Relatório 1

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Instituto Politécnico: E Licenciatura: Comunic Unidade Curricular: M Discentes: RELATÓRIO FINAL DE INVESTIGAÇÃO 2014/201 5 ESTUDO QUANTITATIVO

Transcript of Relatório 1

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Instituto Politécnico:

Licenciatura: Comunicação Organizacional

Unidade Curricular

Organizacional

Discentes:

Alexandra Figueiredo 2013277

Tatiana Rodrigues 2013607

Page 2: Relatório 1

Índice

CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA: A IMPORTÂNCIA DO TEMA ABORDADO 2O Consumo Sustentável............................................................................2

PROBLEMA/QUESTÃO DE INVESTIGAÇÃO.....................................7

MÉTODO....................................................................................81) Participantes.........................................................................................82) Questionários........................................................................................8

RESULTADOS (GRÁFICOS E COMENTÁRIOS AOS GRÁFICOS)..........9

CONCLUSÕES GERAIS...............................................................10

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................11

ANEXOS (QUESTIONÁRIOS PREENCHIDOS).................................12

Página 1

Page 3: Relatório 1

CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA: A IMPORTÂNCIA DO TEMA ABORDADO

O Consumo SustentávelNa época das Revoluções Industriais, séculos XVIII e XIX, a população mundial era cerca de um décimo do que é atualmente. Os

recursos eram abundantes no entanto pouco explorados. Assim sendo, após a Revolução Industrial os meios de produção sofreram um

grande avanço, o que estimulou o consumismo. As grandes empresas tiveram que procurar mercado para tudo que produziam.

Até à década de 70, por influência política das grandes nações industrializadas e de alguns grupos científicos, a questão da crise

ambiental esteve sempre ligada ao crescimento demográfico, no sentido de que este estaria a causar uma grande pressão humana sobre

os recursos naturais do planeta.

A partir dessa década, com destaque para a realização da Conferência de Estocolmo, em 1972, os países em desenvolvimento

impulsionaram a compreensão de que a causa da crise ambiental estava localizada nas nações industrializadas, onde o estilo de

produção – capitalista ou socialista – implicava grandes quantidades de recursos e energia do planeta, causando grande parte da

poluição e do impacto ambiental.

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Foi a partir da década de 1990, que se intensificou a perceção do impacto ambiental dos altos padrões de consumo das

sociedades e classes afluentes, permitindo a emergência de um novo discurso dentro do ambientalismo internacional que passa a

focalizar o consumo sustentável como centro das questões ambientais.

Por tudo isto, no ano de 1992, realizou-se a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – a Eco-92

–, realizada no Rio de Janeiro; e no Fórum paralelo das organizações não-governamentais, discutiu-se o tema do consumo sustentável.

A Conferência da ONU proporcionou um debate e mobilização da comunidade internacional em torno da necessidade de mudanças

urgentes de comportamento apontando como objetivo fulcral a preservação da vida na Terra. Um dos resultados dessa conferência foi a

aprovação da Agenda 21, um plano de ação a ser implementado pelos governos, agências de desenvolvimento, organizações das

Nações Unidas e grupos setoriais independentes de cada área em que a atividade humana possa afetar o meio ambiente.

A Agenda 21 prevê que “a fim de que se atinjam os objetivos de qualidade ambiental e desenvolvimento sustentável será

necessário eficiência na produção e mudanças nos padrões de consumo para dar prioridade ao uso ótimo dos recursos e à redução do

desperdício ao mínimo. Em muitos casos, isso irá exigir uma reorientação dos atuais padrões de produção e consumo, desenvolvidos

pelas sociedades industriais e por sua vez imitados em boa parte do mundo.”

Em suma, a Agenda 21 levanta, nos seus textos, pontos de discussão como:

Agricultura sustentável;

Cidades sustentáveis;

Infraestrutura e integração regional;

Gestão dos recursos naturais;

Redução das desigualdades sociais e ciência e tecnologia para o desenvolvimento sustentável.

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Page 5: Relatório 1

Essas mesmas discussões levaram à promoção de avanços referentes a questões globais, baseadas nos processos democráticos da

participação populacional, contudo não determinou compromissos com as partes envolvidas. Estabeleceu, ainda, dois amplos objetivos:

1. A promoção de padrões de consumo e produção que reduzam as pressões ambientais e atendam às necessidades básicas da

humanidade.

2. O desenvolvimento de uma melhor compreensão do papel do consumo e da forma de se implementar padrões de consumo mais

sustentáveis.

Na tentativa de se contextualizar o consumo, ou seja, repensar a produção a partir do seu processo e respetivos efeitos que os

produtos provocam no meio ambiente, é imprescindível a análise do ciclo de vida completo dos produtos, desde a matéria-prima,

passando pela produção até ao encerramento desse ciclo, com o uso e seu descarte.

Ger (1999) aponta a emergência no centro no consumo sustentável nas políticas ambientais em substituição à ostentação do

controlo dos processos de produção. Portanto, os discursos relacionados às questões ambientais passaram a considerar a mudança de

paradigma do princípio estruturante e organizador da sociedade moderna, da produção para o consumo, isto é, passaram a considerar o

comportamento social do consumo como elemento provocado da crise ambiental.

Nos últimos anos, é que se verificou o surgimento de pesquisas associadas à análise da sociedade de consumo e aos estudos

ambientais, talvez por resultado da definição da crise ambiental como um problema de estilo de vida e consumo e do surgimento de

expressões como “consumo verde” e “consumo sustentável” (PORTILHO, 2003).

É neste contexto que se inserem as questões do consumo sustentável na sociedade de consumo, onde os aspetos dos discursos

assumidos sobre o desenvolvimento sustentável diante dos atuais padrões e níveis de consumo da sociedade capitalista moderna visam

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proteger, no futuro, os interesses sociais, estimulando reflexões sobre as mudanças económicas, culturais, sociais e tecnológicas que se

tornam necessárias para a construção do projeto de uma futura “sociedade sustentável”, sob o prima da ética da responsabilidade.

Sob esta perspetiva, Jackson (2006) adverte que a discussão do consumo sustentável não pode ignorar as questões relacionadas

ao comportamento do consumidor, estilo de vida e a cultura do consumo, uma vez que desempenham um papel vital na determinação da

escala global do consumo de recursos. Relacionar o consumo sustentável apenas as questões tecnológicas e ao desempenho do

processo produtivo cria uma nova segmentação de mercado para consumidores verdes e conscientes, porém a escala de consumo de

recursos e impactos ambientais associados permanecem em crescimento. Desta forma, a posição institucional atual não está adequada

aos desafios da sustentabilidade

Silva (2010) define o consumo sustentável, como um ato de equilíbrio e como sendo um padrão de consumo resultante da inter-

relação de indivíduos sociais direcionado para o alcance do desenvolvimento sustentável. Sendo assim, é necessário entender-se que

para que a prática de um consumo sustentável seja efetiva, cada indivíduo pode ser observado possuindo um papel singular às suas

capacidades.

A temática de consumo sustentável apresenta ainda poucos trabalhos alinhados com a perspetiva de desenvolvimento

sustentável, continuamente discutida pelos diferentes indivíduos sociais, e é neste contexto que se insere a presente pesquisa, na

medida em que se procura evidenciar o papel desse importante ator social, o governo.

Deste modo, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUM) transportou a seguinte proposta conceitual para essa

nova temática: “Consumo sustentável significa o fornecimento de serviços, e de produtos correlatos, que preencham as necessidades

básicas e dêem uma melhor qualidade de vida, ao mesmo tempo em que se diminui o uso de recursos naturais e de substâncias tóxicas,

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assim como as emissões de resíduos e de poluentes durante o ciclo de vida do serviço ou do produto, com a ideia de não ameaçar as

necessidades das gerações futuras”.

Concluindo, a política de consumo sustentável no contexto da sociedade de consumo pode funcionar como uma forma efetiva de

criação da consciência ambiental em empresas e consumidores, bem como uma fonte de pressão constante para as políticas públicas

em geral. Logo, o principal desafio para garantir o consumo sustentável consiste em desenvolver políticas que criem normas que

determinem e limitem os processos de exploração dos recursos naturais e a destinação dos resíduos decorrentes da produção e do

consumo, bem como desenvolver uma perspetiva compatível com os conhecimentos fundamentais sobre o comportamento do

consumidor e a motivação humana, que reflita ambições socialmente viáveis e culturalmente relevantes, levando em consideração a

perceção de que os bens materiais possuem valor além de suas funcionalidades, desempenhando um papel simbólico na vida dos

consumidores e que esses papéis servem de importantes funções sociais e psicológicas para estes.

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Problema/Questão de Investigação Este trabalho pretende analisar as práticas de consumo sustentável por parte de jovens universitários dos 18 aos 23 anos que

moram com familiares e aqueles que moram sozinhos. Acreditamos que estas práticas sejam diferentes e que o facto de viver com

familiares ou sem familiares influencia a sua adoção ou não.

Optámos por escolher este grupo porque acreditamos que existem diferenças de consumo devido à existência de pessoas mais

adultas que provavelmente irão alertar para o consumo desenfreado, enquanto aqueles que moram sozinhos podem não ter tanta

consciência e mostrarem-se mais despreocupados com este tipo de práticas.

Nos questionários abordámos temas ligados ao consumo sustentável: a reciclagem de lixo material (plástico, metais, papéis) e de

óleos alimentares domésticos, a poupança de água nas diversas ocasiões do quotidiano, a utilização de lâmpadas económicas bem

como o consumo de energético, a utilização de sacos ecológicos nas idas aos supermercados, a diminuição do gasto e/ou reutilização de

papel; a utilização de transportes públicos e/ou partilha de automóveis privados (boleias) bem como o consumo de alimentos

orgânicos/biológicos.

Ao abordarmos estas temáticas procuramos ter noção das práticas de consumo sustentável que são adotadas ou não pelos

estudantes universitários que moram com familiares e aqueles que moram sem eles, ou seja, fora da sua residência familiar. Analisando

em que medida é que estes hábitos convergem ou divergem.

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Page 9: Relatório 1

MÉTODO

1) ParticipantesOs grupos escolhidos que irão fazer parte da amostra serão jovens universitários com idades compreendidas entre os 18 e os 23

anos que moram com familiares e aqueles que moram sem eles.

Este critério foi estabelecido de forma a perceber se existem diferenças nos comportamentos destes jovens em relação às práticas

de consumo sustentável.

2) Questionários

Foi realizado um estudo quantitativo, tendo por base questionários que foram impressos e preenchidos pelos participantes entre o

dia 28 de Novembro e o dia 04 de Dezembro de 2014. O questionário continha doze perguntas de resposta fechada e 4 de resposta

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Mora c/ famil-iares

Mora sozinho

11

8

4

7

Gráfico 1 - Género

Masculino Feminino

Mora c/ familiares

Mora sozinho

3

3

6

11

5

0

1

1

Gráfico 2- Idades

23 20 19 18

Mora sozinho

Mora c/ familiares

6

1

7

14

1

0

1

0

Gráfico 3 - Região

Ilhas Sul Centro Norte

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semiaberta. Foram abordadas as temáticas: reciclagem de lixo material (plástico, metais, papéis) e de óleos alimentares domésticos, a

poupança de água nas diversas ocasiões do quotidiano, a utilização de lâmpadas económicas bem como o consumo de energético, a

utilização de sacos ecológicos nas idas aos supermercados, a diminuição do gasto e/ou reutilização de papel; a utilização de transportes

públicos e/ou partilha de automóveis privados (boleias) bem como o consumo de alimentos orgânicos/biológicos.

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Resultados

Página 10

A população inquirida consiste em 15 estudantes universitários

que moram sozinhos, ou seja, abdicaram de viver com os seus familiares

para estudar noutra cidade, e 15 que moram com familiares. Dos

estudantes que moram sozinhos, 8 são do género feminino e 7 do

género masculino, dois quais 3 têm 18 anos, 11 com 19 anos e apenas 1

com 23 anos. Á exceção do período letivo, 6 são da região Norte do

país, 7 do Centro, 1 da região Sul e 1 das Ilhas. Quanto aos estudantes

que moram com familiares, 11 são raparigas e 4 rapazes – 3 com 18

anos, 6 com 19 anos, 5 com 20 anos e 1 com 23 anos. No que se refere

à região, 1 é do Norte e 14 da região Centro do país.

Mora sozinho

Mora c/ familiares

6

1

7

14

1

0

1

0

Gráfico 3 - Região

Ilhas Sul Centro Norte

Mora c/ familiares

Mora sozinho

11

8

4

7

Gráfico 1 - Género

Masculino Feminino

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Página 11

Mora c/ familiares

Mora sozinho

3

3

6

11

5

0

1

1

Gráfico 2- Idades

23 20 19 18

O tipo de reciclagem mais utilizado, pelos universitários

que moram sozinhos é Papel – com 9 participantes, Plástico –

com 8, Vidro – com 6, Pilhas – com 3 e Óleo – também com 3

participantes.

Quanto aos universitários que moram com familiares, 11

reciclam Vidro, 9 Pilhas, 7 Papel, 5 Plástico e 4 Óleo.

Mora sozinho

Mora c/ familiares

3

3

4

6

5

6

3

0

Gráfico 4 - Frequência em reciclar

Nunca Raramente Frequentemente Sempre

Page 13: Relatório 1

Quanto às medidas de poupança de água, 13 dos

participantes que moram sozinhos afirmam adotar uma ou

mais, assim como 14 dos que moram com familiares. Já

quem assume não adotar nenhuma medida são apenas 2

dos que moram sozinhos e 1 dos que moram com

familiares.

Página 12

Dos que afirmaram adotar medidas de poupança de

água, 13 Fecham a água enquanto escovam os dentes, 12

enquanto lavam a loiça, 6 durante o banho e 4 utilizam

autoclismo de dupla descarga ou outro método equivalente,

no que se refere aos que moram sozinhos.

Quantos aos que moram com familiares 14 Fecham a

água na escovagem dos dentes, 9 na lavagem da loiça, 8 no

banho e apenas 5 usam autoclismo de dupla descarga ou

outro método equivalente.

Mora c/familiares

Mora sozinho

14

13

1

2

Gráfico 6 - Adoção de medidas de poupança de água

Não Sim

Mora c/ familiares

Mora sozinho

7

9

5

8

11

6

9

3

4

3

Gráfico 5 - Tipo de reciclagem

Óleo Pilhas Vidro Plástico Papel

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Página 13

Mora c/ familiares

Mora sozinho

8

9

5

5

13

15

2

Gráfico 8 - Hábitos de Poupança de EnergiaDesligar as luzes

Não deixar aparelhos em Stand ByDesligar equipamentos da tomadaOutros

No que diz respeito aos hábitos de poupança de

energia todos os inquiridos que moram sozinhos

afirmam desligar as luzes quando abandonam uma

divisão, 5 não deixam aparelhos em

desligam equipamentos da tomada e 2 deles adotam

outros tipos de medidas, indicando 1 deles que faz o

aproveitamento da luz solar. Já os que moram com

familiares apenas 13 desligam as luzes, nas

circunstâncias acima indicadas, 5 destes inquiridos

afirmam não deixar os aparelhos em

desligam equipamentos da tomada.

Mora c/ familiares

Mora sozinho

8

6

14

13

9

12

5

Gráfico 7 - Medidas de poupança de água

Autocolismo de dupla descarga/Outro método

Fechar água enquanto lava a loiça

Fechar água enquanto escova os dentes

Fechar água durante o banho

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Página 14

Na utilização dos sacos ecológicos os

inquiridos que moram sozinhos 9 deles indicam não

utilizarem este tipo de sacos, enquanto os que

moram com familiares 8 deles não os utilizam. Dos

indivíduos que moram sozinhos 6 deles afirmam

usar este tipo de sacos e os que moram com

familiares e que os usam são 7 indivíduos.

Mora c/ familiares

Mora sozinho

7

6

8

9

Gráfico 9 - Utilização de Sacos Ecológicos

Não Sim

Page 16: Relatório 1

Página 15

No âmbito da utilização das boleias e/ou

transportes públicos 13 e 8 inquiridos que moram,

respetivamente, sozinhos e com familiares, indicam

utilizarem-nos “muitas vezes”. Ainda dos que

moram sozinhos 1 deles diz que os usa “raramente”

e outro “nunca”. Dos que moram com familiares 5

dos inquiridos indicam utilizarem-nos “às vezes e 2

deles “raramente”.

Quanto à reutilização de papel 2 dos

estudantes universitários que moram com familiares

indicam realizarem esta prática “sempre”, 7 deles

“muitas vezes”, 3 “raramente” e 3 deles “nunca”. Dos

estudantes que moram sozinhos 3 deles realizam

esta prática “muitas vezes”, 7 “raramente”, 5 “nunca”

e nenhum deles realiza esta prática “sempre.

Mora sozinho

Mora c/ familiares

5

3

7

3

3

7

0

2

Gráfico 10 - Reutilização de papel

Sempre Muitas Vezes Raramente Nunca

Page 17: Relatório 1

Página 16

No que diz respeito aos fins que os inquiridos dão

aos óleos alimentares domésticos, dos que moram com

familiares 5 indicam colocá-lo no lixo doméstico, 6

despeja-lo no lava-louça, 3 reciclam colocando no oleão

e apenas 1 deles indica que dá “outro” fim ao óleo

doméstico porém não se pronuncia sobre qual é o

mesmo. Dos que moram sozinhos

alimentares no lixo doméstico, 9 afirmam despeja-lo no

lava-louça, 2 reciclam-no colocando-o no Oleão e 1

indica “outro” – sendo que não utiliza óleo alimentar.

Na opção por transportes públicos 10 dos

inquiridos que moram sozinhos afirmam utiliza-los

“muitas vezes”, 2 “às vezes”, 2 “raramente” e 1

deles “nunca”. Quanto aos que moram com

familiares 7 deles utilizam este tipo de transporte

“muitas vezes”, 4 “às vezes”, 3 “raramente” e 1

deles “nunca”.

Mora c/familares

Mora sozinhos

0

1

2

1

5

0

8

13

Gráfico 11 - Boleias e/ou transportes públicos

Muitas vezes Às vezes Raramente Nunca

Mora c/ familiares

Mora sozinho

1

1

3

2

4

2

7

10

Gráfico 12 - Frequência com que opta por transportes públicos

Muitas vezes Às vezes Raramente Nunca

Page 18: Relatório 1

Página 17

Estudantes que moram com familiares

informam que 5 dos 15 inquiridos que quando têm

oportunidade optam por alimentos

orgânicos/biológicos e dos que moram sozinhos

são apenas 4, 9 dos que moram com familiares

escolhem esses produtos “às vezes” e 1 “não” opta

por estes. Já os que moram sozinhos 5 indicam que

adquirem estes produtos “às vezes” e 6 “não” os

elegem.

Mora sozinho

Mora c/ familiares

1

1

2

3

9

6

3

5

Gráfico 13 - Fins dos óleos alimentares domésticos

Coloca no lixo doméstico Despeja no lava-louça

Recicla colocando no Oleão Outro

Mora sozinho

Mora c/ familiares

6

1

5

9

4

5

Gráfico 14 - Consumo de alimentos orgânicos/biológicos

Sim Ás vezes Não

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Conclusões gerais

Com a análise dos dados fornecidos pelos inquéritos, feitos às amostras – estudantes universitários que moram sozinhos e que

moram com familiares em período de aulas – verifica-mos que aqueles que moram com familiares reciclam com mais regularidade do

que os que moram sozinhos. Tal pode dever-se ao facto de os primeiros poderem ser alertados pelos familiares para esta prática e terem

ajuda dos mesmos, por exemplo no que diz respeito às lidas da casa, dando-lhes mais tempo para se dedicarem a este tipo de

comportamento. Já aqueles que moram sozinhos tendo mais tarefas por sua conta, acabam por não ter tanta disponibilidade para

reciclar. Outro fator influenciador para estes pode ser a não existência de alguém que os acautele. Este pode não ser o único fator, sendo

que apesar da população ser jovem, podem ainda não ter uma consciência aprofundada sobre o assunto.

Concluímos também que os universitários que moram sozinhos reciclam maioritariamente papel e plástico enquanto os

universitários que moram com familiares reciclam mais vidro e pilhas. Isto pode dever-se aos hábitos de consumo das amostras.

Quanto às medidas de poupança de água, quer os participantes que moram com familiares, quer aqueles que moram sozinhos

apresentam elevada preocupação com este assunto, sendo que em ambas as amostras se verifica a adoção das mesmas em 90% (27

em 30) dos inquiridos. As medidas de poupança de água são mais implementadas do que propriamente a reciclagem, porque a água é

um bem pago.

Dos inquiridos que afirmaram adotar medidas de poupança de água, 13 Fecham a água enquanto escovam os dentes, 12

enquanto lavam a loiça, 6 durante o banho e 4 utilizam autoclismo de dupla descarga ou outro método equivalente, no que se refere aos

que moram sozinhos. Quantos aos que moram com familiares 14 Fecham a água na escovagem dos dentes, 9 na lavagem da loiça, 8 no

Página 18

Page 20: Relatório 1

banho e apenas 5 usam autoclismo de dupla descarga ou outro método equivalente. Verificou-se por fim que os estudantes que moram

sozinhos preocupam-se mais em fechar a água enquanto escovam os dentes e lavam a louça. Os que moram com os familiares têm a

mesma escala de adoção de medidas.

Acerca da utilização de lâmpadas económicas podemos concluir que são os estudantes universitários que moram com familiares

na sua maioria que procedem a essa utilização – pois não são estes que adquirem as lâmpadas e pagam as contas –, porém aqueles

que moram sozinhos aderem à mesma numa percentagem de 80% desta amostra – tal pode acontecer pois os seus familiares

responsáveis pelo pagamento dos estudos podem alertar para a necessidade de se conseguir poupar, o que é fundamental para um

estudante que mora numa casa alugada, paga as propinas, transportes e ainda, as despesas.

No que toca a hábitos de poupança de energia, tanto os estudantes universitários que vivem sozinhos como os que vivem com

familiares adotam maioritariamente medidas como “Desligar as luzes” e “Não deixar os aparelhos em stand by” e em menor quantidade

desligam os equipamentos na tomada e outros tipos de medidas como, por exemplo, o aproveitamento da luz solar.

Na utilização dos sacos ecológicos os inquiridos que moram sozinhos 60% (9) destes indicam não utilizar este tipo de sacos, isto

é, mais de metade não manifesta esta preocupação ecológica, à semelhança dos que moram com familiares – 53,3% (8) deles não os

utilizam. Dos indivíduos que moram sozinhos 6 deles afirmam usar este tipo de sacos e os que moram com familiares e que os usam são

7 indivíduos, talvez esta diferença mínima se justifique pelo facto da convivência com os pais estimular a utilização deste tipo de sacos.

Quanto à reutilização de papel 2 dos estudantes universitários que moram com familiares indicam realizarem esta prática

“Sempre”, 7 deles “Muitas vezes”, 3 “Raramente” e 3 deles “Nunca”. Dos estudantes que moram sozinhos 3 deles realizam esta prática

“Muitas vezes”, 7 “Raramente”, 5 “Nunca” e nenhum deles realiza esta prática “Sempre”. Estes números mostram que a tendência para

reutilizar papel é muito mais acentuada nos jovens que vivem com os pais do que nos jovens que moram sem familiares, isto é, os

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Page 21: Relatório 1

estudantes que moram com familiares têm um maior hábito de reutilizar papel, no que diz respeito por exemplo ao reaproveitamento de

folhas de impressão com defeito ou que já não sejam úteis para outros fins, do que aqueles que moram sozinhos.

No âmbito da opção por boleias e/ou transportes públicos 13 dos 15 inquiridos que moram sozinhos indicam utilizarem-nos “muitas

vezes”, bem como 8 dos inquiridos que moram com familiares, estes dados demonstram a preferência destes transportes em detrimento

dos transportes pessoais, pois é um método mais económico e para aqueles que se preocupam realmente com o ambiente podem

considerar um boa oportunidade para o colocar em prática. Dos inquiridos a morar sozinhos muito poucos não ou raramente utilizam este

meio, já nos que moram com familiares o número é mais elevado, talvez por terem auxílio dos familiares com veículo pessoal para se

deslocarem quando precisam.

Quanto à opção por apenas transportes públicos dois terços dos inquiridos que moram sozinhos usam os transportes públicos

“Muitas vezes” provavelmente porque estão longe de casa e não tendo carro próprio estes constituem uma mais-valia na sua deslocação,

sendo que são reduzidos aqueles que poucas vezes ou nenhumas os utilizam. Quanto aos que moram com familiares cerca de metade

(7) vê os transportes públicos como uma boa alternativa para se deslocarem para onde necessitam sem estar a incomodar os familiares.

Os estudantes que moram sozinhos optam muito mais por transportes públicos do que os estudantes universitários que moram com os

seus familiares, talvez devido ao facto dos mesmos os auxiliarem com o transporte pessoal quando estes necessitarem.

No que diz respeito aos fins dados aos óleos alimentares são poucos os inquiridos de ambas as amostras que revelam

preocupação em recicla-lo, sendo que apenas 16,67% realiza esta prática colocando-o no Oleão. Quanto aos participantes a morar com

familiares a maioria opta por despeja-lo no lava-loiça, de seguida a prática eleita é colocar o óleo no lixo doméstico, o mesmo aplica-se,

em proporções semelhantes aos que moram sozinhos, adotando estas práticas prejudiciais ao ambiente.

Com os dados recolhidos conseguimos concluir que os estudantes que moram com a família preferem alimentos orgânicos mais

frequentemente que os estudantes que moram sozinhos, isto pode acontecer pois estes têm um orçamento “mais apertado” para gerir.

Página 20

Page 22: Relatório 1

De acordo com toda a análise elaborada verificamos que tendencialmente os jovens universitários que moram com familiares

adotam mais comportamentos sustentáveis do que os que moram sozinhos em período de aulas, porém os últimos demonstram ainda

algumas preocupações com práticas deste tipo.

Referências bibliográficas http://ftp.stj.jus.br/portal_stj/publicacao/download.wsp?tmp.arquivo=2547

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s1517-97022012000200013&script=sci_arttext

Página 21

Page 23: Relatório 1

http://naturlink.sapo.pt/natureza-e-ambiente/interessante/content/consumo-sustentavel?bl=1

https://www.google.pt/search?newwindow=1&site=&source=hp&q=contextualiza

%C3%A7%C3%A3o+do+consumo+sustentavel&oq=contextualiza

%C3%A7%C3%A3o+do+consumo+sus&gs_l=hp.3.0.33i21.1595.17077.0.18977.46.31.8.7.7.0.229.3484.7j23j1.31.0.msedr...0...1c.1.5

8.hp..7.39.2640.0.sRyXtEJ9KbY

O PAPEL DO GOVERNO E A PRÁTICA DO CONSUMO SUSTENTÁVEL: como esse stakeholder atua no setor elétrico? - Revista

Eletrônica de Ciência Administrativa (RECADM)

FELDMAN, F. A parte que nos cabe: consumo sustentável? In: TRIGUEIRO, André (Coord.). Meio Ambiente no Século 21 – 21

especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento. 4 ed. Campinas – SP: Armazém do Ipê, 2005. p. 143 -

157.

PORTILHO, F. O discurso internacional sobre consumo sustentável: possibilidades de ambientalização e politização da esfera

privada. Tese (Doutorado). Campinas, SP: 2003.

Página 22

Page 24: Relatório 1

Anexos

Página 23