiana), oral, nasal, otológica, vaginal, retal, uretral, cutânea)

• Adimensional: que não possui dimensão, que pode ser expresso por um número simples sem

dimensão (diz-se de grandeza física); isto é, sem unidade de medida.

• Polimorfos, Compostos químicos de se cristalizarem em várias formas genericamente distintas. O

polimorfismo é conhecimento fundamental para o estudo de biodisponibilidade do fármaco, o qual

pode ocasionar desvios de qualidade e influenciar no desempenho clínico dos medicamentos. O

polimorfismo cristalino pode ser conceituado como a capacidade de um composto existir no estado

sólido em mais de uma forma cristalina.

• Sólidos Amorfos: enquanto os cristais caracterizam-se pela repetição espacial - tridimensional - dos

átomos ou moléculas que os constituem, as formas amorfas apresentam átomos ou moléculas

distribuídas aleatoriamente tal como em um líquido.

• Aduto (ou dispersão sólida) é o resultado da combinação direta de duas ou mais moléculas distintas

resultando em produto cristalino cuja estrutura é formada por todos os componentes, mas com sua

integridade individual preservada.

• Solvatos são materiais cristalinos ou amorfos nos quais as moléculas do solvente de cristalização fazem

parte do retículo cristalino, (os solvatos também podem ser chamados de pseudopolimorfos)

• Hidratos são solvatos cujo solvente de cristalização é a água.

***Cabe ressaltar que os amorfos não podem ser considerados polimorfos.

• Cocristais são materiais cristalinos homogêneos, compostos por dois ou mais compostos em proporção

estequiométrica definida e que são sólidos em condições ambiental de temperatura e pressão.

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Modelos Matemáticos comumente utilizados para explicar fenômenos biofarmacêuticos (ou Sistemas

para Liberação de Fármaco)

1) Taxa de dissolução

∆𝐶

∆𝑡=

𝐴 . 𝐷

ℎ. 𝑣 (𝐶𝑠 − 𝐶)

Onde A é área de superfície exposta ao meio de dissolução; D é coeficiente de difusão molecular, h é

espessura da camada de difusão; v é volume do meio de dissolução. Cs é concentração da solução saturada

do soluto no meio de dissolução em uma temperatura previamente definida e C é concentração do fármaco

em solução no tempo (t).

De acordo com este modelo matemático, a taxa de dissolução é uma função:

• Solubilidade do fármaco

• Transporte difusional das moléculas dissolvidas distante da superfície sólida através de uma região

fina ou mais ou menos estagnada que envolve as partículas do fármaco

• Área da superfície sólida que está efetivamente em contato com o solvente (meio de dissolução)

2) Proporção (%) de moléculas ionizadas em relação às moléculas não ionizada no meio de dissolução,

em função do pH do meio e do pKa do fármaco.

2.1 – Para fármacos cujas moléculas são sais de ácido

𝑝𝐻 − 𝑝𝐾𝑎 = 𝑙𝑜𝑔[𝑖]

[𝑁𝑖]

2,2- Para fármacos cujas moléculas são sais de base

𝑝𝐾𝑎 − 𝑝𝐻 = 𝑙𝑜𝑔[𝑖]

[𝑁𝑖]

ou

𝑝𝐻 − 𝑝𝑘𝑎 = 𝑙𝑜𝑔[𝑁𝑖]

[𝑖]

3) estimativa da massa de fármaco absorvida considerando apenas a solubilidade total e a proporção de

moléculas não ionizadas

3.1 - Para fármacos cujas moléculas são sais de ácido

𝑝𝐻 − 𝑝𝐾𝑎 = log([𝑆𝑡] − [𝑆𝑜]

[𝑆𝑜])

3.2- Para fármacos cujas moléculas são sais de base

𝑝𝐾𝑎 − 𝑝𝐻 = log([𝑆𝑡] − [𝑆𝑜]

[𝑆𝑜])

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St é Solubilidade total em meio biológico (solubilidade do fármaco no ponto de equilíbrio de

saturação); Só é solubilidade da forma não ionizada no meio biológico.

4) Processo de difusão através de uma membrana, filme, dispositivo de base porosa, scaffolds , e

aplicado para partículas, micropartículas, nanopartículas, comprimidos revestidos nos quais a taxa de

desintegração seja menor que a taxa de difusão.

𝐽 = −𝐷 ∆𝐶

∆𝑡

Onde, J é a massa de moléculas que passa através de uma unidade de área perpendicular á superfície por

unidade de tempo, D é o coeficiente de difusão das moléculas do fármaco, ∆𝐶∆𝑡⁄ é o gradiente de

concentração (isto é variação da concentração em função da variação do tempo.

O modelo do processo de difusão obedece a 1ª. lei de Fick, a qual relaciona o fluxo do fármaco com o

gradiente de concentração

5) No estado de equilíbrio

𝐽 = −𝐷 𝐶 − 𝐶𝑠

Onde, J é a massa de moléculas que passa através de uma unidade de área perpendicular á superfície por

unidade de tempo, D é o coeficiente de difusão das moléculas do fármaco. C concentração do fármaco na

forma farmacêutica antes da liberação, Cs concentração de saturação, h é a espessura da camada de difusão

no tempo t.

6) Modelo de Higuchi ou de Barreira Interfacial

𝐺 = 𝐾𝑖 (𝐶𝑠 − 𝐶)

Onde, G é a taxa de dissolução por unidade de área, e Ki é o coeficiente de transporte interfacial

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Figura 1- ILUSTRAÇÃO ESQUEMÁTICA DO PROCESSO DE DISSOLUÇÃO

A importância do SCB

• Solução é uma dispersão molecular.

• Suspensão é uma dispersão particulada

• Cápsula (com componentes sólido particulado) é uma mistura

• Comprimidos são misturas de partículas sólidas compactadas

• Grânulos são misturas de partículas sólidos agregadas entre si por uma agente agregante (aglutinante)

O SCB enfatiza a contribuição de três fatores fundamentais: dissolução, solubilidade e permeabilidade

através da membrana absortiva. Na forma mais simplificada o SCB é um indicativo da solubilidade e da

extensão da absorção de um fármaco administrado no estado sólido (comprimidos, cápsulas, suspensões,

dispersões sólido-sólido) por qualquer via. Estudos da última década do século XX citam apenas o trato

digestório como base para classificação no SCB. Atualmente o conceito pode ser estendido para todas as

vias de administração exceto endovenosa, intra-raquidiana, intraocular, intratecal.

O SCB identifica três números adimensionais como parâmetros chave para representar os efeitos da

dissolução, solubilidade e permeabilidade sobre o processo de absorção:

• Número de absorção (Absorption number): An

• Número de dissolução (Dissolution number): Dn

• Número de dose (Dose number); Do

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Esses números (adimensionais) são matematicamente representados como:

𝐴𝑛 = 𝑃𝑒𝑓.

𝑅 𝑡𝑟𝑒𝑠

𝐷𝑛 = 𝐷𝐶𝑠

𝑟𝑜

4𝜋. 𝑟𝑜2

𝜌(4/3. 𝜋. 𝑟𝑜3 𝑡𝑟𝑒𝑠

𝐷𝑜 = 𝑀𝑜 𝑉𝑜⁄

𝐶𝑠

Onde Pef é permeabilidade efetiva, ro é o raio da partícula inicial, tres é o tempo de residência média do fármaco

no compartimento absortivo e pode ser determinado (π. R2 L/Qfluxo; onde R é o raio, L é o comprimento do

segmento absortivo, e Qfluxo é ataca de fluxo do fluído no compartimento absortivo), D é o coeficiente de

difusão, 𝜌 é a densidade , Vo volume de fluído no compartimento de absorção (volume incial), Mo massa de

fármaco administrada, Cs solubilidade saturada.

Com base nas medidas de An, Dn e Do os fármacos são primariamente classificados em quatro grupos (Tabela

1).

Tabela 1: Classificação SCB e expectativa de correlação in vitro- in vivo para sistemas de liberação imediata

Classe Solubilidade Permeabilidade Expectativa de correlação IV-IV

I Alta Alta A correlação é esperada se Δc/Δt é mais lenta que a taxa de

fluxo. De outra forma uma correlação limitada ou nenhuma

correlação é esperado

II Baixa Alta A correlação é esperada se a Δc/Δt in vitro é similar à Δc/Δt

in vivo, a não ser que a dose seja muito alta

III Alta Baixa Limitada ou nenhuma correlação é esperada se J é

determinante

IV Low Baixa Limitada ou nenhuma correlação é esperada

Pesquise no Drugbank, e classifique os seguintes fármacos relacionando-os com An, Dn, Do, IR (imediate

release) ou SR (sustenido release)

Fenitoina:

Metoprolol:

Cimetidina:

Anfotericina B:

A biofarmácia e seu papel no desenvolvimento de fármacos e em sistemas para liberação de fármacos.

Biofarmácia é a interdependência de aspectos biológicos do organismo vivo (sadio ou não) e os

princípios físicos e químicos que modulam o projeto, a preparação e o comportamento do agente medicinal

(fármaco) e/ou do medicamento desde o local de administração até a liberação no local previamente designado

para absorção (liberação e permeação do fármaco).

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Conceito atuais envolvem, além da liberação, parâmetros farmacocinéticos como Absorção,

Distribuição, Metabolização, Excreção (LADME). Desta forma a biofarmácia responde pelo impacto das

propriedades físicas e químicas do medicamento sobre a performance clínica do fármaco.

Para estudar os diferentes Sistemas para Liberação de Fármacos abordaremos a interdependências

entres as propriedades físicas e químicas e termodinâmicas do fármaco e dos agentes moduladores de liberação

e permeação (excipientes), o processo de fabricação das formas de dosagem mais importantes e os sistemas

de barreira que limitam a permeação e consequentemente a absorção.

Solubilidade é o parâmetro termodinâmico que define a massa de material (fármaco) que pode

dissolver em um solvente biologicamente compatível até o ponto de equilíbrio (equilíbrio de solubilidade). A

cinética de solubilidade pode ser explorada manipular a forma e a velocidade de liberação do fármaco.

Hidrofilicidade e Lipofilicidade, o coeficiente de partição (P) ou distribuição (D) de um fármaco é

expresso pela função logarítmica (log P ou log D), portanto é uma medida relativa da tendência do fármaco

para particionar (dividir) entre solventes (ou .meios) aquosos e lipídicos (oleosos). O coeficiente de partição

pode ser representado também por Ko/a. Se K > 1 o fármaco tema maior afinidade pelo meio lipídico, se K <

1 o fármaco tema maior afinidade pelo meio aquoso.

Responda 1) Qual o possível valor de K para um fármaco do grupo 1 do SCB?

2) Considerando os valores em módulo de K e os fundamentos biofarmacotécnicos

explique como o coeficiente de partição pode modular o perfil de liberação de um fármaco do grupo I do SCB.

Forma Salina e Forma Amorfa, fármacos no estado sólido podem existir em múltiplas formas,

incluindo sais (formas ionizáveis), solvatos, hidratos, polimorfos, cocristais e material amorfo. A forma sólida

do fármaco afeta as propriedades do estado sólido incluindo solubilidade, taxa de dissolução, estabilidade,

higroscopicidade, processo de fabricação, desempenho químico e adesão ao tratamento.

Para amanhã dia 27/08/2019 (3ª. feira)

Traga o texto impresso

Estabilidade. O perfil de estabilidade química em função do pH é um parâmetro importante a ser

considerado durante o projeto de desenvolvimento de sistemas de liberação. O pH é uma importante barreira

fisiológica na liberação e absorção de fármaco. Por outro lado, um projeto de desenvolvimento de sistemas

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para liberação bem delineado, pode considerar variações de pH não fisiológicas para criar um sistema para

liberação alvo específico.

Para 5ª. feira dia 29/08/2019

Traga o texto impresso

Particularidades das vias (ou rotas) para administração de Fármacos

Via de Administração

Trato gastrointestinal

D

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Variáveis Biológicas e Circulo Circadiano

Schematic illustration of circadian rhythm(the time of highest/lowest activity of the

various organs) in human beings on a daily basis (Note: the positon of organs in this

picture has been selected randomly). P. Davoodi, et al. 2018

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