Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras · BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 2...
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1BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 2
Relatório e Contas 2015
Índice
I. Relatório de Gestão 3
Principais Indicadores 4
Órgãos Sociais 6
Resumo da Atividade 7
Enquadramento Macroeconómico 8
Áreas de Negócio 9
Funções de Controlo Interno 11
Áreas de Suporte 14
Capital Humano 16
Análise Financeira 17
Declaração sobre a Política de Remuneração do Banco Privado Atlântico - Europa S.A 23
Informação Quantitativa Sobre Remunerações 28
Proposta de Aplicação de Resultados 30
II. Demonstrações Financeiras 31
III. Notas às Demonstrações Financeiras 37
IV. Parecer da Auditoria 96
3BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015
I. Relatório de Gestão
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 4
Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
Principais Indicadores
(m Euros)
Atividade 2011 2012 2013 2014 2015
Ativo Líquido Total 298.808 326.182 427.300 572.726 866.580
Volume de Negócios (1) 307.336 237.691 446.366 611.371 901.181
Crédito a Clientes 25.017 49.786 74.218 114.828 169.064
Recursos de Clientes On Balance 251.312 146.098 240.179 411.825 588.989
Recursos de Clientes Off Balance 25.722 35.841 98.107 37.230 87.055
Garantias 808 808 4.553 14.532 2.454
Crédito Documentário 4.477 5.158 29.309 32.995 53.619
Volume de Negócios por Colaborador 6.147 3.256 4.555 5.879 7.448
Rácio de Transformação (2) 11,1% 43,4% 80,1% 66,3% 62,9%
Rácio Crédito Vencido/ Crédito a Clientes 0% 0,43% 0,14% 0,14% 0,62%
Rácio Provisões/ Crédito a Clientes 1,7% 1,6% 3,4% 3,7% 2,6%
Margem Financeira 2.774 6.449 8.646 8.039 10.122
Comissões Líquidas 1.178 816 1.248 2.217 3.634
Resultados de Reavaliação Cambial eAtivos Avaliados ao Justo Valor 216 836 587 1.209 1.234
Resultados de Ativos FinanceirosDisponiveis para Venda - 813 5.930 4.890 5.133
Outros Resultados de Exploração 2.557 3.285 3.308 4.051 2.369
Produto Bancário 6.725 12.200 19.719 20.405 22.683
Produto Bancário por Colaborador 135 167 201 196 187
Cost to Income 114,1% 81,5% 71,5% 65,5% 52,5%
Resultado do Exercício (1.403) 701 2.189 3.754 4 282
ROA -0,5% 0,2% 0,5% 0,7% 0,5%
ROE -3,1% 1,5% 4,7% 7,7% 7,4%
Situação Líquida 45.927 48.450 50.085 57.619 57.930
Fundos Próprios Base 45.215 44.435 46.099 47.279 48.709
Requisitos para Fundos Próprios 9.799 10.837 14.298 21.520 29.434
RWA 122.488 135.465 178.728 269.005 367.931
Rácio de Solvabilidade 36,9% 32,8% 25,8% 17,6% 13,2%
Número de Clientes 446 732 1.443 1.922 4.302
Número de Colaboradores 50 73 98 104 121
Número de Colaboradores em Formação 11 18 22 25 26
(1) Crédito, garantias e recursos totais de clientes
(2) Calculado de acordo com a instrução 23/2011 do Banco de Portugal
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(m Euros)
Volume de Negócios
(m Euros)
Produto Bancário
(m Euros)
Resultados Líquidos
(m Euros)
Rácio de Transformação
(m Euros)
Colaboradores vs Custos Colaboradores
411.825
37.230
162.315
2011 2012 2013
307.336
237.691
446.366
611.371
2014
588.989
87.055
225.137
901.181
2015
Recursos de Clientes On Balance Recursos de Clientes Off Balance
240.179
98.107
108.080
146.098
35.84155.752
251.312
25.72230.302
Crédito a Clientes e Garantias
2011 2012 2013 2014
Rácio de Crédito Líquido / Recursos de BalançoRácio de Transformação (1)
11%
43%
80% 66%
10%
34% 31% 28%
2015
63%
29%
2011 2012 2013 2014
ColaboradoresCustos com Pessoal por Colaborador (m Euros)
93
73
98104
50
64 66 60
2015
121
56
2011 2012 2013 20152014
33
104
Colaboradores em Formação Horas Formação / Colaborador Colaboradores
2529
121
25
52
98
22
58
73
1814
50
11
2011 2012 2013 2014 2015
Resultado do Exercício
3.7544.282
2.189
701
(1.403)
2011 2012 2013 2014
2.774
3.9516.449
5.750
8.646
11.073
8.039
12.366
6.725
12.200
19.719 20.405
2015
10.122
12.561
22.683
Margem Financeira Margem Complementar
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 6
Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
Órgãos Sociais
Conselho de Administração Revisor Oficial de Contas
Presidente Revisor
Carlos José da Silva KPMG & Associados, SROC, S.A.
representado por Vitor Manuel da Cunha Ribeirinho
Vogais
Diogo Baptista Russo Pereira da Cunha Suplente
Maria da Graça Ferreira Proença de Carvalho Miguel Pinto Douradinha Afonso
José Carlos Manuel Burity (iniciou funções a 16.09.2015)
Pedro Manuel Moreira Leitão (iniciou funções a 16.09.2015)
Augusto Costa Ramiro Baptista Assembleia Geral
Presidente da Comissão Executiva Presidente
Diogo Baptista Russo Pereira da Cunha Paulo Manuel da Conceição Marques
Conselho Fiscal Vice-Presidente
António Assis de Almeida
Presidente
Mário Jorge Carvalho de Almeida
Secretário da SociedadeVogais Efectivos
Fernando Augusto de Sousa Ferreira Pinto Efectivo
Maria Cândida de Carvalho Peixoto Paula Catarina P. N. Pontes Pereira (iniciou funções a 21.09.2015)
Vogal Suplente Suplente
João Maria Francisco Wanassi Joel Xavier da Silva T. Manuel (iniciou funções a 21.09.2015)
7BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
O ano 2015 ficou marcado para o ATLANTICO Europa como um ano de alargamento da sua base de atuação. Fruto de uma estratégia de crescimento sustentado e prudente, assente em quatro pilares fundamentais de rigor, sigilo, segurança das operações e inovação, os resultados da atividade bancária continuaram a evidenciar uma elevada solidez financeira da instituição.
O ATLANTICO Europa fechou o ano de 2015 com um resultado líquido de 4,3 milhões de Euros, tendo registado um aumento de 14% face ao ano anterior, mantendo assim a tendência de crescimento de dois dígitos que se tem verificado na evolução dos principais indicadores de atividade do Banco desde o ano de 2012 até hoje.
O exercício de 2015 foi também assinalado pelo arranque da atividade na Namíbia, com a abertura de uma sucursal em Windhoek, após garantida a licença do Banco Central da Namíbia para operar no país. O Banco deu assim mais um passo na estratégia de internacionalização da marca ATLANTICO, assegurando as sinergias das operações em três geografias: Portugal, Angola e Namíbia. Merece igualmente destaque, a obtenção da autorização junto da BaFin, Autoridade Supervisora dos Mercados Financeiros da Alemanha, para o início de oferta de produtos do ATLANTICO Europa neste país, proporcionado pela parceria institucional com a Savedo, um fornecedor online de soluções de poupança.
A aposta do ATLANTICO Europa continuou centrada nos objetivos estratégicos de diversificação e inovação da oferta de produtos e serviços, aumento da base de clientes e do seu envolvimento, fortalecimento da capacidade comercial e dinamização dos canais electrónicos.
Neste sentido, foi desenvolvida em 2015 uma série de novas iniciativas na ótica da contínua e constante procura de melhoria do serviço ao cliente, tais como a disponibilização
de uma plataforma de abertura de conta online e melhoria da plataforma de digital banking, a criação de um centro de apoio ao cliente e o lançamento da primeira campanha institucional do Banco em Portugal, com vista a incrementar a notoriedade da marca ATLANTICO no mercado nacional.
Ciente que a confiança dos clientes é um ativo valioso, o ATLANTICO Europa prosseguiu o esforço de alargamento da oferta de produtos e serviços de investimento e poupança para clientes particulares, e de soluções de Trade Finance e tesouraria altamente personalizadas, inovadoras e de valor acrescentado para clientes empresa. O maior reconhecimento da oferta do ATLANTICO Europa tem-se traduzido no aumento do número de clientes, cuja base registou um crescimento substancial em 2015, tendo mais que duplicado face ao ano anterior.
Tendo como lema ser “Diferente pelas Pessoas”, o Banco continuou a dar prioridade à gestão de pessoas através do acompanhamento da gestão de carreiras, da recompensa do desempenho e da formação contínua dos seus colaboradores. A equipa do ATLANTICO Europa é jovem, dinâmica e multicultural e representa 4 continentes e 14 países.
A gestão integrada e rigorosa de riscos, de compliance e de controlo interno constituiu um dos vetores primordiais de suporte para um crescimento sustentável da atividade e negócio bancário, que tem vindo a ser alvo de um constante aperfeiçoamento. É ainda de salientar que o ATLANTICO Europa atua e beneficia de estar enquadrado pelos exigentes requisitos regulamentares estabelecidos ao nível Europeu e nacional.
O ATLANTICO Europa em 2015 reforçou o seu perfil de banco sólido, rentável, eficiente e capitalizado, que procura gerar valor para os clientes, acionistas, colaboradores e demais stakeholders, e que aspira, de forma continuada, a que a marca ATLANTICO seja sinónimo de serviço bancário de excelência.
Resumo da Actividade
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 8
Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
O ano 2015 ficou marcado pela forte intervenção dos bancos centrais nas economias a nível global, pela crise dos refugiados do conflito na Síria e a sua influência na Zona Euro e, em Portugal, pelas eleições legislativas. O BCE começou o ano implementando um conjunto de medidas de política monetária das quais a mais relevante foi o anúncio de um novo programa de compra de dívida pública europeia, cujo objetivo é estimular a subida da inflação nas economias europeias. Como objetivo da política monetária, Mario Draghi definiu subir os níveis de inflação para cerca de 2%, no entanto, o valor mais elevado registado em 2015 foi de 0,3% em Maio e a Zona Euro registou deflação em quatro dos doze meses do ano.
A economia europeia reagiu ao programa de estímulos e alcançou em 2015 um nível de crescimento de 1,5%, valor superior aos 0,9% registados em 2014. Um dos principais focos de instabilidade na Europa em 2015 foi a possibilidade da Grécia abandonar a Zona Euro ou “Grexit”, como ficou conhecido. A Grécia incumpriu em Junho com um prazo de liquidação de pagamento ao FMI, o que levou ao encerramento da banca por várias semanas e a um clima de instabilidade política e social, até se dar o acordo com os parceiros europeus para o 3º bailout no valor de 86 mil milhões de euros. Em Portugal, verificámos um nível de crescimento de 1,2% em 2015, contrastando com os 0,6% verificados em 2014. No entanto, a inflação de 0,3% continua a evidenciar os constrangimentos provocados pelas pressões deflacionárias da dívida e desemprego. Os resultados das eleições legislativas em Portugal deram origem a um novo clima de instabilidade. O resultado eleitoral inconclusivo provocou a mudança de um governo de maioria absoluta para um governo minoritário apoiado por partidos que não vieram a integrá-lo. O índice acionista PSI 20 acabou o ano a valorizar 10,71% e o mercado de obrigações valorizou 3,7% com as yields a aproximarem-se dos mínimos em vários prazos. Os Estados Unidos atingiram um crescimento económico de 2,4% em 2015, o que associado ao nível de desemprego em mínimos históricos de 5% e a uma inflação crescente em torno dos 1%, promoveu a subida da taxa diretora do FED para os 0,50% (subida de 25bps) em Dezembro de 2015. A expectativa em torno da subida de taxas pelo FED influenciou a curva de juros americana, que iniciou o ano a descontar cerca de 3 subidas de taxas e com as yields a 10 anos nos 2,20%. No entanto, o ano terminou com apenas uma subida e com estas yields a 10 anos nos 2,30% derivado do agravamento do enquadramento macro global ao longo do ano. O abrandamento da economia chinesa e o aumento da instabilidade nos mercados emergentes fruto da queda do preço das commodities foram fatores que pesaram neste cenário. O S&P fechou o ano em ligeira queda de 0,7%. Apesar dos bons resultados das empresas americanas, com exceção do sector
petrolífero que se encontra em profunda restruturação, o aumento da incerteza ao longo do ano pressionou o mercado acionista.
A China teve um ano desafiante, tendo o seu crescimento sido alvo de inúmeras revisões em baixa. Terminou o ano com um crescimento de 6,8% (versus 7,2% em 2014) e com a inflação estável nos 1,6%, em linha com os anos anteriores. O Banco Central Chinês reduziu a taxa diretora dos 2,75% para os 1,50% e as reservas mínimas obrigatórias dos 20% para os 17,50%. Esta medidas tiveram por objetivo melhorar a liquidez do sistema financeiro e dar o devido suporte, através de uma política monetária expansiva, a uma economia em transição de um modelo de investimento para consumo. Em Agosto, o Banco Central Chinês decidiu desvalorizar a sua moeda de 6,20 para 6,40 versus o USD em reação a dados que indicavam uma forte contração das exportações chinesas e também como mais um passo com vista à liberalização a prazo do Yuan Chinês (CNY). Os investidores encararam esta decisão como mais um indicador do abrandamento económico da China e penalizaram significativamente o mercado acionista Chinês, que terminou o ano com uma ligeira subida de 5,57%, depois de ter registado valorizações de cerca de 50% ao longo de 2015. Durante o primeiro semestre assistimos à valorização do USD de uma forma generalizada devido à crescente expectativa relativamente à subida das taxas de juro pela FED, o USD Index terminou o ano a valorizar 9,26%. O EUR/USD caiu de 1,2098 no inicio de 2015 para 1,0862 em Dezembro, a revelar a crescente divergência de crescimento económico e de política monetária dos dois blocos. As moedas dos mercados emergentes tiveram um ano negativo derivado da queda do preço das mercadorias e do abrandamento económico. Entre as desvalorizações mais expressivas encontram-se as moedas do Brasil e da África do Sul, que caíram contra o USD cerca de 33% e 25%, respetivamente. O CNY desvalorizou 4,4% contra o USD e terminou o ano nos 6,50, o que ajudou a reequilibrar a competitividade externa chinesa. A forte apreciação do dólar e a conjugação do aumento da produção americana com o fim das sanções económicas ao Irão e a luta por market share dos países da OPEP criaram as condições para o petróleo terminar o ano sobre forte pressão. O petróleo fechou o ano a cair 35%, com o Brent a transacionar a 37 USD por barril. Por fim, após um início de ano estável em torno dos 1.200 USD/onça, suportado na procura dos investidores por proteção a pressões inflacionistas esperadas em resultado das politicas monetárias expansivas dos bancos centrais, o Ouro acabou o ano em queda de 10,4%, ao verificar-se na segunda metade do ano a ausência de inflação no mundo e o acelerar da queda das matérias primas.
Enquadramento Macroeconómico
9BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
Áreas de Negócio
Banca de Empresas
Foi num contexto macroeconómico mundial muito desafiante e de crescimento anémico em Portugal, que a Banca de Empresas do ATLANTICO Europa desenvolveu a sua atividade no ano 2015. Uma atitude inovadora e pró-ativa da equipa ATLANTICO Europa conseguiu transformar o que, à partida, seria um conjunto de constrangimentos exógenos em oportunidades de crescimento sustentado do negócio. A intensa atividade comercial na Banca de Empresas proporcionou um aumento substancial da base de clientes, a qual mais do que duplicou face ao ano anterior, aproximando-se a bom ritmo dos 500 clientes.
Não foi alheio a este crescimento a incessante procura de novas soluções de produtos e serviços bancários que vão ao encontro das necessidades dos clientes alvo, de que são exemplo o produto destinado à antecipação de receitas de exportação, lançado no primeiro trimestre do ano e o produto “Bill2Cash” (solução estruturada de gestão e garantia de pagamento a fornecedores), disponibilizado na segunda metade do ano.
O ritmo acelerado de angariação de novos clientes impulsionou um forte crescimento do volume de negócio face ao ano anterior, de 11% e 27%, respetivamente para os recursos e
para o crédito, sem contudo criar pressão ao nível da política conservadora seguida pelo ATLANTICO Europa ao nível do rácio de transformação.
O forte crescimento da base de clientes traduziu-se não só no crescimento significativo do volume de negócio face ao ano anterior, como também num aumento da rentabilidade do segmento empresas, tendo para isso contribuído uma oferta cada vez mais abrangente de produtos e serviços, dos quais podemos destacar as emissões de Papel Comercial (com a procura por parte de investidores a representar, em média, mais de 170% do valor das emissões) e as operações de apoio ao Comércio Internacional, com o negócio de Trade Finance a atingir o maior volume de sempre (incremento de 40% face ao ano anterior).
No ano de 2016, apostaremos no alargamento e consolidação da base de clientes, através da disponibilização de uma oferta de produtos e serviços cada vez mais completa e especializada, mantendo o foco estratégico no apoio às actividades de Trade Finance dos clientes e uma política conservadora ao nível do crescimento da carteira de crédito.
Banca de Particulares
O ano de 2015 fica marcado por uma forte dinâmica de captação e diversificação da base de clientes Particulares do ATLANTICO Europa, conseguida através de uma maior afirmação no mercado nacional e de uma parceria estratégica com a plataforma Savedo, um fornecedor online de soluções de poupança fundado na Alemanha e dirigido a clientes alemães. A Banca de Particulares completou assim o ano de 2015 com a predominância de três segmentos de clientes: clientes Affluent, clientes angariados através da plataforma Savedo e clientes de Private Banking.
Assente numa forte capacidade de captação e retenção de recursos, sustentada por uma oferta variada de produtos de investimento e poupança, a base de clientes Affluent cresceu 123% face ao anterior, acompanhada por um aumento dos recursos totais em 126%. De realçar, o contributo do canal internet que, fruto da funcionalidade de abertura de Conta Online, disponível desde o mês de Fevereiro, captou no seu primeiro ano cerca de 30% do total de contas abertas por clientes Particulares, residentes e não residentes. Um segmento orientado para uma oferta simples e especializada, assente numa interação eficiente com o Banco através de canais à distância.
A parceria com a Savedo, iniciada em Junho de 2015, captou, até ao final do ano, 716 clientes Particulares residentes na Alemanha, com a constituição de 625 depósitos a prazo nesse período.
Ao longo do exercício de 2015, a base de clientes e captação de recursos do segmento de Private Banking continuou a apresentar elevados níveis de crescimento, à semelhança dos anos anteriores, de 23% e 72% respetivamente.
O reconhecimento por parte dos clientes dos níveis do serviço, com o reforço da presença internacional do banco e a manutenção da nossa abordagem patrimonial global com oferta de produtos e serviços ajustados a cada cliente, foi uma vez mais determinante na consolidação de uma oferta diferenciadora e com reconhecimento da capacidade em gerar valor.
A base fundamental da oferta de produtos e serviços financeiros, assenta na lógica de arquitetura aberta com total independência, potenciada em 2015 pela parceria estabelecida com uma das maiores plataformas de fundos a nível Europeu, que permitiu alargar a oferta de fundos de investimento, quer ao nível de gestoras quer ao nível do número de fundos disponíveis, e reforçar o acesso dos nossos clientes aos principais agentes e mercados de capitais internacionais.
A nossa abordagem de banca de relação tem como pilares o aconselhamento financeiro especializado e independente, com a garantia de segurança, transparência e confidencialidade, com soluções de investimento e financiamento exclusivas, adequadas
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 10
Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
Banca Institucional
Apesar do contexto desafiante de 2015, ano caracterizado por um enquadramento de taxas de juro negativas na Europa, alguma deterioração dos fundamentais macroeconómicos e o reduzido valor das matérias primas no mercado internacional, foi possível efetivar um incremento significativo na atividade deste segmento de negócio, fixando os resultados acima das expetativas iniciais. A estratégia de negócio levada a cabo, traduziu-se num aumento relevante da atividade. Especificamente, as iniciativas desenvolvidas permitiram expandir e diversificar a base de clientes e incrementar o seu envolvimento, o que se traduziu num aumento de 43% dos recursos captados face ao ano anterior. Ao nível da banca correspondente, registámos um
aumento de 134% face ao ano anterior, complementado com um aumento significativo da atividade de Trade Finance. A vontade em traduzir um posicionamento internacional da nossa operação permitiu aumentar o ritmo de expansão da rede de correspondentes, com o estabelecimento de novos relacionamentos com instituições financeiras e outros parceiros institucionais presentes em quarto continentes. Por fim, no mercado de papel comercial, o ATLANTICO Europa consolidou a sua posição enquanto instituição registadora, tendo executado a colocação de 26 emissões ao longo do ano, num volume superior a 100 milhões de Euros, com o total de propostas recebidas a superar em 1,65 vezes a oferta disponível.
ao perfil de risco, ciclo de vida e necessidades pessoais, patrimoniais e empresariais de cada cliente.
Para alcançar este objetivo, reforçámos a equipa de gestores de cliente, mantendo a exigência dos níveis de qualidade técnica e o rigor na formação dos princípios e valores inerentes à nossa proposta de valor.
Ao longo de 2015, consolidámos a nossa capacidade de construção de soluções de investimento e de financiamento para clientes não residentes, alargando a base de clientes em diferentes geografias. Reforçámos também a presença no mercado nacional e alargámos a base de clientes residentes através de uma oferta especializada, assente numa dinâmica relacional diferenciadora e na disponibilização de soluções de investimento personalizadas e numa base tecnológica robusta e em melhoria constante.
11BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
Gestão do Risco
O Conselho de Administração é responsável por definir, implementar e rever periodicamente um sistema de controlo interno adequado à natureza, dimensão e complexidade da atividade do ATLANTICO Europa, devidamente alinhado com o seu perfil de risco, tendo por objectivos assegurar:
• A continuidade do negócio e a sobrevivência da instituição através de uma eficiente afetação de recursos e execução das operações, da efetiva monitorização e controlo dos riscos, da prudente avaliação de ativos e responsabilidades, e da segurança e controlo de acessos nos sistemas de informação e comunicação;
• A existência de informação, contabilística e de gestão, de
natureza financeira e não financeira, completa, fiável e tempestiva, que suporte a tomada de decisão e os processos de controlo;
• O cumprimento das disposições legais, das diretrizes internas e das regras deontológicas e de conduta no relacionamento com os clientes, as contrapartes das operações, os accionistas e os supervisores.
As funções chave do sistema de controlo interno – gestão do risco, compliance e auditoria interna – encontram-se dotadas de meios humanos e materiais suficientes para o cumprimento da sua missão, apresentando a independência, estatuto e efetividade necessárias ao correcto exercício da atividade.
A função de gestão do risco no ATLANTICO Europa é responsabilidade do seu Conselho de Administração, sendo o Departamento de Risco a estrutura orgânica responsável pela sua assessoria e pela implementação operacional do sistema de gestão do risco nas suas diversas vertentes.
Este sistema de gestão do risco assenta num conjunto integrado de políticas e processos, que incluem procedimentos, limites, controlos e sistemas, com o objectivo de identificar, avaliar, monitorizar, controlar e reportar, em permanência, todos os riscos relevantes para a actividade desenvolvida no Banco.
Os objectivos do Departamento de Risco passam assim, fundamentalmente, por: acompanhar a adequação e eficácia da gestão do risco nas várias atividades, promover as medidas necessárias à sua melhoria e evolução, avaliar e monitorizar todos os riscos relevantes controlando o seu enquadramento nos limites e perfis estabelecidos internamente ou que resultem de imposições legais, validar periodicamente os modelos, as metodologias de avaliação e as estruturas de reporte interno ou externo estabelecidas, zelando pela qualidade da informação de base neles considerada, e também por documentar adequadamente os processos associados à sua área intervenção.
Neste enquadramento, a atividade do Departamento de Risco engloba, entre outras, as seguintes iniciativas:
• Garantir a identificação tempestiva dos riscos, com particular enfoque nas alterações ao perfil de risco decorrentes de novos produtos e mercados geográficos ou de mudanças significativas no padrão de comportamento de diferentes
fatores de risco e exposições em carteira;
• Efectuar a avaliação dos riscos com base em análises quantitativas e qualitativas, utilizando fontes de informação fidedignas e métodos de cálculo robustos e consistentes;
• Realizar regularmente testes de esforço, com vista a avaliar a robustez e resiliência do Banco em contextos económicos adversos;
• Monitorizar e reportar os riscos através do estabelecimento de limites prudentes e indicadores de alerta para os principais riscos da Instituição, incorporando essa informação em relatórios periódicos de informação de gestão, e da concepção e implementação de planos de continuidade de negócio incidindo sobre os sistemas de informação, as infra-estruturas físicas e os recursos humanos;
• Assegurar a operacionalização das estruturas internas subjacentes à produção e validação dos reportes prudenciais, no sentido do cumprimento dos prazos e da conformidade com os requisitos estabelecidos pelas diferentes entidades de supervisão.
Para assegurar a devida aceitação e monitorização do risco no ATLANTICO Europa realizam-se reuniões regulares de dois Comités, nas quais o Departamento de Risco é parte integrante: o Comité de Crédito e o Comité ALCO, nas quais se promovem a análise e a monitorização das principais exposições, e se assegura a decisão consciente e informada sobre a aceitação de novas exposições ao risco para o Banco.
Funções de Controlo Interno
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 12
Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
Em 2015, o perfil de risco do ATLANTICO Europa manteve-se alinhado com o definido no passado. No contexto de um cenário macroeconómico adverso a nível nacional e internacional, particularmente no último semestre do ano, verificou-se uma evolução sustentada da actividade, materializada num incremento controlado do volume do balanço.
Neste domínio, o Banco manteve os critérios de prudência subjacentes à aceitação de risco, não só ao nível da concessão de crédito a clientes, mas também ao nível dos investimentos em carteira própria e ao nível da aplicação das disponibilidades em instituições de crédito, privilegiando neste domínio uma maior diversificação individual e geográfia das contrapartes.
Ao nível da concessão de crédito, continuando a promover operações de relação comercial entre Portugal e o estrangeiro, em particular Angola, dado o panorama mais desafiante colocado pela queda dos preços do petróleo e pelo subsequente impacto ao nível da economia mundial, face à maior procura por financiamento verificada, em particular no segmento de empresas, promoveu-se uma selecção apurada do tipo de operações de crédito a conceder, continuando a manter a exigência de um elevado nível de cobertura dessas operações por garantias reais ou pessoais. Este posicionamento possibilitou incremenetar o volume de crédito concedido mantendo reduzidos níveis de incumprimento, significativamente abaixo da média de mercado nos vários segmentos de negócio.
Paralelamente o ATLANTICO Europa efectuou um esforço comercial significativo com vista ao alargamento das suas fontes de captação de recursos, situação que potenciou o alargamento da base de clientes e promoveu uma maior pulverização dos recursos captados principalmente junto de clientes de retalho, mas também junto de empresas e clientes institucionais. Este aspecto, que potencia a redução do nível concentração no balanço, aliado a um esforço significativo no desenho e comercialização de novos produtos e serviços, tornou também possível a promoção de uma extenção das maturidades dos passivos e uma maior fidelização dos clientes, aspectos que favorecem a posição de liquidez da instituição e que que têm também efeitos positivos na mitigação do risco de taxa de juro.
Naturalmente estas evoluções ao nível do balanço tiveram impactos ao nível do rácio de solvabilidade do Banco que decresceu face ao fecho de exercício de 2014, mas que se manteve num patamar significativamente elevado face aos mínimos regulamentares obrigatórios e face ao valor médio do rácio de solvabilidade do mercado nacional. Um aspecto importante nessa evolução tem sido a geração orgânica de
capital através da retenção da totalidade ou de parte dos resultados positivos dos exercícios anteriores, situação que ocorrerá igualmente com o fecho do exercício de 2015.
Além dos aspecto citados, também o modelo de governance da gestão do risco não sofreu alterações face ao ano anterior, mantendo-se quer as responsabilidades e atribuições, quer a tipologia de interacções com outras unidades de estrutura, internas e externas.
Tal como nos anos anteriores manteve-se contudo um enfoque no aperfeiçoamento do nível de formalização das políticas, processos e mecanismos de gestão do risco e de reporte no sentido de os adequar à evolução perspectivada para os anos subsequentes, e alinhando-os com os objectivos estratégicos traçados. A implementação do novo enquadramento prudencial de Basileia III, consubstanciado fundmentalmente ao nível dos requisitos de reporte regulamentar de Common Reporting (COREP) e Financial Reporting (FINREP) manteve-se como um dos principais desafios do departamento em 2015, tendo obrigado a uma revisão e actualização extensiva das ferramentas de avaliação e acompanhamento dos diferentes riscos e a um reforço dos procedimentos e ferramentas tecnológicas para suporte à gestão e exploração de informação.
Para 2016, o ATLANTICO Europa perspectiva continuar a reforçar o nível de formalização dos processos de gestão do risco e a robustecer as ferramentas de identificação, avaliação, monitorização e reporte existentes.
Considerando a estratégia para a evolução da atividade, e atendendo aos objetivos de alargamento dessa mesma atividade para outras geografias, meta já iniciada em 2015 com o arranque da actividade na Namíbia, torna-se mais relevante a importância de assegurar que o sistema de gestão do risco se encontra definido de forma transversal, baseando-se num perfil de risco que englobe os actuais e novos factores de risco a que estará exposto, abrangendo metodologias e ferramentas adequadas para a modelização, quantificação e reporte sobre os níveis de solvabilidade e liquidez da instituição, de uma forma consolidada.
Nesse contexto, o Banco irá manter o investimento na melhoria das metodologias e ferramentas de gestão do risco, prevendo-se, entre outras, iniciativas para assegurar o adequado alinhamento e a incorporação de novos requisitos de Basileia III, em particular na dimensão de reporte regulamentar (COREP e FINREP), e iniciativas para reforçar os mecanismos de monitorização e quantificação do risco, mantendo-se o especial enfoque no risco de liquidez e no risco operacional.
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Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
Auditoria
A função de auditoria interna no ATLANTICO Europa desempenha uma atividade permanente, independente e objetiva, que visa auxiliar o Conselho de Administração na monitorização do sistema de controlo interno, através da avaliação sistemática das áreas de maior risco, da eficácia da sua gestão e adequabilidade dos procedimentos de controlo de maior relevância.
Durante o exercício de 2015, a equipa de Auditoria Interna elaborou programas de revisão que permitissem avaliar a adequação e eficácia das diversas componentes do sistema de controlo interno ajustado ao negócio e estrutura do Banco.
O processo de monitorização compreendeu intervenções e avaliações de controlo com enfoque nos principais processos do Banco e, como oportunidade, identificação de deficiências no sistema de controlo interno no que respeita ao desenho, implementação e efetividade de controlos.
Em 2015, o plano de auditoria assegurou um exame abrangente, orientado para o risco das atividades, sistemas e processos
do Banco, com identificação de deficiências e consequentes recomendações que foram devidamente documentadas e reportadas. Foi atribuída importância aos processos chave e procedimentos associados às principais tarefas e áreas, onde o nível de concentração dos diferentes tipos de risco é superior.
Ao longo de 2015, o ATLANTICO Europa desenvolveu várias atividades de auditoria que compreendem i) rotinas de controlo com periodicidade necessária e aplicadas em áreas cujo controlo é efetuado de forma sistemática e ii) ações de auditoria executadas de forma contínua e gradual, através de intervenções transversais que proporcionam um entendimento global sobre determinado processo ou apenas a pontos críticos de controlo em determinados processos, na vertente de negócio e/ou na vertente de suporte às operações.
No final do exercício de 2015, o ATLANTICO Europa avaliou novamente os riscos, no sentido de determinar as prioridades de auditoria interna, consistente com os objetivos do Banco e garantir a adequação do plano a aplicar no exercício de 2016.
Legal e Compliance
A área de Legal and Compliance compreende o apoio jurídico interno e a função de Compliance.
No âmbito dos serviços jurídicos, o departamento assume-se como área de assessoria da administração e de apoio à atividade do Banco, pautando-se por princípios de objetividade, rigor, clareza de discurso, tempestividade na resposta, colaboração e trabalho de equipa.
Em 2015, foram desenvolvidas um conjunto de iniciativas relevantes para a atividade do Banco, das quais se destacam a produção de várias informações sobre alterações do ambiente regulatório e outros temas de interesse e a divulgação regular de uma newsletter jurídica.
No âmbito da atividade de compliance, a qual é exercida de forma autónoma e independente, o departamento tem como função garantir que a Instituição actua de acordo com as leis, regras, normativos internos, acordos nacionais e internacionais que pautam a actividade do Banco, evitando o risco da Instituição incorrer em sanções de carácter legal ou regulamentar e em
prejuízos financeiros ou de ordem reputacional, decorrente do incumprimento das leis, regulamentos, códigos de conduta e demais normativos aplicáveis à actividade.
Em 2015, deu-se continuidade à cuidadosa monitorização de Clientes e conhecimento da actividade dos mesmos, bem como das operações, e controlo no âmbito da prevenção de branqueamento de capitais e combate ao financiamento de terrorismo, agindo em observância dos princípios de “better regulation” e em conformidade com o estipulado no Aviso do Banco de Portugal nº 5/2008, no sentido da deteção de eventuais situações de risco, e com um objetivo comum de tornar o sistema de controlo interno do Banco mais sólido e mais integrado no seu funcionamento.
A formação dos nossos colaboradores é prioridade e fator essencial para a continuidade das regras e normas instituídas, e por esse motivo, a aposta na formação de todos os colaboradores do Banco, desde os recém-admitidos aos já existentes, com um foco na atualização e divulgação de alterações legislativas relevantes para a actividade do Banco, é contínua.
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Mercados Financeiros
Operações
Tecnologias de Informação
O ano de 2015 foi marcado por um contexto macroeconómico difícil, suportado pela intervenção de vários bancos centrais que, ainda assim, não conseguiram prevenir o abrandamento económico global. Assistimos ao aumento da volatilidade nas principais classes de ativos, fruto da divergência verificada entre as várias economias, com o consequente aumento da aversão a risco por parte dos vários agentes económicos. Neste enquadramento, a área de Mercados Financeiros conseguiu com sucesso implementar a sua estratégia de negócio,
contribuindo para a diversificação da oferta do banco, aumentodas operações realizadas com clientes e contrapartes, gestão das taxas ativas e passivas e gestão da liquidez do Banco. O Banco mantém uma política de gestão de liquidez de balanço conservadora, de forma a poder garantir confortavelmente as necessidades diárias dos nossos clientes. A gestão dinâmica do portfólio de investimento, enquadrada nas diretivas da política de gestão de risco, permitiu assegurar a concretização dos objetivos financeiros traçados contribuindo para mais um ano de crescimento de resultados do Banco.
O ATLANTICO Europa em 2015 manteve a tendência de um forte crescimento no número de clientes captados e da sua atividade transacional e operacional. Verificou-se também a abertura da Sucursal do Banco na Namíbia, com o suporte à atividade operacional desta geografia a ser assegurada a partir de Portugal. Manteve-se a aposta na automatização dos principais processos de negócio, visando a obtenção de ganhos de eficiência e
a mitigação do risco operacional, o reforço da equipa de Operações e a sua reorganização por áreas de especialização, visando a melhoria da qualidade e do nível de serviço prestados aos nossos Clientes. Dentro das várias iniciativas desenvolvidas ao longo do ano, destacamos o desenvolvimento do portal de Trade Finance, a automatização do processo de abertura de conta com o nosso parceiro alemão SAVEDO e a conclusão com sucesso dos testes de certificação no âmbito do projeto TARGET2 Securities.
No ano de 2015, a área de Tecnologias de Informação continuou a aumentar a sua autonomia e capacidade de intervenção nas atividades diárias do ATLANTICO Europa, através do reforço da sua equipa, principalmente no núcleo de desenvolvimento de software. Com este reforço, foi possível internalizar um conjunto de projetos e atividades, permitindo (1) melhorar a capacidade de lançamento de novos produtos e serviços, (2) reduzir custos, (3) automatizar processos base da atividade do Banco, (4) melhorar as aplicações e (5) criar novas plataformas de interação com os clientes.
Como principais projetos de 2015, destacamos: o desenvolvimento e disponibilização de uma nova plataforma de
Internet Banking, com o objetivo de tornar mais intuitiva, rápida e segura a experiência de banca à distância dos nossos clientes; a evolução contínua das funcionalidades disponíveis neste canal (como exemplo, a funcionalidade de pagamentos de serviços); a automatização e digitalização de um conjunto de processos base, tais como, a abertura e registo de cartas de crédito de exportação (no âmbito das atividades de Trade Finance), a abertura de contas de clientes não residentes (no âmbito da parceria com a empresa Savedo) e a solicitação de votos para pedidos de abertura de crédito; e, os passos importantes dados no desenvolvimento de uma plataforma de negociação online de fundos de investimento, a ser lançada durante o ano de 2016.
Áreas de Suporte
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Marketing
Durante o ano de 2015, a equipa de Marketing do ATLANTICO Europa manteve o foco no reforço e consolidação da oferta de produtos e serviços para os diferentes segmentos de clientes, bem como, na melhoria contínua da experiência de utilização destes clientes em todas as plataformas de contacto com o Banco.
No âmbito dos projetos mais relevantes concluídos em 2015, destacamos o lançamento do Cartão de Débito do ATLANTICO Europa, após o Banco se ter tornado Principal Member da MasterCard, a disponibilização da nova plataforma de digital banking (My ATLANTICO), a criação de uma linha de apoio ao cliente e o lançamento da funcionalidade de Pagamentos de Serviços.
Durante o ano, a equipa de Marketing deu ainda início ao desenvolvimento de novos produtos e serviços, tais como:
produto de crédito ao consumo e uma conta à ordem remunerada para clientes Particulares; serviço de gestão de pagamentos a fornecedores para clientes Empresas; e, plataformas de mobile banking, para ambientes iOS e Android.
Por fim, como principal momento das atividades de gestão da marca ATLANTICO Europa, destacamos o lançamento da primeira campanha institucional do Banco em Portugal, que decorreu durante a segunda metade do ano de 2015, sob o mote “Já imaginou a vida sem ATLANTICO?”. Esta campanha esteve presente nos principais meios de comunicação - Televisão, Rádio e Imprensa - e em diversos meios online, registando mais de 115.000 visualizações no nosso canal do Youtube e permitindo triplicar os acessos diários ao site do Banco e os pedidos de informação, tendo sido um fator impulsionador para que o número de clientes tenha mais do que duplicado num ano.
A destacar também, todas as atividades desenvolvidas no âmbito da abertura da sucursal do ATLANTICO Europa na Namíbia, que ocupou cerca de 20% do trabalho da equipa em 2015, e incluíram a implementação da solução de comunicações e da sala de servidores do escritório local, da instalação de diversos equipamentos de IT e do sistema de gestão de assiduidade e portal do colaborador, e o desenvolvimento e disponibilização do website e da plataforma de internet
banking do ATLANTICO Namíbia. A fechar, referir que a expansão para Namíbia trouxe-nos mais desafios em termos de comunicação entre colaboradores. Neste sentido, no ano de 2015, foi adquirida e implementada uma solução de vídeo conferência compatível com a nossa solução Skype For Business e com a solução do ATLANTICO em Angola, permitindo desta forma a comunicação mais simples, cómoda e efetiva entre as várias geografias.
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Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
O ATLANTICO Europa nasceu sob a insígnia de ser “Diferente pelas Pessoas”, acreditando que só com uma Equipa sólida, capacitada, inovadora e multicultural pode assegurar um serviço de excelência aos seus Clientes e ser reconhecido como uma referência no sistema financeiro.
O ATLANTICO Europa manteve em 2015 a tendência de crescimento sustentável do seu número de colaboradores, terminando o exercício com 121 colaboradores, distribuídos por 2 geografias (Portugal e Namíbia), representando uma variação positiva de 16% face ao ano anterior.
Este crescimento orgânico reflete a contínua aposta do Banco na identificação e captação de talentos e na criação de oportunidades profissionais, assente no reforço das equipas com quadros qualificados e capacitados para dar resposta aos desafios a que o ATLANTICO Europa se propõe e às exigências dos mercados em que opera.
Com uma média de idades de 35 anos, e 80% da equipa com uma idade inferior a 40 anos, o ATLANTICO Europa é o resultado da aposta no potencial de jovens talentos, assente numa estrutura de quadros séniores com um conhecimento profundo do setor bancário e mercados financeiros.
Como instituição ampla e global que somos, as nossas equipas são caracterizadas pela sua diversidade cultural, académica e profissional. No Banco trabalham profissionais de 4 continentes e originários de 14 paises, com experiências de diversos setores de atividade, que nos permite incorporar as melhores práticas e contribuir para enriquecer o conhecimento organizacional sobre os mercados, adoptando abordagens inovadoras e diferenciadoras junto dos clientes.
Por estarmos convictos que o conhecimento é o único ativo inesgotável e que gera desenvolvimento sustentável, em 2015 foram realizadas 52 ações de formação que corresponderam a cerca 3.500 horas de formação. Demos continuidade aos “PIB`s - Programas de Iniciação à Banca” programas de Estágio que visam capacitar jovens recém licenciados para o exercício de uma atividade profissional no setor bancário. Recebemos em 2015, 13 novos estagiários, distribuídos por diversas áreas do Banco (Comercial, Marketing, Legal, IT, Operações, Auditoria entre outras).
O incentivo a um estilo de vida saudável, com vista ao bem-estar físico e emocional dos nossos colaboradores, materializou-se em 2015 com a dinamização de um conjunto de iniciativas que contaram com o envolvimento de todos os colaboradores do banco. Promovemos ao longo do ano a participação dos nossos colaboradores em diversas provas desportivas (Meia Maratona de Lisboa, Corrida do Tejo, Marginal à Noite) e foi lançada a 1ª Edição da “Liga de Futebol ATLANTICO”.
Também o envolvimento dos nossos colaboradores em ações de Responsabilidade Social foi reforçado ao longo do ano, traduzindo a nossa preocupação em contribuir para causas sociais. Em 2015, lançámos duas ações que contaram com o envolvimento e contributo dos nossos colaboradores: “ACREDITAR ATLANTICO”, que se traduziu na recolha de fundos e donativos de apoio à ACREDITAR – Associação de Pais e Amigos da Criança com Cancro; e, “ATLANTICO-BUS”, que promoveu a recolha de bens essenciais a serem doados pela Associação BUS (Bens de Utilidade Social) a lares e instituições necessitadas.
Evolução n.º de Colaboradores
Distribuição dos Colaboradores por Género
Distribuição dos Colaboradores por Faixa Etária
Capital Humano
36
4650
73
98
0
20
40
60
80
100
121
2009 2010 2011 2012 2013
104
2014
121
2015
50%Masculino
50%Feminino
0
10
20
30
40
50
60
49
< 30 anos
48
30-40
18
40-50
6
> 50 anos
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Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
Tal como o ano de 2014, o ano de 2015 caracterizou-ze por um ano de forte crescimento da atividade para o ATLANTICO Europa:
• Crescimento dos resultados em 14% face a 2014, atingindo os 4,3 milhões de Euros;• Diminuição dos custos de estrutura em 11%;• Duplicação do número de clientes;• Crescimento da carteira de crédito em 47%, mantendo os nível de prudência dos anos anteriores face aos constrangimentos
económicos de Portugal, ascendendo a 169 milhões de Euros;• Acréscimo das operações de Trade Finance com clientes Corporate e Institucionais em 63% face o ano de 2014;• Aumento dos rescursos totais de clientes em 51% face a 2014;• Investimento na capacitação técnica de jovens quadros;• Diminuição do rácio cost-to-income para 52,5%.
(m Euros)
Principais Indicadores 2011 2012 2013 2014 2015
Ativo Liquido Total 298.808 326.182 427.300 527.726 866.580
Volume de Negócios (1) 307.336 237.691 446.366 611.371 901.181
Crédito a Clientes 25.017 49.786 74.218 114.828 169.064
Recursos de Clientes On Balance 251.312 146.098 240.179 411.825 588.989
Recursos de Clientes Off Balance 25.722 35.841 98.107 37.230 87.055
Garantias 808 808 4.553 14.532 2.454
Crédito Documentário 4.477 5.158 29.309 32.955 53.619
Volume de Negócios por Colaborador 6.147 3.256 4.555 5.879 7.448
Rácio de Transformação (2) 11,1% 43,4% 80,1% 66,3% 62,9%
Rácio Crédito Vendido/ Crédito a clientes 0% 0,43% 0,14% 0,14% 0,62%
Rácio Provisões/ Crédito a clientes 1,7% 1,6% 3,4% 3,7% 2,6%
Margem Financeira 2.774 6.449 8.646 8.039 10.122
Comissões Líquidas 1.178 816 1.248 2.217 3.634
Resultados de Reavaliação Cambial e Ativos Avaliados ao Justo Valor 216 836 587 1.209 1.234
Resultados de Ativos FinanceirosDisponíveis para Venda 813 5.930 4.890 5.133
Outros Resultados de Exploração 2.557 3.285 3.308 4.051 2.369
Produto Bancário 6.725 12.200 19.719 20.405 22.683
Produto Bancário por Colaborador 135 167 201 196 187
Cost to Income 114,1% 81,5% 71,5% 65,5% 52,5%
Resultado do Exercício (1.403) 701 2.189 3.754 4 282
ROA -0,5% 0,2% 0,5% 0,7% 0,5%
ROE -3,1% 1,5% 4,7% 7,7% 7,4%
Situação Líquida 45.927 48.450 50.085 57.619 57.930
Fundos Próprios Base 45.215 44.435 46.099 47.279 48.709
Requisitos para Fundos Próprios 9.799 10.837 14.298 21.520 29.434
RWA 122.488 135.465 178.728 269.005 367.931
Rácio de Solvabilidade 36,9% 32,8% 25,8% 17,6% 13,2%
Número de Clientes 446 732 1.443 1.922 4.302
Número de Colaboradores 50 73 98 104 121
Número de Colaboradores em Formação 11 18 22 25 26
(1) Crédito, garantias e recursos totais de clientes
(2) Calculado de acordo com a instrução 23/2011 do Banco de Portugal
Análise Financeira
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 18
Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
Análise de Resultados
O ATLANTICO Europa encerrou o ano de 2015 com um resultado positivo antes de impostos de 6,2 milhões de Euros, representando uma melhoria de 17% face aos resultados de 2014.
Em seguida, descrevemos de uma forma sucinta as diversas rubricas da Demonstração de Resultados:
(m Euros)
Demonstração de Resultados 2011 2012 2013 2014 2015 var. abs. var. %
Juros e Proveitos Equiparados 3.869 8.948 11.499 12.275 14.271 1.995 16%
Juros e Custos Equiparados (1.095) (2.498) (2.852) (4.236) (4.148) 88 -2%
Margem Financeira 2.774 6.449 8.646 8.039 10.122 2.083 26%
em % do Produto Bancário 41,2% 52,9% 43,8% 39,4% 44,6%
Comissões Recebidas 1.282 928 1.398 2.402 4.016 1.614 67%
Comissões Pagas (104) (112) (151) (185) (382) (196) 106%
Resultados de Activos Financeiros 1.396 (13) 3.806 7.896 5.323 (2.573) -33%
Resultados Cambiais (1.180) 1.663 2.712 (1.791) 1.234 3.025 -169%
Outros Resultados de Exploração 2.557 3.285 3.308 4.044 2.369 (1.675) -41%
Produto Bancário 6.725 12.200 19.719 20.405 22.683 2.278 11%
Custos com Pessoal (3.841) (4.667) (6.471) (6.206) (6.681) (475) 8%
Outros Custos Operacionais (3.831) (5.200) (7.173) (6.500) (4.356) 2.144 -33%
Amortizações (351) (736) (653) (658) (914) (256) 39%
Custos de Estrutura (8.023) (10.603) (14.297) (13.364) (11.951) 1.413 -11%
Resultados Operacionais (1.298) 1.597 5.423 7.041 10.732 3.691 52%
Provisões para Riscos de Crédito (378) (347) (1.724) (1.757) (4.537) (2.780) 158%
Resultado Antes de Impostos (1.676) 1.250 3.698 5.285 6.195 910 17%
Impostos do Exercício 273 (549) (1.509) (1.530) (1.913) (383) 25%
Correntes (87) (300) (670) (2.009) (3.322) (1.313) 65%
Diferidos 360 (249) (839) 479 1.409 930 194%
Resultado Líquido do Exercício (1.403) 701 2.189 3.754 4.282 528 14%
19BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
(m Euros)
Margem Financeira
(m Euros)
Margem Complementar
(m Euros)
Produto Bancário
(m Euros)
Custos de Estrutura
O Produto Bancário tem registado um crescimento constante desde 2011, verificando-se um aumento de 11% em 2015. O produto bancário core (margem financeira + comissões liquidas de atividade bancária + cambiais) aumentou 35% face a 2014, reflexo do aumento da carteira de crédito em 47%, do crédito documentário em 67% e de um forte aumento no número e volume de transações.
A Margem Financeira tem vindo a apresentar um crescimento contínuo desde 2011, reflexo de uma política de gestão de liquidez ativa e de um incremento do crédito concedido, mantendo os padrões de risco. Em 2015, a Margem Financeira cresceu 26% em relação ao período homólogo, representando 44,6% do Produto Bancário, tendo sido possível reduzir a rúbrica de juros pagos apesar do forte crescimento dos depósitos captados.
A Margem Complementar aumentou 2% face a 2014, o que foi possível devido à maior atividade bancária. Forte aumento das comissões liquidas em 64%, com principal contributo das comissões de serviços bancários e crédito documentário, ultrapassando ambas 1 milhão de Euros de comissões cobradas.
Os Custos de Estrutura reduziram 11%, resultado principalmente de:• Outros Custos Operacionais - reduziram 33%, decorrentes
da compra do edifício sede no final do ano de 2014 e da renegociação dos principais contratos com fornecedores, continuando a manter-se uma política rigorosa de controlo de custos;
• Amortizações - aumentaram 39% face a 2014, em linha com a aquisição de equipamentos de escritório, informáticos, softwares e o edifício sede do banco;
• Custos com Pessoal - aumento de 8% face a 2014, resultado do aumento do número de colaboradores em 2015 de 104 para 121. O custo médio com pessoal por Colaborador reduziu 7% em relação a 2014.
2011 2012 2013 2014
2.774
3.9516.449
5.750
8.646
11.073
8.039
12.366
6.725
12.200
19.719 20.405
2015
10.122
12.561
22.683
Margem Financeira Margem Complementar
6.206
6.500
658
2011 2012 2013
8.023
10.603
14.29713.364
2014
6.471
7.173
653
4.667
5.200
736
3.841
3.831
351
Custos com Pessoal Outros Custos Operacionais Amortizações
6.681
4.356
914
11.951
2015
2011 2012 2013 2014 2015
12.275
(4.236)
11.499
(2.852)
8.948
(2.498)(1.095)
3.869
2.774
6.449
8.646 8.03910.122
Juros e Proveitos Equiparados Juros e Custos Equiparados
14.271
(4.148)
2011 2012 2013 2014
Comissões Recebidas Comissões Pagas Res. Activos Fin. Res. Cambiais Outros Res. Exploração
(1.180) (1.791)(112)
3.806
2.712
3.308
1.398
3.951
11.073
12.36612.561
2.557
1.3961.282 2.402
7.896
4.044
5.750
1.663
3.285
928
2015
4.016
5.323
1.234
2.369
(151) (382)
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 20
Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
Análise do Balanço
O ATLANTICO Europa encerrou o ano de 2015 com um ativo líquido total de 866.580 milhares de Euros representando um aumento de 51% face ao período homólogo.
Balanço 2011 2012 2013 2014 2015 var. abs. var. %
Ativo
Disponibilidades 145 228 182 160 207 47 30%
Disponibilidades em Bancos Centrais 2.947 5.844 11.970 6.298 134.160 127.862 2030%
Crédito s/ Instituições Financeiras 105.319 68.831 118.111 184.840 204.056 19.216 10%
Crédito Concedido a Clientes (líquido) 24.745 49.410 74.009 114.467 168.024 53.558 47%
Ativos Financeiros ao justo valoratravés de resultados 1.315 - 78 1.622 91 (1.531) -94%
Ativos Financeiros disponíveis para venda - 189.140 208.016 237.178 263.231 26.053 11%
Investimentos detidos até a maturidade 154.819 - - - 67.490 67.490 0%
Derivados de Cobertura - - - - 516 516 0%
Ativos Intangíveis 712 527 448 837 1.080 244 29%
Outros Ativos Tangíveis 849 4.467 4.670 21.010 20.870 (140) -1%
Investimentos em Filiais Associadas 55 315 1.074 1.572 2.691 1.119 71%
Ativos por Impostos 1.225 988 387 731 2.141 1.409 193%
Outros Ativos 6.675 6.431 8.356 4.012 2.023 (1.989) -50%
Total do Ativo 298.808 326.181 427.300 572.726 866.580 293.854 51%
Passivo
Recursos de Bancos Centrais - 127.033 166.278 167.725 290.179 122.454 73%
Recursos de Clientes 224.842 88.312 95.992 173.767 269.196 95.429 55%
Recursos de Instituições de Crédito 26.470 58.549 108.490 156.002 204.995 48.993 31%
Responsabilidades Representadas por Títulos - - - - 32.044 - -
Passivos financeiros ao justo valoratravés de resultado - 827 226 239 202 (36) -15%
Provisões para riscos de crédito 165 302 1.630 2.646 5.040 2.393 90%
Passivos por Impostos 72 832 1.001 3.056 2.115 (941) -31%
Outros Passivos 1.332 1.876 3.598 11.672 4.878 (6.794) -58%
Total do Passivo 252.881 277.731 377.215 515.107 808.650 293.543 57%
Situação Líquida
Capital 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 - 0%
Outros Instrumentos de Capital - - - - - - 0%
Reservas de Reavaliação - 1.822 1.268 5.047 1.639 (3.408) -68%
Reservas/Resultados Transitados (2.670) (4.073) (3.371) (1.183) 2.008 3.191 -270%
Resultado Líquido (1.403) 701 2.189 3.754 4.282 528 14%
Total da Situação Líquida 45.927 48.450 50.085 57.619 57.930 312 1%
Total do Passivo e da Situação Líquida 298.808 326.181 427.300 572.726 866.580 293.854 51%
Off Balance Sheet 25.722 35.841 98.107 37.230 87.055 49.824 134%
Crédito Documentário 4.077 5.158 29.309 32.995 53.619 20.624 63%
Garantias Prestadas 808 808 4.553 14.532 2.454 (12.078) -83%
21BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
Ativo Passivos e Capitais Próprios
O ATLANTICO Europa encerrou o ano de 2015 com um ativo líquido total de 866.580 milhares de Euros. Num enquadramento económico difícil, o Banco optou por uma política de gestão de liquidez mais activa, mantendo os padrões de risco moderado da instituição.
No final de 2015, o Crédito a Clientes representava 19,4% do Ativo Total, estando 38,2% dos Ativos aplicados em Ativos Financeiros e 39,1% em Disponibilidades em outras instituições financeiras.
A Carteira de Crédito cresceu 47% em 2015, ascendendo a 168.024 milhares de Euros.
No final de 2015, os Recursos de Bancos Centrais representam 33,5% e os Recursos de OIC e Depósitos de clientes 54,7% do total do Passivo e Capitais Próprios.
O rácio cost-to-income diminuiu 13 p.p., continuando a tendência já iniciada em 2010. O indicador “Custos operacionais/Ativo Liquido médio” teve uma ligeira redução em 2014 para 1,4%. O valor dos activos por colaborador aumentou 31 %.
2012 2013 2014 2015
Cost Income 81.5% 71.5% 65.5% 52,5%
Custo Operacional/ Ativo Líquido Médio
3.3% 3.3% 2.3% 1,4%
Ativos Totais por Colaboradores
4.468 4.362 5.507 7.222
O crédito vencido, no final de 2015, ascendia a 0,62% do crédito concedido, ligeiramente superior a 2014. As provisões existentes visam cobrir essencialmente, os Riscos Gerais de Crédito e o Risco País relativos aos créditos que não se encontravam totalmente colaterizados, ascendendo a 4,87% do crédito a clientes, apresentando uma variação homóloga positiva de 1,2 p.p..
Distribuição do Ativo
Distribuição do Passivo e Capitais Próprios
Crédito a Cliente e Rácio de Provisões / Crédito a Clientes
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
160.000
0
1,0%
2,0%
3,0%
4,0%
5,0%
6,0%
7,0%
8,0%
25.017
2011
49.786
1,60%
1,74%
2012
74.218
2013
114.828
2014
3,70%
Crédito a Clientes Rácio Provisões/Crédito a Clientes
169.064
2014
4,87%
3,36%
39,1%Disponibilidadesem outras IF
19,4%Crédito a
Clientes
3,3%Participações,
imobilizado e outros
38,2%Activos
Financeiros
34%Recursos deBancos Centrais
24%Recursos de IF
5%Outros Passivos
7%Capital Próprio
31%Depósitos
de Clientes
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 22
Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
Capital
O Capital Próprio do ATLANTICO Europa, ascendia a 57.930 milhares de Euros, no final de 2015, o que corresponde a um aumento de 1% em relação a 2014.
Os principais fatores que contribuíram para esta evolução são os seguintes:
• O resultado positivo do exercício de 2015 de 4.282 milhares de Euros, acréscimo de 528 milhares de Euros em relação a 2014;
• Acréscimo das reservas livres em 3.191 milhares de Euros;• Diminuição das reservas de reavaliação em 3.407 milhares
de Euros.
(m Euros)
Variação do Capital Próprio 2012 2013 2014 2015
Capital no Ínicio do Ano 45.927 48.450 50.085 57.619
Reservas de Reavaliação 1.822 (554) 3.779 (3.408)
Reservas/Resultados Transitados
(1.403) 702 2.189 3.754
Reservas Líquido 2.104 1.488 1.566 528
Distribuição de Dividendos - - - (563)
Capital no Fim do Ano 48.450 50.085 57.619 57.930
Rácios de Capital
O rácio de capital no final de 2015 ascendia a 13,2%, o que corresponde a uma diminuição de 4,5 p.p. face a 2014. A progressão negativa do rácio de capital reflete o aumento dos requisitos de fundos próprios.
No final de 2015, os fundos próprios de base ascendiam a 48.709 milhares de Euros, representando um aumento de 2,53% em relação a 2014. Este aumento tem origem no acréscimo dos resultados do excercício em curso.
23BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
Declaração sobre a Política de Remuneração do Banco Privado Atlântico - Europa S.A.
Introdução
1. Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 2.º, n.º 1 da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, constitui dever do órgão de administração ou, caso exista, da comissão de remunerações das instituições de crédito, submeter, anualmente, à apreciação e aprovação da Assembleia Geral uma declaração sobre a política de remuneração dos membros dos respetivos órgãos de administração e fiscalização (doravante a “Declaração”), incluindo a informação prevista nesse diploma e bem assim a informação prevista no artigo 16.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011.
2. Servindo esse propósito, a presente Declaração foi elaborada em conformidade com os referidos diplomas e bem assim com os princípios contemplados na recomendação da Comissão Europeia, de 30 de Abril de 2009, relativa às políticas de remuneração no setor dos serviços financeiros e às orientações sobre políticas e práticas remuneratórias publicadas pelo Committee of European Banking Supervisors (“CEBS”) posteriormente endossadas pela European Banking Authority (“EBA”).
3.Neste contexto, em cumprimento daqueles dispositivos, no quadro de reforço da transparência no processo de fixação de remunerações, o Conselho de Administração do Banco Privado Atlântico – Europa, S.A. (doravante “ATLANTICO Europa” ou “Banco”) submete à aprovação da Assembleia Geral Anual de Acionistas a presente Declaração.
Normas estatutárias
1. O artigo 35.º dos Estatutos do Banco estabelece que as remunerações dos membros dos órgãos sociais sejam determinadas por uma comissão de remunerações composta por três acionistas e eleita em Assembleia Geral.
2. O mesmo artigo dos Estatutos da sociedade determina que as remunerações dos membros do Conselho de Administração podem ser constituídas por uma parte fixa e por uma parte variável, traduzida numa participação que não exceda os 10% dos lucros do exercício. A remuneração fixa auferida pelos membros do Conselho de Administração pode ser diversa entre eles.
3. De acordo com os estatutos do Banco compete também à comissão de remunerações a fixação das condições de atribuição de reformas aos administradores executivos.
4. Releve-se que a totalidade das ações representativas do capital social do ATLANTICO Europa se encontra presentemente concentrada na esfera de um único acionista e, nessa medida, a Comissão de Remunerações não foi constituída e não se encontra em funcionamento.
Informação sobre a política de remunerações
A Política de Remunerações do ATLANTICO Europa reflete o compromisso firme desta Instituição de convergir com as melhores e mais recentes práticas e tendências, nacionais e internacionais, de corporate governance no setor financeiro, direcionando-se para a criação de valor, a longo prazo, suportando a implementação de uma estratégia de crescimento sustentado e permitindo a convergência dos interesses dos membros dos órgãos sociais com os interesses societários. A consecução de tal objetivo - conforme adiante se detalhará - assenta em determinados vetores-chave legalmente reconhecidos como aptos para tais efeitos, como sejam:
• A atribuição de uma componente fixa representativa da parte significativa da remuneração global;• A sujeição da atribuição da componente variável da remuneração à prévia realização de processo de avaliação de desempenho,
num quadro plurianual, de acordo com os critérios de avaliação pré-determinados e mensuráveis;• O diferimento de uma proporção da retribuição variável por um período temporal que tenha em conta o ciclo económico do
Banco e os seus riscos de negócio;• A subordinação do pagamento da remuneração variável, incluindo da parte diferida, à manutenção da sustentabilidade da
situação financeira do Banco.
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 24
Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
Princípios Gerais
1.Processo de definição da política de remuneração: A preparação da Política de Remunerações resulta de um processo participado pelo que integra pessoas com independência funcional e capacidade técnica adequada, do departamento de Capital Humano (Departamento de Capital Humano) da do Departamento Legal and Compliance (Legal and Compliance) e das unidades responsáveis pelas funções de controlo interno, assim como peritos externos. Uma vez concluída a fase de elaboração da Política de Remunerações, a mesma foi submetida à aprovação do Conselho de Administração, na parte respeitante à remuneração dos Colaboradores e à aprovação da Assembleia Geral, na parte respeitante à remuneração dos membros do órgão de administração e do órgão de fiscalização.
2. Elementos que integram a componente variável: Tendo presente o disposto na alínea r) do n.º 24 do anexo ao Decreto-Lei n.º 104/2007, de 3 de Abril, na redação introduzida pelo Decreto-Lei n.º 88/2011 – que sujeita o pagamento de pelo menos 50% (cinquenta por cento) da remuneração variável através ações, instrumentos equivalentes ou outros instrumentos financeiros representativos de capital da Instituição – e atendendo ao facto do ATLANTICO Europa não dispor, em carteira, nem ser emitente, até à data, de instrumentos de tal natureza, nomeadamente em virtude da sua dimensão e estádio de atividade, tendo presente os princípios de adequação e proporcionalidade, a remuneração variável que possa vir futuramente a ser atribuída aos administradores executivos assenta na respetiva participação nos lucros da Instituição, dentro dos limites previstos nos estatutos do Banco, assim logrando compatibilizar os interesses objetivos dos administradores executivos com os interesses a longo prazo da Instituição. O ATLANTICO Europa reserva-se, contudo, no direito de, por deliberação do órgão social competente poder consubstanciar parte da remuneração variável em ações ou instrumentos financeiros, emitidos pela Instituição, em termos a regular oportunamente, sendo esse o caso. No que respeita ao diferimento do pagamento da remuneração variável, previsto no ponto 24 do anexo ao Decreto-Lei n.º 104/2007, de 3 de Abril, na redação introduzida pelo Decreto-Lei n.º 88/2011, de 20 de Julho, o mesmo terá lugar relativamente ao exercício de 2015, repercutindo-se sobre a remuneração variável a atribuir em 2016.
Remuneração dos Membros Executivos do Órgão de Administração
1. Os órgãos competentes da instituição para realizar a avaliação de desempenho individual:A avaliação de desempenho individual dos administradores executivos é efetuada pela Assembleia Geral.
2. Os critérios predeterminados para a avaliação de desempenho individual em que se baseia o direito a uma componente variável da remuneração:A atribuição da componente variável da remuneração para os administradores executivos terá por referência, entre os demais fatores aqui previstos, os seguintes critérios de avaliação, previstos na Política de Avaliação de Desempenho anexa à presente Declaração e que dela faz parte integrante:
• Concretização de objetivos individuais e institucionais relacionados com a atividade do Banco; • Dedicação, qualidade, capacidade de trabalho, conhecimento do negócio e contributo para a imagem e reputação da Instituição; • Real crescimento da Instituição;• Riqueza efetivamente criada para os acionista; • Implementação de medidas com vista à proteção dos interesses dos clientes e dos investidores; • Sustentabilidade a longo prazo da instituição; • Extensão dos riscos assumidos;• Cumprimento das regras aplicáveis à atividade da Instituição.
3. A importância relativa das componentes variáveis e fixas da remuneração, assim como os limites máximos para cada componenteA componente da remuneração fixa é, paga numa base de 14 meses/ano, determinada tendo por base o posicionamento competitivo do Banco face ao universo de empresas de referência nacional com características semelhantes a este. A remuneração fixa anual do conjunto dos Administradores Executivos representa pelo menos 70% da remuneração global anual.
Informação sobre a política de remuneração dos membros dos Órgãos de Administração e fiscalização prevista no artigo 16 do Aviso 10/2011 do Banco de Portugal
25BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
A componente variável da remuneração obedecerá aos limites que forem fixados anualmente pela Assembleia Geral do Banco, não devendo representar uma proporção superior a 30% (trinta por cento) da remuneração total. O somatório da remuneração variável que vier a ser atribuída, em cada ano, ao conjunto dos membros executivos do órgão de administração não pode exceder 10% (dez por cento) dos lucros distribuíveis do exercício, salvo em situações justificadas e reconhecidas pela Assembleia Geral, tendo em conta todos os tipos de riscos atuais e futuros.
4. Informação sobre o diferimento do pagamento da componente variável da remuneração, com menção do período de diferimento.Uma proporção correspondente a 40% (quarenta por cento) da remuneração variável será diferida por um período de 3 (três) anos face à data de atribuição.
5. O modo como o pagamento da remuneração variável está sujeito à continuação do desempenho positivo da instituição ao longo do período de diferimento.A remuneração variável, incluindo a parte diferida, só será paga se tal for sustentável face à situação financeira do Banco no seu todo e bem assim se se justificar à luz do desempenho da instituição, da unidade de estrutura em causa e do administrador em questão, tendo em conta todos os tipos de riscos atuais e futuros o custo dos fundos próprios e da liquidez necessários.
De igual modo, verificando-se uma regressão no desempenho da Instituição, ou caso o mesmo seja negativo, a remuneração variável poderá ser reduzida, tendo em conta tanto a remuneração atual como as reduções nos desembolsos de montantes auferidos anteriormente, nomeadamente através de regimes de agravamento ou de recuperação e sem prejuízo da aplicação dos princípios gerais da legislação contratual e laboral nacional.
6.Os critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em ações, bem como a manutenção, pelos membros executivos do órgão de administração, das ações da instituição a que tenham acedido, e informações sobre a eventual celebração de contratos relativos a essas ações, designadamente contratos de cobertura (hedging) ou de transferência de risco, respetivo limite, e sua relação face ao valor da remuneração total anual.Não está prevista a atribuição de ações aos membros executivos do órgão de administração como forma de remuneração variável. Não obstante, os administradores são já detentores, por via indireta, de participações no Banco, as quais foram adquiridas aquando da sua constituição.
7. Os critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em opções e indicação do período de diferimento e do preço de exercício.Não aplicável.
8.Os principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniários.A atribuição de uma componente de remuneração variável aos administradores executivos é determinada com base nos resultados da avaliação de desempenho, a realizar nos termos anteriormente descrita, realizada num quadro plurianual de 3 anos, em função da avaliação anual acumulada da performance dos administradores executivos, tendo em conta todos os tipos de riscos atuais ou futuros e bem assim o custo dos fundos próprios e de liquidez necessários.
9. A remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e ou de pagamento de prémios e os motivos por que tais prémios e ou participação nos lucros foram concedidos.A remuneração variável é paga sob a forma de bónus de desempenho e é justificada pelo resultado da avaliação de desempenho de acordo com a Política de Avaliação de Desempenho.
10.As compensações e indemnizações pagas ou devidas a membros do órgão de administração devido à cessação das suas funções durante o exercício.Relativas ao exercício de 2015 não foram pagas nem são devidas quaisquer tipos de compensações e indemnizações a membros do órgão de administração devido à cessação das suas funções durante este exercício.
11. Os instrumentos jurídicos previstos no artigo 10.º.Nem os contratos celebrados com os administradores nem os estatutos da sociedade contemplam qualquer disposição que preveja o pagamento de qualquer compensação ou indemnização em caso de destituição do membro do órgão de administração ou em caso de resolução do contrato por acordo, sempre que tal resulte de um inadequado desempenho das suas funções. O que, complementado com as disposições legais previstas para a destituição dos administradores, permitem alinhar as práticas do Banco com o cumprimento das preocupações previstas no referido no artigo.
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 26
Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
12.Os montantes pagos a qualquer título por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo com a instituição.Não foram efetuados pagamentos aos administradores executivos por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo.
13. As principais características dos regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, com indicação sobre se foram sujeitos a apreciação pela assembleia geral.Não estão previstos regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada.
14. A estimativa do valor dos benefícios não pecuniários relevantes considerados como remuneração não abrangidos pelas alíneas anteriores.Os administradores executivos são abrangidos no âmbito dos seguros contratados pelo Banco para os seus colaboradores. Sempre que justificável, sujeito a análise casuística, podem ser atribuídos benefícios específicos a administradores que se encontrem deslocados do seu país de origem.
15. A existência de mecanismos que impeçam a utilização pelos membros do órgão de administração de seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração.No início de cada mandato ou sempre que um novo administrador inicie funções, declara comprometer-se a abster-se de celebrar contratos, quer com a sociedade, quer com terceiros, que tenham como objeto ou efeito pretendido a mitigação do risco inerente à variabilidade da remuneração fixada pela sociedade. Os atuais administradores não celebraram tais contratos.
Remuneração dos Membros não Executivos do Órgão de Administração
Salvo deliberação em contrário pela Assembleia Geral, os membros não executivos do Conselho de Administração não auferirão qualquer remuneração, fixa ou variável, pelo exercício das respetivas funções.
Em caso de destituição por justa causa ou mesmo de resolução do contrato de administração com origem num inadequado desempenho de funções, não haverá lugar ao pagamento de qualquer compensação ou indemnização, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência.
Remuneração dos Membros do Órgão de Fiscalização
Salvo deliberação em contrário pela Assembleia Geral, os membros do Conselho Fiscal não auferem qualquer remuneração, fixa ou variável, pelo exercício das respetivas funções.
Remuneração dos Colaboradores
1. Os órgãos competentes da instituição para realizar a avaliação de desempenho individualA avaliação de desempenho individual dos colaboradores e dirigentes (doravante “os Colaboradores”) é efetuada pelo Conselho de Administração.
2. Os critérios predeterminados para a avaliação de desempenho individual em que se baseie o direito a uma componente variável da remuneraçãoA atribuição da componente variável da remuneração dos Colaboradores terá por referência os critérios de avaliação detalhados na Política de Avaliação de Desempenho para cada categoria profissional.
3. A importância relativa das componentes variáveis e fixas da remuneração, assim como os limites máximos para cada componenteA componente da remuneração fixa é estruturada por níveis, tendo em conta o grau de complexidade e o grau de responsabilidade associadas a cada função, sendo determinada pelo Conselho de Administração por referência aos níveis salariais pagos no mercado.
A componente da remuneração variável da remuneração não pode exceder uma proporção equivalente a 4 salários mensais de remuneração fixa, determinado em função da avaliação de desempenho do colaborador, tendo em conta todos os tipos de riscos atuais e futuros e o custo dos fundos próprios e de liquidez necessários.
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Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
4. O modo como o pagamento da remuneração variável está sujeito à continuação do desempenho positivo da instituição ao longo do período de diferimentoA remuneração variável, incluindo a parte diferida, só será paga se tal for sustentável face à situação financeira do Banco no seu todo e bem assim se se justificar à luz do desempenho da instituição, da unidade de estrutura em causa e do Colaborador em questão, tendo em conta todos os tipos de riscos atuais e futuros, tendo em conta o custo dos fundos próprios e da liquidez necessários.
De igual modo, verificando-se uma regressão no desempenho da Instituição, ou caso o mesmo seja negativo, a remuneração variável poderá ser reduzida, tendo em conta tanto a remuneração atual como as reduções nos desembolsos de montantes auferidos anteriormente, nomeadamente através de regimes de agravamento ou de recuperação e sem prejuízo da aplicação dos princípios gerais da legislação contratual e laboral nacional.
5. Os critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em opções e indicação do período de diferimento e do preço de exercícioNão aplicável.
6. Os principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniáriosA atribuição de uma componente de remuneração variável aos Colaboradores é determinada com base nos resultados da avaliação de desempenho, a realizar nos termos anteriormente descritos, realizada num quadro plurianual de 3 anos, em função da avaliação anual acumulada da performance dos Colaboradores, tendo em conta todos os tipos de riscos atuais ou futuros e bem assim o custo dos fundos próprios e de liquidez necessários.
Especificamente no que concerne aos Colaboradores que exerçam funções de controlo a avaliação do seu desempenho assentará única e exclusivamente no desempenho do Colaborador e da sua unidade orgânica – não sendo influenciado pela avaliação de desempenho financeiro da área de negócio em que as funções de controlo são desenvolvidas –, tendo em conta o cumprimento dos objetivos específicos associados às funções exercidas previstos na Política de Avaliações, nomeadamente o cumprimento das obrigações legais a que o ATLANTICO Europa se encontra sujeito (“compliance”), de gestão de riscos e de auditoria interna, em conformidade com o disposto no Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2008, ajustável face a todos os tipos de riscos, atuais ou futuros e atendendo ao custo dos fundos próprios e de liquidez necessários bem como aos objetivos corporativos alcançados pela Instituição.
22 de Março de 2016
O Conselho de Administração do ATLANTICO Europa
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Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
Informação quantitativa sobre remunerações
Informação, elaborada de acordo com o art. 17.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, relativa à remuneração paga pela instituição no exercício de 2015.
Membros do Órgão de Administração
1. O montante anual da componentes fixa e variável da remuneração e o número de beneficiários:
Beneficiários Remuneração variável (em Euros) Remuneração Fixa (em Euros)
Carlos José da Silva n.a n.a
Diogo Baptista Russo Pereira da Cunha n.a 177.100,00
Augusto Costa Ramiro Baptista n.a n.a
Maria da Graça Ferreira Proença de Carvalho n.a 161.000,00
José Carlos Manuel Burity (1) n.a 103.500,00
Pedro Manuel Moreira Leitão (2) n.a n.a
Total n.a 441.600,00
(1) Entrou em funções em 16/09/2015(2) Entrou em funções em 16/09/2015
2. Os montantes e os tipos de remuneração variável, separados por remuneração pecuniária, ações, instrumentos share-linked e outros tiposNão aplicável, porquanto os membros do órgão de administração não auferiram remuneração variável.
3. O montante da remuneração diferida não paga, separada por componentes investidas e não investidas:A regra do diferimento de remuneração foi aplicada a partir do exercício de 2012, i.e., repercutindo-se sobre a remuneração variável atribuída a partir de 2013. No entanto, este campo não é aplicável, porquanto os membros do órgão de administração não auferiram remuneração variável.
4. Os montantes anuais da remuneração diferida devida, paga ou objeto de reduções resultantes de ajustamentos introduzidos em função do desempenho individual dos colaboradores:Não aplicável.
5. O número de nomeações efetuadas no ano a que respeita:No ano de 2015 foram nomeados os administradores José Carlos Manuel Burity e Pedro Manuel Moreira Leitão.
Membros do Conselho Fiscal
Os membros do Conselho Fiscal não auferiram qualquer remuneração, fixa ou variável, pelo exercício das respetivas funções.
29BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
Colaboradores
A informação a seguir indicada respeita ao agregado dos colaboradores do Banco que exerceram funções de Directores-Coordenadores, Directores, Sub-Directores, Directores-Adjuntos e colaboradores que exerceram funções de controlo interno.
1. O montante anual da componente fixa e variável da remuneração e o número de beneficiários
Nº de Beneficiários Remuneração variável (em Euros) Remuneração Fixa (em Euros)
39 370.510,28 1.863.217,83
2. Os montantes e os tipos de remuneração variável, separados por remuneração pecuniária, acções, instrumentos share-linked e outros tiposMontante global de remuneração pecuniária variável: 370.510,28 EurosNão foi atribuída remuneração sob a forma de acções, instrumentos share-linked e outros tipos.
3. O montante da remuneração diferida não paga, separada por componentes investidas e não investidasA regra do diferimento de remuneração foi aplicada a partir do exercício de 2012, i.e., repercutindo-se sobre a remuneração variável atribuída a partir de 2013.
Em 2015 foi diferido o pagamento de remuneração no valor de 130.600 Euros.
4. Os montantes anuais da remuneração diferida devida, paga ou objecto de reduções resultantes de ajustamento introduzidos em função do desempenho individual dos colaboradoresA regra do diferimento de remuneração aplica-se a partir do exercício de 2012, i.e., repercutindo-se sobre a remuneração variável a atribuir a partir de 2013. Em 2015 foi efetuado o pagamento de remuneração diferida relativa ao exercícios de 2013, 2014 e 2015 no valor de 113.110,28 Euros.
5. O número de novas contratações efetuadas no ano a que respeitaEm 2015 foram contratados 2 colaboradores.
6. O montante dos pagamentos efectuados ou devidos anualmente em virtude da rescisão antecipada do contrato de trabalho com colaboradores, o número de beneficiários desses pagamentos, e o maior pagamento atribuído a um colaboradorEm 2014 foi paga a quantia de 64.753,72 Euros, em virtude da rescisão antecipada de 1 contrato de trabalho. Beneficiaram destes pagamentos 1 colaborador.
Informação quantitativa agregada, discriminada por área de actividade, relativamente à remuneração dos Colaboradores
Área de Atividade Valor Global Pago (em Euros)
Centro Atlântico 292.895,47
Banca de Empresas 275.038,20
Private Banking 245.708,31
Mercados Financeiros 114.233,79
Mercados de Capitais 99.068,17
Banca de Investimento 205.075,25
Instituições Financeiras e Internacional 361.674,44
Controlo Interno 511.685,44
Áreas de Suporte 1.613.281,92
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 30
Relatório e Contas 2015 Relatório de Gestão
Proposta de Aplicação de Resultados
No exercício compreendido entre 1 de Janeiro de 2015 e 31 de Dezembro de 2015, o Banco Privado Atlântico Europa obteve um resultado positivo de 4.282.075,38 Euros.
O Conselho de Administração do Banco Privado Atlântico Europa propõe:
• Que 10% do resultado positivo, no valor de 428.207,54 Euros, seja afecto à rubrica de “Reservas Legais”;• Que 60% do resultado positivo, no valor de 2.569.245,23 Euros, seja afecto à rubrica de “Resultados Transitados”;• Que 30% do resultado positivo, no valor de 1.284.622,61 Euros, seja distribuídos aos accionistas da Sociedade a título de
dividendos.
Lisboa, 22 de Março de 2016.
O Conselho de Administração do ATLANTICO Europa
31BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015
II. Demonstrações Financeiras
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 32
Relatório e Contas 2015 Demonstrações Financeiras
Balanços em 31 de Dezembro de 2015 e 2014
Montantes em Euros
2015
Ativo Notas Ativo bruto Provisões, imparidades e amortizações
Ativo líquido 2014
Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 3.1 134.367.745 - 134.367.745 6.457.994
Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 3.2 106.989.874 - 106.989.874 38.193.190
Ativos Financeiros Detidos para Negociação 3.3 90.708 - 90.708 1.622.083
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 3.4 263.606.346 (375.347) 263.230.999 237.177.754
Aplicações em Instituições de Crédito 3.5 97.526.299 (459.967) 97.066.332 146.646.617
Crédito a Clientes 3.6 e 3.18 169.892.342 (1.868.106) 168.024.236 114.466.712
Investimentos detidos até à maturidade 3.7 67.583.084 (92.972) 67.490.112 -
Derivados de cobertura 3.8 515.621 - 515.621 -
Outros Ativos Tangíveis 3.9 22.729.147 (1.859.310) 20.869.837 21.009.633
Ativos Intangíveis 3.10 2.562.887 (1.482.394) 1.080.493 836.901
Investimentos em Filiais, Associadas e Entidades sob Controlo Conjunto 3.11 2.690.829 - 2.690.829 1.572.086
Ativos por Impostos Correntes 3.12 126.713 - 126.713 126.713
Ativos por Impostos Diferidos 3.12 2.013.898 - 2.013.898 604.682
Outros Ativos 3.13 2.667.057 (644.341) 2.022.716 4.011.695
Total do Ativo 873.362.550 (6.782.437) 866.580.113 572.726.060
Passivo e Capital Próprio Notas 2015 2014
Passivo
Recursos de Bancos Centrais 3.14 290.179.422 167.725.325
Passivos Financeiros Detidos para Negociação 3.3 202.234 238.547
Recursos de Outras Instituições de Crédito 3.15 204.994.866 156.001.541
Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 3.16 269.196.169 173.767.164
Responsabilidades representadas por títulos 3.17 32.043.675
Provisões 3.18 5.039.972 2.646.487
Passivos por Impostos Correntes 3.19 1.425.619 1.328.740
Passivos por Impostos Diferidos 3.19 689.570 1.727.544
Outros Passivos 3.20 4.878.382 11.672.022
Total do Passivo 808.649.909 515.107.370
Capital 3.22 50.000.000 50.000.000
Reservas de Reavaliação 3.23 1.639.752 5.047.139
Outras Reservas e Resultados Transitados 3.23 2.008.377 (1.182.938)
Resultado Líquido do Exercício 3.23 4.282.075 3.754.489
Total do Capital Próprio 57.930.204 57.618.690
Total do Passivo + Capital Próprio 866.580.113 572.726.060
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
33BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Demonstrações Financeiras
Demonstrações dos Resultados para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014
Montantes em Euros
Notas 2015 2014
Juros e Rendimentos Similares 14.270.586 12.275.343
Juros e Encargos Similares (4.148.343) (4.236.236)
Margem Financeira 3.24 10.122.243 8.039.107
Rendimentos de Serviços e Comissões 3.25 4.015.505 2.401.932
Encargos com Serviços e Comissões 3.25 (381.632) (185.195)
Resultados de Alienação de Outros Activos 3.26 - 6.915
Resultados de Ativos e Passivos Financeiros Avaliados ao Justo Valor Através de Resultados 3.26 190.008 2.999.773
Resultados de Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 3.26 5.133.404 4.889.646
Resultados de Reavaliação Cambial 3.26 1.234.411 (1.790.699)
Outros Resultados de Exploração 3.27 2.369.087 4.207.571
Produto Bancário 22.683.026 20.569.050
Custos com Pessoal 3.28 (6.680.927) (6.205.820)
Gastos Gerais Administrativos 3.29 (4.356.357) (6.664.067)
Amortizações do Exercício 3.9 e 3.10 (913.670) (657.824)
Custos de Estrutura (11.950.954) (13.527.711)
Correcções de Valor Associadas ao Crédito a Clientes e a Valores a Receber de Outros Devedores (Líquidas de Reposições e Anulações) 3.18 (4.537.124) (1.756.833)
Resultado Antes de Impostos 6.194.948 5.284.506
Impostos Correntes 3.30 (3.322.089) (2.008.889)
Impostos Diferidos 3.30 1.409.216 478.872
Resultado Líquido do Exercício 4.282.075 3.754.489
Resultado por Ação Básico 0,0856 0,0751
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 34
Relatório e Contas 2015 Demonstrações Financeiras
Demonstrações do Rendimento Integral para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014
Montantes em Euros
2015 2014
Resultado Líquido do Exercício 4.282.075 3.754.489
Itens que poderão vir a ser reclassificados para a Demonstração de Resultados
Reavaliação dos Ativos Financeiros Disponíveis para Venda (4 070 488) 5.025.834
Impacto Fiscal 1.037.975 (1.246.611)
Diferenças cambiais de sucursais no estrangeiro (374 874) -
Resultado não Reconhecido na Demonstração de Resultados (3.407.387) 3.779.223
Rendimento Integral do Exercício 874.688 7.533.712
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
35BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Demonstrações Financeiras
Demonstrações dos Fluxos de Caixa para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014
Montantes em Euros
2015 2014
Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais:
Recebimentos de Juros e Comissões e Outros Proveitos 18.273.604 13.939.461
Pagamentos de Juros e Comissões e Outros Custos (4.504.892) (4.135.783)
Pagamentos ao Pessoal e a Fornecedores (17.830.924) (12.782.848)
Outros (Pagamentos) / Recebimentos Relativos à Atividade Operacional 5.288.568 3.713.147
Resultados Operacionais Antes das Alterações nos Ativos Operacionais 1.226.356 733.977
(Aumentos) / Diminuições de Ativos Operacionais:
Aplicações em Instituições de Crédito 49.208.337 (60.124.428)
Crédito a Clientes (54.236.129) (40.609.799)
Outros Ativos 1.239.936 4.446.836
(3.787.856) (96.287.388)
(Aumentos) / (Diminuições) de Passivos Operacionais:
Recursos de Bancos Centrais 122.492.169 1.411.527
Recursos de Outras Instituições de Crédito 49.003.074 47.271.347
Recursos de Clientes 95.356.101 77.765.629
Outros Passivos 28.437.174 (1.278.923)
295.288.518 125.169.580
Caixa Líquida das Atividades Operacionais 292.727.018 29.616.169
Fluxos de Caixa das Atividades de Investimento:
(Aquisições) e Alienações de Ativos Tangíveis e Intangíveis (971.533) (9.389.237)
(Aquisições) e Alienações de Ativos Financeiros Disponíveis para Venda (38.985.859) (18.788.385)
(Aquisições) e Alienações de Investimentos em Filiais, Associadas e Entidades Conjuntamente Controladas (1.118.743) (497.703)
(Aquisições) e Alienações de Ativos Financeiros detidos até à Maturidade (54.381.274) -
Dividendos pagos (563.174) -
Caixa Líquida das Atividades de Investimento (96.020.583) (28.675.325)
Aumento/ (Diminuição) Líquido de Caixa e seus Equivalentes 196.706.435 940.844
Caixa e seus Equivalentes no Início do Exercício 44.651.184 43.710.340
Caixa e seus Equivalentes no Fim do Exercício (notas 3.1 e 3.2) 241.357.619 44.651.184
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 36
Relatório e Contas 2015 Demonstrações Financeiras
Demonstrações das Alterações no Capital Próprio para os exercíciosfindos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014
Montantes em Euros
Capital Reservas dereavaliação
Diferenças Cambiais
Outras reservas e resultados
transitados
Resultadolíquido do
exercícioTotal
Saldos em 31 de Dezembro de 2013 50.000.000 1.267.916 - (3.371.481) 2.188.543 50.084.978
Aplicação dos resultados 2013:
Constituição de Reservas - - - 2.188.543 (2.188.543) -
Reservas de Reavaliação - 3.779.223 - - - 3.779.223
Resultado Líquido do Exercício - - - - 3.754.489 3.754.489
Saldos em 31 de Dezembro de 2014 50.000.000 5.047. 139 - (1.182.938) 3.754.489 57.618.690
Aplicação dos Resultados 2014
Distribuição de Dividendos - - - - (563.174) (563.174)
Constituição de Reservas - - - 3.191.315 (3.191.315) -
Reservas de Reavaliação - (3.032.513) (374.874) - - (3.407.387)
Resultado Líquido do Exercício - - - - 4.282.075 4.282.075
Saldos em 31 de Dezembro de 2015 50.000.000 2.014.626 (374.874) 2.008.377 4.282.075 57.930.204
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
37BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015
III. Notas às DemonstraçõesFinanceiras
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 38
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
1. Nota Introdutória
2. Políticas Contabilísticas
O Banco Privado Atlântico - Europa, S.A. (“Banco”, “ATLANTICO Europa” ou “Instituição”) é uma sociedade anónima, com sede social em Lisboa, constituído em 22 de Junho de 2009, tendo iniciado a sua actividade em Agosto de 2009. A constituição do Banco foi autorizada pelo Banco de Portugal em 20 de Junho de 2009. As demonstrações financeiras agora apresentadas reflectem os resultados das operações do Banco para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014.
O Banco tem por objecto social o exercício da actividade bancária.
As demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2015 foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 22 de Março de 2016.
As demonstrações financeiras do Banco em 31 de Dezembro de 2015 encontram-se pendentes de aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas. No entanto, o Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.
Todos os montantes apresentados neste anexo estão expressos em Euros (com arredondamento às unidades), salvo se expressamente referido em contrário.
2.1 Bases de apresentação
As demonstrações financeiras do Banco foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, emitidas pelo Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe é conferida pelo número 3 do Artigo 115º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro.
As NCA correspondem em geral às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), conforme adotadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho e de acordo com Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal. No entanto, nos termos do Aviso nº 1/2005, existem as seguintes exceções com impacto nas demonstrações financeiras do Banco Privado Atlântico - Europa, S.A.:
i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor;
ii) Provisionamento do crédito e contas a receber - são definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro (Nota 2.3. a). Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;
iii) Os ativos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o registo pelo justo valor, conforme permitido pela Norma IAS 16 – Ativos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas na rubrica “Reservas de reavaliação”.
O Banco adotou as IFRS e interpretações de aplicação obrigatória para os exercícios que se iniciaram em ou após 1 de janeiro de 2015, conforme referido na nota 2.16.
As políticas contabilísticas foram aplicadas de forma consistente na preparação das demonstrações financeiras do período anterior, nomeadamente a adoção da norma IFRIC 21 - Taxas.
IFRIC 21 - Taxas
O IASB emitiu, em 20 de Maio de 2013, esta interpretação com data efetiva de aplicação (de forma retrospetiva) para períodos que se iniciem em, ou após, 1 de Janeiro de 2014. Esta interpretação foi adotada pelo Regulamento da Comissão Europeia n.º 634/2014, de 13 de Junho (definindo a entrada em vigor o mais tardar a partir da data de início do primeiro exercício financeiro que começa em ou após 17 de Junho de 2014). Esta nova interpretação define taxas (Levy ) como sendo um desembolso de uma entidade imposto pelo governo de acordo com legislação. Confirma que uma entidade reconhece um passivo pela taxa quando – e apenas quando – o evento específico que desencadeia a mesma, de acordo com a legislação, ocorre.
39BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
2.2 Conversão de saldos e transações em moeda estrangeira (IAS 21)
As contas do Banco são preparadas de acordo com a divisa utilizada no ambiente económico em que opera (denominada “moeda funcional”), nomeadamente o Euro.
As transações em moeda estrangeira são registadas com base nas taxas de câmbio indicativas na data da transação. Em cada data de balanço, os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para Euros com base na taxa de câmbio em vigor.
As diferenças de câmbio apuradas na conversão cambial são reflectidas em resultados do exercício, com exceção das originadas por instrumentos financeiros não monetários, classificados como disponíveis para venda, que são registadas numa rubrica específica de capital próprio até à sua alienação.
2.3 Instrumentos financeiros
a) Aplicações em instituições de crédito, crédito a clientes, valores a receber de outros devedores e provisões
Conforme descrito na Nota 2.1, estes ativos são registados de acordo com as disposições do Aviso nº 1/2005, do Banco de Portugal. Deste modo, são registados pelo valor nominal, sendo os respetivos proveitos, nomeadamente juros e comissões, reconhecidos ao longo do período das operações de acordo com a taxa efetiva, quando se tratem de operações que produzam rendimentos por períodos superiores a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos ativos incluídos nesta categoria são igualmente periodificados ao longo do período de vigência dos créditos.
De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho, nº 2/99 de 15 de Janeiro, nº 7/00 de 27 de Outubro, nº 8/03 de 30 de Janeiro, e outras disposições emitidas por aquela entidade, o Banco constitui as seguintes provisões para riscos de crédito:
i) Provisão para crédito e juros vencidosDestina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a entrada em incumprimento.
ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosaDestina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afetos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. São considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:
• As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:
- Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros;- Estarem em incumprimento há mais de:
• Seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;• Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos;• Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos
• Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.
• São ainda considerados créditos de cobrança duvidosa, os créditos vincendos sobre um mesmo cliente, se o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros vencidos. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 40
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
iii) Provisão para riscos gerais de créditoEncontra-se registada no passivo, na rubrica “Provisões”, e destina-se a fazer face a riscos potenciais existentes em qualquer crédito concedido e garantias e avales prestados.
Esta provisão é constituída de acordo com o disposto nos Avisos nº 3/95 de 30 de Junho, nº 2/99 de 15 de Janeiro e nº 8/03 de 30 de Janeiro.
Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales prestados:
• 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;
• 0,5% no que se refere ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;
• 1% no que se refere ao restante crédito concedido.
Nos termos da legislação em vigor, o reforço desta provisão não é aceite como custo fiscal.
iv) Provisão para risco paísDestina-se a fazer face ao risco de realização dos ativos financeiros e extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção:
• Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda;
• Das participações financeiras;• Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados
membros da União Europeia;• Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso nº 3/95, desde que a garantia
abranja o risco de transferência;• Das operações de financiamento de comércio externo de curto prazo, que cumpram as condições definidas pelo Banco de
Portugal.
As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas pelo Banco de Portugal, o qual classifica os países e territórios segundo grupos de risco, de acordo com o disposto no Aviso nº 3/95, de 30 de Junho, na Instrução nº 94/96, de 17 de Junho, e na Carta Circular sob a referência, 7/12/DSBDR de 07 de Março de 2012.
Uma vez que se trata de uma provisão específica, esta é classificada nas várias rubricas contabilísticas em que estão registados os ativos que se enquadram na definição de risco país.
b) Ativos financeiros disponíveis para venda (IAS 39)
Esta rubrica inclui:• Títulos de rendimento fixo que não tenham sido classificados como carteira de negociação, carteira de crédito ou carteira de
títulos detidos até à maturidade e;• Títulos de rendimento variável disponíveis para venda;
Os ativos classificados como disponíveis para venda são avaliados ao justo valor, excepto no caso de instrumentos de capital próprio não cotados num mercado ativo e cujo justo valor não possa ser mensurado ou estimado de forma fiável, os quais permanecem registados ao custo, líquido de provisões. Adicionalmente, no caso das operações de papel comercial, na falta de preços de mercado, estas são registadas ao custo amortizado.
Os ganhos ou perdas resultantes de alterações no justo valor são registados diretamente na rubrica de capitais próprios “Reservas de reavaliação”. No momento da venda, ou caso seja determinada imparidade, as variações acumuladas no justo valor são transferidas para resultados do exercício.
Os juros corridos de obrigações e de outros títulos de rendimento fixo e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são registados em resultados, de acordo com o método da taxa de juro efectiva.
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Os rendimentos de títulos de rendimento variável (dividendos, no caso das ações) são registados em resultados, na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.
O IAS 39 identifica alguns eventos que considera como evidência objetiva de imparidade em ativos financeiros disponíveis para venda, nomeadamente:
• Dificuldades financeiras significativas do emitente;• Incumprimento contratual do emitente em termos de reembolso de capital ou pagamento de juros;• Probabilidade de falência do emitente;• Desaparecimento de um mercado ativo para o ativo financeiro devido a dificuldades financeiras do emitente.
Para além dos indícios de imparidade relativos a instrumentos de dívida acima referidos, são ainda considerados os seguintes indícios específicos no que se refere a instrumentos de capital:
• Alterações significativas com impacto adverso na envolvente tecnológica, de mercado, económica ou legal em que o emitente opera que indiquem que o custo do investimento pode não ser recuperado na totalidade;
• Um declínio significativo ou prolongado do valor de mercado do ativo financeiro abaixo do seu custo de aquisição.
Com referência à data de preparação das demonstrações financeiras, o Banco avalia a existência de situações de evidência objectiva de imparidade que indiquem que o custo dos investimentos poderá não ser recuperável no médio prazo, considerando a situação dos mercados e a informação disponível sobre os emitentes.
Em caso de evidência objectiva de imparidade, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida de capital próprio e reconhecida em resultados.
As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo são revertidas através de resultados, se houver uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas. No caso de títulos para os quais tenha sido reconhecida imparidade, posteriores variações negativas de justo valor são sempre reconhecidas em resultados.
As variações cambiais de ativos não monetários (instrumentos de capital próprio) classificados na carteira de disponíveis para venda são registadas em reservas de reavaliação por diferenças cambiais. As variações cambiais dos restantes títulos são registadas em resultados.
c) Ativos financeiros detidos até à maturidade (IAS 39)
Esta rubrica inclui ativos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis e maturidades definidas, que o ATLANTICO Europa tem intenção e capacidade de deter até à maturidade. Estes investimentos são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva e são sujeitos a testes de imparidade. As perdas por imparidade reconhecidas em investimentos financeiros detidos até à maturidade são registadas em resultados do exercício.
Se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, e essa diminuição puder ser objectivamente relacionada com um evento que ocorreu após o reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do exercício.
d) Ativos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados e passivos financeiros de negociação (IAS 39)
Esta categoria inclui essencialmente títulos adquiridos com o objectivo de realização de ganhos a partir de flutuações de curto prazo nos preços de mercado. Incluem-se também nesta categoria os instrumentos financeiros derivados, excluindo aqueles quecumpram os requisitos de contabilidade de cobertura.
Os ativos financeiros classificados nesta categoria são registados ao justo valor, sendo os ganhos e perdas gerados pela valorização subsequente reflectidos em resultados do exercício, na rubrica de “Resultados de ativos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados”. Os juros são reflectidos nas respectivas rubricas de “Juros e rendimentos similares”.
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e) Outros passivos financeiros (IAS 39)
Os passivos financeiros são registados na data de contratação ao respectivo justo valor, acrescido dos custos diretamente atribuíveis à transacção. Esta categoria inclui recursos de bancos centrais, recursos de outras instituições de crédito, recursos de clientes e passivos incorridos para pagamento de prestações de serviços.
Estes passivos financeiros são mensurados ao custo amortizado sendo utilizado o método da taxa de juro efectiva.
f) Derivados e contabilidade de cobertura
O Banco realiza operações com produtos derivados no âmbito da sua atividade, com o objetivo de satisfazer as necessidades dos seus clientes e de reduzir a sua exposição a flutuações cambiais, de taxas de juro e de cotações.
Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação e nas mensurações subsequentes. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional.
Derivados de negociaçãoSão considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo:
• Derivados contratados para cobertura de risco em ativos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;
• Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da Norma IAS 39;• Derivados contratados com o objetivo de “trading”;• Derivados embutidos em instrumentos financeiros. Estes instrumentos são tratados separadamente sempre que os riscos e
benefícios económicos do derivado não estão relacionados com os do instrumento principal e desde que todo o instrumento não esteja contabilizado ao justo valor através de resultados.
Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados reconhecidos em proveitos e custos do exercício na rubrica de “Resultados de ativos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados”. O justo valor positivo e negativo é registado no Balanço nas rubricas “Ativos financeiros detidos para negociação” e “Passivos financeiros detidos para negociação”, respetivamente.
Contabilidade de cobertura
i) Contabilidade de coberturaA classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39.
Para todas as relações de cobertura, o Banco prepara, no início da operação, documentação formal que inclui os seguintes aspectos:
• Objetivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas pelo Banco;
• Descrição do(s) risco(s) coberto(s);• Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura;• Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização.
ii) Cobertura de justo valorAs variações do justo valor dos derivados que sejam designados e que se qualifiquem como de cobertura de justo valor são registadas em proveitos e custos do exercício, bem como as variações de justo valor dos elementos cobertos. Estas valorizações são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados os ativos e passivos. Quando a relação de cobertura deixa de cumprir com os requisitos definidos na norma, os valores acumulados de variações de justo valor até à data da descontinuação da cobertura, são amortizados por resultados pelo período remanescente do item coberto.
iii) Cobertura de fluxos de caixaAs variações de justo valor dos derivados que sejam designados e que se qualificam para coberturas de fluxos de caixa, são reconhecidas em capitais próprios na parte efectiva. As variações de justo valor da parcela inefectiva das relações de cobertura são reconhecidas em custos ou proveitos. Os valores acumulados em capitais próprios são reclassificados para resultados nos períodosem que o item coberto afecta resultados.
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Quando a relação de cobertura deixa de cumprir os requisitos de contabilidade é descontinuada prospetivamente, sendo variações de justo valor do derivado registadas na situação líquida:
• Diferidas pelo prazo remanescente do elemento coberto; ou• Reconhecidas em custos ou proveitos, no caso do instrumento coberto se ter extinguido.
No caso da descontinuação de uma relação de cobertura de uma transação futura, as variações de justo valor do derivado registadas em capitais próprios mantêm-se aí reconhecidas até que a transação futura seja reconhecida em resultados.
iv)Cobertura de um investimento líquido numa entidade estrangeira A cobertura de um investimento líquido numa entidade estrangeira é contabilizada de forma similar à cobertura de fluxos de caixa. Os ganhos e perdas cambiais resultantes do instrumento de cobertura são reconhecidos em capitais próprios na parte efetiva da relação de cobertura. A parte inefetiva é reconhecida em resultados do exercício. Os ganhos e perdas cambiais acumulados relativos à entidade estrangeira e à respetiva operação de cobertura registados em capitais próprios são transferidos para resultados do exercício no momento da venda da entidade estrangeira, como parte integrante do ganho ou perda resultante da alienação.
v)Efetividade de cobertura Periodicamente, são efetuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização da contabilidade de cobertura, de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospetivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura.A inefetividade é reconhecida em resultados no momento em que ocorre.
g) Justo valor (IFRS 13)
Conforme acima referido, os ativos financeiros enquadrados nas categorias de Ativos financeiros ao justo valor através de resultados e Ativos financeiros disponíveis para venda são registados pelo justo valor.
O justo valor de um instrumento financeiro é o preço pelo qual uma transação ordenada de venda de um ativo ou de transferência de um passivo seria concretizada entre participantes de mercado na data de balanço.
O justo valor dos títulos é determinado com base nos seguintes critérios:• Cotação de fecho na data de balanço, para instrumentos transacionados em mercados ativos;• Preços (bid prices) difundidos através de meios de difusão de informação financeira, nomeadamente a Bloomberg.
O justo valor dos derivados é determinado com base nos seguintes critérios:• Com base em cotações obtidas em mercados ativos;• Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e
modelos de valorização de opções.
2.4 Outros ativos tangíveis (IAS 16, Aviso nº 1/2005 e IAS 17)
Encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. Os custos de reparação, manutenção e outras despesas associadas ao seu uso são reconhecidos como custo do exercício, na rubrica “Gastos gerais administrativos”. As amortizações são calculadas com base no método das quotas constantes e registadas em custos do exercício numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem, o qual corresponde ao período em que se espera que o ativo esteja disponível para uso, enquadrado nos seguintes intervalos:
Ativos Total
Edifícios Próprios 50
Despesas em Edifícios Arrendados 20
Mobiliário e Material 8
Máquinas e Ferramentas 5-10
Equipamento Informático 3-4
Instalações Interiores 8-10
Material de Transporte 4
Equipamento de Segurança 8-10
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Sempre que o valor líquido contabilístico dos ativos tangíveis exceda o seu valor recuperável, nos termos da Norma IAS 36 – “Imparidade de ativos”, é reconhecida uma perda por imparidade com reflexo nos resultados do exercício. As perdas por imparidade podem ser revertidas, também com impacto em resultados do exercício, caso em períodos seguintes se verifique um aumento do valor recuperável do ativo.
2.5 Ativos intangíveis (IAS 38)
Esta rubrica compreende, essencialmente, custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das atividades do Banco. Os ativos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.
As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos ativos, a qual em média corresponde a um período de 3 anos. As despesas com manutenção de software são contabilizadas como custo do exercício em que são incorridas.
2.6 Investimentos em sucursais no estrangeiro
As demonstrações financeiras das sucursais do Banco residentes no estrangeiro são preparadas na sua moeda funcional, definida como a moeda da economia onde estas operam ou como a moeda em que as subsidiárias obtêm os seus proveitos ou financiam a sua atividade. Na preparação das demonstrações financeiras do Banco, o valor dos ativos e passivos, de sucursais residentes no estrangeiro é registado pelo seu contravalor em Euros à taxa de câmbio oficial em vigor na data de balanço.
As diferenças cambiais apuradas entre o valor de conversão em Euros da situação patrimonial no início do ano e o seu valor convertido à taxa de câmbio em vigor na data de balanço a que se reportam as contas, são relevadas por contrapartida de reservas - diferenças cambiais. As diferenças cambiais resultantes dos instrumentos de cobertura relativamente às sucursais expressas em moeda estrangeira são diferenças cambiais registadas em capitais próprios em relação aquelas. Sempre que a cobertura não seja totalmente efetiva, a diferença apurada é registada em resultados do período.
Os resultados destas sucursais são transpostos pelo seu contravalor em Euros a uma taxa de câmbio aproximada das taxas em vigor na data em que se efetuaram as transações. As diferenças cambiais resultantes da conversão em Euros dos resultados do período, entre as taxas de câmbio utilizadas na demonstração de resultados e as taxas de câmbio em vigor na data de balanço, são registadas em reservas - diferenças cambiais.
Na alienação das sucursais residentes no estrangeiro para as quais existe perda de controlo, as diferenças cambiais associadas à sucursal e à respetiva operação de cobertura previamente registadas em reservas são transferidas para resultados, como parte integrante do ganho ou perda resultante da alienação.
2.7 Investimentos em filiais, associadas e entidades sob controlo conjunto (IAS 28 e IAS 31)
Esta rubrica inclui as participações financeiras em empresas nas quais o Banco exerce um controlo efetivo sobre a sua gestão corrente, de modo a obter benefícios económicos das suas atividades, denominadas “filiais”. Normalmente o controlo é evidenciado pela detenção de mais de 50% do capital ou dos direitos de voto. Estes ativos são registados pelo custo de aquisição, sendo objecto de análises de imparidade periódicas. Os dividendos são registados como proveitos no exercício em que é decidida a sua distribuição pelas filiais.
2.8 Impostos sobre lucros (IAS 12)
O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.
Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.
Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos ativos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou dos prejuízos fiscais.
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Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.
De acordo com o Artigo 14.º da Lei das Finanças Locais, os municípios podem deliberar uma derrama anual até ao limite máximo de 1,5% sobre o lucro tributável sujeito e não isento de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC).
A derrama estadual é devida pelos sujeitos passivos que apurem um lucro tributável superior a 1.500.000 Euros sujeito e não isento de IRC. A taxa da derrama estadual em 2013 foi fixada em 3% sobre o valor do lucro tributável superior a 1.500.000 Euros e até 7.500.000 Euros, e em 5% sobre o lucro tributável que exceda este último valor.
Em 2015, as taxas de derrama mantiveram-se iguais às de 2014, fixadas em 3% sobre o valor do lucro tributável superior a 1.500.000 Euros e até 7.500.000 Euros, em 5% sobre o lucro tributável entre 7.500.000 Euros e 35.000.000 Euros e em 7% sobre o lucro tributável que exceda este último valor.
Por outro lado, com a publicação da Lei n.º 55 - A/2010, de 31 de Dezembro, o Banco passou a estar abrangido pelo regime de contribuição sobre o setor bancário. A contribuição sobre o setor bancário incide sobre:
i) O passivo apurado e aprovado pelos sujeitos passivos deduzido dos fundos próprios de base “Tier I” e complementares “Tier II” e dos depósitos abrangidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos. Ao passivo apurado são deduzidos:
• Elementos que segundo as normas de contabilidade aplicáveis sejam reconhecidos como capitais próprios;• Passivos associados ao reconhecimento de responsabilidades por planos de benefício definido;• Passivos por provisões;• Passivos resultantes da reavaliação de instrumentos financeiros derivados;• Receitas com rendimento diferido, sem consideração das referentes a operações passivas; e• Passivos por ativos não desreconhecidos em operações de titularização.
ii) O valor nocional dos instrumentos financeiros derivados fora do balanço apurado pelos sujeitos passivos, com exceção dos instrumentos financeiros derivados de cobertura ou cuja posição em risco se compensa mutuamente.
As taxas aplicáveis às bases de incidência definidas pelas alíneas i) e ii) anteriores são de 0,085% e 0,0003%, respetivamente, em função do valor apurado.
Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são refletidos nos resultados do exercício, exceto nos casos em que as transações que os originaram tenham sido refletidas noutras rubricas de capital próprio. Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente refletido por contrapartida de capital próprio, não afetando o resultado do exercício.
2.9 Benefícios aos empregados (IAS 19)
As responsabilidades com benefícios aos empregados são reconhecidas de acordo com os princípios estabelecidos pela Norma IAS 19 – Benefícios dos Trabalhadores.
O ATLANTICO Europa não subscreveu o Acordo Coletivo de Trabalho em vigor para o setor bancário, estando os seus trabalhadores abrangidos pelo Regime Geral de Segurança Social. Por esse motivo, em 31 de Dezembro de 2015, o Banco não tem qualquer responsabilidade por pensões, complementos de reforma ou outros benefícios de longo prazo a atribuir aos seus trabalhadores.
Os benefícios de curto prazo, incluindo prémios de produtividade atribuídos aos trabalhadores pelo seu desempenho, são refletidos em “Custos com pessoal” no exercício a que respeitam, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
2.10 Provisões e passivos contingentes
Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de eventos passados onde seja provável o futuro dispêndio de recursos, e este possa ser determinado com fiabilidade. O montante da provisão corresponde à melhor estimativa do valor a desembolsar para liquidar a responsabilidade na data de balanço. Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Os passivos contingentes são apenas objecto de divulgação, a menos que a possibilidade da sua concretização seja remota. As provisões são desreconhecidas quando utilizadas ou quando a obrigação deixa de se observar.
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2.11 Reconhecimento de Custos e Proveitos
Os custos e proveitos são reconhecidos no exercício a que respeitam, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização de exercícios. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa de juro efetiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa de juro efetiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro, permite igualar o seu valor atual ao valor do instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.
2.12 Comissões
As comissões recebidas relativas a operações de crédito e outros instrumentos financeiros, nomeadamente comissões cobradas na originação das operações, são reconhecidas como proveitos ao longo do período da operação. As comissões por serviços prestados são normalmente reconhecidas como proveito ao longo do período de prestação do serviço, ou de uma só vez, se resultarem da execução de actos únicos.
2.13 Outros rendimentos e receitas operacionais
Os rendimentos e receitas operacionais incluem, essencialmente, serviços prestados, nomeadamente, de apoio na estruturação e montagem de operações de financiamento em regime de subcontratação. Os rendimentos associados a estes serviços são reconhecidos na demonstração dos resultados na rubrica “Outros resultados de exploração” ao longo do período da prestação do serviço ou, de uma só vez, caso se tratem de atos únicos.
2.14 Valores recebidos em depósito
Os valores recebidos em depósito, nomeadamente dos clientes, encontram-se registados ao justo valor em rubricas extrapatrimoniais.
2.15 Caixa e seus equivalentes
Para efeitos da preparação das demonstrações dos fluxos de caixa, o Banco considera como “Caixa e seus equivalentes” o total das rubricas “Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais” e “Disponibilidades em outras instituições de crédito”.
2.16 Estimativas contabilísticas críticas e aspectos julgamentais mais relevantes na aplicação das políticas contabilísticas
Na aplicação das políticas contabilísticas acima descritas, foi necessária a realização de estimativas pelo Conselho de Administração do Banco. As estimativas com maior impacto nas demonstrações financeiras do Banco incluem as abaixo apresentadas.
As normas contabilísticas possibilitam, em algumas situações, tratamentos contabilísticos alternativos e os resultados reportados poderiam ser diferentes caso fossem adotados tratamentos distintos. É convicção do Conselho de Administração que os critérios adotados são os mais apropriados e as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição financeira do Banco em todos os aspetos materialmente relevantes.
Determinação de Impostos sobre LucrosOs impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) são determinados pelo Banco com base nas regras definidas pelo enquadramento fiscal em vigor. No entanto, em algumas situações a legislação fiscal pode não ser suficientemente clara e objetiva e originar a existência de diferentes interpretações. Nestes casos, os valores registados resultam do melhor entendimento dos órgãos responsáveis do Banco sobre o correto enquadramento das suas operações, o qual é no entanto suscetível de ser questionado pelas Autoridades Fiscais.
Adicionalmente, o registo de ativos por impostos diferidos é efetuado tendo por base projeções de resultados futuros elaboradas pelo Conselho de Administração do Banco. No entanto, os resultados reais poderão divergir dos estimados.
Determinação de Perdas por Imparidade em Ativos FinanceirosNo que respeita às provisões para crédito a clientes, contas a receber e garantias e avales prestados, o Banco cumpre os limites mínimos definidos pelo Banco de Portugal. No entanto, sempre que considerado necessário, estas provisões são complementadas de forma a refletir a estimativa do Banco sobre o risco de incobrabilidade associado aos clientes.
Esta avaliação é efetuada de forma casuística pelo Banco com base no conhecimento específico da realidade dos seus clientes e nas garantias associadas às operações em questão.
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2.17 Adoção de novas normas (IAS/IFRS) ou revisão de normas já emitidas
As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões aprovadas pela União Europeia e com aplicação obrigatória nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2015, foram adotadas pela primeira vez no exercício findo em 31 de Dezembro de 2015:
IFRIC 21
O IASB, emitiu em 20 de maio de 2013, esta interpretação com data efetiva de aplicação (de forma retrospetiva) para períodos que se iniciem em, ou após, 1 de janeiro de 2014. Esta interpretação foi adotada pelo Regulamento da Comissão Europeia n.º 634/2014, de 13 de junho. Esta nova interpretação define taxas (levy) como sendo um desembolso de uma entidade imposto pelo governo de acordo com legislação. Confirma que uma entidade reconhece um passivo pela taxa quando – e apenas quando – o específico evento que desencadeia a mesma, de acordo com a legislação, ocorre.
Melhoramentos às IFRS (2011-2013) :
Os melhoramentos anuais do ciclo 2011-2013, emitidos pelo IASB em 12 de dezembro de 2013 introduziram alterações, com data efetiva de aplicação para períodos que se iniciem em, ou após, 1 de julho de 2014 às normas IFRS 1, IFRS 3, IFRS 13 e IAS 40. Estas alterações foram adotadas pelo Regulamento da Comissão Europeia n.º 1361/2014, de 18 de dezembro (definindo a entrada em vigor o mais tardar a partir da data de início do primeiro exercício financeiro que começa em ou após de 1 de janeiro de 2015).
IFRS 1 – Conceito de “IFRS efetivas”
O IASB clarificou que se novas IFRS não forem ainda obrigatórias mas permitam aplicação antecipada, a IFRS 1 permite, mas não exige, que sejam aplicadas nas primeiras demonstrações financeiras reportadas em IFRS.
IFRS 13 – Âmbito do parágrafo 52 – exceção de portefólios
O parágrafo 52 da IFRS 13 inclui uma exceção para mensurar o justo valor de grupos de ativos ou passivos na base líquida. O objetivo desta alteração consiste na clarificação que a exceção de portfólios aplica-se a todos os contratos abrangidos pela IAS 39 ou IFRS 9, independentemente de cumprirem as definições de ativo financeiro ou passivo financeiro previstas na IAS 32.
IAS 40 – Inter-relação com a IFRS 3 quando classifica propriedades como propriedades de investimento ou imóveis de uso próprio
O objetivo da alteração é a clarificação da necessidade de julgamento para determinar se uma aquisição de propriedades de investimento corresponde à aquisição de um ativo, de um grupo de ativos ou de uma concentração de uma atividade operacional abrangida pela IFRS 3.
O Banco não registou impactos significativos resultantes da aplicação destas alterações.
Melhoramentos às IFRS (2010-2012)
Os melhoramentos anuais do ciclo 2010-2012, emitidos pelo IASB em 12 de dezembro de 2013 introduzem alterações, com data efetiva de aplicação para períodos que se iniciaram em, ou após, 1 de julho de 2014 às normas IFRS 2, IFRS 3, IFRS 8, IFRS 13, IAS 16, IAS 24 e IAS 38. Estas alterações foram adotadas pelo Regulamento da Comissão Europeia n.º 28/2015, de 17 de dezembro de 2014 (definindo a entrada em vigor o mais tardar a partir da data de início do primeiro exercício financeiro que começa em ou após de 1 de fevereiro de 2015).
IFRS 8 – Agregação de segmentos operacionais e reconciliação entre o total dos ativos dos segmentos reportáveis e os ativos da empresa.
A alteração clarifica o critério de agregação e exige que uma entidade divulgue os fatores utilizados para identificar os segmentos reportáveis, quando o segmento operacional tenha sido agregado. Para atingir consistência interna, uma reconciliação do total dos ativos dos segmentos reportáveis para o total dos ativos de uma entidade deverá ser divulgada, se tais quantias forem regularmente proporcionadas ao tomador de decisões operacionais.
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IAS 16 e IAS 38 – Modelo de Revalorização – reformulação proporcional da depreciação ou amortização acumulada
De forma a clarificar o cálculo da depreciação ou amortização acumulada, à data da reavaliação, o IASB alterou o parágrafo 35 da IAS 16 e o parágrafo 80 da IAS 38 no sentido de: (i) a determinação da depreciação (ou amortização) acumulada não depender da seleção da técnica de valorização; e (ii) a depreciação (ou amortização) acumulada ser calculada pela diferença entre a quantia bruta e o valor líquido contabilístico.
IAS 24 – Transações com partes relacionadas – serviços do pessoal chave da gestão
Para resolver alguma preocupação sobre a identificação dos custos do serviço do pessoal chave da gestão (KMP) quando estes serviços são prestados por uma entidade (entidade gestora como por exemplo nos fundos de investimento), o IASB clarificou que as divulgações das quantias incorridas pelos serviços de KMP fornecidos por uma entidade de gestão separada devem ser divulgados, mas não é necessário apresentar a desagregação prevista no parágrafo 17. O Banco não antecipa impacto significativo na aplicação destas alterações.
Melhoramentos às IFRS (2012-2014)
Os melhoramentos anuais do ciclo 2012-2014, emitidos pelo IASB em 25 de setembro de 2014 introduzem alterações, com data efetiva de aplicação para períodos que se iniciaram em, ou após, 1 de janeiro de 2016 às normas IFRS 5, IFRS 7, IAS 19 e IAS 34. Estas alterações foram adotadas pelo Regulamento da Comissão Europeia n.º 2343/2015, de 15 de dezembro de 2015.
IFRS 5 Ativos Não Correntes Detidos Para Venda e Operações Descontinuadas: Alterações no Método de Disposição
As alterações à IFRS 5 clarificam que caso uma entidade reclassifique um ativo (ou um grupo em descontinuação) diretamente de “detido para venda” para “detido para distribuição aos proprietários” (ou vice versa) então a alteração de classificação é considerada uma continuação do plano original de disposição. Assim sendo, nenhum ganho ou perda de mensuração será contabilizado na demonstração dos resultados ou na demonstração do rendimento integral.
IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgações: contratos de Serviços Prestados
As alterações à IFRS 7 clarificam - adicionando orientação de aplicação adicional - quando os contratos de prestação de serviços constituem envolvimento continuado para efeitos da aplicação dos requisitos de divulgação no parágrafo 42 C da IFRS 7.
IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgações: Aplicabilidade das Emendas à IFRS 7 na compensação de ativos e passivos financeiros para demonstrações financeiras intercalares condensadas
A presente alteração esclarece que as divulgações adicionais exigidas que foram introduzidas em dezembro de 2011 pelas alterações ao IFRS 7 - compensação de ativos e passivos financeiros – não são necessárias em períodos intercalares após o ano da sua aplicação inicial, a menos que a IAS 34 Relato Financeiro Intercalar exija essas divulgações.
IAS 34 Relato Financeiro Intercalar: Divulgação de informações “em outras partes do relatório financeiro intercalar“
As alterações esclarecem que “outras divulgações” exigidas pelo parágrafo 16A do IAS 34, devem ser apresentadas ou nas demonstrações financeiras intercalares ou incorporadas por referência cruzada das demonstrações financeiras intercalares para algum outro documento (como comentários da gestão ou de um relatório de risco) que esteja disponível para os utentes das demonstrações financeiras nos mesmos termos que as demonstrações financeiras intercalares e, ao mesmo tempo.
As alterações à IAS 34 também clarificam que, se os utentes das demonstrações financeiras não tiverem acesso a essa informação, incluída por referência cruzada, nas mesmas condições e ao mesmo tempo, o relatório financeiro intercalar é incompleto. O Banco não antecipa qualquer impacto na aplicação destas alterações nas suas demonstrações financeiras.
49BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
3. Notas
3.1 Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:
2015 2014
Caixa 207.334 160.003
Depósitos à Ordem no Banco de Portugal 134.160.411 6.297.991
Total 134.367.745 6.457.994
A rubrica Depósitos à Ordem no Banco de Portugal inclui os depósitos constituídos para satisfazer as exigências do Sistema de Reservas Mínimas do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC). Estes depósitos são remunerados e correspondem a 1% dos depósitos e títulos de dívida com prazo até 2 anos, excluindo destes os depósitos e os títulos de dívida de instituições sujeitas ao regime de reservas mínimas do Sistema Europeu de Bancos Centrais.
3.2 Disponibilidades em outras instituições de crédito
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:
2015 2014
Disponibilidades sobre Instituições de Crédito no País
Depósitos à Ordem 69.936.116 15.857.479
69.936.116 15.857.479
Disponibilidades sobre Instituições de Crédito no Estrangeiro
Depósitos à Ordem 37.053.758 22.335.711
37.053.758 22.335.711
Total 106.989.874 38.193.190
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 50
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
3.3 Ativos e passivos financeiros detidos para negociação
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, as rubricas de Ativos Financeiros Detidos para Negociação e Passivos Financeiros Detidos para Negociação respeitam à reavaliação positiva e negativa dos derivados, respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, as operações acima referidas encontram-se valorizadas de acordo com os critérios descritos na Nota 2.3. d). Naquela data, o montante nocional e o valor contabilístico dos instrumentos financeiros derivados apresentam a seguinte desagregação:
2015 2014
MontanteNocional (1)
Valor de Balanço MontanteNocional
Valor de Balanço
Ativos Passivos Ativos Passivos
Mercado de Balcão (OTC)
Swap de Divisas 20.218.680 9.063 (121.103) 72.195.140 - -
Swap de Ações/Índices 1.148.158 13.584 - - 1.387.819 -
Operações Cambiais a prazo 426.838 5.633 (4.021) - - -
Opções Cambiais
Compradas 58.515 22.843 - 2.471.378 194.679 -
Vendidas (2) 58.235 - (22.739) 6.743.577 - (235.104)
Opções sobre Cotações
Compradas 10.358.644 39.585 - 1.564.945 39.585 -
Vendidas (2) 13.416.028 - (54.371) 1.564.945 - (3.443)
23.891.422 62.428 (77.110) 12.344.845 234.264 (238.547)
Total 45.685.098 90.708 (202.234) 84.539.985 1.622.083 (238.547)
(1) No caso dos swaps foram considerados os valores ativos
(2) Correspondente a derivados embutidos em depósitos de Clientes
A distribuição dos nocionais das operações com instrumentos financeiros derivados em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 por prazos residuais (em meses) apresenta o seguinte detalhe:
2015 2014
Até 3m 3m - 6m 6m - 12m 24m Total Até 3m 3m - 6m 6m - 12m 12m-24m Total
Mercado de Balcão (OTC)
Swap de Divisas 20.218.680 - - - 20.218.680 62.141.438 10.053.702 - - 72.195.140
Swap de Ações/Índices - - - 1.148.158 1.148.158 - - - - -
Operações Cambiais a prazo 426.838 - - - 426.838 - - - - -
Opções Cambiais
Compradas 58.515 - - - 58.515 58.068 - 2.059.138 271.806 2.471.378
Vendidas 29.822 28.413 - - 58.235 53.336 - 2.075.612 4.530.105 6.739.577
Opções sobre Cotações
Compradas 2.010.430 4.674.107 3.674.107 - 10.358.644 - 1.564.945 - - 1.564.945
Vendidas 2.001.130 6.592.633 3.674.107 1.148.158 13.416.028 - 1.564.945 - - 1.564.945
4.099.897 11.295.153 7.348.214 1.148.158 23.891.422 111.404 3.292.780 4.134.750 4.801.911 12.340.845
Total 24.745.415 11.295.153 7.348.214 2.296.316 45.685.098 62.252.842 13.346.482 4.134.750 4.801.911 84.535.985
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, todas as operações com instrumentos financeiros derivados foram contratualizadas com instituições financeiras, com excepção dos derivados embutidos.
51BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
3.4 Ativos financeiros disponiveis para venda
Em 31 de Dezembro de 2015 esta rubrica tem a seguinte composição:
Custo Amortizado Juros
Reserva de Justo Valor Imparida-de(1)
Valor deBalançoPositiva Negativa
Instrumentos de Dívida
Obrigações de Emissores Públicos Nacionais 110.508 2.602 3.386 - - 116.496
Obrigações de Emissores Públicos Estrangeiros 182.004.908 1.224.127 4.608.928 (1.532.713) (375.347) 185.929.903
Obrigações e Papel Comercial de Outros Emissores Nacionais
Dívida não Subordinada 33.151.214 562.574 690.827 (203.849) - 34.200.766
Obrigações de Outros Emissores Estrangeiros
Dívida não Subordinada 43.658.729 306.416 335.748 (1.317.059) - 42.983.834
Total 258.925.359 2.095.719 5.638.889 (3.053.621) (375.347) 263.230.999
(1) Conforme Aviso 3/95
Em 31 de Dezembro de 2014 esta rubrica tem a seguinte composição:
Custo Amortizado Juros
Reserva de Justo Valor Valor deBalançoPositiva Negativa
Instrumentos de Dívida
Obrigações de Emissores Públicos Nacionais 21.380.035 478.187 173.821 - 22.032.043
Obrigações de Emissores Públicos Estrangeiros 146.586.115 888.949 6.445.262 (20.016) 153.900.310
Obrigações e Papel Comercial de Outros Emissores Nacionais
Dívida não Subordinada 24.469.381 274.232 66.216 (61.878) 24.747.951
Obrigações de Outros Emissores Estrangeiros
Dívida não Subordinada 35.828.320 497.851 1.087.161 (915.882) 36.497.450
Total 228.263.851 2.139.219 7.772.460 (997.776) 237.177.754
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 52
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a distribuição dos Ativos Financeiros Disponíveis para Venda por prazo residual era a seguinte:
2015 2014
Até 3 meses 4.615.659 12.679.134
De 3 meses a 1 ano 28.860.778 -
De 1 ano a 5 anos 147.687.296 149.893.743
Mais de 5 anos 82.067.266 74.604.877
Total 263.230.999 237.177.754
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a distribuição dos Ativos Financeiros Disponíveis para Venda por país era a seguinte:
2015 2014
Itália 154.448.088 139.307.150
Espanha 39.140.628 17.162.993
Holanda - 28.872.013
Estados Unidos da América 18.685.532 -
Portugal 34.317.262 46.779.994
Angola 3.378.128 -
Luxemburgo - 4.181.820
Reino Unido 3.871.673 -
Namíbia 932.076 873.784
China 924.254 -
Suiça 914.717 -
Brasil 2.796.493 -
Rússia 3.822.148 -
Total 263.230.999 237.177.754
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a distribuição dos Ativos Financeiros Disponíveis para Venda por sector de actividade era a seguinte:
2015 2014
Sector Público - Estado 186.046.399 175.932.353
Energia 16.612.814 45.811.465
Produtos Florestais e Papel 3.006.245 7.095.942
Comunicações 7.232.439 5.333.283
Indústrias Transformadoras 1.636.794 2.001.010
Comércio por Grosso e a Retalho 4.350.177 1.003.701
Serviços Financeiros 16.610.144 -
Electricidade 25.130.039 -
Construção e Materiais 2.605.948 -
Total 263.230.999 237.177.754
53BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
3.5 Aplicações em instituições de crédito
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:
2015 2014
Aplicações em Outras Instituições de Crédito no País
Aplicações a Curto Prazo 38.057.000 96.424.677
Juros a Receber 13.790 3.490
38.070.790 96.428.167
Aplicações em Outras Instituições de Crédito no Estrangeiro
Aplicações a Curto Prazo 56.870.702 50.210.186
Empréstimos 1.145.263 -
Outras Aplicações 1.420.166 -
Juros a Receber 19.378 8.264
59.455.509 50.218.450
Empréstimos Vencidos - Instituições de Crédito no Estrangeiro - 68.972
Imparidades para Risco País (nota 3.18) (459.967) (68.972)
58.995.542 50.218.450
Total 97.066.332 146.646.617
As Aplicações em Outras Instituições de Crédito (excluindo crédito vencido e juros a receber), em vigor em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, apresentavam um prazo de vencimento residual com a seguinte estrutura:
2015 2014
Até 3 meses 94.495.498 144.456.740
De 3 a 6 meses 3.000.000 2.000.000
De 6 meses a 1 ano - 178.123
Total 97.495.498 146.634.863
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, as aplicações a prazo em Euros e Dólares Norte Americanos eram remuneradas a uma taxa média de 0,97% e 0,20%, respectivamente.
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 54
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3.6 Crédito a clientes
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:
2015 2014
Crédito não Titulado
Interno
Empresas
Desconto 14.705.870 7.989.047
Empréstimos 38.625.234 21.720.006
Contas Correntes Caucionadas 50.033.248 20.826.610
Descobertos em Depósitos à Ordem 1.004.149 1.931.526
Cartões de Crédito 7.345 10.918
Particulares
Crédito à Habitação 670.443 595.859
Empréstimos 368.089 550.769
Contas Correntes Caucionadas - 510.000
Descobertos em Depósitos à Ordem 922 12.022
Cartões de Crédito 43.467 46.415
Ao Exterior
Empresas
Desconto 1.570.382 1.493.895
Empréstimos 47.130.882 47.532.340
Contas Correntes Caucionadas 3.613.005 -
Descobertos em Depósitos à Ordem 1 197
Cartões de Crédito 19.573 2.901
Particulares
Crédito à Habitação 7.056.555 5.848.207
Empréstimos 2.943.975 5.382.320
Descobertos em Depósitos à Ordem 53.936 79.627
Cartões de Crédito 179.026 208.015
Créditos e Juros Vencidos 1.038.290 87.589
169.064.392 114.828.263
Juros e Comissões Associadas ao Custo Amortizado
Juros a Receber 2.074.215 1.504.084
Comissões a Receber 248.348 80.867
Receitas com Rendimento Diferido (1.494.613) (793.941)
827.950 791.010
Imparidades (nota 3.18)
Para Crédito e Juros Vencidos (242.080) (10.149)
Para Risco País (1.626.026) (1.142.412)
(1.868.106) (1.152.561)
Total 168.024.236 114.466.712
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, cerca de 68.734 milhares de Euros e 33.791 milhares de Euros de créditos concedidos a clientes, respetivamente, encontravam-se colaterizados com penhores de depósitos a prazo no Banco.
55BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a rubrica de Créditos e Juros Vencidos apresentava a seguinte antiguidade:
2015
Antiguidade do VencidoCrédito
Vencido Vincendo Total Provisão Associadaao Vencido
Até 30 dias 17.906 816.054 833.960 4.942
De 30 a 60 dias (1) 71.255 368.124 439.379 219.054
De 61 a 180 dias (2) 945.113 - 945.113 14.068
De 181 a 365 dias 4.016 - 4.016 4.016
Mais de 1 ano - - - -
Total 1.038.290 1.184.178 2.222.468 242.080
(1) Inclui o montante de crédito vincendo de 368 milhares de Euros, considerado vencido para efeitos de constituição de provisões.
(2) Inclui operação de crédito garantida por penhor de depósito a prazo no montante de 900 milhares de Doláres.
2014
Antiguidade do VencidoCrédito
Vencido Vincendo Total Provisão Associadaao Vencido
Até 30 dias 59.584 1.000.000 1.059.584 1.209
De 30 a 60 dias 18.837 415.625 434.462 2.160
De 61 a 180 dias 8.714 - 8.714 6.326
De 181 a 365 dias 454 - 454 454
Total 87.589 1.415.625 1.503.214 10.149
O movimento ocorrido nas provisões e nas imparidades nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 é apresentado na Nota 3.18.
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, os 5 maiores clientes representavam cerca de 48% e 49% da totalidade da carteira de crédito, respectivamente.
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, os prazos residuais de vencimento do Crédito a Clientes (excluindo crédito e juros vencidos, juros e comissões associadas ao custo amortizado) apresentam a seguinte estrutura:
2015 2014
Até 3 meses 45.310.447 20.429.804
De 3 meses a 1 ano 62.142.812 29.275.723
De 1 ano a 5 anos 43.720.933 29.659.940
Mais de 5 anos 16.851.910 35.375.207
Total 168.026.102 114.740.674
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 56
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
A composição da carteira de Créditos a Clientes, em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, por setores de atividade é a seguinte:
2015
Crédito sobre Clientes (1) Garantias Prestadas Créditos Documentários
CéditoVincendo
CéditoVencido
Total % Valor % Valor %
Residentes - -
Particulares 1.080.453 12.105 1.092.559 0,6 - - - -
Atividades Imobiliárias 9.993.749 913.926 10.907.675 6,5 631.756 25,7 - -
Atividades Financeiras e de Seguros 3.035 - 3.035 0,0 131.085 5,3 - -
Sociedades Gestoras deParticipações sociais
20.328.118 - 20.328.118 12,1 - - - -
Construção 27.795.525 - 27.795.525 16,5 340.970 13,9 - -
Comércio por Grosso e a Retalho 25.407.433 294 25.407.727 15,1 - - - -
Atividades de Informaçãoe de Comunicação
7.453.975 1.998 7.455.973 4,4 - - - -
Atividades de Consultoria, Científicas, Técnicas e Similares
7.230.977 1.891 7.232.868 4,3 551.116 22,5 - -
Atividades Administrativas e dos Serviços de Apoio
1.240.622 - 1.240.622 0,7 - - - -
Indústrias Transformadoras 3.553.928 - 3.553.928 2,1 - - - -
Transportes e Armazenagem 1.144.159 - 1.144.159 0,7 - - - -
Produção e distribuição deelectricidade, gás e água
180.034 - 180.034 0,1 - - - -
Atividades de Saúde Humanae Apoio Social
- - - - 14.400 0,6 - -
Outras Atividade de Serviços 44.270 - 44.270 0,0 - - - -
Não Residentes -
Particulares 11.015.960 106.093 11.122.053 6,6 49.834 2,0 - -
Atividades Financeiras e de Seguros 465 - 465 0,0 734.821 29,9 53.618.639 100,0
Atividades das Sociedades Gestoras de Participações Financeiras
24.770.000 - 24.770.000 14,7 - - - -
Comércio por Grosso e a Retalho 16.481.160 - 16.481.160 9,8 - - - -
Atividades de Consultoria, Científicas, Técnicas e Similares
7.115.909 1.982 7.117.891 4,2 - - - -
Atividades Imobiliárias 2.328.906 - 2.328.906 1,4 - - - -
Industrias Transformadoras 857.424 - 857.424 - - - - -Total 168.026.102 1.038.290 169.064.392 100,0 2.453.982 100,0 53.618.639 100,0
(1) Exclui juros a receber e comissões associadas ao custo amortizado.
57BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
2014
Crédito sobre Clientes (1) Garantias Prestadas Créditos Documentários
CéditoVincendo
CéditoVencido
Total % Valor % Valor %
Residentes - -
Particulares 1.715.065 443 1.715.508 1,5 - - - -
Atividades Imobiliárias 13.015.602 - 13.015.602 11,3 12.061.392 83,0 - -
Atividades Financeiras e de Seguros 12.017.616 - 12.017.616 10,5 51.027 0,4 - -
Construção 10.267.063 - 10.267.063 8,9 991.253 6,8 - -
Comércio por Grosso e a Retalho 8 .097.239 - 8.097.239 7,1 - - - -
Atividades de Informaçãoe de Comunicação
6.575.024 - 6.575.024 5,7 - - - -
Atividades de Consultoria, Científicas, Técnicas e Similares
1.190.432 - 1.190.432 1,0 577.777 4,0 - -
Atividades Administrativas e dos Serviços de Apoio
585.535 - 585.535 0,5 - - - -
Indústrias Transformadoras 365.273 - 365.273 0,3 - - - -
Transportes e Armazenagem 187.825 - 187.825 0,2 - - - -
Produção e distribuição deelectricidade, gás e água
176.498 - 176.498 0,2 - - - -
Atividades de Saúde Humanae Apoio Social
- - - - 14.400 0,1 - -
Não Residentes -
Particulares 11.518.168 34.688 11.552.856 10,1 77.238 0,5 - -
Atividades Financeiras e de Seguros 24.130.515 - 24.130.515 21,0 758.924 5,2 32.954.680 100,0
Comércio por Grosso e a Retalho 14.573.559 - 14.573.559 12,7 - - - -
Atividades de Consultoria, Científicas, Técnicas e Similares
7.600.396 52.458 7.652.854 6,7 - - - -
Atividades Imobiliárias 2.723.870 - 2.723.870 2,4 - - - -
Construção 994 - 994 0,0 - - - -Total 114.740.674 87.589 114.828.263 100,0 14.532.011 100,0 32.954.680 100,0
(1) Exclui juros a receber e comissões associadas ao custo amortizado.
3.7. Investimentos detidos até à maturidade
Em 31 de dezembro de 2015, esta rubrica tem a seguinte composição:
Custo Amortizado Juros Provisões Valor do Balanço
Instrumentos de Dívida
Obrigações de emissores públicos nacionais 18.635.311 173.185 - 18.808.496
Obrigações de emissores públicos estrangeiros 34.015.715 261.213 (92.972) 34.183.956
De outros não residentes 14.381.261 116.399 - 14.497.660
Total 67.032.287 550.797 (92.972) 67.490.112
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 58
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Em 31 de dezembro de 2015, a distribuição dos Investimentos detidos até a maturidade por país era a seguinte:
Valor do Balanço
Estados Unidos da América 21.500.608
Portugal 18.808.495
Itália 16.520.184
Espanha 7.881.657
Irlanda -
Reino Unido 1.942.418
Angola 836.750
Total 67.490.112
Em 31 de dezembro de 2015, esta carteira apresentava a seguinte distribuição por setor de atividade:
Valor do Balanço
Setor Público - Estado 52.992.451
Energia 2.527.955
Comunicações 5.333.951
Comércio por Grosso e a Retalho 6.635.755
Total 67.490.112
Em 31 de dezembro de 2015, esta carteira apresentava a seguinte distribuição por prazo residual:
Valor do Balanço
Até três meses -
De três meses a um ano -
De um ano a cinco anos 17.485.160
Mais de cinco anos 50.004.952
Total 67.490.112
3.8. Derivados de Cobertura
Em 31 de Dezembro de 2015 esta rubrica tem a seguinte composição:
Instrumento Coberto
2015
Montante nocional Justo valor Justo valor
para cobertura
Componente justo valor elemento
coberto
Mercado de Balcão (OTC)
Swaps de divisas Investimento Sucursal Namíbia 4.572.073 515.621 117.500 (100.746)
Total 4.572.073 515.621 117.500 (100.746)
Os derivados em carteira têm um prazo residual inferior a 3 meses, sendo substituídos por outros de características idênticas na maturidade.
59BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
3.9 Outros Ativos Tangíveis
O movimento ocorrido na rubrica de Outros Ativos Tangíveis durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 foi o seguinte:
Valor Bruto Amortizações Valor Líquido
Saldo em 31
Dez 14Aquisições Alienações
e abatesTransfe-rências
Saldo em 31 Dez 15
Saldo em 31 Dez 14
Amortiza-ções do
exercício
Alienaçõese abates
Transfe-rências
Saldo em 31 Dez 15
Saldo em 31 Dez 14
Saldo em 31 Dez 15
Imóveis
Terrenos 3.836.175 - - - 3.836.175 - - - - - 3.836.175 3.836.175
Edifícios 16.547.634 122.757 - - 16.670.391 463.121 454.648 - - 917.769 16.084.513 15.752.622
Despesas em Edifícios Arrendados
- 238.218 - - 238.218 - 4.221 - - 4.221 - 233.997
20.383.809 360.975 - - 20.744.784 463.121 458.869 - - 921.990 19.920.688 19.822.794
Equipamento
Mobiliário e Material 997.976 124.334 - - 1.122.310 460.542 119.336 - - 579.878 537.434 542.432
Máquinas e Ferramentas 84.841 7.384 - - 92.225 25.950 8.462 - - 34.412 58.891 57.813
Equipamento Informático 384.692 108.883 - 16 039 509.614 42.033 112.502 - - 154.535 342.659 355.079
Instalações Interiores 31.713 - - - 31.713 11.269 3.497 - - 14.766 20.444 16.947
Material deTransporte 125.000 - - - 125.000 91.145 31.250 - - 122.395 33.855 2.605
Equipamentode Segurança 96.968 3.102 - - 100.070 20.339 10.067 - - 30.406 76.629 69.664
Outro Equipamento 3.431 - - - 3.431 437 491 - - 928 2.994 2.503
1.724.621 243.703 - 16.039 1.984.363 651.715 285.605 - - 937.320 1.072.906 1.047.043
22.108.430 604.678 - 16.039 22.729.147 1.114.836 744.474 - - 1.859.310 20.993.594 20.869.837
AtivosTangíveis em Curso
16.039 - - (16.039) - - - - - - 16.039 -
Total 22.124.469 604.678 - - 22.729.147 1.114.836 744.474 - - 1.859.310 21.009.633 20.869.837
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 60
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Em 30 de Dezembro de 2014 o Banco celebrou um Contrato Promessa de Compra e Venda (CPCV) do edifício sede, até então arrendado, passando nessa data a deter a posse do imóvel. O Banco reconheceu nas rubricas de Imóveis de Serviço Próprio - Terrenos e Edifícios o montante de 16.342.106 Euros referentes ao valor de aquisição do imóvel e Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) no valor de 15.344.700 Euros e 997.406, respetivamente.
Adicionalmente, as obras no imóvel incorridas até essa data e registadas na rubrica Despesas em Edifícios Arrendados e respetivas amortizações acumuladas, foram transferidas para a rubrica de Edifícios.
O movimento ocorrido na rubrica de Outros Ativos Tangíveis durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 foi o seguinte:
Valor Bruto Amortizações Valor Líquido
Saldo em 31
Dez 13Aquisições Alienações
e abatesTransfe-rências
Saldo em 31 Dez 14
Saldo em 31 Dez 13
Amortiza-ções do
exercício
Alienaçõese abates
Transfe-rências
Saldo em 31 Dez 14
Saldo em 31 Dez 13
Saldo em 31 Dez 14
Imóveis
Terrenos - 3.836.175 - - 3.836.175 - - - - - - 3.836.175
Edifícios - 12.505.931 - 4.041.703 16.547.634 - - - 463.121 463.121 - 16.084.513
Despesas em Edifícios Arrendados
4.079.275 2.428 - (4.081.703) - 262.375 202.829 - (465.204) - 3.816.900 -
4.079.275 16.344.534 - (40.000) 20.383.809 262.375 202.829 - (2.083) 463.121 3.816.900 19.920.688
Equipamento
Mobiliário e Material 936.545 21.431 - 40.000 997.976 343.202 115.257 - 2.083 460.542 593.343 537.434
Máquinas e Ferramentas 82.166 2.675 - - 84.841 16.795 9.155 - - 25.950 65.371 58.891
Equipamento Informático 27.326 357.366 - - 384.692 9.515 32.518 - - 42.033 17.811 342.659
Instalações Interiores 31.713 - - - 31.713 7.772 3.497 - - 11.269 23.941 20.444
Material deTransporte 125.000 - - - 125.000 59.895 31.250 - - 91.145 65.105 33.855
Equipamentode Segurança 96.968 - - - 96.968 10.358 9.981 - - 20.339 86.610 76.629
Outro Equipamento 1.289 - - 2.142 3.431 169 268 - - 437 1.120 2.994
1.301.007 381.472 - 42.142 1.724.621 447.706 201.926 - 2.083 651.715 853.301 1.072.906
5.380.282 16.726.006 - 2.142 22.108.430 710.081 404.755 - - 1.114.836 4.670.201 20.993.594
AtivosTangíveis em Curso
- 18.181 - (2.142) 16.039 - - - - - 16.039
Total 5.380.282 16.744.187 - - 22.124.469 710.081 404.755 - - 1.114.836 4.670.201 21.009.633
61BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
3.10 Ativos Intangíveis
O movimento ocorrido nas rubricas de Ativos Intangíveis durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 foi o seguinte:
O movimento ocorrido nas rubricas de Ativos Intangíveis durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 foi o seguinte:
Valor Bruto Amortizações Valor Líquido
Saldo em 31 Dez 14
Aquisições Alienações e Abates
Transfe-rências
Saldo em 31 Dez 15
Saldo em 31
Dez 14
Amortiza-ções do
Exercício
Alienaçõese Abates
Transfe-rências
Regulari-zações
Saldo em 31 Dez 15
Saldo em 31 Dez 14
Saldo em 31 Dez 15
Ativos Intangíveis
Software 1.520.973 375.325 (97.769) 504.559 2.303.088 1.287.031 169.196 (45.933) - - 1.410.294 233.942 892.794
Outros Ativos Intangíveis 170.500 - - - 170.500 72.100 - - - - 72.100 98.400 98.400
1.691.473 375.325 (97.769) 504.559 2.473.588 1.359.131 169.196 (45.933) - - 1.482.394 332.342 991.194
Ativos Intangíveisem Curso
504.559 89.299 - (504.559) 89.299 - - - - - - 504.559 89.299
Total 2.196.032 464.624 (97.769) - 2.562.887 1.359.131 169.196 (45.933) - - 1.482.394 836.901 1.080.493
Valor Bruto Amortizações Valor Líquido
Saldo em 31 Dez 13
Aquisições Alienações e Abates
Transfe-rências
Saldo em 31 Dez 14
Saldo em 31
Dez 13
Amortiza-ções do
Exercício
Alienaçõese Abates
Transfe-rências
Regulari-zações
Saldo em 31 Dez 14
Saldo em 31 Dez 13
Saldo em 31 Dez 14
Ativos Intangíveis
Software 1.309.886 211.087 - - 1.520.973 1.033.962 253.069 - - - 1.287.031 275.924 233.942
Outros Ativos Intangíveis 170.500 - - - 170.500 72.100 - - - - 72.100 98.400 98.400
1.480.386 211.087 - - 1.691.473 1.106.062 253.069 - - - 1.359.131 374.324 332.342
Ativos Intangíveisem Curso
73.190 431.369 - - 504.559 - - - - - - 73.190 504.559
Total 1.553.576 642.456 - - 2.196.032 1.106.062 253.069 - - - 1.359.131 447.514 836.901
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, as aquisições ocorridas nos Ativos Intangíveis dizem respeito, essencialmente, ao investimento que o Banco está a efectuar nos seus sistemas de informação.
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 62
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
3.11 Investimentos em filiais, associadas e entidades sob controlo conjunto
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o investimento em empresas filiais registado pelo seu custo de aquisição, corresponde a:
Participação efectiva (%) Custo de aquisição
2015 2014 2015 2014
Atlântico Europa Capital Lux Co 100 100 2.690.829 1.572.086
Total 2.690.829 1.572.086
O aumento ocorrido em 2015 na rubrica Investimento em Filiais corresponde à realização de suprimentos na empresa participada.
3.12 Ativos por impostos correntes e diferidos
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, estas rubricas têm a seguinte composição:
2015 2014
Ativos por Impostos Correntes
IRC a Recuperar - -
Outros 126.713 126.713
126.713 126.713
Ativos por Impostos Diferidos
Por Diferenças Temporárias 1.916.327 604.682
Por Prejuízos Fiscais 97.571 -
2.013.898 604.682
Total 2.140.611 731.395
O detalhe e o movimento da rubrica de Ativos por Impostos Diferidos são apresentados na Nota 3.30.
63BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
3.13 Outros ativos
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:
2015 2014
Devedores e Outras Aplicações
Cauções 16 .459 39.321
Setor Público Administrativo
IVA a Recuperar 68.634 90.776
Outros Devedores Diversos 2.336.252 3.978.070
2.421.345 4.108.167
Imparidades (Nota 3.18)
Devedores e Outras Aplicações (644.341) (410.919)
1.777.004 3.697.248
Outros Rendimentos a Receber
Por Serviços Bancários Prestados - 11.037
- 11.037
Despesas com Encargo Diferido
Rendas - 116.196
Seguros 66.174 144.760
Outras 172.422 42.454
238.596 303.410
Outras Operações a Regularizar
Operações Activas a Regularizar 7.116 -
7.116 -
Total 2.022.716 4.011.695
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 o saldo da rubrica de provisões para Devedores e Outras Aplicações refere-se maioritariamente a provisões constituídas para saldos por receber de Clientes por prestação de serviços de assessoria financeira.
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o saldo da rubrica Outros Devedores Diversos pode ser resumido como segue:
2015 2014
Outros Devedores Diversos
Entidades Relacionadas
Banco Privado Atlântico 1.588.278 2.731.584
Atlântico Europa SGPS - 431.083
Atlântico Europa Capital - 16.056
Outras
Adiantamentos por Conta de Investimentos Financeiros a Realizar 141.265 141.387
Contas a Receber por Serviços Prestados de Assessoria Financeira 486.341 541.957
Outros Devedores Diversos 120.368 116.003
Total 2.336.252 3.978.070
Em 31 de Dezembro de 2015, o saldo da rubrica “Contas a Receber por Serviços Prestados de Assessoria Financeira” encontra-se provisionado na sua totalidade.
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 64
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
3.14 Recursos de Bancos Centrais
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:
2015 2014
Recursos do Banco de Portugal
Depósitos 174.540.000 84.540.000
Juros a pagar 31.722 7.284
174.571.722 84.547.284
Recursos de outros Bancos Centrais
Depósitos 115.605.135 83.133.569
Juros a pagar 2.565 44.472
115.607.700 83.178.041
Total 290.179.422 167.725.325
Os recursos de outros Bancos centrais correspondem a tomadas de fundos junto do Banco Nacional de Angola.
Os Recursos em Bancos Centrais (excluindo juros a pagar), em vigor em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, apresentavam um prazo de vencimento residual com a seguinte estrutura:
2015 2014
Até 3 meses 40.002.462 121.184.374
De 3 meses a 1 ano 115.602.673 41.949.195
De 1 ano a 5 anos 134.540.000 4.540.000
Total 290.145.135 167.673.569
3.15 Recursos de outras instituições de crédito
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:
2015 2014
Recursos de Instituições de Crédito no País
Mercado Monetário Interbancário 25.000.000 24.709.661
Recursos a Muito Curto Prazo - -
Depósitos 10.496.423 12.784.213
Juros a Pagar 20.197 58.269
35.516.620 37.552.143
Recursos de Instituições de Crédito no Estrangeiro
Recursos a Muito Curto Prazo - 6.118.277
Depósitos 120.986.366 62.611.849
Empréstimos 48.038.722 49.256.365
Juros a Pagar 453.158 462.907
169.478.246 118.449.398
Total 204.994 .866 156.001.541
65BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, os prazos residuais dos Recursos de Outras Instituições de Crédito (excluindo juros a pagar), apresentavam a seguinte estrutura:
2015 2014
Até 3 meses 96.887.454 81.795.154
De 3 meses a 1 ano 97.359.057 65.882.761
De 1 ano a 5 anos 10.275.000 7.802.450
Total 204.521.511 155.480.365
Em 31 de Dezembro de 2015, os Recursos a Prazo em Euros e Dólares Norte Americanos eram remunerados à taxa de juro média de 1,79% e 0,72%, respetivamente. Em 31 de Dezembro de 2014, as taxas de juro médias ascendiam a 1,89% e 0,48%, respetivamente.
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 a rubrica Recursos de Outras Instituições de Crédito inclui saldos com partes relacionadas no montante de 102.400.695 Euros e 46.588.743 Euros, respetivamente.
3.16 Recursos de clientes e outros empréstimos
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:
2015 2014
Depósitos à Ordem 156.375.634 78.140.901
Depósitos a Prazo 112.487.184 95.070.241
Operações de Venda com Acordo de Recompra - -
Cheques e Ordens a Pagar 15.000 310.575
Juros a Pagar 318.351 245.447
Total 269.196.169 173.767.164
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos (excluindo juros a pagar), apresentavam a seguinte estrutura:
2015 2014
Até 3 meses 194.580.934 118.683.437
De 3 meses a 1 ano 53.991.531 46.912.514
De 1 ano a 5 anos 20.305.353 7.925.766
Total 268.877.818 173.521.717 Em 31 de Dezembro de 2015, os Depósitos a Prazo em Euros e Dólares Norte Americanos eram remunerados à taxa de juro média de 1,51% e 1,06%, respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, os 5 Clientes com maior volume de depósitos representavam cerca de 34% e 40% do total de Depósitos de Clientes.
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, os 5 Clientes com maior volume de depósitos representavam cerca de 34% e 40% do total de Depósitos de Clientes.
3.17 Responsabilidades Representadas por Titulos
Em 31 de Dezembro de 2015 esta rubrica tem a seguinte composição:
2015
Obrigações de taxa fixa 32.001.470
Juros a pagar 42.205
Total 32.043.675
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 66
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
A 31 de Dezembro de 2015 os prazos residuais das responsabilidades representadas por título (excluindo juros a pagar), apresentavam a seguinte estrutura:
2015
De três meses a um ano 32.043.675
Total 32.043.675
3.18 Provisões e imparidades
O movimento ocorrido nas Provisões e nas Imparidades durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 foi o seguinte:
2015
Saldos em31 Dez. 14 Reforços Reposições e
anulações Utilizações Diferençascambiais
Saldos em31 Dez. 15
Crédito Concedido
Riscos Gerais de Crédito 1.476.971 2.125.089 (961.580) - - 2.640.480
Risco País Op. Fora de Balanço 1.169.516 1.774.307 (544.331) - - 2.399.492
2.646.487 3.899.396 (1.505.911) - - 5.039.972
Imparidades:
Risco País
Crédito a Clientes 1.142.412 703.932 (220.318) - - 1.626.026
Aplicações em Instituiçõesde Crédito
68.972 1.472.571 (1.081.576) - - 459.967
Ativos financeiros disponíveis para venda
- 420.171 (44.824) - - 375.347
Investimentos detidos até a maturidade
- 94.905 (1.933) - - 92.972
Crédito e Juros Vencidos 10.149 1.865.131 (1.282.421) (350.779) - 242.080
Devedores e Outras Aplicações 410.919 218.001 - - 15.421 644.341
1.632.452 4.774.711 (2.631.072) (350.779) 15.421 3.440.733
Total 4.278.939 8.674.107 (4.136.983) (350.779) 15.421 8.480.705
O movimento ocorrido nas Provisões e Imparidades durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 foi o seguinte:
2014
Saldos em31 Dez. 13 Reforços Reposições e
anulações Utilizações Diferençascambiais
Saldos em31 Dez. 14
Crédito Concedido
Riscos Gerais de Crédito 791.989 1.582.278 (897.296) - - 1.476.971
Risco País Op. Fora de Balanço 838.388 932.111 (600.983) - - 1.169.516
1.630.377 2.514.389 (1.498.279) - - 2.646.487
Imparidades:
Risco País
Crédito a Clientes 691.395 639.824 (188.807) - - 1.142.412
Aplicações em Instituiçõesde Crédito
30.876 183.010 (144.914) - - 68.972
Crédito e Juros Vencidos 37.378 192.864 (218.280) (1.813) - 10.149
Devedores e Outras Aplicações 117.873 277.026 - - 16.020 410.919
877.522 1.292.724 (552.001) (1.813) 16.020 1.632.452
Total 2.507.899 3.807.113 (2.050.280) (1.813) 16.020 4.278.939
67BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
3.19 Passivos por impostos correntes e diferidos
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:
2015 2014
Passivos por Impostos Correntes
Estimativa de Imposto a Pagar 1.297.950 1.175.972
Tributação Autónoma 127.669 152.768
1.425.619 1.328.740
Passivos por Impostos Diferidos
Por Diferenças Temporárias 689.570 1.727.544
Total 2.115.189 3.056.284
3.20 Outros passivos
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:
2015 2014
Credores e Outros Recursos
Recursos Diversos
Recursos conta Caução 10.000 -
Setor Público Administrativo
Retenção de Impostos na Fonte 224.963 143.452
Contribuições para a Segurança Social 165.135 106.933
Cobranças por Conta de Terceiros 333 433
Credores Diversos
Fornecedores Conta Corrente 446.784 8.594.375
Outros Credores 83.118 2.649
930.333 8.847.842
Encargos a Pagar
Por Gastos com Pessoal 2.057.449 1.632.810
Por Gastos Gerais Administrativos 403.298 443.449
2.460.747 2.076.259
Receitas com Rendimento Diferido
Outras 73.160 8.006
73.160 8.006
Outras Operações a Regularizar
Operações Passivas a Regularizar 1.414.142 739.915
1.414.142 739.915
Total 4.878.382 11.672.022
Em 31 de Dezembro de 2015, o saldo da rubrica Encargos a Pagar - Por Gastos Com o Pessoal inclui 228.696 Euros correspondente a parte do prémio do exercício de 2013, 2014 e 2015 cujo pagamento é diferido por 3 anos, conforme política de remunerações em vigor. Em 31 de Dezembro de 2014, o saldo da rubrica incluía o montante de 175.331 Euros correspondente a parte do prémio do exercício de 2012 e 2013.
Em 31 de Dezembro de 2014 a rubrica Credores Diversos - Fornecedores Conta Corrente inclui um saldo de 7.679.878 Euros, correspondente ao valor por liquidar referente à aquisição do edifício sede do Banco.
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 68
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
3.21 Contas extrapatrimoniais
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:
2015 2014
Garantias Prestadas e Outros Passivos Eventuais
Garantias e Avales Prestados 2.453.982 14.532.011
Créditos Documentários 53.618.639 32.954.680
56.072.621 47.486.691
Ativos Dados em Garantia 195.872.871 173.841.499
Garantias Recebidas 219.693.726 150.687.563
Compromissos Assumidos perante Terceiros
Linhas de Crédito Irrevogáveis 28.802.333 11.394.066
Responsabilidade Potencial para com o Sistema de Indemnização aos Investidores 10.559 50.322
28.812.892 11.444.388
Responsabilidades por Prestação de Serviços
Por Depósito e Guarda de Valores 51.805.579 35.334.472
Por Cobrança de Valores 35.249.106 1.896.007
87.054.685 37.230.479
Serviços Prestados por Terceiros
Titulos da Carteira de Clientes 49.565.624 35.334.472
Titulos da Carteira Própria 323.176.957 204.585.819
372.742.581 239.920.291
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 o Banco dispunha de uma linha de crédito intradiário não utilizada junto do Banco de Portugal no valor de 1.000.000 Euros.
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o saldo da rubrica de Ativos Dados em Garantia inclui:
• Títulos dados em garantia ao sistema europeu de bancos centrais, no montante de 195.873 milhares de Euros e 173.724 milhares de Euros, respetivamente, para obtenção de financiamento. Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o valor atribuído pelo Banco de Portugal aos ativos colaterizados ascendia a 190.886 milhares de Euros e 168.081 milhares de Euros, respetivamente.
• Títulos dados em garantia à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários no âmbito do Sistema de Indemização aos Investidores, no montante de 113 milhares de Euros e 116 milhares de Euros, em 31 de Dezembro de 2014 e 2015.
3.22 Capital e outros instrumentos de capital
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a estrutura accionista do Banco é a seguinte:
2015 2014
Entidade Número de Ações Montante % Número de Ações Montante %
Atlântico Europa SGPS S.A. 50.000.000 50.000.000 100% 50.000.000 50.000.000 100%
Total 50.000.000 50.000.000 100% 50.000.000 50.000.000 100%
69BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
3.23 Reservas de reavaliação, outras reservas e resultados transitados
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, estas rubricas apresentam a seguinte composição:
2015 2014
Reservas de Reavaliação 1.639.752 5.047.139
Outras Reservas - Reserva Legal 664.412 288.963
Resultados Transitados 1.343.965 (1.471.901)
Total 3.648.129 3.864.201
Conforme deliberado na Assembleia Geral de 13 de Abril de 2015, o resultado líquido do exercício de 2014, no montante 3.754.488,95 Euros foi aplicado da seguinte forma:
• 375.448,9 Euros, correspondentes a 10% do resultado foi afecto à rubrica de Reservas Legais;• 2.815.866,7 Euros correspondentes a 75% do resultado foi afecto à rubrica de Resultados Transitados;• 563.173,34 Euros correspondentes a 15% do resultado foram distribuídos aos acionistas da Sociedade a título de dividendos.
De acordo com a legislação em vigor, o Banco deverá destinar uma fração não inferior a 10% dos lucros líquidos apurados em cada exercício, à formação de uma reserva legal, até um limite igual ao valor do capital social ou ao somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. A reserva legal não está disponível para distribuição, excepto em caso de liquidação do Banco, podendo apenas ser utilizada para aumentar o capital social ou para compensar prejuízos, após esgotadas as demais reservas.
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o detalhe da rubrica de Reservas de Reavaliação é como se segue:
2015 2014
Reservas de Reavaliação
Resultantes da Valorização ao Justo Valor de Ativos FinanceirosDisponíveis para Venda (nota 3.4)
Instrumentos de Dívida
Títulos 2.704.195 6.774.684
de cobertura de investimentos líquidos em moeda estrangeira 117.500 -
Reservas associadas a diferenças Cambiais
diferenças cambiais de sucursais no estrangeiro (492.373) -
2.329.322 6.774.684
Reservas por Impostos Diferidos
Resultantes da Valorização ao Justo Valor de Ativos FinanceirosDisponíveis para Venda
Impostos Diferidos Passivos (nota 3.19) (689.570) (1.727.545)
(689.570) (1.727.545)
Total 1.639.752 5.047.139
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 70
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
3.24 Margem financeira
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
2015 2014
Juros e Rendimentos Similares
Disponibilidades em Bancos Centrais 1.739 3.434
Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 8.379 8.638
Aplicações em Instituições de Crédito 817.680 606.297
Crédito a Clientes 7.076.064 6.056.097
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 5.757.228 5.600.877
Ativos detidos até à Maturidade 609.495 -
14.270.586 12.275.343
Juros e Encargos Similares
Recursos de Bancos Centrais (770.703) (919.089)
Recursos de Outras Instituições de Crédito (1.724.600) (1.905.950)
Recursos de Clientes e Outros Empréstimos (1.525.213) (1.411.197)
Responsabilidades representadas por Títulos (127.827) -
Margem Financeira (4.148.343) (4.236.236)
Total 10.122.243 8.039.107
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o saldo da rubrica de Juros e Rendimentos Similares inclui cerca de 177 milhares de Euros e 100 milhares de Euros referentes a juros de operações que se encontravam vencidas com referência ao final de cada exercício.
3.25 Rendimentos e encargos com serviços e comissões
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, estas rubricas apresentam a seguinte composição:
2015 2014
Comissões Recebidas
Por Garantias Prestadas Créditos Documentários Abertos 1.478.951 780.195
Por Serviços Prestados
Transferência de Valores 1.381.659 324.550
Operações de Crédito 944.144 809.416
Depósito e Guarda de Valores 29.479 113.902
Montagem de Operações 73.952 55.242
Anuidades 19.293 4.600
Gestão de Cartões 10.452 4.189
Por Operações Realizadas por Conta de Terceiros 51.860 86.143
Outras Comissões Recebidas 25.715 223.695
4.015.505 2.401.932
Comissões pagas
Por Serviços Bancários Prestados por Terceiros (103.391) (33.041)
Outras Comissões Pagas (278.241) (152.154)
(381.632) (185.195)
Em 31 de Dezembro de 2014, a rubrica Comissões Recebidas – Por Operações Realizadas Por Conta De Terceiros refere-se,essencialmente, a comissões cobradas pela assessoria na montagem e estruturação da aquisição de uma participação de capital.
71BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 a rubrica Comissões Recebidas – Por Operações De Crédito inclui o montante de 696.755 Euros e 374.200 Euros, respectivamente, referentes a comissões de abertura de crédito.
3.26 Resultados em operações financeiras
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
2015 2014
Ganhos e Perdas em Operações Financeiras
Ganhos e Perdas de Reavaliação Cambial 1.234.411 (1.790.699)
Resultados de Alienação de Outros Ativos - 6.915
Ganhos e Perdas em Ativos Financeiros Avaliados ao Justo Valor Através de Resultados 190.008 2.999.773
Ganhos e Perdas em Ativos Financeiros Disponíveis Para Venda 5.133.404 4.889.646
Total 6.557.823 6.105.635
3.27 Outros resultados de exploração
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
2015 2014
Outros Rendimentos de Exploração
Outras Receitas Operacionais 2.671.544 4.381.957
2.671.544 4.381.957
Outros Encargos de Exploração
Contribuições para o Fundo de Garantia de Depósitos (6.661) (18.750)
Quotizações e Donativos (2.400) (14.582)
Impostos Indirectos (180.324) (45.864)
Outros Encargos e Gastos Operacionais (113.072) (95.190)
(302.457) (174.386)
Total 2.369.087 4.207.571
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o saldo da rubrica Outras Receitas Operacionais inclui o montante de 2.163.719 Euros e 3.094.468 Euros, respectivamente, que corresponde essencialmente à remuneração obtida pelo Banco nos serviços prestados em regime de subcontratação ao Banco Privado Atlântico (Angola), S.A.
3.28 Custos com pessoal
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
2015 2014
Remunerações dos Órgãos de Gestão e Fiscalização 441.599 447.659
Remunerações a Empregados 4.925.981 4.421.935
Encargos Sociais Obrigatórios 1.068.923 1.039.568
Outros Custos Com o Pessoal 244.424 296.658
Total 6.680.927 6.205.820
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 72
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o número de efectivos ao serviço do Banco, distribuído pelas respectivas categorias profissionais, era o seguinte:
2015 2014
Administradores 3 3
Quadros Superiores 26 20
Quadros Técnicos e Administrativos 92 81
Total 121 104
3.29 Gastos gerais admnistrativos
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
2015 2014
Gastos Gerais Administrativos
Com Fornecimentos
Água, Energia e Combustíveis 89.836 79.836
Material de Consumo Corrente 40.703 28.634
Publicações 4.204 7.111
Material de Limpeza e Higiene 1.144 883
Outros Fornecimentos e Serviços de Terceiros 23.586 33.918
Com Serviços
Rendas e Alugueres 423.832 1.827.984
Consultoria 1.117.835 1.807.326
Comunicações 721.706 932.558
Deslocações, Estadas e Representações 298.574 485.224
Publicidade e Edição de Publicações 427.568 389.422
Segurança, Vigilância e Limpeza 220.442 223.584
Informações 167.943 206.287
Auditoria Externa 118.855 121.294
Conservação e Reparação 109.829 116.431
Informática 224.290 92.682
Formação 111.174 90.977
SIBS 133.800 82.116
Outros Serviços de Terceiros 33.535 67.112
Seguros 33.888 32.605
Serviços Judiciais, Contencioso e Notariado 21.135 16.881
Mão de Obra Eventual 15.002 9.507
Estudos e Consultas 3.512 8.602
Transportes 13.964 3.093
Total 4.356.357 6.664.067
A variação verificada na rubrica de Rendas e Alugueres é sobretudo explicada pela compra do Edifício sede a 30 de Dezembro de 2014, uma vez que o mesmo se encontrava arrendado ao Banco até à data da compra.
73BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Os honorários totais facturados e a facturar pelo Revisor Oficial de Contas, relativos ao exercício de 2015, ascenderam a 118 855 Euros, sendo detalhados conforme se segue:
2015
Revisão Legal de Contas Anuais 24.150
Outros Serviços de Garantia de Fiabilidade 94.962
Total 119.112
3.30 Imposto sobre lucro
O imposto corrente é calculado com base no lucro tributável do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos contabilísticos. As principais situações geradoras desses ajustamentos estão relacionadas com as Provisões, nomeadamente: (i) no âmbito do artigo 35º-A do Código de IRC não são aceites como custo fiscal do exercício as provisões para risco específico e risco-país no que respeita a créditos cobertos por direitos reais sobre bens imóveis, e (ii) de acordo com as disposições do artigo 34º do Código de IRC, não são consideradas como custo fiscal as provisões para riscos gerais de crédito.
Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, nos exercícios de 2015 e 2014, podem ser apresentados como segue:
2015 2014
Impostos Correntes
Do Exercício
Estimativa de Imposto a Pagar (2.869.473) (1.667.913)
Tributação Autónoma (127.669) (152.768)
Contribuição para o Setor Bancário (324.947) (221.143)
Correcções de Exercícios Anteriores - 32.935
(3.322.089) (2.008.889)
Impostos diferidos
Por Diferenças Temporárias 1.311.645 604.682
Prejuízos Fiscais Reportáveis Reconhecidos / (Utilizados) 97.571 (125.810)
Alteração da Taxa de Imposto - -
1.409.216 478.872
Total (1.912.873) (1.530.017)
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 74
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2015 e 2014 pode ser demonstrada como segue:
2015 2014
Taxa deImposto Valor Taxa de
Imposto Valor
Resultado Antes de Impostos 6.194.948 5.284.506
Imposto Apurado com Base na Taxa Nominal 21,00% 1.300.939 24,50% 1.294.704
Contribuição para o Setor Bancário 5,25% 324.947 4,18% 221.143
Derrama Estadual 2,70% 167.153 2,90% 153.093
Tributação Autónoma 2,06% 127.669 2,89% 152.768
Imposto Corrente de Exercícios Anteriores 0,11% 6.880 0,17% 8.891
Reintegrações não Aceites Fiscalmente 0,09% 5.693 0,12% 6.125
Efeito da Alteração de Taxa nos Impostos Diferidos 1,64% 101.472 - -
Outros Custos e Proveitos não Tributáveis 0,82% 50.691 1,19% 63.046
Imparidades e Provisões não Aceites Fiscalmente -2,14% (132.522) -5,18% (273.998)
Benefícios Fiscais (Criação Líquida de Emprego) -0,65% (40.049) -1,19% (62.820)
Correções de Exercícios Anteriores - -0,62% (32.935)
Total 30,88% 1.912.873 28,95% 1.530.017
Em 31 de Dezembro de 2015 o movimento dos Impostos Diferidos apresenta-se como se segue:
Saldo31/12/2014
Por Resultados Por Reservas Saldo31/12/2015
Custos Proveitos Aumentos Diminuições
Impostos Diferidos Activos
Provisões e Imparidades Tributadas 587.985 - 1.425.913 - - 2.013.898
Pagamentos Diferidos aColaboradores
16.697 (16.697) - - - -
604.682 (16.697) 1.425.913 - - 2.013.898
Impostos Diferidos Passivos
Instrumentos Financeiros Disponíveis para Venda
(1.727.544) (1.221.661) 88.053 3.619.521 (3.523.887) (689.570)
(1.727.544) (1.221.661) 88.053 3.619.521 (3.523.887) (689.570)
Total (1.122.862) (1.238.358) 1.513.966 3.619.521 (3.523.887) 1.324.328
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a segurança social), excepto quanto a exercícios de reporte de prejuízos fiscais, em que o prazo de caducidade é de seis anos. Deste modo, as declarações fiscais do Banco relativas aos anos de 2009 a 2014 poderão vir a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções.
A recuperabilidade dos activos por impostos diferidos encontra-se suportada por um plano de negócios elaborado pelo Conselho de Administração, de acordo com o qual o Banco irá gerar lucro tributável suficiente para recuperar a totalidade dos activos por impostos diferidos por prejuízos fiscais nos prazos legalmente definidos.
3.31 Factos Relevantes
O Banco Privado Atlântico – Europa, S.A. foi interpelado pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal no âmbito do processo de inquérito designado “Operação Fizz”.No âmbito do referido processo, o Banco investiu e continuará a investir todos os esforços na colaboração com as autoridades competentes. Atendendo ao facto de o processo se encontrar em fase preliminar, não existem dados concretos que permitam concluir a existência de impactos financeiros suscetíveis de afetar a atividade do Banco.
75BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
4. Entidades Relacionadas (IAS 24)
Saldos com entidades relacionadas
Nos termos da IAS 24, são consideradas partes relacionadas do Banco, a Atlântico Europa SGPS, S.A. e suas participadas, o Banco Privado Atlântico (Angola), S.A. e os titulares de Órgãos Sociais do Banco, que se discriminam abaixo:
Conselho de AdministraçãoCarlos José da SilvaDiogo Baptista Russo Pereira da CunhaAugusto Costa Ramiro BaptistaMaria da Graça Ferreira Proença de CarvalhoJosé Carlos Manuel Burity (em funções desde 21/09/2015)Pedro Manuel Moreira Leitão (em funções desde 21/09/2015)
Conselho FiscalMário Jorge Carvalho de AlmeidaFernando Augusto de Sousa Ferreira PintoMaria Cândida de Carvalho PeixotoJoão Maria Francisco Wanassi
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 76
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Em 31 de Dezembro de 2015, o balanço e a demonstração do rendimento integral incluem os seguintes saldos com entidades relacionadas:
2015
BPA S.A.Atlântico
Europa SGPS, S.A.
AtlânticoEuropa Capital
SGPS, S.A..
AtlânticoEuropa Capital
LUX, S.A.R.L.
Atlantico AssetManagement,
S.A.R.L..
AdvisoryPartners,
S.A.R.L.
ÓrgãosSociais Total
Ativos
Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais - - - - - - - -
Aplicações em Instituições de Crédito 42.411.114 - - - - - - 42.411.114
Crédito a Clientes (Nota 3.6) - - - - 24 - 8.325 8.349
Investimentos em Filiais,Associadas e Entidades sobControlo Conjunto
- - - 2.690.829 - - - 2.690.829
Outros Ativos (Nota 3.13) 1.588.276 - - - - - 13.866 1.602.142
43.999.390 - - 2.690.829 24 - 22.191 46.712.434
Passivos
Recursos de Outras Instituições de Crédito (Nota 3.15) 102.791.774 - - - - - - 102.791.774
Recursos de Clientes e Outros Empréstimos (Nota 3.16) - 45.179 9.104 479.896 9.705 8.778 4.183.921 4.736.583
Outros Passivos (Nota 3.20) - - - - - - - -
102.791.774 45.179 9.104 479.896 9.705 8.778 4.183.921 107.528.357
Capital Próprio - - - - - - - -
Capital (Nota 3.22) - 50.000.000 - - - - - 50.000.000
- 50.000.000 - - - - - 50.000.000
Proveitos
Juros e Rendimentos Similares (Nota 3.24) 70.298 - - - - - 247 70.545
Rendimentos de Serviços eComissões (Nota 3.25) 1.022.252 - - 365 25 35 5.462 1.028.139
Outros Resultados de Exploração (Nota 3.27) 2.163.719 - - - - - - 2.163.719
Resultados Cambiais 573.640 - - - - - 7.758 581.398
3.829.909 - - 365 25 35 13.467 3.843.801
Custos
Juros e Encargos Similares(Nota 3.24) 968.103 - - - - - 12.826 980.929
Custos com Pessoal (Nota 3.28) - - - - - - 441.598 441.598
968.103 - - - - - 454.424 1.422.527
Extrapatrimoniais
Créditos Documentários(Nota 3.21) 34.892.818 - - - - - - 34.892.818
Depósito e Guarda de Valores (Nota 3.21) - - - - - - 713.701 713.701
34.892.818 - - - - - 713.701 35.606.519
Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, as remunerações pagas aos membros dos órgãos sociais encontram-se descriminadas no Relatório de Gestão. As transações com entidades relacionadas são efetuadas, por regra, com base nos valores de mercado à respetiva data.
77BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Em 31 de Dezembro de 2014, o balanço e a demonstração do rendimento integral incluem os seguintes saldos com entidades relacionadas:
2014
BPA S.A.Atlântico
Europa SGPS, S.A.
AtlânticoEuropa Capital
SGPS, S.A..
AtlânticoEuropa Capital
LUX, S.A.R.L.
Atlantico AssetManagement,
S.A.R.L..
AdvisoryPartners,
S.A.R.L.
ÓrgãosSociais Total
Ativos
Crédito a Clientes (Nota 3.6) - - - - 761 - 569 1.330
Investimentos em Filiais,Associadas e Entidades sobControlo Conjunto
- - - 1.572.086 - - - 1.572.086
Outros Ativos (Nota 3.13) 2.731.584 431.083 16.056 - - - 13.866 3.192.589
2.731.584 431.083 16.056 1.572.086 761 - 14.435 4.766.005
Passivos
Recursos de Outras Instituições de Crédito (Nota 3.15) 46.588.743 - - - - - - 46.588.743
Recursos de Clientes e Outros Empréstimos (Nota 3.16) - - - 15.308 3.512 3.910 2.650.363 2.673.093
Outros Passivos (Nota 3.20) - - - - - - - -
46.588.743 - - 15.308 3.512 3.910 2.650.363 49.261.836
Capital Próprio
Capital (Nota 3.22) - 50.000.000 - - - - - 50.000.000
- 50.000.000 - - - - - 50.000.000
Proveitos
Juros e Rendimentos Similares (Nota 3.24) 217.019 - - - - - 194 217.213
Rendimentos de Serviços eComissões (Nota 3.25) 220.579 - - 344 - 20 20.583 241.526
Outros Resultados de Exploração (Nota 3.27) 3.094.468 - - - - - - 3.094.468
Resultados Cambiais 267.700 - - 93 - - 2.847 270.640
3.799.766 - - 437 - 20 23.624 3.823.847
Custos
Juros e Encargos Similares(Nota 3.24) 372.394 - - - - - 6.446 378.840
Custos com Pessoal (Nota 3.28) - - - - - - 447.659 447.659
Outros Resultados de Exploração (Nota 3.27) 379 - - - - - 45 424
372.773 - - - - - 454.150 826.923
Extrapatrimoniais
Créditos Documentários(Nota 3.21) 14.653.709 - - - - - - 14.653.709
Depósito e Guarda de Valores (Nota 3.21) - - - - - - 720.855 720.855
14.653.709 - - - - - 720.855 15.374.564
Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as remunerações pagas aos membros dos órgãos sociais encontram-se discriminadas no Relatório de Gestão. As transações com entidades relacionadas são efetuadas, por regra, com base nos valores de mercado à respectiva data.
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 78
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
5. Divulgações Relativas a Instrumentos Financeiros
Políticas de gestão dos riscos financeiros inerentes à atividade do Banco
A gestão dos riscos financeiros acompanha a cadeia de valor do Banco, tendo como base a definição prévia de um perfil de risco aprovado pelo seu Conselho de Administração que estabelece limites de exposição e níveis de tolerância, tendo em conta a estratégia definida e a regulamentação em vigor, suportando e direcionando um primeiro nível de gestão do risco ao nível das áreas comerciais.
Este primeiro nível de gestão do risco é depois complementado pela atividade da área formalmente responsável pela sua gestão que, de forma independente e assegurando as boas práticas de segregação de funções, analisa as diferentes exposições, considerando o risco que lhes está inerente, e avalia os potenciais impactos sobre os níveis de liquidez e solvabilidade da instituição.
De forma complementar, é realizada uma monitorização permanente e sistemática da atividade, identificando os fatores de risco internos e externos que se revelem significativos e mensurando potenciais efeitos negativos que estes possam originar no balanço do Banco.
Procurando dar resposta aos requisitos de reporte identificados ao nível dos princípios das IFRS 7 referentes a instrumentos financeiros, procede-se de seguida a uma divulgação mais detalhada de alguns indicadores de risco associados à atividade do Banco: risco de crédito, risco de liquidez e risco de mercado, expondo-se de que forma estes são geridos e monitorizados. No caso específico do risco de crédito, incorporam-se as divulgações obrigatórias relativas ao apuramento da imparidade associada ao crédito a clientes, nos termos da Carta Circular nº 2/14/DSPDR do Banco de Portugal. Complementa-se esta divulgação com um subcapítulo específico sobre a valorização a justo valor do balanço do Banco.
Risco de crédito
O risco de crédito representa a possibilidade de ocorrerem perdas no valor do ativo do Banco, em consequência do incumprimento das obrigações contratuais, por motivos de insolvência ou incapacidade de pessoas singulares ou coletivas de honrar os compromissos estabelecidos.
Na perspetiva de assegurar um crescimento e evolução sustentada da sua carteira de crédito, o Banco, ao longo do ano de 2015 manteve as suas políticas de concessão de crédito e acompanhamento da evolução do crédito concedido.
Ao nível da concessão, a aprovação das operações de crédito manteve-se centralizada ao nível do Comité de Crédito da instituição, existindo uma delegação de poderes para um conjunto específico de operações com perfil de risco mais baixo, desde que cumpram um conjunto de critérios pré-estabelecidos.
Não se verificaram alterações ao nível da política de concessão, mantendo-se o foco nas operações sustentadas na relação com empresas nacionais exportadoras, assegurando a existência de uma operativa transacional e de fluxos financeiros que assegurem o devido cumprimento do serviço da dívida, minimizando assim o risco de incumprimento.
Ainda ao nível da concessão, manteve-se o foco na diversificação da carteira de crédito, procurando assegurar que na atual fase de evolução e crescimento da atividade se mitiga o risco de concentração excessiva a determinados setores económicos ou grupos de clientes, e no assegurar de um nível de cobertura significativo da exposição ao risco de crédito por garantias reais ou pessoais.
Manteve-se igualmente a política conservadora de assumir exposição a maturidades não superiores a dez anos, sendo exceção as operações de crédito hipotecário onde as maturidades médias se estendem até quinze anos. Ao nível do segmento de empresas, privilegia-se a concessão de linhas de crédito de curto prazo, com períodos de renovação compreendidos entre seis meses e um ano.
79BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Qualidade do crédito e nível de provisionamento
O processo de avaliação do risco de crédito acompanha diferentes partes da cadeia de valor do Banco, iniciando-se ao nível das áreas comerciais, através de uma análise do cliente e da operação, à luz das políticas de concessão de crédito e do perfil de risco definidos. Todas as propostas de crédito são submetidas para apreciação da área de Risco, responsável pela análise e emissão de um parecer consultivo independente que serve de suporte à decisão de aprovação, responsabilidade do Comité de Crédito do Banco.
A monitorização e acompanhamento do crédito concedido é igualmente responsabilidade da área de Risco, que dispõe de um conjunto de mecanismos e ferramentas de mensuração do risco que permitem proceder a uma análise permanente dos clientes e respetivas operações, detetando sinais de alerta que possibilitam a identificação, de forma atempada, de situações que possam impactar a atividade regular do Banco.
Em 31 de Dezembro de 2015, a exposição ao risco de crédito, por tipo de instrumento financeiro, tinha a seguinte composição:
2015
Rubricas de BalançoValor Contabilístico
BrutoProvisões e
Imparidades (1)Valor Contabilístico
Líquido
Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 134.367.745 - 134.367.745
Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 106.989.874 - 106.989.874
Ativos Financeiros Detidos para Negociação 90.708 - 90.708
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 263.606.346 (375.347) 263.230.999
Aplicações em Instituições de Crédito 97.526.299 (459.967) 97.066.332
Crédito a Clientes 169.892.342 (4.205.891) 165.686.451
Investimentos detidos até à Maturidade 67.583.084 (92.972) 67.490.112
Derivados de cobertura 515.621 - 515.621
Outros Devedores 2.336.252 (644.341) 1.691.911
Total 842.908.271 (5.778.518) 837.129.753
Extrapatrimoniais
Garantias e Avales Prestados 2.453.982 (76.379) 2.377.603
Linhas de Crédito não Utilizadas 28.802.333 (362.703) 28.439.630
Créditos Documentários 53.618.639 (2.263.105) 51.355.534
Total Extrapatrimoniais 84.874.954 (2.702.187) 82.172.767
Total 927.783.225 (8.480.705) 919.302.520
(1) Inclui provisões para riscos gerais de crédito (crédito concedido).
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 80
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Em 31 de Dezembro de 2014, a exposição ao risco de crédito, por tipo de instrumento financeiro, pode ser resumida da seguinte forma:
2014
Rubricas de BalançoValor Contabilístico
BrutoProvisões e
Imparidades (1)Valor Contabilístico
Líquido
Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 6.457.994 - 6.457.994
Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 38.193.190 - 38.193.190
Ativos Financeiros Detidos para Negociação 1.622.083 - 1.622.083
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 237.177.754 - 237.177.754
Aplicações em Instituições de Crédito 146.715.589 (68.972) 146.646.617
Crédito a Clientes 115.619.273 (2.459.021) 113.160.252
Outros Devedores 3.978.070 (410.919) 3.567.151
Total 549.763.953 (2.938.912) 546.825.041
Extrapatrimoniais
Garantias e Avales Prestados 14.532.011 (130.854) 14.401.157
Linhas de Crédito não Utilizadas 11.394.066 (149.048) 11.245.018
Créditos Documentários 32.954.680 (1.060.125) 31.894.555
Total Extrapatrimoniais 58.880.757 (1.340.027) 57.540.730
Total 608.644.710 (4.278.939) 604.365.771
(1) Inclui provisões para riscos gerais de crédito (crédito concedido).
No âmbito da atividade de concessão de crédito, em função da tipologia e do nível de risco de cada operação, o Banco estabelece requisitos específicos aos clientes para a constituição de garantias. Considerando as operações em carteira em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 (excluindo juros e comissões associadas ao custo amortizado e provisões e imparidades), a distribuição por tipo de garantia recebida era a seguinte:
2015 2014
Tipo de Garantia Montante % Montante %
Colateral Financeiro 67.602.215 40% 37.913.350 33%
Colateral Real - Hipotecário 28.402.003 17% 31.587.483 28%
Colateral Real - Não Hipotecário - 0% - 0%
Garantia Pessoal - Prestada por Estado ou Instituição Financeira
23.795.136 14% 11.679.317 10%
Garantia Pessoal - Prestada por Empresa ouParticular
15.984.839 9% 10.091.450 9%
Outras Garantias - 0% 7.673.881 7%
Sem Garantias 33.280.199 20% 15.882.782 14%
Descontos de Cartas de Crédito 16.276.252 10% 9.482.942 8%
Outros 17.003.947 10% 6.399.840 6%
Total 169.064.392 100% 114.828.263 100%
81BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
A carteira própria do Banco, composta por títulos de dívida, é também monitorizada de forma continuada no âmbito da gestão do risco de crédito. A 31 de Dezembro de 2015, a distribuição por grau de qualidade do crédito, segundo critérios estabelecidos no contexto do Regulamento nº 575/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, era a seguinte:
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda
2015 2014
Grau de Qualidade do Crédito Exposição (1)Provisões e
ImparidadesExposição (1)
Provisões e Imparidades
1 - - - -
2 6.954.084 - - -
3 213.447.065 - 182.937.024 -
4 21.835.647 - 29.657.481 -
5 3.753.475 375.347 - -
6 - - - -
N/D 17.616.075 - 24.583.249 -
Total 263.606.346 375.347 237. 177.754 -
Investimentos detidos até à maturidade
2015 2014
Grau de Qualidade do Crédito Exposição (1)Provisões e
ImparidadesExposição (1)
Provisões e Imparidades
1 13.839.523 - - -
2 931.930 - - -
3 32.109.754 - - -
4 19.772.155 - - -
5 929.722 92.972 - -
6 - - - -
N/D - - - -
Total 67.583.084 92.972 - -
(1) Considerando a classificação dos títulos emitida pela Standard & Poor’s, Fitch e a Moody’s, por esta ordem, de acordo com a disponibilidade de informação.
Imparidade da carteira de crédito a clientes
Os valores apresentados nesta seção consideram como exposição o capital em dívida e a periodificação de juros postecipados, não se incluindo a periodificação dos juros antecipados nem as comissões associadas ao custo amortizado. Nesse sentido, a reconciliação dos valores aqui apresentados com as rubricas do balanço não é direta.
Considerando esse pressuposto, no final de 2015 o valor de crédito a clientes (patrimonial e extrapatrimonial) ascendia a 201.633.682 Euros, com o crédito vencido a totalizar 1.038.290 Euros, o que correspondia a 0,61% da exposição patrimonial da carteira de crédito a clientes.
Igualmente nessa data o valor do crédito a clientes vencido há mais de 90 dias totalizava 96.894 Euros, o que equivalia a um rácio de 0,048% sobre a exposição total de crédito concedido, situando-se o rácio do crédito em risco em torno dos 2,92%.
Ainda que o conceito não tenha efeito direto nas demonstrações financeiras de final de 2015, pelo facto do relato financeiro ser efetuado segundo as Normas de Contabilidade Ajustada e não segundo as Normas Internacionais de Contabilidade, o Banco adota uma abordagem de quantificação de imparidade na gestão do risco de crédito, e apresenta, no presente relatório, as divulgações determinadas pelo Banco de Portugal na Carta Circular n.º 2/14/DSPDR.
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 82
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Adicionalmente, deve ser tida em consideração a publicação do Aviso nº 5/2015 que estabelece que as Instituições Financeiras devem preparar a partir de 1 de Janeiro de 2016 as suas demonstrações financeiras individuais de acordo com as IAS/IFRS tal como endossadas pela União Europeia, revogando desta forma o Aviso nº 1/2005 que definia a aplicação das NCA’s às contas individuais implicando igualmente a revogação do Aviso n.º 3/95. Assim, e considerando a evolução do risco de crédito ao longo do exercício de 2015 e face à natureza e características das exposições do Banco, de acordo com as análises de impacto efetuada, foi determinado que o nível de imparidade, de acordo com as IFRS, se situe ao nível das provisões nos termos do disposto no Aviso nº 3/1995, pelo que não existirá qualquer impacto patrimonial a 1 de Janeiro de 2016, resultante desta alteração. Ocorrerá apenas a reclassificação da provisão para riscos gerais de crédito para a rúbrica de Crédito a Clientes.
Nesse contexto, a estimativa de imparidade acumulada associada à carteira de crédito a clientes com referência a 31 de Dezembro de 2015 totalizava 6.078.834 Euros, o que corresponde a aproximadamente 3,55% do total de exposição da carteira de crédito do Banco e cerca de 103% do valor de crédito em risco.
Descreve-se de seguida a abordagem de quantificação de imparidade adotada pelo Banco, bem como as divulgações determinadas na referida Carta Circular.
Abordagem de quantificação da imparidade
A metodologia compreende duas tipologias complementares de análise - análise individual e análise coletiva - consoante a avaliação da ocorrência de indícios de incumprimento e a quantificação das perdas seja efetuada caso-a-caso ou de forma agregada segundo uma tipificação prévia de clientes e operações (segmentos).
São assim alvo de análise individual todas as exposições de clientes, individualmente significativas, ou seja que verifiquem pelo menos uma das seguintes condições:
• Operação de crédito superior ou igual ao threshold de operação em EUR ou valor equivalente noutra divisa (2.000.000 EUR);• Cliente com um volume global de exposição de crédito superior ou igual ao threshold de cliente em EUR ou valor equivalente
noutra divisa (5.000.000 EUR).
As operações que não sejam consideradas individualmente significativas, segundo este critério, são incluídas no contexto da análise coletiva.
Em ambas as abordagens é verificada a ocorrência de pelo menos um dos seguintes indícios ou evidências objetivas de incumprimento – triggers de imparidade:
• Trigger 1. Cliente que tenha observado pelo menos um dos triggers (2-13) de imparidade nos últimos 2 meses;• Trigger 2. Cliente com cheques devolvidos ou com inibição do uso de cheques no Banco de Portugal;• Trigger 3. Cliente com dívida ao Fisco e/ou Segurança Social em incumprimento ou com situações de penhora de saldos
superiores a 500EUR;• Trigger 4. Cliente com créditos renegociados em carteira – no Banco ou no sistema financeiro, segundo Central de
Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal (CRC);• Trigger 5. Cliente com crédito renegociado por dificuldade financeira do cliente ou que tenha sido incorporado em
Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento (PERSI) - segmento de particulares;• Trigger 6. Cliente com ultrapassagem de crédito superior ou igual a 250 EUR por um período superior a 14 dias;• Trigger 7. Cliente com situação de crédito vencido de montante superior a 250 EUR por um prazo superior ou igual a 30 dias;• Trigger 8. Cliente com situação de crédito vencido na CRC, classificados em classe inferior ou igual a 2 (atraso inferior ou igual a
60 dias) e montante superior a 250 EUR;• Trigger 9. Cliente com situação de crédito vencido na CRC, classificados em classe superior ou igual a 3 (atraso superior a 60
dias) e montante superior a 250 EUR;• Trigger 10. Clientes com situação de crédito abatido no sistema bancário, segundo CRC e montante superior a 250 EUR;• Trigger 11.(1) Decréscimo superior a 20% no nível original de cobertura da operação por garantia real (e cobertura atual <100%);• Trigger 12. Redução superior a 25% no volume de negócios face a período homólogo (segmento de empresas);• Trigger 13. Outros indícios não capturados nos triggers anteriores.
(1) A validação destes triggers exige atualização do valor dos colaterais, o que depende naturalmente do momento de revisão das avaliações. No caso de colaterais reais estas podem ser realizadas por avaliação externa ou por avaliação interna mediante informação de mercado. A valorização das garantias é assegurada com uma periodicidade mínima semestral.
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Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Na análise individual, caso se verifique a ocorrência de triggers de imparidade numa ou mais operações de um determinado cliente, todas as operações desse cliente são classificadas como revelando indícios, procedendo-se à avaliação e quantificação da respetiva perda incorrida.
Nessa quantificação, a estimação da perda por imparidade deve resultar na diferença entre o valor da exposição à data de referência e o valor presente dos cash flows estimados. A estimação dos cash flows é realizada caso a caso, em função do tipo e particularidades da operação, devendo ter-se em consideração, entre outros os seguintes efeitos: mitigação do risco por garantias reais ou pessoais, perspetivas de evolução do negócio ou de evolução do património, efeito de restruturações ou variações das características dos contratos.
De forma complementar, considerando os critérios de acréscimo na quantificação da imparidade, estabelecidos pelo Banco de Portugal nos termos da Carta Circular 2/14/DSPDR, são apurados potenciais valores de incrementos de imparidade a considerar.
Caso não se verifique a ocorrência de nenhum dos triggers supracitados, as exposições são incluídas no contexto da análise coletiva, realizando-se nessa situação uma quantificação complementar.
No contexto da análise coletiva, as operações são classificadas, em função das suas características e perfil de risco, em segmentos aos quais são associados parâmetros de risco para posterior apuramento do valor da imparidade(2).
Não existindo histórico de incumprimento representativo no Banco para calibração estatística de ponderadores de risco, a metodologia de definição destes ponderadores e consequentemente de quantificação coletiva da imparidade reflete a sensibilidade do risco subjacente às operações por parte das áreas que acompanham a carteira de crédito, procurando estabelecer-se padrões de significativa prudência face ao nível de incumprimento observado na carteira. Da mesma forma, por não se adotarem estimativas com base em histórico, não existe definição formal de um período emergente.
Na quantificação da imparidade, considera-se ainda o efeito de mitigação do risco por garantias recebidas, aplicando ainda, para o efeito, valores prudentes de haircuts por tipologia de colateral.
A decisão sobre o write-off de uma determinada operação de crédito é responsabilidade do Comité de Crédito do Banco, podendo este ser realizado numa situação em que se identifique evidência objetiva de incobrabilidade dos valores em dívida, no contexto de análise individual, ou sempre que a imparidade constituída cubra a totalidade da exposição.
Divulgações sobre os resultados de quantificação da imparidade
Apresenta-se de seguida um conjunto de quadros de divulgação dos resultados obtidos com a quantificação da imparidade acumulada da carteira de crédito com referência a 31 de Dezembro de 2015.
As divulgações apresentadas são as previstas no enquadramento regulamentar determinado pelo Banco de Portugal na Carta Circular n.º 2/14/DSPDR.
Importa notar que das divulgações previstas não se incluem neste relatório as referentes a: detalhe da carteira de restruturados por medida de reestruturação aplicada e movimentos de entrada e saída na carteira de crédito reestruturado por inexistência de reestruturações no período em análise, e também o detalhe do valor dos imóveis recebidos por dação, igualmente pela inexistência de situações dessa natureza.
Não se inclui também divulgação sobre a distribuição da carteira de crédito por graus de risco interno, pelo facto de estar em curso um projeto de redefinição dos modelos internos de classificação das operações de crédito que se concluiu no final de 2015, prevendo-se a reclassificação da carteira com informação atualizada durante o primeiro semestre de 2016.
Considerando a inexistência de histórico de incumprimento que possibilite a estimação de parâmetros de risco (PD e LGD), e tendo o Banco adotado estimativas prudentes que não refletem os valores de incumprimento efetivamente observados ou perspetivados, não se inclui igualmente o quadro de divulgação dos parâmetros de risco associados ao modelo de imparidade.
(2) No modelo atualmente adotado consideram-se os seguintes critérios de segmentação, por tipo de cliente: Institucionais - residência e país de risco; Particulares - residência e relação património/endividamento; Empresas - residência e sector de atividade.
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Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Detalhe das exposições e imparidade constituida por segmento:
(valores em Milhares de Euros)
Exposição a 31.12.2015 Imparidade a 31.12.2015
SegmentoTotal a
31.12.2015Exposição
On-BalanceExposição
Off-BalanceCrédito em
CumprimentoDo qual curado
Do qual reestruturado
Crédito emincumprimento (1)
Do qual reestruturado
Imparidade total
Crédito em cumprimento
Crédito emincumprimento
Empresas 186.900 158.871 28.029 186.900 - 800 - - 5.933 5.933 -
dos quais CRE 45.212 43.152 2.060 45.212 - - - - 1.056 1.056 -
Particulares 14.734 12.268 2.466 14.637 - - 97 - 146 133 13
dos quais Habitação 7.743 7.743 - 7.743 - - - - - - -
Total 201.634 171.139 30.495 201.537 - 800 97 - 6.079 6.066 13
(1) Valores em dívida há mais de 90 dias.
(valores em Milhares de Euros)
Crédito em cumprimento, por nível de atraso verificado
Crédito em
incumpri-mento
Exposição Total Exposição Atraso em [0d; 30d] Atraso em ]30d;90d]Dias de atraso
>90
Imparidade Total
Imparidade, por nível deatraso verificado
SegmentoTotal a
31.12.2015On-balance
a 31.12.2015Off-balance a
31.12.2015Sub-Total
SemIndícios
ComIndícios (1)
Sem Indícios
Com Indícios (1)
Sub-Total
Total a 31.12.2015
Atraso em[0d; 30d]
Atraso em]30d; 90d]
Atraso em>90d
Empresas 186.900 158.871 28.029 186.900 116.492 69.490 - 918 - 5.933 5.835 98 -
dos quais CRE 45.212 43.152 2.060 45.212 15.914 28.382 - 916 - 1.056 958 98 -
Particulares 14.734 12.268 2.466 14.637 13.418 1.198 - 21 97 146 131 2 13
dos quais Habitação
7.743 7.743 - 7.743 7.489 254 - - - - - - -
Total 201.634 171.139 30.495 201.537 129.910 70.688 - 939 97 6.079 5.966 100 13
(1) Operações que evidenciem indícios de imparidade.
85BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
(valores em Milhares de Euros)
Empresas - CRE Empresas - Outras Particulares - Habitação Particulares - Outros
Avaliação Número de operações Montante
Imparidade constituída
Número de operações
MontanteImparidade constituída
Número de operações
Montante Imparidade constituída
Número de operações
Montante Imparidade constituída
Individual 13 22.543 823 12 39.752 3.536 - - - - - -
Coletiva 33 22.668 233 177 101.937 1.340 39 7.743 - 646 6.991 146
Total 46 45.211 1.056 189 141.689 4.876 39 7.743 - 646 6.991 146
(valores em Milhares de Euros)
Construção e Commercial
Real Estate
Atividades financeiras
e de seguros
Comércio por grosso e a retalho;
reparação de veículos automóveis
e motociclos
Atividades de consultoria,
científicas, técnicas e similares
Atividades de informação e de
comunicação Outras atividades
Avaliação MontanteImparidade constituída
MontanteImparidade constituída
MontanteImparidade constituída
MontanteImparidade constituída
MontanteImparidade constituída
MontanteImparidade constituída
Individual 22.543 823 25.300 974 - - 8.738 999 5.714 1.563 - -
Coletiva 22.668 233 20.989 5 57.394 1.025 7.701 66 2.008 18 28.579 373
Total 45.211 1.056 46.289 979 57.394 1.025 16.439 1.065 7.722 1.581 28.579 373
(valores em Milhares de Euros)
Empresas - CRE Empresas - Outras Particulares - Habitação Particulares - Outros
Ano de Produção
Número de operações
MontanteImparidade constituída
Número de operações
MontanteImparidade constituída
Número de operações
MontanteImparidade constituída
Número de operações
MontanteImparidade constituída
2011 1 3.753 2 2 150 1 - - - 10 240 26
2012 1 1.972 1 1 20 - - - - 58 1.408 14
2013 2 351 41 10 13.007 67 3 283 - 192 1.601 67
2014 12 5.491 190 13 24.076 2.623 26 5.387 - 195 2.356 17
2015 30 33.644 822 163 104.436 2.185 10 2.073 - 191 1.385 22
Total 46 45.211 1.056 189 141.689 4.876 39 7.743 - 646 6.991 146
Detalhe da carteira de crédito por segmento e ano de produção:
Detalhe do valor de exposição bruta de crédito e imparidade, por segmento:
Detalhe do valor de exposição bruta de crédito e imparidade, por sector de actividade:
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 86
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
(valores em Milhares de Euros)
Construção e Commercial Real Estate Habitação
Imóveis Outros Colaterais Reais Imóveis Outros Colaterais Reais
Justo Valor Garantia Recebida Número Montante (1) Número Montante (1) Número Montante (1) Número Montante
[ 0 ; 0,5 M€ [ 0 - 7 869 33 7.986 1 90
[ 0,5 M€ ; 1 M€ [ 0 - 2 1.473 3 1.721 0 -
[ 1 M€ ; 5 M€ [ 6 10.107 7 24.201 1 1.972 1 1.632
Total 6 10.107 16 26.543 37 11.678 2 1.722
(1) Valores após a aplicação de haircut sobre a avaliação mais atual (haircut médio de 20% em imóveis e 23,8% em outros colaterais reais).
(valores em Milhares de Euros)
Portugal Angola Luxemburgo China Outros
Avaliação MontanteImparidade constituída
MontanteImparidade constituída
MontanteImparidade constituída
MontanteImparidade constituída
MontanteImparidade constituída
Individual 29.640 2.530 7.354 856 25.300 974 - - - -
Coletiva 105.202 1.234 15.170 113 412 82 12.374 67 6.182 223
Total 134.842 3.764 22.524 969 25.712 1.056 12.374 67 6.182 223
Detalhe do valor de exposição bruta de crédito e imparidade, por geografia:
Detalhe do valor dos colaterais subjacentes à carteira de crédito dos segmentos de Corporate, Construção e Commercial Real Estate e Habitação:
87BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Rácio LTV dos segmentos de Corporate, Construção e Commercial Real Estate (CRE) e Habitação:
(valores em Milhares de Euros)
Segmento/Rácio LTV (1) Número de Imóveis Crédito em Cumprimento Crédito em Incumprimento Imparidade
Corporate - Outros
Sem Garantia Real ou Pessoal n.a. 17.672 - 1.614
Garantia Pessoal (2) n.a. 69.231 - 1.856
Garantia Real 3 54.785 - 1.407
[ 0% ; 60% [ 2 234 - 1
[ 60% ; 80% [ 0 - - -
[ 80% ; 100% [ 0 471 - -
[ 100% ; ... [ 1 54.080 - 1.406
Corporate - Construção e CRE
Sem Garantia Real ou Pessoal n.a. 2.378 - 53
Garantia Pessoal (2) n.a. 7.908 - 746
Garantia Real 6 34.926 - 257
[ 0% ; 60% [ 3 788 - -
[ 60% ; 80% [ 2 3.509 - -
[ 80% ; 100% [ 0 - - -
[ 100% ; ... [ 1 30.629 - 257
Habitação
Sem Garantia Real ou Pessoal n.a. - - -
Garantia Pessoal (2) n.a. - - -
Garantia Real 37 6.814 - -
[ 0% ; 60% [ 13 2.595 - -
[ 60% ; 80% [ 13 2.498 - -
[ 80% ; 100% [ 11 1.721 - -
[ 100% ; ... [ 0 - - -
(1) Valores após a aplicação de haircut prudente sobre a avaliação mais actual (haircut médio de 20% em imóveis e 23,8% em outros).(2) Garantias pessoais recebidas incluem as prestadas por particulares ou empresas com as prestadas por instituições.
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 88
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Risco de liquidez
O risco de liquidez representa a possibilidade de a Instituição não poder satisfazer as suas responsabilidades quando estas se tornam exigíveis, por incapacidade de realizar os seus ativos em tempo útil ou de aceder a financiamentos externos em quantidade e a custos razoáveis.
O Banco tem processos internos para gestão do risco de liquidez que possibilitam a sua identificação, avaliação e controlo diário, contemplando procedimentos específicos para o acompanhamento dos vencimentos contratualizados das várias operações que compõem o seu balanço.
A implementação destes procedimentos é da responsabilidade da área de Risco, que é igualmente responsável pela produção de informação de gestão sobre o tema e pela sua posterior disponibilização, não apenas ao Conselho de Administração do Banco, mas também às áreas cuja atividade se encontra exposta ao risco de liquidez.
Além desta monitorização, o Banco promove também, a realização do Comité ALCO onde, entre outros temas, o risco de liquidez é analisado e avaliado de forma pormenorizada.
A 31 de Dezembro de 2015, os prazos residuais contratuais dos instrumentos financeiros (não incluindo os juros a receber e as comissões associadas ao custo amortizado) apresentavam a seguinte composição:
2015
À vista Até 3meses
De 3 mesesa 1 ano
De 1 ano a5 anos
Mais de 5anos Vencido Total
Ativo
Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 134.367.745 - - - - - 134.367.745
Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 106.989.874 - - - - - 106.989.874
Ativos Financeiros Detidos para Negociação - 37.595 39.530 13.583 - - 90.708
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda - 4.600.000 28.763.305 146.948.059 81.199.263 - 261.510.627
Aplicações em Instituições de Crédito - 94.495.498 3.000.000 - - - 97.495.498
Crédito a Clientes 1.796.794 43.513.653 62.142.812 43.720.933 16.851.910 1.038.290 169.064.392
Investimentos detidos até à Maturidade - - - 17.278.437 49.753.850 - 67.032.287
Derivados de cobertura - 515.621 - - - - 515.621
Total dos Ativos Financeiros 243.154.413 142.162.367 93.945.647 207.961.012 147.805.023 1.038.290 837.066.752
Passivo
Recursos de Bancos Centrais 2.462 40.000.000 115.602.673 134.540.000 - - 290.145.135
Passivos Financeiros Detidos para Negociação - 136.070 51.378 14.786 - - 202.234
Recursos de Outras Instituições de Crédito 57.119.566 39.767.888 97.359.057 10.275.000 - - 204.521.511
Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 156.380.278 38.200.656 53.991.531 20.305.353 - - 268.877.818
Responsabilidades representadas por Títulos - - 32.001.470 - - - 32.001.470
Total dos Passivos Financeiros 213.502.306 118.104.614 299.006.109 165.135.139 - - 795.748.168
Diferencial de Liquidez 29.652.107 25.057.753 (205.060.462) 42.825.873 147.805.023
Diferencial de Liquidez Cumulativo 29.652.107 54.709.860 (150.350.602) (107.524.729) 40.280.294
89BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
A 31 de Dezembro de 2014, os prazos residuais contratuais dos instrumentos financeiros (não incluindo os juros a receber e as comissões associadas ao custo amortizado) apresentavam a seguinte composição:
2014
À vista Até 3meses
De 3 mesesa 1 ano
De 1 ano a5 anos
Mais de 5anos Vencido Total
Ativo
Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 6.457.994 - - - - - 6.457.994
Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 38.193.190 - - - - - 38.193.190
Ativos Financeiros Detidos para Negociação - 1.373.971 79.649 168.463 - - 1.622.083
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda - 12.611.742 - 148.730.583 73.696.210 - 235.038.535
Aplicações em Instituições de Crédito - 144.456.740 2.178.123 - - 68.972 146.703.835
Crédito a Clientes 2.291.620 18.138.184 29.275.723 29.659.940 35.375.207 87.589 114.828.263
Total dos Ativos Financeiros 46.942.804 176.580.637 31.533.495 178.558.986 109.071.417 156.561 542.843.900
Passivo
Recursos de Bancos Centrais 1.605 121.182.769 41.949.195 4.540.000 - - 167.673.569
Passivos Financeiros Detidos para Negociação - 34.619 35.465 168.463 - - 238.547
Recursos de Outras Instituições de Crédito 31.663.612 50.131.542 65.882.761 7.802.450 - - 155.480.365
Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 78.240.902 40.442.535 46.912.514 7.925.766 - - 173.521.717
Total dos Passivos Financeiros 109.906.119 211.791.465 154.779.935 20.436.679 - - 496.914.198
Diferencial de Liquidez (62.963.315) (35.210.828) (123.246.440) 158.122.307 109.071.417
Diferencial de Liquidez Cumulativo (62.963.315) (98.174.143) (221.420.583) (63.298.276) 45.773.141
A alocação das operações às bandas temporais nos mapas acima apresentados teve em consideração a maturidade residual de cada operação. Não se incluíram os fluxos de caixa contratuais projetados referentes aos juros associados aos ativos e passivos financeiros do Banco.
Risco de mercado
O risco de mercado representa a possibilidade de existir uma depreciação no valor de instrumentos financeiros originada por variações nas condições de mercado e nos preços desses mesmos instrumentos.
O Banco considera um conceito de risco de mercado mais abrangente que engloba não apenas o risco de mercado normalmente associado à variação dos preços dos instrumentos financeiros, com impacto direto na valorização das posições do balanço, mas também o risco proveniente de movimentos nas taxas de câmbio inerente às posições cambiais geradas pela existência de instrumentos financeiros denominados em diferentes moedas – risco cambial – e o risco proveniente de movimentos nas taxas de juro resultando de desfasamentos no montante, nas maturidades ou nos prazos de refixação das taxas de juro observados nos instrumentos financeiros com juros a receber e a pagar – risco de taxa de juro.
Para qualquer uma destas categorias, o Banco incorpora processos de gestão do risco específicos que estabelecem a realização de iniciativas periódicas de monitorização da evolução dos fatores de risco significativos e de reporte de potenciais impactos que sejam avaliados e mensurados. Para o efeito, o Banco estabeleceu mecanismos de quantificação do risco que lhe permitem efetuar uma monitorização diária do risco de mercado e incluir temas específicos, sempre que se justifique, ao nível dos comités de Crédito e ALCO.
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 90
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Risco cambial
Os saldos em diferentes divisas e as transações efetuadas em moeda estrangeira são monitorizados e controlados pelas áreas de Mercados Financeiros, Contabilidade, Controlo de Gestão e Risco.
A moeda estrangeira com maior expressão no balanço do Banco é o dólar norte-americano, sendo residual a exposição cambial e as transações efetuadas noutras divisas.
Em 31 de Dezembro de 2015, os instrumentos financeiros do Banco apresentavam a seguinte composição por moeda, por rubrica de balanço:
(montantes convertidos em Euros)
2015
Moeda
EurosDoláres
Norte-Americanos
OutrasMoedas Total
Ativo
Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 134.317.313 40.836 9.596 134.367.745
Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 84.328.829 20.738.211 1.922.834 106.989.874
Ativos Financeiros Detidos para Negociação 36.184 54.524 - 90.708
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 207.214.120 56.016.879 - 263.230.999
Aplicações em Instituições de Crédito 37.737.086 54.298.971 5.030.275 97.066.332
Crédito a Clientes 130.857.681 37.166.555 - 168.024.236
Investimentos detidos até à Maturidade 20.345.137 47.144.975 - 67.490.112
Derivados de Cobertura 515.621 - - 515.621
Outros elementos do Ativo 28.533.862 16.037 254.587 28.804.486
Total do Ativo 643.885.833 215.476.988 7.217.292 866.580.113
Passivo
Recursos de Bancos Centrais 290.176.481 2.941 - 290.179.422
Passivos Financeiros Detidos para Negociação 146.567 55.667 - 202.234
Recursos de Outras Instituições de Crédito 136.068.575 66.185.173 2.741.118 204.994.866
Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 168.617.856 97.606.867 2.971.446 269.196.169
Responsabilidades representadas por Títulos - 32.043.675 - 32.043.675
Outros Elementos do Passivo 11.877.666 60.314 95.563 12.033.543
Total do Passivo 606.887.145 195.954.637 5.808.127 808.649.909
Total do Capital Próprio 57.930.204 - - 57.930.204
Total do Passivo + Capital Próprio 664.817.349 195.954.637 5.808.127 866.580.113
91BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Em 31 de Dezembro de 2014, os instrumentos financeiros do Banco apresentavam a seguinte composição por moeda, por rubrica de balanço:
(montantes convertidos em Euros)
2014
Moeda
EurosDoláres
Norte-Americanos
OutrasMoedas Total
Ativo
Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 6.408.747 39.942 9.305 6.457.994
Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 2.322.824 31.848.488 4.021.878 38.193.190
Ativos Financeiros Detidos para Negociação 1.387.819 234.264 - 1.622.083
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 199.148.354 38.029.400 - 237.177.754
Aplicações em Instituições de Crédito 11.932.517 133.920.724 793.376 146.646.617
Crédito a Clientes 83.364.806 31.101.906 - 114.466.712
Outros Elementos do Ativo 27.832.697 327.389 1.624 28.161.710
Total do Ativo 332.397.764 235.502.113 4.826.183 572.726.060
Passivo
Recursos de Bancos Centrais 84.547.284 83.178.041 - 167.725.325
Passivos Financeiros Detidos para Negociação 4.473 234.074 - 238.547
Recursos de Outras Instituições de Crédito 52.705.278 101.686.287 1.609.976 156.001.541
Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 47.986.749 122.788.905 2.991.510 173.767.164
Outros elementos do Passivo 89.511.614 (72.330.945) 194.124 17.374.793
Total do Passivo 274.755.398 235.556.362 4.795.610 515. 107.370
Total do Capital Próprio 57.618.690 - - 57.618.690
Total do Passivo + Capital Próprio 332.374.088 235.556.362 4.795.610 572.726.060
Risco de taxa de juro
A gestão do risco de taxa de juro tem como objetivo minimizar o impacto de potenciais variações das taxas de juro nos resultados do Banco.
Na definição da oferta de produtos e na contratação de operações é tido em linha de conta o perfil de maturidades do balanço do Banco, procurando alcançar-se um equilíbrio ao nível dos prazos contratualizados e das taxas e indexantes considerados, no sentido de adequar os spreads a propor face aos custos de financiamento incorridos pelo Banco.
Adicionalmente, na monitorização do risco de taxa de juro, é avaliada a forma como variações no valor das taxas impactam o valor económico do balanço do Banco ou a sua margem de juros.
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 92
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Em 31 de Dezembro de 2015, de acordo com a metodologia utilizada na Instrução 19/2005 do Banco de Portugal, uma deslocação paralela da curva de rendimentos de 200 p.b. teria um impacto na situação líquida de -26,40% e um impacto acumulado de 4,59% da Margem de Juros.
Contudo, considera-se relevante expurgar desta análise a carteira de ativos disponíveis para venda, por não existir para este tipo de ativos uma obrigatoriedade de exposição ao risco de taxa de juro até à maturidade, mantendo-se apenas os ativos dados como colateral às linhas de financiamento do BCE. Nesse cenário, o impacto acumulado seria de -7,26% dos Fundos Próprios e, até um ano, existiria um impacto positivo de 8% da Margem de Juros.
Impacto acumulado dos instrumentos sensíveis à taxa de juro -3.535.724
Fundos próprios 48.708.625
Impacto na situação líquida / Fundos próprios -7,26%
Impacto acumulado dos instrumentos sensíveis à taxa de juro até um ano 809.531
Margem de juros 10.122.243
Impacto acumulado dos instrumentos sensíveis à taxa de juro até um ano em percentagem da Margem de Juro 8,00%
A gestão deste risco é igualmente um dos principais temas abordados no Comité ALCO, sendo esse o principal fórum de decisão sobre iniciativas de mitigação ou de alinhamento de estratégia na gestão do risco de taxa de juro.
Em 31 de Dezembro de 2015, a exposição ao risco de taxa de juro (excluindo juros a receber e a pagar e comissões associadas ao custo amortizado) apresentava a seguinte composição:
2015
Sem Taxa Taxa Fixa Taxa Variável Total
Ativo
Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 5.484.791 128.882.954 - 134.367.745
Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 106.989.874 - - 106.989.874
Ativos Financeiros Detidos para Negociação - 90.708 - 90.708
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda - 240.889.531 20.621.096 261.510.627
Aplicações em Instituições de Crédito - 97.495.498 - 97.495.498
Crédito a Clientes - 46.768.260 122.296.132 169.064.392
Investimentos detidos até à maturidade - 67.032.287 - 67.032.287
Derivados de cobertura - 515.621 - 515.621
Total dos Ativos Financeiros 112.474.665 581.674.859 142.917.228 837.066.752
Passivo
Recursos de Bancos Centrais 2.462 290.142.673 - 290.145.135
Passivos Financeiros Detidos para Negociação - 202.234 - 202.234
Recursos de Outras Instituições de Crédito 57.119.566 147.401.945 - 204.521.511
Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 156.375.634 112.502.184 - 268.877.818
Responsabilidades representadas por títulos - 32.001.470 - 32.001.470
Total dos Passivos Financeiros 213.497.662 582.250.506 - 795.748.168
93BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Em 31 de Dezembro de 2014, a exposição ao risco de taxa de juro (excluindo juros a receber e a pagar e comissões associadas ao custo amortizado) apresentava a seguinte composição:
2014
Sem Taxa Taxa Fixa Taxa Variável Total
Ativo
Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 160.003 6.297.991 - 6.457.994
Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 38.193.190 - - 38.193.190
Ativos Financeiros Detidos para Negociação - 1.622.083 - 1.622.083
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda - 228.860.795 6.177.740 235.038.535
Aplicações em Instituições de Crédito - 146.703.835 - 146.703.835
Crédito a Clientes 268.261 27.498.455 87.061.547 114.828.263
Total dos Ativos Financeiros 38.621.454 410.983.159 93.239.287 542.843.900
Passivo
Recursos de Bancos Centrais - 167.673.569 - 167.673.569
Passivos Financeiros Detidos para Negociação - 238.547 - 238.547
Recursos de Outras Instituições de Crédito 31.663.611 123.816.754 - 155.480.365
Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 78.451.477 95.070.240 - 173.521.717
Total dos Passivos Financeiros 110. 115.088 386.799.110 - 496.914.198
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 94
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Justo valor
Na determinação do justo valor dos instrumentos financeiros, o Banco recorre sempre que possível a cotações de mercado. Nos casos em que não existe preço de mercado, o justo valor é calculado com recurso a modelos baseados em determinados pressupostos que dependem do funcionamento dos instrumentos financeiros a valorizar. Em situações excecionais, quando não é possível determinar de forma fiável o justo valor, os ativos são valorizados ao custo histórico e sujeitos a testes de imparidade.
Relativamente à determinação do justo valor dos ativos e passivos financeiros do Banco, importa realçar as seguintes considerações:
• “Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais” e “Disponibilidades em outras instituições de crédito”: dado o carácter de curto prazo destes ativos, entende-se que o valor contabilístico é uma razoável estimativa do seu justo valor;
• “Aplicações e recursos de outras instituições de crédito” e “Recursos de Bancos Centrais”: o apuramento do justo valor pressupõe que as operações são liquidadas nas datas de vencimento e são atualizados os “cash-flows”, utilizando a curva de taxas formada nos últimos dias do ano. Tendo em conta as maturidades das operações e o tipo de taxa de juro aplicada, o Banco considera que a diferença entre o justo valor e o valor contabilístico daquelas operações não é significativa;
• “Crédito a clientes”: o Banco considera que, uma vez que as operações de crédito em carteira são recentes, e uma vez que não existe histórico de incumprimento ou uma ocorrência significativa de situações de crédito vencido, a diferença entre o justo valor e o valor contabilístico não é significativa;
• “Recursos de clientes e outros empréstimos”: para os depósitos com prazo inferior a um ano, assume-se o valor contabilístico como uma razoável estimativa do justo valor. As operações em carteira com prazos superiores a um ano não representam um peso materialmente significativo.
Em 31 de Dezembro de 2015 o justo valor dos instrumentos financeiros detidos pelo Banco foi aprovado como segue:
Tipo de instrumento Financeiro
Ativosvalorizados
ao custoamortizado
Instrumentos financeiros valorizados ao justo valor:
TotalCotações emmercados Ativo
[Nível 1]
Técnicas de valorização baseadas em:
Dados de mercado[Nível 2]
Outros[Nível 3]
Ativo
Ativos Financeiros Detidos para Negociação - - 90.708 - 90.708
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 4.615.659 258.990.687 - - 263.606.346
Investimentos detidos até à maturidade 67.583.084 - - - 67.583.084
Derivados de cobertura - - 515.621 - 515.621
Passivo
Passivos Financeiros Detidos para Negociação - - 202.234 - 202.234
Responsabilidades representadas por Títulos 32.043.675 - - - 32.043.675
Conforme disposto na IFRS 13, os instrumentos financeiros estão mensurados de acordo com os seguintes níveis de valorização:
• Nível 1: Instrumentos financeiros valorizados de acordo com cotações disponíveis (não ajustadas) em mercados ativos e com cotações executáveis divulgados por entidades fornecedoras de preços de transações em mercados líquidos.
• Nível 2: Instrumentos financeiros valorizados de acordo com metodologias de valorização considerando maioritariamente parâmetros e variáveis observáveis no mercado. Inclui ainda instrumentos valorizados tendo por base cotações indicativas fornecidas por contribuidores externos ao Banco.
• Nível 3: Instrumentos financeiros valorizados de acordo com metodologias de valorização considerando parâmetros ou variáveis não observáveis no mercado e com impacto significativo na valorização do instrumento e preços fornecidos por entidades terceiras cujos parâmetros utilizados não são observáveis no mercado.
95BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA
Relatório e Contas 2015 Notas às demonstrações Financeiras
Desde Janeiro de 2014 que o Banco cumpre com o exposto no enquadramento prudencial de Basileia III, o qual promoveu um conjunto de ajustamento às regras de apuramento dos valores de fundos próprios, dos requisitos de fundos próprios e, consequentemente dos rácios de solvabilidade.
Nesse enquadramento, com referência a 31 de Dezembro de 2015, importa divulgar os seguintes elementos:
(valores em Milhares de Euros)
Fundos Próprios - Basileia III 2015 2014
Fundos Próprios 48.709 47.279
Fundos Próprios de Nível 1 48.709 47.279
Fundos Próprios Principais de Nível 1 48.709 47.279
Instrumentos de Fundos Próprios Realizados 50.000 50.000
Lucros Retidos de Exercícios Anteriores 2.008 (1.183)
Outro Rendimento Integral Acumulado 1.926 4.882
Outras Reservas (375) -
Outros Ativos Intangíveis (1.080) (837)
Outros Ajustamentos Transitórios (1.756) (4.978)
Impostos Diferidos Ativos Não Aceites (2.014) (605)
Fundos Próprios Adicionais de Nível 1 - -
Fundos Próprios de Nível 2 - -
Montantes das Posições em Risco Ponderadas (RWA) 367.931 269.005
RWA - Risco de Crédito (método padrão) 331.915 234.978
RWA - Risco de Posição, Cambiais e Mercadorias (método padrão) 2.007 9.146
RWA - Risco Operacional (indicador básico) 33.998 24.854
RWA - Ajustamento da Avaliação do Crédito (método padrão) 11 27
Rácio de Requisito de Fundos Próprios
Fundos Próprios Principais de Nível 1 13,2% 17,6%
Fundos Próprios de Nível 1 13,2% 17,6%
Rácio de Fundos Próprios Totais 13,2% 17,6%
A evolução do rácio verificada ao longo do exercício traduz o redimensionamento do balanço do Banco, em particular com o incremento da sua carteira de crédito a clientes e com a diversificação das contrapartes onde aplica o seu excedente de liquidez. Ao nível dos fundos próprios, a evolução reflete a incorporação dos resultados não distribuídos do exercício de 2014, aspeto que contrabalança com a evolução dos ativos intangíveis, impostos diferidos e ajustamentos transitórios previstos na regulação aplicável.
6. Fundos Próprios
BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 96
Relatório e Contas 2015
IV. Parecer da Auditoria