Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

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Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

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Relatório de Gestão e

Contas Consolidado

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Acrónimos e Abreviaturas

AAC – Associação Académica de Coimbra

ADSE – Direção-Geral de Proteção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública

AUC – Arquivo da Universidade de Coimbra

BCSUC – Biblioteca Ciências da Saúde da Universidade de Coimbra

BGUC – Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra

CD25A – Centro de Documentação 25 de Abril

CGA – Caixa Geral de Aposentações

CSC – Centro de Serviços Comuns

CSE – Centro de Serviços Especializados

ED.UC – Ensino a Distância da Universidade de Coimbra

ETI – Equivalente a Tempo Inteiro

EUC – Estádio Universitário de Coimbra

FC – Fundação Cultural

FCDEFUC – Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra

FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia

FCTUC – Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra

FDUC – Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra

FEUC – Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra

FFUC – Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra

FLUC – Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

FMC – Fundação Museu da Ciência

FMUC – Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra

FPCEUC – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra

GPUC – Grupo Público da Universidade de Coimbra

I&D – Investigação e Desenvolvimento

ICNAS – Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde

IES – Instituição de Ensino Superior

III – Instituto de Investigação Interdisciplinar

IPN – Instituto Pedro Nunes

N.º – Número

OE – Orçamento de Estado

OEx – Orientação Estratégica nº x (x=1, 2, …, 12)

P. – Programa

PIDDAC – Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central

RO – Receita Orçamental

SASUC – Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra

SIBUC – Sistema Integrado das Bibliotecas da Universidade de Coimbra

TAGV – Teatro Académico de Gil Vicente

TSU – Taxa Social Única

TUJE – Tribunal Universitário Judicial Europeu

UC – Universidade de Coimbra

UECAF – Unidades de Extensão Cultural e de Apoio à Formação

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Índice

Mensagem do Reitor .............................................................................................................................................................................. 4

Introdução e destaques ......................................................................................................................................................................... 5

1. Perfil identitário .................................................................................................................................................................................. 9

1.1 Missão, fins e valores ................................................................................................................................................................ 9

1.2 Estrutura e âmbito de consolidação ................................................................................................................................... 10

1.3 Órgãos do governo e de gestão .......................................................................................................................................... 11

2. Principais indicadores de atividade .............................................................................................................................................. 15

2.1 Ensino ......................................................................................................................................................................................... 15

2.2 Investigação ............................................................................................................................................................................... 17

3. Orientações estratégicas ................................................................................................................................................................ 19

4. Atividades desenvolvidas ................................................................................................................................................................ 22

4.1 Ensino a distância .................................................................................................................................................................... 22

4.2 Apoio a estudantes com deficiência ................................................................................................................................... 22

4.3 Mobilidade e internacionalização ........................................................................................................................................ 23

4.4 Saídas profissionais .................................................................................................................................................................. 27

4.5 Inovação, empreendedorismo e transferência do conhecimento .............................................................................. 27

4.6 Iniciativas culturais .................................................................................................................................................................. 30

4.7 Rede UC .................................................................................................................................................................................... 31

4.8 Comunicação e imagem ........................................................................................................................................................ 32

4.9 Circuito turístico ..................................................................................................................................................................... 32

4.10 Sistema de Gestão da Qualidade ...................................................................................................................................... 33

4.11 Observatórios ........................................................................................................................................................................ 35

4.12 Candidatura à Unesco ......................................................................................................................................................... 36

4.13 Novas instalações ................................................................................................................................................................. 36

4.14 Auditoria e controlo interno ............................................................................................................................................. 37

5. Ação social ......................................................................................................................................................................................... 39

5.1 Serviços de Ação Social ......................................................................................................................................................... 39

5.2 Outros apoios sociais concedidos a estudantes ............................................................................................................. 41

6. Organização e reestruturação ...................................................................................................................................................... 43

6.1 Centro de Serviços Comuns ................................................................................................................................................ 43

6.2 Centro de Serviços Especializados ..................................................................................................................................... 45

6.3 Tecnologias de informação e comunicação ...................................................................................................................... 46

7. Síntese de atividades por unidade ................................................................................................................................................ 49

7.1 Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação ................................................................................................................. 49

7.2 Unidades Orgânicas de Investigação .................................................................................................................................. 58

7.3 Unidades de Extensão Cultural e de Apoio à Formação .............................................................................................. 59

7.4 Fundações ................................................................................................................................................................................. 63

7.5 Centro de Estudos Superiores da UC em Alcobaça ..................................................................................................... 66

7.6 ICNAS Produção, Lda ............................................................................................................................................................ 66

8. Recursos humanos ........................................................................................................................................................................... 68

9. Contas ................................................................................................................................................................................................. 73

9.1 Contas da execução orçamental ......................................................................................................................................... 73

9.2 Demonstrações financeiras .................................................................................................................................................. 79

9.3 Emissão das Demonstrações financeiras ........................................................................................................................... 92

10. Anexos às contas ........................................................................................................................................................................... 94

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Mensagem do Reitor

O ano de 2010, a que o presente Relatório se reporta, assinala temporalmente o fim de um ciclo, fechando o arco

de algumas mudanças determinadas pela aprovação dos novos Estatutos da Universidade e decorrentes, em última

análise, da entrada em vigor do RJIES. Da criação/início de atividade das Fundações – Fundação Museu da Ciência e

Fundação Cultural da Universidade de Coimbra – à preparação da integração de todas as Faculdades numa única

entidade com autonomia administrativa e financeira, passando pelo complexo e exigente processo de montagem

do sistema de avaliação dos docentes, foi este essencialmente um ano de reorganização e readaptação, pleno de

iniciativas cujas repercussões ainda é cedo para aferir na totalidade, mas cujo alcance e potencial permitem

alimentar muito justificadas expectativas.

Não sendo, de modo nenhum, exaustivo, o Relatório contempla no entanto as realizações mais salientes e de

impacto previsivelmente mais profundo. Será este o caso do desenvolvimento do projeto do Centro de Serviços

Comuns, projeto exigente de uma mudança necessária, como será, em diferentes frentes, o início da UCv, montra

do vigor criativo e da vontade de transformação e de melhoria que diariamente fazem mover esta Universidade e

aqueles que a servem. No plano da cultura é justo referir o plurifacetado contributo da UC para as

Comemorações do Centenário da República, e os passos dados no sentido da formalização da candidatura da

Universidade de Coimbra a Património Mundial da Humanidade, um esforço ímpar de afirmação cultural e cívica

entretanto complementado pela constituição da rede WHPO, rede de cooperação no âmbito do património

mundial de origem ou influência portuguesas. É forçoso mencionar o início do Programa de Licenciaturas

Internacionais, um programa pioneiro que nos abre caminhos ímpares na decisiva aproximação ao Brasil lançada

pelo Reitor Seabra Santos.

No Relatório dá-se também conta do reconhecimento nacional e internacional de que, através de prémios e

outras distinções várias, foram objeto entidades diversas da nossa Universidade, desde o IPN que fechou o ano de

2010 com o prémio internacional da melhor Incubadora de Base Tecnológica do mundo, ao Museu da Ciência,

reconhecido pela Associação Portuguesa de Museologia, com os prémios para melhor Serviço Educativo e para

melhor aplicação de gestão multimédia, passando por inúmeras individualidades contempladas em função do

respetivo mérito académico e científico.

Tal como em relação ao apreciável elenco de realizações enumeradas no Relatório, das quais nos podemos, com

toda a propriedade, orgulhar, é bom que entendamos esse reconhecimento e essas distinções como um

redobrado incentivo para enfrentar os incontáveis desafios futuros – quer os que nos são inexoravelmente

lançados de fora, quer aqueles que a nós mesmos nos vamos propondo com constante exigência e saudável

insatisfação. Com mobilização e empenhamento a todos os níveis não deixaremos, estou certo, de estar à altura

dos exigentes desafios que sentimos no presente e adivinhamos no futuro próximo.

O Reitor,

João Gabriel Silva

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Introdução e destaques

O presente relatório, para além de dar cumprimento às disposições legais1 e estruturais, procura espelhar a

atividade desenvolvida pela Universidade de Coimbra durante o ano de 2010, produzindo informação para

avaliação, interna e externa, do desempenho do Grupo Público UC.

O ano de 2010 ficou marcado por ser o último ano de autonomia administrativa e financeira das Faculdades de

Medicina e de Ciências e Tecnologia, conforme disposto nos novos estatutos, com a inerente fusão das diversas

administrações existentes, em janeiro de 2011. Como tal, o presente relatório é também o último com

consolidação das contas destas duas unidades com o restante Grupo Público.

Foi um ano de profundas alterações no modelo de gestão, com a criação do Centro de Serviços Comuns e do

Centro de Serviços Especializados, em plenas funções em 2011, na sequência das alterações estatutárias e do novo

regulamento da Administração. A preparação da sua entrada em funcionamento mobilizou um considerável volume

de recursos, designadamente humanos, com a criação de múltiplas equipas em diversas áreas, desde a definição de

procedimentos aos sistemas de informação.

Tratou-se também do primeiro ano de pleno funcionamento da Fundação Cultural e da Fundação Museu da

Ciência, bem como do ICNAS Produção - Unipessoal, Lda., todos constituídos no decurso de 2009.

No âmbito da oferta educativa, podem destacar-se o início das atividades letivas do Colégio das Artes, o arranque

do ED.UC – Ensino a Distância da Universidade de Coimbra, com oferta de cursos em regime de e-learning e a

consolidação da oferta de programas de doutoramento interdisciplinares organizados pelo Instituto de Investigação

Interdisciplinar.

O reforço da internacionalização, nomeadamente, em 2010, com o Brasil, traduziu-se no desenvolvimento do

Programa de Licenciaturas Internacionais (PLI), com apoio do Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras

(GCUB), tendo por objetivo estimular o intercâmbio de estudantes de graduação através da abertura e conclusão

dos estudos na universidade brasileira e uma etapa intermédia, em campo temático específico, a realizar na UC.

A Universidade de Coimbra posicionou-se em 396.º a nível mundial e 180.º a nível europeu no QS World University

Rankings, publicado anualmente desde 2004, e liderado, em 2010, pelas Universidades de Cambridge, Harvard e

Yale. Comparativamente a outras universidades portuguesas, a UC obteve a 2.ª posição a seguir à Universidade

Nova de Lisboa.

Foi também a universidade portuguesa com maior visibilidade e presença na Internet, a 11.ª a nível europeu e a

39.ª do mundo, segundo o ranking do International Educational Directory of Colleges and Universities (4ICU) para 2010,

que lista as instituições mundiais de Ensino Superior mais vistas e procuradas na Internet, tendo melhorado a sua

posição relativamente a 2009.

Iniciaram-se as emissões da UCV, a televisão Web da Universidade de Coimbra, que passou assim a fazer parte do

clube restrito das grandes Universidades do mundo com capacidade de produzir programas regulares de televisão

com conteúdos próprios e de os difundir através dos sistemas mundiais de distribuição por Internet.

Durante todo o ano, decorreu todo um vasto trabalho de preparação de disponibilização de conteúdos na

plataforma iTunes, o que permitiu que, no início de 2011, a UC fosse a primeira universidade portuguesa a fazê-lo.

Sendo a mais antiga das universidades portuguesas (e uma das mais antigas do mundo), reconhecida

internacionalmente e um ex-libris nacional, é neste contexto que se realça a conclusão e entrega, junto da

Comissão Nacional da UNESCO, da candidatura da Universidade de Coimbra a Património Mundial da

Humanidade, ―Universidade de Coimbra – Alta e Sofia‖, que não se limita a uma mera pretensão contemplativa,

significando acima de tudo um desejo de transformação do espaço físico e valorização do património intangível e

uma profunda determinação na mudança das mentalidades e atitudes.

No âmbito do 2.º Encontro Internacional WHPO - World Heritage of Portuguese Origin | Património Mundial de

Origem Portuguesa, organizado pela UC, com o alto patrocínio da Presidência da República, foi formalizada a

1 Portaria 794/2000 de 20 de Setembro e Estatutos da Universidade de Coimbra.

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constituição da Rede WHPO - rede de cooperação para o património mundial entre países com património

cultural de influência portuguesa, composta por parceiros de países da Europa, África, Ásia e América do Sul.

A UC participou ativamente nas Comemorações do Centenário da República, com um vasto programa de

atividades, destacando-se o lançamento do repositório eletrónico ―República Digital‖, a exposição ―Ver a

República‖, a edição de diversas obras integradas na coleção República ou um ciclo de cinema, para além de

dezenas de colóquios e conferências. No âmbito do programa de comemorações, a Universidade recebeu a visita

do Presidente da República, que presidiu à sessão de abertura do colóquio "Da virtude e fortuna da República ao

Republicanismo pós-nacional".

No final do ano, a UC recebeu uma visita de estudo de universidades europeias, no âmbito de um projeto da EUA

– European Universities Association, que contou com a participação de mais de 40 universidades oriundas de 20

países, para aprofundar práticas de implementação do sistema de custos totais numa universidade considerado pela

EUA um exemplo de boas práticas nesta matéria.

No âmbito de um estudo de benchmarking europeu, com o objetivo de avaliar a relevância, a eficiência, a eficácia e

a sustentabilidade dos apoios concedidos no âmbito do Fundo Social Europeu, a Comissão Europeia considerou o

projeto de simplificação e modernização administrativa implementado na UC entre 2005 e 2007, financiado pelo

Programa Operacional da Administração Pública, como um exemplo de boas práticas, transformando-o em ―project

case study‖.

Foi o ano em que a IPN Incubadora, criada por iniciativa da Universidade de Coimbra e com mais de 140 empresas

incubadas, foi considerada a melhor incubadora de base tecnológica do mundo (Best Science Based Incubator),

durante a 9.ª Conferência Anual sobre Boas Práticas em Incubadoras de Base Tecnológica.

O Museu da Ciência foi distinguido pela Associação Portuguesa de Museologia como ―Melhor serviço de extensão

cultural‖ dado o trabalho de divulgação desenvolvido pelo seu serviço educativo, recebendo ainda o galardão para

a ―Melhor aplicação de gestão e multimédia‖, In Patrimonium.

Jorge Sampaio recebeu o Doutoramento Honoris Causa na Sala dos Capelos, por ser reconhecido como uma

personalidade de grande relevo não apenas no nosso país mas também além-fronteiras, tendo exercido com

dignidade várias funções públicas. Também o historiador John Pocock recebeu o Doutoramento Honoris Causa,

pelo papel central que tem desempenhado nas ciências sociais e humanas, sendo considerado um dos mais

influentes pensadores do último meio século.

O Prémio Universidade de Coimbra 2010 (7.ª edição), entregue no dia 1 de março, durante a sessão solene

comemorativa do 720.º aniversário da Universidade de Coimbra, foi atribuído, ex-aequo, ao escritor Almeida Faria

e ao cineasta Pedro Costa, sendo pela primeira vez distinguidas as áreas da Literatura e do Cinema.

Aminatu Haidar foi distinguida com a Medalha da Universidade de Coimbra, numa cerimónia decorrida na

Biblioteca Joanina, como reconhecimento da ativista de origem sarauí pela sua postura e atuação cívicas em defesa

dos direitos humanos no Sara Ocidental.

António Meliço Silvestre, Professor Catedrático da UC, foi condecorado pelo Presidente da República, na sessão

comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, com a Medalha de Grande Oficial

da Ordem do Mérito.

Sucedendo ao neurocirurgião João Lobo Antunes, Manuel Antunes foi eleito por unanimidade presidente da

Academia Nacional de Medicina, e Lino Gonçalves foi agraciado com a medalha de prata da Sociedade Europeia de

Cardiologia.

O European Research Council atribuiu a Boaventura Sousa Santos uma Advanced Grant, uma das mais prestigiadas

bolsas internacionais, para a realização do projeto ―Alice – espelhos estranhos, lições importantes: definindo para a

Europa um novo modelo de partilhar as experiências do mundo‖.

Maria Helena da Rocha Pereira, Professora Catedrática Jubilada, foi distinguida com o Prémio Vida Literária,

atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores e Angelina Pena foi distinguida com o prémio ―Valormed-

Investigação 2010‖ pelo seu trabalho na avaliação ambiental de resíduos de medicamentos.

O projeto Smart Medicine, que se baseia numa tecnologia para transporte de fármacos direta e exclusivamente a

células cancerígenas e vasos sanguíneos que irrigam o tumor, desenvolvido por investigadores da Universidade de

Coimbra e do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), vencedor do Arrisca Coimbra’09, foi

distinguido com o segundo lugar na competição Idea to Product (I2P) organizada pela COTEC Portugal, Associação

Empresarial para a Inovação. O projeto Leaserleap, também desenvolvido por investigadores da UC, e que consiste

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na aplicação de técnicas laser à saúde com o intuito de administrar fármacos através da pele sem utilização de

seringas tradicionais, foi galardoado com o prémio AVCRI, atribuído pela REDEmprendia – Rede Universitária

Iberoamericana de Incubadoras de Empresas.

Na maior feira de computação gráfica do mundo (SIGGRAPH), um estudante da UC distinguiu-se ao ganhar um

prémio para melhor trabalho, sendo este selecionado para o Festival de Animação para Computadores. No

Campeonato do Mundo de Robótica – Robocup Júnior 2010 foram atribuídos dois prémios a equipas da UC.

Numa universidade reconhecida pelo seu trabalho na área da inovação, podemos referir alguns projetos sobre os

quais recaiu maior visibilidade pública no ano de 2010, como a parede interativa Sensewall, o OncoAlert (teste para

deteção do cancro colorectal), o Spotfire (na área de prevenção de incêndios), o sistema de previsão de crises de

epilepsia ou o Ecoveículo, que detém o recorde ibérico em provas de economia de combustível e que ganhou, em

2010, o primeiro lugar no Shell Eco-marathon Youth Challenge.

Espera-se que a candidatura INOV.C, aprovada em 2010 e a desenvolver em parceria com outras entidades, seja

um marco crucial para o desenvolvimento das atividades de inovação e transferência do conhecimento da UC,

sendo igualmente de realçar a contínua e permanente criação de empresas spin-off da UC, destacando-se a Luzitin,

SA, que lidera o desenvolvimento de um fármaco na área das doenças oncológicas.

A EUSA – Associação Europeia de Desporto Universitário atribuiu o prémio ―Best University Award 2010” à

Universidade de Coimbra por ter atingido o 1.º lugar no seu ranking, após uma época de grande sucesso

desportivo da Associação Académica de Coimbra.

A ligação aos antigos estudantes, através da Rede UC, continuou a ser uma aposta, destacando-se o primeiro

projeto de fundraising com recurso à Rede: a Campanha Torre UC, para recuperação deste ex-libris.

Esta pequena síntese de acontecimentos que marcou o ano de 2010, apresentada sob a forma de destaques, ilustra

a vitalidade da Universidade de Coimbra e assinala um dinamismo que é condição absolutamente necessária numa

Universidade que pretende posicionar-se no topo da Qualidade.

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1. Perfil identitário

1.1 Missão, fins e valores

A Universidade de Coimbra, fundada por D. Dinis e confirmada por Bula do Papa Nicolau IV em 9 de agosto de

1290, é uma pessoa coletiva de direito público que goza, nos termos da Constituição e da Lei, de autonomia

estatutária, científica, pedagógica, cultural, patrimonial, administrativa, financeira e disciplinar, conforme previsto no

artigo 3.º dos respetivos Estatutos, homologados pelo Despacho Normativo n.º 43/2008, de 1 de setembro.

“A Universidade de Coimbra é uma instituição de criação, análise crítica, transmissão e difusão de cultura, de ciência e de

tecnologia que, através da investigação, do ensino e da prestação de serviços à comunidade, contribui para o

desenvolvimento económico e social, para a defesa do ambiente, para a promoção da justiça social e da cidadania

esclarecida e responsável e para a consolidação da soberania assente no conhecimento”.

(Estatutos da Universidade de Coimbra, art. 2.º)

No cumprimento da sua missão, a Universidade de Coimbra deve contribuir para a difusão e transferência do

conhecimento nos mais diversos domínios, em interligação com a sociedade, não só a nível nacional, mas também

internacional. Para tal, prossegue os seguintes fins:

a) A formação humanística, filosófica, científica, cultural, tecnológica, artística e cívica;

b) A promoção e valorização da língua e da cultura portuguesas;

c) A realização de investigação fundamental e aplicada e do ensino dela decorrente;

d) A contribuição para a concretização de uma política de desenvolvimento económico e social sustentável, assente na

difusão do conhecimento e da cultura e na prática de atividades de extensão universitária, nomeadamente a prestação

de serviços especializados à comunidade, em benefício da cidade, da região e do país;

e) O intercâmbio cultural, científico e técnico com instituições congéneres nacionais e estrangeiras;

f) A resposta adequada à necessidade de aprendizagem ao longo da vida;

g) A preservação, afirmação e valorização do seu património científico, cultural, artístico, arquitetónico, natural e

ambiental;

h) A contribuição, no seu âmbito de atividade, para a cooperação internacional e para a aproximação entre os povos,

com especial relevo para os países de expressão oficial portuguesa e os países europeus, no quadro dos valores

democráticos e da defesa da paz.”

(Estatutos da Universidade de Coimbra, art. 5.º)

Sendo a mais antiga das universidades portuguesas e uma das mais antigas do mundo, conjugam-se valores de

tradição, contemporaneidade e da inovação. Os mais de sete séculos da sua história demonstram a sua abertura ao

mundo, a cooperação, a interação de culturas, a independência, a tolerância, o diálogo, alguns dos valores da sua

matriz identitária. A estes juntam-se outros como a valorização das pessoas, o rigor intelectual, a liberdade de

opinião, a ética, a humildade científica e o estímulo à criatividade e o reconhecimento e promoção do mérito.

A Universidade de Coimbra assume-se como referência nacional tanto ao nível da qualificação tecnológica e

profissional dos seus estudantes, docentes, investigadores e funcionários, como ao nível da produção e difusão do

próprio conhecimento, constituindo-se um pólo dinamizador e mobilizador do desenvolvimento cultural e

económico do país.

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1.2 Estrutura e âmbito de consolidação

A Universidade de Coimbra integra, na sua estrutura, dez unidades orgânicas de ensino e investigação (oito

faculdades – entre as quais a FMUC e a FCTUC, ainda com autonomia administrativa e financeira em 2010 – o

Instituto de Investigação Interdisciplinar e o Colégio das Artes) e duas unidades orgânicas de investigação (o

Tribunal Universitário Judicial Europeu e o Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde), bem como um

conjunto de Unidades de Extensão Cultural e de Apoio à Formação não integradas em fundações (Biblioteca

Geral, Arquivo, Imprensa, Centro de Documentação 25 de Abril e Biblioteca Ciências da Saúde).

A Administração é o serviço de apoio central à governação da UC e os Serviços de Ação Social, dotados de

autonomia administrativa e financeira, prosseguem os objetivos de apoio aos estudantes.

Os serviços de apoio direto aos órgãos do governo e as estruturas de caráter temporário – como é o caso dos

Observatórios ou dos projetos especiais – dependem diretamente do Reitor.

Figura 1: Organograma

Podendo a UC constituir entidades de natureza pública ou privada, nomeadamente fundações, associações e

sociedades, ou nelas participar, com vista à prossecução dos seus objetivos, foram criadas, em 2009, a Fundação

Cultural (englobando as UECAF Teatro Académico de Gil Vicente e Estádio Universitário de Coimbra, bem como

o Auditório da Reitoria e o Palácio de São Marcos), a Fundação Museu da Ciência e o ICNAS Produção, Lda.

Destacam-se ainda as mais de 40 unidades de investigação integradas, bem como uma diversidade de estruturas

constituída por diversos museus, o Jardim Botânico e o Observatório Astronómico.

A Universidade constitui assim uma estrutura complexa de grande dimensão, englobando dezenas de unidades e

serviços, fisicamente distribuídas pela cidade, em diversos pólos, e ainda com um pólo em Alcobaça (Centro de

Estudos Superiores da UC em Alcobaça), participando ainda em centenas de organismos, públicos ou privados,

com intervenção em domínios que vão da investigação ao empreendedorismo, passando pelo fomento da cultura,

organização de fóruns internacionais de ensino e de investigação, entre vários outros.

O âmbito de consolidação do presente relatório abrange as seguintes entidades autónomas do Grupo Público UC.

UC.Reitoria Fundação Cultural

FMUC

ICNAS - Produção, Lda

FCTUC

SASUC

Fundação Museu da Ciência

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1.3 Órgãos do governo e de gestão

De acordo com os Estatutos da Universidade de Coimbra, o Governo da Universidade de Coimbra é exercido

pelo Conselho Geral, pela Equipa Reitoral, pelo Conselho de Gestão. O Senado é um órgão de natureza consultiva

e o Provedor do Estudante tem como funções a defesa e promoção dos direitos dos estudantes.

As unidades orgânicas dispõem dos seus órgãos de governo e de direção, cabendo a gestão corrente da

Administração e dos Serviços de Ação Social aos respetivos administradores.

I.3.1 Órgãos do governo

a) Conselho Geral

O Conselho Geral tem, na sua constituição atual, 35 membros: dezoito representantes dos professores e

investigadores, cinco representantes dos estudantes, dois representantes dos trabalhadores não docentes e não

investigadores e dez personalidades de reconhecido mérito externas à Universidade de Coimbra, sendo

atualmente presidido pelo Dr. Artur Santos Silva.

Das competências do Conselho Geral destacam-se a eleição do Reitor (e, bem assim, em situação de gravidade

para a vida da Universidade, a sua substituição, suspensão ou destituição), a apreciação dos atos do Reitor e do

Conselho de Gestão, a proposta das iniciativas que considere necessárias ao bom funcionamento da Universidade

e a aprovação das alterações dos Estatutos da Universidade, ouvido o Senado.

Sob proposta do Reitor, compete ao Conselho Geral aprovar os planos estratégicos de médio prazo e o plano de

ação para o quadriénio do mandato do Reitor; aprovar as linhas gerais de orientação da Universidade nas diversas

áreas; aprovar o plano anual de atividades bem como o relatório anual de atividades, a proposta de orçamento e

fixar as propinas a pagar pelos estudantes relativamente aos cursos conferentes de grau. as contas anuais

consolidadas, acompanhadas do parecer do fiscal único. Pronuncia-se ainda sobre outros assuntos que o Reitor

submeta à sua apreciação.

Durante o ano de 2010, o conselho Geral reuniu 47 vezes, em plenário, em comissões ou para processos

eleitorais.

Quadro 1: Reuniões Realizadas pelo Conselho Geral

Assunto N.º

Plenário 6

Membros Externos 1

Comissão de Auditoria e Controlo 2

Comissão de Ensino e Investigação 4

Comissão dos Recursos da Universidade 6

Comissão de Reestruturação dos Saberes 14

Processos Eleitorais 14

Total 47

Dos assuntos analisados e deliberações tomadas destacam-se:

regulamentos eleitorais (nomeadamente para o cargo de reitor);

Relatório de Gestão e Contas Consolidadas;

Plano de Atividades, Mapa de Pessoal e Orçamento para 2011;

fixação de propinas de 21 cursos de 2.ºCiclo e de 26 cursos de 3.ºCiclo;

considerações sobre o processo de criação do Centro de Serviços Comuns;

processo de reestruturação dos saberes na instituição.

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b) Equipa Reitoral

O Reitor é o órgão superior de governo e de representação externa da Universidade. Entre as suas competências

estão, para além da elaboração e apresentação ao Conselho Geral das propostas referidas na alínea anterior,

tomar as medidas necessárias à garantia da qualidade do ensino, da investigação, do desenvolvimento e da

inovação, superintender na gestão dos assuntos académicos e pedagógicos e dos recursos humanos, bem como na

gestão administrativa e financeira da Universidade e nos SASUC, além de exercer o poder disciplinar, entre outras.

Para o apoiarem no cumprimento do seu cargo, o Reitor pode nomear Vice-Reitores e, para o coadjuvarem no

exercício de funções específicas, Pró-Reitores. A equipa reitoral ao longo de 2010 teve a composição do quadro 2.

Quadro 2: Equipa Reitoral

Cargo Membros

Reitor Prof. Doutor Fernando Seabra Santos

Vice - Reitores

Prof. Doutora Cristina Robalo Cordeiro

Prof. Doutor António Gomes Martins

Prof. Doutor Henrique Madeira

Pró - Reitores

Prof. Doutor José António Bandeirinha

Prof. Doutor Raimundo Mendes da Silva

Prof. Doutor Pedro Ramos (até setembro de 2010)

Prof. Doutor José Gabriel Saraiva da Cunha (até março de 2010)

Prof. Doutora Margarida Mano

Prof. Doutor Fernando Guerra (desde maio de 2010)

c) Conselho de Gestão

O Conselho de Gestão tem a responsabilidade de condução da gestão administrativa, patrimonial, financeira e dos

recursos humanos da Universidade, assim como de fixação de taxas e emolumentos. Este órgão pode ainda, nos

termos dos Estatutos da Universidade de Coimbra, delegar nos órgãos próprios das unidades orgânicas e nos

dirigentes dos serviços as competências consideradas necessárias a uma gestão descentralizada e eficiente.

É constituído pelo Reitor, que preside, por um Vice-Reitor por ele designado e pelo Administrador da

Universidade. O Reitor pode ainda designar até mais dois elementos, podendo ser convocados para participar nas

reuniões do Conselho de Gestão, sem direito de voto, os Diretores das Faculdades e de outras unidades

orgânicas, os responsáveis pelos serviços da Universidade e representantes dos estudantes e do pessoal não

docente e não investigador.

Quadro 3: Membros do Conselho de Gestão em 2010

Cargo Membros

Reitor Prof. Doutor Fernando Seabra Santos

Vice-Reitor Prof. Doutor António Gomes Martins

Administradora Dra. Célia Maria Ferreira Tavares Cravo

O Conselho de Gestão reuniu mensalmente, tendo-se realizado 12 reuniões, onde se procedeu ao

acompanhamento da receita arrecadada (nomeadamente de propinas), da despesa e dos pagamentos executados,

analisando a sua evolução e os desvios face ao orçamento. Procedeu ainda à ratificação de atos praticados entre

reuniões pelos seus membros, e à aprovação de deliberações sobre diversos temas, desde taxas e emolumentos

(destacando-se a aprovação da nova tabela de taxas e emolumentos da UC), delegações de competências,

passando pelos assuntos relacionados com recursos humanos (mapas de pessoal), balanço social, alteração do

posicionamento remuneratório e prémios de desempenho) ou com o processo de matrículas e inscrições.

Page 13: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

13

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

I.3.2 Senado

O Senado é um órgão de natureza consultiva que coadjuva o Reitor na gestão da Universidade de Coimbra, em

especial no que se refere à coordenação das atividades de investigação científica, de oferta educativa, de

desenvolvimento e inovação, à gestão da qualidade, à mobilidade de professores e estudantes no seio da

Universidade, às relações internacionais e à gestão dos recursos financeiros e dos espaços pertencentes à

Universidade.

Fazem parte do Senado, o Reitor, que preside, os Diretores de todas as unidades orgânicas, um estudante por

cada unidade orgânica de ensino e investigação e dois trabalhadores não docentes e não investigadores.

Durante o ano de 2010, o Senado reuniu 13 vezes, dando pareceres, nomeadamente sobre as seguintes matérias:

distribuição orçamental;

contrato de confiança celebrado entre o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, os Reitores das

Universidades Públicas Portuguesas e os Presidentes dos Institutos Politécnicos;

programas de doutoramentos internacionais;

calendário escolar;

convénio com o Banco Santander Totta;

regulamentos: académico; de propinas, emolumentos e prémios; de estudante atleta; de avaliação do

desempenho (SIADAP) e de avaliação de desempenho dos docentes.

I.3.3 Provedor do Estudante

Ao Provedor do Estudante cabe a função de defender e promover os direitos e os interesses legítimos dos

estudantes da Universidade de Coimbra. O Prof. Doutor Rogério Augusto da Costa Pereira Leal foi designado

pelo Conselho Geral, sob proposta do Reitor, depois de ouvido o Senado, para um mandato de três anos, de

entre pessoas de comprovada reputação, credibilidade e integridade pessoal junto da comunidade universitária e

designadamente junto dos estudantes.

No ano de 2010 registaram-se 147 comunicações à Provedoria do Estudante. Como cada comunicação pode ser

de mais do que um tipo e abordar mais do que um assunto, estas 147 comunicações originaram participações de

178 tipos, essencialmente reclamações (39%) e pedidos de apoio (37%), referentes a 191 assuntos.

Quadro 4: Comunicações à Provedoria do Estudante, por assunto

Assunto N.º de

comunicações Percentagem

Ação Social 14 7,3%

Órgãos 86 45,0%

Pedagogia 39 20,4%

Secretaria 49 25,7%

Outro 3 1,6%

Total 191 100,0%

Os utentes da provedoria são essencialmente do 1.º Ciclo (36,1%) e de mestrado integrado (19,7%) e são

provenientes maioritariamente da FCTUC e da FLUC.

A maioria das comunicações foi apresentada por via eletrónica, existindo algumas que o foram por telefone ou por

correio postal. Muitas dessas participações deram origem a reuniões na Provedoria, para confirmação e discussão

dos fatos expostos.

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14

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

2

Pri

ncip

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15

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

2. Principais indicadores de atividade

A Universidade de Coimbra é uma instituição de referência nacional e internacional, quer no ensino, quer na

investigação.

No desenvolvimento da sua oferta, a Universidade de Coimbra, abrange as mais diversas áreas de formação e

investigação desde as artes e humanidades, às ciências de engenharia e tecnologia, passando pela ciências sociais,

ciências jurídicas, ciências da saúde e ciências exatas. Não obstante esta multiplicidade, os dados deste capitulo são

apresentados numa perspetiva global, sem diferenciação por área do saber.

Em complemento, para obter informação disponibilizada mais detalhada e desagregada, poderá ser consultada a

publicação ―UC em números‖.

2.1 Ensino

Quadro 5: Número de cursos, por grau

Grau 2008/2009* 2009/2010* 2010/2011**

Licenciaturas 84 36 39

Pós-Graduações/Especializações 18 12 14

Mestrados 125 104 11

Mestrados Integrados 11 11 118

Doutoramentos 56 68 88

Total 294 231 270

* UC em Números - inclui os cursos adequados ou criados ao abrigo do DL 74/2006 e os

cursos antigos (pré Bolonha) com estudantes inscritos

** Relatórios de Gestão das Entidades (inclui os cursos do III e do Colégio das Artes)

Gráfico 1: Evolução do número de vagas e dos candidatos colocados na 1.ª fase do concurso geral

3.052 3.076 3.102 3.123 3.124

2.386

2.911 2.935 3.0433.102

0

1000

2000

3000

4000

2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011

Vagas Colocados na 1.ª fase

Page 16: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

16

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Quadro 6: Número de alunos inscritos, por grau

Quadro 7: Número de alunos diplomados, por grau

Grau 2007/2008* 2008/2009* 2009/2010**

Licenciatura 2.455 1.545 1.296

Pós-graduação 105 87 117

Mestrado 536 1.068 1.203

Mestrado Integrado 349 1.057 890

Doutoramento 124 136 130

Total 3.569 3.893 3.636

* UC em números; ** Relatórios de Gestão das Entidades

Realizaram-se ainda 14 provas de agregação, destinadas à titulação para fins de progressão na carreira de docente universitário.

Quadro 8: Número de estudantes admitidos através de regimes especiais

Tipo de curso 2010/2011

Concursos Especiais 370

Maiores de 23 anos 108

Regime de Reingresso 371

Mudança de curso 213

Transferência de curso 335

Total 1.397

Grau 2008/2009* 2009/2010* 2010/2011**

Licenciatura 9.046 9.490 9.507

Pós-graduação 160 197 292

Mestrado 2.743 3.253 6.763

Mestrado Integrado 7.232 7.158 4.549

Doutoramento 1.090 1.412 1.762

Total 20.271 21.510 22.873

* UC em números ** Relatórios de Gestão das Entidades (inclui os cursos do III e do Colégio das Artes)

Page 17: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

17

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

2.2 Investigação

Quadro 9: Número de unidades e projetos de I&D por família

N.º Financiamento

Contratualizado Executado

Centros e Unidades de I&D 31 7.279.031,55 € 2.927.059,39 €

Projetos nacionais 242 25.346.681,07 € 5.371.383,84 €

Projetos internacionais 45 10.838.624,44 € 2.145.474,86 €

Total 318 43.464.337,06 € 10.443.918,09 €

De realçar que nos centros e unidades de I&D estão apenas consideradas os integrados na UC com financiamento contratualizado com a Fundação para a Ciência e Tecnologia, não estando portanto consideradas as 4 unidades que obtiveram ―regular‖ na última avaliação

Quadro 10: Avaliação dos centros e unidades de investigação

Classificação N.º % % acum.

Excelente 7 20,00% 20,00%

Muito Bom 10 28,57% 48,57%

Bom 14 40,00% 88,57%

Regular 4 11,43% 100,00%

Fraco 0 0,00% 100,00%

Total 35 100,00%

A estas 35 unidades acrescem ainda mais 5 unidades não avaliadas, totalizando assim 40 centros e unidades de I&D integrados

Quadro 11: Número de bolseiros de investigação

Nacionais Estrangeiros Total

Bolseiros de Investigação 262 60 322

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

3

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

3. Orientações estratégicas

Para 2010, foi definido um conjunto de orientações estratégicas, integradas no plano de atividades aprovado em

Conselho Geral a 23 de outubro de 2009:

OE1 - Reorganizar e alargar a oferta educativa, combater o insucesso escolar, aumentar a empregabilidade e

melhorar o desempenho de docentes e discentes.

OE2 - Reforçar o lugar central das atividades de investigação científica e a componente de formação pós-

graduada nomeadamente ao nível dos doutoramentos, incluindo o apoio às unidades e centros de excelência e

à interdisciplinaridade.

OE3 - Desenvolver projetos emblemáticos que promovam a centralidade da Universidade na cidade, na região,

no País e no mundo.

OE4 - Reforçar a internacionalização.

OE5 - Procurar a qualidade, promover a formação permanente dos nossos profissionais, avaliar, aferir e

estimular o bom desempenho.

OE6 - Dotar todas as unidades orgânicas e serviços da Universidade de infraestruturas e equipamento

adequadas às suas necessidades, estimular a sustentabilidade ambiental, garantir a higiene, a segurança e a saúde

no trabalho.

OE7 - Assumir o papel de Casa de Cultura e de Cidadania, assegurar aos seus membros o acesso a atividades

culturais e desportivas e proporcionar-lhes uma integral formação nestas áreas.

OE8 - Aumentar a atratividade da Universidade e a captação de novos públicos, melhorar o apoio social aos

estudantes e alargar a capacidade de alojamento para professores visitantes.

OE9 - Melhorar a comunicação interna e externa, reforçar a coesão institucional, a eficácia da decisão e a

participação.

OE10 - Valorizar o passado da Universidade, a ligação aos antigos alunos e o papel central desempenhado pela

Universidade de Coimbra no mundo, como forma de a consolidar no presente e de a projetar no futuro.

OE11 - Prosseguir a estratégia de abertura ao meio, de prestação de serviços especializados e inovação, de

formação em empreendedorismo, de apoio à criação de novas empresas e de aproximação ao mundo

empresarial e à sociedade.

OE12 - Racionalizar a mobilização interna de recursos e aprofundar as metodologias de gestão.

Estas 12 orientações estratégicas foram, por sua vez, concretizadas em 20 programas, que por sua vez se

desagregaram em ações concretas a implementar, detalhadas por Unidade:

Programa 1 – Reforma Institucional

Programa 2 – Planeamento

Programa 3 – Investimento e novas instalações

Programa 4 – Projetos institucionais

Programa 5 – Acompanhamento das novas Unidades Orgânicas

Programa 6 – Acompanhamento das Fundações da Universidade

Programa 7 – Colaboração interna e racionalização de custos e recursos

Programa 8 – Reforma de Bolonha / Espaço Europeu do Ensino Superior

Programa 9 – Consolidação da oferta educativa

Programa 10 – Programa cultural e desportivo

Programa 11 – Apoio à investigação científica

Programa 12 – Novos públicos

Programa 13 – Empregabilidade, empreendedorismo e inovação

Programa 14 – Internacionalização da UC

Programa 15 – Ação social

Programa 16 – Gestão académica

Programa 17 – Gestão de recursos

Programa 18 – Manutenção das infraestruturas, ambiente, segurança e saúde

Programa 19 – Comunicação e identidade

Programa 20 – Avaliação

Page 20: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

20

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Quadro 12: Correlação entre as orientações estratégicas e os programas

OE1 OE2 OE3 OE4 OE5 OE6 OE7 OE8 OE9 OE10 OE11 OE12

P.1 P.1 P.2 P.4 P.2 P.3 P.3 P.3 P.1 P.4 P.5 P.1

P.3 P.3 P.3 P.5 P.10 P.4 P.4 P.4 P.2 P.6 P.7 P.2

P.5 P.4 P.4 P.6 P.11 P.17 P.6 P.5 P.7 P.7 P.10 P.7

P.7 P.5 P.5 P.8 P.14 P.18 P.10 P.6 P.13 P.10 P.11 P.16

P.8 P.7 P.7 P.9 P.17

P.13 P.7 P.17 P.12 P.12 P.17

P.9 P.8 P.10 P.10 P.18

P.14 P.10 P.18 P.17 P.13 P.18

P.12 P.9 P.11 P.11 P.20

P.15 P.11 P.19 P.19 P.14 P.19

P.13 P.11 P.13 P.12

P.18 P.13 P.20

P.17 P.20

P.14 P.13 P.14 P.13

P.14

P.19

P.15 P.14 P.17 P.14

P.15

P.16 P.17 P.18 P.19

P.18

P.17 P.18

P.20 P.20

Feita a análise nesta perspetiva, as orientações estratégicas 1 e 2 são as que recebem contributos de mais

programas, o que se pode considerar natural, uma vez que dizem respeito, grosso modo, ao ensino e à

investigação, respetivamente.

Para acompanhar a execução das atividades, aferir a sua realização face ao previsto e analisar as causas das

discrepâncias identificadas nas taxas de execução apresentadas, quer ao nível dos programas, quer ao nível das

Unidades Orgânicas e outros Serviços, foi desenvolvido um sistema de monitorização.

Sendo o capítulo 7 uma perspetiva das atividades realizadas pelas Unidades durante o ano de 2010, nesta secção é

apenas efetuada uma breve síntese da execução do Plano de Atividades por programa e da sua contribuição para a

execução global da UC.

Na avaliação da execução física e do peso de cada atividade no global da UC, foram aplicadas as linhas orientadoras

emanadas pelo referido sistema de monitorização, aplicando-se o princípio de que ―o peso relativo de cada

atividade será calculado com base na importância relativa que a mão de obra afeta a essa atividade apresenta no

total da mão de obra do plano‖.

Decorrente da aplicação deste princípio, o peso dos programas no Plano de Atividades foi calculado com base no

número de ETI’s alocados a cada programa, face ao número total de ETI’s na UC, pelo que os programas com mais

peso são a consolidação da oferta formativa e a gestão académica, logo seguidos da gestão de recursos, da ação

social e do apoio à investigação científica.

Terminado o ano de 2010, constatou-se que os programas que apresentaram maior execução foram o

planeamento, a consolidação da oferta educativa, a empregabilidade, o empreendedorismo e inovação, a

internacionalização, a gestão de recursos humanos e a comunicação (ordenação pelo número de programa).

Destes, destacam-se a consolidação da oferta educativa e a gestão de recursos que registaram um maior

contributo para a execução global, dado o seu peso relativo muito significativo. Ponderando o peso relativo,

destacam-se ainda a gestão académica e a ação social com um forte contributo para a execução final.

Page 21: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

4

Ati

vid

ade

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as

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22

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

4. Atividades desenvolvidas

4.1 Ensino a distância

O projeto de Ensino a Distância da Universidade de Coimbra (ED.UC), criado em 2010, tem como objetivo

―reforçar a oferta formativa para responder aos desafios da formação ao longo da vida e à necessidade crescente de

requalificação de diplomados e de cidadãos no ativo‖ e assenta na vontade estratégica de avançar com uma

modalidade que representa um desafio e ao mesmo tempo uma oportunidade, tendo inclusivamente sido integrado

no Programa de Desenvolvimento elaborado no âmbito do Contrato de Confiança firmado entre a Universidade

de Coimbra e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

O ED.UC, revendo e reestruturando a estratégia definida para a captação de novos públicos, em parceria com

elementos das Unidades Orgânicas da Universidade, identificou um conjunto de cursos com temática de elevado

interesse para o mercado, tendo a equipa multidisciplinar especializada em e-learning iniciado desenvolvido o

trabalho de conceção e desenho pedagógico de 4 cursos.

Foi ainda desenvolvido o Portal de Ensino a Distância (www.ed.uc.pt) que potencia a comunicação com o público e

que permite, no seu backoffice, a gestão da formação, e que conta já com 125 utilizadores registados.

Resultado de um protocolo com o Ministério da Educação, desenvolveu a primeira edição, de cinco, do curso

Violência e Gestão de Conflitos na Escola, com 15 formandos, docentes do Ensino Básico e Secundário. Em

novembro, iniciou a primeira edição, também de cinco, do curso Gestão de Conflitos na Escola, com 30

formandos, igualmente docentes do Ensino Básico e Secundário.

Foram ainda desenvolvidos instrumentos de aferição da qualidade para os cursos do ED.UC, os quais foram

aplicados pela primeira vez nestes cursos.

4.2 Apoio a estudantes com deficiência

A UC presta apoio ao estudante com deficiência ou com necessidades educativas especiais com o objetivo de

contribuir para a integração escolar e social do estudante dentro da instituição, potenciando o máximo as suas

capacidades. Proporciona a estes estudante três tipos de intervenção:

acolhimento e acompanhamento

acompanhamento de 86 estudantes com um leque muito diversificado de deficiências/doenças

(maioritariamente deficiência orgânico-funcional e deficiência motora), tendo sido realizadas 163 entrevistas

e 60 reuniões/sessões de trabalho;

inserção no mercado de trabalho dos estudantes diplomados com necessidades educativas especiais, em

articulação com as Saídas Profissionais e com empresas e instituições de solidariedade social;

divulgação da Biblioteca Aberta do Ensino Superior (BAES), junto dos estudantes e das bibliotecas da UC;

seminário ―Ensino Superior e Diversidade – Práticas Inclusivas‖, em novembro;

ação de sensibilização relativamente ao Sistema Braille;

Centro de Produção de Materiais (incluindo um Centro de Documentação)

foram produzidos documentos de apoio ao estudo e às aulas nos formatos áudio, relevo, Braille (3033

folhas A4 produzidas e 2192 folhas transcritas de braille para negro), ampliações (1849) e digital (58 CD-

ROM produzidos), para 30 disciplinas de diversos cursos e ainda para a AAC e Provedoria Municipal das

Pessoas com Incapacidade da Lousã, Museu da Ciência, Jardim Botânico e SASUC;

realçam-se ainda 21matrizes de obras integrais e 217 obras depositadas na Biblioteca Aberta do Ensino

Superior (BAES);

foi dada continuidade à recuperação do espólio áudio, com a recuperação de 100 obras.

Centro de Formação nas Novas Tecnologias da Informação

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23

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

disponibilizou 5 módulos de formação para deficientes visuais (leitor de ecrã Jaws, Pacmate, Word, Excel,

Outlook), nos quais participaram 5 estudantes, tendo sido lecionadas 350 horas.

4.3 Mobilidade e internacionalização

A UC orgulha-se de acolher estudantes de todo o mundo, que a escolhem para realizar os seus estudos superiores

ou que, em situação de mobilidade, optam por a frequentar durante um período de tempo.

Quadro 13: Estudantes estrangeiros, por origem

Países 2008/2009 2009/2010

CPLP 1.140 1.211

União Europeia 597 768

Outros 260 312

Total 1.997 2.291

A análise desta vertente pode ser dividida em quatro grandes áreas: mobilidade, cooperação em redes, acordos de

cooperação e projetos e programas.

Mobilidade

Mobilidade estudantil outgoing e incoming

A mobilidade estudantil é uma das prioridades da estratégia de internacionalização da UC. No ano letivo de

2009/2010, registou-se um acréscimo de estudantes em programas de mobilidade incoming e um pequeno

decréscimo em mobilidade outgoing, tendo-se verificado, no global, um aumento de estudantes em mobilidade.

Gráfico 2: Evolução do n.º de candidatos e efetivos em programas de mobilidade - outgoing

Gráfico 3: Evolução do n.º de candidatos e efetivos em programas de mobilidade - incoming

636

725 738647

737871

482521 505

399489

469

300

400

500

600

700

800

900

2004/2005 2005/2006 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010

Estudantes candidatos a programas de mobilidade

Estudantes efectivos que fizeram programas de mobilidade

582782 729

10321233

1461

539 572 663801

958

1108

0200400600800

1000120014001600

2004/2005 2005/2006 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010

Estudantes candidatos a programas de mobilidade

Estudantes efectivos que fizeram programas de mobilidade

Page 24: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

24

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Na mobilidade outgoing, o principal programa de mobilidade foi o Erasmus (66% do total), seguido dos

programas de cooperação com o Brasil (10%) e o programa Leonardo da Vinci (10%). No programa Erasmus,

os principais países de destino foram a Espanha e a Itália.

Gráfico 4: Distribuição dos estudantes Erasmus, por país

No âmbito da mobilidade incoming, o programa Erasmus representou 58% do total da mobilidade verificada em

2009/2010.

Olhando para os países de origem de todos os estudantes recebidos na UC, destaca-se claramente o Brasil.

Gráfico 5: Distribuição dos estudantes, por país de origem

Mobilidade pós-graduada

A evolução do número de registos no Centro de Mobilidade é o reflexo das iniciativas empreendidas no

sentido de divulgar os seus serviços junto das Universidades parceiras, bem como de difundir a oferta pós-

graduada da UC junto de potenciais estudantes de 2.º e 3.º Ciclos. Em 2010, a principal iniciativa a este nível foi

a publicação do Guia de Estudos Pós-Graduados da UC, enviado a mais de 50 Universidades Brasileiras

identificadas como parceiras estratégicas. Na qualidade de membro da rede europeia EURAXESS, o Centro de

Mobilidade Pós-Graduada colaborou em diversas iniciativas e sessões de informação promovidas pela rede ao

longo do ano.

121213

476

315

1045

671

423

1834

62

1

Alemanha

Bélgica

Eslováquia

Eslovénia

Espanha

Estónia

França

Holanda

Húngria

Irlanda

Itália

Letónia

Noruega

Polónia

Reino Unido

República Checa

Suécia

Suíça

Turquia

766

24377

623

144

1838

52

426

197

1129

1611

6111

425

2936

152165

26

AlemanhaÁustriaBélgica

BrasilBulgáriaCanadá

DinamarcaEslováquiaEslovéniaEspanha

Estados Unidos da AméricaEstónia

FinlândiaFrançaGrécia

HolandaHungria

IrãoItáliaJapão

LetóniaLituânia

LuxemburgoMéxico

NoruegaNova Zelândia

PolóniaPortugal

Reino UnidoRepública Checa

RoméniaRussia

SenegalSuéciaSuíça

Turquia

Page 25: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

25

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Gráfico 6: N.º de pessoas registadas no Centro de Mobilidade, por grau de Ensino e Investigação

Mobilidade de pessoal

Realizaram-se 70 missões de ensino de pessoal docente, tendo-se registado um decréscimo de cerca de 13,5%

em 2009/10, justificada pela diminuição em cerca de 12% do financiamento da Agência Nacional para esta

atividade e pela própria diminuição dos valores de tabela das bolsas Erasmus.

Gráfico 7: Evolução do n.º de docentes candidatos e efetivos a programas de mobilidade

A mobilidade de pessoal para formação tem como objetivo a realização, pelo pessoal não docente da UC, de

pequenos períodos de formação em universidades parceiras, com o intuito da partilha de boas práticas e troca

de experiências profissionais na área das relações internacionais. Em 2009/10, a Agência Nacional atribuiu 3

bolsas neste âmbito (mais 1 que no ano anterior), tendo-se ainda registado mais 6 mobilidades, com recurso a

outras verbas.

Cooperação em redes

A cooperação em rede constituiu um dos pilares de internacionalização da UC, destacando-se a participação em

diversos grupos de trabalho, nomeadamente no âmbito do Grupo de Coimbra e da Rede Utreque.

Quadro 14: Cooperação institucional

N.º Universidades Área Geográfica N.º Países

Redes Nacionais

Programa Almeida Garret 14 Portugal 1

Redes Internacionais

AEN (Australian European Network) 38 Austrália e Europa 28

Associação Grupo de Coimbra de Universidades Brasileiras 51 Brasil 1

CUM (Comunità Università Mediteranee) 159 Mediterrâneo 21

Grupo de Coimbra 38 Europa 21

Grupo de Tordesilhas 39 Portugal, Espanha e Brasil 3

MAUI 43 EUA e Europa 27

140

77

71

15 8 Investigação

Doutoramento

Mestrado

Pós-Graduação

Pós-Doutoramento

106

133

114 120

154

115

7161 65

81 79 70

0

20

40

60

80

100

120

140

160

2004/2005 2005/2006 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010

docentes que se candidataram a programas de mobilidade

docentes que efectuaram missões de ensino ERASMUS

Page 26: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

26

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Pólo Transfronteiriço 13 Portugal e Espanha 2

Rede de Utrecht 33 Europa 27

SYLFF (Sasakawa Young Leaders Fellowship Fund) 87 Mundo 44

The EURAXESS Services Network 200 Europa 35

Acordos de cooperação

Foram promovidos, ao longo do ano de 2010, 792 acordos bilaterais no âmbito do Programa Erasmus LLP, que

compreendem cerca de 3.000 acordos em áreas de estudos específicas. Relativamente a acordos de cooperação

com outras instituições, foram celebrados 164 acordos.

Gráfico 8: Distribuição dos acordos institucionais Erasmus, por países

Projetos e programas

No ano de 2010, estiveram em curso, no âmbito da internacionalização, um conjunto de projetos e programas,

distribuídos de acordo com o quadro 15.

Quadro 15: Projetos e programas

Erasmus Mundus

ISAC (Europa e Brasil)

BAPE (Europa e Bolívia, Argentina e Peru)

MONESIA (Europa e Brasil, Paraguai e Uruguai)

EADIC (Europa e Argentina)

LLP/Erasmus

Organização e Gestão

Mobilidade de Docentes para Missões de Ensino

Mobilidade de Estudantes para Estágios Profissionais

Mobilidade de Pessoal para Formação

Mobilidade de Estudantes Outgoing (Bolsas SMS e Bolsas SOC)

LLP/EILC Cursos Intensivos Erasmus de Língua

LLP/Leonardo da Vinci Projeto POG-UC - Estágios em Empresas no Estrangeiro

SYLFF Bolsas de Mestrado em Geografia e Economia

11,429%1,361%

3,265%1,224%

,136%1,088%

,816%,680%

18,367%,816%

1,633%14,286%

1,633%3,673%

1,088%,952%

,136%14,014%

,680%,680%

,408%,680%

5,034%3,810%

2,449%1,633%

2,177%1,497%

4,354%

AlemanhaÁustriaBélgica

BulgáriaChipre

DinamarcaEslováquiaEslovéniaEspanhaEstónia

FinlândiaFrançaGrécia

HolandaHungriaIrlandaIslândia

ItáliaLetóniaLituânia

LuxemburgoNoruega

PolóniaReino Unido

República ChecaRoménia

SuéciaSuíça

Turquia

Page 27: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

27

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

UC/Grupo de Coimbra Bolsas de mobilidade para investigadores da AL e ACP

ALBAN Bolsas de Mestrado e Doutoramento para estudantes provenientes da AL

Academia de verão Curso de verão "Conflict, Culture, Cooperation and Development"

ALFA III - Vertebralcue Criação Unidades ALCUE

Programa de Bolsas UC-USAL Bolsas de mobilidade para Docentes e Investigadores

Bolsas Santander Universidades Bolsas Mobilidade para o Brasil

Bolsas Santander Totta Bolsas Mobilidade UC - AL e PALOP e AL e PALOP - UC

IMPI Indicators for Mapping and Profiling Internationalization

Foi ainda apresentada, no âmbito da mobilidade de pessoal docente nos 1.º, 2.º e 3.º Ciclos, uma candidatura ao

Erasmus Mundus.

4.4 Saídas profissionais

A Universidade de Coimbra presta apoio na resolução dos problemas de inserção profissional dos seu finalistas ou

diplomados, através da parceria constituída com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), da qual

nasceu o Centro de Orientação e Emprego para Licenciados (COEL).

Neste âmbito, a Universidade:

promoveu 907 estágios de curta duração, quer em entidades públicas, quer privadas;

divulgou 768 ofertas de emprego através do seu portal, onde se encontram registadas 129 entidades

empregadoras;

organizou estágios profissionais (15 estágios e acompanhamento dos 12 processos que transitaram de 2009);

criou parcerias, a vários níveis, com vista ao estabelecimento de intercâmbios que contribuam para a promoção

do emprego e estágios de estudantes e diplomados;

proporcionou toda a logística necessária à vinda de algumas entidades/empresas às faculdades para

recrutamento e seleção de diplomados (BIAL, Jason Associates, Prime Soft, RHM, ZON,…);

realizou 7 ações de formação sobre técnicas e métodos de procura de emprego, envolvendo 115 formandos;

realizou 17 sessões temáticas/workshops sobre temas do emprego para estudantes/diplomados, envolvendo

636 estudantes/diplomados;

participou em feiras de formação e emprego, designadamente na VI e VII Feira Virtual ―Bolsa Virtual de

Emprego‖;

procedeu ao contacto sistemático com potenciais entidades empregadoras de recursos humanos

superiormente qualificados para recolha de ofertas de emprego/estágio;

realizou sessões de aconselhamento de carreira / consultas de desenvolvimento vocacional;

procedeu a atendimento no âmbito da obrigatoriedade de apresentação quinzenal dos diplomados

desempregados a receber subsídio de desemprego;

organizou o encontro ―Inserção Profissional de Diplomados: Encontros de Estruturas de Ensino Profissional‖

com a participação de 9 instituições de ensino superior;

organizou ações de jobshadowing ―Cursos e Percursos‖, abordando-se questões que mais preocupam os

estudantes finalistas e os recém-diplomados nas suas primeiras abordagens ao mercado de trabalho.

4.5 Inovação, empreendedorismo e transferência do conhecimento

A inovação e o empreendedorismo, bem como a transferência de conhecimentos através da ligação à comunidade

empresarial, assumem um papel crucial na Universidade de Coimbra, destacando-se em 2010:

Page 28: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

28

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

elaboração de candidaturas nas áreas da inovação, empreendedorismo e transferência de conhecimento

Das candidaturas elaboradas, destaca-se, pela sua natureza complexa, a candidatura INOV-C, uma candidatura

QREN de cerca de 50M€ já aprovada, que será crucial ao desenvolvimento das atividades de inovação e

transferência de conhecimento na região do eixo Coimbra-Leiria, e que financiará grande parte das operações

materiais e imateriais neste domínio até 2013, incluindo 2 parques de ciência e tecnologia, uma aceleradora de

empresas, a expansão do Biocant, uma incubadora e uma unidade de investigação aplicada na área da energia.

apoio à criação de empresas e à angariação de oportunidades de licenciamento e/ou de colaboração com

entidades externas

A UC tem envidado esforços consideráveis no estímulo da comunidade científica em relação à proteção de

resultados de I&D passíveis de serem protegidos e na valorização comercial destes ativos. Patentear a

produção científica tem já expressão na UC e deve ser entendida como uma das primeiras iniciativas para

assegurar a investigação de um projeto, transformando-as em tecnologias e/ou produtos industriais. No ano de

2010, foi analisado o potencial de 18 Invention Disclosures e submeteu-se o registo de novas patentes, mantendo

a Universidade, no final de 2010, 39 patentes ativas no seu portfólio.

Gráfico 9: Número acumulado de patentes ativas no portfólio da UC

* UC em Números

O esforço de valorização destes ativos intelectuais deu origem a várias spin offs universitárias, sendo de

destacar a empresa Luzitin, SA., que conta com o apoio financeiro da Inov Capital e que licenciou duas das

patentes da sua carteira.

garantia de contato permanente e pró-ativo com parceiros externos à Universidade

O desenvolvimento de projetos conjuntos é um dos fatores estratégicos importantes neste desiderato e o

resultado conseguido de 39 projetos de colaboração encontra-se ao nível dos objetivos propostos, bem como

do desempenho do ano transato.

promoção de vários eventos

A realização de eventos que entram na rotina da comunidade académica e da cidade e a sua originalidade tem

permitido à UC afirmar-se. Foram realizados 31 eventos, que têm projetado a nível nacional a imagem de uma

Universidade inovadora, criativa e estimulante, de onde se distinguem:

Arrisca Coimbra ’10, um concurso de ideias de negócio, onde foram realizados workshops de estímulo ao

empreendedorismo;

TedxCoimbra;

Cre@tiveC;

Empreend.C;

Bolsas de ignição;

Prémio Bluepharma-Universidade de Coimbra;

Ineo Weekend.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

2005* 2006* 2007* 2008* 2009* 2010

711

15

22

34

39

Page 29: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

29

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

organização de cursos de empreendedorismo

A UC promoveu mais uma edição do Curso de Empreendedorismo de Base Tecnológica, bem como dois

cursos de empreendedorismo gerais, estando em fase de preparação os conteúdos para o curso de

empreendedorismo b-learning.

Quadro 16: Evolução do n.º de formandos do Curso de Empreendedorismo de Base Tecnológica

2005/2006 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010

N.º de participantes 109 126 85 63 65

N.º de Unidades de I&D envolvidas 17 20 15 13 14

N.º de empresas/empresários envolvidos, enquanto mentores 18 22 17 16 15

N.º de planos de negócio elaborados 15 20 15 13 13

Quadro 17: N.º de formandos do Curso de Empreendedorismo (não tecnológico)

2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010

N.º de participantes 15 23 56 40

projetos de colaboração e outras atividades

INOV.C: projeto estruturante para a UC e para a região, tendo por visão contribuir de forma decisiva para

colocar a região centro entre as 100 regiões mais inovadoras da Europa em 2017, de acordo com o

Regional Innovation Scoring da EU.

Projeto GAPI 2.0: procura dinamizar a rede de agentes na região que dão apoio à gestão da propriedade

intelectual e valorização da mesma, definindo boas práticas e desenvolvendo conteúdos para apoio à gestão

de gabinetes desta natureza, bem como para os seus potenciais clientes. Procura ainda sensibilizar as

empresas para a questão da inovação e colaboração com entidades do Sistema Científico e Tecnológico

Nacional. No âmbito do GAPI2.0, uma equipa da Universidade de Coimbra, promotora do projeto Smart

Medicines, ganhou o 2.º lugar no concurso nacional Idea2Product.

Projeto DHMS: visa dinamizar os agentes da Região Centro no setor específico das Ciências da Saúde,

promovendo o encontro entre procura e oferta de saber neste domínio, com vista à realização de projetos

conjuntos.

Redempredia: associação iberoamericana, catalisada pelo Grupo Santander, que visa estimular as

universidades do espaço ibero-americano no cumprimento da 3.ª missão universitária. Através desta Rede,

têm sido desenvolvidos projetos importantes, como sejam o fundo e apoio à realização de Provas de

Conceito (ganho pela UC, através do projeto Laserleap), a definição de um manual de boas práticas entre as

universidades associadas, a realização de estudos de benchmarking entre as entidades e um programa de

landing empresarial entre as incubadoras associadas às Universidades participantes.

UTEN Intership: enquanto membro da rede UTEN - rede formalizada ao abrigo do programa Universidade

Texas-Austin-Governo Português para apoio às atividades de transferência do saber -, foi realizado um

estágio de curta duração (10 dias) em Austin que possibilitou uma imersão no ecossistema regional, para

identificação de boas práticas a serem alvo de análise mais detalhada e transposição para a realidade da UC

e da região.

Page 30: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

30

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

4.6 Iniciativas culturais

A Universidade de Coimbra desenvolve um extenso programa de atividades culturais, quer no âmbito das suas

unidades, nomeadamente das Unidades de Extensão Cultural e Apoio à Formação, com um papel primordial nesta

vertente, quer através de outras iniciativas desencadeadas pela reitoria, e todas elas com impactos que vão muito

para além da Universidade e da cidade de Coimbra.

Quanto às primeiras, são detalhadamente analisadas no âmbito das atividades de cada UECAF; de entre as

restantes iniciativas, coordenadas diretamente pela reitoria, destacam-se:

Comemorações do Centenário da República

Inserem-se no vasto programa de atividades desenvolvidas pela Universidade de Coimbra e organizadas pelas

suas UECAF:

o lançamento dos repositórios eletrónicos ―Alma Mater‖, biblioteca digital de fundo antigo da Universidade

de Coimbra, e ―República Digital‖, no âmbito das bibliotecas digitais (ver capítulo 7.3.1);

a exposição ―Ver a República‖, constituída por três núcleos temáticos, que mantêm entre si relações de

complementaridade: a Galeria Republicana, a Galeria Ripublicana e a Galeria Universidade;

a exposição itinerante ―Estórias Republicadas. Impressões que fazem história‖, que pretende ser um roteiro

dos momentos mais marcantes da história da Imprensa da Universidade de Coimbra, desde a sua fundação

até à atualidade;

exposição ―O património da FLUC‖, exposição inserida nas Comemorações do Centenário da Faculdade de

Letras;

a edição de duas obras, pela Imprensa da UC, integradas na coleção República, estando prevista a edição de

mais três;

na área do cinema, o ―Ciclo no Centenário da República‖, sessões quinzenais seguidas de mesa-redonda,

organizadas pelo CEIS20;

a organização de 3 ciclos de conferências pelo CEIS20 e um pela FLUC;

a organização de 11 colóquios, congressos, seminários, tendo a Universidade recebido a visita do Presidente

da República, para presidir à sessão de abertura do colóquio internacional "Da virtude e fortuna da

República ao Republicanismo pós-nacional".

Atribuição do Prémio Universidade de Coimbra

O Prémio da Universidade de Coimbra é um dos mais valiosos prémios nacionais nos campos da cultura e da

ciência. Este prémio é atribuído anualmente a uma individualidade de nacionalidade portuguesa que se tenha

distinguido por uma intervenção particularmente relevante e inovadora nas áreas da cultura ou ciência, sendo

constituído por um diploma e por uma dotação em dinheiro no valor de 25.000 euros.

Em 2010 foram distinguidos em ex-aequo, Almeida Faria, ensaísta e escritor, e Pedro Costa, cineasta, tendo o

prémio sido entregue no dia 1 de março, na sessão solene Comemorativa do 720.º aniversário da UC.

XII Semana Cultural

A Semana Cultural da Universidade de Coimbra é um evento cultural sem paralelo no nosso país, desde logo

pela dimensão, envolvendo toda a universidade e diversas estruturas culturais não universitárias. A estrutura é

simples – um núcleo coerente de eventos, inspirado por um tema comum - mas os objetivos são ambiciosos:

uma grande ligação com a cidade, a descoberta da Universidade e uma programação para todos os tipos de

público.

No ano em que o país celebrou o Centenário da Implementação da República Portuguesa, foi incontornável a

escolha do tema da XII Semana Cultural da Universidade de Coimbra: ―CAUSA PÚBLICA – o Público e o

Mediático‖.

A iniciativa, que decorreu entre 1 e 6 de março, procurou estimular uma reflexão crítica que visasse

compreender e servir o presente bem como prever antecipar e burilar o futuro, tendo sido para isso

convidado membros da comunidade universitária para exprimirem a sua opinião no âmbito do mote Causa

Pública. Foi assim possível dar a conhecer as múltiplas ações desenvolvidas pela UC. Através de exposições,

concertos e outros eventos que no total ultrapassaram as sete dezenas, foi possível evidenciar um espectro

alargado de áreas do conhecimento, refletor dos saberes e da capacidade da UC.

Page 31: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

31

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

―Órgão +‖

Ciclo de concertos que pretende divulgar o órgão da Capela de São Miguel, instrumento histórico e raro. Em

2010 realizaram-se 8 concertos, que decorreram de janeiro a agosto, tendo-se registado uma crescente adesão

do público, com uma média de 90 espectadores por concerto.

Distribuição de 4 exemplares da revista Rua Larga

A Rua Larga é uma revista institucional da Universidade, que contém artigos de divulgação científica, cultural e

da própria atividade da UC. A Rua Larga está aberta ao trânsito das ideias que circulam na Universidade de

Coimbra desde junho de 2003, data da publicação da primeira edição. A Rua Larga, revista, é esse espaço ao

mesmo tempo simbólico e efetivo por onde passa o que se vai passando na Universidade. E como a Rua se

quer Larga, nela cabem também a cidade e a região que a abrigam, numa relação assente na cultura da

colaboração. Para além da edição em papel, está também disponível no sítio da UC, em

http://www.uc.pt/rualarga.

Publicação de 5 exemplares da brochura de divulgação da atividade cultural com lugar no seio da UC.

4.7 Rede UC

Da análise da evolução do número de membros, constata-se que a rede tem mantido o seu crescimento e

abrangência, embora com um ritmo menos acentuado do que verificado nos primeiros anos.

Gráfico 10: Evolução do número de membros da Rede UC

Seguindo a estratégia de eventos levada a cabo até aqui, decorreu a IV Gala da Rede UC, que contou com

atuações de antigos estudantes de áreas culturais distintas, como Pedro Tochas, o grupo Anaquim, e a

performance exclusiva do Conjunto Orfeon, onde a reunião de ilustres como Daniel Proença de Carvalho, José

Manuel Pedrosa, José Cid, Luis Sá Pereira, Joaquim Caixeiro e José Niza foi o momento alto da noite.

Por outro lado, em parceria com a AAC, foi organizado o I (Re)Queima das Fitas, um evento dedicado para

antigos estudantes inserido no programa oficial da maior festa académica do país.

No entanto, a iniciativa mais emblemático foi a Campanha Torre UC, cujo objetivo passou por apoiar a angariação

de fundos para as obras de valorização do ex-libris da universidade e da cidade. Tendo sido o primeiro projeto

assumidamente de fundraising do passado recente da UC, e não havendo um histórico comparável, cumpriu as

expetativas iniciais no que diz respeito aos montantes angariados junto dos alumni, e marcou um importante passo

na implementação futura de outras iniciativas do género, transversais à instituição.

Após um período para sustentação de boas práticas na gestão de bases de dados, a Rede UC avançou

significativamente na implementação de itens de comunicação a título regular tendo como público-alvo os antigos

alunos da UC, nomeadamente através de novas rubricas que pretendem comunicar com e para antigos estudantes,

de forma a aumentar a credibilidade e notoriedade da Rede e da própria Universidade junto deste vasto público.

(entrevistas, reportagens, livro da semana e ―1290‖).

Reconhecendo a importância da empregabilidade nesta área em particular, a Rede lançou um serviço de divulgação

segmentada de ofertas de recrutamento e de progressão de carreira a todos os seus membros.

3.108

7.860

14.404

19.897

24.167

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

2006 2007 2008 2009 2010

N.º de adesões à Rede N.º de membros da Rede

Page 32: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

32

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Além desta aposta, também é de destacar a Agenda Cultural, onde constam todos os eventos culturais da cidade, e

a título regular, a divulgação das Tipologias de Relacionamento Rede UC, como forma de dar a conhecer alguns

serviços e descontos exclusivos disponíveis para todos os que passaram pela UC.

Por último destaca-se a remodelação do sítio www.uc.pt/antigos-estudantes e a continuação da estreita relação de

cooperação com 9 associações de Antigos Estudantes de Coimbra espalhadas pelo país e pelo mundo.

4.8 Comunicação e imagem

Nesta área, destaca-se o lançamento, no dia mundial da televisão, da UCV, a televisão Web da Universidade de

Coimbra, possibilitando a divulgação, de uma forma inovadora, do que de melhor se faz na nossa instituição. A UC

passou assim a fazer parte do clube restrito das grandes Universidades do mundo com capacidade de produzir

programas regulares de televisão com conteúdos próprios e de os difundir através dos sistemas mundiais de

distribuição por Internet.

Realça-se ainda a presença da Universidade de Coimbra no iTunes U, sendo a UC a primeira organização de língua

portuguesa na área dedicada a conteúdos de instituições de ensino superior do iTunes, a maior loja online do

mundo.

Mas foram desenvolvidas muitas outras iniciativas nesta área:

presença oficial da UC no Facebook, no Tweeter e no YouTube;

presença da Universidade na Qualific@ 2010, na Exponor, que garantiu a participação num evento de projeção

nacional sobre formação, ensino superior e empreendedorismo;

preparação da Somos UC 2011 - Mostra de Ensino, Inovação e Serviços da Universidade de Coimbra;

distribuição de brochura para pré-universitários junto de mais de 400 escolas secundárias nacionais;

dinamização e promoção de novos programas temático-vocacionais, inseridos no serviço educativo de visitas

orientadas à Universidade de Coimbra, ―Um Dia na UC‖, especialmente dirigido para o público pré-

universitário, com a participação de mais de 1000 estudantes do ensino secundário;

desenvolvimento do Kit de Acolhimento aos Novos Estudantes;

desenvolvimento e atualização de sub-sítio web sobre Informação para Membros da Comunidade Universitária;

lançamento de uma nova Newsletter da Universidade dirigida a todos os membros da comunidade universitária

(Estudantes, Docentes e Investigadores, Funcionários e Antigos Estudantes), dando lugar a uma estratégia de

comunicação partilhada e de maior proximidade, ainda que institucional.

4.9 Circuito turístico

O ano de 2010 ficou marcado pelo aumento de espaço visitável do Circuito, do qual se destaca a abertura do piso

intermédio da Biblioteca Joanina, e que permitiu também uma ligação direta e cómoda entre o piso nobre da

Joanina e a Prisão Académica.

Ao mesmo tempo, procedeu-se à preparação da abertura da Torre da Universidade ao público, para que todas as

condições de visita e segurança estivessem prontas no momento da reinauguração, algo que viria a acontecer já em

2011. Enquanto decorreram as obras de conservação e restauro na ―mais velha das torres horárias escolares

europeias", durante o ano de 2010, a Torre esteve protegida com painéis que reproduziam a sua imagem, com o

objetivo de atenuar o efeito das obras nas visitas turísticas e permitir que todos os visitantes pudessem continuar a

ter uma visão de conjunto do Paço das Escolas.

Quadro 18: Evolução do número de visitantes ao Paço das Escolas

2006 2007 2008 2009 2010

N.º de visitantes ao Paço das Escolas 179.139 207.824 192.265 176.499 195.720

Page 33: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

33

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Por outro lado, a UC destacou-se no panorama da gestão turística em Portugal, ao organizar o I Workshop para

Guias, em novembro. Enquanto entidade responsável pela formação e disseminação de conhecimento, a UC tem

responsabilidades acrescidas na transmissão dos dados que fazem os nossos mais de 700 anos de existência

relevantes, junto de um grupo que consigo traz milhares de visitantes à Universidade de Coimbra. Esta iniciativa

contou com especialistas e professores da casa, que apresentaram dados importantes sobre edifícios e estórias, que

podem ajudar a complementar o conhecimento que estes profissionais já detinham sobre a instituição, e assim

ajudá-los a ajudar-nos. O evento contou com a presença de cerca de 50 guias nacionais, tendo a procura

suplantado largamente a oferta possível de lugares, pelo que está já prevista a realização de uma segunda edição

em 2011.

4.10 Sistema de Gestão da Qualidade

Sistema de Gestão

Em 2009, face às alterações decorrentes da revisão dos estatutos, foi considerado desadequado proceder à

renovação da certificação da Administração da Universidade de Coimbra, considerando-se ser prioridade

concentrar esforços no projeto de conceção e implementação do Centro de Serviços Comuns, envolvendo os

trabalhadores na participação em grupos de reflexão e grupos de trabalho. Pelo facto, a UC solicitou a suspensão

da certificação em final de outubro de 2009, tendo sido feito, durante o ano de 2010, um esforço no sentido de

manter o atual sistema em funcionamento, dado constituir o suporte à atividade das diversas áreas envolvidas.

Foram feitas as diligências necessárias no sentido de tentar manter o cumprimento dos requisitos mínimos

facilitadores do funcionamento da atividade da Administração, passando para um segundo plano as questões

diretamente ligadas à melhoria contínua que requereriam um empenho adicional, quer por parte da equipa

associada à manutenção e dinamização do sistema, quer por outros trabalhadores, cuja capacidade de resposta

estaria igualmente diminuída devido à participação no projeto de reorganização da Administração.

Assim, como principais dados da atividade, destacam-se:

160 desenhos de processos;

521 impressos de apoio aos processos;

elaboração do novo Manual do Sistema de Gestão;

mapeamento dos processos da Universidade de Coimbra:

Figura 2: Mapa de processos

Page 34: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

34

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

auditorias internas ao Sistema de Gestão, com a deteção de 2 oportunidades de melhoria, 7 correções de

procedimentos/instruções de trabalho/impressos, e 1 não conformidade;

abertura de 14 Boletins de Melhoria (10 não conformidades – 8 de origem externa e 2 de origem interna; 1

ação preventiva e 3 oportunidades de melhoria), tendo sido encerrados 10;

identificação e classificação das partes interessadas e análise poder/interesse;

realização de 7 inquéritos no âmbito do Sistema de Gestão.

Quadro 19: Inquéritos no âmbito do Sistema de Gestão

Segmento Alvo

N.º de Inquéritos

Disponibilizados/ enviados

N.º de

Inquéritos Respondidos

Grau de Satisfação Global

Clientes

Individuais

Estudantes Incoming 1108 786 71,75% (escala 1 a 5)

Estudantes Outgoing 469 317 72,56% (escala 1 a 5)

Atividades Erasmus 70 70 92,3% (escala 1 a 5)

Clientes da Tesouraria 546 546 89,3% (escala 1 a 5)

Clientes do GSHST 198 198 91% (escala 1 a 5)

Questionário de satisfação dos

trabalhadores – ONRH 1112 (UC) 481 (UC) 55,1% (UC)

Clientes do Secretariado (GTA) 240 84 78,10% (escala 1 a 5)

Gestão da Qualidade Pedagógica

Em 2010, procedeu-se à integração do Sistema de Gestão da Qualidade Pedagógica no Sistema de Gestão, no

âmbito da reestruturação deste, tendo os processos relacionados com a Gestão da Qualidade Pedagógica sido

aprovados em novembro.

Destacam-se as seguintes atividades neste âmbito:

criação de nova interface para disponibilização dos resultados dos inquéritos (estudantes, 1.º e 2.º

semestres 2009/2010), divulgada em novembro;

revisão do inquérito aos estudantes e reflexão dos docentes sobre cursos/ciclos de estudos e unidades

curriculares e sua integração no NÓNIO, tendo sido iniciada a aplicação do inquérito aos estudantes em

NÓNIO em dezembro;

projeto-piloto de extensão da Gestão da Qualidade Pedagógica ao 3.º Ciclo;

levantamento de requisitos ECTS Label, DS Label e outros definidos internamente para definição da

informação necessária na caracterização de cursos/ciclos de estudos e unidades curriculares, no âmbito do

projeto SILVA/NÓNIO.

Acreditação de ciclos de estudos

No âmbito da acreditação de ciclos de estudos junto da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior

(A3ES), destacam-se:

submissão de 201 Pedidos de Acreditação Preliminar de Ciclos de Estudos em Funcionamento:

Quadro 20: Pedidos de Acreditação Preliminar de Ciclos de Estudo em Funcionamento

Licenciatura Mestrado Mestrado Integrado Doutoramento Total

37 107 11 46 201

Page 35: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

35

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

submissão de 11 Pedidos de Acreditação Prévia de Novos Ciclos de Estudos para funcionamento em

2011/2012:

Quadro 21: Pedidos de Acreditação Prévia para Novos Ciclos de Estudos

Mestrado Doutoramento Total

6 5 11

Para apoiar estes processos de acreditação, foi criada a página web http://www.uc.pt/acreditacaocursos.

4.11 Observatórios

Os Observatórios são estruturas flexíveis, de reflexão, integrando docentes de diferentes Unidades Orgânicas, e

cuja missão é contribuir criticamente para o desenvolvimento de temáticas específicas de interesse para a

Universidade. Atualmente encontram-se em funcionamento dois observatórios.

4.11.1 Observatório de Bolonha

É importante referir o trabalho realizado pelo Observatório de Bolonha, estrutura de acompanhamento da

concretização das reformas, de reflexão estratégica e de constante interrogação sobre o sentido da mudança e a

construção de um futuro. A sua atividade orientou-se para três missões específicas:

congregação do maior número possível de informações: para se obter a missão de conjunto são necessários

inquéritos minuciosos e inventários de pormenor feitos com espírito de objetividade científica;

reflexão sobre as primeiras conclusões retiradas destes inquéritos: determinar se os meios são adequados aos

fins definidos, interrogar o valor dos instrumentos utilizados e os modos de concretização; em suma, passar da

perceção à avaliação do processo em curso;

ação através de medidas concretas: é à iniciativa do Observatório que se deve a elaboração do Regulamento

Pedagógico e do calendário escolar, do documento orientador sobre Unidades Curriculares e Tipologias de

Avaliação, distribuído por todos os professores, bem como a organização de um encontro de reflexão -

Jornadas sobre ―Espaço Europeu de Ensino Superior. Bolonha Ano II. Para lá das Aparências‖, com mais de 120

participantes.

4.12.2 Observatório do Desporto

Este observatório tem por função realizar o controlo e a monitorização dos atos previstos no regulamento do

estudante-atleta, aprovado pelo Senado em 2008, de forma a assegurar a correta aplicação dos direitos e dos

deveres de todos os estudantes que praticam desporto de competição defendendo as cores da AAC e da UC.

Neste sentido, o Observatório atribuiu o estatuto de estudante-atleta a um total de 306 estudantes, 95 durante o

ano letivo de 2009/2010 (60 com estatuto anual e 35 com estatuto relativo apenas ao 2º semestre) e 211 durante

o ano letivo de 2010/2011 (160 com estatuto anual e 51 com estatuto relativo apenas ao 2º semestre).

O Observatório tem igualmente refletido quanto à aplicabilidade do regulamento do estatuto-atleta, tendo

realizado uma proposta de alteração, aprovada pelo Senado, no sentido de o tornar mais claro e adequado às

necessidades e aos interesses dos estudantes, bem como de clarificar alguns aspetos relativos à sua aplicação.

De salientar a boa cooperação existente com o Conselho Desportivo da AAC, bem como o papel muito positivo

que o Regulamento tem desempenhado na promoção e no desenvolvimento da prática desportiva competitiva na

UC, uma vez que promove o reconhecimento do esforço realizado por todos os estudantes [atletas] que,

praticando desporto de competição, elevam bem alto o bom nome da Associação Académica de Coimbra, da

Universidade de Coimbra, da Cidade de Coimbra e de Portugal.

Page 36: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

36

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

4.12 Candidatura à Unesco

A 15 de novembro, a Universidade de Coimbra entregou, junto da Comissão Nacional da UNESCO, a sua

Candidatura a Património Mundial, constituída por um dossiê, de duas mil páginas, organizado em sete volumes, e

que o governo português apresentou à UNESCO, em Paris, para formalização da candidatura.

A candidatura ―Universidade de Coimbra – Alta e Sofia‖ não se limita a uma mera pretensão contemplativa,

significando acima de tudo um desejo de transformação do espaço físico e valorização do património intangível e

uma profunda determinação na mudança das mentalidades e atitudes.

É de relevar o papel da Universidade na defesa da preservação do património cultural, ajudando a consolidar uma

estratégia de valorização de um bem cuja relevância o País reconhece e que dele constitui, no estrangeiro, uma das

suas mais prestigiadas marcas. Importa, também, referir que Governo Português reconhece o interesse nacional da

Candidatura da Universidade de Coimbra a Património da UNESCO e considera o Programa de Requalificação da

Alta Universitária de Coimbra um instrumento essencial na concretização e no êxito desta candidatura.

De realçar o início dos trabalhos para a requalificação da Torre da Universidade financiada, em parte, por

donativos de antigos estudantes. As obras de conservação e restauro na ―mais velha das torres horárias escolares

europeias" visaram dotá-la de condições para reabrir ao público em segurança e restituir a sua ―dignidade visual".

Incluiu limpeza e restauro da pedra, substituição de caixilharias, iluminação, proteções e correção dos degraus,

tendo sido preparada por especialistas de diversas áreas e validada por instituições nacionais que tutelam aquele

Monumento Nacional, estatuto adquirido em 1910.

Decorreu ainda um "estaleiro pedagógico", que consistiu na realização de visitas especializadas ao local da obra,

organizadas e com acompanhamento técnico.

4.13 Novas instalações

A Universidade de Coimbra, pela sua dimensão e diversidade das suas unidades, encontra-se fisicamente dispersa

pela cidade, concentrada essencialmente em 3 pólos.

Figura 3: Mapa de localização das instalações

A sede do Grupo UC situa-se no Paço das Escolas – Pólo I, mas dispõe de um total de 124 edifícios com uma área

bruta de 459,947 m2.

Quadro 22: Dados globais dos edifícios

Edifícios N.º Área Bruta (m2) Área Útil (m2)

Total 124 459.947 220.463

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Ao nível das novas instalações, destaca-se o desenvolvimento dos seguintes projetos:

edifício da Subunidade 2 e 4 da Faculdade de Medicina do Pólo das Ciências da Saúde: conclusão do

procedimento de concurso público internacional relativo à prestação de serviços para a elaboração do projeto

do edifício e acompanhamento das fases de estudo prévio e projeto base;

reabilitação do Colégio da Trindade para instalação do TUJE: execução física e financeira da empreitada para a

execução das fundações e estruturas do edifício;

edifício da Subunidade 3 da Faculdade de Medicina do Pólo das Ciências da Saúde: execução física e financeira

da empreitada para a execução das fundações e estruturas do edifício e lançamento e acompanhamento do

procedimento concursal da empreitada para a execução dos acabamentos do edifício;

construção da 2.ª fase do Museu da Ciência: conclusão do procedimento de concurso público internacional

relativo à prestação de serviços para a elaboração do projeto do edifício e acompanhamento das fases de

estudo prévio e projeto base;

reabilitação do edifício do Colégio da Graça, destinado à instalação do CD25A e do Centro de Estudos Sociais:

organização e acompanhamento do procedimento concursal da empreitada para a execução dos desmontes,

demolições, fundações, estruturas e drenagens do edifício; acompanhamento do procedimento concursal

relativo à prestação de serviços de direção da construção do edifício; e início da execução física e financeira

dos serviços atrás descritos;

requalificação do Pátio da Universidade: organização e acompanhamento do procedimento concursal da

empreitada para a requalificação do Pátio da Universidade, Escadas de Minerva e acessibilidades do Paço das

Escolas, início da execução física e financeira da empreitada e contratação dos trabalhos arqueológicos e

geotécnico.

4.14 Auditoria e controlo interno

As ações de auditoria e controlo interno desenvolvidas decorreram principalmente em Unidades Orgânicas,

embora também se tivessem realizado trabalhos de auditoria em serviços da Administração. De um modo geral,

face ao plano de ação de 2010 para auditoria e controlo interno, atingiu-se uma taxa de execução de cerca de 93%.

Das atividades desenvolvidas neste âmbito, destacam-se 8 auditorias programadas, 6 auditorias realizadas, 7

pareceres emitidos e 8 relatórios de acompanhamento, para além de outros relatórios e ações avulso, dos quais se

realça a colaboração prestada na Consolidação de Contas do Grupo Público Universidade de Coimbra do ano de

2009. Foram ainda efetuadas 5 ações de acompanhamento a relatórios de auditoria produzidos anteriormente.

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5. Ação social

5.1 Serviços de Ação Social

Os Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC) prosseguem os objetivos que a lei lhes atribui, apoiando os

estudantes: com medidas de apoio social direto: bolsas de estudo e auxílios de emergência; e com medidas de apoio social

indireto: acesso à alimentação e ao alojamento, acesso a serviços de saúde, apoio a atividades culturais e desportivas, e

acesso a apoio psicopedagógico e a outros apoios de caráter educativo.

Os SASUC gozam de autonomia administrativa e financeira nos termos da lei e estatutos da Universidade de Coimbra.

(Estatutos da Universidade de Coimbra, art. 28.º)

Para um controlo mais efetivo das atividades desenvolvidas, os SASUC encontram-se estruturados em centros de

responsabilidade. Esta estruturação distribui os principais tipos de apoio pelos seguintes centros de

responsabilidade: alimentação; alojamentos; bolsas de estudo e outros, englobando este último os serviços médico-

universitários e o apoio à infância, composto por uma creche para crianças até aos 3 anos e um jardim de infância

para crianças até aos 6 anos de idade.

Além destes centros de responsabilidade, existem dois transversais a todos eles: estrutura e aprovisionamento,

constituindo-se como centros de apoio, respetivamente na área administrativa e financeira e na área do apoio às

aquisições de bens e sua distribuição pelos setores consumidores, em especial a alimentação e o alojamento.

Neste contexto, e seguindo a estrutura definida, destacam-se os seguintes dados do apoio social em 2010:

Bolsas de estudo (bolsas concedidas pelos SASUC)

atribuição de 5118 bolsas, entre 6441 processos de candidatura. Importa referir que só no mês de

setembro esteve disponível toda a legislação necessária à atribuição das bolsas de estudo referentes ao ano

letivo de 2009/2010, o que implicou um atraso na análise dos processos;

Quadro 23: Bolsas concedidas pelos SASUC

Bolsas 2008/2009 2009/2010 ∆

Candidatos 6.182 6.441 259

Bolseiros 4.827 5.118 291

Bolsas pagas (€) 9.082.208 11.137.492 2.055.284

Bolsas pagas - Fundo de Apoio Social (€)* 172.745 125.810 -46.935

* apoio a alunos carenciados não bolseiros com dificuldades económicas atribuído através do Fundo de

Apoio Social, com recurso apenas a receitas próprias da Universidade de Coimbra

realização de 15 ações de formação de acompanhamento psicopedagógico, pelo Gabinete de

Aconselhamento Psicopedagógico, o qual funciona junto do Serviço de Bolsas.

Alimentação

monitorização da qualidade e da rapidez do serviço prestado através da auscultação da opinião dos seus

principais utentes, sendo reconhecida a melhoria global dos processos e métodos adotados, bem como dos

resultados alcançados;

recuperação, remodelação e abertura das cantinas ―Vermelhas‖ (antigo ISCA), que veio beneficiar

principalmente a população universitária da Faculdade de Economia.

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Quadro 24: Dados relativos à alimentação

Alimentação 2009 2010 ∆

n.º de unidades de alimentação 17 17 0

n.º de refeições servidas 1.498.691 1.510.295 11.604

n.º de lugares sentados 3.714 3.714 0

Alojamento

abertura de uma nova unidade residencial (passando a 14), a Residência do Observatório Astronómico,

enquanto unidade distinta de todas as restantes, dado oferecer a opção de apartamentos (T0 e T1)

integrados numa única unidade residencial;

promoção da divulgação da oferta de alojamentos junto das escolas secundárias do país, tendo sido

estabelecidos contatos com 176 escolas (em 476 referenciadas pelo Ministério da Educação);

garantia da continuidade da oferta de alojamento no período das férias do verão, com disponibilização de

308 camas em permanência nesse período.

Quadro 25: Dados relativos ao alojamento

Alojamento 2008/2009 2009/2010 ∆

N.º de camas (capacidade) 1.354 1.349* -5

Candidatos 1.322 1.371 49

Alojados com caráter permanente 955 1.152 197

Alojados ocasionais (regime rotativo) 946 1.491 545

* o reflexo da abertura da nova residência apenas se fará sentir no ano letivo 2010/2011.

Outros

Apoio à Infância

o acréscimo de aproximadamente 11% na ocupação média do jardim infantil (dos 3 a 6 anos) e decréscimo

de 3,6% na utilização média do infantário (até aos 3 anos);

o avaliação da satisfação dos utilizadores deste serviço, Creche e Jardim de Infância, através do lançamento

de inquérito específico, conseguindo-se resultados de 93% e 95%, respetivamente;

Serviços Médicos

o realização de 12.899 consultas médicas, distribuídas por 17 especialidades, 1721 atos de enfermagem e

493 exames complementares;

o concretização de duas ações de rastreio junto dos estudantes da Universidade de Coimbra: Carcinoma do

Colo do Útero (359 Citologias, em consultas de Planeamento Familiar), e Fatores de Risco

cardiovasculares na população estudantil (248 inquéritos completos).

os Serviços de Textos e Reprografia foram encerrados, por se ter concluído que não eram necessários e

acarretarem custos de exploração demasiado elevados relativamente à concorrência.

Por último, é de destacar a alteração da atividade do Centro Cultural D. Dinis, que, a partir de maio passou a ter

programação cultural própria de segunda a sexta-feira.

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

5.2 Outros apoios sociais concedidos a estudantes

De acordo com o regulamento de Propinas, Emolumentos e Prémios a Universidade de Coimbra promove um

apoio complementar às bolsas de estudo que são atribuídas pelos seus Serviços de Ação Social, nomeadamente

através da concessão de benefícios de redução do valor de propina a suportar, bem como a concessão de prazos

de pagamento específicos, permitindo assim diminuir os encargos coma a educação dos estudante e suas famílias.

Quadro 26: Benefícios concedidos a estudantes

Tipo de benefícios concedidos a estudantes da UC

2010/2011

N.º de

Estudantes

Valor do

Benefício (€)

100% do valor da propina máxima com prazo de pagamento diferente 2.062 0,00

100% do valor da propina mínima com prazo de pagamento diferente 244 91.807,65

30% do valor da propina máxima 143 105.334,11

50% do valor da propina máxima 339 231.801,52

60% do valor da propina máxima 336 55.473,78

Desc. 20% sobre o valor da propina máxima a abater na última prestação 49 48.357,12

Inscrição anulada com isenção da 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Prestações de Propinas 2 1.973,76

Inscrição anulada com isenção da 2ª, 3ª e 4ª Prestações de Propinas 6 3.267,20

Inscrição anulada com isenção da 3ª e 4ª Prestações de Propinas 3 1.697,50

Propina a pagar posteriormente por terceira entidade 122 0,00

Total 3.306 539.712,64

Foram ainda atribuídas, diretamente pela Universidade de Coimbra, 40 bolsas de estudo por mérito aos estudantes

com aproveitamento escolar excelente, de acordo com as listas seriadas já homologadas pelo Senhor Reitor. Os

critérios de atribuição são definidos por cada instituição de ensino superior e são independentes da situação

económica dos alunos.

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6. Organização e reestruturação

O ano de 2010 foi fortemente marcado pelo processo de reestruturação da Administração da Universidade de

Coimbra e consequente implementação de um Centro de Serviços Comuns (CSC) e de um Centro de Serviços

Especializados (CSE).

Trata-se de um projeto pioneiro, uma vez que a UC foi a primeira instituição de ensino superior em Portugal a

avançar para a implementação de uma estrutura deste género, e extremamente ambicioso, implicando a

participação de um número elevado de trabalhadores, que além de assegurarem o normal funcionamento da

instituição, participam paralelamente nas atividades conducentes à implementação desta nova estrutura.

6.1 Centro de Serviços Comuns

Nos termos a fixar em regulamento, a Administração organiza e dirige um centro de serviços comuns a toda a

Universidade, podendo funcionar de forma desconcentrada, à luz dos princípios de eficiência e de eficácia do serviço público.

(Estatutos da Universidade de Coimbra, art. 27.º)

O CSC constitui uma alteração significativa na relação da Administração com as Unidades Orgânicas e outras

Unidades e Serviços da UC.

Figura 4: Modelo de relacionamento do CSC

O CSC pressupõe a utilização de métodos comuns e a partilha de recursos e dados, numa lógica de gestão por

processos, de eficiência e de orientação para os resultados. A filosofia que se encontra subjacente à sua

implementação centra-se num modelo organizacional integrado e coerente, dotado de flexibilidade de atuação,

agilidade e capacidade de ajustamento, numa perspetiva de desenvolvimento centralizado de atividades comuns. Em

termos globais, pretende-se:

uniformizar os Sistemas de Informação utilizados, os procedimentos e os métodos de trabalho;

reduzir custos, através de economias de escala, da standardização e da concentração;

aumentar a qualidade, a eficiência e a produtividade, através da automatização e aplicação de melhores práticas;

aumentar a especialização, através do incremento de competências;

otimizar a utilização de recursos (materiais, humanos e financeiros);

incrementar o controlo financeiro e operacional;

estabelecer acordos de nível de serviço;

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

permitir que as Unidades foquem a sua atividade no ensino e investigação;

promover a monitorização dos resultados e desempenho.

O CSC apresenta-se como um modelo de gestão que oferece suporte corporativo, combinando e consolidando

serviços das diversas unidades orgânicas numa entidade eficiente e orientada para os resultados, tendo como

âmbito os processos transacionais com elevado potencial de economias de escala e com reduzido impacto

estratégico, nomeadamente:

Gestão de Recursos Humanos;

Gestão Académica;

Gestão de Aprovisionamento, Logística e Património;

Gestão Financeira;

Gestão do Edificado, Segurança, Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho;

Gestão de Sistemas e Infraestruturas de Informação e Comunicação.

O projeto de implementação do CSC foi dividido em 4 grandes etapas:

Figura 5: Cronograma do CSC

Assim, no decurso de 2010 procedeu-se ao desenho detalhado e à implementação dos primeiros serviços desta

nova estrutura.

Na fase de planeamento do projeto considerou-se que, até ao momento de entrada em funcionamento de cada um

dos Serviços do CSC, deveriam ser definidos:

os processos (descritivo das atividades e fluxograma; splits das atividades);

a estrutura orgânica;

os recursos humanos (levantamento de competências; definição de competências necessárias; proposta de

constituição de equipas; identificação de necessidades de formação);

os espaços físicos;

os sistemas de informação de suporte (parametrização e implementação);

os níveis de serviço a assegurar.

Em termos globais, e de modo a cumprir os pressupostos anteriormente mencionados, garantindo as condições

necessárias à entrada em funcionamento das novas estruturas, as principais atividades realizadas no ano de 2010

foram as seguintes:

definição da Missão, Visão e Valores da Administração, na ótica da nova estrutura;

definição da estrutura orgânica e competências para cada um dos Serviços;

preparação da normação necessária à concretização de instrumentos legais, estatutários e regulamentares com

impacto relevante no processo de reestruturação, através do Gabinete Técnico de Apoio;

desenho detalhado de cerca de 90% dos processos (incluindo fluxogramas, instruções de trabalho, guias de

orientação e templates de impressos);

levantamento das competências técnicas, estratégicas e comportamentais dos trabalhadores da UC;

definição do n.º de trabalhadores necessários por Serviço e posterior constituição das novas equipas;

Estudo de viabilidade2008

Início do desenho2009

Desenho detalhado e

implementação2010

Migração, estabilização e

optimização

2010/

2011

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45

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

ações de formação em ―Gestão de Projetos‖;

workshops em ―Gestão da Mudança‖;

participação em eventos no âmbito das tecnologias da informação, considerados relevantes no âmbito da

implementação do novo serviço de gestão de sistemas e infraestruturas de informação e comunicação;

medição e estudo da satisfação dos trabalhadores da UC e análise comprada com outras instituições;

realização de Change Survey – questionário à mudança;

ações de Teambuilding para as novas equipas do CSC;

preparação das instalações dos novos Serviços;

reestruturação das tecnologias de informação e comunicação utilizadas na UC, detalhadas no ponto 6.3;

definição e negociação de Acordos de Nível de Serviço e respetivos indicadores, para cada uma dos Serviços;

evento de divulgação do projeto e da nova estrutura da Administração - preenchimento de mapas conceptuais

de aprendizagem significativa, no âmbito da Reunião Geral de Estrutura semestral;

criação e manutenção de um repositório Web, com toda a informação relevante no âmbito do projeto.

Realça-se ainda que foi um projeto que contou com o apoio da Agência para a Modernização Administrativa no

âmbito de uma candidatura ao Sistema de Apoios à Modernização Administrativa.

6.2 Centro de Serviços Especializados

O CSE tem como missão prestar serviços estruturados enquanto suporte à definição, promoção e concretização

das políticas da Universidade, contribuindo para o seu desenvolvimento estratégico. Encontra-se estruturado em 5

divisões e presta serviços comuns a toda a Universidade, funcionando numa lógica de gestão por processos e com

acompanhamento direto por parte de membros da Equipa Reitoral. A sua plena entrada em funcionamento

ocorreu também em 2010.

Figura 6: Organograma do CSE

Divisão de Planeamento, Gestão e Desenvolvimento: presta serviços de apoio ao desenvolvimento e tomada

de decisão contribuindo para a definição e promoção do planeamento estratégico e operacional da

Universidade de Coimbra;

Divisão de Avaliação e Melhoria Contínua: promove e dinamiza o Sistema de Gestão, a Avaliação e os projetos

de Inovação Organizacional que contribuam para a melhoria da qualidade dos serviços prestados e

desenvolvimento estratégico da Universidade de Coimbra;

Divisão de Relações Internacionais: promove a internacionalização da UC, através da dinamização de projetos e

iniciativas, a participação em redes, o apoio à mobilidade e diálogo intercultural;

Divisão de Inovação e Transferências do Saber: presta serviços de apoio à definição, promoção e dinamização

das políticas da Universidade, nas áreas da economia do conhecimento, bem como do empreendedorismo,

integrado num ecossistema de inovação e contribuindo para o seu desenvolvimento estratégico;

Divisão de Identidade, Imagem e Comunicação: presta serviços de apoio à definição, promoção e concretização

das políticas da Universidade, nas áreas da Comunicação e Imagem, contribuindo para a consolidação da sua

notoriedade e desenvolvimento estratégico.

Centro de Serviços Especializados

DPGD DAMC DRI DITS DIIC

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

6.3 Tecnologias de informação e comunicação

A reestruturação em curso, com a implementação do CSC e do CSE, envolve uma componente de tecnologias de

informação e comunicação extremamente forte, visto ser um dos pilares em que assenta. Assim, no ano de 2010, a

UC desenvolveu, concretamente nesta área, um conjunto de projetos dos quais se destacam:

restruturação das infraestruturas e serviços de redes e comunicação

integração de sistemas, com atualização técnica da plataforma de suporte ao ERP SAP e parametrização do

ERP SAP para suporte da atividade do CSC, com desenvolvimento e integração de novos módulos e a

migração/importação de dados de outras plataformas;

desenvolvimento de um sistema de modelação de processos do CSC, com implementação da plataforma

informática de apoio à gestão LUGUS;

aplicações e serviços de rede, designadamente com a integração dos sistemas de autenticação de todas as

faculdades no sistema central de gestão de identidades e dos sistemas de correio eletrónico de todas as

faculdades no sistema central de correio eletrónico e reforço dos vários serviços de rede (autenticação,

DNS, correio eletrónico, alojamento web);

ao nível das infraestruturas:

o aquisição de equipamentos informáticos e de softwares essenciais para o arranque do CSC;

o integração de data centres, envolvendo a migração de equipamentos e data centres através das ligações

dedicadas em fibra ótica;

o virtualização de servidores de suporte a serviços de rede e aplicações;

o instalação de unidade de armazenamento (SAN) no Polo II com integração das existentes;

o instalação de equipamento para suporte ao ERP SAP;

o reforço das plataformas de suporte aos serviços de DNS, correio eletrónico e autenticação;

o aquisição, instalação e reconfiguração de infraestruturas de rede para reforçar os sistemas existentes de

modo a suportar toda a comunidade da UC.

Balcão Virtual @ UC

Em 2009 teve início o projeto Balcão Virtual@UC, tendo como principal objetivo disponibilizar a estudantes,

colaboradores da UC e à sociedade em geral, uma interface coerente, de utilização simples e acessível, para

acesso a um conjunto de recursos suportados por diversos sub-sistemas em produção na Universidade de

Coimbra.

Ao longo do ano decorreram as tarefas de desenvolvimento do projeto, que, sempre que possível, foram

coordenadas e integradas com as atividade do CSC. Por exemplo, no âmbito da tarefa ―Implementação do

portal de acesso‖, foram desenvolvidas diversas funcionalidades adicionais anteriormente disponibilizadas no

portal SAP, designadamente as consulta de dados pessoais e marcações, assim como o acesso a recibos de

vencimento e respetivo arquivo de anos anteriores.

Foi também integrado o portal de candidaturas on-line, que permite a concretização de todo o processo, desde

o preenchimento do formulário, o pagamento da taxa de candidatura, bem como o envio de documentos, o

que se veio a revelar uma mais valia na aproximação com os estudantes dada a agilização de procedimentos.

Também a extensão do procedimento de matrículas / inscrição on-line aos cursos de 2.º e 3.º ciclos, evitando

deslocações supérfluas dos estudantes aos serviços, trouxe visíveis melhorias na qualidade do serviço

prestado.

O projeto, que envolve também o sistema de autenticação através do cartão do cidadão, foi prolongado até ao

final de abril de 2011, com o objetivo de integrar desenvolvimentos adicionais para suporte de medidas do

Projeto Simplex 2010, por solicitação da Âgencia para a Modernização Administrativa (AMA).

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Projeto NONIO

Procedeu-se à consolidação da plataforma de gestão académica NONIO, no acolhimento dos processos de

matrícula dos estudantes ingressados no ano letivo de 2010/2011, em todas as Unidades Orgânicas (exceção

feita aos cursos da FDUC, que se espera sejam integrados ao longo do ano letivo 2011/2012), para além da

gestão do processo de inscrição dos estudantes nos vários ciclos de ensino, com a consequente exportação

dos dados curriculares da plataforma SIGES para NONIO.

Assim, o processo de acolhimento e matrícula dos novos estudantes decorreu já todo on-line sobre a referida

plataforma, ainda que a UC tenha providenciado um serviço de suporte de apoio presencial para suprir

dificuldades de acesso próprio a meios informáticos por parte dos estudantes.

Loja Virtual

A UC desenvolve um conjunto de atividades complementares, designadamente congressos, conferências,

seminários ou equiparados que visam potenciar a participação da comunidade académica divulgando resultados,

envolvendo os diferentes níveis da estrutura organizativa do corpo docente e não docente, promovendo a

interdisciplinaridade e a difusão do conhecimento e da tecnologia. A loja virtual (https://lojas.ci.uc.pt/uc/) é mais

uma ferramenta ao dispor da comunidade universitária e de agentes externos, contribuindo para o registo e a

gestão informatizada de grande parte destas ações, assegurando a integração de informação financeira

necessária ao completo acompanhamento de determinado evento.

VoIP@UC

No contexto do projeto nacional VoIP@RCTS, foi continuado em 2010 o projeto VoIP@UC, com o objetivo

de tirar partido da infraestrutura de rede local existente na Universidade de Coimbra, bem como da sua ligação

à Rede Ciência Tecnologia e Sociedade, para suporte de comunicações de voz, tendo em vista uma forte

redução dos encargos com telecomunicações.

No contexto deste projeto, que ainda decorre, foram executadas e concluídas a configuração e entrada em

produção de iPBXs nos três Pólos da Universidade e a instalação de telefones IP e de software de gestão de

configuração de telefones IP (ProvisionPro) no Pólo I.

Na sequência da entrada em produção da infraestrutura instalada em 2009, os dados de contabilização

disponíveis confirmam uma redução de custos de comunicações da ordem dos 60%.

Novo cartão universitário

O novo cartão universitário, emitido no âmbito do protocolo com o Santander Totta, oferece um conjunto

funcionalidades que potenciam a sua utilização par além da simples identificação física. Entre estas, a leitura de

por proximidade (RFID) dos dados do cartão, permite a sua utilização em cenários de controlo de acesso a

recursos como parques de estacionamento, recursos de impressão e cópia e áreas reservadas (por exemplo a

bibliotecas). Estas aplicações foram consideradas prioritárias entre outras, igualmente possíveis com o novo

cartão, cujos dados devem ser integrados com o sistema de gestão de identidades atualmente utilizado na UC.

Em 2010, procedeu-se à análise de áreas de utilização e levantamento de condicionantes infraestruturais, ao

levantamento de equipamentos de controlo de acesso e impressão existentes no campus, à definição de uma

arquitetura funcional integrada com o sistema de gestão de identidades, à recolha de informação de utilizadores

para emissão dos novos cartões e à instalação de pilotos de controlo de acesso a sistema de impressão e cópia

e de controlo de acesso a parques de estacionamento.

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

7. Síntese de atividades por unidade

Neste capítulo, far-se-á uma súmula das principais atividades desenvolvidas por cada uma das unidades da

Universidade de Coimbra.

7.1 Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação

A estrutura orgânica da Universidade de Coimbra assenta fundamentalmente nas seguintes unidades orgânicas de

ensino e investigação: Faculdade de Letras, Faculdade de Direito, Faculdade de Medicina, Faculdade de Ciências e

Tecnologia, Faculdade de Farmácia, Faculdade de Economia, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação e

Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física.

Para além das Faculdades, a Universidade de Coimbra dispõe ainda de mais duas unidades de ensino e de

investigação, o Instituto de Investigação Interdisciplinar e o Colégio das Artes.

7.1.1 Faculdade de Letras

No ano de 2010, deu-se início às comemorações do Centenário da Faculdade de Letras, tendo também a faculdade

participado ativamente nas comemorações do Centenário da República Portuguesa. Mas a atividade foi muito mais

vasta, destacando-se:

Ensino e Investigação

conclusão do trabalho de acreditação dos cursos de 1.º, 2.º e 3.º ciclos;

alargamento da oferta formativa em cursos conferentes de grau (2.º e 3.º ciclo) e em outro tipo de

formações, nomeadamente a formação à distância (e-learning), isoladamente ou em parceria com outras

instituições, públicas ou privadas;

ampliação da oferta de cursos livres, no âmbito do Centro de Línguas, e concretização do investimento no

Laboratório de Línguas;

integração plena dos Centros de Investigação na vida da Faculdade e prosseguimento do diálogo com as

unidades de I&D, que não têm a FLUC como unidade de acolhimento, mas que integram número

considerável de docentes seus;

fomento do intercâmbio de investigadores e da colaboração de investigadores estrangeiros.

Reestruturação

consolidação do processo de autonomia relativa dos Departamentos, em especial nos aspetos pedagógicos

e científicos, dotando-se com meios indispensáveis à prossecução dos seus objetivos;

localização, no mesmo espaço, dos serviços de que mais depende a administração da Faculdade;

criação do Gabinete de Gestão e Programação de Espaços Culturais e do Gabinete de Apoio à Organização

de Congressos e Eventos.

Produção de Ciência

estímulo a todas as propostas que visaram trazer para a FLUC a realização de reuniões científicas de grande

dimensão e prestígio internacional;

manutenção, dentro dos condicionalismos financeiros do momento, o apoio às revistas existentes, no

respeito pela identidade e especificidade de cada uma delas e manutenção do ritmo de publicação de dois

títulos por ano da coleção ―Estudos – Humanidades‖.

Internacionalização

aumento dos alunos e docentes participantes no programa Erasmus;

recurso regular à figura do Professor Visitante;

celebração de novos acordos, nomeadamente com instituições de ensino superior de Macau;

reforço de parcerias com universidades estrangeiras (Wisconsin-Madison – EUA, Kyoto - Japão);

reforço do papel da FLUC nos projetos concebidos em torno do Mediterrâneo (Marrocos, Síria, Líbia);

rede de Praga de Faculdades de Letras;

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50

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

protocolos com a Fundação Calouste Gulbenkian, com a Universidade Eduardo Mondlane, de Maputo e

com a Academia Militar de West Point, nos EUA.

Intervenção Cultural

realização de conferências e colóquios abertos à comunidade;

articulação estreita com a Semana Cultural da UC.

Infraestruturas e equipamentos

instalação de equipamento audiovisual e multimédia nas salas que dele não dispunham ainda e criação e

instalação de uma nova Sala de Informática, bem como a instalação de pontos de rede wireless nos espaços

até agora mais desprotegidos;

recuperação (parcial) do Teatro Paulo Quintela, de forma a torná-lo um espaço de realizações regulares;

prosseguimento de obras de manutenção e reparação do edifício da Faculdade e de melhoria das condições

de conforto dos espaços letivos e dos demais espaços de apoio ao ensino e investigação.

Divulgação e Visibilidade:

definição de uma estratégia concertada e eficaz na promoção externa dos cursos, de determinados serviços

específicos e de excelência que a Faculdade disponibiliza e das suas publicações, em feiras, eventos,

instituições, comunicação social e outros ambientes e suportes adequados.

7.1.2 Faculdade de Direito

Apesar das dificuldades, a Faculdade de Direito manteve o seu dinamismo, de que constituem exemplos os

diversos eventos, de que se destacam o Dia da Faculdade e a reativação do protocolo que liga a FDUC à Faculdade

de Direito da Universidade de Santiago de Compostela.

Salientam-se as atividades mais proeminentes no decorrer do ano 2010:

Apoio aos alunos

cooperação com as iniciativas promovidas pelos Núcleos de Estudantes, bem como empenho no reforço

dos laços de cooperação;

aumento das entidades de acolhimento, através da assinatura de protocolos para a realização de estágios.

InfraEstruturas e Equipamentos

utilização de espaços de outras faculdades, com o intuito de proporcionar as melhores condições na

lecionação e no estudo;

realização de obras necessárias em espaços das faculdades, bem como a compra de acumuladores de

energia;

aquisição/reformulação de equipamentos e sistemas informáticos (parque de impressão, videoprojetores,

quadro interativo, servidor, computadores, novo sistema de backup, sistema de acesso remoto).

Biblioteca

Constituindo a Biblioteca o ―laboratório‖ da Faculdade, foi realizado um esforço considerável no sentido de

organizar, tratar e difundir a informação científica e técnica nas áreas do Direito e da Administração Pública a

todos os membros da comunidade académica e científica da Faculdade, bem como à comunidade em geral. Nesse

sentido concretizaram-se várias ações:

promoção da atualização do fundo documental, pela aquisição de novas obras impressas e de bases de

dados jurídico-documentais e tratamento técnico de todos os recursos bibliográficos e informativos

recebidos, com inserção das respetivas referências na base de dados bibliográficos da UC;

afetação do Centro de Documentação Europeia (CDE) à Biblioteca da FDUC, com a reorganização de

serviços necessários ao seu funcionamento;

publicação de algumas das revistas mais importantes do panorama jurídico português, como o Boletim da

Faculdade de Direito, o Boletim de Ciências Económicas e a Revista de Legislação e Jurisprudência.

Imagem da Faculdade e Cooperação Internacional

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

interessada em atrair os futuros alunos, a FDUC procurou fazer chegar junto do público pré-universitário

informações atualizadas, sem descurar uma referência à nossa história (realça-se a presença na Feira

QualiQualific@, da EXPONOR e a participação no programa ―Universidade de verão‖).

envolvimento na cooperação internacional em que a Universidade se tem empenhado, quer através da

execução do programa Grupo de Coimbra da América Latina e da celebração de protocolos (Faculdade de

Direito da Universidade Agostinho Neto, Faculdade de Direito da Universidade José Eduardo dos Santos,

Universidade de Macau), quer através da continuação da participação na Universidade de Timor e da

presença nas sessões do grupo das Universidade Europeias a que a FDUC está associada.

Conferências, Prémios e Outras Atividades

no âmbito das conferências destacam-se as relações com a Faculdade de Direito da Universidade de

Santiago e as integradas nas cerimónias do Dia da Faculdade;

organização de Colóquios, Congressos, Simpósios e prossecução da lecionação de pós-graduações que

atraem à Faculdade um público diferenciado, elementos muito importantes na dinamização da nossa

atividade;

curso de especialização académica para mestrandos e doutorandos, visando a elaboração de dissertações e

pesquisa em bases de dados;

atribuição de prémios escolares, recordando alguns Professores e distinguindo os melhores alunos nas

diversas áreas do saber jurídico.

7.1.3 Faculdade de Medicina

A Faculdade de Medicina assumiu promover a investigação científica em Ciências da Saúde, indissociável, quer de

um ensino, quer de uma prestação de serviços à comunidade que se querem exemplares. Deste modo, o ano de

2010 reflete a prioridade dada às áreas da investigação, do ensino e do desenvolvimento tecnológico e

modernização administrativa, em articulação com o processo de perda de autonomia administrativa e financeira da

faculdade, a ocorrer a janeiro de 2011.

Neste contexto, denotam-se as atividades mais relevantes:

aposta em programas de doutoramento que se revelem como modelos de formação avançada de excelência,

determinou um elevado investimento, quer ao nível da estruturação, quer da qualidade de conteúdos, mas

resultou na atração de alguns dos melhores alunos e a concretização de interfaces de colaboração entre os

diversos domínios do saber na área das ciências da saúde;

promoção da captação de financiamento externo, revelando-se crucial para incremento da produção científica

disseminada pelos diferentes núcleos de investigação, elevando a excelência da investigação;

investimento orientado para a dotação e reequipamento das plataformas tecnológicas e para a implementação

de novos modelos médicos e cirúrgicos no ensino, permitindo um retorno positivo no sucesso formativo, na

investigação científica e na prestação de serviços à comunidade;

celebração de protocolos de colaboração, consórcios e outros acordos com vista ao fomento de investigação,

desenvolvimento de cursos de formação contínua, ações pedagógicas e atividades de pós-graduação e cursos de

especialização, todos contribuindo para criar sinergias em áreas de investigação já existentes e estimulando a

cooperação inter institucional pública e privada;

auditorias aos procedimentos administrativos, aos sistemas de informação e ao processo contabilístico,

permitindo avaliar a adequação dos sistemas de controlo interno e a conformidade dos registos contabilísticos,

bem como proporcionar recomendações e propostas de adoção de medidas adequadas à melhoria da

qualidade, produtividade e eficácia;

prestação de serviços à comunidade, nomeadamente nas áreas das análises clínicas, avaliação de riscos

ambientais, físicos e químicos (através do Laboratório de Higiene Ocupacional) e no controlo de qualidade de

águas, que compreende os ensaios bacteriológicos (Laboratório de Microbiologia de Águas);

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

no quadro da prestação de serviços à comunidade no âmbito da saúde, por respeito a princípios enformadores

tais como a gestão de sistemas de qualidade, a partilha de informação e o estrito cumprimento de requisitos

legalmente aplicáveis, constituiu-se como prioritário o investimento num estudo sério e profundo da realidade

da FMUC. Do diagnóstico dai resultante, das conclusões e das propostas de intervenção, concretizaram-se

duas candidaturas ao Sistema de Apoio à Modernização Administrativa (SAMA) / QREN - AVISO 01/2010 e

Aviso 02/2010. Este último, aprovado em 2011, permitirá melhorar, credibilizar, modernizar e procedimentar

as práticas laboratoriais, dirigidas para o aumento do nível de garantia dos serviços prestados, a

certificação/acreditação de alguns laboratórios que ainda não o são e a sua integração no sistema da qualidade

da saúde, reduzir custos administrativos, por via da desmaterialização de processos, e reafectar recursos

humanos por via da reorganização de serviços;

atribuição de prémios e distinções em variados domínios, a alunos, professores ou investigadores da FMUC;

participação, de forma ativa e exaustiva, no processo de reestruturação administrativa da Universidade de

Coimbra.

7.1.4 Faculdade de Ciências e Tecnologia

Com o fim da autonomia administrativa e financeira da FCTUC, inicia-se um novo ciclo, cuja preparação a

faculdade se empenhou fortemente durante o ano de 2010.

Foi um ano de reestruturação, com alteração ao nível das unidades que constituem a faculdade. Assim, dos

anteriores 14 Departamentos passou-se para 11, em resultado da fusão dos anteriores Departamentos de

Antropologia, de Bioquímica, de Botânica e de Zoologia no novo Departamento de Ciências da Vida. Ganharam

importância os centros de investigação e o Museu de Física e o Museu de História Natural mantêm-se até à

passagem para a gestão da Fundação do Museu da Ciência da UC das coleções museológicas à sua guarda.

Evidenciam-se as atividades que se destacam, nas áreas de ensino e investigação:

Ensino

na área académica é relevante registar que os números globais de alunos traduzem o reconhecimento

externo da qualidade da oferta educativa proporcionada pela FCTUC e dão uma sólida perspetiva de

futuro;

todos os cursos disponibilizados para o acesso através do concurso nacional (19 cursos) foram adequados

ao modelo de Bolonha, dos quais 12 são licenciaturas (1.º ciclo) e 7 mestrados integrados (1.º+2.º ciclo);

a percentagem de colocados que, em 2010/2011, escolheram como 1.ª opção o curso no qual foram

colocados é de 54%, na média das três fases;

em 2010/2011, a FCTUC preencheu por completo as vagas disponibilizadas em concurso nacional, tendo

sido 1263 os novos matriculados em cursos de 1.ºciclo e de mestrado integrado;

a estes acresceram ainda 564 novos alunos de 2.º ciclo, independentemente de serem já alunos da FCTUC

ou serem novos alunos;

a idade média de conclusão de licenciatura, mestrado e mestrado integrado é de 25, 29 e 26 anos,

respetivamente, sendo a média de classificação final para os mesmos cursos de 13, 16 e 13 valores,

respetivamente;

em termos globais, a faculdade contou com 13,4 alunos para cada docente (rácio aluno/docente em

2009/2010);

os docentes doutorados representavam, em 2010, 88% do corpo docente, o que dá uma excelente ideia da

qualidade dos docentes da FCTUC.

Investigação

Neste domínio, regista-se o acréscimo do número de atividades de investigação e de transferência de

conhecimento financiadas por entidades externas (projetos de investigação, unidades de I&D e contratos de

prestação de serviços), numa clara demonstração de vitalidade institucional e de uma crescente internacionalização

das atividades:

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

das 16 unidades de investigação avaliadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia em 2007 e 2008, 62,5%

foram avaliadas com a apreciação global de Excelente e Muito Bom, sendo as restantes 37,5% avaliadas com

a apreciação de Bom;

para além das unidades de investigação, a FCTUC acolhe ainda largas dezenas de projetos de investigação

levados a cabo pelos seus docentes/investigadores, tendo contado, em 2010, com 200 projetos distribuídos

por 16 entidades financiadoras;

a faculdade participa em 22 associações sem fins lucrativos, com ou sem utilidade pública, das quais de

destaca a incubadora de empresas associada ao Instituto Pedro Nunes, instituição com intensa ligação à

faculdade, tendo sido reconhecida no estrangeiro como a melhor incubadora a nível mundial.

A FCTUC promove um vastíssimo conjunto de outras atividades complementares, designadamente congressos,

conferências, seminários ou equiparado que visam potenciar a participação da comunidade académica e

universitária difundindo conhecimento científico especializado, divulgando resultados, partilhando objetivos,

envolvendo assim os diferentes agentes da Faculdade numa esfera de movimento contínuo que pretende ser

apelativa à participação e entusiasmante para o corpo dos alunos, docentes e não docentes. Estas outras atividades

reúnem em si perfis tão diversos como oficinas de trabalho, jornadas e cursos não conferentes de grau académico

ou mesmo grandes encontros científicos nacionais e internacionais.

7.1.5 Faculdade de Farmácia

Analisando a execução do plano de atividades de 2010, ano em que a Faculdade de Farmácia procedeu à mudança

definitiva de instalações do Pólo I para o Pólo das Ciências da Saúde, é visível o esforço relevante para aumentar os

índices de qualidade da faculdade.

Assim, é possível destacar as seguintes atividades no ano de 2010:

implementação de 5 novos mestrados, conseguindo atrair cerca de 100 novos estudantes, 4 dos quais iniciaram

adotando pela primeira vez um horário pós-laboral na Faculdade;

consolidação das áreas de Doutoramento da Faculdade, no que diz respeito ao ajustamento aos requisitos de

Bolonha;

realização de 2 cursos de pós-graduação e de 2 cursos livres;

reforço da colaboração com empresas e/ou empresas da área das ciências da Saúde, através da celebração de

contratos, protocolos ou parcerias de colaboração pedagógica, científica e de prestação de serviços, assim

como o reforço da colaboração com outras entidades congéneres, nacionais e internacionais;

aumento do número de publicações em revistas científicas com arbitragem e fator de impacto (108 publicações

comparativamente a 82 no ano de 2009), também impulsionado pelo aumento de projetos e bolsas de

doutoramento financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia;

realização de atividades de divulgação científica e cultural com intervenção da faculdade;

duplicação do número de clientes do Laboratório de Análises Clínicas, que se encontra em fase de

implementação de certificação;

aumento exponencial da faturação da Unidade de Controlo da Qualidade (UCQFarma), primeiro laboratório a

obter acreditação na Universidade de Coimbra, no qual está a ser efetuada uma importante reorganização;

promoção de ações de divulgação e consolidação da imagem da Faculdade junto de públicos alvo (por exemplo,

Curso de verão farmácia@UC 2010, integrado na iniciativa Universidade de verão);

abertura de um posto de colheitas nos Serviços Médico-Sociais, fruto de um protocolo com os SASUC, e que

em muito veio beneficiar a comunidade universitária no acesso a um serviço de qualidade e a custos

controlados;

promoção da reestruturação orgânico/funcional dos diversos serviços e setores da Faculdade, sendo de realçar

que as transformações operadas no âmbito da UC foram bem acolhidas pela FFUC;

apresentação pública do Clube de Antigos Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra,

que contou com a participação de mais de 150 ex-estudantes da faculdade.

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Por último, uma referência ao projeto empreendedor Smart Medicines, que arrecadou o segundo prémio do

concurso nacional I2P.

7.1.6 Faculdade de Economia

Num ano em que ficou demonstrado um acréscimo de atividade científica e uma boa dinâmica de

internacionalização, efetuando uma análise resumo da execução do ano de 2010 e das atividades desenvolvidas,

realça-se:

Atividade Pedagógica

oferta de dois novos cursos de 2.º ciclo, não conferentes de grau (Pós-Graduação em Economia Social-

Cooperativismo, Mutualismo e Solidariedade e Pós-Graduação People Management and Organisational

Performance) e de um novo curso de 3.º ciclo (Doutoramento em Sociologia);

preenchimento das vagas oferecidas nos quatro cursos de 1.º ciclo, o que mostra o elevado nível de

procura nos quatro cursos de licenciatura (2350 candidatos a 320 vagas no regime geral);

elevada taxa de procura dos cursos de 2.º e 3.º ciclos;

aumento das notas dos últimos colocados, bem como as notas médias dos estudantes que se matricularam,

tanto na 1.ª como na 2.ª fase, o que denuncia um aumento da qualidade média dos alunos admitidos;

no âmbito da monitorização da qualidade pedagógica da oferta formativa da faculdade, os resultados indicam

que a satisfação com as condições de funcionamento dos cursos apresentam uma taxa superior á média da

UC;

realização de 8 visitas a escolas, visita de 5 escolas secundárias à FEUC, e participação em 2 feiras de

educação/orientação vocacional, com vista à captação de novos alunos;

boa dinâmica de internacionalização (96 alunos outgoing e 233 incoming no 1.º ciclo).

Atividade Científica

mais de 450 publicações em que foram autores ou coautores docentes da FEUC, destacando-se o aumento

das apresentações em artigos de artigos em conferências (124 apresentações em atas de congresso);

desenvolvimento de 72 projetos de investigação no ano de 2010, que envolviam um total de 56

docentes/investigadores;

reforço da atividade da biblioteca, traduzido no registo de 2973 novas entradas (entre ofertas, compras e

permutas) e na promoção de uma lógica de rede entre instituições que permitiu igualmente a consolidação

da boa oferta que caracteriza a biblioteca da Faculdade;

aumento do número de publicações pela rede de centros de investigação da FEUC, com destaque para as

duas publicações de caráter periódico: Notas Económicas (editada pelo Grupo de Estudos Monetários e

Financeiros) e Revista Crítica de Ciências Sociais (editada pelo Centro de Estudos Sociais), registando-se,

no ano de 2010, um total de 63 publicações pelos vários centros da faculdade.

Extensão e Transferência de Saber

realização de 28 projetos de consultoria, promovidos por investigadores da FEUC, bem como a assinatura

de diversos protocolos de cooperação, designadamente aqueles que enquadram o desenvolvimento de

ações com vista à promoção da empregabilidade (acolhimento de estágios, ações de recrutamento e de

consultoria junto de autarquias locais);

ligação entre as atividades da FEUC e a comunidade, através da Associação para a Extensão Universitária

(APEU), com especial destaque para a realização de ações de formação e a elaboração de estudos aplicados

no domínio das áreas de ensino e investigação da FEUC. Realizaram-se 16 cursos de formação avançada

e/ou pós-graduações que contaram com um total de 296 participantes.

Gestão Universitária

Alterações nos serviços da FEUC;

Investimentos na renovação do parque informático das salas de aulas, dos gabinetes de trabalho dos

docentes e da infraestrutura de rede no Bloco de Investigação, bem como em intervenções nas instalações

e na requalificação dos espaços exteriores.

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

7.1.7 Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação

A atividade científico-pedagógica e de prestação de serviços à comunidade na FPCEUC foi intensa em 2010, ano

em que comemorou o seu 30.º aniversário. Realça-se:

Ensino

alargamento do quadro formativo, com o 2.º ciclo em Serviço Social (especialização de Gestão de Caso);

preenchimento de 100% das vagas iniciais para os cursos do 1.ºciclo e Mestrado Integrado e crescimento do

número de alunos, essencialmente ao nível do 2.º e 3.º ciclos, com incrementos na ordem dos 21% e 75%,

salientando-se que dos 25% dos alunos que concluíram a sua licenciatura nesta Faculdade, cerca de 54.8%

permaneceu no ano letivo seguinte, ingressando num dos 2.º ciclos.

aumento do número de alunos em mobilidade em cerca de 13,5% relativamente ao ano anterior, com um

aumento de 29,2% na mobilidade incoming e um decréscimo de alunos outgoing;

privilegiando o intercâmbio de saberes entre as diferentes instituições, a FPCEUC estabeleceu e consolidou,

várias parcerias quer com outras Unidades Orgânicas da UC, quer com instituições nacionais e estrangeiras;

de entre um conjunto diversificado de atividades desenvolvidas pelo Gabinete de Apoio ao Estudante,

evidenciam-se o Apoio Psicológico, o Aconselhamento Vocacional e de Carreira e o Atendimento e

Aconselhamento na área da sexualidade - XPTO seXualidades;

alargamento da oferta educativa, ao integrar-se no projeto ED.UC, com 2 cursos de curta duração;

os resultados dos inquéritos pedagógicos semestrais no âmbito do Sistema de Gestão da Qualidade

Pedagógica foram objeto de análise e discussão, para implementação de medidas propostas pelos alunos,

tendo-se registado, de acordo com os resultados mais recentes, uma clara melhoria na satisfação;

no âmbito do Programa de Licenciaturas Internacionais, a FPCEUC ministrou unidades curriculares da área

científica em Ciências da Educação.

Investigação e Desenvolvimento

aprovação, em Conselho Científico, de seis Grupos de Investigação;

continuação da expansão multidisciplinar dos seus temas de investigação, consequência, em grande parte, da

produção científica efetuada nas suas unidades de Investigação e Desenvolvimento: o Centro de

Investigação do Núcleo de Estudos e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) e o Instituto de

Psicologia Cognitiva, Comportamental, Vocacional e Social (IPCDVS);

aprovação de 18 projetos de investigação financiados, uma parte dos quais desenvolvido em interação com

equipas de investigação de outras instituições nacionais e estrangeiras, facto que evidencia a inserção dos

investigadores da FPCEUC em redes de conhecimento alargadas.

Organização e Gestão

numa ótica de melhoria contínua, foi implementado um sistema para avaliação dos serviços prestados,

através do uso de questionários direcionados aos seus utilizadores, cuja análise dos resultados possibilite a

melhoria das futuras prestações de serviço, tendo-se constatado um balanço muito positivo, com todos os

serviços avaliados com ponderações médias superiores a 3,25 (escala de 1 a 5).

Logística e Infraestruturas

Centro de Informação e Documentação: inicio do funcionamento da Mediateca, um fundo documental

constituído por documentos audiovisuais e em formato digital, que tem como missão a divulgação de

informação técnica, pedagógica e científica de suporte às diversas atividades e início do funcionamento da

Testoteca, uma nova estrutura de apoio técnico-científico com um conjunto de instrumentos de medida e

avaliação psicológica, para apoio nas atividades pedagógicas e investigacionais;

reforço das intervenções na área de reabilitação e requalificação de edifícios, particularmente dando

continuidade à programação das obras do antigo edifício da Farmácia;

grande acréscimo de novos recursos bibliográficos e informativos, fato que se deve, em parte, ao cessar das

atividades dos Núcleos de Investigação e da deslocação do seu acervo documental para a biblioteca.

Ligação à Sociedade

início de funções do Centro de Prestação de Serviços à Comunidade, estrutura que pretende potenciar a

articulação entre a comunidade académica e a sociedade civil, prestando serviços de excelência,

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

designadamente ao nível da investigação externamente solicitada, formação não graduada, consultadoria e

consultas de psicologia.

7.1.8 Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física

Examinando o plano estratégico da Faculdade de Desporto e Educação Física para o ano de 2010, ano em que a

faculdade comemorou o seu 18.º aniversário, é possível destacar:

preenchimento das vagas oferecidas nos 1.º, 2.º e 3.º ciclos de estudos;

implementação do SGQP em todos os ciclos, com a aplicação de inquérito aos docentes e estudantes;

otimização da ferramenta Web on Campus (WoC), com uma taxa de utilização, pelos docentes, de 100% das

funcionalidades disponíveis;

reforço da internacionalização, através do ensino de duas unidades curriculares lecionadas em inglês (por

semestre), do apoio à mobilidade de estudantes, dos três ciclos de estudos, quer incoming quer outgoing, e do

convite a 25 docentes incoming;

desenvolvimento de 11 trabalhos de investigação de 2.ºciclo e de 11 linhas de investigação de doutoramento

com entidades parceiras da economia real;

definição das linhas gerais e curriculum da candidatura ao Programa Erasmus Mundus em Treino Desportivo;

aumento da oferta educativa e de aprendizagem ao longo da vida, fruto da realização de 8 cursos de

especialização ou de pós-graduação e da organização de um curso em e-learning (Pós-graduação em Exercício e

Saúde em Populações Especiais);

atualização semanal da documentação científica na Biblioteca virtual;

realização de 6 ações de formação para os utilizadores da biblioteca, com vista à promoção da qualidade

pedagógica e dos recursos;

desmaterialização dos processos de natureza académica, através da implementação das funcionalidades

disponíveis no NÓNIO;

aumento do rácio de artigos anuais publicados por investigador (2 publicações por docente);

crescimento do número de iniciativas de investigação enquadradas em protocolos e contratos programa com

entidades externas (6 projetos protocolados);

com vista ao fomento da transferência dos conhecimentos foram realizados 8 eventos científicos com a

participação de especialistas convidados nacionais e estrangeiros;

candidatura, com sucesso, para um novo Intensive Programme on Sport Performance: A Lifespan Challenge,

integrando um consórcio composto por universidades europeias e dos Estados Unidos;

aumento das receitas próprias relativamente ao valor de 2009, graças à prestação de serviços no Centro de

Estudos Biocinéticos, da realização das provas físicas de pré-requisitos e da prestação de serviços

interbibliotecas;

com o intuito de aumentar os níveis de reconhecimento, realizaram-se dois eventos de estudantes Erasmus e

aplicou-se um inquérito de satisfação de stakeholders;

realização de 2 ações de reflexão organizacional, de forma a melhorar a comunicação interna e a implementar

valores corporativos.

7.1.9 Instituto de Investigação Interdisciplinar

O Instituto de Investigação Interdisciplinar é uma unidade orgânica que congrega unidades de investigação públicas e

privadas da Universidade, com vista a favorecer e valorizar as atividades de investigação de natureza interdisciplinar e a

assegurar a sua representação nos órgãos da Universidade.

(Estatutos da Universidade de Coimbra, art. 17.º)

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

O III promove investigação e formação avançada interdisciplinares, fomentando o cruzamento fértil entre áreas de

saber e a agregação de equipas, no sentido de garantir capacidade de afirmação internacional da investigação

científica da UC, sendo atualmente composto por 34 Unidades de Investigação da UC, cujo trabalho de

investigação produzido se situa nas áreas das Ciências e da Tecnologia, das Ciências Sociais e das Humanidades. De

realçar que a primeira reunião de diretores de Unidade de I&D e Conselho Cientifico do III se realizou em 2010.

Também com o objetivo de promover investigação e formação avançada interdisciplinares, o III promove a

organização de cursos de doutoramento com vocação interdisciplinar, tendo colocado à disposição, no ano letivo

2010-2011, três doutoramentos, com um total de 41 alunos inscritos:

Doutoramento em Território, Risco e Políticas Públicas, com 12 alunos inscritos;

Doutoramento em Biologia Experimental e Biomedicina, com 17 alunos inscritos;

Doutoramento em Patrimónios de Influência Portuguesa, com 12 alunos inscritos.

Durante o ano de 2010, destacam-se:

regulamentação dos critérios de interdisciplinaridade de atividades sediadas no III;

definição e aprovação dos procedimentos para a aceitação de uma unidade como membro ou como

observadora do III;

integração de estudantes em atividades de investigação;

acompanhamento de todos os projetos de I&D em curso no III, com uma execução financeira próxima de

100% em quase todos os projetos;

organização de sessões públicas de divulgação de oportunidades de financiamento de projetos de I&D;

início da recolha de informação sobre os equipamentos científicos existentes nos centros de investigação para

construção de uma base de dados, para promover e facilitar a utilização comum e manutenção de

equipamentos;

Workshops de demonstração ―Investigue na UC e publique no Mundo‖, pretendendo auxiliar os investigadores

da UC a inserirem os seus curricula na plataforma DeGóis e a sua plataforma científica na plataforma Estudo

Geral.

7.1.10 Colégio das Artes

O Colégio das Artes é uma Escola de Estudos Avançados que dá coesão institucional à reflexão científica interdisciplinar nos

domínios artísticos e desenvolve o espírito criativo, em diálogo permanente com o conjunto dos saberes cultivados nas várias

Faculdades.

(Estatutos da Universidade de Coimbra, art. 17.º)

O Colégio das Artes opera no campo da arte contemporânea, na sua relação com a arquitetura, o cinema e as

artes performativas numa ótica transdisciplinar, tendo passado a dispor de instalações físicas em julho de 2010.

Iniciou as suas atividades letivas no corrente ano, processo que vinha sendo preparado de modo mais intenso no

2.º semestre do ano letivo 2009-2010. As aulas tiveram início no mês de outubro com dois cursos:

curso de 3.º Ciclo em Arte Contemporânea, com 23 doutorandos;

Mestrado em Crítica de Arte e Arquitetura, com 7 alunos.

O Colégio começou por marcar presença na XII Semana Cultural da Universidade de Coimbra, coorganizando o

colóquio ―Bauhaus: arquitetura e causa pública‖, juntamente com a Secção de Artes do Departamento de História,

Arqueologia e Artes da FLUC, com o CEISXX, com o Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de

Coimbra e Porto (CEAUCP), e a Trienal de Arquitetura de Lisboa.

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Paralelamente, o Colégio das Artes foi responsável pela montagem da exposição ―O modernismo alemão na

coleção Paulo Parra – Peter Behrens, Bauhaus e Ulm‖, patente ao público na Galeria de Exposições Temporárias

do Museu de Antropologia entre os dias 3 e 19 de março. Este foi um marco importante na afirmação do Colégio,

uma vez que esta exposição foi visitada por largas dezenas de pessoas.

Integrado no programa do Curso de Doutoramento, o Colégio das Artes organizou um conjunto de conferências:

19 de novembro – Abílio Hernandez Cardoso | O cinema e a cidade: de La Ciotat a Hiroshima e Sarajevo,

como se constrói uma memória, como se esquece uma cidade...;

3 de dezembro – António Olaio | A universidade segundo Marcel Duchamp; Jorge Figueira | Os arranha-céus e

Dali;

10 de dezembro – Delfim Sardo e João Queiroz | Pintura, Protocolo e Representação.

7.2 Unidades Orgânicas de Investigação

A Universidade de Coimbra dispõe de duas Unidades Orgânicas de Investigação, o Instituto de Ciências Nucleares

Aplicadas à Saúde (ICNAS) e o Tribunal Universitário Judicial Europeu (TUJE).

7.2 .1 Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde

O ICNAS é uma unidade orgânica de investigação com caráter multidisciplinar, que tem como objetivo desenvolver novas

técnicas de investigação básica e clínica, bem como prestar serviços especializados de saúde no domínio das aplicações

biomédicas das radiações.

(Estatutos da Universidade de Coimbra, art. 18.º)

Das atividades desenvolvidas em 2010 pelo ICNAS, destacam-se:

Investigação

20 artigos publicados (artigos completos publicados em revistas indexadas internacionais ou em revistas

nacionais; artigos publicados em revistas indexadas ou em revistas nacionais sob a forma de resumos e

resumos em ―proceedings‖ de conferências);

26 comunicações científicas (comunicações orais ou posters em eventos nacionais e internacionais;

edição de 3 livros;

participação em 4 projetos de investigação;

orientação de 6 teses de doutoramento, 4 de mestrado, 1 de pós-graduação e 1 de estágio;

transferência e valorização do conhecimento, designadamente, ações de formação, palestras, cursos,

conferências, num total de 5 iniciativas;

organização de duas reuniões científicas do ICNAS: Tumores Neuroendócrinos e PET em oncologia.

Acordos e protocolos de colaboração

acordo de colaboração com instituições de ensino superior, nas áreas do ensino, investigação, inovação e

transferência de tecnologia e no desenvolvimento científico e técnico dos recursos materiais e humanos

(Instituto Politécnico de Leiria e Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra);

acordos de prestação de serviços na área da Medicina Nuclear, com o CHC de Coimbra, o Hospital

Distrital de Santarém e o Centro Hospitalar da Cova da Beira.

Prestação de Serviços

realização de um total de 6449 exames realizados, o que representa um acréscimo de 20% em relação ao

ano anterior.

Instalações e equipamento

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

aquisição e instalação de equipamentos necessários à atividade do ICNAS, designadamente equipamento de

radioproteção individual e coletivo, equipamento de PET (estudos da Patologia tumoral da mama) e Câmara

Gama (para investigação nas áreas básica e clínica);

recuperação da antecâmara do Ciclotrão e da Radiofarmácia;

realização de ações de formação no âmbito da segurança radiológica, bem como a aprovação do plano de

emergência do ICNAS.

Outros

início de funções da Comissão de Ética, após aprovação da sua constituição.

7.2.2 Tribunal Universitário Judicial Europeu

O TUJE é uma unidade orgânica de investigação com caráter multidisciplinar que convoca vários saberes relacionados com a

atuação de um Tribunal e aproveita e estimula as competências de várias Faculdades com o objetivo de ajudar a melhorar o

ensino do Direito e a prestação de serviços de Justiça, junto da qual funcionará, sob a responsabilidade do Ministério da

Justiça, segundo os esquemas de competência constitucional e legalmente instituídos, um Tribunal de 1.ª instância nos

mesmos moldes dos tribunais judiciários normais.

(Estatutos da Universidade de Coimbra, art. 18.º)

O TUJE, criado em 2007, surge após o desafio lançado pela sociedade de inovação/Agenda de Lisboa, aos

estabelecimentos de ensino superior no sentido de contribuírem para a criação e sustentação de uma sociedade

de conhecimento no espaço europeu. Não dispõe ainda de espaço físico, o que condiciona a sua atividade, mas

futuramente terá a sua sede no edifício do antigo Colégio da Trindade, recuperado e adaptado para o efeito.

No âmbito das suas atribuições (Tribunal Universitário, Judicial e Europeu) e no quadro da construção de uma

sociedade de inovação e de conhecimento, o TUJE visa constituir-se como participante de referência no esforço

nacional de melhoria permanente de serviços de justiça prestados aos cidadãos. Na programação e execução das

suas atividades, orienta-se por diretrizes de contínua contenção integradora das dimensões universitária, judicial e

de investigação.

Como instância modernizadora de ensino, pretende proporcionar, em articulação com Tribunais integrados na

organização judiciária, condições de formação completa aos estudantes da Universidade, designadamente do 2.º

ciclo, de forma que o serviço de justiça se aproxime do ensino e este da prática judiciária.

Empenhado na construção da sociedade de conhecimento, enquadrará um centro de investigação multidisciplinar

que, de modo articulado com os tribunais instalados junto do TUJE e com as unidades orgânicas de ensino e de

investigação da Universidade de Coimbra cultoras dos vários saberes coenvolvidos, desenvolva projetos de

investigação proporcionadores de uma reflexão crítica sobre as estruturas, as decisões e as práticas dos Tribunais.

7.3 Unidades de Extensão Cultural e de Apoio à Formação

Estas unidades são as estruturas universitárias responsáveis pela coordenação dos meios e dos recursos que asseguram a

gestão racional do espólio bibliográfico e documental, arquivístico, da atividade editorial, bem como pela concretização da

estratégia de coordenação definida nestas matérias pelos órgãos competentes da Universidade.

(Estatutos da Universidade de Coimbra, art. 26.º)

7.3.1 Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra

A BGUC tem como atribuições fundamentais a preservação, o enriquecimento, o tratamento técnico e a difusão

do seu património bibliográficos e documental, o apoio ao ensino e à investigação, através da disponibilização de

informação bibliográfica. Compete-lhe ainda a gestão da Biblioteca Joanina, que pela sua riqueza arquitetónica e

decorativa, é monumento nacional, albergando um riquíssimo conjunto bibliográfico constituído por obras

impressas do séc. XVI aos finais do séc. XVII.

Destacam-se as seguintes atividades no âmbito dos objetivos definidos:

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

crescimento do tratamento técnico bibliográfico para os documentos impressos, quer de monografias

(acréscimo de 13,6%), quer de publicações em série (aumento de 7,2%);

aumento das exposições bibliográficas realizadas, com a realização de 3 grandes exposições bibliográficas e de

16 mostras mais pequenas realizadas seja na Biblioteca Joanina seja nas vitrinas da Sala do Catálogo;

realização de anúncios públicos de atividades ou resultados, de onde se recordam apenas os 5 anúncios a que

se atribui maior importância:

apresentação da obra Tesouros da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, dando a conhecer algumas

das preciosidades guardadas na BGUC;

marca do património europeu atribuída à Biblioteca Geral;

obras da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra incluídas na Europeana;

abertura total do edifício da Biblioteca Joanina ao público;

acordo entre as bibliotecas da Universidade de Coimbra e a Biblioteca Nacional de Portugal.

desenvolvimento do sítio web, com a disponibilização de 62 novos ficheiros na homepage da BGUC e com a

tradução para inglês do site da Biblioteca Joanina;

implementação do inquérito aos estudantes da Biblioteca, pela Área de Leitura, Referência e Apoio ao

Utilizador, no sentido de preparar e dinamizar a auscultação dos utentes da BGUC relativamente à satisfação

do serviço.

A BGUC acolhe o Sistema Integrado das Bibliotecas da Universidade de Coimbra (SIBUC), coordenado também

pelo seu diretor, apesar de organicamente dependente da Reitoria. Tem como missão principal a criação de

sinergias com a BGUC e com as diversas bibliotecas universitárias, procedendo à gestão de tarefas comuns a todas

as bibliotecas da UC, por forma a garantir que o acesso à informação seja o mais adequado às necessidades dos

seus utilizadores. Fomenta, por isso, a cooperação entre elas, promovendo o seu desenvolvimento e

funcionamento em rede.

Diversos foram os projetos desenvolvidos, sendo exemplo a Biblioteca Digital de Fundo Antigo da Universidade de

Coimbra (Alma Mater), inaugurada em julho e que resultou da execução de diversos processos de digitalização e

encadernação digital levados a cabo nas bibliotecas da UC, congregando, valorizando e aumentando várias

bibliotecas digitais já existentes bem com outras novas.

Outro dos projetos é a República Digital, inaugurada juntamente com a Alma Mater (de que é parte integrante),

com o patrocínio da Comissão das Comemorações do Centenário da República e que integra um conjunto

diversificado de documentação relacionada com a afirmação das ideias e das instituições republicanas em Portugal

e com a oposição republicana ao Estado Novo.

Durante o ano de 2010, foram efetuados 101.532 empréstimos e 70.189 devoluções no conjunto das bibliotecas

que integram o SIBUC, verificando-se um aumento em relação ao ano anterior.

Quadro 27: Empréstimo domiciliário do SIBUC

Empréstimo domiciliário 2009 2010*

Empréstimo Devolução Empréstimo Devolução

Total 94.681 65.583 101.532 70.189

* no ano de 2010, a Biblioteca da Faculdade de Letras passou também a integrar o SIBUC.

Em 2010, destacaram-se:

projetos Catálogo Científico do Doutor Luís de Albuquerque e Organização do Espólio de Carolina Michaëlis

de Vasconcelos e catalogação do respetivo epistolário, financiados pela Fundação Calouste Gulbenkian;

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

conversão e integração dos registos dos fundos bibliográficos da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra;

apoio à Biblioteca da Faculdade de Letras, encontrando-se já a funcionar o empréstimo automatizado e as

reservas de documentos on-line;

desenvolvimento do Estudo Geral (EG), tendo sido disponibilizada, aos respetivos júris, a produção científica de

cada candidato a Provas de Agregação;

participação nas reuniões do Grupo de Trabalho Open Acess – RCAAP, que decorrem desde 2009;

parceiro no projeto European Local, disponibilizando conteúdos da Biblioteca Geral de Fundo Antigo;

organizações diversas de ações de formação no âmbito do software Millenium e ao Estudo Geral e ainda à

plataforma DeGóis.

7.3.2 Arquivo da Universidade de Coimbra

O Arquivo da Universidade de Coimbra é o depositário da riquíssima documentação produzida e recebida pela

Universidade de Coimbra, ao longo da sua história, incluindo o diploma do Rei D. Dinis considerado como a carta

de fundação da UC, e integrando ainda os fundos documentais do Arquivo Distrital, e tem como missão principal a

sua preservação, enriquecimento e tratamento técnico.

Em conformidade com a execução do plano de atividades, o AUC acabou por cumprir os objetivos mais

diretamente ligados quer à atividade arquivística quer aos aspetos que de forma genérica caracterizam esta unidade

– de cultura e de apoio à formação – expressas nos Estatutos da UC. Assim, apresenta-se de seguida uma breve

síntese das ações desenvolvidas pelo AUC:

dinamização de atividades:

aumento do n.º de eventos culturais organizados pelo AUC ou em que colabora (colóquios, conferências,

debates, palestras), destacando-se, a título de exemplo, a exposição subordinada ao tema 450 anos da

Confraria da Rainha Santa Isabel;

divulgação da disponibilidade para receber visitas de estudo, junto de entidades educativas, o que resultou

em 5 visitas de estudo;

aumento do número de media contactados para divulgação de atividades do AUC;

realização de uma exposição documental com catálogo na Semana Cultural da UC.

promoção do intercâmbio com as Faculdades no apoio à formação, através do intercâmbio e colaboração com

2 entidades externas à UC e com o acolhimento de 8 estudantes/ recém-licenciados em estágios profissionais;

gestão dos espaços disponíveis com a transferência de documentação para o ―arquivo automático‖;

implementação da melhoria dos processos de gestão quotidiana, com a promoção de ações de formação aos

colaboradores e satisfação dos pedidos de informação em 48h (quando indicados os elementos essenciais

mínimos);

angariação de receitas próprias/ apoios, fruto de protocolo com uma entidade externa;

tratamento dos fundos arquivísticos (2 fundos com a aplicação Digitarq, 6 fundos documentais e reconversão

de 2 instrumentos de pesquisa dos fundos arquivísticos);

modernização das atividades administrativas, fruto da concretização da aplicação do sistema de comunicação de

informação desmaterializada ao setor de digitalização do AUC.

7.3.3 Imprensa da Universidade

A Imprensa da Universidade de Coimbra (IUC) é uma instituição com uma história que honra a Universidade, a

cujo serviço está desde finais do século XVIII, cabendo-lhe essencialmente definir e executar a política editorial da

UC e programar coordenar e orientar a publicação de obras de interesse cultural, científico e pedagógico.

Relativamente às atividades desenvolvidas pela evidenciam-se:

edição de 70 novas obras;

lançamento de 24 livros, em múltiplos espaços da cidade e também em Lisboa e na Figueira da Foz;

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

exposição itinerante ―Estórias Republicadas. Impressões que fazem história‖, patente em 24 instituições

(bibliotecas escolares, bibliotecas municipais);

colóquio sobre ―Gestão Editorial‖, em abril, no Instituto de Coimbra;

workshop sobre ―Marketing do Livro‖, em abril, na Fundação Cultural da UC;

colóquio internacional ―As Três Religiões do Livro‖, em novembro, na FLUC;

projeto ―10 Paixões em forma de Romance‖ (organização da votação eletrónica aberta a toda a UC, reunião de

júri para seleção das obras finalistas e primeiras 2 tertúlias literárias sobre os livros eleitos);

primeira edição do Prémio Joaquim de Carvalho;

participação na Feira do Livro de Coimbra, durante duas semanas, em abril / maio, na Praça da República;

dinamização da APEES (alargamento para 13 sócios; apresentação no MCTES, DGLB e APEL; parceria com a

Wook; projeto de livro conjunto sobre o Ensino Superior);

projeto de migração das revistas universitárias de Coimbra para plataforma digital – 1.ª fase (em colaboração

com a FLUC e a BGUC);

primeira fase da composição do Catálogo Comum de publicações da UC (desde 1999);

coleção documental Eng.º José Neves dos Santos (movimentos estudantil em Coimbra, década de 1970): início

da catalogação e estudo, em parceria com o CD 25 de Abril e o CES.

7.3.4 Centro de Documentação 25 de Abril

O Centro de Documentação 25 de Abril visa recuperar, organizar e pôr à disposição da investigação científica o

valioso material documental disperso pelo país e estrangeiro, sobre a transição democrática portuguesa: o 25 de

Abril de 1974, os acontecimentos preparatórios e as suas principais consequências.

O ano de 2010 caracterizou-se por um intenso trabalho interno, em que se procurou fazer confluir os recursos

disponíveis para a organização do acervo arquivístico e documental, com vista a uma difusão de informação

histórica e científica mais célere e alargada, dando especial atenção ao enriquecimento da oferta de acesso à

informação e documentação em linha, a partir da página do CD25A na Internet. Assim, destacam-se:

Educativa e extensão cultural

colaboração nas Comemorações Oficiais do 25 de abril no Palácio de Belém, com a seleção e digitalização

de iconografia variada para projeção nos muros do Palácio;

colaboração na produção do espetáculo ―FireWorks‖, realizado na Casa da Música, através do apoio à

seleção de documentos sonoros e iconográficos;

colaboração na organização de exposições comemorativas do 25 de abril, com cerca de 40 instituições

(escolas câmara municipais, associações), através do empréstimo e da cedência de material pedagógico;

colaboração no repositório da UC ―República Digital‖ e no portal das Comemorações Nacionais dos Cem

Anos da República através da catalogação e digitalização de 15 documentos raros que incluímos numa

página online especial a que chamámos ―Dossier 5 de outubro‖;

colaboração no projeto ITunes University (UC) através da organização de documentos vídeo e

iconográficos sobre o 25 de abril de 1974.

Investigação

parceria e colaboração ativa com o Centro de Estudos Sociais em 3 projetos financiados, dois deles na área

dos estudos sobre a Guerra Colonial e o Pós Colonialismo;

realização de pesquisa documental e reprodução de imagens de arquivo para uma instituição e uma

exposição.

Desenvolvimento de suportes de apoio ao conhecimento

projeto ―O processo SAAL em fotografias‖, com preservação de cerca de 2500 imagens do arquivo

fotográfico do CD25A, com apoio da Fundação Calouste Gulbenkian;

atualização da página on-line e guia de Fundo de Arquivo com mais de 20 novos inventários de espólios;

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

entrada, por oferta, de 5 arquivos e espólios documentais, bem como 16GB de páginas de documentos

oficiais;

colocação de mais de 5000 páginas de documentos digitalizados no ―Arquivo Digital – Estudo Geral‖;

colaboração na edição de 3 obras.

Instalações e Infraestruturas

obras de reabilitação do Colégio da Graça, na Rua da Sofia, no âmbito do QREN nacional, com o propósito

da partilha de espaços de leitura com o Centro de Estudos Sociais (CES);

transferência de cerca de 3000 volumes para a biblioteca norte/sul no CES;

reforço e renovação de parte da rede informática interna para possibilitar a instalação de mais postos de

trabalho e para apoio ao incremento da disponibilização, aos utilizadores, de reprodução digital de

documentos.

7.3.5 Biblioteca Ciências da Saúde

A Biblioteca das Ciências da Saúde é uma unidade que resulta da fusão das anteriores Bibliotecas das Faculdades de

Medicina e de Farmácia, no âmbito da concretização da estratégia de racionalização da gestão dos espaços e

espólio bibliográfico, disponibilizando o acesso dos seus fundos documentais a toda a comunidade universitária

bem como à restante comunidade científica nacional e internacional.

Durante o ano de 2010, a BCSUC desenrolou a sua atividade de acordo com as práticas inerentes a um serviço de

biblioteca, destacando-se:

realização de 59 sessões de formação com utilizadores discentes, agendadas, com pesquisa em bases de dados

e recuperação dos artigos pesquisados;

sessões de acompanhamento a docentes para recuperação de documentos e elaboração de listas a partir do

Science Citation Index;

empréstimo de 1253 monografias ao domicílio;

manuseamento de todos os exemplares dos livros da BCSUC, para alteração do registo informatizado e novo

processo de etiquetagem, devido à fusão das bibliotecas predecessoras;

tratamento técnico, cotação dos livros novos adquiridos por ambas as Faculdades e sua disponibilização em

acesso livre;

criação e alteração de mais de 10.000 registos bibliográficos;

atualização do processo de registo de existências e da Coleção de Publicações Periódicas;

aumento do número de lugares de estudo na Biblioteca, através do uso do mobiliário da esplanada, equipando

com a Sala do Catálogo com um número extra de 44 lugares;

inquérito de satisfação aos seus utilizadores presenciais onde se avaliaram vários parâmetros – qualidade do

atendimento, dos fundos documentais, do ambiente de trabalho, das infraestruturas e do espaço;

participação na Conferência Europeia de Bibliotecas da Área da Saúde (EAHIL), que decorreu em Lisboa e no

Estoril de 14 a 18 de junho, com intervenção a nível de Comissões Científica e Organizadora e moderação de

sessões.

7.4 Fundações

Na prossecução dos seus objetivos, a Universidade de Coimbra é apoiada por duas Fundações por si criadas:

A Fundação Museu da Ciência, para a gestão e valorização do património de museologia científica da

Universidade e respetivos espaços;

A Fundação Cultural da Universidade de Coimbra, para a coordenação de atividades culturais de iniciativa

universitária.

(Estatutos da Universidade de Coimbra, art. 15.º)

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

7.4.1 Fundação Museu da Ciência

A Fundação tem por fim a administração e exploração do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, como

pólo educativo e centro interdisciplinar de produção e divulgação científica e cultural.

Em 2010, ano da obtenção do Prémio APOM para o melhor serviço educativo de museus portugueses, o Museu

da Ciência manteve um elevado nível de atividade, à semelhança de anos anteriores, o que lhe permitiu alcançar

um destaque nacional e internacional na divulgação da ciência que importa sublinhar:

exposições, conferências, lançamentos de livros, visitas de grupo e escolares, atividades pedagógicas para

crianças e famílias, concursos, teatro, música, formação para professores, fizeram parte das mais de 50

atividades concretizadas, que se traduziram em mais cerca de 200 eventos;

as atividades desenvolvidas foram muito diversificadas e abrangentes, tendo envolvido 173

cientistas/investigadores da Universidade de Coimbra, além de outras Universidades e Centros de Investigação

de Lisboa e Porto;

acolheu 28 331 visitantes, dos quais 1726 estrangeiros, e foi visitado por 9 237 estudantes, correspondendo a

200 grupos escolares de todo o país;

manteve e alargou as parcerias e colaborações com diversos centros de investigação como o Centro de

Neurociências e Biologia Celular (CNC), o IMAR-Instituto do Mar, o Centro de Ecologia Funcional, o Jardim

Botânico, o Centro de Física Computacional, entre outros.

Foram muitas as iniciativas e atividades com grande afluência e impacto públicos:

programação centrada no Ano Internacional da Biodiversidade:

realização de um ciclo internacional de conferências de elevado nível que reuniu cientistas e investigadores

nacionais e estrangeiros;

lançamento do concurso ―Diários da Biodiversidade‖, dirigido a escolas e famílias;

realização da iniciativa ―Planta uma árvore com a tua escola‖, um desafio que mobilizou escolas de todo o

país;

participação na Semana Polar Internacional que reuniu no Museu da Ciência muitos cientistas polares;

concretização do projeto ―Os Bichos‖ que permitiu a recolha de histórias tradicionais;

lançamento do desafio de conhecer melhor ―A Biodiversidade à minha volta‖, com as Férias no Chimico;

participação intensa nas Comemorações do Centenário da República, através da organização da exposição ―Ver

a República‖;

Noite Europeia dos Investigadores, um projeto financiado pela União Europeia, que colocou os cientistas a

interagirem diretamente com os outros cidadãos, num ambiente de grande festa da ciência;

Noite dos Morcegos, uma colaboração com o Paço das Escolas e a Biblioteca Joanina, que contou igualmente

com a participação de centenas de pessoas;

programa Trilhos, que trouxe muitos participantes à procura da ciência surpreendente que podemos encontrar

nas ruas e nos jardins;

projeto Homem, cidade e ciência, em parceria com a Câmara Municipal de Coimbra, visando desenvolver o

diálogo entre a comunidade científica, a sociedade civil e as autoridades locais;

possibilidade de visita ao Gabinete de Física para quem visite o Paço das Escolas e adquira o bilhete geral que

inclui a visita ao Museu da Ciência.

O ano de 2010 foi ainda marcado pelo alargamento da oferta dos espaços museológicos, uma vez que passou a ter

a responsabilidade da gestão dos espaços e coleções museológicas de Zoologia, Física, Astronomia, Geologia e

Mineralogia, Botânica e Antropologia.

7.4.2 Fundação Cultural da Universidade de Coimbra

A Fundação Cultural da Universidade de Coimbra, entidade de direito privado e de interesse público desenvolve a

sua atividade através da gestão das seguintes unidades: Auditório da Reitoria, Estádio Universitário de Coimbra,

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Teatro Académico de Gil Vicente e da administração do Palácio de São Marcos. A sua estratégia consiste em

promover, apoiar e dinamizar iniciativas no âmbito da atividade científica, cultural e social da Universidade, tendo

em vista a preservação e beneficiação do património e a sua utilização eficiente na prestação de serviços à

comunidade académica e à sociedade em geral, que contribuam para o desenvolvimento social e cultural.

No cumprimento destes objetivos, decorreram em 2010 um conjunto de iniciativas que representaram 268.362

pessoas distribuídas por eventos culturais e desportivos, entre outros.

Quadro 28: Públicos da Fundação Cultural

Públicos

Auditório da Reitoria Participantes 10.530

Estádio Universitário de Coimbra Utilizadores 181.081

Palácio de São Marcos Participantes/ Utilizadores 2.174

Teatro Académico de Gil Vicente Audiências 74.577

Total 268.362

Ao nível orgânico, procedeu-se a um reorganização da estrutura da fundação, com a criação dos Serviços Comuns

às diversas áreas que a compõem. Iniciou-se também o processo de criação da imagem institucional da fundação e

foi finalizado o registo do domínio e alojamento do sítio na internet.

7.4.2.1 Auditório da Reitoria

O Auditório da Reitoria é um espaço de confluências ideal para eventos de caráter científico, cultural, empresarial

e social. O anfiteatro, espaço com uma lotação de 470 lugares e um conjunto de estruturas de apoio e meios

técnicos, acolheu 10.530 pessoas em 42 iniciativas – congressos, conferências, reuniões e workshops – com

manifesto interesse para a Universidade de Coimbra e para a comunidade em geral.

7.4.2.2 Estádio Universitário de Coimbra

O Estádio Universitário de Coimbra é um complexo desportivo que proporciona a prática desportiva à população

universitária e à comunidade em geral, quer na área da iniciação, quer nas áreas da formação e da especialização

desportiva. Paralelamente a estas, o EUC proporciona ainda a realização de atividades de lazer e de manutenção,

organizadas ou casuais, e de eventos de referência através de um conjunto de estruturas (mini-pavilhão, 3

pavilhões e um polidesportivo, campo pelado, campo rugby, campo principal relvado e pista de atletismo, campos

de ténis - piso sintético -, pista de radiomodelismo e sala de cultura física, sala de musculação e cardiofitness, e

circuito de manutenção).

Durante o ano de 2010, foram contabilizados 181.081 praticantes, dos quais 155.384 associados a atividades/

modalidades da AAC, sem contabilizar os utilizadores da FCDEFUC, da Escola Secundária Jaime cortesão e os

utilizadores das áreas livres (comunidade em geral). Olhando por modalidade, destaca-se a atividade de Cultura

Física, com aproximadamente 59.000 utilizadores em 2010.

Ao nível dos eventos refira-se a realização do 7.º Campeonato Europeu Universitário de Ténis, o Campeonato de

Portugal em Boccia e o XX Torneio "Cidade de Coimbra" em Patinagem.

De realçar que está em funcionamento, desde dezembro, uma comissão de gestão, integrando os organismos que

têm interesses e obrigações no EUC, e que tem como funções não só a gestão corrente, mas também a

apresentação, no final de 2011, de um Plano de Desenvolvimento.

7.4.2.3 Palácio de São Marcos

O Palácio de São Marcos, localizado nos arredores de Coimbra (S. Silvestre), foi cedido à Universidade de

Coimbra pelo Estado Português, em 1981. Constituído por um palácio, espaços naturais envolventes e Igreja –

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

classificada como monumento nacional desde 1910 –, esta estrutura reúne as condições ideais para realizações de

atividades científicas, culturais e sociais potenciando e valorizando a componente patrimonial e paisagística.

No âmbito das atividades desenvolvidas em 2010, o Palácio de São Marcos recebeu 2.174 pessoas em 22 eventos

de caráter social e empresariais (congressos, reuniões, jantares, entre outros) ligados à Universidade de Coimbra,

entidades públicas locais, e outros de índole privada.

Para além da vertente de acolhimento de eventos, o Palácio de São Marcos presta ainda o serviço de visitas guiadas

à Igreja, mesmo que de forma casual, totalizando, no decurso do ano, cerca de 300 pessoas (a título privado ou

organizadas em grupo).

7.4.2.4 Teatro Académico de Gil Vicente

Ao Teatro Académico de Gil Vicente incumbe a promoção da realização de espetáculos e de outras manifestações

de índole cultural ou artística. Enquanto espaço de serviço público, oferece uma programação diversa através de

parcerias, intercâmbios e coproduções/coorganizações. O exercício da atividade do TAGV resulta da promoção,

dinamização e divulgação artística e cultural no âmbito de compromissos estabelecidos, através de parcerias –

partilha de receitas de bilheteira com as produtoras/organizações acolhidas (73 eventos) – ou através da cedência

de utilização da sala de espetáculos (52 eventos).

Em 2010 acolheu 74.577 pessoas em eventos distribuídos por 290 sessões de diversas áreas performativas (teatro,

dança, música e áreas multidisciplinares), cinema, e ainda workshops, exposições e debates.

Especial destaque para as iniciativas coproduzidas ou coorganizadas com outras entidades, como é o caso da Festa

do Cinema Francês e a Semana Cultural da Universidade de Coimbra. O TAGV foi ainda palco da digressão

internacional dos Nouvelle Vague (França) e do início dos concertos nacionais dos Belle Chase Hotel. Refira-se ainda

que acolheu 2 estreias absolutas e o projeto em residência da Companhia Paulo Ribeiro para o espetáculo

Paisagens… Onde o negro é cor.

7.5 Centro de Estudos Superiores da UC em Alcobaça

O Centro de Estudos Superiores da Universidade de Coimbra em Alcobaça apresenta uma oferta formativa

orientada para o aprofundamento do conhecimento e valorização profissional.

No âmbito da formação contínua de professores, tem vindo a ser ministrado o Curso de Formação Especializada

em Administração Escolar (5.ª edição em 2009/10 e 6.ª edição em 2010/11), que constitui um espaço de formação

interdisciplinar inovador (articulando saberes da área das ciências da educação com a da gestão administrativa),

capaz de potenciar a valorização da integração de saberes técnicos no desenvolvimento de um pensamento

educacional adequado aos desafios do presente - futuro.

Em 2009/10, arrancou o Mestrado em Gestão Escolar, parceria entre a FEUC e a FPCEUC, cujo 2.º ano se

encontra atualmente a decorrer. Decorre ainda, em 2010/11, a 6.ª edição do Mestrado em Lazer e

Desenvolvimento Local, da responsabilidade da FCDEFUC.

7.6 ICNAS Produção, Lda

A ICNAS Produção-Unipessoal, Lda foi constituída em maio de 2009, com o objetivo de operação do ciclotrão,

tendo em vista a produção, controlo de qualidade e disponibilização de radionuclídeos e radiofármacos. Encontra-

se sediada no mesmo espaço do ICNAS, no Pólo das Ciências da Saúde e entre as duas entidades existe um

protocolo de utilização do edifício, do ciclotrão e demais imobilizado.

O ano de 2010 foi um ano de aplicação de conhecimento, de investigação e de testes de qualidade, tendo

desenvolvido vários projetos de investigação e desenvolvimento, nomeadamente nos radiofármacos com 18F e

carbono 11, e tendo obtido de licenças sem as quais era possível a laboração e a evolução da empresa:

licença de Fabricação Industrial emitida pelo Ministério da Economia;

autorização de Fabrico, emitida pelo INFARMED;

licença de Boas Práticas de Fabrico emitida pelo INFARMED.

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Re

curs

os

hu

man

os

8

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

8. Recursos humanos

A Universidade de Coimbra, no final de 2010, contava com 3.334 efetivos, maioritariamente do sexo feminino.

Efetuando a desagregação por pessoal docente/investigador e não docente, constata-se, contudo, que tal já não é

verdade no grupo do pessoal docente/investigador, maioritariamente do sexo masculino.

Quadro 29: Efetivos por género

H M Total

Pessoal Docente e Investigador 951 622 1573

Pessoal Não Docente 595 1166 1761

Total por Género 1.546 1.788 3.334

Convertendo o número de efetivos de pessoal docente/investigador em Equivalente a Tempo Inteiro (ETI)

passamos a 1.296,74, em virtude da existência de docentes a tempo parcial.

Quadro 30: Distribuição dos docentes e investigadores (ETI), por grau

Grau Doutorados Não Doutorados Total

Total 1044,3 252,44 1296,74

No que respeita ao pessoal não docente, assiste-se a uma maior representatividade do grupo assistente

operacional, justificado essencialmente pelo pessoal afeto aos SASUC (cerca de 60% do total de assistentes

operacionais do grupo público UC).

Quadro 31: Distribuição do pessoal não docente por grupo profissional

H M Total

Dirigente 24 18 42

Técnico Superior 114 274 388

Assistente Técnico 148 381 529

Assistente Operacional 224 373 597

Outro 85 120 205

Total 595 1.166 1.761

O pessoal da Universidade de Coimbra tem, na sua maioria, entre 40 e 49 anos (32,7%) e entre 50 e 59 anos

(30,5%).

Gráfico 11: Estrutura etária dos recursos humanos

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100

mais de 60

50 - 59

40 - 49

30 - 39

menos 30

mais de 60

50 - 59

40 - 49

30 - 39

menos 30

2010 2009

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69

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Desagregando por pessoal docente/investigador e pessoal não docente, verifica-se que o primeiro grupo tem

maioritariamente entre 40 e 49 anos, enquanto que o pessoal não docente apresenta-se maior concentrado na

faixa etária 50-59. De referir ainda que no geral as mulheres são mais jovens do que os homens.

Gráfico 12: Estrutura etária dos pessoal docente/Investigador e do pessoal não docente

Quanto à movimentação de pessoal, o número de admissões foi superior ao número de saídas, em todos os

grupos e géneros.

Quadro 32: Movimentos de pessoal – admissões / saídas

Admissões Saídas

H M H M

Pessoal Docente 141 75 121 37

Pessoal Não Docente 113 206 112 194

Total por género 254 281 233 231

Total global 535 464

Relativamente ao motivo das saídas, podemos referir que a aposentação justifica apenas 20,91% das saídas, sendo a

maioria dos casos justificados por outros motivos.

Quadro 33: Movimentos de pessoal – motivo das saídas

Motivo das Saídas

Falecimento 3

Aposentação 97

Limite de idade 10

Demissão 4

Mútuo Acordo 20

Mobilidade 12

Outros Motivos 318

O investimento na formação e na qualificação dos recursos humanos é essencial, trazendo benefícios, quer ao nível

de qualidade, quer de eficiência. Em 2010, realizaram-se 110 formações internas, maioritariamente de curta

duração (menos de 30 horas). Realça-se que o processo de reestruturação da Universidade e dos seus serviços

exigiu uma maior aposta em formações direcionadas para a gestão da mudança ou para os novos contextos de

mais de 60; 147

50 - 59; 432

40 - 49; 573

30 - 39; 346

menos 30; 75

mais de 60; 147

50 - 59; 574

40 - 49; 495

30 - 39; 402

menos 30; 143

Pessoal Docente/Investigador Pessoal Não Docente

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70

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

trabalho, designadamente ao nível das novas ferramentas informáticas (quer com o seu desenvolvimento, quer com

a extensão de algumas – como é o caso do SAP – a unidades que não as utilizavam anteriormente).

Quadro 34: Número de ações de formação profissional

Menos de 30 horas De 30 a 59 horas De 60 a 119 horas 120 horas ou mais Total

Ações Internas 108 2 0 0 110

Ações Externas 33 1 2 0 36

Total 141 3 2 0 146

A análise da escolaridade dos efetivos da UC mostra que mais de 70% dos docentes são doutorados, existindo

ainda cerca de 15% que possuem o grau de licenciado.

Gráfico 13: Distribuição percentual do pessoal docente, por nível de escolaridade

Cerca de 36% dos trabalhadores não docentes detêm habilitações académicas de nível superior. Contudo, a

percentagem de trabalhadores que detém habilitações até ao 6.ºano é de 29%. No entanto, a tendência será no

sentido de diminuir esta percentagem, dada a aposentação de trabalhadores com níveis habilitacionais inferiores e a

exigência de habilitação superior no ingresso de novos trabalhadores.

Gráfico 14: Distribuição percentual do pessoal não docente, por nível de escolaridade

Licenciatura; 15,702%

Mestrado; 13,032%

Doutoramento;

71,265%

4-6 anos de escolaridade;

29,074%

9 anos de escolaridade;

16,184%11-12 anos de

escolaridade;

17,263%

Bacharelato ou Curso Médio;

1,590%

Licenciatura; 31,175%

Mestrado; 4,089%

Doutoramento; ,625%

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71

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Observando a correspondência entre os efetivos por nível de escolaridade segundo o género, constata-se que o

doutoramento é o grau que contém o maior número de efetivos, sobretudo do sexo masculino, enquanto que o

menor número de efetivos se encontra no bacharelato ou curso médio, logo seguido da escolaridade ao nível do

9.º ano, onde predomina o sexo feminino.

Gráfico 15: Efetivos por nível de escolaridade e por género

Doutoramento

Mestrado

Licenciatura

Bacharelato ou Curso

Médio

11-12 anos de escolaridade

9 anos de escolaridade

4-6 anos de

escolaridade

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9

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

9. Contas

9.1 Contas da execução orçamental

O Grupo UC, representado pelas entidades que dispõem de uma contabilidade orçamental ao abrigo dos planos

de contas aplicáveis (UC.Reitoria, FCTUC, FMUC e SASUC), dispôs em 2010 de uma dotação orçamental

consolidada no montante de 210.641.806€, representando uma expectativa de acréscimo do seu funding de 6,0%

face ao ano anterior para financiar as suas atividades de Ensino, atividades Estruturais e de Suporte, Investigação,

Prestação de Serviços à Comunidade, Atividades para a UC (incluem as atividades realizadas no âmbito de

protocolos celebrados com entidades para fins determinados e projetos institucionais desenvolvidos), Outras

Atividades (incluem atividades complementares tais como congressos, seminários ou equiparados) e Ação Social.

9.1.1 Origem de fundos

Ao nível da execução, as origens de fundos ascenderam ao montante consolidado de 196.509.219€, tendo-se

verificado no ano de 2010 um crescimento global do funding do Grupo UC em 4,9% face ao ano transato. As

origens de fundos do ano (excluindo saldos) ascenderam a 165.206.940€, traduzindo um crescimento anual de

6,1%. Face ao orçamento corrigido, verificou-se um grau de execução da receita de 93,3%.

Quadro 35: Origem de Fundos – Atividades

ORIGEM DE FUNDOS 2010 2009 Variação 2010 / 2009

RECEITA POR ACTIVIDADES Orçamento Corrigido

[OC] Execução [€]

Execução

[%]

Orçamento Corrigido

[OC] Execução [€]

Execução

[%]

ΔOC

[%]

Δ Execução

[%]

ENSINO, ACTIVIDADES ESTRUTURAIS E DE SUPORTE 126.080.282€ 123.037.692€ 62,6% 114.978.249€ 109.930.947€ 58,7% 9,7% 11,9%

INVESTIGAÇÃO 34.109.924€ 29.233.373€ 14,9% 28.477.040€ 28.396.096€ 15,2% 19,8% 2,9%

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE 11.986.441€ 10.820.961€ 5,5% 10.974.760€ 10.717.521€ 5,7% 9,2% 1,0%

ACTIVIDADES PARA A UC 4.092.768€ 1.887.610€ 1,0% 2.025.529€ 1.899.212€ 1,0% 102,1% -0,6%

OUTRAS ACTIVIDADES 3.796.471€ 2.935.999€ 1,5% 8.329.033€ 7.134.717€ 3,8% -54,4% -58,8%

INVESTIMENTO 6.747.260€ 5.272.625€ 2,7% 12.321.495€ 8.296.399€ 4,4% -45,2% -36,4%

ACÇÃO SOCIAL 23.828.660€ 23.340.959€ 11,9% 21.688.127€ 20.964.464€ 11,2% 9,9% 11,3%

Total Origens de Fundos - Atividades 210.641.806€ 196.529.219€ 100,0% 198.794.234€ 187.339.355€ 100,0% 6,0% 4,9%

Por atividades, o funding do Grupo UC tem a sua principal origem na atividade de Ensino, atividades Estruturais e

de Suporte [62,6%], para as quais contribuem maioritariamente os fundos requisitados do OE e de Propinas. A

atividade de Investigação contribui com 14,9% do financiamento obtido, seguida da atividade de Ação Social com

11,9% e das Prestações de Serviço à Comunidade que representam 5,5% do total da origem de fundos. Com

valores menos significativos surgem as atividades de Investimento, Outras Atividades e as Atividades para a UC

com pesos de 2,7%, 1,5% e 1,0% respectivamente.

A atividade de ensino, atividades Estruturais e de Suporte registaram um crescimento do seu funding [+11,9%] face

ao ano anterior, para o qual contribuiu em grande medida, por um lado, o reforço da dotação proveniente do

Orçamento de Estado (OE) ao abrigo do Contrato de Confiança para o Ensino Superior, e por outro o

crescimento da receita relativa a Propinas. A atividade de Ação Social registou um crescimento significativo do seu

funding [+11,3%], essencialmente por via das transferências correntes relativas a financiamento de bolsas a

estudantes da UC.

O financiamento com origem nas atividades de Investigação e de Prestação de Serviços à Comunidade manteve-se

estável face ao ano anterior, registando um ligeiro crescimento, [+2,9%] e [+1,0%], respectivamente. Por seu lado,

as Outras Atividades [-58,8%] e o Investimento [-36,4%] registaram um forte decréscimo no seu funding devido à

escassez na captação de fundos externos e à diminuição dos saldos de gerência no caso da primeira e da redução

das transferências relativas ao PIDDAC no caso da segunda. O financiamento das Atividades para a UC apesar do

Page 74: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

74

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

crescimento da captação de financiamento externo registou um ligeiro decréscimo [-0,6%] em virtude da

diminuição dos seus saldos de gerência.

Quadro 36: Origem de Fundos - Fundos

ORIGEM DE FUNDOS 2010 2009 Variação 2010 / 2009

RECEITA POR FUNDOS Orçamento

Corrigido [OC] Execução [€] Execução [%] Orçamento Corrigido [OC] Execução [€] Execução [%] ΔOC [%] Δ Execução [%]

Requisitado OE 98.093.306€ 98.093.306€ 49,9% 86.965.533€ 86.965.533€ 46,4% 12,8% 12,8%

Requisitado PIDDAC 2.054.594€ 1.854.478€ 0,9% 10.063.843€ 6.346.343€ 3,4% -79,6% -70,8%

Projetos de Investimento 3.506.034€ 2.231.515€ 1,1% 2.257.652€ 1.950.056€ 1,0% 55,3% 14,4%

Receitas Mobilidade 3.297.827€ 3.292.827€ 1,7% 4.426.951€ 4.424.703€ 2,4% -25,5% -25,6%

Outras Atividades 1.937.567€ 1.834.516€ 0,9% 2.897.921€ 2.879.782€ 1,5% -33,1% -36,3%

Receitas Próprias 18.339.496€ 16.303.324€ 8,3% 22.468.231€ 20.135.128€ 10,7% -18,4% -19,0%

Prestação de Serviços 3.360.960€ 2.944.213€ 1,5% 2.949.238€ 2.886.166€ 1,5% 14,0% 2,0%

Projetos Institucionais 4.231.220€ 2.022.410€ 1,0% 1.427.930€ 1.304.462€ 0,7% 196,3% 55,0%

Projetos de Investigação 25.216.841€ 20.917.098€ 10,6% 18.982.600€ 19.838.651€ 10,6% 32,8% 5,4%

Unidades I&D 8.530.478€ 7.956.630€ 4,0% 9.061.219€ 8.125.225€ 4,3% -5,9% -2,1%

Propinas 30.476.278€ 27.481.696€ 14,0% 28.202.505€ 23.392.695€ 12,5% 8,1% 17,5%

Ação Social - Bolsas 11.597.205€ 11.597.205€ 5,9% 9.090.613€ 9.090.613€ 4,9% 27,6% 27,6%

Total Origens de Fundos - Fundos 210.641.806€ 196.529.219€ 100,0% 198.794.234€ 187.339.355€ 100,0% 6,0% 4,9%

O fundo Requisitado OE, que reflete as transferências provenientes do Orçamento do Estado, assume-se

naturalmente como o core funding do Grupo UC com um peso de 49,9% [98.093.306€].

O fundo Propinas representa 14,0% do total, seguindo-se o fundo Projetos de Investigação com um peso de 10,6%,

das Receitas Próprias com 8,3%, do fundo Ação Social – Bolsas com 5,9% e das Unidades de I&D cujo

financiamento representa 4,0% do funding total do Grupo. Com pesos marginais, no total de 7,2%, surgem as

restantes origens de fundos apresentadas no quadro supra.

Face ao ano de 2009, o fundo Requisitado OE registou um crescimento de [+12,8%] em valores relativos e de

[+11.127.773€] em valores absolutos, em virtude do reforço da dotação proveniente de OE ao abrigo do

Contrato de Confiança para o Ensino Superior.

Da mesma forma, e como já referido anteriormente, a variação da origem de fundos Propinas [+17,5% |

+4.099.001€] resulta do aumento da receita cobrada relativa a Propinas [+5,8% | +1.183.364€] por via do

crescimento do número de alunos inscritos, enquanto que, na origem Ação Social – Bolsas o crescimento [+27,6%

| +2.506.592€] verificou-se por via das transferências correntes relativas a financiamento de bolsas a estudantes da

UC.

No domínio da I&D, o financiamento de Projetos de Investigação cresceu [+5,4% | +1.078.447€], ao passo que nas

Unidades de I&D verificou-se uma contração do financiamento em [-2,1% | -168.594€]. As Prestações de Serviço

mantiveram-se estáveis face ao ano transacto [+2,0% | 58.047€].

De salientar ainda a contração do financiamento com origem em Receitas Próprias [-19,0% | -3.831.804€] em

virtude do cenário macroeconómico desfavorável vivido em 2010 que originou uma queda significativa nas receitas

relativas a Vendas e prestações de Serviços, Rendimentos de Juros que concorrem para este fundo. De igual

forma, o financiamento PIDDAC também registou uma contração do seu financiamento no montante de [-70,8% |

-4.491.865€].

Page 75: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Quadro 37: Origem de Fundos – Agrupamento Económico

ORIGEM DE FUNDOS 2010 2009 Variação 2010 / 2009

RECEITA POR AGRUPAMENTO ECONÓMICO Orçamento Corrigido

[OC] Execução [€] Execução [%]

Orçamento Corrigido

[OC] Execução [€]

Execução

[%] ΔOC [%]

Δ Execução

[%]

Taxas de Ensino 1.233.178€ 1.243.974€ 0,6% 1.304.687€ 1.091.269€ 0,6% -5,5% 14,0%

Propinas 24.368.431€ 21.449.832€ 10,9% 25.066.439€ 20.266.468€ 10,8% -2,8% 5,8%

Rendimento de Juros 415.873€ 75.423€ 0,0% 649.823€ 237.789€ 0,1% -36,0% -68,3%

Dividendos 0€ 0€ 0,0% -€ -€ 0,0% - -

Rendimentos Propriedade Intelectual 0€ 0€ 0,0% 833€ 833€ 0,0% -100,0% -100,0%

Transferências Correntes [R] 26.345.398€ 22.276.201€ 11,3% 21.168.132€ 20.847.870€ 11,1% 24,5% 6,9%

Transferências Correntes | OE-MCTES 97.559.490€ 97.559.490€ 49,6% 86.351.878€ 86.351.878€ 46,1% 13,0% 13,0%

Vendas e Prestações de Serviços 13.792.663€ 11.920.563€ 6,1% 13.615.997€ 12.184.061€ 6,5% 1,3% -2,2%

Outros Rendimentos 566.817€ 622.004€ 0,3% 897.037€ 829.870€ 0,4% -36,8% -25,0%

Transferências de Capital [R] 14.892.791€ 9.945.815€ 5,1% 17.976.354€ 13.839.229€ 7,4% -17,2% -28,1%

Transferências de capital | OE-MCTES 0€ 0€ 0,0% -€ -€ 0,0% - -

Rendimentos de Investimentos Financeiros 0€ 0€ 0,0% 22.638€ 22.638€ 0,0% -100,0% -100,0%

Outros Rendimentos de Capital 1.838€ 0€ 0,0% 1.838€ -€ 0,0% 0,0% -

Rendimentos de Reposições 143.122€ 113.639€ 0,1% 174.521€ 103.452€ 0,1% -18,0% 9,8%

Saldo de Gerência 31.322.204€ 31.322.280€ 15,9% 31.564.058€ 31.564.001€ 16,8% -0,8% -0,8%

Operações Extraorçamentais [R] 0€ 0€ 0,0% -€ -€ 0,0% - -

Total Origens de Fundos - Agrupamento Económico 210.641.806€ 196.529.219€ 100,0% 198.794.234€ 187.339.355€ 100,0% 6,0% 4,9%

9.1.2 Aplicação de fundos

As aplicações de fundos do Grupo UC ascendem ao montante consolidado de 168.622.648€, correspondendo a

um crescimento no ano de 2010 da despesa efetiva de 8,1% em valores relativos e de 12.645.445€ em valores

absolutos. Face ao orçamento corrigido, o grau de execução da despesa fixou-se em 80,1%.

Quadro 38: Aplicação de Fundos – Atividades

APLICAÇÃO DE FUNDOS 2010 2009 Variação 2010 / 2009

DESPESA POR ACTIVIDADES Orçamento Corrigido

[OC] Execução Execução [%] Orçamento Corrigido [OC] Execução Execução [%] ΔOC [%]

Δ Execução

[%]

ENSINO, ATIVIDADES ESTRUTURAIS E DE SUPORTE 119.293.151€ 109.170.059€ 64,7% 112.616.751€ 103.215.023€ 66,2% 5,9% 5,8%

INVESTIGAÇÃO 32.182.986€ 14.423.988€ 8,6% 28.285.938€ 11.369.204€ 7,3% 13,8% 26,9%

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE 14.306.311€ 10.736.812€ 6,4% 15.787.003€ 12.731.435€ 8,2% -9,4% -15,7%

ATIVIDADES PARA A UC 5.067.257€ 2.564.348€ 1,5% 1.517.589€ 775.360€ 0,5% 233,9% 230,7%

OUTRAS ATIVIDADES 8.262.177€ 4.483.754€ 2,7% 5.710.783€ 3.482.156€ 2,2% 44,7% 28,8%

INVESTIMENTO 7.301.264€ 4.255.233€ 2,5% 12.927.335€ 4.074.913€ 2,6% -43,5% 4,4%

AÇÃO SOCIAL 24.228.660€ 23.028.454€ 13,7% 21.948.835€ 20.369.112€ 13,1% 10,4% 13,1%

Total Aplicação de Fundos - Atividades 210.641.806€ 168.662.648€ 100,0% 198.794.234€ 156.017.203€ 100,0% 6,0% 8,1%

O Ensino, atividades Estruturais e de Suporte, como core activity do Grupo UC, são as atividades que registam o

maior peso no consumo de fundos [64,7%], seguida da Ação Social [13,7%], Investigação [8,6%], Prestação de

Serviços à Comunidade [6,4%], Outras Atividades [2,7%], Investimento [2,5%] e Atividades para a UC [1,5%].

Face ao ano anterior, a atividade de Ensino, atividades Estruturais e de Suporte registam um crescimento do nível

de despesa em [+5,8% | €], influenciado pelo aumento dos encargos com CGA e TSU [+5.526.321€], despesas de

funcionamento (aquisição de bens e serviços) [+783.000€] e investimento em bens de capital [+1.135.689€].

Na atividade de Investigação verifica-se uma variação da despesa em [+26,9% | 3.054.783,88€] em resultado do

crescimento do número de projetos de I&D em fase de start-up que implicam um maior investimento em meios

materiais, técnicos e humanos.

A despesa da atividade de Ação Social regista igualmente um crescimento de [+13,1% | +2.008.352€],

essencialmente por via do aumento das transferências correntes relativas à concessão de bolsas de estudo e das

despesas de funcionamento (aquisição de bens e serviços).

As Atividades para a UC apresentam uma variação de [+230,7%] face ao ano anterior, o que em valores absolutos

representa um acréscimo de despesa de [+1.788.988€], influenciado em grande medida pelo investimento

necessário à implementação dos vários projetos de modernização administrativa (implementação do Centro de

Serviços Comuns – CSC@UC, Nonio, Balcão Virtual, Biblioteca Digital, entre outros). Quanto à atividade de

Page 76: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

76

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Investimento, registou um ligeiro crescimento na ordem dos [+4,4% | +180.320€], onde apesar da redução do

financiamento de despesas de funcionamento por PIDDAC verificada em 2009, a despesa cresceu por via do

aumento das aquisições de bens de capital necessárias à conclusão da Subunidade 3 do polo III e da conservação da

Torre da UC.

Em sentido inverso surge a atividade de Prestação de Serviços à Comunidade que apresenta uma contração da

despesa realizada em [-15,7%] e [-16,3%].

Quadro 39: Aplicação de Fundos – Fundos

APLICAÇÃO DE FUNDOS 2010 2009 Variação 2010 / 2009

DESPESA POR FUNDOS Orçamento

Corrigido [OC] Execução Execução [%]

Orçamento Corrigido

[OC] Execução Execução [%] ΔOC [%]

Δ Execução

[%]

Requisitado OE 98.564.998 € 97.901.168 € 58,0% 86.965.533 € 85.732.491 € 55,0% 13,3% 14,2%

Requisitado PIDDAC 2.054.594 € 1.197.612 € 0,7% 10.208.172 € 2.996.735 € 1,9% -79,9% -60,0%

Projetos de Investimento 3.506.034 € 1.781.614 € 1,1% 2.253.549 € 787.559 € 0,5% 55,6% 126,2%

Propinas [Investimento] 1.740.636 € 1.276.007 € 0,8% 465.614 € 290.620 € 0,2% 273,8% 339,1%

Receitas Mobilidade 3.241.575 € 1.210.445 € 0,7% 4.426.022 € 2.772.352 € 1,8% -26,8% -56,3%

Outras Atividades 1.647.914 € 755.020 € 0,4% 1.882.991 € 645.247 € 0,4% -12,5% 17,0%

Receitas Próprias 29.044.060 € 18.800.451 € 11,1% 23.608.995 € 19.631.652 € 12,6% 23,0% -4,2%

Prestação de Serviços 2.904.214 € 1.507.479 € 0,9% 3.053.579 € 1.502.332 € 1,0% -4,9% 0,3%

Projetos Institucionais 4.624.356 € 2.706.501 € 1,6% 1.664.417 € 814.970 € 0,5% 177,8% 232,1%

Projetos de Investigação 20.200.186 € 10.501.742 € 6,2% 18.064.733 € 7.840.334 € 5,0% 11,8% 33,9%

Unidades I&D 7.984.835 € 3.858.107 € 2,3% 9.798.266 € 3.404.437 € 2,2% -18,5% 13,3%

Propinas 23.381.199 € 15.903.200 € 9,4% 27.036.706 € 20.343.525 € 13,0% -13,5% -21,8%

Ação Social - Bolsas 11.747.205 € 11.263.302 € 6,7% 9.365.658 € 9.254.950 € 5,9% 25,4% 21,7%

Total Aplicação de Fundos - Fundos 210.641.806 € 168.662.648 € 100,0% 198.794.234 € 156.017.203 € 100,0% 6,0% 8,1%

A despesa com pessoal do Grupo UC no ano de 2010 ascende a 109.600.107€, representando um aumento de

[+1,2% | +1.258.586€] face ao ano de 2009.

As Remunerações Certas e Permanentes representam 54,7% da despesa total do Grupo, tendo atingido o

montante de 92.213.246€, o que representa um decréscimo de [-1,5%] face ao ano transacto, ao passo que as

Remunerações Contingentes, com um peso de 1,7% da despesa total, evidenciaram uma variação de [+6,1%] para

o montante de 2.872.615€.

Os Encargos com ADSE, representativos de 0,4% da despesa global, evidenciam uma contração de [-33,9%], em

resultado da diminuição dos encargos a suportar pelas IES relativos a RO’s (Receita Orçamental da ADSE).

Os Encargos com CGA cresceram [+29,4%] para o montante de 10.645.239€, assumindo um peso relativo de

6,3%. Esta variação resulta, por um lado, do aumento da taxa contributiva de 11% para 15% e da sua base de

incidência (em valor e em número), e por outro, do desfasamento temporal na entrega / pagamento das

contribuições do mês de Dezembro, que no ano de 2009 foram pagas no primeiro mês de 2010, ao passo que no

ano de 2010 foram entregues no período complementar, facto que afecta a comparabilidade desta rúbrica entre os

dois exercícios.

Relativamente aos Encargos com TSU, a variação de [+17,8%] é afectada pelo desfasamento temporal das entregas

nos exercícios de 2009 e 2010.

Quadro 40: Aplicação de Fundos – Agrupamento Económico

APLICAÇÃO DE FUNDOS 2010 2009 Variação 2010 / 2009

DESPESA POR AGRUPAMENTO ECONÓMICO Orçamento Corrigido [OC] Exec. Exec. [%] Orçamento Corrigido

[OC] Exec. Exec. [%] ΔOC [%] Δ Exec. [%]

Remunerações Certas e Permanentes 92.970.109 € 92.213.246 € 54,7% 97.562.080 € 93.646.737 € 60,0% -4,7% -1,5%

Remunerações Contingentes 3.705.121 € 2.872.615 € 1,7% 4.075.640 € 2.706.578 € 1,7% -9,1% 6,1%

Encargos da UC com a ADSE 773.628 € 716.815 € 0,4% 1.129.322 € 1.085.121 € 0,7% -31,5% -33,9%

Encargos da UC com a CGA 10.956.279 € 10.645.239 € 6,3% 8.495.044 € 8.228.178 € 5,3% 29,0% 29,4%

Encargos da UC com TSU 3.404.935 € 3.152.192 € 1,9% 2.869.609 € 2.674.908 € 1,7% 18,7% 17,8%

Funcionamento | Bens 8.945.618 € 6.386.897 € 3,8% 7.628.483 € 5.354.324 € 3,4% 17,3% 19,3%

Funcionamento | Serviços 45.563.231 € 20.174.193 € 12,0% 39.216.269 € 18.026.640 € 11,6% 16,2% 11,9%

Transferências Correntes [D] 27.699.690 € 20.654.749 € 12,2% 22.034.804 € 17.449.890 € 11,2% 25,7% 18,4%

Investimento | Capital 16.544.986 € 11.770.085 € 7,0% 15.681.707 € 6.743.652 € 4,3% 5,5% 74,5%

Transferências de Capital [D] 0 € 0 € 0,0% - € - € 0,0% - -

Investimentos Financeiros 78.210 € 76.617 € 0,0% 101.275 € 101.176 € 0,1% -22,8% -24,3%

Operações Extraorçamentais [D] 0 € 0 € 0,0% - € - € 0,0% - -

Total Aplicação de Fundos - Agrupamento Económico 210.641.806 € 168.662.648 € 100,0% 198.794.234 € 156.017.203 € 100,0% 6,0% 8,1%

Page 77: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

77

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

9.1.3 Resultado orçamental

O Saldo Orçamental consolidado do Grupo UC fixou-se no montante de 27.866.571€ no exercício de 2010,

resultando de uma variação de [-11,0% | -3.455.581€] face ao saldo consolidado do exercício de 2009.

Quadro 41: Saldos Orçamentais - Atividades

SALDO ORÇAMENTAL 2010 Variação 2010 / 2009 2009

ACTIVIDADES Saldo Orçamental [SO %

OCR] Saldo do Exercício

Δ Saldo

Orçamental [€]

Δ Saldo

Orçamental

[%]

Saldo Orçamental

Acumulado

[SO %

OCR] Saldo do Exercício Saldo Inicial

ENSINO, ACTIVIDADES ESTRUTURAIS E DE SUPORTE 13.867.633€ 6,6% 7.151.709€ 7.151.709€ 106,5% 6.715.924€ 3,4% 1.208.917€ 5.507.007€

INVESTIGAÇÃO 14.809.385€ 7,0% -2.217.507€ -2.217.507€ -13,0% 17.026.892€ 8,6% 2.960.568€ 14.066.324€

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE 84.149€ 0,0% 2.098.063€ 2.098.063€ -95,8% -2.013.914€ -1,0% -5.103.193€ 3.089.279€

ATIVIDADES PARA A UC -676.738€ -0,3% -1.800.589€ -1.800.589€ -160,2% 1.123.852€ 0,6% -173.230€ 1.297.082€

OUTRAS ATIVIDADES -1.547.755€ -0,7% -5.200.316€ -5.200.316€ -142,4% 3.652.561€ 1,8% -2.527.779€ 6.180.340€

INVESTIMENTO 1.017.392€ 0,5% -3.204.093€ -3.204.093€ -75,9% 4.221.485€ 2,1% 3.603.558€ 617.928€

AÇÃO SOCIAL 312.505€ 0,1% -282.847€ -282.847€ -47,5% 595.352€ 0,3% -210.689€ 806.041€

Saldo do Exercício por Atividades 27.866.571€ 13,2% -3.455.581€ -3.455.581€ -11,0% 31.322.152€ 15,8% -241.849€ 31.564.001€

Por atividades, realça-se os Saldos do Exercício acumulado em 2010 pelas atividades de Ensino, Atividades

Estruturais e de Suporte e das Prestações de Serviço à Comunidade [7.151.709€ e 2.098.063€], permitindo

aumentar os excedentes de tesouraria no caso da primeira e corrigir o deficit que transitou de 2009 no caso das

Prestações de Serviço à Comunidade.

Inversamente, a Investigação, as Atividades para a UC e as Outras Atividades apresentam saldos do exercício

deficitários [-2.217.507€ | -1.800.589€ | -5.200.316€], o que significa que estas atividades foram financiadas no

decurso do exercício de 2010 pelos excedentes provenientes das restantes atividades. O deficit destas atividades

decorre essencialmente do acréscimo de novos projetos de I&D em fase de arranque, bem como de projetos

institucionais em curso, para os quais foi necessário garantir a execução das atividades programadas antes de obter

o respectivo cofinanciamento contratualizado.

Quadro 42: Saldos Orçamentais - Fundos

SALDO ORÇAMENTAL 2010 Variação 2010 / 2009 2009

FUNDOS Saldo Orçamental

Acumulado [SO % OCR] Saldo do Exercício

Δ Saldo Orçamental

[€]

Δ Saldo

Orçamental

[%]

Saldo Orçamental

Acumulado [SG % OCR] Saldo do Exercício Saldo Inicial

Requisitado OE 192.137€ 0,1% -1.040.904€ -1.040.904€ -84,4% 1.233.041€ 0,6% 619.387€ 613.655€

Requisitado PIDDAC 656.866€ 0,3% -2.692.742€ -2.692.742€ -80,4% 3.349.608€ 1,7% 2.780.786€ 568.822€

Projetos de Investimento 449.901€ 0,2% -712.595€ -712.595€ -61,3% 1.162.497€ 0,6% 1.113.391€ 49.105€

Propinas [Investimento] -1.276.007€ -0,6% -985.388€ -985.388€ -539,1% -290.620€ -0,1% -290.620€ -€

Receitas Mobilidade 2.082.382€ 1,0% 430.031€ 430.031€ 26,0% 1.652.351€ 0,8% -496.273€ 2.148.624€

Outras Atividades 1.079.496€ 0,5% -1.155.038€ -1.155.038€ -51,7% 2.234.534€ 1,1% 183.620€ 2.050.915€

Receitas Próprias -2.497.127€ -1,2% -3.000.603€ -3.000.603€ -596,0% 503.476€ 0,3% -6.837.252€ 7.340.728€

Prestação de Serviços 1.436.734€ 0,7% 52.900€ 52.900€ 3,8% 1.383.833€ 0,7% 268.920€ 1.114.913€

Projetos Institucionais -684.091€ -0,3% -1.173.584€ -1.173.584€ -239,8% 489.493€ 0,2% 6.625€ 482.868€

Projetos de Investigação 10.415.356€ 4,9% -1.582.961€ -1.582.961€ -13,2% 11.998.317€ 6,0% 3.249.427€ 8.748.891€

Unidades I&D 4.098.523€ 1,9% -622.265€ -622.265€ -13,2% 4.720.788€ 2,4% -465.356€ 5.186.144€

Propinas 11.578.497€ 5,5% 8.529.326€ 8.529.326€ 279,7% 3.049.170€ 1,5% -1.193€ 3.050.363€

Ação Social - Bolsas 333.903€ 0,2% 498.241€ 498.241€ 103,2% -164.337€ -0,1% -373.311€ 208.974€

Saldo do Exercício por Fundos 27.866.571€ 13,2% -3.455.581€ -3.455.581€ -11,0% 31.322.152€ 15,8% -241.849€ 31.564.001€

A atividade de Investimento regista igualmente um deficit no ano de 2010 derivado das restrições na requisição de

verbas financiadas por PIDDAC, pelo que, e de forma a garantir a conclusão das atividades em curso foi necessário

recorrer aos excedentes acumulados nos fundos de Requisitado PIDDAC, Projetos de Investimento e Propinas

[Investimento].

Os saldos finais de 2010 do Grupo UC, apresentam separadamente a seguinte estrutura por naturezas, que

evidencia o desempenho financeiro das atividades de caráter estrutural, de desenvolvimento e de investimento.

Page 78: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Gráfico 16: Saldos de Orçamentais – Naturezas

A receita normal decorrente da atividade corrente e permanente do Grupo UC, ou seja, a sua Receita Estrutural,

fixou-se no ano de 2010 em 146,38 M€, representando um incremento de [+15,98 M€].

A Receita de Desenvolvimento no montante de 44,88 M€, destinada ao financiamento de projetos de investigação

e outras atividades de caráter extraordinário, assumiu um decréscimo de -3,27 M€. Contrariamente, a execução

de despesa apresenta uma aumento de 5,84 M€, o que induz um consumo em 2010 dos excedentes acumulados

num montante de [-9,11 M€].

No Investimento, como já referido anteriormente, verificou-se um decréscimo do financiamento e

consequentemente dos saldos na ordem dos 3,20 M€.

Page 79: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Desta forma, por naturezas e tipologia de despesa obtém-se o seguinte desenvolvimento:

Gráfico 17: Saldos de Gerência – Naturezas e Tipologia de Despesa

9.2 Demonstrações financeiras

9.2.1 Situação financeira

Na ótica patrimonial, o Ativo Líquido do Grupo UC situou-se no valor de 458.247.778€ e apresenta uma

rendibilidade de 0,4%, encontrando-se financiado por Fundos Próprios [324.389.472€] em 70,8%, traduzindo este

valor o grau de cobertura dos compromissos financeiros através dos seus capitais próprios, ou seja, a Autonomia

Financeira do Grupo.

No curto prazo, o Ativo Circulante situou-se nos 62.630.891€, ao passo que os Capitais Alheios em 2010

ascenderam a 5.322.293€. O crescimento em [+0,6%] do grau de endividamento, induziu uma contração da

liquidez em cerca de [-50%], embora o Grupo UC ainda detenha um elevado índice de Liquidez [Geral: 11,8;

Reduzida: 12,3; Imediata: 6,5]. Apesar do crescimento do endividamento, verificou-se um crescimento mais do que

proporcional do Ativo Circulante, o que conferiu um ganho [+39,8 dias] no Prazo de Segurança da Liquidez,

podendo o Grupo UC manter, em média, o pagamento dos compromissos assumidos sem que se verificasse

atividade durante 136 dias.

Page 80: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Gráfico 18: Estrutura Patrimonial

As Origens de Fundos são fortemente influenciadas pelos Acréscimos e Diferimentos Passivos [128.535.313€],

decompostos em Acréscimos de Custos [14.692.241€] decorrentes da especialização do exercício relativa a

custos com pessoal e a Proveitos Diferidos [113.843.072€] relativos à especialização do exercício de propinas e de

financiamentos obtidos destinados à investigação e investimento, que em respeito do normativo contabilístico

vigente, apenas incorporam os Fundos Próprios à medida da ocorrência das amortizações dos bens financiados e

que, em rigor, respondem a Fundos Próprios.

Quadro 43: Estrutura do Balanço

Composição do Activo

Activo 2010 Estrutura 2009

Imobilizado 387.508.976 € 84,6% 385.856.126 €

Investimentos Financeiros 4.903.180 € 1,1% 4.777.343 €

Existências 1.247.557 € 0,3% 1.097.684 €

Dívidas de Terceiros 28.888.275 € 6,3% 9.674.309 €

Títulos Negociáveis - € 0,0% - €

Disponibilidades 32.495.059 € 7,1% 32.958.519 €

Acréscimos e Diferimentos 3.204.031 € 0,7% 1.464.028 €

Total 458.247.078 € 435.828.010 €

Composição dos Fundos Próprios e Passivo

Fundos Próprios e Passivo 2010 Estrutura 2009

Fundos Próprios 324.389.472 € 70,8% 321.183.828 €

Património 342.383.960 € 74,7% 342.383.960 €

Reservas 1.107.361 € 0,2% - 14.746.078 €

Resultados Transitados - 23.203.782 € -5,1% 4.075.994 €

Resultado Líquido do Exercício 4.101.933 € 0,9% - 10.530.048 €

Passivo 133.857.606 € 29,2% 114.644.182 €

Provisões 333.860 € 0,1% 333.860 €

Dividas a Terceiros 4.988.433 € 1,1% 1.962.733 €

Acréscimos e Diferimentos 128.535.313 € 28,0% 112.347.589 €

Total 458.247.078 € 435.828.010 €

Page 81: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

O Ativo Fixo (Imobilizações Corpóreas e Investimentos Financeiros) representa a maior componente do Ativo

Total, conforme se pode observar no quadro supra. As Existências [1.247.557€] e Dívidas de Terceiros

[28.888.275€] representam 6,6% do Ativo Total. O crescimento das Dívidas de Terceiros face ao período

homólogo, resulta essencialmente de uma alteração da política contabilística onde se passou a reconhecer como

dívida de alunos a totalidade das propinas em dívida do ano lectivo em curso, ao invés de apenas se considerar a

parte relativa aos meses (4/12) do ano de 2010.

As Disponibilidades totalizam [32.495.059€], e em conjunto com as Existências e Dívidas de Terceiros, confirmam

a capacidade do Grupo UC em reagir a situações adversas no contexto de financiamento das suas atividades.

Os Fundos Próprios apresentam uma rendibilidade de 1,3% e correspondem a 70,8% do total de balanço,

devendo-se o seu crescimento face ao ano anterior aos efeitos do Resultado Líquido do Exercício positivo no ano

de 2010.

O Passivo ascende a [133.857.606€] e representa 29,2% do total de balanço. O aumento do Passivo está

diretamente relacionado, por um lado, com as alterações contabilísticas relativas ao reconhecimento da dívida de

alunos referente a propinas que induziram um crescimento dos Proveitos Diferidos, que passam agora a

representar 24,8% do total de balanço, e por outro, pelo aumento da dívida a terceiros de curto prazo em

[+3.025.700€] em resultado da dilação ocorrida ao nível dos pagamentos.

Gráfico 19: Estrutura Funcional

Em termos funcionais o balanço do Grupo UC assume graficamente a forma acima representada, após os devidos

ajustamos introduzidos face à ótica patrimonial.

Em termos globais verifica-se que as Origens de Fundos são excedentárias nos ciclos de investimento e de

exploração, o que permitiu financiar as atividades do Grupo nestes ciclos de operações e ainda gerar um

excedente financeiro (Working Capital). Desta forma a estrutura do Grupo UC na perspectiva funcional encontra-

se equilibrada, existindo garantia da sustentabilidade das atividades em caso de rupturas não estruturais.

Page 82: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Quadro 44: Estrutura Balanço Funcional

Rúbricas 2010 2009

(1) Capital Próprio 421.006.994 € 416.931.297 €

(2) Capital Alheio Estável 333.860 € 333.860 €

(3) CAPITAIS PERMANENTES (1+2) 421.340.854 € 417.265.157 €

(4) ACTIVO FIXO 394.890.325 € 391.682.926 €

(5) FUNDO DE MANEIO (3-4) 26.450.529 € 25.582.231 €

(6) Clientes 4.923.331 € 3.459.530 €

(7) Alunos 21.856.637 € 4.418.869 €

(8) Existências 1.247.557 € 1.097.684 €

(9) Adiantamentos a Fornecedores 51.460 € 11.984 €

(10) Estado e Outros Entes Públicos (a receber) 343.636 € 87.631 €

(11) Outros Devedores de Exploração 1.713.211 € 1.696.295 €

(12) NECESSIDADES CÍCLICAS (6+7+8+9+10+11) 30.135.832 € 10.771.993 €

(13) Fornecedores 1.486.615 € 640.375 €

(14) Adiantamentos de Clientes e Alunos e Cauções 67.707 € 80.369 €

(15) Estado e Outros Entes Públicos (a pagar) 2.308.545 € 1.080.817 €

(16) Outros Credores de Exploração 32.300.607 € 16.346.719 €

(17) RECURSOS CÍCLICOS (13+14+15+16) 36.163.475 € 18.148.280 €

(18) NECESSIDADES EM FUNDO DE MANEIO [WORKING CAPITAL] (12-17) - 6.027.643 € - 7.376.287 €

(19) Tesouraria Activa 33.220.921 € 33.373.092 €

(20) Tesouraria Passiva 742.749 € 414.573 €

(21) TESOURARIA LÍQUIDA (5-18) 32.478.172 € 32.958.518 €

Assim, no ano de 2010, ao nível do ciclo de investimento, os Capitais Permanentes são excedentários face ao

Ativo Fixo em [26.450.529€], valor que corresponde ao superavit de origens de fundos de capital ou Fundo de

Maneio.

No ciclo de exploração, as Necessidades Cíclicas ascenderam a [30.135.832€], ao passo que os Recursos Cíclicos

cresceram para os [36.163.475€], o que resulta num superavit de liquidez no financiamento das atividades

operacionais no valor de [6.027.643€], correspondendo este valor ao Working Capital. Daqui resulta que as origens

de fundos de exploração (Recursos Cíclicos) permitiram não só garantir o financiamento das atividades de

exploração do Grupo, mas também ainda gerar uma liquidez adicional. De referir que a alteração da política

contabilística do reconhecimento de dívidas de propinas, que vem refletir de forma mais realista a estrutura de

financiamento das operações do Grupo UC.

No ciclo das operações de tesouraria, a Tesouraria Ativa é excedentária face às necessidades (Tesouraria Passiva),

o que resulta, num ano de 2010, numa Tesouraria Líquida de 32.478.172€, disponível para aplicação em operações

financeiras e no financiamento de atividades deficitárias do ciclo de exploração.

Quadro 45: Mapa de Cash-Flows

Mapa de Cash-Flows 2010 2009

Meios Libertos Operacionais 14.540.211 € 948.193 €

+ ∆ Provisões para Outros Riscos e Encargos - € - 109.029 € + Resultados Financeiros 90.324 € 216.184 €

= Meios Libertos Líquidos 14.630.535 € 1.055.348 € - CAPEX 29.976.727 € - 30.418.474 € - Investimentos Financeiros 4.903.180 € 4.777.343 €

- Investimento em Fundo de Maneio 1.348.644 € - 1.647.379 € - Efeitos Extraordinários 2.013.223 € 1.523.356 € = Fluxo Gerado de Tesouraria - 23.611.240 € 26.820.502 € + Variação de Capital 3.205.644 € - 1.961.257 €

+ Variação de Proveitos Diferidos 16.916.436 € - 23.500.427 € + Variação da Dívida 3.025.700 € 715.812 € = Fluxo Líquido de Tesouraria - 463.460 € 2.074.630 €

Saldo Inicial de Tesouraria 32.958.519 € 30.883.889 €

Saldo Final de Tesouraria 32.495.059 € 32.958.519 €

Page 83: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

83

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

A atividade operacional do Grupo UC gerou um cash-flow de [14.540.211€], o que após as operações financeiras

originaram Meios Libertos Líquidos de [14.630.535€]. As operações de investimento resultaram num Fluxo

Gerado de Tesouraria de [-23.611.240€], fortemente influenciado pelo Capital Expenditure (CAPEX), que reflete o

investimento realizado em bens de capital.

Desta forma, o Cash-Flow Líquido de Tesouraria foi deficitário em [-463.460€]. Embora traduzindo-se num

decréscimo no mesmo valor das Disponibilidades do Grupo UC, evidencia um certo equilíbrio na gestão dos

fundos de tesouraria, tendo um conta as necessidades de financiamento e de investimento originadas pelo

crescimento de novas atividades emergentes na I&D, a conclusão das infraestruturas do Polo III e execução dos

vários projetos de modernização administrativa a serem implementados da UC.

9.2.2 Situação económica

No ano de 2010 os Proveitos e Ganhos do Grupo UC ascenderam a 171.136.897€, registando-se um crescimento

de [+17.369.978€] em termos absolutos e de [+11.3%] em termos relativos.

Quadro 46: Estrutura e Evolução de Proveitos e Ganhos

Variação 2010-2009

Proveitos e Ganhos 2010 Peso (%) Absoluta % 2009 Peso (%)

Operacionais 166.757.945 € 97,4% 17.306.340 € 11,6% 149.451.605 € 97,2%

Vendas 4.488.514 € 2,6% - 44.377 € -1,0% 4.532.891 € 2,9%

Prestações de Serviços 7.179.582 € 4,2% 1.189.886 € 19,9% 5.989.696 € 3,9%

Impostos e Taxas 23.086.453 € 13,5% 903.768 € 4,1% 22.182.685 € 14,4%

Proveitos Suplementares 696.783 € 0,4% - 82.930 € -10,6% 779.713 € 0,5%

Transferências e Subsídios Correntes 129.636.022 € 75,7% 15.329.721 € 13,4% 114.306.301 € 74,3%

Trabalhos para a Própria Entidade 156.950 € 0,1% 127.549 € 433,8% 29.401 € 0,0%

Outros Proveitos e Ganhos

Operacionais 1.513.641 € 0,9% - 117.277 € -7,2% 1.630.918 € 1,1%

Financeiros 165.823 € 0,1% - 148.220 € -47,2% 314.043 € 0,2%

Extraordinários 4.213.130 € 2,5% 211.858 € 5,3% 4.001.272 € 2,6%

Total de Proveitos e Ganhos 171.136.897 € 100,0% 17.369.978 € 11,3% 153.766.919 € 100,0%

Os Proveitos Operacionais situaram-se nos [166.757.945€] e representam 97,4% do total de proveitos. Para a

atividade operacional contribui em especial as Transferências e Subsídios Correntes com 75,7% dos proveitos

totais, onde se registou uma variação global de [+15.329.721€ | +13,4%], para a qual contribui o reforço da

dotação do Orçamento de Estado ao abrigo do Contrato de Confiança para o Ensino Superior. Os Impostos e

Taxas, representam 13,5% dos proveitos do Grupo e registaram um aumento de [+903.768€ | +4,1%]

essencialmente decorrente do crescimento do número de alunos que ingressaram nos cursos ministrados na UC.

Tendo em conta o difícil contexto económico vivido no ano de 2010, as Prestações de Serviços e Vendas

cresceram [+1.189.886€ | +19,9%], ao passo que as Vendas caíram [-1,1%], bem como os Proveitos Suplementares

[-10,6%] pelo decréscimo registado no aluguer e compensação de encargos de instalações.

Os Proveitos Financeiros situaram-se em [165.823€], representando 0,1% do total de proveitos. Face ao ano

transacto diminuíram [-148.220€ | -47,2%], em resultado das menores taxas de juro praticadas pelos mercados no

ano de 2010 e que afectaram a performance das aplicações de fundos, mas também pela diminuição do valor em

aplicações financeiras em detrimento do autofinanciamento de atividades do ciclo de investimento e exploração.

Page 84: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

84

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Os proveitos Extraordinários ascenderam a [4.213.130€] e representam 2,5% da estrutura de proveitos do Grupo

UC. Face ao ano transacto registou-se uma variação de [+211.858€] em termos absolutos e de [+5,3%] em,

termos relativos, os quais foram afectados pela variação do reconhecimento de proveitos no âmbito da

especialização do exercício decorrente dos ajustamentos das políticas contabilísticas como já foi referido

anteriormente.

Gráfico 20: Estrutura e Evolução de Proveitos e Ganhos

Relativamente aos Custos e Perdas do Grupo UC, no exercício de 2010 ascenderam a [167.034.964€] verificando-

se um ligeiro crescimento dos mesmos de [+2.737.998€] em termos absolutos e de [+1,7%] em termos relativos.

Quadro 47: Estrutura e Evolução de Custos e Perdas

Variação 2010-2009

Custos e Perdas 2010 Peso (%) Absoluta % 2009 Peso (%)

Operacionais 164.759.558 € 98,6% 3.038.367 € 1,9% 161.721.191 € 98,4%

Custo das Mercadorias Vendidas e Mat. Cons. 3.113.065 € 1,9% - 204.651 € -6,2% 3.317.716 € 2,0%

Fornecimentos e Serviços Externos 20.922.807 € 12,5% 2.009.244 € 10,6% 18.913.563 € 11,5%

Custos com Pessoal 109.512.385 € 65,6% 511.858 € 0,5% 109.000.527 € 66,3%

Transferências Correntes Concedidas e Prest.

Soc. 17.046.392 € 10,2% 792.562 € 4,9% 16.253.830 € 9,9%

Amortizações do Exercício 12.541.824 € 7,5% - 675.957 € -5,1% 13.217.781 € 8,0%

Provisões do Exercício 1.365.019 € 0,8% 548.410 € 67,2% 816.609 € 0,5%

Outros Custos e Perdas Operacionais 258.067 € 0,2% 56.902 € 28,3% 201.165 € 0,1%

Financeiros 75.499 € 0,0% - 22.360 € -22,8% 97.859 € 0,1%

Extraordinários 2.199.907 € 1,3% - 278.009 € -11,2% 2.477.916 € 1,5%

Total de Custos e Perdas 167.034.964 € 100,0% 2.737.998 € 1,7% 164.296.966 € 100,0%

0 €

25.000.000 €

50.000.000 €

75.000.000 €

100.000.000 €

125.000.000 €

150.000.000 €

Vendas

Pre

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Gan

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Opera

cionai

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Fin

ance

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Extr

aord

inár

ios

2010

2009

Page 85: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

85

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Os Custos Operacionais cresceram [+3.038.367€ | +1,9%] e ascenderem a [164.759.558€], pelo que representam

98,6% do total de custos. No ano de 2010, verificou-se uma estabilização dos Custos com Pessoal [109.512.385€]

que detêm tradicionalmente um peso decisivo na estrutura de custos [65,6%]. Não se tendo verificado aumento

salarial no ano de 2010, a variação registada [+511.858€ | +0,5%] resulta da subida da taxa com a CGA de 11%

para 15% contraposta com um saldo movimentações de saída do quadro de pessoal superior às entradas. Os

Fornecimentos e Serviços Externos ascenderam a [20.922.807€] e cresceram [+2.009.244€ | +10,6%], bem como

as Transferências Correntes Concedidas cresceram [+792,562€ | +4,9%] em resultado do aumento do número de

bolseiros de investigação recrutados e das transferências para ISFL. Em sentido contrário seguem as Amortizações

do Exercício que registam um decréscimo de [-675.957€ | -5,1%], em resultado do término da vida útil do

imobilizado que foi objecto de regularização em anos anteriores. As Provisões do Exercício registam um reforço

das para situações de cobrança duvidosa no montante de [+548.410€ | +67,2%] e ascendem a [1.365.019€].

Os Custos Financeiros registaram uma contração de [-22,8%] para os [75.499€], bem como os Outros Custos e

Perdas Extraordinários que diminuíram em [-11,2%] para o valor de [2.199.907€].

Gráfico 21: Estrutura e Evolução de Custos e Perdas

Gráfico 22: Peso Relativo da Estrutura de Custos 2010 - 2009

0 €

20.000.000 €

40.000.000 €

60.000.000 €

80.000.000 €

100.000.000 €

120.000.000 €

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Opera

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Extr

aord

inár

ios

2010

2009

1,8

64%

12,5

26%

65,5

63%

10,2

05% 7,5

09%

,817%

1,3

17% 1

1,5

12%

66,3

44%

9,8

93%

8,0

45%

,497%

,122%

1,5

08%

Page 86: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

86

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

9.2.3 Resultados

O Grupo UC apresentou um Resultado Líquido do Exercício de 2010 positivo, no montante de [4.101.933€],

correspondente a uma Rendibilidade Líquida de Exploração de 2,5%, traduzindo uma performance positiva face aos

resultados atingidos nos anos anteriores.

Quadro 48: Demonstração de Resultados Sintética

Rúbricas 2010 2009

Proveitos Operacionais (turnover) 164 482 367 € 147 177 159 €

Custos Operacionais 150 594 648 € 147 485 636 €

Outros Proveitos/Custos Operacionais 652 492 € 1 256 670 €

EBITDA [Meios Libertos Operacionais] (1+2+3) 14 540 211 € 948 193 €

EBITDA [% do turnover] (4/1) 8,84% 0,64%

Amortizações 12 541 824 € 13 217 781 €

EBIT [Resultado Operacional] (4-6) 1 998 387 € -12 269 588 €

EBIT [% do turnover] (7/1) 1,21% -8,34%

Resultados Financeiros 90 324 € 216 184 €

Resultados Extraordinários 2 013 223 € 1 523 356 €

Resultado Líquido do Exercício (7+9+10) 4 101 933 € -10 530 048 €

Da análise da performance do Grupo UC, ressalta o crescimento dos proveitos que permitiu gerar uma EBITDA

positiva montante de [14.540.211€]. Estes Meios Libertos gerados pela atividade operacional permitiram ainda

cobrir os custos relativos às Amortizações, traduzindo-se assim num Resultado Operacional (EBIT) de

[1.998.387€], correspondente a uma Rendibilidade Operacional de 1,2% e a uma Rendibilidade do Investimento

Total de 0,4%.

Os Resultados Financeiros situaram-se no valor de [90.324€], registando uma diminuição face aos anos transactos

decorrentes da diminuição dos proveitos financeiros anteriormente explicitada.

Os Resultados Extraordinários contribuíram no valor de [2.013.233€] para a melhoria da performance financeira

do Grupo UC.

Page 87: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

87

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Quadro 49: KPI’s Económico-Financeiros

Indicadores 2010 2009 Observações

Rendibilidade Operacional 1,2% -8,3% [Resultado Operacional / Volume Negócios]

Rendibilidade Líquida de Exploração 2,5% -7,2% [Resultado Líquido / Volume de Negócios]

Rendibilidade do Activo 0,4% -2,8% [Resultados Operacionais / Activo Líquido]

Rendibilidade dos Fundos Próprios 1,3% -3,3% [Resultados Líquidos / Fundos Próprios]

Rendibilidade do Investimento Total 0,4% -2,8% [Resultado Operacional / Capital Investido]

Cobertura do Imobilizado 108,7% 108,1% [Recursos Estáveis / Imobilizado Líquido]

Rotação do Activo 36,8% 33,8% [Volume de Negócios / Activos Médios]

Autonomia Financeira 70,8% 73,7% [Fundos Próprios / Activo Líquido]

Endividamento 1,1% 0,5% [Capitais Alheios / Capitais Totais]

Debt to Equity Rate 1,5% 0,6% [Capitais Alheios / Fundos Próprios]

Solvabilidade 2,4 2,8 [Fundos Próprios / Passivo]

Liquidez Geral 11,8 22,3 [Activo Circulante / Passivo Circulante]

Liquidez Reduzida 12,3 21,7 [(Activo Circulante- Existências)/Passivo Circulante]

Liquidez Imediata 6,5 16,8 [Disponibilidades/Passivo Circulante]

Prazo de Segurança da Liquidez (dias) 136,0 96,2 [(Activo Circulante- Existências)/Custos Operacionais Diários]

Valor Bruto da Produção 164.482.366,51 € 147.177.159,00 € [Turnover]

Valor Acrescentado Bruto 140.188.428,08 € 124.744.715,00 € [VBP - CMVMC - FSE - Outros Custos Operacionais]

Grau de Valorização 85,2% 84,8% [VAB/VBP]

Produtividade Global do Trabalho 1,28 € 1,14 € [VAB/Custos com Pessoal]

Page 88: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

88

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

9.2.4 Balanço

2010 2009

AB AP AL AL

Ativo

Imobilizado

Bens de domínio público:

Bens Património Histórico, Art. 0 0 0 0

Imobilizações incorpóreas:

Despesas de instalação 2.099.303 927.173 1.172.130 1.057.647

Propriedade industrial e outros direitos 0 0 0 0

Imobilizações em curso de imobilizações incorpóreas 0 0 0 0

Diferenças de consolidação 0 0 0 0

2.099.303 927.173 1.172.130 1.057.647

Imobilizações corpóreas:

Terrenos e recursos naturais 93.807.509 0 93.807.509 93.807.509

Edifícios e outras construções 272.228.583 38.494.749 233.733.834 238.523.850

Equipamento e material básico 66.958.838 49.097.313 17.861.525 18.133.766

Equipamento de transporte 715.247 506.945 208.302 248.386

Ferramentas e utensílios 418.486 385.043 33.443 55.155

Equipamento administrativo 16.595.778 13.489.770 3.106.008 2.505.264

Taras e vasilhame 3.014 870 2.144 2.641

Bens Baixo Valor / Bens Próprios 2.605.764 2.604.925 839 182

Outras imobilizações corpóreas 13.740.868 4.895.972 8.844.896 7.767.227

Imobilizações em curso de imobilizações corpóreas 28.445.726 0 28.445.726 23.754.499

Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 292.620 0 292.620 0

495.812.433 109.475.587 386.336.846 384.798.479

Investimentos financeiros:

Partes de capital 897.413 0 897.413 831.403

Obrigações e títulos de participação 1.056.445 125.332 931.113 871.393

Investimentos em imóveis 2.219.047 0 2.219.047 2.219.047

Outras aplicações financeiras 855.607 0 855.607 855.500

Imobilizações em curso de investimentos financeiros 0 0 0 0

5.028.512 125.332 4.903.180 4.777.343

Circulante

Existências:

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 640.408 0 640.408 582.126

Produtos e trabalhos em curso 0 0 0 0

Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 0 0 0 0

Produtos acabados e intermédios 532.798 0 532.798 453.364

Mercadorias 74.351 0 74.351 62.195

Adiantamentos por conta de compras 0 0 0 0

1.247.557 0 1.247.557 1.097.684

Dívidas de terceiros - médio e longo prazo 0 0 0 0

Dívidas de terceiros - curto prazo:

Empréstimos concedidos 0 0 0 0

Clientes 4.923.331 0 4.923.331 3.459.530

Alunos 21.718.917 0 21.718.917 4.268.210

Utentes 0 0 0 0

Clientes, alunos e utentes de cobrança duvidosa 6.355.920 6.218.200 137.720 150.659

Devedores pela execução do orçamento 0 0 0 0

Adiantamentos a fornecedores 22.419 0 22.419 3.275

Adiantamentos a fornecedores Imobilizado 29.041 0 29.041 8.709

Estado e outros entes públicos 343.636 0 343.636 87.631

Outros devedores 1.713.211 0 1.713.211 1.696.295

35.106.475 6.218.200 28.888.275 9.674.309

Títulos negociáveis: 0 0 0 0

Conta no Tesouro, depósitos em instit. financeiras e caixa:

Depósito caução 10.000 0 10.000 0

Conta no Tesouro 14.156.760 0 14.156.760 10.442.832

Depósitos em instituições financeiras 18.182.862 0 18.182.862 22.372.410

Caixa 145.437 0 145.437 143.278

32.495.059 0 32.495.059 32.958.519

Acréscimos e diferimentos:

Acréscimos de proveitos 3.072.184 0 3.072.184 1.331.743

Custos diferidos 131.847 0 131.847 132.286

3.204.031 0 3.204.031 1.464.028

Total de amortizações

110.528.092

Total de provisões

6.218.200

Total do ativo 574.993.370 116.746.292 458.247.078 435.828.010

Page 89: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

89

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

2010 2009

Fundos próprios e passivo

Fundos próprios:

Património 342.383.960 342.383.960

Diferenças de consolidação 0 0

Ajustamento de partes de capital em empresas ou entidades 0 0

Reservas de reavaliação 0 0

342.383.960 342.383.960

Reservas:

Reservas legais 131 0

Reservas estatutárias 0 0

Reservas contratuais 0 0

Reservas livres 0 0

Subsídios 613.159 588.126

Doacções 494.071 494.071

Reservas decorrentes da transferência de activos (0) (15.828.275)

1.107.361 (14.746.078)

Resultados transitados (23.203.782) 4.075.994

Resultado líquido do exercício 4.101.933 (10.530.048)

(19.101.849) (6.454.054)

Total dos fundos próprios 324.389.472 321.183.828

Passivo:

Provisões para Riscos e Encargos 333.860 333.860

Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo 0 0

Dívidas a terceiros - Curto prazo:

Empréstimos por dívida titulada 0 0

Empréstimos por dívida não titulada 0 0

Adiantamentos por conta de vendas 0 0

Fornecedores c/c 1.457.721 577.725

Fornecedores - Fact. Recepç. Confer. 17.089 15.162

Fornecedores de Locação Financeira 0 47.488

Cauções de Fornecedores 67.707 72.895

Fornecedores Títulos a Pagar 0 0

Credores pela Execução de Orçamentos (0) 0

Adiantamentos de clientes, alunos e utentes 0 7.474

Fornecedores de Imobilizado c/c 11.804 0

Estado e Outros Entes Públicos 2.308.545 1.080.817

Outros Credores 1.125.565 161.173

4.988.433 1.962.733

Acréscimos e diferimentos:

Acréscimos de Custos 14.692.241 15.420.953

Proveitos Diferidos 113.843.072 96.926.636

128.535.313 112.347.589

Total dos fundos próprios e do passivo 458.247.078 435.828.010

Page 90: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

90

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

9.2.5 Demonstração de Resultados

2010 2009

Custos e perdas

Custo das mercad. Vendidas e matérias consumidas

Mercadorias 34.517

43.877

Matérias 3.078.548 3.113.065 3.273.839 3.317.716

Fornecimentos e serviços externos 20.922.807

18.913.563

Custos com o pessoal 109.512.385 130.435.191 109.000.527 127.914.090

Transferências correntes concedidas e prestações sociais 17.046.392 17.046.392

16.253.830

Amortizações do exercício 12.541.824

13.217.781

Provisões do exercício 1.365.019 13.906.843 816.609 14.034.390

Outros custos perdas operacionais 258.067 258.067 201.165 201.165

(A)

164.759.558

161.721.191

Custos e perdas financeiras

75.499

97.859

(C)

164.835.057

161.819.050

Custos e perdas extraordinárias

2.199.907

2.477.916

(E)

167.034.964

164.296.966

Interesses Minoritários

0

0

Resultado líquido do exercício

4.101.933

(10.530.048)

171.136.897 153.766.919

Proveitos e ganhos

Vendas e prestações de serviços

Vendas 4.488.514

4.532.891

Prestação de serviços 7.179.582

5.250.114

Protocolos e acordos 0 11.668.095 739.582 10.522.587

Impostos, taxas e outros 23.086.453 23.086.453

22.182.685

Variação da Produção 91.796 91.796

165.586

Trabalhos para a própria entidade 156.950 156.950

29.401

Proveitos suplementares 696.783 696.783

779.713

Transferências e subsídios correntes obtidos:

Transferências – Tesouro e outras 129.636.022 129.636.022

114.306.301

Outros proveitos e ganhos operacionais 1.421.845 1.421.845 1.465.332

(B)

166.757.945

149.451.605

Proveitos e ganhos financeiros 165.823 165.823

314.043

(D)

166.923.768

149.765.648

Proveitos e ganhos extraordinários 4.213.130 4.213.130

4.001.272

(F) 171.136.897 153.766.919

Resultados operacionais (B-A) 1.998.387 (12.269.587)

Resultados financeiros (D-B)-(C-A) 90.324 216.183

Resultados correntes (D-C) 2.088.711 (12.053.403)

Resultado líquido do exercício (F-E) 4.101.933 (10.530.048)

Res. líq. consolidado do exercício c/ interesses minoritários (F-E) 4.101.933 (10.530.048)

Page 91: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

91

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

9.2.6 Demonstração de Fluxos de Caixa

Recebimentos Pagamentos

Saldo da Gerência Anterior Despesas de Fundos Próprios

Execução Orçamental - Fundos Próprios Dotações Orçamentais

Dotações Orçamentais 311 - Orç Estado 104.036.141

311 - Orç Estado 4.725.657 312 - OE - Projectos 7.031.729 111.067.870

312 - OE - Projectos 6.337.277 11.062.934

De Receitas Próprias

De Receitas Próprias 510 - Autofinanciamento 36.072.259 36.072.259

510 - Autofinanciamento 11.276.533 11.276.533

Outras Receitas

410 (FEDER) 170.803 Outras Receitas

Fonte Financiamento 411 - Financiamento U.E. FEDER 2.664.885 410 (FEDER) 170.803

412 - Feder - PO Factores de Competitividade 286.694

Fonte Financiamento 411 - Financiamento U.E.

FEDER 1.672.116

413 - Feder - PO Valorização do Território 118.234 412 - Feder - PO Factores de Competitividade 1.904.846

415 - Feder - PO Regional Centro 30.696 413 - Feder - PO Valorização do Território 1.440.045

441 - Fundo Social Europeu - QCA III 2.338.602 415 - Feder - PO Regional Centro 43.653

442 - Fundo Social Europeu - Potencial Humano 31.340 441 - Fundo Social Europeu - QCA III 429.992

451 - Feoga - Orientação 1.466 442 - Fundo Social Europeu - Potencial Humano 9.693.774

480 - Financiamento U.E. - Outras 3.714.432 451 - Feoga - Orientação 78

610 - Financiamento no Subsector 130.383 480 - Financiamento U.E. - Outras 3.550.786

620 - Financiamento de Outros Subcectores 678.403 10.165.940 610 - Financiamento no Subsector 2.939.372

620 - Financiamento de Outros Subcectores 616.759 22.462.226

De Receita do Estado - Fundos alheios 161.957

De Operações de Tesouraria - Fundos Alheios 266.006 427.962 VI. Total da Despesa do Exercício 169.602.354

I. Total Saldo de Gerência na posse do serviço 32.933.370

Regularizações

Importâncias Entregues ao Estado ou Outras Entidades

- Fundos Alheios

Diferença, na UC, relativa a despesas incorrectamente

contabilizadas (2009) -18.746 Receitas do Estado 20.106.623

Ajustamento de Consolidação de 2009 43.896 25.150 Operações de Tesouraria 19.329.909 39.436.532

VII. Total da Despesa de Fundos Alheios 209.038.885

Receitas de Fundos Próprios

Dotações Orçamentais Saldo para a Gerência Seguinte:

311 - Orç Estado 104.033.948 Execução Orçamental - Fundos Próprios

312 - OE - Projectos 3.944.208 107.978.156 Dotações Orçamentais

311 - Orç Estado 4.723.464

De Receitas Próprias 312 - OE - Projectos 3.249.756 7.973.221

510 - Autofinanciamento 38.660.395 38.660.395

De Receitas Próprias

510 - Autofinanciamento 13.864.669 13.864.669

Outras Receitas Outras Receitas

411 - Financiamento U.E. FEDER 1.294.555 411 - Financiamento U.E. FEDER 2.287.324

412 - Feder - PO Factores de Competitividade 1.307.484 412 - Feder - PO Factores de Competitividade -310.667

413 - Feder - PO Valorização do Território 1.449.287 413 - Feder - PO Valorização do Território 127.477

415 - Feder - PO Regional Centro 57.754 415 - Feder - PO Regional Centro 44.796

441 - Fundo Social Europeu - QCA III 266.487 441 - Fundo Social Europeu - QCA III 2.175.097

442 - Fundo Social Europeu - Potencial Humano 9.884.610 442 - Fundo Social Europeu - Potencial Humano 222.176

451 - Feoga - Orientação 0 451 - Feoga - Orientação 1.388

480 - Financiamento U.E. - Outras 5.422.220 480 - Financiamento U.E. - Outras 5.585.865

610 - Financiamento no Subsector 25.032 19.707.430 610 - Financiamento no Subsector -2.783.956

620 - Financiamento de Outros Subcectores 61.644 7.411.144

II. Total de Receitas de Fundos Próprios 166.345.980

De Receita do Estado - Fundos alheios 232.940

III. Total das Receitas do Exercício 199.279.350 De Operações de Tesouraria - Fundos Alheios 1.148.398 1.381.337

Importâncias Retidas p/ Entregar ao Estado ou Outras Entidades -

Fundos Alheios VIII. Total de Saldo Gerência na Posse do Serviço 30.630.371

Receitas do Estado 20.177.605

Operações de Tesouraria 20.212.301 40.389.906 Regularizações

Saldos de 2009, não expressas na contabilidade

orçamental em 2010 -25.150 -25.150

IV. Total das Retenções de Fundos Alheios 40.389.906

V. Total Geral de Fluxos de Caixa 239.669.256 IX. Total Geral de Fluxos de Caixa 239.669.256

Page 92: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

92

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

9.3 Emissão das Demonstrações financeiras

O Grupo UC tem desenvolvido as medidas necessárias para que as suas demonstrações financeiras reflitam uma

imagem verdadeira e apropriada da sua posição financeira e transmitam aos interessados a informação relevante.

Apesar disto subsistem situações, nomeadamente as referidas na Nota 2 e Nota 45, alínea b), que serão resolvidas

no exercício de 2011.

As contas consolidadas do Grupo UC, relativas ao ano de 2010, obtiveram autorização para emissão pelo

Conselho de Gestão da Universidade de Coimbra a 30 de Junho de 2011.

O Conselho de Gestão

Page 93: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

10. Anexos às contas

As notas que se seguem respeitam o número de ordem definido no POC-Educação, no entanto, aquelas em que se

considera não existir informação que justifique a sua divulgação não serão apresentadas.

I. Informações relativas às entidades incluídas na consolidação e a outras

A Universidade de Coimbra procedeu a 1 de Janeiro de 2011 à fusão por incorporação das entidades

contabilísticas Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), com o NIF 502971142, e Faculdade de Medicina (FM),

com o NIF 506450198, na entidade contabilística Universidade de Coimbra (UC), com o NIF 501617582. Em

relação a ambas as entidades contabilísticas incorporadas foi cessada a atividade, por fusão, junto da Administração

Fiscal.

A 1 de Março de 2011 tomou posse o Reitor eleito para o quadriénio 2011-2015, bem como a nova equipa

Reitoral.

As contas consolidadas do Grupo Público UC incluem as contas de todas as Faculdades e Departamentos, dos

Serviços de Ação Social e de entidades participadas e associadas controladas pela Universidade.

A responsabilidade pela preparação e apresentação de demonstrações financeiras cabe ao Conselho de Gestão em

exercício que tem a seguinte composição:

Reitor, Prof. Doutor João Gabriel Monteiro de Carvalho e Silva.

Vice-Reitora, Prof.ª Doutora Margarida Isabel Mano Tavares Simões Lopes Marques de Almeida

Administradora, Dr.ª Célia Maria Ferreira Tavares Cravo

Nota 1 Entidades incluídas na consolidação

O Grupo Público Universidade de Coimbra identifica-se como se segue:

a) Denominação: Grupo Público UC - Universidade de Coimbra.

b) Número de Contribuinte: 501 617 582.

c) Código Repartição Finanças: 3050 – Coimbra 2

d) Sede: Palácio dos Grilos • Rua da Ilha • 3004-531 Coimbra

e) Instalações: Palácio dos Grilos • Rua da Ilha • 3004-531 Coimbra

f) Classificação Orgânica:

Ministério 1 5 Ciência Tecnologia e Ensino Superior

Secretaria 0 1 Funcionamento - SFA

Capítulo 0 4 Estabelecimento de Ensino Superior e Serviços de Apoio - Funcionamento

Divisão 0 5 Universidade de Coimbra

Subdivisão 0 1 UC

g) CAE: 85420 – Ensino Superior

h) Tutela(s): Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

i) Regime Financeiro: Serviço e Fundo Autónomo com autonomia administrativa e financeira.

Page 95: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

95

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

As entidades que integram o perímetro de consolidação são as seguintes:

UC.Reitoria

A Universidade de Coimbra é uma Pessoa Colectiva de Direito Público que goza, nos termos da Constituição, da

Lei e Estatutos, de autonomia estatutária, científica, pedagógica, cultural, patrimonial, administrativa, financeira e

disciplinar, conforme previsto no n.º 1 do artigo 3.º dos respectivos Estatutos, homologados pelo Despacho

Normativo n.º 43/2008, de 1 de Setembro.

A UC é uma universidade pública com sete séculos de existência. De acordo com os seus estatutos, é uma

instituição dedicada à criação, transmissão, crítica e difusão da cultura, ciência e tecnologia, através do estudo, da

docência e da investigação. A UC considera o ensino e a investigação como os elementos fundamentais da sua

atividade, reconhece a importância da interdisciplinaridade e afirma o princípio de que a docência é indissociável da

pesquisa científica.

O órgão responsável pela gestão financeira e patrimonial da UC.Reitoria foi no ano de 2010 o Conselho de Gestão

compostos pelos seguintes elementos:

Reitor, Fernando Jorge Rama Seabra Santos

Vice-Reitor, António Manuel de Oliveira Gomes Martins

Administradora, Célia Maria Ferreira Tavares Cravo

Faculdade de Ciência e Tecnologia

A Faculdade de Ciências e Tecnologia, tem a sua sede no Polo II da Universidade de Coimbra, é constituída de

autonomia administrativa e financeira desde 01-01-1994, nos termos dos artigos 24º e 25º, n.º 2, dos Estatutos da

Universidade de Coimbra (Despacho Normativo n.º 79/89, de 28 de Agosto), revogado pelos novos Estatutos da

UC (Despacho Normativo n.º 43/2008, de 21 de Agosto, DR, 2.ª, n.º 168, de 1 de Setembro de 2008). A Faculdade

rege-se pelo disposto nos Estatutos e na Lei n.º 62/2007, de 10 de Setembro (RJIES).

A FCT como instituição de ensino superior é, por excelência, um centro de criação, transmissão e difusão de

cultura, ciência e tecnologia, cujos propósitos se centram:

a) Na formação humana, cultural, científica e técnica;

b) Na realização de investigação fundamental e técnica;

c) Na prestação de serviços à comunidade numa perspectiva de valorização recíproca;

Perímetro de Consolidação

Universidade de

Coimbra

UC.Reitoria

Faculdade de

Ciências e

Tecnologia

Faculdade de

Medicina

FE

FPCE

FDFL

FCDEF

FF

Fundação Museu

da Ciência

Fundação Cultural

UC

ICNAS, produção,

Lda

Dendropharma,

Lda

Associações

Privadas Sem

Fins Lucrativos

Serviços de Ação

Social

Entidades de Direito PúblicoEntidades de Direito

Privado

Page 96: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

96

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

d) No intercâmbio cultural, científico e técnico com instituições públicas ou privadas, nacionais e

estrangeiras, bem como na participação ou criação de associações com ou sem fins lucrativos;

e) Na contribuição no seu âmbito de atividade para a cooperação internacional e para a aproximação entre

os povos, em especial os países de expressão portuguesa e os países europeus.

Desta forma, a FCT tem por missão desenvolver a formação e o progresso do conhecimento nos domínios das

ciências exatas, naturais, de engenharia, de arquitetura das tecnologias, promover a prestação de serviço à

sociedade, divulgar o conhecimento e a cultura científica, e ainda, a contribuir para a cooperação internacional.

O órgão responsável pela gestão financeira e patrimonial da FCT foi no ano de 2010 o Conselho Administrativo

composto pelos seguintes elementos:

Diretor, Prof. Doutor João Gabriel Monteiro de Carvalho e Silva

Subdiretor, Prof. Doutor Luís José Proença de Figueiredo Neves

Licenciada Maria da Conceição Pereira Girão

Rosa Maria Gaspar André

Faculdade de Medicina

A Faculdade de Medicina, localizada na Rua Larga, junto a Paço das Escolas – Coimbra, considera o ensino, a

investigação científica e o desenvolvimento tecnológico como elementos fundamentais da sua atividade, tendo

como principal objectivo a formação graduada e pós -graduada nas áreas da saúde e das ciências biomédicas,

nomeadamente através de cursos de licenciatura, mestrado e doutoramento, programas de pós-doutoramento,

cursos não conferentes de grau académico e outras atividades de especialização e aprendizagem.

Esta instituição para além de fomentar e privilegiar a investigação científica e o desenvolvimento tecnológico nos

domínios da medicina, medicina dentária, biomedicina e outros domínios das áreas das ciências da saúde, promove

também a criação, transmissão e divulgação da ciência e da cultura médica à comunidade em geral e aos seus

alunos em particular.

Nos termos do seu Regulamento, publicado no diário da República IIª série, de 5 de Setembro de 2007, as

unidades fundamentais da Faculdade de Medicina são os Institutos, as Clínicas Universitárias, Institutos

Multidisciplinares de investigação e os Departamentos, que são apoiadas para o seu bom funcionamento por

serviços centrais e unidades especializadas de suporte e desenvolvimento.

O órgão responsável pela gestão financeira e patrimonial da FM foi no ano de 2010 o Conselho Administrativo

composto pelos seguintes elementos:

Diretor, Prof. Doutor Manuel Amaro de Matos Santos Rosa

Chefe de Divisão Administrativa, Dra. Maria Graça Vicente Simões Melo

Técnica Superior, Dra. Ana Sofia Silva Coimbra Martins

Serviços de Ação Social

Os Serviços de Ação Social, localizados na Rua Guilherme Moreira n.º 12 – Coimbra, gozam de autonomia

administrativa e financeira nos termos da lei e dos Estatutos da Universidade de Coimbra, dispõem de orçamento

privativo e estão sujeitos à fiscalização do fiscal único.

Nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 28.º dos Estatutos da Universidade de Coimbra, os, os Serviços de

Ação Social prosseguem os objectivos que a Lei lhes atribui, apoiando os estudantes:

a) Com medidas de apoio social direto: bolsas de estudo e auxílios de emergência;

b) Com medidas de apoio social indireto: acesso à alimentação e ao alojamento, acesso a serviços de

saúde, apoio às atividades culturais e desportivas, acesso ao apoio psicopedagógico e ainda outros

tipos de apoios de carácter social, cultural e educativo.

Page 97: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

97

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

O órgão responsável pela gestão financeira e patrimonial do SAS no ano de 2010 foi composto pelos seguintes

elementos:

Reitor, Fernando Jorge Rama Seabra Santos

Administrador, Dr. Jorge Gouveia Monteiro

Fundação Museu da Ciência

A Fundação Museu da Ciência, tem sede no Laboratório Chímico, Largo Marquês de Pombal em Coimbra e foi

formalmente constituída em 03 de Julho de 2007, tendo iniciado a sua atividade em 6 de Fevereiro de 2009.

Conforme estipulado no nº1 do artº.4º dos Estatutos da Fundação Museu da Ciência, cabe-lhe ―a administração e

exploração do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, como polo educativo e centro interdisciplinar de

produção e divulgação científica e cultural, instalado no edifício do Laboratório Chímico e em parte do Colégio de

Jesus, ao qual cabe a gestão integrada das coleções e peças de museologia científica pertencentes à Universidade de

Coimbra‖.

A responsabilidade pela gestão financeira e patrimonial da FMC foi no ano de 2010 dos seguintes elementos:

Presidente da Direção do Museu da Ciência - Professor Paulo Gama da Mota

Vice-presidente – Professora Carlota Simões

Vogal – Professor Pedro Casaleiro

Fundação Cultural

A Fundação Cultural é uma entidade de direito privado e de interesse público, dotada de personalidade jurídica e

autonomia financeira, com duração de funcionamento indeterminado. Constituída estatutariamente em 28 de

Setembro de 2007, com publicação em Diário da República, 2.ª Série, n.º 235, de 6 de Dezembro de 2007, iniciou

as suas atividades a 11 de Fevereiro de 2009. A Fundação tem a sua Sede no Palácio Sacadura Botte (Rua dos

Coutinhos, 23).

No âmbito da sua ação, a Fundação Cultural desenvolve a sua atividade através da gestão das seguintes unidades:

Auditório da Reitoria, Estádio Universitário de Coimbra, Teatro Académico de Gil Vicente e a administração do

Palácio de São Marcos (no âmbito dos poderes de utilização reconhecidos pelos Estado Português à Universidade

de Coimbra em 1981).

A Fundação tem como estratégia de afirmação promover, apoiar e dinamizar iniciativas no âmbito da atividade

científica, cultural e social da Universidade de Coimbra, tendo em vista a preservação e beneficiação do património

e a sua utilização eficiente na prestação de serviços à comunidade académica e à sociedade em geral, que

contribuam para o desenvolvimento social e cultural da Região e do País.

A responsabilidade pela gestão financeira e patrimonial da FC foi no ano de 2010 dos seguintes elementos:

Presidente do Conselho de administração – Professora Cristina Robalo Cordeiro

Vogal – Professora Isabel Vargues

Vogal – Eng. Dinis Vieira (até Setembro 2010)

Vogal - Eng.ª Maria Aguiar (desde Setembro 2010)

ICNAS, Produção

O ICNAS Produção, sociedade unipessoal, foi constituída em 25 de Maio de 2009 e tem ―por objecto a operação

do ciclotrão sediado no ICNAS – Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde, tendo em vista a produção,

controlo de qualidade e disponibilização de radionuclídeos e radiofármacos.‖

Está sediada no Edifício do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), no Polo das Ciências da

Saúde da Universidade de Coimbra.

Page 98: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

98

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

A responsabilidade pela gestão financeira e patrimonial do ICNAS Produção foi no ano de 2010 dos seguintes

elementos:

Gerente – Professor Adriano José Carvalho Rodrigues

Gerente – Professor Antero José Pena Afonso de Abrunhosa

Gerente – Professor António José Avelã Nunes

Nota 2 Entidades excluídas da consolidação

Para o ano de 2010 o perímetro de consolidação exclui as Associações Privadas Sem Fins Lucrativos (APSFL) com

as quais a Universidade de Coimbra tem relações de participação ou associação. Esta exclusão é motivada pela

necessidade que a Universidade tem de desenvolver um estudo aprofundado sobre a existência de controlo ou

influência significativa ou qualquer outra das condições de consolidação, pelo que são relevadas nas contas como

―investimentos financeiros – Partes de capital‖ e mensuradas ao custo histórico. A sociedade Dendropharma é

excluída da consolidação pelo facto do início de atividade ter ocorrido no início do ano 2011.

Nota 3 Pessoal ao serviço

O número de trabalhadores efetivos do Grupo Universidade de Coimbra, a 31 de Dezembro de 2010 é de 3.219,

discriminado da seguinte forma:

(A) - Os membros dos órgãos de gestão/dirigentes são considerados, também, nos efetivos da respectiva carreira

A - Gestão

B - Ensino, Investigação e Prestação de

Serviços

Postos trabalho a 31-12-201010 44 37 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 93

Postos trabalho previstos para 201010 75 38 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 123

Previsão, fundamentada, de novos postos

trabalho em 2011 0 0 21 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 21

Postos de trabalho a extinguir0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2

Postos trabalho a 31-12-20100 0 0 1451 63 20 0 0 29 0 0 0 0 0 1563

Postos trabalho previstos para 20100 0 0 1551 97 23 0 0 35 0 0 0 0 0 1706

Previsão, fundamentada, de novos postos

trabalho em 2011 0 0 0 70 13 0 0 0 6 0 0 0 0 0 89

Postos de trabalho a extinguir0 0 0 16 0 3 0 0 5 0 0 0 0 0 24

Postos trabalho a 31-12-20100 0 0 0 0 0 34 21 367 35 493 29 15 569 1563

Postos trabalho previstos para 20100 0 0 0 0 0 41 23 397 48 519 31 15 614 1688

Previsão, fundamentada, de novos postos

trabalho em 2011 0 0 0 0 0 0 2 0 31 1 20 2 0 6 62

Postos de trabalho a extinguir0 0 0 0 0 0 0 10 10 3 25 0 0 41 89

0 0 0 13 0 0 2 0 17 0 10 1 0 3 46

10 44 37 1451 64 20 34 21 397 35 493 29 15 569 3219

Totais Cargos / Carreiras / Categorias (Postos

trabalho a 31/12/2010)

Ou

tras

Sit

uaç

ões

En

carr

egad

o

Op

erac

ion

al

Ass

iste

nte

Op

erac

ion

al

Atividade

A

Atividade

B

Atividade

C

Postos de trabalho previstos para trabalhadores em

Mobilidade/Com. Serv./Etc.

Dia

gn

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Ter

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Co

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or

Téc

nic

o

Ass

iste

nte

Téc

nic

o

Atividades

Cargos / Carreiras / Categorias

Total de

postos de

trabalhoC - Serviços de Suporte

Eq

uip

a

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tora

l

Órg

ãos

de

Ges

tão

(A)

Dir

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Do

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gad

or

Page 99: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

99

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

III. Informações relativas aos procedimentos de consolidação

Nota 6 Discriminação da rubrica «Diferenças de consolidação»

Em 31 de Dezembro de 2010 não existem diferenças de consolidação em categorias de ativos ou de passivos

identificáveis das entidades incluídas no perímetro de consolidação.

Nota 9 Acontecimentos que tenham ocorrido entre a data do balanço e a data do balanço

consolidado

Não se registaram acontecimentos relevantes entre a data das demonstrações financeiras e a data da sua emissão.

Nota 13 Contabilização das participações em associadas

Em 31 de Dezembro de 2010 as participações financeiras do Grupo Público UC encontram-se valorizadas ao custo

histórico, sendo a sua composição a seguinte:

Identificação da Participação 31 de Dezembro 2010 Capital próprio

Volume de

Negócios

Resultado Líquido

Denominação social Sede Valor da participação Montante Exercício

AEMITEQ-Assoc. Inov. Tecnol.

Qualidade

Rua Coronel Júlio Veiga Simão,

Loreto, 3020-053 Coimbra 4.988,00 155.180,45 328.324,10 -20.452,12 2009 a)

LEDAP - Lab. De Energética e

Detónica

Av. da Universidade de

Coimbra, 3150-277 Condeixa-a-

Nova

99.759,57 129.453,71 41.396,53 -8.429,44 2009 a)

Exploratório Infante D. Henrique

Rotunda das Lajes, Santa Clara,

Apartado 5111, 3041-901

Coimbra

101.496,99 2.191.440,05 131.935,32 1.035,43 2010

IDARC - Inst. Desenv. Agrário

Reg. Centro

Almegue - Vale Gemil, 3040-322

Coimbra 2.493,99 -130.442,06 - -52.444,26 2006 a)

Centro de Neurociências e

Biologia Celular

Departamento de Zoologia da

UC, Largo Marquês de Pombal,

3004-517 Coimbra

59.855,75 952.007,69 320.846,46 90.159,42 2008 a)

Associação Tecnopólo de

Coimbra

Rua Pedro Nunes - Quinta da

Nora, 3030-199 Coimbra 4.987,98 307.561,83 - 9.497,67 2009 a)

Fundação das Universidades

Portuguesas

Rua Pinheiro Chagas nº 27,

3000-333 Coimbra 49.879,79 4.098.554,91 - 7.714,10 2009 a)

INESC - Instituto de Eng.

Sistemas Computadores

Rua Alves Redol, nº 9, 1000-029

Lisboa 520.000,00 - - - - b)

IGAP - Instituto de Gestão e

Administração Pública

Rua Belos Ares, 160, 4100-108

Porto 498,8 - 526.414,28 78.443,48 2009 a)

Poolnet Portuguesa Tooling

Network

Av. D. Dinis, 17, 2430-263

Marinha Grande 500 37.837,00 46.500,00 379 2010

IPN - Instituto Pedro Nunes Rua Pedro Nunes - Quinta da

Nora, 3030-199 Coimbra 174.579,26 500.787,16 801.955,45 54.563,16 2009 a)

Instituto de Formação p/

Executivos 351,82 - - - - b)

Centro de Biomassa p/ Energia Apartado 49, 3221-909 Miranda

do Corvo 2.493,99 1.110.869,47 36.418,10 61.198,87 2009 a)

IPN Incubadora Rua Pedro Nunes - Quinta da

Nora, 3030-199 Coimbra 112.500,00 274.868,41 289.016,66 23.526,46 2009 a)

INESC Coimbra Rua Antero de Quental, 199,

3000-033 Coimbra 16.558,80 467.981,33 188.006,17 145.664,31 2009 a)

OPEN - Assoc. Oportunidades

Específicas de Negócio

Zona Industrial - Rua de

Espanha, lote 8, 2431-901

Marinha Grande

5.000,00 1.372.891,00 106.156,00 2.925,00 2010

Willuso - Associação de

Investigação, Longevidade e

Saúde

Rua Emídio Navarro, nº 18,

3050-224 Luso 500,00 b)

ATC - Associação Tecnopolo de

Coimbra

Rua Pedro Nunes - Quinta da

Nora, 3030-199 Coimbra 259.975,96 307.561,83 - 9.497,67 2009

IteCons - Inst. de Inv. e Desenv.

Tecnológico em Ciências de

Construção

Rua Pedro Hispano, Polo II da

UC, 3030-289 Coimbra 100.000,00 3.677.875,00 1.174.731,00 190.423,68 2010

IPN - Incubadora Des. Atividades

Inc. Ideias e Empresas

Rua Pedro Nunes - Quinta da

Nora, 3030-199 Coimbra 27.500,00 274.868,41 289.016,66 23.526,46 2009 a)

IT - Instituto de

Telecomunicações

Av. Rovisco Pais, 1, 1049-001

Lisboa 299.278,75 1.454.837,97 1.032.516,90 -276.683,72 2009 a)

RAIZ - Instituto de Investigação

da Floresta e do Papel

Quinta de São Francisco –

Apartado 15 – 3801-501 Eixo 70.000,01 3.855.997,00 3.289.204,00 -17.787,00 2008 a)

CENTROHABITAT-Plataforma

para a Construção Sustentável Curia Tecnoparque 500,00 133.734,47 88.876,98 33.544,89 2010

a) Último relatório de contas facultado.

b) Relatório de contas não facultado.

Page 100: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

100

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Partes de capital

Identificação da Participação 31 de Dezembro 2010 Capital

próprio

Volume de

Negócios

Res. Líquido

Tipo Denominação social Sede Quant. Valor

unitário

Valor

Global Montante Exercício

Ações Odabarca

Urbanização MADEFIL-

Lote 13-19, Sargento-Mor, 3021-901 Coimbra

20 249,4 4.998,00 240.065,04 135.325,62 11.184,89 2010

Ações Coimbravita ADR Rua Capitão Luís Gonzaga,

nº 74, 3000-095 Coimbra 2000 4,99 9.980,00 416.585,86 21.355,33 86.255,40 2005 a)

Fundo Patrimonial

Associação para a

Internacionalização

Empresarial

Praça das Indústrias, 1300-

307 Lisboa n.a 24.939,89 b)

Quota

Relacre - Associação de

Laboratórios Acreditados

de Portugal

Rua Filipe Folque, nº 2 - 6º

Dto, 1050-113 Lisboa 50 5 250 750.900,67 793.584,00 34.148,60 2010

a) Último relatório de contas facultado

b) Relatório de contas não facultado

IDENTIFICAÇÃO DOS ACTIVOS

VALOR NOMINAL DOS

ACTIVOS EM 31.12.2010

Natureza Transmissão

Capital Tipo Entidade devedora/emitente Base legal Data

Valor à data da

transmissão

Depósito a prazo Prof. Doutor Geraldes Freire - Prémio

Latim Medieval Protocolo 1999 24.939,89 31.131,16

Títulos Fundação Sasakawa Protocolo 2000 1.091.766,10 816.271,64

Títulos Certificado de renda perpétua DL34549,28 Abril 1945 2006 249 249

Títulos Certificado de renda perpétua DL 23865, 17 Maio 1934 e Lei 1933, de

13 Fevereiro 1936 2006 7.955,20 7.955,20

As participações financeiras encontram-se provisionadas em 125.332 euros, sendo a sua composição a seguinte:

Investimentos Financeiros Saldo inicial Aumento/Redução Saldo final

LEDAP - Lab. De Energética e Detónica 99.760 0 99.760

Fundo J.P. Morgan Lux - Fundação Sasakawa 69.816 -59.219 10.597

OPEN - Assoc. Oportunidades Específicas de Negócio 5.000 0 5.000

Centro de Biomassa p/ Energia 2.494 0 2.494

IDARC - Inst. Desenv. Agrário Reg. Centro 2.494 0 2.494

Odabarca 4.988 0 4.988

Total 184.551 -59.219 125.332

IV. Informações relativas a compromissos

Nota 16 Montante global dos compromissos financeiros que não figurem no balanço consolidado

Existem encargos assumidos que terão reflexo orçamental nos anos económicos futuros. As contas 04

«orçamento – exercícios futuros» e 05 «compromissos – exercícios futuros» refletem as responsabilidades futuras

da que se desagregam como se segue:

Natureza da responsabilidade Compromissos para o ano de 2011 Compromissos para anos seguintes

SASUC FCTUC FMUC UC SASUC FCTUC FMUC UC

Aquisição de Bens e Serviços 369.996 1.135.845

Aquisição Serviços 530.973

Bolsas Investigação 1.052.457

Aquisição Imobilizado 19.906

Aquisições de Bens 29.306 21.064

Empreitada de Obras Públicas 2.135.911

Honorários 112.879

Locação por Natureza Económica 38.043 54.396

Prestação de Serviços 1.863.653 242.244

Totais 369.996 1.603.336 1.135.845 4.179.792 0 0 0 317.703

Page 101: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

101

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

A Universidade por força de acordos quadro celebrados com as seguintes entidades possui os encargos assumidos,

nos montantes especificados no quadro seguinte:

Entidade Obrigações contratualizadas Despesa paga no ano Compromissos anos seguintes

Fundação Cultural da Universidade de Coimbra 1.150.000 1.223.808 996.377

Fundação Museu da Ciência 377.000 620.000

Associação Académica de Coimbra 255.000 255.000 255.000

SAS – Fundo de Apoio Social 150.000 150.000 350.000

Total 1.555.000 2.005.808 2.221.377

V. Informações relativas a políticas contabilísticas

Nota 18 Critérios de valorimetria aplicados e métodos utilizados no cálculo dos ajustamentos de

valor

As demonstrações financeiras foram preparadas em harmonia com os princípios contabilísticos definidos no Plano

Oficial de Contabilidade Pública para o Sector da Educação (POC-Educação) - Portaria n.º 794/2000, de 20 de

Setembro, da Lei 62/2007, de 10 de Setembro e na Portaria 474/2010, de 1 de Julho que aprova a Orientação

n.º1/2010.

As demonstrações financeiras cumprem ainda as Normas Internacionais de Contabilidade do Sector Público,

foram preparadas numa base de continuidade das operações e as políticas contabilística foram aplicadas de forma

consistente durante o exercício económico. Foram preparadas a partir dos registos contabilísticos das entidades

incluídas na consolidação, tendo-se utilizado os procedimentos de consolidação a seguir descritos:

a) Procedimentos de consolidação

As contas da UC.Reitoria, da Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Faculdade de Medicina, dos Serviços de Ação

Social e da Fundação Museu da Ciência foram consolidadas pelo método da simples agregação, que consiste em

adicionar item a item as demonstrações financeiras destas entidades. Embora a Universidade de Coimbra não

disponha de participação nos capitais próprios destas entidades, detém controlo exclusivo sobre elas.

As entidades Fundação Cultural e ICNAS, Produção, foram consolidadas pelo método de consolidação integral. A

Universidade de Coimbra detém o controlo exclusivo da participação nos capitais próprios destas entidades. Este

método de consolidação consiste na integração no balanço e demonstração de resultados da Universidade de

Coimbra dos respectivos elementos dessas entidades.

As principais transações e os saldos de maior significado ocorridos entre as entidades foram eliminados no

processo de consolidação, nomeadamente:

As dívidas entre as entidades incluídas na consolidação;

Os custos e perdas, os proveitos e ganhos relativos às operações efectuadas entre entidades incluídas na

consolidação;

As operações de transferências de subsídios entre entidades incluídas na consolidação.

b) Imobilizado corpóreo e incorpóreo

Terrenos e recursos naturais, edifícios e outras construções e imobilizado em curso:

A avaliação do património imobiliário da UC tem sido efetuada com base no valor de mercado, exceto nas

situações em que se conhece o respectivo custo histórico na sua totalidade, sendo nessas circunstâncias o bem

registado pelo correspondente valor de aquisição.

Os bens em relação aos quais o valor não é conhecido foram registados nas demonstrações financeiras pelo valor

resultante da avaliação efetuada por um perito independente.

Page 102: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

102

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

O património da UC integra bens imóveis cuja avaliação técnica efectuada determinou a sua valorização pelo valor

de 1€. Tratam-se de imóveis de valor histórico significativo cuja valorização é de difícil apuramento, como seja o

Jardim Botânico, a Torre da Universidade a Biblioteca Joanina.

Equipamento básico, equipamento de transporte, ferramentas e utensílios, equipamento administrativo e outras

imobilizações corpóreas:

As imobilizações corpóreas foram valorizadas pelo respectivo custo de aquisição.

c) Depreciações e amortizações

As depreciações e amortizações são calculadas segundo o método das quotas constantes, pelo regime duodecimal

atendendo à data de início de disponibilidade do bem para utilização, com uma vida útil atribuída em função da

classificação do bem de acordo com o previsto no classificador geral (Portaria n.º 671/2000, de 17 de Abril). De

acordo com o mesmo normativo os bens de imobilizado cuja vida útil é inferior a um ano ou que o seu valor de

aquisição é inferior a 80% do índice 100 da tabela de remunerações da Administração Pública que no ano foi de

274,58€, são totalmente depreciados no próprio ano.

A amortização dos edifícios objecto de avaliação independente é efectuada ao longo da vida útil remanescente,

estimada pelos avaliadores independentes.

Apesar do critério prevalecente ser o da Universidade de Coimbra como entidade mãe, relativamente às

entidades, Fundação Cultural, Fundação Museu da Ciência e ICNAS, Produções, as depreciações e amortizações

do exercício, foram determinadas de acordo com o Decreto Regulamentar nº 25/2009, de 14 de Setembro, tendo

sido adoptado o método de linha recta, previsto nesse Diploma Legal, pelo facto de se ter procedido ao recálculo

e se ter concluído que não revelavam diferenças significativas.

d) Ativos intangíveis

Os ativos intangíveis referentes a patentes estão mensurados ao custo de aquisição e incorporam todas as

despesas associadas à sua valorização. A amortização é efectuada à taxa de 5% por adopção do critério previsto no

decreto-lei n.º 16/95, de 24 de Janeiro, correspondente ao número de anos permitido para o registo de patentes.

e) Investimentos financeiros

Os investimentos financeiros apresentados no balanço estão mensurados ao respectivo custo de aquisição. O

Grupo UC ainda não procedeu à adopção do método de equivalência patrimonial procedendo ao ajustamento

anual do valor correspondente à participação nos resultados líquidos das suas associadas por contrapartida de

ganhos ou perdas do exercício. As perdas de valor consideradas permanentes em participadas, quando existam,

são provisionadas.

f) Provisão para cobranças duvidosas

Foram constituídas provisões para cobranças duvidosas de acordo com o critério económico, tendo por base os

riscos de cobrabilidade identificados no final do exercício.

A constituição de provisões para cobrança duvidosa foi efectuada de acordo com a política descrita no ponto 2.7

do POC — Educação. Foram constituídas para os créditos, que não do Estado (sentido lato), em mora há mais de

12 meses desde a data do respectivo vencimento e para as quais existiam diligências para o seu recebimento.

g) Existências ou inventários

As existências foram mensuradas ao custo de aquisição. A fórmula de custeio utilizada é o custo médio ponderado

para todos os itens de existências. Relativamente às entidades Fundação Cultural, Fundação Museu da Ciência e

ICNAS Produção, o método de custeio utilizado é o FIFO, por na fase de homogeneização se ter concluído que,

atendendo ao valor das existências ou inventários, as diferenças eram materialmente pouco relevantes.

Page 103: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

103

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

h) Especialização de proveitos e custos

Em geral, os custos diferidos, acréscimos de custos e proveitos diferidos são reconhecidos de acordo com o

princípio de especialização dos exercícios no momento em que são obtidos ou incorridos independentemente do

momento em que o recebimento ou pagamento ocorre, bem como transferidos para os exercícios em que devem

ser reconhecidos.

As receitas com origem no Orçamento de Estado são reconhecidas como proveito do exercício (Subsídio à

Exploração) no momento da sua entrada, por débito da conta do ativo «Depósitos em instituições financeiras -

Conta no Tesouro».

As dívidas a receber de clientes correspondem ao valor da venda-a-dinheiro ou factura emitidas relativo a vendas e

prestações de serviços e o proveito é reconhecido no momento da emissão das mesmas.

No que se refere a receitas não facturáveis o reconhecimento do proveito ocorre somente com o depósito da

receita, com a exceção das propinas de cursos de Licenciatura e de Mestrado Integrado, que são reconhecidas

como proveito de acordo com o princípio da especialização de exercícios. As propinas relativas aos restantes

cursos de Pós-graduação são apenas reconhecidas quando recebidas.

h) Subsídios

A UC recebeu subsídios para imobilizações com origem no PIDDAC e em programas de cofinanciamento

referentes a Fundos Estruturais para o Ensino e Formação no âmbito do Quadro Comunitário de Apoio, tendo a

contabilização sido efectuada no momento do recebimento e relevada a proveito à medida que ocorrem as

depreciações.

No âmbito de projetos institucionais e de projetos de investigação, com origem na União Europeia e na Fundação

para a Ciência e Tecnologia e outros organismos públicos e privados os subsídios são reconhecidos como proveito

no momento em que são recebidos.

i) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor

na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas

como proveitos e custos na demonstração dos resultados do exercício.

j) Operações extraorçamentais

Sempre que o Grupo UC atua como entidade líder em projetos de Investigação e Desenvolvimento em parceria

com outras Instituições, é de sua responsabilidade o pagamento a essas mesmas Instituições dos subsídios

atribuídos pelas entidades financiadoras, na quota-parte que estas têm no projeto. Em todas as circunstâncias em

que a UC atua como entidade responsável pelo pagamento a terceiros de subsídios recebidos de outras entidades,

essas operações, enquanto de pura intermediação, apenas deviam ter reflexo em contas de balanço e em termos

orçamentais em operações extraorçamentais a reconhecer no classificador económico da receita 17.02.00 «outras

operações de tesouraria» e de despesa 12.02.00 «outras operações de tesouraria», que inclui os montantes

provenientes de fundos alheios que deverão constituir posteriormente fluxos de entrega às entidades a quem

respeitam. Este procedimento não foi adoptado no ano económico em análise tendo os fluxos monetários sido

relevados em receita e em despesa orçamentais.

k) Enquadramento fiscal

As entidades objecto de consolidação, UC.Reitoria, FCT, FM e SAS gozam de isenção parcial do Imposto sobre o

Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC), uma vez que se encontram sujeitas a este imposto apenas por via da

retenção na fonte relativamente aos seus rendimentos de aplicação de capitais. Não estão obrigadas a entregar a

declaração anual de rendimentos. As entidades FC, FMC e ICNAS sujeitos passivos de IRC de acordo com o

disposto no Código do Imposto sobre o rendimento das Pessoas Colectivas.

Page 104: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

104

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Nota 19 Cotações utilizadas para conversão dos elementos expressos em moeda estrangeira

Os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para euros utilizando as taxas de câmbio

vigentes à data da operação. As diferenças de câmbio realizadas no exercício, bem como as potenciais, apuradas

nos saldos existentes na data do balanço por referência às paridades vigentes nessa data, integram os resultados

correntes do exercício.

A Universidade detém um investimento financeiro em dólares, Fundo Sasakawa, reconhecido no ano económico

de 2000 pelo valor de mercado à data de 31 de Dezembro de 1999, de 1.096.788,26 USD, com cotação à mesma

data.

O Fundo Sasakawa foi contratualizado com a Fundação Sasakawa, organização sem fins lucrativos, sita em 1-15-16

Toranomou, Minato-Ku, Tokio 105, Japão, com a finalidade de patrocínio de bolsas para apoio financeiro a

estudantes recém-licenciados com capacidade para a liderança que frequentem cursos de mestrado ou

doutoramento nas áreas das humanidades ou das ciências sociais.

VI. Informações relativas a determinadas rubricas

Nota 20 Rubricas «Despesas de instalação» e «Despesas de investigação e de desenvolvimento»

Os valores constantes das contas 431 ―Despesas de Instalação‖ e 432 ―Despesas de Investigação e

desenvolvimento‖ justificam-se da seguinte forma:

UC: os valores registados na rubrica de Imobilizado Incorpóreo - Propriedade Industrial e Outros Direitos

respeitam ao registo de patentes (305.043,74€); marcas (€134,50) e concessões (€108,47)

FCTUC: regista-se um aumento no montante de 47.548,13€ na conta 432 – ―despesas de I&D‖ motivada pela

conclusão dos trabalhos em curso de imobilizado incorpóreo, nomeadamente a conclusão de Equipamento de

ensaios do tipo deep drawing, Khepera III (3 unidades), Eratic e plataforma de dados.

ICNAS: a rubrica de despesas de investigação e desenvolvimento inclui essencialmente a utilização de matéria-

prima e de produto acabado para testes de qualidade e os custos suportados com pessoal afecto à produção no

decorrer de Projetos de investigação na área de Radiofármacos e obtenção de licenças.

SAS: o valor inscrito na conta 431 – Imobilizado Incorpóreo refere-se ao custo já suportado com trabalhos

relativos à elaboração de projetos de arquitetura que visam uma eventual expansão da atividade dos SASUC no

Polo II da Universidade de Coimbra, nomeadamente à construção, a médio prazo, de uma nova residência

universitária.

Page 105: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

105

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Nota 22 Movimentos ocorridos nas rubricas do ativo imobilizado constantes do balanço consolidado

e nas respectivas amortizações e provisões

A rubrica amortizações e provisões analisa-se como se segue:

Rubricas Saldo Inicial Reforço Regularizações Saldo Final

Bens de domínio público

Terrenos e recursos naturais 0,00 0,00 0,00 0,00

Edifícios e outras construções 0,00 0,00 0,00 0,00

Outras construções e infraestruturas 0,00 0,00 0,00 0,00

Infraestruturas e equipamentos de natureza militar 0,00 0,00 0,00 0,00

Bens do património histórico, artístico e cultural 0,00 0,00 0,00 0,00

Imobilizações em curso 0,00 0,00 0,00 0,00

Adiantam. p/ conta de bens de domínio público 0,00 0,00 0,00 0,00

0,00 0,00 0,00 0,00

Imobilizações incorpóreas

Despesas de instalação 0,00 0,00 0,00 0,00

Despesas de investigação e de desenvolvimento 20.536,23 54.135,90 0,00 74.672,13

Propriedade industrial e outros direitos 757.826,65 94.674,01 0,00 852.500,66

Imobilizações em curso 0,00 0,00 0,00 0,00

Adiantam. p/ conta de imob. incorpóreas 0,00 0,00 0,00 0,00

778.362,88 148.809,91 0,00 927.172,79

Imobilizações corpóreas

Terrenos e recursos naturais 0,00 0,00 0,00 0,00

Edifícios e outras construções 33.663.680,30 4.853.693,14 -22.624,58 38.494.748,86

Equipamento e material básico 43.763.989,12 5.626.764,02 -293.439,75 49.097.313,39

Equipamento de transporte 458.707,45 48.237,62 0,00 506.945,07

Ferramentas e utensílios 363.683,70 26.623,55 -5.264,58 385.042,67

Equipamento administrativo 12.403.677,12 1.229.263,75 -143.170,62 13.489.770,25

Taras e vasilhame 373,66 496,10 0,00 869,76

Bens de reduzido valor 2.276.427,96 352.201,88 -23.705,22 2.604.924,62

Outras imobilizações corpóreas 4.634.914,19 278.355,17 -17.297,21 4.895.972,15

Imobilizações em curso 0,00 0,00 0,00 0,00

Adiantam. p/ conta de imob. corpóreas 0,00 0,00 0,00

97.565.453,50 12.415.635,23 -505.501,96 109.475.586,77

Investimentos financeiros

Partes de capital 4.988,00 0,00 0,00 4.988,00

Obrigações e títulos de participação 109.747,55 0,00 0,00 109.747,55

Investimentos em imóveis 0,00 0,00 0,00 0,00

Outras aplicações financeiras 69.815,88 0,00 -59.219,06 10.596,82

Imobilizações em curso 0,00 0,00 0,00 0,00

184.551,43 0,00 -59.219,06 125.332,37

Page 106: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

106

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

A rubrica ativo imobilizado analisa-se como se segue:

Rubricas Saldo Inicial Reavaliação /

Ajustamento Aumentos Alienações

Transferências

e abates Saldo Final

Bens de domínio público

Terrenos e recursos naturais 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Edifícios e outras construções 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Outras construções e infraestruturas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Infraestruturas e equipamentos de natureza militar 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Bens do património histórico, artístico e cultural 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Imobilizações em curso 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Adiantam. p/ conta de bens de domínio público 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Imobilizações incorpóreas

Despesas de instalação 141.661,22 0,00 0,00 0,00 0,00 141.661,22

Despesas de investigação e de desenvolvimento 179.842,11 0,00 158.762,82 0,00 0,00 338.604,93

Propriedade industrial e outros direitos 1.494.905,19 2.512,04 121.619,20 0,00 0,00 1.619.036,43

Imobilizações em curso 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Adiantam. p/ conta de imob. incorpóreas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

1.816.408,52 2.512,04 280.382,02 0,00 0,00 2.099.302,58

Imobilizações corpóreas

Terrenos e recursos naturais 93.807.508,72 0,00 0,00 0,00 0,00 93.807.508,72

Edifícios e outras construções 272.187.530,18 0,00 726.220,37 0,00 685.167,12 272.228.583,43

Equipamento e material básico 61.897.756,64 160.519,09 5.254.461,88 9.711,52 344.188,31 66.958.837,78

Equipamento de transporte 707.093,38 553,97 7.600,00 0,00 0,00 715.247,35

Ferramentas e utensílios 418.669,85 2.198,66 4.185,86 0,00 6.568,44 418.485,93

Equipamento administrativo 14.908.941,79 -465,58 1.828.574,03 0,00 141.272,25 16.595.777,99

Taras e vasilhame 3.014,32 0,00 0,00 0,00 0,00 3.014,32

Bens de reduzido valor 2.277.991,03 0,00 354.494,23 0,00 26.721,62 2.605.763,64

Outras imobilizações corpóreas 12.400.929,08 -468,42 1.348.674,93 0,00 8.267,22 13.740.868,37

Imobilizações em curso 23.754.499,45 0,00 4.773.281,02 0,00 82.054,79 28.445.725,68

Adiantam. p/ conta de imob. corpóreas 0,00 0,00 292.620,39 0,00 0,00 292.620,39

482.363.934,44 162.337,72 14.590.112,71 9.711,52 1.294.239,75 495.812.433,60

Investimentos financeiros

Partes de capital 831.402,98 66.009,63 0,00 0,00 0,00 897.412,61

Obrigações e títulos de participação 1.055.944,72 0,00 500,00 0,00 0,00 1.056.444,72

Investimentos em imóveis 2.219.046,68 0,00 0,00 0,00 0,00 2.219.046,68

Outras aplicações financeiras 855.499,60 0,00 107,40 0,00 0,00 855.607,00

Imobilizações em curso 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

4.961.893,98 66.009,63 607,40 0,00 0,00 5.028.511,01

Nota 25 Diferenças materialmente relevantes entre os custos de elementos do ativo circulante e os

respectivos preços de mercado

Não se considera existirem diferenças materialmente relevantes entre o valor contabilístico e o valor de mercado

dos elementos que integram o ativo circulante.

Nota 31 Repartição do valor líquido consolidado das vendas e das prestações de serviços

As vendas e prestações de serviços pelo Grupo Universidade de Coimbra totalizaram, em 2010, 11.668.095€,

distribuídos da seguinte forma:

Page 107: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

107

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Total

Consolidado Ajustamentos SASUC FCTUC FMUC UC

FUNDAÇÃO

MUSEU DA

CIÊNCIA

FUNDAÇÃO

CULTURAL

ICNAS

PRODUÇÃO,

LDA.

1- VENDAS

Mercadorias 25.447€ 24.781€ 666€

Fotocópias, Impressos e Publicações 5.069€ 4.238€ 831€

Cadernos de Encargos 1.933€ 1.933€

Livros e Revistas 196.622€ 196.622€

Textos de Apoio ao Aluno 2€ 2€

Outros Bens 30.563€ 1.328€ 29.235€

Produtos Acabados 0€

Refeições 4.304.473€ 4.304.473€

Outros (75.595€) (76.286€) 691€

Total 1 4.488.514€ (76.286€) 4.305.164€ 5.566€ 0€ 228.623€ 24.781€ 666€ 0€

2 - PRESTAÇÃO DE

SERVIÇOS 0€

Alojamentos 837.768€ 837.768€

Apoio à Infância 209.853€ 209.853€

Serviços de Saúde 91.379€ 11.437€ 74.322€ 5.621€

Diversos 262.443€ 262.443€

Trabalhos Gráficos 464€ 464€

Realização de Estudos 4.009€ 2.959€ 1.050€

Serviço Docente 35.069€ 35.069€

Outros Serviços 1.622.818€ 39.673€ 958.069€ 54.951€ 570.125€

Acções de Formação 541.156€ 3.200€ 2.230€ 535.726€

Inscrições em Seminários e Cursos 261.457€ 183.482€ 4.210€ 73.765€

Colóquios 3.639€ 3.639€

Manifestações de Cultura 1.518€ 1.518€

Análises Clínicas 2.108.628€ 14.586€ 865.371€ 1.228.671€

Serviços Prestados ao exterior 232.080€ 169.796€ 62.284€

Reprodução e Microfilmagem 13.321€ 13.321€

Serviço de Fotocópias 24.710€ 1.670€ 23.040€

Protocolos e Acordos 888.834€ (673€) 37.006€ 852.501€

Outros Serviços 40.435€ (54.928€) 17.225€ 78.138€

Total 2 7.179.582€ (55.601€) 1.098.731€ 1.211.631€ 1.420.007€ 2.879.738€ 54.951€ 570.125€ 0€

Total (1+2) 11.668.095€ (131.887€) 5.403.894€ 1.217.197€ 1.420.007€ 3.108.361€ 79.732€ 570.791€ 0€

Nota 38 Valores comparativos

Em 2010, no que respeita às dívidas de terceiros, o saldo da subconta 212 «Alunos, c/c» não será comparável ao

do ano do exercício de 2009, uma vez que passou a refletir tanto a dívida vencida como a dívida não vencida. Para

o ano lectivo 2010/2011, a dívida vencida refere-se a proveitos reconhecidos no ano de 2010 e a dívida não

vencida a proveitos diferidos para o ano de 2011 os quais foram reconhecidos na conta 274 «proveitos diferidos».

O proveito é reconhecido no ano económico pelo valor proporcional dos meses lectivos do ano, isto é, 8/12

relativos aos estudantes inscritos no ano lectivo 2009/2010 e 4/12 aos inscritos no ano lectivo 2010/2011

Ao mesmo tempo, foram registadas as dívidas não reconhecidas no ano lectivo 2009/2010 e as do ano lectivo

2010/2011, relativas a cursos de Doutoramento, Mestrado e Pós-graduação.

Dívida 2009/2010

2010/2011

724 - 4/12 274 - 8/12

Licenciatura 483.776,93 2.277.494,74 6.063.772,97

Mestrado Integrado 69.689,30 1.271.625,70 4.637.632,42

Mestrado 320.493,00 424.289,28 2.878.158,01

Pós-Graduação 58.323,75 43.308,25 357.941,67

Doutoramento 177.173,91 458.290,77 2.354.565,05

A política contabilística foi adoptada de forma prospectiva com vista a harmonizar as práticas das diversas

entidades do grupo público UC que desenvolvem a atividade de ensino. A forma de contabilização adoptada

permite o reconhecimento, na sua totalidade, do direito a receber dos estudantes no momento da inscrição,

embora constitua receita orçamental de dois anos económicos.

Page 108: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

108

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

A subconta 57 Reservas decorrentes da transferência de ativos não é comparável com o exercício anterior por se

terem efetuados correções contabilísticas decorrentes da cedência de bens móveis e imóveis pela entidade mãe

afectos às entidades consolidadas.

Nota 39 Demonstração consolidada dos resultados financeiros

Os resultados financeiros apurados no exercício de 2010 têm a seguinte composição:

Conta Custos e perdas Exercícios

Conta Proveitos e ganhos Exercícios

2010 2009 2010 2009

681 Juros suportados 655 12.902 781 Juros obtidos 159.771 309.420

682 Perdas em entidades ou sub-entidades 0 0 782 Ganhos em entidades ou subentidades 0 0

683 Amortizações de investim. em imóveis 0 0 783 Rendimentos de imóveis 4.265 4.156

684 Provisões para aplicações financeiras 0 21.289 784 Rendimentos de particip. capital 0 0

685 Diferenças de cambio desfavoráveis 570 383 785 Diferenças de cambio favoráveis * 1.609 139

686 Descontos de Pronto Pagamento concedidos 4.722 794 786 Descontos de Pronto Pagamento obtidos 124 8

687 Perdas na alienação de aplicações de tesouraria 0 0 787 Ganhos na alienação de aplicações de tesouraria 0 0

688 Outros custos e perdas financeiros 69.552 62.491 788 Outros proveitos e ganhos financeiros 54 319

Total custos e perdas financeiros 75.499 97.859

Resultados Financeiros 90.324 216.183 Total proveitos e ganhos Financeiros 165.823 314.043

Durante o ano de 2010, assistiu-se a uma redução nos proveitos e ganhos financeiros (148.220€) e uma redução

nos custos e perdas financeiras (22.360€). Os Resultados Financeiros somam 90.324€, e traduzem uma diminuição

de 58,22% em relação ao ano de 2009.

Nota 40 Demonstração consolidada dos resultados extraordinários, como segue:

Os resultados extraordinários apurados no exercício de 2010 têm a seguinte composição:

Conta Custos e perdas Exercícios

Conta Proveitos e ganhos Exercícios

2010 2009 2010 2009

691 Transf. de capital concedidas 950 0 791 Restituições de impostos 0 0

692 Dividas incobráveis 394 2.909 792 Recuperações de dividas 0 0

693 Perdas em existências 10.438 39.885 793 Ganhos em existências 10.425 21.171

694 Perdas em imobilizações 19.437 286.460 794 Ganhos em imobilizações 500 966

695 Multas e penalidades 16.872 24.761 795 Benefícios de penalidades contratuais 0 0

696 Aumentos de amortizações e provisões 67.422 16.167 796 Reduções de amortizações e provisões 164.953 406.626

697 Correcções relativas a exercícios anteriores 2.083.112 2.047.703 797 Correcções relativas a exercícios anteriores 995.544 631.341

698 Outros custos e perdas extraordinários 1.283 60.031 798 Outros proveitos e ganhos extraordinários 3.041.707 2.938.937

Total de Custos Extraordinários 2.199.907 2.477.916 799 Reposições Não Abatidas 0 2.231

Resultados Extraordinários 2.013.223 1.523.356 Total de Proveitos Extraordinários 4.213.130 4.001.272

Durante o ano de 2010, assistiu-se a um aumento nos proveitos e ganhos extraordinários de 211.858€ e uma

redução nos custos e perdas extraordinários (278.009€). Os Resultados Extraordinários somam 2.013.223€, e

traduzem um aumento de 32,16% em relação ao ano de 2009.

Nota 41 Movimentos ocorridos no exercício na rubrica provisões

Conta do razão Designação Saldo inicial Aumento Redução Saldo final

19 Provisões para aplicações de tesouraria 0 € 0 € 0 € 0 €

29 Provisões 5.225.352 € 1.428.211 € 101.504 € 6.552.059 €

291 Provisões para cobranças duvidosas 4.891.493 € 1.428.211 € 101.504 € 6.218.200 €

2911 Clientes cobrança duvidosa 193.267 € 128.613 € 144 € 321.736 €

2912 Alunos cobrança duvidosa 4.559.188 € 1.299.598 € 99.985 € 5.758.801 €

2913 Devedores UC cobrança duvidosa 139.038 € 0 € 1.375 € 137.662 €

292 Provisões para riscos e encargos 333.860 € 0 € 0 € 333.860 €

39 Provisões para depreciação de existências 0 € 0 € 0 € 0 €

49 Provisões para investimentos financeiros 184.551 € 0 € 59.219 € 125.332 €

Page 109: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

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Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Nota 42 Bens utilizados no regime de locação financeira

Os bens em locação financeira analisam-se como se segue:

Designação Valor Aquisição Valor Amortizações Valor contabilístico

VOLVO S40 2.0 D NÍVEL 1 4P 136 CH 36.011 13.504 22.507

VOLKSWAGEN PASSAT 1.9 TDI BLUEMOTION - AZUL SHADOW 29.526 8.304 21.222

VOLKSWAGEN PASSAT 1.9 TDI BLUEMOTION 4P CINZENTO 29.526 8.304 21.222

Total 95.064 30.113 64.951

VII. Informações diversas

Nota 45 Outras informações consideradas relevantes para melhor compreensão da situação

financeira e dos resultados do conjunto das entidades incluídas na consolidação

Nesta nota inclui-se a informação adicional que se entende necessária para a compreensão das demonstrações

financeiras, de forma que as mesmas possam refletir adequadamente a posição orçamental, económica e financeira

da UC, o resultado das suas operações e a execução do respectivo orçamento.

a) Alunos c/c e clientes

As provisões para cobrança duvidosa de estudantes foram mensuradas pelo valor atual da dívida vencida dos anos

lectivos até 2008/2009, por o tempo de mora ser superior a um ano e terem sido desenvolvidas diligências para a

cobrança, mediante a revisão da estimativa dos anteriores períodos de relato que implicou um aumento do valor

da provisão.

No que se refere a clientes foram reconhecidos como de cobrança duvidosa as dívidas com mora superior a um

ano. Não foram provisionadas as dívidas relativas ao Estado em sentido lato.

b) Outros devedores e credores

No encerramento do ano económico foram efectuados lançamentos de regularização e rectificação de situações

pendentes em contas de depósitos à ordem, por se verificar que revelavam à data do Balanço situações de receita

e de despesa a adicionar e a subtrair aos movimentos em contas bancárias que não tinham sido reconhecidas em

anos anteriores. Para tal foram realizados procedimentos analíticos a cada classe de transação e movimentos, para

esclarecer as diversas situações. Assim, procedeu-se aos ajustamentos necessários em resultado dos

esclarecimentos obtidos. Para as situações que exigem um maior aprofundamento da análise com vista à

regularização ou rectificação dos valores pendentes foram reconhecidos em subconta específica 26896000

«Devedores e credores diversos a regularizar», que revela no balanço o saldo credor de 850.777,64€.

c) Caixa e equivalentes

Em 31 de Dezembro de 2010 o caixa e equivalentes do Grupo UC tinha a seguinte composição:

Designação Montante

Caixa 145.437 €

Depósitos à ordem 31.084.013 €

CGD 10.228.567 €

SANTANDER 4.378.654 €

BES 1.009.961 €

BCP 109.565 €

BPI 1.198.013 €

BPN 0 €

CAJA DUERO 2.492 €

IGCP 14.156.760 €

Depósitos Caução 10.000 €

CGD 10.000 €

Depósitos a prazo 1.255.609 €

CGD 1.230.000 €

SANTANDER 25.609 €

IGCP 0 €

Totais 32.495.059 €

Page 110: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

110

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

d) Período Complementar

De acordo com o estabelecido no Decreto-Lei de Execução Orçamental a UC.Reitoria, FMUC e SASUC

procederam durante os primeiros 7 dias do ano de 2011 ao pagamento de despesas que à data de 31 de

Dezembro estavam a aguardar pagamento. De acordo com a Orientação – Norma Interpretativa nº.1/2001

(Período Complementar) emitida pela Comissão de Normalização Contabilística da Administração Pública, o

Balanço deverá refletir a situação de terceiros e disponibilidades antes da efetivação dos pagamentos relativos ao

período complementar, enquanto na execução orçamental, os mapas de fluxos de caixa e do controlo orçamental,

evidenciam a totalidade dos pagamentos do exercício do ano, incluindo os efectuados durante o período

complementar. Para efeitos contabilísticos no momento do pagamento no período complementar deviam ter

ocorrido, em simultâneo, movimentos a débito e a crédito da conta 25221 «período complementar». Assim a

diferença entre o saldo de disponibilidades que é evidenciada no balanço e no saldo para a gerência seguinte

constante no mapa de fluxos de caixa é a que a seguir se apresenta, que traduz o montante dos pagamentos

efectuados no período complementar:

Designação Montante

Saldo de gerência na posse do GPUC 30.630.371 €

Pagamentos efectuados durante o período complementar 1.864.688 €

Disponibilidades – Balanço 32.495.059 €

e) Acréscimos de proveitos e custos diferidos

Os acréscimos de proveitos analisam-se como se segue:

Acréscimo de Proveitos Saldo Final % 2009

Projetos de I&D 2.661.793 € 86,6% 743.072 €

SFA - Serviços e Fundos Autónomos 1.492.981 € 48,6% 414.236 €

ISFL - Instituições Com e Sem Fins Lucrativos 533.482 € 17,4% 675 €

Sociedades Não Financeiras 36.507 € 1,2% - €

União Europeia 588.166 € 19,1% 314.154 €

Resto do Mundo 10.657 € 0,3% 14.008 €

Colaborações Técnicas - € 0,0% 250 €

Outros Acréscimos de Proveitos 410.391 € 13,4% 588.420 €

Total 3.072.184 € 100,0% 1.331.743 €

Os custos diferidos analisam-se como se segue:

Custos Diferidos Saldo Final % 2009

Seguros 6.608 € 5,0% 14.256 €

Outros Custos Diferidos 125.239 € 95,0% 118.030 €

Total 131.847 € 100,0% 132.286 €

Page 111: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

111

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

f) Acréscimos de custos

Os acréscimos de custos analisam-se como se segue:

Acréscimo de Custos Saldo Final % 2009

Seguros - € 0,0% - €

Remumerações e Encargos s/ Remumerações 13.791.932 € 93,9% 14.716.004 €

ADSE [RO's] 157.560 € 1,1% 290.376 €

Outros Acréscimos de Custos 742.749 € 5,1% 414.573 €

Total 14.692.241 € 100,0% 15.420.953 €

A diminuição da estimativa para férias e subsídio de férias resulta da redução remuneratória prevista na Lei do

Orçamento de Estado para 2011 (art.º 19.º da lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro). A estimativa inclui um

aumento relativo à contribuição de 2,5% das remunerações sujeitas a desconto por parte dos trabalhadores que

sejam beneficiários titulares da ADSE.

g) Proveitos diferidos

Os proveitos diferidos analisam-se como se segue:

Proveitos Diferidos Saldo Final % 2009

Propinas 16.313.945 € 14,3% 154.942 €

Propinas Licenciatura 6.063.773 € 5,3% 32.158 €

Propinas Mestrado Integrado 4.637.632 € 4,1% 74.637 €

Propinas Mestrado 2.883.533 € 2,5% 29.264 €

Propinas Doutoramento 2.371.065 € 2,1% 18.883 €

Propinas Pós-Graduação 357.942 € 0,3% - €

Subsídios para Investimento 92.481.748 € 81,2% 90.694.754 €

Transferências de Capital - PRODEP 14.339.914 € 12,6% 15.086.403 €

Transferências de Capital - PIDDAC 24.679.658 € 21,7% 25.382.461 €

Transferências de Capital - OE 1.930.669 € 1,7% 2.299.575 €

Financiamento FCT 17.128.225 € 15,0% 23.532.124 €

Financiamentos EU/Outros 34.403.283 € 30,2% 24.394.191 €

Projectos de I&D 4.135.773 € 3,6% 5.052.716 €

SFA - Serviços e Fundos Autónomos 2.698.662 € 2,4% 3.263.443 €

ISFL - Instituições Sem Fins Lucrativos 31.125 € 0,0% 13.326 €

União Europeia 1.405.987 € 1,2% 1.775.948 €

Outros 911.605 € 0,8% 1.024.224 €

Outros 911.605 € 0,8% 1.024.224 €

Total 113.843.072 € 100,0% 96.926.636 €

Page 112: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

112

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

h) Subsídios ao investimento

Reconhecendo a importância crítica da manutenção do seu capital físico ao longo de muitas gerações, a

Universidade de Coimbra tem alocado, numa base consistente, fundos diretamente do seu orçamento operacional,

de fundos com origem no PIDDAC e contratualizado fundos com entidades financiadoras.

No que se refere a encargos resultantes de obrigações contratuais no âmbito de projetos de investimento a UC

tem assumido as seguintes responsabilidades:

Programa ou projeto de ação

Programação Plurianual Receita

recebida

acumulada

a 31-12-2010

Saldo de

gerência

a 31-12-

2010

Despesa

paga

acumulada

a 31-12-2010

Taxa

exec.

Despesa

programada

Anos seguintes Contratualizado Cofinanciamento Compart.

Nacional

Faculdade Medicina/Subunidade 3

8.722.374,00

5.761.448,00 2.803.675,00 645.519,00 2.158.153,00 24,74%

6.564.218,00

Museu da Ciência

16.593.149,00

11.181.769,00 1.313.219,00 33.014,00 1.280.205,00 7,72% 15.312.944,00

Colégio da Graça

10.952.195,00

5.011.241,00

240.000,00

358.488,00

227.845,00

130.643,00 1,19%

10.821.552,00

Cidade Univer(sc)idade

3.574.177,00

1.531.672,00

468.949,00

580.696,00

402.405,00

178.290,00 4,99%

3.395.886,00

PRAUC I

16.276.579,00

1.387.500,00

60.131,00

1.326.739,00 8,16%

14.949.211,00

HPC Ring

3.659.000,00

2.561.300,00 0,00%

3.659.000,00

BIOMED III

13.517.843,00

9.462.490,00 0,00%

13.517843,00

Infraestruturas Científicas e Tecnológicas das

Ciências Básicas da Universidade de Coimbra -

Edifício da Física e da Química

4.001.280,00

2.800.896,00

0,00%

4.001.280,00

Pólo II Terrenos e Infraestruturas

10.976.556,00

379.766,00

1.267.560,00

1.267.560,00

11,55%

9.708.996,00

Pólo III Terrenos e Infraestruturas

5.388.365,00

1.566.863,00

154.000,00 4.160.942,00 7.875,00 4.153.067,00 77,07%

1.253.298,00

Faculdade de Desporto

13.525.265,00

6.359.468,00

193.500,00 806.329,00 81,00 803.248,00 5,96%

12.719.017,00

Faculdade de Psicologia

16.384.383,00

7.851.644,00

110.000,00 681.095,00 18.884,00 662.211,00 4,04%

15.722.172,00

Faculdade de Medicina/Subunidade 2+4

15.454.571,00

7.607.959,00

100.000,00 334.733,00 69.221,00 265.512,00 1,72%

15.189.059,00

Total

139.025.737

61.697.750

1.646.215

13.694.236

1.464.974

12.229.261

8,80%

126.796.475

Relativamente aos projetos de investimento em curso a UC tem assumido as seguintes responsabilidades relativas

a contratos de construção:

Contratos de bens em construção Valor do

contrato

Despesa paga

no ano

Despesa paga

acumulada a 31-12-

2010

Valor no ativo #44

«imobilizações em

curso»

Taxa de

execução

Despesa

programada anos

seguintes

Elaboração do projeto do edifício Fac. Medicina

- Subunidade 3 281.334,17 8.531,69 261.661,92 261.661,92 93% 19.672,25

Serviços de acompanhamento arqueológico

empreitada do Pátio da Universidade 14.668,00 4.356,00 4.356,00 4.356,00 30% 10.312,00

Prospecção geofísica para cadastração das

infraestruturas pelo método de georadar no

Paço das Escolas

5.780,98 4.317,89 4.317,89 4.317,89 75% 1.463,09

Aquisição de serviços de arqueologia para

acompanhamento da empreitada da Rua Larga 7.545,40 4.876,30 4.876,30 4.876,30 65% 2.669,10

Empreitada de requalificação do pátio, escadas

minerva e acessibilidades Paço das Escolas 712.021,28 78.112,86 78.112,86 78.112,86 11% 633.908,42

Empreitada para a recuperação e qualificação

do Largo da Porta Férrea/Rua Larga 157.903,60 69.808,68 69.808,68 69.808,68 44% 88.094,92

Emp. Desmontes, demolições, fundações,

estruturas e drenagens do Colégio da Graça 560.657,62 81.226,50 81.226,50 81.226,50 14% 479.431,12

Elaboração do projeto relativo à 2ª fase do

Museu da Ciência da UC 1.085.362,32 510.640,95 510.640,95 510.640,95 47% 574.721,37

Reabilitação Fachadas do Colégio de Jesus 629.059,93 382.753,84 616.403,30 616.403,30 98% 12.656,63

Projeto do Edifício do CIDUC 59.197,64 35.346,03 35.346,03 60% 23.851,61

Elaboração projetos especialidades do edifício

do CIDUC 52.882,91 31.944,00 15.922,91 15.922,91 30% 5.016,00

Projeto de Reabilitação do Edifício do Colégio

da Trindade 275.486,59 162.678,09 162.678,09 59% 112.808,50

Empreitada Fundações e Estruturas Colégio

Trindade 613.916,59 356.913,79 583.365,91 583.365,91 95% 30.550,68

Total 4.455.817,03 1.533.482,50 2.428.717,34 2.428.717,34 1.995.155,69

Page 113: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

113

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

i) Fundo de Investimento

A Universidade de Coimbra, tem alocado parte das suas propinas de licenciatura, para o desenvolvimento de

despesas em diversas áreas de intervenção. Neste contexto, o denominado Fundo de Investimento da UC,

registou no ano económico de 2010 a seguinte execução:

Fundo de Investimento 2010 Despesa Realizada

Área Social

Fundo de Apoio Social 150.000

Mínima 2º filho 168.447

Mínima funcionários 11.944

sub-total 330.390

Área Educativa

Certificação Pedagógica 15.585

Formação Desportiva (EU) 352.744

Formação Cultural 225.816

100 Bolsas Mobilidade 76.549

Bolsas melhores alunos 510.576

Conteúdos Educativos 157.235

Coleção Mapas Conde Nabais 150.000

Comunicação(captação de alunos) 121.460

subtotal 1.609.965

Área Investigação

10 bolsas doutoramento/ano 182.998

Programas de Investigação 129.725

SIIBUC - Modernização de suporte 46.766

Digitalização Direito/Letras 35.365

Millennium 63.634

subtotal 458.487

Infraestruturas

Santa Cruz 10.000

Política de Ambiente, Segurança e Saúde 132.606

S. Marcos 7.833

QREN&POCI 133.275

Biblioteca Letras 99.349

Inst. Coimbra + Salão Reitoria 10.873

Residência Observatório Astronómico 37.842

Candidatura UNESCO 174.811

Cidade Universidade 147.595

Pólo III - Terrenos e Infraestruturas 4.004

ICNAS 50.000

Subunidade 2+4 100.000

Instalações SAS 255.254

FCDEF (Fundações e Estruturas) 54.450

subtotal 1.217.892

Administração do Fundo

Recursos Humanos 87.192

subtotal 87.192

TOTAL 3.703.926

Page 114: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

114

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Índice de Quadros

Quadro 1: Reuniões Realizadas pelo Conselho Geral ................................................................................................................ 11 Quadro 2: Equipa Reitoral ................................................................................................................................................................. 12 Quadro 3: Membros do Conselho de Gestão em 2010 ............................................................................................................ 12 Quadro 4: Comunicações à Provedoria do Estudante, por assunto ....................................................................................... 13 Quadro 5: Número de cursos, por grau ........................................................................................................................................ 15 Quadro 6: Número de alunos inscritos, por grau ....................................................................................................................... 16 Quadro 7: Número de alunos diplomados, por grau .................................................................................................................. 16 Quadro 8: Número de estudantes admitidos através de regimes especiais ......................................................................... 16 Quadro 9: Número de unidades e projetos de I&D por família .............................................................................................. 17 Quadro 10: Avaliação dos centros e unidades de investigação ................................................................................................ 17 Quadro 11: Número de bolseiros de investigação ...................................................................................................................... 17 Quadro 12: Correlação entre as orientações estratégicas e os programas ......................................................................... 20 Quadro 13: Estudantes estrangeiros, por origem ........................................................................................................................ 23 Quadro 14: Cooperação institucional ............................................................................................................................................. 25 Quadro 15: Projetos e programas ................................................................................................................................................... 26 Quadro 16: Evolução do n.º de formandos do Curso de Empreendedorismo de Base Tecnológica ............................ 29 Quadro 17: N.º de formandos do Curso de Empreendedorismo (não tecnológico) ........................................................ 29 Quadro 18: Evolução do número de visitantes ao Paço das Escolas ...................................................................................... 32 Quadro 19: Inquéritos no âmbito do Sistema de Gestão .......................................................................................................... 34 Quadro 20: Pedidos de Acreditação Preliminar de Ciclos de Estudo em Funcionamento ............................................... 34 Quadro 21: Pedidos de Acreditação Prévia para Novos Ciclos de Estudos ......................................................................... 35 Quadro 22: Dados globais dos edifícios ......................................................................................................................................... 36 Quadro 23: Bolsas concedidas pelos SASUC ................................................................................................................................ 39 Quadro 24: Dados relativos à alimentação.................................................................................................................................... 40 Quadro 25: Dados relativos ao alojamento .................................................................................................................................. 40 Quadro 26: Benefícios concedidos a estudantes .......................................................................................................................... 41 Quadro 27: Empréstimo domiciliário do SIBUC .......................................................................................................................... 60 Quadro 28: Públicos da Fundação Cultural ................................................................................................................................... 65 Quadro 29: Efetivos por género ....................................................................................................................................................... 68 Quadro 30: Distribuição dos docentes e investigadores (ETI), por grau .............................................................................. 68 Quadro 31: Distribuição do pessoal não docente por grupo profissional ............................................................................ 68 Quadro 32: Movimentos de pessoal – admissões / saídas ......................................................................................................... 69 Quadro 33: Movimentos de pessoal – motivo das saídas .......................................................................................................... 69 Quadro 34: Número de ações de formação profissional .......................................................................................................... 70 Quadro 35: Origem de Fundos – Atividades ................................................................................................................................ 73 Quadro 36: Origem de Fundos - Fundos ....................................................................................................................................... 74 Quadro 37: Origem de Fundos – Agrupamento Económico .................................................................................................... 75 Quadro 38: Aplicação de Fundos – Atividades ............................................................................................................................. 75 Quadro 39: Aplicação de Fundos – Fundos ................................................................................................................................. 76 Quadro 40: Aplicação de Fundos – Agrupamento Económico ................................................................................................ 76 Quadro 41: Saldos Orçamentais - Atividades ............................................................................................................................... 77 Quadro 42: Saldos Orçamentais - Fundos ..................................................................................................................................... 77 Quadro 43: Estrutura do Balanço .................................................................................................................................................... 80 Quadro 44: Estrutura Balanço Funcional ....................................................................................................................................... 82 Quadro 45: Mapa de Cash-Flows ..................................................................................................................................................... 82 Quadro 46: Estrutura e Evolução de Proveitos e Ganhos ........................................................................................................ 83 Quadro 47: Estrutura e Evolução de Custos e Perdas ............................................................................................................... 84 Quadro 48: Demonstração de Resultados Sintética ................................................................................................................... 86 Quadro 49: KPI’s Económico-Financeiros ..................................................................................................................................... 87

Page 115: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

115

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Índice de Gráficos

Gráfico 1: Evolução do número de vagas e dos candidatos colocados na 1.ª fase do concurso geral ........................... 15 Gráfico 2: Evolução do n.º de candidatos e efetivos em programas de mobilidade - outgoing ......................................... 23 Gráfico 3: Evolução do n.º de candidatos e efetivos em programas de mobilidade - incoming ........................................ 23 Gráfico 4: Distribuição dos estudantes Erasmus, por país ........................................................................................................ 24 Gráfico 5: Distribuição dos estudantes, por país de origem ..................................................................................................... 24 Gráfico 6: N.º de pessoas registadas no Centro de Mobilidade, por grau de Ensino e Investigação ............................. 25 Gráfico 7: Evolução do n.º de docentes candidatos e efetivos a programas de mobilidade ............................................. 25 Gráfico 8: Distribuição dos acordos institucionais Erasmus, por países ................................................................................ 26 Gráfico 9: Número acumulado de patentes ativas no portfólio da UC ................................................................................. 28 Gráfico 10: Evolução do número de membros da Rede UC .................................................................................................... 31 Gráfico 11: Estrutura etária dos recursos humanos ................................................................................................................... 68 Gráfico 12: Estrutura etária dos pessoal docente/Investigador e do pessoal não docente .............................................. 69 Gráfico 13: Distribuição percentual do pessoal docente, por nível de escolaridade ......................................................... 70 Gráfico 14: Distribuição percentual do pessoal não docente, por nível de escolaridade ................................................. 70 Gráfico 15: Efetivos por nível de escolaridade e por género .................................................................................................... 71 Gráfico 16: Saldos de Orçamentais – Naturezas ......................................................................................................................... 78 Gráfico 17: Saldos de Gerência – Naturezas e Tipologia de Despesa ................................................................................... 79 Gráfico 18: Estrutura Patrimonial ..................................................................................................................................................... 80 Gráfico 19: Estrutura Funcional ........................................................................................................................................................ 81 Gráfico 20: Estrutura e Evolução de Proveitos e Ganhos ......................................................................................................... 84 Gráfico 21: Estrutura e Evolução de Custos e Perdas ................................................................................................................ 85 Gráfico 22: Peso Relativo da Estrutura de Custos 2010 - 2009............................................................................................... 85

Page 116: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

116

Relatório de Gestão Consolidado | 2010

Índice de Figuras

Figura 1: Organograma ........................................................................................................................................................................ 10 Figura 2: Mapa de processos .............................................................................................................................................................. 33 Figura 3: Mapa de localização das instalações................................................................................................................................ 36 Figura 4: Modelo de relacionamento do CSC ............................................................................................................................... 43 Figura 5: Cronograma do CSC ......................................................................................................................................................... 44 Figura 6: Organograma do CSE ........................................................................................................................................................ 45

Page 117: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010

1

certificação legal das

contas consolidadas

2010

Page 118: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010
Page 119: Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2010