Reflorestamento em áreas de Garimpo
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RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR ATIVIDADE MINERADORA NA BACIA
DO RIO PEIXOTO DE AZEVEDO-MT
“CONSTRUINDO PARCERIAS PARA RECUPERAÇÃO
E USO SUSTENTÁVEL DE AMBIENTES DEGRADADOS EM MT”
PALESTRANTES:
Flávio Lima Borges – Biólogo Secretário de Meio Ambiente Turismo e
Mineração de Peixoto de Azevedo
Frederico Diniz Dantas – Engenheiro Florestal
Companhia Matogrossense de Mineração - Metamat
ÁREA DE ESTUDO: MUNICÍPIO DE PEIXOTO DE AZEVEDO-MT
VEGETAÇÃO
HIDROGRAFIA
ÁREA DO
MUNICÍPIO
14.398,6 km2
Floresta Ombrófila
Densa
Rio Peixoto de
Azevedo
e seus formadores,
Pium, Peixotinho I,
Peixotinho
II,Piranha, e o Rio
Xingú
30. 762 hab.
POPULAÇÃO
HISTÓRICO DA MINERAÇÃO NA REGIÃO
Década de 70 – Abertura da BR163 - 9º BEC
1979 – Descoberta do Ouro
1.000 quilos de ouro/mês
Salto populacional do município – próximo de 130.000 habitantes
Final da década de 80 e início dos anos 90 – produção de 10%
do Ouro Nacional.
1991 - Plano Collor – queda do preço do Ouro
SITUAÇÃO DO ATUAL DO GARIMPO
• Prevalecem os “empresários do garimpo” – garimpeiros com poder aquisitivo maior e possuidores de máquinários pesados para exploração do sub-solo
• Busca pela legalização da atividade junto aos órgãos ambientais
• Início da sensibilização ambiental das áreas de mineração – exploração orientada a recuperação posterior
• Formação e atuação de Cooperativas de Garimpeiros
• Redução da contaminação por mercúrio – centrais de almagamação , uso do queimador de mercúrio
DEGRADAÇÃO CAUSADA PELO GARIMPO
• Inversão topográfica, em função da abertura de cavas com profundidades
variando de 2 a 5 m, formando relevos com até 5 metros de altura;
• Assoreamento dos cursos d’água, várzeas e supressão da vegetação ciliar
devido à disposição e construção de forma inadequada das bacias de contenção de
rejeitos;
• Remoção da cobertura vegetal, quando da abertura das frentes de lavra, sem a
devida preocupação com a disposição e guarda do solo;
DEGRADAÇÃO CAUSADA PELO GARIMPO
• Represamento de cabeceiras e drenagens de menor ordem para captação de
água, para o circuito de beneficiamento sem o devido planejamento;
• Abertura das frentes de lavra sem obedecer a procedimentos técnicos para a
devida estabilização dos taludes;
• Inexistência de um plano de lavra, que permita um adequado planejamento da
exploração e recuperação de áreas degradadas;
AÇÕES PARA REDUÇÃO DE IMPACTOS AO MEIO AMBIENTE – Uso racional do Mercúrio nas atividades mineradoras
– Construção de centrais de amalgamação
– Cumprimento das ações previstas na licença ambiental
– Execução do PRAD
– Acompanhamento de técnicos/orientação
PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
Peixoto de Azevedo – ÁREAS PÚBLICAS
• O projeto objetiva o fomento à recuperação das áreas
degradadas do município contribuindo para a restauração de
parte da vegetação, difundindo as atividades para a
reçomposição do grande passivo ambiental existente;
formação de áreas verdes;formalização de parcerias com a
comunidade e instituições para manutenção de áreas nativas;
difusão da educação ambiental e parcerias com instituições de
ensino para pesquisas e trabalhos relacionados ao tema.
METAS E OBJETIVOS DO PROJETO
Implantar modelos e desenvolver experimentos pilotos de recuperação de áreas degradadas,
estabelecendo parâmetros técnicos, econômicos e ambientais, que sirvam de referência para
projetos similares;
Promover a educação ambiental de forma interativa, despertando nas comunidades garimpeiras a
consciência ambiental, a partir da mudança de hábitos e procedimentos, conscientizando a
população quanto às conseqüências do uso inadequado dos recursos naturais;
Implantação de um centro de alevinagem para produção de de alevinos para uso em áreas com
capacidade de exercer a atividade de piscicultura;
Implantar um centro de captação e dispersão de sementes de espécies florestais no município de
Peixoto de Azevedo;
Fomentar a criação de um programa de governo para recuperação de áreas degradadas.
Executar mapeamento de detalhe nas áreas impactadas, caracterizando os diversos tipos de
degradação e os processos de alteração da dinâmica superficial;
Destinar a área recuperada para usos múltiplos, considerando-se as restrições legais; realizar
pesquisas de modelos experimentais de recuperação de áreas degradadas, proporcionando a
capacitação dos técnicos que atuam na região;
ÁREA 01 – VIVEIRO MUNICIPAL DE
PEIXOTO DE AZEVEDO
Ações
Recuperação da App de um córrego que
cruza a área, com espécies produzidas no
viveiro
Construção de tanques para criação de
alevinos
Construção de um centro para disperção
e captação de sementes
Formação de uma área para plantio de
árvores matrizes provedoras de sementes
ÁREA 01 – VIVEIRO MUNICIPAL DE PEIXOTO DE AZEVEDO
ÁREA PARA PLANTIO DE MATRIZES
ÁREA DE RECUPERAÇÃO DE APP
ÁREA PARA PISCICULTURA
100.000
100.508
100.380
99.996
100.451
100.660
100.166
100.734
101.740
101.760
102.327
101.345
100.925
100.566
100.119
99.732
99.550
99.330
100.438
100.124
100.418
100.920
101.199
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
1112
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
100.306
99.86299.514
99.35099.934
101.57899.250
97.099
93.710
CRISTA
93.544PÉ PÉ
96.310CRISTA
97.18398.450
97.32196.212
95.22593.779
94.115
93.994
99.53399.072
98.91298.707
99.58998.938 96.958 96.933 95.950
95.80395.725
95.19691.724
91.22490.824
99.46699.208
98.90198.701
99.21198.661
97.736CRISTA
92.736PÉ
90.909FUNDO
91.609
PÉ
95.69495.239
94.754
94.179
92.88992.069
91.249 90.429
99.61599.325
99.370
99.180
99.00097.805
90.82097.105crista
92.220pé
fundo
92.110pé
96.895crista
96.31095.740
95.40092.730
94.30093.155
92.15591.655
91.155
100.230100.110
99.06599.305
98.41597.395
96.60096.150
95.59095.235
94.64093.145
93.38592.385
91.885
91.185
100.171100.761
100.72699.321
97.98197.501
96.466
95.966
95.546
95.076
94.21693.161
91.93191.331 90.031
90.731
100.259100.069
99.48498.459
97.804
96.90996.269
95.73495.444
94.72493.789
92.84992.154
91.849 90.449
89.449
88.349
101.125100.765
99.57098.695
98.27097.715
97.03096.527
96.03095.500
94.735
92.76591.650
90.55089.550 88.300
100.30099.095
98.39097.735
9731596.740
95.96095.460
94.88094.300
93.740
92.90591.575
91.46591.415
91.375
100.16298.712
98.15297.432
96.55796.367
95.422
94.85794.452
93.83293.262
92.67791.502
90.77290.717
90.662
100.230
99.29599.445
97.64597.175
96.725
96.11095.295
95.065
94.410
93.995
93.31592.160
91.160
90.06091.745
CRISTA
Fundo
CRISTA
PÉ
92.005
91.905
91.758
100.025
99.050
98.370
97.705
97.210
96.440
95.875
95.565
95.110
94.680
94.315
93.510
92.640
92.010 91.30590.635
99.651
98.69198.296
97.84697.066
96.496
95.676
95.19194.821
94.296
93.83693.381
93.276
92.98192.576
92.231
99.309
98.839
98.264
97.649
97.30996.634
96.029
95.769
95.34494.954
94.424
94.009
93.619
93.119
92.599
92.119
99.12298.437
97.932
97.357
97.122
96.18296.005
95.37294.762
94.40293.547
93.537
93.137
92.73792.037
95.102
95.872
96.452CRISTA CRISTA
Fundo
PÉ
98.360 97.575 96.705 96.115 94.550 94.845 92.560 92.850
98.82098.280
97.81597.420
97.23095.100
96.365
96.110
96.23596.065
95.960
94.860
94.326
93.526
93.023
92.273
91.471 90.376
98.673 97.863 97.188 96.533 95.458 93.663 91.983 91.183
99.329 98.389 97.684 96.864 96.319 93.694 92.909 92.599
99.30392.588 91.788
99.590
99.869
97.530
99.224
97.530
97.279
97.285
96.219
94.615
95.299
95.470
93739
94.415
93.914
92.755
91.702
98.923
96.928
97.268
96.623CRISTA Pé
Fundo
PÉ
98.735
96.928
97.410
Fundo
PÉ
CRISTA97.450
94.730
CRISTA
Fundo
ter.nat.
97.593
97.553ter. nat. 95.248 93.903
CRISTA Fundo
91.665
5.706.85
93.702
CRISTA
ter. nat.97.503 315
320
298.20
94.698
95.006
95.333
332,95
553
94.000
100.000
99.000 99.000
98.00097.000
96.000
96.000
95.00094.000
92.00091.000
Levantamento topográfico da área
94.0
00
100.000
99.0
00
99.0
00
98.0
00
97.000
96.0
00
96.0
00
95.0
00
94.0
00
92.0
00
91.0
00
91.000
94.0
00
92.000
100.000
99.0
00
97.0
00
96.0
00
98.0
00
95.0
00
94.0
00
93.0
00
93.0
00
CÓ
RREGO
BURIT
I
ZENITE
ANTONIO
VANILDO NEU
VANILDO NEU
P-01
P-04
P-02P-03
267º23'20" - 307,32m
154º02'5
3" - 5
53,0
0m
91º21'02" - 287,08m
336º48'0
5" - 5
63,5
7m
PASSANELLI
DOS SANTOS
TERMO DE COOPERACAO TECNICA Prefeitura Municipal de Peixoto de Azevedo
Companhia Matogrossense de Mineração - Metamat
Secretaria de Estado do Meio Ambiente - Sema
ÁREA 02 – MORRO ECOLÓGICO
Ações
Projeto Paisagistico
Obras de Infra-estrutura
Revegetação da área
Combate a brachiária
Instalação de um Parque municipal
O Morro Ecológico é uma area verde dentro do perímetro urbano que sofre com
queimadas e degradação.
ÁREA 03 –CÓRREGO LAVADEIRA
Ações
• Levantamento topográfico da área;
• Drenagem dos locais com solo alagados;
• Nivelamento e aterramento da área;
• Mapeamento e locação da área;
• Recomposição da vegetação ciliar
do córrego nas áreas selecionadas;
• Criação de uma área para atividades
de lazer, pista de caminhada, para a população;
• Implantação de projeto paisagístico para o local.
• Monitoramento de água
Plantio de Mamona nas entrelinhas do plantio para proteção e produção de matéria orgânica Esboço de projeto de urbanização e paisagismo do Córrego lavadeira
PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
EM ÁREAS DE GARIMPO
•Antigas áreas de garimpo degradadas existentes no município
de Peixoto de Azevedo são oriundas do princípio da exploração
do ouro na década de 80, sem técnicas apropriadas e de forma
predatória.
•Ainda existe muitos garimpeiros que utilizam técnicas
rudimentares sem uma preocupação ambiental adequada,
deixando assim um passivo de degradação ambiental
•O novo garimpo vem sendo trabalhado através de orientação,
técnicas desde o princípio da remoção do solo, onde encontra-
se o banco de sementes e toda matéria orgânica para
recomposição da área explorada
ETAPAS MINERAÇÃO ORIENTADA RECOMPOSIÇÃO TOPOGRAFICA COBERTURA DO SOLO SEMENTES PLANTIO DE ESPECIES RESISTENTES COMBATE A FORMIGAS COROAMENTO E MANUTENÇÃO ISOLAMENTO DA ÁREA ÁREAS COM TERRENO ARENOS0 Plantio em sistema de vasos Plantio de leguminosas Plantio de especies resistentes ÁREAS DE APP E C/CORBERTURA VEGETAL Combate a formigas cortadeiras Coroamento Combate de gramineas
TÉCNICAS PARA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
ESPÉCIES PARA COBERTURA DE SOLO
FEIJÃO GUANDU
MAMONA
MUCUNA PRETA
SEMEADURA DIRETA
SEMENTES PLANTADAS
DIRETAMENTE NAS ÁREAS
Lista das espécies plantadas nas áreas de Garimpo
ÁREA 01
Área 3 ha
Plantio- 04/12/10
espécie quantidade
Acaí 271
Acacia manjo 200
Aroeira 240
Bacaba 55
Cajá 257
Cedro 337
Caju 203
Eucalipto 388
Ipê 520
Jatoba 367
Olho-de-cabra 50
Pau Brasil 166
Pequi 58
Murici 306
TOTAL 3418
Espécie quantidadeAmora 370
Açaí 94
Acasia manjo 100
Aroeira 331Bacaba 150
Cajá 26Cedro 100
Caju 100
Cupuaçu 122
Eucalipto 80
Ipê 240
Ingá-de-metro 20
Jatobá 132
Jaca 23
Garapeira 50
Goiaba 60
Louro 40
Olho-de-cabra 210
Pata-de-Vaca 40
Pau-de-Balsa 460
Pau Brasil 140
Pequi 30
Tamarindo 21
Mucuba 60
Murici 230
TOTAL 3229
ÁREA 02
Área – 3ha
data - 11/12/10
2 9 4 1TO TA L
2 6U ruc um
5 0M uric i
3 3M uc uba
1 4 4P a u -B ra s il
1 7 0P a u -de - B a ls a
2 0P a ta -de - Va c a
3 7 4O lho -de - c a bra
1 7 6J a toba
2 0F la m boy a n
2 8 0C upua ç u
3 5 2C a ju
4 8 3C e dro
4 0 0A roe ira
3 6 2A c a í
5 1A m ora
qua ntida deE s p é c ie p la n ta da
da ta 2 6 /1 2 /1 0
Á re a – 3 ha
Á R E A 0 3
2 9 4 1TO TA L
2 6U ruc um
5 0M uric i
3 3M uc uba
1 4 4P a u -B ra s il
1 7 0P a u -de - B a ls a
2 0P a ta -de - Va c a
3 7 4O lho -de - c a bra
1 7 6J a toba
2 0F la m boy a n
2 8 0C upua ç u
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3 6 2A c a í
5 1A m ora
qua ntida deE s p é c ie p la n ta da
da ta 2 6 /1 2 /1 0
Á re a – 3 ha
Á R E A 0 3
ÁREA 04
Área – 1,5 ha
Data - 27/11/10
espécie quantidade
acaí 200
eucalipto 259
Ipê 150
Jatobá 126
Cedro 200
Pequi 240
cacau 30
total 1205
Espécies de melhor adaptação ao ambiente degradado
CAJU - Anacardium occidentale
MURICI - Byrsonima crassifólia
EUCALIPTO - Eucalyptus sp.
PAU DE BALSA -Ochroma Pyramidale
GOIABA –psidium sp
JATOBÁ - hymenea courbaril
IPÊ - Tabebuia chrysotricha
PEQUI - cariocar brasiliensis