Relatório de grupo 1º semestre/2018 - escoladositio.com.br · transparente com garrafa pet e...

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Havia um desejo... Trazer uma minhoca, minhoca!?! Não uma minhoca qualquer, uma minhoca grande, um MINHOCUÇU. Havia esse desejo... A professora escolheu um MINHOCUÇU para ser o Objeto Disparador da turma do 1º ano. Havia um problema... Coŵo esse oďjeto seria apresentado? Como ele chegaria na turma? Havia um objetivo... Apresentá-lo de uma forma lúdica para que todos se envolvessem com ele involuntariamente. Havia uma pergunta... Mas como?!? Como aparecer com uma minhoca gigante do nada? Havia uma turma... Nessa turma havia crianças. Essas crianças mal sabem o quanto auxiliam a fazer acontecer o trabalho de suas professoras. Relatório de grupo 1º semestre/2018 Turma: 1º ano Professora: Mariana Muffato Professora auxiliar: Mariana Guimarães Coordenadora: Lucy Ramos

Transcript of Relatório de grupo 1º semestre/2018 - escoladositio.com.br · transparente com garrafa pet e...

Havia um desejo...

Trazer uma minhoca, minhoca!?!

Não uma minhoca qualquer, uma minhoca grande, um MINHOCUÇU.

Havia esse desejo...

A professora escolheu um MINHOCUÇU para ser o Objeto Disparador da turma do 1º ano.

Havia um problema...

Co o esse o jeto seria apresentado? Como ele chegaria na turma?

Havia um objetivo...

Apresentá-lo de uma forma lúdica para que todos se envolvessem com ele involuntariamente.

Havia uma pergunta...

Mas como?!? Como aparecer com uma minhoca gigante do nada?

Havia uma turma...

Nessa turma havia crianças.

Essas crianças mal sabem o quanto auxiliam a fazer acontecer o trabalho de suas professoras.

Relatório de grupo – 1º semestre/2018

Turma: 1º ano

Professora: Mariana Muffato Professora auxiliar: Mariana Guimarães Coordenadora: Lucy Ramos

Surgiu um assunto...

A Fada do De te !

E daí que essa história volta lá na professora que queria trazer a minhoca.

Essa tal professo a ue a edita te u a ide tidade se eta e se a Fada do De te .

Havia uma história...

Uma história contada por uma BRUXA, a Bruxa Andruxa.

Foi ela quem desvendou a identidade secreta da professora no ano de 2013, em um projeto da

turma de quando as crianças da Escola do Sítio do 6º ano, estavam no 1º.

(Entre tantas conversas, levantamentos de hipóteses, conhecimento de outras bruxas)

Houve uma curiosidade...

Conhecer a BRUXA ANDRUXA!

Havia um segredo...

Ela só aparece nos momentos de culinária! Adora bolos e comidas gostosas prepadas em casa.

Havia uma necessidade...

Se comunicar com ela.

Houve uma ideia...

Escrevemos uma carta! E ela respondeu e ainda nos enviou mimos bem docinhos (balas de

minhoca).

Fizemos um bolo e ficamos a sua espera.

Ela apareceu!

Daí a gente consegue voltar lá naquele primeiro desejo, sabe?!? O da minhoca!!!

Com a Bruxa, uma surpresa...

Andruxa deixou a turma incumbida de tomar conta de seus MINHOCUÇUS TRIGÊMEOS

enquanto fazia uma lonnnnga viagem.

Surgiu um projeto...

E com ele muitas coisas para pesquisar, aprender e a turma se interessar.

Assim, bem rapidamente, foi assim que começou a história dessa história que estamos aqui

para contar para vocês.

Sejam bem vindos ao 1º semestre da turma do 1º ano!!!

Mari 1 e Mari 2 te convidam a essa leitura e querem compartilhar com todos os leitores nossas

descobertas e aventuras ao lado dessa turminha do barulho!

A Reprodução das Minhocas

Amados pelas crianças, os minhocuçus eram alvos de olos , todos queriam pegá-los,

observá-los mais de perto e um certo dia aconteceu uma coisa que trouxe espanto para a

tu a. Dava a i p essão de esta sai do do u u do i ho uçu, u i ho uçuzi ho.

Uma parte que se desprendia da minhoca e ficava uma mini minhoca.

Inicialmente acreditamos que pudesse ser o nascimento de um filhote e depois de dois,

pensando em outro minhocuçu que sofreu o mesmo processo.

Fomos pesquisar como era a reprodução e o nascimento desses animais. Para nossa

curiosidade minhocuçus não nascem dessa forma, nascem de ovos que se parecem casulos,

que incialmente são formados dentro do corpo do minhocuçu que é hermafrodita, sendo

assim, após o processo de reprodução o asal fi a g ávido e depois de um tempo eles

espelem um ovo com formato de casulo em um lugar embaixo da terra que consideram bem

protegido e após um tempo de dentro desse casulo nascem os minhocuçuzinhos.

Mas o o havia a o te ido a uele as i e to p ese iado po todos da turma?!?

Mais pesquisa e descobrimos que quando se sentem ameaçados, os minhocuçus passam por

um processo de auto-flagelo, eles se cortam. Ficamos chocados e entristecidos, nos sentido

até culpados, mas acreditamos enquanto educadoras, que essas experiências é que tornam a

aprendizagem significativa, com pesquisas, erros e acertos vamos nos apropriando mais dos

assuntos. Aprendemos que dali por diante nossa relação com eles seria mais distante no

quesito físico, afim de não trazer outros danos.

A Composteira

A minhoca, que vinha sendo assunto de muitas conversas e curiosidades da turma faz parte do

processo de compostagem. Pensamos em trazer para o grupo uma composteira doméstica

para que pudéssemos mais de perto vivenciar este processo de nutrição da terra, o qual a

minhoca contribui bastante e também para que em uma abordagem mais ambiental

pudéssemos problematizar a questão do lixo, seu descarte e reuso.

A composteira foi recebida com grande estusiasmo pela turma. Inclusive alguns alunos

puderam contribuir com informações e dicas de como montá-la, utilizá-la, pois tem a prática

de realizar a compostagem em suas casas.

Acreditando que o processo e a vivências são os momentos mais enriquecedores de um

projeto, a professora estava aprendendo junto com as crianças e por falta de conhecimento

deixou de molhar e/ou orientar as crianças que molhassem a terra da composteira enquanto o

processo de decomposição não estava acontecendo e um final de semana após a chegada da

composteira com 200 minhocas lá dentro, só sobraram 200 minhocas chips (rs) e uma terra

bem seca. As minhocas morreram e isso foi bem triste.

Mas não desistimos por conta disso. A professora foi lá e encomendou 1 litro de minhoca (não

sabíamos, mas vende-se minhocas por litros!) e eram muitas, muitas minhocas!

Fomos nos informar um pouco mais e descobrimos que precisávamos de mais terra e muita

água. Recomeçamos e desta vez parece que deu certo. Estava dando...

Fizemos cartazes explicativos, passamos pelas outras turmas pedindo a colaboração de todos,

descobrimos os alimentos permitidos e os proibidos de se colocar na composteira e o trabalho

engrenou. Muitos colaborando, crianças trazendo coisas de casa para descartar na

composteira até que em uma manhã, os primeiros a chegar na classe se depararam com um

suicídio de minhocas, muitas, muitas muitas minhocas haviam fugido da composteira e

estavam mortas espalhadas pelo chão.

Fomos lá pesquisar e tentar descobrir o motivo desse acontecimento, que se repetiu por mais

umas duas outras vezes. Algumas hipóteses foram levantadas, mas a que mais se encaixou e

depois que modificamos o processo de cobrir os alimentos com bastante serragem ou folhas

secas, fazíamos isso, mas colocávamos muito pouco, o correto é para cada parte de alimento

colocado você coloque 2 partes de material seco. As minhocas pararam de fugir.

Experiência: Co posteira Tra spare te A Visibilidade da Produção do Choru e

Com a chegada da Composteira iniciamos diversas pesquisas e fomos experimentando o jeito

mais correto de cuidar desse espaço, para isso contamos com várias fontes de pesquisa, uma

delas que sempre está disposta e pronta a nos ajudar é da nossa diretora Cida, que também é

bióloga.

Cida nos fez algumas visitas e em uma delas nos explicou o processo de decomposição dos

alimentos, a função da minhoca na terra, os gases produzidos durante o processo e a produção

de chorume.

Apesar de parecer e em sua fala ser tudo tão bem explicadinho, nada como o concreto para

trazer a ealidade pa a o olha das ia ças. Cida p epa ou u a i i o postei a transparente com garrafa pet e fizemos o experimento somente com as cascas dos alimentos.

As crianças puderam acompanhar de pertinho cada uma das transformações.

A Bruxa Allure

Alguns alunos turma do 1º ano, quando estavam aqui na Escola do Sítio na sala do Jardim 1,

com a professo a Elia a, fazia pa te da Tu a da B uxa . Explo a a uitas oisas da vida das Bruxas, brincaram, experimentaram, experienciaram e entre as Bruxas que conheceram,

uma delas é a Bruxa Allure. Alluere apareceu em muitas falas das crianças por conta da história

da Bruxa Andruxa e vocês acreditam que ela enviou uma carta para a nossa turma agora do 1º

a o ju to o u p ese te?! Pois é, ap oveita do a Tu a do Ca tei o , ue é a tu a do Jardim 1 A desse ano, pediu que eles nos entregassem a encomenda e olhem só, não é que

essa danada da Bruxa Allure já sabia da nossa composteira e nos enviou um pote repleto de

minhocas para que pudéssemos começar a caixa número 2 da nossa composteira, já que a

número 1 estava lotada. Foi uma alegria só!!!

E as crianças, como sempre, se divertiram pegando as minhocas nas mãos e preparando o

novo espaço para descarte dos alimentos.

Agradecemos a gentileza, Bruxa Allure! Essa turma tem um carinho especial por você!

Cadeias e Teias alimentares

Com o escape de algumas minhocas da nossa composteira no meio da noite, a galinha Filó

(galinha da Escola do Sítio) fez a festa. As minhocas que fugiram e morreram viraram aperitivo

para a galinha.

Ao observar a galinha comendo os restos mortais das minhocas, muitas crianças ficaram muito

bravas, algumas quiseram até correr atrás da galinha afim de dar uma bronca nela pelo fato de

ter comido as minhocas.

Aproveitando este acontecimento entramos nos estudos sobre as cadeias e teias alimentares.

Aprendemos sobre os produtores, consumidores e a posição de cada ser vivo dentro deste

esquema.

Falamos também sobre o tipo de alimentação dos animais. Os herbívoros, onívoros e

carnívoros.

A quantidade de alimento que cada um precisa para ter energia e sobreviver e o quanto isso se

reflete no local da cadeia alimentar que cada um ocupa.

Assistimos a um documentário e a uma tele aula para observar e aprender mais de perto sobre

este assunto.

As Larvas da Laranja

Certa manhã, um aluno da turma do Jardim 2 levou para a turma do 1º ano um pote repleto de

la vas de la a ja ue havia o p ado o pes uei o ue foi o a fa ília o fi al de se a a. Não sabíamos o que era. Se era uma lagarta, uma minhoca ou o que mais poderia ser.

Fomos pesquisar e descobrimos que se tratava de larvas criadas a partir da decomposição da

laranja e eram usadas como iscas para pescar.

Assistimos alguns tutoriais sobre o assunto e aprendemos inclusive como produzir as larvas. A

turma retomou o interesse pela atividade de pesca, já que anteriormente haviam desistido da

ideia com dó de matar as minhocas.

Como essa experiência aconteceu bem no final do semestre, preferimos aguardar o início do

2º semestre para que possamos nos organizar com calma e observar atentamente o processo

de aparição, crescimento e desenvolvimento das larvas e também estamos pensando em

programar um Estudo do Meio em um pesqueiro da região para que possamos utilizá-las como

iscas.

A Retirada do Chorume

Momento de grande alegria foi quando a turma percebeu que a composteira já estava

produzinho o chorume.

Chorume é o líquido que provém da degradação dos alimentos dentro da composteira. Ele se

aloja na parte inferior da mesma e é utilizado para adubar as plantas e hortaliças.

Usado concentrado (puro), o chorume é considerado um veneno, pois mata as plantas.

Aprendemos que o uso correto se faz da seguinte forma: 1 medida de chorume diluída em 10

medidas de água.

A retirada do chorume da composteira foi um momento muito esperado que as crianças

curtiram bastante. Depois fizemos a diluição e distribuímos garrafinhas para que pudessem

regar as plantas em casa e também dividimos com as outras pessoas da escola que mostraram

interesse.

A Produção e o Descarte Consciente do Lixo

Pensamos que não adiantaria fazermos um projeto de compostagem de alimentos se não

trabalhássemos sobre a produção do lixo.

A diferença entre os alimentos oferecidos pela natureza e os industrializados.

Chegamos a procurar uma cooperativa com projeto educativo para visitarmos, mas não

estavam mais aceitando agendamentos, devido estarem com a agenda lotada.

Através de conversas e discussões sobre o assunto chegamos a algumas conclusões: se

conseguirmos separar melhor o lixo evitamos de mandar aos aterros sanitários uma

quantidade maior, possibilitando menos poluição do solo e do ar. Falamos sobre a falta de

educação das pessoas que jogam lixo no chão, nos rios, na praia e os malefícios que isso pode

causar.

Chegamos a ideia de observar a quantidade de lixo produzida na nossa escola e qual era o lixo

mais produzido. Criamos um epaço com 3 latas e orientamos os demais alunos para

descartarem seus lixos lá adequadamente, respeitando a classificação. Estamos em processo

desse trabalho que será atentamente registrado e continuaremos com nossas discuções,

bucando conscientizar o próximo e também tendo como maior objetivo o bem estar de todos

nós e da natureza.

Usando a Terra

Pensando em significar a essência do trabalho com projetos desse semestre, decidimos por

experienciar o uso da terra. No nosso caso, a terra em sua melhor forma, oxigenada pelos

caminhos feitos pelas minhocas, fortalecida com a decomposição das cascas de alimentos

postas nela, adubada com o chorume produzido pela composteira da turma, plantada com

sementes por cada uma das crianças.

A ideia é que cada um leve a sua jardineira para casa e continue cuidando desse espaço afim

de observar as transformações da semente em meio a uma terra sadia. O cuidado com a

hidratação e quem sabe até a colheita de quem ocupa o 1º espaço na cadeia alimentar que são

os p oduto es . Ali e to esse, ue passa po t a sfo ações a pa ti do espaço ue o upa na terra para que possa se tornar fonte de energia aos consumidores primários e

consequentemente em menor escala aos demais consumidores.

Junto da jardineira, encaminharemos um diário de campo para que as crianças possam anotar

as suas observações e posteriomente em agosto possam socializar com o grupo de alunos da

turma essa experiência.

Planeta Alfabeto

O Pla eta Alfa eto é u espaço i agi á io, pelo ual leva os as ia ças a ap e de e u pouco sobre as letras: seu nome, formato, som e as possibilidades de escrita.

Com a junção de linhas retas e linhas curvas conseguimos formar todas as letras do alfabeto e

com a multiplicação dessas letras somos capazes de escrever a palavra que quisermos.

Iniciamos esse semestre a história e a parte mais lúdica do projeto e pretendemos no início do

próximo semestre começar com a estudo de todas as letras, apesar delas fazerem parte do

contexto diário das crianças através da escrita espontânea contextualizadas em todos os

momentos de projetos e atividades mais específicas também.

Acreditamos que a criança carrega uma bagagem e o letramento é um processo que os

acompanha desde sempre. Estamos neste momento sistematizando a alfabetização que está

inserida neste processo do letramento. Optamos em trabalhar com todos neste primeiro

momento o recurso de ter confiança no que está fazendo, apresentar suas hipóteses para que

agora posteriormente possamos, sabendo que o grupo encontra-se mais seguro em suas

hipóteses, contextualizar conceitos, os quais vão sendo adaptados e inseridos na prática de

escrita das crianças.

Avaliamos que esta seja uma forma menos densa e mais significativa do aprendizado.

Para o próximo semestre brincaremos de completar o corpo de uma minhoca com as letras do

alfabeto e assim garantimos que o estudo unificado das letras aconteça.

Festa Junina

Coloque no caldeirão...

Minhocas gigantes, mamulengos e um rádio com sirene e lanterna (objetos disparadores das

turmas do ciclo 1 – 1º, 2º e 3º anos) – misture bem, mexe aqui e mexe ali.

Vocês farão parte de uma trupe mambembe, a TRUPE DOS SONHOS!

Qual é o seu desejo? O que você quer fazer? Quem você quer ser?

A Trupe dos Sonhos chegou a uma cidade para um evento especial, o casamento dos bonecos

gigantes Rosalinda e Zé Beleu.

Chegando nessa cidade, a trupe se deparou com os BRINCADEIRISTAS, um conjunto de

crianças brincando na rua e de dentro da carroça que os carregava não parava de sair as

atrações para entreter o povo da cidade.

Os MAMULENGOS deram show de graciosidade, as CANTORAS DO RÁDIO abrilhantaram os

intervalos das apresentações com encanto e delicadeza, uma MINHOCA GIGANTE atravessou

as ruas da cidade colorindo e divertindo a todos, trazendo também como conhecimento a

lenda do minhocuçu, por último os ACROBÁTAS se penduraram, se esticaram e iluminaram o

final da aprentação movimentando os seus corpos lindamente.

As Festas Juninas da Escola do Sítio buscam ampliar o repertório cultural e trabalhar com

diferentes festejos populares. Este ano a professora Andrea optou em agrupar os disparadores

das turmas e o resultado foi muito especial. Crianças brincando e se divertindo ao mesmo

tempo que encantavam o público, assim como fazem as trupes de artistas que chegam nas

cidades trazendo alegria, conhecimento e diversão.

Outros conteúdos, conceitos e habilidades foram desenvolvidos e visitados pelos alunos da

turma do 1º ano durante este semestre.

Elencamos neste relato os pontos principais dos projetos, mas afirmamos que aspectos lógico

matemáticos, leitura de livros, construção de histórias, jogos e brincadeiras simbólicas,

trabalho com a autonomia e responsabilidade, combinados e compreensão do convívio social

e relacionamento entre os pares foram pontos em destaque também no nosso dia a dia e

estavam presentes em nosso planejamento.

Agradecemos a parceria com o trabalho e desejamos um bom descanso a todos nas férias.

Nos vemos em agosto!

Mari 1 e Mari 2