Relatório de Gestão e Contas 2012 Oikos

7/27/2019 Relatrio de Gesto e Contas 2012 Oikos

1/85

1


2/85

2


3/85

3

ndice

1 Envolvente Externa e Desafios de Gesto............................................................51.1 Austeridade e Polticas de cooperao.......................................................................5

1.2 Mudanas geoestratgicas..............................................................................................7

1.3 Rio+20: Duas dcadas de Polticas de Desenvolvimento Sustentvel..........8

1.4 Estratgia Integrada (2011-2013)............................................................................11

1.5 Atividades desenvolvidas no mbito de cada Plano de Operacionalizao14

1.5.1 Plano de fomento da Membresia................................................................................15

1.5.2 Plano de Melhoria da Gesto Integrada...................................................................17

1.5.3 Plano de Comunicao e Visibilidade........................................................................181.5.4 Plano de Gesto de Stakeholders e Relaes Externas.....................................21

1.6 Nota final.............................................................................................................................23

2 A Nossa Ao.................................................................................................................25

2.1 A nossa ao nos Pases em Desenvolvimento.....................................................25

2.1.1 Projetos de Ao Humanitria.....................................................................................25

2.1.2 Beneficirios da Ao Humanitria da Oikos em 2011......................................29

2.2 Projetos de Desenvolvimento: Vida Sustentvel..............................................29

2.2.1 Beneficirios da Oikos Vida Sustentvel, 2012.................................................452.2.2 Beneficirios da Oikos Ao Humanitria e Vida Sustentvel, 2012........46

2.3 Educao para a Cidadania Global.............................................................................48

2.3.1 Balano da Educao para a Cidadania Global em 2012..................................55

3 Registos contabilsticos que refletem operaes anteriores........................64

4 Contas do Exerccio de 2012...................................................................................69

4.1 Balano e Demonstrao de Resultados...........................................................................69

Balano em 31 de dezembro 2012 e 2011........................................................................... 69

4.1.1

Demonstrao de Resultados (2012/2011)...........................................................

70

4.1.2 Demonstrao das Alteraes nos Fundos Patrimoniais no perodo de 2011..71

4.1.3 Demonstrao das Alteraes nos Fundos Patrimoniais no perodo de 2012..72

4.2 Demonstrao dos Fluxos de Caixa (2012/2011)............................................................73

4.3 Anexo s Demonstraes Financeiras para o exerccio findo em 31 de dezembrode 2012................................................................................................................................................74


4/85

4


5/85

5

1 Envolvente Externa e Desafios deGesto

1.1 Austeridade e Polticas de cooperaoO ano de 2012 foi marcado pelo acentuar das polticas de austeridade, que

tiveram consequncias evidentes nas organizaes de cooperao para o

desenvolvimento, como a Oikos. Em consequncia, a Ajuda Pblica ao

Desenvolvimento (APD) registou nos ltimos 2 anos um recuo

considervel (0,27% sobre o RNB em 2012, contra os 0,29% em 2010 e0,31% em 2011). Longe vo os compromissos assumidos em 2000

(Declarao do Milnio) e reafirmados em 2005 (Viso Estratgica da

Cooperao para o Desenvolvimento) de atingir 0,7% sobre o RNB em

2015. Adicionalmente, e apesar de Portugal reiterar os compromissos com a

qualidade da ajuda, Portugal tem vindo a perder consistncia em

indicadores bsicos como a previsibilidade da ajuda, e a piorar

acentuadamente em indicadores como a ligao da ajuda aos interesses

econmicos do pas doador. Finalmente, a Secretaria de Estado da

Cooperao para o Desenvolvimento demonstrou, ao longo de 2012, a

ausncia de interlocuo poltica forte junto do Governo, o que levou a uma

deteriorao do dilogo com o Secretrio de Estado dos Negcios

Estrangeiros e Cooperao (SENEC) com a sociedade civil Portuguesa. O

seu peso poltico na estrutura atual do Ministrio dos Negcios Estrangeiros

muito menor, comparativamente com o que acontecia em governos

anteriores, refletindo a dificuldade de equilbrio poltico num governo decoligao e o facto da Cooperao se encontrar claramente num segundo

plano face prioridade dada promoo da Lngua Portuguesa e

Diplomacia Econmica, assumida claramente pelo Ministro dos Negcios

Estrangeiros. O processo de fuso entre o Instituto Cames e o IPAD, que

apenas se conclui em setembro de 2012, criou tambm claras entropias

ao dilogo mais tcnico com as ONGD sobre as alteraes profundas

que foram ocorrendo na arquitetura e procedimentos da Cooperao

Portuguesa. A indefinio nos processos de abertura das duas linhas de


6/85

6

Cofinanciamento pblicas para projetos de ONGD e as alteraes nos seus

critrios de elegibilidade e respetivos envelopes financeiros trouxeram

dificuldades acrescidas a muitas organizaes, entre as quais a Oikos e,

sobretudo, diminuindo a sua capacidade de alavancagem de fundos junto da

Unio Europeia e de doadores internacionais.

A juntar s dificuldades de financiamento e de invisibilidade das polticas de

cooperao em Portugal, verificou-se tambm uma diminuio dos

oramentos de cooperao por parte de mltiplos pases europeus,

aumentando a concorrncia entre as ONGD europeias pela captao de

recursos da Unio Europeia (EuropeAid e da DG-ECHO). Este aumento

exponencial da concorrncia teve trs impactos imediatos para a Oikos

durante o exerccio de 2012: (1) a morosidade dos processos de aprovao

de projetos, relatrios e contas nas instncias europeias. (2) A repartio

dos fundos existentes por um cada vez maior nmero de ONGD e outros

atores no estatais explica que o exerccio de 2012 tenha sido um dos dois

com proveitos mais baixos, dos ltimos 12 anos, para financiar a atividade

da Oikos. (3) O aumento dos custos de estrutura da Oikos, no cobertos

pelo financiamento direto para a atividade, na medida em que necessrio

um maior dispndio de recursos humanos e financeiros na gesto do ciclode vida dos projetos, desde a elaborao de propostas ao fecho

administrativo dos dossiers.

diminuio de disponibilidade de fundos pblicos no correspondeu um

aumento de receitas privadas. Esmagada pelas polticas de austeridade, a

classe mdia portuguesa tem vindo a empobrecer, impedindo os cidados

de expressarem a sua solidariedade atravs de donativos, ou levando-os a

priorizar a doao para organizaes caritativas e de assistncia social queatuam exclusivamente no nosso pas. Com o acentuado nvel de

desemprego e baixa generalizada de rendimentos, verificou-se uma

diminuio da procura interna, o aumento das falncias de empresas e

famlias, e o quase desaparecimento do mecenato empresarial, em

particular no mbito da cooperao.

Deste modo, colocam-se trs desafios principais gesto da Oikos. O

primeiro prende-se com (i) a necessidade de manter coeso ecapacidade de influncia pblica por parte das ONGD; o segundo (ii)


7/85

7

determinado pela necessidade de melhorar a gesto da Oikos, em

particular os nveis de produtividade e eficincia, por forma a fazer face ao

aumento da carga administrativa e de instruo de candidaturas de projetos

num ambiente cada vez mais concorrencial e em que a avaliao

determinada, cada vez mais, por critrios administrativos e no pelos

resultados obtidos com o nosso trabalho. Tal desgnio deve ser efetuado

sem perder qualidade na implementao das nossas atividades junto das

populaes pobres e vulnerveis com que trabalhamos, sob pena de desviar

a organizao da sua misso essencial. O terceiro (iii) desafio consiste na

necessidade de rever o modelo de financiamento, no apenas atravs

da diversificao de fontes de financiamento ao nvel das subvenes mas,

e num quadro de restrio econmica dos cidados solidrios e dosmecenas privados, atravs do recurso complementar a modelos de

prestao de servios. O primeiro desafio j comeou a ser enfrentado, com

uma aposta forte da Oikos no trabalho da Plataforma Portuguesa das

ONGD, nomeadamente atravs da pertena sua Direo, com o nosso

diretor de desenvolvimento, Dr. Pedro Krupenski, a ser Presidente da

Plataforma desde janeiro de 2012. Em 2013 este esforo ser continuado,

nomeadamente atravs de uma maior participao em outras redes da

sociedade civil e no desenvolvimento de parcerias com atores que possam

complementar o nosso perfil, como o caso da Academia. O segundo e

terceiro desafio tero de ser enfrentados j em 2013, ano que poder ser

decisivo, quer na melhoria da eficincia da nossa gesto, quer ao nvel da

diversificao do modelo de financiamento da nossa atividade.

1.2 Mudanas geoestratgicasAs novas dinmicas polticas, com a perda progressiva de influncia porparte da Unio Europeia e a ascenso dos chamados BRICAM (Brasil,

Rssia, ndia, China, frica do Sul e Mxico), as economias emergentes e

de rpido crescimento, demonstram uma profunda alterao geoestratgica

com consequncias no mbito da cooperao para o desenvolvimento. Por

um lado, constitui um potencial de inovao no mbito da cooperao ao

desenvolvimento, com novos doadores internacionais; por outro lado, assistimos a

uma nova era de politizao ou ligao da APD aos interesses geoestratgicos,

nada garantindo que a Ajuda seja orientada para a erradicao da pobreza.


8/85

8

Em paralelo com estas mudanas geoestratgicas assistimos a um

aprofundamento das polticas de liberalizao e desregulao dos mercados,

reforando o papel do setor privado como motor de desenvolvimento. Este fator

constitui ele prprio uma ameaa e uma oportunidade. Uma ameaa, na medida em

que tende a secundarizar-se o papel das polticas pblicas, aumenta o risco decorrupo e de conquista de direitos que entram em conflito com os direitos das

comunidades e da natureza (e.g. acaparamento de terras, explorao

descontrolada de recursos naturais. Uma oportunidade, na medida em que um

nmero crescente de empresas compreende a necessidade de incluir nos seus

planos de investimento um trabalho de desenvolvimento social e de gesto

ambiental. Neste sentido, a Oikos pode aproveitar a experincia adquirida criando

parcerias e/ou prestando servios. Ao faz-lo, continuaremos a cumprir a nossa

misso social e a diversificar o nosso modelo de financiamento.

1.3 Rio+20: Duas dcadas de Polticas deDesenvolvimento Sustentvel

A CONFERNCIA DAS NAES UNIDAS sobre Desenvolvimento Sustentvel

(UNCSD) decorreu no Brasil de 20 a 22 de junho de 2012, por ocasio do

20 aniversrio da Conferncia das Naes Unidas sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento (UNCED), que se realizou no Rio de Janeiro em 1992, e do

10 aniversrio da Cpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentvel(WSSD), realizada em Joanesburgo em 2002. A Oikos acompanhou as trs

conferncias, quer em termos de preparao, quer em termos de presena

e de seguimento. Em 1992, a Oikos fez-se representar pelo ento

Secretrio-Geral, Agostinho Jardim Gonalves; em 2002, Joo Jos

Fernandes (atual diretor executivo) participou na Conferncia de

Joanesburgo, como representante da Plataforma das ONGD, com apoio da

Delegao Oficial Portuguesa. Em 2012, a Oikos fez-se representar pela

associada Maria Joo Simas, Eng do Ambiente, que custeou a sua prpria

viagem e estadia no Brasil.

A Conferncia de 2012, pretendia alcanar um compromisso poltico

renovado e adotar medidas concretas para o desenvolvimento sustentvel,

bem como avaliar o progresso feito desde 1992 e as lacunas que ainda

existem na implementao dos resultados dos principais encontros sobre

desenvolvimento sustentvel, alm de abordar os novos desafios

emergentes.


9/85

9

Os dois temas em foco na Conferncia foram: (a) uma economia verde no

contexto do desenvolvimento sustentvel e da erradicao da pobreza; e

(b) o quadro institucional para o desenvolvimento sustentvel.

Subjacente urgncia e relevncia do Rio+20 esteve a conscincia de que,durante os ltimos 20 anos, pouco se fez para mudar de forma efetiva os

padres de produo e consumo que poluem o planeta, destroem a

biodiversidade e provocam alteraes climticas.

Simultaneamente, vivemos num mundo de enorme desigualdade social,

onde 20% da populao mais rica usufrui de mais de 70% do rendimento e

aqueles que conformam os 20% mais pobres recebem apenas 2% da renda

global. Na maior parte dos pases, incluindo Portugal, a classe mdia tende

a diminuir e a empobrecer.

Vivemos num mundo onde 50% das emisses de carbono so geradas por

13% da populao. A biodiversidade e os servios dos ecossistemas

ganharam nos ltimos 20 anos um crescente reconhecimento e apreciao

mas no so valorizados economicamente e, como tal, no so protegidos.

Entretanto, ao longo dos ltimos anos, em particular na ltima dcada, os

ideais e princpios da Cimeira do Rio (Eco 92) foram perdendo brilho, uma

vez que a sua implementao, em grande parte, no ocorreu.

A constatao desta realidade (in)sustentvel deveria ser suficiente para

que os lderes polticos, a sociedade civil organizada, os cidados e a

comunicao social se empenhassem fervorosamente no sucesso da

conferncia do Rio+20. Porm, tal no aconteceu no nosso pas. As

explicaes so simples, a justificao no existe.

As explicaes esto relacionadas com a tradicional apatia dos cidados edas instituies portuguesas em relao poltica internacional e para com

a cooperao para o desenvolvimento.

Esta tendncia acentuou-se nos ltimos anos desde 2008 com a crise

econmica e com as medidas de austeridade em que o nosso pas est

mergulhado. Quando muitos dos nossos concidados tm o prato meio

vazio, dificilmente tm paz de esprito para refletir sobre as inevitveis

consequncias do esgotamento dos recursos naturais, da perda de


10/85

10

biodiversidade, das alteraes climticas, da crise energtica ou da

inexistncia de soberania alimentar do nosso pas.

O imediatismo sempre um mau conselheiro, mas o que fala mais alto.

As organizaes da sociedade civil (por exemplo as ONGD e as ONGA)sentem hoje mais dificuldades no agendamento poltico de causas globais

do que em 1992 ou 2002. A explicao simples: menos apoio efetivo por

parte de uma classe mdia em empobrecimento e falta de respeito por

parte dos governantes e do Estado.

A falta de visibilidade do Rio+20 na comunicao social decorreu do

alheamento dos cidados, da impotncia das organizaes da sociedade

civil, da apropriao indevida por parte das grandes empresas em torno do

discurso do desenvolvimento sustentvel (greenwashing) e da ignorncia

e falta de mundo de uma boa parte dos nossos lderes polticos.

Porm, se as explicaes podem ser simples, a justificao para tal facto

no aceitvel. Com efeito, justificar, significa fazer justia. Ora, fazer

justia implica garantir a equidade intra e intergeracional. Ou seja, garantir

maior igualdade a todos os cidados do nosso mundo, independentemente

da sua geografia ou lngua, e garantir o direito ao futuro (direito das

geraes vindouras a um planeta que lhes garanta as mesmas ou melhores

condies de sustentabilidade e de vida digna).

Mesmo perante os constrangimentos j mencionados, a Oikos envolveu-se

na promoo de duas iniciativas de grande relevncia: (i) uma campanha e

petio a nvel mundial para a criao de Provedores de Justia para as

Geraes Futuras; (ii) elaborao de um documento de contributo para a

Declarao final da Cimeira, com foco na segurana alimentar e

sustentabilidade.

Os Provedores de Justia para as Geraes Futuras, a estabelecer escala

local, nacional e internacional, so figuras independentes dos Governos,

com poderes de monitorizao das decises tomadas pelos rgos

Executivos, de modo a avaliar o seu potencial impacto nas geraes futuras.

O Provedor de Justia constitui uma ferramenta importante que permite aos

cidados acesso direto ao mago dos processos de deciso, melhorando

grandemente a legitimidade dos governos. Deste modo, podemos contribuir


11/85

11

para uma maior transparncia e visibilidade da justia intergeracional e do

desenvolvimento sustentvel. A campanha realizada em conjunto com a

Terre des Hommes e a The World Future Council, promoveu uma petio

para a criao de um provedor de Justia que desse voz aos interesses e

direitos das geraes futuras.

Infelizmente, apesar da nossa proposta ter sido debatida, no houve

consenso suficiente para a criao da figura do Provedor de Justia das

Geraes Futuras, sobretudo tendo em considerao os receios sobre o

financiamento e atribuies concretas desta instituio. Ainda assim, foi

dado um passo significativo neste debate. Alm disso, o documento final da

Conferncia, intitulado The Future We Want, inclui um convite ao

Secretrio-geral das Naes Unidas para coordenar a elaborao de um

relatrio que clarifique a relao entre justia intergeracional e

desenvolvimento sustentvel. Neste sentido, durante o ano de 2013,

continuaremos a pressionar as Naes Unidas e decisores polticos para a

relevncia da justia intergeracional e de um provedor de justia das

geraes vindouras.

A relevncia da segurana alimentar e da agricultura sustentvel,

outra das agendas da Oikos para a Cimeira do Rio+20, foi reconhecida e

valorizada no documento final. Contudo, e para garantir a suja adequada

incluso nos prximos objetivos de desenvolvimento, no ps-2015, a Oikos

continuar empenhada na sensibilizao, influncia pblica e ao direta na

promoo deste tema. Para tal, contamos com a ao conjunta no mbito

da Realimentar - Rede pela Soberania e Segurana Alimentar e Nutricional,

fundada em abril de 2012, e de que a Oikos membro fundador

(www.realimentar.org). O projeto de educao para a cidadania global,Time to Seed e a respetiva campanha de sensibilizao Food We Want

(www.foodwewant.org), so tambm preciosos instrumentos ao servio

desta agenda.

1.4 Estratgia Integrada (2011-2013)Para concretizar a nossa misso social, neste quadro de austeridade,

volatilidade e mudana geoestratgica, em 2011, a Oikos tomou algumas

decises estratgicas, a mais profunda das quais est relacionada com uma


12/85

12

clara abertura da Organizao ao membership1 de cidados(as) e coletivos

da sociedade civil.2

A estratgia da Oikos, para o fortalecimento da sua estrutura operativa,

para o perodo de 2011-2013, assenta na procura integrada de

concretizao de cinco objetivos estratgicos: Maior impacto e eficcia junto

dos destinatrios da sua ao; Maior visibilidade, mais acessos e apoios;

Mais recursos, mais independncia e maior sustentabilidade. Como pano de

fundo desta nova abordagem estratgica, est a converso da Oikos numa

associao assente em membership. Apesar de ser uma associao, a

Oikos teve sempre uma poltica relativamente restritiva, e por convite, na

adeso de scios organizao. Esta abordagem permitir uma maior

proatividade e abertura da Oikos sociedade, capaz de transform-la numaverdadeira expresso da cidadania solidria portuguesa.

A Oikos ter tanto mais impacto e eficcia junto dos destinatrios da sua

ao quanto maior for a sua visibilidade e quanto mais canais de acesso

tiver, o que se tornar possvel com mais recursos (que tambm

1UsaseaexpressoemInglsporfaltadeequivalenteemPortugus.QueremoscomistoreferirqueaOikosdever,como

associaodedireitoprivadocivilque,sercompostapormembrosassociados(individuaisecoletivos)comdiferentesgrausdeenvolvimentoquepoderirdesdeosimplespagamentodeumaquotaanual,participaoativanavidadaOikos.

2EstadecisoficouplasmadanaAssembleiaGeralde12dedezembrode2012,comaaprovaodenovosestatutosparaa

associaoede

uma

reviso

da

estratgia

da

Oikos,

ao

nvel

da

estrutura.


13/85


14/85

14

1.5 Atividades desenvolvidas no mbito de cada Plano deOperacionalizao

Tabela 2: Atividades desenvolvidas no mbito de cada Plano de

Operacionalizao da Estratgia Integrada

Designao doPlano Operacional

Atividades Desenvolvidas

Plano de Fomento daMem b r e s ia (Membership)

Criao do Salesforce Desenvolvimento e adaptao do Website Limpeza, segmentao e gesto da Base de Dados Abordagem segmentada (MCS, doadores, leads,

Pessoas Coletivas, etc.) Definio de novos workflows Desenvolvimento de Comunicao e campanhas

como forma de captao Construo de vantagens comerciais para Associados

Plano de Melhoria daGesto Integrada

Criao de novos workflows Promoo de novos hbitos de trabalho Realizao de reunies peridicas de partilha e

programao Promoo da partilha interna de informao Construo de novos modelos de atuao Criao de Taskforce para implementao de novos

modelos de atuao

Plano de Comunicaoe Visibilidade

Reforo de relao com os media Campanhas Outras

Plano de Gesto deS t a k e h o l d e r s e

Relaes Externas

Relatrio Anual e debate ps-2015 com SocialWatch

Influncia das polticas nacional e europeia decooperao atravs da Plataforma Portuguesa dasONGD e da CONCORD

Promoo da no especulao alimentar comFriends of the Earth

Lanamento da Realimentar Promoo da transparncia com a Publish What you

Fund Campanha para Rio + 20 com terre des hommes e

World Future Council Campanha contra a entrada da Guin Equatorial na

CPLP


15/85

15

1.5.1 Plano de fomento da Membresia Criao do SalesforceA Oikos considerou vital implementar um sistema de CRM (Customer

Relationship Management) como ferramenta de gesto integrada dos seus

stakeholders. A ferramenta escolhida foi o Salesforce, que nos permitiu

integrar todas as nossas bases de dados com registos do website e

donativos. Atravs da criao e manuteno de um historial da relao com

os nossos contactos conseguiremos assegurar no s uma comunicao

mais direcionada e atempada como tambm uma base slida de gesto

para angariao de associados e fundos com foco no cliente. Pretende-se

que todos os contactos da Organizao passem a ser geridos de forma una,inteligente e inter-relacionada.

Desenvolvimento e adaptao do WebsiteO website institucional da Oikos foi desenvolvido e adaptado em funo das

novas necessidades de captao de associados e fundos. A linguagem e

imagtica utilizada foram simplificadas e tornaram-se mais apelativas de

modo a suscitar o interesse dos visitantes e assim promover a sua adeso

s vrias propostas: tornar-se associado, doar, comprar, colaborar

voluntariamente, etc.

A Oikos tem um website reformulado, mais intuitivo do ponto de vista de

utilizao, mais dinmico, com novas funcionalidades e interao com redes

sociais. Esta foi uma importante conquista no que respeita comunicao

da Oikos, que tem agora ao dispor no s uma ferramenta preferencial de

divulgao da sua atividade mais organizada e completa, como tambm

possibilidades diversas de participao e interao com o pblico em geral,

seja atravs de donativos on-line, registo de Associados, apoiar um projeto,

loja eletrnica, agenda, rea de recrutamento, entre outros. A Oikos teve

mais de 25 mil visitantes desde o lanamento do website at final do ano

2012.

Limpeza, segmentao e gesto da Base de DadosPara a sua integrao no Salesforce, foi necessria a sua atualizao, a

eliminao de duplicaes e redundncias e a sua segmentao por


16/85

16

categorias. Esta segmentao no apenas permite a abordagem

diferenciada dos diferentes contactos como tambm permite uma relao

mais personalizada com cada um dos contactos de modo a ir ao encontro

dos seus interesses especficos e expectativas e assim fideliz-los s ofertas

da Oikos. Est sendo feita uma segmentao cada vez mais fina.

Abordagem segmentada (MCS, doadores, leads, Pessoas Coletivas, etc.)Foram definidas as mensagens, os apelos e os meios atravs dos quais a

Oikos se dirige a cada um dos segmentos para apelar a um maior

envolvimentoe assim aumentar em quantidade e qualidade a membresia e

os fundos angariados. Foram estabelecidos e implementados vrios planos

de comunicao. Os resultados tm sido um pouco aqum do desejado pois

a abordagem coincidiu com o pico das politicas de austeridade que todos

afetam e com a tomada de conscincia por todos os que podem/querem

ajudar que, a ter que fazer escolhas, a pobreza existente em Portugal

prioritria face pobreza noutros pases.

Definio de novos workflowsA estratgia de angariao de membros e de fundos gerou a necessidade de

atribuir funes especficas a alguns colaboradores da Oikos. Para tantoforam feitos novos fluxos de trabalho sequenciados desde a interao de

qualquer interessado com o website a sua fidelizao como membro.

Desenvolvimento de Comunicao e campanhas como forma de captaoCom vista a captar interesses diversos e mais especficos face

complexidade da realidade Oikos, uma das principais opes para a

captao de interesses foi a de procurar a mobilizao atravs de

campanhas temticas. Abaixo, no item da comunicao, referir-se-o asprincipais levadas a cabo em 2012.

Construo de vantagens comerciais para AssociadosCom vista a conferir aos associados da Oikos outras vantagens alm das

estatutrias (possibilidade de eleger e ser eleito para os rgos socais,

possibilidade de contribuir para a definio do rumo da Oikos, entre outros)

foram identificadas um conjunto de entidades a contactar para a construo

de parcerias atravs das quais os Associados da Oikos, pelo simples facto


17/85

17

de o serem, podem gozar de determinados benefcios (descontos e outros)

na compra de determinados bens e servios. Depois de feita essa

identificao, comeou a ser feita a abordagem e j forma obtidos alguns

resultados, sobretudo entre hotis e parques temticos.

1.5.2 Plano de Melhoria da Gesto Integrada Criao de novos workflows

A estratgia de angariao de membros e de fundos gerou a necessidade de

atribuir funes especficas a alguns colaboradores da Oikos. Para tanto

foram feitos novos fluxos de trabalho sequenciados desde a interao de

qualquer interessado com o website a sua fidelizao como membro.

Promoo de novos hbitos de trabalhoApesar da criao destes novos workflows para alguns colaboradores da

Oikos, todos os colaboradores da Oikos devem, no mbito do seu trabalho

ter a preocupao constante de contribuir para angariao de membros e

fundos. No tendo a Oikos um departamento especfico para angariao de

membros e fundos, este esforo tem estado centrado no departamento de

comunicao. No , porm, suficiente. Assim, temos procurado

consciencializar todos para a necessidade de todos adotarem uma postura

mais comercial e promocional da Oikos como Associao.

Realizao de reunies peridicas de partilha e programaoCom vista implementao de uma abordagem integrada realidade, a

Oikos promoveu realizao de reunies mensal gerais de todos os

colaboradores, de reunies semanais da equipa executiva e de cada um dosmembros desta equipa com os colaboradores a si adstritos. Estas reunies

tm servido para partilha de informao e de esforos e para programao

conjunta das aes.

Promoo da partilha interna de informaoTem sido s feita atravs das reunies acima referidas mas tambm atravs

de meios digitais internos.

Construo de novos modelos de atuao


18/85

18

Estava prevista na estratgia integrada, mas para uma fase posterior, a

criao de modelos de atuao alternativos aos tradicionais na Oikos. As

redues de financiamento quer a nvel nacional quer a nvel europeu,

associados aos fracos resultados de angariao de membros e fundos,

tornaram necessria a antecipao da deciso de serem criados modelos de

atuao que gerem receitas: prestao de servios e parcerias com

entidades diferentes das habituais (empresas e universidades).

Criao de Taskforce para implementao de novos modelos deatuao

Na Assembleia Geral de 2012 foi a aprovada, entre outras, a criao de uma

task-force para implementao dos novos modelos de atuao. Vrios

potenciais parceiros foram identificados e teve incio a abordagem de alguns

deles com vista construo de efetivas parcerias e prestao de servios.

1.5.3 Plano de Comunicao e Visibilidade

Reforo de relao com os MediaEra inteno para 2012 a criao de mais oportunidades de contacto com os

media, nomeadamente produzindo mais informao na rea de Advocacy

com interesse jornalstico. O nmero de comunicados de imprensa

aumentou quase o dobro (em mdia 2 por ms), apesar da presena

meditica da Oikos ter diminudo 33% (devido em grande parte a no ter

havido nenhuma campanha de emergncia em 2012). Acompanhando as

temticas da agenda internacional do setor a Oikos procurou assumir

posies e mobilizar a Sociedade Civil Portuguesa para a sua defesa. Umbom exemplo disso so as comunicaes efetuadas antes e no mbito da

Cimeira do Rio + 20: http://www.oikos.pt/pt/noticias/item/1271-oikos-

apela-tragam-o-futuro-de-volta-ao-texto-do-rio%2020

As Campanhas:


19/85

19

Petio internacional "Right to the Future"

A Oikos lanou, no Dia Internacional da Justia Social, a 20 de fevereiro de

2012, em conjunto com a terre des hommes e a The World Future

Council, uma petio para a criao na Cimeira Rio + 20 da figura de umProvedor de Justia para proteo dos interesses e direitos das geraes

futuras. Para a petio on-line foi criado um micro-site a cargo da Oikos,

em 5 lnguas, que esteve disponvel para recolha de assinaturas at a

Cimeira Rio+20, a 22 de junho. Esta petio teve destaque na televiso

(Programa Sociedade Civil) e presena meditica relevante, com cerca de

duas dzias de artigos.

Campanha Right to Water

A campanha Right to Water" a primeira Iniciativa de Cidados Europeus

(ICE), e pretende que a Unio Europeia garanta o direito gua e ao

saneamento a todos os seus cidados e promova esse direito em outras

partes do mundo. A Oikos aderiu desde incio a esta iniciativa como

entidade divulgadora em Portugal e tem dinamizado a campanha e

angariao de assinaturas em Portugal."10 cntimos o custo para um mundo mais justo!"

Este foi o mote da campanha da Oikos, elaborada em parceria com a

agncia WOP, por altura de Natal/final de ano. O objetivo foi o de angariar

associados e fundos de apoio sua ao na rea da ajuda alimentar, apoio

reconstruo, desenvolvimento rural e acesso gua potvel junto das

populaes em Portugal, frica e Amrica Latina. Foi construdo um micro-

site para o efeito e conseguida presena na imprensa com 18 annciospublicitrios.

Petio internacional contra a adeso da Guin Equatorial CPLP

Um movimento cvico que a Oikos idealizou, fundou e dinamizou, agrupando

Organizaes No Governamentais de vrios pases lusfonos, foi lanado a

12 de junho de 2012 atravs de uma campanha (www.movimentocplp.org)

contra a adeso da Guin Equatorial Comunidade de Pases de Lngua

Portuguesa (CPLP). Aproximava-se a cimeira da CPLP, marcada para julho,


20/85

20

em que seria votada a entrada da Guin Equatorial como membro de pleno

direito. Este movimento visava assim lembrar que a Guin Equatorial uma

das mais brutais ditaduras africanas e que a Comunidade de Pases de

Lngua Portuguesa deve impor critrios rigorosos de liberalizao poltica,

boas prticas democrticas e respeito pelos Direitos Humanos a todos os

pases candidatos. Em julho, na Cimeira, optou-se pela no adeso da

Guin Equatorial como membro de pleno direito da CPLP, sujeitando este

pas a melhorias at prxima avaliao em 2014.

Petio internacional pelo fim da Especulao Alimentar no Mercado

Europeu

Em vrias cartas enviadas aos deputados portugueses do Parlamento

europeu, a Oikos e outras organizaes por ns envolvidas, apelou para que

o interesse pblico no fosse posto em causa pelo interesse do setor

financeiro, na oportunidade latente de reviso da Diretiva "Markets in

Financial Instruments (MiFID)", que regula o mercado financeiro e os seus

instrumentos, a nvel europeu. Para alm do envio das cartas, a Oikos

subscreveu e divulgou em Portugal para subscrio uma petio

internacional relacionada com o tema.

Outros:

Lanamento do jogo Energy for Life e Associativismo

A apresentao pblica do jogo de computador Energy for Life - software

educativo gratuito sobre ambiente e desenvolvimento sustentvel -

desenvolvido em Portugal pela Oikos e pela Inovaworks, foi um importantemomento de divulgao do trabalho da Oikos no mbito da cidadania

global. Aconteceu no Frum Telecom, em Lisboa, com a presena de cerca

de uma centena de pessoas. Coincidiu com o lanamento de uma nova

poltica de angariao de membros para a Oikos, atravs do Associativismo.

Todos os presentes receberam informao detalhada para esta nova

possibilidade.


21/85

21

Artistas Solidrios 2012

Pelo 4 ano consecutivo a Oikos organiza a Exposio Artistas Solidrios. No

trium do "Novotel Lisboa", estiveram em exposio mais de 50 obras de

cerca de trinta "Artistas Solidrios" que aceitaram colaborar com a Oikos,numa ao de angariao de fundos para os seus projetos humanitrios e

de cooperao.

Oikos marca presena no Fest 2012

A Oikos dinamizou o Festival Internacional de Cinema Jovem de Espinho

com uma pequena sesso da mostra de filmes produzidos no mbito do

Projeto "Cinema Documental ODM", realizada no Centro Multimeios de

Espinho.

Dia Mundial para a Erradicao da Pobreza

No dia 17 de outubro comemora-se o Dia Mundial para a Erradicao da

Pobreza. Esta data representa igualmente uma excelente oportunidade para

sensibilizar todos os cidados e cidads para a dura realidade da pobreza

extrema. A Oikos uma vez mais no fica indiferente a esta data e lanou em

Portugal o manifesto "A luta contra a pobreza no deve ser uma obrigao

moral, mas uma obrigao legal".

1.5.4 Plano de Gesto de Stakeholders e Relaes Externas Relatrio Anual e debate ps-2015 com Social Watch

A Oikos participou, novamente em 2012, no Relatrio Anual da Social Watch

tendo incidido sobre as consequncias sociais das polticas de austeridade

em Portugal e sobre os retrocessos nas polticas e compromissos de

cooperao para o desenvolvimento de Portugal. Tem tambm

acompanhado e contribudo ativamente para a construo da posio do

Social Watch face aos sucessores dos Objetivos de Desenvolvimento do

Milnio.

Influncia das polticas pblicas, nacionais e europeias. No mbito dacooperao, atravs da Plataforma Portuguesa das ONGD e da CONCORD

Face aos enormes retrocessos e vicissitudes nas polticas e no

financiamento cooperao quer nacional, quer europeia, a Oikos, na

Presidncia da Plataforma Portuguesa das ONGD, esteve na linha da frente


22/85

22

do debate e na construo de propostas alternativas a dirigir aos decisores

polticos nacionais e europeus.

Promoo da no especulao alimentar com Friends of the EarthComo referido acima, aproveitado a reviso da Diretiva Europeia "Marketsin Financial Instruments (MiFID)", que regula o mercado financeiro e os

seus instrumentos a nvel europeu, a Oikos mobilizou-se, juntamente com

outras organizaes europeias coordenada pela Friends of the Earth, para

obstar especulao desregulada dos derivativos associados s

commodities, entre os quais bens alimentares bsicos.

Lanamento da RealimentarFoi lanada publicamente, no Dia Internacional da Luta Camponesa, a 17 deabril 2012, a REALIMENTAR - Rede Portuguesa para a Soberania e

Segurana Alimentar e Nutricional. A REALIMENTAR uma Rede da

Sociedade Civil, que a Oikos integra e membro fundador, que tem por

objetivo principal influenciar os processos de formulao e tomada de

deciso sobre polticas pblicas, nacionais e internacionais, que digam

respeito Soberania e Segurana Alimentar.

Promoo da transparncia com a Publish What you FundMais uma vez a Oikos colaborou com a Publish What you Fund nacompilao de dados sobre a transparncia ou falta dela no que diz respeito

origem e destino dos fundos pblicos despendidos designadamente na

cooperao para o desenvolvimento.

Campanha para Rio + 20 com terre des hommes e World Future ForumNo mbito do trabalho de preparao e influncia da Cimeira Rio + 20, a

Oikos, atravs do Social Watch identificou dois parceiros (terre des

hommes e World Future Forum) para criar uma petio com a finalidade

de angariao de assinaturas para a criao da figura do provedor de justia

para as geraes futuras. Tal figura deveria constar da declarao final da

Cimeira Rio + 20. No foi criada a figura mas foi assumido o compromisso

pelo Secretrio-geral da ONU de apresentar na prxima Assembleia-geral

um documento sobre a sua necessidade, viabilidade e custos.


23/85

23

Campanha contra a entrada da Guin Equatorial na CPLPJ referida acima no item da comunicao, aqui importa mencionar

novamente agora com enfoque no conjunto de organizaes que a Oikos

envolveu. Foram elas: A ABONG Associao Brasileira de Organizaes

No Governamentais, a ACEP Associao para a Cooperao entre osPovos, o CEMO Centro de Estudos Moambicanos e Internacionais, o

CIDAC - Centro de Interveno para o Desenvolvimento Amlcar Cabral, o

EGJustice - Toward a Just Equatorial Guinea, aFONG STP - Federao das

ONG em So Tom e Prncipe, aFONGTIL Frum das ONG de Timor-Leste,

a JOINT Liga de ONG em Moambique, a Maka Angola, a OMUNGA, a

Plataforma de ONG de Cabo Verde, aPlataforma Portuguesa das ONGD, o

SOS Habitat Ao Solidria (Angola) e a TIAC Transparncia e

Integridade, Associao Cvica (Portugal).

1.6 Nota finalAs informaes constantes deste relatrio no esgotam todos os esforos

que foram empenhados no cumprimento dos objetivos estratgicos acima

elencados. Est ainda a meio do seu tempo de vida e, apesar do pouco

tempo passado, os fatores externos que o influenciam e que eramconsideravelmente imprevisveis, tm evoludo a um ritmo elevado, levando

que tenham que ser feitos constantes reajustes e redefinies de

prioridades face aos recursos (humanos, financeiros e fsicos) que so

escassos. Grande parte destas atividades foi levada a cabo sem qualquer

custo adicional, se excetuarmos os custos de recursos humanos afetos

implementao da estratgia.


24/85

24


25/85

25

2 A Nossa Ao

3

A atividade da Oikos encontra-se estruturada em continuum nas reas da

emergncia/ao humanitria, desenvolvimento/vida sustentvel e

mobilizao/cidadania global. As duas primeiras reas abrangem o nosso

trabalho nos pases em desenvolvimento, a mobilizao/cidadania global a

atividade central da Oikos em Portugal.

2.1 A nossa ao nos Pases em Desenvolvimento2.1.1 Projetos de Ao Humanitria

Os dois pilares fundamentais da ao humanitria

so a assistncia e a proteo. De uma formageral, toda a ao humanitria contribui para

assistir e proteger as pessoas mais vulnerveis

perante uma situao de emergncia, verificada ou potencial.

De acordo com o referencial do Sphere Project: Humanitarian Charter and

Minimum Standards in Disaster Response, emergncia pode ser definida

como uma situao em que os meios normais de suporte a vida com

dignidade falharam, em resultado de uma catstrofe natural ou provocadapelo Homem.

Uma emergncia sempre uma situao extraordinria, presente ou

iminente, na qual existem ameaas srias e imediatas vida humana e/ou

aos meios de vida sustentveis que fornecem o suporte a uma existncia

digna.

Contudo, nem sempre evidente o que constitui uma situao de

emergncia, nem todos os terramotos ou furaces resultam numadestruio dos meios de subsistncia ou da prpria vida humana. O mesmo


26/85

26

fenmeno pode causar impactos muito diferenciados sobre as vidas

humanas e os meios de subsistncia, devido aos distintos graus de

vulnerabilidade ambiental, social e econmica das populaes atingidas.

Deste modo, a questo que se coloca Oikos e a de determinar em quesituaes desencadear uma ao humanitria.

Os critrios que habitualmente seguimos no processo de deciso so:

- O nvel de necessidades, avaliadas segundo referenciais tcnicos;- O espao humanitrio, cobertura das necessidades por parte de

outras entidades;

- A existncia ou no de um apelo internacional ou de um pedido dasautoridades locais competentes assistncia internacional;

- A nossa capacidade de interveno tendo em considerao: oconhecimento do terreno e dos setores de interveno prioritrios, a

existncia de recursos financeiros acessveis, a capacidade

operacional prpria e/ou atravs de parceiros locais e internacionais,

o acesso s populaes mais necessitadas e, finalmente, critrios de

segurana para equipas e meios da Oikos.

A nossa opo de resposta em termos de ao humanitria encontra-se,prioritariamente, orientada para as comunidades das regies e pases com

as quais j trabalhamos, permitindo assim, atravs do conhecimento

adquirido e j partilhado, uma maior rapidez no diagnstico, eficincia na

resposta e consistncia no impacto da interveno. Para alm da resposta

s situaes de crise humanitria, a Oikos tem vindo a apostar

progressivamente na preparao e preveno de catstrofes, sobretudo em

zonas e pases de grande vulnerabilidade ambiental, como so a

generalidade dos pases em que atuamos.

Seguidamente apresentamos uma descrio sucinta dos projetos de ao

humanitria em curso durante o ano de 2012.


27/85

27

Segurana alimentar na rea costeira da Ilha de Moambique, Distritosde Mossuril e Mongicual

Cdigo projeto 3B29/0322030

rea aoOikos

Ao Humanitria

Papel da Oikos Lder

Parceiros Governos Distritais, FAO (Food and Agriculture Organizao),INGC Instituto Nacional de Gesto de Calamidades; Servios

Distritais de Atividades Econmicas (Agricultura) e Infraestrutura(gua e Saneamento); Associao Luarte Arte, Cidadania eTransformao Social, IIAM (Instituto de InvestigaoAgronmica de Moambique) outras organizaes envolvidas emprojetos financiados no mbito do Programa DIPECHO na regio.

Local Distrito de Mossuril e Mongicual na rea costeira da Ilha deMoambique.

Data incio Outubro 2010

Data fim Dezembro 2011

Objetivos Objetivo Global: Mitigar o impacto dos desastres naturais,atravs da melhoria da segurana alimentar nos distritos da Ilhade Moambique, Mossuril e Mogincual.

Objetivo Especfico: Reduzir a exposio da produo dealimentos aos riscos ambientais e melhorar a capacidade derecuperao dos agricultores no que toca aos alimentos disponveisem caso de desastre natural, nos distritos da Ilha de Moambique,Mossuril e Mogincual.

Financiamento Oramento total: 398.936


28/85

28

UN-Habitat - Desenvolvimento de modelos representativos de resistnciaa ciclones nos Distritos de Angoche, Mogincual, Provincia de Nampula,

Moambique

Cdigo projeto 3B30/0322031

rea ao Ao Humanitria

Papel da Oikos Lder

Parceiros UN - Habitat

Local Distritos de Angoche, Mogincual, Provncia de Nampula.

Data incio Dezembro 2010

Data fim Dezembro 2011

Objetivos Identificar e testar intervenes inovadoras de pequena escala demitigao de ciclones atravs da abordagem participativa e doreforo das capacidades locais em reas-piloto vulnerveis dosdistritos de Mongicual e Angoche, na Provincia de Nampula,disseminando a iniciativa e preparando as condies para futurasrplicas.

Oramento 143.022

A 'comunidade-modelo' - Consolidao de solues de base comunitriapara a reduo do risco de desastres nos distritos da Ilha de

Moambique e de Mossuril, Moambique

Cdigo projeto 3B32

rea aoOikos

Ao Humanitria

Papel da Oikos Lder

Parceiros INGC - Instituto Nacional de Gesto de Calamidades; AssociaoLuarte - Arte, Cidadania e Transformao Social.

Local Distritos da Ilha de Moambique e de Mossuril.

Data incio 15 maio 2012

Data fim Novembro 2013


29/85

29

Objetivos Objetivo Global: Minimizao do impacto dos desastres naturaisnas comunidades da regio costeira de Nampula que afetam os seusesforos de desenvolvimento.

Objetivo Especfico: Reforar e consolidar a resilincia,preparao e capacidade de resposta a desastres naturais, a nvel dacomunidade local, atravs de uma abordagem comunidade-modelo.

Financiamento Oramento total: 391.444.00

2.1.2 Beneficirios da Ao Humanitria da Oikos em 2011

No ano de 2012, a Oikos apenas executou projetos de ao humanitria emMoambique. Para efeitos de consolidao contabilstica foram considerados

trs projetos naquele pas, dois dos quais (3B29 e 3B30) terminaram as

operaes de terreno em dezembro de 2011. Para efeitos de contabilizao

do nmero de beneficirios considermos apenas o projeto 3B32, cuja

operao decorre desde maio de 2012. Neste sentido podemos afirmar que

a Oikos beneficiou em 2012, no mbito da ao humanitria, 30.482

pessoas, equivalendo a 6.096 famlias. Em termos de fase de intervenodo continnuum Oikos, estes beneficirios enquadram-se na fase de

Preveno e Preparao de Catstrofes, setor de atividade Reduo do

Risco de Catstrofes.

2.2 Projetos de Desenvolvimento: Vida Sustentvel

A pobreza pode ser definida como umacondio humana, caracterizada por uma

persistente e crnica privao dos recursos,

capacidades, escolhas, segurana e poder

necessrios para desfrutar de um adequado padro de vida e de outros

direitos civis, culturais, econmicos, polticos e sociais.3

3Committee on Economic, Social and Cultural Rights (2001). Substantive issues arising in the

implementation of the International Convenant on Economic, Social and Cultural Rights: Poverty and theInternational Convenant on Economic, Social and Cultural Rights, Document E/C.12/2001/10. Disponvel emwww.unhchr.ch.


30/85

30

Desde a sua fundao, a Oikos entende a pobreza como uma realidade

complexa. Trata-se de um fenmeno multidimensional que necessita de ser

abordado de forma integrada e holstica.

A pobreza deve ser entendida como um sndroma situacional que envolveum consumo insuficiente, m nutrio, habitao precria, baixos nveis de

educao, falta de acesso a gua potvel e condies sanitrias abaixo dos

padres mnimos, instabilidade ou falta de insero nas estruturas

produtivas, incapacidade de participao e ausncia de mecanismos de

integrao social e, por vezes, excluso derivada da intolerncia da

sociedade perante a adeso a um conjunto de valores que so diferentes da

maioria.

Se a pobreza definida como falta de qualidade de vida ou carncia de

recursos que garantam uma qualidade de vida adequada, temos de

considerar dimenses como a disponibilidade de tempo livre, segurana

pessoal, proteo contra a violncia pblica ou familiar, proteo face s

catstrofes naturais e equidade de gnero.4

Ou seja, implicando outras dimenses imateriais e a existncia de

capacidades pessoais para evitar a excluso, tais como a capacidade de

pensamento analtico, a habilidade para processar informao e as

competncias de comunicao e de gesto, que possibilitam a plena

participao num mundo globalizado, em especial a adaptao s novas

modalidades de trabalho e produo.5

Assim, a pobreza , simultaneamente, causa e efeito da vulnerabilidade.

Assistir as comunidades locais na gesto e reduo dos fatores de risco

social, ambiental e econmico condio indispensvel para a promoo de

uma vida sustentvel e digna.

Os fatores de vulnerabilidade mais frequentes nas comunidades em que

trabalhamos podem tipificar-se em trs grupos principais:

- fsicos e ambientais recursos naturais degradados, falta dedireitos no acesso a recursos como gua e terra, eventos climticos

como secas, furaces e inundaes;

4

Economic Commission for Latin America and the Caribbean (ECLAC) 2003. Documento sobre la pobrezapara la III Conferencia Regional de Seguimiento de la Cumbre de Desarrollo Social.

5Social Watch Report, 2006.


31/85

31

- econmicos e de mercado carncia de fontes de rendimento edegradao dos ativos, injustia no comrcio e falta de um quadro

regulatrio que proteja as populaes mais pobres, falta de

infraestruturas, vias de comunicao e meios de transporte;

- sade, polticos e sociais falta de acesso a gua potvel esaneamento bsico; incidncia de doenas como a malria,

tuberculose, VIH/Sida, m nutrio; reduzidas habilidades

profissionais, falta de acesso a educao; discriminao e

desigualdade por motivos de gnero, tnicos, religiosos, polticos, de

debilidades ou de deficincias.

A interveno da Oikos tem como objetivo auxiliar as comunidades locais na

gesto e reduo destes fatores de risco, em quatro momentos essenciais a

um processo de desenvolvimento sustentvel:

- disponibilidade criar os procedimentos necessrios para que osbeneficirios obtenham nas suas comunidades os bens e os recursos,

em quantidade suficiente, para satisfazerem as suas necessidades

bsicas de forma permanente e sustentvel;

- acessibilidade facultar os procedimentos necessrios para que osbeneficirios obtenham, com equidade, os bens e os recursos

disponveis nas suas comunidades;

- utilizao promover os procedimentos necessrios para que osbeneficirios utilizem, de forma segura, efetiva e eficiente os bens e

os recursos disponveis nas suas comunidades;

- e m p o w e rm e n t implementar procedimentos de qualificao eorganizao que permitam aos beneficirios exercerem a liderana noseu prprio processo de desenvolvimento e o exerccio dos seus

direitos.

Atravs de uma abordagem baseada nos direitos econmicos, ambientais,

sociais e culturais (DESC), promovemos a vida sustentvel, ou seja, a

equidade social, econmica, cultural e de gnero, como condies vitais

para a afirmao dos direitos humanos das pessoas e comunidades que

vivem em situao de pobreza e de vulnerabilidade.


32/85

32

Em grande medida, o papel da Oikos nos projetos de vida sustentvel o

de facilitar processos de transformao social, em corresponsabilizao com

os vrios atores envolvidos (organizaes de base, ONG parceiras, setor

pblico e setor privado), que possibilitem empoderar (empowerment)

indivduos e organizaes locais, permitindo-lhes exercer a liderana no seu

prprio processo de desenvolvimento.

Seguidamente apresentamos os principais projetos de vida sustentvel

em curso no ano de 2012.

Produo e Comercializao de Culturas de Rendimento (Gergelim eFeijo Ber) entre pequenos produtores do Niassa

Cdigo Projeto 3B24/0323035

rea aoOikos

Vida Sustentvel

Papel da Oikos Lder

Parceiros Unio Distrital de Camponeses de Mandimba e seus

associados: Unio de Camponeses de Mitande; UC deLissiete; UC de Issa; UC de Mandimba-Sede.CLUSA

Local Distrito de Mandimbana provncia Niassa

Data incio Dezembro 2008

Data fim Maio 2012

Objetivos Objetivo Global: Aumentar o papel de grupos de produtores

de pequena porte como dinamizadores da economia local eregional.


33/85

33

Objetivo Especfico: Aumentar o rendimento de produtoresatravs da adoo de prticas produtivas e empreendedoras pararesponder s demandas locais e regionais do mercado para cadeiasde valor de gergelim e feijo boer.

Financiamento Oramento total: 508.690EUR

Programa de Promoo de Mercados Rurais (PROMER)


rea ao

Oikos

Vida Sustentvel

Papel da Oikos Lder

Parceiros Ministrio de Administrao Estatal Direo Nacional dePromoo do Desenvolvimento Rural (DNPDR) do Governo deMoambique

Local Distritos de Balama, Namuno, Montepuez, Ancuabe e Chiure doBloco B (Provncia de Cabo Delgado)

Data incio Abril 2011

Data fim Maro 2015

Objetivos Objetivo Especfico: promoo e desenvolvimento dasAssociaes de Agricultores presentes nos distritos, algumas delasde criao muito recente, para que tenham as capacidadesadequadas para atuar como intermedirios no mercado eestabelecer parcerias com as instituies financeiras para serviremde apoio a atividades de aumento da produo, comrcio eprocessamento da produo, de maneira independente, eficiente,responsvel e sustentvel, integrando atividades de alfabetizaofuncional.

Financiamento Oramento total: 1.089.952 EUR


34/85

34

Construo e equipamento do Centro Mdico Psicopedaggico La Edadde Oro.

Cdigo Projeto 5A21

rea aoOikos

Vida Sustentvel

Papel da Oikos Parceiro

Parceiros Direo Nacional de Assistncia Social, MINSAP

Local Muncipio Cerro, Havana

Objetivos Objetivo Global: Melhorar os cuidados de sade e a qualidade devida dos pacientes residentes no Centro Mdico Psicopedaggico,

La Edad de Oro.

Objetivo Especfico: Construir e equipar um novo Centro MdicoPsicopedaggico, de acordo com as normas tcnicas para asunidades de sade que prestam servios s pessoas comdeficincia fsica e mental.

Financiamento Oramento total: 3.287.728,96 EUR

Focal - Fortalecimento da cadeia de valor do leiteCdigo Projeto 5A23/1023054

rea aoOikos

Vida Sustentvel


Parceiros CARE France (lder);Associacin Cubana de Produccin Animal(ACPA); Sociedad Meteorolgica de Cuba (SOMETCUBA).


35/85

35

Local Provncias e municpios de Sanci Spiritus (Sancti Spiritus, LaSierpe) e Camagei (Jimaguay, Esmeralda)

Data incio Maro 2011

Data fim Fevereiro 2014

Objetivos Objetivo Global: Melhorar a segurana alimentar dapopulao das provncias Sancti Spritus e Camagey.

Objetivo Especfico: Melhorar a disponibilidade e qualidadedo leite e produtos lcteos em 4 municpios atravs de um projeto-piloto sustentvel de integrao em ciclo fechado (gesto daordenha, refrigerao-conservao do leite, recolha,processamento e comercializao) da cadeia produtiva queincorpora uma estratgia de adaptao s condies locais de

variabilidade climtica.

Financiamento Oramento total: 1,199,943,00EUR** Deste oramento a Oikos responsvel pela

gesto/implementao de 139.044 EUR

Recuperao da capacidade produtiva local do setor agropecurio nasprovncias de Holguin e Pinar del Rio, Cuba

Cdigo Projeto 5A24/1023057

rea aoOikos

Vida Sustentvel

Papel da Oikos Lder

Parceiros Associacin nacional de Agricultores Pequeos (ANAP);

Estacin Experimental de Pastos e Forrajes "Indio Hatuey".

Local Provncia de Matanzas, Municpio de Mart

Data incio Setembro 2011

Data fim Agosto 2014

Objetivos Objetivo Global: 1. Promover o aumento do uso ediversificao de fontes de energia renovveis, e a contribuiodos agrocombustveis no equilbrio energtico nacional,

diminuindo a dependncia dos combustveis fsseis.2. Contribuir para a sustentabilidade energtica em zonas ruraisatravs do fomento de quintas agroenergticas


36/85

36

autossustentveis.

Objetivo Especfico: Promover a produo deagrocombustveis a partir da biomassa como fonte energticarenovvel e sustentvel em sistemas agropecurios, comrecurso a solues tecnolgicas inovadoras.


Coinovao em processos agrrios para fortalecer a soberania alimentarem Cuba.

Cdigo Projeto 5A25/1023058

rea aoOikos

Vida Sustentvel

Papel da Oikos Lider

Parceiros CARE FranceEstacin Experimental de Pastos y Forrajes Indio HatueyInstituto de Biotecnologa de las Plantas (IBP)Centro de Investigaciones Agropecuarias (CIAP)

Local Provincias/Municipios: Matanzas (Coln, Perico e Mart) e VillaClara (Placetas, Manicaragua, e Camajuan)



Objetivos Objetivo Global: Contribuir para a segurana alimentar dapopulao em zonas urbanas e suburbanas das provncias deMatanzas e Villa Clara.

Objetivo Especfico: Aumentar a produtividade e fortalecer acadeia de valor atravs de uma experincia piloto de integraoinvestigao-produo em 6 municpios.



37/85

37

Retazos Evolui Pela criao artstica, o intercmbio e a transformaosociocultural.

Cdigo Projeto 5A26

rea aoOikos

Vida Sustentvel


Parceiros Helmfeltsgatan 1, S-211 48 Malm, Suecia (Lder).Danza Teatro Retazos (Cuba)

Data incio Maio 2012

Data fim Abril 2015

Objetivos Objetivo Global: Contribuir para o desenvolvimento de umaplataforma de intercambio cultural entre artistas cubanos eeuropeus a partir de uma perspetiva participativa, interativa edinmica que incorpore valores e expresses criativas quereflitam a identidade contempornea da dana, a suacontribuio para a transformao sociocultural e a visibilidadeda dimenso de gnero;

Objetivo Especfico: Fortalecer as capacidades da Companhiade Dana e Teatro Retazos, contribuindo para a sua evoluocomo Centro de Criao Artstica e Intercmbio com impactos

na transformao sociocultural.


Incluso econmica e social da populao indgena Tolupn noDepartamento de Yoro



38/85

38

rea ao Oikos Vida Sustentvel


Parceiros Instituto para la Cooperacin y el Autodesarrollo (ICADE) -Lder

Local Departamento de Yoro, 58 comunidades indgenas Tolupnnos municpios de Yoro e Yorito


Data fim Maro 2013

Objetivos Objetivo Global: Contribuir para o fortalecimento dascapacidades e da participao da Associao de ProdutoresIndgenas de Yoro (APROINY) reduzindo a excluso social dos

povos indgenas e aumentando o uso sustentvel dos recursosnaturais.

Objetivo Especfico: Fortalecer a integrao econmica esocial dos produtores indgenas dos municpios de Yoro.

Financiamento Oramento total: 296.250 * Responsabilidade da gesto direta da Oikos: 44.200

Para uma casa saudvel a qualidade do ar e doenas respiratrias emlares pobres das Honduras.


rea aoOikos

Vida Sustentvel


Parceiros Ayuda en Accin (lder); Centro de Desarrollo Humano (CDH); Centro de Diseo, Arquitetura y Construccin(CEDAC).

Local 8 comunidades do municpio de Victoria, departamento deYoro e 2 bairros periurbanos do municipio de Tegucigalpa(AMDC), departamento de Francisco Morazn.

Data incio Fevereiro 2011

Data fim Janeiro 2014

Objetivos Objetivo Global: 1. Contribuir para a reduo dos problemasde sade provocados e relacionados com a m qualidade do ar


39/85

39

e higiene nos interiores dos lares causada por hbitos e estilosde vida; 2. Contribuir para a promoo de estilos de vida ecomportamentos saudveis e uma mudana positiva na culturado ar nos departamentos de Francisco Morazn e Yoro,Honduras.

Objetivo Especfico: Reduzir a mortalidade e morbidadeinfantil associada a doenas respiratrias causadas por altosnveis de contaminao do ar.

Financiamento Oramento total: 989.790EUR** Oramento gerido e implementado diretamente pela Oikos:76.215 EUR

Fortalecimento institucional municipal para a promoo dodesenvolvimento sustentvel de Pespire

Cdigo Projeto 5B11

rea aoOikos

Vida Sustentvel


Parceiros Alcaldia Municipal de Pespire (Lder)ADEPES - Asociacin de Desarrollo Pespirense

Local Pespire, Honduras.

Data incio Fevereiro de 2011

Data fim Julho de 2012

Objetivos Objetivo Global: contribuir para a reduo da pobreza nomunicipio de Pespire, no contexto do desenvolvimentosustentvel, incluindo o cumprimento dos Objetivos de

Desenvolvimento do Milnio.

Objetivo Especfico: Fortalecer a capacidade institucionaloperativa e tcnica do Governo Municipal de Pespire a fim deatuar como promotor do desenvolvimento e melhorar osservios dirigidos comunidade.

Financiamento Oramento total: 123.587** Oramento gerido e implementado diretamente pelaOikos: 8.817


40/85

40

Integrao social e laboral de jovens em risco na rea Metropolitana deSan Salvador

Cdigo Projeto 5C06/0823034


Papel da Oikos Lder

Parceiros Fundacin Diagrama Intervencin Psicosocial; FundacinSalvadorea para la Promocin Social y el DesarrolloEconmico (FUNSALPRODESE).

Local rea Metropolitana de San Salvador, Municpios deSoyapango, Apopa e Ciudad Delgado.

Data incio Maro de 2009

Data fim Setembro de 2012

Objetivos Objetivo Global: 1) Melhorar o acesso a servios sociais dosjovens vulnerveis de municpio da rea metropolitana de SanSalvador. 2) Fortalecer as capacidades e participao dosagentes locais do desenvolvimento na luta contra a ExclusoSocial.

Objetivo Especfico: Promover a insero social e laboral dejovens em risco de trs municpios da zona Nordeste da SanSalvador, atravs de um modelo integrado entre atores

econmicos, sociais e governamentais.


Criao de Espaos Municipais de Preveno em Sade Sexual eReprodutiva de Adolescentes e Jovens do Municipio de La Unin, El

Salvador.




41/85

41


Parceiros FUNSALPRODESE - Fundao Salvadorenha para a PromooSocial e o Desenvolvimento Econmico (Lder)

Local Departamento de La Unin, Municipio de La Unin


Data fim Abril 2013

Objetivos Objetivo Global: 1) Contribuir para a promoo de umacultura de preveno de DST. 2) Contribuir para a criao deum ambiente saudvel para a infncia, adolescncia e

juventude em risco e vulnerabilidade.

Objetivo Especfico: Fomentar a Sade Sexual e Reprodutiva

(SSR) de adolescentes e jovens em risco na zona de Porto deCutuco em La Unin.

Financiamento Oramento total: 554.244 EUR** Responsabilidade de gesto direta da Oikos: 63.000 EUR

Experincias-piloto para o desenvolvimento sustentvel da Baia deJiquilisco.




Parceiros FUNSALPRODESE - Fundacin Salvadorea para la Promocindel Desarrollo Social y Econmico (Lder)

Local Departamento de Usulutn, Municipio do Jiquilisco



Objetivos Objetivo Global: Melhorar a qualidade de vida das populaesde Jiquilisco, em condio de vulnerabilidade e pobrezafavorecendo o cuidado pelo meio ambiente.

Objetivo Especfico: Impulsionar uma proposta dedesenvolvimento rural sustentvel no ecossistema de mangualna Baia de Jiquilisco.

Financiamento Oramento total: 555.088EUR*

* Responsabilidade de gesto direta da Oikos: 62.000 EUR


42/85

42

Iniciativas locais de baixo custo para a produo sustentvel de AvesCrioulas.

Cdigo Projeto 5E03/0723060

rea aoOikos

Vida Sustentvel

Papel da Oikos Lder

Parceiros NITLAPAN- Instituto de Investigao e Desenvolvimento, daUniversidade Centroamericana (UCA); Associao de

Voluntrios para o Desenvolvimento Comunitrio (AVODEC);Associao de Educao e Comunicao La Coculmeca.

Local Departamento de Jinotega, Municipio de El Cu, Concordia,Pantasma, Jinotega e Wiwil

Data incio Novembro 2011

Data fim Novembro 2014

Objetivos Objetivo Global: Contribuir para a melhoria da Segurana

Alimentar e Nutricional nos cinco municpios do Departamentode Jinotega.

Objetivo Especfico: Melhorar a produo de aves de quintalde forma econmica e sustentvel.



43/85

43

Fortalecimento das capacidades locais para a adaptao s alteraesclimticas no Golfo da Fonseca.

Cdigo Projeto 8B02/ 5123055



Parceiros Centro de Investigacin de Ecossistemas Acuticos (CIDEA)de la Universidad Centroamericana (UCA);Funsalprodese (Fundacin Salvadorea para la PromocinSocial y Desarrollo Econmico);ICADE (Instituto para la cooperacin e Autodearrollo);ADEPES (Associacin de Desarrollo Pespirense);NITLAPAN (Instituto de Investigacin y Desarrollo, de laUniversidad Centroamericana (UCA);

GVC ONLUS Gruppo di Volontariato Civile. O CIDEA o lderdo consrcio.

Local Zona Costeira e insular do Golfo de Fonseca (OceanoPacfico), compreendendo Nicargua, Honduras e El Salvador

Data incio Fevereiro 2011

Data fim Janeiro 2016

Objetivos Objetivo Global: 1. Contribuir para o cumprimento dos

compromissos da EU a nvel internacional no que concerne aomeio ambiente e gesto sustentvel dos recursos naturais; 2.Contribuir para a reduo do risco de catstrofes no Golfo daFonseca.

Objetivo Especfico: Fortalecer as capacidades locais para aadaptao s alteraes climticas e diminuir as emisses deCO2 no Golfo da Fonseca.

Financiamento Oramento total: 1.685.229 EUR** Responsabilidade de gesto direta da Oikos: 158.000 EUR


44/85

44

Instituio de um sistema descentralizado de planificao e gestoparticipativa e transparente dos planos de desenvolvimento da Bacia do

Ro Caete.

Cdigo Projeto 4D15/0523044


Papel da Oikos Lder

Parceiros Municipalistas por la Solidaridad y el FortalecimientoInstitucional - MUSOL.Taller de Promocin Andina - TADEPA

Local Provncias de Yauyos e Caete

Data incio Agosto 2009


Objetivos Objetivo Global: Fortalecer as autoridades locais procurandomelhorar a definio e implementao dos planos dedesenvolvimento; aumentar e fortalecer a participao dosatores-no Estatais na definio e implementao dos planoslocais de desenvolvimento.

Objetivo Especfico: Construir um sistema descentralizado deplanificao e gesto participativa e transparente dos planos dedesenvolvimento da Bacia do Rio Caete, com a participao

ativa dos movimentos locais e organizaes sociais eeconmicas.

Oramento 404.443

Sustentabilidade do setor bananeiro como forma de contribuir para areduo da pobreza na regio de Piura, Peru.

Cdigo Projeto 4D18



45/85

45

Papel da Oikos Lder

Parceiros Central Peruana de Servicios (CEPESER)Central de Bananeros del Norte (CENBANOR)Asociacin de Pequeos Productores de Banano Orgnico

Samn y Anexos (APPBOSA).

Local Regio de Piura, Peru


Data fim Agosto 2016

Objetivos Objetivo Global: Melhorar a qualidade de vida e reduzir a pobrezanos produtores, trabalhadores e comunidades, mediante odesenvolvimento sustentvel do setor bananeiro na regio de Piura.

Objetivo Especfico: I. Criar uma plataforma multiator, pblico-privada, que contribua com polticas, coordenao de programas e

aes para a sustentabilidade do setor bananeiro, a conservao doambiente e a reduo da pobreza. II. Melhorar as capacidades edesempenho das associaes de produtores de banana na produo ecomrcio da banana e nos seus programas de desenvolvimento. III.Fortalecer as capacidades das autoridades municipais para quecontribuam para a sustentabilidade do setor da banana e o impactodas populaes.


2.2.1 Beneficirios da Oikos Vida Sustentvel, 2012Vida Sustentvel por Pas: Beneficirios: 2012

Pas Pessoas Famlias

Cuba 1.064.487 266.461El Salvador 60.484 14.257Honduras 1.404.290 234.081Nicargua 24.800 4.000Multigeogrfico AC 528.052 132.013

Peru 80.000 16.000Moambique 40.000 8.000

TOTAL 3.202.113 674.812

Vida Sustentvel por Fase de Interveno: 2012Fase de Interveno Pessoas Famlias

Servios Sociais Bsicos 1.388.152 234.319Meios de Vida Sustentveis 443.453 104.200

Impacto 1.370.508 336.294TOTAL 3.202.113 674.812


46/85

46

Vida Sustentvel por Setor de Atividade: 2012

Setor de Atividade Pessoas FamliasSade, Habitao e Assistncia Social 1.385.452 231.619

Juventude e Integrao Social 15.400 5.375Agricultura e Segurana Alimentar 400.144 95.538Acesso aos Mercados e Organizao deProdutores 83.400 16.680Negcios sociais e cooperativos 694 174Gesto Sustentvel de Recursos Naturais 713.981 178.272Fortalecimento dos Atores Sociais e SociedadeCivil 1.290 248Cadeias de Valor e Qualificao da Oferta 40.436 8.295Desenvolvimento Local e Gesto do Territrio 75.784 14.223Reduo do Risco de Catstrofes 180 180Resilincia e Adaptao s AlteraesClimticas 528.052 132.013

Total 3.244.812 682.615

2.2.2 Beneficirios da Oikos Ao Humanitria e Vida Sustentvel, 2012Total de Beneficirios por Pas:

2012

Pas Pessoas Famlias

Cuba 1.064.487 266.461El Salvador 60.484 14.257Honduras 1.404.290 234.081Nicargua 24.800 4.000Multigeogrfico AC 528.052 132.013Peru 80.000 16.000Moambique 70.482 14.096

Total 3.232.595 680.908

Total de Beneficirios por Fase de Interveno: 2012

Pas Pessoas FamliasPreveno e Preparao

de Catstrofes 30.482 6.096

Servios Sociais Bsicos 1.388.152 234.319Meios de VidaSustentveis 443.453 104.200

Impacto 1.370.508 336.294


47/85

47

Total de Beneficirios por Setor de Atividade: 2012

Setor de Atividade Pessoas FamliasSade, Habitao e AssistnciaSocial 1.385.452 231.619

Agricultura e Segurana Alimentar 400.144 95.538Reabilitao de InfraestruturasSociais 0 0Reduo do Risco de Catstrofes 30.662 6.276Juventude e Integrao Social 15.400 5.375Acesso aos Mercados e Organizaode Produtores 83.400 16.680Negcios sociais e cooperativos 694 174Gesto Sustentvel de RecursosNaturais 713.981 178.272Fortalecimento dos Atores Sociais eSociedade Civil 1.290 248

Cadeias de Valor e Qualificao daOferta 40.436 8.295Desenvolvimento Local e Gesto doTerritrio 75.784 14.223Resilincia e Adaptao s AlteraesClimticas 528.052 132.013

Total 3.275.294 688.712


48/85

48

2.3 Educao para a Cidadania Global

A educao para a cidadania global,

tradicionalmente limitada sensibilizao da

opinio pblica do Norte sobre os problemas dos

pases do Sul - Educao para o

Desenvolvimento (ED) -, assume hoje a tarefa de criar uma conscincia de

cidadania global - Educao para a Cidadania Global (ECG) -, potenciando o

surgimento de cidados capazes de assumir um papel de liderana social e

de se auto-organizar numa multiplicidade de formas, com o objetivo de

cuidar e de promover a criao de bem comum.

A promoo do bem comum exige a capacidade de assumir a

responsabilidade na esfera local e global. Deste modo, o exerccio do poder

e das responsabilidades do cidado acontece, simultaneamente, num

contexto territorial e em sucessivas esferas da governao: local, nacional,

regional e global.

Formas de Interveno

Segundo os objetivos e os pblicos-alvo a atingir, as principais formas de

interveno da ED/ECG so as seguintes:

Sensibilizao

Chama a ateno da populao ou de grupos especficos para um dado

problema, devendo-se transmitir o mximo de informao til ao

destinatrio, tendo em considerao, designadamente, a complexidade

do problema, a capacidade de absoro da informao, a necessidade de

estimular para a ao e a indicao de outras fontes informativas para

aprofundar o tema.

Mobilizao

Aes de ED/ECG que tm por objetivo atrair vrios atores sociais e

polticos, a opinio pblica e a sociedade civil para a mudana de

prticas e de polticas.


49/85

49

Formao

Trata-se de dotar o destinatrio de competncias que lhe permitam

posteriormente trabalhar uma determinada temtica no mbito da

ED/ECG.Produo de materiais pedaggicos

Cruciais para dar a conhecer a ED/ECG, para trabalhar em escolas ou em

sesses de formao, dotando o educador/formador de informao til

para a abordagem de temas complexos, de ferramentas de trabalho

(fichas de atividades, jogos, pistas de reflexo...) e de indicao de

metodologias de trabalho.

O trabalho de ED/Educao para a Cidadania Global, promovido pela Oikos,

tem contado desde o incio com o apoio de um grupo de professores

voluntrios GEDOIKOS (Grupo de Educao ao Desenvolvimento da

Oikos) que, para alm de um trabalho de investigao e reflexo,

programa e orienta ao longo do ano diversos tipos de atividades e

iniciativas, nomeadamente Sesses de Formao para professores e alunos

no mbito da Educao ao Desenvolvimento na sua relao com o

ambiente, cultura, cidadania, solidariedade entre outros temas.Nos ltimos anos e dado o crescente interesse demonstrado por professores

e alunos de todo o pas, naturalmente merecedor de respostas positivas, a

Oikos procedeu criao de Ncleos de Educao ao Desenvolvimento

(NEDOIKOS) em diversos pontos do pas com o objetivo de multiplicar o

trabalho j iniciado, permitindo ao mesmo tempo atingir um nmero

crescente de estabelecimentos de ensino.

Estes ncleos, que funcionam ao mesmo tempo como grupo alvo einstrumento de consolidao e descentralizao do trabalho de Educao

para a Cidadania Global, so constitudos por elementos que ao longo dos

tempos se tm vindo a envolver de uma forma mais efetiva, participando e

colaborando com a Oikos em atividades de formao de professores e

alunos, tornando-se centros de recursos disponveis para a realizao de

atividades de sensibilizao e formao no s na escola a que esto

vinculados, mas em escolas geograficamente prximas.


50/85

50

Para alm dos tradicionais projetos de sensibilizao em torno dos temas do

desenvolvimento, orientados para o mundo escolar e para um pblico

juvenil, em 2011, tiveram particular relevo projetos em torno da

sustentabilidade ambiental dos processos de desenvolvimento. A partir da

Delegao de Braga, a Oikos tem incidido com particular incidncia na

promoo da equidade de gnero e na preveno dos fenmenos do trfico

de seres humanos e das novas formas de explorao do trabalho escravo.

Seguidamente apresentam-se os projetos de Educao para a Cidadania

Global, com maior incidncia no ano de 2012.

ENERGY FOR LIFE: Campanha de Educao para o Desenvolvimentosobre o Papel Critico das Energias Renovveis na Reduo da Pobreza e

Desenvolvimento Sustentvel

Cdigo Projeto 1A33

rea ao Oikos Cidadania Global

Papel da Oikos Parceiro.

Parceiros Istituto Oikos (Lder do consrcio); DGS DeutscheGesellschaft fr Sonnenenergie; ECODES Fundacion Ecologiay Desarrollo.

Local Oikos: Portugal mbito Nacional;Istituto Oikos (Italia)DGS Deutsche Gesellschaft fr Sonnenenergie e. V.(Alemanha)

ECODES Fundacion Ecologia y Desarrollo (Espanha)


51/85

51


Data fim Maro 2012

Objetivos Objetivo Global: Sensibilizar a opinio pblica para a ligao

de interdependncia entre a Unio Europeia e os pases emdesenvolvimento, bem como mobilizar o apoio para relaesNorte-Sul mais equitativas e promover a cooperaointernacional no contexto das relaes entre o uso de energiasrenovveis e o desenvolvimento.

Objetivo Especfico: Promover as energias renovveis comoum instrumento para alcanar o desenvolvimento sustentvel emelhorar a qualidade de vida na Europa e nos pases emdesenvolvimento

Financiamento Oramento total: 217.852 EUR** Corresponde apenas ao montante total gerido pela Oikos. Omontante global do contrato assinado pelo lder de consrcio(Instituto Oikos, Itlia) : 919.344,00 .

Cinema Documental ODMCdigo Projeto 1A34


Papel da Oikos Lder

Parceiros CIC Bat (Espanha)

Local Portugal territrio nacional; Espanha Provncia daAndaluzia.


Data fim Maro 2013

Objetivos Objetivo Global: Contribuir para uma maior informao esensibilizao da populao sobre os Objetivos doDesenvolvimento do Milnio

Objetivo Especfico: Promover a difuso dos Objetivos deDesenvolvimento do Milnio atravs da participao ativa dos

jovens como veculos de informao, divulgao e incidncia.



52/85

52

Energizing DevelopmentCdigo Projeto 1A35



Parceiros GVC - Gruppo Volontariato Civile (Italia; lder consrcio)Fraunhofer Gesellschaft. (Alemanha)ALMA RO (Romnia)TERRA Mileniul III (Romnia)Transilvania Ecological Club (Romnia)ALMA MATER STUDIORUM - Universit di Bologna (Italia)FETRAF - Federao dos Trabalhadores na AgriculturaFamiliar (Brasil)Province of Santa F (Secretariado para a Agricultura Familiar(Argentina)

Local Portugal, Itlia, Alemanha e Romnia.

Data incio Novembro 2009

Data fim Maro 2013

Objetivos Objetivo Global: Mobilizar a sociedade para aes de apoio luta contra a pobreza e promover a educao para o

desenvolvimento atravs da construo e reforo da parceriaentre atores de desenvolvimento e do ambiente, promovendosinergias entre a sociedade civil, autoridades locais einstituies na Europa e pases em desenvolvimento.

Contribuir para a criao de relaes mais justas entre pasesdesenvolvidos e em desenvolvimento com base no interessecomum em matria de proteo ambiental e seguranaenergtica.

Objetivo Especfico: Reunir atores que trabalham nas reasdo desenvolvimento, proteo ambiental eproduo/comercializao de biocombustveis, a fim depromover o desenvolvimento sustentvel e produo de umaenergia mais verde, num quadro de luta contra a pobreza epromoo da soberania alimentar nos pases emdesenvolvimento. ONG, autoridades locais, centros de pesquisa,estudantes universitrios, organizaes de rotulagem ambientale responsabilidade social e as organizaes empresariais doramo da energia/biocombustveis sero treinados esensibilizados para se tornarem atores de mudana nodesenvolvimento e energia.

financiamento Oramento total: 134.108EUR** Oramento diretamente gerido pela Oikos em Portugal.Oramento global do projeto: 767.061 EUR.


53/85

53

Time to SeedCdigo Projeto 1A39



Parceiros

Local Portugal territrio nacional


Data fim Abril 2014

Objetivos Objetivo Global: Sensibilizar a opinio pblica na Europa e nospases em desenvolvimento acerca do vnculo entredesenvolvimento e agricultura sustentvel;Fortalecer as sinergias entre atores de desenvolvimento,instituies e sociedade civil para a necessidade de maiorequidade nas relaes Norte-Sul.Mobilizar maior apoio para as aes de luta contra a pobreza eempoderar as sociedades civis para a promoo da seguranaalimentar e do desenvolvimento em bases mais responsveis esustentveis.

Objetivo Especfico: Promover um papel mais relevante paraa agricultura sustentvel na luta contra a fome e a pobreza, egarantindo um modelo de desenvolvimento mais sustentvel eque evite a depleo dos recursos naturais, quer nos pases emdesenvolvimento quer na Europa.

Financiamento Oramento total: 142.267EUR* Montante diretamente gerido pela Oikos em Portugal. Omontante global do projeto, a nvel Europeu, : 931.146 EUR.

(Es) foradas e (Des)Iguais Contra o Trfico de Seres Humanos e aExplorao Laboral.

Cdigo Projeto 1A38


Papel da Oikos Lder

Parceiros N/A

Local Portugal Barcelos, Guimares e Vila Nova de Famalico.



54/85

54


Objetivos Objetivo Global: Alertar as populaes para violaes dedireitos essenciais, em particular de mulheres, que sorealizadas atravs de fenmenos de trfico de pessoas e

explorao laboral, tanto entre populaes migrantes como emcomunidades mais vulnerveis, tendo em vista oimpulsionamento de polticas pblicas e mecanismos deproteo, preveno e combate discriminao e desigualdadede gnero.

Objetivos Especficos: Facilitar o acesso a informao sobreexplorao laboral relacionada com vulnerabilidade de gnero efenmenos de trfico de seres humanos, a um mnimo de60,000 pessoas, nos Municpios-alvo.- Sensibilizar e reforar a capacidade de ao/ interveno dosgrupos vulnerveis sobre a temtica da explorao laboral e

discriminao, nomeadamente as mulheres migrantes.- Desenvolver um ncleo de voluntrios por Municpio, parainterao, informao, sensibilizao e influncia pblica(advocacia social) com atores locais e opinio pblica.- Contribuir para a criao de um ambiente favorvel aoacolhimento das minorias, incentivando assim a suaparticipao ativa em processos de informao econsciencializao da sociedade civil em geral.- Contribuir para o aumento da capacidade de interveno dasociedade civil ao nvel da preveno dos fenmenos deexplorao com base em discriminaes mltiplas.


Mos (Re)Foradas - Contra o Trfico de Seres Humanos e a ExploraoLaboral.

Cdigo Projeto 1A40


Papel da Oikos Lder

Parceiros N/A

Local Portugal Barcelos, Guimares e Vila Nova de Famalico.


Data fim Dezembro 2013Objetivos - Promover o acesso a informao sobre a temtica de trfico,

discriminao e explorao laboral relacionada com vulnerabilidadede gnero.- Sensibilizar e reforar a capacidade de ao/ interveno dosgrupos vulnerveis sobre a temtica da explorao laboral e


55/85

55

discriminao, nomeadamente as mulheres migrantes.- Reforar a capacidade de interveno estratgica dos 3 NcleosLocais de Voluntrios criados no mbito do projeto anterior para ainterao, informao, sensibilizao e influncia pblica(advocacia social) com atores locais e opinio pblica.- Desenvolver 2 novos ncleos de voluntrios para interao,

informao, sensibilizao e influncia publica (advocacia social)com atores locais e opinio pblica.- Promover a criao e dinamizao de fruns de trabalho com oobjetivo de trocar conhecimentos e boas prticas entre ONG e/ououtras instituies no domnio do trfico, discriminao eexplorao laboral relacionada com vulnerabilidade de gnero.- Contribuir para a criao de um ambiente favorvel aoacolhimento das minorias, incentivando assim a sua participaoativa em processos de informao e consciencializao dasociedade civil em geral.- Contribuir para o aumento da capacidade de interveno dasociedade civil ao nvel da preveno dos fenmenos de explorao

com base em discriminaes mltiplas.


2.3.1 Balano da Educao para a Cidadania Global em 2012

En e r g y f o r L i f e - Campanha de Educao para o Desenvolvimentosobre o papel crtico das energias renovveis para a reduo da

pobreza e desenvolvimento sustentvel

Dos eventos em Portugal realizados em 2012 destacam-se as apresentaes

em 4 escolas (cerca de 130 alunos e professores), a presena na 2

Reunio Nacional de Desenvolvimento da Educao (organizada pelo IPAD e

pela Plataforma Portuguesa das ONGD) onde o projeto Energy for Life, mais

propriamente o jogo online foi escolhido como um exemplo de boa prticade Educao para o Desenvolvimento em Portugal tendo sido apresentado e

debatido com uma plateia composta por professores, educadores e tcnicos

de ONG ativas em Educao para o Desenvolvimento, e a organizao da

conferncia Prepara-te para o Futuro, um evento aberto centrado no jogo

online em que participaram educadores, jovens estudantes, tcnicos de

ambiente (Estado, empresas priv

Relatório de Gestão e Contas 2012 Oikos

Documents

Transcript of Relatório de Gestão e Contas 2012 Oikos