Relatorio final 18 03 máxima

47
Relatório 18/03/2014

description

 

Transcript of Relatorio final 18 03 máxima

Page 1: Relatorio final 18 03 máxima

Relatório 18/03/2014

Page 2: Relatorio final 18 03 máxima

Resumo 3

Varejo 5

Consumo 14

Crédito 18

Economia 26

E-Book: Anexo – Os novos rumos do varejo 45

Franquias 43

Page 3: Relatorio final 18 03 máxima

Resumo

Page 4: Relatorio final 18 03 máxima

Nada novo no mercado financeiro e no cenário econômico brasileiro. A instabilidade continua assombrando as estatísticas e previsões, amedrontando os consumidores e principalmente os empresários. A presidente Dilma afirmou na semana passada que não ignora a desaceleração da economia vivenciada no momento atual, mas afirmou que tem trabalhado de forma sistemática para estabelecer a recuperação ainda este ano. O cenário de convergência da inflação para a meta de 4,5% em 2016 tem se fortalecido, mas os avanços no combate à alta de preços ainda não se mostram suficientes, segundo o Banco Central, que aumentou este mês os juros da taxa básica para 12,75%.No início de janeiro, os especialistas apostavam em um crescimento de 0,5% para o PIB brasileiro este ano. Mas de lá para cá, as projeções ficaram mais pessimistas a cada semana. Com as incertezas acentuadas sobre a economia brasileira, a perspectiva se aprofundou ainda mais. Passando de queda de 0,58% para uma retração de 0,66% nesta semana. Se confirmada, será a maior contração para o PIB brasileiro em 25 anos.Os analistas do mercado financeiro continuam apostando que a alta dos preços não deve dar sinais de trégua tão cedo. Na segunda semana de março, o mercado sinaliza para o fim do ano uma alta nos preços de 7,77%. Se confirmada, será a maior taxa em 12 anos.De acordo com os economistas da Serasa Experian, o baixo grau de confiança dos consumidores e as altas taxas de juros, afugentando-os do crédito, e a menor quantidade de dias úteis devido ao feriado do carnaval, derrubaram a procura do consumidor por crédito em fevereiro de 2015. Mesmo assim, uma pesquisa mostra que a Classe C não pretende diminuir o consumo. O que vem ocorrendo, talvez, seja uma mudança de comportamento, com o consumidor evitando prestações caras e a longo prazo, como veículos. Isso os leva para outros consumos, favorecendo a venda de produtos mais baratos e compras à vista.

Varejo em discussãoCerca de 300 empresários e autoridades estarão reunidos para debater os desafios e estratégias para o setor de varejo, durante o 3º FÓRUM NACIONAL DO VAREJO, que será realizado de 20 a 22 de março, no Hotel Sofitel Jequitimar, em Guarujá (SP). O tema central do FÓRUM deste ano será “Alta performance nas cadeias de valor”. O encontro debaterá oportunidades e formas de desenvolvimento do setor, que é o maior empregador do país, incluindo melhorias desde as relações com os fornecedores aos ciclos de venda e fase da distribuição, segundo João Doria Jr., presidente do LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, que promove o evento.

Page 5: Relatorio final 18 03 máxima

Varejo

Page 6: Relatorio final 18 03 máxima

Cegid compartilha conhecimentos sobre ‘varejo conectado’

A Cegid, líder internacional em soluções de software de gestão de negócios de varejo com clientes como Lacoste, L’Occitane en Provence e Quiksilver, promove a feira bianual Cegid Connections 2015, entre os dias 18 e 20 de março deste ano, em Berlim, na Alemanha.Serão três dias de trocas de conhecimento, aprendizagens e descobertas voltadas aos especialistas e formadores de opinião do varejo e parceiros de tecnologia. Este ano, a marca espera ultrapassar o número de 450 varejistas contabilizado na última edição, realizada em Veneza, na Itália.Para 2015, a conferência traz o tema “A Próxima Geração do Comércio Conectado”. O objetivo é destacar as novas formas de os varejistas serem bem sucedidos na era digital, com foco nos desafios e vantagens de estar constantemente conectado.

Lançamento oficial da Yourcegid Retail Y2

O evento lançará o Yourcegid Retail Y2, inovação que também será oferecida a partir deste ano no Brasil. Trata-se de uma nova solução de conexão para o segmento, totalmente integrada ao Omnichannel, e desenvolvida especificamente para os varejistas e clientes que procuram elevados níveis de serviços, utilizando tablets, smartphones e novas plataformas tecnológicas digitais.“Durante o Cegid Connections 2015, os clientes terão a oportunidade de

conhecer, de forma exclusiva, novas soluções e estratégias da Cegid”, afirma Roberta Michel, Country Manager da Cegid do Brasil. Segundo ela, quem estiver presente poderá encontrar parceiros de todo o mundo, além de compartilhar ideias e aprimorar conhecimento sobre novas soluções, essencial num mercado tão competitivo. “O evento é, sem dúvida, uma bússola que mostra as novas tendências de varejo e TI”, completa.Em tempos de crise, expandir para o mercado internacional será uma das grandes estratégias para os varejistas. A Country Manager ainda explica que, atualmente, a Cegid é a única no Brasil capaz de efetuar esta internacionalização, utilizando um sistema de gestão de negócios altamente confiável.

Page 7: Relatorio final 18 03 máxima

Mais de 50 workshops e painéis

Clientes de varejo internacionais da Cegid apresentarão temas que vão desde a experiência na loja, a internacionalização até o papel das mídias sociais no varejo hoje. Entre eles, está o fashion designer do Reino Unido, Paul Smith, assim como outros profissionais de várias marcas líderes de moda e beleza francesas, como Lacoste e Delsey. A marca italiana Furla também irá compartilhar seus conhecimentos em varejo, depois de ter recentemente aprovado a nova solução.O evento contará ainda com mais de 50 workshops, painéis e brainstorms sobre o novo papel do vendedor na era digital, mobile e digital nas lojas, novos comportamentos de compra e o consumidor “2020”, CRM e a fidelidade do cliente, business intelligence e globalização do varejo.

Programação completa

A abertura do evento ocorrerá às 14h do dia 18 de março. Os visitantes terão a chance de conhecer a InnovationStore, loja conceito da marca que apresenta soluções como Omnichannel, Customer Experience, Clienteling, Social, Big Data & Analytics. “Os papéis dos lojistas estão mudando. Os clientes querem viver uma experiência de compra personalizada”, acrescenta Roberta.

Page 8: Relatorio final 18 03 máxima

EMPRESARIOS DISCUTEM DESAFIOS DO SETOR VAREJISTA EM 2015

Cerca de 300 empresários e autoridades estarão reunidos para debater os desafios e estratégias para o setor de varejo, durante o 3º FÓRUM NACIONAL DO VAREJO, que será realizado de 20 a 22 de março, no Hotel Sofitel Jequitimar, em Guarujá (SP). O governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, fará a abertura do evento, promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, presidido por João Doria Jr., com curadoria do LIDE COMÉRCIO, liderado por Marcos Gouvêa de Souza, diretor geral da GS&MD, um dos maiores especialistas em comércio varejista do Brasil.O tema central do FÓRUM deste ano será “Alta performance nas cadeias de valor”. “Neste encontro, debateremos oportunidades e formas de desenvolvimento do setor, que é o maior empregador do país, incluindo melhorias desde as relações com os fornecedores aos ciclos de venda e fase da distribuição”, explica João Doria Jr., presidente do LIDE. “O varejo brasileiro moderno quer liderar a formação de Cadeias de Valor de Alta Performance, integrando o processo produtivo em busca de mais produtividade, eficiência e competitividade nos mercados local e global para produtos, categorias, segmentos, marcas e serviços”, enfatiza Marcos Gouvêa.O setor tem muito a debater. Depois do expressivo crescimento da cadeia varejista na Década do Varejo, que alcançou 106% no período, o segmento precisa de estratégias que permitam a manutenção do desenvolvimento, em um ano de grande desafio na economia brasileira.É o que apontam os dados da FecomercioSP sobre o atual cenário econômico. O paulistano, por exemplo, iniciou o ano menos confiante na economia atual, no futuro do setor e com menor disposição para investir. O índice de Confiança do Empresário do Comércio no Município de São Paulo (ICEP) registrou queda de 2,8%, ao cair de 102 pontos em dezembro para 99,1% pontos em janeiro.O empresário do setor precisará repensar os cenários e as perspectivas, depois de dez anos de forte expansão, para se posicionar acertadamente e superar os desafios apresentados em 2015. O Fórum Nacional do Varejo propõe, ao lado de grandes líderes, debater estratégias e medidas para o desenvolvimento e a prosperidade do comércio e varejo brasileiros, colocando em pauta a inteligência em gestão, ambiente e ações para o desenvolvimento e excelência do setor de forma integrada.

Page 9: Relatorio final 18 03 máxima

Reconhecendo a qualidade do trabalho realizado ao longo do ano, o FÓRUM NACIONAL DO VAREJO oferece o Prêmio LIDE de Varejo 2015, que reconhece os maiores destaques do setor em 10 categorias, sendo elas: Atendimento no Varejo, Comunicação Promocional de Varejo, Expansão Varejo Internacional, Franchising no Varejo, Gestão de Marcas Próprias, Gestão de Pessoas no Varejo, Inovação em Formato de Loja, Logística de Varejo, Relacionamento com Fornecedores e Varejo Digital. Ao final, haverá uma homenagem especial ao fundador do Grupo Martins, Alair Martins.SOBRE O LIDE – Fundado em junho de 2003, o LIDE – Grupo de Líderes Empresariais possui onze anos de atuação. Atualmente tem 1.700 empresas filiadas (com as unidades regionais e internacionais), que representam 52% do PIB privado brasileiro. O objetivo do Grupo é difundir e fortalecer os princípios éticos de governança corporativa no Brasil, promover e incentivar as relações empresariais e sensibilizar o apoio privado para educação, sustentabilidade e programas comunitários. Para isso, são realizados inúmeros eventos ao longo do ano, promovendo a integração entre empresas, organizações, entidades privadas e representantes do poder público, por meio de debates, seminários e fóruns de negócios.

Page 10: Relatorio final 18 03 máxima

O caminho da TI no pequeno varejo

Até pouco tempo, ao pensar em montar seu próprio negócio, o primeiro grande desafio era a escolha de um ponto comercial. A chegada da Internet e o crescimento exponencial dos dispositivos móveis mudaram o comportamento das pessoas, não só frente a essa decisão, mas também em todas as outras esferas do dia a dia. O e-commerce deslanchou nos últimos anos e hoje ao criar uma empresa, para a maioria dos pequenos empresários, o primeiro passo é desenvolver uma loja virtual.Com ela, as pessoas não precisam mais pagar aluguel ou se preocupar com a região ideal para se estabelecer. Além disso, o e-commerce confere às empresas a oportunidade de comercializar seus produtos para consumidores em cidades e países distantes, pessoas que dificilmente teriam acesso à loja e suas mercadorias.Por isso cada vez mais varejistas estão aderindo ao modelo. Em 2014, o setor chegou à marca de R$ 35,8 bilhões no Brasil, crescendo 24% em relação a 2013, de acordo com a E-bit, empresa especializada em informações sobre e-commerce. Para 2015, apesar da retração esperada na economia do país, a E-bit prevê um crescimento nominal de 20%, atingindo um faturamento estimado de R$ 43 bilhões.No entanto, embora as lojas físicas estejam migrando para o comércio eletrônico, temos assistido a um novo movimento no país, principalmente no varejo. Hoje, a maior parte dos novos empresários começa com uma loja virtual e só depois, com a empresa estruturada, estabelece um ponto comercial. A operação entra em funcionamento de forma mais rápida e simples. Além disso, já nasce totalmente conectada à nova geração de empreendedores e consumidores, acostumados a fazer compras pela Internet e divulgar as informações pelas redes sociais.Por nascerem digitais, essas empresas tendem a buscar uma solução de gestão apenas quando o volume de vendas atinge determinado patamar, visando controlar melhor o andamento das vendas e entregas de mercadorias, bem como o fluxo de caixa da empresa. Este monitoramento torna-se ainda mais importante visto que o mundo digital não nivela os negócios pelo porte e sim pela qualidade do serviço. Quanto maior a qualidade, maior o potencial de se destacar, independentemente do tamanho da empresa. O segredo é crescer de forma sustentável.

Page 11: Relatorio final 18 03 máxima

O segredo é crescer de forma sustentável.

Com o apoio de uma ferramenta que garanta a organização do negócio, as rotinas passam a ser padronizadas e os dados unificados, permitindo identificar com precisão a curva de crescimento. O próximo passo torna-se então seguro e assertivo: estabelecer uma loja física. Nesse momento, será necessário um novo investimento, não só no ponto comercial e em funcionários, mas também em uma solução de Ponto de Venda, mais conhecida como PDV. O sistema escolhido deve ser aderente à legislação fiscal vigente e permitir a impressão do cupom fiscal ou a emissão do cupom fiscal eletrônico.Com a loja física, o empresário conseguirá interagir pessoalmente com os consumidores, tendo a oportunidade de solidificar a relação de proximidade e confiança já estabelecida por meio da loja online. Porém, mesmo com a facilidade de adoção de plataformas de e-commerce e soluções de gestão, é importante que o empresário identifique o momento ideal de dar o próximo passo. E, após a abertura da loja física, lembrar que é necessário oferecer ao cliente do ponto comercial a mesma qualidade de atendimento e eficiência do comércio eletrônico.

Sobre a TOTVS

Provedor global de software de gestão, plataforma e consultoria para empresas de todos os portes, com mais de 50% de marketshare no Brasil, liderança na América Latina* e uma das maiores provedoras de ERP Suite do mundo. A TOTVS possui no país cinco filiais, 52 franquias, mais de 200 distribuidores e nove centros de desenvolvimento. No exterior, está presente em 39 países, entre filiais, franquias e dois centros de desenvolvimento (Estados Unidos e México). É a única empresa de tecnologia na lista das 25 Marcas Brasileiras Mais Valiosas, segundo ranking da Interbrand. Com o compromisso de tornar os seus clientes competitivos no mercado que atuam, a TOTVS oferece soluções para 10 segmentos, complementados por um amplo portfólio de serviços, como Consultoria de Negócios e Cloud Computing. Em 2014, registrou R$ 1,8 bilhão em receitas. Mais informações em www.totvs.com.

Page 12: Relatorio final 18 03 máxima

SPC: número de inadimplentes cai em fevereiro e fica em 53,6 milhões

O número de inadimplentes cresceu 2,33% em fevereiro de 2015, em comparação ao mesmo período de 2014. Apesar do aumento, o índice caiu em relação aos 3,12% de inadimplentes registrados em janeiro. Em termos absolutos, diminuiu o número daqueles que alegam não poder pagar as dívidas em dia. De 54,6 milhões de pessoas em janeiro, o número recuou para 53,6 milhões em fevereiro (equivalentes a 36,89% da população acima de 18 anos), informou hoje (10) o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC – Brasil).Os economistas do órgão explicam que a redução do indicador em relação ao primeiro mês do ano não tem relação com o aumento da quantidade de pagamentos de dívidas em atraso. Para eles, a queda se justifica na "piora do nível de emprego e na redução do poder de compra dos salários, por causa da inflação", segundo a economista Marcela Kawauti."Os bancos e os estabelecimentos comerciais passaram a ser mais rigorosos e criteriosos na hora de conceder financiamentos e empréstimos, o que implica menor oferta de crédito na praça. Como consequência, a inadimplência vem recuando mês a mês", disse Marcela.Análise técnica do SPC Brasil ressalta também que os consumidores estão comprando menos bens caros, como automóveis, produtos da linha branca, móveis, eletrodomésticos e materiais de construção. Para o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Honório Pinheiro, esses são, "justamente, os bens mais dependentes de financiamento".Diante desse recuo, Honório avalia que a situação do varejo, em 2015, pode não ser das melhores. Ele argumenta que o varejo depende de datas para que apresentem lucros significativos, como o Natal e a Páscoa, e acredita que a solução é apostar no comércio de alimentos para tentar minimizar a situação."Estamos apostando no varejo de alimentos para a época da Páscoa. Mesmo nesse varejo não estamos tão otimistas, exatamente pelo consumidor ter diminuído a intenção de compra. Se ele desacelerou a compra de automóvel, obviamente fará o mesmo com outros itens de consumo. Certamente, menos um pouco na área de alimentação, mas ainda impacta também [o varejo]", acrescentou.De acordo com o SPC, o segmento que mais concentra crescimento no número de pendências não pagas é o setor de comunicação, que envolve telefonia fixa e móvel, TV a cabo e internet, que tive alta anual de 8,48%. A segunda maior variação é no setor de água e luz, com aumento de 6,67% ao ano.

Page 13: Relatorio final 18 03 máxima

O setor que mais detém participação nas dívidas é o setor bancário, credor de 47,51% do passivo registrado em fevereiro.Por faixa etária, os idosos continuam sendo os mais dispostos a fazer dívidas. Eles apresentaram a maior variação na taxa de devedores em fevereiro, em relação ao mesmo mês do ano passado. Em contrapartida, são os jovens (de 18 a 24 anos de idade) que menos fazem esse tipo de compra, com variação negativa de 9,33% na taxa de inadimplência anual. O grupo dos adultos (de 30 a 39 anos de idade) é o que tem participação mais alta, de 29,09%, no total de inadimplências.

Page 14: Relatorio final 18 03 máxima

Consumo

Page 15: Relatorio final 18 03 máxima

Copom reconhece que consumo de famílias pode desacelerar

O Banco Central (BC) avalia que o consumo das famílias tende a se estabilizar. A nova previsão consta na ata do Copom divulgada nesta quinta-feira, 12, pela instituição.Na ata anterior, relativa à reunião dos dias 20 e 21 de janeiro, o BC avaliava que o consumo das famílias tendia a registrar ritmo moderado de expansão.O BC também aponta um reajuste maior para os preços administrados - aqueles cujo reajuste de preços é determinado pelo governo.Na ata divulgada hoje, a tarifa de energia elétrica terá reajuste de 38,3% em 2015, significativamente acima da estimativa anterior, de 27,6%.Para a telefonia fixa, a previsão do BC é de uma queda de 4,1% em 2015 ante expectativa anterior do começo do ano de elevação de 0,6%.O Banco Central repetiu na ata divulgada nesta quinta-feira, 12, a mesma fórmula de detalhar suas projeções para os preços administrados e monitorados pelo governo, como trouxe no documento de janeiro.Na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada, o colegiado elevou a Selic de 12,25% para 12,75% ao ano considerando que a alta dos preços administrados em 2015 seria de 10,7%, e não mais de 9,3% como no documento anterior.No caso de 2016, a previsão de alta de 5,1% desse conjunto de preços foi substituída por uma elevação de 5,2%.Para formar seu cenário para os preços administrados, o BC informou também que levou em conta hipótese de elevação de 8% no preço da gasolina, mesmo valor do documento anterior, e de alta de 3,2% no preço do botijão de gás (3% era a estimativa anterior).Até a ata da reunião do Copom de dezembro, a instituição limitava-se a relatar a variação desses itens dentro de um limite de tempo.CideAssim como no documento de janeiro, o BC voltou a explicar no documento que a alta da gasolina é reflexo de incidência da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e da PIS/COFINS.Disse ainda que no caso da energia, a projeção se explica devido ao repasse às tarifas do custo de operações de financiamento, contratadas em 2014, da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

Page 16: Relatorio final 18 03 máxima

A perspectiva de realinhamento dos preços administrados em comparação com os livres tem sido uma tônica constante nos documentos do BC e discursos de seus porta-vozes desde o fim do ano passado.Esse fato, aliado a um realinhamento também dos preços domésticos em relação aos internacionais, são apontados como os principais fatores de pressão sobre a inflação.

Page 17: Relatorio final 18 03 máxima

Classe C não pretende diminuir o consumo em 2015

Vídeohttp://globotv.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/v/classe-c-nao-pretende-diminuir-o-consumo-em-2015-mostra-pesquisa/4012011/

Page 18: Relatorio final 18 03 máxima

Crédito

Page 19: Relatorio final 18 03 máxima

Bancos pedirão teto maior para crédito imobiliário

A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), que representa os bancos, irá pedir ao governo para aumentar o limite do valor dos imóveis que serão financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), de R$ 750 mil (em algumas capitais) para, pelo menos, R$ 1 milhão. Estudos sobre o tema serão concluídos nas próximas semanas, segundo o presidente da entidade e diretor do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, e têm como objetivo aquecer o setor e evitar o aumento do desemprego na construção civil.A última elevação no teto do preço dos imóveis que podem ser financiados pelo SFH ocorreu há pouco mais de um ano, em outubro de 2013. Na ocasião, o governo aumentou o limite de R$ 500 mil (antes, em todas as regiões) para R$ 750 mil em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Distrito Federal. Nos demais Estados, porém, o teto foi para R$ 650 mil.Apesar da escassez de recursos da poupança, que registraram resgates pelo segundo mês consecutivo, preocupar o mercado, o presidente da Abecip explica que é importante manter a cadeia produtiva em funcionamento. A preocupação, segundo Lazari Junior, é com o nível de emprego no setor que tem uma folha de pagamento de mais de 3,3 milhões de pessoas."O setor de construção precisa continuar produzindo, pois temos milhões de empregos envolvidos, além de ser um dos mais importantes da economia. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, que respondem por 60% do crédito imobiliário, é muito difícil encontrar imóveis de até R$ 750 mil”, justifica o presidente da Abecip, em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.Em janeiro, o nível de emprego na construção teve queda de 0,34%, em comparação a dezembro. Em um ano, a retração chegou a 6,14%. Foram fechadas 11,4 mil vagas em janeiro, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e a Fundação Getulio Vargas. Em 12 meses, os postos fechados somam 216.297.

Page 20: Relatorio final 18 03 máxima

Demanda do consumidor por crédito cai pelo segundo mês seguido, aponta Serasa Experian

Após ter recuado 2,5% em janeiro/15, a demanda do consumidor por crédito caiu novamente em fevereiro/15. De acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, a quantidade de pessoas que buscou crédito retraiu-se 10,7% em fevereiro/15 na comparação com janeiro/15. Já na comparação com fevereiro/14, houve crescimento de apenas 0,9% na procura por crédito, o menor ritmo de avanço interanual (mês contra o mesmo mês do ano anterior) dos últimos sete meses. No acumulado do primeiro bimestre, a busca do consumidor por crédito registrou alta de 1,5% frente ao primeiro bimestre de 2014.De acordo com os economistas da Serasa Experian, o baixo grau de confiança dos consumidores e as altas taxas de juros, afugentando-os do crédito, e a menor quantidade de dias úteis devido ao feriado do carnaval, derrubaram a procura do consumidor por crédito em fevereiro/15.

Análise por classe de renda pessoal mensaOs recuos das demandas do consumidor por crédito em fevereiro/15 foram bastante semelhantes ao longo das classes de renda. As maiores retrações, ambas de 11,0%, ocorreram para aqueles consumidores que recebem até R$ 500 por mês e entre R$ 500 e R$ 1.000 mensais. Para os que ganham entre R$ 1.000 e R$ 2.000 por mês, a queda foi de 10,5% e para os que recebem entre R$ 2.000 e R$ 5.000 a retração foi de 10,3%. Já para os que ganham entre R$ 5.000 e R$ 10.000 mensais a queda da busca por crédito foi de 10,0% e, por fim, para aqueles que possuem rendimentos mensais acima de R$ 10.000, a queda na demanda por crédito em fevereiro/15 foi de 10,2%.Na comparação com o primeiro bimestre do ano passado, a maior retração da demanda por crédito aconteceu para aqueles que recebem até R$ 500 por mês: queda de 18,2%. Também houve quedas, bem menos acentuadas, para os consumidores que recebem entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por mês (recuo interanual de 3,8% no primeiro bimestre de 2015) e para os que recebem mais de R$ 10.000 mensais (retração de 3,3%). Já as demais camadas de rendimentos mensais registraram expansões em suas buscas por crédito no primeiro bimestre de 2015 frente ao mesmo período de 2014, a saber: altas de 8,0% para consumidores com renda mensal entre R$ 1.000 e R$ 2.000; de 1,9% para aqueles que ganham entre R$ 2.000 e R$ 5.000 mensais; e de 1,6% para a faixa de renda mensal compreendida entre R$ 500 e R$ 1.000.

Page 21: Relatorio final 18 03 máxima

Análise por regiãoTodas as regiões geográficas do país registraram quedas das demandas dos seus consumidores por crédito em fevereiro/15. As maiores delas ocorreram no Centro-Oeste (retração de 12,5%) e no Nordeste (recuo de 12,2%). Em seguida tivemos as quedas de 10,5% no Sul e de 10,1% no Sudeste. O menor recuo, de 8,3%, em fevereiro/15 deu-se na região Norte.Na comparação com o primeiro bimestre de 2014, as regiões que registraram avanço da demanda dos seus consumidores por crédito neste primeiro bimestre de 2015 foram: Centro-Oeste (15,3%); Norte (6,0%); Nordeste (0,7%). Na direção contrária as regiões Sul e Sudeste registraram retrações de 0,8% e de 0,2%, respectivamente, nas demandas dos seus consumidores por crédito neste primeiro bimestre de 2015.A série histórica deste indicador está disponível em http://www.serasaexperian.com.br/release/indicadores/demanda_pf_credito.htm

Metodologia do indicadorO Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito é construído a partir de uma amostra significativa de CPFs, consultados mensalmente na base de dados da Serasa Experian. A quantidade de CPFs consultados, especificamente nas transações que configuram alguma relação creditícia entre os consumidores e instituições do sistema financeiro ou empresas não financeiras, é transformada em número índice (média de 2008 = 100). O indicador é segmentado por região geográfica e por classe de rendimento mensal.

Page 22: Relatorio final 18 03 máxima

Crédito mais restrito faz inadimplência desacelerar em fevereiro

Tanto o número de consumidores inadimplentes quanto a quantidade de dívidas não pagas desaceleraram no mês de fevereiro, em relação ao mesmo período do ano passado. O número de pessoas registradas em serviços de proteção ao crédito, que em janeiro havia aumentado 3,12% na comparação anual, desacelerou crescendo 2,33% em fevereiro, atingindo a menor variação desde janeiro de 2011. Os dados são do indicador mensal de inadimplência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).Os economistas do SPC Brasil explicam que a desaceleração do indicador não tem qualquer relação com o aumento da quantidade de pagamentos de dívidas em atraso. Muito pelo contrário: o consumidor enfrenta dificuldades com a piora do nível de emprego e com a redução do poder de compra dos salários por conta da inflação."Os bancos e os estabelecimentos comerciais passaram a ser mais rigorosos e criteriosos na hora de conceder financiamentos e empréstimos, o que implica em uma menor oferta de crédito na praça. Como consequência, a inadimplência vem recuando mês após mês", explica a economista do SPC Brasil, Marcela Kawauti.Pelo lado dos consumidores, nota-se uma queda na demanda por bens mais caros como automóveis, motos, produtos das linhas branca, móveis, eletrodomésticos e materiais de construção. "Justamente os bens mais dependentes de financiamento", observa o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Honório Pinheiro, que lembra que no mês de fevereiro, o volume de vendas a prazo caiu 4,83%, segundo o indicador de consultas do SPC.

Menos um milhão de inadimplentes entre fevereiro e janeiro

Ainda que uma leve desaceleração na inadimplência tenha sido registrada em relação a fevereiro do ano passado, os dados na passagem de janeiro para fevereiro apresentaram variações que beiram a estabilidade. A quantidade de pessoas inadimplentes caiu 0,14% entre os dois meses. Já o número de dívidas registrou leve avanço mensal de 0,10%.

Page 23: Relatorio final 18 03 máxima

Números absolutos

Em números absolutos, o SPC Brasil estima que, em fevereiro de 2015, havia 53,6 milhões de devedores negativados, número equivalente 36,89% da população entre acima de 18 anos. Em janeiro, a estimativa era de 54,6 milhões, o que significa uma diminuição de aproximadamente um milhão de consumidores com dívidas em atraso na passagem de janeiro para fevereiro deste ano.O detalhamento por segmento credor da dívida mostra que o setor de Comunicação (telefonia fixa, telefonia móvel, TV a cabo, internet) é o que mais concentra crescimento no número de pendências não pagas (alta anual de 8,48%), dando prosseguimento à tendência observada nos últimos meses. A segunda maior variação, também mantendo a tendência dos últimos relatórios, foi apresentada no setor de Água e Luz (+6,67%). Por outro lado, o comércio mostrou a menor variação no número de dívidas para o mês de fevereiro desde 2012, com retração de 1,12%.

Page 24: Relatorio final 18 03 máxima

Abramat pede a Dilma que amplie crédito para o setor

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Walter Coven, disse nesta terça-feira, 10, que entende as medidas aplicadas recentemente pelo governo para cortar custos, mas não deixou de fazer solicitações para o setor.Ele pediu nesta manhã à presidente Dilma Rousseff, por exemplo, que a Caixa Econômica Federal amplie o volume de crédito para obras e reformas, que hoje é de apenas de R$ 6 bilhões, perante um mercado potencial de R$ 100 bilhões para esse tipo de empréstimo. Segundo o executivo, trata-se de um crédito de boas condições e com taxas baixas, mas que é muito pequeno diante do tamanho do mercado.A presidente também ouviu do dirigente durante a abertura do 21º Salão Internacional da Construção, na capital paulista, críticas ao pequeno volume de financiamento imobiliário. Segundo ele, o montante hoje é de 9% do PIB e deveria ser maior.Em seu discurso, ele também solicitou à presidente maior empenho para trazer o setor privado para obras de construção e infraestrutura. De acordo com ele, a infraestrutura tem potencial de investimento de R$ 4 trilhões.Outra solicitação transmitida por Coven é para que o governo apoie o setor na substituição das importações de materiais de construção. "O setor hoje tem todas as condições e tecnologia para substituir as importações, que hoje são de US$ 12 bilhões.

Page 25: Relatorio final 18 03 máxima

Imóveis já percebem aperto no crédito

Os financiamentos imobiliários estão mais caros desde janeiro e agora o mercado começa a sentir os efeitos desse aperto do crédito. Os aumentos das taxas, segundo alguns profissionais do mercado, variam de 10% a 24% para quem busca imóveis na faixa acima de R$ 650 mil. Os bancos também estão mais criteriosos, exigindo maior comprovação de renda, quando até o final de 2014 as liberações eram mais rápidas.

Nas categorias abaixo de R$ 650 mil, os aumentos dos juros foram menos sentidos, com o impacto girando em torno de 4%. Nas categorias de imóveis para pessoas com renda mais baixa, há metas a serem alcançadas e os financiamentos estão mais acessíveis, principalmente para quem pode usar até 100% do FGTS.

O presidente do Sinduscon, André Montenegro, conta que a restrição do crédito ainda não gerou um grande impacto nas vendas. Como os contratos são de longo prazo, as pessoas interessadas em adquirir um imóvel continuam comprando.

A grande indagação é: até quando o mercado vai segurar esse ritmo? Atualmente, as construtoras já estão fazendo uma seleção mais criteriosa dos projetos que estão sendo postos na prateleira para o consumidor. Há uma clara tentativa de se evitar uma superoferta que repercuta nos preços.

TESTE DE PACIÊNCIA

MINHA CASA, MINHA VIDA

As construtoras cearenses ainda aguardam o calendário para o acerto dos pagamentos dos repasses do programa Minha Casa, Minha Vida que estão em atraso. O governo tinha acenado que até o início deste mês seria estabelecido um cronograma, mas não foi anunciada nenhuma data para a regularização dos débitos até o momento. Os atrasos no Ceará ainda giram em torno de 30 a 45 dias, desacelerando o ritmo das obras. Os investimentos nos projetos dessa área também foram reduzidos e há uma queixa generalizada sobre a falta de reajustes nos orçamentos.

Page 26: Relatorio final 18 03 máxima

Economia

Page 27: Relatorio final 18 03 máxima

BC repete que avanços no combate à inflação ainda não são suficientes

O cenário de convergência da inflação para a meta de 4,5% em 2016 tem se fortalecido, mas os avanços no combate à alta de preços ainda não se mostram suficientes, segundo o Banco Central. A avaliação consta da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que na semana passada subiu a taxa básica de juros para 12,75% – o maior patamar em seis anos."Para o Comitê, contudo, os avanços alcançados no combate à inflação – a exemplo de sinais benignos vindos de indicadores de expectativas de médio e longo prazo – ainda não se mostram suficientes", acrescentou a autoridade monetária. A avaliação já estava presente na ata da reunião anterior do Copom, realizada em janeiro. Segundo analistas, isso pode ser um sinal de que o BC ainda promoverá novos aumentos nos juros básicos da economia."Embora reconheça que outras ações de política macroeconômica podem influenciar a trajetória dos preços, o Copom reafirma sua visão de que cabe especificamente à política monetária [política de juros] manter-se especialmente vigilante, para garantir que pressões detectadas em horizontes mais curtos não se propaguem para horizontes mais longos", acrescentou a instituição.

Sistema de metas e objetivo do BCPelo sistema de metas de inflação vigente na economia brasileira, o BC tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. Para 2015 e 2016, a meta central de inflação é de 4,5%, mas o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de referência, pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, informou, no fim do ano passado, que a inflação deve retomar a trajetória de convergência para a meta central "ao longo de 2015". Segundo ele, o "horizonte de convergência" com o qual o BC trabalha "se estende até o final de 2016". Em doze meses até fevereiro, a inflação somou 7,7%.O novo aumento dos juros básicos da economia, realizado na semana passada, aconteceu em um momento de baixo nível de atividade, mas com a inflação fortemente pressionada pelo aumento de tarifas públicas, como energia elétrica e gasolina, e também pela disparada do dólar – que já opera acima de R$ 3,10 nos últimos dias.

Page 28: Relatorio final 18 03 máxima

Segundo a autoridade monetária, suas previsões de inflação, para 2015, pioraram desde a reunião anterior do Copom, em janeiro, permanecendo acima da meta central de 4,5%. "Para 2016, as projeções de inflação diminuíram em ambos os cenários, mas ainda encontram-se acima da meta de 4,5% fixada pelo CMN", acrescentou o BC.Inflação em 'patamares elevados' e balanço menos favorávelO Copom avaliou na reunião, cuja ata foi divulgada nesta quinta-feira, que o fato de a inflação "atualmente se encontrar em patamares elevados" reflete, em grande parte, a ocorrência de dois importantes processos de ajustes de preços relativos na economia – realinhamento dos preços domésticos em relação aos internacionais (alta do dólar, por exemplo) e realinhamento dos preços administrados em relação aos livres (como o aumento do preço da energia)."O Comitê considera ainda que, desde sua última reunião, entre outros fatores, a intensificação desses ajustes de preços relativos na economia tornou o balanço de riscos para a inflação menos favorável para este ano. Nesse contexto, e conforme antecipado em Notas anteriores, esses ajustes de preços fazem com que a inflação se eleve no curto prazo e tenda a permanecer elevada em 2015", informou o BC.Segundo a autoridade monetária, "ao tempo em que reconhece que esses ajustes de preços relativos têm impactos diretos sobre a inflação, o Comitê reafirma sua visão de que a política monetária [processo de aumento dos juros para conter a inflação] pode e deve conter os efeitos de segunda ordem deles decorrentes".Contas públicasO Copom observa que o cenário central para a inflação leva em conta a materialização das trajetórias com as quais trabalha para as variáveis fiscais, ou seja, para o chamado "superávit primário" do setor público. Após registrar em 2014 o primeiro déficit primário da história, o governo mira uma meta de esforço fiscal de 1,2% do PIB para o setor público neste ano, o equivalente a R$ 66,3 bilhões."O Comitê pondera que, no horizonte relevante para a política monetária, o balanço do setor público tende a se deslocar para a zona de neutralidade, e não descarta a hipótese de migração para a zona de contenção [de gastos]. O Comitê nota ainda que a geração de superavit primários compatíveis com as hipóteses de trabalho contempladas nas projeções de inflação contribuirá para criar uma percepção positiva sobre o ambiente macroeconômico no médio e no longo prazo. Destaca, também, que essa trajetória de superavit primários fortalecerá a percepção de sustentabilidade do balanço do setor público", informou o Copom.

Page 29: Relatorio final 18 03 máxima

Nos últimos meses, o governo subiu tributos sobre combustíveis, automóveis, cosméticos, empréstimos e sobre a folha de pagamentos. Além disso, informou que não fará mais repasses à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) – o que impactará a conta de luz, que, segundo analistas, pode ter aumento acima de 40% neste ano –, limitou benefícios sociais, como seguro-desemprego e abono salarial, e reduziu gastos de custeio e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).Segundo o Copom, "a literatura e as melhores práticas internacionais recomendam um desenho de política fiscal consistente e sustentável, de modo a permitir que as ações de política monetária sejam plenamente transmitidas aos preços". O BC já avaliou, no passado, que para a política de controle da inflação, quanto "mais fiscal [superávit primário], melhor".Crescimento do PIBO Copom informou ainda que o ritmo de expansão da atividade doméstica este ano será "inferior ao potencial". O mercado financeiro estima uma retração do PIB de 0,66% para este ano, o que, se confirmado, será o maior encolhimento da economia brasileira em 25 anos."Para o Comitê, o ritmo de atividade tende a se intensificar na medida em que a confiança de firmas e famílias se fortaleça. Além disso, o Comitê avalia que, no médio prazo, mudanças importantes devem ocorrer na composição da demanda e da oferta agregada. O consumo tende a crescer em ritmo moderado; e os investimentos tendem a ganhar impulso", informou o Banco Central.De acordo com a autoridade monetária, essas mudanças, somadas com outras que estão acotnecendo, antecipam uma composição do crescimento da demanda agregada no médio prazo "mais favorável ao crescimento potencial". "No que se refere ao componente externo da demanda agregada, o cenário de maior crescimento global, combinado com a depreciação do real, milita no sentido de torná-lo mais favorável ao crescimento da economia brasileira", acrescentou."Pelo lado da oferta, o Comitê avalia que, em prazos mais longos, emergem perspectivas mais favoráveis à competitividade da indústria, e também da agropecuária; o setor de serviços, por sua vez, tende a crescer a taxas menores do que as registradas em anos recentes. Para o Comitê, é plausível afirmar que esses desenvolvimentos – somados a avanços na qualificação da mão de obra e ao programa de concessão de serviços públicos – traduzir-se-ão numa alocação mais eficiente dos fatores de produção da economia e em ganhos de produtividade", avaliou.

Page 30: Relatorio final 18 03 máxima

Dilma afirma que recuperação da economia vai ser sentida este ano

A presidente foi recebida com vaias na abertura do Salão Internacional da ConstruçãoA presidente Dilma Rousseff disse ontem que espera que a economia brasileira supere a crise até o fim do ano. “Nós vamos fazer todo o esforço ao nosso alcance para que, até o final deste ano, os sinais de recuperação já comecem a aparecer”, declarou ao discursar na abertura do Salão Internacional da Construção (Feicon-Batimat), em São Paulo, onde foi recebida com vaias por expositores e trabalhadores.Dilma admitiu, no entanto, que o momento é delicado. “Eu não ignoro a desaceleração do setor e da economia vivenciada no momento atual. Eu tenho trabalhado de forma sistemática para superar ainda este ano essa desaceleração”, disse logo no início de sua fala.O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Walter Cover, defendeu o processo democrático no País, durante o evento de abertura, para uma plateia de executivos. “O empresário, em sua grande maioria, mesmo com esse momento difícil, tem mantido o equilíbrio, quer a governabilidade e a permanência do processo democrático. Está fazendo a crítica precisa, não aquela simplista e generalista”, declarou.Apesar de assumir que o País passa por um momento de dificuldades, Dilma disse que alguns setores da sociedade vêm exagerando na proporção dos problemas. “Nem de longe, nós estamos vivendo uma crise nas dimensões que alguns dizem que nós estamos vivendo. Nós passamos por problemas estritamente conjunturais, porque nossos fundamentos, hoje, são sólidos”, ressaltou.Para superar a crise, a presidenta voltou a defender a necessidade de medidas de ajuste fiscal. “Nós temos que fazer correções e ajustes. Justamente para isso, nós estamos tomando medidas que ajustam as contas públicas. Porque nós absorvemos, no orçamento do governo federal, uma parte importante da crise”, disse, em referência às turbulências enfrentadas pela economia mundial desde 2009. “Isso é o que impede que, sem fazer alguns ajustes, mantenhamos o ritmo anterior de desoneração e subsídio”, acrescentou, para justificar o fim das medidas de incentivo.Ela destacou, entretanto, que os ajustes têm como objetivo permitir que o Brasil volte a crescer. “Mas essas correções e ajustes têm propósitos muito claros. Eles reforçam ainda mais os fundamentos econômicos do país. E constroem novas condições para retomada tanto do crescimento quanto do emprego”, destacou.

Page 31: Relatorio final 18 03 máxima

Dilma foi vaiada enquanto visitava o pavilhão que passava por ajustes antes de ser aberto ao público. Ela estava acompanhada do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, e de representantes empresariais do setor da indústria e comércio de materiais de construção. (das agências)

Saiba maisDepois das vaias, a presidente Dilma Rousseff mudou os planos e decidiu se encontrar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na noite de ontem, em Brasília. A ideia inicial era que os dois se reunissem, no início da tarde em São Paulo.O encontro seria após a presidente participar do Salão Internacional da Construção, na capital paulista, onde foi recebida com vaias e gritos de “fora Dilma” e “fora PT”. Antes de a petista embarcar para São Paulo, porém, Dilma e Lula se falaram e decidiram mudar o local do encontro.A decisão foi tomada para despistar os jornalistas, que já sabiam da reunião. O partido e o Governo Federal esperam que a conversa entre Lula e Dilma ajude a resolver parte da crise que traga o Palácio do Planalto.

Page 32: Relatorio final 18 03 máxima

Cai proporção de famílias endividadas pelo 7º mês seguido38,9% das famílias paulistanas disseram estar endividadas em fevereiro.Em 2014, índice chegou a 50,9%, segundo levantamento da FecomercioSP.

Pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostra que em fevereiro 38,9% das famílias paulistanas informaram ter algum tipo de dívida. É o 7º mês consecutivo de recuo no volume de famílias endividadas na capital paulista. O resultado do mês é 12 pontos porcentuais menor do que o registrado no ano passado (50,9%). Em janeiro deste ano, o índice foi de 39,3%.A pesquisa aponta ainda que o porcentual de endividamento das famílias que ganham até 10 salários mínimos também diminuiu e é o menor desde 2010.De acordo com a FecomercioSP, o baixo nível de endividamento mostra que o consumidor continua cauteloso na realização de novos financiamentos em função do desempenho econômico, das altas dos preços e dos juros, que pressionam a renda das famílias.

InadimplentesEntre os entrevistados, 10,8% informaram estar inadimplentes. Em fevereiro de 2014, o índice era de 14,4%. Entre as famílias com contas atrasadas, 52,2% estão com as contas vencidas há mais de 90 dias; 24,5% possuem contas atrasadas entre 30 e 90 dias; e 21,6% estão com dívidas em atraso de até 30 dias.A pesquisa apontou ainda que 4,5% dos entrevistados declararam não ter condições de pagar as contas, total ou parcialmente, nos próximos meses, contra 4,7% no mês passado. Em fevereiro de 2014, esse percentual era de 3,5%.Novos financiamentosEm fevereiro, a busca por novas linhas de crédito recuou 5,4% na comparação com o mesmo mês de 2014. Além disso, a maioria dos entrevistados (84,3%) disse não ter a intenção de contrair novos financiamentos nos próximos três meses.Um dos fatores que comprovam o cenário cauteloso é a retração no percentual de famílias que optaram pela utilização de cartão de crédito como forma de pagamento. Mesmo sendo a modalidade mais escolhida entre as famílias entrevistadas, em fevereiro, o índice apontou queda, ao passar de 69,1% -registrado no mesmo período de 2014 - para 47,1%. Na comparação com janeiro (52,4%), o resultado foi 5,3 p.p. menor.Entre os tipos de dívidas com maior participação no orçamento das famílias, de acordo com a pesquisa, estão financiamento de carro (24,2%); carnê (23,9%); financiamento de casa (13,3%); e crédito pessoal (13,1%).

Page 33: Relatorio final 18 03 máxima

Tenho trabalhado para superar desaceleração da economia, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff reconheceu o momento difícil por que passa a economia brasileira e ressaltou que seu governo está "trabalhando sistematicamente" para enfrentar a desaceleração da economia."Não ignoro a desaceleração da economia e do setor neste momento, mas temos trabalhado sistematicamente para vencer esta desaceleração", disse Dilma para uma pequena plateia de empresários na abertura do 21º Salão Internacional da Construção.Os presente à cerimônia ocuparam menos da metade do auditório do Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.Aos empresários que pouco antes da abertura do evento a haviam vaiado, Dilma disse que o setor da construção é parte da estratégia de desenvolvimento do Pais.No discurso, ela ressaltou a importância do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que quando foi criado, segundo ela, era o maior programa de infraestrutura do País das últimas décadas."O Brasil se transformou e fez das obras públicas um de seus vetores de crescimento", disse.A presidente repetiu que a economia brasileira mudou de patamar nos últimos anos e citou como exemplo o total de empregos gerados, que saltou de 1 milhão em 2002 para 2,7 milhões em 2014.A avaliação da presidente é que a construção civil foi uma espécie de alavanca para a geração dos empregos."Parte das pessoas que passaram para a classe média teve sua alavanca na construção", disse.Ela também fez menção ao credito para o setor, que nos últimos 12 anos passou de um total de R$ 25,5 bilhões para R$ 498 bilhões.

Page 34: Relatorio final 18 03 máxima

Analistas estimam retração ainda maior para a economia este ano

De mal a pior. A cada semana, a expectativa do mercado financeiro sobre o desempenho da economia brasileira vai se esfarelando. A previsão para o PIB, a soma de tudo que é produzido no país, encolheu mais uma vez. E a projeção para a inflação, que já estava estourando o limite máximo da meta - que é de 6,5% -, subiu mais um pouco. Os números estão naquela pesquisa semanal que o Banco Central faz com cerca de 100 instituições financeiras.No início de janeiro, os especialistas apostavam em um crescimento de 0,5% para o PIB brasileiro este ano. Mas de lá para cá, as projeções ficaram mais pessimistas a cada semana. Com as incertezas acentuadas sobre a economia brasileira, a perspectiva se aprofundou ainda mais. Passando de queda de 0,58% para uma retração de 0,66% nesta semana. Se confirmada, será a maior contração para o PIB brasileiro em 25 anos.Os analistas do mercado financeiro continuam apostando que a alta dos preços não deve dar sinais de trégua tão cedo. Em janeiro, a estimativa para o índice oficial de preços - o IPCA - já estourava o teto da meta, que é de 6,5%, e passou dos 7% naquele mesmo mês. E a trajetória foi de aceleração em fevereiro. E agora, na segunda semana de março, o mercado sinaliza para o fim do ano uma alta nos preços de 7,77%. Se confirmada, será a maior taxa em 12 anos.

Page 35: Relatorio final 18 03 máxima

Guardar ao invés de consumir permite países crescerem, diz Levy

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta segunda-feira (9) em Brasília, na abertura da 2ª Semana Nacional de Educação Financeira, que a escolha de que a sociedade deve guardar um pouco mais, para garantir um investimento que vai "continuar dando frutos", ao invés de consumir imediatamente os recursos, é o que permite aos países crescerem.Saber priorizar e medir o resultado do gasto público vai ser cada vez mais importante. Temos que equilibrar demanda dos mais idosos com as novas gerações, que vão estar criando a riqueza do Brasil""Não vou exagerar nos paralelos que devem estar fazendo [da educação financeira] na nossa vida nacional [medidas de ajuste implementadas recentemente pelo governo federal]. No entendimento de decisões entre presente e futuro e a priorização de recursos para Educação, os paralelos são evidentes e escolhas também. Saber priorizar e medir o resultado do gasto público vai ser cada vez mais importante. Temos que equilibrar demanda dos mais idosos com as novas gerações, que vão estar criando a riqueza do Brasil", declarou o ministro da Fazenda.Segundo ele, nesse contexto se inserem muitos dos ajustes que o Brasil está fazendo para garantir uma trajetória e o desenvolvimento de novos instrumentos financeiros que facilitem os investimentos. Em sua visão, o investimento "baseado apenas no crédito tem um limite, que rapidamente se 'descobre'".Na avaliação do ministro da Fazenda, o entendimento de que poupanças individuais são importantes para garantir bem estar no futuro e parte da educação financeira, complementa as ações do governo para garantir sustentabilidade do sistema previdenciário. "As pessoas entenderem relações entre contribuições e benefícios no sistema publico, ela realmente transforma potencialmente a visão do cidadão na discussão de politicas públicas", disse ele.De acordo com Joaquim Levy, a diferença entre a real pobreza e as pessoas que têm uma vida mais protegida, é a proteção contra eventos inesperados. "Quando a gente não têm seguro, qualquer coisa que a gente acontece desorganiza todos nossos planos. Às vezes, um pequeno evento pode ter consequências muito grandes na vida das pessoas. O seguro tem um bem estar das pessoas extraordinariamente importante, quer seja seguro auto, saúde, etc. Traz elemento de bem estar extraordinário", declarou.

Page 36: Relatorio final 18 03 máxima

Expectativa de vida dos brasileirosTambém presente na abertura do evento sobre Educação Financeira, o ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, afirmou que a expectativa de sobrevida dos brasileiros está em 84 anos."A sociedade brasileira ainda tem como premissa que deve se aposentar aos 50 anos. Média de aposentadoria é aos 54 anos. Por falta de informação, pessoas acabam tomando medidas que acabam prejudicando a elas próprias", informou ele.Ao se aposentar antes dos 60 anos (mulheres) e dos 65 anos (homens), os brasileiros entram no cálculo do fator previdenciário - que diminui o valor das aposentadorias.

Page 37: Relatorio final 18 03 máxima

Balança comercial começa mês de março no vermelho

Após registrar o pior mês de fevereiro em 35 anos, a balança comercial brasileira iniciou o mês de março também no vermelho. Segundo números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) nesta segunda-feira (9), as importações superaram as exportações, resultando em déficit comercial, em US$ 50 milhões na primeira semana deste mês.Segundo o governo, as exportações recuaram 15,3% em no início de março, na comparação com o mesmo mês do ano passado, por conta da retração das vendas de básicos (-28,5%) e semimanufaturados (-0,2%). Os produtos manufaturados, por sua vez, registraram estabailidade nas vendas externas.Do lado das importações, houve queda de 13,6% na comparação com março do ano passado por conta, principalmente, da queda de gastos com adubos e fertilizantes (-43,9%), veículos automóveis e partes (-31,3%), borracha e obras (-22,5%), equipamentos mecânicos (-22,3%) e farmacêuticos (-15,8%).

Acumulado de 2015No acumulado deste ano, até este domingo (8), de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, a balança comercial registrou um déficit (importações maiores do que vendas externas) de US$ 6,06 bilhões. Com isso, houve pequena melhora frente ao mesmo período do ano passado, quando o resultado negativo somou US$ 6,08 bilhões.Na parcial de 2015, as exportações somaram US$ 29,72 bilhões, com média diária de US$ 675 milhões (queda de 12,1% sobre o mesmo período do ano passado). As importações, por sua vez, somaram US$ 35,79 bilhões, ou US$ 813 milhões por dia útil, uma queda de 10% em relação ao mesmo período de 2014.

Resultado de 2014Em 2014, a balança comercial brasileira teve déficit (importações maiores do que vendas externas) de US$ 3,93 bilhões, o pior resultado para um ano fechado desde 1998, quando houve saldo negativo de US$ 6,62 bilhões. Também foi o primeiro déficit comercial desde o ano 2000, quando as compras do exterior ficaram US$ 731 milhões acima das exportações.De acordo com o governo, a piora do resultado comercial no ano passado aconteceu, principalmente, por conta da queda no preço das "commodities" (produtos básicos com cotação internacional, como minério de ferro, petróleo e alimentos, por exemplo); pela crise econômica na Argentina – país que é um dos principais compradores de produtos brasileiros – e pelos gastos do Brasil com importação de combustíveis.

Page 38: Relatorio final 18 03 máxima

Estimativas do mercado e do BC para 2015A expectativa do mercado financeiro para este ano, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras na semana passada, é de melhora do saldo comercial. A previsão dos analistas dos bancos é de um superávit de US$ 4 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior.Já o Banco Central prevê um superávit da balança comercial de US$ 6 bilhões para 2015, com exportações em US$ 234 bilhões e compras do exterior no valor de US$ 228 bilhões.

Page 39: Relatorio final 18 03 máxima

Focus eleva para 0,66% previsão de retração da economia em 2015

Mais uma vez apresentando forte piora, a produção industrial foi o estopim para uma nova correção para baixo das previsões do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015. A perspectiva de retração se aprofundou e passou de -0,58% para -0,66% no Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 9, pelo Banco Central. Há quatro semanas, a estimativa ainda era de estabilidade de crescimento econômico. Esta foi a décima revisão seguida para baixo desse indicador. Para 2016, a expectativa segue um pouco mais otimista, apesar de também ter sido diminuída. A previsão de alta de 1,50% foi substituída pela de 1,40%.A produção industrial continua como referência para a confecção das previsões para o PIB em 2015 e 2016. No boletim Focus, a mediana das estimativas do mercado para o setor manufatureiro revela uma expectativa de queda de 1,38% para este ano, bem maior do que a previsão de baixa de 0,72% vista na semana passada e de alta de 0,44% de quatro semanas atrás. Para 2016, as apostas de expansão para a indústria foram mantidas em 2,40% de uma semana para outra. Mesmo assim, a mediana está mais baixa do que a vista quatro edições da pesquisa Focus: 2,50%.Os economistas alteraram também suas estimativas para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB. Para 2015, a mediana das previsões passou de 38,20% para 38,00% - quatro semanas antes esse número estava em 37,20%. No caso de 2016, as expectativas foram ampliadas de 38,90% para 39,15% de uma semana para outra - um mês atrás estava em 37,80%.

Câmbio

As previsões para o comportamento do câmbio neste e no próximo ano mostraram mudanças sutis no relatório do BC. De acordo com o documento, a mediana das estimativas para o dólar no encerramento de 2015 passou de R$ 2,91 para R$ 2,95. Quatro edições anteriores, a mediana estava em R$ 2,80. Com a elevação, a taxa média prevista para este ano subiu de R$ 2,86 para R$ 2,88 -um mês antes estava em R$ 2,73.Já para 2016, a cotação final ficou parada em R$ 3,00 de uma semana para outra -estava em R$ 2,90 quatro levantamentos antes. Apesar disso, a taxa média para o ano que vem avançou de R$ 2,90 para R$ 2,93. Quatro semanas antes, a mediana estava em R$ 2,82.

Page 40: Relatorio final 18 03 máxima

Superávit comercial

As projeções para a balança comercial apresentaram piora tanto para 2015 quanto para 2016. A mediana das estimativas para o saldo comercial em 2015 caiu de um saldo positivo de US$ 5 bilhões, mesmo patamar também visto quatro semanas atrás, para US$ 4 bilhões. Para 2016, a mediana das projeções passou de um superávit de US$ 11,24 bilhões para US$ 10,40 bilhões. Um mês antes, a projeção mediana era de uma saldo positivo de US$ 12 bilhões.No caso das previsões para a conta corrente, o mercado financeiro manteve suas previsões e a mediana para 2015 ficou estável em um déficit de US$ 79,10 bilhões de uma edição da Focus para a outra. Quatro semanas atrás estava em US$ 78,00 bilhões. Já para 2016, a perspectiva de saldo negativo ficou inalterada em US$ 70 bilhões agora. Um mês antes esse número estava em US$ 69,00 bilhões.Para esses analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) será insuficiente para cobrir esse resultado deficitário em 2015 e também no ano que vem, já que a mediana das previsões para esse indicador foi mantida US$ 60,00 bilhões no caso de 2015 e reduzida de US$ 58,50 bilhões para US$ 58 bilhões no de 2016.O conselho de gastar menos do que se ganha nunca calhou tão bem como agora. O primeiro bimestre difícil na economia brasileira e as projeções desanimadoras exigem realinhamento do orçamento familiar. A precaução tem dois motivos: o impopular ajuste fiscal do governo federal e a desconfiança provocada pela crise política.Jacqueline Maria Corá, professora e coordenadora do Curso de Ciências Econômicas da UCS, sugere cautela nos gastos de casa porque haverá efeito negativo no mercado com o alta da taxa de juros básica para 12,75%, aprovada na semana passada. É remédio amargo para segurar a inflação, e o impacto será sentido principalmente entre trabalhadores.Se no ano passado Caxias do Sul já perdeu 5 mil postos de trabalho no setor metalmecânico e viu a economia local minguar 7,3%, a previsão é de forte desaceleração e mais cortes de vagas.— O início de 2015 não foi nada bom em termos econômicos e os principais indicadores são negativos. A situação do emprego segue na mesma linha que a atividade econômica. Assim, se ocorre uma projeção de PIB negativo, as projeções são que aumente a taxa de desemprego (que já aumentou para 8,1% em 2014) —diz Jacqueline.A combinação de PIB negativo e inflação além da meta de 4,5% produz o que os economistas batizam de estagflação, ou uma recessão, algo desastroso. Isso ocorre porque o aumento de preços é contínuo mesmo sem crescimento do consumo.

Page 41: Relatorio final 18 03 máxima

Para Jacqueline, o aumento de taxa de juros acaba não forçando a inflação para baixo. A lógica de poupar e cortar o supérfluo precisa ser ponderada.— A crise política vem agravando o problema econômico pela falta de confiança que passa ao mercado, e isso fica bastante visível na taxa de câmbio do dólar, que já rompe a barreira dos R$ 3, uma situação que só ocorreu em outro momento de grande incerteza no cenário político-econômico do país — analisa Jacqueline.

Portanto, é recomendado levar a sério dicas de especialistas. Mais importante: não é momento de contrair novas dívidas.

DICAS*

1ª Planeje: faça um bom planejamento, anotando todos os compromissos financeiros no momento. Coloque os pequenos gastos do dia a dia, que podem ter uma grande participação no orçamento ao serem somados no fim do mês. Uma planilha de orçamento doméstico pode ajudar.

2º Combine com a família: tenha uma conversa franca em família e compartilhe com todos a atual situação econômica. O apoio e a conscientização são fundamentais para encarar qualquer tipo de dificuldade.

3ª Encare o momento: estabeleça uma sintonia entre a atividade econômica do país e o orçamento doméstico. Recue o quanto puder no consumo de supérfluos.

4ª Corte despesas: analise o que pode ser cortado neste momento sem que haja grandes prejuízos no dia a dia. Fuja dos gastos desnecessários, centralizando o dinheiro apenas no que for essencial.

5ª Cuidado com a renda: evite comprometer ainda mais a renda com financiamentos e parcelas longas. Com os juros mais altos, já está difícil pagar todas as dívidas assumidas e o caminho para a inadimplência pode estar ficando cada vez mais curto.

6ª Seja prudente com o cartão de crédito: controle os gastos com o cartão de crédito. Ao receber a fatura com as despesas já assumidas, faça o pagamento integral, evitando o crédito rotativo.

7ª Evite o cheque especial: deve ser visto como a última alternativa. Evite-o como complemento do salário. Se estiver precisando de dinheiro, procure outras possibilidades, como o crédito consignado que, entre as opções de empréstimo pessoal, possui uma das menores taxas de juros.

Page 42: Relatorio final 18 03 máxima

8ª Economize na compra de alimentos: tente substituir o que está mais caro por um produto que esteja com melhores condições. Muitos supermercados escolhem um dia da semana para promover produtos de feira. Aproveite.

9º Poupe no dia a dia: economize o quanto puder no dia a dia. Faça comparações e veja se é mais vantajoso fazer refeições dentro ou fora de casa, por exemplo. A mesma economia também deve valer para o consumo de água e luz. A energia elétrica já está mais cara em todo o país. Reaproveite a água para utilizá-la na limpeza da casa. Desligar os aparelhos eletrônicos da tomada quando não estiver usando-os também ajuda a diminuir os gastos.

10ª Renegocie dívidas: se já tiver caído na inadimplência, a orientação é renegociar a dívida. Explique ao credor a situação econômica e proponha valores e condições que caibam no bolso. A negociação pode ser feita com comodidade e segurança pela internet no serviço Limpa Nome Online. Basta entrar no site:www.serasaconsumidor.com.br/limpa-nome-online e se cadastrar.

Page 43: Relatorio final 18 03 máxima

Franquia

Page 44: Relatorio final 18 03 máxima

Paleta mexicana ou esmalteria? Pesquisa aponta tendências do mercado de franquias

O mercado de franquias é sempre um cenário de novidades. No final da década passada, o frozen yogurt era a grande novidade. Na sequência vieram os cupcakes, as esmalterias, entre outros produtos. No ano passado, as lojas de bolos caseiros e paletas mexicanas se tornaram as grandes protagonistas do setor.Mas nesse cenário há um movimento que se repete: depois da febre relacionada ao produto – e o surgimento de diversas lojas - apenas as marcas mais bem estruturadas permanecem no mercado. Dentro deste contexto, a Folha de S. Paulo realizou uma pesquisa com consultorias e grupos de franquia e aponta quais as tendências do setor para os próximos meses.Existem atualmente no Brasil 2.941 marcas de franquia. De acordo com a reportagem, a Associação Brasileira de Franchising espera um aumento de 8% (235) até o final do ano, mesmo com as perspectivas pessimistas para a economia. Veja a seguir alguns dados apontados pela pesquisa:Franquias em queda ou crise: Esmalterias, Lavanderia, Turismo, Paleterias e Bolos Caseiros.Franquias em alta ou tendências: Franquias de Tecnologia, Saúde e Sustentáveis.Setores com mais lançamentos nos próximos meses:Alimentação –Doce, Sanduíche, Cachorro-quente, Sorvete e Bolo.Serviços– Estética, Clínica, Consultoria e Academia.Comércio – Vestuário e Farmácia.

Page 45: Relatorio final 18 03 máxima

E-book

Page 46: Relatorio final 18 03 máxima

Os novos rumos do varejo

(anexo)

Page 47: Relatorio final 18 03 máxima

Fim