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Reforma Tributária: consolidando o desenvolvimento Ministro Paulo Bernardo 17 de abril de 2008 Fundação Getúlio Vargas (FGV)

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Reforma Tributária: consolidando o

desenvolvimento

Ministro Paulo Bernardo

17 de abril de 2008

Fundação Getúlio Vargas (FGV)

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Por que é um bom momento para aprovarmos a Reforma Tributária?

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Hoje reunimos condições favoráveis

• Crescimento Econômico Sustentável

• Responsabilidade Fiscal

• Baixa Vulnerabilidade Externa

• Estabilidade Monetária e inflacionária

• Aumento na renda dos trabalhadores

• Redução das Desigualdades Sociais/regionais

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Retomada do Crescimento

4

-0,5

4,7

5,3

4,4

3,4

0,00,3

4,3

1,3

2,7

1,1

5,7

3,2

3,8

5,4

2,2

-1,0

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Fonte: IBGE.

Taxa de Crescimento do PIB Brasileiro, 1992 a 2007 (%)

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Componentes do PIB – taxa anual de crescimento %

4,53,6

4,6

10

6,5

13,4

0

2

4

6

8

10

12

14

2005 2006 2007

Consumo das famílias Investimento

Demanda interna-investimento

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Dívida Líquida do Setor Público (% PIB corrente)

Evolução da Conjuntura Econômica

Fonte: Banco Central do Brasil

28,030,7 31,8

38,9

44,5 45,548,4

56,050,5

52,4

47,0 46,544,7

42,7 42,2

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 set/ 02 2002 2003 2004 2005 2006 2007 fev/ 08

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Evolução da Conjuntura Econômica

Fonte: Banco Central do Brasil.

Superávit Primário do Setor Público Consolidado (ac. em 12 meses em % do PIB)

4,18

-2

-1

0

1

2

3

4

5

6

fev/96 ago/97 fev/99 ago/00 fev/02 ago/03 fev/05 ago/06 fev/08

-2

-1

0

1

2

3

4

5

6

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Dívida Externa Bruta/ Exportações de Bens e Serviços

Evolução da Conjuntura Econômica

3,33,6 3,6

4,44,7

3,93,6

3,5

2,9

2,1

1,41,3 1,2

1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007

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-3,5 -5,6 -6,8 -6,6-1,2

2,713,1

24,833,6

44,8 46,540,0

34,1

-0,7

58,2 60,4

73,1

160,6 165,3

137,8

118,3

46,5 47,7 53,0 51,1 48,055,1

96,5

48,3

62,8

91,4

120,6131,2

73,6

50,0 49,255,8

53,359,7 57,7

55,647,2

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008*

Saldo Exportações Importações

9

Balança Comercial (US$ bilhões; acumulado em 12 meses)

Evolução da Conjuntura Econômica

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio.

* 2008: valores acumulados em 12 meses até março/2008.

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10

Transações Correntes e Saldo da Balança Comercial (US$ bilhões; acumulados em 12 meses)

Evolução da Conjuntura Econômica

Fonte: Banco Central do Brasil.

Fonte: Banco Central do Brasil

-40

-35

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

fev/95 fev/96 fev/97 fev/98 fev/99 fev/00 fev/01 fev/02 fev/03 fev/04 fev/05 fev/06 fev/07 fev/08

-40

-35

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

Saldo comercial

Transações correntes

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9,6 9,5 8,6 8,7

15,2 16,213,8 14,7 15,6

18,721,0

24,5 24,8

19,217,3 19,3

16,2

11,2 8,5

8,29,3 8,9

9,4

9,9

10,2 10,2

0

5

10

15

20

25

30

35

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008*0

5

10

15

20

25

30

35

Recursos Livres Direcionados

11

Total de Crédito do Sistema Financeiro Nacional (em % do PIB)

Evolução da Conjuntura Econômica

Fonte: Banco Central do Brasil.

* 2008: Saldo em fev/2008.

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80

85

90

95

100

105

110

115

120

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Emprego Massa Salarial

Recuperação da massa salarial

2000 = 100

Número Índice

DIEESE

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Índice de Gini e Porcentagem da População em Extrema Pobreza

Reformas e Investimento na área Social

13

0,53

0,54

0,55

0,56

0,57

0,58

0,59

0,60

0,61

1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 20065

7

9

11

13

15

17

19

21

23

25

Índice de Gini (escala à esquerda)

Extrema Probreza (escala à direita; % da população)

Fonte: IBGE e IPEA.

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É a reforma econômica mais importante

Contribui para manter o crescimento sustentável

Cria condições para a aceleração do crescimento

Por que a Reforma Tributária?

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Problemas do Sistema Tributário atualProblemas do Sistema Tributário atual

• Complexidade – muitos tributos s/mesma base• Distorções dos tributos indiretos• Cumulatividade• Desoneração incompleta dos investimentos• Desoneração incompleta das exportações• Tributação excessiva da folha de pagamentos• Custo elevado s/ empresas• Guerra fiscal

• ICMS – 27 legislações, com mais de 40 alíquotas

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Objetivos da Reforma TributáriaA proposta de Reforma Tributária tem seis objetivos

principais:• Simplificação do sistema tributário, com redução e

desburocratização da legislação• Fim da guerra fiscal• Correção de distorções na estrutura tributária que

prejudicam o investimento e a eficiência• Desoneração tributária, com foco nos tributos que mais

prejudicam o crescimento• Melhora da Política de Desenvolvimento Regional• Melhora da qualidade das relações federativas

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Simplificação – Tributos Federais

Extinção de 5 tributos federais :

• COFINS

• PIS

• CIDE (criação IVA-F) • Salário Educação

• CSLL IRPJ

• Entrada em vigor no segundo ano após a aprovação da PEC

• IPI seria mantido como imposto seletivo e para fins de política Industrial

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Simplificação - ICMS Unificação da legislação do ICMS:

• Extinção do atual ICMS e criação de um “Novo ICMS”

• Grande simplificação (27 legislações 1)

• Alíquotas uniformes

• Senado define as alíquotas

• Confaz propõe o enquadramento/Senado aprova ou rejeita

• Para evitar aumento da carga tributária, Estados poderão fixar

alíquotas diferenciadas para um número limitado de bens e serviços

• Sistema de débito e crédito com legislação mais simples e neutra

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Fim da Guerra Fiscal

Esquema de Transição do ICMS para o “Novo ICMS”Redução das alíquotas do ICMS na origem

Alíquota atual 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

12,0% 11% 10,0% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 2,0%

7,0% 6,5% 6,0% 5,0% 4,0% 3,0% 2,0% 2,0%

Projeto acaba com a guerra fiscal ao reduzir progressivamentea parcela do ICMS apropriado no estado de origem

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Fim da Guerra Fiscal – Garantia de Receita

• Criação do Fundo de Equalização de Receitas (FER), para

ressarcimento dos estados por eventuais perdas no

processo de transição do ICMS

• Parte dos recursos vinculados constitucionalmente e parte

definida em lei complementar

Estados que concederem novos benefícios não terão

acesso aos recursos do FPE, do FER, nem do Fundo

Nacional de Desenvolvimento Regional

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Correção de Distorções dos Tributos IndiretosForte redução da cumulatividade do sistema tributário• Regulamentação do IVA-F e do Novo ICMS viabilizará ampla

apropriação de créditos de bens e serviços adquiridos pelas

empresas

Desoneração completa das exportações• Tributação no destino permite Estados ressarcirem integralmente

os exportadores• Criação de sistema de compensação que impedirá o acúmulo de

créditos tributários

Aperfeiçoamento da legislação• Legislação do IVA-F e do Novo ICMS incorporará um modelo

moderno de tributação do valor adicionado, eliminando distorções

simplificando o trabalho das empresas

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DesoneraçãoDesoneração da folha salarial• Redução da contribuição patronal sobre folha ao ritmo de 1 p.p. ao

ano de 2010 a 2015, passando de 20% para 14%• Extinção da contribuição para o Salário Educação

Ampliação da desoneração da cesta básica na criação do IVA-F

e do novo ICMS, reduzindo o custo de produtos como óleo de

soja, açúcar, pão etc.

Desoneração completa dos investimentos • ICMS: redução do prazo ao longo da transição• IVA-F: Prazo a ser definido na regulamentação do imposto

PEC possui dispositivo que garante que não haverá aumento da carga tributária na criação do IVA-F e do Novo ICMS

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Política de Desenvolvimento Regional

Aperfeiçoamento da PDR contribui para a Reforma Tributária ao facilitar o fim da guerra fiscal com:

• Criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional e ampliação do montante de recursos

• Criação de novos instrumentos para a PDR

Investimentos estruturantes

• Infra-estrutura, qualificação de mão de obra etc.

• Diretrizes definidas pelas superintendências regionais

Transferências aos estados para ações de desenvolvimento

• Investimentos estruturantes e subvenção a empresas

• Recursos não vinculados

Garantia de ampliação do montante de recursos da PDR para todas as regiões (inclusive Sul e Sudeste)

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Aprimoramento das Relações Federativas

• Transferências a estados e municípios passam a ser calculadas sobre base ampla de tributos, aumentando a solidariedade fiscal entre a União e os entes subnacionais

• Apenas a contribuição previdenciária e os tributos de natureza regulatória (II/IE/IOF/ITR) não compõem a base de partilha

• Com o envio da Reforma Tributária, propõe-se abrir uma ampla discussão sobre as competências e o financiamento dos entes federados, inclusive sobre o sistema de partilhas

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Obrigado!!!