Relatório 1 de Estágio Sup I

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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA – CCET CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENGENHARIA CIVIL I GUSTAVO VASCONCELOS BISPO RELATÓRIO DE ESTÁGIO 1/3

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Modelo de relatório da Disciplina de Estágio Supervisionado 1 na Universidade Estadual Vale do Acaraú.

Transcript of Relatório 1 de Estágio Sup I

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARA UVACENTRO DE CINCIAS EXATAS E TECNOLOGIA CCETCURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA DE ESTGIO SUPERVISIONADO EM ENGENHARIA CIVIL I

GUSTAVO VASCONCELOS BISPO

RELATRIO DE ESTGIO 1/3

SOBRAL CE20151. DADOS DO ESTGIO

Tipo de estgio:Construo de Edifcio de 6 pavimentos, sendo o primeiro (Pavimento Trreo) utilizado comercialmente, os demais residenciais.

Razo Social:Encon Empreendimentos de Construes Ltda MECNPJ: 10.486.430/0001-19

Endereo do estgio:Av. Deputado Joo Frederico Ferreira Gomes (Antiga Master Tintas)

Supervisor: Nome: Eng Marcos Antnio Cunha de MedeirosContato : (88) 99862-6572; [email protected]

Perodo de Estgio:Incio: 13/04/2015 Trmino previsto: 20/06/2015

Jornada de trabalho: __32:30__ horas semanais.

Detalhamento da jornada de trabalho:DIA DA SEMANAHORA DE CHEGADAHORA DE SADACARGA HORRIA

Segunda-feira7:00/13:0012:00/17:009:00

Tera-feira7:00/13:009:00/17:006:00

Quarta-feira7:00/13:009:00/16:005:00

Quinta-feira7:00/13:008:30/17:004:30

Sexta-feira7:00/13:0012:00/16:008:00

Sbado

Carga Horria Semanal32:30

2. INTRODUO

Iniciada a partir do esprito empreendedor de Jumrio, proprietrio de uma loja de materiais de construo no centro da cidade de Sobral, nasce a Encon Empreendimentos de Construes Ltda.Em seu primeiro momento, a Encon atuava apenas como uma empresa cerrada s obras de seu proprietrio, que investira no ramo imobilirio na referida cidade. Ento, com a parceria de seu filho Marcos, engenheiro civil, a Encon passa a possuir um vis mais formal e executar obras para terceiros, deixando de ser assim uma ferramenta para as construes da famlia e assumindo um papel mais social e atuando fortemente no setor da construo civil no Estado do Cear.Atuando em obras prprias da famlia, atuou executou reformas e ampliaes da escola Ethos, do mesmo proprietrio, construo de imveis e construo de uma nova sede para a Hecon Materiais de Construo LTDA, que outrora localizava-se na rua Viriato de Medeiros.J no empreendimento voltado populao, atuou com mobilizao e terceirizao de mo de obra para importantes obras do Estado, destacando-se obras no interior do Complexo Porturio do Pecm e obras no interior da Votorantim Cimentos tanto na indstria sediada em Sobral, quanto na nova indstria que tem sua construo sendo conduzida no distrito de Aprazvel, distante de 20 km da sede do municpio.Principal ateno foi dada obra de um edifcio residencial nas proximidades do Centro de Convenes, por tratar-se de uma nova sede da Hecon, bem como um escritrio para a construtora que objetiva, em um futuro prximo, atuar na construo e incorporao de imveis na regio norte.Como obrigao derivada do compromisso assumido com o cliente, a qualidade do material empregado e a capacitao da mo de obra, acompanhada por uma equipe tcnica comprometida com o padro exigido pelo mercado consumidor, a Encon tem seu trabalho reconhecido em todos os setores que atuou. Todos que fazem a Encon acreditam que a clareza com que se trata o cliente, a honestidade nas relaes mantidas e o respeito ao consumidor, em todos os aspectos, so a principal propaganda e o maior atrativo que quem deseja construir em Sobral ou regio Norte encontrar na Encon.O departamento de projetos, atravs de parcerias, tem buscado diariamente melhorias no ponto de vista tecnolgico e financeiro, para que cada dia mais a Encon possa oferecer aos seus clientes um servio rpido e que atenda ao desejo do contratante, seja ele um empreendimento ou at mesmo o sonho da casa prpria. 3. OBJETIVOSConsciente que a atividade em sala de aula no suficiente para o aperfeioamento do profissional de Engenharia Civil, busquei aprimorar o aprendizado da acadmico. Neste ponto a disciplina de Estgio Supervisionado I destaca-se no sentido de aproximar o aluno do ambiente profissional que estar inserido. Com este intuito, aproveitei meu perodo de estgio para, inserido diariamente no canteiro de obras, sanar inmeras dvidas referentes execuo de estruturas de concreto, bem como todos os servios que a envolvem, desde preparo de solo passando por carpintaria, ferragem, concretagem at o acabamento, o que me faz reavivar conhecimentos adquiridos no ambiente terico, e aplicar em situaes prticas. Tal contato com a prtica, alm de afirmar o interesse pela rea findar por aperfeioar os conhecimentos, fazendo com que eu possa adaptar cada vez mais os conhecimentos tericos resoluo de problemas cotidianos.

4. ATIVIDADES DESEMPENHADASA princpio, a obra tratava-se da construo de um edifcio de apartamentos que teria no pavimento trreo a nova sede da Hecon Materiais de Construo LTDA e o primeiro escritrio de atendimento ao pblico da Encon Empreendimentos de Construes LTDA. Era uma obra que havia sido iniciada por uma equipe e devido ao baixo rendimento, toda a equipe foi substituda. A primeira equipe havia executado as fundaes, os pilares at o nvel do pavimento trreo e iniciaram as formas das vigas, bem como as armaduras das vigas que haviam terminado as formas.O proprietrio, com a mentalidade que infelizmente ainda ronda o setor da construo civil, contratou um mestre de obras, para que o mesmo fosse responsvel pela obra, e a partir deste, teve incio o estgio. No havia engenheiro civil no empreendimento, o mestre de obras apresentava evidentes dificuldades na leitura e compreenso dos projetos, principalmente estrutural e de formas, por se tratar de um formato construtivo ainda pouco comum na nossa regio.Iniciei a primeira semana com a conferncia das medidas da estrutura que j havia sido montada, percebendo assim algumas falhas na ferragem, e o que mais chamou ateno, que fora o fato de a obra apresentar divergncias nas medidas que estavam no projeto para a real, ou seja, no estava no esquadro.Prosseguimos na primeira semana ainda com mobilizao de uma equipe, bem como conferncias e correes das falhas sanveis da execuo.Outro problema encontrado de imediato fora o nvel do lenol fretico, que no havia sido drenado ou rebaixado nas movimentaes preliminares e com a ocorrncia de chuvas no perodo havia elevado ainda mais o nvel da gua. Ento enquanto seguamos com a correo e conferncia ao nvel do pavimento trreo, utilizvamos duas bombas para drenar a gua que estava a cerca de 50 centmetros do piso do nvel subsolo.Os primeiros atritos com o mestre de obras surgiram j nessa primeira semana, uma vez que o mesmo afirmava ser de extrema importncia que se utilizasse contra-flechas, e determinava aos operrios que a implantassem por meio de cunhas de madeira, que chegavam at a 7 centmetros de altura, na escora do centro de vos no superiores a 6 metros.Consciente que se tratava de exagero e da forma errada de executar tal movimentao, pelo risco de causar alguma excentricidade nos fundos da forma, tentei alert-lo, que ignorou a opinio contrria sua e utilizou a mxima dos profissionais com muitos anos de experincia ao serem abordados por procedimentos errados: Fao isso h 20 anos....Tais manobras que objetivam camuflar a deformao de estruturas no so aconselhadas, principalmente nessas propores, todavia, como o proprietrio deixou claro desde o princpio, o mestre de obras era contratado e de confiana da construtora. Nada mais contestei.Na segunda semana iniciamos com a montagem das cubetas, ou seja, lajes macias de concreto, nervurada, no formato de colmeia, onde se utilizam peas de plstico removveis para economizar concreto. Possuamos uma equipe ainda pequena para tal atividade, dispondo de 4 carpinteiros ( sendo que apenas 2 dominavam a montagem de tal equipamento ), 3 ferreiros e 5 serventes de obra.Caminhvamos lentamente neste servio com 2 carpinteiros, com mdia de 35 m por dia. Alm de ser um servio demorado por natureza, boa parte do retrabalho se deu por conta das contra-flechas que faziam com que a laje ficasse desigual e assim as cubetas levantassem. Por esse motivo, todas as cubetas tiveram que ser pregadas a um assoalho previamente executado.Apesar das horas-extras trabalhadas, do adicional por produo e da contratao de mais pessoas para a equipe, no foi possvel concluir toda a montagem na primeira semana, faltando ainda 144 m de laje para que fosse montado escoramento, assoalho e cubetas.Na sexta-feira da segunda semana, para facilitar a mobilidade e o acesso ao pavimento trreo, concretamos dois lances de escada, que davam acesso do subsolo ao trreo, procedimento esse que foi conferido previamente por meio de um check list que continha conferncia de ferragem, forma, escoramento, material para concretagem e diviso da equipe.Iniciamos a terceira semana com a misso de concluirmos as lajes que faltavam e concretar todo o pavimento no fim da semana, ento todos os esforos foram concentrados ai, ou seja, isolamos alguns servios que j no se faziam to urgentes e encaminhamos todas as equipes para a montagem.Tal montagem se prolongou at a sexta, frustrando as expectativas de concretagem antes do fim de semana.Iniciamos a quarta semana concluindo a parte de carpintaria da laje do pavimento trreo. No concretaramos toda a laje pos faltavam cubetas, ento decidimos que concretaramos o que fosse possvel, deixando para concretar o restante conforme desmoldassemos e reutilizssemos as cubetas. Conferimos nvel, prumo e medidas de todas as formas e foi ai que os ferreiros puderam entrar com a ferragem da laje. Nesse momento o mestre de obr passava maio parte do tempo em outra obra da construtora, o que possibilitou uma maior autonomia na escolha do procedimento. Na quarta-feira conferimos escoramento, nvel de formas, ferragens, passagem de desmoldante nas cubetas, limpeza dos pedaos de arame e posio de eletrodutos e tubulao de esgoto.Na quinta-feira pela manh iniciou-se a montagem da tubulao da bomba e por volta do meio da manh iniciamos a concretagem. Havamos solicitado a bomba lana, equipamento que a empresa concreteira nos assegurou que estaria disponvel, ento dimensionamos a equipe de trabalho para tal equipamento. Todavia, a mangueira, por ser mais pesada e de difcil manuseio, exigiu uma equipe maior, exigncia que no pode ser atendida.Devido a pouca quantidade de pessoal, tivemos os trabalhos prolongados durante a noite, sendo concluda a concretagem apenas s 21 horas. Foram necessrios 8 caminhes com 8m cada, para concretar o permetro que havamos determinado.Deixamos tudo pronto para que na manh seguinte pudssemos j dar incio montagem do assoalho do restante da laje que faltava, e assim foi feito, montamos uma rea de 40 m na sexta-feira.

5. FOTOS DAS ATIVIDADES DESEMPENHADAS

Foto 1 Primeira imagem que tivemos da obra, que estava parada.

Foto 2 Conferncia e correo da forma e ferragem da escada.

Foto 3 Montagem de assoalho e cubetas.

Foto 4 Detalhe da colocao incorreta de contra-flecha por meio de cunhas de madeira.

Foto 5 Operrios posam para foto enquanto conferamos o escoramento.

Foto 6 Conferncia da ferragem e dos espaadores (cocadas).

Foto 7 Concretagem realizada por meio de bomba.

Foto 8 Concretagem adentra na noite, por erro de dimensionamento de equipe.

6. CONCLUSO

A disciplina de Estgio Supervisionado est disposta na grade curricular da Engenharia Civil como uma importante ferramenta de auxlio para o aluno, que ter que associar seus conhecimentos tericos prtica das construes, adaptando conhecimento as vezes rgidos com as solues flexveis adotadas nos canteiros de obra. Trata-se do ensaio mais rgido de futuras situaes-problema para que o acadmico, ao estar empossado da responsabilidade por um canteiro de obras tenha vivenciado pelo menos algumas situaes desagradveis que possa encontrar, estando mais bem preparado.Nesse contexto, foi de extrema importncia esse primeiro perodo de estgio, onde pude ver que muitas vezes os problemas tcnicos no so to complicados quanto os problemas de relacionamento interpessoal em canteiros de obras.Como sugesto para a disciplina, acredito que a Universidade deveria facilitar o acesso do aluno estagirio a engenheiros professores que possam tirar dvidas recorrentes dos canteiros e embasar teoricamente o que muitas vezes o bom senso profissional aponta. Esse acompanhamento poderia ser feito por meio de plantes ou at mesmo de chats virtuais. Uma critica fica por conta do Conselho (CREA), que se mostra apenas como um rgo arrecadador, deixando de lado a fiscalizao de empreendimentos, o que poderia ampliar a oportunidade para engenheiros, bem como a segurana das obras.