reflexos de mim
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Cisne
Etiquetas: cisnes, lago, Tchaikovski
Um sonho dentro de um sonho
DUBLOG
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Cisne
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REFLEXOS DE MIM http://reflexos2008.blogspot.com/
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Etiquetas: akira kurosawa, van gogh
Queixa
QUEIXA DAS ALMAS JOVENS CENSURADAS
Música- José Mário Branco
Poema - Natália Correia
Dão-nos um lírio e um canivete
e uma alma para ir à escola
mais um letreiro que promete
raízes, hastes e corola
Dão-nos um mapa imaginário
que tem a forma de uma cidade
mais um relógio e um calendário
onde não vem a nossa idade
ou Iniciar
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ESTIVERAM CÁ
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Dão-nos a honra de manequim
para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos um prémio de ser assim
sem pecado e sem inocência
Dão-nos um barco e um chapéu
para tirarmos o retrato
Dão-nos bilhetes para o céu
levado à cena num teatro
Penteiam-nos os crâneos ermos
com as cabeleiras das avós
para jamais nos parecermos
connosco quando estamos sós
Dão-nos um bolo que é a história
da nossa historia sem enredo
e não nos soa na memória
outra palavra que o medo
Temos fantasmas tão educados
que adormecemos no seu ombro
somos vazios despovoados
de personagens de assombro
Dão-nos a capa do evangelho
e um pacote de tabaco
dão-nos um pente e um espelho
pra pentearmos um macaco
Dão-nos um cravo preso à cabeça
e uma cabeça presa à cintura
para que o corpo não pareça
a forma da alma que o procura
Dão-nos um esquife feito de ferro
com embutidos de diamante
para organizar já o enterro
do nosso corpo mais adiante
Dão-nos um nome e um jornal
um avião e um violino
mas não nos dão o animal
que espeta os cornos no destino
Dão-nos marujos de papelão
com carimbo no passaporte
por isso a nossa dimensão
não é a vida, nem é a morte
Etiquetas: José Mário Branco, Natália Correia
A Beleza da Matemática
REFLEXOS DE MIM © 2008. Chaotic Soul:: Converted by Randomness
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in http://bailandoconloboss.blogspot.com
Porquê eu?
Pensar muito sobre a nossa dor produz perguntas
como "Porquê eu?" e a conclusões lógicas tais
como "A vida é injusta " ou outras idênticas. A
vida não é nem justa nem injusta e não há
absolutamente nenhum "devia ser assim".
Por que uma pessoa é ou se torna deficiente? Bem, por que não? Pensar que a vida deve ser justa e
julgar que certas coisas devem ou não acontecer connosco, são as primeiras causas do nosso
sofrimento.
Notar a dor sem fazer juízos, reduz o sofrimento. O primeiro passo para acabar com o sofrimento, é
separar a dor que sentimos da noção "não devíamos ou não merecíamos ter estas dores"...
sobre um quadro de Monet
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Os pássaros entoam canções
Que iluminam a manhã.
O vento passa entre as árvores
E entre as mãos.
A calma está em cada movimento
Pois o relógio da torre não existe
E o tempo parou.
Aquele momento,
Não tem passado nem futuro.
A cada contacto do pincel
A cor fica impressa na tela e na Alma.
A cada nova página
Aproxima-se a Origem.
Estão sós,
E observo-as ao longe.
Não há qualquer sinal de angústia
Ou tristeza.
Apenas estão sós.
Quero pertencer àquele quadro,
Àquele livro.
Ser uma cor ou uma palavra;
Ser uma ideia ou uma forma,
Que alguém trata com atenção.
Mas quando tento em vão
Que olhem para mim…
Já o quadro está pronto
E o livro fechado.
Está a chover.
Etiquetas: 2/IV/09, Monet
duas guitarras e duas vozes
Guinnevere had green eyes
Like yours, mi'lady like yours
When she'd walk down
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Through the garden
In the morning after it rained
Peacocks wandered aimlessly
Underneath an orange tree
Why can't she see me?
Guinnevere
Drew pentagrams
Like yours, mi'lady like yours
Late at night
When she thought
that no one was watching at all
She shall be free
As she turns her gaze
Down the slope
to the harbor where I lay
Anchored for a day
Guinnevere
Had golden hair
Like yours, mi'lady like yours
Streaming out when we'd ride
Through the warm wind down by the bay
Yesterday
Seagulls circle endlessly
I sing in silent harmony
We shall be free
Etiquetas: crosby, nash
Boy with a moon
Lyrics
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Discover Cat Stevens!
Vincent
Etiquetas: don mc lean, van gogh
POIS...
Etiquetas: shakira
Paul Gauguin
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Etiquetas: Paul Gauguin
Why is my verse so barren of new pride
so far from variation or quick change?
why with the time do I not glance aside
to new-found methods and to compounds strange?
Why write I still all one, ever the same,
and keep invention in a noted weed,
that every word doth almost tell my name
showing their birth and where they did proceed?
Oh know, sweet love, I always write of you,
and you and love are still my argument;
so all my best is dressing old words new,
spending again what is already spent.
For as the sun is daily new and old,
So is my love still telling what is told
Etiquetas: SHAKESPEARE
A cena das cenas
Etiquetas: patio das cantigas, vasco santana
A praia
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PRAIA
Procuro a estrela do mar que me pertence,
andando pela praia sem destino.
O mar entra-me pelos dedos , o vento pela alma
Procuro em mim os teus carinhos.
Uma gaivota voa e meus olhos vão com ela,
Também assim a minha vida.
Vagueando no azul, eles encontram,
Fugindo no espaço, ela se perde.
Ao longe, a cidadela de um navio
Convida a viagem, a ilusão.
Fico sozinho , calando em silêncio
A voz que me diz para partir.
Mar. Não vás embora.
Embala o viajante , resiste.
Torna suave este pensar,
pois tuas ondas são ideias,
que alguém teve, e aí deixou.
...........................................
Um grito de criança, uma voz ao longe,
E os sentidos despertam para mim.
Quem sou eu, que faço aqui?
O barco já se foi
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E eu fugi.
Etiquetas: 9/III/09
O nascimento de Vénus,
de William-Adolphe Bouguereau
I think I could turn and live with animals ,
they are so placid and self-contained
I stand and look at them long and long .
They do not sweat and whine about their condition ,
They do not lie awake in the dark and weep for their sins ,
They do not make me sick discussing their duty to God ,
Not one is dissatisfied ,
not one is demented with the mania of owning things ,
Not one kneels to another ,
nor to his kind that lived thousands of years ago ,
Not one is respectable or industrious over the whole earth .
(tradução muito livre...)
Gostaria de viver entre os animais.
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Eles são tão calmos e contidos.
Olho para eles durante muito tempo.
Eles não sofrem pela sua condição,
não ficam acordados no escuro,
chorando pelos seus pecados,
não me enojam discutindo as suas obrigações perante Deus.
Nenhum está descontente.
Nenhum está obcecado pela urgência de possuir coisas.
Nenhum ajoelha perante um seu semelhante,
nem mesmo pelos que viveram no passado.
Nenhum é respeitável ou infeliz na Terra inteira.
Etiquetas: walt whitman
Um poeta caminha à beira-mar, a maré está baixa e está um calor tórrido. Encontra um rapaz, a
apanhar estrelas-do-mar na areia e a atirá-las de volta para o mar. Aproxima-se dele e diz-lhe que o
gesto dele é inútil, pois naquela imensidão de praias sem fim há milhões de estrelas-do-mar e a acção
dele não faz qualquer diferença. O rapaz, ouviu-o atentamente, baixou-se, apanhou outra estrela-
do-mar e atirou-a para longe da rebentação.
Vira-se para o homem e diz-lhe: “Fez diferença para aquela”.
Encontra a tua estrela-do-mar.
Adagio
Etiquetas: Adagio, Albinoni
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É preciso saber viver
Etiquetas: Titãs
Titâs
Para Blackus13
Etiquetas: Mafalda Veiga
Para Netrix, Gabriela e Juliana
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De Blackus13
"Acho que você não percebeu
Que o meu sorriso era sincero
Sou tão cínico às vezes
O tempo todo
Estou tentando me defender
Digam o que disserem
O mal do século é a solidão
Cada um de nós imerso em sua própria
arrogância
Esperando por um pouco de afeição
Hoje não estava nada bem
Mas a tempestade me distrai
Gosto dos pingos de chuva
Dos relâmpagos e dos trovões
Hoje à tarde foi um dia bom
Saí prá caminhar com meu pai
Conversamos sobre coisas da vida
E tivemos um momento de paz
É de noite que tudo faz sentido
No silêncio eu não ouço meus gritos
E o que disserem
Meu pai sempre esteve esperando por mim
E o que disserem
Minha mãe sempre esteve esperando por mim
E o que disserem
Meus verdadeiros amigos sempre esperaram por mim
E o que disserem
Agora meu filho espera por mim
Estamos vivendo
E o que disserem os nossos dias serão para sempre."
Legião Urbana
Etiquetas: legião urbana
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Bom barqueiro
As letras saltam, brincando e sorrindo.
Rodopiam, formando palavras
Que só as crianças entendem.
Por vezes tornam-se sérias
E acontece uma notícia,
Mas logo se desfazem os grupos,
E uma canção infantil se ouve ao longe.
Bom barqueiro…bom barqueiro…
Perdemos a magia
De entendermos as palavras.
Esquecemos a ternura que
Aquece e ilumina.
Quero o silêncio
das coisas simples.
Tu não precisas das palavras,
Mas olhas para mim e eu entendo.
Do silêncio do teu olhar,
Do olhar do teu silêncio,
Nada há a dizer,
Apenas que amanhã
Se ouvirá a mesma canção,
Agora bem mais perto.
Bom barqueiro, bom barqueiro…
Etiquetas: q
Constatativas ou performativas
FAZER E RECEBER declarações de amor é quase sempre agradável. O mesmo vale, aliás, para todos os
sentimentos: mesmo quando dizemos a alguém, olhos nos olhos, "Eu odeio-te", o medo da brutalidade
das nossas palavras não exclui uma forma selvagem de prazer.
De facto, há um prazer na própria intensidade dos sentimentos; por isso, desconfio um pouco das
palavras com as quais os manifestamos. Tomando o exemplo do amor, nunca sei se a gente se declara
apaixonado porque, de facto, ama ou, então, diz que está apaixonado pelo prazer de se apaixonar.
Simplificando, há duas grandes categorias de expressões: constatativas e performativas.
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Se digo "Está a chover", a frase pode ser verdadeira se estamos num dia de chuva ou falsa se faz sol; de
qualquer forma, mentindo ou não, é uma frase que descreve, constata um facto que não depende dela.
Se digo "Eu declaro a guerra", minha declaração será legítima se eu for imperador ou será um capricho
da imaginação se eu for simples cidadão; de qualquer forma, capricho ou não, é uma frase que não
constata, mas produz (ou quer produzir) um facto. Se eu tiver a autoridade necessária, a guerra estará
declarada porque eu disse que declarei a guerra. Minha "performance" discursiva é o próprio
acontecimento do qual se trata (a declaração de guerra).
Pois bem, nunca sei se as declarações de amor são constatativas ("Digo que amo porque constato que
amo") ou performativas ("Acabo amando à força de dizer que amo"). E isso se aplica à maioria dos
sentimentos.
Recentemente, uma jovem, por quem tenho estima e carinho, confiava-me sua dor pela separação que
ela estava vivendo. Ao escutá-la, eu pensava que expressar seus sentimentos devia ser, para ela, um
alívio, mas que, de uma certa forma, seria melhor se ela não falasse. Por quê?
Justamente, era como se a falta do namorado (de quem ela tinha se separado por várias e boas razões),
a sensação de perda etc. fossem intensificadas por suas palavras, e talvez mais que intensificadas:
produzidas.
É uma experiência comum: externamos nossos sentimentos para vivê-los mais intensamente -para
encontrar as lágrimas que, sem isso, não jorrariam ou a alegria que talvez, sem isso, fosse menor. Nada
contra: sou a favor da intensidade das experiências, mesmo das dolorosas. Mas há dois problemas.
O primeiro é que o entusiasmo com o qual expressamos nossos sentimentos pode simplificá-los. Ao
declarar meu amor, por exemplo, esqueço conflitos e nuances. No entusiasmo do "amo-te", deixo de
lado complementos incómodos ("Amo-te, assim como amo outras e outros" ou "Amo-te, aqui, agora, só
sob este céu") e adversativas que atrapalhariam a declaração com o peso do passado ou a urgência de
sonhos nos quais o amor que declaro não se enquadra.
O segundo problema é que nossa verborragia amorosa atropela o outro. A complexidade dos seus
sentimentos perde-se na simplificação dos nossos, e a sua resposta ("Também te amo"), de repente, não
vale mais nada ("Eu disse primeiro").
Por isso, no fundo, meu ideal de relação amorosa é silencioso, contido, pudico.
Você me ama em silêncio porque sou outro: uma aparição efémera, uma ave migrante.
Do blogue "Oriente-se"
O Diabo do meio-dia
O tédio moderno é uma forma de arrogância: a vida é chata
porque nós seríamos maiores que sua suposta trivialidade
insossa; tendemos a menosprezar o cenário onde nos toca
viver, como se ele fosse demasiado banal para nossas
façanhas. Pois bem, o segredo deve ser uma extraordinária
humildade diante do que existe.
Do Blogue "Oriente-se"
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You give me something
Quem diria, hoje estou assim...
Etiquetas: James Morrison
Infelizmente...
não fui eu que escrevi esta letra...Genial.
Etiquetas: Jorge Palma
O lume para a SARIE
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16 de 43 06-04-2009 13:54
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Vai caminhando desamarrado
Dos nós e laços que o mundo faz
Vai abraçando desenleado
De outros abraços que a vida da
Vai-te encontrando na água e no lume
Na terra quente até perder
O medo, o medo levanta muros
E ergue bandeiras pra nos deter
Nao percas tempo,
O tempo corre
Só quando dói é devagar
E dá-te ao vento
Como um veleiro
Solto no mais alto mar
Liberta o grito que trazes dentro
E a coragem e o amor
Mesmo que seja só um momento
Mesmo que traga alguma dor
Só isso faz brilhar o lume
Que hás-de levar até ao fim
E esse lume já ninguém pode
Nunca apagar dentro de ti
Etiquetas: Mafalda Veiga
Etiquetas: Beatles
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Cores e formas
Cores são mistérios,
Formas, ousadias dos sentidos.
Quando se juntam,
Em namoro e sedução
Acontece um quadro de Gauguin,
Ou a beleza de um olhar sereno.
Somos feitos de cores e formas
Mas nelas o Tempo não perdoa.
Agora são apenas reflexos
Dos lugares onde estivemos.
O quadro transforma-se:
De um lago surge uma nuvem,
Da nuvem, um relâmpago,
E a chuva que se segue,
São os olhos que nos perseguem..
Eles não vêem nenhum Van Gogh,
Nenhum Matisse.
E ao longe,
Chopin ri-se de nós todos
Pois ele já sabia tudo isto..
19 / XII /2008
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Etiquetas: 19 / XII / 2008
confortably numb
Etiquetas: confortably numb, pink floyd, the wall
Quando chegares
Quando vens?
Vives nos campos
E nos corações
Ouves os pássaros
E falas com eles.
Quando vens?
Sei que estás aí
Tu que és Bela, Serena
Diáfana.
Sem ti nada sou.
Quando vens?
Quando chegares
Verás um pequeno sorriso,
Um leve olhar de ironia,
Um suspiro
Que não saberás interpretar.
Quando vens?
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Cada dia que passa
Sinto-te mais próxima
Misturando-me
O Espaço e o Tempo.
Cada dia que passa
Sinto mais o odor
Das pétalas, do orvalho.
Quando vens?
Porque vens?
Que esperas de mim?
Não interessa.
Esperarei mais um dia.
Etiquetas: 17 / XII / 2008
Palavras
Palavras difíceis e que se misturam,
Serenas e terríveis.
São nevoeiros que nos envolvem,
Iluminam por momentos,
Mas fogem sem razão.
Madrugada, Mulher, Liberdade.
Prisão, Mentira, Solidão.
Como dizer uma tristeza,
Um sorriso , uma angústia?
Por vezes surge uma mensagem,
Outras, distância,
E nós, ficamos sem entender,
Cegos, indefesos,
À procura de nada.
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É então que
O Sol e a Lua
Vêm brincar connosco.
Etiquetas: 18 / XII / 2008
Natal
Enquanto a chuva
Escorrer da minha vidraça
E furar o telhado
Daquele farrapo de homem que além passa
Enquanto o pão
Não entrar com a Justiça
Lado a lado
Mão a mão
nem Jesus vem
Andar pelos caminhos onde os outros vão
Um dia
Quando for Natal
(E já não for Dezembro)
E o mundo for o espaço
Onde cabe
Um só abraço
Então
Jesus virá
E será
À flor de tudo
O Redentor
Universal
(Quando o Homem quiser
Será Natal)
Manuel Sérgio
Etiquetas: manuel sergio, natal
Para ti
Sim para ti que embora tão perto nunca vês o meu blog
REFLEXOS DE MIM http://reflexos2008.blogspot.com/
21 de 43 06-04-2009 13:54
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Etiquetas: Charles aznavour, she
Eu não sou eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o Outro.
Etiquetas: mario de sá-carneiro, o outro
Ausencia
Apenas te he dejado,
vas en mí, cristalina
o temblorosa,
o inquieta, herida por mí mismo
o colmada de amor, como cuando tus ojos
se cierran sobre el don de la vida
que sin cesar te entrego.
REFLEXOS DE MIM http://reflexos2008.blogspot.com/
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Amor mío
nos hemos encontrado
sedientos y nos hemos
bebido toda el agua y la sangre,
nos encontramos
con hambre
y nos mordimos
como el fuego muerde,
dejándonos heridas.
Pero espérame,
guárdame tu dulzura.
Yo te daré también
una rosa.
Pablo
Etiquetas: Pablo Neruda
Ao desconcerto do mundo
Os bons vi sempre passar
No Mundo graves tormentos;
E pera mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só pera mim,
Anda o Mundo concertado.
Luís de Camões
Etiquetas: camoes, desconcerto do mundo
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23 de 43 06-04-2009 13:54
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Amnistia internacional
Direitos humanos
Etiquetas: direitos humanos
Partimos
Cada dia é mais evidente que partimos
Sem nenhum possível regresso no que fomos,
Cada dia as horas se despem mais do alimento:
Não há saudades nem terror que baste.
Etiquetas: Sophia de Mello Breyner Andresen
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O grande ditador
Etiquetas: Charlie Chaplion, charlot, ditador
O meu pior dia como professor
Pois é sou professor. Chegou o momento de dizer alguma coisa do que sinto sobre o muito que se passa
nas nossas escolas.
A srª Ministra Maria de Lurdes Rodrigues disse que o seu pior dia não foi o da grandiosa manifestação
de 120 mil professores nas ruas de Lisboa. Dei comigo a pensar que precisamente alguns dias depois,
passei eu o pior dia na minha carreira de vinte e cinco anos como professor: O dia em que me pediram
para dizer qual era o objectivo que tinha para o sucesso dos meus alunos.
Qual o objectivo de qualquer professor quando entra numa sala de aula? Por mais problemas, por mais
dificuldades que os alunos tenham, por piores que sejam as condições de uma escola...o seu objectivo
terá de ser sempre CEM POR CENTO DE SUCESSO. Quando uma escola admite como sua meta outro valor
que não 100% de sucesso , desce ao nível da fábrica e demite-se da sua condição. Não fabrico
automóveis, não produzo mobília, luto e lutarei por ultrapassar as dificuldades de TODOS os meus
alunos : dos que trabalham muito e dos que não trabalham nada, dos que querem aprender e dos
que ainda não querem, dos que têm bons encarregados de educação e dos que os têm só de nome,
dos ricos e que se alimentam bem e dos pobres que chegam sem pequeno-almoço. Para todos o
objectivo é o mesmo - o sucesso (mas primeiro a felicidade).
Assim, senhora ministra da educação de um governo português, trinta e quatro anos depois do 25 de
Abril, lhe digo: o meu pior dia como professor foi aquele em que, cobardemente, não respondi 100% à
estúpida pergunta: "Qual é o seu objectivo para o sucesso escolar dos seus alunos neste ano lectivo?".
Triste a Escola em que estamos! A escola que num início de um ano lectivo consegue dizer que tem como
META fazer passar de ano, qualquer coisa diferente de 100% dos seus alunos...
Para todos os meus alunos...aqui fica o meu pedido sincero de desculpas.
Para si, que mais tarde ou mais cedo irá embora, enquanto eu permanecerei como docente, fique com a
certeza que contribuiu para os piores dias da educação em Portugal nos últimos anos, e para a saída
extemporânea de muitos e bons docentes, que se reformaram, e cuja experiência muita falta fará às
escolas portuguesas.
- Mãe, gostas de mim?
- Gosto de ti até ao céu, meu filho.
- Mãe, se tivesse estado na tua barriga, gostavas mais de mim?
- Não meu filho, porque haveria de gostar? Tu estiveste dentro de mim, no meu pensamento e no meu
coração.
O meu desejo de te ter, de te pegar, de ver o teu rosto era tão grande como uma barriga de grávida.
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- Mãe, então tu dizes que gostas tanto de mim, que sou teu filho adoptivo, como do meu irmão que é teu
filho biológico!
- Claro que sim. Quando estava à espera do teu irmão sentia-me muito feliz, porque ia ter um filho; não
porque a minha barriga estava a crescer.
Há muitas maneiras de ter filhos: na barriga, no coração…
- Mãe, grávida no coração? O coração não tem filhos!
- Tem filhos sim, e foi lá que tu nasceste, é lá que estás a crescer e é onde vais ficar. Para qualquer
lado aonde vá, levo-te sempre no meu coração.
- Ah! Então é mais importante o coração do que a barriga!
- Claro, meu filho. Mãe é aquela que te pega ao colo quando estás doente, que te pega ao colo mesmo
quando lhe doem as costas e que te dá um beijo de boa-noite. Mãe é aquela que te ama…
In “Grávida no coração” de Paula Pinto da Silva
Homenagem...para já...
Etiquetas: more perfect union, Obama
Somos excelentes
O autor deste texto é João Pereira Coutinho
"Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades.
Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas.
Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos
particularmente patológicos. Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da
posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de
atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos
cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a
criança fosse um potro de competição.
Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para
ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão
geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os
amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.
Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac. É a velha
história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais
desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve
traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima.
Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não
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26 de 43 06-04-2009 13:54
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é a excelência, mas sim a felicidade!
Foto
Para mim, durante muito tempo, fotografia era sinónimo de
Eduardo Gageiro. Se com uma única imagem puder aumentar o
interesse por este enorme fotógrafo, já valeu a pena o esforço de
escolher apenas um dos seus trabalhos.
Etiquetas: eduardo gageiro, fotografia
O meu filme (parte 2)
Se não viu ainda...está lá tudo...Amor, orgulho, sede de poder, espectáculo, movimento, cor e... a
capacidade de nos fazer pensar. É juntamente com Casablanca , naturalmente num outro registo, o
melhor filme que já vi - Ran - os senhores da guerra de Akira Kurosawa (1985)legendado em inglês.
Etiquetas: akira kurosawa, filme, ran
Poema
Do rio que tudo arrasta se
diz que é violento
Mas ninguém diz violentas as
margens que o comprimem
Etiquetas: Bertolt Brecht, Poesia
Esta levo comigo
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Etiquetas: landslide, stevie nicks, video
O GATO
Era uma vez um gato... clique em baixo
">
Etiquetas: pintura
Direitos dos animais
Etiquetas: direitos humanos, video
As palavras sempre ficam
As palavras sempre ficam
“Se me disseres que me amas, acreditarei.
Mas se escreveres que me amas,
Acreditarei ainda mais.
Se me falares da tua saudade, entenderei.
Mas se me escreveres sobre ela,
eu a sentirei junto contigo.
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28 de 43 06-04-2009 13:54
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Se a tristeza vier a te consumir e me contares,
eu saberei. Mas se a descreveres no papel,
o seu peso será menor.”
… e assim são as palavras escritas:
possuem um magnetismo especial,
libertam, acalentam, invocam emoções.
Elas possuem a capacidade de,
em poucos minutos, cruzar mares,
saltar montanhas, atravessar
desertos intocáveis.
Muitas vezes, infelizmente, perde-se o
autor , mas a mensagem sobrevive ao
tempo, atravessando
séculos e gerações.
Elas marcam um momento que será
eternamente revivido
por todos aqueles que a lerem.
Viva o amor com palavras faladas e escritas.
Mate saudades, peça perdão, aproxime-se.
Recupere o tempo perdido, insinue-se.
Alegre alguém, ofereça um simples “bom dia”.
Faça um carinho especial.
Use a palavra a todo instante,
de todas as maneiras.
Sua força é imensurável.
Lembre-se sempre do poder das palavras.
“Quem escreve constrói um castelo,
e quem lê passa a habitá-lo.”
(Autor desconhecido)
Etiquetas: Poesia
As nossas coisas...
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29 de 43 06-04-2009 13:54
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Asseado
Etiquetas: Mário Viegas
Era uma vez...
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30 de 43 06-04-2009 13:54
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pais 21
Hoje decidi escrever sobre um tema difícil - um filho com Trissomia 21. Para já, se não sabe o que é
...é melhor informar-se pois quem sabe se não lhe bate à porta...
Consultando o blog http://pais21.blogspot.com, parece ser a sorte grande e a terminação...mas NÃO É.
Sorte grande é ter um filho saudável. Digamos que se ele for saudável pode dar muitos desgostos,
muitos problemas, muitas lágrimas, pode ser pediatra, merceeiro ou ladrão, pode ser alto, bonito, feio,
gordo, baixinho, atlético, esganiçado, mas pode ser qualquer coisa de acordo com as suas capacidades
e o seu esforço. Quando ao fim de algum tempo levantar voo, voará para onde as suas asas o levarem.
Então e a trissomia 21? Um filho com Tr 21 pode ser pediatra, merceeiro ou ladrão? Alto, bonito, feio,
gordo , baixinho, atlético, esganiçado...de acordo com as suas capacidades e o seu esforço... Bem
talvez não TUDO isso mas quase tudo.
O problema não está Nele. O problema, COMO EM TUDO NA VIDA, ESTÁ NA MANEIRA COMO SABEMOS
RECEBER O QUE ESTÁ À NOSSA VOLTA... Eu por mim permaneço incrédulo, triste, amargurado, TODOS
OS DIAS E ATÉ AO ÚLTIMO DIA... mas com a consciência que se ele me TIRA QUASE TUDO, também me dá
, SE DÁ, TODO, SEM RESERVAS, SEM CONDIÇÕES, SEM HUMORES, SEM QUERERES. Que mais pode um pai
querer?
pensar nos outros
Hoje acordei mais bem disposto. Então acho que chegou a hora de perceber que uma das maneiras de
lidar com a solidão é pensar mais nos outros e menos em nós próprios...
Afinal é uma verdade que há sempre alguém com muito maiores problemas do que nós...
Talvez seja ainda possível...
A sua assinatura pode ser mais forte do que pensa... e não se esqueça que a Amnistia Internacional só
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defende pessoas em situação difícil por questões de pensamento e nunca que tenham participado em
crimes de sangue.
Etiquetas: amnistia
solidão
BAILADO
Etiquetas: diferença
coragem
A coragem não é sobre mudar seja o que for ou procurar um estado melhor. É o valor de estar
realmente presente.
DE PRESSÃO
Hoje resolvi falar de ...depressão...
Curiosamente só pelo simples facto de ter decidido qualquer coisa, isso já é sinal de que não estou tão
deprimido assim. Por isso vou escrever sobre depressão, não porque isso interesse a alguém,
não!Afinal, a quem está deprimido não lhe interessa grande coisa. Os outros, felizes e contentes, que
ainda não estão deprimidos... não estão para essas chatices. Afinal é uma doença de ociosos e
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32 de 43 06-04-2009 13:54
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madraços... " Não sou suficientemente rico para estar deprimido "... quem o disse? Escrevo
simplesmente porque não tenho mais nada para fazer.
Mas o pior não é a depressão! O pior é que Todos os outros te deprimem ainda mais! "Olha lá, não
queres ir dar uma volta para te entreteres?" "Que bom! Hoje vêm cá a casa o Luís e a Teresa! São tão
fixes!" " Amanhã tens reunião no trabalho porque o António teve mais uma participação","Porque não
tocas aquela música que eu gosto tanto?", " Tanto tempo ao computador! Isso até te põe doente!","O que
tu precisas é de dormir!" "Já entregaste a planificação do exame? Já fizeste isto e
aquilo?"....................................................................
Bolas. No momento em que NADA, mas mesmo NADA, te apetece... a não ser talvez...quem sabe...um
dia..., constantemente surgem os programas que decididamente não te apetece fazer e as obrigações
próprias de um adulto consciente e trabalhador...
Assim, de castigo...já nao escrevo texto nenhum!
Etiquetas: DEPRESSÃO
Era uma vez...Ingrid
>Maravilhosa e eterna...
Cenas do Filme Casablanca.....
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33 de 43 06-04-2009 13:54
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Etiquetas: Casablanca, filme, Ingrid Bergman
Ser português
O que é ser português... não sei, mas suspeito que só um portuguêsconseguirá sentir bem a canção do mar.
Etiquetas: Dulce Pontes, Mar, Portugal
Quando estou só reconheço
Quando estou só reconheçoSe por momentos me esqueçoQue existo entre outros que sãoComo eu sós, salvo que estãoAlheados desde o começo.
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34 de 43 06-04-2009 13:54
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E se sinto quanto estouVerdadeiramente só,Sinto-me livre mas triste.Vou livre para onde vou,Mas onde vou nada existe.Creio contudo que a vidaDevidamente entendidaÉ toda assim, toda assim.Por isso passo por mimComo por cousa esquecida.
Fernando Pessoa
Era uma vez um pintor que tinha um aquário e, dentro do aquário, um peixeencarnado. Vivia o peixe tranquilamente acompanhado pela sua corencarnada, quando a certa altura começou a tornar-se negro a partir -digamos - de dentro. Era um nó negro por detrás da cor vermelha e queinsidioso, se desenvolvia para fora, alastrando-se e tomando conta de todo opeixe.
O problema do artista era este: obrigado a interromper o quadro que pintavae onde estava a aparecer o vermelho do seu peixe, não sabia agora o quefazer da cor preta que o peixe lhe ensinava.(...)Ao meditar acerca das razões porque o peixe mudara de cor precisamente nahora em que o pintor assentava na sua fidelidade, ele pensou que, lá dedentro do aquário, o peixe, realizando o seu número de prestidigitação,pretendia fazer notar que existia apenas uma lei que abrange tanto o mundodas coisas como o da imaginação. Essa lei seria a METAMORFOSE.Compreendida a nova espécie de fidelidade, o artista pintou na sua tela umpeixe amarelo.
Herberto Helder
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35 de 43 06-04-2009 13:54
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Etiquetas: Herberto Helder
ALIMENTOS TRANSGÉNICOS
Hoje vamos ao cinema : O Filme? STOREWARS !
Etiquetas: guerra das estrelas, starwars, transgénicos
Poetas esquecidos
Há poetas aos quais se dá muita importãncia porque são muito importantes. Há poetas aos quais não se
dá muita importância porque são demasiado importantes, e passam por nós com palavras belas mas
escondidas, num pudor de serem lidas pela pessoa incerta. É assim Daniel Filipe. É assim a poesia de
Daniel Filipe.
(por favor ao som de "Colour my world" dos Chicago)
Ergues-te nupcial, alheia ao lugar exacto onde se inseremteus nervos, onde espreitam o momento de existirignorados espasmos. Só com o estender de braços, reinventaso mundo, reconstróis, pedra a pedra, o universo familiar,conhecido antes da noite. Dizes: aqui está uma flor, uma árvore,um pássaro, o regatoE a flor até aí inexistentee a árvore até aí inexistentee o pássaro e o regato até aí inexistentes,genesiacamente surgem do teu desejo de tê-lose existem por ti e contigoe são, ao teu redor, o muro tutelare necessário.
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36 de 43 06-04-2009 13:54
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Etiquetas: amor, Daniel Filipe, Poesia
nós e eles
"Us And Them"
Us and Them
And after all we're only ordinary men
Me, and you
God only knows it's not what we would choose to do
Forward he cried from the rear
and the front rank died
And the General sat, as the lines on the map
moved from side to side
Black and Blue
And who knows which is which and who is who
Up and Down
And in the end it's only round and round and round
Haven't you heard it's a battle of words
the poster bearer cried
Listen son, said the man with the gun
There's room for you inside
Down and Out
It can't be helped but there's a lot of it about
With, without
And who'll deny that's what the fightings all about
Get out of the way, it's a busy day
And I've got things on my mind
For want of the price of tea and a slice
The old man died
Etiquetas: dark side of the moon, pink floyd, us and them
POEMA DO AMOR
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37 de 43 06-04-2009 13:54
Este é o poema do amor.
Do amor tal qual se fala, do amor sem mestre.Do amor.Do amor.Do amor.
Este é o poema do amor.
Do amor das fachadas dos prédios e dos recipientes do lixo.
Do amor das galinhas, dos gatos e dos cães, e de toda a espécie de bicho.
Do amor.Do amor.Do amor.
Este é o poema do amor.
Do amor das soleiras das portase das varandas que estão por cima dos números das portascom begónias e avencas plantadas em tachos e terrinasou de cortinas sujas e tortas
Este é o poema do amor.
Do amor das pedras brancas do passeiocom pedrinhas pretas a enfeitá-lo para os olhos se entreterem,e as ervas teimosas a nascerem de permeioe os homens de cócoras a repararem-nas e elas por outro lado a crescerem.Do amor das cadeiras cá fora em redor das mesascom as chávenas de café em cima e o toldo de riscas encarnadas.Do amor das lojas abertas, com muitos fregueses e freguesasa entrarem e a saírem, e as pessoas muito malcriadas.
Este é o poema do amor.
Do amor do sol e do luar,do frio e do calor,das árvores e do mar,da brisa e da tormenta,da chuva violenta,da luz e da cor.Do amor do ar que circulae varre os caminhose faz remoinhose bate no rosto e fere e estimula.Do amor de ser distraído e pisar as pessoas graves,do amor de amar sem lei nem compromisso,do amor de olhar de lado conmo fazem as aves,do amor de ir, e voltar, e tornar a ir, e ninguém ter nada com isso.Do amor de tudo quanto é livre, de tudo quanto mexe e esbraceja,que salta , que voa, que vibra e lateja.Das fitas ao vento,dos barcos pintados,das frutas, dos cromos, das caixas de tintas, dos supermercados.
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38 de 43 06-04-2009 13:54
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Este é o poema do amor.
O poema que o poeta propositadamente escreveusó para falar de amor,de amor,de amor,de amor,para repetir muitas vezes amor,amor,amor.Para que um dia, quando o Cérebro Electrónicocontar as palavras que o poeta escreveu,tantos que,tantos se,tantos lhe,tantos tu,tantos ela,tantos eu,conclua que a palavra que o poeta mais vezes escreveufoi amor,amor,amor.
Este é o poema do amor.
=António Gedeão=
Etiquetas: amor, António Gedeão
Janela aberta
La nuit n'est jamais complète
Il y a toujours puisque je le dis
Puisque je l'affirme
Au bout du chagrin une fenêtre ouverte
Une fenêtre éclairée
Paul Éluard
Etiquetas: Paul Èluard
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39 de 43 06-04-2009 13:54
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Génios são os simples
Etiquetas: Jorge Palma, música
SEM TI
E de súbito desaba o silêncio.
É um silêncio sem ti,
sem álamos,
sem luas.
Só nas minhas mãos
oiço a música das tuas
Eugénio de Andrade - Coração do dia
Etiquetas: Eugénio Andrade
Oscar Wilde
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40 de 43 06-04-2009 13:54
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- Concorda comigo? Quando concordam comigo fico sempre com a sensação que
não tenho razão...
Etiquetas: Oscar Wilde, Wilde
Dias
Os dias terríveis são, afinal, as vésperas dos dias inesquecíveis...
Almada Negreiros
Fico à espera...
Etiquetas: Almada Negreiros
Vamos à Ópera?
Etiquetas: comida, doces, música, ópera
A pior indisciplina
E depois do...telemóvel?
Chegou a minha vez de dizer o que penso do ambiente que se vive nas Escolas. Em primeiro lugar a
indisciplina pior que existe nas escolas, não é passível de ser mostrada na televisão. Ela não passa por
imagens cheias de movimento e palavrões, empurrões, risos e choros. Ela é a indisciplina que está
escondida mas que todos os professores conhecem... os bons, os maus e os péssimos professores, que
todos os dias fazem o que podem para a ultrapassar e infelizmente também para a esconder... A
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41 de 43 06-04-2009 13:54
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indisciplina que se esconde atrás de planos de acompanhamento, planos de recuperação, dificuldades
de aprendizagem, falta de hábitos de estudo e toda a panóplia de termos que entrou nas nossas escolas
e que tão cedo não sairá... a indisciplina da ausência total de estudo, ausência total de
responsabilidade, ausência total de esforço para superar as dificuldades.
Encarregados de educação, alunos, professores e toda a sociedade, fizeram crer a todos, que o ensino
tem de ser divertido, "motivador", esquecendo que a maior motivação surge quando há prazer em
SABER MAIS em ser MELHOR, em ultrapassar as barreiras que nos colocam pelo esforço e pelo valor.
Os Alunos estudam pouco ou nada; os encarregados de educação apenas os querem ver com SUCESSO,
nem que este seja aparente; os professores , pressionados, pois dos resultados dos seus alunos
dependerá em breve, em larga medida, a sua progressão na carreira, lutam entre a sua dignidade
profissional, a necessidade de progressão, os baixos salários; os sindicalistas , sem compreender
minimamente os sentimentos de quem pensam representar, lutando por manter os seus cargos ; os
ministros querendo sucesso para poderem dizer que as suas políticas têm resultados positivos e que
Portugal está a ultrapassar o atraso que tem relativamente aos países da União Europeia...
E assim, com horas e horas na escola, alegremente anunciadas, como se quantidade fosse qualidade, os
alunos são na sua enorme maioria, o que podem ser, os menos culpados da situação ...
Etiquetas: alunos, indisciplina, professores, telemóvel
A flor mais grande do mundo
E se as histórias para crianças fossem de leitura
obrigatória para os adultos?
Etiquetas: Flor, história, saramago
Para começar bem...
Dava pelo nome muito estrangeiro de Amor, era preciso chamá-lo sem voz -difundia uma colorida multiplicação de mãos, e aparecia depois todo nuescutando-se a si mesmo, e fazia de estátua durante um parque inteiro, derepente voltava-se e acontecera um crime, os jornais diziam, ele vinha emestado completo de fotografia embriagada, descobria-se sangue, a vítimacaminhava com uma pêra na mão, a boca estava impressa na doçuraintransponível da pêra, e depois já se não sabia o que fazer, ele era belomuito, daquela espécie de beleza repentina e urgente, inspirava a maisterrível acção do louvor, mas vinha comer às nossas mãos, e bastava quetivéssemos muito silêncio para isso, e então os dias cruzavam-se uns pelosoutros e no meio habitava uma montanha intensa, e mais tarde as noitestrocavam-se e no meio o que existia agora era uma plantação de espelhos, oAmor aparecia e desaparecia em todos eles, e tínhamos de ficar IMÓVEIS ESEM COMPREENDER, porque ele era uma criança assassina e andava pelaterra com as suas camisas brancas abertas, as suas camisas negras evermelhas todas desabotoadas. - Herberto Helder "Vocação Animal" - 1967
Etiquetas: Herberto Helder
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