REFORMULAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO versao para consulta.pdf · REFORMULAÇÃO DO...
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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
CAMPUS DE ROLIM DE MOURA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
REFORMULAÇÃO DO PROJETO
PEDAGÓGICO DE CURSO
CURSO DE PEDAGOGIA
Proponente:
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
Campus de Rolim de Moura
Rolim de Moura - RO
2018
IDENTIFICAÇÃO
1.1. Instituição: Fundação Universidade Federal de Rondônia
Reitor: Prof. Dr. Ari Miguel Teixeira Ott
Vice–Reitor: Prof. Dr. Marcelo Vergotti
Pró-Reitor de Graduação: Prof. Dr. Jorge Luiz Coimbra de Oliveira
1.2. Campus de Rolim de Moura
Diretora: Dalza
Chefe do Departamento de Educação: Profa. Dra. Bianca Santos Chisté
Dados de Criação/Autorização/Reconhecimento
Início do funcionamento do Curso: 1989
Autorização: Resolução n.º 009/1989/CONSEPE
Reconhecimento: Portaria nº794, de 14 de dezembro de 2016, MEC, publicada no DOU nº 240, de 15 de
dezembro de 2016.
1.3. Identificação do curso
CURSO: PEDAGOGIA
DIPLOMA CONFERIDO: LICENCIATURA
TÍTULO OFERTADO: LICENCIADO EM PEDAGOGIA
MODALIDADE: ENSINO PRESENCIAL
PRAZO PARA INTEGRALIZAÇÃO DO CURSO: O curso é semestral com duração de, no
mínimo, 08 (oito) semestres e, no máximo, 12 (doze) semestres, conforme regulamenta a Resolução
n.º 095 /CONSEA, de 27 de abril de 2005.
CARGA HORÁRIA DO CURSO: 3800 h
REGIME LETIVO: SEMESTRAL
TURNOS DE FUNCIONAMENTO DO CURSO: Vespertino e Noturno
VAGAS AUTORIZADAS: 40 vagas /ano
DADOS DE CRIAÇÃO/AUTORIZAÇÃO/RECONHECIMENTO
INÍCIO DO FUNCIONAMENTO DO CURSO: 1989
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL:
Resolução n° 009/1989/CONSEPE
Portaria n° 286/12– MEC de 21.12.2012 – D.O.U. 249 de 27.12.2012
Portaria nº794, de 14 de dezembro de 2016, MEC, publicada no DOU nº 240, de 15 de dezembro de 2016
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
1.1.1. Nome da Instituição
A Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), pessoa jurídica de direito
público, é mantida pelo Ministério da Educação (MEC) sob o CNPJ 04.418.943/0001-90,
com sede administrativa na Avenida Presidente Dutra, Nº 2.965, Centro, CEP 76801-974,
cidade de Porto Velho, RO.
1.1.2 Base Legal
A UNIR foi instituída no ano de 1982, mediante a Lei Nº 7.011, de 8/7/1982, a qual
autorizou sua criação e a consequente incorporação da Fundação Centro de Ensino Superior
de Rondônia (FUNDACENTRO), que havia sido criada, por sua vez, dois anos antes, pelo
Decreto Nº 84.696, de 12/5/19801.
Trata-se de uma instituição oficial integrante do Sistema Federal de Ensino, nos
termos da Lei Nº 9.394/96, e sua atuação se dá em todo o estado de Rondônia.
1.1.3. Perfil e missão da UNIR
Instituição pluridisciplinar de formação de quadros profissionais de nível superior,
de pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo do saber humano, a UNIR tem como
finalidade precípua a promoção do saber científico puro e aplicado, atuando em sistema
indissociável de ensino, pesquisa e extensão. Possui como missão “produzir conhecimento
humanístico, tecnológico e científico, articulando ensino, pesquisa e extensão, considerando
as peculiaridades regionais, promovendo o desenvolvimento humano integral e contribuindo
para a transformação social”2.
1 Disponível em: <https://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:federal:decreto:1980-05-12;84696>. Acesso em: 6
abr. 2018. 2 Plano de Desenvolvimento Institucional da UNIR, 2014.
1.1.4. A economia regional
Localizado no oeste da Região Norte do Brasil, o estado de Rondônia, onde se situa a
UNIR, foi criado pela Lei Complementar N° 47, de 22/12/1981, e encontra-se em área
abrangida pela Amazônia Ocidental, com a maior parte de seu território fazendo parte do
Planalto Sul-Amazônico, uma das parcelas do Planalto Central Brasileiro.
Rondônia tem como limites o estado do Amazonas, ao Norte; o de Mato Grosso, a
Leste; a Bolívia, a Sul e a Oeste, e o Acre, também a Oeste. Possui uma área total de
237.576,167 km², onde estão distribuídos seus 52 municípios, incluída a capital Porto
Velho, com uma população que atualmente beira os 2 milhões de habitantes. Os dados do
último Censo do IBGE, de 2010, computaram 1.562.409 habitantes, mas a população
estimada, no ano de 2017, já alcançava a soma de 1.805.788 habitantes para o estado todo3.
Segundo dados da Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão
(SEPOG) para o período de 2010-2014, Rondônia alcançou em 2014 o Produto Interno Bruto
(PIB) de R$ 34,03 bilhões, representando um crescimento de 3,7% em relação ao período
anterior4. Essas informações mostram que o PIB de Rondônia, naquele ano, representava
0,6% do PIB do Brasil e ocupava a 23ª posição no ranking nacional. Em relação à Região
Norte, o valor representa 11,05% do PIB, ocupando a terceira posição entre os sete estados,
sendo superado pelo Pará (40,44%) e pelo Amazonas (28,13%).
O setor com melhor desenvolvimento em 2014, ainda conforme o relatório da SEPOG,
foi a agropecuária, que respondeu por 12,7% do total do valor adicionado bruto do estado,
tendo aumentado 8,5% em termos reais. Os principais produtos que contribuíram para o
resultado em volume foram o cultivo de café (13,7%) e da soja (8,4%), na agricultura, e a
criação de bovinos (2,9%), na pecuária. O setor industrial mostrou um resultado em volume
de 1,1, devido à participação da produção e distribuição de eletricidade (47,9%), refletindo a
entrada em operação de mais quinze turbinas da Hidrelétrica de Santo Antônio no ano de
2014. A indústria de transformação, com crescimento de 2,3%, também contribuiu para o
resultado da indústria, já que a construção, que participava com 10,1% do valor adicionado
bruto, registrou queda de 7,9%, resultado que pode ser explicado pela política industrial
brasileira, que já se projeta em crise. Em relação aos serviços, que respondem por quase
70% da economia estadual, aumentaram 2,4% em volume. O resultado foi fortemente
influenciado pelo comércio, que cresceu 7,6%. Contribuíram também positivamente a
atividade financeira (6,5%), a educação e a saúde privadas (5,3%), as atividades imobiliárias
3 IBGE, 2016. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ro>. Acesso em: 5 abr. 2018.
4 PORTAL DO ESTADO DE RONDÔNIA, 2016.
(2,4%) e a administração pública (1,2%). As atividades profissionais e os serviços
domésticos apresentaram variações negativas de -5,4% e -12,1%, respectivamente. Assim, o
cenário apresenta-se em crise em quase todos os setores da economia local e nacional, .....
1.1.5. Breve histórico da UNIR
A Fundação Centro de Ensino Superior de Rondônia (FUNDACENTRO) era uma
entidade de cunho municipal de Porto Velho, criada em maio de 1980, que ofertava os
cursos de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas.
Foi a partir da incorporação da FUNDACENTRO que a Fundação Universidade Federal
de Rondônia (UNIR) foi instituída, em 8 de julho de 1982, quando foram criados e instalados
seis novos cursos (quais?), os quais principiaram no ano seguinte, preservando-se os três
cursos já existentes na FUNDACENTRO. Os nove cursos iniciais foram atribuídos a três
departamentos didáticos-científicos, onde estavam lotados seus professores, alguns deles
especialistas e/ou mestres. No ano seguinte, a Unir incorporou também os cursos que eram
então ofertados pelo governo estadual de Rondônia por meio de uma parceria com a
Universidade Federal do Pará (UFPA): Educação Física, História, Geografia, Letras,
Matemática e Pedagogia.
Desde a sua fundação, a UNIR vem crescendo e contribuindo para a formação de
profissionais qualificados que possam atender, em específico, a demanda do estado. Esse
crescimento tem sido possível pelo recebimento de recursos mediante projetos de emendas
parlamentares e, mais recentemente, por intermédio do Programa de Apoio a Planos de
Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), iniciado em 2007 e
finalizado em 2012. Ao longo desses anos de vigência do REUNI, foi possível um maior
investimento em construções de novas salas de aula e laboratórios de pesquisa, e na criação
de programas que garantem aos professores, acadêmicos e à comunidade em geral uma
maior qualidade no ensino, pesquisa e extensão.
A Universidade Federal de Rondônia, em seus 35 anos de existência, constituiu-se
em um centro de referência na formação de profissionais de qualidade e excelência em
Rondônia, sendo a única instituição pública do estado dedicada ao ensino, pesquisa e
extensão. Sua área de atuação abrange as Ciências Humanas, Sociais, Exatas e da Saúde,
preocupando-se também com o conhecimento tecnológico e dedicando especial atenção às
licenciaturas. Em sua trajetória, realiza atividades de pesquisa, ensino e extensão que
contemplam as realidades singulares da Região Amazônica.
Sua organização didático-pedagógica e administrativa é regida por um Estatuto, um
Regimento Geral, além de Resoluções e Normas emanadas dos Conselhos Universitários: o
Conselho Superior Universitário (CONSUN), o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão
(CONSEA) e o Conselho de Administração (CONSAD).
1.1.6. Dados da Universidade
De acordo com o Relatório de Gestão de 20165, a instituição possui em seu quadro
permanente um total de 797 docentes e 475 técnicos administrativos para o atendimento de
8.874 alunos de graduação e 625 alunos da pós-graduação, matriculados em seus oito
campi: Ariquemes, Cacoal, Guajará Mirim, Ji-Paraná, Porto Velho, Presidente Médici,
Rolim de Moura e Vilhena.
Hoje a instituição oferece à comunidade rondoniense 63 cursos de graduação, nas
modalidades bacharelado e licenciatura, sendo eles: Administração, Agronomia,
Arqueologia, Artes Visuais, Biblioteconomia, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis,
Ciências da Computação, Ciências Econômicas, Ciências Sociais, Comunicação
Social/Jornalismo, Direito, Educação do Campo, Educação Física, Enfermagem, Engenharia
Ambiental, Engenharia Civil, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Pesca, Engenharia
de Produção, Engenharia Elétrica, Engenharia Florestal, Estatística, Física, Filosofia,
Geografia, Gestão Ambiental, História, Informática, Jornalismo, Letras/Português,
Letras/Espanhol, Letras/Inglês, Letras/Libras, Licenciatura em Educação Básica
Intercultural, Matemática, Medicina, Medicina Veterinária, Música, Pedagogia, Psicologia,
Química, Teatro e Zootecnia, distribuídos em seus campi.
Oferece também 29 cursos de pós-graduação, sendo onze na modalidade mestrado
acadêmico (Administração, Biologia Experimental, Ciências Ambientais, Desenvolvimento
Regional e Meio Ambiente, Educação, Ensino de Ciências da Natureza, Estudos Literários,
Geografia, História e Estudos Culturais, Letras, e Psicologia); cinco na modalidade
mestrado profissional (Administração Pública, Direitos Humanos e Desenvolvimento da
Justiça na Amazônia, Educação Escolar, Ensino de Física, Matemática em Rede Nacional);
e três na modalidade doutorado (Biologia Experimental, Desenvolvimento Regional e Meio
Ambiente, e Geografia). Também são oferecidos dez cursos na modalidade de
especialização (Coordenação Pedagógica, Docência na Educação Infantil, Educação Escolar
Indígena, Educação Matemática, Gênero e Diversidade na Escola, Gestão da Saúde, Gestão
Escolar, Gestão Organizacional: Políticas e Gestão na Escola, Gestão Pública Municipal,
5 RONDÔNIA, 2016.
Gestão Pública).
Os grupos de pesquisa existentes na instituição já passaram de 100: são 129 grupos,
institucionalizados nas áreas das Ciências Exatas e da Terra, Ciências Humanas e Sociais, e
Ciências da Vida e Saúde. A instituição vem ampliando cada vez mais a abrangência do
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), com bolsas vinculadas
diretamente ao Centro Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e à
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PROPESQ).
Ademais, a UNIR conta com a Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Assuntos
Estudantis (PROCEA), a qual promove, por exemplo, diversos eventos culturais, de que se
destacam o Festival UNIR Arte e Cultura, o Projeto Depois do Palco e o Projeto Matinês.
Mantém ainda os Programas e Projetos para a Concessão de Bolsas de Extensão e Cultura
(PIBEC), além da Monitoria Acadêmica, da Monitoria Especial e da Assistência Estudantil.
1.1.7. Dados do campus de Rolim de Moura
Situado à Avenida Norte Sul, Nº 7.300, Bairro Nova Morada, no município de Rolim
de Moura, Rondônia, o campus foi criado ao final de 1988, a partir da política de
interiorização da UNIR, pela Resolução Nº 045, de 14 de outubro de 1988, por decisão do
Conselho Diretor da UNIR (CONDIR). Os cursos implantados inicialmente foram Letras e
Pedagogia, com quarenta vagas para cada um.
Entre os atos que ensejaram a criação do campus e a implantação dos cursos destaca-
se o convênio Nº 004/1988, celebrado entre a Prefeitura Municipal de Rolim de Moura e a
Universidade Federal de Rondônia. Firmado em 25 de julho daquele ano, o convênio visou à
cooperação financeira e administrativa para a viabilidade dos cursos no campus. No mesmo
dia de sua assinatura, houve o lançamento da pedra fundamental para a construção da sua
sede.
Coube à UNIR a coordenação didático-pedagógica dos cursos e a realização de
concursos para docentes, enquanto à Prefeitura coube, além da doação do terreno, a
construção e manutenção das instalações físicas, dotando o campus de toda a infraestrutura
necessária para o seu funcionamento, ou seja, fornecendo respaldo financeiro, acervo
bibliográfico, material permanente e de consumo, equipamentos e pessoal de apoio até o
final de 1991.
A construção do primeiro bloco de salas de aula teve início no mês de agosto de
1988, com recursos oriundos da Prefeitura Municipal. A sua inauguração se deu no mês de
dezembro do mesmo ano. Em janeiro de 1989 foi realizado o primeiro vestibular, quando
foram aprovados oitenta candidatos. As atividades acadêmicas tiveram início em março do
mesmo ano, com quarenta alunos matriculados em Letras e quarenta em Pedagogia. O
primeiro quadro de docentes foi formado por oito professores cedidos pela Secretaria
Estadual de Educação.
A UNIR definiu a sua política de interiorização pela Resolução N° 006/89/CONSUN,
de 5/9/1989, cujo artigo 2º estendia a realização de concurso público com a finalidade de
admissão de docentes visando ao “preenchimento de vagas nos municípios que sediem
Cursos oferecidos pela Instituição”. No mesmo ano, aconteceu o primeiro concurso público
para docentes, tendo sido aprovados três professores que passaram a integrar o Quadro do
Magistério Superior da UNIR a partir de 1990.
Ainda em 1989, a Câmara Municipal de Vereadores aprovou a Emenda
Constitucional da Lei Orgânica do Município de Rolim de Moura, autorizando a destinação
de 3% da arrecadação mensal para o campus.
O ano de 1991 foi marcado pelo ingresso da última turma autorizada pelo MEC sem
que o espaço físico para as atividades institucionais fosse ampliado, o que levou a
comunidade acadêmica a se mobilizar junto à população local para a construção do segundo
bloco de salas de aula. A obra foi edificada graças à conjugação de esforços entre a
comunidade acadêmica e a população do município. Os recursos para a construção foram
obtidos por meio de arrecadação em pedágios, festas, bingos, feijoadas etc., tendo havido
pouca participação do poder público municipal e nenhuma participação da administração da
UNIR, tampouco do Governo Federal.
A partir de 1995, o Campus se integrou ao programa de “cursos finitos” instituído
pela Universidade Federal de Rondônia, passando a oferecer os cursos de História, naquele
ano, e de Educação Física, Matemática e Letras/Inglês, em 2002, para atender solicitações e
necessidades periódicas da região.
Em 2002, por força do planejamento estratégico implantado pela UNIR, o campus de
Rolim de Moura, levando em consideração as demandas locais e estaduais, elegeu suas duas
áreas de atuação: Educação e Ciências Agrárias. No ano anterior, a Resolução Nº
048/CONSEA, de 27 de junho de 2001, havia criado o curso de Agronomia, com ênfase em
Agroecologia.
Atualmente, o campus oferece, além de Pedagogia, os cursos de Agronomia,
Educação do Campo, Engenharia Florestal, História e Medicina Veterinária. Nele estão
matriculados aproximadamente 910 discentes, os quais são atendidos por 80 docentes e 25
técnicos administrativos.
A estrutura do campus conta com biblioteca, quadra poliesportiva, área de
convivência, guarita e restaurante universitário (em construção), bem como quatro blocos
com salas de aula, salas administrativas e laboratórios. Acrescenta-se a essa estrutura uma
área de aproximadamente 100 hectares, localizada a 15 quilômetros de sua sede. Pertencente
ao município de Rolim de Moura, essa área foi cedida à UNIR para as vivências práticas dos
cursos de Agronomia, Engenharia Florestal e Medicina Veterinária.
1.2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA REALIDADE ECONÔMICA E SOCIAL DA REGIÃO DA ZONA DA
MATA RONDONIENSE
Criado em 1983 pelo Decreto-Lei Nº 071, de 5/8/1983, o município de Rolim de
Moura localiza-se na região Centro-Sul do estado, distante 477 km da capital Porto Velho e
afastado cerca de 38 km da BR-364, a principal via de ligação de Rondônia. Caracteriza-se
como um importante polo regional, sendo o mais populoso e economicamente ativo da
chamada Zona da Mata Rondoniense. Sua população, de acordo com o último Censo do
IBGE, de 2010, é de 50.648 mil habitantes, e sua densidade demográfica é de 34,74
habitantes por Km2, a maior da região da Zona da Mata. Para o ano de 2017, a população
estimada era de 57.074 habitantes.
Sua área é de 1.458 km² e sua região de influência é a totalidade da Zona da Mata,
ou seja, os municípios de Alta Floresta d'Oeste, Alto Alegre dos Parecis, Castanheiras, Nova
Brasilândia d'Oeste, Novo Horizonte d'Oeste, Parecis, Santa Luzia d'Oeste e São Felipe
d'Oeste, alcançando uma população de cerca de 141.000 habitantes e conformando uma área
de 19.664 km2.
O campus de Rolim de Moura da UNIR constitui polo convergente de outras cidades
não pertencentes à Zona da Mata, mas circunvizinhas ao município, como Cacoal, Espigão
D'Oeste, Ministro Andreazza, Pimenta Bueno, São Miguel do Guaporé, Alvorada D'Oeste e
Presidente Médici, as quais, é importante ressaltar, não dispõem de espaços públicos de
nível superior.
Todos esses municípios, incluindo-se os da Zona da Mata, originaram-se dos
projetos oficiais de colonização promovidos pelo governo militar instaurado no país com o
golpe civil-militar de 1964. Tais projetos atraíam os trabalhadores do campo, sobretudo das
regiões Sul e Centro-Oeste, que não tinham mais terras para plantar, e ao mesmo passo
abriam linhas de incentivo fiscal e tributário para investidores de capital nacional e
estrangeiro virem investir em Rondônia, adquirindo terras, devastando a floresta virgem em
grande escala, extraindo a madeira e transformando regiões enormes em gigantescos pastos.
Em 1988, por exemplo, o desmatamento em Rondônia já atingia 12,57% da área total do
estado. Para que se tenha uma ideia melhor do tamanho e velocidade do desmatamento, dez
anos antes, ou seja, em 1978, contava-se com apenas 1,7% do território total do estado
desmatado6.
Grande parte dos trabalhadores rurais que veio para o estado não pôde se fixar
efetivamente no campo, por não contar com a infraestrutura necessária para tal fixação e
também pelo cerco dos latifúndios, tendo que migrar para a área urbana dos municípios ou
partir para outros estados e regiões em busca de oportunidades de trabalho.
A concentração de renda é bastante acentuada em toda a região, o que a confrontação
de dados do IBGE feita pelo historiador Barros Trubiliano possibilita perceber com clareza.
Como o professor mostra, tendo por base dados do IBGE referentes ao ano de 2014, os
municípios da Zona da Mata tiveram renda média mensal per capita de R$ 400,00, isso
quando levados em conta apenas os domicílios particulares da área urbana. Por sua vez, tal
renda caía bastante ao se considerar a área rural, indo para R$ 250,00. Enquanto isso, a
média do PIB dessas cidades era bem maior, e geraria uma receita mensal per capita de
cerca de R$ 1.198,00. Como destaca o autor, esse seria o “valor mensal que cada cidadão da
Zona da Mata Rondoniense receberia se a riqueza produzida fosse igualmente distribuída”,
isso sem distinção para a área urbana e a rural. Trubiliano ainda ressalta que, para esse
cálculo da renda per capita a partir da divisão igualitária do PIB, levou em conta inclusive as
pessoas com menos de 14 anos, ou seja, aquelas que não podem legalmente trabalhar, e
também contabilizou as pessoas que não apresentam qualquer tipo de renda. Se elas fossem
desconsideradas, a renda per capita, em condições de distribuição igualitária da riqueza das
cidades, aumentaria ainda mais7.
Ao tomarmos em conta outro tipo de dado, o Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH), que é calculado a partir de dados de Saúde, Educação e Renda, verificamos que
Rolim de Moura apresenta o melhor IDH da Zona da Mata – 0,700 –, e o quarto melhor de
Rondônia, conforme a Projeção da População do Brasil e das Unidades da Federação do
6 BRASIL, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, Relatório do monitoramento do desmatamento nos biomas
brasileiros por satélite (IBAMA/CSR). Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/estruturas/sbf_chm_rbbio/_arquivos/relatoriofinal_cerrado_2010_final_72_1.pdf>.
Acesso em: 29 jul. 2016. 7 Trubiliano, Apontamentos sobre as frentes pioneiras na Zona da Mata rondoniense (1970-2000), p. 135.
IBGE de 2015. Mesmo assim, está abaixo da média nacional, que naquele ano era de 0,7448.
Ainda de acordo com dados do IBGE de 2015, os resultados do Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB/MEC) apontam que o estado de Rondônia
destacou-se na melhoria da qualidade do ensino, apresentando índices ascendentes para os
Anos Iniciais do Ensino Fundamental, conforme segue: 2005 (3,6); 2007 (4,0); 2009 (4,5) e
2011 (4,8), 2013 (5,5) e 2015 (5,6), tendo este último ultrapassado tanto o IDEB de Rondônia
(5,4) quanto o IDEB Brasil em 2015 (5,5)9. Em comparação a outras cidades de Rondônia, o
IDEB dos Anos Iniciais posicionou Rolim de Moura em 19º lugar, de um total de 52
municípios. No entanto, há muito por fazer na área educacional, e a taxa de analfabetismo
ainda atinge 9% das pessoas a partir de 15 anos ou mais, um pouco mais alta do que os 8,3%
da mesma faixa etária que configuram a taxa do estado de Rondônia – que já é uma taxa
alta, aliás, assim como é alta a taxa brasileira, de 7,2%10
.
A população do estado em idade escolar, ou seja, entre 7 e 17 anos, é de 418.840
habitantes, o que corresponde a 26,80% do total11
, sendo 6,9 anos o número médio de séries
concluídas12
. De acordo com o IBGE13
, no ano de 2015 foram recebidas 379.804 mil
matrículas dentro dessa mesma faixa etária, sendo que destas 64.820 foram efetuadas para o
ensino médio.
Com relação apenas a Rolim de Moura, os dados do IBGE apresentam uma taxa de
escolarização de 97,9, no ano de 2010, quando se consideram as pessoas com idades de 6 a
14 anos, fazendo do município o décimo colocado no estado, ocupando a posição 2.237 das
5.570 cidades brasileiras.
De acordo com os dados oferecidos pelas escolas (ano) (no IBGE, o último dado é de
2015 é totaliza 12.446 matrículas), o município conta com um total de 15.576 alunos
matriculados na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, sendo que 70,0%
deles alunos está na rede estadual, 24,62% na rede municipal e 5,38% na rede privada. Com
relação apenas aos alunos do Ensino Médio, há uma média de 4.674 alunos, destacando-se
que, em um prazo aproximado de três a cinco anos, os alunos que hoje estão no Ensino
Fundamental (em torno de 10.340) estarão aptos a ingressar no ensino superior. (não
entendi)
O quadro geral de estudantes da cidade e região, num total de 14 municípios, que
8 Idem, ibidem, p. 131.
9 http://ideb.inep.gov.br/resultado/ Acesso em: 26 abr. 2018
10 Pnad Contínua, IBGE, 2016
11 (TODOS PELA EDUCAÇÃO, 2010)
12 (TODOS PELA EDUCAÇÃO, 2005)
13 IBGE, 2016)
cursaram ou estão cursando o ensino médio/supletivo, e que, dentro de curto prazo, poderão
ingressar no Ensino Superior, aponta para a demanda da oferta de vagas na Universidade.
Estes, acadêmicos em potencial para a educação superior, que até então eram obrigados a
deixar a região em busca de Instituições de Ensino Superior para cursar uma graduação,
atualmente podem ter acesso a um curso de graduação público presencial, inclusive com um
perfil próximo à base econômica e às demandas educacionais da região.
Assim, os contextos social, econômico e educacional aqui descritos de forma sucinta,
aliados às demandas do estado de Rondônia e, em particular, da Zona da Mata e sua
abrangência, justificam a relevância e necessidade social desta IES, a fim de obter níveis de
qualidade de ensino cada vez mais expressivos, cabendo destacar que o curso de Pedagogia
da UNIR de Rolim de Moura é o único curso gratuito no interior do Estado que se localiza
fora do eixo da BR.
Para finalizar este tópico, apresenta-se a Tabela 1, mostrando a população dos
municípios próximos de Rolim de Moura.
Tabela 1: Índice Populacional dos municípios próximos a Rolim de Moura
Município N° de Habitantes
Alta Floresta d’Oeste 24.392
Alto Alegre dos Parecis 12.816
Cacoal 78.574
Castanheiras 3.575
Espigão d’Oeste 28.729
Ministro Andreazza 10.352
Nova Brasilândia d’Oeste 19.874
Novo Horizonte do Oeste 10.240
Parecis 4.810
Pimenta Bueno 33.822
Santa Luzia d’Oeste 8.886
São Felipe d’Oeste 6.018
São Miguel do Guaporé 21.828
Total 263.916
Fonte: IBGE – 2017 (estimada)
2. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
2.1. OBJETIVOS DO CURSO
2.1.1. Geral
Promover a formação de professores para o exercício profissional na Educação
Infantil, nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, na gestão escolar e em ambientes não
escolares nos quais estejam previstos conhecimentos pedagógicos, considerando a ação
educativa como prática social de intervenção e transformação emancipatória da sociedade.
2.1.2. Específicos
Em âmbito específico, este curso visa ao desenvolvimento de uma formação teórica e
metodológica pautada pelas seguintes aspirações fundamentais:
✓ Compreensão da natureza das relações e inter-relações sociais, econômicas, políticas
e culturais na constituição da realidade da educação e, de forma especial, da
educação brasileira, sem perder de vista os elementos específicos da educação na
realidade local;
✓ Compreensão dos fundamentos das teorias do conhecimento que sustentam as
propostas metodológicas dos processos de ensino e de aprendizagem;
✓ Conhecimento crítico dos conteúdos específicos que integram as diferentes ciências
do currículo da Educação, tanto no tocante à Educação Infantil, quanto aos Anos
Iniciais do Ensino Fundamental;
✓ Desenvolvimento de postura investigativa que leve à problematização da realidade e
do seu entorno e à compreensão da prática profissional do pedagogo em sua
complexidade;
✓ Compreensão dos conhecimentos produzidos pela ciência, bem como dos
conhecimentos produzidos pelas populações amazônicas e outras comunidades a
partir da experiência;
✓ Estabelecimento de um diálogo entre a área pedagógica e as demais áreas de
conhecimento com a finalidade de favorecer o planejamento, a execução, a
coordenação, o acompanhamento e a avaliação de atividades, projetos e experiências
educativas próprias da atuação docente;
✓ Planejamento, desenvolvimento e avaliação da docência em diferentes contextos
educativos, escolares e não escolares;
✓ Compreensão da escola como uma organização complexa cuja função é promover a
educação para e na cidadania;
✓ Compreensão das inter-relações entre seres humanos, natureza e cultura,
possibilitando uma percepção diversificada e multifacetada das variadas relações
que constituem o mundo da vida;
✓ Compreensão de que o trabalho, a cultura, o movimento social e a experiência social
são matrizes que educam, e de que para educar é necessário respeitar os saberes e a
cultura dos sujeitos envolvidos;
✓ Investigação e compreensão da diversidade cultural característica do contexto
amazônico, considerando as questões étnicas, estéticas, sexuais, de gênero, das lutas
sociais, dentre outras, tomando-as como referência na construção de projetos e ações
que respeitem a diversidade cultural de nosso povo;
Promoção do diálogo intercultural entre conhecimentos, valores, modos de vida,
orientações filosóficas, políticas e religiosas próprias à cultura dos diferentes povos
amazônicos;
Indagação, reflexão e abertura às experiências que dizem respeito às maneiras de
avaliação do ensino e da aprendizagem;
Desenvolvimento de projetos de ensino, pesquisa e extensão que discutam e/ou
investiguem o universo de atuação do pedagogo, com ênfase para os estudos das
relações entre educação, natureza e sociedade na Amazônia Sul-Ocidental, pela
perspectiva da sustentabilidade e preservação dos patrimônios cultural e ambiental;
Fomento a práticas educativas centradas na perspectiva dos direitos humanos e que
enfoquem o respeito à diferença, à alteridade e à diversidade dos grupos sociais;
Utilização do exercício da escrita e da oralidade na atuação profissional do pedagogo
e na comunicação, como recurso para pensar sobre si mesmo, sobre sua própria
prática, sobre o mundo, bem como para refletir sobre a realidade alienada e alienante
na sociedade em que vivemos;
Desenvolvimento de conhecimento e qualificação acerca dos processos de gestão
escolar nos âmbitos administrativo e pedagógico, a partir dos princípios da gestão
democrática e participativa;
Utilização das tecnologias de informação e comunicação (TICs) relacionadas à
educação, numa perspectiva emancipatória.
2.2. CONCEPÇÃO DO CURSO
Os princípios sobre os quais a formação em Pedagogia se constitui pautam-se pela
concepção dialética de educação, destacando-se a união teoria e prática (indissociabilidade
entre ensino, pesquisa e extensão); a defesa da educação pública com atendimento
prioritário às classes populares; a democratização das relações entre docentes e discentes,
funcionários e comunidade; o trabalho como princípio educativo; e a cultura como matriz
pedagógica, como se delineia a seguir.
2.2.1. Concepção dialética de educação
A concepção em que se esteia o curso de Pedagogia do campus de Rolim de Moura
é o materialismo histórico e dialético na educação, tendo como eixo central a
implementação do debate acerca do ensino, pesquisa/investigação e extensão, considerando
a escola como elemento vinculado à produção social da humanidade.
A concepção dialética, enquanto concepção de mundo, abarca as dimensões que
sintetizam o vínculo entre a teoria e prática, o que significa compreender a unidade entre
educação, pensamento, natureza e sociedade. Seus fundamentos referenciais encontram-se
em Marx e Engels, com as muitas contribuições originadas das releituras de suas obras
feitas por autores que discutem especificamente a educação por essa perspectiva,
vinculando-a à diversidade e à produção de subjetividades.
A partir dessa concepção central assume-se como princípio básico de nosso projeto
que toda educação é política, visto que advém da compreensão do papel decisivo do
quefazer do homem enquanto construtor da história da sociedade e da natureza e suas
contradições. Nesse sentido, o ato pedagógico não pode ser descolado da dimensão política,
concorrendo para a desmitificação dos atos, fatos e fenômenos presentes na realidade, ou
seja, agindo no sentido de compreender o papel da ideologia na construção e apreensão do
conhecimento científico e dos saberes acumulados pela humanidade.
Os postulados aqui indicados orientam o planejamento, os estudos e as atividades
pertinentes à formação docente, a fim de capacitar os egressos do curso para analisar e
compreender as possibilidades e limites da prática pedagógica. Em tal perspectiva, os
profissionais do curso de Pedagogia precisam ter um domínio de pressupostos
epistemológicos, técnicos, éticos e estéticos que os instrumentalizem à leitura e releitura
histórico-social, de maneira a desenvolver criticidade, criatividade, autonomia, entre outros
valores, para intervir de maneira emancipatória na realidade em que vivem.
Na sociedade contemporânea, em que ainda subsistem a luta de classes, a dominação
de grupos empresariais, o latifúndio, entre outros grupos que controlam as riquezas e bens
da sociedade, também ocorre o controle das formas de vida e a produção de representações
sobre os sujeitos que ocupam determinado lugar. Porém, isso não se efetua de maneira
passiva, na medida em que os dominados também produzem reações contrárias à lógica
opressora, embora esse duplo sujeito traga muitas vezes consigo o ideário do opressor.
A influência da luta de classes na atualidade se faz sentir no mais profundo das ações
humanas e os interesses diferenciados das classes sociais fazem que a natureza e a sociedade
sejam modificadas de forma mais veloz ou mais lenta mediante tais ações. Assim, a
transformação da natureza, além da própria ação dos fenômenos naturais, sofre interferência
da ação do homem no sentido de preservá-la ou destruí-la conforme as ações transformadora
ou conservadora da sociedade vigente, em que prevalece o interesse da classe dominante em
função da concentração do capital.
A produção de ideias, de representações e da consciência está em primeiro lugar direta e intimamente ligada às atividades materiais e ao comércio material dos
homens; é a linguagem da vida real. As representações, o pensamento, o comércio
intelectual dos homens surge aqui como emanação direta do seu comportamento material. O mesmo acontece com a produção intelectual quando esta se apresenta
na linguagem das leis, política, moral, religião, metafísica, etc. de um povo. São os
homens que produzem as suas representações, as suas ideias, etc., mas os homens reais, atuantes e tais como foram condicionados por um determinado
desenvolvimento das suas forças produtivas e do modo de relações que lhe corresponde, incluindo até as formas mais amplas que estas possam tomar· A
consciência nunca pode ser mais da que o Ser consciente; e o Ser dos homens é o
seu processo da vida real. E se em toda a ideologia os homens e as suas relações nos surgem invertidos, tal como acontece numa câmera obscura, isto é apenas o
resultado do seu processo de vida histórico, do mesmo modo que a imagem
invertida dos objetos que se forma na retina é uma consequência do seu processo de vida diretamente físico.
14
A ênfase dada nas relações contraditórias entre dominantes e dominados, em sua
dinâmica incessante, contribui para a transformação do mundo e da sociedade, corroborando
a perspectiva emancipatória aqui defendida. Dessa maneira, assume-se o compromisso, na
prática pedagógica, de buscar a compreensão da relação entre homem e sociedade,
contemplando as orientações do materialismo histórico e dialético, o que requer envolver
todas as dimensões da vida do ser humano, o qual, por sua vez, é parte da natureza.
O movimento dialético da educação avalia a capacidade de aprendizagem do
educando enquanto indivíduo e sujeito coletivo no contexto da luta de classes. Ao
14
(MARX; ENGELS, 1989, p. 25-26).
considerar as interconexões entre a existência e o pensar-agir em torno dela, a concepção
dialética da educação aqui defendida contempla as dimensões da realidade atual com suas
problemáticas específicas, dentre elas os avanços tecnológicos, que proporcionam bem-estar
aos sujeitos, mas ao mesmo tempo produzem desafios e outros significados para as relações
de trabalho, cultura, educação e sociedade que reforçam os valores dominantes. Tais
avanços, ao serem disseminados, precisam também ser colocados a serviço da aprendizagem
e da transformação da sociedade em benefício daqueles que produzem a riqueza.
É preciso reconhecer também como orientação teórico-metodológica a capacidade
de encontrar respostas para os problemas enfrentados pelos que são alijados do processo
produtivo. A situação atual exige que os educadores estejam fundamentados em orientações
epistemológicas que os levem a ações contestadoras ao quadro dramático no qual a
sociedade capitalista está mergulhada, em que se produz de forma cada vez mais profunda a
barbárie social. Tal barbárie está sendo disseminada pelo aprofundamento da crise do
capital, que aumenta a exploração da natureza e do trabalho, produzindo com isso situações
de extrema pobreza e degeneração do meio ambiente e das pessoas.
O avanço da perda de valores por essa ética capitalista que promove o consumismo,
o individualismo e o agravamento das condições da vida humana pode produzir mudanças
irreversíveis. A escola é parte desse contexto, o que exigirá dela uma pedagogia que
questione, reinvente ou recrie os valores que estão sendo perdidos, como a solidariedade, a
criticidade e a autonomia. Tal pedagogia, segundo Gadotti15
, é a da práxis, o que significa
aprofundar os elementos da prática existencial expressa na cotidianidade social e construir
conhecimentos e saberes que fortaleçam a vida humana de maneira que a coletividade seja
reassumida.
2.2.2. União Teoria e Prática (Indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão)
A interconexão necessária entre ensino, pesquisa e extensão no ensino superior é
parte dos fundamentos epistemológicos da síntese integradora que tem base no materialismo
histórico e dialético, cujo princípio é a indissociabilidade entre teoria e prática. Desse modo,
entende-se que a prática pedagógica não pode ser descolada da realidade, pois “o
conhecimento da realidade histórica é um processo de apropriação teórica – isto é, de crítica,
interpretação e avaliação dos fatos – processo em que a atividade do homem, do cientista é
condição necessária ao conhecimento objetivo dos fatos”16
.
15
1995 16
(KOSIK, 1976, p. 45)
Tal processo nos possibilita compreender que os fatos da natureza e da sociedade se
constituem como as fontes de onde emergem os ângulos do saber – a ciência, que se
processa nas relações de trabalho estabelecidas para a produção econômica –, e o trabalho
para sustentar a vida. Além dos conhecimentos científicos, os saberes e práticas populares
são partes constitutivas desse processo de interligação que gera formas de compreensão da
realidade e que fazem parte desse tripé.
Ainda quanto ao elo entre as dimensões pedagógicas que interligam o ensino, a
pesquisa e a extensão, cabe ressaltar que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –
LDBN/1996 defende no Artigo 52 que “As universidades são instituições pluridisciplinares
de formação dos quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de
domínio e cultivo do saber humano [...]”. No seu inciso I, a LDB reforça que tal
interconexão se expressa na “produção intelectual institucionalizada mediante o estudo
sistemático dos temas e problemas mais relevantes, tanto do ponto de vista científico e
cultural, quanto regional e nacional”, o que significa dizer que a ciência é produzida no
vínculo indissociável entre teoria e prática. A LDB aponta para a necessidade de construção
da escola vinculada à produção social, entretanto, a partir da perspectiva aqui referida, tal
construção precisa ocorrer em decorrência das forças coexistentes que se projetam para uma
emancipação dos que não possuem os meios de produção.
Essa forma de compreender as relações que orientam a estrutura social e a do sistema
ao qual ela se integra, nela incluída a dimensão pedagógica, conduz ações que interferem
nas relações humanas nos diferentes aspectos da vida, inclusos os aparelhos ideológicos de
Estado.
Em relação ao trabalho de unidade entre pesquisa, ensino e extensão, subentende-se
que no campo da pesquisa o profissional precisa orientar-se pela ideia de que a prática
coletiva produz os conteúdos pedagógicos, e de que, para conhecê-los, necessariamente
pressupõe-se uma metodologia de busca científica que questione a própria produção de
conhecimentos elaborada pela humanidade. Entende-se que a pesquisa é também um modo
de se posicionar politicamente diante do quadro que a própria ciência produz e em função de
quem esta equaciona os problemas por ela enfrentados. Na perspectiva de descortinamento,
apropriação coletiva e criação, no entanto, a pesquisa representa uma maneira de produzir
conhecimento, tendo em vista a sistematização de saberes científicos e populares capazes de
consolidar a construção da nova escola – a escola científica que será fruto de uma outra
sociedade.
Em relação à extensão, para que se realize ela deve cumprir a dupla tarefa que é, por
um lado, levar as contribuições resultantes do universo acadêmico para contingentes sociais
mais amplos, democratizando o saber elaborado por meio da produção científica. E, por
outro, a instituição universitária precisa integrar-se às demandas sociais e de certa forma dar
resposta às questões e problemáticas que envolvem a vida da população, em especial dos
marginalizados pelo processo produtivo.
Já o ensino representa o estudo dos problemas sociais em geral, instrumentalizando
intelectual, técnica e operacionalmente a execução e projeção de mudanças, tendo em vista a
transformação deste modelo de vida, de homem e sociedade que se baseia na exploração da
humanidade e da natureza como um todo.
Assim, ainda que de maneira embrionária, a expectativa é a de que a formação
acadêmica dos profissionais do curso de Pedagogia não se realize em uma esfera isolada,
mas integrada no tripé ensino, pesquisa e extensão. Alicerçada, em consequência, aos
anseios e necessidades concretas de uma sociedade transitória que caminha no sentido da
equalização dos direitos, valores e condições contrários aos propostos pelo sistema
capitalista.
2.2.3. Defesa da Educação Pública
Concebe-se a realização da defesa da escola pública mediante uma formação que
propicie aos educadores a compreensão de que os movimentos sociais e a entidade civil
organizada configuram uma das dimensões integradoras de seu próprio processo formativo.
Ao entender tais pressupostos como parte da história da sociedade, decorrentes do processo
da luta de classes e seus desdobramentos, educadores e educandos são tomados como
sujeitos construtores da história de vida e de luta pela consolidação também da
universalização do ensino, cuja conquista depende das forças produzidas pelos trabalhadores
no enfrentamento ao poder hegemônico que tem determinado os destinos da escola pública
em função do interesse de preservação do capitalismo.
Assumimos como princípio que a educação deve ser pública e de qualidade, um bem
público, direito de todos e dever do Estado. Esse princípio pressupõe reconhecer que o
processo crescente de privatização do ensino, juntamente com todo o aparato que compõe o
projeto neoliberal e sua forte relação com o capital, tendo o Ministério da Educação e
Cultura (MEC) como gestor, conduz ao esfacelamento da educação, a fim de manter o status
quo, e à política de que só se pode ter boa escola quem a paga, conforme estudos de
Haddad; Tomasi, Ward e Haddad; Suchodolski; Coraggio; Gentilli; Frigotto; entre outros17
.
Assumir a perspectiva da defesa de uma educação pública significa refutar o projeto
neoliberal dos países imperialistas para o mundo – em que a educação presta um serviço
relevante para sua consolidação – que se manifesta na esfera política e econômica do País.
Esse projeto se consolida nas políticas educacionais desenvolvendo a passos largos a
mercantilização e a privatização do ensino público.
Gentilli18
destaca as intenções desse projeto de sustentação do capitalismo afirmando
que:
[...] o neoliberalismo só consegue impor suas políticas antidemocráticas na medida em que consegue desintegrar culturalmente a possibilidade mesma de
existência do direito à educação (como direito social) e de um aparato
institucional que tenda a garantir a concretização de tal direito: a escola pública. [...] O neoliberalismo, para triunfar – e em muitos casos o está fazendo – deve
quebrar a lógica do senso comum mediante a qual se “leem” estes princípios.
Deve, em suma, criar um novo marco simbólico-cultural que exclua ou redefina tais princípios reduzindo-os a sua mera formulação discursiva, vazia de qualquer
referência de justiça e igualdade.
Compreendemos que a educação não é mercadoria, mas um bem cultural produzido
pela humanidade, um bem público que deve ser direito social de todos. Defender
intransigentemente a educação pública é um princípio que deve ser garantido por meio do
acesso a todos os níveis escolares, incluindo o superior, aos conhecimentos sobre educação
historicamente acumulados pela humanidade, como base para a compreensão dos
mecanismos de dominação existentes na sociedade e a consequente elaboração de propostas
críticas e inovadoras para fundamentar a escolarização das crianças, povos do campo,
indígenas, quilombolas e jovens e adultos em processo de formação nas escolas públicas.
Nessa direção é crucial que o curso de Pedagogia do campus Rolim de Moura se
aproxime de organizações, movimentos sociais e instituições da sociedade civil, bem como
dos espaços em que ocorrem processos educativos escolares e não escolares, a fim de fazer
parte das lutas e anseios das classes populares, sendo uma delas a universalização da
educação pública de qualidade em todos os níveis. Um dos princípios a ser compreendido e
vivenciado é o do respeito ao coletivo, objetivando garantir o direito à palavra, numa
sistemática dialógica, na crença de que:
Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-
reflexão. [...]. Mas, se dizer a palavra verdadeira, que é trabalho, que é práxis, é
17
Haddad (1998), Tomasi, Ward e Haddad (2000), Suchodolski (1999), Coraggio (1994), Gentilli (1995),
Frigotto (1995), 18
(1995, p. 230)
transformar o mundo, dizer a palavra não é privilégio de alguns homens, mas
direito de todos os homens. Precisamente por isto, ninguém pode dizer a palavra
verdadeira sozinho, ou dizê-la para os outros, num ato de prescrição, com o qual
rouba a palavra aos demais.19
O respeito pelo pensamento do outro e a empatia com sua vivência tornam-se
elementares para a defesa da educação pública, entendida como direito e luta de todos e não
somente algo defensável por professores, diretores e “representantes” do povo. Os dizeres
de Freire só acontecem no processo de aprendizagem em que os envolvidos são encorajados
a expressar-se e comprometer-se com essa defesa de escola pública de qualidade para todos,
ou seja, para usar os termos de Caldart20
, deve-se fazer a pedagogia da luta social.
2.2.4. Democratização das Relações entre Docentes e Discentes, Funcionários e
Comunidade
Assumimos também como princípio de nosso projeto que a democratização da
escola é condição necessária à qualidade do processo educativo. Essa democratização
poderá ser construída por meio da formação inicial e continuada no interior da universidade,
envolvendo professores, acadêmicos e funcionários para possibilitar a compreensão dos
papéis sociais desenvolvidos na instituição, bem como sua relação com a condição social
dos indivíduos enquanto identidade de classe, dentre outros aspectos, como gênero,
diversidade, etnias e outros que porventura possam existir nesse contexto.
As relações humanas numa sociedade dividida em classes são movidas pela ética da
classe dominante, em que prevalece a competição entre as pessoas, cujo fim diz respeito à
qualidade do trabalho exigido pelo projeto de conservação da sociedade capitalista, no qual
as amizades, cordialidade e solidariedade sinceras são fragilizadas no cotidiano do trabalho
e nas diversas relações interpessoais.
A qualidade das relações numa sociedade dividida em classes antagônicas é
determinada pelos interesses dominantes, que se traduzem no interesse de jogar trabalhador
contra trabalhador. Democratizar as relações requer compreender e assumir as orientações
pedagógicas que considerem a existência da luta e fortaleçam a prevalência dos interesses
de funcionários, comunidades, educandos e educadores em contraposição aos projetos
capitalistas, dificultando a unidade em termos de implementação de um projeto pedagógico
coerente nos interesses da coletividade.
As mínimas possibilidades de democratização das relações no momento atual
19
(FREIRE, 2005, p. 90-91). 20
(2001)
consistem no respeito à vontade coletiva expressa por meio de exposição de propostas em
assembleias, fóruns, dentre outros meios de deliberação. O exercício de tomada deliberativa
de decisões envolve o diálogo franco num vaivém reflexivo em que o exercício da escuta é
fundamental para a compreensão e entendimento do outro, o que exige o acreditar na
humanidade, pois: “Se o diálogo é o encontro [do humano] para ser mais, não pode fazer-se
na desesperança. Se os sujeitos do diálogo nada esperam do seu quefazer, já não pode haver
diálogo. O seu encontro é vazio e estéril. É burocrático e fastidioso”21
.
A criticidade precisa está presente nas relações democráticas, tendo em vista que o
pensar-agir crítico produz o movimento de mudanças interpessoais e, principalmente, entre
os membros da mesma classe ou condição. Tal condicionante permite o indivíduo se
autorrever enquanto sujeito parte de um outro, na construção de um projeto coletivo e
coerente com a democracia verdadeira e não somente representativa, que tem demonstrado
ser mais uma forma de dominação do que emancipatória.
A autonomia pessoal e coletiva na instituição e no curso de Pedagogia do campus de
Rolim de Moura e a crença no potencial das pessoas que vivenciam esse projeto fortalecem
o ideal que o sustenta, na medida em que valorizam o direito de liberdade e envolvimento
efetivo na construção de uma sociedade democrática participativa.
2.2.5. O Trabalho como Princípio Educativo
Na concepção marxista os seres humanos passaram a se diferenciar dos animais
quando começaram a buscar na natureza a satisfação para suas necessidades, construindo
para isso instrumentos de intervenção nessa mesma natureza. No processo, produziram
mudanças no modo de se relacionar com o ambiente e entre si, o que resultou na produção
de sua cultura. Vale dizer então que essa produção não se realiza de modo unilateral, pois,
ao mesmo tempo que produz, são também os homens produzidos.
Assim, o social não se encontra na natureza, mas na ação humana. Ao se
transformar em instrumento, o objeto da natureza se transforma em objeto social, daí a
criação de uma relação de interdependência entre o ser humano e a natureza, já que ele
transforma a natureza e esta, por sua vez, o transforma.
A esse processo dá-se o nome de apropriação. Ao transferir sua atividade para o
objeto, o ser humano possibilita a acumulação dessa experiência, ou seja, a atividade
humana externa ao sujeito se materializa nos objetos. O trabalho e a experiência acumulada
21
(FREIRE, 2005, p.95)
são aperfeiçoados historicamente, um processo que recebe o nome de objetivação. O
trabalho, a linguagem, os usos e costumes (elementos culturais) resultam da objetivação.
Desse modo, a apropriação e a objetivação caracterizam o trabalho.
No processo de apropriação, também a cultura passa por transformação e
conservação de elementos. O ser humano se apropria do processo de conhecimento material
e da subjetividade (o que é relativo ao sujeito). Ninguém nasce com as forças essenciais
humanas, nós as adquirimos em razão das apropriações22
.
O processo de apropriação é um processo educativo na relação entre o indivíduo e a
cultura material. O indivíduo se apropria pela mediação, que é sempre um processo
educativo (formal ou informal). Seres humanos ensinam e educam outros seres humanos. A
apropriação modifica os indivíduos, forma novas capacidades e necessidades, constituindo
um sistema aberto em que, de cada necessidade, nascem outras, em um movimento pelo
qual novas capacidades vão sendo construídas e reconstruídas.
Marx & Engels23
, ao enfatizarem a inter-relação entre a história do homem (a
sociedade) e a história da natureza, compreenderam também que o conhecimento científico
se produz como forma de trabalho, isto é, não se desenvolve por meio de puras abstrações
sistematizadas em compêndios, mas emerge da produção material do homem transformando
a natureza e a sociedade.
Para Marx, a vida material condiciona o ser social e suas ideias, na medida em que é
por meio do trabalho que o ser humano se autoproduz:
O modo de produção da vida material condiciona o desenvolvimento da vida
social, política e intelectual em geral. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser; é o seu ser social que, inversamente, determina a sua
consciência. [...]. Assim, como não se julga um indivíduo pela ideia que ele tem
de si próprio, não se poderá julgar uma tal época de transformação pela consciência de si; é preciso, pelo contrário, explicar esta consciência pelas
contradições da vida material, pelo conflito que existe entre as forças produtivas sociais e as relações de produção. [...]
24.
A profunda crise do capitalismo tem imposto cada vez mais a separação entre o fazer e
o pensar. Contudo, para o progresso da ciência, é imprescindível que a escola e o trabalho
estejam juntos como garantia de possibilitar a aquisição do saber científico, que pressupõe a
união entre o pensar e o fazer. Logo, a produção social é o lócus em que acontecem as
relações entre os homens e destes com a natureza, organizando meios para o seu sustento,
sendo a escola um lugar privilegiado para que isso se torne realidade.
22
(DUARTE, 1993) 23
1989 24
( MARX, 1983, p.23)
Os eixos integradores das interconexões dos saberes dizem respeito aos conceitos
estruturantes da teoria do materialismo histórico e dialético, sendo destacados, de acordo
com Harnecker25
, os seguintes: modos de produção, luta de classes, contradição,
instrumentos de trabalho, exploração, relações sociais de produção, forças produtivas,
estrutura econômica da sociedade, infraestrutura e superestrutura, estrutura ideológica,
modo de produção, formação social, conjuntura política, estrutura jurídica e política, e mais-
valia, que se constituem na espinha dorsal da teoria marxista da história da natureza e do
homem, bases concretas para orientar os campos do saber no tripé ensino, pesquisa e
extensão.
Para a formação pedagógica que almejamos, considerar o trabalho como princípio
educativo implica partir da prática real de pedagogos, analisando-a e problematizando-a no
contexto das relações sociais de produção, vislumbrando espaços de atuação crítica e
transformadora, considerando os conceitos inerentes ao materialismo histórico e dialético.
Em consequência, as disciplinas e atividades que integram o currículo do curso de
Pedagogia do campus de Rolim de Moura sintetizam conhecimentos das diversas áreas do
saber, no sentido de possibilitar o vínculo entre teoria e prática docente. O vínculo da escola
com o trabalho poderá ser capaz de produzir conhecimentos para possibilitar aos
acadêmicos compreender a relação entre teoria e prática social como sendo algo a ser
conquistado juntamente com movimentos, instituições e organizações sociais que estão
empenhados na mudança radical da sociedade.
2.2.6. A Cultura como Matriz Pedagógica
A cultura é elemento fundamental na compreensão da sociedade, tendo em vista a
relação homem/natureza para a produção de sua existência, ou seja, o trabalho humano
modificando a natureza e sendo modificado por ela. A cultura resulta, assim, do trabalho e
da ação coletivizada dos homens, sendo entendida como a máxima elaboração humana num
modelo social com base numa sociedade de classes que valoriza o pensar em detrimento do
fazer.
Sob uma ótica da complexificação da sociedade nos últimos tempos e do advento da
expansão da perspectiva democrática, a cultura passa a ser instrumento de reflexão e
apropriação dos trabalhadores para a superação de sua condição de expropriados pelo
sistema dominante. Desse modo, deixa de ser algo intangível para se tornar meio de
25
1983
emancipação, o que, por sua vez, envolve conceber que saber é sinônimo de poder26
.
Na esteira dessa abertura cultural, bem como na perspectiva do direito ao acesso aos
bens culturais, econômicos e sociais atrelados à educação, a escola passa a ter que assumir e
acolher todos os que a ela chegam, seja pelo processo de conscientização, seja pela força da
legislação, que atualiza o projeto de “educação para todos”. Esse processo está, de imediato,
relacionado ao próprio sistema implantado, pois, para esse “todos”, são oferecidos alguns
tipos de conhecimento e níveis de escolaridade, atribuindo aos indivíduos a culpabilidade
por não conseguir alcançar a meritocracia, tão característica do sistema vigente.
Logo, a escola é forçosamente obrigada a lidar com as formas diferenciadas de
saberes, tornando-se, nesse contexto, um ambiente diverso e plural. Não há como negar a
diversidade em seu interior, sendo fundamental encontrar meios pedagógicos para lidar com
ela. Em consequência, a ideia de cultura enquanto máxima elaboração humana necessita
ampliar-se a fim de atender às prerrogativas advindas dessa nova realidade cotidiana da
escola, a fim de interconectar os conhecimentos científicos ou clássicos aos saberes das
diferentes identidades presentes na sala de aula, originando o conceito de diversidade
cultural, que é a necessidade do reconhecimento das diferentes culturas e seus modos de ser-
estar na realidade humana.
Os documentos que orientam a formação de professores no Brasil têm apresentado a
necessidade de discutir o tema da diversidade cultural. Embora se tenha estabelecido a
questão da pluralidade cultural como uma das questões específicas a ser debatidas durante a
formação, um exame sobre as diretrizes para o ensino superior revela a devida preocupação
com a formação de profissionais que utilizem conhecimentos de teorias pedagógicas para
melhor organizar e analisar sua prática a partir de uma perspectiva que considere a
diversidade de classe e outras que estão presentes no contexto escolar, em sua dimensões
histórica, econômica e sociopolítica.
Sob o olhar da diversidade, os aspectos da etnia, gênero, identidade e subjetividade
passam a fazer parte da composição formativa a que se pretende o curso de Pedagogia do
campus de Rolim de Moura.
A cultura tem grande importância nas formas de organização social, sendo um dos
aspectos fundamentais para uma análise crítico-organizativa da sociedade. O compromisso
de inserir a diversidade cultural na proposta curricular se ancora na necessidade de
questionar o modelo capitalista homogeneizante e homogeneizador da sociedade em geral,
que em última instância explora tudo e todos que podem servir para aglutinar seus
26
Foucault, 2007.
interesses. Em específico, em território amazônico cada vez mais o capital busca explorar os
bens da natureza e toda a sua diversidade existente enquanto fauna e flora. Assim, o que se
questiona são as representações identitárias construídas ao longo dos anos pelo saber
colonizador eurocentrado, relacionado a etnias, gênero, raça, sexualidade, religião e classe
social.
Ressalta-se que no estado de Rondônia – e Rolim de Moura não foge à regra – há
um contingente de aproximadamente 60% de evangélicos, cuja narrativa reforça os
elementos da prosperidade, família e papéis sociais como forma de manutenção da ordem
social em vigor. Isso está presente no curso de Pedagogia, e não discuti-lo, com todos os
elementos que compõem a diversidade, é negar o seu potencial para fortalecer a luta de
classe.
Nessa diretiva, autores como Moreira27
argumentam que a diversidade cultural deve
estar presente no currículo desenvolvido nas universidades públicas do país. Segundo
Moreira e Canen28
, a formação de professores, especificamente, precisa rever suas
condições de funcionamento com urgência no que toca à presença da diversidade no
currículo. Portanto, considera-se que uma proposta de formação crítico-organizativa deve ter
como objetivo promover o reconhecimento do potencial pedagógico da diversidade e
preparar os acadêmicos para o trabalho organizacional e propositivo com ela no contexto
escolar e social.
Isso implica, de acordo com esses autores, desenvolver uma prática que possibilite
reduzir preconceitos existentes e estimular atitudes problematizadoras em relação às
diferenças. Além disso, o respeito à diversidade deve considerar a capacidade para assumir
outras perspectivas em relação às práticas escolares. A partir dessa análise e da necessidade
de formação mais sistemática para a questão da diversidade cultural, pretende-se
desenvolver uma formação na qual tenhamos as seguintes preocupações:
Que professores estamos formando, por meio do currículo atual? Professores sintonizados com os padrões dominantes ou professores abertos tanto à
pluralidade cultural da sociedade mais ampla como à pluralidade de identidades
presente no contexto específico em que se desenvolve a prática pedagógica? Professores comprometidos com o arranjo social existente ou professores
questionadores e críticos?29
Esses questionamentos creditam ao curso de Pedagogia possibilitar aos futuros
27
2001 28
2001 29
(MOREIRA, 2001, p. 43).
pedagogos desenvolver a capacidade de observar e de refletir sobre a diversidade presente
na sua realidade mais próxima, formando professores que saibam utilizar os saberes, as
experiências dos discentes e de suas famílias para orientar as práticas, e que ao mesmo
tempo busquem os conteúdos da realidade da comunidade a que pertencem os seus
educandos. Logo, a formação deve contribuir com os professores a fim de que estes
desenvolvam outras identidades, posturas, bem como “novos saberes, novos objetivos,
novos conteúdos, novas estratégias e novas formas de avaliação”30
.
Para tanto, os pedagogos são desafiados a refletir sobre e a investigar as questões
relacionadas com a vida e a cultura dos grupos mais próximos do contexto local a que
pertencem, oferecendo elementos com os quais as diversas culturas em sala de aula possam
se identificar; ou seja, abordar a diversidade cultural e dotar o pedagogo de uma
compreensão que lhe permita conhecer, respeitar e valorizar diferentes crenças,
conhecimentos, destrezas e valores presentes nas histórias de vida dos educandos.
Uma das preocupações fundamentais do curso nesse sentido deve ser a de enfatizar
as reflexões de cunho político, filosófico e sociológico, tendo como pano de fundo a
diversidade, as culturas, identidades e subjetividade. Por outro lado, tais preocupações
devem tornar-se objeto de estudo durante todo o processo formativo nas disciplinas e
atividades inerentes ao curso e à vida profissional e social. Isso é necessário para que, ao
utilizarmos um discurso a favor da diversidade, não corramos o risco de desenvolver uma
prática pautada em formas padronizadas de conhecimentos que releguem as diferenças a um
único patamar. Dessa forma, considera-se que:
A atividade docente, no atual momento, precisa também se caracterizar como
crítica cultural, como crítica do existente, como questionamento do que se nos
apresenta como natural, como inevitável. Essa abordagem implica afrontar o caráter monocultural do currículo escolar e seu viés eurocêntrico. Implica, ainda,
colocar em cheque a hegemonia da cultura ocidental no currículo, do qual se encontram ausentes outras vozes, particularmente as que se referem às culturas
originárias do continente americano, à cultura negra e de outros grupos
marginalizados. Sem que pretendamos a adição de novos conteúdos ou novas disciplinas, estamos argumentando a favor de outra postura, outra atitude, com
base na qual se incorporem ao currículo contribuições de diferentes grupos
sociais, questionem-se os estereótipos sociais usualmente difundidos na sociedade e explicitem-se as relações de poder que contribuem para a construção do outro,
da diferença.31
Além dos conteúdos a ser trabalhados, considera-se primordial definir estratégias
adequadas que privilegiem o debate sobre a diversidade cultural no decorrer da formação.
30
(MOREIRA; CANDAU, 2003, p, 157). 31
(MOREIRA; MACEDO, 2001, p. 133).
Essas estratégias devem ser estudadas, promovendo táticas e estratégias emancipatórias pelo
corpo docente do curso, de modo a garantir que a temática esteja presente em todos os
momentos, articulando-se com a teoria e a prática pedagógica.
No que se refere a tais estratégias, encontram-se nos estudos sobre o assunto
algumas sugestões, entre as quais selecionamos, no currículo acadêmico, a procura de
articulação da pluralidade cultural mais ampla da sociedade à pluralidade de identidades
presente no contexto concreto da sala de aula em que se desenvolve o processo de
aprendizagem. A partir dessa preocupação torna-se fundamental que durante a formação
sejam criadas estratégias que levem a pesquisar os universos culturais dos estudantes a fim
de conhecê-los e de que sejam ressignificados por estes sujeitos, ou seja, que se possa
construir um pensamento autônomo considerando o diferente e diverso.
Outra sugestão é a de promover situações em que os discentes possam examinar a
sua própria inserção cultural na sociedade. Assim, todo o currículo deve ser organizado com
base em categorias como “cultura, poder, história, linguagem, diferença, discriminação,
identidades, narrativas e assim por diante”32
. Esse deve ser então um princípio pedagógico
assumido por todos os responsáveis pela formação.
Enfim, a função do curso de Pedagogia do campus de Rolim de Moura é a formação
de educadores capazes de entender que seu fazer profissional é um processo permanente e
que deve ser pautado no conceito de práxis, com a união indissolúvel entre a teoria e prática.
A formação do educador deve abranger, além de uma gama de conhecimentos, uma postura
que lhe permita transcender o fenômeno escolar. Essa postura deve ser crítico-organizativa
contra as relações de produção capitalista e todas as formas de controle ideológico imposto
pelas classes dominantes de nosso país.
Dessa maneira, o corpo docente do curso de Pedagogia do campus de Rolim de
Moura, preocupando-se com a formação de profissionais comprometidos com um novo
projeto de sociedade, proporcionará a esses futuros professores condições para a análise da
realidade educacional, compreensão dos condicionantes ideológicos e uma percepção das
reais vinculações da escola com a sociedade como um todo, de maneira criativa, autêntica,
coerente com a cultura popular, a luta de classe, o trabalho coletivo, e os princípios de
equalização dentro e fora do espaço escolar. Por fim, apoia-se em Santos para reafirmar que
“tem-se o direito de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza e iguais quando a
diferença nos inferioriza”33
.
32
(MOREIRA e CANEM, 2001, p.32) 33
2001
2.3. JUSTIFICATIVA
É de responsabilidade da instituição escolar a socialização do conhecimento,
transformando-o em saber escolar e democratizando-o, além de assumir compromissos
com um projeto social, político e ético que contribua para a consolidação de uma
sociedade equitativa, “democrática”, justa, inclusiva e que promova a emancipação dos
indivíduos e grupos sociais, agindo na perspectiva do processo de transformação das
relações histórico-sociais.
Como parte do processo promotor de transformação das relações históricas e
sociais, tem-se no trabalho pedagógico o princípio educativo e constitutivo da formação
que contempla a amplitude de processos de aprendizagem, tendo por base a totalidade das
atividades pedagógicas na construção dos conhecimentos científicos e saberes populares.
Essa perspectiva é semelhante à concepção de escola do Conselho Nacional de
Educação, que a define como:
[...] instituição que desenvolve uma prática educativa planejada e sistemática
durante um período contínuo e extenso de tempo na vida das pessoas [...]
reconhecida pela sociedade como a instituição da aprendizagem e do contato com
o que a humanidade pôde produzir como conhecimento, tecnologia, cultura.
(CNE/CP nº 009/2001, p. 9-10).
As condições da produção material configuradas nas atuais bases técnico-produtivas
no âmbito da globalização e o capitalismo neoliberal estabelecem novas e complexas
exigências para a escola. Nesse sentido, a qualificação que se pretende para o pedagogo
deve possibilitar-lhe o acesso aos fundamentos da ciência, da técnica e da cultura, bem
como capacitá-lo para a reorganização do trabalho pedagógico escolar e não escolar, por
meio da releitura e intervenção nos processos instituídos e instituintes da sociedade em
geral.
Em tal contexto, a proposta de reformulação curricular concebe o pedagogo, pois,
enquanto profissional da educação que conhece e reconhece o espaço escolar em sua
totalidade, como articulador e organizador do processo político-pedagógico escolar, no bojo
de uma sociedade perpassada por novos paradigmas políticos, econômicos, sociais e
culturais.
Ao se eleger o trabalho como princípio educativo pretende-se superar a fragmentação
do saber pedagógico na formação do pedagogo, na medida em que não se parte de uma
divisão prévia do espaço escolar, tal como apregoa a teoria taylorista, keynesiana, entre
outras daí derivadas, que dividem o conhecimento pedagógico escolar nos moldes do
processo de organização fabril. Ao contrário, compreende-se que a prática educativa é uma
totalidade contraditória e histórica, inter-relacionada e interdependente.
Desse modo, esta proposta de reformulação do curso de Pedagogia não vê a
formação do pedagogo circunscrita apenas às necessidades provisórias do mercado de
trabalho. A preocupação determinante é construir um referencial teórico-prático
cientificamente consistente que possibilite a esse profissional adquirir o instrumental
necessário à sua atuação competente e comprometida com a escola e a transformação da
sociedade brasileira, tendo em vista que a vida é muito mais do que a dinâmica do mercado,
o qual coisifica o ser humano, tornando-o objeto ao invés de sujeito social.
Por esse motivo, a perspectiva utilizada nesta proposta de reformulação procura
abarcar as categorias básicas do trabalho pedagógico, apreendidas em sua dinâmica teórico-
prática, preponderantemente na integração entre ensino, pesquisa e extensão.
Busca-se assim contribuir para a produção da vida material por meio do
desenvolvimento curricular contextualizado e circunstanciado, concomitantemente com
atividades de pesquisa e iniciação científica; práticas em Laboratório de Ensino;
brinquedoteca; iniciação à docência; e o incentivo a atividades de caráter educativo,
científico, cultural e artístico, como por exemplo o projeto de extensão “Amigos da Gente
em Rodas de História”, entre outras ações que integralizam a formação de pedagogo do
campus de Rolim de Moura.
Ademais, o Projeto Pedagógico para o Curso de Pedagogia como se apresenta
reformulado atende às exigências da Resolução CNE/CP nº 02, de 1º de julho de 2015, que
define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos
de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda
licenciatura) e para a formação continuada, bem como outras legislações pertinentes.
Para além das dimensões citadas, outro aspecto a ser considerado é que nos últimos
anos, na Região da Zona da Mata Rondoniense e municípios, têm ocorrido mudanças
históricas, econômicas, sociais, culturais e políticas que necessitam ser inseridas no contexto
do curso. Dentre elas destaca-se o aumento populacional, principalmente das áreas urbanas
desses municípios. Parte disso origina-se da concentração da terra, em que os pequenos
sitiantes estão vendendo seus lotes e migrando para as cidades ou outras áreas de fronteira
agrícola dentro do Estado, como já mencionado neste documento.
Ressalta-se também que nos últimos anos a energia elétrica tem se expandido para
lugares distantes dos centros urbanos, permitindo ao povo do campo o acesso a bens de
consumo como geladeira, televisão e internet, entre outros, sendo este último um dos que
tem trazido maior impacto na mudança de comportamento dos que demandam pelo curso de
Pedagogia. Esse contato maior com o mundo pelas redes sociais e notícias tem
proporcionado o acesso mais rápido à informação, alterando o modo de relação com os
conteúdos sociais, econômicos, políticos e culturais. Assim, o desafio de lidar com essa
nova realidade é uma das questões a ser enfrentada pelo curso de Pedagogia nesse contexto
atual.
A diversidade que caracteriza a demanda do curso de Pedagogia, como a presença de
maioria evangélica, mulheres, trabalhadores do campo, indústrias e do comércio, grupos
defensores da família nuclear, patriarcal e cristã, portadores de necessidades especiais e
pessoas com transtornos psiquiátricos como bipolaridade, esquizofrenia, entre outros, tem
desafiado a atualização do curso.
O consumismo capitalista e o imobilismo social da juventude de maneira geral têm
tido reflexos na formação dos profissionais do curso de Pedagogia, na medida em que os
propósitos teóricos de caráter emancipatório exigem ações e criticidade em relação ao seu
posicionamento sociopolítico e cultural.
Por fim, a atualização se justifica pela necessidade de atender a esse contexto de
mudanças e formar um novo profissional que atue diante dos desafios atuais e tenha
consciência crítico-organizativa para a construção emancipatória dos trabalhadores, num
debate constante para a mudança social igualitária, que respeite a diversidade e acentue a
solidariedade e valores éticos voltados à coletividade.
2.4. LEGISLAÇÃO
Este Projeto Pedagógico de Curso fundamenta-se nos parâmetros legais que orientam a
promoção da Educação Básica e a formação de professores no Brasil, destacando-se:
1. Lei nº 9394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
2. Lei nº10.639/03, que altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada
pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade
da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”;
3. Lei 9795, de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a educação ambiental, institui a
Política Nacional de Educação Ambiental;
4. Decreto nº 4281 de 25 de junho de 2002, que regulamenta a Lei no 9.795, de 27 de
abril de 1999 sobre Políticas de Educação Ambiental;
5. Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais;
6. Decreto nº5626/2005, que regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, a qual
dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais;
7. Lei nº 11.645/08, que altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a qual
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da
Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”;
8. Lei nº 13.146/15, que Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência
(Estatuto da Pessoa com Deficiência);
9. Decreto nº 6.775/2009, que institui, dentre outras providências, a Política Nacional de
Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica;
10. Resolução CNE/CP nº01/2004, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana;
11. Parecer CNE/CP nº03/2004, que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana;
12. Resolução CNE/CP nº 01/2012, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação em Direitos Humanos;
13. Resolução CNE/CP nº 02/2012, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Ambiental;
14. Resolução CNE/CEB nº 04/2010, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais
Gerais para a Educação Básica;
15. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação –
PNE.
16. Resolução CNE/CP nº 02, de 1º de julho de 2015, que define as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura,
cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a
formação continuada;
17. Resolução nº 278/CONSEA, de 04 de junho de 2012.
2.5. PERFIL DO EGRESSO
Este curso, seguindo as orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais para a
formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica
para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada, busca a
formação de um profissional da área de Educação que atenda às demandas do século XXI e
da Região Norte do nosso país. Isto é, busca formar um profissional com formação para
atuar na docência na Educação Infantil, nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, na
coordenação de processos educativos em situação escolar e não escolar e na produção e
difusão de conhecimentos no campo educacional, contemplando a formação para atuar com
a educação de jovens e adultos, com a educação do campo, com a inclusão de pessoas com
necessidades educativas especiais e com as populações tradicionais da Amazônia.
A matriz curricular do Curso de Licenciatura em Pedagogia proporciona vivências
educativas aos licenciandos que deverão resultar em uma formação que os permita se
expressar como seres reflexivos que têm no pensamento crítico a inspiração para as suas
formas de conduta e ação. Trata-se de um curso que possui um currículo que oferece
vivências educativas em outros espaços constituintes da sociedade contemporânea, para
além do espaço escolar. Assim, o egresso do Curso de Licenciatura em Pedagogia do
campus de Rolim de Moura da Unir deverá possuir o seguinte perfil:
Compreender que a Licenciatura em Pedagogia trata do campo teórico-investigativo
da educação, do processo de ensino e de aprendizagens e do trabalho pedagógico que
se realiza na práxis social;
Compreender a docência como atividade pedagógica inerente aos processos de
ensino e de aprendizagens, além daquela própria da gestão dos processos educativos
em ambientes escolares e não escolares, como também na produção e disseminação
de conhecimentos da área da Educação;
Compreender que os processos de ensinar e de aprender acontecem de forma
dialógica, isto é, tanto educadores como educandos ensinam e aprendem, uns com os
outros;
Desejar atuar enquanto docente na Educação Infantil e/ou nos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental;
Produzir e difundir o conhecimento científico e tecnológico do campo educacional;
Gerir processos educativos e formativos para garantir a educação dos sujeitos na
Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental;
Elaborar projetos pedagógicos e organizar o trabalho pedagógico em espaços
escolares e não escolares;
Articular a gestão democrática e participativa na organização do trabalho escolar, no
planejamento, na execução e avaliação de propostas pedagógicas na escola, nos
sistemas educacionais e em ambientes não escolares;
Compreender a realidade histórica, econômica, política e social, tendo condições de
atuar como sujeito de transformação, em defesa de uma educação de qualidade,
como direito humano;
Interagir com o meio local e regional e sobre ele atuar numa perspectiva projetiva e
de pesquisa que contribua para o desenvolvimento humano, socioeconômico e
cultural da população amazônica, especialmente defendendo as maiorias
marginalizadas, com sensibilidade e compromisso com a defesa do meio ambiente e
da biodiversidade.
Atuar com ética e compromisso com vistas à construção de uma sociedade justa,
equânime e igualitária.
2.6. PERFIL DO CURSO
2.6.1. Contextualização e funcionamento do curso
a. Nome do curso
Licenciatura em Pedagogia.
b. Endereço de funcionamento
Universidade Federal de Rondônia – Campus de Rolim de Moura, localizado na Av. Norte
Sul, nº 7300, Bairro Nova Morada, município de Rolim de Moura - RO, CEP 76940-000, e-
mail: [email protected] e telefone: (69) 3449-3828.
c. Ato de criação para autorização e reconhecimento ou Ato autorizativo anterior para
renovação de reconhecimento
O curso de Pedagogia foi autorizado pela Resolução nº 009/1989 do CONSEPE e reconhecido
pela Portaria nº 794, de 14 de dezembro de 2016, publicada no DOU nº 240 de 15 de
dezembro de 2016, seção 1, páginas 43-45.
d. Número de vagas pretendidas
O curso oferece 40 vagas com entrada no segundo semestre acadêmico.
e) Conceito Preliminar de Curso – CPC
3.
f) Turnos de funcionamento
Períodos vespertino e noturno.
g) Carga horária total do curso
3.800 horas.
h) Tempos mínimo e máximo de integralização
Mínimo de oito e máximo de doze semestres. O curso está estruturado para ser integralizado
em quatro anos (oito semestres). Flexibiliza-se ao acadêmico a possibilidade, dentro das
suas condições, de concluir nesse tempo mínimo de quatro anos e/ou no tempo máximo de
seis anos. Cabe ressaltar ainda que, no caso de não se formar nesses prazos, ter que,
obrigatoriamente, adequar-se às alterações que porventura ocorram na matriz curricular do
curso.
i) Histórico do curso; portaria de criação (ou ato de convalidação)
O Curso de Pedagogia implantado em 1989 de acordo com Resolução Nº
009/1989/CONSEPE teve como habilitação Supervisão Escolar de 1° e 2° graus, formando
sua primeira turma em 1993. Seu primeiro reconhecimento foi dado pela portaria Nº
1784/1993. Em 1999 a autorização de funcionamento foi deliberada pela resolução Nº 281
de 18/04/1999. Ao longo dos anos houve mais duas renovações de reconhecimento, a saber:
em 2012, pela Portaria 286, de 21/12/2012, e em 2016, pela Portaria 794, de 14/12/2016.
Atualmente o curso possui quatro turmas, sendo duas no horário vespertino e as outras duas
no período noturno.
O PPC vigente foi aprovado pela resolução N° 237/CONSEA, de 9 de junho de 2010. Ao
longo de seus 29 anos de funcionamento houve outras habilitações, além da de Supervisão
Escolar de 1° e 2° graus: as turmas formadas em 1996 tiveram como habilitação Magistério
das Séries Iniciais do Ensino Fundamental e Magistério das Disciplinas Pedagógicas do 2°
Grau; uma das turmas que se formou em 2002 teve como habilitação Magistério das Séries
Iniciais do Ensino Fundamental; as demais turmas que se formaram de 2002 a 2014 tiveram
como habilitação Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental. De 2014 em
diante as habilitações foram extintas. Em 29 anos de existência, foram 30 turmas formadas.
j) Integração entre ensino, pesquisa e extensão (descrição das atividades que as
integrem)
O Departamento de Educação (DEPED) é responsável pelas atividades de Ensino do Curso
de Pedagogia. Os docentes ministram as diferentes disciplinas, considerando sua formação e
experiência nos diferentes componentes curriculares. O curso de Pedagogia do campus de
Rolim de Moura desenvolve atividades de pesquisa e extensão alinhadas às respectivas áreas
de ensino dos seus docentes. Nas atividades de ensino do curso, contribuem com o
aprendizado acadêmico e as práticas docentes os seguintes programas:
- Programa de Monitoria Acadêmica;
- Programa de Mobilidade Estudantil, em âmbitos nacional e internacional;
- Programa de Iniciação à Docência;
- Programa de Iniciação Científica.
As atividades de pesquisa são desenvolvidas através dos seguintes grupos de
pesquisa vinculados ao DEPED: Grupo de Estudos e Pesquisas em Psicologia e Educação na
Amazônia (GEPPEA), Centro de Estudos Marxistas em Educação e História na Amazônia
(CEMEHIA), Grupo de Estudos e Pesquisas Materialismo Histórico e Dialético na Educação
(GEPMHDE), Grupo de Estudos e Pesquisas de Espacialidades Amazônicas (GEAM), Grupo
de Pesquisa em Política, Gestão e Avaliação da Educação Escolar (GPPGAE). Os cinco
grupos estão cadastrados no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq. Além dos trabalhos
desenvolvidos nos respectivos grupos, os docentes desenvolvem projetos de pesquisa
institucionalizados junto à Pró Reitoria de Pós-graduação e Pesquisa (PROPesq).
As atividades de extensão ocorrem regularmente através de cursos, palestras e
projetos que são submetidos à PROCEA. Nessas atividades a participação discente na
organização e execução ocorre por meio da Monitoria do Evento.
De acordo com o PDI UNIR 2014, há várias ações previstas para a melhoria do
ensino, pesquisa e extensão34
. Em especial, com relação ao objetivo 7.5, “Melhorar a
qualidade no ensino de graduação e pós-graduação”, o DEPED tem investido especialmente
nas seguintes metas: atualizar seu PPC, com a criação de uma Comissão através da Ordem
de Serviço Nº 009/2018/DCRM/UNIR, de 13 de março de 2018, quando o departamento
reuniu-se para adequar seu PPC às novas exigências legais; fomentar a formação continuada
do corpo docente e técnico-administrativo, objetivando a melhoria do ensino de graduação e
34 PDI, pp. 71-75, disponível em:
http://www.pdi.unir.br/downloads/2692_pdi_unir_2014_2018_versao_pos_consun_15_de_junho_2014_177.p
df
pós-graduação, até 2018. Desde 2010, o DEPED tem afastado docentes para cursarem
doutorado na área de Educação.
As atividades de ensino, pesquisa e extensão também estão vinculadas aos dois
laboratórios do curso: Brinquedoteca e Laboratório de Ensinagem, bem como ao espaço do
projeto de extensão Amigos da Gente em Rodas de História. Além de aulas ministradas
nesses locais, durante os estágios acadêmicos os espaços recebem crianças e professoras das
escolas públicas, em atividades planejadas durante o período de estágio.
Dessa maneira, ao longo da formação os acadêmicos são estimulados a participar
de projetos de extensão, pesquisa e outros eventos formativos promovidos pela própria
instituição ou outras entidades, as quais são denominadas no projeto como atividades
complementares.
As atividades curriculares complementares correspondem a 200 horas. O
Departamento de Educação organiza obrigatoriamente três atividades complementares para
o cumprimento de 60 horas, das 200 exigidas. Essas três atividades correspondem à
participação dos acadêmicos na Brinquedoteca, durante o terceiro período, como monitores
no atendimento às crianças e na organização pedagógica das ações da brinquedoteca, sob a
supervisão do docente coordenador do espaço, com carga horária de 20 horas. À realização,
no quarto período, de um Seminário de Iniciação à Pesquisa, com carga horária de 20 horas,
e no oitavo com a realização do Seminário de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC),
também com carga horária de 20 horas. A carga horária restante deve ser cumprida por meio
da participação em projetos de extensão, pesquisa e outros eventos formativos promovidos
pela própria instituição ou outras entidades, conforme normatização em critérios próprios
pelo DEPED (Anexo).
k) Titulação conferida aos egressos
Licenciado em Pedagogia.
l) Modos e períodos de ingresso e número de vagas por período
O curso de Licenciatura em Pedagogia do campus de Rolim de Moura possui ingresso anual
com entrada de 40 acadêmicos no segundo semestre do ano letivo. É ofertado em dois
turnos, vespertino e noturno, com entradas alternadas em relação ao turno, ou seja, nos anos
pares a entrada acontece no período vespertino; nos anos ímpares, no turno noturno; e assim
sucessivamente. A entrada alternada intenciona atender a um número maior de ingressantes,
tendo em vista que muitos optam por cursar a universidade em período diurno e outros, por
motivos de trabalho, optam pelo período noturno.
Além disso, o Processo Seletivo da Universidade Federal de Rondônia é realizado
anualmente e se dá com base na legislação vigente, como previsto no artigo 72 do
Regimento Geral da UNIR. Se houver alterações no Regimento Geral, as formas de ingresso
serão regidas pela nova legislação.
Ainda de acordo com o Regimento Geral da UNIR, o artigo 72, que trata do processo
seletivo de ingresso, especifica que tal processo se dará:
I – por processo seletivo: O ENEM é a única forma de ingresso aos cursos da
Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Os interessados em
ingressar na UNIR, após a prova, devem aguardar a publicação do edital da
universidade, por meio da Comissão Permanente de Processo Seletivo de
Discentes (CPPSD);
II – por convênio ou acordo cultural internacional;
III – por transferência;
IV – para portadores de diplomas de nível superior em cursos afins, nas vagas
existentes nos cursos;
V – para portadores de diplomas de nível superior em cursos não afins
através de vagas oriundas de processo seletivo;
VI – para portadores de licenciaturas curtas para sua plenificação;
VII – para portadores de diploma de nível superior, para programa de
complementação pedagógica.
m) Regime de oferta de matrícula
Curso semestral, com matrícula semestral.
n) Calendário acadêmico (número de semanas de aula, eventos como semanas
acadêmicas)
O calendário acadêmico é aprovado anualmente pela UNIR, por meio de resolução do
Conselho Acadêmico (CONSEA). O curso de Pedagogia do campus de Rolim de Moura
observa o número de dias letivos preceituados pela Resolução nº 02 CNE/CES, em seu
artigo 2º, inciso I, de 18 de junho de 2007, que afirma que a carga horária total dos cursos,
ofertados sob regime seriado, por sistema de crédito ou por módulos acadêmicos, atendidos
os tempos letivos fixados na Lei nº 9.394/96, deverá ser dimensionada em, no mínimo, 200
(duzentos) dias de trabalho acadêmico efetivo (MEC, 2007). Os 200 dias letivos por ano
equivalem a 40 semanas de aulas, com aproximadamente seis dias letivos por semana, pois
o curso poderá ter oferta de disciplinas aos sábados. Assim, tendo em vista Resolução 500
CONSEA/12/10/2017, que estabelece a hora-aula dos cursos da Universidade Federal de
Rondônia, as turmas do período vespertino, com início do horário das aulas às 13:15 e
término às 17:30, computam um total de no mínimo 20 dias de aula por disciplina de 80
horas. Já as turmas em funcionamento no período noturno, com início das aulas às 19:00 e
término às 22:35, computam um total de no mínimo, 24 dias de aula, por disciplina de 80
horas.
Destaca-se ainda a realização anual da Semana Acadêmica da Pedagogia, evento realizado
no segundo semestre do ano letivo pelos acadêmicos em parceria com a Coordenação do
Curso, bem como a Semana de Acolhimento ao Discente.
o) Distribuição da carga horária em componentes curriculares obrigatórios,
componentes curriculares complementares de graduação (DCN)
De acordo com a resolução CNE/CP nº 02/2015, Art. 13, § 1º, alíneas I,II,III e IV, o PPC
apresentado tem a seguinte distribuição da carga horária:
I - Núcleo de Estudos de Formação Geral;
II - Núcleo de Aprofundamento e Diversificação;
III - Núcleo de Estudos Integradores.
p) Descrição das formas de ingresso
O preenchimento das vagas no curso atenderá aos critérios estabelecidos para as diferentes
modalidades de ingresso da Universidade: Processo Seletivo Regular (Exame Nacional do
Ensino Médio ou outro exame de seleção estabelecido legalmente pela Universidade);
Processo Seletivo Complementar (preenchimento de vagas ociosas); Transferência
Compulsória; Regime Especial; Programa de Mobilidade Acadêmica Interinstitucional e
Intrainstitucional; ou outras formas autorizadas pelo Conselho Universitário, se houver,
como políticas de ações afirmativas indígenas, afrodescendentes, entre outras.
2.7. ESTRUTURA CURRICULAR
a) Componentes curriculares obrigatórios
Considerando a diversidade regional e a autonomia pedagógica desta Instituição, e
em conformidade com a Resolução CNE/CP n° 02/2015 de 1º de julho de 2015, o Curso de
Licenciatura em Pedagogia do Campus de Rolim de Moura está estruturado em três núcleos,
a saber:
I - Núcleo de Estudos de Formação Geral, das áreas específicas e interdisciplinares, e
do campo educacional, seus fundamentos e metodologias, e das diversas realidades
educacionais: 1.600 horas;
II - Núcleo de Aprofundamento e Diversificação de estudos das áreas de atuação
profissional, incluindo os conteúdos específicos e pedagógicos, priorizadas pelo projeto
pedagógico das instituições, em sintonia com os sistemas de ensino: 1.520 horas;
III - Núcleo de Estudos Integradores para enriquecimento curricular: 680 horas.
De acordo com a Resolução CNE/CP nº 02, de 1º de julho de 2015, os referidos Núcleos
são caracterizados da seguinte forma:
I. Núcleo de Estudos de Formação Geral – NFG
Este núcleo visa articular a aplicação de princípios e concepções de diferentes
áreas do conhecimento que são pertinentes ao campo da Pedagogia, os quais,
em processo de diálogo interdisciplinar, contribuirão para o desenvolvimento
das pessoas, das organizações e da sociedade. Dessa forma, todas as áreas de
conhecimento que ajudem aos acadêmicos a construir bases sólidas para a
compreensão dos processos educativos, sociais e políticos de uma sociedade,
em sua complexidade, estarão organizadas neste núcleo.
II. Núcleo de Aprofundamento e Diversificação – NAD
Este núcleo está voltado ao aprofundamento das áreas de atuação profissional
que foram priorizadas neste Projeto, oportunizando aos acadêmicos a
possibilidade de investigar sobre processos educativos e em diferentes
situações escolares e não escolares, sendo estas institucionais ou não
institucionais. Além disso, este núcleo deve garantir a construção de saberes
necessários à avaliação, criação e uso de materiais didáticos, procedimentos e
processos de ensino e aprendizagem que contemplem a diversidade social e
cultural da sociedade brasileira e suas especificidades regionais, bem como a
elaboração de propostas educacionais consistentes e inovadoras, a partir do
estudo, análise e avaliação de teorias da educação.
III. Núcleo de Estudos Integradores – NEI
Este núcleo possibilitará aos acadêmicos o enriquecimento curricular através
da participação em seminários e estudos curriculares, em projetos de
iniciação científica, de monitoria ou extensão, orientados pelo corpo docente
do campus de Rolim de Moura da UNIR.
A Tabela seguinte apresenta a distribuição da carga horária total do curso proposto,
observando a divisão nos três núcleos:
Distribuição da Carga Horária por Núcleo
PERÍODO NFG NAD NEI TOTAL
I 320 --- 80 400
II 360 --- 40 400
III 400 --- 20 420
IV 80 220 120 420
V --- 480 ---- 480
VI 80 480 --- 560
VII 80 480 --- 560
VIII --- 320 240 560
TOTAL 1.320 1.980 500 3.800
Fonte: Os autores (2018).
O Núcleo de Estudos de Formação Geral destina-se aos fundamentos teórico-
práticos para a compreensão do trabalho pedagógico em toda a sua totalidade. Nesse
sentido, constitui-se a partir de uma abordagem tanto do ensino como das visões sociais
que o explicam e o informam, analisando suas implicações epistemológicas e a forma
como determinam a prática pedagógica e a organização dos espaços e dos tempos
escolares, contextualizando os diferentes projetos educacionais para a sociedade brasileira
e situando-os para além dos espaços educativos formais.
NÚCLEO DE ESTUDOS DE FORMAÇÃO GERAL
DISCIPLINAS CH. CR
T P
Língua Portuguesa 80 ____ 04
Filosofia 80 ____ 04
Sociologia 80 ____ 04
Antropologia e Educação 80 ____ 04
História da Educação I 80 ____ 04
Filosofia da Educação 80 ____ 04
Sociologia da Educação 80 ____ 04
Psicologia da Educação I 80 ____ 04
Psicologia da Educação II 80 ____ 04
História da Educação II 80 ____ 04
Didática 60 20 04
Tecnologias e Mídias na Educação 40 ____ 02
Políticas Públicas e Educação 80 ____ 04
Legislação Educacional 80 ____ 04
Avaliação Educacional 60 20 04
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 80 ____ 04
História e Cultura Africana, Afro-Brasileira e
Indígena
60 20 04
História da Amazônia 80 ____ 04
Total 1.340 60 70
O Núcleo de Aprofundamento e Diversificação compreende as disciplinas
específicas da formação e visa à qualificação do pedagogo para os diferentes campos de
atuação profissional, os quais traduzem o âmbito da especificidade da sua formação e
atuação profissional. Essa especificidade se define na docência em diferentes níveis de
ensino: Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Pretende-se, portanto,
consolidar uma nova identidade profissional do pedagogo, a partir de uma base de formação
que contemple um conjunto articulado de conhecimentos mínimos necessários que os
qualifiquem para atuar nos espaços educativos formais e não formais, numa perspectiva de
totalidade.
NÚCLEO DE APROFUNDAMENTO E DIVERSIFICAÇÃO
Disciplinas CH. CR
T P
Currículo da Educação Infantil e dos Anos Iniciais 60 20 04
Gestão Educacional 60 20 04
Fundamentos e Práticas da Educação de Jovens e
Adultos
60 20 04
Fundamentos e Práticas da Alfabetização I 60 20 04
Fundamentos e Práticas da Alfabetização II 60 20 04
Fundamentos e Práticas da Educação Infantil I 60 20 04
Fundamentos e Práticas da Educação Infantil II 60 20 04
Fundamentos e Práticas da Educação Ambiental 60 20 04
Fundamentos e Práticas do Ensino de Geografia 60 20 04
Fundamentos e Práticas do Ensino de História 60 20 04
Fundamentos e Práticas da Língua Portuguesa 60 20 04
Fundamentos e Práticas da Educação Matemática I 40 20 03
Fundamentos e Práticas da Educação Matemática
II
60 20 04
Fundamentos e Práticas do Ensino de Ciências 60 20 04
Fundamentos e Práticas da Educação Inclusiva 60 20 04
Fundamentos e Práticas em Recreação e Jogos 60 20 04
Fundamentos e Práticas do Ensino de Arte 60 20 04
Educação do Campo e dos Territórios Amazônicos 80 --- 04
Estágio Supervisionado em Ambientes Não
Escolares (fora do horário)
80 ____ 04
Estágio Supervisionado em Ambientes Escolares I
(fora do horário)
160 ____ 08
Estágio Supervisionado em Ambientes Escolares II
(fora do horário)
160 ____ 08
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC 80 ____ 04
Total 1.560 340 78
O Núcleo de Estudos Integradores se materializa através de disciplinas que
promovem a iniciação à pesquisa como um elemento integrador entre a formação inicial e a
prática real dos/as pedagogos/as em ambientes escolares e não escolares. Também se
agregam a este núcleo as atividades em seminários de pesquisa, monitoria, participação em
eventos na área de educação, participação em projetos de ensino, pesquisa e extensão, além
de outras atividades a serem regulamentadas ou validadas pelo Colegiado do Curso de
Pedagogia.
Estão nele inseridas também as disciplinas eletivas que têm por objetivo garantir
outros conhecimentos acerca da diversidade de temáticas necessárias à formação de
educadores. Propomos nesse PPP a disciplina de Tópicos Avançados como disciplina
eletiva, com o intuito de proporcionar oportunidade de aprofundamento de estudos ligados
a temas que correspondam às disciplinas, às linhas de pesquisa e aos projetos de pesquisa
do corpo docente do curso, por isso não possui ementário pré-definido.
Obrigatoriamente os acadêmicos terão que cursar duas eletivas para a integralização
do currículo. No momento da matrícula, optarão entre o rol de disciplinas ofertadas, que
podem variar de acordo com sugestões de professores/as e alunos/as e conforme aprovação
prévia pelo Conselho Departamental. Para que uma disciplina possa ser oferecida será
necessário um mínimo de vinte matrículas.
As disciplinas eletivas a serem oferecidas na implantação do Projeto Pedagógico são
as listadas a seguir, cujas ementas se encontram em anexo.
NÚCLEO DE ESTUDOS INTEGRADORES
DISCIPLINAS ELETIVAS CH. CR
T P
Fundamentos de Educação a Distância 40 02
Gênero e Educação 40 02
Literatura Infantil 40 02
Leitura e Produção de Texto 40 02
Educação Popular 40 02
Tópicos Avançados 40 02
NÚCLEO DE ESTUDOS INTEGRADORES
DISCIPLINAS CH. CR
Metodologia do Trabalho Científico 80 04
Introdução à Pesquisa em Ciências Humanas 60 03
Pesquisa em Educação 80 04
Eletivas I 40 02
Eletiva II 40 02
Atividade complementar na Brinquedoteca 20 01
Seminário de Iniciação à Pesquisa (Atividades
Complementares) – fora do horário
20 01
Seminário de Trabalho de Conclusão de Curso – fora do
horário
20 01
Atividades Complementares – fora do horário 140 07
Total 500 25
b) Componentes curriculares complementares
Ao longo da formação os acadêmicos serão estimulados a participar de projetos de
extensão, pesquisa e outros eventos formativos promovidos pela própria instituição ou
outras entidades, que são denominadas no projeto como atividades complementares.
Além disso, o Departamento de Educação promove juntamente com os acadêmicos a
Semana de Pedagogia, evento que vem se consolidando como importante espaço para
discutir as demandas atuais da educação, bem como questões específicas, objetivando
fortalecer o ensino. Organizado pelo Centro Acadêmico de Pedagogia Walquíria Afonso da
Costa e pelo DEPED, procura manter em suas edições o objetivo geral de promover o debate
sobre os problemas da educação brasileira, difundir o conhecimento científico, as teorias da
educação, as políticas educacionais e as práticas pedagógicas, além de possibilitar a
integração científica, política e cultural, assim como a troca de experiência entre os
participantes. Além das apresentações de trabalhos, são também propostos debates e
discussões organizados por meio de palestras, mesas-redondas e rodas de conversas, além da
publicação dos trabalhos apresentados. Com o intuito de trazer os egressos para reunirem-se
às discussões sobre a experiência educativa, propõe ainda um espaço para oficinas e relatos
de experiências.
Outra ação como componente curricular complementar é a participação dos
acadêmicos na Brinquedoteca durante o terceiro período, como monitores no atendimento às
crianças e na organização pedagógica das ações do laboratório, sob a supervisão do docente
coordenador do espaço. O curso oferece a realização, no quarto período, de um Seminário
de Iniciação à Pesquisa e, no oitavo, a realização do Seminário de Trabalho de Conclusão de
Curso (TCC).
Destacam-se ainda as atividades do projeto de extensão “Amigos da Gente em Roda
de História”, coordenado por um docente do Departamento de Educação e que tem por
objetivo estimular a leitura junto às crianças e aos adolescentes de escolas da rede pública
do município de Rolim de Moura, e ao mesmo tempo contribuir para a formação de
mediadores de leitura e contadores de história entre os professores das redes públicas de
ensino e os acadêmicos do curso de Pedagogia. Os acadêmicos têm a oportunidade de
participar das ações desenvolvidas pelo projeto, como por exemplo: oficinas de contação de
história, de literatura infantil e de escrileitura: experimentações de outras possibilidades de
ler e escrever.
Outro evento vinculado ao DEPED refere-se ao Seminário de Educação, que acontece
há dez anos, na modalidade intercampi. É, assim, um evento assumido por três
departamentos: além do DEPED de Rolim de Moura, o Departamento de Ciências da
Educação/Vilhena/UNIR e o Departamento de Ciências Humanas/Ji-Paraná/UNIR. Os três
departamentos assumiram o compromisso de, ousadamente, em uma perspectiva intercampi,
dar continuidade a esse espaço de reflexão acadêmica e escolar.
Há ainda a participação dos acadêmicos em programas como o de Bolsa de Iniciação
à Docência (PIBID) e o da Residência Pedagógica, aderidos pelo Departamento de Educação.
c) Matriz curricular organizada em forma de tabela ou quadro por semestres
Ord. Pré-requisito Disciplina CH CR
I PERÍODO
01 Metodologia do Trabalho Científico 80 04
02 Língua Portuguesa 80 04
03 Filosofia 80 04
04 Sociologia 80 04
05 Sociologia da Educação 80 04
Subtotal da Carga Horária 400 20
Pré-
requisito Disciplina CH CR
II PERÍODO
06 História da Educação I 80 04
07 Filosofia da Educação 80 04
08 Antropologia e Educação 80 04
09 Psicologia da Educação I 80 04
10 Tecnologias e Mídias na Educação 40 02
11 Eletiva I 40 02
Subtotal da Carga Horária 400 20
Código Pré-
requisito Disciplina CH CR
III PERÍODO
12 Psicologia da Educação II 80 04
13 História da Educação II 80 04
14 História da Amazônia 80 04
15 Didática 80 04
16 Avaliação Educacional 80 04
17 Atividade Complementar na Briquedoteca 20 1
Subtotal da Carga Horária 420 21
Código Pré-
requisito Disciplina CH CR
IV PERÍODO
18 Introdução à Pesquisa em Ciências Humanas 60 03
19 Fundamentos e Práticas do Ensino da Matemática I 60 03
20 Currículo da Educação Infantil e dos Anos Iniciais
do Ensino Fundamental 80 04
21 Fundamentos e Práticas em Alfabetização I 80 04
22 História e Cultura Africana, Afro-Brasileira e
Indígena 80 04
23 Eletiva II 40 02
24 Seminário de Iniciação à Pesquisa (Atividades 20 01
Complementares – fora do horário)
Subtotal da Carga Horária 420 21
Código Pré-
requisito Disciplina CH CR
V PERÍODO
25 Fundamentos e Práticas do Ensino da Matemática
II 80 04
26 Fundamentos e Práticas da Educação Infantil I 80 04
27 Fundamentos e Práticas em Alfabetização II 80 04
28 Fundamentos e Práticas do Ensino de Ciências 80 04
29 Fundamentos e Práticas da Educação Especial 80 04
24 Estágio Curricular em Ambientes Não Escolares 80 04
Subtotal da Carga Horária 480 24
Código Pré-
requisito Disciplina CH CR
VI PERÍODO
30 Legislação Educacional 80 04
31 Fundamentos e Práticas do Ensino da Língua
Portuguesa 80 04
32 Gestão Educacional 80 04
33 Fundamentos e Práticas do Ensino de História 80 04
34 Fundamentos e Práticas da Educação Infantil II 80 04
35 15, 20 e
26 Estágio Supervisionado em Ambientes Escolares I 160 08
Subtotal da Carga Horária 560 28
Código Pré-
requisito Disciplina CH CR
VII PERÍODO
36 Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS 80 04
37 Políticas Públicas e Educação 80 04
38 Fundamentos e Práticas da Educação Ambiental 80 04
39 Fundamentos e Práticas do Ensino de Geografia 80 04
40 Fundamentos e Práticas da Educação de Jovens e 80 04
Adultos
41 15 e 20 Estágio Supervisionado em Ambientes Escolares II 160 08
Subtotal da Carga Horária 560 28
Código Pré-
requisito Disciplina CH CR
VIII PERÍODO
42 Educação do Campo e dos Territórios Amazônicos 80 04
43 Fundamentos e Práticas do Ensino de Arte 80 04
44 Fundamentos e Práticas em Recreação e Jogos 80 04
45 1 e 18 Pesquisa em Educação 80 04
46 1 e 18 Trabalho de Conclusão de Curso – TCC 80 04
47 Seminário de TCC (Atividades Complementares –
fora do horário) 20 01
48 Atividades Complementares (fora do horário) 140 7
Subtotal da Carga Horária 560 28
TOTAL GERAL DA CARGA HORÁRIA 3800 190
d) Língua brasileira de sinais – Libras
Considerando o que dispõe o Decreto Federal Nº 5.626 de 22 de dezembro de 2015,
e visando à formação de profissionais que consigam dialogar com as diferenças sociais
existentes e incluir todos e todas ao sistema educacional brasileiro, o oferecimento da
disciplina de Língua Brasileira de Sinais passa a ser obrigatório na grade curricular do curso
de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de Rondônia - Campus Rolim de
Moura. Segundo o Decreto, a disciplina de Libras deve ser obrigatória para os cursos de
Licenciatura e optativa para os demais cursos.
e) Estudos referentes à temática das Relações Étnico-Raciais
Este componente curricular é contemplado no quarto Período da grade curricular
com a disciplina História e Cultura Africana, Afro-Brasileira e Indígena, com a finalidade
de atender à legislação vigente e fornecer a base teórica no que se refere ao respeito à
diversidade e à condição étnica da sociedade brasileira.
Curso de Licenciatura em Pedagogia
a) Para cursos de licenciatura e de Pedagogia, prever ações ou convênios que
promovam a integralização com as redes públicas da Educação Básica
Os estágios curriculares obrigatórios, que compreendem o Estágio Supervisionado
em Ambientes Escolares Não Escolares, no quinto período, o Estágio em Ambientes
Escolares I, no sexto Período, e o Estágio Supervisionado em Ambientes Escolares II, no
sétimo Período, são oportunidades previstas na grade curricular do curso que permitem
estreitar os laços da relação pedagógica e aproximar a comunidade acadêmica da realidade
que envolve a educação básica.
Outra oportunidade fundamental que promove a integralização do curso com a rede
pública da Educação Básica é o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência
(PIBID), que tem como objetivo a concessão de bolsas de iniciação à docência para alunos de
cursos de licenciatura e para coordenadores e supervisores responsáveis institucionalmente
pelo programa.
Além desses, as atividades relacionadas aos projetos de extensão executados no
campus de Rolim de Moura podem se apresentar como oportunidades para que os
acadêmicos do curso de Pedagogia se integrem com a Educação Básica já durante a
formação acadêmica. Nesse contexto destacam-se as atividades do projeto de extensão
“Amigos da Gente em Roda de História”, coordenado pelo Departamento de Educação e
que tem por objetivo estimular a leitura junto às crianças e aos adolescentes de escolas da
rede pública do município de Rolim de Moura, e ao mesmo tempo, contribuir para a
formação de mediadores de leitura e contadores de história entre os professores das redes
públicas de ensino e acadêmicos do curso de Pedagogia.
b) Ementário
O ementário está presente no Anexo I deste documento.
c) Informar alterações da matriz curricular, caso haja
Houve algumas inserções e exclusões na nova matriz curricular do curso de Pedagogia, a
saber: exclusão das disciplinas: Eletiva III, Filosofia da Educação II, Crescimento e
Desenvolvimento; inserção das disciplinas: História da Amazônia, Fundamentos e Prática
do Ensino da Matemática I, História e Cultura Africana, Afro-Brasileira e Indígena e da
atividade complementar na Brinquedoteca, ofertada pelo Departamento de Educação. Além
disso, a disciplina de Introdução à Pesquisa com carga horária de 40 horas passou a ser
nomeada de Introdução à Pesquisa em Ciências Humanas, com carga horária de 60 horas. A
disciplina de Fundamentos e Prática da Educação Inclusiva passou a intitulada de
Fundamentos e Práticas da Educação Especial. Houve ainda a reorganização das disciplinas
ofertadas ao longo dos semestres.
d) Descrição dos requisitos para integralização do currículo
O curso de Pedagogia é semestral com duração de, no mínimo, oito semestres e, no máximo,
doze semestres, conforme regulamenta a Resolução N.º 095 /CONSEA, de 27 de abril de
2005. Para a integralização curricular, o acadêmico deve cumprir a carga horária total de
3.800 horas (190 créditos), que é dividida da seguinte forma: 3.200 horas com disciplinas
obrigatórias, 400 horas de Estágio Curricular Supervisionado e 200 horas de Atividades
Complementares, conforme descrito no item 2.7 sobre a Estrutura Curricular e os
componentes curriculares obrigatórios e complementares.
e) Descrição da avaliação do curso pelo ENADE
Os acadêmicos do curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de
Rondônia – Campus Rolim de Moura foram avaliados pela última vez através do Exame
Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) em exame aplicado em 2014, obtendo
conceito 3 (três), conforme publicado no Diário Oficial da União, nº 244 de 22/12/2015.
f) Atividades complementares: Descrever as atividades complementares do curso e
Normatização (DCN)
De acordo com a Resolução Nº 2, de 1º de julho de 2015, artigo 13, parágrafo 1°, inciso IV,
os cursos de formação inicial de professores para atuar na Educação Básica devem
contemplar “200 (duzentas) horas de atividades teórico-práticas de aprofundamento em
áreas específicas de interesse dos estudantes, conforme núcleo definido no inciso III do
artigo 12 desta Resolução, por meio da iniciação científica, da iniciação à docência, da
extensão e da monitoria, entre outras, consoante o projeto de curso da instituição”.
A escolha das Atividades Complementares é de responsabilidade do acadêmico,
considerando que a finalidade delas é, principalmente, enriquecer o currículo do curso,
permitindo uma ampliação de seus conhecimentos. Destaca-se que essas atividades sejam
especificamente na área da Educação. Caso o discente não consiga participar de todas as
atividades previstas, poderá completar a carga horária participando mais de uma vez na
mesma atividade. No entanto, a carga horária total não poderá ser cumprida com apenas um
tipo de atividade. A partir do primeiro período do curso, o discente deverá iniciar sua
participação nas atividades elencadas abaixo, guardando os respectivos comprovantes de
participação. Os comprovantes de participação deverão ser apresentados para o professor
responsável pela disciplina Atividades Complementares, no oitavo período do curso. O
Regulamento das Atividades Complementares corresponde ao anexo. As atividades
passíveis de serem validadas como Atividades Complementares estão agrupadas em cinco
categorias:
I – Graduação/Ensino.
II – Pesquisa e Publicação.
III – Extensão.
IV – Técnica e Artística Cultural.
V – Outras.
Serão consideradas as seguintes atividades para computar 200 horas:
Tabela 3 - Atividades Complementares
Atividade Requisito para
Validação Categoria
Carga Horária
atribuída
Participação em grupos de
estudo ou pesquisa
Certificação de
participação ou declaração
do líder do grupo ou
coordenador do projeto
Pesquisa Até 20 horas por ano
Bolsista ou voluntário (PIBIC,
PIBEX, PIBID; Permanência,
Monitoria, Monitoria Especial
etc.)
Declaração do professor
orientador ou certificado
de participação
Ensino/ Pesquisa/
Extensão Até 30 horas por ano
Participação em órgão colegiado
da UNIR
Declaração do Deped
e/ou Declaração da
Direção do campus
Ensino Até 20 horas por
mandato
Publicação de trabalho em anais
de eventos, revistas científicas,
capítulo de livros
Cópia do artigo/trabalho
publicado com carta de
aceite
Pesquisa
Publicação em
revistas indexadas:
30 horas por
publicação
Publicação científica
em anais de
congresso – trabalho
completo: 15 horas
por publicação
Publicação de
Resumo ou resumo
expandido: 10 horas
por publicação
Publicação noticiada
em jornal: 5 horas
por artigo
Publicação de
capítulo de livros: 15
horas por capítulo
Apresentação de trabalhos em
eventos da área de Educação
Apresentação de
certificado
Pesquisa/
Extensão
10 horas por
apresentação
Apresentação de seminário de
pesquisa, seminário de TCC,
monitoria na Brinquedoteca
Certificado ou declaração
de apresentação emitida
pelo DEPED
Ensino/ Pesquisa/
Extensão
Carga horária do
certificado/declaraçã
o
Participante como palestrante,
conferencista, mediador ou
debatedor em eventos
acadêmicos
Certificado emitido pelo
evento Pesquisa/Extensão
Carga horária do
certificado ou 4
horas
Trabalho docente extracurricular Declaração emitida pelo
órgão contratante Ensino
10 horas por
semestre
Participação como ouvinte em
visita técnica monitorada por
docente da UNIR
Declaração do professor
supervisor ou do DEPED Ensino/Extensão 5 horas por visita
Certificação de testes de
idiomas/proficiência de línguas
Certificado emitido pela
instituição e/ou
organizações credenciadas
Ensino 30 horas por
certificação
Participação em eventos
Apresentação de
certificados emitidos pelo
evento
Extensão 15 horas no máximo
Participação em cursos de
extensão
Apresentação de
certificado emitido pela
coordenação do curso
Extensão
Carga horária do
certificado até 40
horas
Participação em minicursos,
oficinas e oficinas
Apresentação de
certificado emitido pelo
coordenador do curso
Extensão/Ensino
5 horas por
minicurso e oficinas
10 horas por curso
Organização/monitoria de
evento acadêmico, científico e
cultural
Certificado ou declaração
emitida pelo DEPED ou do
professor da UNIR
organizador do evento
Ensino/
Pesquisa/Extensão 20 horas no máximo
Participação voluntária em
atividades de cunho social,
solidário, educacional
Certificado ou declaração
da entidade promotora do
evento/atividade
Extensão
Carga horária do
certificado até 15
horas/declaração
Apresentação em evento
artístico
Certificado ou declaração
pela instituição promotora
do evento
Extensão/artística 10 horas por evento
Participação em competição
esportiva
Certificado ou declaração
pela instituição promotora
do evento
Extensão/Cultural 5 horas por evento
Participação em sessão de
exibição de filme/cinema, vídeo
ou peça teatral.
Declaração emitida pela
Universidade, pela
Direção do Campus, pelo
chefe de Departamento ou
pelo docente do curso
Ensino/Extensão/T
écnico/Cultual 5 horas por evento
Intercâmbio institucional
internacional, nacional,
Certificado pela
instituição/ou organização
Ensino/Extensão/T
écnica/Cultural
Internacional e
Nacional: 60 horas
internacional para aquisição de
fluência em língua estrangeira
por intercâmbio
Internacional para
aquisição de fluência
em língua
estrangeira: 45 horas
por intercâmbio
Formação profissional diversa
(inglês, informática, fórum de
debates etc.)
Certificado pela
instituição Técnica 5 horas
Atividades não contempladas,
mas validadas por comissão de
professores
Certificado, declaração ou
correspondente emitida
pela instituição promotora
Outras Até 60 horas
g) Regulamento específico do TCC
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é um componente da grade curricular do curso de
Pedagogia que se constitui como requisito obrigatório e de inteira responsabilidade do
acadêmico para a colação de grau e obtenção do diploma de curso. O TCC se caracteriza
pela produção escrita de uma monografia resultante de um projeto de pesquisa e sua
aplicabilidade. O TCC do Curso de Licenciatura em Pedagogia está normalizado por
regulamento específico (Anexo XX) e tem como objetivo possibilitar aos acadêmicos
aplicar conceitos e métodos apreendidos ao longo dos conteúdos disciplinares e em
situações reais de vivência, articulando teoria e prática, quer por meio de participação, quer
por meio de estudos bibliográficos e de temáticas atinentes à Educação de modo geral e ao
curso de Pedagogia de modo específico.
h) Regulamento específico de Estágio Curricular Supervisionado (ECS)
O Estágio Curricular Supervisionado (ECS) é um componente da grade curricular do curso
de Pedagogia que se constitui como requisito obrigatório e está normatizado por
regulamento específico (Anexo), configurando-se como um conjunto de atividades
pedagógicas que visa a desenvolver, por meio de processo crescente de complexidade,
estudos teórico-práticos e vivências através da metodologia ação-reflexão-ação.
O ECS deverá contemplar situações de ensino em espaços educativos, atividades
extraclasse e de extensão, fundamentadas nos conhecimentos científicos e que subsidiem a
produção de saberes escolares didaticamente assimiláveis, em função das práticas sociais.
O ECS terá como etapas observação, participação e intervenção pedagógica do
estagiário em ambientes não escolares e nas atividades escolares no âmbito da Educação
Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
As atividades de ECS devem estar de acordo com o projeto educativo da instituição
acolhedora, com o campo de estágio e com a proposta da Comissão de Estágio e devem
contemplar planejamento, execução e avaliação.
Os ECS devem articular-se à disciplina de Introdução à Pesquisa em Ciências
Humanas e às demais disciplinas do currículo.
O estágio somente realizar-se-á em instituições que tenham condições de
proporcionar experiência prática no âmbito de atuação do pedagogo, segundo o disposto na
regulamentação da Lei 11.788-2008 (art. 9º), que estabelece também que apenas pessoas
jurídicas podem receber estagiários.
O estagiário acadêmico deverá ter cumprindo os pré-requisitos prescritos no PPC do
curso de Pedagogia para a realização do estágio.
Prioritariamente o ECS deverá ser realizado em instituições mantidas pelo Poder
Público (Federal, Estadual e/ou Municipal). São objetivos do ECS:
Proporcionar oportunidades aos acadêmicos para integrar e confrontar teoria e
prática, através de discussões e produção acadêmica;
Possibilitar aos acadêmicos reflexões críticas sobre as realidades educacionais,
ofertando-lhes instrumentos que possam transformá-las;
Capacitar os acadêmicos para conviver, analisar, compreender e intervir na realidade
de sua atuação profissional;
Propiciar aos graduandos experiências de exercício profissional, ampliando e
fortalecendo conhecimentos e atitudes éticas;
Promover a integração entre a Universidade e a comunidade.
i) Descrição sobre a articulação entre teoria e prática, entre ensino, pesquisa e extensão
O princípio da indissociabilidade entre teoria e prática já abordado neste projeto
almeja a coerência com o tripé da Universidade – ensino, pesquisa e extensão –, exigindo
uma articulação entre as disciplinas, as experiências e a pesquisa da realidade, bem como
com as demandas socioformativas, entre outras que vêm da comunidade.
O ensino teoricamente acontece por meio das disciplinas, que por sua vez devem ter
por base a realidade socioeconômica, politica, cultural e social dos envolvidos nesse
processo educativo, possibilitando a práxis. Nessas disciplinas a pesquisa será elemento
formativo, enquanto método pedagógico, porém não se limita a isso, na medida em que
acontecerá também nos projetos de professores em seus grupos. Desse modo, ao iniciar as
disciplinas o professor deverá realizar um diagnóstico inicial dos problemas e demandas da
comunidade, o qual por sua vez se torna conteúdo a ser aprofundado durante a realização
das referidas disciplinas.
Os desdobramentos desse processo são os subsídios das atividades da ação educativa.
No que se refere ao ensino, este se articula em fundamentos e práticas, ou seja, há um bloco
de disciplinas nominalmente “mais teóricas”, que proporciona sustentação aos elementos da
práxis, como a Filosofia, Antropologia, Sociologia, entre outras que compõem tal bloco; e
há aquelas que trazem os elementos metodológicos que instrumentalizam o futuro
profissional ao domínio da operacionalidade técnica no que diz respeito aos contextos e
processos de aprendizagem, bem como aos seus desdobramentos na realidade, tanto
relacionadas com a pesquisa, bem como às áreas específicas aos conteúdos. Destacam-se,
como exemplo, as disciplinas de Fundamentos e Práticas da Educação Infantil; da Educação
Matemática, de História, entre outras descritas na matriz curricular.
No tocante à diversidade, o curso prevê as disciplinas de Fundamentos da Educação
Indígena; Educação do Campo e dos Povos Tradicionais da Amazônia; e História e Cultura
Africana, Afro-Brasileira e Indígena. Além dessas disciplinas, as discussões sobre gênero,
raça, etnias e religiões ocorrem de modo transversal, articuladas aos conteúdos das outras
disciplinas.
As atividades integradoras do curso também se orientam pelo princípio da pesquisa
como fundamento metodológico e se articulam com o Programa da Residência Pedagógica,
o Programa Institucional Bolsas de Iniciação à Pesquisa (PIBIC) e o Programa Institucional
de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), os quais, embora não atendam todos os
acadêmicos, servem de instrumentalização para a melhoria da formação profissional.
Entre os elementos necessários para a integralização do curso, os estágios compõem
uma das formas de expressão da práxis educativa que ocorre em ambientes escolares e não
escolares, objetivando a inserção e intervenção direta nos locais em que os acadêmicos
atuarão como profissionais. Para sua execução, também são organizados sob a orientação de
um professor, havendo a necessidade de elaboração de um plano específico a ser
desenvolvido e aplicado nas instituições escolares, conforme regimento próprio.
Os projetos de extensão são para atender também às demandas da comunidade e os
acadêmicos são envolvidos em sua execução, como o Projeto “Amigos da Gente em Rodas
de Histórias”, que atende crianças das escolas estaduais e municipais visando à ampliação
do acesso à leitura, tendo em vista que os acervos infantis nem sempre são disponibilizados
para essas crianças. Além disso, os professores, no decorrer do processo formativo desses
acadêmicos, realizarão outros projetos de extensão sobre temáticas demandadas pela
comunidade escolar.
Ao longo da formação os acadêmicos serão estimulados a participar de projetos de
extensão, pesquisa e outros eventos formativos promovidos pela própria instituição ou
outras entidades, as quais são denominadas no projeto como atividades complementares.
As atividades curriculares complementares, que correspondem a 200 horas, serão
desenvolvidas ao longo dos períodos do curso e devem ser vinculadas às disciplinas por
meio de projetos elaborados pelos docentes do curso. Tais atividades devem ser aprovadas e
acompanhadas pelo Conselho de Departamento do curso.
No terceiro período os acadêmicos deverão participar e desenvolver atividades na
Brinquedoteca, com carga horária de 20 horas, atividade vinculada diretamente à disciplina
de Psicologia da Educação II. No quarto período, deverá realizar-se um Seminário de
Iniciação à Pesquisa, com carga horária de 20 horas, vinculado de forma direta à disciplina
de Introdução à Pesquisa em Ciências Humanas. Já no oitavo período acontece o Seminário
de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), também com carga horária de 20 horas. Essas
são as três atividades complementares organizadas obrigatoriamente pelo Departamento de
Educação. A carga horária restante é cumprida pelos discentes ao longo do curso, conforme
regimento em anexo.
Convém salientar que as atividades complementares são componentes curriculares
de caráter científico, cultural e acadêmico cujo foco principal é a realização de estudos
independentes, transversais, interdisciplinares e opcionais capazes de promover, em
articulação com as demais atividades acadêmicas, o desenvolvimento intelectual do
estudante, seu preparo para a cidadania e sua qualificação para o exercício da profissão,
podendo também ser realizadas por meio de convênios com instituições e empresas que
ofereçam oportunidades de estágios.
Os acadêmicos também poderão propor atividades de extensão, com temáticas
vinculadas às disciplinas do curso e voltadas para a comunidade de fora da universidade,
podendo ser realizadas por meio de cursos, conferências, seminários, semanas de estudo,
atividades artístico-culturais, de apoio e/ou assessorias a movimentos populares, pesquisas
entre outras. Essas atividades deverão seguir os trâmites da UNIR para propostas de
atividades de extensão.
Ao final do curso, para a integralização curricular, os acadêmicos terão que
apresentar junto à Coordenação os comprovantes de no mínimo 200 horas de participação
em atividades complementares.
Tal integralização das atividades complementares, a exemplo de outras ações, como
propostas de intervenção, projetos de extensão e pesquisa etc., poderão ser agregadas e
organizadas em torno de linhas de pesquisas a se constituírem no curso. Assim, os discentes
são orientados para, a partir das disciplinas Metodologia Científica e Introdução à Pesquisa
em Ciências Humanas, fazer parte de um dos grupos de pesquisa vinculados ao curso. Esses
grupos constituem-se como eixo condutor das atividades de pesquisa durante todo o curso,
orientando o acadêmico, ao final de cada disciplina voltada para a pesquisa, a produzir um
texto científico. Os cinco grupos cadastrados no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq
são: Grupo de Estudos e Pesquisas em Psicologia e Educação na Amazônia (GEPPEA),
Centro de Estudos Marxistas em Educação e História na Amazônia (CEMEHIA), Grupo de
Estudos e Pesquisas Materialismo Histórico e Dialético na Educação (GEPMHDE), Grupo
de Estudos e Pesquisas de Espacialidades Amazônicas (GEAM), Grupo de Pesquisa em
Política, Gestão e Avaliação da Educação Escolar (SIGLA).
Os acadêmicos também participam da organização da Semana de Pedagogia. As
temáticas discutidas no evento vinculam-se às discussões promovidas durante as disciplinas
do curso.
2.8. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE UM PERFIL DE FORMANDO
2.9 AVALIAÇÃO E METODOLOGIAS DE ENSINO
O sistema de avaliação do Curso de Licenciatura em Pedagogia deve estar em
consonância com o processo de avaliação de todas as atividades desenvolvidas pela UNIR,
ou seja, a avaliação institucional. Do ponto de vista do curso, a avaliação compreende três
dimensões:
● A avaliação da aprendizagem.
● A avaliação do curso.
● A avaliação do desempenho docente nas atividades de ensino, pesquisa e extensão.
No curso, a avaliação de aprendizagem é vista como um processo de regulação, ou
seja, uma avaliação formativa e contínua. Assim, a função da avaliação será a de regular as
aprendizagens ou os processos de aprendizagem rumo à direção pretendida neste projeto.
Vale ressaltar que os docentes do curso têm autonomia para definir quais as formas
adequadas de avaliar os acadêmicos diante da peculiaridade da disciplina, dos objetivos
propostos nos planos de curso e dos procedimentos metodológicos utilizados. Também são
observados os documentos legais referentes ao processo de avaliação: Resolução
251/CONSEPE, de 27 de novembro de 1997, que regulamenta o Sistema de Avaliação
Discente da UNIR.
A avaliação do curso se dá em parceria com a Comissão Própria de Avaliação
(CPAv) desta Universidade, cuja constituição surgiu a partir da Lei Nº 10.861, de 14 de
abril de 2004, e da Portaria Nº 2.051, de 9 de Julho de 2004, que regulamentam os processos
de avaliação institucional. À “CPAv caberá assessorar, acompanhar, monitorar e mobilizar a
UNIR em torno da execução da Política de Avaliação Institucional, observada a legislação
pertinente em vigor”, conforme disposto na Resolução Nº 021/CONSUN, de 3 de novembro
de 2014 (Regimento Interno CPAv).
Os dados coletados na avaliação do curso são sistematizados pela Coordenação do
curso juntamente com o NDE e discutidos com a comunidade acadêmica, com o intuito de
encontrar caminhos para solucionar as problemáticas apontadas e potencializar as ações em
destaque. Implantaremos também um sistema de ouvidoria virtual no curso de Licenciatura
em Pedagogia para tentar atender às demandas mais imediatas levantadas.
A avaliação do desempenho docente nas atividades de ensino é realizada ao final de
cada semestre letivo, por meio de instrumento específico, de acordo com práticas de
avaliação já previstas pela CPAv. O questionário avaliativo é inserido no Sistema da UNIR e
os acadêmicos realizam as avaliações online. A partir das avaliações realizadas pelos
discentes, os resultados serão apresentados em reunião pedagógica, realizada pelo
coordenador do curso, sistematizados e discutidos com a intenção de melhoria da qualidade
da educação ofertada por esta IES. Os docentes também serão avaliados nos momentos
coletivos de avaliação, ou seja, os seminários tendo como parâmetros os princípios e
objetivos descritos neste projeto pedagógico, as ementas propostas para cada disciplina e
para as atividades acadêmicas nela previstas.
Em relação à avaliação das atividades de pesquisa e extensão, ela acontece pelo
acompanhamento da participação dos acadêmicos nessas atividades, bem como pela
observação das suas contribuições em outras atividades acadêmicas, inclusive nas
discussões em sala de aula e em publicações relacionadas às atividades de pesquisa e
extensão.
No que se refere ao acompanhamento dos egressos, o curso de Licenciatura em
Pedagogia tem desenvolvido pesquisas, por meio dos Trabalhos de Conclusão de Curso, que
investigam a atuação desses sujeitos e as percepções sobre sua formação perante a prática do
exercício profissional. Promovemos eventos, como por exemplo, a Semana de Pedagogia,
nos quais os egressos são convidados a participar compondo mesas-redondas, realizando
oficinas e conversas pedagógicas, ações que possibilitam a esses sujeitos um retorno à
universidade, bem como o acompanhamento das relações estabelecidas entre a teoria e a
prática.
Os encaminhamentos sobre a avaliação e as metodologias de ensino do PPC do
curso de Pedagogia da Unir/Rolim de Moura dialogam com as leis e normativas vigentes.
Formar educadores e educadoras comprometidos com a construção de um sistema
educacional inclusivo exige um repensar de toda a trajetória vivenciada. Sendo assim, é
fundamental que as metodologias vivenciadas durante a formação inicial estejam em
sintonia com uma pedagogia humanizada, que pressupõe em todos os momentos um
planejamento adequado aos conteúdos a ser desenvolvidos.
Cada docente pode optar pela forma mais pertinente de trabalho pedagógico,
destacando-se especialmente: aulas expositivas e dialogadas através de seminários do
professor, seminários dos acadêmicos, atividades em grupo, debates, leituras, organização
de eventos relacionados aos conteúdos, confecção de materiais pedagógicos, exposições
organizadas pelos acadêmicos sob orientação do professor da disciplina, produções escritas,
exibição e discussão de documentários, análises iconográficas, aulas em outros espaços e
lugares: visitação a museus, patrimônios históricos, centros de educação, aldeias,
comunidades quilombolas etc.
Faz parte desse processo avaliativo a avaliação do docente pelo discente, realizada
semestralmente pelo Departamento de Educação. O chefe de Departamento lança no sistema
o formulário (anexo) de avaliação do docente pelo discente e cadastra um período para a
realização da avaliação. Ao final do período o resultado da avaliação deverá ser enviado ao
NDE para análise e encaminhamentos que se fizerem necessários.
2.9.1. Avaliação Institucional
A avaliação institucional do curso de Pedagogia da UNIR/Rolim de Moura
compreende a avaliação institucional, a autoavaliação do curso e o acompanhamento de
egressos. O Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia, no que tange à avaliação
institucional, acompanha a Lei Nº. 10.861, de 14 de Abril de 2004, conversão da MPv N.º
147, de 2003, que institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES;
Portaria Nº 2.051, de 9 de julho de 2004, que regulamenta os processos de avaliação;
Resolução Nº 018/CONSUN, de 30 de janeiro de 2014, que regulamenta a composição da
Comissão Própria de Avaliação; Resolução Nº 021/CONSUN, de 03 de novembro de 2014,
que traz o Regimento Interno CPAv. Seguem-se ainda as recomendações da Lei Nº 9.394,
de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
São atribuições da CPAv: assessorar, acompanhar, monitorar e mobilizar a UNIR em
torno da execução da Política de Avaliação Institucional, observada a legislação pertinente
em vigor. A CPAv possui comissões descentralizadas nos campi: Guajará-Mirim,
Ariquemes, Ji-Paraná, Presidente Médici, Rolim de Moura, Cacoal e Vilhena.
Assim, o curso de Pedagogia de Rolim de Moura participa e acompanha as
avaliações promovidas pela CPAv/UNIR. De acordo com informações coletadas na página
institucional da CPAv, as últimas avaliações institucionais foram realizadas nos anos de
2013, 2014, 2015, 2016 e 2017, e seus dados podem ser consultados nos relatórios também
publicados no sítio institucional35
.
Em 2015, a CPAv realizou oficinas, através de suas comissões descentralizadas,
com o objetivo de testar os novos instrumentos de avaliação institucional, incluindo a
avaliação do curso e a dos docentes pelos discentes. Esses instrumentos foram usados em
2016 e 2017 para a realização da Avaliação Institucional.
O instrumento de avaliação dos docentes pelo discente em vigência poderá ser
substituído por novos instrumentos e uma sistemática mais ampla da avaliação, segundo a
proposta em construção pela Comissão Própria de Avaliação da Universidade Federal de
Rondônia, o que já ocorreu no ano de 2015 e foi aplicado em 2016 na primeira quinzena do
mês de setembro.
Reforça-se, porém, que a avaliação do egresso também está em processo de
formulação e consolidação. Este curso organiza, juntamente com os acadêmicos, a Semana
de Pedagogia, e trienalmente o Seminário de Educação, nos quais os egressos do curso são
convidados a participar como ouvintes, como palestrantes e oficineiros, sendo um canal de
acompanhamento dos egressos.
Entre as atribuições do Núcleo Docente Estruturante está a de propor formas de
autoavaliação que vão desde as reuniões periódicas, debates, análise de dados e resultados
de avaliações da CPAv e de instrumentos como o ENADE. Esse acompanhamento
sistemático e contínuo do andamento pedagógico do curso e deste projeto pedagógico traz
significativas mudanças de cultura e de ações junto ao Departamento.
35
http://www.avaliacaoinstitucional.unir.br/
Além disso, o NDE do curso de Pedagogia propõe discussões sobre o
desenvolvimento e o efetivo entendimento dos objetivos do PPC em vigência, buscando
junto aos docentes sugestões para possíveis mudanças e adequações do projeto.
2.9.2. Avaliação do processo de ensino e aprendizagem
A avaliação da aprendizagem deve se constituir num processo contínuo que retrate o
resultado obtido pelos acadêmicos no decorrer do desenvolvimento de cada componente
curricular. O acompanhamento avaliativo precisa ter como resultado o somatório do alcance
dos conhecimentos do discente durante as aulas, mediando assim o seu rendimento
acadêmico.
Como já afirmado, formar professores comprometidos com a construção de um
sistema educacional inclusivo exige um repensar de toda a trajetória vivenciada. Sendo
assim, é fundamental que as propostas avaliativas vivenciadas durante a formação inicial
estejam em sintonia com uma pedagogia humanizada, que pressupõe a avaliação como
processos de regulação, ou seja, como uma avaliação formativa e contínua. A função da
avaliação é a de regular as aprendizagens ou os processos de aprendizagem rumo à direção
pretendida neste projeto. Cada docente tem autonomia para propor seu processo de
avaliação desde que não fira o que está estabelecido na Resolução N.º 251/CONSEPE, de 27
de novembro de 1997, que regulamenta o Sistema de Avaliação Discente da UNIR.
Assim, o processo de ensino e de aprendizagem do curso baseia-se na Resolução N.º
251, que entende que a “avaliação discente é parte integrante de um todo indissociável, no
que se refere ao processo de transmitir e promover o conhecimento científico. A avaliação
da aprendizagem deverá manifestar-se como instrumento identificador de crescimento do
discente, fornecendo-lhe a reflexão do conteúdo exposto. O processo avaliativo, assim como
toda ação educacional, não deve funcionar como objeto de pressão disciplinar”. Além desse
documento, a avaliação do processo de ensino e de aprendizagem tem por alicerce ainda a
Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional.
Nesse entendimento, a verificação do rendimento acadêmico ocorre ao longo do
período letivo considerando a frequência e a produção das atividades didáticas, o
comparecimento do estudante às aulas teóricas e práticas e às demais atividades previstas
neste Projeto Pedagógico do Curso.
Ressalta-se o Art. 1º da Resolução N.º 251/CONSEPE, que determina como obrigação
inerente à função docente o encaminhamento do Plano de Curso, no início de cada período
letivo, sendo uma recomendação que ele seja apresentado no primeiro encontro com os
discentes, para que estes possam conhecer a proposta da disciplina e do trabalho do docente.
O referido plano deve contemplar os critérios de avaliação, de preferência com a
programação dos dias em que ocorrerão as avaliações, o peso de cada instrumento avaliativo
e o conteúdo a ser avaliado.
Para o acompanhamento processual, cumulativo e contínuo da avaliação dos
acadêmicos do curso, os docentes utilizam como instrumentos: avaliações individuais, em
dupla ou em grupo através de provas escritas, seminários, memoriais, apresentações orais,
participação em organização de eventos acadêmicos, entre outros.
Recomenda-se um número exequível de avaliações que não se limite apenas a uma
prova e um trabalho avaliativo, porém ofereça diferentes possibilidades de mensurar o
processo ensino-aprendizado no componente curricular. Nesse aspecto são aconselháveis no
mínimo três formas de avaliação, incluindo uma prova.
O docente deverá informar aos discentes as formas e os critérios de avaliação de sua
disciplina aprovados pelo respectivo Colegiado, quando da homologação do seu Plano de
Curso, como determina o parágrafo único da Resolução N.º 251/CONSEPE. É recomendado e
solicitado que o/a professor/a encaminhe seus planos com prazos antecipados à
Coordenação do curso, os quais serão analisados pelo NDE e homologados pelo Colegiado,
conforme o Calendário Acadêmico.
As avaliações resultarão em apenas uma só nota, no período semestral, sendo seu
valor de zero a 100 em números inteiros. O discente será considerado aprovado se obtiver
aproveitamento igual ou superior a 60 na média final. Será aprovado ainda se tiver uma
frequência mínima de assiduidade de 75% da carga horária da disciplina. Conforme o Art.
5º da Resolução N.º 251/CONSEPE, o discente que obtiver média final inferior a 60 terá
direito a uma avaliação repositiva.
2.9.3. O instrumento de avaliação para alimentar o Sistema e-Mec deve conter as
informações exigidas pelo formulário editado pelo MEC - Anexo A
O roteiro proposto pelo INEP/MEC para avaliação das condições de ensino também
servirá de instrumento para avaliação, sendo constituído pelos seguintes tópicos: 1.
Organização didático-pedagógica: administração acadêmica, projeto do curso, atividades
acadêmicas articuladas ao ensino da graduação; 2. Corpo docente: formação profissional,
condições de trabalho, atuação e desempenho profissional; 3. Infraestrutura: instalações
gerais, biblioteca, instalações e laboratórios específicos. A avaliação do desempenho
docente será efetivada pelos alunos/disciplinas fazendo uso de formulário próprio e de
acordo com o processo de avaliação institucional. O instrumento de avaliação para
alimentar o sistema E-MEC será o que consta na Resolução N° 278/CONSEA, de 4 de junho
de 2012, no anexo A.
3. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA E ACADÊMICA DO CURSO
3.1. GESTÃO ADMINISTRATIVA E ACADÊMICA DO CURSO
a) Chefia de Departamento
Chefe do Departamento: Bianca Santos Chisté, CPF: 387.086.472-91. Portaria n°
594/2016/GR/UNIR, de 20 de junho de 2016.
Doutora em Educação Matemática pela Universidade Estadual Paulista, Campus de Rio
Claro, mestre em Ciências da Linguagem pela Universidade Federal de Rondônia, Campus
de Guajará-Mirim, especialista em Alfabetização e pedagoga, pela Universidade Federal de
Rondônia, Campus de Rolim de Moura. Atuou na Educação Básica durante 14 anos, sendo
6 anos no trabalho junto às crianças da Educação Infantil e 8 anos como professora
alfabetizadora. Atualmente desenvolve estudos e pesquisas sobre a temática da infância,
estabelecendo relações entre criança, educação, produção de imagens e educação
matemática. É professora do curso de Pedagogia e do Mestrado em Ensino de Ciências da
Natureza.
Vice-chefe do Departamento: Fabiano Amaral. CPF: 267.872.778-57. Portaria n°
921/2016/GR/UNIR, de 4 de outubro de 2016.
Professor Adjunto na Universidade Federal de Rondônia - UNIR. Graduação em Ciências
com Habilitação em Química (2004) pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep),
Mestrado em Agronomia com ênfase em Bioquímica Vegetal (2008) na Faculdade de
Ciências Agrárias do Campus do Lageado (Unesp – Botucatu), Doutorado em Química com
ênfase em Química Orgânica (2012) no Instituto de Química de Araraquara da Unesp e na
Università Degli Studi de Salerno - Itália, Pós-Doutorado no Instituto de Biociências do
Campus do Litoral Paulista na Unesp. Coordenador e docente do Programa de Pós-
Graduação em Ensino de Ciências da Natureza. Professor do quadro permanente do
programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade de Ecossistemas Costeiros e Marinhos
(UNISANTA – Santos). Ministra aulas na graduação nos cursos de Educação do Campo,
Agronomia, Engenharia Florestal, Engenharia de Pesca, Zootecnia e Pedagogia na UNIR de
Rolim de Moura. Tem experiência em Química de Produtos Naturais, atuando
principalmente no isolamento e identificação de metabólitos secundários de média e alta
polaridade com as técnicas de HPLC-UV, HPLC-ESI-MSn, RMN, CG, IV e UV.
b) Composição do NDE:
O NDE do Curso de Pedagogia do campus de Rolim de Moura foi implantado em junho de
2013 (Portaria nº 013/2013/DC/UNIR) e é composto por cinco membros titulares e cinco
membros suplentes. A composição atual do NDE tem a seguinte constituição (Portaria Nº.
11/2017/DCRM/UNIR, de 23 de junho de 2017):
Núcleo Docente Estruturante do Curso de Pedagogia
DOCENTE TITULAÇÃO REGIME DE
TRABALHO
TEMPO NO
NDE FUNÇÃO
Avacir Gomes dos
Santos Silva Doutora DE
Desde a
implantação Coordenadora
Bianca Santos Chisté Doutora DE Desde a
implantação
Membro
efetivo
Dirceu Bettiol Especialista 40 h Desde a
implantação
Vice-
coordenador
Nelbi Alves da Cruz Doutor DE 10/10/2016 Membro
efetivo
Paulo Aparecido
Dias da Silva Doutor DE 23/06/2017
Membro
efetivo
Flávia Pansini Doutora DE Desde a
implantação
Membro
suplente
Elisabete dos Reis
Venturoso Especialista 40 h
Desde a
implantação
Membro
suplente
Helionice de Moura
Silva Especialista 40 h
Desde a
implantação
Membro
suplente
Maria das Graças de
Araújo Mestre DE
Desde a
implantação
Membro
suplente
Flavine Assis de
Miranda Doutora DE
Desde a
implantação
Membro
suplente
3.2.1. Corpo docente
Quadro - Perfil do NDE - Titulares
Avacir Gomes
dos Santos
Silva
Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Rondônia
(1990), graduação em História pela Universidade Federal de Rondônia
(1994), mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Rondônia
(2007) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Goiás
(2011). atualmente é formadora do PNAIC - polo de Rolim de moura do
ministério da educação, formadora do PNAIC - polo de Rolim de Moura -
pacto nacional de alfabetização na idade certa e professora adjunta - nível
III da Universidade Federal de Rondônia. Tem experiência na área de
educação, com ênfase em métodos e técnicas de ensino, atuando
principalmente nos seguintes temas: culturas desviantes, história, história
de vida, comunidades ribeirinhas e projeto pedagógico.
Bianca Santos
Chisté
Iniciou sua atividade profissional como professora de crianças tanto na
Educação Infantil, como, posteriormente, nos dois primeiros anos do
Ensino Fundamental. Afetada pelo encontro com as crianças formou-se em
Pedagogia (2001), especializou-se em Alfabetização (2004), prosseguindo
seus estudos no mestrado em Ciências da Linguagem (2009) pela
Universidade Federal de Rondônia. Doutorou-se em Educação Matemática
pelo PGEM/UNESP/Rio Claro (2015), trazendo discussões sobre infância e
educação matemática. Atualmente é docente da Universidade Federal de
Rondônia - Campus de Rolim de Moura. Integra os grupos de pesquisa
Imago (UNESP/Rio Claro) e GEP (Vilhena/UNIR), estudando e pesquisando
questões relacionadas aos seguintes temas: infância, educação, experiência,
produção imagética e docência na infância.
Dirceu Bettiol
É graduado em Estudos Sociais e Geografia, especialista em
Psicopedagogia e Metodologia em Tutoria em Educação a Distância, atuou
como Professor do Ensino Fundamental e Médio na Escola Aluízio
Pinheiro Ferreira no período de 1982 a 1994, Editor Chefe da Revista
científica FAROL, Cidadão Honorário dos municípios de Rolim de Moura
e Costa Marques, detentor do título de Honra ao Mérito Educacional
Marechal Cândido Rondon, diretor de Escola Estadual Aluízio Pinheiro
Ferreira, diretor de Ensino da Secretaria Municipal de Educação de Rolim
de Moura, presidente de implantação da Delegacia Regional de Ensino de
Rolim de Moura, assessor educacional, gerente de Apoio ao Educando da
Delegacia Regional de Rolim de Moura, delegado regional de Ensino de
Rolim de Moura, chefe de Gabinete da Prefeitura e secretário de Estado da
Educação do Estado de Rondônia período de 1995 a 2008, professor de
Fundamentos e Prática de Educação Ambiental, Fundamentos e Prática de
Geografia, EAD, Trabalho de Conclusão de Curso e Organização de
Trabalhos Acadêmicos do curso de Pedagogia do Departamento de
Educação da Universidade Federal de Rondônia Campus de Rolim de
Moura.
Nelbi Alves
da Cruz
Possui licenciatura em Pedagogia (1995), mestrado em Educação pela
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) (2004) e doutorado em
Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) (2014).
Atualmente é professor da Universidade Federal de Rondônia, Campus
Rolim de Moura. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em
Formação e práxis político-pedagógica do professor, atuando
principalmente nos seguintes temas: formação continuada, pedagogia da
alternância, ensino-aprendizagem, educação do campo e associação de
estudantes.
Paulo
Aparecido
Dias
Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Rondônia
(2006), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Rondônia
(2011) e doutorado em Educação pela Universidade Federal do Amazonas
(2017). Atuou como professor na educação básica e atualmente é docente
do Magistério Superior na Universidade Federal de Rondônia - Campus de
Rolim de Moura - atuando com os seguintes temas: Educação Integral,
Concepções Pedagógicas e Políticas Educacionais.
3.2. RECURSOS HUMANOS
3.2.1. Corpo docente
Quadro - Perfil dos docentes que atuam no curso
Adriane
Pesovento
Doutora em Educação pela UFMT (2014), licenciada e bacharel em História pela
Universidade Federal de Mato Grosso (1999), Mestre em História pela
Universidade Federal de Mato Grosso (2004). possui experiência na área de
história, com ênfase em história do brasil, história indígena e regional, bem como
em disciplinas relacionadas aos fundamentos da educação. Trabalhou como
professora da educação básica durante 16 anos. Docente efetiva em história pela
secretaria de estado de educação em mato grosso entre os anos de 2000 e 2010.
Atua no ensino superior há 19 anos. Atualmente é professora da Universidade
Federal de Rondônia, instituição em que ministra aulas de história do Brasil
colônia, história do Brasil império, história da educação e didática. Participa do
GEPEA. Participou como membro da comissão para concorrer ao edital
MEC/SECADI para a implantação do curso de licenciatura em educação do
campo da UNIR. Foi coordenadora do curso de pedagogia da união das faculdades
de alta floresta. Coordenou a gestão de processos educacionais do PIBID - UNIR.
Coordenou o subprojeto PIBID história e a especialização em gênero e diversidade
na escola – GDE
Avacir Gomes
dos Santos
Silva
Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Rondônia (1990),
graduação em História pela Universidade Federal de Rondônia (1994), mestrado
em Geografia pela Universidade Federal de Rondônia (2007) e doutorado em
Geografia pela Universidade Federal de Goiás (2011). Atualmente é formadora do
PNAIC - Polo de Rolim de Moura do Ministério da Educação, formadora do
PNAIC - Polo de Rolim de Moura - Pacto Nacional de Alfabetização na Idade
Certa e professora adjunta - nível III da Universidade Federal de Rondônia. Tem
experiência na área de Educação, com ênfase em Métodos e Técnicas de Ensino,
atuando principalmente nos seguintes temas: culturas desviantes, história, história
de vida, comunidades ribeirinhas e projeto pedagógico.
Bianca Santos
Chisté
Iniciou sua atividade profissional como professora de crianças tanto na Educação
Infantil, como, posteriormente nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental.
Afetada pelo encontro com as crianças formou-se em Pedagogia (2001),
especializou-se em Alfabetização (2004), prosseguindo seus estudos no mestrado
em Ciências da Linguagem (2009) pela Universidade Federal de Rondônia.
Doutorou-se em Educação Matemática pelo PGEM/UNESP/Rio Claro (2015),
trazendo discussões sobre infância e educação matemática. Atualmente é docente
da Universidade Federal de Rondônia - Campus de Rolim de Moura. Integra os
grupos de pesquisa IMAGO (UNESP/Rio Claro) e GEP (Vilhena/UNIR) estudando e
pesquisando questões relacionadas aos seguintes temas: infância, educação,
experiência, produção imagética e docência na infância. Coordenou o subprojeto
PIBID de Pedagogia, do DEPED.
Dirceu Bettiol
É graduado em Estudos Sociais e Geografia, especialista em Psicopedagogia e
Metodologia em Tutoria em Educação a Distância. Atuou como professor do
Ensino Fundamental e Médio na Escola Aluízio Pinheiro Ferreira no período de
1982 a 1994, Editor Chefe da Revista científica FAROL, Cidadão Honorário dos
municípios de Rolim de Moura e Costa Marques, detentor do título de Honra ao
Mérito Educacional Marechal Cândido Rondon, diretor de Escola Estadual
Aluízio Pinheiro Ferreira, diretor de Ensino da Secretaria Municipal de Educação
de Rolim de Moura, presidente de implantação da Delegacia Regional de Ensino
de Rolim de Moura, assessor educacional, gerente de Apoio ao Educando da
Delegacia Regional de Rolim de Moura, delegado regional de Ensino de Rolim de
Moura, chefe de Gabinete da Prefeitura e secretário de Estado da Educação do
Estado de Rondônia no período de 1995 a 2008. Professor de Fundamentos e
Prática de Educação Ambiental, Fundamento e Prática de Geografia, EAD,
Trabalho de Conclusão de Curso e Organização de Trabalhos Acadêmicos do
curso de Pedagogia do Departamento de Educação da Universidade Federal de
Rondônia, campus de Rolim de Moura.
Elisabete dos
Reis Venturoso
Graduada em História (1999) e Pedagogia (1993) pela Universidade Federal de
Rondônia, campus de Rolim de Moura. Tem experiência na Educação Básica e no
Ensino Superior há 24 anos. Nos últimos 4 anos tem representado a Universidade
Federal de Rondônia no Conselho Municipal de Educação.
Fabiano
Pereira de
Amaral
Professor Adjunto na Universidade Federal de Rondônia - UNIR. Graduação em
Ciências com Habilitação em Química (2004) pela Universidade Metodista de
Piracicaba, (UNIMEP), mestrado em Agronomia com ênfase em Bioquímica
Vegetal (2008) na Faculdade de Ciências Agrárias do Campus do Lageado,
(UNESP – Botucatu), doutorado em Química com ênfase em Química Orgânica
(2012) no Instituto de Química de Araraquara (UNESP) e na Università Degli
Studi de Salerno - Itália, pós-doutorado no Instituto de Biociências do Campus do
Litoral Paulista na UNESP. Coordenador do Programa de Pós Graduação em
Ensino de Ciências da Natureza e vice-chefe do Departamento de Educação.
Professor do quadro permanente dos programas de Pós-Graduação em:
Sustentabilidade de Ecossistemas Costeiros e Marinhos (UNISANTA – Santos) e
do Programa de Mestrado em Ensino de Ciências da Natureza da UNIR. Ministra
aulas na graduação nos cursos de: Educação do Campo, Agronomia, Engenharia
Florestal, Engenharia de Pesca, Zootecnia e Pedagogia na Universidade Federal
de Rondônia. Tem experiência em Química de Produtos Naturais atuando
principalmente no isolamento e identificação de metabólitos secundários de média
e alta polaridade com as técnicas de HPLC-UV, HPLC-ESI-MSn, RMN, CG, IV e
UV.
Flávia Pansini
Possui graduação em Pedagogia, especialização em Alfabetização e mestrado em
Ciências da Linguagem pela Universidade Federal de Rondônia. Docente do
Departamento de Educação da Universidade Federal de Rondônia, campus de
Rolim de Moura e líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e
Psicologia na Amazônia (GEPPEA). Desenvolve estudos e pesquisas nas temáticas:
Formação Docente, Linguagem Escrita e Políticas de Educação Especial. Membro
sócio da Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial (ABPEE).
Atualmente cursa doutorado em Educação pela Universidade Federal do
Amazonas.
Flavine Assis
de Miranda
Doutora em Educação Escolar pela Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho (2010), mestre em Educação Brasileira pela Universidade Federal
de Juiz de Fora (2002), especialista em Políticas Públicas e Avaliação
Educacional pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1999). Graduada em
Pedagogia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1998). Professora Adjunta
da Universidade Federal de Rondônia, líder do Grupo de Pesquisa em Política,
Gestão e Avaliação da Educação Escolar - GPPGAE. Tem experiência de ensino
e pesquisa na área de Educação com ênfase nas seguintes temáticas: Avaliação
Educacional e Institucional; Sociedade, Estado e Educação; Políticas Públicas
Educacionais; Gestão Educacional; Legislação Educacional; Organização e
Sistemas de Ensino; Sociologia da Educação; Sociologia Rural e Educação do
Campo. Com interesse na interface entre estes com o pensamento educacional e
os processos sociais na realidade amazônica.
Helionice de
Moura Silva
Possui graduação em Letras (1994), especialização em Educação em Movimentos
Sociais (1998) e em Alfabetização (2004) pela Universidade Federal de
Rondônia, instituição onde é professora, no campus de Rolim de Moura. Tem
experiência na área de Educação, com ênfase em Ensino-Aprendizagem.
Luciana
Coladine
Bernardo
Gregianini
Possui graduação em Letras Português e Inglês pelas Faculdades Integradas de
Cacoal (2009). Tem experiência na área de docente (ensino superior) e
interpretação em LIBRAS. Pós-Graduação Lato sensu em LIBRAS (2010) e Pós-
Graduação em Didática do Ensino Superior (2013). Mestre em Letras pela
Universidade Federal de Rondônia. Membro pesquisador do Grupo Pesquisador
em Educação Intercultural na linha de pesquisa “Educação de surdos: um olhar à
identidade, cultura e língua”.
Kachia
Hedeny Techio
Possui doutorado (2011) e mestrado (2006) em Antropologia pela Universidade
Nova de Lisboa – UNL, ambos reconhecidos no Brasil pela Universidade Federal
de São Carlos – UFSCar. Desde 2013 é pesquisadora no CEPRES (Centro de
Estudos Políticos, Religiões e Sociedade) da UNIFAP, no Amapá. Tem interesses
em Business Anthropology, netnografia e análise de redes sociais, usabilidade e
estudos de tecnologia no desenvolvimento sustentável e meio ambiente.
Maria das
Graças de
Araújo
Graduada em História e Pedagogia com especialização em Metodologia do
Ensino e da Pesquisa Histórica e mestrado em Educação pela Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Professora do quadro efetivo do curso
de Pedagogia da Universidade Federal de Rondônia no campus de Rolim de
Moura. Tem experiência como professora de História e de disciplinas da área de
Educação no ensino Fundamental, Médio e Superior, respectivamente. É líder do
Grupo de Estudos e Pesquisas Materialismo Histórico e Dialético na Educação
GEPMHDE. Atua como pesquisadora em formação inicial e continuada de
professores e processos de aprendizagem de crianças, jovens e adultos no campo
da alfabetização e outras áreas do saber concernentes às Ciências Humanas.
Concluiu, através dos grupos de pesquisas dos quais faz parte, os seguintes
projetos: Projeto de Pesquisa e Extensão - Formação Continuada de
Alfabetizadores na Educação de Jovens e Adultos: Pedagogia Freireana e Teorias
Convergentes e Formação Inicial e Continuada de Professores: Quem São e o Que
fazem os Professores de Sociologia e Filosofia do Ensino Médio das Escolas de
Porto Velho e da Zona da Mata, ambos aprovados pelo Programa Institucional de
Bolsas, Trabalho Voluntário de Iniciação Científica e Apoio (PIBIC) e Formação
Inicial e Continuado de Professores da Escola Família Agrícola Chico Mendes do
Município de Novo Horizonte em Rondônia, como parte da linha de pesquisa
Movimentos Sociais e Educação do Campo do Grupo de Estudos e Pesquisas em
Psicologia e Educação na Amazônia - GEPPEA. Atualmente, desenvolve o projeto
de extensão e pesquisa intitulado Formação continuada de alfabetizadores para
jovens e adultos no assentamento Flor do Amazonas (2011-2012), a escrita da
memória de si a partir da categoria trabalho. Com projeto “Uma análise marxista
acerca da alfabetização e letramento na formação inicial e continuada de
alfabetizadores e saberes escolares e não escolares”, propõe a realização da tese
de doutorado em Ciências da Educação, que está em andamento.
Maria
Rosângela
Soares
Possui graduação em Matemática (2000) e em Física (2006) pela Universidade
Federal de Rondônia (2000), mestrado em Física - Aplicações em Física Médica
(2009) e doutorado na mesma área pela Universidade Federal de Sergipe (2016).
Supervisora de Proteção Radiológica - CNEN-0318. Atua principalmente nos
seguintes temas: Radiodiagnóstico, Radioterapia, Radioproteção Metrologia e
Dosimetria das Radiações, Calibração de Instrumentos, Termoluminescência,
Física aplicada e Simulação computacional de Monte Carlo - MCNPX.
Atualmente é docente da Universidade Federal de Rondônia e desenvolve pós-
doutorado junto ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares. Tem
experiência na área de Física, com ênfase em Física Geral, atuando
principalmente nos seguintes temas: radioproteção, radioterapia, física das
radiações, effective dose e heterogeneidade.
Marina Silva
Ruivo
Professora do curso de Pedagogia da UNIR, campus Rolim de Moura, é doutora
(2012) e mestre (2005) em Letras pela USP, mesma instituição onde se
bacharelou em Letras, com habilitação em Língua Portuguesa (2000). Sua
experiência na área tem ênfase em Ensino de Leitura Literária, Escrita Criativa,
Literaturas de Língua Portuguesa. Coordena atualmente o projeto de extensão
Amigos da Gente em Rodas de Histórias, no campus de Rolim de Moura da
Universidade Federal de Rondônia. Trabalhou por mais de dez anos como
preparadora de originais e revisora de textos freelancer para várias editoras
brasileiras.
Nelbi Alves da
Cruz
Possui Licenciatura em Pedagogia (1995) e mestrado em Educação pela
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) (2004), doutorado em Educação
pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) (2014). Atualmente é
professor da Universidade Federal de Rondônia, campus Rolim de Moura. Tem
experiência na área de Educação, com ênfase em Formação e práxis político-
pedagógica do professor, atuando principalmente nos seguintes temas: formação
continuada, pedagogia da alternância, ensino-aprendizagem, educação do campo e
associação de estudantes.
Pâmela
Vicentini Faeti
Professora efetiva no Departamento de Educação da Universidade Federal de
Rondônia em Rolim de Moura, RO, doutora pelo Programa de Pós-Graduação em
Educação da Universidade Estadual de Maringá (2017) e mestre em Educação
pela mesma universidade, na linha de pesquisa Formação de Professores.
Especialista em psicopedagogia Clínica e Institucional pela Universidade Estadual
de Maringá (UEM). Possui formação em fundamentos teórico-práticos de
coordenação de grupos pelo Instituto Pichon-Rivière (Porto Alegre). Graduada em
Pedagogia pela UEM, participou como bolsista do CNPq em três projetos de
Iniciação Científica - PIBIC (2008-2009), PIBIC (2009-2010) e PIBIC (2010-2011).
Atua como docente nos seguintes temas: ensino-aprendizagem, educação e
multiculturalismo, jogo e cultura, jogo e desenvolvimento, relações grupais,
iniciação à ciência e à pesquisa e estágio curricular supervisionado. É membro do
Grupo de Estudos em Psicopedagogia Aprendizagem e Cultura- Gepac da UEM –
CNPq.
Paulo
Aparecido
Dias
Possui graduação em Pedagogia (2006) e mestrado em Educação (2011) pela
Universidade Federal de Rondônia, doutorado em Educação pela Universidade
Federal do Amazonas (2017). Atuou como professor na educação básica e
atualmente é docente do Magistério Superior na Universidade Federal de
Rondônia, campus de Rolim de Moura, atuando com os seguintes temas:
Educação Integral, Concepções Pedagógicas e Políticas Educacionais.
Sylviane Beck
Ribeiro
Possui graduação em Engenharia Florestal (1994) pela Universidade Federal de
Santa Maria (1994), mestrado em Engenharia Agrícola (1999), mestrado em
Engenharia de Produção (1999) e doutorado em Engenharia Florestal pela
Universidade Federal de Santa Maria (2004). Atualmente é Professor Associado I
da Universidade Federal de Rondônia, professor e vice-coordenador do Programa
de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade Federal de Rondônia.
Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com
ênfase em Conservação da Natureza, atuando principalmente nos seguintes temas:
Etnobotânico, Produtos Não Madeireiros, Colheita Florestal.
Valdety Lopes
de Oliveira36
Professora substituta da Universidade Federal de Rondônia, campus de Rolim de
Moura. Formada em Letras e mestre em Estudos Literários. Tem experiência na
área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira, e atua na Educação Básica há
17 anos.
Quadro – Docentes lotados no DEPED e sua formação
Avacir
Gomes dos
Santos Silva
Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Rondônia
(1990), graduação em História pela Universidade Federal de Rondônia
(1994), mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Rondônia
(2007) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Goiás
(2011).
Bianca
Santos Chisté
Formou-se em Pedagogia (2001), especializou-se em Alfabetização (2004),
prosseguindo seus estudos no mestrado em Ciências da Linguagem (2009)
pela Universidade Federal de Rondônia. Doutorou-se em Educação
Matemática pelo PGEM/UNESP/Rio Claro (2015).
Dirceu Bettiol Graduado em Estudos Sociais e Geografia, especialista em Psicopedagogia
e Metodologia em Tutoria em Educação a Distância.
Elisabete dos
Reis
Venturoso
Graduada em História (1999) e Pedagogia (1993) pela Universidade
Federal de Rondônia, Campus de Rolim de Moura.
Flávia
Pansini
Possui graduação em Pedagogia, especialização em Alfabetização e
mestrado em Ciências da Linguagem pela Universidade Federal de
Rondônia. Docente do Departamento de Educação da Universidade Federal
de Rondônia, Campus de Rolim de Moura.
Flavine Assis
de Miranda
Doutora em Educação Escolar pela Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho (2010), mestre em Educação Brasileira (2002) e
especialista em Políticas Públicas e Avaliação Educacional (1999) pela
Universidade Federal de Juiz de Fora, mesma instituição onde se graduou
(1998).
Helionice de
Moura Silva
Possui graduação em Letras pela Universidade Federal de Rondônia (1994)
e especialização em Educação em Movimentos Sociais pela Universidade
Federal de Rondônia (1998) e em Alfabetização, pela Universidade Federal
36
Professora Substituta
de Rondônia, Campus de Rolim de Moura (2004).
Luciana
Coladine
Bernardo
Gregianini
Possui graduação em Letras - Português e Inglês - Faculdades Integradas
de Cacoal (2009). Tem experiência na área de docente (ensino superior) e
interpretação em Libras. Pós-Graduação Lato sensu em Libras (2010) e
Pós-Graduação em Didática do Ensino Superior (2013). Mestre em Letras
pela Universidade Federal de Rondônia-UNIR.
Maria das
Graças de
Araújo
Graduada em História e Pedagogia e especialista em Metodologia do
Ensino e da Pesquisa Histórica, com Mestrado em Educação pela
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Marina Silva
Ruivo
Doutora (2012) e mestre (2005) em Letras pela USP, mesma instituição
onde se bacharelou em Letras, com habilitação em Língua Portuguesa
(2000).
Nelbi Alves
da Cruz
Possui Licenciatura em Pedagogia (1995), mestrado em Educação pela
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) (2004) e doutorado em
Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) (2014).
Pâmela
Vicentini
Faeti
Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade
Estadual de Maringá (2017), mestre em Educação pela mesma
universidade, especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional -
UEM e graduada em Pedagogia - UEM.
Paulo
Aparecido
Dias
Possui graduação em Pedagogia (2006) e mestrado em Educação (2011)
pela Universidade Federal de Rondônia, e doutorado em Educação pela
Universidade Federal do Amazonas (2017).
Valdety
Lopes de
Oliveira37
Formada em Letras e mestre em Estudos Literários. Tem experiência na
área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira.
O chefe de Departamento atua na gestão do curso cumprindo com suas atribuições no
planejamento, coordenação e execução das atividades didático-pedagógicas e
administrativas desenvolvidas no DEPED. Conta com a atuação de todos os professores
lotados no departamento, conselheiros que participam ativa e concretamente nas decisões
pertinentes ao funcionamento do curso. Essa chefia atua fundamentada em princípios
democráticos buscando socializar as decisões com o Conselho Departamental e procurando
atender aos professores em suas especificidades. Relaciona-se também de forma amigável
com os discentes.
O NDE do curso de Pedagogia é constituído por cinco professores titulares e cinco
suplentes pertencentes ao corpo docente do curso, os quais se reúnem uma vez por mês para
tratar de assuntos relacionados à formulação, implementação e desenvolvimento do Projeto
37
Professora substituta.
Pedagógico do Curso, conforme prevê o regimento (anexo) do núcleo. Tem como
atribuições:
Elaborar e reelaborar o Projeto Pedagógico do Curso, subsidiando a formulação de
concepções, fundamentos e metodologia de implementação do curso e da formação;
Atualizar, periodicamente, o PPC;
Conduzir os trabalhos de reestruturação curricular, para aprovação no Colegiado de
Curso, sempre que necessário;
Fixar as diretrizes gerais dos planos de ensino das disciplinas do curso e suas
respectivas ementas;
Analisar e avaliar os planos de ensino dos componentes curriculares;
Zelar pela integração curricular interdisciplinar entre as diferentes atividades de ensino
constantes do currículo, respeitando os eixos estabelecidos pelo PPC;
Acompanhar as atividades do corpo docente;
Contribuir para a consolidação do perfil profissional do egresso do curso;
Promover e incentivar o desenvolvimento de linhas de pesquisa e extensão, oriundas de
necessidades da graduação, de exigências do mercado de trabalho e afinadas com as
políticas públicas relativas à área de conhecimento do curso;
Coordenar a elaboração e recomendar a aquisição de lista de títulos bibliográficos e
outros materiais necessários ao curso;
Zelar pelo cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso;
Supervisionar as formas de avaliação e acompanhamento do curso definidos pela
UNIR/Rolim de Moura;
Sugerir providências de ordem didática, científica e administrativa que se entendam
necessárias ao desenvolvimento das atividades do curso;
Zelar pela regularidade e qualidade do ensino ministrado pelo curso;
Promover o pleno desenvolvimento da estrutura curricular do curso.
Vinculados ao DEPED há cinco grupos de pesquisa:
GEPPEA – Grupo de Estudos e Pesquisas em Psicologia e Educação na Amazônia:
criado em 2006, tem como objetivo desenvolver estudos sobre as interfaces entre as
temáticas Psicologia e Educação, trabalhando em projetos de pesquisa e extensão voltados
para a realidade amazônica. Formado por professores e alunos da Universidade Federal de
Rondônia e docentes das redes municipais e estadual de Educação, o grupo busca fortalecer
práticas sistemáticas de estudo e pesquisa entre os acadêmicos da graduação e pós-
graduação e professores das redes públicas de ensino. Os temas básicos de pesquisa e estudo
são: fundamentos teórico-metodológicos da atividade educativa em uma perspectiva crítica;
contribuições da Psicologia para a compreensão dos processos de escolarização e as
atividades de ensino e de aprendizagem; repercussões de políticas públicas educacionais nos
processos educativo e escolar; processos educativos desenvolvidos no âmbito de
movimentos organizados da sociedade.
GPPGAE - Grupo de Pesquisa em Política, Gestão e Avaliação da Educação Escolar:
foi criado em 2005 com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de estudos sobre as
Políticas Públicas Educacionais, associadas à Avaliação Educacional, e seus reflexos na
Gestão de Sistemas e Unidades Escolares. A razão que motiva sua atuação é a consolidação
e o fortalecimento desta área de estudos com ênfase na realidade amazônica, sendo sua
intenção produzir conhecimentos e informações que auxiliem nos processos de gestão na
Educação. Nos últimos anos, o grupo vem expandindo sua atuação com vistas a construir
pesquisas que contribuíam para problematizar parte das histórias de Rondônia,
desenvolvendo investigações no campo das memórias e identidades dos migrantes
residentes em Rolim de Moura com pesquisas que contribuíam para problematizar a história
local, pretendendo desenvolver investigações que envolvam os conflitos políticos,
notadamente do que diz respeito ao cotidiano das práticas políticas.
GEPMHDE - Grupo de Estudos e Pesquisas: Materialismo Histórico e Dialético na
Educação: criado em 2006, diz respeito à preocupação com o estudo dos eixos integradores
das interconexões dos saberes nas diversas disciplinas do currículo de ensino. Busca
compreender e explicar a teoria do Materialismo Histórico e Dialético, como concepção
teórica e metodológica que orienta a compreensão dos fenômenos da natureza e da
sociedade refletidas no pensamento, avaliando o constante devir, que carrega consigo
contradições de continuidades, rupturas, análises e sínteses de fragmentos semelhantes,
diferentes e contraditórios que se inter-relacionam e formam a totalidade histórica das
dimensões da existência: natureza e sociedade, que são frutos de fatos e mudanças
incessantes nestes dois âmbitos da existência, refletindo-se no pensamento. Defende a
escola vinculada ao sistema produtivo, portanto ao trabalho como a escola científica que
gera o saber multifacetado nas várias dimensões do conhecimento.
GEAM – Grupos de Estudos e Pesquisas de Espacialidades Amazônicas: foi criado em
2012 com o objetivo de compreender as relações que são estabelecidas por meio da cultura e
da ocupação espacial em diferentes espaços e por diferentes grupos sociais ao longo do
processo de ocupação e colonização da região amazônica, com ênfase nas comunidades
portadoras de culturas desviantes, a exemplo das comunidades quilombolas, ribeirinhas,
indígenas que formam, entre outras, as configurações espaciais e culturais do Vale do
Guaporé (Rondônia).
CEMEHIA - Centro de Estudos Marxistas em Educação e História na Amazônia:
criado em 2014 é, inicialmente, um grupo que pretende desenvolver trabalhos de estudos e
pesquisas aplicando o método do materialismo histórico-dialético a partir de sua gênese em
Marx e Engels e nos aportes de Lênin e Mao Tsé-Tung, e futuramente congregar novos
grupos de estudos e pesquisas que comungam da mesma práxis. O grupo aplicará o conceito
de capitalismo burocrático na análise do subdesenvolvimento e atraso social do Brasil,
compreendido como um país semicolonial e semifeudal. Em relação à educação escolar e
educação popular, o CEMEHIA priorizará estudos sobre as políticas educacionais e o
processo de ensino-aprendizagem a partir de estudos de Vigotsky e seus colaboradores,
tendo como referência tanto a obra de Marx como daqueles que o utilizam em suas análises
para compreender as dinâmicas do processo educativo e das experiências históricas da
educação socialista e dos teóricos marxistas que desenvolvem análise sobre os problemas da
educação em países semicoloniais. O grupo deve ampliar a discussão sobre a teoria marxista
e firmar a luta por uma educação pública gratuita de qualidade. Os temas centrais serão as
categorias trabalho, imperialismo e capitalismo burocrático, fundamentais para a
compreensão do fenômeno educacional na América Latina e dos movimentos do capital nos
processos de dominação social, dentre os quais a educação escolar se destaca. Na área de
História, privilegiará os estudos sobre os conflitos e as lutas de classes a partir do século
XIX relacionados à questão agrária, educação e história das populações tradicionais e
movimentos sociais do campo a partir da ocupação recente da Amazônia.
O DEPED elabora anualmente seu Plano de Capacitação Docente de acordo com a
Resolução Nº 233/CONSEA, de 9 de março de 2018, que fixa as Normas para Afastamento
de Docentes da UNIR para Realizar Cursos de Pós-Graduação.
Os docentes do Departamento também atendem disciplinas de outros cursos do
campus: no Curso de Agronomia e Educação do Campo, com as disciplinas de Língua
Portuguesa e Libras.
Por sua vez, docentes dos cursos de Engenharia Florestal, Educação do Campo e
História do campus ministram disciplinas no curso de Pedagogia, bem do curso de Libras do
campus de Porto Velho, como pode ser observado no quadro.
A UNIR tem um setor para atendimento dos servidores, a Coordenadoria de
Qualidade de Vida do Servidor, vinculada à Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP).
Há necessidade de contratação de professor Pedagogo, doutor em Educação para
atuar na área de Pesquisa da Educação, de Introdução à Pesquisa em Ciências Humanas e de
Metodologia Científica.
3.2.2. Corpo discente
A UNIR, através de suas Pró-Reitorias de Graduação (PROGRAD), Pós-Graduação e Pesquisa
(PROPesq), de Cultura, Extensão e Assuntos Estudantis (PROCEA), conta com os seguintes
programas que atendem os discentes do curso de Pedagogia:
Programa de Monitoria Acadêmica (PMA)
O PMA é uma ação da PROGRAD criada com o objetivo de possibilitar uma maior
participação do aluno na realização de trabalhos práticos e experimentais, a partir de
experiências auxiliando o professor na preparação de material didático e em participações de
atividades de classe e/ou laboratório, colaborando ainda na orientação de alunos,
esclarecendo e tirando dúvidas em atividades de classe e/ou laboratório e participando de
atividades que propiciem o seu aprofundamento na disciplina, como revisão de texto,
resenhas bibliográficas e outras.
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC)
O PIBIC é uma ação da PROpesq para apoiar a política de iniciação científica, por
meio da concessão de bolsas de iniciação científica a estudantes de graduação integrados na
pesquisa científica sob a orientação de um docente. São objetivos do PIBIC:
- Despertar a vocação cientifica e incentivar novos talentos entre estudantes de
graduação;
- Contribuir para reduzir o tempo médio da titulação de mestres e doutores;
- Contribuir para a formação científica de recursos humanos que se dedicarão a
qualquer atividade profissional;
- Estimular uma maior articulação entre a graduação e pós-graduação;
- Contribuir para a formação de recursos humanos para a pesquisa;
- Contribuir para reduzir o tempo médio de permanência dos alunos na pós-
graduação;
- Estimular pesquisadores produtivos a envolver alunos de graduação nas
atividades científicas, tecnológica e artístico-cultural;
- Proporcionar ao bolsista, orientado por pesquisador qualificado, a
aprendizagem de técnicas e métodos de pesquisa, bem como estimular o
desenvolvimento do pensar cientificamente e da criatividade, decorrentes das
condições criadas pelo confronto direto com os problemas de pesquisa;
- Ampliar o acesso e a integração do estudante à cultura científica.
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID)
Tem por finalidade apoiar a iniciação à docência de estudantes de licenciatura plena
nas instituições de educação superior federais, estaduais, municipais e comunitárias sem fins
lucrativos, visando aprimorar a formação dos docentes, valorizar o magistério e contribuir
para a elevação do padrão de qualidade da educação básica. O PIBID é um programa
financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) que
tem como objetivo a concessão de bolsas de iniciação à docência para alunos de cursos de
licenciatura e para coordenadores e supervisores responsáveis institucionalmente pelo
programa. Os seus principais objetivos são:
- Incentivar a formação de professores para a educação básica, apoiando os
estudantes que optam pela carreira docente; valorizar o magistério, contribuindo para
a elevação da qualidade da escola pública;
- Elevar a qualidade das ações acadêmicas voltadas à formação inicial de
professores nos cursos de licenciatura das instituições de educação superior;
- Inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação,
promovendo a integração entre a educação superior e a educação básica;
- Proporcionar aos futuros professores a participação em experiências
metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar
e que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-
aprendizagem, levando em consideração o desempenho da escola em avaliações
nacionais, como Provinha Brasil, Prova Brasil, SAEB, ENEM, entre outras;
- Incentivar escolas públicas de educação básica, tornando-as protagonistas
nos processos formativos dos estudantes das licenciaturas, mobilizando seus
professores como coformadores dos futuros docentes.
Programa Institucional de Bolsas de Extensão e Cultura (PIBEX)
O PIBEX é uma ação da PROCEA que tem como objetivos:
- Fomentar ações de cultura e extensão promovidas pela instituição;
- Possibilitar aos discentes vinculados aos cursos de graduação presenciais da
Universidade Federal de Rondônia, através da concessão de bolsas, a participação
em ações de cultura e extensão;
- Consolidar atividades de cultura e extensão, em articulação com as práticas
acadêmicas de ensino e pesquisa, visando à interação transformadora entre a
Universidade e outros setores da sociedade por meio de processo interdisciplinar,
educativo e cultural.
Programa de Assistência Estudantil nas modalidades Moradia, Creche, Transporte,
Alimentação e Permanência
Programa da PROCEA cujos objetivos são:
- Diminuir a evasão, repetência e o desempenho acadêmico insatisfatório por
razões socioeconômicas;
- Possibilitar vivências e a construção de aprendizagens significativas
referentes ao ensino, extensão e cultura, através da concessão de bolsas e auxílios;
- Minimizar os efeitos das desigualdades sociais e regionais;
- Ampliar e democratizar as condições de permanência dos discentes
regularmente matriculados na Instituição;
- Contribuir para a inclusão social pela educação.
3.2.3. Técnicos Administrativos
- O Departamento de Educação não possui técnicos administrativos. Desde
2012 o Departamento de Educação e a Direção do Campus de Rolim de Moura têm
enviado documentos informando a necessidade de 3 técnicos administrativos para
atender ao DEPED e aos laboratórios (memorando N° 42 DEPED/RM/2012, de 3 de
julho de 2012, à direção do Campus de Rolim de Moura em resposta ao Memorando
Circular N° 07/2012/DCRM/UNIR, de 28 de junho de 2012, Memorando N°
118/2012-DCRM/UNIR, de 4 de julho de 2012 em reposta ao e-mail enviado pela
Diretoria de Recursos Humanos em 27 de junho de 2012, Memorando N° 55
DEPED/RM, de 3 de abril de 2017, memorando N° 201 DEPED/RM, de 28 de
novembro de 2017, memorando N° 28 DEPED/RM, de 5 de abril de 2018, os três
documentos enviados à Reitoria e à Pró-Reitoria de Administração), porém até o
momento não houve resposta aos documentos.
4. INFRAESTRUTURA
A) Descrição da estrutura administrativa do curso
O Conselho de Departamento do Curso de Pedagogia (CONDEP) é composto pelos 13
(treze) professores efetivos do curso de Pedagogia e 1 (um) representante discente.
Quadro – CONDEP – Pedagogia – UNIR/Campus de Rolim de Moura
Nome Área de formação Titulação Vínculo
Avacir
Gomes dos
Santos Silva
Pedagogia e História Doutora Dedicação exclusiva
Bianca
Santos Chisté Pedagogia Doutora Dedicação exclusiva
Dirceu
Bettiol
Estudos Sociais e
Geografia Especialista Dedicação exclusiva
Elisabete dos
Reis
Venturoso
Pedagogia e História Especialista Dedicação exclusiva
Flávia
Pansini Pedagogia Mestre Dedicação exclusiva
Flavine Assis
de Miranda Pedagogia Doutora Dedicação exclusiva
Helionice de
Moura Silva Letras Especialista Dedicação exclusiva
Luciana
Coladine
Bernardo
Gregianini
Letras Mestre Dedicação exclusiva
Maria das
Graças de
Araújo
Pedagogia e História Mestre Dedicação exclusiva
Marina Silva
Ruivo Letras Doutora Dedicação exclusiva
Nelbi Alves
da Cruz Pedagogia Doutor Dedicação exclusiva
Pâmela
Vicentini
Faeti
Pedagogia Doutora Dedicação exclusiva
Paulo
Aparecido
Dias
Pedagogia Doutor Dedicação exclusiva
Quadro – Representante discente do curso de Pedagogia
Nome Função Turma
Ana Claúdia Coelho Representante discente Acadêmica do 2º período de
Pedagogia, noturno
Quadro – Chefias de departamento e coordenações
Nome Função Local
Bianca Santos Chisté Chefe de Departamento DEPED
Fabiano Pereira do Amaral Vice-chefe de Departamento DEPED
Pâmela Vicentini Faeti Coordenadora Brinquedoteca
Marina Silva Ruivo Coordenadora Projeto Amigos da Gente em
Rodas de História
Nelbi Alves da Cruz Coordenador Laboratório de Ensinagem
Maria das Graças de
Araújo Vice-coordenadora Laboratório de Ensinagem
Flávia Pansini Coordenadora GEPEEA
Fabiano Pereira do Amaral Coordenador
Pós-Graduação – Mestrado
em Ensino de Ciências da
Natureza
Descrição do suporte administrativo do campus
Os cursos do campus da UNIR de Rolim de Moura contam com o suporte
administrativo dos seguintes setores: Conselho Superior do campus da UNIR de Vilhena
(CONSEC), Secretaria Acadêmica (SERCA), Coordenação de Serviços Gerais (CSG),
Biblioteca Setorial e Secretaria da Direção do campus de Rolim de Moura.
O Conselho Superior do campus da UNIR de Rolim de Moura (Consec) é composto
por membros docentes, discentes, técnicos e representantes da comunidade. Reúne-se
ordinariamente uma vez por mês (conforme calendário aprovado pelo Conselho) e,
extraordinariamente, sempre que houver necessidade ou sob pedidos justificados por parte
de qualquer um de seus membros.
A Secretaria Acadêmica (SERCA) é composta por cinco técnicos administrativos e
funciona regular e ininterruptamente de segunda a sexta-feira, das 7 horas às 21 horas.
A Coordenação de Serviços Gerais (CSG) é composta por quatro técnicos
responsáveis pela manutenção do campus da UNIR de Rolim de Moura. A Secretaria da
Direção está subordinada à Direção do campus de Rolim de Moura, bem como a
Coordenadoria de Orçamento e Finanças (COF), a Coordenadoria de Compras e Gestão de
Contratos (CCGC), a Coordenação de Patrimônio (COPAT) e a Coordenadoria de Serviços
Gerais (CSG).
O campus possui comissão para avaliação de estágio probatório, sendo esta nomeada
por meio de Ordem de Serviço; expedida pela Direção do campus, composta por três
docentes do quadro efetivo da UNIR de classe igual ou superior a do avaliado, de acordo
com a Resolução N° 65/CONSAD, de 18 de julho de 2008.
c) Equipamentos e laboratórios
Brinquedoteca
IDENTIFICAÇÃO BRINQUEDOTECA “PROFA. MARIA DE
FÁTIMA DE OLIVEIRA”
Disponibilidade Própria
Instalação
6 quebra-cabeças inclusão social, confeccionado em
MDF, até 60 peças, forma uma imagem de inclusão;
6 labirintos braille, confeccionado em E.V.A.
composto por 60 bases coloridas que se encaixam
entre si;
3 bolas confeccionadas em borracha, tamanho
número 8;
7 tapetes de letras, material EVA, contendo 26
peças (letras de A a Z);
7 bingos 83raile, material M.D.F., contendo 6
cartelas com 9 letras do alfabeto cada e até 260
peças;
2 raquetes esportivas, material corpo madeira,
revestimento corpo borracha, tamanho único, cor
preta, aplicação tênis de mesa, 2 lados revestidos;
2 jogos oware, material do produto madeira,
dimensões aproximadas 23x4x26 cm (Marca de
referência Mitra ou similar);
2 jogos bagha-chall, material madeira, dimensões
aproximadas 23x4x26 cm (Marca de referência
Mitra ou similar);
2 jogos fanorona, material madeira, dimensões
aproximadas 26x21x3cm (Marca de referência
Mitra ou similar);
10 jogos dominó, material marfim sintético,
aplicação lazer e entretenimento, composto por 28
peças;
7 brinquedos em geral, material feltro, tipo
fantoche, composto por 7 personagens, dimensões
26 a 42. Descrição complementar: personagens de
inclusão social;
2 bombas de ar, confeccionadas em plástico, com
sistema de inflar com duplo sentido;
2 escorregadores confeccionados em plástico
resistente, possuindo escada com até 4 degraus e 1
corrimão;
4 cavalinhos de plástico confeccionados em
plástico, com capacidade de até 30kg;
1 cama-elástica redonda com 4,27m de diâmetro,
lona de salto com proteção UV, proteção de molas
revestida em PVC, tela de proteção de malha fina,
com peso máximo suportado de 150kg, acompanha
escada de 3 degraus;
2 bolas de futebol confeccionadas em couro
sintético (PVC), tamanho 5;
2 bolas de vôlei confeccionadas em couro sintético
(PVC), pressão de 4-5 libras;
1 rede esporte, material náilon, material reforço
borda lona, cor verde, aplicação tênis de mesa,
com ajuste de tensão, acompanhada de dois
suportes de aço;
1 bola de tênis de mesa confeccionada em acetato
de celuloide, pacote contendo 6 bolas;
1 bola de pebolim confeccionada em resina,
embalagem contendo 6 bolas;
10 jogos da memória, material cartonado, com até
54 peças (27 pares);
2 jogos thaayam e pancha keliya, jogo em
tabuleiro de tecido dupla face, dimensões
aproximadas 40x 13 x 2,5cm (Marca de referência
Ludens Spirit ou similar);
1 relógio, material plástico, tipo parede, mostrador
digital, funcionamento pilha, indica
data/temperatura, fundo branco e algarismos,
diâmetro 28 a 30;
10 tangram, material MDF, contendo 70 peças
coloridas que formam 10 quadrados;
8 brinquedos em geral, material feltro, tipo
fantoche, composto por 7 personagens, dimensões
26 a 42, personagens de animais selvagens;
3 puffs em formato de dado confeccionado em
couro sintético, enchimento com flocos de isopor;
2 gangorras, em plástico rígido, com capacidade
para até 3 crianças;
1 balcão;
1 prateleira de madeira.
Capacidade 20 a 25 crianças por turno
Objetivos Desenvolver atividades, vinculadas ou não, a
projetos de pesquisas e extensão dos docentes do
curso de Pedagogia.
Propiciar apoio às atividades que visem à melhoria
dos processos de ensino e de aprendizagem na
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, em consonância com as necessidades
regionais.
Atender às crianças e aos professores das redes
municipal e estadual e da comunidade em geral em
atividades recreativas que contribuam no resgate
das brincadeiras e na aprendizagem das crianças.
Área total em m² 76,55 m²
Laboratório de Ensinagem
IDENTIFICAÇÃO LABORATÓRIO DE ENSINAGEM
“ORESTES ZIVIERI NETO”
Instalação
06 quebra-cabeça inclusão social, confeccionado
em MDF, até 60 peças, forma uma imagem de
inclusão;
06 labirinto 85raile, confeccionado em E.V.A.
composto por 60 bases coloridas que se encaixam
entre si;
03 bolas confeccionadas em borracha, tamanho
número 08;
07 tapetes de letras, material EVA, contendo 26
peças (letras de A a Z);
07 bingo 85raile, material M.D.F., contendo 6
cartelas com 9 letras do alfabeto cada e até 260
peças;
02 raquete esportiva, material corpo madeira,
revestimento corpo borracha, tamanho único, cor
preta, aplicação tênis de mesa, 2 lados revestidos;
02 jogo oware, material do produto madeira,
dimensões aproximadas 23x4x26 cm. (Marca de
referência Mitra ou similar);
02 jogo bagha-chall, material madeira, dimensões
aproximadas 23x4x26 cm. (Marca de referência
Mitra ou similar);
02 jogo fanorona, material madeira, dimensões
aproximadas 26x21x3cm. (Marca de referência
Mitra ou similar);
10 jogo dominó, material marfim sintético,
aplicação lazer e entretenimento, composto por 28
peças;
07 brinquedo em geral, material feltro, tipo
fantoche, composto por 7 personagens, dimensões
26 a 42. Descrição complementar: personagens de
inclusão social;
02 bomba de ar, confeccionada em plástico, com
sistema de inflar com duplo sentido;
02 bola de futebol, confeccionada em couro
sintético (PVC), tamanho 5;
02 bola de vôlei, bola confeccionado em couro
sintético (PVC), pressão de 4-5 libras;
01 rede esporte, material náilon, material reforço
borda lona, cor verde, aplicação tênis de mesa,
com ajuste de tensão, acompanhada de dois
suportes de aço;
01 bola de tênis de mesa, confeccionada em
acetato de celuloide, pacote contendo 6 bolas;
01 bola de pebolim, confeccionada em resina,
embalagem contendo 6 bolas;
10 jogo da memória, material cartonado, composto
por 1 jogo da memória com até 54 peças (27
pares);
02 jogo thaayam e pancha keliya, jogo em
tabuleiro de tecido dupla face, dimensões
aproximadas 40x 13 x 2.5cm. (Marca de referência
Ludens Spirit ou similar);
01 relógio, material plástico, tipo parede,
mostrador digital, funcionamento pilha, indica
data/temperatura, fundo branco e algarismos,
diâmetro 28 a 30;
10 tangram, material MDF, contendo 70 peças
coloridas que formam 10 quadrados;
08 brinquedo em geral, material feltro, tipo
fantoche, composto por 7 personagens, dimensões
26 a 42, personagens de animais selvagens;
01 balcão;
01 impressora em Brailler
04 armários
01 prateleira
30 cadeiras
02 mesas
Capacidade 40 pessoas
Objetivo
O Laboratório de Ensinagem do Curso de
Pedagogia consiste em um espaço de reflexão-ação
numa perspectiva do indissociabilidade entre teoria
e prática, destinado à produção de materiais
pedagógicos e de diferentes tecnologias de ensino
pelos professores e discentes do curso, tendo como
objetivo propiciar experimentações e inovações
pedagógicas, visando contribuir para a formação de
pedagogos que atuam ou atuarão na profissão
docente da Educação Básica e outros espaços que
exigem a referida profissão.
Área total em m² 76,55 m²
Fonte: Coordenadoria de Serviços Gerais - CSG - Campus de Rolim de Moura (2018).
● Biblioteca
A Biblioteca Setorial possui um espaço amplo, bem iluminado, mesas para pesquisas e
estudos dos acadêmicos, bem como algumas salas para estudo individualizado, além de
banheiros e bebedouros. O horário de funcionamento é das 7 horas às 21 horas,
ininterruptamente, de segunda a sexta-feira. Atualmente trabalham na biblioteca quatro
técnicos administrativos, sendo uma bibliotecária.
Com relação ao acervo bibliográfico específico para o curso de Pedagogia, existem
aproximadamente 2.447 livros disponíveis para consulta e estudos, porém, exceto alguns
títulos clássicos para o estudo do curso, boa parte encontra-se desatualizada. Esta
reformulação do Projeto Pedagógico visa também atualizar as referências adotadas no curso,
com vistas à aquisição pela administração superior. Com relação a periódicos e revistas,
apesar de reconhecermos a importância destes para a dinâmica do aprendizado, até o
momento ainda não constam assinaturas efetivadas. Aos alunos são disponibilizados cinco
computadores com acesso à internet, para fins de estudos e pesquisas.
● Infraestrutura básica utilizada no ensino:
Atualmente o curso utiliza duas salas de aula, cada uma composta por um quadro
branco, dois aparelhos de ar-condicionado, aproximadamente 47 carteiras, uma mesa e uma
cadeira para o professor. Possui dois notebooks que são utilizados como apoio às aulas.
Conta também com três laboratórios: Laboratório de Ensinagem e Brinquedoteca, a
Sala do Projeto “Amigos da Gente em Rodas de História” e o Centro de Estudos do
GEPPEA. A conectividade com a internet nem sempre atende às necessidades, pois quando
todos os computadores se conectam, compromete-se a qualidade da navegação.
Acessibilidade: O campus de Rolim de Moura possui os prédios com rampas de acesso com
corrimão para cadeira de rodas e banheiros adaptados para deficientes; entrada/saída com
dimensionamento, piso tátil direcional; ambientes desobstruídos que facilitam a
movimentação de cadeirantes e pessoas com deficiência visual. Dispõe de monitores para
acompanhamento dos acadêmicos nos estudos, e/ou mobilidade acadêmica.
a)
ESPECIFICAÇÕES DE PISOS
SETOR IDENTIFICAÇÃO m²
Prédio Central Direção, departamentos, secretaria
acadêmica e auditório 1.408,10 m²
Bloco 1 4 Salas de aula 237,60 m²
Bloco 2 6 Salas para laboratórios dos cursos e
sala de professores 437,17 m²
Bloco 3 7 Salas de aula 378,00 m²
Gabinete de Professores 8 gabinetes 145,66 m²
Biblioteca 10 salas 749,85 m²
Lab. de Estudos Pedagógicos - 4 salas 85,00 m²
PIBID
Bloco 04 9 salas 1.597,30 m²
Cantina Espaço de convivência 144,30 m²
Fonte: Coordenadoria de Serviços Gerais - CSG - Campus de Rolim de Moura (2017).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS