Relatório de Missão INSME Revisado -...
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Relatório de Missão Internacional
Período: 23 a 25 de maio de 2011
Destino: Helsinki, Finlândia
Participantes: Diretor-técnico do SEBRAE Nacional, Dr.Carlos Alberto dos Santos, Renata Henriques (UAIN- Unidade de Assessoria Internacional) e Fausto Cassemiro (UACIN- Unidade de Atendimento Coletivo- Indústria), SEBRAE Nacional.
Objetivo: Participar do 7º Encontro Anual da INSME - International Network for Small and
Medium Enterprises (Rede Internacional para as Pequenas e Médias Empresas).
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Relato da Missão
A Rede Internacional para as Pequenas e Médias Empresas - INSME (www.insme.org) é uma
Associação sem fins lucrativos, aberta a sócios internacionais e destinada ao fomento da
cooperação internacional no campo da inovação e transferência tecnológica para pequenas e
médias empresas.
A rede conta com 82 membros de instituições públicas e privadas de 34 países em 4
continentes. No Brasil, o SEBRAE é a única instituição partícipe. No ano de 2010, o 6º Encontro
Anual INSME foi realizado no Rio de Janeiro em parceria com o SEBRAE.
A 7ª Edição do Encontro foi realizada em Helsinki, Finândia, de 23 a 25 de maio de 2011 sob o
tema "Competitividade, Cultura e Cooperação Transfronteriça". A co-organizadora no país foi a
EPROCA - Associação Europeia ProClusters (www.eproca.org). A instituição é composta por
membros oriundos de mais de 48 países e é membro associadoda European Cluster Alliance
(ECA).
A agenda do evento foi composta de palestras, mesas redondas e visita técnica.
No que tange às mesas redondas institucionais, vale apontar que se tratam de espaços nos
quais os participantes do evento compartilham informações por meio de apresentações e
debate. As principais questões tratadas nas mesas redondas seguem abaixo.
Mesa Redonda: Reinvente a si mesmo: o garantido método para ter certeza que você
constantemente melhorando a eficiência e efetividade do seu negócio
Orren Shalit – Systematic Inventive Thinking (Israel) - www.sitsite.com
A empresa privada SIT (Systematic Inventive Thinking) estabeleceu-se em 1996 na cidade de
Tel Aviv, Israel e hoje possui escritórios na Alemanha, Suécia e Índia e afiliados parceiros no
Sudeste da Ásia, Turquia, Austrália e América Latina. A equipe é formada por 70 facilitadores
de inovação e gerentes de projetos ao redor do mundo. O método desenvolvido pela empresa
é usado por mais de 850 empresas em 64 países, como: SAP, Philips, Bayer, Siemens, Basf,
Coca-cola, Nestlé, Shell, entre outras.
A SIT acredita que a inovação é a resposta para o crescimento orgânico e lucratividade
sustentável, mas que em média apresenta 96% de taxa de insucesso, ou seja, inovação
significa, por definição, tomar riscos. No entanto, nada parece ser mais arriscado do que não
inovar. O conceito inovador que a empresa apresenta é complementar à ideia de pensar “fora
da caixa”. Ela acredita que as empresas devem pensar também “dentro da caixa”, ou seja,
pensar o processo de inovação considerando os recursos da empresa detém. A lógica
apresentada é a de que quanto mais focado o processo de inovação, mais efetivo ele se torna.
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Durante a apresentação duas questões foram trazidas ao debate:
1) quão radical devemos ser nos nossos esforços pela inovação; e
2) onde devemos investir em inovação. O Sr. Shalit apresentou uma pesquisa que demonstra
que os esforços das empresas nos últimos 10 anos têm sido para melhorar o desempenho de
produtos e novos sistemas de produto. No entanto, o que tem dado resultado nos últimos
anos é: novos modelos de negócios, redes e alianças e aumento da experiência dos
consumidores com os produtos.
O modelo da empresa foca em três pilares:
1. Resultados: resultados específicos da inovação serão gerados e executados;
2. Habilidades: pessoas adquirirão a habilidade e a inclinação para pensar de modo
diferente com o uso de uma caixa de ferramentas voltadas para a inovação e o apoio
para usarem a inovação como meio para o alcance dos resultados;
3. Estruturas: estruturas e processos organizacionais serão colocados em prática para
apoiar e manter a nova cultura e prática de inovação.
O método da SIT começa com uma provocação para a quebra da fixação mental. Selecionar um
produto existente e pensar criticamente em como definir um novo atributo para então criar
valor ao consumidor. O ciclo completo do método é composto por seis etapas:
1. Selecionar objeto
2. Manipular objeto
3. Definir produto virtual
4. Identificar valores do consumidor
5. Avaliar viabilidade
6. Adaptar ideia e torná-la factível
Mesa Redonda: A iniciativa iMmediaTe: uma experiência internacional em como auxiliar o
crescimento das MPE, inovação e pesquisa de mercados internacionais no mercado da
indústria criativa
Andrea Romagnoli – ImMediaTe Project, Team Leader, FILAS SpA Itália -
www.filasinternational.eu/immediate
A apresentação foi dividida em três partes: o contexto europeu de mídia digital, o projeto
ImMediTe: uma nova abordagem para apoiar indústrias criativas e as ferramentas e serviços
do projeto.
A Europa está entre os maiores produtores mundiais de conteúdo criativo de qualidade, mas
ainda precisa explorar completamente o potencial deste mercado. O projeto define conteúdo
criativo como “conteúdos e serviços de mídia audiovisual (filmes, televisão, música e rádio),
jogos, publicações, conteúdos educacionais e conteúdos direcionados aos usuários”. Tanto na
Europa como em outras partes do mundo, músicas digitais e vídeos-game são importantes
mercados crescentes. Os principais desafios das empresas que querem competir neste
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mercado são o acesso a financiamento, desenvolvimento de serviços inovativos,
internacionalização e tecnologia.
O projeto ImMediaTe busca criar uma plataforma de negócios e serviços para apoiar MPE
inovadoras no mercado digital e criativo pela:
� Transferência de tecnologia
� Processos de aprendizagem
� Atração de investimentos
� Acesso a clusters
Com estas estratégias, busca incentivar o potencial criativo e inovador das empresas. Em
suma, visa desenvolver empresas “campeãs” que disputarão o mercado global.
A abordagem do projeto ImMediaTe determina que o consórcio ideal tem 5 fundos para o
desenvolvimento de clusters, 2 instituições de educação e 3 prestadores de serviços
especializados, além de conceitos gêmeos: preparação de empreendedores e conscientização
de investidores. O público-alvo do projeto são clusters de mídia digital, fundos de
financiamento públicos e outros intermediários. As MPE deste público-alvo têm a necessidade
premente de acessar um amplo leque de serviços. O projeto está envolvido com cinco
importantes clusters europeus: Roma, Barcelona, Paris, Amsterdam e Malta.
A contribuição do projeto é favorecer o atendimento das necessidades econômicas das
empresas e promover um mundo inovador de talentos criativos. Os desafios principais, tanto
do projeto ImMediaTe quanto de outras redes europeias, são:
� Criação de uma caixa de ferramentas e serviços para apoiar MPE criativas
� Construir um ambiente de criatividade, inovação e produtividade que possa gerar valor
através de ideias criativas e promover interações entre talentos, fazendo-os sentir
seguros para testar ideias inovadoras.
Diversas pesquisas e análises demonstram que existem várias fontes de financiamento
disponíveis para o setor, mas lacunas educacionais e culturais dificultam que as pessoas com
as ideias certas encontrem pessoas com o dinheiro certo.
A caixa de ferramentas do projeto está estruturada basicamente em:
1. Acesso a serviços financeiros: “pacote de apoio para preparação para investimentos”;
2. Acesso a novos mercados: “pacote de apoio para internacionalização”;
3. Acesso a competências: “pacote de apoio para ampliação das competências”.
O primeiro pacote, de serviços financeiros, está desenhado com as seguintes atividades:
� Apoio em como acessar investidores, preparar uma apresentação relevante para estas
entidades e uma lista de potenciais investidores;
� Sessões ponto a ponto (peer-to-peer) com profissionais experientes de sub-setores
específicos da mídia digital que tiveram sucesso no acesso a recursos financeiros;
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� Apoio na identificação da forma mais adequada de investimento e desenvolvimento de
um robusto plano de negócios.
O segundo pacote, de internacionalização, tem as seguintes atividades:
� Plano de ação para penetração no mercado internacional e apoio na sua
implementação;
� Sessões ponto a ponto como profissionais experientes de subsetores específicos que já
estiveram no mercado internacional e conseguiram bons resultados;
� Estudo de viabilidade: aconselhamento em como acessar mercados exteriores e em
quais condições;
� Inteligência de mercado.
Por fim, o terceiro pacote, de desenvolvimento de competências, atua com:
� Coachs dedicados para apoiar o desenvolvimento das MPE;
� Cursos de curta duração em: IP, marketing, gestão e habilidades técnicas.
Além das mesas redondas institucionais, realizou-se no primeiro dia do evento a Reunião
Anual do Conselho INSME, do qual o SEBRAE faz parte. A lista dos participantes do Conselho
INSME encontra-se no Anexo 1 do presente relatório.
As seguintes questões foram apresentadas na reunião:
� O escritório da INSME em Roma é originalmente vinculado ao IPI - Instituto para a Promoção Industrial, do Ministério da Economia italiano. Em virtude de mudanças na direção ministerial, o IPI foi extinto em 2011.
� Dessa forma, a sustentabilidade financeira da INSME passa a ser baseada na contribuição de seus membros, alem da realização de cursos e treinamentos. Os membros do conselho reiteraram a importância de direcionar esforços para a realização de mais treinamentos ao longo do ano.
� Foi apresentado o balanço contábil da Rede referente ao ano de 2010.
� Foi anunciado oficialmente que o 8º Encontro INSME será na cidade de Daejeon, Coréia do Sul, sob o tema: "Inovação além-fronteiras: construindo nações competitivas por meio de redes de MPE". O evento será coorganizado pela sul coreana World Technopolis Association (WTA), membro INSME.
� Foi anunciada a nova formação do Conselho INSME para o período 2012-2013 (Anexo 1).
Após a reunião do Conselho, foi realizada a Reunião Plenária da Assembleia Geral INSME, na
qual foram apresentadas informações concernentes à rede.
A Secretária Geral Sra. Simona Marzetti apresentou os principais resultados da rede em termos
de adesão de novos membros:
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� A associação em 2010 possuía 78 membros em 32 países (13 OECD e 19 não OECD) em
4 continentes, incluindo:
� 17 Organizações Governamentais Internacionais (Membros Honorários, 22%
em 2011): AFRICAN DEVELOPMENT BANK GROUP, ALADI, APEC SME
INNOVATION CENTER, CEIES, COMSATS, G-NEXID, IIC-IADB, OSCE, RITLA, SELA,
UNCTAD, UNDP MEXICO OFFICE, UNIDO, UNECE, UNESCO, WIPO E EIF.
� 12 Redes Internacionais (ONG) (16% em 2011): ANIMA, ASTF, EBN, EPROCA,
EURADA, FUNDES INTERNATIONAL, INTRASOFT INTERNATIONAL, ISBE, ISPIM,
WBAA, WTA.
Houve uma evolução de 2004, ano de criação da rede, a 2011 no número de membros,
aumentando de 48 para 78. Atualmente, há uma concentração de membros da Europa, com
58% do total. Seguidos por: Ásia (14%), América Latina (13%), Oriente Médio (9%), África (5%)
e Outros (1%).
Dos 78 membros, 42% são organizações públicas, 41% organizações privadas sem fins
lucrativos e 17% privadas com fins lucrativos.
As principais áreas de atividades dos membros são:
� Criação de negócios, starts ups, empresas de base tecnológica e companhias de grande
crescimento;
� Programas da União Europeia para apoiar a inovação em MPE;
� Financiamento da inovação para MPE, anjos e capital de risco;
� Propriedade intelectual e sua valorização no mercado;
� Governança e modelos de negócios de intermediar a inovação para MPE;
� Networking e internacionalização dos intermediários de inovação;
� Clusters industriais e tecnológicos.
Suas principais áreas de interesse são:
� Meio ambiente
� Energias renováveis
� Biotecnologia
� Agroindústria
� TIC – Tecnologias da Informação e Comunicação
� Transporte e logística
Os principais serviços oferecidos pela INSME:
� Newsletters relacionadas com MPE;
� Treinamentos temáticos e eventos internacionais relacionados às MPE e inovação;
� Publicações internacionais com foco em MPE;
� Chamadas internacionais de propostas e especialistas.
Após a apresentação dos resultados, Simona Marzetti apresentou plano de ação para o ano de
2011.
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Vale ressaltar que durante a reunião da Assembleia Geral foi apresentada a proposta do WTA
(World Technopolis Association) da cidade de Daejeon na Coréia do Sul para sediar a próxima
conferência anual da INSME em 2012.
Por fim, foram apresentados os novos membros do conselho da INSME:
� Presidente: Mr. Paolo ANSELMO, IBAN, Itália
� Vice-Presidente: Dr. Hamad AL HASHEMI, Dubai Technopark, UAE
� Vice-Presidente: Dr. Raimund BROECHLER, INTRASOFT International, Luxemburgo
� Secretária Geral: Ms. Simona MARZETTI, Itália
� Mr. Philippe VANRIE, EBN, Bélgica
� Mr. Carlos Alberto DOS SANTOS, SEBRAE, Brazil
� Mr. Vedat KUNT, VEGO Consulting & Information Technologies, Turquia
� Mr. Aleardo FURLANI, INNOVA S.p.A., Itália
� Mr. Florin ROSU, Ministério de Economia, Comércio e Ambiente de Negócios, Romênia
� Mrs. Leena ZITTLING, EPROCA, Finlândia
� Mr. Alain RENCK, OSEO, França
� Mme Marie Florence ESTIMÉ, França
� Mr. Andrea DI ANSELMO, META Group D.o.o., Eslovênia
O segundo dia do evento foi destinado integralmente ao Seminário Internacional,
materializado por meio de painéis temáticos. Sobre eles, cabe destacar:
Painel : Nutrindo um ambiente inovador e competitivo para MPE
Dr. Jonathan Potter – Economista Sênior – OECD, Centro para MPE, Empreendedorismo e
Desenvolvimento Local – www.oecd.org/cfe
A apresentação foi estruturada com base em quatro pontos principais:
1. O papel das MPE e do empreendedorismo na inovação;
2. Prioridades nacionais:
� Financiamento
� Habilidades
� Fluxos de conhecimento
3. Adequações locais
4. Conclusões e contribuições da OECD
No primeiro tópico, MPE e inovação, o apresentador demonstrou a necessidade dos governos
terem uma estratégia clara para a inovação em MPE. Defendeu a necessidade de mudança da
ênfase em investimento em pesquisa e desenvolvimento para a exploração do conhecimento.
Potter trouxe ao debate algumas questões derivadas do estudo “Como os governos podem
ajudar as MPE inovadoras a emergirem, crescerem e se internacionalizarem?” documento
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publicado pela OECD, SMEs, Entrepreneurship and Innovation (MPE, Empreendedorismo e
Inovação).
No segundo ponto, tratando sobre os desafios para o financiamento, o apresentador sugeriu
as seguintes prioridades:
� Fortalecimento das condições macro: taxa de juros, falências, taxações e propriedades
intelectuais;
� Estímulo às alternativas de débito: équites, instrumentos híbridos, obrigações
convertíveis, etc.
� Promoção da divisão de risco a exemplo das sociedades de garantias mutua.
Ainda no mesmo ponto, mas tratando das habilidades, os seguintes desafios foram
apresentados:
� Desenvolvimento de competências e habilidades em MPE:
� Alocar componentes de treinamento para apoiar as MPE;
� Adaptar treinamentos vocacionais para “necessidade de saber”, “como fazer”
e necessidades de acesso das MPE;
� Trabalhar com KISAs (Knowledge Intensive Service Activities) e treinamento
informal como mecanismos de treinamento.
� Ampliar a educação do empreendedorismo no ensino de primeiro e segundo graus,
além do vocacional:
� Incremento do número de instituições participantes;
� Mudança da ênfase do gerenciamento para habilidades estratégicas;
� Utilização de métodos de ensino interativos e práticos.
Tratando das adequações, realidades locais, o Sr. Potter apresentou os fatores de sucesso para
os clusters:
� Redes – colaborações na cadeia de suprimentos e para a inovação;
� PPP – parcerias público-privadas;
Para concluir, foram apresentados alguns pontos ligados à inovação e MPE, segundo a
percepção do palestrante:
� MPE assumem um papel cada vez mais importante na inovação;
� As políticas públicas devem focar na transposição de barreiras para a criação de
conhecimentos em financiamento, habilidades e redes;
� As condições territoriais locais são tão importantes quanto às nacionais e políticas
“bottom-up” são requeridas.
Neste contexto, a OECD pode contribuir em:
� Avaliações e revisões das políticas nacionais para as MPE e o empreendedorismo;
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� Avaliações e revisões do provimento de conhecimentos e habilidades para o
empreendedorismo, incluindo guia de boas práticas;
� Avaliações e revisões do empreendedorismo, MPE e desenvolvimento local;
� Oficinas de peritos para apontar como as empresas podem crescer rapidamente.
Painel 4: Inspirando mentes – fonte de design e tecnologia
PhD Pentti Sydänmaanlakka – Pertec Consulting Ltda., Finlândia – www.pertec.fi
O apresentador iniciou sua abordagem com quatro perguntas, as quais considera chaves:
1. Por que precisamos de renovação contínua?
2. Como podemos apoiar a renovação contínua em nível individual, de time e da
organização?
3. O que é criatividade e inovatividade e como liderá-las?
4. O que é gestão da inovação?
Logo em seguida, apresentou as mudanças ocorridas do gerenciamento científico da era
industrial para o movimento da liderança que gera inteligência nas atuais redes de
organizações. O gerenciamento saiu do comando para a inspiração. Migrou dos 3Cs (Comando,
Controle e Correção) para os 3Is (Inspiração, Inovação e Investigação).
O modelo apresentado para a renovação contínua (a habilidade para antever e gerenciar a
mudança) caracteriza-se em 4 esferas: gerenciamento das competências, da inovação, do
conhecimento e do desempenho como um todo.
Com base no modelo apresentado, o Sr. Sydänmaanlakka defendeu que a base para a
renovação contínua é a criatividade, seguida da inovatividade. Para ele, a criatividade é a
habilidade de enxergar coisas de novas perspectivas e construir a partir disto coisas novas,
originais e funcionais. Já a inovação são melhorias que trazem valor para a organização e pode
ser vista como um processo.
O apresentador abordou a inovação nos seguintes níveis:
� Produtos e/ou serviços;
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� Processos;
� Modelo de negócios.
Após o discorrer sobre o conceito de inovatividade1, o apresentador demonstrou os elementos
do gerenciamento da inovação. São eles: estratégia, cultura, estrutura, processo, educação,
recursos, liderança e mensuração. O modelo abaixo apresenta estes elementos.
Para finalizar, foram apresentadas as condições necessárias para que a inovação ocorra:
� Organização
� A organização tem cultura e valores que contribuem para a inovação.
� Liberdade e controle estão em equilíbrio.
� Visão comum e objetivos de ruptura guiam as operações.
� Cultura da liderança apoia à inovatividade.
� Time
� Constroem confiança e clima aberto.
� Diferenças e diversidade são apreciadas.
� Interação efetiva: feedback é dado e recebido.
� Competências e conhecimento são compartilhados e desenvolvidos
sistematicamente.
� Indivíduos
1 Segundo Sydänmaanlakka, a inovatividade é a habilidade de indivíduos, times e organizações em
produzir e implementar novas ideias para criar valor adicionado
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� Auto-liderança e treinamento em criatividade para toda a organização.
� Desafio contínuo.
� Motivação interna.
� Tempo e espaço suficiente para a inovatividade.
Painel : Reavaliando o mercado de financiamento para as MPE – Caso da Finlândia
� Mr. Mikko-Jussi Suonenlahti - www.buildtechbusinesses.com
O primeiro ponto tratado na apresentação foi o desafio do governo finlandês de definir
políticas públicas que possam facilitar o crescimento das empresas, principalmente de
negócios nascentes. Estas empresas raramente têm garantias reais e histórico que respalde o
pedido de financiamento. Nestes casos, a opção para financiamentos de 7 a 12 anos é o capital
de risco.
Sr. Mikko apresentou que a Finlândia possui um significativo ecossistema para a inovação,
segundo a revista The Economist. É a líder mundial no ensino de matemática e ciências no
ensino básico. Além de ter empresas consideradas global players em vários segmentos, como:
� Suunto (computadores para mergulho);
� Polar Electro (monitores cardíacos);
� Vaisala (instrumentos metereológicos);
� Linux (sistemas operacionais).
A Finlândia possui um dos maiores investimentos em pesquisa e desenvolvimento do mundo
(3,5% do PIB), mas um dos menores em capital de risco (0,2% do PIB).Atualmente, o país
possui um número significativo de companhias inovadoras. Entretanto, a obtenção de
financiamento foi apresentada como um gargalo.
O terceiro dia do evento destacou-se pela realização de visita técnica ao Polo Arabianranta,
um complexo do setor de economia criativa, com destaque para o design. O local abriga
programas de pós-graduação, fábrica de cerâmica e museu. (www.arabiahelsinki.fi).
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Considerações Finais
O evento possibilitou a troca de experiências no campo de políticas de apoio ao empreendedorismo e desenvolvimento empresarial, além da ampliação e manutenção da rede de relacionamentos internacionais do SEBRAE.
A participação do SEBRAE na rede tem se mostrado interessante para a instituição, uma vez
que possibilita a troca de experiências com instituições e projetos que têm como desafios o
aumento da competitividade das MPE e a inserção da cultura da inovação nestas empresas.