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ESPECIAL Avançam as tecnologias para monitorar estruturas e filtrar resíduos REJEITOS Descaracterização das barragens da Vale usará equipamentos operados por controle remoto Ano XLIII - Nº 404 - JANEIRO / FEVEREIRO 2020 Dedicada à Redução de Custos, Aumento de Produtividade e Manutenção Industrial na Mina e na Planta Dedicated to Cost Reduction, Productivity, Industrial Maintenance at the Mine and Plant www.revistaminerios.com.br

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ESPECIALAvançam as tecnologias para monitorar estruturas e filtrar resíduos

REJEITOSDescaracterização das barragens da Vale usará equipamentos operados por controle remoto

Ano XLIII - Nº 404 - JANEIRO / FEVEREIRO 2020

Dedicada à Redução de Custos, Aumento de Produtividade e Manutenção Industrial na Mina e na PlantaDedicated to Cost Reduction, Productivity, Industrial Maintenance at the Mine and Plant

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EDITORIAL04 Kiruna segue mudança de 10 mil para expandir mina

MERCADO06 ANM lança versão pública de sistema de gestão de barragens

REJEITOS08 Descaracterização de barragens da Vale usará equipamentos controlados a distância

COLUNA DO GEÓLOGO14 Disponibilidades de Áreas (ANM) abre oportunidades para pequenas e médias empresas, além de investidores

REJEITOS18 Com investimento de R$ 300 mi, CBA vai adotar em Alumínio (SP) total disposição a seco de resíduos até 202320 Soluções modulares para projetos turn key22 Monitoramento geodésico na barragem do Morro do Ipê (MG)24 Tubos lisos e corrugados de PEAD para sistemas de drenagem Máquina para uso em barragem tem versão não tripulada

PROCESSOS26 Programa na Ferro+ desenvolve 79 projetos de melhorias

MINA SUBTERRÂNEA28 Chuquicamata instala maior sistema e ventilação sob demanda

GEOTECNIA31 A gestão da qualidade no controle geotécnico para implantação e manutenção em barragens

LOGÍSTICA E OPERAÇÃO32 Cargas para o Pará em tempo recorde

REJEITOS33 Bomba de pistão faz bombeamento com 85% de sólidos

OPERAÇÃO34 Case de sucesso com solução de segurança na Mina de Serra Azul

REJEITOS E SEGURANÇA36 Implantação de empilhamento a seco em mina de ouro

GERENCIAMENTO37 Fiscalizar é proteger

DESMONTE38 Fabricante lança software de design de desmonte subterrâneo que permite aumentar a produtividade e reduzir custos de mina

RESÍDUOS39 Pioneirismo em disposição de rejeitos

CORREIAS40 Aplicação de sistema adesivo de alta resistência em correias

MEIO AMBIENTE41 Transformar a engenharia através da sustentabilidade

S U M Á R I O

Diretor Editorial / Editorial DirectorJoseph YoungEditor / EditorAugusto [email protected] / AdvertisingWanderlei Melo e Cristiano [email protected]ção / ProductionErgon ArtCirculação / [email protected] / Main OfficeAvenida Comendador Alberto Bonfiglioli, 351CEP: 05.593-000 / São Paulo / SP Telefone: (11) 3895-8590Toda a correspondência referente a pedidosde assinatura, consultas e mudanças deendereço deve ser enviada à revista Minérios & Minerales.Departamento de Circulação no endereço acimaSubscription request or information inquiries should be directed to the above address or [email protected]ços publicações impressasNº avulsos: R$ 12,00Nº atrasados: R$ 12,00Edição especial 200 Maiores Minas Brasileiras:R$ 30,00 (1 exemplar ano)Subscription 1 year airmail US$ 80.00Registro de Divisão está assentado no cadastro de Divisão e Censura de Diversões Públicas do D.P.F. sob nº 475.209/73-8190 - Livro B - Registro no 1º Oficio de Títulos e Documentos.Todos os direitos reservados. As opiniões e conceitos emitidos nos artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. Nenhuma parte do conteúdo desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida, de qualquer forma e por qualquer meio, sem a autorização, por escrito, dos editores.

Diretor responsávelJoseph Young

A revista Minérios & Minerales é umapublicação mensal dirigida aos técnicose executivos que exercem cargos de diretoria,gerência e supervisão das empresas demineração, metalurgia e siderurgia, órgãosgovernamentais e companhias de engenhariae tecnologia mineral.

JANEIRO / FEVEREIRO | 2020

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Foto capa (Vale/Divulgação): Visão aérea do canteiro e à direita a obra de contenção para atender a barragem Sul Superior na mina desativada Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG)

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E D I T O R I A L

Kiruna segue mudança de 10 mil pessoas para expandir minaEsta história talvez fosse impensável, se não ocorresse na Suécia

— um país considerado modelo em segurança social dos seus habi-tantes. Mas a mina de Kiruna operada pela estatal LKAB, a 160 km ao norte em direção ao Polo Norte, dá empregos aos moradores da região desde 1890 e a lavra subterrânea já chegou aos limites do nú-cleo urbano original.

A maioria dos moradores concordou com o projeto da empresa em mudar fisicamente a cidade para uma distancia de 3 km, levando “intactas” cerca de 30 construções históricas como a igreja local, que era considerada a mais bela do país desde sua inauguração. É um programa conjunto da municipalidade, população e LKAB.

Esse projeto de realocação da cidade de Kiruna tem custo esti-mado em US$ 1 bilhão, bancado pela mineradora, conforme a legis-lação sueca sobre mineração. A maioria dos 10 mil habitantes — de um total de 40 mil habitantes na região de Malmgalten, dos quais 17 mil dependem de forma direta ou indireta da LKAB — topou em se mudar. Há quem reclame que o novo sítio não tem a paisagem deslumbrante que a cidade original desfrutava, que foi a primeira ci-dade projetada como núcleo urbano na Suécia, para alojar os traba-lhadores da mina. O projeto novo aproveitou os desníveis da região e voltou a maioria das edificações para o sol — importante fonte de calor no clima polar.

Outros se queixam, entretanto, da perda de memória do lugar. Quando o povoado começou a ser erguido, não havia transporte pú-blico. Diante do clima rigoroso, tudo tinha que ficar a uma distância acessível a pé. Quando a ferrovia chamada Malmbanan foi concluída em março de 1888 em Malmberget e em outubro de 1899 chegou a Kiruna, a mineração de ferro de fato deslanchou. As primeiras cabanas dos mineiros foram construídas com material que estivesse disponível — era comum reaproveitar as tábuas das caixas que traziam a carne suína da América. Essas cabanas ganharam o apelido de “pork boxes”.

Naquela época agora longínqua, mesmo o planejamento a longo prazo de então não ousou imaginar que a produção de minério de ferro pudesse se prolongar até os dias de hoje - e a mina subterrânea alcançar os limites físicos do perímetro urbano!

A natureza é belíssima na Lapônia, mas as condições são duras, temperatura de -20°C, o fenômeno das “luzes ao norte” ocorre à noi-te em certas épocas, 27 dias de noite polar, mas também o sol da meia noite no verão durante 47 dias, começando em maio!

Em Nord Cap, o ponto mais setentrional do continente europeu, o sol nesta época descreve uma trajetória descendente na medida que se aproxima a meia noite; quando se imagina que vai se esconder no horizonte, o sol começa a se levantar de novo.

A empresa deu aos habitantes três opções — receber um apar-tamento novo para morar, vender a casa atual a preço 25% acima do mercado e, se for tecnicamente viável, deslocar a casa atual sobre uma carreta para o novo sítio da cidade.

A opção de paralisar a mina de Kiruna nem sequer foi cogitada porque mataria a economia regional, além da sua sólida contribuição às receitas de exportação da Suécia. Equivale ainda a abandonar uma das minas mais eficientes do mundo, com elevado nível de automa-ção e alta percentagem de funcionários mulheres, cuja produção de magnetita tem colocação garantida no mercado global! Nesta região estão 80% das reservas de ferro da Europa.

A premissa é entregar partes do núcleo urbano novo prontas e funcionando, com moradias, comércio, esportes e lazer, fazer a mu-dança dos moradores em seguida, antes de desativar as edificações antigas. O país mantém alto padrão de vida e consolidou uma cultura de segurança social em torno da população. Um exemplo singelo pre-senciado pelo jornalista: ao deparar com um cidadão adormecido no túnel de acesso ao metro de Estocolmo, à noite, ele procurou ajuda de um policial que o tranquilizou de imediato: já chamou um taxi que vai levá-lo para casa.

A história da mudança física de Kiruna é um exemplo inspirador, agora que a Agência Nacional de Mineração começa a cobrar os pra-zos para se desativar as barragens de rejeito construídas pelo método a montante. Realocar as comunidades do entorno quando necessário e manter sua qualidade de vida e tradições — deve também entrar no radar das empresas de mineração. É parte da sua licença social para operar.

Casa transportada para outro local onde a cidade dará lugar à mineração

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M E R C A D O

ANM lança versão pública de sistema de gestão de barragens

A Agência Nacional de Mineração (ANM) lançou a versão pública do sistema que vai gerar as informações sobre barragens de minera-ção. O Sistema Integrado de Gestão de Barragens de Mineração (SI-GBM) está disponível e todos os cidadãos podem acompanhar em tempo real como está a situação das estruturas de rejeitos no país. O sistema disponibiliza informações como categoria de risco, altura, volume e método construtivo da barragem, dano potencial, entre ou-tros. São dados sobre 816 barragens de mineração.

Venda de ativos aprovada pelo CadeA mineradora Vale recebeu autorização do Cade (Conselho Ad-

ministrativo de Defesa Econômica) para uma operação de venda de ativos à Mineração Serra Azul, empresa do Grupo AVG, que atua em vários negócios. A venda envolve as minas de minério de ferro Emesa e Santanense e uma planta de processamento de minérios. Os ativos haviam sido adquiridos pela Vale da Ferrous Resources e ficam na região de Itatiaiuçu (MG). Não foi revelado os valores da negociação.

Samarco deve retomar operação em Anchieta (ES)

Com a retomada da atividade minerária no Complexo de Mariana (MG), a Samarco deve recolocar em funcionamento suas operações em Anchieta (ES). Uma das usinas da unidade deve ser acionada até o final do ano. Um extenso programa de recomissionamento da planta deve ser feito ao longo de 2020, pois a mesma ficou fechada por cin-co anos, desde o rompimento da barragem de Fundão. Mais de R$ 80 milhões devem ser aplicados nessa operação.

Ibram vai buscar know how para funding de empresas juniores

O diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Flávio Penido, diz que o Brasil tem uma área de 13 milhões de km² de território para explorar, mas que boa parte é geologicamente desconhecida. “Precisamos investir nas pequenas empresas e fazer pesquisa mineral. Na Austrália e Canadá, existem as bolsas de valores focadas em juniors companies. “Em março, nossa missão no PDAC em Toronto, Canadá, será negociar acordos que tragam para o Brasil algo parecido com estas bolsas”. O executivo acredita também que em 15 anos, menos de 40% dos funcionários das mineradoras estarão fisica-mente em campo, graças ao uso de novas tecnologias.

Depois de alteamento, Anglo American obtém licença de barragem

A Anglo American informou que obteve licença de operação de barragem no complexo de minério de ferro Minas-Rio, em Conceição do Mato Dentro (MG), após fazer alteamento da estrutura para aten-der a última etapa do projeto. Com a licença, a mineradora caminha-rá para a etapa final de produção de 26,5 milhões t/ano de minério de ferro.

Aura Minerals tenta levantar R$ 800 mi na bolsa

A Aura Minerals, dona de sete minas de ouro e cobre na América Latina, inclusive no Brasil, pretende fazer IPO (oferta pública inicial) na bolsa de valores de São Paulo (B3) em abril. A empresa quer le-vantar R$ 800 milhões para seus projetos. A mineradora já é listada na bolsa de Toronto, no Canadá, e tem sede na Flórida, nos Estados Unidos.

Codelco conclui emissão de US$ 2 bi em Nova York

Foram colocados US$ 1 bilhão em títulos com prazo de 10 anos e US$ 1 bilhão nos títulos de 30 anos emitidos em setembro passado, a taxas de 3,175% e 3,958%, representando 135 e 165 pontos sobre os bonds do Tesouro americano. Essa emissão libera recursos para investimentos nos projetos Chuquicamata Subterranea, Nuevo Nivel Mina, Rajo Inca e Traspaso Andina.

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Depois de alteamento, Anglo American obtém licença de barragem

A Anglo American informou que obteve licença de operação de barragem no complexo de minério de ferro Minas-Rio, em Conceição do Mato Dentro (MG), após fazer alteamento da estrutura para aten-der a última etapa do projeto. Com a licença, a mineradora caminha-rá para a etapa final de produção de 26,5 milhões t/ano de minério de ferro.

Aura Minerals tenta levantar R$ 800 mi na bolsa

A Aura Minerals, dona de sete minas de ouro e cobre na América Latina, inclusive no Brasil, pretende fazer IPO (oferta pública inicial) na bolsa de valores de São Paulo (B3) em abril. A empresa quer le-vantar R$ 800 milhões para seus projetos. A mineradora já é listada na bolsa de Toronto, no Canadá, e tem sede na Flórida, nos Estados Unidos.

Codelco conclui emissão de US$ 2 bi em Nova York

Foram colocados US$ 1 bilhão em títulos com prazo de 10 anos e US$ 1 bilhão nos títulos de 30 anos emitidos em setembro passado, a taxas de 3,175% e 3,958%, representando 135 e 165 pontos sobre os bonds do Tesouro americano. Essa emissão libera recursos para investimentos nos projetos Chuquicamata Subterranea, Nuevo Nivel Mina, Rajo Inca e Traspaso Andina.

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Augusto Diniz - Nova Lima (MG)

A Vale deve finalizar ainda neste primeiro semestre os projetos de engenharia para dar continuidade a descaracterização das barra-gens com alteamento a montante em Minas Gerais. As iniciativas fo-cam na segurança dos trabalhos nas estruturas e envolvem inovações nunca antes aplicadas no país.

O engenheiro civil Carlos Miana, gerente-executivo do Programa de Descaracterização de Barragens da Vale, explica que logo após o rompimento da barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, em Bruma-dinho (MG), em janeiro de 2019, decidiu-se pela descaracterização imediata de nove barragens alteadas a montante da empresa em Mi-nas Gerais.

Todas as nove barragens, de acordo com a mineradora, estavam inativas do ponto de vista de recebimento de rejeitos antes do aci-dente de Brumadinho, e ficam localizadas no Quadrilátero Ferrífero. Em uma delas (a Sul Superior), na Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, a operação foi encerrada em 2016. Nas demais as minas continuam operacionais, mas as barragens já não recebiam rejeitos.

Além da Sul Superior, o projeto de descaracterização inclui as bar-ragens B8, Vargem Grande, Fernandinho, B3/B4 (Nova Lima), Grupo e Forquilhas I, II e III (Ouro Preto).“A gente conceituou o projeto dessas barragens em 45 dias, fizemos o protocolo nos órgãos e começamos a trabalhar”, lembra.

Segundo ele, essa etapa inicial precedeu até as novas regulamen-tações baixadas pós-Brumadinho, mas hoje a Vale vem atuando em consonância com as medidas recém-impostas pelos órgãos regulado-res para as barragens de rejeitos.

“A etapa inicial foi trabalhar as estruturas em caráter de emer-

gência. Tinhamos cinco estruturas (dentre as nove) em nível 2 ou 3 de alerta. Basicamente, o que trabalhamos ano passado foi aumentar o fator de segurança dessas barragens”, explica o gerente-executivo.

O nível 2 e 3 que se encontra algumas estruturas, Carlos Miana esclarece que não houve nenhuma mudança na condição das mes-mas depois do rompimento da barragem de Brumadinho.

“As estruturas permanecem com os mesmos parâmetros físicos. O que houve é que foram mudados o nível de alerta das estruturas na legislação (pós-Brumadinho), alterando o fator mínimo de segurança. Houve também revisão por meio de consultores e auditores de mui-tos critérios e adotou-se índices mais conservadores. Eles recomen-daram que se colocasse nível de alerta e se fizesse ações para elevar a segurança dessas estruturas”, esclarece.

Retirar e evitar água nas barragensUma das primeiras medidas emergenciais foi retirar a água das

nove estruturas. “Um dos principais fatores que aumenta o risco de liquefação (fenômeno apontado com a causa do rompimento da bar-ragem com alteamento a montante em Brumadinho) é exatamente o alto nível de água freática da barragem”.

Carlos Miana explica que para aumentar a estabilidade foi pre-ciso trabalhar com duas atividades: secar a estrutura e fazer o seu reforço físico.

“Secamos superficialmente as barragens com um sistema de bombeamento. Em abril do ano passado já não tinham mais água”, conta.

No entorno das nove barragens foi construído também 15 km de canais para que a água de chuva fosse drenada, já que as estruturas ficam em vales e a água é carreada naturalmente para o local.

Descaracterização de barragens da Vale usará equipamentos controlados a distância

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“Isso foi feito para evitar que as barragens recebam aporte de água depois de esvaziadas”. Esses canais ficaram prontos no final do ano e tem funcionado bem, de acordo com o executivo.

“Trata-se de uma drenagem periférica. A água é canalizada e pas-sa depois por uma contenção de sedimentos por meio de sumps (re-servatórios) operacionais”. Nos sumps, a água sofre decantação e de-pois do controle de turvidez, continua o caminho que anteriormente seguia a jusante da barragem.

Já para retirada de água de chuva no espelho das barragens, portanto não desviada pelos canais construídos, o sistema de bom-beamento que havia sido usado anteriormente para esvaziamento de água das estruturas segue sendo acionado, para deixá-las com o menor nível de água possível e ainda diminuir a infiltração.

O gerente-executivo do Programa de Descaracterização de Barra-gem da Vale acrescenta que em duas estruturas se perfurou poços, mapeados a partir da hidrogeologia da região, para retirar aportes subterrâneos de água.

“Perfuramos poços no entorno para interceptar esses aportes para que a gente possa fazer o bombeamento da água subterrânea para superfície, e fazer a redução de água do nível da barragem”.

Esses poços já estão em fase de testes para fazer esse bom-beamento. “Isso reduzirá a contribuição de água para o interior da estrutura. Com o tempo, o próprio sistema de drenagem adotado fará a barragem receber menos contribuição de água, aumentan-do a segurança”.

Estruturas de contençãoDentre as nove barragens de alteamento a montante com tra-

balho de descaracterização imediato decididos pela Vale, quatro

Descaracterização de barragens da Vale usará equipamentos controlados a distância

A estrutura de Barão de Cocais (MG) feita em CCR (concreto compactado com rolo)

tem 36 m de altura e 330 m de extensão

Carlos Miana, gerente-executivo do Programa de Descaracterização de Barragens da Vale

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encontra-se com nível de alerta de segurança 3, o mais alto. Então, decidiu-se construir três estruturas de contenção a jusante dessas barragens.

“O objeto dessas estruturas de contenção é fazer, em caso de rompimentos dessas quatro barragens, a retenção dos rejeitos”.

A primeira delas está quase concluída e fica em Barão de Cocais, para atender de forma emergencial a barragem Sul Superior, da mina desativada de Gongo Soco.

Outra, também em fase final de obras, fica no vilarejo de Ma-cacos, que faz parte de Nova Lima, e é para retenção da barragem B3/B4. E a última atende as barragens do site de Fábrica, em Con-gonhas (MG).

A contenção de Barão de Cocais é uma estrutura feita de CCR (concreto compactado com rolo) de 36 m de altura, com aproximada-mente 180 mil m³ de concreto e 330 m de extensão.

A estrutura para contenção da B3/B4 é muito semelhante em dimensão a de Barão de Cocais, mas foi erguida com método de en-rocamento.

E a terceira estrutura, que fica na divisa dos municípios de Ouro Preto e Itabirito, é para contenção de rejeitos no complexo da Mina de Fábrica, que tem as barragens de Forquilhas 1, 2 e 3 e Grupo, onde duas delas (a 1 e a 3) estão em nível 3 de alerta.

“Mas as outras duas, por efeito sinérgico, podem ter algum pro-blema em caso de rompimento das duas com nível 3 de alerta”, jus-tifica Carlos Miana a contenção para atender todas as barragens do complexo.

A estrutura de contenção para a Mina de Fábrica é de quase 60 metros de altura, com 400 m de largura. Ela deve ser concluída entre os meses de abril e maio.

“São três iniciativas (as estruturas de contenção) proativas. Es-

A barragem B8 na mina de Águas Claras, em Nova Lima (MG), já descaracterizada, exigiu construção de um canal em seu centro

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sas estruturas estão de 6 a 11 km das barragens e foram feitas para mitigar um efeito de eventual rompimento”. As pessoas que viviam onde o rejeito eventualmente poderiam atingi-las, antes de alcançar as estruturas de contenção, foram removidas.

Para construção dos canais no entorno das barragens e as es-truturas de contenção foi mobilizado 6 mil trabalhadores. Só para as estruturas de contenção estão envolvidas 18 empresas com 875 equipamentos em operação . Os investimentos na descaracterização alcançam no total R$ 8,6 bilhões.

A primeira barragem descaracterizadaApós essas duas grandes intervenções emergenciais nas nove

barragens alteadas a montante, a equipe da Vale envolvida no pro-grama irá começar o trabalho em si de descaracterização.

Carlos Miana explica que atualmente os projetos de engenharia

para a descaracterização estão em fase final de elaboração e devem ser terminados ainda nesse primeiro semestre do ano.

Mas já há algumas definições. As barragens Sul Superior e a B3/B4, por exemplo, serão removidas por completo.

A barragem 8B, que fica na mina desativada de Águas Claras (onde hoje funciona o centro administrativo da Vale), em Nova Lima (MG), foi concluída no final do ano passado a sua remoção e exempli-fica bem como é feito esse processo.

“Tiramos toda a água dela. Depois, fizemos um aterro de enroca-mento a jusante com objetivo de garantir estabilidade de longo prazo da estrutura, atendendo a nova regulamentação do setor. E após a retirada do alteamento e a reconformação do terreno, construímos um canal ao centro onde era a barragem para que haja a garantia hidrológica da região”.

Toda a água que acumulava no antigo barramento passa agora pelo canal, no qual foram utilizado 50 mil t de pedra para sua cons-trução. É importante ressaltar que a maioria do barramento de rejei-to em qualquer mineradora tem papel também de fazer regulação hidrológica, principalmente em período de chuvas.

A área onde ficava a barragem B8 foi revegetada. Uma manta ve-getal foi colocada em uma área de 12.700 m² e plantadas mil mudas de espécies nativas da região. Segundo a Vale, a estrutura contava com Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) e não possuía nível de alerta, de forma que os trabalhadores puderam acessar a barragem sem nenhuma restrição.

Duas a três barragens das nove programadas para descaracteri-zação vão receber aterro a jusante, que funciona como reforço da estrutura e também como forma de descaracterizar aquela estrutura alteada a montante. “Isso elimina o risco de falha por liquefação das estruturas. A próxima etapa, feito esse aterro, é realizar a conforma-ção do local”.

Quatro barragens entre as nove também receberão reforço a ju-sante, mas haverá outras ações de descaracterização a serem imple-mentadas.

Inovações“Para o processo de descaracterização está sendo feito estudos

a fundo, por consultorias e empresas de auditorias técnicas. Mas al-gumas atividades que garantirão a segurança, durante a execução, se não forem bem controladas, trazem riscos a estrutura. A própria execução traz risco”, diz o gerente.

Ele expõe que a intervenção das estruturas se dará de forma cui-dadosa. “Primeiro tira-se um pouco de rejeito e observa a resposta do monitoramento. Se está normal, prossegue. Havendo alguma va-riação, ajusta-se no que for necessário”.

Essas variações podem ser motivadas, por exemplo, pelo ritmo muito intenso dos trabalhos. “A execução traz risco a estrutura. Todas as ações mudam o estado de tensão da estrutura, dos rejeitos como um todo. Conforme resposta, vai-se acelerar ou reduzir o ritmo da implantação. Vai tudo ser feito pautado pela segurança”, afirma.

Miana diz que nunca foi feito nada semelhante na indústria de mineração e o que será usado na descaracterização de barragens “tem muita inovação tecnológica”, notadamente por que em muitos casos trabalhadores não poderão acessar as estruturas.

Uma delas são os equipamentos controlados remotamente, ou seja, sem operador dentro do veículo. “Havia aplicações para trator de esteira, adotada na Mina de Brucutu (da Vale localizada

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em São Gonçalo do Rio Abaixo), que pode ser autônomo ou guia-do em uma cabine remota, mas os equipamentos de menor porte, que serão necessários para entrar nessas barragens, eles não têm essa tecnologia”.

A equipe de descaracterização então teve que trabalhar para ter operação remota de equipamentos como carregadeira, escavadeira e caminhão.

“Já estamos treinando os operadores, que têm que saber traba-lhar nesse ambiente remoto. É um desafio grande. Dirigir um cami-nhão remotamente é difícil para operador, porque precisa perceber as ondulações. Não é só dirigir remotamente, mas ter instrumentos que traga informações ao operador para que ele possa ver as inter-ferências todas”.

Outra inovação que a Vale está trabalhando nesse campo é a ins-peção precisa de barragens com drones. Ele lembra que para instalar piezômetros automáticos nessas barragens de nível de alerta eleva-do, teve-se que treinar especialistas de rapel pendurados em helicóp-tero para executar o serviço.

A chamada linha de vida, que são acessórios de segurança para os trabalhadores, Carlos Miana relata que há estudos apro-fundados nesse campo para oferecer mais segurança em regiões difíceis de intervenção.

Há ainda análise de métodos de adoção de estacas sem causar vibração nas estruturas.

Diques de montante construídos sobre rejeitos em barragens al-teadas a jusante também serão descaracterizados. Eles foram colo-cados para otimizar a disposição de rejeito e garantir que finos não cheguem a pontos de captação de água, para reutilização de água no processo. “Eles estão sujeitos a liquefação, mas já fizemos estudos e o rompimentos deles ficaria limitado dentro das estruturas”, diz.

A Vale aponta que a barragem de Fernandinho, no Comple-xo de Vargem Grande, será a segunda estrutura a ter finalizada a descaracterização e isso deve ocorrer ainda esse ano. As outras dependem do andamento dos trabalhos, mas as intervenções de-vem prosseguir até 2027.

DesafiosOs principais desafios apontados pelo responsável pela desca-

racterização de barragens da Vale é desenvolver engenharia que não existe no Brasil para a prática. Além disso, tem a questão regulatória, que vem caminhando junto com o programa da Vale.

“A construção das estruturas de contenção em tempo curto também foi um grande desafio”, cita. “Entrar nas estruturas a partir de agora e fazer os reforços concomitante com o monitoramento será algo de difícil execução”.

Ele entende que observar o comportamento da estrutura e fazer os ajustes das intervenções devido ao comportamento geotécnico da barragem é essencial.

A antiga barragem B8 antes da descaracterização e após o trabalho de reconformação do terreno

Obra da conteção da B3/B4 em Nova Lima (MG)

Execuções de contenção na divisa Ouro Preto/Itabirito (MG)

R E J E I T O S

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www.revistaminerios.com.br | 13

Descaracterização x DescomissionamentoO gerente-executivo Carlos Miana explica a diferença de desca-

racterização de barragem e descomissionamento, termo amplamen-te utilizado imediatamente após o acidente de Brumadinho.

“A primeira etapa é o descomissionamento, que é a fase de pa-ralisar o funcionamento daquela estrutura. É a etapa de retirar toda a infraestrutura física de operação dessa barragem, incluindo tubula-ções e sistemas de bombeamento”, explica.

“Aí entra a segunda fase de estabilização geotécnica de longo prazo, algumas adequações, como reforço da estrutura e garantia do trânsito de cheia (por conta das chuvas)”, diz. A essa etapa junto com a primeira, de descomissionamento, chama-se descaracterização, in-forma Carlos Miuna, ressaltando que essa nomenclatura consta na nova regulamentação de barragens.

Monitoramento de barragensJá existia sistema de monitoramento das barragens da Vale em

tempo real, mas a empresa informa ter ampliado bastante o progra-ma, adotando novas tecnologia, radares, sensores, estações robóti-cas e câmeras com inteligência artificial para processamento de ima-gens capaz de perceber qualquer movimento na estrutura.

Além de um Centro de Monitoramento Geotécnico de suas barra-gens em Nova Lima, a mineradora abriu mais um em Itabira, na Mina de Conceição, com as mesmas funcionalidades do primeiro, operan-do 24 horas ao dia.

“Estamos com um sistema de inteligência para tratamento desses

dados para aumentar a capacidade de predição”, diz. São 111 barra-gens que os dois centros monitoram.

“Vamos continuar investindo na nossa capacidade de monitora-mento, um pilar forte na nossa governança de geotecnia”. O sistema de governança da Vale a que se refere Carlos Miona é pautado hoje pela diminuição do risco, que envolve ainda inspeções, tecnologias, normas e auditorias independentes.

Modelo do canal construído na descaracterização com uso de bloco de pedras

Equipamentos operados por cabine remota

Mapa do Quadrilátero Ferrífero

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14 | JANEIRO / FEVEREIRO | 2020

C O L U N A D O G E Ó L O G O

Disponibilidade de Áreas (ANM) abre oportunidades para pequenas e médias empresas, além de investidores

Vitor Mirim*

A indústria de Mineração, em qual-quer ponto de sua cadeia produtiva, se apresenta em constante evolução no que se refere a leis, normas e procedi-mentos.

Com relação a essa dinâmica, du-rante o ano de 2019, houve muitas novidades em relação a legislação e normas sobre barragens, disposição de aproveita-mento de rejeitos de mi-

neração, bem como aperfeiçoamento nos processos de licenciamento ambiental. Em 2020, o setor mineral já re-cebeu uma excelente notícia relacionada à regulamenta-ção e procedimento de disponibilidade.

No dia 04/02/2020, a Agência Nacional de Mineração (ANM) publicou no Diário Oficial da União a Resolução Nº 24 de 03/02/2020, que regulamenta e disciplina os procedimentos de disponibilidade que deverão ser apli-cados aos processos que já tramitam na ANM na Fase de Disponibilidade. Para mais detalhes: http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-24-de-3-de-fevereiro--de-2020-241338877.

Essa resolução destrava um enorme conjunto de áreas para investimentos em programas de exploração mineral, cobrindo extensas faixas do território brasileiro sobre di-ferentes tipos de terrenos geológicos com potencial prospectivo.

Um estudo de direitos minerários considerando todo o território nacional (26 Estados e Distrito Federal) revela um total de 207.460 processos ativos tramitando na ANM, em todo o Brasil (dados ANM/SIGMINE acessados em 01/02/2020).

Na Figura 1 apresenta-se o resultado desse levantamento, dan-do destaque para 11.253 processos ativos que já tramitam na Fase

de Disponibilidade e é esse conjunto de áreas que, num primeiro momento, estão sendo disponibilizados ao público interessado nas condições estabelecidas pela Resolução Nº 24 de 03/02/2020 (ANM).

Dentro desse universo, existem “escondidos” outros 31.356 pro-cessos que serão declarados em disponibilidade em razão de proce-dimentos administrativos: (i) Renúncia de Alvarás de Pesquisa, (ii) De-sistências de Requerimentos de Pesquisa, (iii) Relatórios de Pesquisa Não Aprovados, (iv) Multa por Não Apresentar Relatório de Pesquisa entre outros (Figura 2).

Empresas com interesse em rastrear oportunidades para progra-

mas de exploração mineral têm o desafio de identificar alvos de inte-resse para investimentos no contexto do cenário destacado na Figura 3 (no fim desse artigo), onde os polígonos vermelhos correspondem às poligonais dos 11.253 processos em disponibilidade/vigente e os polígonos amarelos se referem aos 31.356 processos que serão de-clarados em disponibilidade.

A seleção dos alvos de exploração depende do tipo de commo-dity de interesse a ser rastreado, uma vez que o tipo de ambiente geológico determina (define) a sua vocação para hospedar determinados tipos de metais (ou associa-ção de metais).

Geólogos com experiência de campo (botina e mar-telo), com disposição para caminhadas (examinar alvos) poderão entregar resultados com real chance de sucesso em curto período de tempo e com custo reduzido a em-preendedores interessados em investir.

A utilização de qualquer ferramenta GIS, que permita processar base de dados de boa qualidade, produzirá in-formações geológicas robustas a partir das quais podem ser identificados insights de exploração (raciocínio geoló-gico) para avaliação de campo e decisão de investimentos:- Existem projetos aerogeofísicos de levantamentos mag-netométricos e radiométricos, de domínio público, co-

MONITORAMENTO TOTALAcompanhamento Geotécnico e Estrutural para salvar vidas

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16 | JANEIRO / FEVEREIRO | 2020

C O L U N A D O G E Ó L O G O

brindo boa parte do território brasileiro, que permitem identificar as-sinaturas de respostas geofísicas associadas a estruturas e unidades geológicas, com nível de confiança aceitável para esse objetivo;- Existem dados de topografia de boa qualidade (MDT), de domínio público, que podem ser processados e modelados para gerar super-fícies topográficas e/ou interpolar curvas de nível, com boa margem de precisão para esse tipo de estudo;- Existem dados de sensoriamento remoto (bandas espectrais) que podem ser acessadas sem custo (LandSat8/satélite USA & Sentinel2/Europeu) que permitem gerar produtos em falsa cor (imagens colo-ridas) ou monocromáticas, destacando feições resultantes da ação antrópica (agronegócio, queimadas, áreas de ocupação urbana etc.);- Existe a base de dados ANM (http://sigmine.dnpm.gov.br/web-map/) que “escondem” dados importantes (e confiáveis) relaciona-dos a todos os depósitos de commodities produzidos no Brasil (loca-lização das minas em produção, por exemplo);- Existem ferramentas acessíveis (softwares pagos e/ou livres) que executam todos os processamentos básicos necessários para gerar informações de qualidade (geofísica aérea, topografia, imagem de satélite, arquivos vetorizados/ANM), permitindo produzir insights de exploração (alvos para avaliação de geólogo no campo).

Esse fato é extremamente relevante porque abre amplo leque de possibilidades que está ao alcance de empresas de pequeno a médio porte, fundos de investimentos e pessoas físicas.

Para esse público, geólogos que integram times de exploração nessas empresas (ou atendem outros empreendedores) tem pela frente bons desafios e, nesse sentido, entregar resultados de inte-resse a investidores/empreendedores significa conhecer – antes de qualquer coisa - qual é o objetivo/meta a ser perseguido (não deve haver dúvida sobre isso) e, a partir daí, desenvolver estratégias de exploração adequadas ao alcance dos orçamentos disponibilizados.

Existem excelentes oportunidades que estão esperando pelos interessados (no cenário de áreas em disponibilidade) relacionadas a fertilizantes (incluir calcário agrícola e remineralizadores de solo), metais para construção de baterias elétricas recarregáveis para veí-culos, metais estratégicos (ETR) etc.

Há muito trabalho a ser feito e a “internet das coisas” está baten-do a porta de todos (pequenas e médias empresas) para ajudar a al-cançar suas metas em seus programas de exploração, com resultados consistentes e custos reduzidos.

Ao trabalho!*Vitor Mirim é geólogo de exploração da VRM Geologia e Mineração

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Grupo SOBEL composto pela TGB e SOBEL possui um grande know-how, e conta com uma equipe experiente e capacitada, formada por engenheiros e colaboradores operacionais experientes na execução de serviços de movimentação interna, em atividades de dragagem de barragens e lagoas de decantação, logística em miner-ação, produção de fosfatados/fertilizantes e produção cimenteira, respeitando conceitos técnicos, de segurança, qualidade e de respeito ao meio ambiente.

Ao longo dos anos prestamos diversos serviços, tais como: Barragens e Lagoas de decantação:• Limpeza e remoção de areias de vias fluviais;• Limpeza e remoção de bacias de tratamento;• Limpeza e remoção de lagoas efluentes;• Remoção e transferência de gesso;• Desassoreamento Mecanizado;• Dragagem de Barragens de Mineração;• Dragagem de Estações de Tratamento de Efluentes;• Dragagem de Lagoas e Tanques Industriais;• Dragagem em Tanques Impermeabilizados;

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18 | JANEIRO / FEVEREIRO | 2020

R E J E I T O S

Com investimento de R$ 300 mi, CBA vai adotar em Alumínio (SP) total disposição a seco de resíduos até 2023

Augusto Diniz

A disposição exclusiva de resíduo a seco na unidade de Alumínio (SP), na produção de alumina, deve começar em 2023. Mas o projeto de implementação de filtro-prensa na planta da mineradora começou em 2016. Trata-se de uma iniciativa com investimento total de cerca de R$ 300 milhões.

Albino Mercado Junior, gerente-geral de Engenharia e Tecnologia da CBA, explica que a implementação do filtro-prensa é um processo que está sendo desenvolvido em etapas.

Em 2016, a CBA instalou uma planta piloto com capacidade de produzir 10 t de resíduo seco por hora, para testar a tecnologia, que foi aprovada.

Em 2018 e 2019, avançou-se no detalhamento dos parâmetros de empilhamento do resíduo seco sobre a lama já existente na bar-ragem, com a realização de diversos ensaios geotécnicos e aterros experimentais no interior da barragem.

A refinaria da CBA produz cerca de 1,6 mil t/dia de resíduo, co-nhecido como lama vermelha. “Esse material tem uma concentração de 45% de sólidos que, graças a tecnologia do filtro-prensa, será ele-vada para 75%, permitindo, assim, o empilhamento do resíduo a seco na barragem atual, aumentando a segurança da mesma e facilitando a reabilitação futura”, conta Albino.

Na planta de alumínio, a água da barragem de lama vermelha é 100% retornada ao processo produtivo.

A água é um insumo fundamental para muitos processos envol-vidos na fabricação de alumínio. “No processo de mineração, ela é utilizada principalmente no tratamento inicial da bauxita; e na plan-ta industrial é usada em todos os processos desde a refinaria, para geração de vapor, e em outros processos como tratamento para gases e resfriamento de materiais da linha de produção”, explica o gerente-geral.

Sendo esse um insumo essencial para o processo, a CBA tem in-vestido na modernização de suas tecnologias. Hoje, as unidades con-tam com sistema de recirculação para aproveitamento de água, que é primordial para a operação.

“Além disso, a companhia busca pela inovação em iniciativas vol-tadas para reduzir a demanda por água nova captada de fontes hídri-cas locais”, diz.

DescomissionamentoA disposição exclusiva de resíduo a seco começa em 2023. Depois

disso, cálculos mostram que a barragem continuará ativa por mais 20 anos. “Como o processo de disposição de resíduo a seco é similar ao de um aterro, o descomissionamento ocorrerá de maneira concomi-tante à operação desse sistema”, afirma o executivo.

“Nos últimos dois anos, fizemos um levantamento abrangente dos resíduos do processo produtivo em nossas unidades para iden-tificar aqueles com potencial de viabilidade para aproveitamento como subproduto. Priorizamos 55 resíduos com viabilidade para se tornarem subprodutos, para os quais definimos planos de ação para aproveitamento ao longo dos anos, em conjunto com as respectivas

áreas responsáveis por sua geração, reforçando o conceito de econo-mia circular”.

Os resíduos atualmente dispostos na barragem do Palmital, em Alumínio, como é o caso da lama vermelha, pode ser reutilizada como subproduto no processo de fabricação do cimento, assim como resíduos já dispostos atualmente nas barragens da mineração.

Hoje, o volume da barragem do Palmital é de cerca de 20.000.000 m³, sendo sua capacidade total de 30.000.000 m³. “O filtro-prensa aumentará a vida útil da barragem, sem a necessidade de alteamento da estrutura”, garante Albino.

O filtro-prensa permitirá ainda tornar a barragem do Palmital mais segura. “A instalação desta tecnologia altera a forma de disposi-ção de resíduos de wet disposal (com baixa concentração de sólidos) para o dry disposal (com alta concentração de sólidos)”, explica.

A CBA informa que possui políticas especificas voltadas para a redução e gestão de resíduos em suas unidades. No que se refere ao material destinado às barragens, em 2018, foi gerado um volu-me de 1.607.000 t de rejeitos e resíduos das barragens de mine-ração e industrial.

“Nas unidades de mineração, os rejeitos da lavagem da bauxita são depositados em barragens próprias e são lançados de maneira uniforme, em observância às diretrizes operacionais, para garantir a estabilidade da estrutura e a segurança da barragem e de seu entor-no”, afirma o gerente-geral.

“A água dessas barragens, depois de tratada na ETA (estação de tratamento de água automatizada), é reaproveitada em caminhões--pipa que molham as vias para controlar a poeira decorrente do trân-sito de caminhões e equipamentos”.

A empresa informa ainda que tais questões conversam com a sustentabilidade da cadeia, que define objetivos e metas para os anos futuros. “As inciativas são vantajosas, pois garante a perpetui-dade do nosso negócio em linha com o desenvolvimento de nossa cadeia de valor”, conclui.

Existe um projeto para o reaproveitamento de parte do rejeito depositado na barragem de Itamarati (MG), através de processo de concentração do teor aproveitável do minério, com potencial de 1Mt em 10 anos. A partir dos resultados colhidos, será estudada a aplica-ção deste mesmo projeto na unidade de Miraí (MG).

Perspectiva da futura disposição a seco

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20 | JANEIRO / FEVEREIRO | 2020

R E J E I T O S

O conceito modular único dos equipamentos e projetos turn key da CDE vem possibilitando cada vez mais a redução do tempo de start up para os clientes da empresa em projetos pelo mundo afora.

Tempos longos de desenho, construção e montagens de campo tradicionais com grandes interfaces e alto risco de custos obscuros são substituídos por plantas que são despachadas da fábrica pré--montadas (tanto a parte elétrica quanto a mecânica) e pré-testadas a seco, como “blocos de legos” em containers numerados e pré-se-quenciados, facilitando a eficiência no campo.

Este conceito hoje já disponível pela CDE para toda a gama de soluções para tratamento de rejeitos e dry stockpile, consiste em es-pessadores cada vez mais modulares e de maior capacidade e fácil montagem e operação em campo, com capacidade de 100 m³ até o novo modelo para 2.500 m³, com capacidade de retenção de sólidos, dependendo da granulometria, de até 150 t/h.

Como parte da solução modular completa, antes dos espessado-res, dependendo da granulometria do material a ser processado, a CDE oferece também estações modulares compostas de um cluster de hidrociclones e peneiras de desidratação integradas, capazes de reter os finos e ultra finos (<45 Um) presentes na polpa mineral a ser pro-cessada e, com isso, reduzir o tamanho e custos dos equipamentos posteriores (espessadores e filtro prensa), realizando o dry stockpile do material muitas vezes com níveis de umidade final abaixo de 15%.

Este sistema possibilita uma grande redução do Capex para os operadores uma vez que o custo de um cluster modular adicionado antes da cadeia de espessadores/filtro prensa, reduz bastante a ne-cessidade de carga do processamento de sólidos dos equipamentos posteriores.

O sistema modular minimiza também o tempo e custo das obras civis em campo, necessárias para receber os equipamentos. Com total suporte do Gerente de Projetos dedicado da CDE (ProMan), o cronograma de preparação no site corre em paralelo a construção do equipamento na fábrica, sendo assim os cronogramas totais até o início da operação são minimizados, e este ponto tem sido uma grande vantagem para os clientes quanto a escolha dos equipamen-tos da CDE.

Soluções modulares para projetos turn keyA CDE iniciou este ano o fornecimento da primeira planta modu-

lar de processamento de fosfato para produzir fertilizantes, na região de Norh West Queensland na Austrália, com o objetivo de entregar 800.000 toneladas por ano. Graças a modularidade, a montagem foi feita em 1/3 do tempo de uma planta tradicional e o comissionamen-to já se iniciou antes do tempo previsto.

As mesmas soluções modulares permitem rápidas ampliações, e também mudanças de local da planta com investimentos bem infe-riores que em uma planta tradicional. Recentemente, a CDE ampliou a capacidade de uma planta de processamento de rejeitos de uma mina de ouro na África, graças as soluções modulares adicionadas em linha com a planta existente.

Para a área de mineração, cada vez mais demandante por rápi-das soluções na área de gerenciamento de resíduos de barragens, a montagem rápida dos espessadores modulares é um grande diferen-

cial, possibilitando soluções eficientes nas minas que requerem tratamentos. O projeto pode ser implemen-tado posteriormente com o filtro prensa.

Com um novo Centro de Engenharia e uma nova fábrica da CDE inaugurados no Reino Unido em 2019, a capacidade instalada aumentou mais que o dobro, possibilitando entregas em tempos reduzidos de pro-jetos completos.

A CDE atingiu no ano passado um novo recorde de vendas de novos projetos na América Latina, atuando em vários países e abrindo novos mercados, incluindo uma parceria com uma empresa canadense para en-tregar um novo modelo de planta de processamento de ouro aluvional, sem utilização de mercúrio no pro-cesso. Sustentável em termos de uso de água e geren-ciamento de rejeitos, promete alavancar mais projetos no continente.

Uma planta piloto neste novo conceito já está em operação há seis meses na Colômbia, tendo sido reconhecida no país como um caso de sucesso quanto a exploração de recursos minerais em áreas de selva de forma sustentável e totalmente integrada ao meio ambiente e a comunidade local.

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22 | JANEIRO / FEVEREIRO | 2020

R E J E I T O S

A Mineração Morro do Ipê está localizada na região de Serra Azul, em Minas Gerais, e gerencia as minas de Ipê e Tico-Tico, além das unidades de processamentos. É controlada por duas grandes empresas, conhecidas inter-nacionalmente: a Mubadala, com investimen-to global em 13 setores, em mais de 30 países; e a Trafigura, multinacional líder no comércio de petróleo, metais e minerais.

Sabendo da importância do estudo de comportamento de estruturas, a mineradora decidiu pelo monitoramento geodésico tradi-cional automatizado na barragem de rejeito a montante da Mina Morro do Ipê. Desta for-ma, foi definido especificamente pelo uso de estação total automática com instrumentação adequada para uma operação de funciona-mento continuo 24 horas por dia e 7 dias por semana, e com compar-tilhamento de dados em tempo real.

O responsável pelo projeto, Henrique Pedrosa, coordenador de Geotecnia que teve conhecimento desta tecnologia, anos atrás, através de um artigo científico que abordou sobre a necessidade e a viabilidade técnica e econômica da utilização de método tradicional de monitora-mento geodésico de estruturas, comenta sobre a decisão recém-toma-da pela mineradora quanto a implantação do sistema: “Temos grande responsabilidade no monitoramento de barragens de rejeito da mine-ração, principalmente por estar situada próxima a uma comunidade. Precisamos estar sempre atentos nas possíveis deformações e even-tuais riscos. Mesmo sem sintomas, devemos agir de forma preventiva na verificação da estabilidade, pois possui potencial de dano elevado”.

Além dos produtos, a Leica Geosystems desenvolveu toda a in-fraestrutura especificamente para atender ao projeto de monitora-mento continuo da barragem. “A Leica Geosystems Brasil se encar-regou de entregar a solução completa. Construiu todos os pilares controle, além de projetar e executar toda a cabine de monitoramen-to, a parte elétrica (painel fotovoltaicos, banco de baterias) e sistema de comunicação, permitindo que se possa acessar os dados a partir do escritório. E tudo isso em um prazo recorde, sem perder em quali-dade e segurança. Foi surpreendente”, afirma Henrique.

Responsável pelo atendimento na mineradora, Guilherme Con-tador, gerente de Mineração da Leica Geosystems Brasil, comenta: “É muito gratificante trabalhar em uma companhia que dispõe de

Monitoramento geodésico na barragem no Morro do Ipê (MG)uma linha especial dedicada para o monito-ramento e que proporciona atender clientes e ir de encontro as suas necessidades nos prazos requisitados. Melhor ainda ver que os mais diversos profissionais do mercado, geotécnicos, gerentes de barragem e outros profissionais interessados em monitoramento estão cada vez mais atentos a importância do monitoramento de movimento em 3D. O mo-nitoramento geodésico é crucial para enten-der o comportamento de estruturas, como as mesmas se comportam a curto, médio e longo prazo nas mais diversas condições climáticas. Isso é fundamental para somar aos demais dados gerados por outros sensores geotécni-cos e então para devida análise de comporta-mento e estabilidade.”

A estação total dedicada a monitoramento Leica TM50 inclui uma câmera de visão geral e uma câmera telescópica com zoom de 30x e foco automático. Com a inovadora tecnologia de processamento de imagens, o Nova TM50 oferece imagens de mais alta qualidade para uma documentação visual completa do ambiente de monitoramen-to. As obstruções podem ser inspecionadas remotamente, evitando preocupações com a segurança em ambientes de alto risco.

Já o software de monitoramento Leica GeoMoS suporta qualquer sensor ou software de monitoramento, seja da Leica Geosystems ou de terceiros. As opções de comunicação flexíveis permitem a perfeita conexão, controles de sensor e armazenamento e análise de dados instantâneos.

A API Leica GeoMoS permite a combinação de dados de GeoMoS em seu sistema. Fluxos de dados automatizados usando diversos pa-drões de interface aberta permitem uma fusão de sensores simples, porém avançada. O GeoMoS Monitor garante um ciclo de medição contínuo com programação de sensor e pode armazenar todos os da-dos importantes em apenas um banco de dados SQL.

Poderoso, versátil e altamente personalizável, o serviço GeoMoS Now! pode ser instalado localmente ou usado na nuvem, permitindo que se acesse resultados a qualquer momento e em qualquer lugar. Recebe ainda visões gerais precisas e oportunas sobre o status de projetos usando uma gama de gráficos de fácil configuração, ima-gens, mapas, tabelas e “escaneios” de deformação sem a necessida-de de conhecimento de web design.

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24 | JANEIRO / FEVEREIRO | 2020

Máquina para uso em barragem tem versão não tripuladaSituado em São José dos Pinhais (PR), o Grupo AIZ é composto

por várias empresas e em 2018 inovou na área industrial, incorpo-rando novas companhias e produzindo equipamentos rodoviários, florestais e de construção. Especialmente para o segmento de mine-ração, fabrica a escavadeira e draga anfíbia.

A primeira apresentação desta máquina ocorreu na Exposibram, em Belo Horizonte (MG), no ano passado. A máquina foi um sucesso e algumas unidades foram comercializadas no próprio evento. Poste-riormente, foi exposta na Fenatran, em São Paulo (SP). A visitação e curiosidade do público em razão da inovação e carência de produto similar no Brasil chamou a atenção da empresa.

O equipamento utiliza a parte superior de uma escavadeira Cater-pillar acoplada sobre um chassis-estrutura, que por sua vez é apoiado em dois flutuadores principais. Cada flutuador contém três comparti-mentos hermeticamente fechados (que resulta em maior segurança de flutuação) que dispõe de acessos individuais de manutenção.

Na extremidade de cada tanque são montados dois sistemas de

acionamento hidráulico (motoredutores) onde são fixadas engrena-gens motrizes que tracionam o sistema de grandes correntes-sapatas em torno dos flutuadores.

Alguns itens do equipamento (concha, braço, lança e implemento de dragagem) poderão ser customizados de acordo com a operação do cliente.

Como objetivo de melhorar a segurança foi desenvolvida versão não tripulada. A realização do trabalho via rádio-controle traz muitos benefícios em termos de redução de custos e tempo, permitindo que o trabalho prossiga com segurança mesmo em áreas perigosas.

A operação pode ser visual com operador a curta distância ou re-mota de um centro de operações (até 800 metros de distância). Con-tando com NR 12, guarda corpo, passarelas externas, sistema autô-nomo de combate a incêndio, possibilidade de injeção de poliuretano expandido nos flutuadores, a anfíbia contempla e supera todos os itens de segurança.

Outro diferencial é o sistema de tração com quatro motoreduto-res, o que mantém a corrente esticada todo o tempo diminuindo o desgaste do material rodante e propiciando também maior desem-penho em aclives.

A Anfíbia AIZM é muito útil em áreas alagadas onde um equi-pamento convencional afundaria, na limpeza de lagoas e rios e no descomissionamento de barragens onde pode ser utilizada um sis-tema de dragagem, acoplado ao sistema de bombeamento que faz a desagregação do rejeito e o transporta através de tubulações para o reprocessamento em balsas ou bacias de decantação.

Também serve para fazer o direcionamento dos espigotamento de barragem, realizando linhas que mudam o curso do rejeito. O sis-tema de dragagem pode produzir 420 toneladas (até 30% de sólido) por hora a 300 metros do recalque.

R E J E I T O S

Tubos lisos e corrugados de PEAD para sistemas de drenagemO tubo de polietileno de alta densidade (PEAD) tem se apresen-

tado como uma das melhores opções para projetos de condução e drenagem, onde as condições de trabalho são críticas e as cargas são extremamente elevadas. Ele apresenta inúmeras vantagens em rela-ção a outros produtos existentes no mercado, como maior flexibilida-de e poucas emendas durante a instalação.

O PEAD é uma matéria-prima estável e resistente ao ataque de produtos químicos. Menos suscetível a abrasão, é fundamental para maior longevidade em aplicações agressivas como a condução de polpa de minério e rejeitos. Para avaliar essa propriedade foi de-senvolvido um método de ensaio, que ficou conhecido como Teste de Abrasão de Darmstadt, padronizado na norma DIN 19534, onde amostras de tubos de diferentes materiais foram submetidas ao mes-mo ensaio de abrasão e os resultados encontrados estão demonstra-dos no gráfico:

O sistema de drenagem interna possui um papel essencial na es-tabilidade das barragens de terra, pois tem função de aliviar a sub-pressão, direcionar o fluxo do fluido a um destino seguro para não percolar na estrutura da barragem, além de evitar o carregamento de materiais finos que podem ocasionar problemas de erosão interna.

Dentro do dispositivo de drenagem o tubo de PEAD é aplicado

devido à sua durabilidade e alta capacidade de vazão de influxo, não permitindo que a água ou qualquer outro líquido se infiltre na estru-tura e a deteriore.

A Kanaflex fabrica tubos lisos e corrugados de PEAD, perfurados ou não. Também mantém em linha mais de 50 tipos de mangueiras flexíveis de PVC e PU.

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26 | JANEIRO / FEVEREIRO | 2020

P R O C E S S O S

Programa na Mina Ferro+ desenvolve 79 projetos de melhorias

Augusto Diniz – Ouro Preto/Congonhas (MG)

A Ferro+, planta de minério de ferro da J.Mendes, com acesso próximo à cidade de Congonhas (MG), realiza importante Programa de Excelência Operacional, que já desenvolveu 79 projetos. A iniciati-va obteve importantes resultados de redução de custos e de eficiên-cia operacional na mina e na planta. Heitor Coutinho, coordenador de Planejamento de Mina e Excelência Operacional da empresa, con-ta que cada R$ 1 investido no programa o retorno é de R$ 97,92, com tempo médio de cada projeto 5,4 meses. Mais de 100 colaboradores da mineradora já foram envolvidos na iniciativa desde seu começo.

O programa teve início em abril de 2018. Três turmas, envolven-do um total 33 profissionais, foram treinados até agora dentro do programa baseado na metodologia Lean Six Sigma de esforço colabo-rativo. Cada instrução leva seis meses.

Um dos projetos desenvolvidos a partir dessa metodologia foi o de redução de consumo combustível de caminhões e escavadeiras, que gerou economia de 9,8% à mineradora. O trabalho foi desen-volvido logo no início do programa por um profissional da empresa que não chegou a se integrar às turmas e teve formação avançada da metodologia Six Sigma.

As ações para reduzir o consumo de combustível envolveram a utilização da marcha ideal no veículo com os locais da mina sinaliza-dos para isso; adoção de sistema automático de desligamento de veí-culo; ajustes feitos nos motores; módulo bloqueador para não operar em potência máxima e substituição de alguns veículos da frota por outros de maior porte.

Outro braço do programa remete a metodologia Kaizen de me-lhoria contínua no dia-a-dia. Nesta iniciativa já ocorreram duas tur-mas com a qualificação de 74 profissionais.

Um projeto de melhoria de ergonomia para troca de separadores magnéticos foi aplicado dentro desse braço do programa. A solução foi a adoção de um carrinho sob trilhos para fazer a troca do dispositi-vo, diminuindo os riscos do profissional no manuseio da peça.

As ações desse projeto incluíram elaboração do novo dispositivo, validação e testes.

AperfeiçoamentoEm janeiro de 2019 fez-se aperfeiçoamento do Programa de Ex-

celência com mapeamento de 13 processos gerenciais da empresa, para desenvolvimento tanto nas metodologias Six Sigma como Kai-zen, explica Heitor Coutinho. O mapeamento de processos envolveu operação ITM (instalação de tratamento de minério), operação da mina, manutenção de equipamentos móveis, manutenção industrial e segurança do trabalho.

Projetos desenvolvidos na mineradora foram premiados in-ternamente pela J. Mendes. Um deles otimiza a alimentação da britagem primária com a instalação de uma pinça para remover material que eventualmente trave o britador. Outro fez a redução do consumo específico do floculante no processo de flotação do minério de ferro.

Há ainda projetos de melhorias da iluminação da mina e da plani-lha de transporte e refeição de pessoal.

“Os desafios agora do programa são buscar terceiros qualificados para promover bons projetos internamente; encontrar as melhores oportunidades na empresa e a gestão do programa, como acompa-nhar, dar apoio e monitorar os projetos”, diz o coordenador.

A perspectiva dele é de a mineradora ganhar cultura de melho-rias, capacite mais profissionais e evolua para outras metodologias.

Nesse período, foram ou estão sendo desenvolvidos na metodo-logia Lean Six Sigma 35 projetos e na Kaizen, 44.

TecnologiaO Programa de Excelência Operacional tem um braço de tecnolo-

gia. Por meio do Mining Hub, programa de desenvolvimento de ino-vação no setor de mineração, a J.Mendes desenvolve desde março de 2019 com a startup Logpyx um projeto de redução de tempo de permanência da frota.

Com isso, a empresa pretende melhorar o movimento na planta dos caminhões de logística (de 25 t a 38 t), para transporte dos pro-dutos lump, hematitinha, sinter feed e pellet feed.

A Ferro+ teve recorde de produção de minério de ferro em 2019, alcançando 6,8 milhões de toneladas.

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28 | JANEIRO / FEVEREIRO | 2020

M I N A S U B T E R R Â N E A

Chuquicamata instala maior sistema de ventilação sob demandaAugusto Diniz – Santiago (Chile)

A mina de cobre Chuquicamata, da Codelco, localizada ao norte do Chile, inaugurou sua operação subterrânea no meio do ano pas-sado. Uma das características do projeto foi o desenvolvimento e im-plantação pela ABB do sistema de ventilação sob demanda em uma extensa rede de túneis da mina.

Para colocar em funcionamento o sistema sob demanda na ope-ração subterrânea de Chuquicamata - segundo a ABB o maior do mundo -, foram instalados 40 km de fibra ótica, sete gabinetes de controle, 66 gabinetes remotos, 108 gabinetes de sensores (de fluxo, gases e temperatura), duas estações meteorológicas de superfície, além de 14 ventiladores de grandes dimensões, 29 portas e 22 re-guladores.

A ABB começou a implantar o sistema de ventilação inteligente dois anos antes do início da operação da mina subterrânea de Chuquicamata.

A mina tem mais de 100 anos e operou por todo esse tempo a céu aberto. A Codelco decidiu explorar o minério de forma subter-rânea, já que o aprofundamento (com cerca de 1 km) e alargamento (com mais de 2 km) da mina a céu aberto seria inviável.

Assim, foi preciso a abertura de túneis na cava existente, com mais de 1 km de profundidade, na primeira etapa, exigindo a implan-tação de um sistema de ventilação não só para garantir a circulação de ar, mas também para diminuir o calor natural do subsolo.

Jorge Abraham Canales, diretor da ABB no Chile envolvido neste projeto, conta que os ventiladores precisavam manter sua eficiência em meio a muitos túneis, e o mais importante: gastar menos energia que o modelo tradicional.

A empresa então desenvolveu um projeto de ventilação sob de-manda, a partir do plano da mineração da mina subterrânea, com o objetivo de consumir o mínimo possível de energia.

Um sistema inteligente, a partir de informações geradas por sen-sores, é a chave do sistema sob demanda.

De acordo com Jorge, o sistema adotado pela ABB permite que a ventilação funcione somente quando necessário, em locais onde há funcionários em trabalhos de operação.

Além disso, a ventilação tem velocidade controlada, seja para aumentar ou diminuir a corrente de ar quando necessário. A iluminação nos túneis também é acionada quando necessário.

O modelo tradicional mantém a ventilação ligada o tempo todo e numa carga padrão.

O executivo explica que com o monitoramento via sensores em tempo real a ventilação é capaz de gerar economia de energia de 20% a 30% em relação ao sistema tradicional.

Essa redução beneficiará a operação a longo prazo, já que a ener-gia é um dos principais custos operacionais em minas subterrâneas.

Além disso, o sistema é capaz de entregar 8 milhões de m³ de ar por mi-nuto, trocando totalmente o ar da mina subterrânea três vezes por hora.

O diretor da ABB conta que este projeto ganha relevância na medi-da em que várias mineradoras ao redor do mundo começam a analisar as possibilidades de transformar minas a céu aberto em subterrâneas.

SoftwareBasicamente, o sistema de ventilação sob demanda é composto

de gabinetes, sensores e redes de fibra ótica. Os gabinetes são necessários para coletar as informações capta-

das pelos sensores e transportadas por quilômetros de fibra ótica.Um software inteligente com algoritmo de controle, instalado no

corpo do gabinete, é que analisa as diversas variáveis do sistema cap-tadas pelos sensores.

Segundo Jorge, uma das dificuldades do projeto é a instalação em local confinado as redes de fibra ótica e os gabinetes, alguns com até quatro metros de largura, ao longo dos túneis.

O cronograma de montagem dos equipamentos da ABB teve que ser bem alinhado porque os equipamentos iam sendo colocados na medida em que os túneis da mina eram abertos.

A ABB e a Codelco estudam a expansão contínua do sistema de ventilação sob demanda, já que a previsão de exploração da mina subterrânea é de 40 anos.

Ainda na mina subterrânea de Chuquicamata, a ABB realizou a eletrificação e automação de correia transportadora e a eletrificação e automação da escavação.

No caso da correia de 13 km que transporta minério do túnel principal à planta de beneficiamento, foram fornecidos pela ABB mo-tores com potência de 5 MW cada. No total, o sistema tem 55 MW de potência. O projeto do transportador de correia foi desenvolvido em conjunto com a Takraf Tenova.

Visão do sistema a partir da superfície

Correia trasportadora de 13 km

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S E G U R A N Ç A

Sistemas de sirenes de longo alcanceA Hörmann, fabricante alemã de sistemas de sirenes de longo

alcance e representada técnica e comercialmente no Brasil pelo consórcio EKM/ELMEC localizado em Belo Horizonte (MG), oferece soluções customizadas para alertas e no-tificação de massa.

Com mais de 60 anos de experiência e presença global, a empresa anuncia seus três primeiros projetos em funcio-namento no Brasil desde o ano passado: Vallourec (Brumadinho-MG), AVG Mine-ração (Caeté–MG) e Itafós (Arrais-TO).

Após um rigoroso e detalhado pro-jeto em conjunto com os clientes, a Hör-mann mapeou as áreas das ZAS (zonas de auto salvamento) a serem cobertas e através de um estudo acústico chamado SPL (sound planing), definiu-se a quanti-dade e potência de sirenes necessárias para atingir pelo menos 70dB.

O acionamento de sistemas de sire-nes pode ser local ou remoto, através de comunicação via rádios VHF digitais, in-ternet ou satélite, integrado em um CPU e software dedicado CCCS-ev.

Através do PC dotado de software

Hörmann dedicado e sua exclusiva CPU MCE-C que normalmente é instalada no centro de operações, é possível monitorar e operar todo o sistema de sirenes à distância.

Utiliza-se postes metálicos eletro galvanizados com 15 metros de altura, que incorporam um sistema de SPDA projetado para cada ponto de instala-ção, mediante análise prévia de solo e resistividade.

Os painéis de controle contam com bancos de bateria próprios, que propor-cionam uma autonomia operacional de até 72 horas sem alimentação elétrica externa da rede da concessionária local, painéis fotovoltaicos ou ambos.

As sirenes podem emitir até oito tons de alerta diferentes, oito mensa-gens de voz customizadas e pré-grava-das e/ou viva voz. Existem diferentes modelos de sirenes nas versões uni ou omni direcionais, de 109 à 123dB.

Oferece-se assistência técnica local pré e pós-venda, assim como estoque permanente de peças sobressalentes na sede da capital mineira.

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30 | JANEIRO / FEVEREIRO | 2020

R E J E I T O S

T E C N O L O G I A

Experiência em dragagem de barragens

CMOC monitora a distância mais de 100 equipamentos

Em meados da década de 70, a Sobel - Sociedade Brasileira de Equipamentos foi fundada com o objetivo de alugar máquinas pesa-das, fixando seu nome como uma das maiores locadoras do Brasil. Na década de 90, a empresa expandiu suas atividades, com a aquisição da CMO - Construtora Mineira de Obras, que prestava serviços de terraplenagem e movimentação industrial.

A Sobel ganhou maior visibilidade no cenário nacional ao adqui-rir em 2007 a empresa TGB Logística Industrial, constituindo assim o Grupo Sobel.

O Grupo Sobel, sediado em Belo Horizonte (MG), é atuante no segmento de logística industrial, desenvolvendo soluções diversas dentro de unidades fabris de grandes players brasileiros nos setores de fertilizantes/fosfatados, mineração, setor cimenteiro, siderúrgico e movimentações de insumos e resíduos industriais em geral.

O Grupo Sobel possui um grande know-how, e conta com uma equipe capacitada, formada por colaboradores operacionais expe-rientes na execução de serviços de movimentação interna, em ati-vidades de dragagem de barragens e lagoas de decantação, logística em mineração, produção de fosfatados/fertilizantes e produção ci-menteira, respeitando conceitos técnicos, de segurança, qualidade e de respeito ao meio ambiente.

A seguir algumas das atividades já desenvolvidas pelo Grupo

A planta da CMOC em Catalão (GO), alcançou mais de 100 equi-pamentos monitorados, dentre eles uma frota de 60 caminhões – que trabalham ininterruptamente.

O coordenador de Planejamento de Mina de Curto Prazo, Wen-dell Rezende Barbosa, afirma que o Sistema de Despacho Eletrônico foi implantado na Mina Boa Vista no começo de 2017. “A CMOC op-tou por um sistema robusto e que atendesse o que necessitávamos. Desde então, os ajustes são constantes para adequarmos o sistema aos planejamentos e estimativas da área”, afirma.

Ele ressalta que a sala de controle do Sistema de Despacho Ele-trônico é um espaço utilizado por 11 profissionais, sendo seis téc-nicos de Despacho e cinco técnicos de Qualidade, trabalhando em regime de turno. De lá, os operadores controlam a origem e o destino dos caminhões, com o objetivo de reduzir a ociosidade dos equipa-mentos, aumentando a produtividade. Além disso, é possível saber quem está operando o equipamento, seus registros de velocidade, registros de localização – tudo em tempo real.

“Em cada equipamento da mina existe um tablet que compila todas as informações sobre a operação. Os dados são enviados, via wi-fi, à sala. De lá, os técnicos fazem o monitoramento, passam as informações aos operadores que estão na mina e, assim, consegui-mos acompanhar tudo”, explica o gerente de Operações das Minas de Fosfatos e Nióbio, Camilo Cavalcanti.

Dentre as melhorias do sistema de gestão de frota, em 2019,

Sobel no segmento de barragens e lagoas de decantação: limpeza e remoção de areias de vias fluviais; limpeza e remoção de lagoas efluentes; remoção e transferência de gesso; dragagem de barragens de mineração e dragagem de lagoas e tanques industriais.

Os clientes do Grupo Sobel incluem Mosaic Fertilizantes, Açomi-nas, Anglo American, Bunge Fertilizantes, Cimentos Liz, Galvani, Vale e Yara Fertilizantes.

destacam-se a implementação de uma ferramenta para otimização do controle de DMT (distância média de transporte) para controle e redução de custo e a reestruturação da sala de controle, que ganhou um espaço mais amplo e tecnológico.

Este monitoramento pode ser feito pelos gestores da área e faz parte da rotina de trabalho da engenheira de minas Fernanda Pin-to, responsável tecnicamente pela sala. “Aliar o uso da tecnologia à operação de mina representa uma grande oportunidade de aumen-tarmos nosso foco em segurança e redução de custos”, afirma a co-laboradora.

Ela enfatiza que no sistema adotado, "apenas operadores treina-dos e habilitados utilizam os equipamentos na mina, que serão aloca-dos em suas rotas de forma otimizada, aumentando assim a produ-tividade e reduzindo, por exemplo, o consumo de óleo diesel. Além disso, os relatórios gerados pelo sistema, em tempo real, auxiliam a equipe de gerenciamento de frota em tomadas de decisões cada vez mais rápidas e assertivas”.

Com a nova Sala de Controle e Despacho Eletrônico houve uma melhoria na sinergia das equipes trazendo ganhos na segurança, de produtividade e qualidade de vida dos empregados, segundo a mi-neradora. “As equipes de empregados e prestadores trabalham com maior tranquilidade. A companhia pode investir em mais pesquisas e desenvolvimentos de processos e sistemas que, na prática, podem trazer resultados imensuráveis”, finaliza Cavalcanti.

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PROJETOS QUE FAZEMA DIFERENÇA

A Intertechne atua há mais de 30 anos no segmento de engenharia consultiva e é hoje uma das principais empresas do país em serviços de consultoria e gerenciamento de obras para os segmentos de mineração, energia, infraestrutura e oléo & gás.Saiba mais em: www.intertechne.com.br

G E O T E C N I A

A gestão da qualidade no controle geotécnico para implantação e manutenção em barragens

As condições de estabilizações das barragens brasileiras é tema recorrente nas mais diversas mídias do mundo.

No Brasil, ocorreram acidentes com danos materiais e, princi-palmente, humanos, às comunidades, à economia e, ainda, ao meio ambiente, a exemplo dos rompimentos das barragens em Mariana e Brumadinho (MG).

Diante desses acontecimentos, é de suma importância que a gestão dos programas ou processos, os métodos e os procedimentos para os controles geotécnicos sejam aplicados às barragens e exe-cutados de forma efetiva. Dessa forma, uma barragem poderá ter parâmetro de referência e sucesso em atender à finalidade de sua concepção, evitando danos a ter-ceiros e/ou ao meio ambiente.

Para um controle geotécnico ser efetivo, é necessário que os ensaios sejam executados por la-boratórios acreditados na norma ABNT NBR ISO/IEC 17025 (última versão de 2017), maneira mais segura para garantir que os resul-tados tenham veracidade, credi-bilidade e rastreabilidade, sendo, então, tecnicamente válidos.

Acreditada sob o nº CRL 1165 desde 2016, a Solocap executa con-trole geotécnico utilizando o que há de mais moderno em termos de equipamentos, processos e método de ensaios.

A Solocap interage com parceiros nacionais e internacionais, visan-do ao aprimoramento contínuo de sua cultura e sua capacidade técnica.

Em outubro de 2019, a Solocap, após uma reavaliação da revisão da norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017, estendeu sua acreditação para o laboratório instalado na Barragem de Germano (Samarco), em Mariana (MG), como sendo o primeiro laboratório brasileiro dentro de uma mineradora, em vias de receber o Certificado de Acreditado.

A empresa utiliza ferramentas estatísticas para validar seus re-sultados, como cartas-controle, programas de ensaios de profi-ciência bilaterais, trabalhos de repetibilidade e reprodutibilida-de, cálculos de incertezas, dentre outros.

Tratam-se de valores cultu-rais da Solocap que prima em oferecer melhores técnicas rela-tivas aos controles geotécnicos de solos para implantação e ma-nutenção de barragens.

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32 | JANEIRO / FEVEREIRO | 2020

L O G Í S T I C A & O P E R A Ç Ã O

Cargas para o Pará em tempo recordeA Transcota oferece há mais de 30 anos soluções em transporte e lo-

gística às principais indústrias e empresas de variados setores, pautan-do sempre seu atendimento com agilidade, segurança e competência.

Essa expertise faz dela uma empresa completa, capaz de atender demandas com características pontuais e que exijam soluções perso-nalizadas, à medida do negócio e necessidade de cada cliente, seja ele de pequeno, médio ou grande porte, cobrindo todo território na-cional e demandas no exterior.

A frota da Transcota é composta por veículos de diversos mo-delos, tamanhos e capacidades, que se adequam às mais variadas necessidades dos clientes. Entre os principais serviços, destaca-se o transporte rodoviário, transporte emergencial, transporte especial, transporte aéreo e armazenagem e distribuição.

A empresa realiza diariamente transporte de cargas expressas entre Minas Gerais, São Paulo e Pará, atendendo com prazo recorde as regiões do Pará de Parauapebas (Carajás), Belém, Oriximiná (Porto de Trombe-tas), Paragominas, Barcarena e demais localidades voltadas à mineração.

A Transcota possui credenciamento ao portal de agendamento de entregas nas principais mineradoras da região, o que deixa sua logística ainda mais eficiente no planejamento e entrega no menor prazo cumprindo todos requisitos necessários conforme exigências do cliente final (Mineradoras).

A Transcota possui expertise, além de toda documentação que a credencia para coletas e entregas de mercadorias nos principais por-tos do Pará.

Neste sentido, a empresa realizou um grande investimento na região, dispondo de uma filial e centro de distribuição com infraes-

trutura própria, ampla e moderna, inclusive no tocante ao cuidado com o meio ambiente, pois busca atender as exigências para certi-ficação do “Selo Verde”, onde toda energia consumida é gerada na própria unidade através de placas fotovoltaicas, além da captação, tratamento e reutilização de água da chuva e biodigestor para trata-mento dos resíduos (esgoto), assumindo o compromisso da empresa com a sustentabilidade.

O investimento na filial no Pará foi uma estratégia da Transcota para suprir a crescente demanda de soluções em logística e transpor-te da região, em especialmente as indústrias e empresas que atuam na área de mineração, uma das principais atividades econômicas da região, que é também uma das regiões mais importantes para extra-ção mineral do Brasil.

Placa antidesgaste oferece mais disponibilidade ao equipamentoA placa CDP SinusWave é a última novidade na família de placas

antidesgaste desenvolvida pela Eutectic Castolin, sendo capaz de re-duzir o desgaste de 15% a 50% em relação a uma placa revestida de forma convencional conforme aplicação determinada, aumentando a disponibilidade do equipamento.

Este resultado é devido aos cordões não alinhados com o forma-to senoidal e suas trincas de alívio de tensão que também não são alinhadas. Desta forma, evitam caminhos preferenciais comuns em placas convencionais.

Outra vantagem especial na nova placa CDP SinusWave é que ela permite qualquer posição de montagem devido a geometria

dos cordões, sem se preocupar com o fluxo das partículas abra-sivas.

Aproveitando as vantagens oferecidas pela nova placa CDP Sinus-Wave, foi adotada a utilização da mesma em um componente da re-tomadora de roda de caçamba utilizada para recuperação de estoque de materiais como minério, cereais e outros produtos. Estes grandes equipamentos são máquinas volumétricas classificadas em m³/h e, muitas dessas vezes, é convertida em t/h (tonelada hora) com base na densidade média do material a ser recuperado.

Normalmente translada em trilhos entre as pilhas do pátio, a má-quina possui a roda com suas caçambas distribuídas no seu períme-tro, onde as mesmas têm o papel muito importante no processo de homogeneização das pilhas de materiais, escavando-as em uma ou mais passadas pela seção transversal da pilha.

Este ciclo de movimentos repetitivos proporciona o desgaste abra-sivo severo devido sua operação de ataque na pilha de minério para a retomada e a recuperação a partir da pilha de material, transferindo-a para o transportador do pátio, para posterior entrega ou utilização. Observando este desgaste e buscando a melhoria nos projetos das ca-çambas, a Eutectic do Brasil realizou modificações dos projetos das ca-çambas reforçando os pontos de ataque com a pilha, e especificando a nova placa CDP SinusWave como estrutura principal das caçambas. Com caçambas utilizando a nova placa, obtém-se um acréscimo de 15% a 20% de vida útil comparada com o revestimento comum (cordão reto).

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R E J E I T O S

Bomba de pistão faz bombeamento com 85% de sólidosO transporte de rejeito de minério através de bombas de pistão

já é uma necessidade na maioria das barragens de mineração por di-versos motivos. Entre eles está o transporte seguro do material atra-vés de tubulação fechada evitando a contaminação do solo; redução de emissão de CO²; instalação em ambiente industrial no prédio dos sistemas de desaguamento como os filtros prensa e espessadores de pasta; operação remota em sala de controle com trabalhos de 24 horas por dia, mantendo somente um operador por turno para trans-portar grandes quantidades de rejeito em cada linha de tubulação, entre outros.

Este teste piloto com a bomba de pistão Schwing KSP 25/30 foi realizado em uma mineradora na região sudeste do Brasil, onde o de-safio foi transportar por tubulação de aço DN-150, 15 m³ por hora de rejeito de minério de ferro seco, com 85% de sólidos a uma distância de 380 metros.

A bomba de pistão Schwing KSP 25/30 com sistema de aciona-mento de 630l 90kW, circuito hidráulico aberto, válvula Poppet (vál-vulas de assento) e pressão de até 120 bar na saída da tubulação atendeu totalmente as exigências do cliente e superou as expectati-vas do teste.

Desde 1973, a Schwing tem desenvolvido e fabricado sistemas de bombas de pistão para tarefas exigentes de bombeamento em vários setores da indústria. Seja em plantas de tratamento de água, máqui-nas perfuradoras de túneis, minas de diversos metais ou em navios

de abastecimento para plataformas de perfuração. Os sistemas de bombas de pistão da Schwing têm contribuído para qualquer opera-ção sendo altamente eficiente e de fácil operação.

Eles podem ser operados sem nenhum equipamento adicional e sem restrições, sob condições de operação a temperaturas de 5°C a 40°C; e materiais de bombeamento com uma temperatura de até 100°C e um conteúdo de sólidos de até 85%.

Bombas com vazão até 200 m/h podem ser montadas com di-versas configurações, inclusive para aumentar a capacidade de vazão para até 600 m/h em cada linha, transportando rejeito com até 85% de sólidos a distâncias de 1.500 m a 2.000 m.

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34 | JANEIRO / FEVEREIRO | 2020

O P E R A Ç Ã O

Case de sucesso com solução de segurança na Mina de Serra AzulPremiada por sua segurança, a Mina de Serra Azul é um case de

sucesso do uso da solução da Belgo Protec. Neste conteúdo, se verá como ele foi construído, desde o projeto até a instalação.

A NR 12 tem como objetivo garantir a segurança e a integridade física dos trabalhadores, assim como prevenir de acidentes de traba-lho. Por isso, ela conta com uma série de referências técnicas, princí-pios e medidas de proteção.

A Mina de Serra Azul é destaque positivo por suas boas práticas de segurança e uso dos módulos de proteção para correias transpor-tadoras Belgo Protec. Em 2018, inclusive, a mina recebeu o Prêmio Proteção Brasil.

A parceria entre a Belgo Bekaert e a ArcelorMittal, que opera a Mina de Serra Azul, é um dos fatores que levam a esse destaque. O engenheiro de projetos da Belgo Bekaert, Rogério Marinho, e o en-genheiro de segurança do trabalho da ArcelorMittal, Christiano José Ferreira, compartilham os detalhes desse projeto.

A segurança dos trabalhadores da Mina de Serra Azul sempre foi colocada como prioridade. Isso não só por causa da NR 12, que es-tabelece requisitos para prevenção de acidentes durante a utilização de máquinas e equipamentos, mas também porque a empresa com-preende que o pessoal é essencial para seu sucesso.

O engenheiro de segurança conta que, em um primeiro momen-to, a ArcelorMittal optou por utilizar uma proteção conhecida e usada também por operações em outras empresas. Mas a estrutura que de-

via proteger as correias laterais tinha o plástico como matéria-prima, e o resultado não foi o esperado.

Por conta disso, alguns problemas eram perceptíveis ao visualizar as correias, como a deterioração do material logo após a sua instalação, podendo quebrá-la caso algum material caísse nas áreas de mineração. Além disso, em algumas situações a grade não fechava completamen-te após aberta, o que deixava os colaboradores expostos ao perigo.

Diante dessa situação, a equipe da Mina de Serra Azul iniciou a busca por uma nova solução de proteção das correias da mineração. Foi então que encontraram os módulos de proteção para correias transportadoras Belgo Protec. Para conhecer na prática o funciona-mento da solução, executaram, inicialmente, um projeto prévio a fim de testar se o cercamento atendia a estética, qualidade e todos os requisitos da NR12.

Apesar de ser um teste para o projeto inicial de cercamento das correias transportadoras da Mina de Serra Azul, com Belgo Protec, foram entregues mais de mil peças, a fim de proteger as máquinas. Isso totaliza aproximadamente 2 km de cerca como barreira física e segurança dos trabalhadores perante as correias transportadoras, se-gundo o engenheiro Rogério Marinho.

O mais importante diferencial da Belgo Protec é que a solução é 100% adequada à NR12. No caso da proteção de correias transpor-tadoras, a Belgo Bekaert fornece barreiras físicas de fácil instalação e manutenção, facilidade de adaptação, transparência, baixo peso e excelente durabilidade e resistência.

A solução é feita de aço, com postes e painéis galvanizados com pintura em poliéster. Sobre a pintura em poliéster, é importante des-tacar que ela é feita na mais moderna câmara de pintura do Brasil, com tratamento anti UV.

As dimensões e baixo peso garantem boa ergonomia, agilidade na instalação e fácil remoção quando necessário, diminuindo o tem-po de parada da correia.

De acordo com Christiano, o feedback dos trabalhadores foi mui-to positivo com o cercamento das correias. O engenheiro da Arcelor-Mittal conta que os operadores sentem mais segurança na execução de suas tarefas diárias. Já a equipe de manutenção, o trabalho foi facilitado por conta da simplicidade em retirar e colocar de volta os itens da grade para manutenção.

Transportadores telescópicos executam pilhas personalizadasA segregação de materiais é um problema comum à maioria das

técnicas de armazenamento. À medida que a demanda por produtos de maior qualidade aumenta, o problema da segregação de estoques se torna mais significativo.

Transportadores telescópicos de empilhamento radial - como o TeleStacker da Superior - são conhecidos por serem a solução mais eficaz para a segregação de estoques. Eles são capazes de criar um estoque em camadas, sendo que cada camada consiste em uma série de fileiras de material.

Para criar um estoque dessa maneira, o transportador deve estar em movimento quase continuamente. Um transportador telescópico automatizado pode ser programado para criar pilhas personalizadas de muitos tamanhos, formas e configurações diferentes.

Essa flexibilidade quase ilimitada pode adicionar eficiência a uma operação geral, além de fornecer um produto de maior qualidade.

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Plantas de filtragem e alta pressãoRevisar o processo produtivo e as tecnologias empregadas na dis-

posição dos rejeitos é urgente para as mineradoras que desejam evo-luir de forma sustentável e socialmente responsável, principalmente após os recentes rompimentos de barragens no Brasil e no mundo. Embora a barragem de rejeitos continue sendo utilizada no processo de mineração, ela não é a única escolha disponível.

Uma das possibilidades é o empilhamento do rejeito à seco atra-vés do uso de tecnologias como o filtro prensa. A Matec SRL possui tecnologia diferenciada como HPT (High Pression Tecnology), Sistema TT2 Fast, Sistema Core Blow, Sistema Gasser dentre outras, e mais recentemente com uma nova modalidade de fornecimento com o projeto “The Cube” o qual traz além de toda tecnologia de filtragem de alta pressão Matec, realiza filtragem dentro de containers onde a instalação requer obras mínimas e com montagem praticamente imediato.

Escolhemos esse nome para nossa planta móvel porque o cubo pode ser imediatamente associado a algo fácil de mover e com uma estrutura de componentes precisa e simples de combinar. A planta completa baseada em containers atende melhor à demanda de clien-tes com necessidades de portabilidade e grandes capacidades ou um melhor fluxo com logisticas estratégicas e diferenciadas.

A mobilidade é uma característica importante em quase todos os campos de produção. Os grandes produtores sempre sentiram a ne-cessidade de uma planta de filtragem que pode mudar facilmente de

local. Mas a ideia de uma planta móvel estava associada a sistemas menores, porque designers e engenheiros Matec tiveram que sacri-ficar o tamanho e consequentemente a saída para garantir ótimos desempenhos com uma atraente relação preço/qualidade.

Esse projeto de planta móvel garantiu equipamento sem cabos elétricos, nenhum trabalho civil e instalação mais rápida.

A Matec dispõe de equipamentos de tamanhos diversos desde placas com 250 x 250 mm até 2500 x 2600 mm que poderá atender as diversas gamas de produção e soluções muito similares para minera-doras que exploram minerais como zinco, cobre, chumbo, prata, alu-mínio, grafite, caulim, terras raras, agregados, lavagem de areia etc.

Portanto, quando se fala de tecnologia Matec, já se fala de tecno-logia ambiental, social e economicamente correta. Utilizar a tecnolo-gia Matec é assumir a responsabilidade social de proteção do meio ambiente.

Com toda estrutura organizacional, laboratório e estoque de pe-ças situada no Jardim Canadá, em Nova Lima (MG) objetivando aten-der toda a America Latina, a empresa está sempre à disposição para atendimento, seja qual for o seu tamanho.

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R E J E I T O S E S E G U R A N Ç A

Saiba como diminuir o risco de colisão em sua operaçãoUma grande causa de colisão dentro das operações é a falta de

visibilidade, já que veículos convencionais passam despercebidos em relação aos enormes caminhões e maquinário de grande porte.

Até então a única solução para este problema era uma haste com bandeira refletiva que continha um LED ou uma lâmpada em sua ex-tremidade. Sua função teoricamente era destacar o veículo e torná-lo mais visível na toda planta.

Segundo relatos de clientes parceiros, porém, havia um grande problema: a durabilidade deste equipamento e a sua baixa intensi-dade luminosa, associadas a praticamente um produto com defeitos crônicos, em poucos dias (até mesmo horas), com sua extremidade se danificando e a luminosidade apagada, restando somente a ban-deirola refletiva.

Com o dever de inovar e trazer mais segurança e tecnologia para o Brasil, a K2on, desenvolvedora de equipamentos e soluções de segu-rança e iluminação Heavy Duty, apresenta a nova Antena de LED Altez-za, que veio para substituir a velha antena de sinalização convencional.

Devido ao seu corpo todo em LED de alta intensidade, o veículo equipado com a Antena LED Altezza pode ser notado a longas distân-cias, aumentando a segurança na operação. Os testes feitos foram todos satisfatórios e a diferença é enorme em comparação aos outros produtos disponíveis no mercado.

Além da Antena de LED Altezza, esse ano serão apresentados no-vas soluções para a redução de acidentes e aumento de produtividade.

Tratam-se das novas lâmpadas de LED Altezza 24V para linha pesada que duram até 50% mais que as lâmpadas convencionais; a nova sirene de Ré K2on, que conta com duas opções de alarme, o som convencional de bip, e o som branco que possibilita a pessoa localizar a posição real do veículo em movimento; e o radar anti-colisão K2on, que é um dos sistemas mais seguros da atualidade quando o assunto é segurança.

Implantação de empilhamento a seco em mina de ouroA Tenova Takraf, recentemente, instalou três filtros prensa Delkor

na planta de processamento, em uma mina de ouro, no Uzbequistão, como parte de seu completo sistema de desaguamento de rejeitos.

O sistema compreende três filtros prensa Delkor, os quais, indi-vidualmente, são responsáveis pelo processamento de cerca de 120 m³/h de rejeitos de ouro. As máquinas contêm, cada, 177 placas de membrana com um tamanho de 2,0 m x 2,0 m, incluindo um sistema de lavagem de tecidos a alta pressão.

Segundo a empresa, estes filtros prensa formam uma parte importante da solução completa de empilhamento a seco de re-jeitos (DST – Dry Stack Tailings), tecnologia da Tenova Takraf, que

abrange os processos desde sedimentação e filtração, ao manu-seio da torta.

No fornecimento em questão, também foram incluídos vários componentes auxiliares, como chute com grelha, transportado-res de correia para descarregamento da torta processada pelos filtros, sistema de bombeamento, bombas de lavagem da torta para redução do teor de cianeto e, por fim, bombas de lavagem do tecido a alta pressão.

Todo o escopo de fornecimento, incluindo bombas de alimenta-ção de polpa, é totalmente controlado e gerido por um software de última geração, conforme informado pela empresa.

A Tenova Takraf ainda acrescenta que a complexidade do proces-so de desaguamento exigido por este projeto comprova, claramente, o potencial do filtro prensa Delkor em todo o espectro do desagua-mento. Para esta aplicação em específico, o ciclo do filtro inclui a prensagem com placas tipo membrana, lavagem com água de pro-cesso de modo a remover os cianetos residuais indesejados e, por fim, sopro para redução da umidade final da torta.

Marco Zeni, gerente de projetos da Tenova Delkor, disse ser “importante destacar que o teor de umidade residual exigido foi alcançado imediatamente durante a fase de start-up. Além dis-so, apesar das condições locais adversas, a instalação e comis-sionamento, juntamente com o treinamento operacional foram concluídos com êxito.

Ele ainda acrescenta que “com este projeto, demos mais um pas-so importante no sentido de consolidar a Delkor como um fornecedor de filtros prensa, para expandir ainda mais o portfólio de produtos de desaguamento e empilhamento a seco de rejeitos e, mais uma vez, reforçar nosso lema de que it pays to talk to a specialist”.

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G E R E N C I A M E N T O

Fiscalizar é protegerOs anos recentes têm sido cenário de importantes modificações comportamen-

tais e econômicas. As empresas, outrora perenes, passam por transformações que lhes impõem

ações rápidas. Seus produtos possuem vida curta e, assim, passam a ser indispensá-veis os investimentos na melhoria dos processos produtivos, no desenvolvimento de novos produtos e na busca por novos mercados.

Ao mesmo tempo, a amplitude do nível de informação e engajamento social exige das instituições, públicas e privadas, uma postura de correção nunca antes atingida.

Nesse contexto, as diretrizes de compliance saíram do backoffice para se tor-narem parte do core business das empresas. Conceitos como ética e transparência fazem parte do dia a dia da gestão e exigem profissionais altamente capacitados e comprometidos em todos os setores, mas, em especial, nas atividades que dizem respeito à lisura financeira e contábil.

Por isso, é indispensável o papel fiscalizador dos conselhos de classe. Nas profis-sões regulamentadas, essas entidades são responsáveis por elaborarem os códigos de ética, disciplinando a conduta dos profissionais quanto às normas éticas e morais que devem ser seguidas.

O Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais (CRCMG) está atendo às demandas do mercado e exerce seu papel fiscalizador, de forma a garantir que tanto a sociedade quanto a classe contábil estejam protegidos no que se refere à atuação ética e técnica dos profissionais da contabilidade.

Fiscalizar é proteger, e o CRCMG trabalha para ajudar a construir um país cada vez mais próspero e justo.

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D E S M O N T E

Fabricante lança software de design de desmonte subterrâneo que permite aumentar a produtividade e reduzir custos de mina

A Orica, fabricante global de ex-plosivos comerciais e de sistemas ino-vadores de detonação, anunciou em 21 de janeiro último, o lançamento do seu novo software de design e mo-delagem de desmonte de rochas em mineração subterrânea, o SHOTPlus Underground.

Desde o seu lançamento original, o SHOTPlus cresceu e se tornou o principal software de design e mode-lagem de perfuração e desmonte do setor de mineração em todo o mun-do. Após testes bem-sucedidos pelas equipes de Technical Services da Ori-ca, o novo software mostrou resulta-dos incríveis em projetos de design avançado de desmonte subterrâneo, envolvendo diversos cenários complexos de detonação.

O gerente sênior de produtos digitais globais da Orica, Angelo La-briola, descreve o novo software: “O último SHOTPlus Underground foi totalmente redesenhado e agora é o principal pacote de design de detonação para o setor de mineração subterrânea”.

“Projetar, analisar e visualizar em 3D nunca foi tão fácil! As intera-ções de leque por leque e furo a furo, além da dinâmica geral da de-tonação, estão ao seu alcance. Isso permite que os usuários otimizem e maximizem a produção, os benefícios e os resultados.”

A detonação de produção em minas subterrâneas geralmente exi-ge padrões geométricos complexos de leques. Otimizar um projeto de carregamento e detonação de explosivos e produzir instruções claras

para as equipes de desmonte exigem uma solução de software especializada.

O SHOTPlus Underground foi projetado para atender às diferentes necessidades de aplicações na mine-ração subterrânea, oferecendo um ambiente 3D interativo aperfeiçoa-do e visualização aprimorada, assim como a funcionalidade de garantia de qualidade e controle de qualidade, permitindo que os engenheiros iden-tifiquem o design de detonação mais eficiente para garantir o resultado ne-cessário. O novo conjunto de recursos e ferramentas também proporcionam fácil ajuste dos designs de carrega-mento e amarração e a rápida compa-ração de diferentes cenários.

“A capacidade de ajustar, visualizar e otimizar perfeitamente os projetos e tempos de amarração e carregamento das detonações subterrâneas, permite que os usuários projetem as detonações com eficiência, independentemente da complexidade. Também propor-ciona a análise necessária para otimizar o desempenho dos designs de detonação com o sistema de iniciação eletrônica da Orica, redu-zindo drasticamente o tempo necessário para instruir a equipe de carregamento e amarração.”, disse Labriola.

A integração direta com os sistemas de iniciação eletrônica e pro-dutos da Orica garante que o processo de design de detonação seja realizado sem restrições, oferecendo maior precisão e eficiência, o que garante a integridade e a segurança do processo.

A Geraforte Grupos Geradores, ao longo de seus 11 anos no mercado, compreende que cada cliente é único. Com isso, desenvolve processo produtivo de forma que exista a maior facilidade na customização de produtos às suas demandas. O time de engenheiros e técnicos espe-cialistas procura desenvolver a melhor experiência para os clientes, com um atendimento personalizado independen-te da localização e com os requisitos técnicos que o pro-duto exigir.

Para lhe proporcionar um atendimento diferenciado, a Geraforte conta com assistência técnica própria, com profis-sionais treinados e capacitados nas mais severas normas de segurança do trabalho, para o desenvolvimento do serviço em quaisquer circunstâncias, além de possuir um estoque de peças de reposição para que o reparo seja rápido e eficaz.

A trajetória da empresa com diversos clientes, em especial na área da mineração que atestam a qualidade Geraforte, den-tre eles citam-se Vale, Samarco, Anglo American e Vallourec.

Trajetória com grandes empresas mineradoras

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ANÚNCIO 1/3

R E S Í D U O S

Pioneirismo em disposição de rejeitosDesde os anos 1990 a Pimenta de Ávila pesquisa e aplica inovações em disposição de

rejeitos para redução de riscos envolvidos com barragens.Em 1992 a Pimenta de Ávila iniciou suas pesquisas na MRN - Mineração Rio do Norte,

localizada em Porto Trombetas (PA), com adensamento e secagem de rejeitos de lavagem de bauxita. Essa metodologia é aplicada até hoje, e traz grande economia e segurança à dispo-sição de rejeitos.

Também em filtração de rejeitos de granulometria fina, a Pimenta de Ávila iniciou estudos desde a década de 2000, evoluindo os métodos de dry stacking na planta da Alunorte, em Barcarena (PA,) para empilhamento de rejeitos filtrados.

No caso de rejeitos arenosos, a empresa pesquisou e implantou projetos de empilhamen-tos drenados em que o desaguamento dos rejeitos é feito por gravidade e faz-se o empilha-mento de rejeitos desaguado.

Com uma equipe multidisciplinar composta por mais de 100 profissionais, em sua maioria mestres e do utores das áreas de geotecnia, geologia, meio ambiente e recursos hídricos, a Pi-menta de Ávila possui ampla experiência na concepção de sistemas de disposição de rejeitos e estéreis de mina, atuando desde os estudos iniciais dos depósitos até as fases de implanta-ção, operação e descomissionamento.

A inovação da Pimenta de Ávila vai além da tecnologia aplicada aos seus estudos e proje-tos. A segurança das estruturas monitoradas é facilitada pelo Sysdam, software desenvolvido pela empresa para apoio à gestão de segurança de barragens. Reunindo em um só sistema todas as informações relevantes para a gestão, o Sysdam consolida as informações de projeto, construção e operação das barragens.

Entre as suas funcionalidades, o Sysdam compila e gera notificações do sistema de moni-toramento das barragens, registra inspeções e anomalias, consolida auditorias, gera e acom-panha planos de ações e ainda suporta à operacionalização dos planos de ações de emergên-cia, fornecendo melhores informações aos gestores, promovendo a segurança para empresa e sociedade.

A Pimenta de Ávila também possui vasta experiência no desenvolvimento de Planos de fechamento de Mina e de Barragens, bem como em outros serviços de engenharia para mi-neração, a saber:- Estudos ambientais: Gestão de águas, remediação ambiental, avaliação do potencial de ge-ração e transporte de contaminantes, valoração de danos ambientais e recuperação de áreas degradadas;- Gestão de riscos: Segurança de barragens, auxílio à operação do sistema, due diligence, avaliações de risco, PAE - Plano de Ações de Emergência;- Mina: Estabilidade de taludes, drenagem, hidrogeologia.

Toda a aplicação do conhecimento é suportada pela aplicação de um Sistema de Gestão da Qualidade com certificação ISO 9001 e pela experiência de um comitê técnico especialista.

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40 | JANEIRO / FEVEREIRO | 2020

C O R R E I A S E C O B E R T U R A S

Aplicação de sistema adesivo de alta resistência em correias

Cobertura para obras civis de mineradoras

Há mais de uma década o mercado europeu sinalizou a necessidade de se desenvol-ver um adesivo livre de triclo-retileno e demais substâncias cancerígenas. Com isso, nas-ceu o adesivo o SC 4000, uma solução 100% ecológica com a mesma base polímera do SC 2000, porém sem o tricloroe-tileno com o solvente.

Essa tendência por solu-ções ecológicas chegou ao Brasil e o cliente preocupado com as tendências de mercado, solicitou a Rema Tip Top que auxilias-se na migração destes adesivos. Com isso, foi realizado treinamentos em campo e acompanhamento a aplicação e performance, para ga-rantir uma solução sustentável e segura.

Assim, na mineração, o produto Rema Tip Top começou a ser am-plamente empregado. A aplicação do sistema adesivo SC 4000 em correia de transportadora, na comparação com o produto convencio-nal, representou bom custo benefício, maior disponibilidade opera-cional de equipamento e menor exposição na execução da emenda.

A DamCover é uma membrana suportada por fluxo constante de ar injetado internamente, garantindo qualidade de ambiente sob a cober-tura. Trata-se de uma solução que promete acabar com um dos proble-mas que causam atrasos como, por exemplo, alerta de raios e chuva.

A empresa apresenta cases de sucesso utilizando a tecnologia no auxílio às construtoras e empresas envolvidas em diversas obras, sejam elas de alteamento, construção de barragens, terraplanagem, montagem de dutos, entre outras atividades de construção civil ou demandas especiais na mineração, garantindo prazos de execução e fornecendo condições de trabalho favoráveis.

A aplicação SC 4000 em emenda em correia de alta solicitação na área da brita-gem de uma mineradora em agosto de 2018, por exemplo, utilizou o sistema de adesiva-ção a frio Remabond.

A expectativa de vida útil de emenda foi de 12 meses, desconsiderando acidentes operacionais que possam ocasionar danos e/ou ava-rias a emenda executada. As emendas feitas com produtos

tradicionais possuíam vida útil média de seis meses.No fim, a correia segue performando até hoje (18 meses) pós-

-aplicação do sistema adesivo SC 4000.Em um outro exemplo do uso da aplicação SC 4000, em uma

inspeção de rotina em um equipamento que foi utilizado o produ-to, mesmo verificando desalinhamento da correia, não se observou abertura de emenda nem necessidade de intervenção na mesma. Os fechamentos na carga e retorno da correia se apresentaram em con-dições adequadas para operação.

As vantagens da DamCover para construção civil são a redução de prazos e custos com mão de obra e equipamentos. Este tipo de cobertura para obras, possibilita trabalho 24 horas por dia, em locais de difícil acesso, com grandes declividades, permitindo trabalhos sob chuva, incidência de raios e sol intenso.

A cobertura protege contra o clima externo, secando o solo in-terno para atingir níveis ideais de umidade e superar a compactação pretendida. A cobertura para obras em mineradoras é uma solução prática e econômica para uso temporário em grandes construções, pois pode ser customizada e ainda ter prazo de locação flexível, no

período de alto índice pluviométrico.A DamCover possui ainda rápida implantação, en-

tregue em poucos dias no site do cliente, tanto no Bra-sil quanto no Exterior.

Especializada em coberturas de grande porte para obras civis, a DamCover tem experiência de constru-ção de refinarias, gasodutos, construção de rodovias, base de reator nuclear, manutenção de aeronaves, es-tádios de futebol (Copa 2014) e mineradoras (constru-ção e alteamento de barragens, construção de tanque de armazenamento, descomissionamento, stockpile, rejeitodutos e transbordo de rejeitos).

Divisão do Grupo Pelz, a DamCover atua há mais de 35 anos com soluções de engenharia, presente com unidades fabris no continente europeu e sul-america-no. Possui unidades no Brasil (São Paulo, Bahia e Mato Grosso) e Portugal (sede própria, escritório e 10 mil m² de chão de fábrica).

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Transformar a engenharia através da sustentabilidadeHoje, acredito fortemente que o caminho

é fazer o que amamos e deixar um legado para que possamos fazer a diferença no mundo em que vivemos. Seja através dos sonhos constan-tes que penso em realizar, seja ao fazermos a nossa parte – de forma individual ou coletiva – para construirmos um mundo melhor. Ao empreender e ser líder de uma empresa de engenharia focada em soluções sustentáveis sinto que estou no caminho certo para concre-tizar isso.

Posso garantir que não somos uma empre-sa tradicional e isso quer dizer que não abrimos mão de incluir a sustentabilidade em nossas soluções. Por isso, ava-liar aspectos econômicos, sociais e ambientais são nosso dia-a-dia. Esse é o nosso jeito de fazer engenharia. E hoje, sem dúvidas, é tam-bém o nosso diferencial.

A Allonda foi fundada em 2000 para fornecer equipamentos na área de saneamento. Com o passar dos anos tornou-se represen-tante comercial exclusiva de geossintéticos de uma empresa ho-landesa no Brasil. Mas foram outros dois importantes marcos que nos trouxeram para onde estamos hoje. Primeiro foi a mudança do modelo de negócio, quando decidimos executar os serviços de en-genharia ao invés de apenas comercializar produtos. Mas, eu ainda

M E I O A M B I E N T E

não estava satisfeito. Foi então que trouxemos a sustentabilidade para a estratégia.

Essa decisão rendeu importantes frutos, como a participação da Allonda nas soluções emergenciais de engenharia após o rompimen-to da Barragem de Fundão (Mariana, 2015) e da Barragem do Córrego do Feijão (Brumadinho, 2019), ambas em Minas Gerais.

Assumir o compromisso de preservar o mun-do em que vivemos não é tarefa fácil. Afinal, lida-mos diariamente com obras preventivas e emer-genciais que são extremamente delicadas. Mas, não faço isso sozinho. Conto com uma equipe

inteligente, sincronizada e alinhada ao mesmo propósito. Nosso tra-balho é, além de solucionar os problemas de engenharia dos clientes, fazer com que essa solução seja realmente sustentável a longo prazo.

É realmente gratificante quando vejo os impactos e resultados das nossas operações. E aí eu penso: e se a Allonda não estivesse ali? Como estaria aquela área? Quais seriam as perdas daquele ecossiste-ma? Por isso, além do nosso profissionalismo, existe algo ainda mais importante para a Allonda. Chama-se propósito! Nossa verdadeira vontade de transformar a engenharia através da sustentabilidade.

*Leo Cesar Melo, CEO da Allonda

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R E J E I T O S

Filtro prensa com sistema inteligente

O uso de decanter como sistema de filtragem

Com presença confirmada em mais um evento promovido pela revista Minérios & Minerales, a Andritz trará para o 11º Workshop OPEX 2020 - Redução de Custos, Aumento de Produtividade e Otimi-zação de Processos Na Mina e na Planta, sua ampla experiência em soluções de automação em filtros prensa com soluções IIoT (Internet Industrial das Coisas) - tecnologias para criar novos mecanismos e recursos que prometem um aumento na qualidade do produto e re-dução nos custos operacionais. Este esquema de otimi-zação de processo é chamado filtro prensa inteligente.

O filtro prensa mais próximo da operação autônoma. Prepare-se para o futuro da filtração. Com a tecnologia de filtros prensa Andritz, o cliente está preparado para as oportunidades advindas da digitalização e da IIoT – tudo no nível que atenda às necessidades individuais. • Com um amplo portfólio de soluções em automa-

ção: de sensores inteligentes para coletar todos os dados operacionais relevantes do filtro prensa e análises sofisticadas de dados para transformá-los em informações relevantes à realidade aumenta-da que apresenta as informações para o operador

No processo de desaguamento contínuo de rejeitos de mineração, a utilização de centrífugas Flottweg do tipo decanter de alta eficiência e robustez podem aumentar drasticamente a eficiência, com a recu-peração de água chegando a 95%, redução dos volumes movimen-tados de material em mais de 100% e, em alguns casos, um grau de secagem que dispensa outras operações para disposição final a seco.

Afim de acompanhar a demanda na indústria de mineração, a Flottweg, que já atua na área de secagem de rejeitos desde 2008 principalmente no setor de níquel, desenvolveu os equipamentos hoje instalados oriundos dos setores de siderurgia onde diversas cen-tenas de equipamentos estão em operação pelo mundo.

Nas referências Flottweg em mineração desenvolvidas nos últi-mos anos, com ênfase na região da América Latina, os equipamentos operam entre 600 a 3000 x g (a aceleração em “g” é a função da temperatura e da densidade do produto), sendo as partículas maio-res que 5 microns praticamente todas recuperadas. Quando se tem material mais fino, ainda é possível a recuperação e clarificação da

• Para diferentes níveis de automação: de operações manuais à filtros prensa totalmente automatizados

• Para uma ampla variedade de objetivos: de soluções de manu-tenção preditiva, monitoramento e resolução de problemas do processo às tendências de longo prazo

O filtro prensa inteligente consiste em quatro blocos construti-vos:

água através do uso de polímeros. Entre as vantagens que as centrífugas Flottweg tipo decanter de

alta eficiência é a dispensa de uso de materiais consumíveis como telas, agente de pré-capa e pressão de alimentação. Além disso, o número e complexidade de instrumentação para instalação são redu-zidos ao mínimo que permitem operação 100% automatizada. Ocu-pam uma área geralmente 5 a 10 vezes menores que tecnologias de filtragem tradicionais.

Em plantas instaladas no Peru, Argentina, Brasil, Chile e México as capacidades (por equipamento) variam 70 a 120m³/hora, com ali-mentação entre 20 a 45% (sólidos) e taxas de saída entre 20 a 40 toneladas/hora de sólidos secos entre 55 a 75% teor de sólios com clarificado abaixo de 400 ppm.

Os equipamentos trabalham com uma média de 350 dias por ano, 24 horas por dia. O CAPEX é na ordem de 50% a 70% menores para o mesmo volume e o OPEX abaixo de 20% do valor de uma operação em comparação com sistemas de filtragem tradicionais no mercado.

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O SYSDAM é um Sistema computacional de apoio à gestão de segurança de barragens, desenvolvido pela PIMENTA para organização das informações de segurança, suporte às avaliações e auxílio à operação das barragens, com a constante atualização do Plano de Segurança de Barragens, Plano de Ação de Emergência, Plano de mitigação de riscos e demais informações operacionais e construtivas relevantes à gestão de barragens.