Relatório 1
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Instituto Politécnico:
Licenciatura: Comunicação Organizacional
Unidade Curricular
Organizacional
Discentes:
Alexandra Figueiredo 2013277
Tatiana Rodrigues 2013607
Índice
CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA: A IMPORTÂNCIA DO TEMA ABORDADO 2O Consumo Sustentável............................................................................2
PROBLEMA/QUESTÃO DE INVESTIGAÇÃO.....................................7
MÉTODO....................................................................................81) Participantes.........................................................................................82) Questionários........................................................................................8
RESULTADOS (GRÁFICOS E COMENTÁRIOS AOS GRÁFICOS)..........9
CONCLUSÕES GERAIS...............................................................10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................11
ANEXOS (QUESTIONÁRIOS PREENCHIDOS).................................12
Página 1
CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA: A IMPORTÂNCIA DO TEMA ABORDADO
O Consumo SustentávelNa época das Revoluções Industriais, séculos XVIII e XIX, a população mundial era cerca de um décimo do que é atualmente. Os
recursos eram abundantes no entanto pouco explorados. Assim sendo, após a Revolução Industrial os meios de produção sofreram um
grande avanço, o que estimulou o consumismo. As grandes empresas tiveram que procurar mercado para tudo que produziam.
Até à década de 70, por influência política das grandes nações industrializadas e de alguns grupos científicos, a questão da crise
ambiental esteve sempre ligada ao crescimento demográfico, no sentido de que este estaria a causar uma grande pressão humana sobre
os recursos naturais do planeta.
A partir dessa década, com destaque para a realização da Conferência de Estocolmo, em 1972, os países em desenvolvimento
impulsionaram a compreensão de que a causa da crise ambiental estava localizada nas nações industrializadas, onde o estilo de
produção – capitalista ou socialista – implicava grandes quantidades de recursos e energia do planeta, causando grande parte da
poluição e do impacto ambiental.
Página 2
Foi a partir da década de 1990, que se intensificou a perceção do impacto ambiental dos altos padrões de consumo das
sociedades e classes afluentes, permitindo a emergência de um novo discurso dentro do ambientalismo internacional que passa a
focalizar o consumo sustentável como centro das questões ambientais.
Por tudo isto, no ano de 1992, realizou-se a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – a Eco-92
–, realizada no Rio de Janeiro; e no Fórum paralelo das organizações não-governamentais, discutiu-se o tema do consumo sustentável.
A Conferência da ONU proporcionou um debate e mobilização da comunidade internacional em torno da necessidade de mudanças
urgentes de comportamento apontando como objetivo fulcral a preservação da vida na Terra. Um dos resultados dessa conferência foi a
aprovação da Agenda 21, um plano de ação a ser implementado pelos governos, agências de desenvolvimento, organizações das
Nações Unidas e grupos setoriais independentes de cada área em que a atividade humana possa afetar o meio ambiente.
A Agenda 21 prevê que “a fim de que se atinjam os objetivos de qualidade ambiental e desenvolvimento sustentável será
necessário eficiência na produção e mudanças nos padrões de consumo para dar prioridade ao uso ótimo dos recursos e à redução do
desperdício ao mínimo. Em muitos casos, isso irá exigir uma reorientação dos atuais padrões de produção e consumo, desenvolvidos
pelas sociedades industriais e por sua vez imitados em boa parte do mundo.”
Em suma, a Agenda 21 levanta, nos seus textos, pontos de discussão como:
Agricultura sustentável;
Cidades sustentáveis;
Infraestrutura e integração regional;
Gestão dos recursos naturais;
Redução das desigualdades sociais e ciência e tecnologia para o desenvolvimento sustentável.
Página 3
Essas mesmas discussões levaram à promoção de avanços referentes a questões globais, baseadas nos processos democráticos da
participação populacional, contudo não determinou compromissos com as partes envolvidas. Estabeleceu, ainda, dois amplos objetivos:
1. A promoção de padrões de consumo e produção que reduzam as pressões ambientais e atendam às necessidades básicas da
humanidade.
2. O desenvolvimento de uma melhor compreensão do papel do consumo e da forma de se implementar padrões de consumo mais
sustentáveis.
Na tentativa de se contextualizar o consumo, ou seja, repensar a produção a partir do seu processo e respetivos efeitos que os
produtos provocam no meio ambiente, é imprescindível a análise do ciclo de vida completo dos produtos, desde a matéria-prima,
passando pela produção até ao encerramento desse ciclo, com o uso e seu descarte.
Ger (1999) aponta a emergência no centro no consumo sustentável nas políticas ambientais em substituição à ostentação do
controlo dos processos de produção. Portanto, os discursos relacionados às questões ambientais passaram a considerar a mudança de
paradigma do princípio estruturante e organizador da sociedade moderna, da produção para o consumo, isto é, passaram a considerar o
comportamento social do consumo como elemento provocado da crise ambiental.
Nos últimos anos, é que se verificou o surgimento de pesquisas associadas à análise da sociedade de consumo e aos estudos
ambientais, talvez por resultado da definição da crise ambiental como um problema de estilo de vida e consumo e do surgimento de
expressões como “consumo verde” e “consumo sustentável” (PORTILHO, 2003).
É neste contexto que se inserem as questões do consumo sustentável na sociedade de consumo, onde os aspetos dos discursos
assumidos sobre o desenvolvimento sustentável diante dos atuais padrões e níveis de consumo da sociedade capitalista moderna visam
Página 4
proteger, no futuro, os interesses sociais, estimulando reflexões sobre as mudanças económicas, culturais, sociais e tecnológicas que se
tornam necessárias para a construção do projeto de uma futura “sociedade sustentável”, sob o prima da ética da responsabilidade.
Sob esta perspetiva, Jackson (2006) adverte que a discussão do consumo sustentável não pode ignorar as questões relacionadas
ao comportamento do consumidor, estilo de vida e a cultura do consumo, uma vez que desempenham um papel vital na determinação da
escala global do consumo de recursos. Relacionar o consumo sustentável apenas as questões tecnológicas e ao desempenho do
processo produtivo cria uma nova segmentação de mercado para consumidores verdes e conscientes, porém a escala de consumo de
recursos e impactos ambientais associados permanecem em crescimento. Desta forma, a posição institucional atual não está adequada
aos desafios da sustentabilidade
Silva (2010) define o consumo sustentável, como um ato de equilíbrio e como sendo um padrão de consumo resultante da inter-
relação de indivíduos sociais direcionado para o alcance do desenvolvimento sustentável. Sendo assim, é necessário entender-se que
para que a prática de um consumo sustentável seja efetiva, cada indivíduo pode ser observado possuindo um papel singular às suas
capacidades.
A temática de consumo sustentável apresenta ainda poucos trabalhos alinhados com a perspetiva de desenvolvimento
sustentável, continuamente discutida pelos diferentes indivíduos sociais, e é neste contexto que se insere a presente pesquisa, na
medida em que se procura evidenciar o papel desse importante ator social, o governo.
Deste modo, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUM) transportou a seguinte proposta conceitual para essa
nova temática: “Consumo sustentável significa o fornecimento de serviços, e de produtos correlatos, que preencham as necessidades
básicas e dêem uma melhor qualidade de vida, ao mesmo tempo em que se diminui o uso de recursos naturais e de substâncias tóxicas,
Página 5
assim como as emissões de resíduos e de poluentes durante o ciclo de vida do serviço ou do produto, com a ideia de não ameaçar as
necessidades das gerações futuras”.
Concluindo, a política de consumo sustentável no contexto da sociedade de consumo pode funcionar como uma forma efetiva de
criação da consciência ambiental em empresas e consumidores, bem como uma fonte de pressão constante para as políticas públicas
em geral. Logo, o principal desafio para garantir o consumo sustentável consiste em desenvolver políticas que criem normas que
determinem e limitem os processos de exploração dos recursos naturais e a destinação dos resíduos decorrentes da produção e do
consumo, bem como desenvolver uma perspetiva compatível com os conhecimentos fundamentais sobre o comportamento do
consumidor e a motivação humana, que reflita ambições socialmente viáveis e culturalmente relevantes, levando em consideração a
perceção de que os bens materiais possuem valor além de suas funcionalidades, desempenhando um papel simbólico na vida dos
consumidores e que esses papéis servem de importantes funções sociais e psicológicas para estes.
Página 6
Problema/Questão de Investigação Este trabalho pretende analisar as práticas de consumo sustentável por parte de jovens universitários dos 18 aos 23 anos que
moram com familiares e aqueles que moram sozinhos. Acreditamos que estas práticas sejam diferentes e que o facto de viver com
familiares ou sem familiares influencia a sua adoção ou não.
Optámos por escolher este grupo porque acreditamos que existem diferenças de consumo devido à existência de pessoas mais
adultas que provavelmente irão alertar para o consumo desenfreado, enquanto aqueles que moram sozinhos podem não ter tanta
consciência e mostrarem-se mais despreocupados com este tipo de práticas.
Nos questionários abordámos temas ligados ao consumo sustentável: a reciclagem de lixo material (plástico, metais, papéis) e de
óleos alimentares domésticos, a poupança de água nas diversas ocasiões do quotidiano, a utilização de lâmpadas económicas bem
como o consumo de energético, a utilização de sacos ecológicos nas idas aos supermercados, a diminuição do gasto e/ou reutilização de
papel; a utilização de transportes públicos e/ou partilha de automóveis privados (boleias) bem como o consumo de alimentos
orgânicos/biológicos.
Ao abordarmos estas temáticas procuramos ter noção das práticas de consumo sustentável que são adotadas ou não pelos
estudantes universitários que moram com familiares e aqueles que moram sem eles, ou seja, fora da sua residência familiar. Analisando
em que medida é que estes hábitos convergem ou divergem.
Página 7
MÉTODO
1) ParticipantesOs grupos escolhidos que irão fazer parte da amostra serão jovens universitários com idades compreendidas entre os 18 e os 23
anos que moram com familiares e aqueles que moram sem eles.
Este critério foi estabelecido de forma a perceber se existem diferenças nos comportamentos destes jovens em relação às práticas
de consumo sustentável.
2) Questionários
Foi realizado um estudo quantitativo, tendo por base questionários que foram impressos e preenchidos pelos participantes entre o
dia 28 de Novembro e o dia 04 de Dezembro de 2014. O questionário continha doze perguntas de resposta fechada e 4 de resposta
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Mora c/ famil-iares
Mora sozinho
11
8
4
7
Gráfico 1 - Género
Masculino Feminino
Mora c/ familiares
Mora sozinho
3
3
6
11
5
0
1
1
Gráfico 2- Idades
23 20 19 18
Mora sozinho
Mora c/ familiares
6
1
7
14
1
0
1
0
Gráfico 3 - Região
Ilhas Sul Centro Norte
semiaberta. Foram abordadas as temáticas: reciclagem de lixo material (plástico, metais, papéis) e de óleos alimentares domésticos, a
poupança de água nas diversas ocasiões do quotidiano, a utilização de lâmpadas económicas bem como o consumo de energético, a
utilização de sacos ecológicos nas idas aos supermercados, a diminuição do gasto e/ou reutilização de papel; a utilização de transportes
públicos e/ou partilha de automóveis privados (boleias) bem como o consumo de alimentos orgânicos/biológicos.
Página 9
Resultados
Página 10
A população inquirida consiste em 15 estudantes universitários
que moram sozinhos, ou seja, abdicaram de viver com os seus familiares
para estudar noutra cidade, e 15 que moram com familiares. Dos
estudantes que moram sozinhos, 8 são do género feminino e 7 do
género masculino, dois quais 3 têm 18 anos, 11 com 19 anos e apenas 1
com 23 anos. Á exceção do período letivo, 6 são da região Norte do
país, 7 do Centro, 1 da região Sul e 1 das Ilhas. Quanto aos estudantes
que moram com familiares, 11 são raparigas e 4 rapazes – 3 com 18
anos, 6 com 19 anos, 5 com 20 anos e 1 com 23 anos. No que se refere
à região, 1 é do Norte e 14 da região Centro do país.
Mora sozinho
Mora c/ familiares
6
1
7
14
1
0
1
0
Gráfico 3 - Região
Ilhas Sul Centro Norte
Mora c/ familiares
Mora sozinho
11
8
4
7
Gráfico 1 - Género
Masculino Feminino
Página 11
Mora c/ familiares
Mora sozinho
3
3
6
11
5
0
1
1
Gráfico 2- Idades
23 20 19 18
O tipo de reciclagem mais utilizado, pelos universitários
que moram sozinhos é Papel – com 9 participantes, Plástico –
com 8, Vidro – com 6, Pilhas – com 3 e Óleo – também com 3
participantes.
Quanto aos universitários que moram com familiares, 11
reciclam Vidro, 9 Pilhas, 7 Papel, 5 Plástico e 4 Óleo.
Mora sozinho
Mora c/ familiares
3
3
4
6
5
6
3
0
Gráfico 4 - Frequência em reciclar
Nunca Raramente Frequentemente Sempre
Quanto às medidas de poupança de água, 13 dos
participantes que moram sozinhos afirmam adotar uma ou
mais, assim como 14 dos que moram com familiares. Já
quem assume não adotar nenhuma medida são apenas 2
dos que moram sozinhos e 1 dos que moram com
familiares.
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Dos que afirmaram adotar medidas de poupança de
água, 13 Fecham a água enquanto escovam os dentes, 12
enquanto lavam a loiça, 6 durante o banho e 4 utilizam
autoclismo de dupla descarga ou outro método equivalente,
no que se refere aos que moram sozinhos.
Quantos aos que moram com familiares 14 Fecham a
água na escovagem dos dentes, 9 na lavagem da loiça, 8 no
banho e apenas 5 usam autoclismo de dupla descarga ou
outro método equivalente.
Mora c/familiares
Mora sozinho
14
13
1
2
Gráfico 6 - Adoção de medidas de poupança de água
Não Sim
Mora c/ familiares
Mora sozinho
7
9
5
8
11
6
9
3
4
3
Gráfico 5 - Tipo de reciclagem
Óleo Pilhas Vidro Plástico Papel
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Mora c/ familiares
Mora sozinho
8
9
5
5
13
15
2
Gráfico 8 - Hábitos de Poupança de EnergiaDesligar as luzes
Não deixar aparelhos em Stand ByDesligar equipamentos da tomadaOutros
No que diz respeito aos hábitos de poupança de
energia todos os inquiridos que moram sozinhos
afirmam desligar as luzes quando abandonam uma
divisão, 5 não deixam aparelhos em
desligam equipamentos da tomada e 2 deles adotam
outros tipos de medidas, indicando 1 deles que faz o
aproveitamento da luz solar. Já os que moram com
familiares apenas 13 desligam as luzes, nas
circunstâncias acima indicadas, 5 destes inquiridos
afirmam não deixar os aparelhos em
desligam equipamentos da tomada.
Mora c/ familiares
Mora sozinho
8
6
14
13
9
12
5
Gráfico 7 - Medidas de poupança de água
Autocolismo de dupla descarga/Outro método
Fechar água enquanto lava a loiça
Fechar água enquanto escova os dentes
Fechar água durante o banho
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Na utilização dos sacos ecológicos os
inquiridos que moram sozinhos 9 deles indicam não
utilizarem este tipo de sacos, enquanto os que
moram com familiares 8 deles não os utilizam. Dos
indivíduos que moram sozinhos 6 deles afirmam
usar este tipo de sacos e os que moram com
familiares e que os usam são 7 indivíduos.
Mora c/ familiares
Mora sozinho
7
6
8
9
Gráfico 9 - Utilização de Sacos Ecológicos
Não Sim
Página 15
No âmbito da utilização das boleias e/ou
transportes públicos 13 e 8 inquiridos que moram,
respetivamente, sozinhos e com familiares, indicam
utilizarem-nos “muitas vezes”. Ainda dos que
moram sozinhos 1 deles diz que os usa “raramente”
e outro “nunca”. Dos que moram com familiares 5
dos inquiridos indicam utilizarem-nos “às vezes e 2
deles “raramente”.
Quanto à reutilização de papel 2 dos
estudantes universitários que moram com familiares
indicam realizarem esta prática “sempre”, 7 deles
“muitas vezes”, 3 “raramente” e 3 deles “nunca”. Dos
estudantes que moram sozinhos 3 deles realizam
esta prática “muitas vezes”, 7 “raramente”, 5 “nunca”
e nenhum deles realiza esta prática “sempre.
Mora sozinho
Mora c/ familiares
5
3
7
3
3
7
0
2
Gráfico 10 - Reutilização de papel
Sempre Muitas Vezes Raramente Nunca
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No que diz respeito aos fins que os inquiridos dão
aos óleos alimentares domésticos, dos que moram com
familiares 5 indicam colocá-lo no lixo doméstico, 6
despeja-lo no lava-louça, 3 reciclam colocando no oleão
e apenas 1 deles indica que dá “outro” fim ao óleo
doméstico porém não se pronuncia sobre qual é o
mesmo. Dos que moram sozinhos
alimentares no lixo doméstico, 9 afirmam despeja-lo no
lava-louça, 2 reciclam-no colocando-o no Oleão e 1
indica “outro” – sendo que não utiliza óleo alimentar.
Na opção por transportes públicos 10 dos
inquiridos que moram sozinhos afirmam utiliza-los
“muitas vezes”, 2 “às vezes”, 2 “raramente” e 1
deles “nunca”. Quanto aos que moram com
familiares 7 deles utilizam este tipo de transporte
“muitas vezes”, 4 “às vezes”, 3 “raramente” e 1
deles “nunca”.
Mora c/familares
Mora sozinhos
0
1
2
1
5
0
8
13
Gráfico 11 - Boleias e/ou transportes públicos
Muitas vezes Às vezes Raramente Nunca
Mora c/ familiares
Mora sozinho
1
1
3
2
4
2
7
10
Gráfico 12 - Frequência com que opta por transportes públicos
Muitas vezes Às vezes Raramente Nunca
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Estudantes que moram com familiares
informam que 5 dos 15 inquiridos que quando têm
oportunidade optam por alimentos
orgânicos/biológicos e dos que moram sozinhos
são apenas 4, 9 dos que moram com familiares
escolhem esses produtos “às vezes” e 1 “não” opta
por estes. Já os que moram sozinhos 5 indicam que
adquirem estes produtos “às vezes” e 6 “não” os
elegem.
Mora sozinho
Mora c/ familiares
1
1
2
3
9
6
3
5
Gráfico 13 - Fins dos óleos alimentares domésticos
Coloca no lixo doméstico Despeja no lava-louça
Recicla colocando no Oleão Outro
Mora sozinho
Mora c/ familiares
6
1
5
9
4
5
Gráfico 14 - Consumo de alimentos orgânicos/biológicos
Sim Ás vezes Não
Conclusões gerais
Com a análise dos dados fornecidos pelos inquéritos, feitos às amostras – estudantes universitários que moram sozinhos e que
moram com familiares em período de aulas – verifica-mos que aqueles que moram com familiares reciclam com mais regularidade do
que os que moram sozinhos. Tal pode dever-se ao facto de os primeiros poderem ser alertados pelos familiares para esta prática e terem
ajuda dos mesmos, por exemplo no que diz respeito às lidas da casa, dando-lhes mais tempo para se dedicarem a este tipo de
comportamento. Já aqueles que moram sozinhos tendo mais tarefas por sua conta, acabam por não ter tanta disponibilidade para
reciclar. Outro fator influenciador para estes pode ser a não existência de alguém que os acautele. Este pode não ser o único fator, sendo
que apesar da população ser jovem, podem ainda não ter uma consciência aprofundada sobre o assunto.
Concluímos também que os universitários que moram sozinhos reciclam maioritariamente papel e plástico enquanto os
universitários que moram com familiares reciclam mais vidro e pilhas. Isto pode dever-se aos hábitos de consumo das amostras.
Quanto às medidas de poupança de água, quer os participantes que moram com familiares, quer aqueles que moram sozinhos
apresentam elevada preocupação com este assunto, sendo que em ambas as amostras se verifica a adoção das mesmas em 90% (27
em 30) dos inquiridos. As medidas de poupança de água são mais implementadas do que propriamente a reciclagem, porque a água é
um bem pago.
Dos inquiridos que afirmaram adotar medidas de poupança de água, 13 Fecham a água enquanto escovam os dentes, 12
enquanto lavam a loiça, 6 durante o banho e 4 utilizam autoclismo de dupla descarga ou outro método equivalente, no que se refere aos
que moram sozinhos. Quantos aos que moram com familiares 14 Fecham a água na escovagem dos dentes, 9 na lavagem da loiça, 8 no
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banho e apenas 5 usam autoclismo de dupla descarga ou outro método equivalente. Verificou-se por fim que os estudantes que moram
sozinhos preocupam-se mais em fechar a água enquanto escovam os dentes e lavam a louça. Os que moram com os familiares têm a
mesma escala de adoção de medidas.
Acerca da utilização de lâmpadas económicas podemos concluir que são os estudantes universitários que moram com familiares
na sua maioria que procedem a essa utilização – pois não são estes que adquirem as lâmpadas e pagam as contas –, porém aqueles
que moram sozinhos aderem à mesma numa percentagem de 80% desta amostra – tal pode acontecer pois os seus familiares
responsáveis pelo pagamento dos estudos podem alertar para a necessidade de se conseguir poupar, o que é fundamental para um
estudante que mora numa casa alugada, paga as propinas, transportes e ainda, as despesas.
No que toca a hábitos de poupança de energia, tanto os estudantes universitários que vivem sozinhos como os que vivem com
familiares adotam maioritariamente medidas como “Desligar as luzes” e “Não deixar os aparelhos em stand by” e em menor quantidade
desligam os equipamentos na tomada e outros tipos de medidas como, por exemplo, o aproveitamento da luz solar.
Na utilização dos sacos ecológicos os inquiridos que moram sozinhos 60% (9) destes indicam não utilizar este tipo de sacos, isto
é, mais de metade não manifesta esta preocupação ecológica, à semelhança dos que moram com familiares – 53,3% (8) deles não os
utilizam. Dos indivíduos que moram sozinhos 6 deles afirmam usar este tipo de sacos e os que moram com familiares e que os usam são
7 indivíduos, talvez esta diferença mínima se justifique pelo facto da convivência com os pais estimular a utilização deste tipo de sacos.
Quanto à reutilização de papel 2 dos estudantes universitários que moram com familiares indicam realizarem esta prática
“Sempre”, 7 deles “Muitas vezes”, 3 “Raramente” e 3 deles “Nunca”. Dos estudantes que moram sozinhos 3 deles realizam esta prática
“Muitas vezes”, 7 “Raramente”, 5 “Nunca” e nenhum deles realiza esta prática “Sempre”. Estes números mostram que a tendência para
reutilizar papel é muito mais acentuada nos jovens que vivem com os pais do que nos jovens que moram sem familiares, isto é, os
Página 19
estudantes que moram com familiares têm um maior hábito de reutilizar papel, no que diz respeito por exemplo ao reaproveitamento de
folhas de impressão com defeito ou que já não sejam úteis para outros fins, do que aqueles que moram sozinhos.
No âmbito da opção por boleias e/ou transportes públicos 13 dos 15 inquiridos que moram sozinhos indicam utilizarem-nos “muitas
vezes”, bem como 8 dos inquiridos que moram com familiares, estes dados demonstram a preferência destes transportes em detrimento
dos transportes pessoais, pois é um método mais económico e para aqueles que se preocupam realmente com o ambiente podem
considerar um boa oportunidade para o colocar em prática. Dos inquiridos a morar sozinhos muito poucos não ou raramente utilizam este
meio, já nos que moram com familiares o número é mais elevado, talvez por terem auxílio dos familiares com veículo pessoal para se
deslocarem quando precisam.
Quanto à opção por apenas transportes públicos dois terços dos inquiridos que moram sozinhos usam os transportes públicos
“Muitas vezes” provavelmente porque estão longe de casa e não tendo carro próprio estes constituem uma mais-valia na sua deslocação,
sendo que são reduzidos aqueles que poucas vezes ou nenhumas os utilizam. Quanto aos que moram com familiares cerca de metade
(7) vê os transportes públicos como uma boa alternativa para se deslocarem para onde necessitam sem estar a incomodar os familiares.
Os estudantes que moram sozinhos optam muito mais por transportes públicos do que os estudantes universitários que moram com os
seus familiares, talvez devido ao facto dos mesmos os auxiliarem com o transporte pessoal quando estes necessitarem.
No que diz respeito aos fins dados aos óleos alimentares são poucos os inquiridos de ambas as amostras que revelam
preocupação em recicla-lo, sendo que apenas 16,67% realiza esta prática colocando-o no Oleão. Quanto aos participantes a morar com
familiares a maioria opta por despeja-lo no lava-loiça, de seguida a prática eleita é colocar o óleo no lixo doméstico, o mesmo aplica-se,
em proporções semelhantes aos que moram sozinhos, adotando estas práticas prejudiciais ao ambiente.
Com os dados recolhidos conseguimos concluir que os estudantes que moram com a família preferem alimentos orgânicos mais
frequentemente que os estudantes que moram sozinhos, isto pode acontecer pois estes têm um orçamento “mais apertado” para gerir.
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De acordo com toda a análise elaborada verificamos que tendencialmente os jovens universitários que moram com familiares
adotam mais comportamentos sustentáveis do que os que moram sozinhos em período de aulas, porém os últimos demonstram ainda
algumas preocupações com práticas deste tipo.
Referências bibliográficas http://ftp.stj.jus.br/portal_stj/publicacao/download.wsp?tmp.arquivo=2547
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s1517-97022012000200013&script=sci_arttext
Página 21
http://naturlink.sapo.pt/natureza-e-ambiente/interessante/content/consumo-sustentavel?bl=1
https://www.google.pt/search?newwindow=1&site=&source=hp&q=contextualiza
%C3%A7%C3%A3o+do+consumo+sustentavel&oq=contextualiza
%C3%A7%C3%A3o+do+consumo+sus&gs_l=hp.3.0.33i21.1595.17077.0.18977.46.31.8.7.7.0.229.3484.7j23j1.31.0.msedr...0...1c.1.5
8.hp..7.39.2640.0.sRyXtEJ9KbY
O PAPEL DO GOVERNO E A PRÁTICA DO CONSUMO SUSTENTÁVEL: como esse stakeholder atua no setor elétrico? - Revista
Eletrônica de Ciência Administrativa (RECADM)
FELDMAN, F. A parte que nos cabe: consumo sustentável? In: TRIGUEIRO, André (Coord.). Meio Ambiente no Século 21 – 21
especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento. 4 ed. Campinas – SP: Armazém do Ipê, 2005. p. 143 -
157.
PORTILHO, F. O discurso internacional sobre consumo sustentável: possibilidades de ambientalização e politização da esfera
privada. Tese (Doutorado). Campinas, SP: 2003.
Página 22
Anexos
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