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Relatório e Contas 2012 1 RELATÓRIO E CONTAS 2012

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Relatório e Contas 2012 1

RELATÓRIO

E CONTAS 2012

Relatório e Contas 2012 2

ÍNDICE

1. MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ........................................................................ 3

2. GOVERNO DA SOCIEDADE .............................................................................................................. 5

A) MISSÃO E OBJECTIVOS ....................................................................................................................... 5

B) ENQUADRAMENTO LEGAL DAS ATIVIDADES ......................................................................................... 7

C) TRANSACÇÕES RELEVANTES ............................................................................................................. 11

D) ÓRGÃOS SOCIAIS ............................................................................................................................. 11

E) REMUNERAÇÃO MEMBROS ÓRGÃOS SOCIAIS ...................................................................................... 12

F) CÓDIGO DE ÉTICA E DE CONDUTA .................................................................................................... 12

3. ACTIVIDADES DA CP CARGA ........................................................................................................ 13

A) ESTRUTURA ORGÂNICA .................................................................................................................... 13

B) EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE COLABORADORES ................................................................................... 15

C) PRINCIPAIS INDICADORES ................................................................................................................. 16

ACTIVIDADES ............................................................................................................................................ 18

4. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA.......................................................................................... 32

A) ENQUADRAMENTO ........................................................................................................................... 32

B) DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS..................................................................................................... 33

C) PLANO DE INVESTIMENTOS ............................................................................................................... 37

5. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS .......................................................................... 38

6. DECLARAÇÕES E MENÇÕES OBRIGATÓRIAS .............................................................................. 38

7. PERSPECTIVAS FUTURAS ............................................................................................................. 46

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................................. 47

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO ..................................................................................... 49

BALANÇO .............................................................................................................................................. 49

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS ..................................................................... 51

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES .......................................................................... 52

DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO ............................................................. 53

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA ........................................................................................... 55

ANEXO ................................................................................................................................................... 57

Relatório e Contas 2012 3

1. MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O ano de 2012 ficou marcado pelo agravamento do conflito social na CP Carga

a partir de Junho, o que afectou profundamente o nível de actividade,

provocando perdas de receita de aproximadamente 4,2 milhões de euros e

inviabilizando que se atingissem as principais metas orçamentadas. A esta

conflitualidade laboral juntou-se ainda um cenário macroeconómico de

recessão e austeridade, com reflexos no transporte ferroviário de

mercadorias.

No entanto, fruto das alterações em matéria de política comercial e de

operacionalização da actividade implementadas desde meados de 2011, e

prosseguidas em 2012, foi possível aumentar as receitas do tráfego para 61,4

milhões de euros (+4,7% face a 2011), apesar da diminuição do volume

transportado em cerca de 0.4 milhões de toneladas (-4,7% em relação a 2011).

Além disso, a CP Carga prosseguiu uma trajectória de forte contenção dos

gastos operacionais, que diminuíram cerca de 10 milhões de euros em relação

a 2011, em resultado, entre outras, da diminuição dos gastos com pessoal

(passámos de um efectivo inicial de 665 colaboradores para um efectivo de

629 colaboradores no final do ano), da taxa de uso, dos contratos de

prestação de serviços, do combustível para tracção e das imparidades.

Registou-se assim uma considerável melhoria do resultado operacional

negativo, o qual passou de 26,9 milhões de euros, em 2011, para 14,4 milhões

de euros, em 2012. Movimento semelhante foi observado a nível do resultado

líquido, que se situou em -19,2 milhões de euros (-30,6 milhões em 2011).

Sendo inquestionável a trajectória de melhoria de resultados da CP Carga nos

últimos dois anos, é também inegável que os mesmos continuam muito aquém

do desejável, continuando a acumular-se prejuízos significativos, em larga

medida devido ao contexto económico do país, mas também pelo clima de

conflitualidade crescente a que se assiste na empresa.

O retorno do clima de paz social que se ambiciona, a capacidade e dedicação

dos nossos colaboradores, a qualidade do serviço que prestamos aos clientes e

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o nosso posicionamento competitivo, dão-nos garantia de que a trajectória de

melhoria de resultados iniciada nos últimos dois anos, permitiria a curto

prazo, conduzir a empresa à inversão do rumo de décadas de prejuízos no

transporte ferroviário de mercadorias.

Lisboa, 14 de Março de 2013

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2. GOVERNO DA SOCIEDADE

a) Missão e Objectivos

Visão

Ser o operador ferroviário de transporte de mercadorias reconhecido pelo

mercado pela sua elevada qualidade, quer a nível nacional quer internacional,

integrando cadeias logísticas com níveis de rentabilidade competitivos.

Missão

Construir e oferecer ao mercado soluções logísticas completas e duradouras

de base ferroviária, que transformadas em vantagens competitivas para os

nossos clientes, permitam:

O equilíbrio financeiro da atividade num horizonte de curto prazo;

A preferência crescente dos Clientes e respectiva fidelização;

O aumento da quota de mercado;

Ser um parceiro preferencial das empresas na dinamização do sector

exportador.

Valores

Foco no Cliente;

Eficácia Comercial;

Eficiência;

Colaboradores como recurso estratégico;

Ambiente e Responsabilidade Social;

Criação de valor.

Objectivos

Os objectivos definidos para o ano 2012 fazem parte integrante do Plano de

Actividades e Orçamento da Empresa e têm como principal linha de

orientação estratégica a disponibilização de soluções de transporte de

mercadorias sustentadas em critérios de orientação para o cliente que

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assegurem simultaneamente a criação de valor para o Accionista. Neste

contexto, importa reter os seguintes objectivos estratégicos:

1. Potenciar o crescimento e a rentabilidade dos tráfegos;

2. Rentabilizar a frota de material circulante;

3. Optimizar a produtividade e a estrutura do pessoal;

4. Reduzir encargos com a infraestrutura e outros fornecimentos.

Quanto aos vectores estratégicos foram definidos os seguintes:

Criar oportunidades de negócio para tráfegos nacionais e

internacionais;

Adequar os terminais em termos de articulação multimodal;

Melhorar a produtividade dos meios;

Rentabilizar a frota de material circulante;

Melhorar o sistema de gestão financeira;

Implementar medidas correctivas no âmbito do Sistema de Gestão da

Qualidade e Ambiente;

Incrementar a notoriedade da Empresa e promover a marca no

mercado;

Executar as acções que contribuam para manter o vector Segurança

como vantagem competitiva do negócio.

Para cada um destes vectores foram definidas iniciativas e acções a levar a

efeito para os atingir.

Neste quadro, a quantificação dos objectivos e metas para 2012 resume-se da

seguinte forma:

Crescimento das vendas em volume (6,8% em toneladas) e em valor

(11,1% em proveitos do tráfego);

Melhoria da produtividade económica dos comboios (4,9% no indicador

TK/CK );

Redução dos Gastos Operacionais (-8%)

Melhoria do Resultado Operacional (50%) e do Resultado Líquido (37%).

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b) Enquadramento Legal das Atividades

A principal legislação de enquadramento do sector ferroviário é a seguinte:

• Lei n.º 10/90 de 17 de Março (Lei de Bases do Sistema de Transportes

Terrestres);

• Decreto-Lei n.º 137-A/2009 de 12 de Junho (Aprova o regime jurídico

aplicável à CP - Comboios de Portugal, E. P. E., bem como os respectivos

Estatutos, e autoriza a autonomização da atividade do transporte de

mercadorias, revogando o Decreto-Lei n.º 109/77, de 25 de Março, que

aprovou os Estatutos da Caminhos de Ferro Portugueses, E. P.);

• Decreto-Lei n.º 558/99 de 17 de Dezembro (Estabelece o regime jurídico do

sector empresarial do Estado e das empresas públicas, alterado pelo Decreto-

Lei n.º 300/2007 de 23 de Agosto e Leis n.º 64-A/2008 e 55-A/2012 ambas de

31 de Dezembro);

• Decreto-Lei n.º 71/2007 de 27 de Março (Estatuto do Gestor Público,

alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 8/2012 de 18 de Janeiro);

• Lei n.º 64/93, de 26 de Agosto (com as alterações introduzidas pela Lei n.º

39-B/94, de 27 de Dezembro, pela Lei n.º 28/95, de 18 de Agosto, pela Lei n.º

12/96, de 18 de Abril, pela Lei n.º 42/96, de 31 de Agosto e pela Lei n.º

12/98, de 24 de Fevereiro) - Estabelece o regime jurídico das

incompatibilidades e impedimentos dos titulares dos cargos políticos e de

altos cargos públicos;

• Decreto-Lei n.º 236/2012 de 30 de Outubro 2007 de 27 de Abril (Aprova a

orgânica do Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I. P.);

• Decreto- Lei 104/1997 de 29 de Abril (Cria a Rede Ferroviária Nacional -

REFER, E. P.);

• Portaria n.º 545/2007 de 30 de Abril (Aprova os Estatutos do Instituto da

Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I. P.);

Relatório e Contas 2012 8

• Diretiva 89/3991/CE de 12 de Junho (Aplicável às condições de proteção da

saúde e segurança dos trabalhadores dos transportes ferroviários);

• Diretiva 96/49/CE de 23 de Julho (Aproximação das legislações nacionais

respeitantes ao transporte ferroviário de mercadorias perigosas);

• Diretiva 2004/49/CE de 29 de Abril (Diretiva da Segurança Ferroviária);

• Decreto-Lei n.º 270/2003 de 28 de Outubro (Condições de prestação dos

serviços de transporte ferroviário e de gestão da infra-estrutura ferroviária);

• Decreto-Lei n.º 231/2007 de 14 de Junho (Transpõe para a ordem jurídica

interna a Diretiva n.º 2004/51/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de

29 de Abril, que altera a Diretiva n.º 91/440/CEE, do Conselho, de 29 de

Julho, relativa ao desenvolvimento dos caminhos de ferro comunitários, e,

parcialmente, a Diretiva n.º 2004/49/CE, do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 29 de Abril, relativa à segurança dos caminhos de ferro da

Comunidade, alterando e republicando o Decreto-Lei n.º 270/2003 de 28 de

Outubro);

• Regulamento n.º 630/2011 de 12 de Dezembro (Estabelece os métodos e as

regras de cálculo na fixação, determinação e cobrança das tarifas devidas

pela prestação dos serviços essenciais, adicionais e auxiliares, a operadores,

por um gestor da infra-estrutura ferroviária ou por outro prestador de

serviços, nos termos do Decreto-Lei n.º 270/2003, de 28 de Outubro, alterado

pelos Decretos-Leis n.º 231/2007, de 14 de Junho, e 20/2010, de 24 de

Março);

• Lei n.º 44/2007 de 24 de Agosto (Autorização legislativa para o Governo

legislar em matéria de investigação de acidentes e incidentes ferroviários);

• Decreto-Lei n.º 394/2007 de 31 de Dezembro (Transpõe parcialmente para a

ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2004/49/CE, do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 29 de Abril, relativa à segurança dos caminhos de ferro da

Comunidade, regulando as competências e metodologias a aplicar pelo

Gabinete de Investigação de Segurança e de Acidentes Ferroviários (GISAF),

Relatório e Contas 2012 9

organismo nacional responsável pela investigação de acidentes e incidentes

ferroviários);

• Decreto-Lei n.º 114/2009 de 18 de Maio (Procede à primeira alteração ao

Decreto-Lei n.º 394/2007, de 31 de Dezembro, relativo à investigação técnica

de acidentes e incidentes ferroviários, clarificando que o conceito de

transporte ferroviário presente no respectivo âmbito de aplicação abrange

outros sistemas guiados, para além do caminho de ferro pesado);

• Decreto-Lei n.º 70/2012 de 21 de Março (Revoga o Decreto-Lei n.º 395/2007

de 31 de Dezembro e aprova a orgânica do Gabinete de Investigação de

Segurança e de Acidentes Ferroviários);

• Decreto-Lei n.º 39780 de 21 de Agosto de 1954 (Regulamento de Exploração

e Polícia do Caminho de Ferro);

• Decreto-Lei n.º 48594 de 26 de Setembro de 1968 e Decreto Regulamentar

6/82 de 19 de Fevereiro (alterações ao Regulamento de Exploração e Polícia

do Caminho de Ferro);

• Decreto n.º 381/72 de 9 de Outubro (Aplica às empresas concessionárias,

subconcessionárias a arrendatárias do serviço público dos transportes

ferroviários o regime jurídico do contrato individual de trabalho);

• Despacho Conjunto n.º 261/99 de 5 de Março (Determina os bens que

deverão permanecer nas empresas em que se encontram até à conclusão das

ações relativas à constituição do estabelecimento da concessão da CP);

• Decreto-Lei n.º 276/2003 de 4 de Novembro (Estabelece o novo regime

jurídico dos bens do domínio público ferroviário, incluindo as regras sobre a

sua utilização, desafectação, permuta e, bem assim, as regras aplicáveis às

relações dos proprietários confinantes e população em geral com aqueles

bens);

• Decreto-Lei n.º 24/2005 de 26 de Janeiro (Altera o Regulamento de

Passagens de Nível, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 568/99 de 23 de

Dezembro);

Relatório e Contas 2012 10

• Decreto-Lei n.º 41-A/2010 de 29 de Abril (Regula o transporte terrestre,

rodoviário e ferroviário, de mercadorias perigosas, transpondo para a ordem

jurídica interna a Diretiva n.º 2006/90/CE, da Comissão, de 3 de Novembro, e

a Diretiva n.º 2008/68/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de

Setembro);

• Protocolo n.º 14/2000 de 1 de Março - Serviço Nacional de Proteção Civil

(Cooperação para o transporte de mercadorias por caminho de ferro);

• Portaria n.º 167/2004 de 18 de Fevereiro (Aprova o modelo de certificado de

segurança);

• Decreto-Lei n.º 75/2003 de 16 de Abril (Estabelece as condições a satisfazer

para a realização, no território nacional, da interoperabilidade do sistema

ferroviário transeuropeu convencional);

• Regulamento n.º 18/2000 de 21 de Agosto do INTF (Autorização de

circulação de material circulante em exploração);

• Regulamento n.º 473/2010 de 20 de Maio do IMTT (Regulamento que

estabelece o regime de melhoria de desempenho para a rede ferroviária

nacional);

• Regulamento do INTF nº 21/2005 de 3 de Fevereiro (Regula as matérias

constantes do Diretório de Rede da REFER);

• Decreto-Lei n.º 371/2007 de 6 de Novembro de 2007 (Consigna a

obrigatoriedade da disponibilização do Livro de Reclamações para os

prestadores de serviço do transporte ferroviário);

• Lei n.º 16/2011 de 3 de Maio - Aprova o regime de certificação dos

maquinistas de locomotivas e comboios do sistema ferroviário, transpondo a

Diretiva n.º 2007/59/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de

Outubro;

• NGT 2 de 26 de Junho de 2011 – Índice dos textos regulamentares em vigor;

• NGT 2 de 20 de Junho de 2012 – Índice dos textos regulamentares em vigor.

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c) Transacções Relevantes

No decurso de 2012 foram cumpridos os procedimentos em vigor na empresa

em matéria de aquisição de bens e serviços, os quais encontram-se aprovados

pela Administração e fazem parte integrante do Sistema de Gestão da

Qualidade da Empresa. As transacções relevantes com entidades relacionadas

à CP Carga são as que constam do Anexo às demonstrações financeiras e

respeitam a empresas do grupo CP.

d) Órgãos Sociais

Conselho de Administração

O Conselho de Administração da CP Carga é constituído pelos seguintes

membros, os quais foram eleitos na Assembleia Geral do dia 17 de Fevereiro

de 2011 e reeleitos na Assembleia Geral do dia 29 de Junho de 2012:

Presidente: Dr. Aires Pinto São Pedro

Vogais: Dra. Maria João Marques Agostinho Tender

Dr. Henrique Nuno Esteves Correia dos Santos Morais

Conselho Fiscal

Na Assembleia Geral do dia 29 de Junho de 2012, o Acionista deliberou nomear os seguintes membros para o Conselho Fiscal:

Presidente: Dr. Alfeu Pimentel Saraiva

Vogais: Dra. Marta Maria Alpoim de Sousa e Silva de Miranda Pereira

Dr. Joaquim Eduardo Pinto Ribeiro

Dra. Carla Manuela Serra Geraldes (Vogal suplente)

Na referida Assembleia Geral, foi ainda nomeada como SROC responsável pela

Certificação Legal de Contas a sociedade Horwath & Associados, SROC Lda.

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Mesa da Assembleia Geral

Presidente: Dra. Maria Romana Vasconcelos

Secretária: Dra. Maria Manuela Saraiva Gil Pereira

e) Remuneração Membros Órgãos Sociais

As remunerações auferidas pelos membros dos Órgãos Sociais no ano de 2012

foram as seguintes:

As remunerações auferidas pelo Conselho de Administração foram processadas

de acordo com a lei de execução do orçamento de Estado para 2012, tendo

sido objecto das deduções específicas fixadas no mesmo.

No que à Mesa da Assembleia Geral diz respeito, o Presidente e a Secretária

não têm remuneração atribuída.

No Conselho Fiscal, o Presidente e Vogais não têm remuneração atribuída,

excepto o ROC cuja prestação de serviços em 2012 será facturada pelo preço

de 6.396 euros.

f) Código de Ética e de Conduta

A CP Carga publicou o seu Código de Ética em Dezembro de 2010, visando

promover um conjunto de boas práticas profissionais a observar no quotidiano

da organização, como instrumento de melhoria de desempenho dos

colaboradores e da empresa.

A CP Carga orienta a sua atividade segundo parâmetros de qualidade que

visam o reforço da competitividade e eficácia com total respeito pelos

CargoRegime

convencionadoRemunerações

Subsídio

Refeição

Ajudas

de

custo

Descontos

Patronais SS

Descontos

Patronais

SAMS

Aires Pinto São Pedro Presidente Seg. Social 59.308 € 1.509 € 94 € 12.117 €

Henrique Nuno Esteves Correia dos Santos Morais Vogal Seg. Social 55.601 € 1.468 € 374 € 13.210 € 3.639 €

Maria João Marques Agostinho Tender Vogal Seg. Social 55.601 € 1.475 € 11.363 €

RUBRICAS

Relatório e Contas 2012 13

princípios de responsabilidade social e do desenvolvimento sustentado. Neste

quadro, é fundamental a adopção de comportamentos eticamente corretos,

tanto no relacionamento interpessoal entre os colaboradores como na sua

relação com terceiros, nomeadamente com a Tutela, Acionista, Entidade

Reguladora, Clientes, Fornecedores e Sociedade em geral.

Assim, o Código de Ética consubstancia um conjunto de valores estruturantes

e princípios que visam garantir a prática de condutas profissionais e padrões

de comportamento adequados por parte dos colaboradores, em complemento

das disposições de ordem legal e regulamentar a observar

O Código de Ética está alinhado com a Visão, a Missão e os Valores

fundamentais da CP Carga.

Os princípios orientadores do Código de Ética são os seguintes:

• Satisfazer os Clientes com elevados padrões de qualidade;

• Praticar os mais elevados valores éticos e de integridade pessoal;

• Valorizar o seu pessoal;

• Respeitar a qualidade de vida das comunidades onde opera.

O Código de Ética está disponível na página da intranet da CP Carga.

3. ACTIVIDADES DA CP CARGA

a) Estrutura Orgânica

O organograma da CP Carga é o que se apresenta seguidamente:

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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GABINETE JURÍDICO

COORDENAÇÃO DA EXPLORAÇÃO

MARKETING E COMUNICAÇÃO

COMISSÃO DE ÉTICA

COMITÊ QUALIDADE E AMBIENTE

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA

ASSESSORIA GERAL E PROJECTOS ESPECIAIS

INFRAESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS

COMERCIAL

OPERAÇÕES

MATERIAL

GESTÃO CLIENTES NACIONAL

NACIONAL

GESTÃO CLIENTESCOMBINADO E

INTERNACIONAL

COMBINADO E

INTERNACIONALMOTOR REBOCADO

COORDENAÇÃO DE MEIOS

COORDENAÇÃO DE TRÁFEGO

NACIONAL COMBINADO E INTERNACIONAL

FINANCEIRA

CONTABILIDADE E GESTÃO

FINANCEIRA

PLANEAMENTO E CONTROLE DE

GESTÃOTERCEIROS

SECRETARIA

DELEGAÇÃO REGIONAL NORTE CENTRO E SUL

RECURSOS HUMANOS

GESTÃO DE CLIENTES

GESTÃO DE FORNECEDORES

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b) Evolução do número de Colaboradores

No ano de 2012 prosseguiu o processo de redimensionamento do efectivo,

inserido na reorganização da estrutura da empresa, no âmbito do qual se

concretizaram 27 (vinte e sete) revogações de contratos de trabalho por

mútuo acordo.

A empresa iniciou o ano de 2012 com um total de 665 trabalhadores tendo

reduzido o quantitativo para 629 trabalhadores no final do ano 2012.

O pessoal das categorias operacionais representa cerca de 90% do total da

empresa.

A caracterização do efetivo no ano 2012 é, em termos médios, a seguinte:

• Idade - 45 anos;

• Habilitações literárias – 9.º ano ou equivalente.

A taxa de absentismo foi de cerca de 6,7%, o que resultou de um total de

12.244 dias de ausência, dos quais destacamos:

• 5.152 dias de ausência por motivo de doença;

• 1.315 dias de ausência por motivo de greve;

• 1.510 dias de ausência por motivo de acidente de trabalho.

A taxa média anual de trabalho suplementar foi de 4,6%, o que significa uma

significativa redução face a 2011, em que atingiu 11,2%.

As categorias profissionais com trabalho suplementar mais elevado são:

• Operador de Apoio: 10,3%;

• Inspetor de Tração: 7,3%;

• Operador de Transporte: 5,6%;

• Operador de Manobras: 5,2%.

Relatório e Contas 2012 16

A formação profissional abrangeu 528 formandos perfazendo um total de

8.650 horas.

c) Principais Indicadores

No ano de 2012 registou-se uma melhoria da maioria dos principais

indicadores em relação ao ano anterior, como se pode verificar seguidamente:

Em termos económicos, a actividade diminuiu em volume mas

aumentou em valor: a CP Carga transportou 8,7 milhões de toneladas de

mercadorias (-4,7% face a 2011) mas os proveitos do tráfego aumentaram

4,7%, situando-se em 61,4 milhões de euros. Este incremento da receita

é particularmente expressivo porque ocorre num ano marcado pela

austeridade que o país atravessa e pelo agravamento da instabilidade

laboral a partir de meados do ano.

Quanto aos indicadores financeiros, é de destacar as melhorias do

Resultado Operacional (46,6%) e do Resultado Líquido (37,4%) face ao

ano anterior, fruto da forte contracção dos gastos operacionais (cerca de

9,9 milhões de euros, i.e., -11,1%) e do acréscimo de proveitos

operacionais (2,7 milhões de euros, ou seja, +4,4%).

Os índices de produtividade também registaram melhorias significativas

face ao ano anterior, com destaque para a produtividade económica que

cresceu 16,1%, evidenciando o aumento das cargas por comboio e, por

conseguinte, um melhor aproveitamento da capacidade instalada.

Quanto aos ganhos de produtividade obtidos na vertente do pessoal,

importa destacar os indicadores TK/Efectivo e Proveitos do

Tráfego/Efectivo que aumentaram 10,2% e 19,4%, respectivamente.

Tudo isto ocorreu num contexto de redução do efectivo médio em 11%,

perante as rescisões de contratos de trabalho por mútuo acordo. No que

diz respeito ao material motor, verificou-se uma redução de 6,4% no

consumo de energia de tracção por tonelada-km, em grande parte

decorrente da redução da frota de locomotivas diesel (-40% de locos de

Relatório e Contas 2012 17

potência e -9% de locos de manobras), mantendo-se a frota de

locomotivas eléctricas.

O quadro seguinte evidencia os principais indicadores da Empresa no ano de

2012 e sua evolução face ao ano anterior:

Resultados

EBIT (mil €) -14.403 -26.977 -46,6%

Proveitos Operacionais (mil €) 64.299 61.574 4,4%

Gastos Operacionais (mil €) 78.701 88.551 -11,1%

Grau de Cobertura Operacional 81,7% 69,5% 17,5%

EBITDA (mil €) -9.313 -20.835 -55,3%

Resultado Líquido (mil €) -19.165 -30.596 -37,4%

Procura

Toneladas (mil T's) 8.713 9.143 -4,7%

Toneladas Quilómetro (milhões) 2.026 2.064 -1,8%

Proveitos de Tráfego (mil €) 61.439 58.674 4,7%

Oferta

Comboios Quilómetro (mil ck's) 5.250 6.208 -15,4%

Percursos (mil kms) 6.519 7.140 -8,7%

Recursos Humanos

Efectivo Inicial 665 746 -10,9%

Efectivo Final 629 665 -5,4%

Efectivo Médio 657 738 -11,0%

Índices de Rentabilidade

Proveitos do Tráfego/Tonelada (€) 7,05 6,32 11,6%

Proveitos do Tráfego/Ton. Quilóm. (€) 0,030 0,028 8,3%

Proveitos do Tráfego/CK (€) 11,70 9,31 25,7%

Proveitos Operacionais/TK (€) 0,032 0,030 6,4%

Proveitos Operacionais/CK (€) 12,25 9,92 23,5%

Custos Operacionais/TK (€) 0,039 0,043 -9,5%

Custos Operacionais/CK (€) 14,99 14,26 5,1%

Índices de Produtividade

Produtividade Económica (TK/CK) 386 332 16,1%

Produtividade Técnica (TKBR/TK) 1,96 1,94 1,0%

Composição dos Comboios (TKBR/CK) 757 646 17,2%

Distância Média/Tonelada (TK/T) 233 226 3,0%

Proveitos do Tráfego/Efectivo (€) 93.491 78.282 19,4%

TK/Efectivo 3.082.841 2.796.390 10,2%

CK/Efectivo 7.989 8.412 -5,0%

INDICADORES 2012 2011 Variação

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Actividades

Actividade Comercial

A atividade comercial registada em 2012 permitiu afirmar a CP CARGA como

parte integrante da cadeia logística no transporte de mercadorias dos

segmentos de mercado alvo, não obstante a forte recessão económica

registada, agravada ainda pelas perturbações resultantes dos conflitos

laborais prolongados no sector e nos portos marítimos.

Para responder às adversidades, em parte previstas, a estratégia comercial foi

estruturada com base nos seguintes pressupostos:

Fiabilidade na solução de transporte potenciando tráfegos de grande

volume e de melhor resultado financeiro;

Flexibilização da prestação de serviço ao cliente tendo por base a conta de

exploração dos tráfegos a realizar;

Estabilidade contratual nas relações comerciais com clientes;

Redução dos riscos de crédito adoptando medidas dissuasoras;

Formulação do preço atendendo às oportunidades do mercado;

Harmonização dos níveis de prestação de serviço e preços por segmento de

mercado;

Envolvimento do cliente na solução de oferta encontrada racionalizando

meios afetos;

Desenvolvimento dos eixos internacionais e fluxos portuários.

Observando estes princípios e atendendo a que:

O contexto económico actual gera uma continuada procura de redução

generalizada de custos pelas empresas;

Se pretende equilibrar os resultados da CP Carga num cenário de

curto/médio prazo;

O objectivo da CP Carga é potenciar a sustentabilidade da empresa

afirmando-se no espaço ibérico como operador ferroviário de referência,

Relatório e Contas 2012 19

Constatamos que a estratégia adoptada pela empresa de sustentabilidade da

actividade tendo por base a racionalização dos custos e o aumento da receita

contribuiu de forma decisiva para a melhoria do resultado operacional da

empresa, conciliando a procura do equilíbrio financeiro com a solidez dos

vínculos contratuais estabelecidos com os clientes, através do pricing e níveis

de serviço conseguidos num contexto de mercado liberalizado.

Neste âmbito, foram fundamentais dois segmentos de mercado, sobre os quais

também reside um enorme potencial de crescimento para a solução

ferroviária:

Os fluxos marítimos ou continentais, onde assumem particular importância

os graneis (carvão e minério), os produtos contentorizados e materiais de

construção (cimento e siderúrgicos), alimentando a produção de energia

nacional bem como a exportação e o alargamento do interland dos portos

nacionais em cadeias logísticas de maior complexidade;

Os eixos internacionais com oferta multiproduto canalizando os fluxos

gerados nos portos e indústria nacional para a cadeia logística continental

europeia.

Assim, num contexto adverso, é de salientar:

O volume de negócio de 61,4 milhões de euros, reflectindo um acréscimo

de 4,7% em receita de tráfego;

O aumento do preço médio de transporte na ordem dos 11,6%;

A perda de receita em consequência dos conflitos laborais na ordem dos

6,9% (4,2 milhões de euros);

A manutenção do nível de atividade dos tráfegos estruturantes de minério

e cimento;

O crescimento expressivo no tráfego de carvão (86%) e pasta de papel

(32%) realçando-se, neste último, o forte incremento para os portos da

Figueira da Foz e Lisboa;

O crescimento do tráfego interno de contentores no eixo de Sines (6%);

Leixões (246%) e internacional de contentores/caixas móveis (15%) com

Relatório e Contas 2012 20

forte incidência no eixo Portugal/Alemanha/Portugal já com duas

circulações semanais;

O crescimento no tráfego internacional de produtos siderúrgicos de 30%

com incidência nos destinos Alfarelos e Palmela;

O crescimento de 12% nos portos, onde a CP Carga assegura o interface

ferro-portuário, representando um total de 60% do volume de tráfego da

empresa.

A procura por produto no ano de 2012 foi a seguinte:

ProdutoToneladas

(mil t's)

Rec. Líquida

(mil €)Tks

(milhões tk's)

Adubos 2 29 1,0

Alimentos para Animais 52 413 12,0

Areia 1.147 5.321 200,6

Balastros e Britas 82 799 22,1

Carril 8 80 1,5

Carvão 1.575 17.716 567,5

Cereais e Farinhas 50 474 15,3

Cimento 1.587 7.822 273,8

Cinzas 1 7 0,3

Combustíveis 163 1.652 37,4

Contentores 2.249 13.123 452,3

Diversos 0 0 0,8

Granitos e Mármores 0 1 0,0

Madeira 473 3.984 185,9

Minérios 323 2.547 61,6

Pasta Papel 187 1.504 42,5

Petcoke 91 428 23,1

Produtos Cerâmicos 1 14 0,7

Produtos Quimicos 99 1.351 26,4

Produtos Siderurgicos 553 3.547 96,9

Vag. Particulares Vazios 0 77 0,0

Veíc., Comp. e Mat. Via Férrea 2 83 0,5

Veiculos 68 466 3,6

Total 8.713 61.439 2.026

Relatório e Contas 2012 21

Actividade Operacional

Em 2012 a CP Carga orientou a sua actividade operacional pela procura de um

desempenho integrado, conjugando os meios operacionais com os níveis de

serviço oferecidos ao cliente, segundo critérios de melhoria de eficiência

económica e de rentabilização de activos.

Neste contexto consideramos relevante destacar a rentabilização do material

motor com redução da frota de locos Diesel de potência em 40%, redução da

frota de locos Diesel de manobras em 9% e manutenção da frota de locos

Eléctricas, o que nos permitiu obter uma redução de 6,4% do consumo de

energia de tracção por tonelada-quilómetro (tep/TK).

É de destacar a optimização das tripulações e do pessoal fixo relacionado com

as manobras e preparação de comboios, acomodando uma redução de 3% e

12% do efectivo, respectivamente, a par com a implementação das regras

laborais resultantes da Alteração do Código de Trabalho e das múltiplas greves

registadas no sector, com especial incidência no segundo semestre, das quais

resultou uma efectiva redução da disponibilidade para o trabalho e fortes

implicações na organização dos períodos de trabalho.

Refira-se ainda a melhoria das condições de trabalho oferecida às tripulações

em consequência da retirada de serviço dos engates automáticos e utilização

de engates UIC de capacidade reforçada, medida esta também responsável

pela melhoria da regularidade do tráfego ferroviário e pela redução da

emissão de carbono.

Em consequência das medidas acima elencadas, e não obstante a redução de

4,7% das toneladas transportadas, registou-se uma redução de 15% dos

comboios-quilómetros e um acréscimo de 16% das toneladas transportadas por

comboio.

A materialização do anteriormente exposto resultou, essencialmente, da

reformulação da oferta de comboios, salientando-se:

Lançamento dos comboios sobre a Beira Baixa utilizando tracção eléctrica;

Relatório e Contas 2012 22

Ajustamento do esquema produtivo da Tejo Energia permitindo a transição

de Engate Automático para Engate UIC de 1,5MN de capacidade,

melhorando a rentabilidade e fiabilidade do serviço prestado a par com a

melhoria da eficiência energética e a consequente redução de emissões de

carbono;

Concentração na fronteira de Babajoz/Elvas dos tráfegos internacionais

para Madrid com tracção diesel em virtude do encerramento do Ramal de

Cáceres;

Alteração do modelo de oferta por aglutinação de alguns comboios

multicliente em comboio bloco, nomeadamente o transporte sobre a Beira

Alta e a Beira Baixa bem como o amoníaco Barreiro/Estarreja; contentores

sobre o Porto de Lisboa, permitindo reajustar as equipas de manobra;

Reformulação da actividade sobre o Douro em virtude da eliminação dos

constrangimentos existentes em Godim e a assunção da realização da

manobra de descarga pelo cliente;

Reforço da capacidade de resposta no Terminal Ferroviário de Mercadorias

da Bobadela e internalização de serviços de manobra anteriormente

prestados pela REFER em Louriçal e Alcântara;

Reforço da oferta nos Tráfegos Contentores, com recurso a múltipla

tracção, fazendo face ao aumento da procura decorrente da greve dos

Portos;

Aumento da oferta de comboios sobre o Terminal XXI no Porto de Sines e

sobre o Porto Aveiro acompanhando a procura percebida;

Lançamento do segundo comboio DB Shenker no eixo internacional

Portugal/Alemanha/Portugal;

Lançamento do transporte de amoníaco Tramesa no eixo internacional

Huelva/Alverca.

Foram ainda desenvolvidas acções com vista a:

Racionalizar os Postos de abastecimento ferroviários rentabilizando os

investimentos na electrificação das linhas (encerramento do Posto de

Poceirão);

Relatório e Contas 2012 23

Racionalizar as instalações de apoio à actividade e apoio social,

concentrando serviços anteriormente dispersos destacando-se Leixões;

Entroncamento e Bobadela;

Resolver os contratos com os terminais sem actividade ferroviária

(Estremoz; Pedra Furada; São Mamede de Infesta e São Romão), os

contratos dos terminais ferroviários de mercadorias sem actividade

relevante (Leiria e Vale da Rosa), os contratos de concessão de espaços

desajustados do actual modelo organizacional do sector, entre os quais o

Ramal da Madalena, a linha de carga de madeira em Alcains e o terminal

de Tadim;

Acomodar o impacto da greve ininterrupta decretada pelos Operadores de

Apoio à realização de manobras nas estações e ramais particulares;

Optimizar o processo referente ao transporte de matérias perigosas bem

como uniformizar a respectiva ficha de matérias perigosas;

Adequar o procedimento para conservar as baterias do material motor e

consequente melhoria da fiabilidade do transporte;

Participar no desenvolvimento do sistema de escalas e rotações de

material motor e pessoal circulante SPIDER/IVU;

Elaborar o Plano Director TAF TSI (Master Plan) - especificações técnicas

de interoperabilidade para aplicações telemáticas de mercadorias -

preparado o cronograma de implementação de actividades, indicando

objectivos a alcançar bem como as metas intermédias do projecto e

mecanismos de controlo.

Material Motor

Como principais medidas/atividades desenvolvidas em 2012 no âmbito do

Material Motor ao serviço da CP CARGA temos a referir:

Gestão do contrato de aluguer de locomotivas estabelecido com a CP

potenciando a disponibilidade e a regularidade em exploração;

Dinamizar a exploração com locomotivas Elétricas em detrimento das

locomotivas Diesel;

Acompanhar a substituição dos engates automáticos tipo AAR por engates

UIC de capacidade reforçada (1,5MN) nas locomotivas ao serviço da CP

Relatório e Contas 2012 24

CARGA tornando-as interoperáveis e conferindo-lhe uma resistência de

engates superior ao convencional;

Promover a melhoria das condições de trabalho das tripulações pelas

acções desenvolvidas nas cabinas de condução;

Promover a redução do número de ocorrências com impacte ambiental

resultante de avarias com locomotivas, em especial as Diesel.

Material Rebocado

Como principais medidas/actividades desenvolvidas em 2012 no âmbito do

Material Rebocado de Mercadorias temos a referir:

Desenvolver o processo referente ao registo do parque de material

rebocado de mercadorias e acompanhar a evolução das ETI aplicáveis;

Acompanhamento do fabrico dos vagões plataforma de 60 ft recebendo os

últimos 40 vagões para o serviço;

Acompanhamento da garantia contratual dos vagões plataforma Sgnss de

60ft e Lgnss de 45ft;

Gestão do contrato de “Prestação de serviços de manutenção de vagões”

estabelecido com o prestador de serviços EMEF;

Gestão do contrato de “Prestação de serviços de modificação do sistema

de tracção e choque de 90 vagões de transporte de carvão série 933”

estabelecido com o prestador de serviços EMEF, o que nos permitiu, entre

outras, erradicar as ocorrências registadas com engates automáticos tipo

AAR e uniformizar a engatagem de todo o material circulante ao serviço da

CP CARGA sem degradar a oferta ao cliente;

Promover e acompanhar a substituição dos rolamentos de cartucho por

caixas de eixo convencionais nos vagões propriedade Tejo Energia

incrementando o seu potencial de vida;

Acompanhar as intervenções efectuadas pelo prestador de serviços de

manutenção, destacando-se:

o 373 intervenções de manutenção programada tipo REV (126 em

vagão de bogies e 247 em vagões de eixos);

o 68 intervenções de manutenção programada tipo RS;

o 162 intervenções de manutenção programada tipo VO;

Relatório e Contas 2012 25

o 1.093 intervenções por avaria; vandalismo; modificação;

torneamento de rodados; etc…, destacando-se as que se encontram

relacionadas com o Programa Anual de Segurança;

Apoio técnico e supervisão dos registos dos trabalhos efectuados pelos

trabalhadores da carreira do material (15.889 intervenções) e tratamento

dos dados referentes à prestação de serviços no âmbito do Material - CP

Carga para terceiros.

Infraestruturas e Equipamentos

No âmbito da gestão das infraestruturas e equipamentos destacam-se no ano

2012 as seguintes acções:

Realização de análises técnicas e estudos preliminares com respectivas

estimativas orçamentais, em resposta às necessidades internas e pedidos

formulados por clientes para se reformular e/ou construir soluções de

infraestruturas ferroviárias que permitam rentabilizar a operação. Entre

outras instalações salienta-se o Ramal Ferroviário de Estarreja; o Ramal do

Porto de Aveiro e Plataforma de Cacia; o Terminal de Granéis Líquidos da

CUF; o Ramal da Siderurgia Nacional da Maia; as linhas do Porto de

Setúbal; a Estação de Ovar. ;

Apoio técnico de engenharia nas especialidades ferroviária e de construção

civil, de forma transversal na empresa, incluindo a gestão técnica do

cadastro e contratos de fornecimento de água e energia das instalações e

terminais de mercadorias utilizados pela CP Carga;

Gestão de Projectos de Execução, designadamente a reabilitação do posto

de abastecimento de Leixões; a reformulação das instalações de apoio à

actividade operacional em Praias do Sado; o alteamento do cais de

embarque de Praias do Sado Mercadorias; o licenciamento ambiental das

descargas as instalações de CP Carga de Praias Sado, Sines, Bobadela;

Gestão e fiscalização das obras de conservação e manutenção dos

Terminais, edifícios sob gestão CP Carga e espaços de clientes onde a CP

CARGA opere;

Relatório e Contas 2012 26

No que diz respeito aos equipamentos, em especial máquinas de

movimentação de carga, básculas ferroviárias de serviço comercial e postos

de abastecimento de combustível, salientam-se as seguintes actividades:

Gestão da manutenção das máquinas de movimentação de carga dos

terminais de mercadorias Bobadela, Loulé e Leixões, nomeadamente

pórticos, Reach Stackers, empilhadores;

Gestão da manutenção e certificação das básculas ferroviárias de

Louriçal, Pampilhosa, Praias Sado e Poceirão, e da báscula rodoviária

de Bobadela;

Gestão da manutenção dos postos de abastecimento de gasóleo

ferroviários de Praias Sado e Poceirão e postos de abastecimento

rodoviário da Bobadela e Leixões;

Gestão da manutenção dos postos de transformação do Poceirão e

Loulé.

Qualidade, Ambiente e Segurança

De acordo com os princípios de bom governo das empresas do sector

empresarial do Estado (Resolução do Conselho de Ministros nº 49/2007), as

empresas devem definir estratégias de sustentabilidade nos domínios

económico, social e ambiental, salvaguardando as normas de qualidade e

identificando, para o efeito, os objectivos a atingir e explicitando os

respectivos instrumentos de planeamento, execução e controlo.

Como resposta a esta orientação a CP Carga, em 2012, consolidou os seguintes

Sistemas de Gestão:

Sistema de Gestão Ambiental, que se encontra certificado segundo o

referencial NP EN ISO 14001:2004, emitido pela APCER;

Sistema de Gestão da Qualidade que se encontra certificado segundo o

referencial NP EN ISO 9001:2008, emitido pela APCER;

Sistema de Gestão da Segurança de acordo com a Diretiva 2004/49/CE,

com emissão do Certificado de Segurança por parte do IMT.

Na vertente Ambiental há a registar as seguintes actividades:

Relatório e Contas 2012 27

Renovação do Seguro da Responsabilidade por Danos Ambientais (DL

147/2008), com inclusão dos Postos de Abastecimento de Combustíveis;

Realização de simulacros que testaram a capacidade de reacção a

acidentes com impactes ambientais adversos e permitiram identificar

situações de melhoria;

Sensibilização aos responsáveis de condução e gestores de tripulações para

o uso com moderação dos sinais sonoros, especialmente em zonas urbanas

e suburbanas e em especial no período nocturno;

Realização de visitas ambientais periódicas aos locais de actividade, como

forma de monitorizar o controlo operacional ao nível ambiental e

promover a adopção de práticas ambientais adequadas, com vista à

protecção ambiental e prevenção da poluição;

Promoção de uma melhoria do desempenho energético, operando tanto em

modo diesel, como em modo eléctrico, através da inutilização de

locomotivas eléctricas sem frenagem dinâmica e redução da utilização de

locomotivas diesel ao estritamente necessário, privilegiando ainda as

locomotivas de menor consumo com performance equivalente, com a

consequentemente redução do nível de emissões de CO2 e de partículas.

Para o efeito:

o Foi privilegiada a utilização das locomotivas eléctricas da série 4700

e 5600, em detrimento das locomotivas Diesel, que são utilizadas

quase em exclusividade em linhas não electrificadas;

o Foi privilegiada a utilização das L4700, em detrimento das L5600,

por apresentarem uma taxa de recuperação de energia superior, o

que conduz a um consumo específico global inferior;

o Privilegiou-se a utilização de locomotivas Diesel de menor consumo

(séries 1900 e 1930), em detrimento das locomotivas da série 1960;

Monitorização dos consumos energéticos do material motor e das emissões

de CO2;

Instrução dos Processos de licenciamento de descargas de águas residuais;

Instrução do Processo de Remodelação do Posto de Abastecimento de

Gasóleo e das Redes de Drenagem do Terminal de Leixões, junto das

Entidades Competentes;

Relatório e Contas 2012 28

Monitorização de efluentes industriais após tratamento;

Gestão de Resíduos produzidos e seu encaminhamento por Operadores

Licenciados, promovendo a sua valorização;

Controlo e monitorização dos equipamentos geradores de frio com gases

refrigerantes, e da emissão de gases com efeito de estufa;

Realização de auditorias de 2ª parte a Prestadores de Serviços relevantes;

Monitorização trimestral das Reclamações de Entidades Externas

Interessadas, com emissão de Relatório;

Controlo e Monitorização dos aspectos ambientais significativos e tomada

de medidas com vista à sua minimização:

Na vertente da Qualidade há a registar as seguintes actividades:

Revisão de documentação que sustenta o SGQ, designadamente o Manual

da Qualidade e Ambiente e o Manual de Processos;

Monitorização trimestral dos Indicadores dos Processos, com emissão de

Relatório;

Avaliação de desempenho dos Fornecedores;

Monitorização trimestral das Reclamações dos Clientes, com emissão de

Relatório;

Renegociação de contratos com Clientes e com Fornecedores.

Na vertente da Segurança há a registar as seguintes actividades:

Reformulação dos Objectivos de Segurança para 2013, e envio ao IMT;

Realização de Simulacros em acções isoladas e em conjunto com outros

operadores ferroviários;

Avaliação de Riscos por actividade desenvolvida, culminando na

elaboração do Plano de Protecção Individual;

Avaliação e validação de Equipamentos de Protecção Individual como

forma de dar resposta às necessidades identificadas no Plano de Protecção

individual;

Revisão dos Planos de Segurança Internos como forma de melhor os

adequar tendo em conta os resultados obtidos dos Simulacros efectuados

em 2012;

Relatório e Contas 2012 29

Aquisição e montagem de silenciadores nas máquinas de elevação de carga

existentes nos terminais de mercadorias, como forma de minimizar a

emissão de ruído e a exposição dos colaboradores ao mesmo;

Aquisição de um Sistema móvel de combate a incêndio (Firexpress) para o

Terminal de Leixões;

Realização de Formação Interna em Higiene e Segurança no Trabalho e

Segurança em manobras (IG 4);

Elaboração, Emissão e divulgação de Regulamentação Interna (Ordens de

Serviço, Comunicações, Normas);

Avaliação das condições de trabalho, e visitas e acompanhamentos

internos no âmbito da Segurança;

Investigação dos acidentes de trabalho, e averiguações internas levadas a

efeito. Comunicação ao ACT;

Verificação periódica dos Equipamentos de primeira intervenção e sua

adequação à envolvente;

Monitorização das ocorrências reportadas na aplicação SIGO (Sistema

Integrado de Gestão de Ocorrências), relacionadas com os aspectos

inerentes à Segurança da Exploração Ferroviária, a partir da qual são

desenvolvidos os processos de Inquérito/Averiguações, tendo em conta as

Entidades envolvidas e a gravidade da ocorrência;

Instauração de Processos de Inquérito (PI) e da constituição das respectivas

Comissões de Inquérito. Monitorização dos PI, com vista ao apuramento

das causas, dos custos e atribuição das Responsabilidades;

Análise dos Relatório de Inquérito (RI) e emissão de Parecer Interno quanto

à concordância das conclusões do RI, designadamente quanto à atribuição

das Responsabilidades;

Constituição de Processos de Averiguação (PA) e consequente

monitorização, com vista ao apuramento das causas, dos custos e

atribuição das Responsabilidades;

Elaboração do RAS – Relatório Anual de Segurança, enviado ao IMT,

conforme previsto na Regulamentação em vigor;

Relatório e Contas 2012 30

Elaboração do Relatório Anual no âmbito do Transporte de Mercadorias

Perigosas, conforme previsto na Legislação em vigor, pelo Conselheiro de

Segurança;

Elaboração do Relatório Único – Balanço Social, e envio para o Gabinete de

Estratégia e Planeamento do Ministério da Economia e do Emprego;

Analise e emissão de pareceres quanto à viabilidade da segurança do

transporte (novos tráfegos e/ou tráfegos especiais), tendo em conta o

acondicionamento/estivagem de carga, de acordo com as prescrições

regulamentares de Segurança em vigor;

Participação no processo de divulgação/sensibilização em conjunto com a

REFER e operadores ferroviários, do projeto PFDFCI (Plano Ferroviário de

Defesa da Floresta Contra Incêndios) em vigor para o triénio 2012-2014.

Marketing e Comunicação

O marketing e comunicação da CP Carga desenvolve a sua atividade no

planeamento, desenvolvimento e controlo da estratégia de marketing e

comunicação da empresa, com o objectivo de maximizar o valor da marca, de

criar valor para todos os stakeholders e de promover a comunicação interna,

nomeadamente através de canais de consulta e comunicação com as partes

interessadas.

Visando promover e consolidar a imagem da CP Carga e, ao mesmo tempo,

criar condições para o desenvolvimento de uma relação de maior confiança

com o mercado, onde a CP Carga se destaca com uma oferta de qualidade e

excelência no sector dos transportes ferroviários de mercadorias, foram várias

as iniciativas desenvolvidas ao longo de 2012, entre as quais se destacam as

seguintes:

Criação de novas formas de comunicação, nomeadamente através da

colocação de materiais gráficos alusivos ao nosso core business nos

elevadores e no próprio edifício sede da CP Carga;

Relatório e Contas 2012 31

Apoio, organização e divulgação da 2.ª Edição do Curso Life Rail em

Portugal, sendo a CP Carga um parceiro fundamental na implementação do

curso em território nacional;

Criação de materiais gráficos digitais alusivos ao aniversário dos

Colaboradores;

Renovação e melhoramento de diversas áreas de trabalho CP Carga,

dotando-as da imagem e aproximando-as dos valores da empresa.

De salientar uma vez mais, e à semelhança de anos anteriores, a necessidade

de conceber acções de comunicação com orçamentos reduzidos, apelando a

novas ideias com baixo custo de execução. Desta forma, o Marketing e

Comunicação tem vindo, gradualmente, a reformular estratégias, com

especial destaque para a execução de trabalhos internamente (o que

representa, desde logo, um ganho relativo em termos de adjudicação

externa), sem prejuízo dos objectivos a alcançar, focando a sua estratégia no

desenvolvimento de acções e de procedimentos executados em meios

web/digitais, mais económicos e mais simples de operacionalizar.

Relatório e Contas 2012 32

4. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA

a) Enquadramento

O ano de 2012 ficou marcado pelo agravamento da situação económica do país

e pela falta de liquidez do sistema financeiro, com fortes repercussões nos

agentes económicos e em particular no Sector Empresarial do Estado.

Neste quadro, a CP Carga viu-se confrontada com a necessidade de

implementar uma forte contenção de custos e de retracção dos investimentos,

por forma a assegurar o cumprimento das orientações da Tutela e do

Acionista.

Neste contexto, e no que diz respeito aos clientes, tudo indicava que a

tendência seria para o aumento do número de situações de incumprimento,

em matéria de pagamentos. Com o objectivo de minimizar os impactos desta

situação, a CP Carga implementou, com sucesso, mecanismos de melhoria da

gestão e monitorização dos créditos vencidos e, nos casos mais difíceis, o

estabelecimento de acordos de regularização de dívida.

No quadro das adversidades, importa destacar os conflitos laborais que

marcaram presença o longo de todo o ano de 2012, com maior impacto no 2º

semestre. As greves, decretadas por diversas organizações sindicais,

perturbaram fortemente a actividade comercial e produtiva, causando

entropias à gestão das tripulações e dando origem a muitas supressões de

comboios e ao aumento dos custos unitários de produção. Devido às greves, a

Empresa deixou de transportar 759 mil toneladas de mercadorias a que

correspondem 4,2 milhões € de receita não arrecadada.

A CP Carga conseguiu fazer uma gestão adequada da situação, reestruturou o

modelo produtivo e promoveu uma integração mais eficaz entre este e o

modelo comercial, o que lhe permitiu satisfazer em larga medida as

solicitações dos clientes, ainda que, por vezes, de forma segmentada.

Globalmente, as medidas implementadas tiveram impactos positivos, o que se

pode constatar através da análise dos indicadores do ano de 2012.

Relatório e Contas 2012 33

Os tráfegos com maior expressão na carteira de produtos da empresa foram os

seguintes: Carvão, Contentores, Cimento, Areia, Madeira e Produtos

Siderúrgicos. No conjunto, estes produtos representaram 87% do total das

toneladas transportadas e 84% do total das receitas do tráfego.

A carteira de negócios da CP Carga continua a assentar em produtos de

natureza estruturante para a actividade económica do país, o que por um lado

é revelador da importância estratégica da nossa atividade, mas também nos

coloca numa posição algo vulnerável em tempos de crise.

b) Demonstração de Resultados

A CP Carga obteve uma boa performance financeira no ano de 2012, com

destaque para o Resultado Líquido que melhorou 37,4% face ao ano anterior,

situando-se nos -19.165 mil € (-30.596 mil € em 2011).

O Resultado Operacional melhorou 46,6%, motivado por um aumento de 4,4%

nos Proveitos e por uma acentuada redução de 11,1% nos Gastos Operacionais.

O quadro e gráfico seguintes ilustram os Resultados alcançados pela CP Carga:

milhares €

2012 2011

Réditos Operacionais 64.298 61.574

Gastos Operacionais s/ Amortizações -73.611 -82.409

EBITDA -9.313 -20.835

Amortizações -5.090 -6.142

EBIT -14.403 -26.977

Resultado Financeiro -4.683 -3.542

IRC -79 -77

Resultado Líquido -19.165 -30.596

Relatório e Contas 2012 34

A fim de completar a análise destes indicadores, apresenta-se de seguida a

Demonstração de Resultados por rubrica do OE, onde se pode verificar quais

foram as rubricas que mais contribuíram para os resultados alcançados.

Relatório e Contas 2012 35

No que aos Réditos Operacionais diz respeito, o destaque vai para os proveitos

do tráfego com uma representação de 96% do total. Neste quadro, importa

realçar o bom desempenho de alguns produtos, tal como nos mostra o gráfico

seguinte:

Réditos 64.298.518 61.574.084 4,4%

Réditos Directos Tráfego 61.438.980 58.674.471 4,7%

Descontos e abatimentos -189.000 -902.500 -79,1%

Outros rendimentos e ganhos 3.048.538 3.802.113 -19,8%

Gastos Operacionais s/ Amortizações 73.611.425 82.408.797 -10,7%

Renda CP Frota 18.293.955 17.225.942 6,2%

CP Serviços 1.521.249 1.780.837 -14,6%

Electricidade p/tracção 5.807.077 5.006.281 16,0%

Combustível p/tracção 4.767.411 5.508.761 -13,5%

Serviços Aux. e Adici. REFER 3.079.798 3.596.442 -14,4%

Taxa de uso 6.913.964 9.164.076 -24,6%

Cons.Rep. Material EMEF 7.798.433 7.101.143 9,8%

Transporte Comp. rodoviário mercadorias 1.392.135 1.713.958 -18,8%

Rendas a Alugueres 1.656.148 1.981.680 -16,4%

Despesas de representação 2.166 4.845 -55,3%

Gastos com o pessoal 17.268.838 21.406.226 -19,3%

Imparidade de dívidas a receber 130.370 -440.652 -129,6%

Imparidade de inventarios -56.126 56.126 -200,0%

Provisões do Exercicio 0 475.000 -100,0%

Outros gastos 5.036.007 7.828.130 -35,7%

EBITDA -9.312.907 -20.834.713 -55,3%

Gastos/reversões de depreciação e de amortização 5.089.829 6.142.680 -17,1%

Gastos Operacionais 78.701.254 88.551.477 -11,1%

Resultado Operacional - EBIT -14.402.736 -26.977.393 -46,6%

Juros e rendimentos similares obtidos 95.750 140.743 -32,0%

Juros e gastos similares suportados -4.779.019 -3.682.493 29,8%

Resultado antes de impostos -19.086.005 -30.519.143 -37,5%

Imposto s/Rendimento -79.013 -76.964

Resultado Líquido -19.165.018 -30.596.107 -37,4%

2012 2011Var.

2012/2011

Relatório e Contas 2012 36

No que diz respeito aos custos, e tendo por referência o quadro das restrições

orçamentais impostas ao Sector Empresarial do Estado, a CP Carga consolidou

algumas medidas de contenção de custos iniciadas no ano anterior e

implementou novas medidas restritivas, designadamente na área do pessoal e

dos fornecimentos e serviços externos (renegociação de contratos).

O resultado destas medidas consubstanciou-se numa redução de gastos

operacionais de 9,9 milhões de euros face ao ano anterior (-11,1%). As

rubricas do orçamento que mais contribuíram para esta redução foram os

custos com Pessoal com -4,1 milhões de euros (-19,3%) e a Taxa de Uso com -

2,3 milhões de euros (-24,6%), entre outras. Importa salientar que os custos

com o trabalho suplementar reduziram-se cerca de 60% face a 2011.

No ano de 2012 registaram-se 78,7 milhões de euros de Gastos Operacionais,

dos quais 22% com o Pessoal, 37% com o Material Motor (renda e consumos),

16% com o Material Rebocado (manutenção e amortizações) e 13% com a

REFER (taxa de uso e restantes serviços). A desagregação dos custos por

rubrica do orçamento foi a seguinte:

Relatório e Contas 2012 37

O Resultado Financeiro da Empresa no ano 2012, no valor de € -4,68 milhões

de euros, ficou a dever-se essencialmente aos juros e gastos similares

suportados, decorrentes dos empréstimos bancários e dos leasings, em curso

com instituições bancárias.

c) Plano de Investimentos

A CP Carga fez uma selecção criteriosa dos projectos de investimento para o

ano de 2012, seleccionando apenas aqueles que se revelaram fundamentais do

ponto de vista estratégico para o negócio da empresa.

Nesta área, o principal projecto consistiu na aquisição dos novos vagões

plataformas, revelando-se um investimento determinante para o

desenvolvimento do negócio do transporte combinado (contentores e caixas

móveis).

Este projeto, que teve início em 2008 e conclusão em 2012, consistiu na

aquisição de 400 vagões plataformas envolvendo um investimento global de

cerca de 40 milhões de euros.

Relatório e Contas 2012 38

No ano de 2012 a CP Carga realizou um total de investimentos de 5,8 milhões

de euros, dos quais 4,4 milhões de euros respeitam ao projecto referido

anteriormente. Outros projetos importantes em termos de valor foram a

substituição de engates automáticos por engates UIC nas locomotivas e a

substituição das caixas dos vagões da Tejo, os quais no conjunto envolveram

um total de 1,2 milhões de euros de investimento.

5. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS

Nos termos das disposições legais em vigor, o Conselho de Administração

propõe que os Resultados Líquidos negativos do exercício, no valor de

19.165.018 euros, sejam transferidos para a conta de Resultados Transitados.

6. DECLARAÇÕES E MENÇÕES OBRIGATÓRIAS

A CP Carga continuou a assegurar, em 2012, o cumprimento das disposições

legais dirigidas ao Sector Empresarial do Estado, bem como as orientações do

Acionista, fomentando as boas práticas:

Nos termos da RCM nº 49/2007 de 28 de Maio que aprovou os princípios

do Bom Governo, a CP Carga dispõe de um sistema de controlo regular

da actividade, através do qual se produzem os relatórios de gestão bem

como informação relevante para o Accionista, e para diversos

Organismos nacionais e internacionais. Ainda no âmbito da divulgação

da informação, importa destacar a informação que se encontra

disponível no site da empresa, nomeadamente o Relatório e Contas

Anual e as Dívidas a Fornecedores (em conformidade com o Dec. Lei nº

65-A/2011 de 17 de Maio). Ainda no respeito pelos princípios do bom

governo, verificou-se o cumprimento integral do ponto 22 da RCM nº

49/2002 de 28 de Abril, por parte dos membros dos Órgãos Sociais da

empresa no que se refere à Prevenção de Conflitos de Interesses.

Nos termos do Despacho nº 14277/2008, de 23 de Maio, que reporta aos

Deveres Especiais de Informação, a CP Carga fornece à DGTF e à IGF,

diretamente ou por intermédio da empresa mãe, toda a informação

Relatório e Contas 2012 39

solicitada por estas Entidades, designadamente os Planos de Atividade

e os Orçamentos Anuais e respectivo Controlo.

Nos termos da RCM 34/2008 de 22 de Fevereiro, que aprovou o

Programa Pagar a Tempo e Horas, com a alteração introduzida pelo

Despacho nº 9870/2009 de 13 de Abril, a CP Carga cumpre com as

orientações do Governo. Não se verificam atrasos nos pagamentos,

excepto nalgumas situações pontuais e de não conformidade da

respectiva faturação, as quais se encontram identificadas no quadro

seguinte:

Nos termos do artº 19º da Lei 55-A/2010, foi aplicada a redução sobre a

remuneratória mensal ilíquida de valor superior a 1.500 €.

Cumprimento do previsto no artº 12 da Lei nº 12-A/2010 – redução da

remuneração dos gestores em 5%.

De acordo com as orientações previstas no Despacho nº 101/2009-SETF,

de 30 de Janeiro, versando sobre a Gestão do Risco Financeiro,

apresenta-se seguidamente um quadro que ilustra os financiamentos

em curso na empresa.

DescriçãoNão

vencidas

Após

90 dias

Após

120 dias

Após

240dias

Após

360 dias Total

FORNECEDORES C/C

CP - Comb. Portugal E.P.E. 2.820.831 2.820.831

Partes Relacionadas

EMEF, S.A. 1.825.005 5.787 1.830.791

ECOSAÚDE 21.431 21.431

Outros Fornecedores 9.385.841 141.074 184.588 271 32.185 9.743.960

TOTAL 11.232.277 2.961.905 184.588 271 37.972 14.417.013

(valores em euros)

Relatório e Contas 2012 40

Apresentam-se de seguida outras informações relevantes no âmbito das

declarações e menções obrigatórias:

Remunerações

Valor

Contrato

Início

Contr.

Prazo

Contrato

Taxa Méd.

Ano 2012

Juros

2012

Juros

2011

Emprestimos bancários

CGD 54.000.000 Abr-10 6 anos 3,56% 1.924.094 2.156.144

Santander (a) 18.700.000 Mar-10 Mensal 4,96% 927.530 623.802

72.700.000 2.851.624 2.779.946

Locações Financeiras

Bes Leasing 6.750.000 Dez-10 10 anos 4,52% 223.158 269.982

BNP CRT Nº 11100145 9.664.000 Mar-11 11 anos 4,87% 459.430 396.490

BNP CRT Nº 11100369 8.871.000 Ago-11 10,5 anos 5,50% 471.004 183.716

BNP CRT Nº 11100533 6.750.000 Dez-11 10 anos 5,92% 373.287

BNP CRT Nº 11200082 4.500.000 Fev-12 11 anos 4,76% 175.457

BNP CRT Nº 11200246 2.250.000 Jun-12 12 anos 5,18% 59.192

BNP CRT Nº 11200359 2.250.000 Set-12 13 anos 4,35% 26.165

41.035.000 1.787.693 850.188

Participantes de capital

CP-Cam. Ferro Port. EP (b) 43.930.280 Dez-12 1 ANO

43.930.280 0 0

4.639.317 3.630.134

(a) Custo de 2% anual sobre o valor acordado respeitante à renovação do contrato.

(b) Empréstimo celebrado em 30/12/2012 pelo prazo de 1 ano vencendo juros trimestrais á taxa euribor

3 meses com spread 7,5%

TOTAL

(valores em euros)

Descrição

ROC 2012 2011

Remuneração anual auferida (€) 6.396 24.000

Relatório e Contas 2012 41

Unid: €

Conselho de AdministraçãoPresidente Dr.

Aires Pedro

Vogal Drª Maria

Tender

Vogal Dr. Henrique

Morais

Mandato I I I

Adaptado ao EGP (Sim/Não) sim sim sim

Remuneração Total (1.+2.+3.+4.) 59.308 55.601 55.601

OPRLO Sim/Não

Entidade de Origem (identificar)

Entidade pagadora (origem/Destino)

1.1.Remuneração Anual 69.366 65.030 65.030

1.2.Despesas de Representação (Anual) 0,00

1.3.Senha de presença (Valor Anual) 0,00

1.4.Redução decorrente da Lei 12-A/2010 3.468 3.252 3.252

1.5.Redução decorrente da Lei 64-B/2011 6.590 6.178 6.178

1.6.Suspensão do pagamento dos subsidios de férias e natal 0 0 0

1.7.Reduções de anos anteriores 0

1. Remuneração Anual Efetiva Líquida

(1.1+1.2.+1.3-1.4-1.5-1.6-1.7) 59.308 55.601 55.601

2. Remuneração variável 0

3.Isenção de Horário de Trabalho (IHT) 0

4.Outras (identificar) 0

Subsídio de deslocação

Subsídio de refeição 1.509 1.475 1.468

Encargos com benefícios sociais

Regime de Proteção Social (ADSE/Seg.Social/Outros)12.117

(SS)

11.363

(SS)

13.210

(outros)

Seguros de saúde 0

Seguros de vida 0

Seguro de Acidentes Pessoais 0

Outros (indicar) 0

Acumulação de Funções de Gestão (S/N)

Entidade (identificar)

Remuneração Anual 0

Parque Automóvel

Mandato I / II

Modalidade de Utilização renting renting renting

Valor de referência da viatura nova 34.433 29.857 30.681

Ano Inicio 2009 2011 2009

Ano Termo 2013 2015 2013

N.º prestações (se aplicável) 48 48 48

Valor Residual 21.003 20.933 19.551

Valor de renda/prestação anual da viatura de serviço 10.014 9.052 8.808

Combustível gasto com a viatura 2.843 3.543 2.476

Plafond anual Combustivel atribuído

Outros (Portagens / Reparações / Seguro) 2.960 2.161 1.011

Limite definido conforme Art.º 33 do EGP (Sim/Não)

Outras regalias e compensações

Mandato I / II

Plafond mensal atribuido em comunicações móveis

Gastos anuais com comunicações móveis 480 584 714

Outras (indicar)

Limite definido conforme Art.º 32 do EGP (Sim/Não)

Gastos c/ deslocações

Mandato I I I

Custo total anual c/ viagens 456

Custos anuais com Alojamento 879

Ajudas de custo 94 374

Outras (indicar)

* Decorrente da Lei 55-A/2010 ou Lei 64-B/2011, conforme aplicável

Relatório e Contas 2012 42

Divulgação de informação

S N N.A.

Estatutos actualizados (PDF) X

Historial, Visão, Missão e Estratégia X

Ficha sintese da empresa X

Identificação da Empresa:

Missão, objetivos, politicas, obrig. serv. público e modelo de financiamento X

Modelo Governo/Ident.Orgãos Soc iais:

Modelo de Governo (Identificação dos orgãos sociais) X

Estatuto remuneratório fixado X

Remunerações auferidas e demais regalias X

Regulamento e Transações

Regulamentos Internos e Externos X

Transações Relevantes c/ entidade(s) relacionada(s) X

Outras transacções X

Análise de sustentabilidade Económica, Soc ial e Ambiental X

Avaliação do cumprimento dos PBG X

Código de Ética X

Informação Financeira histórica e actual X

Esforço Financeiro do Estado X

Nota: A CP Carga não dispõe de informação no site do SEE

S N N.A.

Existênc ia de Site X

Historial, Visão, Missão e Estratégia X

Organigrama X

Orgãos Soc iais e Modelo de Governo:

Identificação dos orgãos sociais X

Identificação das áreas de responsabilidade do CA X

Identificação de comissões existentes na sociedade X

Identificar sistemas de controlo de riscos X

Remuneração dos orgãos sociais X

Regulamentos Internos e Externos X

Transacções fora das condições de mercado X

Transacções relevantes com entidades relacionadas X

Análise de sustentabilidade Económica, Soc ial e Ambiental X Referência à sustentabilidade ambiental

Código de Ética X

Relatório e Contas X

Provedor do c liente X

Legenda

S-Sim

N-Não

N.A.-Não Aplicável

Divulgação

Divulgação

Informação a constar no Site do SEE Comentários

Informação a constar no Site da Empresa Comentários

Relatório e Contas 2012 43

Risco Financeiro

Prazos Médios de Pagamento

Nos termos da RCM 34/2008, com as alterações introduzidas pelo Despacho

9870/2009, apresentam-se de seguida os prazos médios de pagamento a

fornecedores:

S N N.A.

Diversificação de instrumentos de financiamento X

Em 2012 a CP Carga renovou o contrato da conta corrente

caucionada (curto prazo). Em curso, o leasing financeiro

para aquisição dos novos vagões.

Diversificação das modalidades de taxa de juro disponivéis X Euribor: 1 mês, 3 meses, 6 meses

Diversificação de entidades credoras X A CP Carga trabalha com vários entidades bancárias

Contratação de instrumentos de gestão de cobertura de riscos em função das

condiçoes de mercado X

Adopção de politica activa de reforço de capitais permanentes

Consolidação passivo remunerado: transformação passivo Curto em M/L prazo,

em condições favoráveis X

O leasing financeiro contratado com as entidades bancárias

é a longo prazo.

Contratação da operação que minimiza o custo financeiro (all-in-cost) da

operação X

O leasing dos novos vagões está suportado num contrato

quadro, o qual foi estabelecido no ano 2011.

Minimização da prestação de garantias reais X

Minimização de cláusulas restritivas (covenants) X

Minimização das cláusulas restritivas no acto de negociação

dos contratos

Medidas prosseguidas com vista à optimização da estrutura financeira da empresa

Adopção de politica que minimize afectação de capitais alheios à cobertura

financeira dos investimentos X sómente para aquisição dos novos vagões

Opção pelos investimentos com comprovada rendibilidade social/empresarial,

beneficiam de FC e de CP X

Utilização de auto financiamento e de receitas de desinvestimento X

Inclusão nos R&C

Descrição da evolução tx média anual de financiamento nos últimos 5 anos X

A taxa média anual de financiamento foi 3,23% em 2010, 3,55%

em 2011 e 4,85% em 2012

Juros suportados anualmente com o passivo remunerado e outros encargos nos X

O montante de juros e outros encargos ascendeu a 2.074,4

mil € em 2010, 3.953,6 mil € em 2011 e 5.257,8 mil € em 2012

Análise de eficiência da política de financiamento e do uso de instrumentos de geX

X

Legenda

FC- Fundos comunitários

CP- Capital próprio

S-Sim

N-Não

N.A.-Não Aplicável

Gestão de Risco Financeiro- Despacho nº101/09-SETF, de 30/01Cumprido

Descrição

Procedimentos adoptados em matéria de avaliação de risco e medidas de

cobertura respectiva

Reflexão nas DF 2012 do efeito das variações do justo valor dos contratos de

swap em carteira

Relatório e Contas 2012 44

Atraso nos Pagamentos

A 31/12/2012, é a seguinte a posição dos pagamentos em atraso, nos termos

do DL 65-A/2011, de 17 de Maio:

PMP 1º T 2011 2º T 2011 3º T 2011 4º T 2011 1º T 2012 2º T 2012 3º T 2012 4º T 2012

PMP a Fornecedores (dias) 184 216 283 302 307 315 293 277

Relatório e Contas 2012 45

Orientações Legais

S N N.A. S N N.A.

Objectivos de Gestão:

Objetivo 1 X

Não foram atribuídos objectivos de

gestão pela Tutela

Objetivo 2

Objetivo 3

Gestão do Risco Financeiro X Anexo

Limites de Crescimento do Endividamento X

Continuação do Leasing para os novos

vagões e estabelecimento de um

contrato de empréstimo com a CP

Evolução do PMP a fornecedores X Anexo

A dilatação do prazo médio de

pagamentos a fornecedores deriva dos

pagamentos à empresa mãe, uma vez

que os pagamentos aos restantes

fornecedores são efectuados dentro dos

prazos.

Atrasos nos Pagamentos ("Arrears") X AnexoAtrasos nos pagamentos somente no que

se refere à empresa mãe.

Deveres Especiais de Informação X

Recomendações do acionista na aprovação de contas:

Recomendação 1

Recomendação 2

Etc.

Remunerações:

Não atribuição de prémios de gestão, nos termos art.º 29.º da

Lei 64-B/2011 Não aplicável Não aplicável

Órgãos sociais - redução remuneratória nos termos do art.º 20.º

da Lei 64-B/2011 18.945,48 €

Total da Redução

remuneratoria em 2012

Órgãos Sociais - redução de 5% por aplicação artigo 12º da Lei n.º

12-A/2010 9.971,28 €

Total da Redução

remuneratoria em 2012

Órgãos Sociais - suspensão sub. Férias e natal , nos termos do

art.º 21º da Lei 64-B/2011 - €

Total da Redução

remuneratoria em 2012

Auditor Externo - redução remuneratória nos termos do artº 26º

da Lei 64-B/2011

Total da Redução

remuneratoria em 2012

Restantes trabalhadores - redução remuneratória, nos termos do

art.º 20º da Lei 64-B/2011 396.142,81 €

Total da Redução

remuneratoria em 2012

Restantes trabalhadores - suspensão sub. Férias e natal , nos

termos do art.º 21º da Lei 64-B/2011

Total da Redução

remuneratoria em 2012

Artigo 32º do EGP

Utilização de cartões de crédito X

Reembolso de despesas de representação pessoal

Contratação Pública

Normas de contratação pública X

Normas de contratação pública pelas participadas

Contratos submetidos a visto prévio do TC

Adesão ao Sistema Nacional de Compras Públicas X

Parque Automóvel

X

O nº total de veiculos

utilizados pela empresa em

2012 desceu 8,7% face ao

ano anterior

Principio da Igualdade do Género

Medida 1

Medida 2

Plano de Redução de Custos

Gastos com pessoal -33%

Var. % em 2012, face a

2010

Fornecimentos e Serviços Externos -14%

Var. % em 2012, face a

2010

Redução nº Efetivos e Cargos Dirigentes

Nº de efetivos -16%

Var. % em 2012, face a

2010

Nº de cargos dirigentes 0%

Var. % em 2012, face a

2010

Princípio da Unidade de Tesouraria 0%

% disponibilidades

depositadas no IGCP em 31

de Dezembro 2011

Princípio da Unidade de Tesouraria 52%

% disponibilidades

depositadas no IGCP em 31

de Dezembro 2012

JustificaçãoCumprimento das Orientações legaisCUMPRIDO

Cumprimento Quantificação Quantificação

Relatório e Contas 2012 46

Redução no número de efectivos e de cargos dirigentes

7. PERSPECTIVAS FUTURAS

A curto prazo, isto é, já no exercício de 2013, a empresa terá de cumprir a

meta definida pela Tutela de alcançar um EBITDA ajustado nulo ou positivo.

Para isso, a CP Carga irá dar seguimento/implementar medidas que visam a

melhoria dos resultados, através da contenção de custos, por um lado, e do

aumento dos proveitos, por outro, não obstante estarmos cientes de que as

respectivas elasticidades e impactos serão menores do que o registado em

2012.

Além disso, iremos continuar a promover um conjunto de medidas do ponto de

vista operacional, nomeadamente a reformulação, em curso, do tráfego

multicliente no sentido de o tornar mais racional e propiciador de resultados

favoráveis para a CP Carga, bem como de carácter comercial, perspectivando,

no limite, alguma selectividade dos tráfegos na óptica da sua rentabilidade a

curto prazo.

Em paralelo com este objectivo central de tornar a CP Carga uma empresa

económica e financeiramente viável, mantemos o compromisso assumido

Gastos com pessoal 21.406.226 17.268.838

Gastos com Órgãos Sociais 207.971 181.749

Reduções decorrentes de alterações Legislativas 33.369 28.917

Aumentos decorrentes de alterações Legislativas 0 0

Gastos com Dirigentes sem O.S. 247.206 220.991

Reduções decorrentes de alterações Legislativas

Aumentos decorrentes de alterações Legislativas

Gastos com Efetivos sem O.S. e sem Dirigentes 20.713.831 16.761.772

Reduções decorrentes de alterações Legislativas

Aumentos decorrentes de alterações Legislativas

Rescisões / Indemnizações 237.218 104.326

Nº Total RH (O.S. + Dirigentes + Efetivos) 665 629

Nº Órgãos Sociais (O.S.) (número) 3 3

Nº Dirigentes sem O.S. (número) 3 3

Nº Efetivos sem O.S. e sem Dirigentes (número) 659 623

Designação 2011 2012

Designação 2011 2012

Relatório e Contas 2012 47

perante o accionista e os nossos clientes de continuarmos a ser uma empresa

de referência no sector do transporte ferroviário de mercadorias, de sermos

capazes de melhorar continuamente os nossos níveis de competitividade e de

produtividade dos meios, e de continuarmos a prestar um serviço

percepcionado pelos nossos clientes como de excelência.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No final do exercício de 2012, com os Capitais Próprios a ascenderem a - 65,9

milhões de euros, a sociedade permanece ao abrigo do artigo 35º do Código

das Sociedades Comerciais.

Tal situação deve ser referida, no sentido de solicitar ao accionista, a CP EPE,

a adopção de medidas visando a reposição do capital próprio da sociedade,

por forma a assegurar a cobertura do respectivo capital social e a

continuidade da empresa.

1. EMONST

2.

3.

4.

5.

6. RAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO

Demonstrações Financeiras 48

7.

8.

9.

10.

11.

12.

13.

14.

15.

16.

17.

18.

19.

20.

21.

22.

23.

24.

25.

26.

27.

28.

29.

30.

31.

32.

33.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

E ANEXO

Demonstrações Financeiras 49

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO

BALANÇO

(Valores em euros)

NOTAS 31-12-2012 31-12-2011

Activos fixos tangíveis 6 68.263.435 69.330.272

Activos intangíveis 7 25.260

Total do activo não corrente 68.263.435 69.355.532

Inventários 10 62.072 100.257

Clientes 11 12.221.767 16.226.241

Estado e outros entes públicos 12 523.353 977.342

Outras contas a receber 13 428.523 3.416.064

Diferimentos 14 17.045.286 17.693.848

Caixa e depósitos bancários 4.1 14.243.784 11.688.484

Total do activo corrente 44.524.785 50.102.236

TOTAL DO ACTIVO 112.788.220 119.457.768

Capital realizado 16 5.000.000 5.000.000

Outros instrumentos de capital próprio 17 15.204.515 15.204.515

Resultados transitados 18 -66.908.365 -36.312.258

Resultado líquido -19.165.018 -30.596.107

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO -65.868.868 -46.703.850

RUBRICAS

ACTIVO:

Activo não corrente:

Activo corrente:

CAPITAL PRÓPRIO:

Demonstrações Financeiras 50

(Valores em euros)

NOTAS 31-12-2012 31-12-2011

Provisões 20 475.000 475.000

Financiamentos obtidos 19 70.085.126 82.533.272

Total do passivo não corrente 70.560.126 83.008.272

Fornecedores 22 14.417.013 47.204.760

Estado e outros entes públicos 12 525.445 1.525.496

Accionistas/sócios 8 63.726

Financiamentos obtidos 19 83.525.443 20.469.840

Outras contas a pagar 21 9.629.061 13.889.524

Total do passivo corrente 108.096.962 83.153.346

TOTAL DO PASSIVO 178.657.088 166.161.618

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 112.788.220 119.457.768

Henrique Nuno Esteves Correia dos Santos Morais

Ana Cristina Matela Alves Pinto

O Técnico Oficial de Contas

O Conselho de Administração

Presidente CA

Vogal

Vogal

Aires Pinto São Pedro

Maria João Marques Agostinho Tender

Passivo não corrente:

Passivo corrente:

PASSIVO:

RUBRICAS

Demonstrações Financeiras 51

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS

Período findo em 31 de Dezembro de 2012 (Valores em euros)

NOTAS 31-12-2012 31-12-2011

RENDIMENTOS E GASTOS

Vendas e serviços prestados 23 62.304.290 58.937.905

Subsidios à exploração 24 2.469

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 25 -2.236.080 -1.194.707

Fornecimentos e serviços externos 26 -52.410.883 -55.984.501

Gastos com o pessoal 27 -17.268.838 -21.406.226

Imparidade de inventários (perdas/reversões) 10 56.126 -56.126

Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 11,13 -130.370 440.652

Provisões (aumentos/reduções) 20 -475.000

Outros rendimentos e ganhos 28 1.991.759 2.636.179

Outros gastos e perdas 29 -1.621.380 -3.732.888

-9.312.907 -20.834.713

Gastos/reversões de depreciação e de amortização 30 -5.089.829 -6.142.680

-14.402.736 -26.977.393

Juros e rendimentos similares obtidos 31 95.750 140.743

Juros e gastos similares suportados 32 -4.779.019 -3.682.493

-19.086.005 -30.519.143

Imposto sobre o rendimento do período 9 -79.013 -76.964

-19.165.018 -30.596.107

Henrique Nuno Esteves Correia dos Santos Morais

Maria João Marques Agostinho Tender

Aires Pinto São Pedro

O Conselho de Administração

Presidente CA

Vogal

Vogal

O Técnico Oficial de Contas

Ana Cristina Matela Alves Pinto

Resultado líquido do período

RUBRICAS

Resultado antes de deprec iações, gastos de financiamento e impostos

Resultado operac ional (antes de gastos de financiamento e impostos)

Resultado antes de impostos

Demonstrações Financeiras 52

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES

Período findo em 31 de Dezembro de 2012 (Valores em euros)

31-12-2012 31-12-2011

Vendas e serviços prestados 62.304.290 58.937.905

Custo das vendas e dos serviços prestados -72.685.164 -70.591.530

-10.380.874 -11.653.625

Outros rendimentos 2.133.972 3.088.384

Gastos de distribuição -165.671 -757.962

Gastos administrativos -4.154.796 -13.388.570

Outros gastos -1.835.367 -4.265.620

-14.402.736 -26.977.393

Gastos de financiamento (líquidos) -4.683.269 -3.541.750

Resultado antes de impostos -19.086.005 -30.519.143

Imposto sobre o rendimento do período -79.013 -76.964

-19.165.018 -30.596.107

Resultado bruto

Resultado líquido do período

Resultado operac ional (antes de gastos de financiamento e impostos)

Demonstrações Financeiras 53

DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

Capital

realizado

Acções

(quotas

próprias)

Outros

instrumentos

de capital

Prémios

de

emissão

Reservas

legais

Outras

reservas

Resultados

transitados

Ajustamentos

em activos

financeiros

Excedentes

de

revalorização

Outras

variações

no capital

próprio

Resultado

líquido do

período

POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 2012 1 5.000.000 15.204.515 (36.312.258) (30.596.107) (46.703.850)

ALTERAÇÕES NO PERÍODO

Primeira adopção do novo referencial

contabilístico

Alterações de politicas contablísticas

Diferenças de conversão de demonstrações

Financeiras

Realização do excedente de revalorização

de activos fixos tangíveis e intangíveis

Excedente de revalorização de activos fixos

tangíveis e intangíveis e respectivas

variações

Ajustamentos por impostos diferidos

Outras alterações reconhecidas no capital

próprio (30.596.107) 30.596.107

Total das alterações no período 2 0 0 0 0 0 0 (30.596.107) 0 0 0 30.596.107

Resultado líquido do período 3 (19.165.018) (19.165.018)

Resultado integral 4=2+3 11.431.089 11.431.089

Operações com detentores de capital no

período

Realização de capital

Realizações de prémios de emissão

Distribuições

Entradas para cobertura de perdas

Outras operações

Total das operações com detentores de

capital no período 5

Posição no final do período de 2012 6=1+2+3+5 5.000.000 0 15.204.515 0 0 0 (66.908.365) 0 0 0 (19.165.018) (65.868.868)

NOTAS

Capital Próprio atribuído aos detentores do capital da empresa-mãe

Total do Capital

PróprioDESCRIÇÃO

Demonstrações Financeiras 54

Capital

realizado

Acções

(quotas

próprias)

Outros

instrumentos

de capital

Prémios

de

emissão

Reservas

legais

Outras

reservas

Resultados

transitados

Ajustamentos

em activos

financeiros

Excedentes

de

revalorização

Outras

variações

no capital

próprio

Resultado

líquido do

período

POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 2011 1 5.000.000 15.204.515 (36.312.258) (16.107.743)

ALTERAÇÕES NO PERÍODO

Primeira adopção do novo referencial

contabilístico

Alterações de politicas contablísticas

Diferenças de conversão de demonstrações

Financeiras

Realização do excedente de revalorização

de activos fixos tangíveis e intangíveis

Excedente de revalorização de activos fixos

tangíveis e intangíveis e respectivas

variações

Ajustamentos por impostos diferidos

Outras alterações reconhecidas no capital

próprio (36.312.258) 36.312.258

Total das alterações no período 2 0 0 0 0 0 0 (36.312.258) 0 0 0 36.312.258

Resultado líquido do período 3 (30.596.107) (30.596.107)

Resultado integral 4=2+3 5.716.151 5.716.151

Operações com detentores de capital no

período

Realização de capital

Realizações de prémios de emissão

Distribuições

Entradas para cobertura de perdas

Outras operações

Total das operações com detentores de

capital no período 5 0 0 0 0 - 0 0 0 0 -

Posição no final do período de 2011 6=1+2+3+5 5.000.000 0 15.204.515 0 0 0 (36.312.258) 0 0 0 (30.596.107) (46.703.850)

DESCRIÇÃO NOTAS

Capital Próprio atribuído aos detentores do capital da empresa-mãe

Total do Capital

Próprio

Demonstrações Financeiras 55

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Período findo em 31 de Dezembro de 2012 (Valores em euros)

RUBRICAS31-12-2012 31-12-2011

Fluxos de caixa das actividades operac ionais - método directo

74.132.469 69.357.567

Pagamentos a fornecedores -53.915.925 -42.291.207

Pagamentos ao pessoal -16.960.339 -24.887.698

3.256.205 2.178.661

Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento -127.198

Outros recebimentos/pagamentos -925.874 -2.281.364

Fluxos de caixa das actividades operacionais (1) 2.203.133 -102.703

Fluxos de caixa das actividades de investimento

Pagamentos respeitantes a:

Activos fixos tangíveis -2.690.343 -21.014.452

Recebimentoss provenientes de:

Activos fixos tangíveis 808 854.682

Juros e rendimentos similares 27.901 58.584

Fluxos de caixa das actividades de investimento (2) -2.661.634 -20.101.186

Fluxos de caixa das actividades de financiamento

Recebimentos provenientes de:

Financiamentos obtidos 11.070.000 38.600.550

Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos obtidos -2.813.704 -7.918.045

Juros e gastos similares -5.242.496 -3.954.781

Fluxos de caixa das actividades de financiamento (3) 3.013.800 26.727.724

Variação de caixa e seus equivalentes [4]=[1]+[2]+[3] 2.555.299 6.523.835

Efeito das diferenças de câmbio 1

Caixa e seus equivalentes no início do período 11.688.484 5.164.649

Caixa e seus equivalentes no fim do período 14.243.784 11.688.484

Recebimentos de clientes

Caixa gerada pelas operações

Anexo 56

ANEXO

Anexo 57

ANEXO

1. Identificação da entidade e notas de operacionalidade

1.1. Identificação

A CP CARGA – Logística e Transportes Ferroviários de Mercadorias, SA, é uma

Sociedade Anónima, constituída de acordo com o Decreto-Lei n.º 137-A/2009,

de 12 de Junho, respeitando as orientações constantes do Despacho

n.º9541/2008, de 14 de Março, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º

65, de 2 de Abril de 2008, com sede social na Calçada do Duque nº 20, 1249-

109 Lisboa.

A CP CARGA, SA tem por objecto principal a prestação de serviços transporte

ferroviário de mercadorias, actividades logísticas e operações conexas.

A sua constituição resulta da cisão simples, de acordo com o nº 10 do referido

Decreto-Lei n.º 137-A/2009, por parte da CP – Comboios de Portugal, E.P.E.

que detém 100% do seu capital.

1.2. Autonomização da actividade de transporte ferroviário de

mercadorias

O Decreto-Lei nº137-A/2009, de 12 de junho, que aprovou o regime jurídico

aplicável à CP – Comboios de Portugal, E.P.E. e os respectivos Estatutos, veio

determinar no seu artigo 10º a autonomização da actividade de transporte

ferroviário de mercadorias e a constituição da sociedade comercial CP

CARGA– Logística e Transportes Ferroviários, S.A., por via de cisão simples da

CP.

A autonomização desta área de negócio que vinha sendo desenvolvido por

uma Unidade de Negócios da CP – Comboios de Portugal, E.P.E., enquadra-se

nas orientações estratégicas para o sector ferroviário apresentadas pelo

Governo em 28 de Outubro de 2006, como modo de transporte sustentável do

ponto de vista ambiental, económico e social e medida atinente ao

compromisso de liberalização do sector assumido com a União Europeia,

encontrava-se prevista no Despacho n.º9541/2008, de 14 de Março, de Suas

Excelências, o Secretário de Estado do Tesouro e Finanças e o Secretário

Estado dos Transportes.

Anexo 58

O Decreto-Lei nº137-A/2009 veio igualmente determinar que esta sociedade

anónima seria constituída por deliberação do Conselho de Administração da

CP, E.P.E., a qual deveria indicar, nomeadamente, os activos a transferir, o

património a afectar à nova sociedade, os contratos de utilização de

instalações fixas e a relação dos trabalhadores a transitar, e que seriam

transferidas para a nova sociedade as posições jurídicas em contratos

celebrados pela CP, E.P.E., relativamente às atribuições que viessem a ser

prosseguidas pela CP CARGA, S.A.

Neste contexto, a CP, E.P.E., procedeu no dia 31 de Julho de 2009 à

constituição e registo da CP CARGA, S.A., que iniciou a sua actividade em 1

de Agosto de 2009, com o capital social de 5 milhões de euros, representado

e dividido em 1 milhão de acções no valor nominal de 5 euros cada uma, e

prestações acessórias de 15 milhões de euros, num total 20 milhões de euros

de capitais próprios, totalmente realizados em espécie e certificados nos

termos previstos no artigo 28º do Código das Sociedades Comerciais.

No âmbito da constituição, e em conformidade com o previsto no artigo 10º

do citado Decreto-Lei nº137-A/2009 foram transferidos para o domínio da CP

CARGA, S.A., os activos e passivos, direitos, obrigações e responsabilidades

que se encontravam afectos ao transporte ferroviário de mercadorias

desenvolvido pela Unidade de Negócios CP CARGA e relevados na

contabilidade da CP, E.P.E., em 31 de Julho de 2009, no montante líquido dos

referidos capitais próprios, que constituíram o património inicial da nova

sociedade.

2. Referencial Contabilístico de preparação das demonstrações

financeiras

2.1. As demonstrações financeiras da CP CARGA – Logística e Transportes

Ferroviários de Mercadorias, SA, foram preparadas de acordo com o Sistema

de Normalização Contabilística (SNC), conforme disposto no Decreto-Lei nº

158/2009, de 13 de Julho. O SNC é composto pelas Bases para a Apresentação

de Demonstrações Financeiras (BADF), Modelos de Demonstrações Financeiras

(MDF), Código de Contas (CC), Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro

(NCRF), Normas Interpretativas (NI) e Estrutura Conceptual.

As demonstrações financeiras que incluem o balanço, a demonstração dos

resultados por naturezas, a demonstração das alterações no capital próprio, a

demonstração dos fluxos de caixa e o anexo, foram aprovadas pelo Conselho

Anexo 59

de Administração da Empresa, no dia 14 de março de 2013, são expressas em

euros e foram preparadas de acordo com os pressupostos da continuidade e

do regime de acréscimo no qual os itens são reconhecidos como activos,

passivos, capital próprio, rendimentos e gastos quando satisfaçam as

definições e os critérios de reconhecimento para esses elementos contidos na

estrutura conceptual, em conformidade com as características qualitativas da

compreensibilidade, relevância, materialidade, fiabilidade, representação

fidedigna, substância sobre a forma, neutralidade, prudência, plenitude e

comparabilidade.

As políticas contabilísticas apresentadas na nota 3, foram utilizadas nas

demonstrações financeiras para o período findo a 31 de Dezembro de 2012 e

na informação financeira comparativa apresentada nestas demonstrações

financeiras para o período findo a 31 de Dezembro de 2011.

2.2. Não foram feitas derrogações às disposições do SNC.

2.3. Contas cujo conteúdo não é comparável

Não aplicável.

3. Principais políticas contabilísticas

As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração destas

demonstrações financeiras estão descritas abaixo.

3.1. Bases de mensuração

As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do

custo histórico. Os grupos de activos detidos para venda são registados ao

menor entre o seu valor contabilístico ou justo valor deduzido dos respectivos

custos de venda.

A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NCRF requer

que o Conselho de Administração formule julgamentos, estimativas e

pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e o valor

dos activos, passivos, proveitos e custos. As estimativas e pressupostos

associados são baseados na experiência histórica e noutros factores

considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para

os julgamentos sobre os valores dos activos e passivos cuja valorização não é

Anexo 60

evidente através de outras fontes. Os resultados reais podem diferir das

estimativas.

As questões que requerem um maior índice de julgamento ou complexidade,

ou para as quais os pressupostos e estimativas são considerados significativos,

são apresentados na Nota 3.3 (Juízos de valor), na Nota 3.4 (Principais

pressupostos relativos ao futuro) e na Nota 3.5 (Principais fontes de incerteza

das estimativas).

3.2. Políticas contabilísticas relevantes

3.2.1. Activos fixos tangíveis

Reconhecimento e valorização

Os activos fixos tangíveis da Entidade encontram-se registados ao custo de

aquisição deduzido das respectivas amortizações acumuladas e perdas por

imparidade. Na data da transição para as NCRF (1 de Janeiro de 2009) a

Entidade decidiu considerar como custo dos activos fixos tangíveis o seu valor

reavaliado determinado em conformidade com as anteriores políticas

contabilísticas, o qual era equiparável em termos gerais ao custo mensurado

de acordo com as NCRF.

O Custo inclui o preço de compra, incluindo impostos não reembolsáveis e

excluindo descontos comerciais e abatimentos, como ainda os custos

necessários para colocar o activo na localização e condição de

funcionamento, nomeadamente as despesas de transporte e montagem.

Os custos subsequentes são reconhecidos como activos fixos tangíveis apenas

se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a

Entidade. Todas as despesas com a manutenção e reparação que não

aumentem a vida útil do bem são reconhecidos como custo, de acordo com o

princípio da especialização dos exercícios.

Despesas de manutenção e reparação

Material circulante:

- As despesas de reparação e manutenção correntes incorridas durante a vida

útil do material circulante são reconhecidas como gastos operacionais;

Anexo 61

- Os gastos com as grandes reparações periódicas do material circulante, mas

que não aumentam a sua vida útil caracterizam-se como REV, são diferidos no

exercício em que ocorrem e reconhecidos como gastos com serviços e

fornecimentos externos numa base plurianual. Estas intervenções

programadas são em função do tipo de exploração, tempo ou quilómetros

percorridos, tendo como objectivos monitorar e/ou restituir a vida dos órgãos

e equipamentos de segurança, garantido a fiabilidade de funcionamento

exigida, efectuadas em intervalos de 6 e 8 anos.

Edifícios e instalações fixas:

As despesas de manutenção corrente e de reparação (contratos de

manutenção, inspeções técnicas, etc.) são reconhecidos como gastos

operacionais no período em que são incorridos, em conformidade com o

princípio da especialização dos exercícios.

A manutenção e a reparação destes activos tangíveis é da responsabilidade da

Entidade durante o período em que estão afectos às suas operações.

As despesas com intervenções que aumentem a vida útil dos bens são

reconhecidas em activos fixos tangíveis.

Depreciação

A depreciação dos activos fixos tangíveis é calculada pelo método das quotas

constantes, de acordo com o Decreto Regulamentar 25/2009 de 14 de

Setembro e com os seguintes períodos de vida útil esperada dos bens:

Descritivo do bem ANOS

Edifícios e outras construções 3 a 30

Material circulante - Vagões 3 a 35

Equipamento de transporte 3 a 10

Equipamento administrativo e utensílios 3 a 8

Outros activos fixos tangíveis 3 a 20

Anexo 62

Imparidade

Quando existe indicação de que um Activo possa estar em imparidade a NCRF

12 exige que o seu valor recuperável seja estimado, devendo ser reconhecida

uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um Activo exceda o

seu valor recuperável. Desta forma, as perdas por imparidade são

reconhecidas na Demonstração dos Resultados. O valor recuperável é

determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda (valor

realizável líquido) e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no

valor atual dos fluxos de caixa estimados que se esperam vir a obter do uso

continuado do Activo e da sua alienação no fim da sua vida útil.

3.2.2. Locações

A empresa classifica as operações de locação como locações financeiras ou

locações operacionais em função da sua substância e não da sua forma legal.

São classificadas como locações financeiras as operações em que os riscos e

vantagens inerentes à posse de um Activo são substancialmente transferidos

para o locatário. Todas as restantes operações de locação são classificadas

como locações operacionais.

Locações operacionais

Os pagamentos de uma locação operacional são reconhecidos como um gasto

numa base linear durante o prazo de locação.

Locações financeiras

Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início, no

Activo e no Passivo, pelo menor entre o justo valor da propriedade locada ou

o valor atual das rendas de locação vincendas.

As rendas são constituídas pelo encargo financeiro que é debitado em

Resultados e pela redução do passivo pendente. Os encargos financeiros são

reconhecidos como gastos ao longo do período da locação, a fim de

produzirem uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente

do Passivo em cada período.

As rendas são constituídas pelo rendimento financeiro e pela amortização

financeira do capital. O reconhecimento do resultado financeiro reflete uma

Anexo 63

taxa de retorno periódica constante sobre o investimento líquido

remanescente do locador.

Os activos adquiridos em locação financeira são depreciados de acordo com a

política estabelecida pela empresa para os activos fixos tangíveis.

3.2.3. Activos Intangíveis

Os activos intangíveis da Entidade encontram-se registados ao custo de

aquisição deduzido das respectivas amortizações acumuladas e das perdas por

imparidade.

A Entidade procede a testes de imparidade sempre que eventos ou

circunstâncias indiciam que o valor contabilístico excede o valor recuperável,

sendo a diferença, caso exista, reconhecida em resultados. O valor

recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda

líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual

dos fluxos de caixa futuros estimados que se esperam vir a obter do uso

continuado do activo e da sua alienação no fim da sua vida útil.

Os gastos de licenciamento da actividade e com a aquisição e colocação de

software para utilização, são capitalizados ao custo de aquisição sempre que

sejam satisfeitos os requisitos para o reconhecimento.

As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes pelo

período de 3 anos.

3.2.4. Contas a receber de clientes e outros devedores

As contas a receber são inicialmente reconhecidas ao seu justo valor, sendo

subsequentemente valorizadas ao custo amortizado deduzido das perdas por

imparidade que lhe estejam associadas.

As perdas por imparidade são registadas com base na avaliação das perdas

estimadas, associadas aos créditos de cobrança duvidosa na data do balanço.

As perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida dos

Resultados, sendo subsequentemente revertidas por Resultados caso se

verifique uma redução do montante da perda estimada, num período

posterior.

Anexo 64

3.2.5. Caixa e equivalentes de caixa

O caixa e equivalentes de caixa incluem caixa, depósitos bancários, outros

investimentos de curto prazo de elevada liquidez e descobertos bancários. Os

descobertos bancários são apresentados no Balanço, no passivo corrente, na

rubrica de Financiamentos obtidos.

3.2.6. Empréstimos e descobertos bancários

Os empréstimos são inicialmente reconhecidos no Passivo pelo valor nominal

recebido, líquido de despesas com a emissão, o qual corresponde ao

respectivo Justo Valor nessa data. Subsequentemente, os empréstimos são

mensurados pelo método do custo amortizado. Qualquer diferença entre o

componente de passivo e a quantia nominal a pagar, à data de maturidade, é

reconhecida como gastos de juro utilizando o método da taxa de juro efetiva.

São classificados em Passivo Corrente montante em dívida dos contratos de

financiamento que satisfaça qualquer um dos seguintes critérios:

- se espere que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da

entidade;

- esteja detido essencialmente para a finalidade de ser negociado;

- deva ser liquidado num período até doze meses após a data do balanço;

- a entidade não tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do

passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço.

Todos os outros empréstimos são classificados como Passivo não Corrente.

Desta forma, é classificado em Passivo não Corrente o montante em dívida

dos contratos de financiamento cuja exigibilidade estabelecida

contratualmente é superior a um ano.

3.2.7. Activos não correntes detidos para venda e operações em

descontinuação

Os activos não correntes ou grupos de activos não correntes detidos para

venda (grupos de activos em conjunto com os respectivos passivos, que

incluem pelo menos um activo não corrente), são classificados como detidos

para venda quando o seu custo for recuperado principalmente através de

Anexo 65

venda, os activos ou grupos de activos estão disponíveis para venda imediata

e a sua venda é muito provável.

A Entidade também classifica como activos não correntes detidos para venda

os activos não correntes ou grupos de activos adquiridos apenas com o

objectivo de venda posterior, que estão disponíveis para venda imediata e

cuja venda é muito provável.

Imediatamente antes da sua classificação como detidos para venda, a

mensuração de todos os activos não correntes e todos os activos e passivos

incluídos num grupo de activos para venda, é efectuada de acordo com as

NCRF aplicáveis. Após a sua classificação, estes activos ou grupos de activos

são mensurados ao menor entre o seu custo e o seu justo valor deduzido dos

custos de venda.

3.2.8. Transacções em moeda estrangeira

Moeda Funcional e de apresentação

Os elementos incluídos nas Demonstrações financeiras da entidade são

mensurados utilizando a moeda do ambiente económico em que a entidade

opera (“a moeda funcional”). As Demonstrações financeiras são apresentadas em euros, sendo esta a moeda funcional e de apresentação da Entidade.

Transacções e saldos

As transacções em outras divisas, que não o Euro, são convertidas em moeda

funcional utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.

Em cada data de Balanço, os Activos e Passivos monetários expressos em

moeda estrangeira são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio

vigentes naquela data.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas

diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as

vigentes na data das cobranças/pagamentos ou à data do balanço, são

registadas como rendimentos e gastos na Demonstração dos Resultados do

período.

Activos e Passivos não monetários registados de acordo com o seu Justo Valor

denominado em moeda estrangeira são transpostos para Euros utilizando para

Anexo 66

o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o Justo Valor foi

determinado.

3.2.9. Reconhecimento do rédito

As receitas geradas na CP CARGA referem-se à prestação de serviços de

transporte ferroviário de mercadorias, concessão de espaços em infra-

estruturas portuárias e licenças diversas, aluguer de equipamentos e outros

serviços relacionados com o transporte de mercadorias, deduzidas de

descontos e deduções ao preço. As receitas são reconhecidas ao seu justo

valor.

Os serviços prestados pela CP CARGA são normalmente concluídos dentro de

cada período de relato. Os rendimentos decorrentes da actividade de

transporte de mercadorias são reconhecidos na Demonstração dos Resultados,

no momento em que o serviço seja prestado, mediante a emissão da

declaração de expedição, o qual se refere à data da chegada ao destino, e

quando for provável que a quantia das receitas e das despesas seja

fiavelmente mensurável e que os benefícios económicos associados reverterão

para a Entidade.

3.2.10. Reconhecimento de Gastos e Rendimentos

Os Gastos e Rendimentos são registados no período a que se referem

independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o

pressuposto subjacente do regime de acréscimo (periodização económica). As

demonstrações financeiras preparadas informam não somente das transacções

passadas envolvendo o pagamento e o recebimento de caixa mas também das

obrigações de pagamento de futuro e de recursos que representem caixa a ser

recebida no futuro. A especialização dos exercícios é efectuada através da

utilização da rubrica de Outras contas a receber e a pagar (Devedores e

credores por empréstimos) e da rubrica de Diferimentos.

3.2.11. Juros e Rendimentos similares obtidos e Juros e Gastos

similares suportados

Os juros são reconhecidos em gastos e perdas do período, de acordo com o

regime de acréscimo e com a taxa de juro efectiva aplicável.

Anexo 67

3.2.12. Imposto sobre lucros

Os impostos sobre lucros registados em resultados, incluem o efeito dos

impostos correntes e impostos diferidos. O imposto é reconhecido na

demonstração dos resultados, excepto quando relacionado com itens que

sejam movimentados em capitais próprios, facto que implica o seu

reconhecimento em capitais próprios

Os impostos correntes correspondem ao valor esperado a pagar sobre o

rendimento tributável do período, utilizando a taxa de imposto em vigor à

data de balanço e quaisquer ajustamentos aos impostos de períodos

anteriores.

A CP CARGA faz parte do grupo de empresas tributado de acordo com o

regime especial de tributação pelo lucro consolidado, de que a CP, Comboios

de Portugal, EPE é a sociedade dominante, conforme mencionado na nota 9.

3.2.13. Activos e passivos contingentes

Activos contingentes

Um Activo Contingente é um possível Activo proveniente de acontecimentos

passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não

ocorrência, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o

controlo da entidade.

Os Activos Contingentes não são reconhecidos nas Demonstrações Financeiras,

mas divulgados no anexo quando é provável um influxo de benefícios

económicos.

Passivos contingentes

Um Passivo contingente surge quando exista:

Uma possível obrigação que surja proveniente de acontecimentos passados e

cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não ocorrência,

de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo

da entidade; ou

Uma obrigação presente que surja de acontecimentos passados mas que não é

reconhecida porque i) não é provável que um exfluxo de recursos, que

incorporem benefícios económicos, será necessário para liquidar a obrigação;

Anexo 68

ou ii) a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente

fiabilidade.

Os Passivos Contingentes não são reconhecidos nas Demonstrações

Financeiras, sendo os mesmos divulgados no Anexo às respectivas

Demonstrações, a menos que a possibilidade de uma exfluxo de recursos que

incorporem benefícios económicos futuros seja remota.

3.2.14. Acontecimentos Subsequentes

As demonstrações financeiras apresentadas refletem os eventos subsequentes

ocorridos até 14 de Março de 2013, data em que foram aprovadas pelo Órgão

de Gestão conforme referido na Nota 2.1.

Os eventos ocorridos após a data do balanço sobre condições que existiam à

data do balanço, são considerados na preparação das demonstrações

financeiras. Os acontecimentos materiais após a data do balanço que não dão

lugar a ajustamentos são divulgados na Nota 36.

3.3. Principais pressupostos relativos ao futuro

Os resultados operacionais da CP CARGA para 2013 deverão consolidar a

trajectória de progressiva melhoria evidenciada desde 2011. A empresa

continuará a implementar medidas de racionalização e melhoria da

rendibilidade da sua actividade principal, o transporte ferroviário de

mercadorias, e manteremos igualmente uma política de rigorosa contenção

de custos

Esta política permite assegurar as condições de sustentabilidade da empresa e

garantir o rigoroso cumprimento dos compromissos assumidos para com o

Accionista, quer em termos de objectivos estratégicos, quer das metas

desenhadas para o horizonte de médio prazo.

O Conselho de Administração reconhece as limitações em matéria de

financiamento às empresas que se colocam no actual contexto de

ajustamento do país, de recessão económica em boa parte das economias

europeias e de alguma incerteza ainda em torno das crises da dívida

soberana.

Apesar do contexto global económico e financeiro adverso e do clima de

conflitualidade social na empresa, com reflexos no nível de actividade, é

Anexo 69

nossa convicção que a CP Carga apresenta os meios financeiros adequados

para fazer face às necessidades de tesouraria estimadas ao longo de 2013.

As linhas de crédito de que a empresa dispõe e o imprescindível apoio

financeiro do Accionista asseguram a continuidade das operações.

Deste modo, o Conselho de Administração entende adequada a preparação

das demonstrações financeiras numa base de continuidade.

É entendimento do Conselho de Administração que a CP Carga continua a

prestar um serviço insubstituível no transporte de mercadorias no mercado

interno mas também de importância crescente nos canais de exportação, cuja

continuidade é necessário continuar a assegurar.

3.4. Principais pressupostos que envolvam risco significativo de provocar

ajustamento material nas quantias escrituradas de activos e passivos

durante o ano seguinte são as que seguem:

Vida útil de activos fixos tangíveis

A vida útil de um activo é definida em termos da utilidade esperada do activo

para a entidade. A política de gestão de activos da entidade pode envolver a

alienação de activos após um período especificado ou após consumo de uma

proporção especificada dos futuros benefícios económicos incorporados no

activo. Por isso, a vida útil de um activo pode ser mais curta do que a sua

vida económica. A estimativa da vida útil do activo é uma questão de juízo de

valor baseado na experiência da entidade com activos semelhantes.

Cobranças duvidosas

As perdas por imparidade relativas a créditos de cobrança duvidosa são

baseadas na avaliação efectuada pela CP CARGA da probabilidade de

recuperação dos saldos das contas a receber, antiguidade de saldos, anulação

de dívidas e outros factores. Existem determinadas circunstâncias e factos

que podem alterar a estimativa das perdas por imparidade dos saldos das

contas a receber face aos pressupostos considerados, incluindo alterações da

conjuntura económica, das tendências sectoriais, da deterioração da situação

creditícia dos principais clientes e de incumprimentos significativos. Este

processo de avaliação está sujeito a diversas estimativas e julgamentos. As

alterações destas estimativas podem implicar a determinação de diferentes

Anexo 70

níveis de imparidade e, consequentemente, diferentes impactos nos

resultados.

3.5. Principais fontes de incerteza das estimativas

A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com as NCRF

requer o uso de algumas estimativas contabilísticas importantes.

As estimativas são baseadas no melhor conhecimento existente em cada

momento e nas acções que se planeiam realizar, sendo permanentemente

revistas com base na informação disponível. Alterações nos factos e

circunstâncias podem conduzir à revisão das estimativas, pelo que os

Resultados reais futuros poderão diferir daquelas estimativas.

As principais fontes de incerteza das estimativas à data de balanço, que

tenham um risco significativo de provocar um ajustamento material nas

quantias escrituradas de activos e passivos durante o período contabilístico

seguinte é a que segue:

Vida útil de activos fixos tangíveis

A vida útil de um activo é definida em termos da utilidade esperada do activo

para a entidade, com base no conhecimento histórico e perspectivas futuras

da utilização, as estimativas podem alterar com significância. A política de

gestão de activos da entidade pode envolver a alienação de activos após um

período especificado ou após consumo de uma proporção especificada dos

futuros benefícios económicos incorporados no activo.

4. Fluxos de caixa

A Demonstração dos Fluxos de Caixa é preparada segundo o método direto,

através do qual são divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa brutos

em actividades operacionais, de investimento e de financiamento.

A Empresa classifica os juros e dividendos pagos como actividades de

financiamento e os juros e os dividendos recebidos como actividades de

investimento.

A 31 de dezembro de 2012 todos os saldos de caixa e seus equivalentes

encontram-se disponíveis para uso.

Anexo 71

4.1. A rubrica de caixa e depósitos bancários é constituída pelos

seguintes saldos:

(valores em euros)

Descrição 31-12-2012 31-12-2011

Caixa 10.000 10.000

Depósitos à ordem 14.233.784 11.678.484

Caixa e seus equivalentes 14.243.784 11.688.484

5. Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e

erros

Nada a referir

(valores em euros)

Descrição 31-12-2012 31-12-2011

Caixa

Serviços centrais 5.500 5.500

Delegação Regional Norte 1.000 1.000

Delegação Regional Centro 1.000 1.000

Delegação Regional Sul 1.000 1.000

Terminal Leixões 750 750

Terminal Bobadela 750 750

10.000 10.000

Depósitos à ordem

Banco Espírito Santo 1.023.260 296.000

Banco Português de Investimento 1.500.191 368.862

Banco Santander 2.351.493 3.244.604

Banco Bilbau Vizcaya 0 11.259

Millennium BCP 86.571 72.014

Caixa Geral Depósitos 1.882.105 7.685.746

Instituto Gestão Crédito Publico 7.390.164

14.233.784 11.678.484

Caixa e seus equivalentes 14.243.784 11.688.484

Anexo 72

6. Ativos fixos tangíveis

Esta rubrica é analisada como segue:

Descrição 31-12-2012 31-12-2011

Valor Bruto:

Edificios e outras construções 2.592.245 2.500.025

Equipamento básico 84.680.310 79.192.628

Equipamento de transporte 419.116 419.116

Equipamento administrativo 252.214 223.339

Outros activos fixos tangíveis 206.349 150.318

Investimento em curso 376.571 218.360

Adiantamentos por conta de investimentos 1.827.400

88.526.805 84.531.185

Depreciação acumulada e imparidade

Depreciação do período 5.064.569 6.104.497

Depreciação acumulada de períodos anteriores 15.198.801 9.096.417

Perdas por imparidade do período

Perdas por imparidade de períodos anteriores

20.263.370 15.200.913

Valor liquido contabilístico 68.263.435 69.330.272

(valores em euros)

Anexo 73

Descrição Saldo inicial AdiçõesRevaloriz.

/ImparidadesAlienações Abates Transferências

Outras

regularizaçõesSaldo final

Valor Bruto:

Edificios e outras construções 2.500.025 2.225 89.996 2.592.246

Equipamento básico 79.192.628 577.210 4.910.472 84.680.310

Equipamento de transporte 419.116 419.116

Equipamento administrativo 223.339 57.217 -2.214 -494 -25.634 252.214

Outros activos fixos tangiveis 150.317 60.523 -4.492 206.348

Investimento em curso 218.360 3.301.153 -3.142.942 376.571

Adiantamentos por conta de investimentos 1.827.400 -1.827.400 0

84.531.185 3.998.328 0 -2.214 -494 0 0 88.526.805

Depreciação acumulada e imparidade

Edificios e outras construções 440.095 172.773 612.869

Equipamento básico 14.430.154 4.783.910 19.214.064

Equipamento de transporte 155.744 52.489 208.232

Equipamento administrativo 148.356 42.818 -1.619 -494 189.061

Outros activos fixos tangiveis 26.565 12.579 39.144

15.200.913 5.064.569 0 -1.619 -494 0 0 20.263.370

TOTAL 69.330.272 68.263.435

(valores em euros)

Anexo 74

O aumento significativo na rubrica de equipamento básico, no valor de 5,4

milhões €, deve-se á aquisição de vagões á Emef com a última entrega

realizada em Junho de 2012. Estas aquisições estão afectas a contratos de

locação financeira.

À data de 31 de Dezembro de 2012, o valor dos activos fixos tangíveis

financiados por contratos de locação financeira apresenta-se como se segue:

No ano de 2012 foram ainda contabilizadas notas de crédito no valor de

2.851.167,04 euros referente á atualização de preços dos vagões, não estando

este valor associados a contratos de leasing como também a quantia de

209.178 euros referente á homologação dos vagões.

A CP Carga não tem indícios de ter material circulante/ vagões com

imparidade, uma vez que estão todos em funcionamento. A aquisição de

novos vagões á Emef, destina-se ao serviço combinado nacional e

internacional actividade em expansão na empresa.

7. Activos intangíveis

Esta rubrica é analisada como segue:

Valor brutoDepreciação

/ImparidadeValor líquido Valor bruto

Depreciação

/ImparidadeValor líquido

Equipamento básico 38.398.710 1.839.175 36.559.535 32.035.000 844.021 31.190.979

38.398.710 1.839.175 36.559.535 32.035.000 844.021 31.190.979

31-12-2012

Descrição

31-12-2011

(valores em euros)

31-12-2012 31-12-2011

VALOR BRUTO

Despesas de Investigação e desenvolvimento 156.011 156.011

156.011 156.011

DEPRECIAÇÃO ACUMULADA E IMPARIDADE

Amortização do período 25.260 38.183

Amortização acumulada de períodos anteriores 130.751 92.568

156.011 130.751

0 25.260

Descrição

Valor líquido contabilístico

(valores em euros)

Anexo 75

Os movimentos na rubrica de Activos intangíveis durante o exercício de 2012, são analisados como segue:

Descrição Saldo inicial Adições

Revaloriz.

/Imparidade

s

Alienações

Activos

classificados

como

detidos para

venda

Abates TransferênciasOutras

regulariz.Saldo final

Valor Bruto:

Despesas de Investigação e desenvolvimento 156.011 156.011

156.011 0 0 0 0 0 0 0 156.011

Depreciação acumulada e imparidade

Amortização do período 38.183 25.260 63.443

Amortização acumulada de períodos anteriores 92.568 92.568

130.751 25.260 0 0 0 0 0 0 156.011

TOTAL 25.260 0

(valores em euros)

Anexo 76

8. Accionistas/sócios

O detalhe desta rubrica é analisado como segue:

O montante de 63.726 euros, deve-se ao valor em dívida ao accionista CP, em

resultado dos pagamentos de tributação autónoma de 2010 entregues ao

Estado por conta da empresa.

9. Impostos sobre o rendimento

A CP CARGA faz parte de um grupo de empresas tributado de acordo com o

Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades, previsto no artigo

69º do Código do IRC, de que o accionista, CP, EPE é a sociedade dominante.

Relativamente a Impostos sobre o Rendimento, a CP CARGA não contabilizou

activos nem passivos por impostos diferidos relacionados com o reporte de

prejuízos fiscais, por ter considerado que não existem expectativas de que o

referido grupo de sociedades abrangido pelo regime especial de tributação

venha a obter lucros tributáveis futuros que permitam a utilização dos

prejuízos fiscais acumulados.

(valores em euros)

Descrição 31-12-2012 31-12-2011

Activo não corrente

Activo corrente

Clientes 0 0

0 0

TOTAL DO ACTIVO 0 0

Passivo não corrente

Passivo corrente

Outras Operações 0 63.726

Fornecedores 0 0

0 63.726

TOTAL DO PASSIVO 0 63.726

Anexo 77

Nos termos da legislação em vigor, os prejuízos fiscais são reportáveis durante

um período de quatro anos após a sua ocorrência e susceptíveis de dedução a

lucros fiscais gerados durante esse período.

O resultado contabilístico foi ajustado de modo a reflectir o IRC estimado com

a tributação autónoma de 2012, no montante de €79.013, única matéria tributável apurada no exercício.

10. Inventários

O valor em inventários respeita essencialmente ao gasóleo apurado em

armazém á data de 31 de dezembro de 2012.

Foi revertida em 2012, a imparidade em inventários de €56.126 reconhecida nas contas de 2011, por ter sido detectada diferença nos consumos de

dezembro, em resultado de erro no programa informático disponibilizado pelo

fornecedor.

11. Clientes

A rubrica de Clientes é analisada como segue:

Descrição 31-12-2012 31-12-2011

VALOR BRUTO

Matérias-primas,subsidiárias e de consumo62.072 156.383

62.072 156.383

IMPARIDADES ACUMULADAS

Imparidades do período 56.126 56.126

Imparidades de períodos anteriores -56.126

0 56.126

Valor líquido contabilístico 62.072 100.257

(valores em euros)

Anexo 78

Os movimentos das perdas por imparidade são analisados como segue:

As perdas de imparidade de clientes são reconhecidas sempre que se verifica

um atraso na liquidação de facturas superior a 240 dias, e sempre que

questionada a recuperabilidade das dívidas.

A antiguidade dos saldos de clientes apresenta-se como segue:

Descrição 31-12-2012 31-12-2011

CLIENTES C/C

Clientes Gerais 10.892.059 16.167.581

Empresa-mãe 392.033 58.660

Empreendimentos conjuntos 937.675

Clientes - títulos a receber

Clientes cobrança duvidosa 3.312.778 3.396.395

15.534.545 19.622.636

IMPARIDADES ACUMULADAS

Perdas por imparidade do período 83.617 442.257

Perdas por imparidade de períodos anteriores -3.396.395 -3.838.652

-3.312.778 -3.396.395

Valor líquido contabilistico 12.221.767 16.226.241

(valores em euros)

DescriçãoSaldo inic ial

Perdas ReversõesSaldo Final

CLIENTES C/C

Clientes Gerais 3.396.395 1.134.369 -1.217.986 3.312.778

TOTAL 3.396.395 1.134.369 -1.217.986 3.312.778

(valores em euros)

Descrição até 90 dias Entre 90 e 180 dias Mais de 180 dias

ANO 2012

CLIENTES C/C

Clientes Gerais 9.414.615 739.476 737.968

Empresa-mãe 392.033

Empreendimentos conjuntos 930.263 3.115 4.297

TOTAL 10.736.911 742.591 742.265

(valores em euros)

Anexo 79

12. Estado e outros entes públicos

A rubrica de Estado e outros entes públicos apresenta o seguinte detalhe:

A CP Carga está inserida no Regime Especial de Tributação de Grupos de

Sociedades (RETGS), e como o grupo apresenta prejuízos acumulados, não é

possível efetuar a dedução á colecta desses prejuízos. Deste modo, a

empresa-mãe procede á entrega e solicitação do reembolso do Pagamento

Especial por conta (PEC).

Descrição 31-12-2012 31-12-2011

Imposto sobre o rendimento

Pagamento especial por conta 24.713 24.713

Retenções de imposto sobre o rendimento 9.156 16.475,00

Imposto sobre o valor acrescentado

IVA a recuperar 489.484 836.112

Reembolsos Pedidos

Outros impostos

Contribuições p/Segurança Social 100.042

523.353 977.342

Imposto sobre o rendimento

Previsão de Imposto s/lucros 79.013 76.964

Retenções de imposto sobre o rendimento 121.485 167.536

Imposto sobre o valor acrescentado

IVA a pagar 898.086

Outros impostos

Contribuições p/Segurança Social 324.947 382.909

525.445 1.525.496

Saldos Devedores

Saldos Credores

(valores em euros)

Anexo 80

13. Outras contas a receber

A variação entre o ano 2011 e o ano de 2012 deve-se essencialmente á conta

ODC-Diversos. A diminuição do valor decorreu da regularização dos valores

das notas de crédito emitidas em 2012 pela EMEF referentes á compra de

vagões.

A diminuição em Rendimentos a Repartir, está relacionado com o atraso da

RENFE operadora, na repartição da receita do tráfego internacional em 2011,

posteriormente regularizado em 2012.

Nos devedores por acréscimo de rendimentos a variação deve-se ao

abatimento do valor reconhecido de descontos e abatimentos concedidos em

2011 a alguns clientes (Rappel).

14. Diferimentos

A rubrica de Diferimentos é constituída como segue:

Descrição 31-12-2012 31-12-2011

Outros Devedores - Pessoal 101.153 205.572

Devedores Diversos - c/c 328.634 295.964

Devedores Diversos - cobrança Duvidosa 215.593 1.605

Devedores Diversos - Dep cauções prestadas 27.696 52.602

Credores Diversos - Dep cauções prestadas 49.904

Devedores Diversos - Rendimentos a repartir 456.644 1.184.799

Devedores Diversos - IVA-Operações a regularizar 7.195 4.851

Devedores Diversos - Facturação a emitir -43

ODC-Seg. Saúde Agregado Familiar 32.919

D.Div.-ODC - Cartão Galp Frota/via verde -12.459 -8.707

D.Div.-ODC - Unidades de Negócios/Outros -23

Devedores por acréscimos de rendimentos -580.164 -900.334

D.Div.-ODC - Diversos 17.044 2.581.339

644.116 3.417.669

Imparidades do período - Out.dív.terceiros -213.988 -1.605

Imparidades de períodos anteriores - Out.dív.terceiros -1.605 0

-215.593 -1.605

428.523 3.416.064

VALOR BRUTO

IMPARIDADES ACUMULADAS

Anexo 81

Os gastos com REV’s são gastos com grandes reparações periódicas do

material circulante, que não aumentam a sua vida útil, e por isso são

diferidos no exercício em que ocorrem e reconhecidos como gastos com

serviços e fornecimentos externos numa base plurianual. Estas intervenções

são efectuadas em intervalos de 6 anos.

15. Activos/Passivos não correntes detidos para venda

Não aplicável

16. Capital realizado

O capital social de 5.000.000 euros foi subscrito e totalmente realizado em

espécie na data de constituição da CP CARGA, SA, 31 de julho de 2009, com a

transferência do património afecto à atividade de transporte ferroviário de

mercadorias desenvolvido pela Unidade de Negócios CP Carga, por força do

artº10º do Decreto-Lei nº137-A/2009.

17. Outros instrumentos de capital próprio

Pese embora a sociedade não se encontrar no âmbito do artigo 35º do Código

das Sociedades Comerciais à data de 31 de dezembro de 2009, foi deliberada

em Assembleia-geral de 5 de maio de 2010 a tomada de medidas de modo a

evitar a perda de metade do Capital Social no curto prazo. Deste modo, foi

proposto pela única accionista o aumento das prestações acessórias no

montante de 14.604.199 euros, não remuneradas, realizadas pela mobilização

de créditos de igual montante da CP, EPE sobre a Empresa.

Foi ainda aprovado pela accionista que um montante de 14.399.684 euros,

correspondente a 98,6% das novas prestações acessórias, fosse utilizado na

Descrição 31-12-2012 31-12-2011

Diferimentos - Gas. A Reconhecer -R E V EMEF 16.939.153 17.637.763

Diferimentos - Gas. A Reconhecer -Seguros 106.133 56.085

17.045.286 17.693.848

- -

0 0

TOTAL 17.045.286 17.693.848

(valores em euros)

ACTIVO

PASSIVO

Gastos a reconhecer

Rendimentos a reconhecer

Anexo 82

cobertura dos prejuízos de idêntico valor, registados na conta de Resultados

Transitados. Como resultado desta operação, o valor das prestações

acessórias toma o valor de 15.204.515 euros a 31 de Dezembro de 2010.

Durante os exercícios de 2011 e 2012, a CP, único accionista, não concedeu

qualquer verba com impacto nesta rubrica.

18. Resultados transitados

A variação dos resultados transitados diz respeito à incorporação do resultado

líquido do exercício anterior.

19. Financiamentos obtidos

Esta rubrica é analisada como segue:

A análise da rubrica de Financiamentos obtidos, por maturidade, é a seguinte:

31-12-2012 31-12-2011

Passivo não corrente

Instituições de crédito e sociedades financeiras

Empréstimos bancários 36.000.000 54.000.000

Locações financeiras 34.085.126 28.533.272

70.085.126 82.533.272

Passivo corrente

Instituições de crédito e sociedades financeiras

Empréstimos bancários 36.700.000 18.700.000

Locações financeiras 2.895.164 1.769.840

Participantes de capital

Empréstimos bancários 43.930.280

83.525.443 20.469.840

153.610.569 103.003.112

Descrição

TOTAL

(valores em euros)

Anexo 83

À data de 31 de Dezembro de 2012, os pagamentos futuros do capital em

dívida dos financiamentos obtidos não correntes, são analisados como segue:

20. Provisões

O montante registado em 2011 e que se mantêm ajustado em 2012, foi criado

para fazer face a um eventual exfluxo económico para empresa referente a

um acidente ferroviário em Alcácer do Sal. Este acidente ocorreu em Outubro

31-12-2012 31-12-2011

Instituições de crédito e soc iedades financeiras

Empréstimos bancários

Até 1 ano 36.700.000 18.700.000

De 1 a 5 anos 36.000.000 54.000.000

A mais de 5 anos

Locações financeiras

Até 1 ano 2.895.164 1.769.840

De 1 a 5 anos 16.670.355 12.116.363

A mais de 5 anos 17.414.771 16.416.909

Partic ipantes de capital

Até 1 ano 43.930.280

153.610.569 103.003.112

Descrição

TOTAL

(valores em euros)

2014 2015 2016 2017 2018 2019 a 2022 Total

Instituições de crédito e soc iedades financeiras

Empréstimos bancários

Amortizações 18.000.000 18.000.000 36.000.000

Locações financeiras 3.032.390 3.176.181 3.326.854 3.484.740 3.650.190 17.414.771 34.085.126

21.032.390 21.176.181 3.326.854 3.484.740 3.650.190 17.414.771 70.085.126

(valores em euros)

Descrição

TOTAL

Saldo inic ial Adições Utilizações Reversões Saldo final

PROVISÕES:

Acidentes ferroviários 475.000 0 475.000

TOTAL 475.000 0 0 0 475.000

Descrição

(valores em euros)

Anexo 84

de 2010 com vagões Tejo, cujas responsabilidades ainda não se encontram

devidamente imputadas na totalidade, e estão a ser analisadas em

contencioso, podendo vir a ser partilhadas por várias entidades, entre elas a

CP Carga.

21. Outras contas a pagar

A rubrica de Outras contas a pagar é analisada como segue:

A maior variação registou-se na rubrica Outros credores em resultado da

conversão da divida comercial à CP – Comboios de Portugal EPE em

Empréstimo obtido da empresa mãe, no valor de €2.918.887.

O empréstimo total para fazer face a necessidades de tesouraria, foi

efectuado pela conversão de €43.930.280 correspondente a valores em dívida à CP, à data de 31.10.2012, conforme referido também no ponto 22.

Verificou-se ainda uma redução do acréscimo de gastos relacionados com FSE,

visto em 2011 ter ocorrido uma correção ao valor faturado de aluguer de

material motor á CP de €1.656.558, facto que não se verificou em 2012.

22. Fornecedores

Esta rubrica apresenta o seguinte detalhe

Descrição 31-12-2012 31-12-2011

Credores por acréscimos de gastos 9.550.280 10.707.020

Outros credores 32.827 3.037.929

Pessoal 45.954 144.575

9.629.061 13.889.524

CORRENTE

(valores em euros)

Anexo 85

A maior redução ocorre na sequência da conversão de divida á CP – Comboios

de Portugal EPE em empréstimo obtido, que representa uma variação em

termos líquidos de perto de 31 milhões de euros. Numa escala inferior

também se verificou uma redução do saldo referente a fornecedores de

investimento, neste caso respeitante à EMEF (-1.6 milhões euros)

23. Vendas e serviços prestados

As vendas e serviços prestados analisam-se da seguinte forma:

24. Subsídios á Exploração

O subsídio á exploração recebido em 2012, está relacionado com o Projeto

“life Rail”.

Descrição 31-12-2012 31-12-2011

FORNECEDORES C/C

Gerais 5.893.494 6.410.940

Empresa-mãe 8.062.935 38.771.897

Empreendimentos conjuntos 180.619 2.888

Facturas em recepção e conferência 26.651

Fornecedores de investimento 279.965 1.992.383

TOTAL 14.417.013 47.204.760

(valores em euros)

31-12-2012 31-12-2011

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Tráfego de Mercadorias 61.438.980 58.674.471

Prestação Serviços nos terminais 491.837 623.326

Manutençâo Material circulante 26.248 59.066

Comboio socorro 471.459 471.459

Indemnização por danos 0 1.079

Descontos e abatimentos concedidos -189.000 -902.500

Outros serviços 64.766 11.004

TOTAL 62.304.290 58.937.905

(valores em euros)

Descrição

31-12-2012 31-12-2011

Subsídios a exploração

Comunidade europeia 2.469

TOTAL 2.469 0

(valores em euros)

Descrição

Anexo 86

Este projeto foi realizado em parceria com várias entidades portuguesas e

espanholas, coordenada pelo porto de Barcelona, que visa a formação de

técnicos na área de transportes multimodais marítimos/ferroviários e

adicionalmente promove contatos comercias com agentes relevantes neste

segmento de mercado.

25. Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

26. Fornecimentos e serviços externos

A rubrica de Fornecimentos e serviços externos é analisada como segue:

31-12-2012 31-12-2011

Existências iniciais 156.383 0

Compras 2.155.061 1.320.141

Devolução de existências 0 0

Regularização de existências 681 30.950

Quebras de Existências -13.972

Existências finais -62.072 -156.383

CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS 2.236.080 1.194.707

(valores em euros)

Descrição

Matérias-primas,subsidiárias e de consumo

Anexo 87

Os FSE`s refletem uma diminuição global de € 3.573.618, representando uma

redução de -6,38%, face ao exercício de 2011.

Esta melhoria deve-se a uma redução generalizada de bens consumidos e

serviços contratados durante o exercício de 2012, dos quais se evidenciam:

- Combustíveis (-€1.726.904)

- Taxa de uso de infra-estruturas (-€2.250.112)

31-12-2012 31-12-2011

Subcontratos

Limpeza de instalações 77.295 80.047

Limpeza de material circulante 7.941 28.280

Vigilância 248.230 261.420

Serviços Refer 3.079.798 3.596.442

Alojamento pessoal operacional 196.886 0

Transporte complementar de mercadorias 1.392.135 1.713.958

Renda de Material circulante 18.293.955 17.225.942

Outros subcontratos 16.764 8.519

Trabalhos especializados 1.642.531 1.990.875

Conservação e reparação 8.777.321 8.492.583

Outros serviços especializados 26.075 362.415

Ferramentas e material de escritório 37.347 84.773

Electricidade 6.096.603 5.286.327

Combustíveis 2.804.506 4.531.410

Água 84.835 37.644

Outros 13.656 17.204

359.722 360.818

Taxa de uso infraestrutura 6.913.964 9.164.076

Rendas e alugueres 1.656.148 1.981.680

Comunicação 117.062 144.903

Seguros 485.500 543.644

Contenciosos e notariado 6.760 5.188

Despesas de representação 2.166 4.845

Limpeza,higiene e conforto 5.710 803

Outros fornecimentos e serviços 67.973 60.703

TOTAL 52.410.883 55.984.501

Serviços diversos

(valores em euros)

Descrição

Serviços especializados

Materiais

Energia e fluidos

Deslocações, estadas e transportes

Anexo 88

As responsabilidades futuras em relação aos contratos de locação operacional

constam no quadro abaixo indicado:

27. Gastos com pessoal

A rubrica de Gastos com pessoal apresenta a seguinte estrutura:

A redução significativa, face a 2011, registada nas rubricas de Remunerações

e Encargos sobre remunerações resulta da diminuição do efetivo, mas

sobretudo da aplicação da Lei 55-A/2010 e da lei 64-B/2011 de 30 de

Dezembro.

O detalhe dos trabalhadores do quadro permanente em 31 de Dezembro de

2012 e em 2012 por cargos de direcção/chefias superiores e categoria

profissional é como segue:

Term Crt Veículo 2013 2014 2015 2016 Total

Locações operac ionais

Locarent crt nº 31935 Agosto 13 41-IA-27 6.604 6.604

Locarent crt nº 32893 Setembro 13 32-IE-60 6.604 6.604

Finlog crt 14649 Dezembro 14 91-JQ-15 9.031 9.031 18.062

Finlog crt 14572 Dezembro 14 62-JS-17 9.031 9.031 18.062

Finlog crt 14571 Dezembro 14 62-JS-16 9.031 9.031 18.062

Finlog crt 14570 Dezembro 14 62-JS-15 9.031 9.031 18.062

Finlog crt 18095 Dezembro 16 15-MV-19 4.815 4.815 4.815 4.815 14.446

Multirent Junho 15 72-LV-57 9.052 9.052 4.526 22.631

63.199 49.992 9.342 4.815 122.533TOTAL

Descrição

(valores em euros)

Descrição 31-12-2012 31-12-2011

Remuneração dos órgãos sociais 181.749 207.971

Remunerações do pessoal 13.373.410 16.870.582

Indemnizações 104.326 237.218

Encargos sobre remunerações 3.018.606 3.711.917

Seguros de acidentes no trabalho e doenças

profissionais 288.408 335.789

Gastos de acção social 11.528 0

Outros gastos com o pessoal 290.811 42.749

TOTAL 17.268.838 21.406.226

(valores em euros)

Anexo 89

28. Outros rendimentos e ganhos

A rubrica de Outros rendimentos e ganhos é analisada como segue:

A rubrica Concessão/licença tráfego mercadorias, consiste na concessão de

espaços nos terminais da CP Carga a terceiros.

29. Outros gastos e perdas

É a seguinte a estrutura da rubrica de Outros gastos e perdas

Descrição 31-12-2012 31-12-2011

Orgãos sociais 3 3

Diretores/chefias superiores

Quadros superiores 22 23

Quadros médios 4 4

Chefias intermédias 52 57

Profissionais altamente qualificados 305 319

Profissionais semi-qualificados 241 259

Contratados a prazo 2

TOTAL 629 665

31-12-2012 31-12-2011

Aluguer de equipamento 57.376 337.317

Concessão/licença tráfego mercadorias 1.073.176 1.073.515

Outros rendimentos suplementares 456.716 848.499

3.060 32.107

62 900

401.369 343.841

TOTAL 1.991.759 2.636.179

(valores em euros)

Descrição

Rendimentos suplementares

Descontos por antecipação de pagamento

Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros

Outros

Anexo 90

A maior diminuição refere-se a correcções relativas a períodos anteriores, em

virtude de notas de crédito emitidas a clientes em 2011. Da mesma forma a

rubrica Gastos e Perdas em Investimentos não Financeiros teve uma redução

de 100% uma vez que o seu valor em 2011 respeitava a abates de vagões,

facto que não se verificou em 2012.

30. Gastos/reversões de depreciação e de amortização

A variação registada entre 2011 e 2012 (- 1.052.851 euros) concerne quase na

sua totalidade à redução do valor amortizado de Activos fixos tangíveis, mais

especificamente, Equipamento básico (- 1.038.286 euros).

31-12-2012 31-12-2011

229.787 230.858

0 560

0 653.988

Correcções relativas a exercícios anteriores 783.250 2.143.785

Serviços bancários 404.738 538.472

Outros 203.605 165.226

TOTAL 1.621.380 3.732.888

(valores em euros)

Descrição

Impostos

Dividas incobráveis

Gastos e perdas em investimentos não

Outros

31-12-2012 31-12-2011

Activos fixos tangíveis 5.064.569 6.114.444

Activos intangíveis 25.260 38.183

Activos fixos tangíveis 0 -9.947

Activos intangíveis

TOTAL 5.089.829 6.142.680

Reversões

(valores em euros)

Descrição

GASTOS

Anexo 91

31. Juros e rendimentos similares obtidos

A redução de juros e rendimentos similares obtidos respeita à diminuição dos

juros de depósitos bancários.

32. Juros e gastos similares suportados

A rubrica de Juros e gastos similares suportados é como segue e diz respeito

ao encargo com juros suportados pela contracção de dois empréstimos

bancários.

Em 2012 houve um acréscimo dos juros em relação a 2011, resultantes dos

CRT de leasing continuados e iniciados em 2012 no valor de 881 mil euros e

aos juros de mora pagos, na sua maioria à EMEF, no valor de 142 mil euros.

33. Passivos Contingentes

Não aplicável

34. Activos Contingentes

Não aplicável

35. Divulgações de partes relacionadas

Com referência a 31 de dezembro de 2012, a Empresa não detém

participações sociais noutras entidades. As transações entre partes

relacionadas com referência à estrutura acionista da CP, EPE são as seguintes:

31-12-2012 31-12-2011

Juros obtidos 95.750 140.743

TOTAL 95.750 140.743

(valores em euros)

Descrição

31-12-2012 31-12-2011

Juros suportados 4.779.019 3.682.493

TOTAL 4.779.019 3.682.493

(valores em euros)

Descrição

Anexo 92

Os saldos com partes relacionadas são os seguintes:

31-12-2012 31-12-2011

Empresa - Mãe

CP -Comboios de Portugal, EPE 517.429 676.850

EMEF, SA 3.060 35.147

FERNAVE,SA 169

Empresa - Mãe

CP -Comboios de Portugal, EPE -31.383.618 -28.855.157

EMEF, SA -6.714.445 -6.325.945

FERGRÁFICA, SA 0 -2.255

FERNAVE,SA -2.146

ECOSAUDE, SA -162.090 -168.721

-37.741.641 -34.640.081

Empresa - Mãe

CP -Comboios de Portugal, EPE 1.950

EMEF, SA 664.373 12.078.844

664.373 12.080.794

Partes Relac ionadas

INVESTIMENTO

Partes Relac ionadas

(valores em euros)

Descrição

VENDAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Partes Relac ionadas

GASTOS

Anexo 93

Os gastos de transações com a CP, EPE, respeitam essencialmente a rendas

pela utilização do material motor e subconcessão dos terminais ferroviários

de mercadorias, cuja exploração e gestão foi delegada à Empresa mediante

contrato de concessão celebrado pelo prazo de três anos, renovável

automaticamente por iguais e sucessivos períodos e a outras cedências no

âmbito da actividade.

Os terminais ferroviários encontram-se na titularidade da CP, EPE, como

activos, por força do Despacho Conjunto nº261/99 integrando o denominado

Estabelecimento da Concessão CP, pelo que o objecto do contrato de

concessão, não prejudica o que o Estado venha a definir quanto ao regime de

utilização de tais activos.

Nas transações com a EMEF, SA relevam os gastos com a conservação e

reparação do material circulante.

36. Remunerações Órgãos Sociais

As remunerações auferidas pelos Órgãos Sociais no ano de 2012 foram as

seguintes:

31-12-2012 31-12-2011

Empresa - Mãe

CP -Comboios de Portugal, EPE 392.033 58.660

EMEF, SA 0 2.019.277

FERGRÁFICA, SA

FERNAVE,SA

ECOSAUDE, SA

Empresa - Mãe

CP -Comboios de Portugal, EPE -51.993.214 -41.754.510

EMEF, SA -1.830.791,00 -3.648.318

FERGRÁFICA, SA

ECOSAUDE, SA -21.431 -17.532

TOTAL -53.453.403 -43.342.423

Partes Relacionadas

Partes Relacionadas

ACTIVOS

(valores em euros)

Descrição

PASSIVOS

Anexo 94

Os Órgãos Sociais são compostos por três elementos, o Presidente e dois

Vogais, tendo tomado posse a 17 de fevereiro de 2011.

37. Acontecimentos após a data do Balanço Tanto quanto é do conhecimento da Administração da CP Carga, não existe qualquer situação após a data de balanço que implique a necessidade de ajustar as contas da empresa em 31 de dezembro de 2012.

31-12-2012 31-12-2011

181.749 207.971

41.711 46.423

TOTAL 223.460 254.394

(valores em euros)

Descrição

Orgãos Sociais

Encargos sobre remunerações

Anexo 95

RELATÓRIO E PARECER

DO CONSELHO FISCAL

E CERTIFICAÇÃO LEGAL

DAS CONTAS