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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

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ÍNDICE

PÁG. 02 SOBRE ESTE RELATÓRIO

PÁG. 03 MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

PÁG. 05 APRESENTAÇÃO DA ALTRI

PÁG. 09 A FLORESTA DA ALTRI

PÁG. 16 AS FÁBRICAS DA ALTRI

PÁG. 21 O PRODUTO DA ALTRI

PÁG. 23 GOVERNAÇÃO E GESTÃO

PÁG. 27 COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS

PÁG. 28 PARTES INTERESSADAS

PÁG. 35 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

PÁG. 51 RESPONSABILIDADE SOCIAL

PÁG. 54 GLOSSÁRIO

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A quem se dirige

Este Relatório tem como alvo todas as partes interessadas, nomeadamente clientes, acionistas, fornecedores, colaboradores, entidades oficiais, agentes do poder local, organizações da comunidade civil, comunidade académica e outro público interessado.

Âmbito

Este Relatório descreve, de uma forma integrada, as atividades e os resultados relevantes da Altri em 2012 e 2013, associadas à produção de madeira, de pasta de papel branqueada e de energia elétrica para uso interno e externo.

Próximo Relatório

O próximo Relatório será publicado em 2016 e será relativo ao desempenho da Organização em 2014 e 2015.

Contactos

Para informações adicionais, comentários ou sugestões contactar:

Sofia Reis Jorge

+351 233 955 [email protected]

SOBREESTE RELATÓRIOEste é o segundo Relatóriode Sustentabilidade da Altri SGPS, S.A.

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A Altri é um produtor europeu de referência de pasta de celulose, sendo um dos mais eficientes produtores da Europa de pasta de eucalipto branqueada de mercado.

A visão da Altri é ser uma das melhores empresas do mundo no setor e ser o fornecedor preferido dos clientes. Operar de forma sustentável é um requisito essencial para a sua concretização.

A Altri gere cerca de 84 mil hectares de floresta em Portugal, integralmente certificada por dois dos mais reconhecidos esquemas de certificação a nível mundial. A prossecução da estratégia industrial da Altri assenta na gestão florestal integrada em Portugal, garantindo um aproveitamento integral de todos os seus componentes. As suas plantações de eucalipto são fontes de matéria-prima renovável, contribuindo para o crescimento económico e para o desenvolvimento das comunidades locais.

A Altri detém três fábricas de pasta de papel em Portugal com uma capacidade instalada de produção de 970 mil toneladas/ano de pasta de papel branqueada de eucalipto em 2013. Operam com as melhores técnicas disponíveis e em linha com o estado da arte praticado no setor, acrescentando valor às comunidades onde se inserem e ao País em geral, contribuindo de forma relevante para o produto interno bruto e, especialmente, para as exportações.

MENSAGEMDO PRESIDENTE DOCONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Nos últimos anos, a Altri investiu em Portugal aproximadamente 470 milhões de Euros, essencialmente, nas unidades industriais da Celbi e da Celtejo.

Estão ainda em curso um conjunto de investimentos que visam aumentar a eficiência produtiva da Celbi e da Caima, cuja conclusão se prevê para entre o final de 2014 e o início de 2015. Assim, a Caima, após a conclusão do projeto de conversão para pastas de setor de especialidades, produzirá cerca de 105 mil toneladas de pasta solúvel. A Celbi passará a deter uma capacidade instalada de produção superior a 700 mil toneladas de pasta branqueada.

Complementarmente, o eucalipto processado nas fábricas da Altri é utilizado para produzir pasta de papel e energia elétrica (cogeração), sendo que a casca e a restante biomassa florestal, são também aproveitados para a produção de energia elétrica.Recentemente, o setor atravessou grandes turbulências devido ao cenário macroeconómico mundial, que se refletiu na lenta recuperação dos preços da pasta e do papel e que levou a que a empresa estivesse focada essencialmente na manutenção da estabilidade operacional e na redução de custos.

Apesar das perspetivas otimistas do Conselho de Administração, para se subir a um patamar ainda mais elevado, é necessário trabalhar com criatividade, criar parcerias e apostar no desenvolvimento e na inovação do próprio negócio, dos produtos, dos processos e nas competências dos recursos humanos. Requer igualmente, que se trabalhem os pilares em que assenta o desenvolvimento sustentável, por forma a satisfazer todas as partes interessadas.

Paulo Fernandes

Presidente do Conselho de Administração da Altri

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A Altri foi constituída em março de 2005, sendo o resultado do processo de cisão da Cofina. A Empresa é um produtor europeu de referência de pasta de papel de eucalipto e está cotada na NYSE Euronext Lisboa, integrando o seu índice de referência, o PSI-20.

Até junho de 2008, a Altri possuía uma outra atividade industrial, através da F. Ramada, que se dedicava ao retalho de aços e ao desenvolvimento de soluções industriais de sistemas de armazenagem. Em junho de 2008, efetivou-se a cisão da F. Ramada, que deixou de integrar a Altri. O racional estratégico desta operação prendeu-se com a focalização exclusiva da Altri no seu core business, a gestão florestal e a produção de pasta celulósica.

Desde a sua génese, o Grupo tem adquirido diversas unidades operacionais (Celtejo em 2005 e Celbi em 2006), que permitiram à Altri reforçar a sua posição nos mercados onde opera pelo desenvolvimento de um conjunto de projetos de expansão da atividade.

Nos últimos anos, a Altri investiu em Portugal aproximadamente 470 milhões de Euros, essencialmente, nas unidades industriais da Celbi e da Celtejo. A empresa detém atualmente 3 fábricas em Portugal – Celbi, Caima e Celtejo – com uma capacidade instalada de produção de 970 mil toneladas/ano de pasta de papel branqueada de eucalipto.

Estão em curso um conjunto de pequenos investimentos que visam aumentar a capacidade produtiva da Celbi, cuja conclusão se prevê para entre o final de 2014 e o início de 2015.

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O investimento da Caima insere-se na estratégia de transformar a unidade num produtor de pasta solúvel. Assim, a Caima, após a conclusão do projeto de conversão para pastas de setor de especialidades, produzirá cerca de 105 mil toneladas. Por seu turno, a Celbi passará a deter uma capacidade instalada de produção superior a 700 mil toneladas de pasta branqueada de eucalipto.

A Altri, em dezembro de 2013, geria cerca de 83 760 hectares de floresta em Portugal, integralmente certificada pelos dois sistemas internacionais, o Forest Stewardship Council® (FSC®-FSC- C004615) e o Programme of Endorsement of Forest Certification (PEFCTM).

A concretização da estratégia industrial da Altri assenta na gestão florestal integrada e sustentada, visando a otimização da utilização dos recursos florestais e garantindo um aproveitamento integral de todos os seus componentes. Assim, o eucalipto é processado nas fábricas da Altri, produzindo pasta celulósica, especialidades químicas de base florestal e energia elétrica em cogeração, sendo a casca, os ramos e os desperdícios florestais utilizados para produzir energia elétrica.

Para uma melhor valorização dos recursos florestais, a Altri adquiriu em 2005 50% da EDP Produção-Bioelétrica para, em parceria com a Energias de Portugal, produzir energia elétrica a partir de biomassa florestal. Esta empresa é líder no seu segmento de mercado, com uma quota de licenças de produção de energia elétrica através de biomassa florestal de 50%. Atualmente, a estrutura orgânica funcional do Grupo Altri pode ser representada como segue:

EDP Biolétrica

BiomassaPasta celulósica Pasta celulósica Pasta celulósica

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Estratégia e Visão

A Altri está a desenvolver um conjunto de projetos de reforço da eficiência operativa na Celbi, que passam por reduções de custos variáveis, nomeadamente em termos de consumos específicos de madeira, água, químicos e eletricidade. A empresa tem também em curso um projeto de conversão da unidade industrial Caima, que visa transformar esta fábrica num produtor de pastas especiais. A conclusão de ambos os projetos está prevista para o ano de 2015.

A estratégia de desenvolvimento da Altri está claramente assente no reforço da eficiência operativa e, simultaneamente, na diversificação das fontes de receita para segmentos de maior valor acrescentado e que possibilitem uma evolução na cadeia de valor. Assim, para competir confortavelmente no mercado das commodities, e num contexto adverso de taxa de câmbio, a empresa tem que reduzir os custos de operação e por outro lado investir na produção de produtos de maior valor acrescentado que permitam o crescimento do Grupo, apesar do aumento da capacidade de produção de pasta de papel que têm ocorrido nos últimos anos e os que já se encontram anunciados para um futuro próximo em vários pontos do Mundo.

O ano de 2013 foi, uma vez mais, um ano record em termos de produção e de vendas de pasta. Assim, durante o período em causa as três unidades industriais da Altri produziram cerca de 973 mil toneladas de pasta de papel.

Eficiência operativa Para além de planear o aumento da capacidade instalada, a Altri pretende ser o produtor mais eficiente na colocação da pasta de papel à porta dos seus clientes. Com esse objetivo, a Altri desenvolveu uma estratégia assente em três pilares:

Redução do cash-cost por tonelada. Os projetos em curso não implicam aumento dos custos fixos, conduzindo a uma diluição do cash-cost por tonelada.

Localização estratégica da base de clientes. A localização privilegiada dos clientes da Altri é a Europa Ocidental e Central, o que permite otimizar a relação entre a qualidade de serviço aos clientes e o custo de transporte mínimo.

Auto suficiência de madeira. A Altri gere cerca de 83 760 hectares de floresta em Portugal, o que lhe assegura um nível potencial de autossuficiência de madeira na ordem dos 25%.

Indicadores principais da atividade da Altri em 2013

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A floresta é um ativo estratégico da Altri. Embora sob diversas formas jurídicas, em finais de 2013, a Altri mantinha sob sua intervenção 83,760 hectares de terrenos florestais. Nestes, o eucalipto destaca-se como a principal cultura da floresta da Altri, ocupando mais de 66,800 hectares e garantindo um autoabastecimento em madeira e biomassa complementar ao abastecimento proveniente do mercado. A gestão praticada pela Altri Florestal encontra-se certificada pelos principais sistemas de certificação de gestão florestal sustentável e representa uma garantia para a prossecução dos objetivos da empresa, hoje e no futuro.

A Floresta da Altri

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Os recursos florestais da Altri, embora se encontrem dis-persos em todo o País, na sua grande maioria, estão con-centrados no Vale do Tejo, conferindo-lhes uma importân-cia acrescida face à sua proximidade aos centros fabris da Altri.

Esta proximidade tem uma grande importância estratégica pois permite uma otimização dos custos de transporte, as-sim como, uma grande eficácia na mobilização de madeira quando comparada com a produção de madeira localizada a maiores distâncias.

O conceito de otimização é transversal a toda a atividade florestal. A Organização está centrada no abastecimento das unidades industriais e na competitividade da produção própria de madeira. Desta forma, a estratégia florestal da Altri, assenta na aplicação de um modelo silvícola de longo prazo, capaz de garantir um nível de rentabilidade adequa-do, assente na aplicação das melhores práticas florestais e segundo os padrões mais evoluídos de sustentabilidade.

A empresa dispõe também de recursos próprios para o de-senvolvimento, experimentação e produção de novas plan-tas e variedades mais produtivas para a renovação cíclica da sua floresta. A disponibilidade de plantas produzidas em viveiros próprios com uma elevada eficiência produ-tiva, permitem a substituição gradual de povoamentos com baixa produtividade por outros mais produtivos.

A principal ocupação da área gerida pela Altri Florestal é a floresta de eucalipto.

Ocupação

Eucalipto

Pinho

Sobro

Azinho

Carvalho

Choupo

Ripícolas

Outras formações florestais

Matos e herbáceas

Afloramentos rochosos

Formações agrícolas

Infraestruturas

Área (ha)

66,830

2,908

3,446

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Ainda nesta área, a empresa mantém uma ligação interessante com outros viveiristas e produtores florestais produzindo e disponibilizando sementes e plantas de eucalipto de qualidade reconhecida, contribuindo assim para a melhoria da produtividade da floresta nacional.

As atividades desenvolvidas pela empresa são, na sua quase exclusividade, realizadas por empresas e colabora-dores locais ou de base regional. Existe assim uma forte contribuição positiva para a geração de riqueza e desen-volvimento económico e social em regiões onde por vezes são escassas as oportunidades.

No âmbito do seu sistema de gestão, a Altri também tem claramente identificado o seu compromisso com a con-servação do ambiente e a promoção da biodiversidade. Para tal, no âmbito de uma estratégia para as áreas de conservação, a empresa levou a cabo um levantamento extensivo dos valores naturais e considerados de ‘alto valor de conservação’. A identificação destes valores e a sua avaliação permitiu, sempre que considerado necessário, o estabelecimento de projetos especiais de recuperação ou reconversão com vista a melhorar o equilíbrio dos ecos-sistemas e aumentar o seu valor enquanto espaço de con-servação.

A Altri Florestal orienta a sua atuação pelos princípios pre-conizados na sua Declaração da Política Florestal.

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Certificação Aspirando a elevados padrões de qualidade e de sustentabilidade, a Altri Florestal foi pioneira na adoção voluntária e cumpre em simultâneo os requisitos para a Gestão da Qualidade e para a Gestão Florestal Sustentável.Uma das consequências naturais da aposta na qualidade é a certificação da Altri Florestal pela ISO 9001, nomeadamente na produção de rolaria de eucalipto para a produção de pasta de papel. O Sistema de Gestão da Qualidade assenta na satisfação das necessidades dos seus clientes, na melhoria contínua dos seus produtos e serviços e na eficiência da sua Organização.

Adicionalmente, a empresa tem em vigor um Sistema Integrado de Gestão Florestal em conformidade com os Princípios e Critérios para a Gestão Florestal Sustentável do Programme for the Endorsement of Forest Certification (PEFCTM) e de acordo com os 10 princípios e critérios do Forest Stweardship Council® (FSC®). Este sistema, abrange igualmente a cadeia de responsabilidade para a comercialização da madeira certificada de acordo com os referenciais normativos FSC® e PEFCTM.

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A Altri Florestal está também empenhada em apoiar ati-vamente os seus parceiros na adoção de sistemas de certificação da gestão florestal sustentável. Para tal junto de associações de proprietários florestais, de prestado-res de serviço e fornecedores de madeira, divulga e pro-move a adoção de boas práticas, apoia a realização de auditorias e colabora na adoção dos sistemas documen-tais necessários. Para além do apoio técnico, constituição e funcionamento dos agrupamentos de produtores, a Altri premeia o fornecimento de madeira certificada às suas uni-dades fabris, através da atribuição de uma bonificação aos fornecedores de madeira certificada. Também no âmbito do seu Sistema de Gestão e de acordo com a política de partilha de experiências e do desenvolvimento dos seus prestadores de serviço, a Altri Florestal, teve uma atividade intensa na formação em higiene e segurança na frente de trabalho, sendo reconhecido o seu trabalho através de uma apresentação do seu exemplo como estudo de caso no último seminário internacional de segurança e higiene do trabalho organizado pela Ordem dos Engenheiros (Porto).

Biodiversidade A Altri considera que a produção florestal e a proteção da natureza são dois aspetos complementares da gestão florestal ativa, sendo esta uma das características mais

determinantes da floresta como ocupação do território. Enquanto grande proprietário e grande transformador de madeira, a empresa considera que tem uma responsabi-lidade acrescida na boa gestão e na demonstração das boas práticas culturais. Desta forma, o reconhecimento dos valores naturais, a proteção da diversidade biológica, a ma-nutenção da integridade dos ecossistemas e a repartição justa dos benefícios extraídos dessa utilização são valores preconizados pela Altri. Para a empresa, na sua qualidade de agente ativo na investigação e na gestão de florestas, a defesa da biodiversidade é também a sua própria de-fesa, pois a manutenção dos recursos, a sua utilização e reposição são elementos fundamentais para a sua própria salvaguarda. Ao abastecer as suas unidades fabris com matéria-prima proveniente de florestas plantadas e geridas especifica-mente para este fim, a Altri contribui para a racionalidade da gestão e exploração florestais e para a redução da pressão sobre florestas e outros ecossistemas naturais, es-senciais para a manutenção da biodiversidade a empresa definiu um conjunto de critérios e procedimentos para mini-mizar estes impactos, nomeadamente:

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- Envolver de forma direta a comunidade e as autoridades locais;

- Promover a consciencialização junto de todos os seus stakeholders, incluindo os seus colaboradores de modo a que todos possam aderir aos princípios da defesa da bio-diversidade;

- Promover campanhas de divulgação e sensibilização dos valores da biodiversidade;

- Manter uma política de abastecimento que elimine ou evite a aquisição de madeiras a partir de fontes que violem as regras do FSC® e do PEFCTM, nomeadamente no que diz respeito à exploração ilegal de madeiras sem atentar ao valor da biodiversidade, ou proveniente de regiões onde os direitos civis são violados.

A atividade de gestão florestal corrente e este compromisso materializou-se na assinatura do protocolo Business and Biodiversity entre a Altri e o Instituto para a Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), no desenvolvimento de uma estratégia de comunicação e envolvimento com as Partes Interessadas e na revisão em curso da sua Estraté-gia para as áreas de Conservação em vigor desde 2008.

A Altri colabora ativamente com um conjunto alargado de entidades nacionais ligadas à gestão e promoção da biodi-versidade. Assim, permite uma troca de experiências entre a investigação e a gestão florestal que, tem levado à im-plementação nos projetos de arborização de medidas de gestão inovadoras para a proteção e restauro dos valores naturais e à sua divulgação junto de terceiros dos resulta-dos da sua experiência.

Política de abastecimento de madeira: agindo em plena conformidade e de forma empenhada na divulgação dos princípios e normas de gestão florestal sustentada dos sistemas FSC® e PEFCTM, a empresa avalia criteriosamente as fontes de madeira, atenuando desta forma o risco de fornecimentos provenientes de fontes que violem as regras estabelecidas. Assim, no âmbito dos sistemas de rastreabilidade, são avaliados os riscos de fornecimento de madeira provenientes de florestas de alto valor de conservação, desflorestações, ou de madeira explorada de forma ilegal ou proveniente de regiões onde os direitos civis são violados. De acordo com o referencial existente no âmbito do sistema PEFCTM, a Altri realiza avaliações de risco a todas as origens de abastecimento, de forma a garantir o funcionamento adequado da sua atividade de abastecimento, de proteção dos recursos florestais e cumprimento das boas práticas comerciais.

Áreas de conservação e biodiversidade: foram identi-ficadas no património florestal da Altri áreas de alto valor de conservação e outras áreas com elevados valores de biodiversidade, tal como, áreas significativas com um elevado potencial para o restauro ecológico. A gestão adequada dessas áreas tem um contributo relevante para a conservação e melhoria dos valores naturais existentes, contribuindo deste modo para o objetivo europeu de travar a perda de biodiversidade até 2020.

Neste sentido, a Altri mantém e tem vindo a reforçar a sua atividade de forma a:

- Promover o restauro e a conservação da biodiversidade;

- Praticar um modelo de gestão assente em princípios de valor acrescentado;

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Proteção florestal A floresta é um conjunto biológico sobre o qual impendem várias ameaças, das quais os incêndios florestais são uma das principais ameaças abióticas e pragas e doenças en-quanto ameaças bióticas.Para reduzir a dimensão desta ameaça resultante dos in-cêndios florestais, os principais proprietários florestais por-tugueses (Grupo PortucelSoporcel e Altri) estão unidos em torno da Afocelca, empresa comum que pretende minimizar os prejuízos resultantes dos incêndios florestais, através da criação de uma estrutura mais eficiente e dotada de maior flexibilidade na vigilância, alerta e apoio no combate aos incêndios florestais.

A estratégia de combate aos incêndios florestais assenta em quatro critérios técnicos:

1. Tempos de chegada: com o objetivo de controlar os in-cêndios na etapa nascente, deve-se atuar de forma que as unidades cheguem ao foco do incêndio no menor tempo possível independentemente da dimensão da brigada e/ou meio de mobilização.

2. Ataque inicial em massa (golpe único): consiste em fazer atuar todos os meios necessários para assegurar o controlo e total extinção dos fogos no primeiro ataque e quando estes ainda se encontram no início.

3. Dano material: com o objetivo de dar prioridade às pro-priedades de maior valor e perante a simultaneidade dos factos dos fogos, é determinante o valor comercial das plantações, madeiras e outros bens ameaçados.

4. Perigo potencial: no mesmo sentido são determinantes as probabilidades de propagação do incêndio, para a avaliação das quais se consideram, entre outros fatores, a topografia, o declive do terreno, o vento, os combustíveis e a vegetação em perigo.

Já no campo das pragas e doenças, a empresa tem em funcionamento um sistema de monitorização do estado dos povoamentos florestais e colabora com outras entidades, empresas, autoridades e instituições de investigação em medidas de prevenção e controlo da sanidade da floresta.

Merece particular destaque, o trabalho desenvolvido no combate à praga Gonipterus platensis, cujas ações estão integradas num programa de luta nacional e que tem en-volvido o desenvolvimento de métodos de luta biológica e ações de comunicação e formação de inúmeros propri-etários florestais e suas organizações.

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Em 1995, o Governo Português viria a alienar integralmente a sua participação na empresa, vendendo a sua parte à STORA CELL AB que, assim, passou a deter 100% do seu capital, com o valor atual de 77,5 milhões de euros. A Celbi passou, então, a designar-se por Stora Celbi Celulose Beira Industrial, SA.

No final de 1998, após o processo de fusão do grupo sueco STORA com o grupo finlandês ENSO, de onde resultou o Grupo Stora Enso, a Celbi retomou a sua denominação anterior: Celulose Beira Industrial (Celbi), SA.

Desde 2006 que é detida na sua totalidade pelo Grupo Altri.A Celbi é uma referência mundial na produção de pasta de eucalipto do tipo Bleached Eucalyptus Kraft Pulp (BEKP), sendo um dos produtores mais eficientes da Europa. A Celbi tem uma capacidade de produção anual de cerca de 745 000 t. Toda a sua produção é de mercado.

CaimaA Caima-Indústria de Celulose SA é uma empresa centenária que em 2013 comemorou125 anos de existência.

Em 1888 foi fundada a empresa “The Timber Estate and Wood Pulp Company Ltd”, com o objetivo da produção de pasta para papel. Para tal foi adquirida, em 1889, a Quinta do Carvalhal a William Cruickshank, situada entre as freguesias das Fráguas e da Branca, no concelho de Albergaria a Velha, distrito de Aveiro. A fábrica da Caima foi uma das primeiras unidades industriais de fabrico de pasta fora da Suécia.

A produção iniciou-se com o fabrico de pasta crua de pinho pelo processo ao sulfito. A produção cresceu gradualmente até 1928 quando, após sete anos de estudos e de experiências no domínio do cozimento do eucalipto pelo processo de sulfito, decidiu-se substituir o pinho pelo

A Altri detém três fábricas de pasta branqueada de eucalipto e de pasta branqueada de pinho localizadas em Portugal, sendo a sua produção reconhecida pela sua qualidade e eficiência produtiva.

CelbiOs primeiros acionistas da Celbi foram a Billerud, com 71% do total do capital social, a CUF que participou com 23% e um grupo de produtores florestais, que subscreveram 6%.

A empresa viria a localizar-se junto à costa, na Leirosa, uma pequena aldeia piscatória, 15 km a sul da Figueira da Foz.

A empresa arrancou em 1967, com a produção de pasta solúvel, destinada à fabricação de fibras têxteis, com 80 000 t como capacidade máxima.

A decisão de produzir pasta solúvel viria a ser revista nos primeiros anos de produção, por se concluir que este tipo de pasta defrontava sérios problemas de mercado. A unidade fabril viria a ser ajustada para produzir pasta papeleira com uma capacidade que, naquela data, atingia as 120 000 t anuais.

Em 1970, a empresa alterou a sua designação social, passando a designar-se por Celulose Beira Industrial (Celbi), SARL.

Em 1975, as nacionalizações transferiram as ações da CUF e dos pequenos acionistas para o Estado Português, que assumiria a sua titularidade através do IPE – Investimentos e Participações Empresariais, SA.

Entretanto, na Suécia, diversas operações de concentração da indústria florestal fizeram com que o capital da Celbi passasse a ser detido pelo grupo sueco STORA, integrado na área de negócios liderada pela STORA CELL AB.

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eucalipto como matéria-prima, muito embora alguma pasta de pinho tenha sido produzida até 1945.

Albergaria foi então a primeira unidade industrial no Mundo a produzir fibra de eucalipto. A produção em 1948 era de 6 000 t por ano.

Em 1960 iniciou-se a construção da fábrica de Constância.Foi escolhida esta localização por se considerar o local privilegiado em termos de fornecimento de madeira e de água. A produção arrancou em 1962.

Atualmente a Caima é uma das poucas fábricas na Europa que produz pasta de eucalipto branqueada através do processo de sulfito. Tem uma capacidade de 125 000 t de pasta branqueada de eucalipto do tipo Total Chlorine Free (TCF) e ainda de cerca de 40 000 t de lenhosulfonato de magnésio. Toda a sua produção é de mercado.

Atendendo à especificidade do processo e à dimensão da unidade industrial, a Caima procura nichos de mercado dedicando-se à produção de pastas especiais para a produção de papel e para aplicação noutras indústrias, entre as quais, de base química e têxtil. Neste contexto está em curso um projeto de conversão desta unidade para a produção de pasta para especialidades.

Celtejo

Inicialmente com o nome de Companhia de Celulose do Tejo, SARL, a Celtejo foi fundada, há cerca de 45 anos, em Vila Velha de Ródão, distrito de Castelo Branco.

A partir de 1968, a empresa instalou-se num novo parque industrial, com uma área de cerca de 80 hectares, e arrancou em 1971 com a produção de pasta kraft crua de pinho.

Pertencente numa primeira fase a um grupo privado português, foi nacionalizada e integrada em 1976 na Portucel. Mais tarde, já em 1993, viria a converter-se em sociedade anónima, sob a designação de Portucel Tejo, SA, no âmbito de um processo de reestruturação que visava a sua futura reprivatização.

Mais recentemente, em 2005, a Celtejo passou a incluir o universo do Grupo Altri.

Durante o ano de 2008 foi implementada uma transformação do processo produtivo da Celtejo, com vista à produção de pasta branqueada, que permitiu aumentar a capacidade produtiva desta fábrica. Como resultado deste projeto, atualmente esta unidade produz pastas branqueadas de eucalipto (fibra curta) ou de pinho (fibra longa), pelo processo Kraft.

A capacidade teórica de produção atual da Celtejo ascende a cerca de 210 000 t de pasta de eucalipto branqueada ou a 140 000 t de pasta branqueada de pinho.

Em 2011 a empresa iniciou uma série de investimentos com vista a melhorar o impacte ambiental e a fiabilidade da produção e como tal a sua sustentabilidade. Destes salientam-se a ampliação da instalação de Evaporação e Stripping e a melhoria de fiabilidade da sua rede de distribuição de energia elétrica.

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DA MADEIRAÀ PASTA

As fábricas da Altri produzem pasta de papel usando madeira de eucalipto e no caso da Celtejo também madeira de pinho. A madeira chega às fábricas sob a forma de rolaria com casca, rolaria sem casca ou em aparas. A madeira sem casca é descascada e junto com a madeira sem casca é destroçada em aparas que são armazenadas em pilhas.

No caso da Celbi e da Celtejo, após um processo de crivagem, as aparas são alimentadas em conjunto com licor branco (químicos para cozimento compostos essencialmente por soda cáustica e sulfureto de sódio) a um digestor contínuo. Os químicos dissolvem a lenhina, a substância responsável pela agregação das fibras, com libertação destas, resultando a chamada pasta crua.

A base de qualquer processo químico de produção de pasta é a separação da lenhina da celulose. Para a Celbi e Celtejo usa-se o processo kraft alcalino, no caso da Caima o processo usado é o sulfito de base magnésio. Neste caso o agente que promove a separação da lenhina e celulose é o bissulfito de magnésio, o qual dissolve a lenhina separando esta das fibras de celulose. No caso da Caima a estilha de madeira é alimentada a um conjunto de digestores descontínuos, os quais após descarga no tanque de descarga de pasta alimentam o processo que passa a ser contínuo.

A pasta crua resultante do cozimento é lavada, para remover produtos residuais, orgânicos e inorgânicos, resultantes

do processo de cozimento e submetida a operações de crivagem, para remoção de partículas incozidas e outras impurezas.

Na Celbi e na Celtejo depois destas operações, a pasta crua é submetida a uma deslinhificação adicional com oxigénio, do qual resulta uma pasta semi-branqueada, de tonalidade amarela que é enviada para a instalação de branqueamento. Na Caima a pasta é alimentada de imediato ao branqueamento.

À entrada da instalação de branqueamento, a pasta contém ainda compostos residuais, resultantes da decomposição da lenhina, que são gradualmente removidos na sua quase totalidade através de reações químicas, com agentes branqueadores como o oxigénio, o ozono (no caso da Celtejo), o peróxido de hidrogénio e o dióxido de cloro. No final desta fase, a pasta apresenta-se sob a forma de uma suspensão espessa, de cor branca.

Na Caima, a pasta contendo celulose e alguma lenhina residual é branqueada recorrendo unicamente a agentes isentos de cloro – oxigénio, peróxido de hidrogénio e hidróxido de sódio.

A suspensão de pasta branqueada é submetida a uma crivagem e depuração finais, sendo depois lançada sobre um sistema de tela dupla em movimento para formação da folha, onde lhe é retirada grande parte da água, primeiro por prensagem e posteriormente por ação de vácuo.

Madeira Descasque Destroçamento Cozimento

da Madeira

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A seguir é prensada e seca através de um sistema compacto de secagem com ar quente ou com vapor. Após a secagem, a folha final é cortada em folhas mais pequenas que são empilhadas em fardos que seguem para o armazém da pasta.

No armazém da pasta, os fardos são agrupados com arames em unidades de 8 fardos. São depois empilhados e posteriormente carregados para camiões que os transportam para o Porto Comercial ou diretamente para o cliente.

No caso da Celbi e da Celtejo que utilizam o processo kraft, o licor negro descarregado do digestor, resultante do cozimento das aparas de madeira e sob a forma diluída, é concentrado até se obter um espesso biocombustível, o licor negro concentrado, que é queimado na caldeira de recuperação. Os produtos químicos inorgânicos do licor negro formam uma substância que depois de dissolvida em água dá origem ao licor verde, constituído por uma grande fração de carbonato de sódio e por sulfureto de sódio.

Ao licor verde é adicionada cal viva, no chamado processo de caustificação, dando origem ao licor branco (hidróxido de sódio e sulfureto de sódio) e a carbonato de cálcio. Este, em suspensão, é retirado e seco, sendo depois novamente transformado em cal viva no forno da cal. Fechando um ciclo, o licor branco regenerado na caustificação vai ser de novo utilizado no processo de cozimento.

No caso da Caima que utiliza o processo sulfito, o licor negro que resulta da lavagem é concentrado numa instalação de evaporação e uma parte é utilizada para a produção de lenhosulfonato e a quantidade remanescente é queimada na caldeira de recuperação produzindo vapor e energia elétrica. Os produtos químicos inorgânicos resultantes da queima do licor são recuperados para a produção do agente de cozimento (bissulfito de magnésio), o magnésio é recuperado num eletrofiltro e o enxofre é recuperado num lavador de gases com 5 estágios.

Abastecimento de águaDependendo da fábrica, a água bruta tem duas proveniências distintas: água subterrânea de poços e água superficial do Rio Mondego ou do Rio Tejo. O tratamento consiste essencialmente numa floculação seguida de sedimentação e filtração em filtros de areia.

Abastecimento de energiaA energia utilizada no processo de fabrico de pasta resulta da queima do licor negro concentrado na caldeira de recuperação. O vapor de alta pressão produzido na caldeira é expandido numa turbina, sendo posteriormente utilizado no processo a média pressão ou a baixa pressão. A energia libertada através da expansão de vapor na turbina é convertida em energia elétrica, a qual, em termos médios e em regime normal de operação, satisfaz as necessidades da fábrica. O sistema interno de distribuição de energia elétrica em média tensão da fábrica está interligado em paralelo de forma permanente com a rede elétrica nacional,

Lavagem da pasta Branqueamento da pasta Secagem da pasta Fardos de pasta

Recuperação de químicos e

produção de energia

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permitindo trocas de energia (compra e venda) com a mesma.

A central termoelétrica da Celbi, que integra a caldeira de recuperação e o turbogerador, está licenciada com o estatuto de co-gerador e utiliza fundamentalmente biomassa como combustível.

Na Celtejo, o vapor turbinado satisfaz em termos médios as necessidades do processo.

Dado que a empresa não possui caldeira de biomassa própria que permita fazer co-geração a partir desta fonte de energia primária, torna-se assim necessário recorrer à instalação de co-geração a gás natural, instalada em 2013, no sentido de aumentar a autonomia da fábrica em energia (vapor e eletricidade).

A central termoelétrica da Caima integra uma caldeira de recuperação, uma caldeira de biomassa e duas turbinas, utiliza portanto, fundamentalmente, biomassa para a produção de energia. A produção de energia é excedentária relativamente às necessidades de toda a instalação sendo injetada na rede o excedente de energia elétrica contribuindo para a redução de emissão de CO2 fóssil da rede elétrica nacional.

Tratamento de águas residuaisNo que diz respeito às águas residuais, todos os efluentes líquidos das unidades industriais da Altri, são submetidos a processos de tratamento primário para remoção de sólidos suspensos, sendo posteriormente tratados em unidades de tratamento biológico, nos quais a matéria orgânica é decomposta por ação de microorganismos.

As lamas resultantes destes processos são posteriormente valorizadas energeticamente ou em operações de compostagem.

Tratamento de emissões gasosasNas fábricas, os gases resultantes da queima de licor negro na caldeira de recuperação, são depurados em precipitadores eletrostáticos para remoção de partículas

e do enxofre antes de serem lançados na chaminé. As emissões gasosas (partículas, SO2, TRS, CO e NOx) são medidas em contínuo por instrumentos em linha.

Os gases resultantes do forno da cal passam por precipitadores electrostáticos para remoção de partículas antes de serem lançados na chaminé. As emissões gasosas (partículas, CO, NOx, SO2 e TRS) são medidas em contínuo por instrumentos em linha.

Os condensados que resultam da evaporação do licor negro passam por um processo de purificação num “stripper”, do qual resulta metanol e gases não condensáveis, que são posteriormente valorizados energeticamente.

Gestão de resíduos e biomassaParte dos resíduos industriais não perigosos de origem processual são depositados nos aterros controlados de resíduos.

Os resíduos orgânicos resultantes da preparação de madeiras, em conjunto com as lamas provenientes dos tratamentos de efluentes, são enviados para compostagem.

Os resíduos resultantes das atividades não processuais (papel, plástico, vidro, óleos usados, resíduos contaminados com óleos, resíduos metálicos, etc) são recolhidos através de uma extensa rede de contentores de recolha seletiva e encaminhados para operadores externos de gestão de resíduos devidamente licenciados para o efeito, visando o seu tratamento, eliminação ou valorização.

A casca e a biomassa residual resultantes do descasque da madeira para o processo, são enviados para valorização energética.

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A Celbi e a Celtejo produzem pasta de papel de eucalipto, pelo processo ao sulfato, branqueada sem utilização de cloro elementar (pasta ECF, elemental chlorine free).

A Celtejo produz também pasta de eucalipto branqueada TCF (totally chlorine free), através de uma sequência de branqueamento utilizando ozono “e sem utilização de aditivos difíceis de depurar como o EDTA”.

As propriedades da fibra desta espécie conferem à pasta produzida características especiais que a tornam especialmente adequada para a produção de determinados tipos de papel e cartão.

Estas características recomendam a sua utilização para a produção de papéis finos para impressão, papéis para laminados decorativos e papéis ou cartões destinados a servirem de suporte a impressões de elevada qualidade.

A Caima produz pasta celulósica de eucalipto, pelo processo ao sulfito, com branqueamento sem utilização de cloro nem seus derivados (pasta TCF Totally Chlorine Free).

Estas características específicas conferem à pasta celulósica propriedades especiais e tornam-na particularmente adequada para certas aplicações papeleiras, nomeadamente em segmentos altos de papéis do tipo tissue bem como em papéis de impressão e escrita, com especial incidência em papéis com marcas de água e papéis de cor, bem como propriedades que a tornam apta para aplicações especiais noutras indústrias doutros setores como por exemplo de base química e têxtil.

A Caima produz ainda lenhosulfonatos os quais têm como principal aplicação a indústria da construção.

O MercadoAs vendas de pasta de papel ascenderam em 2013 a cerca de 473 milhões de Euros, correspondendo a cerca de 83% das receitas totais da Altri.

Em 2013 a Altri exportou aproximadamente 907 000 toneladas de pasta o que correspondeu a um crescimento

O PRODUTODA ALTRI

Em termos de utilização da pasta, os produtores de papel de tissue são os maiores clientes da Altri, com uma quota de 46% (40% no ano anterior).

Portugal

6%

Ásia

8%

Outros

1%

Europa

85%

Solúvel

10%

Outros

4%

Especialidades

13%

Embalagem

3%

Impressão e escrita

24%

Tissue

46%

de cerca de 7% face ao ano anterior. A Europa Ocidental é o principal mercado de destino das vendas da empresa, representando 80% das vendas, ou seja, cerca de 735 mil toneladas.

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A distribuiçãoDepois de em 2012 termos assistido a uma profunda alteração na geografia das vendas do Caima, em 2013 consolidamos a nossa cadeia de transporte para o mercado asiático da Caima e fluxos de transportes europeus da Celtejo.

A distância média percorrida para servir os nossos clientes baixou ligeiramente para os 2090 kms. Essa distância foi vencida sobretudo através da utilização de transporte marítimo, cujo peso se manteve praticamente inalterado face a 2013 representando 94% das toneladas/km movi-mentadas (83% em 2010). Em termos modais há ainda um ligeiro acréscimo na utilização do transporte rodoviário que se cifrou em cerca de 5% de utilização (10% em 2010). O transporte ferroviário resume-se agora ao fluxo intensivo Rodão – Porto da Figueira da Foz já que os restantes fluxos, nomeadamente para a Catalunha, estiveram suspensos pe-los operadores ferroviários sendo provável que se reativem a partir de 2015. Com este desenho mantivemos pratica-mente inalteradas as externalidades provocadas pelo nosso mix de transportes.

A consolidação do transporte marítimo potenciou ainda o crescimento do porto da Figueira da Foz que se cifrou em 21% (2,13 milhões de toneladas). A Altri manteve-se como o maior utilizador do porto crescendo para uma quota de 43% do total da carga movimentada.

Responsabilidade pelo produtoAs pastas de papel produzidas estão aprovadas pelo Nor-dic Ecolabelling of Paper Products (Celbi e Celtejo) e pelo European Ecolabel (Celbi), para poderem ser utilizadas em produtos que pretendam utilizar este rótulo ambiental. Estes são ambos programas de rotulagem ambiental ba-seados na análise do ciclo de vida do produto.No âmbito do Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho, certificado em conformidade com a Norma OHSAS 18001, foi feita a identificação dos perigos e a avaliação dos riscos para todas as etapas do processo de produção de pasta. Para as operações que envolvem riscos, foram estabelecidos procedimentos para diminuir ou mesmo mitigar o seu efeito.

Não foram identificadas não conformidades com regu-lamentos e códigos voluntários, relacionados com os im-pactes causados por produtos e serviços na saúde e se-gurança ao longo do ciclo de vida do produto. Não foram também levantados processos judiciais, nem multas ou sanções por não cumprimento de leis ou regulamentos relativos à utilização do produto.

As fábricas da Altri têm também os seus processos de ca-deia de responsabilidade certificados por dois dos mais reconhecidos sistemas de certificação de produtos flo-restais, nomeadamente pelo “Forest Stewardship Council®” (FSC®) e pelo “Programme for the Endorsement of Forest Certification” (PEFCTM).

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A Administração da Altri é confiada a um Conselho de Ad-ministração composto por 5 membros, eleitos pela Assem-bleia Geral, pelo período de três anos, conforme definido no Regulamento do Conselho de Administração da Altri, SGPS, S.A. Compete a este órgão social praticar todos os atos de gestão na concretização de operações inerentes ao seu objeto social, tendo por fim o interesse da Socie-dade, acionistas e trabalhadores.

Conselho de Administração (Final 2013)Paulo Jorge dos Santos Fernandes – Presidente

João Manuel Matos Borges de Oliveira – Vogal

Domingos José Vieira de Matos – Vogal

Laurentina da Silva Martins – Vogal (Membro não Executivo)

Pedro Macedo Pinto de Mendonça – Vogal (Membro não Executivo)

Para além deste, a Empresa é composta por mais três órgãos sociais:

- Assembleia Geral, composta por todos os acionistas com direito de voto, a quem compete deliberar sobre alterações estatutárias, proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da Sociedade, deliberar sobre o relatório de gestão e contas do exercício, proceder à eleição dos cor-pos sociais de sua competência e, de uma forma geral, deliberar sobre todos os termos que lhe forem submetidos pelo Conselho de Administração.

GOVERNAÇÃO E GESTÃO

- Conselho Fiscal, designado pela Assembleia Geral, é composto por 3 membros e 1 substituto, competindo-lhe a fiscalização da sociedade, bem como a designação de um Revisor Oficial de Contas ou Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

- Revisor Oficial de Contas (ou Sociedade de Revisores Oficiais de Contas), a quem compete proceder ao exame das contas da sociedade.O modelo de governação do Grupo Altri está disponível no Relatório do Conselho de Administração em www.altri.pt .O modelo de gestão praticado na Altri, assegura a inte-gração da responsabilidade ambiental e da responsabili-dade social nas atividades diárias. São várias as ferramen-tas utilizadas para o fazer, nomeadamente:

• Código de Conduta • Políticas das empresas da Altri• Sistemas de Gestão• Objetivos de sustentabilidade das empresas da Altri• Gestão da cadeia de fornecedores• Relatório de Sustentabilidade

Código de CondutaO Código de Conduta estabelece o conjunto de princípi-os e de valores em matéria de ética profissional que deve ser reconhecido e adotado por todos os trabalhadores do Grupo Altri, incluindo os órgãos de gestão.

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O Código de Conduta constitui ainda uma referência para o público, no que respeita aos padrões de conduta da Altri no seu relacionamento com terceiros, por forma a incentivar a criação de um clima de confiança entre a empresa e todas as partes interessadas.

Políticas As Políticas das empresas da Altri definem a sua estraté-gia nas vertentes económica, social, ambiental, saúde e segurança no trabalho e qualidade do produto. São supor-tadas também pela Política de abastecimento de madeira do Grupo Altri, na qual se definem as orientações a seguir no processo de aquisição desta matéria-prima para as uni-dades fabris do Grupo.

Sistemas de GestãoAs Políticas são colocadas em prática através das ferra-mentas fornecidas pelos Sistemas de Gestão. Os Sistemas de Gestão são utilizados para estabelecer objetivos e me-tas, atribuir responsabilidades e fazer o seguimento do de-sempenho das empresas do universo do Grupo Altri no que diz respeito aos seus impactes ambientais, sociais, saúde e segurança no trabalho e qualidade do seu produto.

Historial dos Sistemas de Gestão

Sistema de Gestão

da Qualidade - ISO 9001

Sistema de Gestão

Ambiental - ISO 14001

Sistema de Gestão

Ambiental - Registo EMAS

SIstema de Gestão da

Segurança e Saúde no

Trabalho - OHSAS 18001

Cadeia de responsabilidade

de produtos florestais PEFCTM

Cadeia de Responsabilidade,

FSC®

Acreditação do Laboratório

NP EN/IEC ISO 17025

Gestão Florestal - FSC®

Gestão Florestal - PEFCTM

Sistema de Gestão de

Energia - ISO 50001

Sistema de Gestão

da Investigação,

Desenvolvimento

e Inovação (IDI)

1995

2003

2009

2006

2009

2006

2005

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n.a.

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1995

1999

2001

2005

2005

2005

1996

n.a.

n.a.

2012

-

1996

2008

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2010

2008

2008

1989

n.a.

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2012

2013

1998

---

---

---

2010

2011

2005

2005

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Caima Celbi Celtejo Altriflorestal

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Objetivos de sustentabilidadeAnualmente são definidos pela gestão de topo, os obje-tivos de sustentabilidade para as empresas do Grupo Altri. Estes objetivos são continuamente seguidos e são revistos sempre que necessário. Permitem gerir de forma eficiente o desempenho de sustentabilidade das unidades da Altri.

Gestão da cadeia de fornecedoresTodos os fornecedores de madeira, produtos químicos e serviços, são sujeitos a um processo de qualificação e avaliação. Deste processo fazem parte requisitos de de-sempenho de qualidade, ambiente e segurança. A bolsa de fornecedores qualificados tem vindo a crescer significativamente nos últimos anos.

Relatório de Sustentabilidade O Relatório de Sustentabilidade é uma ferramenta impor-tante para gerir questões relacionadas com a responsabi-lidade ambiental e a responsabilidade social. É uma ferra-menta de comunicação muito importante para a Altri.

Identificação e gestão dos fatores de risco A gestão de risco é um pilar da governação da Altri, estan-do presente em todos os processos de gestão, sendo uma responsabilidade de todos os colaboradores do Grupo, nos diferentes níveis da organização.

A gestão de risco é desenvolvida tendo como objetivo a criação de valor, através da gestão e controlo das oportuni-dades e ameaças que podem afetar os objetivos de negó-cio e as empresas do Grupo, numa perspetiva de continui-dade das suas atividades.

A gestão de riscos é assegurada pelas diversas empresas da Altri com base numa identificação e prioritização prévia de riscos críticos, desenvolvendo estratégias de gestão de risco, com vista a pôr em prática os procedimentos de con-trolo considerados adequados à redução do risco para um nível aceitável.Os principais fatores de risco identificados pela Altri são os seguintes:

• Risco de Crédito;• Risco de Mercado; • Risco de Taxa de Juro; • Risco de Taxa de Câmbio; • Risco de variabilidade nos preços de commodities

• Risco de Liquidez;• Risco de Regulação;• Risco Florestal;• Riscos ambientais;• Riscos sociais;• Riscos associados ao abastecimento de madeira.

Este relatório dá ênfase à gestão dos riscos ambientais, so-ciais, aos associados à gestão florestal a ao abastecimento de madeira sendo os outros mencionados no “Relatório do Conselho de Administração da Altri” (disponível em www.altri.pt).

com impacto no preço da pasta de papel;

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O Princípio da precaução é o princípio 15 da Declaração do Rio que consta do relatório da Conferência da Nações Unidas sobre ambiente e desenvolvimento, realizada em 1992 no Rio de Janeiro.

Princípio da PrecauçãoPara que o ambiente seja protegido, serão aplicadas pelos Estados, de acordo com as suas capacidades, medidas preventivas. Onde existam ameaças de riscos sérios ou irreversíveis não será utilizada a falta de certeza científica total como razão para o adiamento de medidas eficazes em termos de custo para evitar a degradação ambiental.

O princípio da precaução está presente em todas as atividades das empresas do Grupo Altri. Mediante uma adequada identificação, avaliação e planeamento de todos os aspetos de gestão, é possível prevenir eficazmente os riscos, acidentes e impactes que afetem pessoas, bens e o meio ambiente.

O princípio da precaução para as atividades de qualidade, ambiente e segurança é assegurado pelos requisitos das normas que regem os respetivos sistemas de gestão. Os aspetos ambientais e de saúde e segurança estão devida-mente identificados e, para cada um deles, estão definidas as medidas de prevenção, mitigação e controlo.A aplicação do princípio da precaução é evidente nos capí-tulos relativos à responsabilidade ambiental e à responsa-bilidade social.

Principais afiliações e participações em outras organi-zações • Membro do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD). Participa no grupo de trabalho “Forest Solution”, subscrevendo neste âmbito as suas regras e princípios.

COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS

• Membro do Conselho Empresarial para o Desenvolvi-mento Sustentável (BCSD Portugal) • Membro fundador da Associação para a Competitivi-dade da Indústria da Fileira Florestal (AIFF)• Membro da Associação Empresarial para a Inovação (COTEC Portugal)• Membro da Associação de Indústria Papeleira (CELPA)• Membro da Tecnicelpa, participação em órgãos dirigen-tes• Membro do FSC® Portugal• Confederação Europeia das Indústrias de Papel (CEPI), participação em grupos de trabalho• Participação no Iniciativa Business and Biodiversity• Membro da Iniciativa Business & Biodiversity• Membro da AFOCELCA (agrupamento de empresas para vigilância e combate a fogos florestais)• Membro da IUFRO – International Union of Forest Re-search Organizations• Membro do IEFC- Instituto Europeu da Floresta Cultivada• Membro do Centro Pinus• Membro da ANEFA (via Viveiros do Furadouro)• Membro do Núcleo Empresarial de Santarém (NER-SANT), participação em órgãos dirigentes• Membro do Núcleo Empresarial de Castelo Branco (NERCAB), participação em órgãos dirigentes.

Princípios subscritos pela AltriA Altri subscreve, através do seu Código de Conduta, a Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas.

Através da sua Política de Abastecimento de Madeira, a Altri compromete-se com o código de conduta para a in-dústria do papel da CEPI, relativo ao corte legal de ma-deiras.

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PARTES INTERESSADAS

Acionistas

Clientes

CANAIS DE COMUNICAÇÃO

Reuniões periódicas do Conselho de Administração.

Relatório de Contas (anual).

Relatório de Sustentabilidade (anual).

Informações relevantes à Comissão do Mercado e Valores Imobiliários (CMVM).

Informação no site da Altri.

Existe um responsável por comunicação com os acionistas da Altri.

Visitas a clientes.

Auditorias de clientes.

Inquéritos dos clientes.

Inquéritos de avaliação da perceção externa aos clientes.

Relatório de Sustentabilidade (anual).

Participação na International Pulp Week.

Participação na London Pulp Week.

PARTESINTERESSADAS

PARTES INTERESSADAS

Acionistas

Clientes

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Colaboradores

Fornecedores

Comunidade

Entidades oficiais

Comunidade académica

Reuniões diárias e mensais com apresentação dos principais indicadores de desempenho.

Intranet.

Fibra Nova (revista interna de publicação quadrimestral).

Floresta Altri (revista interna sobre temas da floresta).

Sistema de Gestão de Desempenho.

Ações de formação.

Acordo Empresa.

Reuniões com Comissões Sindicais.

Comissão de Ambiente, Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho.

Relatório de Sustentabilidade.

Programas de Participação.

Documentação e informação do Sistema de Gestão.

Visitas periódicas ao campo para acompanhar e discutir soluções florestais e partilha de

experiências.

Qualificação e avaliação de fornecedores de serviços e de matérias-primas.

Ações de formação a prestadores de serviço, contemplando matérias ambientais e de segurança.

Ações da Altri Florestal são realizadas nas frentes de trabalho.

Dinamização, ao nível da CELPA, do projeto “Cartão de Segurança da Indústria de pasta e

papel”, destinado a trabalhadores de empresas externas que prestam serviço nas fábricas de

pasta e papel.

Sessões de informação sobre ambiente e segurança, destinadas a responsáveis de empresas

de prestação de serviços.

Participação dos técnicos de segurança de empresas externas nas ações organizadas pela

empresa.

Relatório de Sustentabilidade.

Visitas regulares para informação sobre o negócio.

Auditorias a fornecedores.

Doações financeiras, e em espécie, às várias instituições.

Colaboração no apoio a instituições de Solidariedade Social.

Organização conjunta com corporações de bombeiros em diversos simulacros de atuação.

Cedência dos campos de treinos para corporações de bombeiros.

Apoio a diversas iniciativas das Escolas.

Relatório de Sustentabilidade.

Blog da Altri Florestal.

Visitas de Associações de Produtores Florestais e de proprietários às áreas florestais, a atividades

de I&D e aos viveiros florestais.

Autorização de utilização de áreas sob gestão florestal para a realização de eventos desportivos.

Utilização de áreas florestais sob sua gestão para atividades cinegéticas, pastorícia e apícolas.

Promoção de certificação de gestão florestal junto de outros produtores e suas associações.

Envio regular de estatísticas e relatórios de diversa natureza (fiscal, laboral, ambiental, saúde e

segurança no trabalho, formação profissional, etc).

Inspeções e auditorias oficiais

Relatório de Sustentabilidade.

Protocolos de colaboração com Universidades.

Concessão de estágios curriculares e pós-curriculares em colaboração com os Centros de

Formação, Escolas e Universidades.

Estágios Profissionais em colaboração com o Instituto de Emprego e Formação Profissional.

Autorização de acesso e utilização de instalações em mestrados e doutoramentos.

Visitas às fábricas e às atividades florestais.

Relatório de Sustentabilidade.

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Impactes nas partes interessadasA atividade da Altri tem impacte nas várias partes interessadas, es-

sencialmente locais e nacionais.

Clientes

As receitas totais da Altri em 2013 representaram cerca de 573 M€.

A distribuição da pasta da Altri por mercados e utilizações encon-

tra-se no capítulo “Produto”

Fornecedores

A Altri representa uma fonte de rendimento credível para muitos

fornecedores de matérias-primas e prestadores de serviços. Em

2013 os custos com fornecimentos e serviços externos ascenderam

a 151 M€, valor superior em 7 M€ ao registado em 2012.

Em 2013, as compras de matérias-primas, subsidiárias e materiais

de consumo, atingiram 240 M€, mais 31 M € do que em 2012.

Em virtude do estatuto de cogerador das suas fábricas, a Altri registou

como receitas o valor de 52 M€, provenientes da venda de

energia verde à Rede Elétrica Nacional, O acréscimo de produção

registado em 2011, teve um efeito multiplicador na atividade de

todos os parceiros que se relacionam com a Celbi quer se situem a

montante ou a jusante do ciclo de vida do produto.

O acréscimo de 4,5 % no volume de vendas relativamente a 2012,

implicou a necessidade de recurso a um maior número de meios

logísticos, nomeadamente a comboios e camiões.

Consequentemente, os transportadores, os operadores portuários

e todos os outros agentes envolvidos no transporte rodoviário e

marítimo tiveram um aumento na procura diretamente proporcional

ao incremento das vendas.

Colaboradores

Os Custos com o pessoal da Altri totalizaram 27 M€.

Os fundos de pensões do Grupo Altri, registavam em 31 de dezem-

bro de 2013 ativos no valor de 23,2 milhões euros para responsabi-

lidades por serviços passados de 23,1 milhões de euros.

O Grupo privilegia a remuneração variável, tendo concedido nos

últimos anos um bónus em função dos resultados obtidos, por

comparação com objetivos definidos anualmente.

Celbi e Celtejo - Apoiam iniciativas

Apoiam as iniciativas organizadas pelos seus Clubes de trabalhadores,

que visem proporcionar a satisfação do seu bem-estar e a prática do

desporto ou atividades de lazer.

Celbi e Celtejo - Festa de Natal

A Celbi e a Celtejo têm organizado todos os anos Festas de Natal

para os seus trabalhadores e familiares.

No ano de 2013, esta festa na Celbi juntou perto de 400 pessoas.

São seguramente dias com muita animação e convívio entre todos

os participantes com a sempre muito esperada distribuição das

prendas de Natal aos mais pequenos.

Celbi - Colónia de Férias

A Colónia de Férias, tem lugar durante o mês de agosto de cada

ano e é destinada aos filhos dos trabalhadores da Celbi com idades

compreendidas entre os 7 e os 12 anos. No passado esta atividade

ocorria nas quintas da própria empresa mas desde 1998 a iniciativa

decorre nas instalações do Campo Aventura, em Óbidos, perto da

Quinta do Furadouro. Com a escolha deste espaço, que tem insta-

lações ímpares a nível nacional e que recebe mais de 50.000 cri-

anças por ano, a Celbi procura proporcionar umas férias diferentes

aos filhos dos seus trabalhadores.

Acionistas

A Altri é uma empresa aberta, cotada na Euronext Lisbon.

A Altri não foi notificada de quaisquer participações acima de 20%

dos direitos de voto.

- acionistas com uma participação superior a 15 % do capital

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PROMENDO – SGPS,S.A. 15.03%

- acionistas com uma participação superior a 10% do capital

CADERNO AZUL – SGPS, S.A 14,14%

Paulo Jorge dos Santos Fernandes 11,72%

Domingos José Vieira de Matos 11,02%

Acionistas com uma participação superior a 5% dos direitos de

voto:

Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira 5,33%.

Bestinver Gestión S.A., SGIIC 5,01%.

Em 2013 foram propostos dividendos no montante de 8.615.530 €

correspondendo a 0.04€ por acção.

A dívida líquida remunerada a 31 de dezembro de 2013 era de 563

M€, registando uma diminuição de 57 M€, relativamente a igual

período do ano transato.

Entidades oficiais

Os impostos são uma das fontes mais importantes de financia-

mento do Estado. O imposto sobre o rendimento estimado pela

Altri foi de 8,7 M€.

Comunidade

A Altri reconhece a sua responsabilidade de envolvimento com a

Comunidade e, nesse âmbito, desenvolve e apoia um conjunto

de iniciativas e atividades, das mais diversas instituições, que são

essenciais no seu compromisso em criar relacionamentos dura-

douros e relevantes com as comunidades locais.

Através de donativos e apoio logístico, o Grupo procura identificar

projetos e atividades com mérito e com impacto significativo na

sociedade e na qualidade de vida das populações. As empresas

do Grupo desenvolvem ainda outras ações de proximidade com as

comunidades vizinhas.

Caima - Apoio à comunidade

Os efluentes domésticos do Município de Constância são tratados

da Estação de tratamento de efluentes da Caima, assumindo os

custos de tratamento e a taxa de recursos hídricos destes eflu-

entes.

É o principal apoiante da Festas de Nossa Senhora da Boa viagem

do concelho de Constância.

Celtejo - Projeto RIOS

Projeto RIOS - Colaboração com a Liga para a Proteção da Na-

tureza, no âmbito da formação e da vigilância das espécies da

fauna e flora presentes no habitat do Tejo Internacional e seus eflu-

entes.

Alimentador de Grifos – Colaboração com a QUERCUS e com

a Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão na instalação e ma-

nutenção do alimentador da colónia de aves necrófagas existente

na zona do Tejo Internacional.

Comunidade escolar e académica

As empresas da Altri têm uma longa tradição de cooperação com

escolas e universidades. A política de concessão de estágios, quer

de profissionais quer de complemento de curriculum escolar, está

definitivamente adquirida, sendo frequente a presença de jovens

nas empresas, o que lhes permite um contacto com a realidade

empresarial e que deixa um vasto grupo de contacto para futuros

recrutamentos. Em 2013 foram gastos 66 mil euros com 54

estagiários e 38 jovens num programa ocupação de tempos livres.

Celbi - Programa de Ocupação de Tempos Livres

Este programa é uma iniciativa que ocorre, sem interrupção, há

mais de 25 anos e que decorre normalmente nos meses de julho

a setembro, em diversas áreas da empresa. No ano de 2012 e

2013 a Celbi, foi “invadida” pela irreverência de 90 jovens com

idades compreendidas entre os 17 e os 22 anos, provenientes de 5

escolas secundárias e perto de uma dezena de estabelecimentos

de ensino superior.

Os jovens são filhos dos trabalhadores e alunos com mérito escolar.

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. 32

contou com as presenças do presidente da Câmara Municipal, Dr.

João Ataíde, do Diretor Geral da EPIS, Eng.º Diogo Simões Pereira

e o Eng.º Carlos Van Zeller, membro do Conselho de Administração

da Celbi.

Este projeto ambicioso insere-se no âmbito da responsabilidade

social da nossa empresa, que há largos anos tem participado e

colaborado com as escolas do concelho no sentido de apoiar a

integração profissional dos jovens que frequentam os diferentes

níveis de ensino escolar e profissional.

Associação EPIS – Empresários Pela Inclusão Social foi criada em 2006,

com o compromisso cívico para a inclusão social, no sentido de se romper

com o conformismo e o comodismo de relegar para o Estado a solução

do problema No seu ato fundacional, como missão prioritária, os dez

empresários fundadores estabeleceram que a atividade da EPIS se deveria

centrar na Educação e, especificamente, no combate ao insucesso escolar

e ao abandono escolar. Esta opção fundamentou-se na forte convicção de

que este é o ponto de partida para o desenvolvimento individual dos jovens

portugueses e não portugueses, residentes em Portugal, com vista à sua

inclusão social e tendo por aspiração a construção de um modelo coletivo

de cidadania moderna.

Celbi - Apoia Cáritas de Coimbra

A Cáritas de Coimbra afirma-se como uma referência nacional pela

qualidade e capacidade nos serviços que presta à comunidade.

Dando continuidade ao trabalho que tem vindo a desenvolver

junto da população da Praia da Leirosa, particularmente junto dos

idosos, a Cáritas abriu uma creche para crianças dos 3 aos 36

meses.

Um dos objetivos da CELBI ao organizar este programa, é

possibilitar aos jovens um primeiro contacto com o mundo do

trabalho, melhorar os seus conhecimentos sobre o setor florestal

e as atividades que a empresa desenvolve no âmbito da sua

responsabilidade social e ambiental e contribuir para o seu

desenvolvimento pessoal.

Celtejo

Concessão regular de estágios de curta e média duração a recém

licenciados, contribuindo para a sua rápida adaptação e inserção

no mercado de trabalho.

Celbi

Celbi assina protocolo de colaboração com Hospital Distrital da

Figueira da Foz.

A Liga dos Amigos do Hospital Distrital da Figueira da Foz,

assinalou o primeiro aniversário no passado dia 14 de janeiro de

2013, com a assinatura de um protocolo de colaboração entre o

Hospital Distrital da Figueira da Foz e a Celbi, que formaliza uma

parceria baseada em critérios de responsabilidade social.

O protocolo visa garantir o auxílio na área dos cuidados médicos à

população que recorre aos serviços do Hospital e materializou-se

na doação pela Celbi à Liga dos Amigos do Hospital, de vinte e

um computadores e oito monitores, equipamentos necessários ao

funcionamento da Unidade de Internamento de Curta Duração

do Serviço de Urgência e ao projeto tendente à implementação do

Processo Clínico Único Eletrónico.

Celbi - Inclusão social

A Celbi assinou no ano de 2012, um protocolo com a Câmara

Municipal da Figueira da Foz e a EPIS – Empresários pela Inclusão

Social. Este protocolo tem por objetivo a implementação de uma

rede de mediadores profissionais de capacitação para o sucesso

escolar no concelho da Figueira da Foz, durante 3 anos, junto dos

alunos do 3º ciclo do ensino básico. A assinatura do protocolo

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Em 2012, a Celbi apoiou, financeira e logisticamente, a aquisição

de material pedagógico para atividades de atelier das crianças

da creche. Em 2013, pela altura do Natal, a Celbi promoveu a

recolha de bens, junto dos seus trabalhadores, para entrega a

famílias carenciadas, conseguindo garantir a entrega de mais

de uma dezena de cabazes na Praia da Leirosa. Por outro lado,

a administração da Celbi reforçou este gesto solidário, com a

entrega à instituição de um cheque no valor de mercado de uma

tonelada de pasta.

Celbi - Team Buiding

Na continuidade de projetos desenvolvidos anteriormente, a

CEGOC realizou a convite da Celbi, uma ação de formação

de “Team Building”, em formato de outdoor. Em 2013, esta

iniciativa decorreu em Arganil durante 2 dias e representou um

investimento significativo no desenvolvimento de competências

comportamentais a mais de 70 colaboradores.

Os participantes, de diferentes níveis hierárquicos, diversas áreas

funcionais e de vários níveis de qualificação, foram colocados

perante desafios relativos ao planeamento, à comunicação, à

confiança nos outros e à obrigatoriedade de trabalharem em

equipa e cooperarem perante situações adversas.

Altri Florestal

A Altri Florestal em 2013 envolveu a totalidade dos seus

Fornecedores de Serviços Florestais num projeto de promoção das

principais medidas de saúde e segurança no trabalho e a forma de

organização dos mesmos para que, em todas as frentes de trabalho

o Fornecedor evidencie perante a sociedade os seus compromissos

legais e de boas práticas com os seus colaboradores.

Foi distribuído a cada empresa, um Dossier de Segurança que

cada fornecedor evidencia nas frentes de trabalho. Após as ações

de divulgação do projeto realizaram-se um conjunto alargado de

auditorias internas, especialmente focadas nos aspetos de saúde

e segurança.

Programa de Formação para Quadros do grupo ALTRI

O Breakthrough Program for Altri Future Leaders foi construído pela

Porto Business School em parceria com a Altri. O Programa foi

estruturado de acordo com o seguinte enquadramento:

1) Estar alinhado com a estratégia de negócio do Grupo Altri para

os próximos anos;

2) Estar integrado com os valores e a cultura organizacional do

Grupo Altri;

3) Estar orientado para novas competências que os futuros líderes

do Grupo têm que desenvolver, de forma a garantir o crescimento

sustentado e sustentável do Grupo, num mercado cada vez

mais global e crescentemente competitivo;

4) Assumir-se como um programa inovador e diferenciador, que

integre, de forma coerente e adaptada à especificidade do Grupo

Altri, as últimas tendências nas áreas da gestão e liderança,

desenvolvidas e praticadas nas melhores escolas de negócios a

nível internacional.

O Programa envolverá três turmas, com um total de 85 participantes

e tem uma carga horária de 180 horas/turma. Com o objetivo de

assegurar uma equilibrada distribuição temporal do esforço dos

participantes optou-se por uma duração mais alargada e menos

intensiva do Programa que teve início em novembro de 2013 e

ficará concluído no primeiro semestre de 2015. De forma a atingir os

objetivos pretendidos pelo Grupo, o Programa foi estruturado em 4

grandes áreas : A) Conhecimento do negócio; B) Visão Estratégica

e Criação de Valor; c) Gestão e d) Liderança de equipas.

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A Altri tem mantido e pretende continuar a manter uma atitude de

abertura e diálogo com as entidades interessadas e responsáveis

pela proteção do ambiente. As questões ambientais são temas

presentes na gestão corrente das empresas do Grupo e são tidas

em conta durante o estudo e execução de novos projetos.

Todas as unidades industriais da Altri dispõem de Sistemas de

Gestão Ambiental implementados e certificados em conformidade

com normas internacionais. Neste âmbito, estão identificados to-

dos os aspetos ambientais e avaliados os respetivos impactes para

todas as atividades realizadas, bem como definidas as medidas de

controlo e mitigação associadas.

Todas as reclamações ambientais são devidamente tratadas e,

se relevantes, incorporadas nos processos de melhoria contínua

existentes.

Considera-se que a eliminação dos agentes poluentes no seu local

de origem é a forma mais adequada para minimizar o impacte das

atividades industriais sobre o meio envolvente. Esta estratégia de

prevenção baseia-se fundamentalmente, na aplicação de tecnolo-

gias relacionadas com as características intrínsecas do processo,

que são as chamadas medidas internas. A sua aplicação está

associada à introdução das melhores técnicas disponíveis, tor-

nando dispensáveis, quando possível, os sistemas de tratamento

externo, que são, muitas vezes, fontes de agressão ambiental.

A Altri reconhece ser esta a forma mais adequada de harmonizar a

qualidade do ambiente com a qualidade do produto final.

Tem sido feito um esforço, ao longo dos anos, para minimizar os

consumos de matérias-primas, de combustíveis fósseis e de água.

Pretende-se continuar neste caminho, por forma a otimizar o de-

sempenho ambiental, reduzindo custos e aumentando a competi-

tividade.

Por outro lado, tem-se trabalhado na redução do impacte ambi-

ental provocado pelas atividades das fábricas da Altri, com o de-

senvolvimento de ações conducentes à diminuição dos poluentes

líquidos das emissões atmosféricas e dos resíduos produzidos.

RESPONSABILIDADEAMBIENTAL

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Total de horas em 2012 e 2013

A trabalhadores da Altri 6021

A prestadores de serviços 7101

Total 13122

A Altri e o Ambiente - Resultados e evoluções

• Aspetos gerais

• Foram cumpridos os limites de emissão de poluentes

estabelecidos nas Licenças Ambientais da Caima, Celbi e

Celtejo e aplicadas as medidas obrigatórias de gestão ambiental,

designadamente quanto a efluentes, emissões, resíduos, energia,

reclamações e emergências.

• Não se verificaram cenários de emergência ambiental nem

derrames significativos.

• Em 2012 e 2013 não foram aplicadas quaisquer coimas

ambientais.

Produção anual

Em 2012 e 2013 foram ministradas 13 122 horas de formação em

ambiente e saúde e segurança, o que ilustra a preocupação da Altri

relativamente a estes temas.

Esforço de formação em matérias de proteção ambiental e saúde

e segurança no trabalho

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Materiais

A base para a produção de pasta de papel da Altri é a madeira,

matéria-prima renovável proveniente de florestas geridas de forma

sustentável. São também utilizados vários produtos químicos, sendo

os mais relevantes o clorato de sódio, a soda cáustica, o peróxido de

hidrogénio, o oxigénio líquido, o ozono e o ácido sulfúrico.

Energia

O processo de produção de pasta de papel é energeticamente in-

tensivo, mas, nas fábricas da Altri, as necessidades energéticas

são satisfeitas maioritariamente recorrendo à biomassa resultante

de subprodutos e resíduos do processo, nomeadamente licor ne-

gro, serradura e casca, cujo teor em carbono é considerado ambi-

entalmente neutro.

A Altri é autossuficiente em energia elétrica, utilizando sistemas

de cogeração otimizados, baseados na produção combinada de

energia térmica e energia elétrica para uso industrial. O excedente

de eletricidade é colocado na rede elétrica nacional. O investimen-

to em novas tecnologias assim como a aposta nas melhores práti-

cas de eficiência energética, permitiram que praticamente toda a

energia fosse produzida a partir da queima de biocombustíveis.

A dependência dos combustíveis fósseis nas unidades fabris tem

vindo a baixar desde 2009.

Na sequência do Projeto de expansão e modernização da Celbi, em

2009, entraram em operação uma nova Caldeira de Recuperação e

um novo Forno da Cal, saindo de serviço as instalações antigas,

o que permitiu deixar de se utilizar fuelóleo nesta unidade fabril,

passando-se a utilizar o gás natural.

Na Caima, apenas 2,6% dos combustíveis consumidos são de

origem fóssil. Para além disso, esta unidade fabril tem um exceden-

te de cerca de 20% na produção de energia elétrica, que injeta na

Rede Elétrica Nacional com um fator de emissão de CO2 bastante

baixo (36,15 g CO2/kWh), contribuindo assim para a redução do

fator de emissão desta.

O aumento do consumo de madeira e de produtos químicos está

diretamente relacionado com o aumento da produção de pasta que

se tem vindo a verificar desde 2009, fruto de vários projetos de

modernização e expansão das unidades fabris.

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Água

A Altri está consciente da importância da gestão eficiente do con-

sumo de água.

Ao longo dos anos têm sido realizadas diversas ações de melhoria

no sentido de diminuir o consumo deste recurso natural, reciclando

e reutilizando o mais possível. Entre 2009 e 2013 verificou-se uma

redução de cerca de 37% no consumo específico de água.

Tendo como principal objetivo o aumento da eficiência energética,

a Celbi e a Celtejo implementaram e certificaram em 2012 Siste-

mas de Gestão da Energia em conformidade com os requisitos da

Norma ISO 50001.

Com a implementação destes Sistemas de Gestão, já foi possível

verificar variações positivas no balanço energético das fábricas.

Foram entretanto abertos vários programas específicos de melhoria,

que vão permitir identificar mais medidas adicionais de racionali-

zação do consumo de energia.

Consumo específico de energia elétrica, kwh/tpsa Consumo específico de água (m3/tpsa)

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Aproximadamente 70% da água captada em 2013 foi de origem

superficial, tendo sido a restante água subterrânea.

Emissões gasosas

Em 2013 verificou-se um acréscimo nas emissões diretas de CO2

fóssil devido essencialmente ao acréscimo de produção verificado

em 2013 na Celtejo, coincidindo com o ano de arranque e otimi-

zação da instalação de cogeração a gás natural, que levou a uma

maior utilização de fuelóleo na Caldeira de Recuperação, durante

os períodos de inatividade e testes da nova cogeração a GN.

Emissões específicas de CO2 fóssil, kg CO2/tpsa

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Relativamente aos outros indicadores de desempenho ambiental

no domínio do ar, os mesmos têm-se mantido estáveis e em con-

sonância com as Melhores Técnicas Disponíveis definidas para o

Setor da Pasta e do Papel refletidas nas Licenças Ambientais das

três unidades fabris da Altri.

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Emissões específicas de SO2, kg S/tpsa Emissões específicas de NOx

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Entre 2009 e 2013, verificou-se uma diminuição de cerca de 36%

na quantidade de efluente proveniente das fábricas da Altri.

Os restantes indicadores no domínio das emissões líquidas têm

vindo na generalidade a decrescer.

Emissões líquidas

No que diz respeito às emissões liquidas, todos os efluentes líqui-

dos das unidades industriais da Altri, são submetidos a processos

de tratamento primário para remoção de sólidos suspensos, sendo

posteriormente tratados em unidades de tratamento biológico, nos

quais a matéria orgânica é decomposta por ação de microorganismos.

Verificou-se, ao longo do ano, o cumprimento dos limites de emis-

são em todas as fábricas.

Caudal de efluente produzido (m3/tpsa

Emissões específicas de CQO, kg O2/tpsa

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Resíduos

Parte dos resíduos industriais não perigosos de origem processual

são depositados em aterros controlados de resíduos, no caso da

Celbi e da Celtejo aterros integrados nas unidades fabris.

Na Celbi, os resíduos orgânicos resultantes da preparação de ma-

deiras, em conjunto com as lamas provenientes do tratamento de

efluentes, são processados na Estação de Compostagem de Re-

síduos.

Os resíduos resultantes das atividades não processuais (papel,

plástico, vidro, óleos usados, resíduos contaminados com óleos,

resíduos metálicos, etc) são recolhidos através de uma extensa

rede de contentores de recolha seletiva e encaminhados para

operadores externos de gestão de resíduos devidamente licencia-

dos para o efeito, visando o seu tratamento, eliminação ou valori-

zação.

A casca e a biomassa residual das áreas do Parque e Preparação

de Madeiras, resultante do descasque da madeira para o processo,

são utilizadas pelas Centrais Termoelétricas a Biomassa, através

de processos de valorização energética.

Os fardos de pasta são embalados utilizando folhas de pasta ou

papel kraft e arame. As folhas de pasta e o papel são incorporadas

no processo de produção dos clientes e o arame é retirado. No

caso da pasta de papel colocada no mercado nacional, é paga uma

taxa à Sociedade Ponto Verde que é uma entidade privada sem fins

lucrativos, com a missão de promover a recolha seletiva, a retoma

e a reciclagem de resíduos de embalagens a nível nacional.

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Gestão da biodiversidade

As áreas florestais sob gestão da Altri são geridas com base em

avaliações do seu estado de conservação. No caso particular das

áreas cuja gestão visa proteger os valores naturais, as áreas de

conservação, é decidido quais as intervenções necessárias para

conservar e melhorar os valores ecológicos.

A Altri implementou, após caracterização das áreas de conservação,

um programa de gestão e monitorização das mesmas. Com base

em visitas de campo é avaliado o estado das propriedades visita-

das e são identificadas medidas de gestão que visam proteger ou

restaurar os valores de conservação. Estas medidas são integradas

num plano plurianual de intervenções nas áreas de conservação e

executadas conforme o seu planeamento.

As medidas de gestão das áreas de conservação são definidas

com base nos valores neles presentes (prováveis ou comprovados)

e nas orientações provenientes de fontes como Plano Setorial Rede

Natura 2000, Livro Vermelho de Vertebrados de Portugal, entre

outros.

Na elaboração de projetos de florestação de maior dimensão ou

com condicionantes (por exemplo nas áreas integradas no Sistema

Nacional das Áreas Classificadas), é avaliada a oportunidade de

estabelecer novas áreas de conservação, nomeadamente através

de zonas de descontinuidade ou corredores ecológicos.

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Recolha de informação

Identificação de estratos

de vegetação

Visita de campo às

propriedades com

potenciais áreas de

conservação

Consulta de:

Plano Setorial Rede Natura 2000,

Planos de ordenamento de Áreas

Classificadas, Planos Regionais de

Ordenamento Florestal, Informação

fornecida por especialistas.

Compartimentação da propriedade

através dos diferentes estratos de

vegetação.

Avaliação do valor ecológico global

da propriedade, com base na

comprovação da presença dos

valores de conservação.

O sistema nacional de Áreas Classificadas inclui amostras

representativas de ecossistemas existentes na paisagem. Assim, e

dada a dispersão do património da empresa pelo País, considera-se

que o património da empresa situado dentro das Áreas Classificadas

pode assegurar a conservação destas amostras.

Os estratos potencialmente interessantes para a função de

conservação são identificados e mapeados.

Critérios para a avaliação:

- Potencial para conservar as espécies ameaçadas (e/ou seus

habitats);

- Potencial para conservar a diversidade de habitats a uma escala

pequena/ média;

- Potencial de restauro (exemplo: áreas plantadas com eucalipto mas

ainda com abundantes elementos de vegetação semi-natural);

- Conectividade, dimensão da área de conservação;

- Grau de naturalidade da comunidade;

- Raridade ou importância regional do habitat;

- Importância para a proteção de recursos hídricos e/ou solo.

Fases Tarefas Resultados

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A identificação das áreas de conservação é efetuada para cada

propriedade presente no património da Altri Florestal, através das

seguintes fases:

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Sítios de Importância Comunitária

(Rede Natura 2000) Área (ha)

Alvão / Marão 11

Cabeção 59

Cabrela 340

Caldeirão 101

Carregal do Sal 100

Estuário do Sado 8

Estuário do Tejo 27

Gardunha 223

Malcata 268

Monchique 579

Nisa / Lage da Prata 783

Rio Paiva 218

São Mamede 1.828

Serra da Estrela 7

Serra da Lousã 239

Serra de Montejunto 344

Serra de Montemuro 87

Serras da Freita e Arada 207

Serras de Aire e Candeeiros 136

Sicó / Alvaiázere 125

Valongo 78

Total 5.768

Zonas de Proteção Especial (Aves) Área (ha)

Caldeirão 101

Estuário do Tejo 27

Monchique 579

Paul de Madriz 2

Tejo Internacional, Erges e Pônsul 2.271

Total 2.980

Parques Naturais Área (ha)

Serra da Estrela 7

Serra de Montejunto 342

Serra de São Mamede 1.133

Serras de Aire e Candeeiros 109

Tejo Internacional 2.264

Total 3.855

A Altri gere as seguintes áreas integradas no Sistema Nacional das

Áreas Classificadas:

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Para cada área sob gestão da Altri presente em Áreas Classifica-

das, foram elaborados Planos de Gestão da Biodiversidade.

Para todo o seu património, a Altri tem vindo a recolher informação

sobre a presença provável ou comprovada de espécies ameaça-

das. Para tal recorre à ajuda de diversos especialistas e partes in-

teressadas, devido ao elevado grau de conhecimento específico

necessário para a identificação destas espécies. Também tem

vindo a compilar a informação disponível em diversos organismos

e instituições, tanto públicos como privados, disponibilizando a in-

formação a todas as áreas da empresa.

Habitats identificados e protegidos Área 2013 (ha)

Habitats de água doce 51

Charnecas e matos das zonas temperadas 599

Matos esclerofilos 905

Formações herbáceas naturais 2.349

e seminaturais

Habitats rochosos e grutas 24

Florestas 453

Total 4.381

Espécies de fauna vulneráveis e ameaçadas observadas na

floresta e com medidas de proteção definidas e implementadas

AVES Categoria

Noitibó-de-nuca-vermelha - Caprimulgus ruficollis VU

Chasco-ruivo - Oenanthe hispânica VU

Abutre-preto - Aegypius monachus CR

Aguia-real - Aquila chrysaetos EN

Cegonha-preta - Ciconia nigra VU

Abutre do Egipto - Neophron percnopterus EN

Açor - Accipiter gentilis VU

Alcaravão - Burhinus oedicnemus VU

Coruja-do-nabal - Asio flammeus EN

Noitibó da Europa - Caprimulgus europaeus VU

Tartaranhão-caçador - Circus pygargus EN

Falcão-peregrino - Falco peregrinus VU

Ógea - Falco subbuteo VU

Colhereiro - Platalea leucorodia VU

ANFÍBIOS

Salamandra-lusitânica - Chioglossa lusitânica VU

Tritão-palmado - Triturus helveticus VU

RÉPTEIS

Cágado-de-carapaça-estriada - Emys orbicularis EN

MAMÍFEROS

Morcego-de-franja - Myotis nattereri VU

CR - Criticamente em Perigo

EN – Em Perigo

VU - Vulnerável

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. 48

Adicionalmente criou uma ferra-

menta informática de registo da

biodiversidade, acessível a todos

os colaboradores da Altri para a

recolha dos avistamentos de fau-

na. Posteriormente a informação

é colocada na plataforma pública

– BioDiversity4All - www.biodiver-

sity4all.org, disponibilizando os

seus dados a toda a comunidade.

Os principais projetos de identifi-

cação e monitorização dos valores

de conservação que decorrem no

período deste relatório foram:

Monitorização da avifauna

(2008 –2013)

Avaliação dos impactes das

plantações florestais na fauna

(2009-2013)

Business and Biodiversity

(desde 2007)

Projeto Cabeço Santo

(desde 2005)

Parceiro do projeto Charcos

com Vida

Projeto FISHTREE –

Identificação e monitorização

da ictiofauna

Prospeção de ninhos

de rapinas florestais em

povoamentos de eucalipto

Mãe d’Água

CIBIO (Univ. Porto)

University of York

ICNB

Quercus – Núcleo

Regional de Aveiro

CIBIO (univ. Porto)

ISA

Ornitólogos -

Voluntariado

PROJETOS PARCERIAS

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A Altri estabeleceu um procedi-

mento que identifica e avalia os

aspetos e impactes ambientais

associados às atividades da em-

presa com vista a garantir que

os aspetos ambientais negativos

considerados significativos são

controlados.

Esta avaliação identificou como

principais impactes potenciais a

menor diversidade de espécies

de flora e fauna, a degradação

ou perturbação de habitats e es-

pécies de fauna ameaçadas, a

compactação e erosão do solo e

a contaminação de aquíferos ou

águas superficiais.

Para o controlo dos riscos negativos

significativos são estabelecidas

medidas de gestão, de modo a

prevenir ou minimizar o risco. Estas

medidas de gestão podem incluir

formação específica, alteração das

práticas da empresa ou em alguns

casos, a definição de práticas

reparadoras ou compensadoras

do impacte. São exemplo destes

casos, a definição de práticas

reparadoras para os impactes dos

incêndios florestais, derrames de

derivados de petróleo ou situações

de erosão.

RESULTADOS

-Identificação e monitorização da presença de espécies ameaçadas em todo o

património sob gestão;

-Implementação de medidas de proteção dos ninhos e aplicação de

restrições temporais às atividades florestais nos períodos de nidificação;

-Colocação de plataformas para ninhos de grandes rapinas.

-Monitorização das populações de anfíbios, morcegos e mamíferos;

-Colocação de câmaras noturnas para monitorização dos mamíferos que

utilizam o eucaliptal (javali, raposa, texugo, etc).

-Compromisso do Grupo Altri perante a sociedade na conservação dos valores

naturais nas áreas sob gestão e na divulgação das suas práticas de gestão;

-Participação em ações de divulgação e promoção do valor da biodiversidade.

-Cedência da gestão de áreas de conservação ao Núcleo de Aveiro da Quercus;

-Ações de restauro do habitat ribeirinho da Ribeira de Belazaima;

-Erradicação e controlo de invasoras lenhosas;

-Envolvimento de voluntários nos trabalhos de restauro (plantação de espécies

autóctones).

-Inventário e publicação no site www.charcoscomvida.org de todos os charcos

presentes no património da Altri;

-Ações de restauro dos habitats ribeirinhos;

-Aplicação do manual de construção de charcos temporários nos projetos de

florestação da Altri.

-Prospeção das populações de fauna piscícola nas principais sub-bacias

hidrográficas sob gestão da Altri;

-Recomendações para manutenção/restauro do habitat ribeirinho;

-Elaboração de ferramenta de apoio à decisão sobre a gestão florestal, de

acordo com a sua relevância na bacia hidrográfica.

-Colaboração entre a Altri e dois ornitólogos da região Oeste e Médio Tejo na

identificação de ninhos de rapinas florestais em florestas da Altri;

-Adequação das atividades de exploração e manutenção florestal aos períodos

de reprodução das rapinas;

-Deteção de novos locais de reprodução.

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Recursos Humanos

A gestão de recursos humanos na Altri tem-se orientado com a

finalidade de dotar a organização de uma estrutura adequada e

eficiente para vencer os desafios futuros. Para o conseguir procura:

• criar uma cultura de desempenho capaz de mobilizar os seus

colaboradores para comportamentos excelentes e orientá-los para

a prossecução de objetivos desafiantes;

• desenvolver as competências dos seus colaboradores;

• atrair e reter os melhores profissionais para assegurar a excelên-

cia da sua prestação e consolidar a imagem de qualidade do Grupo.

Durante 2013, a Altri contou com a colaboração de 643 trabalhadores.

Em 2013 foram ministradas 19 140 horas de formação o que

representa 1,7% do potencial de horas de trabalho, ilustrando a

sua aposta na valorização profissional contínua das pessoas.

No que diz respeito aos indicadores de sinistralidade, a evolução

dos mesmos não tem sido como seria desejável. No decorrer de

2012 e 2013, devido aos projetos em curso nas unidades industri-

ais, verificou-se um aumento dos índices de frequência e de gravi-

dade de acidentes.

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RESPONSABILIDADESOCIAL

*número de acidentes ocorridos com dias perdidos por 1milhão de horas de trabalho.

*número de dias perdidos causados por acidente por mil horas trabalhadas.

Índice de gravidade de acidentes com incapacidade*

Índice de frequência de acidentes com incapacidade*

Absentismo

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O Código de Conduta constitui ainda uma referência para o públi-

co. Ele estabelece os padrões de conduta da Altri no seu relaciona-

mento com terceiros, promovendo o estabelecimento de um clima

de confiança entre a empresa e todas as partes interessadas.

Anualmente, realizam-se um conjunto de iniciativas por forma a

promover a divulgação do Código de Conduta da Altri, nomeada-

mente a inclusão deste tema em todas as sessões de Acolhimento

e Integração, destinadas a novos colaboradores e estagiários, bem

como, nas sessões dedicadas aos visitantes.

Direitos Humanos

A Altri cumpre rigorosamente a lei e orienta-se de acordo com o

seu Código de Conduta, no que se refere ao respeito pelos direitos

de personalidade dos seus colaboradores e à igualdade de oportu-

nidades e não discriminação em razão do sexo, origens étnicas, re-

ligiosas, convições políticas, ideológicas ou sindicais, não havendo

quaisquer processos judiciais sobre estas matérias nem conheci-

mento de quaisquer factos que indiciem problemas nesta matéria.

Sociedade

Na sua relação com a sociedade, a Altri dinamiza a economia das

zonas em que opera, nomeadamente através da geração de em-

prego direto e indireto.

O programa de formação na frente de trabalho que, decorre em

todas as atividades na floresta da Altri, permite a transmissão de

conhecimentos e a qualificação dos fornecedores de serviços flo-

restais. Estas ações de curta duração, mas de elevada frequência

pretendem transmitir as boas práticas florestais e promover uma

relação de proximidade entre a Altri e as empresas que trabalham

na floresta.

Segurança e Saúde Ocupacional

As três unidades industriais da Altri estão certificadas em conformi-

dade com a OHSAS 18001.

Os Sistemas de Gestão da Saúde e Segurança no Trabalho imple-

mentados, assentam nos seguintes pilares:

• Certificação em conformidade com a Norma OHSAS 18001;

• Existência de um Posto Médico, com um Médico do Trabalho e

um serviço de enfermagem a funcionar adequadamente e equipado

com moderno equipamento de diagnóstico e tratamento;

• Instalações próprias de segurança, com disponibilidade de mate-

riais e equipamentos para proteção individual e coletiva e para o

acompanhamento da execução de trabalhos;

• Disponibilidade de meios técnicos e humanos de atuação em

emergências, designadamente em caso de acidentes individuais,

incêndios e outras incidências de carácter industrial.

Relações laborais

A Altri mantém um diálogo institucional com as organizações repre-

sentativas dos trabalhadores baseado na transparência e respeito

mútuo.

Este diálogo manifesta-se em reuniões periódicas de informação

com a Direção da empresa sobre os seus aspetos mais relevantes

e nas negociações no âmbito do Acordo de Empresa aplicável à

generalidade dos colaboradores.

Diversidade e igualdade de oportunidades

Não há práticas de diferenciação salarial entre homens e mulheres

no exercício das mesmas funções.

Código de Conduta

A Altri tem em vigor um Código de Conduta onde se estabelece o

conjunto de princípios e de valores em matéria de ética profissional

que deve ser reconhecido e adotado por todos os trabalhadores do

Grupo, incluindo os órgãos de gestão.

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A Altri relaciona-se com as comunidades envolventes às suas

áreas florestais, através do diálogo com os vizinhos e com os

representantes do poder local (juntas de freguesia, municípios)

que, recebem informação sobre as atividades florestais que estão

planeadas nos respetivos territórios.

Este diálogo permite identificar e discutir os potenciais impactos

decorrentes das operações e promover as medidas para os pre-

venir. Permite também estabelecer uma rede de comunicação e

alerta sobre qualquer ocorrência ou emergência (ex. fogo florestal).

Tem também uma política de concessão de estágios, quer profissionais

quer de complemento de curriculum escolar, que permitem aos jovens

a possibilidade de terem um contacto com a realidade empresarial.

Em parceria com diversas instituições locais, são desenvolvidas e

apoiadas iniciativas e atividades essenciais para a criação de rela-

cionamentos relevantes com a comunidade envolvente. Através

de donativos e de apoio logístico, a empresa procura identificar e

apoiar projetos com mérito e com impacto significativo na quali-

dade de vida das populações.

A Altri não assume posições quanto a políticas públicas nem par-

ticipa em lobbies. É membro de várias associações empresariais

que têm como objetivo assegurar, junto de diversas entidades e

organismos, nacionais e internacionais, públicos ou privados, a

representação dos interesses coletivos da sua atividade.

Não existem quaisquer processos judiciais por concorrência des-

leal, antitrust, ou práticas de monopólio. Não foram identificadas

práticas de corrupção.

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GLOSSÁRIO

AOX – Sigla correspondente à designação inglesa de “adsorbable

organic halogens”. Parâmetro que serve para avaliar o conteúdo

em organo-clorados de um efluente líquido.

BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento

Sustentável (www.bcsdportugal.org)

BEKP - Sigla correspondente à designação inglesa “Bleached

Eucalyptus Kraft Pulp” cuja tradução em português é pasta bran-

queada de eucalipto pelo processo kraft.

Cash-cost - É a despesa corrente que forma o custo industrial,

identificada pelas rubricas custos variáveis e custos fixos totais.

Na sua relação inversa são os custos totais deduzidos das amorti-

zações, do custo das vendas, dos custos financeiros e do imposto

sobre o rendimento.

CELPA – Associação da Indústria Papeleira (www.celpa.pt).

CEPI – Confederação Europeia da Indústria Papeleira (www.cepi.

org)

CO2 – Dióxido de Carbono

COTEC – Associação Empresarial para a Inovação (www.cotec.pt)

CQO - Carência química de oxigénio. Parâmetro que mede o po-

tencial impacte ambiental de um efluente líquido sobre o meio re-

cetor, causado pela oxidação química dos compostos orgânicos.

EBITDA - Sigla correspondente à designação inglesa “earnings be-

fore interest, taxes, depreciation and amortization”, cuja tradução

em português é resultados antes de juros, impostos, depreciação

e amortização, ou seja, é o Resultado Operacional adicionado das

amortizações.

ECF - Sigla correspondente à designação inglesa “elemental chlo-

rine free” e que significa pasta branqueada sem utilização de cloro

elementar.

EMAS – Sigla correspondente à designação inglesa “Environmen-

tal Management and Audit Scheme”, cuja tradução em português é

Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria. (www.iambiente.pt)

FSC® – O Forest Stewardship Council® (FSC®) é uma organização

não governamental, internacional e independente, constituída

por três câmaras – económica, ambiental e social - que define os

Princípios e Critérios FSC® para uma gestão florestal responsável.

(www.fsc.org)

GRI – O GRI (www.globalreporting.org) é uma organização com o

objetivo de desenvolver um conjunto de critérios para a divulgação

de resultados económicos, ambientais e sociais que possam ser

aceites e usados globalmente.

ha - hectares

H2S – Sulfureto de hidrogénio.

Índice de Frequência – Número de acidentes ocorridos com dias

perdidos por um milhão de horas trabalháveis (potenciais).

Índice de Gravidade – Número de dias perdidos causados por aci-

dente por mil horas trabalhadas.

ISO 9001 – Norma Internacional que especifica requisitos para um

sistema de gestão da qualidade.

ISO 14001 – Norma Internacional que especifica requisitos para um

sistema de gestão ambiental.

ISO 17025 - Norma Internacional que especifica os requisitos

gerais de competência para laboratórios de ensaio e calibração.

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Nordic Ecolabelling – Rótulo Ecológico. Considera o impacte do

produto no ambiente ao longo do seu ciclo de vida. Os produtos

têm que obedecer a padrões mínimos de qualidade e desempenho,

obrigando a que sejam pelo menos tão bons como produtos simi-

lares no mercado. Os critérios são continuamente elevados, asse-

gurando que o rótulo se mantém sempre na linha da frente da quali-

dade ambiental. As decisões são tomadas pelo Comité Nórdico para

a Rotulagem Ecológica, que inclui um representante de cada país

e inclui também representantes da indústria. (www.svanen.nu/Eng)

NOx – Designação geral dos óxidos de azoto formados durante a

queima de um combustível. Pode dar origem a chuvas ácidas e ser

responsável pela acidificação dos solos e reservas de água doce.

OHSAS 18001 – Norma que especifica requisitos para um sistema

de gestão da segurança e saúde do trabalho.

Parte interessada – (“Stakeholder” em inglês) – Indivíduo ou grupo

interessado ou afetado pelo desempenho de uma organização.

PEFCTM - “Programme for the Endorsement of Forest Certification

schemes” é um esquema de certificação que pretende assegurar

aos compradores de madeira e papel que estão a comprar produ-

tos de gestão florestal sustentável, assente nos pilares social, am-

biental e económico.

Processo Kraft – Também designado “processo ao sulfato”. As

aparas de madeira são cozidas num recipiente pressurizado (di-

gestor), na presença de hidróxido de sódio e de sulfureto de sódio.

PSI-20 - índice de referência do mercado de bolsa nacional, re-

fletindo a evolução dos preços das 20 emissões de ações de maior

dimensão e liquidez selecionadas do universo das empresas ad-

mitidas à negociação no Mercado de Cotações Oficiais

tpsa – Tonelada de pasta seca ao ar.

Resultados líquidos – Resultados da empresa após impostos.

SO2 – Dióxido de enxofre. Gás formado na combustão de combus-

tíveis contendo enxofre. Por oxidação e reação com a humidade da

atmosfera, pode dar origem a chuvas ácidas.

SST – Sólidos suspensos totais. Parâmetro que mede a quantidade

de materiais sólidos em suspensão num efluente líquido.

t – tonelada

Taxa de absentismo – percentagem das horas de absentismo rela-

tivamente ao potencial de horas de trabalho no ano.

TCF - Sigla correspondente à designação inglesa “total chlorine

free” e que significa pasta branqueada sem utilização de cloro.

TRS – Sigla correspondente à designação inglesa “total reduced

sulphur”. Parâmetro que mede a quantidade de gases de enxofre,

na forma reduzida (isto é, suscetíveis de serem oxidados/queima-

dos), nas emissões gasosas de uma instalação ou de uma chaminé.

Valor acrescentado – Valor de produção deduzido das com-

pras de bens e serviços (excluindo as mercadorias) mais ou

menos, consoante a variação positiva ou negativa dos stocks

de matérias-primas subsidiárias e de consumo, e deduzidos de

outros impostos sobre a produção ligados ao volume de negócios

mas não dedutíveis. Representa a fração que fica para distribuição

do VAB, após o pagamento de todos os impostos sobre a produção

e o recebimento de todos os subsídios sobre a produção.

Vendas líquidas – Vendas deduzidas de descontos e abatimentos.

WBCSD – Sigla correspondente à designação inglesa “World Busi-

ness Council for Sustainable Development” cuja tradução em por-

tuguês é Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento

Sustentável.

GLO

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GER

AL

Rua do General Norton de Matos, 68 – r/c4050-424 PortoPORTUGAL

Tel. +351 22 8346502Fax. +351 22 8346503www.altri.pt