Reflexos Da Historia De Vida Diante Da Morte

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Reflexos da hist Reflexos da hist ó ó ria de vida ria de vida diante da morte diante da morte Profa. Dra. Sandra Maia Farias Vasconcelos Bolsista DCR do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Mestrado Acadêmico em Saúde Pública – Núcleo de Humanização Hospitalar Universidade Estadual do Ceará Encontro Plus – UFC - 2004

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Reflexos da histReflexos da históória de vida ria de vida diante da mortediante da morte

Profa. Dra. Sandra Maia Farias Vasconcelos

Bolsista DCR do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Mestrado Acadêmico em Saúde Pública – Núcleo de Humanização Hospitalar

Universidade Estadual do Ceará

Encontro Plus – UFC - 2004

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« « Que posso ter eu a dizer? Eu que já Que posso ter eu a dizer? Eu que já não tenho mais nada a fazer neste não tenho mais nada a fazer neste

mundo?mundo? » »

Victor Hugo, Victor Hugo, O ultimo dia de um O ultimo dia de um condenadocondenado

Page 3: Reflexos Da Historia De Vida Diante Da Morte

Historia de vida é a ponte entre Historia de vida é a ponte entre a historia e a vidaa historia e a vida

À medida em que o interior é alcançado e que todo À medida em que o interior é alcançado e que todo o funcionamento histórico de que o sujeito é o funcionamento histórico de que o sujeito é consciente emerge, dois perigos são evocados: consciente emerge, dois perigos são evocados:

2)2) a transmutação do sujeito em objeto de a transmutação do sujeito em objeto de encenação de um discurso e encenação de um discurso e

3)3) 2) a ruptura vivencial do sujeito, dependente de 2) a ruptura vivencial do sujeito, dependente de uma elite científica, imbuída de poderes ligados uma elite científica, imbuída de poderes ligados à competência e ao saber.à competência e ao saber.

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Contar sua vida diante da Contar sua vida diante da mortemorte

Contar a própria história é um exercício de auto-consciência, de distanciamento que faz com que o narrador, numa sorte de fragmentação interna, seja espectador de si mesmo : um EU que cria e ao mesmo tempo observa, dialoga e intervém neste processo de criação.

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Pesquisa com HistPesquisa com Históória de vidaria de vida

1. Não é uma biografia

2. É co-relacionada

3. É co-analisada

4. É intersubjetiva

5. Pode ter função formadora

6. É reflexiva

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A PEHIVI demanda:A PEHIVI demanda:

Capacidade de criar relações amigáveis e de confiança

Relações de afeto promotoras de um discurso mais à vontade, de confissões

Intimidade reveladora de segredos.

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Objetivo da abordagem:Objetivo da abordagem:

A historia de vida tem como finalidade conhecer as estratégias de vida, retomadas, criações e autoreconhecimento social e individual do sujeito

Isso implica um renascimento, ou seja, fazer nascer de si mesmo a ação que conduz à autonomia.

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Ver a pessoa em sua história, suas lembranças às vezes imaginárias, nessas peças criadas nas situações de vida, nos sonhos incompreensíveis, e com todas suas reações

Identificar os eventos promotores de rupturas Contar sua vida é também contar uma época, um

momento, um lugar, uma cultura etc. Nesse caso, a morte passa a representar um lugar

para o sujeito.

Historia de vida é a ponte entre Historia de vida é a ponte entre a historia e a vidaa historia e a vida

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Trabalho sobre o enunciado

Enonciação da vidaLocutor Interlocutor

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Diante da morteDiante da morte

Retomar a vida Projetar-se no futuro Confrontar bons e maus momentos Refletir sobre ações passadas

Lembrar nao é reviver, é refletir sobre o que passou e procurar os sentidos nao percebidos dos eventos

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Mesmo quando uma transformação da Mesmo quando uma transformação da condição individual ou social não é condição individual ou social não é visualizável, o discurso se mune da visualizável, o discurso se mune da

realidade possível para criar um novo realidade possível para criar um novo olhar sobre as situações do passado e assim olhar sobre as situações do passado e assim

promover reflexões sobre o presente. O promover reflexões sobre o presente. O paciente diante da morte iminente não paciente diante da morte iminente não

perde sua vida anterior, apenas modifica perde sua vida anterior, apenas modifica sua estratégia nova. Trazer ao paciente sua estratégia nova. Trazer ao paciente diante da morte uma valorização de sua diante da morte uma valorização de sua

historia é conceder-lhe o respeito humano.historia é conceder-lhe o respeito humano.