Relatório Cimento
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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIAFACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
Materiais de Construção Civil Experimental
Prof João Henrique da Silva Rêgo
Turma A
Engenharia Civil
ANA BORGES COSTA
13/0021181
Brasília, 27 de abril de 2023
Relatório 5CIMENTO PORTLAND
2Relatório 5 - Cimento Portland
ANA BORGES COSTA
13/0021181
SUMÁRIO
1. OBJETIVOS.........................................................................................................4
2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS............................................................................4
3. EQUIPAMENTOS...............................................................................................6
4. AMOSTRA...........................................................................................................7
5. PROCEDIMENTO...............................................................................................7
5.1. Resistência à Compressão.................................................................................7
5.1.1. Preparação da argamassa de cimento..................................................7
5.1.2. Moldagem dos corpos-de-prova.........................................................8
5.1.3. Cura dos corpos-de-prova...................................................................9
5.1.4. Capeamento dos topos e bases dos corpos-de-prova..........................9
5.1.5. Determinação da carga de ruptura......................................................9
5.1.6. Resultados.........................................................................................10
5.2. Índice de Finura por peneiramento manual....................................................10
5.2.1. Eliminação de finos..........................................................................10
5.2.2. Etapa intermediária...........................................................................10
5.2.3. Peneiramento final............................................................................11
5.2.4. Transferência do resíduo...................................................................11
5.2.5. Resultados.........................................................................................11
5.3. Pasta de Consistência Normal.........................................................................12
5.3.1. Preparação do Aparelho de Vicat.....................................................12
5.3.2. Preparação da pasta...........................................................................12
5.3.3. Determinação da consistência...........................................................12
5.3.4. Resultados.........................................................................................12
5.4. Tempo de Pega................................................................................................12
6. CÁLCULOS E RESULTADOS.........................................................................13
7. CONCLUSÕES..................................................................................................15
8. BIBLIOGRAFIA................................................................................................16
2
3Relatório 5 - Cimento Portland
3
4Relatório 5 - Cimento Portland
1. OBJETIVOS
Este experimento tem como objetivo analisar a conformidade ou não de um lote de
Cimento Portland do tipo CPII-Z 32 RS especificado na ABNT NBR 5732, a partir dos
ensaios de recebimento resistência a compressão, índice de finura, pasta de consistência
normal e tempo de pega contidos nas normas ABNT NBR 7215/1996, ABNT NBR
11579/2012, ABNT NBR NM 43/2003 e ANBT NBR NM 65/2003, respectivamente.
2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
O cimento é um dos materiais mais utilizados na construção civil, por conta da sua
larga utilização em diversas fases da construção. É classificado como um aglomerante
hidráulico, um tipo de material que quando em contato com água sofre transformações físico-
químicas de forma a tornar-se um elemento sólido com grande resistência a compressão e
resistência a água e sulfatos.
Existem 7 tipos de cimento que variam entre si na sua composição, finura e resistência
a compressão nos primeiros dias como mostrado na tabela 1.
Tabela 1: Tipos de Cimento
TipoClasses de Resistência
(Mpa)
Composição (%)Norma
BrasileiraClínquer + Gesso
Escória Alto Forno Pozolana Fíler
CP I 253240
100 0NBR 5732
CP I-S 95-99 1-5
CP II-E 253240
56-94 6-34 0 0-10NBR 11578CP II-Z 76-94 0 6-14 0-10
CP II-F 90-94 0 0 6-10
CP III253240
25-65 35-70 0 0-5 NBR 5735
CP IV 2532 45-85 0 15-50 0-5 NBR 5736
CP V 95-100 0 0 0-5 NBR 5737
Os principais parâmetros mínimos a se analisar quando se faz o recebimento de um
lote de cimento são: resistência à compressão, índice de finura, permeabilidade ao ar (método
de Blaine), pasta de consistência normal e tempo de pega e expansibilidade a quente de Le
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5Relatório 5 - Cimento Portland
Chatelier. Nem a expansibilidade nem a permeabilidade ao ar serão abordados no presente
relatório pois não foram realizados devido ao tempo reduzido das aulas.
Resistência à Compressão
O método compreende a determinação da resistência à compressão de corpos-de-prova
cilíndricos de 50 mm de diâmetro e 100 mm de altura. Os corpos-de-prova são elaborados
com argamassa composta de uma parte de cimento, três de areia normalizada, em massa, e
com relação água/cimento de 0,48 (traço unitário 1:3:0,48).
A argamassa é preparada por meio de um misturador mecânico e compactada
manualmente em um molde, por um procedimento normalizado. Podem ser empregados
equipamentos de compactação mecânica, com a condição de que, ao serem utilizados, os
resultados de resistência mecânica não difiram de forma significativa dos obtidos usando-se a
compactação manual.
Os moldes que contêm os corpos-de-prova são conservados em atmosfera úmida para
cura inicial; em seguida os corpos-de-prova são desmoldados e submetidos à cura em água
saturada de cal até a data de ruptura.
Na data prevista, os corpos-de-prova são retirados do meio de conservação, capeados
com mistura de enxofre, de acordo com procedimento normalizado, e rompidos para
determinação da resistência à compressão.
Índice de finura pela peneira n 200 (75 m)
Consiste em peneirar 50 ± 2 g de cimento e em seguida aferir qual a porcentagem de
material em massa que ficou retida, ou seja que tem dimensão maior do que 75m.
Pasta de consistência Normal
É a pasta na qual a sonda de Tejmajer penetra uma distância de (6±1)mm da placa
base após 30s do instante em que foi solta, nas condições estabelecidas na norma ABNT NBR
NM 43. A relação água/cimento desta pasta é anotada para futuros experimentos,
Tempo de pega
Os tempos de pega são determinados com a pasta de consistência normal, sendo:
Tempo de Ínicio de Pega : (obrigatório) tempo decorrido desde a adição da
água ao cimento até o momento em que a agulha do aparelho de Vicat, em
condições normalizadas de ensaio, penetra a pasta até uma distância de
(4±1)mm, no fundo do molde.
Tempo de Fim de Pega : (optativo) Tempo decorrido desde a adição da água ao
cimento até o momento em que a agulha de Vicat penetra 0,5mm na pasta, em
5
6Relatório 5 - Cimento Portland
condições de ensaio normalizada. Inverter o molde cheio de pasta. As leituras
são feitas na superfície em contato com a base.
Tabela 2: Resumo dos limites permitidos para as Exigências Físicas
3. EQUIPAMENTOS
Água potável a (23 ± 2)°C.
Aparelho de Vicat
Cronômetro com aproximação de 1s
CimentoNOTA: Se entre a amostragem e o ensaio transcorrerem mais de 24 h, a amostra deve ser conservada em recipiente hermético que não reaja com o cimento e que esteja completamente cheio.
Óleo mineral
Material de vedação: O material de vedação deve ser preparado fundindo-se
cera virgem e óleo mineral em determinada proporção, ou outro material que
produza uma mistura plástica a frio.
Material para capeamento: O material para capeamento deve ser preparado
fundindo-se enxofre com caulim, pozolanas, quartzo em pó ou outras
substâncias, em proporções tais que não interfiram no resultado do ensaio.NOTA - A temperatura de aplicação do material de capeamento fundido deve ser de (136 ± 7)°C.
Balança resolução de 0,1 g e carga mínima de 1000 g.
Balança resolução de 0,01g
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7Relatório 5 - Cimento Portland
Misturador mecânico com cuba de aço inoxidável e capacidade de 5L e
velocidades contidas na tabela 3.
Tabela 3: Velocidades do Misturador Mecânico
Paquímetro com resolução de 0,1mm
Espátula metálica
Soquete
Placas de vidro quadradas
Molde cilíndrico de diâmetro interno (50±0,2)mm e altura (100±0,5)mm
Molde em tronco de cone com diâmetro interno da base maior (80±5)mm , da
base menor (70±5)mm e altura (40,0±0,2)mm.
Prensa Mecânica automática
Peneira n 200, fundo e tampa
4. AMOSTRA
Considera-se um lote a quantidade máxima de 30 toneladas, referente ao cimento
oriundo do mesmo produtor, entregue na mesma data e armazenado nas mesmas condições.
Cada lote deve ser representado por uma amostra composta de 2 exemplares, com
aproximadamente 25kg cada um, pré-homogeneizados. Quando a amostra não for retirada da
fábrica, deve ser acompanhada de informações do fornecedor, data de recebimento e
condições de armazenamento.
5. PROCEDIMENTO
5.1. Resistência à Compressão5.1.1. Preparação da argamassa de cimento
Quantidades de materiais
As quantidades de materiais a misturar de cada vez são as indicadas na tabela 4.
7
8Relatório 5 - Cimento Portland
Tabela 4: Quantidades de Materiais
Mistura mecânica
Executar a mistura mecânica, colocando inicialmente na cuba toda a quantidade de
água e adicionando o cimento. A mistura destes materiais deve ser feita com o misturador na
velocidade baixa, durante 30 s. Após este tempo, e sem paralisar a operação de mistura,
iniciar a colocação da areia (quatro frações de (468 ± 0,3) g de areia normal, previamente
misturadas), com o cuidado de que toda esta areia seja colocada gradualmente durante o
tempo de 30 s. Imediatamente após o término da colocação da areia, mudar para a velocidade
alta, misturando-se os materiais nesta velocidade durante 30 s. Após este tempo, desligar o
misturador durante 1 min e 30 s. Nos primeiros 15 s, retirar, com auxílio de uma espátula, a
argamassa que ficou aderida às paredes da cuba e à pá e que não foi suficientemente
misturada, colocando-a no interior da cuba. Durante o tempo restante (1 min e 15 s), a
argamassa deve ficar em repouso na cuba, coberta com pano limpo e úmido. Imediatamente
após este intervalo, ligar o misturador na velocidade alta, por mais 1 min. Deve ser registrada
a hora em que o cimento é posto em contato com a água de mistura.
5.1.2. Moldagem dos corpos-de-prova
Preparo dos moldes
Para garantia da estanqueidade, antes de fechar a fenda do molde, passar uma leve
camada do material para vedação, de acordo com 3.2.2.2, na superfície lateral externa da
forma, ao longo de toda a extensão da fenda vertical, apertando-se o dispositivo de
fechamento. Em seguida, no caso de forma não rosqueada, fixar esta sobre a base, utilizando
um cordão deste material para também garantir a estanqueidade. Terminada a operação, untar
toda a superfície interna e o fundo da forma com uma leve camada de óleo. Os moldes devem
ser preparados antes de se efetuar a mistura.
Enchimento dos moldes
A moldagem dos corpos-de-prova deve ser feita imediatamente após o amassamento e
com a maior rapidez possível. Para tanto, é necessário que o recipiente que contém a 8
9Relatório 5 - Cimento Portland
argamassa esteja junto aos moldes durante o adensamento. A colocação da argamassa na
forma é feita com o auxílio da espátula, em quatro camadas de alturas aproximadamente
iguais, recebendo cada camada 30 golpes uniformes com o soquete normal, homogeneamente
distribuídos. Esta operação deve ser terminada com a rasadura do topo dos corpos-de-prova,
por meio da régua que o operador faz deslizar sobre as bordas da forma em direção normal à
régua, dando-lhe também um ligeiro movimento de vaivém na sua direção.
5.1.3. Cura dos corpos-de-prova
Cura inicial ao ar
Logo após a moldagem, os corpos-de-prova, ainda nos moldes, devem ser colocados
em câmara úmida, onde devem permanecer durante 20 a 24 h, com a face superior protegida
por uma placa de vidro plano. Os corpos-de-prova referentes aos diferentes amassamentos
devem ser aleatoriamente agrupados em séries distintas de quatro corpos-de-prova, sendo
cada série relativa a uma idade.
Cura final em água
Terminado o período inicial de cura, os corpos-de-prova devem ser retirados das
formas, identificados e, exceto aqueles que tenham que ser rompidos com 24 h de idade,
devem ser imersos, separados entre si no tanque de água (não corrente) saturada de cal da
câmara úmida, onde devem permanecer até o momento do ensaio. A água dos tanques da
câmara úmida deve ser renovada com frequência, pelo menos quinzenalmente. Desde que são
retirados da câmara úmida e até o instante do ensaio de compressão, os corpos-de-prova
devem ser protegidos de maneira que toda a superfície exterior permaneça úmida.
5.1.4. Capeamento dos topos e bases dos corpos-de-prova
Os corpos-de-prova devem ser capeados com a mistura de enxofre a quente, de
maneira que a camada formada em cada extremidade satisfaça às condições geométricas do
corpo de prova e apresente espessura máxima de 2 mm.
5.1.5. Determinação da carga de ruptura
No ensaio feito em laboratório, os corpos de prova foram rompidos com 7 dias. Após
serem capeados posiciona-se os pratos da prensa de forma que a distância entre ambos seja
pouco maior que a altura do corpo de prova. Em seguida o corpo de prova é alocado entre os
pratos alinhado com o eixo de carregamento de forma a evitar tensões fletoras ou cisalhantes.
O carregamento é aplicado de forma lenta (0,25±0,05) MPa/s, até a ruptura, momento no qual
anota-se a carga máxima suportada pelo corpo-de-prova.9
10Relatório 5 - Cimento Portland
5.1.6. Resultados
A resistência individual de cada corpo de prova é dada pela equação 1, arredondado
para a primeira casa decimal.
σ= 4×Fπ ×d2
Equação 1
Onde, F= carga de ruptura em N;
d= diâmetro da base do corpo de prova em mm;
A resistência do cimento é dada pela média das resistências individuais, aproximado
para a primeira casa decimal. Se o desvio relativo máximo (equação 2) for maior que 6%,
calcula-se nova média desconsiderando o valor discrepante.
DRM (% )=|f cm−f ci|f cm
×100
Equação 2
Onde, f cm= tensão de ruptura média, em MPa;
f ci= tensão de ruptura individual, em MPa.
5.2. Índice de Finura por peneiramento manual
5.2.1. Eliminação de finos
A peneira deve estar seca, limpa e encaixada no fundo. Colocar (50 ± 0,05) g (M) de
cimento sobre a tela da peneira. O operador deve segurar o conjunto com as duas mãos e
imprimir-lhe um movimento suave de vaivém horizontal com os pulsos, de maneira que o
cimento se espalhe sobre a superfície da tela. Deve-se evitar qualquer perda de material.
Peneirar até que os grãos mais finos passem quase que totalmente pelas malhas da tela, o que
geralmente ocorre no intervalo entre 3 min e 5 min.
5.2.2. Etapa intermediária
Tampar a peneira, retirar o fundo e dar golpes suaves no rebordo exterior do caixilho
com o bastão para desprender as partículas aderidas à tela e ao caixilho da peneira. Limpar
com o auxílio do pincel médio toda a superfície inferior da tela da peneira encaixando-a no
fundo após a limpeza deste com a flanela. retirar a tampa e continuar o peneiramento com
suaves movimentos de vaivém horizontais, durante 15 min a 20 min, girando o conjunto e
limpando a tela com o pincel médio a intervalos regulares. Nesta operação, o material deve
movimentar-se de maneira que fique uniformemente espalhado sobre toda a superfície da tela.
10
11Relatório 5 - Cimento Portland
No final do período, colocar a tampa e limpar a tela e o fundo como indicado anteriormente.
O material passante deve ser desprezado.
5.2.3. Peneiramento final
Colocar a tampa e o fundo na peneira, segurar o conjunto com as duas mãos e,
mantendo-o ligeiramente inclinado, imprimir-lhe movimentos rápidos de vaivém durante 60 s,
girando o conjunto de mais ou menos 60º a cada 10 s. Completado esse período, limpar a tela
da peneira com auxílio do pincel médio, recolhendo todo o material e transferindo-o para o
fundo. Juntar todo o material do fundo (passante), recolhendo todos os grãos nele contidos
com auxílio do pincel pequeno e passando-o para um recipiente (vidro-relógio) para ser
pesado com precisão de 0,01 g (P). Se a massa do material passante for superior a 0,05 g,
desprezá-la. Repetir esta etapa do ensaio até que a massa de cimento que passa durante um
minuto de peneiramento contínuo seja inferior a 0,05 g (0,1% da massa inicial).
5.2.4. Transferência do resíduo
O cimento retido na peneira deve ser transferido para um recipiente (vidro-relógio) a
fim de ser pesado, tomando-se o cuidado de limpar com o pincel médio ambos os lados da
tela para garantir a remoção e tomada de todo o material retido pela peneira. A pesagem desse
resíduo (R) deve ser feita com precisão de 0,01 g.
5.2.5. Resultados
Calcular o índice de finura do cimento pela equação 3.
F=R×CM
×100
Equação 3
Onde, F = índice de finura do cimento, em porcentagem;
R = resíduo do cimento na peneira 75 μm, em g;
M = massa inicial do cimento, em g;
C = fator de correção da peneira utilizada no ensaio, determinado de
acordo com o disposto na EB-22, devendo estar compreendido no intervalo de 1,00 ± 0,20.
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12Relatório 5 - Cimento Portland
5.3. Pasta de Consistência Normal
5.3.1. Preparação do Aparelho de Vicat
Ajustar o aparelho de Vicat provido de sonda, baixando-a até que esteja em contato
com a placa da base que será utilizada e ajustar a marca zero da escala. Levantar a sonda até a
posição de espera.
5.3.2. Preparação da pasta
A massa de cimento (mc) a ser utilizada na preparação deve ser de (500,0±0,5)g. A
massa de água (ma) deve ser determinada por tentativas e ser medida com precisão de 0,5g
Com o misturador parado, em posição de iniciar o ensaio, verter água na cuba,
adicionar o cimento e deixar 30s em repouso. Misturar durante 30s em velocidade lenta,
desligar o misturador e raspar as paredes da cuba com a espátula de borracha, fazendo com
que toda a pasta fique no fundo (realizar essa operação em 15s).
Imediatamente após misturar durante 1 min à velocidade rápida.
5.3.3. Determinação da consistência
Colocar o molde com sua base maior apoiada sobre a placa base e, utilizando a
espátula metálica enche-lo rapidamente com a pasta preparada. Pode-se sacudir o molde para
facilitar o enchimento. Tirar o excesso de pasta e rasar o molde com água metálica,
colocando-a sobre a borda da base e fazendo movimentos de vai-e-vem sem comprimir a
pasta.
Colocar o conjunto sob o aparelho de Vicat, centrar o molde e soltar a agulha desde a
superfície da pasta e mede se o deslocamento do mesmo a partir da base. Quando esse
deslocamento for de (6±1)mm tem se a quantidade de água da pasta de consistência normal.
5.3.4. Resultados
Calcula-se a percentagem de água pela equação 4.
A=mamc×100
Equação 4
Onde, ma = massa de água em g;
mc = massa de cimento em g.
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13Relatório 5 - Cimento Portland
5.4. Tempo de Pega
Sabendo da quantidade de água necessária para fabricação da pasta de consistência
normal, fabricam-se vários moldes seguindo o procedimento 5.3.3. Depois de 30 min da
confecção dos moldes iniciam–se medições espaçadas de 10 em 10 min e anota-se o valor
aferido para a penetração da sonda.
Quando a penetração for de (4±1)mm tem-se o tempo de início de pega, passado o
início de pega, troca-se a ponta da sonda de Tejmajer para um cilindro e faz-se as medições
até que o deslocamento seja de 0,5mm, nesse instante tem-se o tempo de fim de pega.
6. CÁLCULOS E RESULTADOS
Realizados os procedimentos contidos em 5.1, com o cimento da marca Tocantis do
tipo CPII-Z 32 RS, obteve-se os dados da tabela 5.
Tabela 5: Resistência à compressão aos 7 dias
Corpo de
Prova
Massa (g)
Diâmetro (mm)
Altura (mm)
Carga (N)
Tensão (Mpa) Média Desvio Nova
MédiaNovo
Desvio
1 442,5 50 100 43400 22,1
22,0
0,5%
21,3
4,0%2 445,2 50 100 47600 24,2** 10,2%*3 445,4 50 100 39700 20,2 8,1% 4,9%4 446,4 50 100 42100 21,4 2,5% 0,9%5 444,4 50 100 45000 22,9*6 446,0 50 100 46400 23,6*
NOTA: Os valores com (*) não foram considerados na primeira média, já os valores com (**) foram desconsiderados na segunda média, pois o DRM ≥ 6%.
A resistência à compressão da argamassa de cimento CPII-Z 32 RS aos 7 dias obtida
foi de 21,3MPa, o que atende ao mínimo exigido para esse tipo de cimento nessa data (
20MPa), desse modo o lote é aceito.
Realizados os procedimentos em 5.2, obteve-se os dados da tabela 6.
Tabela 6: Determinação da massa retida na peneira 75m
Massa Inicial (g)
Massa da Peneira (g)
Pesagem 1 Pesagem 2 Pesagem 3 Pesagem 4 Pesagem 5384,52 384,46 384,41
50 381,87Massa retida na peneira
2,65 2,59 2,54
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14Relatório 5 - Cimento Portland
O valor de massa retida variou 0,05g da 2ª para a 3ª pesagem, o que faz com que a
massa retida na pesagem 3 seja 0 valor de R, que usando a equação 3, para C=1, obtém-se:
F=R×CM
×100=2,54×150
×100=5,08 %
Logo o índice de finura do cimento é F=5,1 %, o que está dentro dos limites da norma
(F≤12,0 %), caracterizando a aceitação do lote.
Realizando os procedimentos em 5.3, obteve-se os dados da tabela 7.
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15Relatório 5 - Cimento Portland
Tabela 7: Determinação da Pasta de Consistência Normal
Cimento (g)Água da pasta (g)
Tentativa 1 Tentativa 2 Tentativa 3 Tentativa 4 Tentativa 5500 150 148a/c 0,3 0,296A 30% 29,6%
Para uma quantidade de 148g de água, a sonda Tejmajer penetrou uma distância
(6±1)mm da placa base após 30s do instante em que foi solta, o que faz com que A=29,6 %
seja a relação entre água e cimento na pasta de consistência normal.
Sabendo que a relação água/cimento da pasta de consistência normal é de 0,296,
realizaram-se os procedimentos em 5.4, e os horários de pega encontrados estão na tabela 8.
Tabela 8: Horários do ensaio de tempo de pega
Tempo de MisturaTempo de Ínicio de
Pega
Tempo de Fim de
Pega
12:55 15:48 16:22
Dessa forma o Tempo de Ínicio de Pega desse cimento é de 2h53min, e o tempo de
fim de pega é de 3h27min. O que classifica esse cimento como um cimento de pega normal.
7. CONCLUSÕES
O cimento ensaiado foi aprovado em todos os critérios analisados em laboratório, o
que confere ao material uma excelente qualidade. A sua resistência a compressão aos 7 dias
encontrada foi de 21,3 MPa, o que respeita o mínimo estabelecido em norma que é de 20,0
MPa. O índice de finura por peneiramento encontrado foi de 5,1%, também respeitando o
limite máximo de 12,0% estabelecido em norma.
A relação água/cimento da pasta de consistência normal é 0,296, ou seja, 29,6%, e
para essa pasta, o tempo de início de pega encontrado foi de 2h53min, caracterizando o
cimento como de pega normal (>1h).
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16Relatório 5 - Cimento Portland
8. BIBLIOGRAFIA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Rio de Janeiro. NBR 7215;
Cimento Portland - Determinação da resistência à compressão (Método de Ensaio). Rio de
Janeiro, 1996. 8p.
____. NBR 5732, Cimento Portland Composto (Especificação). Rio de Janeiro, 1991. 5p.
____. NBR 11579; Cimento Portland - Determinação da finura por meio da peneira 75 μm (nº
200) (Método de Ensaio). Rio de Janeiro, 2012. 3p.
____. NBR 11582; Cimento Portland - Determinação da expansibilidade de Le Chatelier
(Método de Ensaio). Rio de Janeiro, 2012. 2p.
____. NBR NM 43; Cimento Portland - Determinação da pasta de consistência normal
(Método de Ensaio). Rio de Janeiro, 2003. 8p.
____. NBR NM 65; Cimento Portland - Determinação do tempo de pega (Método de Ensaio).
Rio de Janeiro, 2002. 4p.
<ecivilnet.com/artigos/cimento_portland.htm> Acessado em 26 de maio de 2015 às 10:13 PM
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