RELATÓRIO EUROPEU DE EMPRENDEDORISMO 2012
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RELATÓRIO EUROPEU DE EMPRENDEDORISMO 2012
Principais Conclusões Portugal
Portugueses têm atitude positiva face ao empreendedorismo
Os inquiridos apresentaram uma atitude muito positiva perante a criação do próprio emprego,
com uma resposta de 67%, um pouco abaixo da média europeia de 69%. Dos 16 países
participantes, Portugal registou o 10º lugar, juntamente com a Espanha que teve a mesma
resposta percentual.
Esta atitude perante o empreendedorismo é especialmente positiva nas faixas etárias mais
novas (abaixo dos 30 anos de idade), que registaram uns surpreendentes 76%.
Da totalidade de pessoas inquiridas, as que têm formação universitária responderam
positivamente com 77%, mesmo as pessoas que não têm educação superior, têm uma posição
muito favorável em relação à criação do próprio negócio, pois 66% responderam de forma
positiva.
De qualquer forma, 33% dos participantes portugueses ainda registaram uma resposta
negativa perante a criação do seu próprio negócio. Entre todos os países inquiridos, este valor
é ainda superior na Hungria (47%), na Áustria e na Alemanha, com 35% respetivamente.
Com um registo de 40% das pessoas a afirmarem que se imaginam efectivamente a criar o seu
próprio emprego, este potencial registado em Portugal está acima da média europeia, de 38%.
Independência patronal e realização pessoal são factores primordiais
Para os portugueses, as maiores razões para se tornarem empresários foram o facto de serem
independentes de uma entidade patronal, com 38%, a realização pessoal e hipótese de
realizarem as suas próprias ideias, com 29%, seguida à possibilidade concreta de ter uma
segunda fonte de rendimento, com um registo de 26%. Este ranking corresponde à perceção
de todos os países participantes no Relatório Europeu de Empreendedorismo de 2012.
Este estudo revela também respostas relacionadas com a atual crise europeia, pois 26% dos
inquiridos em Portugal considera a criação do seu próprio negócio como uma possibilidade
alternativa ao desemprego e o facto de poderem regressar ao mercado de trabalho, a média
europeia é um pouco inferior, com 22%.
Dificuldades financeiras impedem o crescimento do empreendedorismo em Portugal
Relativamente aos obstáculos para se tornarem empreendedores, praticamente dois terços
(64%) dos inquiridos concorda que a falta de capital inicial é o maior impedimento para a
atividade empresarial (a média europeia é um pouco mais baixa, com 57%).
A situação económica incerta e o receio de falhar são também entraves à criação do próprio
emprego, obtiveram 33% e 25% das respostas dos portugueses, respetivamente. O medo de
não se ser bem sucedido, teve um resultado curioso, a média europeia (35%) é um pouco
maior que a resposta dos portugueses, o que se poderá concluir que não “temos” assim tanto
medo de arriscar, os portugueses têm apenas menos meios e capital para o fazer.
Portugueses mostram-se otimistas em relação ao crescimento do
empreendedorismo
O desenvolvimento do Empreendedorismo em Portugal teve uma resposta positiva pela
maioria dos entrevistados, 74% das pessoas acredita que em dez anos, será tão ou mais
importante que atualmente. A média europeia registada foi de 78%.
Os participantes com formação superior acreditam especialmente neste crescimento, a
resposta deste grupo de inquiridos foi espantosa, 93% acredita que o empreendedorismo vai
ter sucesso futuramente. As pessoas sem ensino universitário também tiveram uma resposta
muito positiva, com 72%.