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RELATÓRIO DE CONJUNTURA: PLANEJAMENTO Dezembro de 2008 Nivalde J. de Castro Roberta Bruno Juliana Simões Márcio Silveira Thauan dos Santos PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS– FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO

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RELATÓRIO DE CONJUNTURA:

PLANEJAMENTO

Dezembro de 2008

Nivalde J. de Castro

Roberta Bruno Juliana Simões Márcio Silveira

Thauan dos Santos

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS–FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO

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PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES

SOBRE O SETOR ELÉTRICO

RELATÓRIO MENSAL

ACOMPANHAMENTO de CONJUNTURA:

PLANEJAMENTO

DEZEMBRO de 2008

Nivalde J. de Castro Roberta Bruno Juliana Simões Márcio Silveira

Thauan dos Santos

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS – FINANCEIRAS DO SETOR

ELÉTRICO

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Índice 1 – PROJEÇÕES PARA DISPONIBILIDADE DE ENERGIA ...................................... 3

1.1 – CHUVAS E RESERVATÓRIOS............................................................................. 3 1.2 - CONSUMO............................................................................................................... 3 1.3 – AGENTES DE GOVERNO ..................................................................................... 9

3 - LEILÕES ....................................................................................................................... 12

3.1 – LEILÕES DE ENERGIA NOVA: A-3 e A-5 ........................................................ 12 3.2 – LINHA DE TRANSMISSÃO ................................................................................ 14

4 – PLANEJAMENTO EMPRESARIAL ........................................................................ 15

4.1 - FINANCIAMENTO ............................................................................................... 15 4.2 - INVESTIMENTO ................................................................................................... 17 4.3 – PROJETOS FUTUROS.......................................................................................... 18

5 - TERMOELÉTRICAS................................................................................................... 20

5.1 - ENERGIA NUCLEAR ........................................................................................... 20 5.2 - GÁS NATURAL..................................................................................................... 22

5.2.1 – OFERTA DE GÁS NATURAL ...................................................................... 22 5.2.2 – PETROBRAS .................................................................................................. 23

5.3 - OUTROS INSUMOS.............................................................................................. 24

Relatório Mensal de Acompanhamento da Conjuntura de Reestruturação(1)

Nivalde J. de Castro(2) Roberta Bruno(3) Juliana Simões(3) Márcio Silveira(3)

Thauan dos Santos(3)

(1) Participaram da elaboração deste relatório como pesquisadores Roberto Brandão, Bruna de Souza Turques, Rafhael dos Santos Resende, Diogo Chauke de Souza Magalhães, Débora de Melo Cunha e Luciano Análio Ribeiro. (2) Professor do Instituto de Economia - UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (3) Assistente de Pesquisa do GESEL-IE-UFRJ

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1 – PROJEÇÕES PARA DISPONIBILIDADE DE ENERGIA

1.1 – CHUVAS E RESERVATÓRIOS

Reservatórios descartam falta de energia

O nível mais elevado dos reservatórios das hidrelétricas faz o governo trabalhar com um cenário otimista e descartar a possibilidade de haver falta de energia no ano que vem. Os dados do ONS mostram que, no dia 30 de novembro, as represas das regiões Sudeste e Centro-Oeste operavam a 49,7% da capacidade. No mesmo dia, no ano passado, os reservatórios mantinham 48,2% da água que podem armazenar. No Nordeste, os reservatórios operavam, no domingo passado, a 36,4% da capacidade, ante os 29,4% do mesmo período no ano passado. Na Região Sul, as represas armazenavam, no dia 30 do mês passado, 93,5% de sua água. No fim de novembro de 2007, essa taxa era de 75,5%. Apesar de os números deste ano serem mais favoráveis, eles estão mais próximos das chamadas curvas de aversão ao risco. (02.12.2008)

Santa Catarina tem 99% da rede religada

Após duas semanas, cerca de 99% da rede de distribuição elétrica de Santa Catarina está com o abastecimento normalizado. As cidades do vale do rio Itajaí-Açú, que foram as mais atingidas pelas chuvas no estado estão com os trabalhos de recuperação emergencial do sistema elétrico de alta tensão quase concluídos. As informações são da empresa responsável pela distribuição, a Celesc, que continua as ações para recuperar a rede de baixa tensão. O trabalho inclui a troca ou recuperação de medidores em residências e comércio, principalmente. Segundo a empresa, o maior problema continua sendo a recuperação da área do Morro do Baú, em Ilhota, que está isolada por motivo de segurança. Naquela região havia 115 unidades conectadas à rede. Por não ter acesso à região, a Celesc afirma que não tem como saber quantas dessas poderão ser recuperadas. Essa situação se repete na área de Blumenau. (09.12.2008)

1.2 - CONSUMO

PNE 2030 terá revisão divulgada no segundo semestre de 2009

O PNE 2005-2030 está em fase de revisão na EPE e deve ser lançado no segundo semestre de 2009. Segundo o diretor de Estudos Econômicos e Energéticos da EPE, Amílcar Guerreiro, a revisão do PNE deve levar o horizonte de análise para 2035, com base em dados de 2007. O plano deve considerar, entre outros pontos, o crescimento médio do consumo de energia de 4% durante o período e a revisão da expansão da oferta da biomassa. Já com relação ao Plano Decenal de Expansão da Energia 2008-2017, a previsão é que o lançamento ocorra ainda em dezembro. De acordo com Guerreiro, a EPE também pretende incluir nas projeções de demanda nos próximos anos as previsões de setores como eficiência energética e transportes. (28.11.2008)

MME forma grupo de trabalho para estudar geração fotovoltáica

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O MME formou um grupo de trabalho para estudar a geração distribuída com sistemas fotovoltáicos. A intenção do MME é ter subsídios para montar uma proposta de política para a geração fotovoltáica conectada à rede, em particular em edificações urbanas, como um fator de otimização de gestão de demanda e de promoção ambiental do país, em curto, médio e longo prazo. O grupo terá seis meses para elaborar os estudos para propor condições e sugerir critérios para a nova política. O GT será formado por sete especialistas do ministério e de universidades. O grupo será coordenado por Paulo Leoneli, diretor substituto do Departamento de Desenvolvimento Energético do MME. Além do MME, participarão do grupo Cepel, USP, UFSC e Unifacs. (28.11.2008)

Nivalde de Castro analisa perspectivas do setor elétrico para 2009

O setor elétrico prepare-se para entrar 2009 com um questionamento que já preocupa outros segmentos da economia brasileira: como conviver com uma crise internacional que atinge a economia? É com esta indagação na cabeça que governantes, executivos, especialistas, técnicos e dirigentes setoriais precisam mirar o planejamento energético, a política energética, a regulação, a operação do sistema e o mercado de grandes consumidores para os próximos anos. Esses temas, aliás, estão na pauta do Fórum GESEL Perspectivas do Setor Elétrico Brasileiro para 2009, que o Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro promoverá na próxima segunda-feira, dia 8 de dezembro. "Os impactos da crise serão diferenciados entre os dois mercados - ACL (mercado livre) e ACR (mercado regulado)", analisa o professor Nivalde de Castro, coordenador do GESEL/UFRJ. Ele, no entanto, não vê risco para a expansão da oferta, pois considera que o planejamento tem mecanismos de ajuste do mercado, como preço-teto e demanda levada aos leilões. Para ele, uma grande preocupação do setor para 2009 é a assimetria tarifária, que gera desequilíbrio econômico regional que precisa ser enfrentado e solucionado. (02.12.2008)

GESEL: Crise financeira pode beneficiar setor elétrico

Ao contrário do restante da economia brasileira, para o setor elétrico a crise financeira terá conseqüências positivas no próximo ano. Esta é a conclusão de um estudo do Gesel/UFRJ. A queda do consumo dará mais folga aos reservatórios das usinas hidrelétricas - evitando o risco de apagão - e vai diminuir a pressão sobre os preços da energia no mercado livre, aliviando o caixa de empresas e distribuidoras que precisarão comprar energia ali em 2009. Outro impacto positivo será a falta de necessidade de ligar usinas térmicas, mais poluentes, que têm sido acionadas para dar conta da demanda crescente. "O maior problema do setor elétrico é quando ele não tem capacidade de suprir a demanda por energia. A queda da demanda é boa para o setor, que ficará desestressado em 2009", diz o professor Nivalde de Castro. (02.12.2008)

Mauricio Tolmasquim, da EPE: Mudanças nos números do mercado

Os efeitos da crise econômica já começam a mudar os números do mercado de energia do país. Com a revisão dos dados projetados anteriormente, a EPE trabalha com uma taxa de crescimento do PIB de 4%, contra os 5% da projeção inicial para 2009. O novo patamar derruba o incremento do consumo para 5,2%, ante o índice anterior de 5,8%. Ou seja, a demanda de energia ficará 170 MW médios menor. "Em termos de consumo, nós estamos reduzindo a previsão em 2009 de 410,5 TWh para 404,7 TWh", destaca Mauricio Tolmasquim, presidente da EPE, um dos participantes do Fórum/GESEL:

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Perspectivas do Setor Elétrico Brasileiro - 2009, que o GESEL/UFRJ promove nesta segunda-feira, dia 8 de dezembro, no Rio de Janeiro. Também participarão do fórum Marcio Zimmermann (MME), Hermes Chipp (ONS), Edvaldo Santana (Aneel) e Antonio Carlos Fraga Machado (CCEE). (05.12.2008)

GESEL: blindagem do setor elétrico diante da crise financeira internacional está garantida, diz Nivalde de Castro

A blindagem do setor elétrico diante da crise financeira internacional está garantida porque vai sobrar energia na área industrial, conforme avaliou o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ (Gesel), Nivalde de Castro. Em estudo feito pelo grupo, a conclusão é de que, com a paralisação parcial de atividades da indústria, o consumo de energia do setor vai começar a cair, por causa da desaceleração da atividade econômica. O primeiro movimento de redução do consumo de energia foi observado nas indústrias que produzem bens intermediários, como alumínio, zinco e níquel, chamados produtos eletro-intensivos, destinados à exportação. Como a queda da demanda nos Estados Unidos, e mais recentemente na Europa e Japão, foi muito abrupta, Castro disse que a produção desses bens foi paralisada e as indústrias ficaram com energia sobrando. O efeito foi positivo para "desestressar" o mercado livre, onde essas indústrias consomem energia elétrica. (06.12.2008)

GESEL: segundo Castro, demanda de cativo cai mais devagar e tarifa residencial subirá

O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ (Gesel), Nivalde de Castro, disse que a demanda para os consumidores do marcado cativo cai menos rapidamente do que no setor industrial. E como esse mercado tem um mecanismo de ajuste bem formulado, Castro acredita que "o máximo que vai acontecer é a lucratividade das empresas distribuidoras diminuir de 2008 para 2009, pois elas venderão menos energia". Já para os consumidores residenciais, a tendência da tarifa, segundo o economista, é subir, porque dois componentes da tarifa de energia elétrica do mercado cativo são vinculados à taxa de câmbio. Um deles é a energia comprada da usina de Itaipu em dólar. O segundo componente é que uma parcela da estrutura tarifária das distribuidoras é indexada ao IGP-M, cuja tendência é capturar a valorização do dólar. Castro alertou, entretanto, que uma terceira variável pode ajudar a diminuir o preço da tarifa residencial. É a utilização das usinas termelétricas movidas a óleo e a gás, da qual ainda não se tem uma estimativa, porque seu uso depende das chuvas que cairão no país em dezembro, estendendo-se até abril do próximo ano. (06.12.2008)

GESEL: desenvolvimento econômico funciona como blindagem, diz Castro Embora ainda existam incertezas quanto a duas variáveis da crise, que se referem à sua profundidade e duração, o professor da UFRJ assegurou que o foco dado pelo governo nos últimos anos ao desenvolvimento econômico a partir do mercado interno funciona como uma espécie de blindagem contra a crise. Isso contribui para minimizar seus efeitos negativos. A política de melhoria da distribuição de renda, que deslocou as classes E e D para a nova classe C brasileira, onde o nível de consumo é maior, "vai ter um efeito anticíclico em relação à crise que o Brasil vai passar". Ou seja, o Brasil vai ser afetado, mas não de forma intensa, devido ao foco dado ao fortalecimento do mercado

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interno. E os reflexos disso sobre a demanda do setor elétrico são muito favoráveis, indicou Castro. (06.12.2008)

LTs da Cobra adiadas

O início da operação das linhas de transmissão São Simão-Marimbondo-Ribeirão Preto, ambas em 500 kV, foi adiado para meados de junho e julho do próximo ano. As atividades das LTs estavam previstas para fevereiro de 2009, mas foram atrasadas, segundo o diretor da Cobra Cobra Instalaciones Y Servicios, Alfonso Brummer, devido à demora do licenciamento ambiental para o início da construção dos empreendimentos. Brummer informou que o adiamento já foi autorizado pela Aneel. As LTs foram arrematadas pela empresa espanhola no segundo leilão de transmissão, realizado em outubro de 2006. (05.12.2008)

Fórum GESEL: Plano Decenal é entregue ao ministério de Minas e Energia, diz Tolmasquim

A EPE entregou, nesta segunda-feira (08), ao MME o Plano Decenal de Energia 2008/2017. De acordo com o presidente da empresa, Maurício Tolmasquim, o documento deve ser divulgado ainda este mês. O Plano Decenal aponta as usinas hidrelétricas com condições de serem levadas a leilão; traça um quadro de despacho de térmicas no caso das usinas hidrelétricas não serem leiloadas; e esboça o cenário de crescimento de etanol e de petróleo no país, incluindo as descobertas do pré-sal, dentre outras questões. Tolmasquim participou do Fórum Perspectivas do Setor Elétrico para 2009, organizado pelo Gesel/UFRJ. (08.12.2008)

Fórum GESEL: Tolmasquim admite possibilidade de revisão nas projeções de consumo

A continuidade da trajetória de queda do consumo elétrico industrial e de redução da carga pode levar a EPE, vinculada ao MME, a rever para baixo as projeções de consumo de energia elétrica no Brasil em 2009. Foi o que admitiu ontem o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, no Fórum Perspectivas do Setor Elétrico para 2009, promovido pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ (Gesel). Ele explicou que será preciso, porém, aguardar os próximos dois ou três meses para fazer essa avaliação. Com o novo patamar, o aumento do consumo de energia esperado, no próximo ano, caiu de 5,8% para 5,2%. A EPE está trabalhando com um cenário de demanda de energia para 2009 de cerca de 170 MWm, menor que o cenário projetado anteriormente. (08.12.2008)

Fórum GESEL: Edvaldo Santana diz que crise não deve reduzir bruscamente consumo de energia

Entre os diversos desafios da Aneel para o próximo ano, a preocupação com a crise financeira internacional não poderia deixar de ter destaque. Ainda assim, mesmo sem o conhecimento preciso dos efeitos da turbulência econômica, acredita-se que ela não vai causar uma redução muito brusca no consumo de energia. A afirmação otimista foi feita pelo diretor do órgão regulador, Edvaldo Santana, que fez palestra ontem, durante o "Fórum Perspectivas do Setor Elétrico para 2009", promovido pelo Grupo de Estudos

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do Setor Elétrico da UFRJ. Para Edvaldo, apenas situações limites, como racionamento, causariam variações bruscas nas tarifas, já que a regra da revisão prevê crises. (08.12.2008)

GESEL: Crise fará distribuidor contratar menos energia, diz Nivalde de Castro

O planejamento dos investimentos em relação à oferta de energia elétrica futura vai incorporar a retração da taxa de crescimento do PIB prevista pelos analistas do governo e do mercado para 2009, diante da crise financeira internacional. "Com a percepção de que o mercado vai crescer a taxas menores, as distribuidoras deverão contratar menos energia", afirma Nivalde de Castro, coordenador do Gesel/UFRJ. "Em relação ao nível de expansão da oferta, não há problema em relação à crise, já que esse problema é ajustado naturalmente pelo formato do modelo do setor", diz Castro. Para o especialista, disponibilidade de crédito para os programas que já foram ofertados em leilões do governo federal não deve ser um problema. Castro adverte que o custo de financiamento dessas linhas vai ser maior, ou seja, as taxas de juros serão mais elevadas, "porque a garantia não é mais a garantia da obra, e, sim, a garantia da empresa que está no consórcio. Então, são juros mais caros". (09.12.2008)

GESEL: demanda menor poderá aliviar necessidades prementes de investimentos em geração, diz Nivalde de Castro

A recessão que atinge Europa e Estados Unidos e já leva algumas indústrias brasileiras a diminuírem sua produção ou até mesmo a suspendê-las deverá fazer com que o consumo de energia do setor industrial caia em 2009. O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da UFRJ, Nivalde de Castro, diz que a redução de consumo será facilmente percebida nas indústrias exportadoras de commodities metálicas, que são eletrointensivas. Ele cita a Vale, que já interrompeu e reduziu a produção de algumas de suas plantas. "A tendência é de queda no consumo de energia da indústria, que é o setor que sente imediatamente os efeitos da crise. O mercado cativo dificilmente será afetado e o mercado de transmissão conta com receitas fixas", conta. Para Castro, o efeito disso já é sentido. Ele cita o fato de o preço do megawatt-hora no mercado spot ter caído, em uma semana, de R$ 200 para R$ 130. "Havia energia não-contratada e agora a pressão sobre as geradoras será muito forte, fazendo o preço no mercado livre cair. As geradoras sentirão o impacto de redução de consumo e de preço", diz. Nivalde de Castro acredita que a demanda menor poderá aliviar necessidades prementes de investimentos em geração no curto prazo. "Provavelmente, não teremos a contratação de térmicas a óleo nos próximos leilões", calcula. (10.12.2008)

ONS se prepara para receber integração de Acre e Rondônia ao SIN

O início da integração do Sistema Isolado ao SIN começa no ano que vem com a chegada da energia por meio da transmissão que ligará Acre e Rondônia. A interconexão dos estados ao SIN será feita pela linha Jauru-Vilhena-Samuel e a previsão é que o empreendimento comece a operar em maio de 2009. A chegada desse novo empreendimento já mobiliza a equipe do ONS. (08.12.2008)

Consumo cresce 5,1% em SP

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O consumo de energia em São Paulo no mês de outubro subiu 5,1% em relação a outubro de 2007, para 10.367 GWh. No acumulado do ano até outubro, os consumidores demandaram 4,1% a mais do que em igual período de 2007. A classe industrial continua a corresponder à maior parte do consumo, com 45,8% do mercado. Residencial, com 26,2% e comercial com 17,3%. As usinas geradoras produziram 59.239 GWh no acumulado até outubro de 2008, o que significou um acréscimo de 5,1% sobre o mesmo período de 2007. Já no acumulado dos últimos doze meses, a produção foi de 70,121 GWh, uma variação de 5,9% em relação a igual período de 2007. (09.12.2008)

Cenário de oferta e demanda elétrica no país

Inverteu-se completamente o cenário de oferta e demanda elétrica no país. Há três meses, havia risco de falta de energia em 2009, por causa do crescimento vigoroso do PIB e da possível redução do nível dos reservatórios das hidrelétricas. O déficit estimado para o próximo ano era de 500 MW. Com as chuvas de outubro e novembro e a perspectiva de desaquecimento da economia, o quadro mudou. A fila de compradores de energia no mercado livre se transformou em fila de vendedores. As indústrias consumidoras tentam reduzir os contratos que firmaram para 2009 porque sabem que vão usar menos energia. Em conseqüência dessa nova realidade, houve uma rápida redução no preço da energia no mercado livre: 15% em dois meses, para R$ 120 o MWh, em comparação ao valor médio de R$ 200 em 2008. (11.12.2008)

Demanda por energia terá queda em 2009, diz Abrace A Abrace entregará ao governo um levantamento completo sobre o corte na demanda de energia elétrica entre os grandes consumidores do país em 2009. A crise sobre a economia real provocada pelos problemas financeiros em todo o mundo inverteu completamente a tendência no mercado interno: de uma frenética procura de energia para contratação para o momento atual em que as empresas tentam vender a energia que não vão mais usar no ano que vem. De acordo com Ricardo Lima, presidente da Abrace, os números consolidados devem ser repassados a EPE até o fim deste mês. O setor estimava que a demanda para contratação antes da crise alcançava 2.000 MW. Esse volume de energia, exigida para 2009 antes da crise, já baixou. Segundo ele, não deve superar os 500 MW hoje. (13.12.2008) Fornecimento de energia ocorrerá sem problemas no fim do ano A avaliação, que já vinha sendo feita pelos técnicos do governo, de que não deverá haver problemas no fornecimento de energia elétrica na virada de ano e no início do ano que vem foi ratificada, nesta segunda-feira (15), durante a última reunião do ano do CMSE. De acordo com o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, já está se configurando o fenômeno conhecido como zona de convergência do Atlântico Sul, que intensifica as chuvas no país. Chipp afirmou que no ano passado e começo deste ano, quando chegou a haver temor no setor elétrico devido ao atraso das chuvas, este fenômeno de fortalecimento das chuvas só começou em meados de janeiro. O executivo ressaltou que o governo conseguiu cumprir o nível meta para os reservatórios das hidrelétricas. (15.12.2008) Governo mantém térmicas ligadas até janeiro

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Mesmo com o aumento de 12% no armazenamento nos reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e 8% nas hidrelétricas do Nordeste, as usinas térmicas a gás irão continuar ligadas pelo menos até 12 de janeiro. A informação foi dada pelo diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, após sair da reunião do CMSE. Segundo Chipp, as térmicas continuarão ligadas devido a problemas nos transformadores no mês passado. Ele também disse que a decisão do CMSE de manter as usinas funcionando proporcionou o aumento de água nos reservatórios. (16.12.2008)

1.3 – AGENTES DE GOVERNO

Nelson Hubner: setor de energia sofrerá impactos reduzidos com a crise

O ex-ministro de Minas e Energia, Nelson Hubner, acredita que os efeitos da crise internacional sobre o setor elétrico brasileiro não devem ultrapassar o quadro de redução da demanda por parte das grandes empresas exportadoras, principalmente, dos setores de mineração e metalurgia. Ele disse que, nesse primeiro momento, houve uma redução da demanda pelas grandes consumidoras de energia, que foram impactadas de forma mais imediata pela crise e reduziram o consumo. De forma geral, contudo, Hubner analisa que os efeitos serão reduzidos. Ele assegurou que não há maiores conseqüências da crise sobre a economia, uma vez que o mercado regulado é todo contratado com antecedência. Isso abre espaço para "acomodar um crescimento um pouco acima ou abaixo das previsões". Por isso, segundo ele, não há problema no Brasil em relação à oferta de energia. (10.12.2008)

Conselho de Política Energética é ampliado

O governo decidiu ampliar o CNPE, colegiado interministerial de aconselhamento para assuntos energéticos. Por meio de decreto publicado ontem no Diário Oficial da União, a Presidência da República estabeleceu que passarão também a ter direito a voto no conselho o secretário executivo do MME (cargo que hoje é ocupado por Márcio Zimmermann) e o presidente da EPE (hoje, Maurício Tolmasquim). O decreto também cria a secretaria executiva do CNPE, que terá a função de convidar os integrantes do conselho para as reuniões, organizar as pautas, coordenar os comitês técnicos subordinados ao CNPE e acompanhar a execução das propostas aprovadas pelo presidente para o setor. (12.12.2008)

2 – PLANEJAMENTO NO CURTO PRAZO

Estudo da EPE diz que País precisa de novas usinas

As ações de repotenciação e modernização de hidrelétricas não garantem a expansão necessária para suprir a demanda de energia elétrica no Brasil nos próximos anos. A

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conclusão é do estudo "Considerações sobre repotenciação e modernização de usinas hidrelétricas", elaborado pela EPE. De acordo com o estudo, 44 usinas do país, que somam 24.053 MW de capacidade instalada, formam um conjunto de hidrelétricas reabilitáveis a partir de investimentos em repotenciação. O acréscimo de potência efetiva que seria agregado ao SIN, caso esses empreendimentos alcançassem um aumento máximo de rendimento, seria de 605 MW, o equivalente a uma geração adicional de 2,4 TWh, ou seja, 0,5% de energia produzida ao longo do ano passado. Em 2007, o Brasil produziu 483 TWh. (01.12.2008)

Ligação de sistema Acre-Rondônia ao SIN ocorrerá apenas em 2009

O sistema isolado de Acre e Rondônia deverá ser incluído ao Sistema Interligado Nacional (SIN) a partir de maio de 2009. De acordo com o gerente de planejamento da ONS, Mário Daher, a interligação, que estava marcada para outubro deste ano, atrasou por conta da licença ambiental do estado de Rondônia, que ainda não foi expedida. O Ibama, por sua vez, já concedeu a licença para a interligação, que ocorrerá por meio de corrente alternada. Com a ligação, segundo o gerente Executivo do Centro de Operação do Sistema (CMOS) do ONS, Braz Campanholo Fiho, os dois estados podem deixar de gerar energia elétrica utilizando usinas termelétricas a óleo combustível, tornando possível uma diminuição dos gastos com o combustível. O estado deixaria de recolher, entretanto, o Imposto por Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) referente a este combustível; uma quantia em torno de R$ 250 milhões por ano. (05.12.2008)

Conferência debate regras para comercialização da energia elétrica em 2009

A conferência anual sobre Comercialização de Energia promovida pela IBC, do Informa Group, abordará as perspectivas para a comercialização de energia em 2009. O evento será realizado em São Paulo, nos dias 10 e 11 de fevereiro de 2009, com o objetivo de discutir planejamento para contratação, disponibilidade e formação de preço. Além disso, será analisada, no evento, a sistemática de leilões e licitações de energia elétrica. O programa ainda oferece um workshop sobre comercialização de energia alternativa. O evento será aberto com palestras sobre regras de comercialização de energia elétrica para 2009, que serão ministradas pela assessora da CCEE, Kátia Ogawa, e pelo especialista em regulação da Aneel, André Patrus. As soluções alternativas para o abastecimento de energia e a sistemática de leilões e licitações públicas serão abordados por Mário Menel, presidente da Abiape, e pelo pesquisador Roberto Brandão, do Gesel/UFRJ. (04.12.2008)

Fórum GESEL: Tolmasquim garante contrato de energia mesmo com recessão O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, reforçou no Fórum Perspectivas do Setor Elétrico para 2009, promovido pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ (Gesel), que mesmo que a economia entre em recessão, o contrato de energia está garantido. Segundo Tolmasquim, a oferta de energia está garantida para 2009. Se a demanda cair, haverá aumento de excedentes. Ele ponderou que não é desejável que essa sobra de energia seja muito grande para que o consumidor não tenha que pagar por isso. "Mas, do ponto de vista da segurança, não tem dúvida de que é bom. A gente fica numa situação bastante confortável, tanto do ponto de vista da segurança, como da expansão". (08.12.2008)

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GESEL: Novo sistema de garantias será implantado em 2009, diz CCEE

O presidente do CCEE, Antônio Carlos Fraga Machado, informou, nesta segunda-feira (08), que a partir de janeiro de 2009 será implantado um novo sistema de garantias financeiras para as transações no mercado de curto prazo, com objetivo de oferecer mais segurança aos agentes. O executivo frisou que os leilões de energia elétrica têm sido elementos eficazes para proporcionar a expansão do sistema elétrico brasileiro. Sobre os desafios futuros para o desenvolvimento do setor, Machado destacou a criação de ferramentas que possibilitem ao mercado livre uma atuação mais ativa; o estudo de alternativas para a formação do preço de mercado de curto prazo, atualmente determinado a partir de modelos computacionais; e a viabilização de novos empreendimentos hidrelétricos, principalmente na região amazônica. Machado participou do Fórum Perspectivas para o Setor Energético Brasileiro para 2009, organizado pelo Gesel/UFRJ, na sede da Firjan, no Rio de Janeiro. (08.12.2008)

EPE vai trabalhar com menos "sobra" sem usinas da Cibe Participações

Sem as usinas da Cibe Participações, a EPE vai trabalhar com menos "sobra" de energia no balanço para 2011, quando as seis primeiras usinas deveriam entrar em operação. Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, a situação de 2011 é confortável porque existem 1.879 MW médios de energia excedentes. Isso significa que mesmo sem os 611 MW médios das usinas da MC2, haverá uma sobra de 1.279 MW médios. "Sem essas usinas diminuiu a folga que existe. É claro que eu, como planejador, quero essa energia, mas é a Aneel quem vai ter que julgar o mérito e a questão do edital em si para ver se o segundo colocado pode ser chamado e, ainda, se tem interesse. Tudo tem que ser analisado", explicou Tolmasquim. Ele disse que também há a hipótese de se realizar outro leilão para contratar essa energia, mas acha improvável que ele aconteça já que além da sobra existe a previsão legal para que as distribuidoras possam comprar energia no mercado à vista, se necessário. "Já estamos há dois anos do início de entrada (da energia comprada da MC2) e como fisicamente existe um excedente não seria factível outro leilão já que não existe uma razão de emergência", disse Tolmasquim. Mas o balanço ficará comprometido para o ano de 2013, porque a MC2 vendeu mais de 2.000 MW médios para aquele período. A alternativa, nesse caso, é suprir essa necessidade nos próximos leilões. (10.12.2008)

Artigo de Antônio Carlos Fraga Machado: "Perspectivas para o mercado de energia elétrica em 2009"

Em artigo exclusivo para o Boletim IFE, o presidente do conselho de administração da CCEE, Antônio Carlos Fraga Machado, traça um panorama do mercado livre de energia para 2009, tema de sua palestra no Fórum GESEL/UFRJ: Perspectivas do Setor Elétrico para 2009, que aconteceu no dia 8 de dezembro. "Acreditamos na continuidade do bom funcionamento das operações no mercado de curto prazo de forma geral", diz. No artigo, Machado fala ainda dos projetos prioritários, como o desenvolvimento do novo SCL (Sistema de Contabilização e Liquidação), da nova metodologia de aporte de garantias financeiras no âmbito da CCEE, amplamente discutida com as associações de agentes antes de ser levada à audiência pública pela Aneel e dos estudos acerca de aprimoramento na formação do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD). Para ler o artigo na íntegra, clique aqui. (11.12.2008)

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Lobão garante que não faltará energia nos próximos quatro anos

Não há risco de apagão nem de falta de petróleo, gás natural, diesel ou etanol no país até 2012. A garantia é do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, após reunião ontem do Conselho Nacional de Política Energética que fez um balanço sobre oferta e demanda de energia no país para os próximos quatro anos. Edison Lobão afirmou que o cronograma de construção de hidrelétricas e térmicas está sob controle, e manifestou otimismo quanto a uma decisão da Justiça Federal de Rondônia sobre a construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO). (02.12.2008)

3 - LEILÕES

3.1 – LEILÕES DE ENERGIA NOVA: A-3 e A-5

Fórum GESEL: leilão de eólicas observarão preço, localização e tecnologia, diz Tolmasquim

A EPE está concluindo estudo sobre o leilão de energia eólica para 2009, que será encaminhado ao MME. O consenso até agora é que os leilões reúnam as usinas com melhor localização e tecnologia, de modo a garantir tarifas mais baratas para os consumidores. "A idéia é que só as [usinas] mais eficientes possam participar do leilão", afirmou o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, durante o fórum Perspectivas do Setor Elétrico para 2009, organizado pelo Gesel/UFRJ. Sobre a data de realização do leilão, Tolmasquim disse que ainda não está definida. Mas revelou que o leilão poderá ser no mesmo modelo dos leilões realizados para a venda de energia gerada a partir da biomassa, o bagaço de cana por exemplo. (08.12.2008)

Fórum GESEL: Tolmasquim diz que eventual retirada de contratos da Cibepar não afeta planejamento

O presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, disse que uma eventual não adjudicação dos contratos de venda de energia no último leião de energia nova A-3 das térmicas a óleo combustível da Cibe Participações não prejudica o planejamento para os próximos anos. Segundo ele, as projeções da EPE apontam para um excedente de 1.879 MWmed, e que a exclusão de 611 MWmed para entrega naquele ano não comprometerá a oferta de energia, já que ainda será verificado excedente naquele ano. Após participar do Fórum Gesel: Perspectivas do Setor Elétrico Brasileiro, 2009, no Rio de Janeiro, Tolmasquim contou que uma das possibilidades é de colocar essa energia em leilão no A-3 em 2009, para entrega em 2012, quando a EPE poderia contar novamente com os 611 MWmed. (08.12.2008)

Fórum GESEL: Edvaldo Santana sinaliza que pedido da MC2 pode ser negado

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O diretor da Aneel, Edvaldo Alves de Santana, sinalizou que o pedido da empresa Cibepar poderá ser negado pela agência. A companhia havia pedido à Aneel a prorrogação para a entrega das garantias de fiel cumprimento da construção e operação de seis térmicas a óleo, negociadas no último leilão A-3. De acordo com ele, a Aneel tem adotado em suas decisões o critério de seguir o edital dos certames. "Não serei o relator do pedido, mas a Aneel, em todas as suas decisões, tem seguido o que determina o edital dos leilões", afirmou o diretor. O assunto está na pauta da próxima reunião de diretoria da agência, que acontecerá nesta terça-feira, 9 de dezembro. O diretor participou do Fórum Perspectivas do Setor Elétrico para 2009, organizado pelo Gesel/UFRJ. A Cibepar é controladora das usinas MC2 Camaçari 1, MC2 Catu, MC2 Dias D'Ávila 1, MC2 Dias D'Ávila 2, MC2 Senhor do Bonfim e MC2 Feira de Santana, todas localizadas na Bahia. (08.12.2008)

Cibepar: negado pedido de prorrogação do prazo para entrega de garantias de usinas do A-3

A diretoria da Aneel negou o pedido da empresa Cibe Participações de prorrogação do prazo em 90 dias para entrega de garantias de fiel cumprimento, referentes às usinas leiloadas no último A-3. A empresa deveria ter aportado as garantias no dia 28 de novembro, no valor de R$ 196,278 milhões. Durante a 48° Reunião Pública da Aneel, a empresa alegou que a crise financeira impõe dificuldades na obtenção de financiamento, motivo pelo qual não foi feito o depósito na data prevista pelo edital do certame. Além disso, a Cibepar afirmou já ter recebido uma carta de um grande fundo de investimentos interessado em aportar R$ 250 milhões nos empreendimentos. De acordo com a companhia, a negociação estaria em fase final de conclusão. (09.12.2008)

Aneel homologa resultado do leilão A-5

A Aneel homologou esta semana o resultado do leilão A-5, que aconteceu no último dia 30 de setembro. A agência também adjudicou o objeto do leilão aos empreendimentos vendedores que negociaram energia. Os contratos de comercialização de energia no ambiente regulado relativos à oferta hidrelétrica serão celebrados na modalidade quantidade de energia elétrica, enquanto os CCEARs de ofertas de outras fontes serão assinados por disponibilidade de energia elétrica, com início de fornecimento a partir de 2013. (28.11.2008)

Atraso nas garantias deixa leilões do em xeque

Uma só empresa, a Cibe Participações, que pertence aos grupos Bertin e Equipav, se comprometeu a produzir 63% da energia contratada nos dois últimos leilões do governo federal, ou 2.671 MW, e essa concentração começa a mostrar os riscos a que está exposto o governo federal para fechar o balanço de oferta e demanda do insumo nos próximos anos. A empresa não depositou as garantias devidas, na última sexta-feira, para levar adiante o projeto de construção de seis usinas termelétricas vendidas no leilão de A-3, em que a energia é entregue a partir de 2011. Com isso, o risco é de agora a empresa também não ter como garantir as obras de outras 15 usinas que vendeu no leilão de A-5, realizado em setembro, em que a energia é entregue a partir de 2013. (03.12.2008)

Leilão A-3: Cibepar pede prorrogação de prazo para depósito de garantias

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A Cibe Participações e Empreendimentos informou nesta terça-feira, 2 de dezembro, que pediu prorrogação de 90 dias no prazo para entrega das garantias de fiel cumprimento da construção e da operação das seis térmicas a óleo combustível B1 contratadas no último leilão A-3, realizado no último dia 17 de setembro. Segundo a Cibepar, o pedido de adiamento foi feito porque, devido às condições atuais de mercado de crédito, não houve condições de conseguir a apólice junto às seguradoras. A requisição está sendo analisada pela Aneel. Segundo a Aneel, o diretor Romeu Rufino foi sorteado para relatar o assunto. A previsão é que Rufino coloque o assunto em discussão em uma das duas últimas reuniões de diretoria deste ano, em 9 ou 16 de dezembro. Caso não seja aceito o pedido de prorrrogação, a Comissão de Licitação tem duas opções: convocar os concorrentes que não fizeram lances ou convocar novo leilão. (02.12.2008)

Eletrobrás prevê leilão das usinas do Tapajós para junho de 2010

O governo pretende realizar a licitação da concessão do complexo hidrelétrico no rio Tapajós (PA) em junho de 2010, informou o presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz Lopes, que confirmou o leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte, também no Pará, para setembro de 2009, apesar da crise. Belo Monte, no rio Xingu, terá capacidade para gerar 11,2 mil megawatts e o complexo de Tapajós, composto por cinco usinas --São Luiz de Tapajós, Jatobá, Cachoeira dos Patos, Jamanxim e Cachoeira do Caí--, 10,6 mil megawatts. (09.12.2008)

3.2 – LINHA DE TRANSMISSÃO

Fórum GESEL: eólicas poderão ter estações coletoras, afirma Tolmasquim

A EPE estuda a realização de um leilão de estações coletoras para interligar a energia gerada por parques eólicos ao SIN. O objetivo é atrair investidores para o segmento, já que os sistemas de transmissão encarecem o preço final das usinas. "Com o leilão de ICGs os investidores utilizarão essas estações por um período por um preço muito menor do que construí-las", afirmou o presidente da estatal, Maurício Tolmasquim. O presidente da EPE ressaltou que o leilão de usinas eólicas será seletivo. A EPE analisará os melhores sítios, tecnologia e o nível de disponibilidade do sistema de transmissão para tentar baratear a energia. "Só entrarão as usinas mais eficientes", garantiu. Tolmasquim participou nesta segunda-feira (8/12) do Fórum Perspectivas do Setor Elétrico para 2009, realizado pela GESEL/UFRJ. (08.12.2008)

Anace: Linhas de transmissão leiloadas e autorização para início das obras do Madeira - um marco a ser comemorado

O diretor presidente da Anace, Paulo Mayon, afirma que os leilões de linhas de transmissão e as autorizações para o início das obras das usinas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, representam um grande avanço para o desenvolvimento da região Amazônica. De acordo com artigo exclusivo para o Especial Transmissão CanalEnergia, o especialista afirma que há muitas expectativas para a geração de

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energia e empregos na região, principalmente nos estados do Acre e Rondônia. (12.12.2008)

Aneel homologa resultado do leilão de ICGs

A Aneel homologou esta semana o resultado do leilão de instalações compartilhadas e exclusivas de geração, os ICGs e IEGs, que aconteceu no último dia 24 de novembro. A agência também adjudicou o objeto do leilão aos empreendimentos vencedores dos lotes ofertados no certame. As concessões leiloadas destinam-se à construção, operação e manutenção de aproximadamente dois mil quilômetros de novas linhas de transmissão e 22 subestações integrantes da Rede Básica, das ICGs e das IEGs. Com investimentos da ordem de R$ 1 bilhão, as instalações de transmissão conectarão 27 usinas de biomassa e pequenas centrais hidrelétricas em Goiás e no Mato Grosso do Sul ao SIN. Os empreendimentos deverão entrar em operação em 18 meses após a assinatura dos contratos de concessão. (12.12.2008)

Aneel: leilões serão mantidos

O diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, disse que o planejamento do setor energético não pode ficar condicionado às ameaças de embargo de obras importantes. Ele se referia a pedidos de liminar para que o leilão de linhas de transmissão do rio Madeira, realizado semana passada, e também da decisão da Justiça em embargar a concessão da licença de instalação para a usina de Jirau. Duas ações populares foram impetradas na Justiça de Rondônia pedindo a suspensão do leilão. Os pedidos estão sendo analisados. O secretário-executivo do MME, Marcio Zimmermann, disse que um dos argumentos contra o leilão, de que a energia do Madeira não seria direcionada para a região Norte, é falso. Zimmermann destacou que a interligação com o sistema isolado, entre o Acre e Rondônia, começará a sair do papel em março, com a inauguração de linhas de transmissão interligando o Centro-Oeste àquela região. (01.12.2008)

4 – PLANEJAMENTO EMPRESARIAL

4.1 - FINANCIAMENTO

BNDES libera crédito de R$900 mi para EDP-Energias do Brasil

O BNDES aprovou na terça-feira a primeira operação de limite de crédito para o setor elétrico, liberando financiamento de 900 milhões de reais para a EDP-Energias do Brasil. Segundo o banco, os recursos serão destinados à complementação do plano de investimentos do grupo para o período 2008-2012, que prevê uma carteira de 4,6 bilhões de reais em projetos. Os projetos incluem a construção de seis PCHs, refletindo tendência de aumento da participação dessas pequenas usinas no parque gerador do grupo. (02.12.2008)

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Eletrobrás e KfW assinam contrato de financiamento de € 13,2 mi para PCHs em SC

A Eletrobrás e o banco KfW vão assinar na próxima sexta-feira, 12 de dezembro, na Alemanha, um contrato de empréstimo de € 13,2 milhões, que serão destinados ao projeto do complexo de PCHs São Bernardo, composto por quatro usinas. Os empreendimentos, localizados em Santa Catarina, serão desenvolvidos pela Eletrosul. A assinatura do contrato contará com a participação do presidente da Eletrobrás, José Antônio Muniz Lopes, e com o diretor financeiro e de Relações com Investidores, Astrogildo Fraga Quental. (08.12.2008)

Terna reestrutura dívida

A transmissora Terna Participações avalia o lançamento de debêntures para reestruturação da dívida de curto prazo, informou o presidente da empresa, Alessandro Fiocco, nesta terça-feira (09/12). A dívida, de R$ 640 milhões - 38% do passivo total - foi contraída para bancar aquisições recentes feitas pela transmissora. A operação deve ocorrer no início de 2009, devido à falta de referencial quanto a cálculo da taxa de captação, segundo o diretor Financeiro, Tiziano Ceccarini. O prazo alvo para resgate é calculado em três anos. A empresa se mantém atenta a oportunidades de expansão, por meio de aquisições no mercado secundário. (09.12.2008)

STJ dá fim à disputa sobre debêntures da Eletrobrás

O STJ julgou definitivamente, na tarde de ontem, a questão da validade das chamadas debêntures da Eletrobrás - e fixou que os títulos já não têm mais valor e, portanto, não podem ser cobrados na Justiça. A ministra Eliana Calmon levou o caso à primeira seção do STJ reiterando sua posição segundo a qual os títulos emitidos pela estatal para pagar o empréstimo compulsório cobrado sobre as contas de energia elétrica entre 1964 e 1976 já decaíram há muito tempo e não podem mais ser exigidos pelos consumidores. O caso foi julgado pela primeira seção do tribunal como processo repetitivo - assim, a decisão do STJ serve de orientação para que os tribunais locais sigam a mesma posição, evitando a subida de novos recursos semelhantes à corte. (11.12.2008)

Eletrobrás assina contrato para financiar pequenas centrais hidrelétricas em SC

A Eletrobrás assinou, em Frankfurt, na Alemanha, contrato de financiamento para o projeto do Complexo São Bernardo, que prevê a construção de PCHs, em Santa Catarina. Segundo informações divulgadas no Rio, pela Eletrobrás, o financiamento faz parte de acordo de cooperação financeira entre Brasil e Alemanha e envolve recursos do KfW (o agente do governo federal alemão para as operações de cooperação financeira oficial - créditos e contribuições financeiras - entre a Alemanha e os países em vias de desenvolvimento), que totalizam € 37,2 milhões. Ainda de acordo com a Eletrobrás, o desembolso está dividido em duas parcelas - a primeira de € 13,2 milhões e a segunda de € 24 milhões. (15.12.2008)

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4.2 - INVESTIMENTO

Eletrobrás e Celesc fecham repasse de R$ 60 mi para recuperar sistema

A Eletrobrás e Celesc fecharam na sexta-feira, 28, acordo para liberação, em caráter de emergência, de um empréstimo de R$ 60 milhões para a reconstrução do sistema elétrico de Santa Catarina. A distribuidora catarinense receberá a primeira parcela de R$ 15 milhões na quarta-feira, 3. A fonte dos recursos será a Reserva Global de Reversão, fundo setorial administrado pela Eletrobrás. O montante será aplicado no Vale do Rio Itajaí-Açu, área mais atingida pelos temporais dos últimos dias. O acordo foi fechado em reunião entre os presidentes da Eletrobrás, José Antônio Muniz Lopes, e da Celesc, Eduardo Pinho Moreira. (28.11.2008)

Nível de investimentos das subsidiárias da Eletrobrás

O nível de investimento entre as subsidiárias da Eletrobrás tem uma grande variação na execução do orçamento. Furnas continua puxando os aportes do grupo com execução de 72,7% do R$ 1,142 bilhão programado. Já a Eletronuclear aplicou apenas 28,6% dos R$ 807,409 milhões programados. A estatal nuclear foi prejudicada pelo atraso no início das obras da usina de Angra 3, ainda pendente da licença de instalação em análise no Ibama desde novembro. A Eletronorte investiu o equivalente a 54,3% do orçamento de R$ 575 milhões. A Eletrosul, por sua vez, aplicou 69% do orçamento de R$ 440,542 milhões. A Chesf investiu 44,5% dos R$ 962,693 milhões programados para este ano. A CGTEE aplicou R$ 295,986 milhões, o que significa uma execução de 47% do orçamento de R$ 630,295 milhões. A Ceal (AL) executou 59,7% do orçamento de R$ 96,090 milhões. A Eletroacre (AC), por sua vez, investiu 65,2% do total de R$ 65,170 milhões programados. Ceron (RO) somou aporte de 27,8% dos R$ 201,134 milhões programados para 2008. Já Cepisa (PI) e Manaus Energia (AM) tiveram os menores índices de investimentos em 17,5% e 14,1%, respectivamente. Por fim, a Boa Vista Energia (RR) aplicou 48,4% de um total de R$ 12,315 milhões. (04.12.2008)

Eletrobrás investe apenas 46,2% do orçamento do ano até outubro

O Grupo Eletrobrás continua com ritmo lento de investimento em relação as outras estatais. A holding aportou R$ 2,734 bilhões no acumulado até outubro, o que significa 46,2% do orçamento de R$ 5,971 bilhões previsto para todo o ano. O investimento está menor do que a média das estatais vinculadas ao MME, em 65,4%, puxada pela Petrobras. A Eletrobrás também fica abaixo na execução orçamentária quando comparada ao bolo das estatais federais. As empresas da União investiram R$ 38,234 bilhões, o correspondente a 60,7% do orçamento de R$ 62,941 bilhões. (04.12.2008)

Tractebel ainda investe R$1,5 bi até o fim do ano

A Tractebel ainda pretende investir R$ 1,5 bilhão até o final do ano, sendo R$ 100 milhões em manutenção, R$ 230 milhões na conclusão da hidrelétrica de São Salvador (243 MW)- prevista para iniciar operação ainda este mês-, R$ 385 milhões em Estreito (1.087 MW), R$ 635 milhões na aquisição da UHE Ponte de Pedra (176,1 MW) e R$ 204 milhões na aquisição das duas PCHs. A empresa pretende investir R$ 562 milhões no próximo ano. (05.12.2008)

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Celesc aplica R$ 1,2 mi para reconstruir rede elétrica na região de Itajaí

A Celesc Distribuição iniciou na terça-feira, 3/12, uma operação emergencial que pretende restabelecer a cidade de Luiz Alves, que ficou isolada parcialmente por causa das fortes chuvas que atingiram o estado. A operação emergencial está orçada em R$ 1,2 milhão. A idéia é construir uma rede alternativa com 32 km, a partir da subestação Salseiros, em Itajaí, substituindo a rede anterior, destruída com as chuvas. As obras devem durar 10 dias. A distribuidora faz parte do "Grupo de Reação", instaurado por meio de decreto do governo estadual para atender à situação de emergência e calamidade pública em regiões diversas do estado. (05.12.2008)

4.3 – PROJETOS FUTUROS

Cemig busca sinergia no 10º bid

Estreante em leilões da ANP, a Cemig vai buscar na 10ª rodada da agência, programada para o próximo dia 18, sinergia entre os seus negócios de energia elétrica e gás natural. A empresa mineira confirmou na terça-feira, 2, que pretende disputar a concessão de blocos na Bacia do São Francisco no leilão. A meta da empresa é expandir a oferta do energético para a Gasmig, distribuidora mineira de gás natural, que também é controlada pela própria Cemig. A empresa pretende expandir a oferta do combustível no estado e também converter a térmica Iguarapé (131 MW), que hoje opera a óleo combustível, para gás natural. (02.12.2008)

Eletrobrás e Endesa vão estudar projetos conjuntos

A Eletrobrás e a Endesa Brasil assinaram ontem, no Rio de Janeiro, um protocolo de intenções visando a realização, em conjunto, de estudos de pré-viabilidade econômica, financeira e técnica de projetos para possíveis parcerias em novos negócios. O protocolo tem validade de dois anos. Na cerimônia estiveram presentes os presidentes da Eletrobrás, José Antonio Muniz, da Endesa Brasil, Marcelo Llévenes, da Endesa Latinoamérica (Espanha), Pedro Larrea, e do Conselho de Administração da Endesa Brasil, Mario Santos, além do diretor de Administração da Eletrobrás, Miguel Colasuonno. Para Llévenes, esta será uma parceria bastante proveitosa. "Estamos nos associando à maior empresa de energia elétrica do Brasil. Temos um grande respeito pela capacidade de engenharia e de construir grandes empreendimentos da Eletrobrás. Portanto, se queremos ser grandes agentes do setor elétrico no país, temos que nos associar à Eletrobrás", afirmou. (04.12.2008)

Cemig discute oportunidades de negócios em energia elétrica com o setor sucroenergético

A Cemig (MG) realiza a partir desta quarta-feira, 3 de dezembro, em Uberaba (MG), encontro para discutir oportunidades de negócios em energia elétrica com o setor sucroenergético com produtores de açúcar e etanol do Triângulo Mineiro e de Ribeirão

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Preto (SP). O evento tem como objetivo ampliar parcerias no segmento de cogeração e divulgar vantagens para a formatação de negócios na comercialização de energia e de créditos de carbono. O encontro continua na quinta-feira, 4, com visita dos participantes à hidrelétrica e à estação ambiental de Volta Grande. A empresa espera a participação de cerca de 200 representantes do setor. De acordo com o diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios da companhia, José Carlos de Mattos, a Cemig tem firmado protocolos de intenção com diversas empresas interessadas em investir em cogeração. Ele acredita que esses protocolos evoluem na implantação e exploração de usinas de cogeração a bagaço de cana-de-açúcar. (03.12.2008)

Eletrobrás e Itaipu firmam parceria com as Nações Unidas para energias renováveis

A Eletrobrás e Itaipu Binacional assinaram, nesta quinta-feira (4), em Viena, na Áustria, um memorando de intenções com as Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial para multiplicar em outros países, principalmente da América Latina, África e Caribe, as experiências bem sucedidas de Itaipu em projetos de energias renováveis. (04.12.2008)

Eletrobrás e Itaipu assinam parceria com Nações Unidas

A Eletrobrás e a Itaipu Binacional assinaram parceria com a ONU para o Desenvolvimento Industrial (Onudi) para ampliar experiências de projetos ambientais das duas empresas em outros países, sobretudo da América Latina, África e Caribe. Entre as ações está o programa Cultivando Água Boa, que prevê a recuperação de passivos ambientais, desenvolvido em 29 municípios da bacia do Paraná 3. As partes assinaram o acordo na quinta-feira, 4/12, em Viena, na Áustria. (05.12.2008)

Siif Énergies vai colocar em operação mais 321,6 MW até o final de 2009

Além da central eólica de Paracuru, de 23,4 MW, a SIIF Énergies do Brasil pretende colocar em operação mais 321,6 MW, espalhados por quatro parques eólicos, sendo três deles localizados no Ceará e o outro no Rio de Janeiro. Os investimentos totais da empresa nos parques, incluindo o realizado na eólica Paracuru, inaugurada na sexta-feira, 5/12, chegam a R$ 1,7 bilhão. Somente na Central Eólica Quintilha Machado, que fica em Arraial do Cabo (RJ) e terá capacidade instalada de 135 MW, serão gastos cerca de R$ 700 milhões. (05.12.2008)

Siif Énergies apresenta planos para crescer mais 1 mil MW

Atualmente com projetos em carteira que totalizam 345 MW, espalhados por quatro centrais eólicas no Ceará e uma no Rio de Janeiro, a Siif Énergies do Brasil tem planos para expandir sua capacidade de geração em 1 mil MW. Segundo o diretor da Siif no Brasil, Marcelo Picchi, esses novos empreendimentos estariam espalhados pelo país, com foco no Nordeste. "Já estamos estudando a possibilidade de desenvolver os novos projetos, que somariam 1 mil MW", afirmou o executivo. No entanto, de acordo com ele, o andamento desses novos projetos estaria condicionado a alguns incentivos do governo, como um programa de leilões específico para eólicas. (05.12.2008)

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Siif Énergies assume projeto do parque eólico de Quintanilha Machado

Depois de sete anos de entraves burocráticos e ambientais, o parque eólico de Quintanilha Machado (135 MW), no Rio de Janeiro, deverá sair do papel. A empresa francesa Siif Énergies assumiu integralmente o projeto e pretende inaugurá-lo até o final de 2009. Com investimento de R$ 700 milhões, a usina é o quinto empreendimento do tipo da companhia no Brasil. A expectativa é que a obra seja iniciada em janeiro de 2009 e que gere 1,2 mil empregos. O projeto, que será instalado no município de Arraial do Cabo, terá 54 turbinas com 2,5 MW de potência, cada. Segundo o diretor comercial da Siif, Marcelo Picchi, uma das principais dificuldades foi a definição da linha de transmissão que escoará a energia produzida no parque. (11.12.2008)

Eletrobrás e empresa suíça discutem parceria para veículos elétricos

A Eletrobrás e a empresa suíça KWO vão aperfeiçoar baterias de sódio para veículos elétricos. Pesquisadores se reuniram na cidade de Meiringen e discutiram os benefícios do uso em grande escala desse tipo de dispositivo. Segundo o diretor de Tecnologia da estatal, Ubirajara Rocha Meira, o equipamento contribuirá para a ampliação do mercado de carros elétricos no Brasil e no exterior. A reunião aconteceu na semana passada. Uma nova reunião entre representantes das duas empresas está prevista para a segunda quinzena de março, no Rio de Janeiro. Na ocasião será definido um cronograma de atividades. Atualmente, a Eletrobrás desenvolve com a Itaipu Binacional um projeto de veículo elétrico. (15.12.2008)

5 - TERMOELÉTRICAS

5.1 - ENERGIA NUCLEAR

EPE analisa com atenção expansão da energia nuclear

A EPE está olhando com atenção a possibilidade de expansão da geração nuclear na matriz energética nacional. E ela já tem a percepção de que o setor privado será essencial para garantir o crescimento dessa fonte. Na avaliação do diretor de Estudos Econômicos e Energérticos da EPE, Amílcar Guerreiro, o mercado deve refletir a respeito da ainda existente resistência à participação privada nesse campo. O executivo ressaltou que a sociedade ainda resiste à opção nuclear, mas que já há aceitação maior. O problema, segundo ele, recai sobre as alternativas à base nuclear como geração de base - gás natural e carvão importado. Numa comparação entre as fontes, Guerreiro destacou que o gás possui maior aceitação ambiental e elevado interesse de investimentos privados, enquanto ainda há restrições de infra-estrutura e limitação do potencial nacional - sem considerar as perspectivas do pré-sal. (01.12.2008)

Artigo de Odair Gonçalves Dias: "Fusão nuclear: resposta de um nucleopata"

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Em artigo à Folha de São Paulo, Odair Gonçalves Dias, presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, comenta o artigo do professor Rogério Cezar de Cerqueira que discorre sobre o absurdo de um suposto pagamento de US$ 1 bilhão que o Brasil estaria fazendo ao International Thermonuclear Experimental Reactor para se tornar associado, quando poderia pagar apenas US$ 1 milhão. Gonçalves diz que o artigo foi baseado em fontes mal-informadas e esclarece alguns pontos sobre o assunto.(02.12.2008)

Fórum GESEL: Tolmasquim comenta energia gerada a partir de reatores nucleares para 2009

O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim falou sobre a produção de energia geradas a partir de reatores nucleares, durante o fórum Perspectivas do Setor Elétrico para 2009, organizado pelo Gesel/UFRJ. Ele informou que a prioridade é construir a terceira usina do Complexo de Angra dos Reis (RJ), e que outras quatro ou seis novas usinas nucleares deverão ser instaladas no país até 2030. Segundo Tolmasquim os locais de construção dessas novas usinas ainda são objeto de estudo. A meta é que, em 2010, o país domine todo ciclo de produção de combustível nuclear para as usinas brasileiras acabando com a importação, informou Tolmasquim. (08.12.2008)

Iniciativa privada pode investir em geração nuclear, diz estudo jurídico

A produção de energia elétrica por meio de usinas nucleares não é monopólio da União, na avaliação do advogado Julião Coelho, contratado pela Associação Brasileira de Produtores Independentes de Energia Elétrica para analisar os aspectos jurídicos do tema. Segundo Coelho, a Constituição Federal abre espaço em favor da participação privada na geração nuclear ao prever o regime de permissão no uso de radiosiótopos para usos industriais. Coelho explicou que o artigo 21 da Constituição estabelece que "sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas", como é o caso do combustível utilizado por usinas nucleares. Além disso, a noção de indústria é definida como uma atividade caracterizada pela transformação de matérias-primas para produção de bens. (28.11.2008)

GDF Suez quer investir no programa nuclear brasileiro

O presidente da francesa GDF Suez, Gérard Mestrallet, afirmou ontem que a companhia tem grande interesse em participar do novo programa nuclear brasileiro, em gestação no governo. Principal geradora privada no País e sócia da hidrelétrica de Jirau, a companhia não crê em efeitos devastadores da crise econômica e busca oportunidades para expandir seus negócios. "Nossos investimentos não serão paralisados de maneira nenhuma", afirmou o executivo. Segundo ele, a GDF Suez acompanha de perto o andamento das discussões sobre o novo programa nuclear, que prevê a construção de pelo menos seis novas usinas no Brasil até 2030. (02.12.2008)

Eletronuclear: tarifa sobe 8,67% para R$ 130,79 por MWh

A diretoria da Aneel autorizou nesta terça-feira, 2 de dezembro, o reajuste da tarifa da Eletronuclear em 8,67%. Com isso, o preço da energia nuclear sobe para R$ 130,79 por MWh a partir da próxima sexta-feira, 5. Segundo Romeu Rufino, diretor-relator da

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matéria, o preço foi impactado pelo aumento "significativo" de custos diretos e de reestruturação de dívida. (02.12.2008)

CPFL: Energia nuclear pode ser viável com tarifa entre R$ 156,99 e R$ 189,10 por MWh

A energia nuclear pode ser atrativa para a iniciativa privada para um preço de venda de energia entre R$ 156,99 por MWh e R$ 189,10 por MWh. Os valores são o resultado de uma simulação feita pela CPFL Energia para analisar a viabilidade econômico-financeira de uma planta nuclear. A simulação ainda traz resultados preliminares e não significa uma manifestação formal do interesse da CPFL Energia no negócio, mas ajuda a balizar investidores diante da possível abertura do mercado para empreendedores privados. A simulação foi feita com base em uma planta fictícia de 1 mil MW, com garantia física de 900 MWmed, com prazo de implantação de seis anos e custo variável unitário de R$ 17 por MWh. (15.12.2008)

5.2 - GÁS NATURAL

5.2.1 – OFERTA DE GÁS NATURAL

Preço do gás para a indústria pode subir 30% em SP

O governo de São Paulo se reúne hoje para decidir se autoriza ou não pedido da Comgás de repasse tarifário para cobrir perdas com a defasagem no preço do gás. Se autorizado, esse repasse representará aumento de 30% na tarifa de gás cobrada da indústria paulista. O reajuste sobre o preço do gás residencial deve ser menor. A tendência do governo, segundo a Folha apurou, é não autorizar que haja o repasse pedido pela Comgás, maior distribuidora do país. A empresa distribui gás canalizado para mais de 700 mil consumidores paulistas. A reunião para discutir se autoriza ou não o pedido deverá contar com a presença de Mauro Ricardo, secretário estadual de Fazenda; Dilma Pena, secretária de Minas e Energia; Aloysio Nunes Ferreira, chefe da Casa Civil, e de representantes da Arsesp. Ao pedir autorização ao governo para o repasse, a Comgás afirma que compra o gás da Petrobras a preço superior ao que repassa ao consumidor. (01.12.2008)

Distribuidoras de gás de SP querem novo reajuste de preço

Pressionadas pelos reajustes promovidos pela fornecedora Petrobras, as distribuidoras de gás natural de São Paulo querem repassar esses aumentos para os consumidores do insumo ainda nesta semana. A intenção das concessionárias de realizar um reajuste extraordinário provocou grande preocupação no setor industrial, que alega que este não é o momento de subir o preço, já que o mundo vive um cenário de insegurança causado pela crise financeira mundial. "A Fiesp é radicalmente contrária à intenção de aumentar o preço do gás no Estado", afirma Carlos Cavalcanti, diretor de energia da entidade. (01.12.2008)

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Arsesp analisa pedido de Comgás

A Arsesp ainda não decidiu se autoriza o pedido da Comgás de repasse tarifário para cobrir perdas com a defasagem no preço do gás. A decisão deve sair ainda nesta semana. Se autorizado, o repasse significa uma alta de 30% na tarifa do gás industrial. A tendência é que o repasse seja dividido em duas ou três vezes. (03.12.2008)

5.2.2 – PETROBRAS

Petrobras coloca em operação plataforma para produção de petróleo e gás A Petrobras informou ontem (1/12) que colocou em operação, no Campo de Marlim Leste, na Bacia de Campos, a plataforma P-53. Ela é a primeira unidade de produção de petróleo e gás cujo casco foi inteiramente construído no país. Com investimento de cerca de US$ 1,6 bilhão, a P-53 é a primeira unidade de produção a operar no Campo de Marlim Leste. (01.12.2008) Petrobras encontra gás na Bacia do Espírito Santo

A Petrobras descobriu indícios da existência de gás na Bacia no Espírito Santo e notificou a ANP, esta semana. A descoberta ocorreu no bloco BM-ES-5, em alto mar, a uma profundidade de 60 metros, de acordo com o comunicado de rotina enviado à ANP. Além disso, a estatal também notificou a Agência, que encontrou sinais de petróleo no bloco BT-POT-9, em terra, na Bacia Potiguar. (03.12.2008)

GNL do Rio concluído em janeiro

A Petrobras estima que as obras da planta de regaseificação de GNL que está sendo implantada na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, estejam concluídas em janeiro. A unidade deve entrar em operação no segundo semestre do próximo ano, quando haverá demanda de gás para térmicas. A unidade da Petrobras está demandando investimentos da ordem de R$ 1,9 bilhão para a regaseificação de 14 milhões de m³/dia de gás natural. A empresa já contratou, contou a diretoria de Gás e Energia, Maria das Graças Foster, uma carga de 75 mil t para comissionar a planta. (10.12.2008)

BNDES libera verba à Petrobras

O BNDES liberou empréstimo de R$ 528 milhões para a construção da Plataforma de Mexilhão 1 (PMXL-1), projeto conduzido pela Petrobras na bacia de Santos. Segundo a estatal, a operação poderá ser complementada por um financiamento de longo prazo. Com 227 metros de altura, a PMXL-1 é a plataforma fixa mais alta a ser construída no Brasil e terá capacidade para produzir até 15 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. (16.12.2008)

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5.3 - OUTROS INSUMOS

Eletronorte escolhe sócio para implantação e operação de térmica

A Eletronorte escolherá até meados de dezembro a empresa para formar uma SPE para implantação e operação de uma térmica a biomassa de 50 MW. Segundo o diretor de Novos Negócios da estatal, Wilson Fernandes, os técnicos da empresa já estão visitando os sites para a construção da usina. A escolha da empresa aconteceria em outubro, mas o atraso, de acordo o executivo, deveu-se à grande quantidade de propostas recebidas. A Eletronorte divulgou a chamada pública em julho. A usina será constituída por duas unidades geradoras, de 25 MW cada. A Eletronorte vai aproveitar duas unidades já compradas e que nunca foram utilizadas. A empresa vencedora da chamada pública vai arcar com os custos de instalação e implantação da térmica. (28.11.2008)

Cemig inaugura subestação a óleo vegetal

A Cemig inaugura na segunda-feira, 01/12, uma subestação móvel, de 138 kV, totalmente isolada a óleo vegetal. O equipamento será utilizado no atendimento a emergências e reparos. A unidade foi desenvolvida pela companhia mineira e a ABB. O equipamento tem capacidade de 15 MVA, suficiente para atender a uma população de aproximadamente 50 mil habitantes. Além de agilizar a prestação dos serviços, a SE móvel apresenta um alto desempenho elétrico e térmico. O óleo vegetal utilizado é totalmente biodegradável e não contém produtos que possam prejudicar o meio ambiente. (28.11.2008)

Usinas não sabem o que fazer com excesso de cana de açúcar

A crise internacional atinge o setor sucroalcooleiro, especialmente a produção de etanol, uma das principais apostas do governo para incluir o Brasil entre as potências econômicas mundiais. Influenciada pela queda do preço do petróleo no mercado internacional, a cotação do álcool despencou e a margem de ganho desapareceu. A crise interrompeu o financiamento da produção e as usinas estão sem recursos para preparar a moagem da próxima safra. Algumas não conseguiram pagar fornecedores e estão com dificuldade em rescindir contratos com a mão-de-obra usada na safra. Pelo menos três grupos tradicionais - Companhia Albertina, João Lyra e Naoum - entraram com pedidos de recuperação judicial. "As empresas já estavam em situação difícil e a crise acelerou o processo", diz o diretor-técnico da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), Antonio de Pádua Rodrigues. Segundo ele, a fuga do capital que financiava atividades sucroalcooleiras põe em risco a safra de 2009. "O desmonte de toda a usina para a revisão anual e a reforma de 15% a 20% dos canaviais exigem soma considerável de recursos, hoje não disponíveis." (08.12.2008)

Bio Energias Renováveis: Em defesa da biomassa

"Se hoje não introduzirmos a biomassa de uma forma competitiva e sustentável, em 2030 precisaremos buscar recursos emergenciais". O alerta é do diretor comercial da Bio Energias Renováveis, Felipe Barroso. O executivo afirmou, em entrevista, que com o esgotamento do potencial hídrico, a segunda fonte seria a nuclear, mas ainda existem impasses que impedem seu estabelecimento como questões ambientais e alto custo com investimento inicial. A melhor solução, portanto, seria a biomassa. Barroso defende a

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introdução da geração termelétrica a partir de matérias-primas alternativas, como o capim elefante. O potencial brasileiro para a geração de energia elétrica a partir de fontes de biomassa é, no futuro, o equivalente a duas usinas do Rio Madeira e precisa ser explorado, na opinião de Barroso. (05.12.2008)

TRF libera obra da UTE Porto de Pecém

O Tribunal Regional Federal da 5ª região suspendeu a liminar obtida pelo MPF que paralisava as obras de construção da térmica Porto de Pecém. O empreendimento é uma parceria entre a EDP Energias do Brasil (50%) e a MPX Energia. A EDP confirmou nesta segunda-feira (8/12) a manutenção do cronograma de implantação da usina, após ter revertido a decisão oito dias depois de sua promulgação. A planta será movida a carvão mineral importado e demandará investimentos de US$ 1,2 bilhão repartidos igualmente entre os parceiros. (08.12.2008)

Bio Energias Renováveis prevê instalação de térmica para o primeiro semestre

A Bio Energias Renováveis prevê para o primeiro semestre do ano a instalação de uma térmica de 35 MW, que gera energia a partir da queima de capim-elefante. A planta, orçada em R$ 140 milhões, ainda não tem local definido. Segundo o diretor comercial da empresa, Felipe Barroso, a expectativa é que o projeto entre em operação em 2010. Sem adiantar mais detalhes sobre o empreendimento, o diretor afirmou que as parcerias para o projeto estão sendo fechadas e os estudos de viabilidade serão definidos até março do ano que vem. Para Barroso, o potencial de expansão da biomassa no país é enorme, principalmente quando a fonte utilizada é o capim-elefante. (09.12.2008)

Delta Energia entra no mercado de etanol

A Delta Energia diversificou sua atuação no mercado de energia ao fechar seu primeiro contrato de exportação de etanol para a Coréia do Sul. Para atuar nesse segmento, a empresa criou uma nova subsidiária a Delta Trading. O contrato tem valor de R$ 2 milhões, correspondentes a 2 milhões de litros do combustível para uso industrial. O primeiro embarque, através do porto de Santos (SP), ocorre este mês e o segundo em janeiro que vem. Segundo Mateus Andrade, sócio da Delta Energia, a empresa já vinha negociando contratos de etanol na Bolsa de Mercadorias & Futuros. Os negócios com contratos vinham ocorrendo há dois anos. (10.12.2008)

Cosan Bioenergia inicia operação de 50 MW térmicos em SP

A Aneel autorizou o início da operação comercial de duas unidades geradoras térmicas da Cosan Bioenergia, em São Paulo. As usinas Costa Pinto, em Piracicaba, e Rafard, no município de mesmo nome, ativarão unidades de 25 MW, cada, totalizando 50 MW, segundo despachos 4.551 e 4.552 publicados no D.O.U. da quarta-feira, 10. A Aneel também liberou os testes das unidades geradoras 1 e 2 da PCH Galópolis, que totalizam 1,5 MW de potência instalada. Segundo despacho 4.545 do D.O.U., a Galópolis Energia, responsável pela usina, terá prazo de 60 dias para enviar relatório confirmando ou corrigindo a potência das unidades. (12.12.2008)

Bagaço de cana representa 4% da matriz energética

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A energia gerada a partir do bagaço da cana entrou definitivamente na matriz energética brasileira e a potência já vendida ao governo federal supera os 4 mil MW, representando 4% da capacidade instalada de geração no país. Desde o fim de 2007 até agora, projetos de outros 2,4 mil MW entraram em análise na Aneel. E para colocar somente esses empreendimentos em pé serão necessários investimentos da ordem de R$ 16 bilhões, se levados em consideração que na média são necessários R$ 2,5 mil para gerar 1kW de energia. Só no ano de 2008 entraram em operação comercial usinas com capacidade instalada de cerca de 500 MW, que exigiram investimentos de R$ 1,25 bilhão. Para o próximo ano, já existe a previsão de que outros 700 MW entrem em operação. (16.12.2008)

Crise global frustra projetos de investimentos em usinas de açúcar e álcool

Parte dos investimentos em novas usinas de açúcar e álcool previstos para 2010 e 2011 não deve se concretizar, de acordo com Marcos Jank, presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar. Em reunião do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp, ele disse ainda que a maior parte dos projetos previstos para o próximo ano "se concretiza, mesmo que seja entregue com atraso". A estimativa da Unica é que, ainda assim, 35 unidades entrem em operação em 2009, 41 em 2010 e 19 em 2011. O cenário de queda de preços no setor e as restrições ao crédito, no entanto, devem frustrar parte dos projetos. Pelas estimativas da Unica, os investimentos em novas unidades somaram US$ 20 bilhões entre 2005 e 2008 e chegariam a US$ 31 bilhões entre 2009 e 2011. (16.12.2008)