Relatorio final 24 02

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Relatório 24/02/2014

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Relatório 24/02/2014

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Resumo 3

Varejo 6

Consumo 23

Crédito 40

Economia 52

Estudo: Consumo Consciente – Anexo 1 80

Franquias 75

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Resumo

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O Brasil pretende anunciar até abril uma nova estratégia para aumentar o investimento na economia. A promessa está sendo feita pela delegação brasileira nas reuniões fechadas do grupo das 20 maiores economias do mundo, o G-20. Ainda assim, segundo pesquisa conduzida pelo Banco Central este mês, com mais de 100 economistas de instituições financeiras, o crescimento da economia deve ser zero em 2015; e a inflação deve atingir a marca de 7,15% – a maior em 11 anos.Em 2014, o varejo brasileiro teve o pior desempenho desde 2003, com crescimento de apenas 2,2%. Segundo o IBGE, a explicação para isso estaria na alta das taxas de juros, na desaceleração do ritmo de concessões de crédito e no baixo crescimento da renda, além de ser um ano atípico, com Copa do Mundo e eleições. O segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico - que inclui lojas de departamento - registrou alta de 7,9% no volume de vendas em relação ao ano anterior, o principal impacto positivo para o avanço de 2,2% do varejo no período.A situação do comércio varejista do país deverá se repetir em 2015, já que a oferta de crédito deve ser ainda menor e mais burocrática, e a taxa de emprego também apresentou queda neste início de ano. Janeiro já registra baixa procura de crédito pelo consumidor, devido ao crediário cada vez mais caro, inflação em ascensão e queda dos índices de confiança dos consumidores.O BNDES também demonstra sinais de restrição na concessão de crédito às empresas, principalmente às micro e pequenas. Em decorrência dos ajustes econômicos em curso, entidades empresariais afirmam que os bancos públicos e comerciais vão ficar mais seletivos na concessão de crédito, o que interfere diretamente nos investimentos. Mesmo com o cenário negativo, a busca por crédito pelo varejo aumentou 12,3% na comparação com o mês de dezembro. Segundo economistas do Serasa Experian, o resultado foi impulsionado pela movimentação típica de recomposição de estoques no começo do ano após as vendas de Natal.Ainda falando em bancos, a Justiça suíça abriu uma investigação por lavagem de dinheiro contra o banco HSBC. O processo foi aberto depois que uma rede de jornais revelou que o banco havia ajudado 100 mil clientes de todo o mundo a abrir contas na Suíça e fugir do controle de seus países.Os varejistas também devem ficar atentos para evitar multas com a contratação informal, já que o governo promete endurecer a fiscalização. O Ministério do Trabalho e Emprego anunciou que vai aumentar o valor da multa cobrada de empregadores que contratam funcionários sem assinar a carteira de trabalho, entre outras medidas para aumentar a arrecadação com fundos como o FGTS e o INSS.

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A crise hídrica e energética também podem afetar a economia e o comércio varejista. Com o baixo volume de chuvas neste início de ano, a classe empresarial começa a ser cobrada. A população foi convocada a reduzir o consumo, mas organizações vêm apontando a necessidade de fazer mesmo com as indústrias, principais responsáveis pelo uso da água e a baixo custo, o que não as incentivaria a investir em tecnologia para redução do consumo.

FRANQUIAS

Pesquisa da Associação Brasileira de Franchise (ABF) aponta um crescimento de 8,52% no mercado de franquias. Para quem deseja investir no ramo, o interior parece ser a grande aposta da vez. A alta imobiliária nas capitais, associada ao aumento da renda da classe C e ao potencial de consumo dos moradores das cidades fora das regiões metropolitanas, tem acarretado na migração da franchising para o interior do país. Hoje, uma em cada quatro franquias brasileiras está fora das capitais e das regiões metropolitanas, o que faz dessa região um expressivo mercado a ser explorado por empreendedores

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Varejo

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Vendas fracas do varejo sinalizam quadro ruim para consumo, diz Tendências

O resultado fraco das vendas do varejo em 2014, divulgado nesta quarta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reforça a expectativa de um quadro muito adverso para o consumo em 2015, na avaliação do economista Rodrigo Baggi, da Tendências Consultoria Integrada. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o varejo ampliado teve redução de 1,7% sobre 2013 e o restrito apresentou alta de 2,2% - a menor desde 2003."Este ano será ruim para mercado de trabalho e para a renda de famílias. Além disso, a confiança está em níveis muito baixos, sem perspectiva de melhora, e a previsão é de menor tomada de crédito nos próximos meses. O ambiente como um todo é desfavorável", afirmou.Segundo Baggi, a previsão da Tendências para as vendas do comércio em 2015 já era modesta - avanço de 0,4% para o varejo restrito e de zero para o ampliado -, e agora será revisada para baixo. "Nos dois casos a projeção deverá ser negativa." Ele acredita que o maior impacto negativo será percebido sobre o consumo de bens duráveis, que sofrem com a trajetória de alta dos juros.Baggi ressalta que, se o panorama macroeconômico já tinha "vetores desfavoráveis", os dados do varejo divulgados hoje pelo IBGE só reforçam a possibilidade de desaceleração da atividade no horizonte. "A crise vinha do setor industrial há muito tempo, mas agora bate também na porta das famílias."De acordo com o economista, os ajustes contracionistas que estão sendo promovidos pelo governo por si só criavam um contexto de desaceleração no primeiro semestre do ano, maschoques que não estavam previstos, como o agravamento da crise energética e as consequências políticas da operação Lava Jato, contribuem para a piora do quadro. "O cenário de recessão em 2015 no Brasil tem ficado cada vez mais claro", disse.

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Levy recebe representantes do varejo

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, recebeu nesta tarde de quinta-feira (12/02), um grupo de representantes do varejo, liderados pela empresária Luiza Trajano, da rede Magazine Luiza. Em uma reunião de mais de duas horas, ele ouviu dos empresários que o nível de confiança do consumidor precisa melhorar para evitar demissões pelo setor. "A gente falou que o índice de confiança tem de crescer para não ter demissão, mas ele sabe disso", afirmou a empresária.Levy recebeu 21 empresários e executivos integrantes do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), presidido por Luiza. Entre eles, o vice-presidente da Riachuelo, Flávio Rocha; o presidente da Avon, David Legher; o presidente da Walmart, Guilherme Loureiro; o vice-presidente do Carrefour, Stephane Engelhard; o diretor-geral da C&C, José Osvaldo Noronha Leivas; e o presidente do conselho de administração da rede Raia Drogasil, Antônio Carlos Pipponzi.O setor disse que decidiu procurar o ministro para entender as medidas fiscais adotadas pelo governo. "O ministro traçou que é um ano de ajuste e que vamos ter de trabalhar para tirar (custo) onde não vai ter ajuste", disse. "A gente sabe que o momento exige restrições de algumas coisas, mas o ministro Levy está confiante", observou Luiza.O vice-presidente do IDV, Flávio Rocha, ressaltou que o varejo viveu uma "década de excepcional" até o ano passado. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou ontem que as vendas do comércio varejista despencaram no último mês de 2014. A queda de 2,6% na passagem de novembro para dezembro foi o pior resultado em um mês já registrado pela Pesquisa Mensal de Comércio. No ano, houve crescimento de 2,2%, mas ainda foi o mais baixo resultado em 11 anos. "Foi o pior ano desta década", disse Rocha.Na sequência, Luiza, ponderou que aumento dos juros bancários para o crédito não afetou o nível de inadimplência do varejo. "A inadimplência está totalmente sob controle, a população não está endividada e não caiu o crédito, os bancos não forçaram o crédito (para baixo). Mais caro (a tomada de empréstimo) é uma coisa, dizer que tem inadimplência é outra", afirmou, ressaltando que a "desconfiança é a maior" ameaça ao consumo. "A gente concorda que tanto o governo quanto nós precisamos nos comunicar mais claramente. A gente sabe que a onda de pessimismo só vai sair à medida que as coisas começarem a fazer acontecer", observou.

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De acordo com a líder dos varejistas, o que foi pedido ao ministro foi para que haja a adoção de medidas para diminuir a burocracia. "A gente sabe que tem uma burocracia em que a gente está perdendo 2% ou 3% (do lucro) e podemos ganhar só tirando essa burocracia", considerou.EnergiaO risco de racionamento elétrico esteve na pauta da reunião, com o ministro pedindo ajuda ao setor de consumo para estimular a economia no desperdício residencial de seus clientes. Ele sugeriu uma campanha conjunta entre governo e empresas. "Ele (Levy) disse que se cada casa diminuir 2% (do consumo de energia) ia ajudar muito", relatou Luiza.Os empresários do IDV deixaram a Fazenda em direção ao Ministério de Minas e Energia, onde têm reunião com o ministro Eduardo Braga para entender tecnicamente a ameaça de racionamento. "Temos uma ligação direta com o consumidor e podemos pedir para eles ajudarem na economia de energia", disse a empresária.PosicionamentoJoaquim Levy disse em nota divulgada após o encontro que confia em uma retomada do crescimento econômico com "apoio da iniciativa privada". "O setor varejista brasileiro é um dos maiores do mundo. É o que mais emprega e com certeza pode ajudar muito a criar um ambiente melhor para ajudar a trazer mais investimentos e a retomada do crescimento da nossa economia", afirmou.De acordo com a nota, o ministro explicou o arrocho fiscal adotado pelo governo, que incluiu o aumento de impostos e o corte de despesas propostas em medidas para mudar a concessão do seguro-desemprego, pensão por morte, entre outras medidas. "Vamos precisar do apoio de todos vocês do setor de varejo. E tenham a certeza de que a economia brasileira tem a capacidade de responder rápido a medidas de ajuste. Foi assim no passado e tenho certeza de que isso vai acontecer de novo", disse.Em sua fala, Levy teria destacado o reequilíbrio fiscal e a solidez das contas públicas como "indispensáveis" para o ambiente de negócios do país e a retomada da confiança empresarial. "Precisamos unir esforços", destacou.

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Recuperação do varejo deve ficar para 2016, diz FecomercioRJ

As vendas no varejo em 2014 foram afetadas pela inflação, crise de confiança, pelos juros mais altos e pela acomodação no mercado de trabalho, avaliou a Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (FecomércioRJ).O volume vendido pelo comércio varejista aumentou 2,2% no ano passado, o resultado mais baixo desde 2003, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)."Como nas demais áreas do cenário econômico, o varejo sentiu em 2014 os efeitos de inflação persistente, desaceleração do emprego - com aumento do desemprego no fim do ano -, juros em elevação e queda da confiança dos agentes econômicos", afirmou a Fecomércio RJ, em nota enviada ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.Segundo a Federação, o cenário deve se manter desfavorável para o setor este ano, com possível recuperação apenas em 2016, caso as medidas implementadas pela nova equipe econômica consigam corrigir os rumos da economia do país."Para 2015, o quadro permanece, à espera de que os ajustes na Política Econômica sejam suficientes para reequilibrar as forças produtivas e retomar a confiança, com frutos mais nítidos a partir de 2016", completou a Fecomércio.A Fecomercio lembra que a desaceleração no varejo já vinha em curso há uns dois anos.A alta de 8,4% nas vendas registrada em 2012 caiu para apenas 4,3% em 2013, seguida pelo aumento de apenas 2,2% em 2014."Em termos anuais, chama atenção o resultado do segmento automotivo, que parte de bases fortes ao longo dos últimos anos, em meio a incentivos fiscais que impulsionaram as vendas, mas foram retirados no ano passado", apontou.

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Varejo tem o pior resultado em uma década

As vendas do comércio varejista despencaram no último mês de 2014. A queda de 2,6% na passagem de novembro para dezembro foi o pior resultado já registrado pela Pesquisa Mensal de Comércio apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, houve crescimento de 2,2%, mas ainda foi o mais baixo resultado em mais de uma década.O crédito mais caro, a inflação em alta e a redução no ritmo de crescimento da renda explicam o freio no consumo das famílias. Diante da provável persistência dessas variáveis ao longo deste ano, o varejo deve registrar em 2015 um resultado ainda mais modesto, alertam especialistas.“O enfraquecimento do mercado de trabalho e a corrosão da renda, provocada pela inflação elevada, completam o ambiente adverso ao varejo”, avaliam os analistas Rodrigo Baggi e João Morais, da Tendências Consultoria Integrada, cuja previsão de crescimento de apenas 0,4% para as vendas em 2015 será reduzida nos próximos dias.Para Juliana Vasconcellos, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, ressaltou que 2014 foi um ano atípico, com realização da Copa do Mundo e eleições, que podem ter tido alguma influência sobre a decisão de consumo.Ainda segundo o IBGE, a realização da campanha Black Friday pode ter levado os consumidores a anteciparem em novembro as compras de Natal, prejudicando as vendas de dezembro.O varejo ampliado, que inclui as atividades veículos e material de construção, teve resultado ainda pior no ano, queda de 1,7%, por conta do recuo nas vendas de automóveis. Apenas cinco entre as dez atividades conseguiram aumentar o volume vendido em 2014.

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Conjuntura desfavorável, Copa e eleições derrubaram o varejo em 2014

O arrefecimento da atividade econômica e a queda no ritmo de crescimento da renda do trabalhador, combinados aos aumentos da inflação e dos juros, mais a incerteza do cenário eleitoral, deixaram o consumidor mais cauteloso em 2014. Por isso, o comércio varejista teve seu pior ano em 2014, com alta de 2,2%, desde 2003, quando caiu 3,7%."O consumo das famílias foi afetado por uma conjuntura econômica que piorou ao longo de 2014. Os juros ficaram mais altos, a inflação também. A renda não cresceu neste ano como em 2013", afirmou Juliana Vasconcellos, gerente da coordenação de serviços e comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).A massa de rendimento, apurada pelo IBGE na Pesquisa Mensal de Emprego (PME), desacelerou entre 2013 para 2014, de alta de 2,4% para avanço de 1,4%. No mesmo período, a taxa média de juros das contratações de crédito com recursos livres subiu de 29,9% para 32,4% ao ano, de acordo com o Banco Central (BC). Já o ritmo de expansão do crédito, nessa base de comparação, desacelerou de uma expansão de 7,8% para um crescimento de 4,7%.Além dos fatores macroeconõmicos, Juliana elencou a Copa do Mundo e as eleições como eventos que prejudicaram o consumo. "Independentemente de partidos, a corrida eleitoral acrescentou desconfiança no consumidor, por causa das incertezas quanto ao resultado das urnas. Tudo isso mexe com a confiança e se reflete em um consumo mais fraco", disse a especialista do IBGE.Das oito atividades que integram o varejo restrito, cinco encerraram 2014 com alta e três tiveram queda. O comércio de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria subiram 9% em 2014 e tiveram melhor resultado entre as atividades observadas.Na avaliação de Juliana, a alta desse setor tem a ver com o fato de os preços dos remédios estarem crescendo em um ritmo inferior ao da inflação. No acumulado em 12 meses encerrados em dezembro, os remédios ficaram 4,9% mais caros, ao passo que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 6,4%.Por outro lado, o aumento dos preços foi prejudicial ao setor de supermercados. A PMC apurou que as vendas de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebida e fumo subiram 1,3% em 2014 na comparação com o ano anterior. Foi o pior resultado do setor desde 2003, quando o setor caiu 4,8% frente ao ano anterior.

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"O setor de hipermercados e supermercados é sensível às variações de preço e renda. Os preços de alimentos nos supermercados estão acima da inflação, prejudicando o consumo de alimentos. A renda também está crescendo menos", afirmou Juliana.Pelo IPCA, a alimentação no domicílio acumulou alta de 7,1% em 12 meses encerrados em dezembro. O IBGE também calculou alta, em 2014, nas vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,9%), combustíveis e lubrificantes (2,6%) e móveis e eletrodomésticos avançaram (0,6%).Entre as quedas em 2014, a mais intensa foi na atividade de livros, jornais, revista e papelaria, c om 7,7%. O IBGE também calculou queda nas vendas de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,7%) e tecidos, vestuário e calçados (-1,1%).Já na comparação de dezembro com novembro, o comércio varejista recuou 2,6%, descontando-se os efeitos sazonais. Foi o pior resultado para qualquer mês da série histórica iniciada em janeiro de 2001.Segundo Juliana, o aumento nas vendas do varejo em novembro ante outubro, por causa das promoções da chamada Black Friday, elevou a base de comparação e contribuiu para o resultado negativo do setor em dezembro. No período novembro-outubro, o setor teve alta de 1,5%.

"Com o ajuste sazonal, todo o impacto do Natal nas vendas de dezembro foi expurgado do resultado. A questão é que a Black Friday é um evento novo no Brasil e, neste ano, foi um movimento mais agressivo, com mais promoções, o que influenciou na taxa de novembro, elevando a base de comparação.O ajuste sazonal não dá conta dessa nova data. Somente se isso permanecer nos próximos anos é que poderemos fazer algum tipo de ajuste sazonal que retire o efeito da Black Friday, mas isso demandaria estudos e tempo", disse ela.Com isso, o comércio de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, que subiu 7,6% em novembro, recuou 8,8% em dezembro. Já as vendas de tecidos, vestuário e calçados passaram de alta de 4,2% para queda de 7,3% no mesmo período."A série histórica da pesquisa mostra que esse movimento foi atípico para essas atividades no meses de novembro e dezembro. Acreditamos que a Black Friday tenha causado um tipo de antecipação no consumo de dezembro para janeiro", afirmou Juliana.

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Varejo cresce 0,5% em janeiro; vendas no e-commerce aumentaram 7%

O SpendingPulse, relatório de vendas do comércio varejista brasileiro desenvolvido pela MasterCard, apontou crescimento de 0,5% do varejo em janeiro, excluindo os setores de automóveis e materiais de construção, se comparado com o mesmo período de 2014. O resultado ficou abaixo dos 0,9% de crescimento do último trimestre do ano passado, demonstrando a desaceleração nos gastos dos consumidores.As regiões Nordeste (+1,5%) e Sul (+2,0%) apresentaram crescimento acima da média, enquanto Norte (+0,4%) , Sudeste (+0,1%) e Centro-oeste (-0,3%) registraram aumento abaixo das vendas totais.

Os setores de farmácia e artigos pessoais ficaram acima do índice geral do varejo, enquanto supermercado, combustíveis, materiais de construção, móveis/eletrônicos, vestuário e vendas registraram avanço abaixo das vendas totais.As vendas no e-commerce cresceram 7%, se comparadas ao mesmo período de 2014. As vendas on-line dos setores de móveis e vestuário apontaram aumento acima do índice geral, enquanto o setor de eletrônicos ficou abaixo do índice do setor.O indicador de confiança do consumidor caiu para 6,7% em janeiro e, segundo Sarah Quilan, vice-presidente sênior e diretora de Market Insights da MasterCardAdvisors, “os níveis de incerteza no ambiente econômico podem continuar a afetar negativamente os resultados das vendas no varejo nos próximos meses”.Segundo o Banco Central, os níveis de inadimplência se mantiveram estáveis, assim como o indicador de endividamento das famílias. De acordo com o relatório, os aumentos nos juros e nas taxas (IOF), combinados com a crise hídrica - que pode causar racionamento de energia e água - devem aumentar as preocupações econômicas e levar à redução dos gastos dos consumidores

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Inovação no Varejo: é possível?

Frente aos desafios de fazer negócios no Brasil, como logística e transportes, cargas tributárias, ambiente regulatório, dentre outros, o Varejo brasileiro se mostra muito criativo e inovador. Para chamar a atenção do cliente, atualmente, ocorre uma nova onda de inovação em diversos segmentos associada a dois fatores fundamentais: a rápida evolução tecnológica e a transformação do perfil do consumidor. Por isso, os varejistas estão explorando essas realidades para criar vantagens e oferecer novas experiências que encantem seus consumidores.Gabriel Brigidi, especialista em inovação que atua com Desenvolvimento de Negócios na ThoughtWorks Brasil, explica que no Brasil, os líderes estão cada vez mais se familiarizando com esses novos paradigmas e buscando alternativas para inovar na experiência do consumidor. Há, contudo, muitas empresas cujo principal desafio ainda é eficiência e produtividade interna do negócio. De maneira geral, varejistas que quiserem liderar a inovação no Brasil devem abraçar as oportunidades e enfrentar os desafios que delas decorrem.“Um dos principais desafios para a inovação é a mudança do modelo mental. Para se tornar inovador neste mercado, as soluções e abordagens precisam mudar”, diz o especialista. “Muitos varejistas se dizem inovadores, porém, ainda tendem a preservar sistemas legados complexos, usar soluções de prateleira em áreas de grande potencial de diferenciação competitiva, manter estruturas organizacionais em silos, executar projetos de maneira tradicional, e isso impõe barreiras à inovação e à criação de experiências realmente diferenciadas entre consumidor e marca”, completa.O novo consumidor quer ser engajado por um propósito, ser tratado de forma personalizada, e ter uma experiência de compra agradável e diferenciada. Quer ser protagonista de seu consumo. “Um exemplo deste tipo de engajamento é da Domino’s Pizza, na Austrália. Com um conceito de “crie uma pizza e recebe um pedaço do lucro”, o Pizza Mogul permite aos consumidores criarem a sua receita e a disponibilizarem para venda no menu da Domino’s. A cada pizza vendida, o cliente ganha uma moeda virtual (Mogul Dough), que pode ser trocada por dinheiro, usado em novas compras ou doada para instituições de caridade”, conta Brigidi. Este exemplo traz um novo modelo de negócios com um propósito superior, que permite um relacionamento muito diferenciado com a marca.Inovação de verdade significa sair da zona de conforto. Envolve mudanças de paradigma, transformações estruturais. E é para este caminho que o Varejo se direciona. Brigidi acredita que o futuro pertence àquelas empresas que conseguirem continuamente ser criativas e reinventar seu negócio, descobrindo e explorando as oportunidades emergentes. “Veremos varejistas corajosos sendo pioneiros, enquanto outros hesitarão e ficarão para trás. Sabemos, contudo, que coragem o Varejo brasileiro tem de sobra. A grande questão é: em que capítulo da história cada empresa deseja estar?”, questiona o especialista.

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Varejo muda liquidações para ampliar a eficiência

Antes do dia 24 de fevereiro, não haverá campanhas coletivas de descontos nos comércios de Porto Alegre e Região MetropolitanaPara a alegria dos lojistas do Litoral Norte, este ano as liquidações de verão promovidas pelo varejo da Capital e do Estado ocorrerão somente nos últimos dias de fevereiro, adentrando março. Tanto a coordenação do Liquida Porto Alegre, que acontece na Região Metropolitana, quanto a organização do Liquida Tchê, promovido nos municípios do Interior gaúcho, estão agendadas para oficializar os eventos somente depois do Carnaval. Antes do dia 24 de fevereiro, não haverá campanha de descontos em conjunto no comércio de Porto Alegre, garante o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas local (CDL-POA), Gustavo Schifino. Além de começar mais tarde, a megaliquidação da Capital e Região Metropolitana deverá ser mais rápida, e ao mesmo tempo “mais forte”, promete o dirigente.Schifino afirma que a sensação de “atraso” no lançamento da campanha (que em 2014 começou em 03 de fevereiro) é proposital. “Esta será a liquidação das liquidações, todo o setor está focado nisso”, diz o empresário. Assim como no ano passado, o evento segue com a estratégia de durar menos tempo que as edições anteriores. Contando com uma adesão de lojistas maior que a última campanha, a megaliquidação de 2015 está sendo preparada para mobilizar o varejo, que precisa limpar rapidamente os estoques para começar a receber as novas coleções de outono e inverno.Com estoques acima do que se desejava, o setor varejista deve oferecer descontos de produtos que sobraram de um período anterior ao de veraneio: ainda será possível encontrar itens programados para serem vendidos em dezembro. “No último mês do ano passado e no primeiro de 2015, o desempenho não foi bom para o comércio, o que nos pressionou para fazer um Liquida Porto Alegre ainda mais forte.” De acordo com o economista da CDL-POA, Gabriel Torres, a expectativa é os varejistas da Região Metropolitana fecharam dezembro com crescimento real em torno de -1,8 a -1,6%. “Já no Estado, este índice de crescimento deve ter ficado estagnado – passando de -0,9 em novembro para em torno de 0,7% em dezembro.”Com a campanha na Capital e entorno, a CDL-POA estima que as vendas registrem crescimento de 3,5% real, a exemplo do desempenho do evento no ano passado. “Se for assim, já é um excelente resultado, porque este é um ano mais difícil que 2014”, opina Torres.

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No restante dos municípios gaúchos, a estratégia do Liquida Tchê, promovido pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), será mudar o perfil da campanha, para dar mais credibilidade às liquidações de verão do comércio de Interior além das grandes redes. “A prática dos gigantes varejistas de realizar torra-torra com até 70% de desconto após o período de Natal acabou desgastando a iniciativa dos demais entre os consumidores”, explica o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch. “Em 2014, sentimos que o Liquida Tchê não funcionou como antes, a campanha deu uma esvaziada”, admite.Para recuperar a adesão dos lojistas, este ano a federação decidiu flexibilizar as datas, descontos e formatos da campanha. “Cada município irá decidir o seu plano de marketing, deixamos livre para cada lojista realizar o evento como achar mais conveniente na sua região”, explica Koch. Desta forma, após o Carnaval, a entidade irá distribuir material publicitário aos varejistas que participarem da campanha, com três alternativas de promoção: descontos, prazo e premiação. “Quem decidi o que irá fazer para atrair os consumidores é o lojista”, reforça o dirigente da FCDL-RS. Também o período será relativo em cada cidade. Apenas a data inicial será padronizada. “Vamos testar este formato diferente e em março poderemos mensurar os resultados. Se o modelo vingar, iniciaremos o planejamento da liquidação de inverno.” De acordo com o dirigente, a ideia é que as vendas no comércio estadual cresçam em torno de 2% em fevereiro.

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Aumento do fluxo afeta a rotina dos órgãos de defesa dos consumidores

O aumento de fluxo de pessoas em época de liquidações não é comum somente nos ambientes das lojas físicas do comércio, mas também nos setores de atendimento dos órgãos de proteção ao consumidor. Na mesma proporção em que se vende mais, os problemas de relações de consumo aparecem, nem sempre com garantia de razão para o cliente. Segundo o diretor interino do Procon de Porto Alegre, Roberval Ferreira de Barros, as datas com maior demanda de intervenção do órgão são Natal, Dia das Crianças e períodos de liquidações. “Nesta época, é inclusive comum atender os consumidores com os pacotes de compras debaixo do braço”, ilustra.Acostumado com reclamações que envolvem desde a forma de pagamento até problemas com a venda de produtos não testados ou usados (de mostruário), o diretor do Procon adverte: “É importante pesquisar preços, não comprar por impulso, e fazer uma perícia da mercadoria antes de levá-la para casa. Uma vez alguém compra um objeto quebrado, por exemplo, mas não confere antes na loja, deixa de ter o direito de reclamar ao fornecedor”, ensina.No entanto, há práticas que podem ser questionadas junto ao órgão de proteção ao consumidor, como o caso de uma porto-alegrense que comprou um telefone celular que havia servido de mostruário, contendo nada menos que 600 fotos em seus arquivos. “Nesse período é comum restarem produtos que muitas vezes têm pequenos defeitos”, lembra a advogada Márcia Beatriz Silva, diretora da MBS Consultoria e Assessoria Jurídica de Santa Cruz do Sul. “Se você quer levar para casa um produto sem qualquer defeito e com o preço muito mais baixo, a primeira dica é verificá-lo e questionar o vendedor se a mercadoria compunha o show room da loja, por exemplo, antes de concluir a compra”, observa Márcia.A advogada lembra que, normalmente, as varejistas estabelecem restrição para troca de produto em liquidação. “Mas no caso de uma mercadoria apresentar defeito ou vício (caso das peças de mostruário), a troca é obrigatória”, garante. Se o vício é aparente, tais como peças de mostruário ou com pequenas avarias, o defeito deve ser descrito e o consumidor ser informado de forma expressa. Caso o fornecedor tenha tomado tal precaução, se exime de reparar o dano, caso não, tem a obrigação de efetuar a troca do produto. Márcia observa ainda que um problema frequente são os defeitos que não aparecem, como, por exemplo, um computador com placa-mãe queimada.

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“É importante que o consumidor não tente consertar com terceiros, caso contrário perde a garantia do produto.”Segundo o diretor do Procon da Capital é “obrigação do consumidor” verificar sempre na loja ou em casa, no caso de entrega via transportadora. No entanto, se o comprador assinar que recebeu o produto em perfeito estado, sairá perdendo em uma eventual reclamação judicial.“Quando o preço for muito abaixo do mercado, desconfie. Há muitos casos de problemas com equipamentos remanufaturados, vendidos após terem retornado à fábrica para serem consertados”, alerta Barros.

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Preços do varejo puxam alta de 0,43% da inflação em fevereiro, mostra FGV

O subíndice de Preços ao Consumidor, que analisa o varejo, subiu de 1,05%A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) ficou em 0,43% neste mês, taxa superior a 0,42% de janeiro e a 0,3% de fevereiro do ano passado. O IGP-10 acumula taxa de 3,86% em 12 meses, segundo a FGV (Fundação GetulioVargas).A leve alta na passagem de janeiro para fevereiro foi puxada pelos preços no varejo e pelo custo da construção civil. O subíndice de Preços ao Consumidor, que analisa o varejo, subiu de 1,05% em janeiro para 1,39% em fevereiro.O subíndice Nacional de Custo da Construção cresceu de 0,35% em janeiro para 0,8% em fevereiro. O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

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Os desafios da gestão do varejo

O cenário econômico atual é, sem dúvida, muito desafiador para o varejista que lida com a pressão crescente sobre seus custos e a tem que se reinventar para atrair novos clientes ou ampliar o volume de vendas. A tendência de crescimento de inflação e dos juros, em um ambiente de menor crescimento do PIB já podem ser sentidos, com a desaceleração da expansão do comércio, aliviada, por sua vez, pela manutenção do emprego, da renda e da melhor distribuição de riqueza dos últimos anos.O processo de urbanização avançado no Brasil também tem apoiando o varejo e, cada vez mais, o comportamento de compra ganha novos contornos e passa a ocupar novos territórios que precisarão ser considerados pelos varejistas para não morrer pelo caminho.A presença do comprador online é uma realidade, com cerca de 70 milhões de brasileiros fazendo alguma compra pela Internet e motivados cada vez mais por comunidades virtuais organizadas em redes sociais e muito próximas do candidato a comprador. Ou seja, a influência do click para compra vem de pessoas próximas e está cada vez menos associada à opinião do símbolo, prevalecendo a fase da supervalorização individual, em que nenhum varejista pode desprezar o potencial do meio digital para o crescimento de seu negócio. E a web trouxe a conveniência como a principal diferenciação a ser buscada, já que é nela que se baseia hoje a decisão do consumidor: comprar onde é mais rápido, fácil, próximo e, claro, acessível.O conceito do Omni Channel, em que a tecnologia permite visualizar e integrar a gestão dos diferentes canais, é fundamental para varejistas de todos os portes e segmentos que buscam engajar seus consumidores com experiências de compra totalmente diferenciadas em relação ao modelo tradicional. É importante que as empresas estejam cada vez mais focados em oferecer uma experiência fora da curva que possa fidelizar seus clientes. Hoje o consumidor final quer se sentir cuidado, quer se reconhecer na marca e saber que ela está atenta as suas necessidades. Especialmente em um cenário de aperto fiscal e de mais concorrência, com entrada de players estrangeiros.Os principais desafios na gestão do varejo para o próximo ano serão otimizar custos; lidar com formatos mais compactos, definir o portfólio mais rentável e de saída, alocar de forma mais inteligente recursos e repor de forma mais frequente suas mercadorias, para depender menos do "custo de estoque".

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Outra frente desafiadora será tocar o comércio com a mesma eficiência de gestão que um banco de investimento, além de aprender a otimizar seus ativos: lojas, estoques, carteira de crédito e relacionamento com o cliente. Propor melhorias no modelo de canais, processos e regras de negócio, para acompanharem a evolução dos tempos e dos comportamentos. E, principalmente, não deixar de apostar na tecnologia como alavanca deste processo de gestão, que permita integrar as diversas frentes e dar as linhas para a tomada de decisão, visando o crescimento futuro do negócio, com menos perdas, melhores margens, fluxo de caixa e mais fidelidade dos clientes.

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Consumo

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IBGE diz que alta de juros e desaceleração na renda afetam consumo das famílias

A alta nas taxas de juros, a desaceleração no ritmo de concessões de crédito e o crescimento menor da renda afetaram o consumo das famílias em 2014, explicando o aumento de apenas 2 2% nas vendas do varejo no ano, o pior desempenho desde 2003, justificou Juliana Vasconcellos, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)."A gente pega 2014 nitidamente com desaceleração no consumo. O custo do crédito aumentou, 2014 é um ano que não foi muito favorável para a economia. A taxa de crescimento da massa salarial está menor", constatou Juliana.Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego, também apurada pelo IBGE, a massa salarial dos ocupados cresceu 1,4% em 2014, ante alta de 2,4% em 2013. As concessões de crédito para pessoa física cresceram 7,8% em 2013, e apenas 4,7% em 2014. Já a taxa média de juros do crédito com recursos livres para pessoa física que era de 29,9% ao ano em 2013 passou a 32,4% em 2014, lembrou Juliana."Esse crédito, juros e a renda crescendo menos afetam o consumo das famílias. Algumas atividades são mais afetadas, outras menos. A atividade de farmácia não é afetada, porque vende produtos essenciais e está com preços gerais abaixo da inflação. Mas no segmento de livros, os preços estão acima da inflação e ao mesmo tempo tem concorrência com todo o aparato eletrônico que vêm com os preços caindo", citou a pesquisadora.A gerente do IBGE ressaltou ainda que 2014 foi um ano atípico, com realização da Copa do Mundo e eleições, que podem ter tido alguma influência sobre a decisão de consumo. "A população fica com uma incerteza maior", disse ela.

Segmentos

Em 2014, o segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico - que inclui lojas de departamento, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc. -registrou alta de 7,9% no volume de vendas em relação ao ano anterior, o principal impacto positivo para o avanço de 2,2% do varejo no período. Segundo o IBGE, o bom desempenho foi puxado pela diversidade de itens comercializados, que favorece as vendas no período natalino.

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Já a atividade de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com crescimento de 9,0% no ano, deu a segunda maior contribuição à taxa anual do varejo, impulsionada pelos preços de medicamentos, bens de uso essencial que têm aumentado abaixo da inflação oficial no País.A atividade de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com elevação de 1,3% nas vendas em 2014, exerceu a terceira maior contribuição para o varejo, mas o crescimento do segmento ficou abaixo do registrado em 2013, quando a taxa foi de 1,9%. Além do crescimento menor da massa salarial dos trabalhadores no período, a atividade foi prejudicada ainda pelos aumentos de preços da alimentação no domicílio que, segundo o IPCA, subiram 7,1% em 2014, contra alta de 6,4% do índice geral.

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Consumidores preferem produtos de marcas que cuidam do meio ambiente

Consumidores preferem produtos de marcas reconhecidas por cuidar do meio ambiente, aponta pesquisa. Estudo feito pelo Opinion Box mostra, ainda, que 85% dos brasileiros adotam medidas para economizar água e luz.Será que as pessoas avaliam como as decisões de compra podem influenciar diretamente no meio ambiente, a qualidade de vida das gerações futuras e do próprio indivíduo? Quantas pessoas se preocupam com a origem e a forma de produção dos produtos que consomem? Quantos deixam de comprar itens daquela marca que adoram após uma denúncia de trabalho escravo ou infantil? A reciclagem já faz parte do dia-a-dia da maioria das pessoas? E na hora de cuidar da saúde, será que as pessoas se previnem de doenças ou procuram tratá-las à medida em que elas aparecem? Esses são apenas alguns dos questionamentos que levaram o Opinion Box em parceria com a Dia Comunicação e o Portal Mundo do Marketing a realizar uma pesquisa inédita com o tema “Consumo Consciente”.O estudo foi feito pelo Opinion Box, plataforma de pesquisa digital. Para o levantamento, 1138 pessoas foram entrevistadas em todo o país via internet. Participaram da pesquisa pessoas de ambos os sexos, de todas as classes sociais e regiões do país. Com base nos resultados obtidos, o Opinion Box desenvolveu o ICC - Índice de Consumo Consciente. “É interessante notar, com base nos dados gerais levantados pela pesquisa, que os internautas apresentaram um ICC mais alto em relação ao Modo de Vida, e mais baixo em relação a Alimentação, Saúde e Bem-Estar”, avalia Felipe Schepers, COO da empresa de pesquisa.As mulheres atingiram um ICC mais alto do que os homens em todas as categorias, com exceção do quesito Alimentação, cuja diferença está dentro da margem de erro. Já na análise por idade, foi identificado que quanto mais velhas as pessoas, maior o ICC. Assim como quanto maior a renda, também maior o ICC.A pesquisa detectou que 54% dos brasileiros preferem consumir produtos de marcas reconhecidas por cuidar do meio ambiente e 45% afirmam que diminuíram o consumo de supérfluos para reduzir o uso de recursos naturais e, consequentemente, o descarte.Quando questionados sobre a troca ou compra de produtos usados como alternativa de preservação ao meio ambiente, as opiniões são divididas: 39% dizem fazê-lo sempre ou com frequência, enquanto 35% admitiram ter este comportamento às vezes e 26% não o adotam nunca ou raramente. Além disso, 56% dos internautas afirmaram procurar embalagens ou formas alternativas de transportar os produtos que sejam menos prejudiciais à natureza.

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Os meios de produção dos itens de consumo também foi tema da pesquisa. 45% das pessoas afirmaram buscar informações sobre emprego de trabalho infantil ou análogo ao escravo entre as marcas das quais costumam comprar. Importante registrar que 24% dos entrevistados, no entanto, nunca pensaram a esse respeito. No caso dos dermocosméticos e produtos de higiene e beleza, os dados são mais preocupantes. Apenas 26% das pessoas disseram se preocupar com informações sobre o teste desses produtos em animais, enquanto 31% nunca pensaram sobre o assunto. Vale ressaltar que as mulheres estão mais engajadas no tema: 32% das entrevistadas disseram se preocupar e buscar informações sobre o tema, enquanto apenas 19% dos homens costumam fazê-lo.O uso de componentes cancerígenos na fabricação de itens de higiene pessoal e beleza é motivo de preocupação para 38% dos entrevistados, que disseram buscar informações a respeito. Por outro lado, 27% das pessoas nunca procuraram saber se a empresa na qual trabalham adota alguma prática consciente com o meio ambiente.As pessoas também parecem ter entendido a importância da leitura dos rótulos dos produtos para avaliar a quantidade de sódio, glúten, lactose, conservantes, corantes e açúcares refinados: 57% mencionaram ter o costume de verificar esses dados sempre ou com frequência, enquanto 24% buscam essas informações às vezes.Ainda falando sobre alimentação, os alimentos orgânicos parecem começar a ganhar espaço: 41% dos brasileiros consomem esses alimentos de vez em quando, enquanto 33% mencionaram adquiri-los com frequência. Quando os transgênicos entraram em pauta, 51% afirmaram que não os consomem, enquanto 10% admitiram comprá-los. Em contrapartida, apenas 16% dos entrevistados costumam consumir mais produtos naturais do que industrializados e 45% não seguem práticas alimentares como as linhas Vegana, Vegetariana, Naturalista, Onívora, Ayuveda, entre outras.Quando a saúde e o bem-estar se tornaram foco das perguntas, 34% dos entrevistados mencionaram praticar a medicina preventiva ao invés da curativa e 42% disseram que procuram se medicar utilizando produtos naturais, homeopáticos ou alimentos funcionais e ervas. Os tratamentos alternativos, como acupuntura, cromopuntura, fitoterapia, aromaterapia, iridologia, self healing, body talk, ayuveda, medicina chinesa, massoterapias – shiatsu, entre outros, ainda são pouco procurados. Apenas 18% mencionaram buscá-los quando precisam curar alguma doença ou amenizar algum problema.Um dado interessante surgiu quando as pessoas foram questionadas sobre o uso de transportes coletivos ou alternativos para percorrer distâncias maiores do que 2 km. 50% dos entrevistados disseram buscar essas opções. No caso das mulheres, o índice chega a 55%.

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A separação do lixo para reciclagem é feita com frequência por 52% dos entrevistados. 20% das pessoas mencionaram fazer a coleta seletiva às vezes e 28% não o fazem nunca ou fazem raramente. Porém, 56% dos respondentes disseram usar artigos reciclados no dia-a-dia. “Isso é muito interessante. As pessoas se preocupam em usar produtos reciclados, mas nem todos pensam em enviá-los para um novo ciclo de recuperação”, avalia Felipe Schepers, COO da Opinion Box.Para fechar, a pesquisa questionou as pessoas sobre a economia de água e luz. 85% das pessoas afirmaram adotar medidas para economizar com os dois itens sempre ou com frequência. “Os dados da pesquisa mostram que os brasileiros adotaram algumas práticas de consumo consciente em temas que já foram mais amplamente discutidos, seja pela mídia, por medidas socioeducativas ou na própria educação familiar. Os resultados também mostram que, além da responsabilidade social que as empresas têm, de produzir e vender produtos que não prejudiquem o ambiente, tais práticas são bem vistas pelos consumidores e colaboradores, e podem ser divulgadas em estratégias de marketing e comunicação institucional, trazendo valor para a imagem da marca. Além disso, elas podem contribuir ampliando a informação e a divulgação do consumo consciente, que sem dúvida alguma é o melhor caminho para que mais pessoas adotem tais práticas no seu dia a dia, ajudando todos a construir um mundo melhor”, finaliza Schepers.A margem de erro do estudo é de 2,9% e nível de confiança é de 95%.

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Levy pede que empresários ajudem a reduzir consumo de água e energia

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pediu que os empresários se engajem em uma campanha para fazer a população reduzir o consumo de água e de energia, informou a presidenta do Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), Luiza Helena Trajano. Acompanhada de uma comitiva de empresários varejistas, ela reuniu-se por duas horas na tarde desta quinta-feira (12) com o ministro da Fazenda.Segundo a presidenta do IDV, o setor varejista pode contribuir com a economia de energia. “O ministro falou que podemos ajudar a fazer uma campanha para a população não desperdiçar (energia). A gente tem uma linha direta com o consumidor. Podemos pedir para eles economizarem energia. Já estamos fazendo isso em São Paulo”, disse Luiza.A situação da economia e as perspectivas para o consumo em 2015 foram os principais temas do encontro. Para o IDV, a redução da burocracia é o principal caminho para reduzir os custos dos lojistas e restaurar a confiança dos empresários, em um ano em que o governo corta benefícios fiscais e aumenta tributos.“Existem pequenas medidas que desburocratizam, diminuem custos e, para o varejo, qualquer diminuição de custo é importante. Vamos montar um comitê para ajudar a simplificar o país”, explicou Luiza Trajano.Para o vice-presidente do IDV, Flávio Rocha, a melhoria do ambiente de negócios é essencial para aumentar a competitividade da economia brasileira e evitar demissões. “A complexidade da legislação tributária, de questões ambientais e de defesa do consumidor criam um ambiente que abala a confiança em novos investimentos”, explicou. “O varejo tem feito sua parte, e a década tem sido excepcional (para os lojistas), mas 2014 foi o pior ano da história.”Na avaliação de Luiza Trajano, o varejo só não vai demitir em 2015 se a confiança na economia se recuperar. Apesar das perspectivas de que o ano terá baixo crescimento e alta inflação, ela disse acreditar que as vendas melhorarão quando os investimentos privados voltarem a crescer. “A gente concorda que precisa se comunicar mais claramente, tanto o governo quanto nós. A onda de otimismo vai sair na medida em que as coisas começarem a acontecer”, disse a empresária.

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Governo desiste de estender horário de verão, diz ministro

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta quarta-feira (11) que o governo desistiu da proposta de estender o horário de verão. De acordo com ele, estudos indicaram que a economia de energia gerada nesse período seria muito pequena e, portanto, não valeria a pena. A decisão foi tomada durante uma reunião entre Braga e a presidente Dilma Rousseff, em Brasília.O governo estudava ampliar em um mês o horário de verão, que está em curso desde o dia 19 de outubro com previsão de término em 22 de fevereiro, para economizar energia.A possibilidade foi analisada diante do cenário atual de crise do setor elétrico, com os índices de chuva abaixo do esperado nos últimos meses e queda acentuada no nível de água nas represas das principais hidrelétricas do país.De acordo com o ministro, com o fim do verão cada vez mais próximo, boa parte do país passa a ter noites mais longas. Assim, se estendido o horário de verão ao longo do mês de março, o consumo de energia durante a manhã aumentaria, reduzindo muito o ganho com a economia no período da tarde, que já seria pequeno.“A razão pela qual não vale a pena a prorrogação do horário de verão é que parte do Brasil ficaria escura pela parte da manhã e nós teríamos, portanto, mais consumo de energia pela parte da manhã. Em que pese, na parte da tarde, nós pudéssemos ter um ganho de energia, que seria mais importante se a ponta de carga estivesse se confirmando”, disse Braga a jornalistas após se reunir com a presidente.O ministro também mencionou que a prorrogação do horário de verão implicaria na necessidade de ajustes no setor de aviação civil, mas não informou quais. Segundo ele, isso também pesou na decisão do governo de desistir da proposta.

Economia de 4,5%O horário de verão está em curso em onze estados das regiões Sul e Sudeste, mais o Distrito Federal. O governo espera reduzir em 4,5% o consumo de energia no horário de pico.Em entrevista ao Jornal Nacional na última quinta-feira (5), Braga afirmou que, para enfrentar o problema da falta de chuvas, contará com a energia gerada pela termelétrica de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, que tem potência instalada de 640 megawatts.

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Em 2013, o governo afirmou que só recorreria à energia de Uruguaiana em caso de extrema necessidade. Para a termelétrica entrar em operação, a Argentina tem que autorizar a utilização de um gasoduto. A empresa responsável por Uruguainaafirmou que espera para este mês o fornecimento de gás para a usina voltar a funcionar.O ministro também confirmou que a partir de primeiro de março, as distribuidoras vão lançar uma campanha de conscientização para economia energia.

Economia de água

Para especialistas do setor elétrico, a economia de água dos reservatórios das hidrelétricas, apesar de pequena, é importante diante do cenário de crise. “Essa economia [de 0,4%] não é de se jogar fora diante da atual circunstância”, diz Roberto Brandão, pesquisador do Grupo de Estudos.“Os benefícios não são gigantescos, mas ainda são significativos, continua valendo a pena. Qualquer economia de água dos reservatórios é válida”, diz o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales.De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), entre 2010 e 2014 o horário de verão resultou em economia de R$ 835 milhões para os consumidores, devido à eletricidade que deixou de ser gerada pelo uso da luz do sol. Para a edição 2014/2015 do horário de verão, a economia estimada inicialmente é de R$ 278 milhões, 31% menos do que na edição passada (R$ 405 milhões). Esses valores, porém, são muito pequenos diante dos gastos do setor elétrico e não chegam ter impacto nas contas de luz.

Benefícios

O governo alega que o horário de verão evita investimentos de cerca de R$ 4 bilhões ao ano, com mais geração e sistemas de transmissão de eletricidade. Segundo o Ministério de Minas e Energia, ele permite um melhor aproveitamento da luz solar e “maior racionalidade no uso da eletricidade.”Outra vantagem, diz o ministério, é o aumento da segurança do sistema elétrico e maior flexibilidade para a realização de manutenções, além de redução da pressão sobre o meio ambiente e nas tarifas cobradas pelo serviço. O horário de verão foi aplicado no Brasil pela primeira vez no verão de 1931/1932.

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Consumo na ponta

Entretanto outro efeito do horário de verão, que é o de evitar picos de consumo de energia no chamado horário de ponta (entre 18h e 21h), “perdeu um pouco da relevância” nos últimos anos, aponta Roberto Brandão, da UFRJ.Por conta do aumento no uso do ar-condicionado no país, mais recentemente os picos de consumo de eletricidade durante o verão começaram a ser registrados no início ou meio da tarde, entre 14h e 16h.No passado, esse pico era registrado entre 18h e 21h, devido ao aumento do consumo gerado pelo uso de eletrodomésticos quando as pessoas saem do trabalho e voltam para as suas casas, junto com a iluminação pública nas cidades.“Nos últimos anos, o horário de verão perdeu um pouco da sua relevância porque houve mudança no padrão de horário de ponta no Brasil”, diz o pesquisador. Ele aponta, porém, que continua sendo importante equilibrar a demanda por energia no fim do dia.Para o professor de engenharia elétrica da Universidade de Brasília (UnB), Rafael Shayani, o horário de verão continua sendo importante para “evitar a sobrecarga” do sistema elétrico durante o verão e até mesmo apagões. “O horário de verão é necessário na medida em que a demanda por energia no Brasil está crescendo e o setor elétrico não consegue acompanhá-la. Ela visa evitar um apagão”, diz ele.

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Indústria do LED diz que país pode reduzir 10% do consumo de energia

A Abilux (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação) apresentou nesta quinta-feira (12) um conjunto de medidas para a redução do consumo de energia no Brasil focado na maior utilização e disseminação de lâmpadas LED.A indústria de iluminação afirma que o conjunto de 10 medidas permitirá a médio e longo prazo uma economia de até 10% do consumo atual de energia no país. "Em 4 anos, num cenário otimista, acreditamos que seja possível reduzir pelo menos 6%", afirma o diretor técnico da Abilux, Isac Roizenblatt.Dentre as propostas, está a substituição de ao menos 5 milhões de pontos de iluminação pública. Segundo a Abilux, dos cerca de 17 milhões de pontos existentes nas ruas do país, ao menos um terço ainda é de lâmpadas de mercúrio (que emite uma luz de aparência branca-azulada), cuja eficiência é bem inferior às de sódio e às de LED.Só com esse medida, segundo a Abilux, a redução do consumo de energia no país chegaria a quase 1%."Tem que começar pelo maior atraso. As lâmpadas de mercúrio estão na iluminação pública desde 1930. As lâmpadas de sódio já tem o dobro da eficiência, mas com o LED a economia passaria a ser de 70% da energia consumida", diz Roizenblatt, coordenador do estudo da Abilux.As lâmpadas LED além de gastarem menos, garantem melhor aproveitamento da luz, não esquenta, e duram bem mais. Elas chegam a consumir 1 décimo da energia gasta por uma incandescente(Veja video ao lado).O maior obstáculo é que o investimento inicial é muito alto. Uma lâmpada dessas custa até 5 vezes vezes mais do que uma comum. Os fabricantes argumentam que os ganhos de longo prazo com a economia no gasto de energia e maior vida útil das lâmpadas de LED compensam o investimento."A iluminação pública consome cerca de 3,5% da energia elétrica no país. Só a mudança destes 5 milhões de pontos representa uma economia de 3,7 TWh(Terawatt-hora) ao ano, algo como uma economia anual de R$ 1 bilhão", estima Roizenblatt.Entre as outras medidas defendidas pela Abilux estão redução da carga tributária para os produtos que utilizem LEDs, criação de linhas de financiamento a projetos de iluminação eficiente e até mesmo incorporação da nova tecologia nas casas do programa Minha Casa Minha Vida.A partir deste conjunto de medidas, a associação acredita que aumentará também o estímulo para a adoção do LED dentro das residências."O Brasil já está trocando as lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes compactas. Mas a eficiência do LED já é quase o dobro", diz o diretor.

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Lista de 10 propostas da Abilux:

1. Troca dos 5 milhões de pontos de iluminação pública existentes com lâmpadas a vapor de mercúrio (50 lumens por Watt) por luminárias modernas com LEDs(>100 lumens por Watt) com controles inteligentes.

2. Mudança no programa de subsídios ou gratuidade na substituição de lâmpadas incandescentes (14 lumens por Watt) com a entrega de lâmpadas fluorescentes compactas (50/60 lumens por Watt) por lâmpadas LED (80/100 lumens por Watt).

3. Entrega de casas do programa Minha Casa Minha Vida e programas similares já com o ponto de luz com luminárias e lâmpadas eficientes e de longa vida instalado.

4. Tornar o Programa Brasileiro de Etiquetagem de Edificações compulsório para edifícios a serem construídos e em reforma.

5. Tornar obrigatória para governos a compra de produtos com os selos PROCEL/INMETRO que garantem um mínimo de eficiência, desempenho e segurança.

6. Estabelecer prazo de 4 anos para que todos os edifícios federais estaduais e municipais façam uma auditoria energética e modernizem seus equipamentos de iluminação.

7. Tornar obsoletas em até 2020 as lâmpadas a vapor de mercúrio, de luz mista e de indução magnética e, desde já, aumentar a alíquota de impostos destes modelos.

8. Tornar obsoletos os reatores magnéticos para lâmpadas fluorescentes, pois os eletrônicos economizam cerca de 70% de energia.

9. Criação de linhas de financiamento a produtos e projetos de iluminação eficiente para as cidades para Iluminação pública, prédios públicos e edificações em geral.

10. Reduzir a carga tributária em todos os níveis de produtos que utilizem LEDscomo lâmpada, módulos e luminárias assim como drivers e controles para LEDs.

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Cresce risco de corte no consumo de eletricidade

O baixo volume de chuva nos meses de janeiro e fevereiro fizeram bancos e consultorias refazerem - para cima - as previsões de racionamento de energia elétrica neste ano. Diante de um janeiro que teve a pior hidrologia dos últimos 84 anos e de um começo de fevereiro com a terceira pior marca da história, o risco traçado pelo mercado chegou a 75%. Especialistas afirmam, no entanto, que independentemente da nomenclatura de racionamento ou racionalização, há necessidade imediata de reduzir o consumo."Hoje, se analisarmos os dados do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e da Climatempo, a necessidade de economizar energia seria de 10%", afirma o analista do banco JP Morgan, Marcos Severine. Ele alerta que não adianta o País conseguir sobreviver ao período seco sem cortar energia e chegar ao fim do ano com os reservatórios na casa de 15%. Isso significaria começar 2016 novamente sob risco de racionamento.Até a última segunda-feira (9), o nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste - que representam 70% da capacidade de armazenagem do País - estava em 17,4%. Considerando o comportamento das represas nos últimos dois anos, que caiu 22 pontos porcentuais entre os meses de abril e novembro de cada ano, e o cálculo do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, de que o sistema não pode funcionar abaixo de 10%, o País teria de dobrar o atual volume de água para 35%.Pelos cálculos do Itaú BBA, com base na previsão de chuva do ONS para os próximos meses, os reservatórios do Sudeste chegariam a um nível preocupante de 21% ao final de abril e de 2% até o fim de novembro, se nada for feito para conter o consumo. No relatório intitulado "Racionamento ou Racionalização -Quem vai pagar a conta", os analistas do banco elevaram a estimativa de risco de racionamento de 63% para 75% num período de uma semana.De acordo com o documento divulgado aos clientes, o banco afirma que as previsões foram refeitas depois que o ONS revisou o volume de chuva para fevereiro. "A questão agora é saber se o governo vai dar o passo difícil de implementar oficialmente um racionamento de energia ou tentar uma racionalização da demanda."Nas últimas semanas, o governo tem anunciado medidas para elevar a oferta de energia, como o incentivo às empresas para o uso de geradores em horário de pico e à geração de energia feitas pelos próprios consumidores em suas residências, como os painéis solares.

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Além disso, na quinta-feira, 12, o governo deverá se reunir para fazer uma análise da situação do setor e pode decidir por uma campanha para popularizar a bandeira tarifária - que cobra R$ 3 a cada 100 kWh consumido."Como haverá um aumento tarifário muito grande, você pode pedir para os consumidores economizarem energia. Tem boas chances de isso dar certo", afirma o sócio da PSR Consultoria, Mario Veiga, um dos principais especialistas no setor. Além disso, diz ele, as medidas para aumentar a oferta, como importação de energia da Argentina, operação da térmica de Uruguaiana e incentivo para shoppings ligarem seus geradores, podem ajudar.Apesar disso, nas últimas semanas, o risco de um corte superior a 4% (em 1.200 cenários de afluências) calculado pela consultoria aumentou de 50% para 60% e agora para 70%. Nos 400 piores cenários, dentro do universo de 1.200, o risco de um corte superior a 4% é de 100%.Para a agência de classificação de risco Standard & Poor’s, a possibilidade de um racionamento no Brasil este ano "aumentará significativamente" caso não chova em fevereiro e março o suficiente para dobrar o atual nível dos reservatórios. O diretor da S&P, Marcelo Schwarz, avalia que o governo vai tentar de tudo para evitar um racionamento, com o objetivo de não comprometer mais ainda a atividade econômica. Colaborou Altamiro Silva Júnior.

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Campanha pede medidas de redução do consumo de água para o setor econômico

A estiagem é um problema de todos, mas revertê-la é responsabilidade de quem? Motivados pelos alertas em relação ao baixo nível dos reservatórios que abastecem o estado, integrantes do projeto Manuelzão e de organizações não-governamentais (ONGs) lançaram neste sábado, em Belo Horizonte, o movimento "A culpa não é do meu banho".A campanha exige que o governo do estado tome providências também em relação ao setor econômico para garantir a redução do consumo de água. A população foi conclamada há pouco mais de 15 dias a economizar 30%, sob pena de entrar num racionamento severo nos próximos três meses, caso a situação dos reservatórios não mude. A mobilização, que começou nas redes sociais, cobra a mesma postura para indústrias e mineradoras."O abastecimento humano, incluindo o comércio, é responsável por, no máximo, 20% do consumo. Os outros 80% ou mais são da área econômica, que recebe outorga para usar a água", afirma o idealizador do movimento, o ambientalista e coordenador do Manuelzão, Apolo Heringer. Ele critica ainda o preço pago pela outorga: entre R$ 0,01 e R$ 0,02 por cada 1 mil litros. "Assim, as empresas não têm estímulo para investir em tecnologia para economizar água, porque a têm à vontade".Por meio de nota, a Copasa informou que nos municípios atendidos por ela em Minas Gerais, o volume de água (da estatal) consumido pelas indústrias equivale a 3% e que a companhia não tem instrumento legal para obrigar o setor a adotar, por exemplo, o sistema de reuso da água. "Cabe a todos, poder público, cidadãos, comércio e indústrias, se conscientizar da real necessidade de adotar medidas que visem a redução do consumo e atingir a meta de economizar 30%. Apolo rebate: "O governo do estado tem o direito sim de rever as outorgas. Não aceitamos pagar mais, porque as mineradoras não pagam nada".O lançamento da campanha, que havia sido marcado para ocorrer na Casa Fiat de Cultura, está sendo feito na sede do Crea (Avenida Álvares Cabral, 1.600, Santo Agostinho)

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Redes sociais influenciam decisão de compra

As redes sociais mudaram não só a forma de as pessoas se relacionarem, mas também influenciam o que elas consomem. Para 77% dos brasileiros, o relacionamento direto com varejo por meio das redes sociais impactou na decisão de compra, aponta pesquisa da consultoria PricewaterhouseCoopers feita para avaliar os fatores de mudanças do varejo no Brasil e no mundo."Isso revela que a geração digital, com idade entre 18 e 24 anos, está chegando ao mercado de consumo", afirma Ricardo Neves, sócio da consultoria e responsável pela área de varejo e consumo.Ele destaca que o peso das redes sociais na decisão de compra no Brasil supera o impacto da média global. Em 19 países nos quais a pesquisa foi realizada entre setembro e outubro do ano passado, 62% dos 19 mil consumidores, na média, declararam que fizeram suas compras influenciados pela interação com o seu varejo favorito por meio da rede social.No relacionamento com o varejo, as principais atividades realizadas pelos brasileiros por meio das redes sociais são descobrir marcas (43%), pesquisar retornos (feedbacks) sobre uma marca (43%), seguir marcas favoritas (39%), entre outras. Foram entrevistadas mil pessoas no País.O tradicional modelo de negócios do varejo, baseado somente na loja física, está sendo afetado por um conjunto de fatores, impulsionados pela evolução tecnológica e por mudanças demográficas."O ambiente do varejo está cada vez mais complexo", diz Neves. Na opinião do consultor, as redes sociais e o maior uso de dispositivos móveis são os grandes fatores de transformação do varejo. Em 2013, por exemplo, 36% dos entrevistados fizeram compras online por meio de tablets e telefone celular. No ano passado, essa fatia atingiu quase 60%.

PapelMas o avanço do comércio eletrônico não significa que a loja física vai acabar. Ao contrário do que já se falou passado, de que a loja tradicional se tornaria algo obsoleto, na prática, o que vem ocorrendo é uma mudança do seu papel.A importância da interação entre a loja física e o varejo virtual, que é a nova tendência do mercado de consumo, fica clara em dois resultados da pesquisa. Segundo a enquete, 86% dos brasileiros pesquisam sobre os produtos em lojas físicas e compram no comércio online. A mesma pesquisa mostra que 78% dos entrevistados fazem o caminho inverso: primeiro pesquisam sobre o produto que lhe interessa nos sites de comércio eletrônico e depois vão à loja para comprá-lo.

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A mensagem desses dois resultados aparentemente contraditórios é que o consumidor decide onde vai realizar a pesquisa e onde vai comprar de acordo com a melhor experiência de compra.Neves ressalta que, cada vez mais, o consumidor quer ter acesso a todos os canais de compra e usá-los da forma que lhe forma mais conveniente. Isso significa que as lojas físicas têm de ser "equipadas" com mais tecnologia para reduzir a distância entre o varejo físico e o comércio online. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Crédito

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Caixa espera aumento de 17% na oferta de crédito em 2015

A Caixa Econômica Federal espera que sua carteira de crédito cresça 17% neste ano, de acordo com o atual presidente do banco, Jorge Hereda. Caso confirmada, a taxa será menor que a vista em 2014, quando os empréstimos totais somaram R$ 605 bilhões, com aumento de 22,4% em 12 meses."O desafio da Caixa é de sustentabilidade. Alcançamos market share de 20% em crédito e acreditamos que esse nível é compatível com a nossa capacidade e importância", afirmou Hereda, em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira, 12.Hereda descartou que a Caixa tenha alterado sua política de análise de risco para liberar mais crédito. Afirmou, inclusive, que o banco está trabalhando em seu modelo de risco. "Estamos satisfeitos com os nossos resultados. Nossa carteira tem a cara que qualquer banco gostaria de ter porque a maioria está concentrada em segmentos de baixo risco", disse ele.O atual presidente da Caixa também informou que o banco não precisará de aporte de capital por parte do governo em 2015 e que provavelmente também não necessitará em 2016. Ele lembrou que já no ano passado o banco não recebeu nenhuma injeção de recursos e que o último, feito em 2013, foi necessário por conta de programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida. "A Caixa tem como cumprir seu plano de negócios e investir com a sua capacidade e não vai precisar de aporte de capital", concluiu Hereda.

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Crédito mais caro projeta fraco desempenho do comércio em 2015, diz CNC

A situação do comércio varejista do país deverá repetir, em 2015, o fraco desempenho de 2014, quando as vendas do setor ficaram em apenas 2,2%, o pior resultado desde 2003.A expectativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e de Turismo (CNC), baseada na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). Os dados foram divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro, comparado ao desempenho de novembro do ano passado, houve queda de 0,26% nas vendas do comércio varejista.Reajustes de preços e crédito mais caro podem prejudicar comércio Segundo a CNC, o desempenho será consequência de um “mercado de trabalho fraco, em decorrência de reajustes nos preços administrados e da tendência de encarecimento do crédito ao longo de 2015”.Para a confederação, essa conjunção de fatores impedirá a recuperação das vendas, que deverão fechar 2015 com crescimento de 1,7%, ainda menor que o do ano passado. Para a Divisão Econômica da CNC, o resultado das vendas em 2014 – o pior em 11 anos – é consequência do encarecimento do crédito ao longo do ano e do reajuste dos preços administrados a partir do quarto trimestre, uma vez que os preços no varejo cresceram menos no ano passado (6,1%) do que em 2013 (7,3%)”.Para o economista da CNC Fabio Bentes, a expectativa da confederação de que o volume de vendas feche o ano com avanço de 1,7% mantém a tendência de desaceleração observada no ano anterior. “Apesar do ritmo menos intenso da inflação dos bens comercializáveis, a maior pressão oriunda dos reajustes nos preços administrados e a tendência de encarecimento do crédito ao consumidor ao longo de 2015 impedirão a recuperação das vendas ao longo do ano.”

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Mercado de trabalho fraco e crédito prejudicaram varejo em 2014

As vendas do varejo encerraram 2014 com alta de 2,2%, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE (PMC) – pior resultado anual desde 2003 (-3,7%). Destacaram-se positivamente as atividades de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (9,0%) e artigos de uso pessoal e doméstico (8,0%).Para a Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o resultado fraco das vendas em 2014 – o pior em 11 anos – adveio do encarecimento do crédito ao longo do ano e do reajuste dos preços administrados a partir do quarto trimestre, uma vez que os preços no varejo cresceram menos em 2014 (+6,1%) do que no ano anterior (+7,3%). Alguns segmentos, como o de informática e comunicação, registraram queda nas vendas (-1,7%), apesar da deflação (-2,3%) registrada ao longo do ano passado.Para 2015 a expectativa da Confederação é que o volume de vendas feche o ano com avanço de 1,7%, mantendo, portanto, a trajetória de desaceleração ante o ano anterior. “Apesar do ritmo menos intenso da inflação dos bens comercializáveis, a maior pressão oriunda dos reajustes nos preços administrados e a tendência de encarecimento do crédito ao consumidor ao longo de 2015 impedirão a recuperação das vendas ao longo do ano”, afirma Fabio Bentes, economista da CNC.

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Banco Central vê restrição maior na liberação de crédito em 2015

A pesquisa qualitativa de crédito divulgada pelo Banco Central, na manhã desta terça-feira (10) aponta para um cenário de maior restrição na liberação de recursos no Brasil neste início de 2015. De acordo com os números apresentados, houve deterioração da perspectiva de aprovação de crédito para o primeiro trimestre do ano com relação ao esperado no trimestre anterior, em três dos quatro segmentos analisados. Os dados foram coletados pelo BC entre 8 e 19 de dezembro, junto a 46 instituições financeiras.No caso do crédito voltado às grandes empresas, o indicador de aprovação de crédito passou de 0,08 nos últimos três meses de 2014 para uma queda de 0,29 no primeiro trimestre de 2015. Para as micro, pequenas e médias empresas, o índice saiu de -0,18 para -0,56. E no que se refere ao crédito voltado ao setor habitacional, para pessoa física, o indicador passou de 0,22 para -0,22.A exceção ficou com o crédito direcionado ao consumo das pessoas físicas, para o qual o indicador de aprovação de crédito passou de -0,18 para -0,09, na mesma base de comparação. De qualquer forma, mesmo neste último caso, o cenário indicado é de expectativa de restrição na concessão de crédito.Na pesquisa do BC, o indicador que mede a perspectiva das instituições financeiras para o mercado de crédito varia de -2 (menos concessões) para +2 (mais concessões). Em todos os segmentos pesquisados, portanto, as instituições esperam um quadro de dificuldade na liberação de recursos, tanto para pessoa jurídica como para pessoa física.Os dados foram apresentados nesta terça-feira, 10, pelo chefe do departamento econômico do Banco Central, Tulio Maciel, como parte da divulgação do Boletim Regional Trimestral.

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Demanda por crédito desacelera no início do ano

A quantidade de pessoas que buscou crédito em janeiro deste ano recuou 2,5% na comparação com dezembro de 2014. Já na comparação com janeiro de 2014, houve crescimento de apenas 2,1% na procura por crédito, o menor ritmo de avanço interanual (mês contra o mesmo mês do ano anterior) dos últimos cinco meses. É o que aponta o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito.De acordo com os economistas da Serasa Experian, a desaceleração do crescimento da demanda do consumidor por crédito, logo no primeiro mês do ano, reflete as dificuldades do consumidor na aquisição de crédito, como crediário cada vez mais caro, inflação em ascensão e queda dos índices de confiança dos consumidores.

Classe de renda

Classes que recebem até R$ 500 po mês apresentaram as maiores quedas na busca por crédito em janeiro de 2015, a diminuição foi de 4,7%. Os que ganham entre R$ 500 e mil reais mensais recuaram 3% e os que ganham entre mil reais e R$ 5mil tiveram quedas de 1,8% este mês em relação a dezembro de 2014.Na comparação com o mesmo mês do ano passado (janeiro de 2014) a maior retração da demanda por crédito aconteceu para aqueles que recebem até R$ 500 por mês: queda de 18,8%.

Análise por região

Apenas a região Centro-Oeste registrou avanço da demanda dos seus consumidores por crédito em janeiro/15: aumento de 1,5% frente a dezembro/14. Todas as demais regiões do país acusaram retração nas buscas dos seus consumidores por crédito: -0,8% na região Sul; -0,9% no Norte; -1,8% no Nordeste; e -4,3% no Sudeste.

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BNDES já dá sinais de restrição na concessão de crédito às empresas

Segundo o Banco Central, a liberação de recursos para financiamento de capital de giro teve queda de 48% em 2014; somente no último trimestre do ano passado retração foi de 30,8%Desde o final de 2014, as concessões de crédito do BNDES e dos bancos comerciais já começaram a cair. E para entidades empresariais, o cenário tende a ser pior neste ano, principalmente para os micro e pequenos negócios.Dados do Banco Central (BC) mostram que as concessões de crédito do BNDES voltadas para capital de giro teve queda de 48% no ano passado. Somente no último trimestre de 2014 a retração foi de 30,8%. No entanto, a liberação de financiamento para investimentos teve crescimento de 2,3% no ano.Em decorrência dos ajustes econômicos em curso, entidades empresariais afirmam que os bancos públicos e comerciais vão ficar mais seletivos na concessão de crédito. "Parte do ajuste fiscal passa pela redução dos repasses do Tesouro Nacional aos bancos públicos. Já sabemos que isso vai acontecer. Portanto, as instituições financeiras irão ficar mais seletivas e vai ocorrer uma restrição maior de crédito", diz o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Vítor França.Já o presidente do sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi), Joseph Couri, afirma que a seletividade dos bancos na liberação de financiamento às micro e pequenas começou desde o início do ano passado e de forma "agressiva"."A maior restrição ao financiamento teve início no primeiro semestre de 2014, quando o mercado financeiro enxugou R$ 13,4 bilhões que estavam no mercado em nível de empréstimos", diz Couri."Já no segundo semestre, os bancos realizaram um depósito compulsório no Banco Central e, com isso, tiveram R$ 45 bilhões para emprestar. Contudo, na prática, esse dinheiro não chegou para as micro e pequenas empresas. Ficou parado no caixa dos bancos", complementa o representante.Neste ano, Couri diz que as instituições financeiras estão, de fato, sem recursos para realizar empréstimos. "Em 2015, pelo menos, os bancos estão sendo honestos. Quando a empresa solicita crédito eles afirmam: não temos dinheiro, não vamos emprestar", ressalta o presidente do Simpi.

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Taxa de jurosPara os entrevistados, o governo não deve realizar muitas alterações na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) - taxa utilizada nas linhas de financiamento às micro e pequenas e que hoje está em 5,5% ao ano. No último dia 30, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, chegou a afirmar que não irá realizar mudanças "abruptas" na TJLP. "O governo não pode mexer muito na TJLP. É uma taxa voltada para investimentos, que já tem uma participação ruim no PIB [Produto Interno Bruto]. Não dá para penalizar ainda mais os investimentos do País", afirma o assessor econômico da FecomercioSP.Para Couri, o ministro precisa deixar mais claras as mudanças que haverá da TJLP para conquistar a confiança, não só dos empresários, como dos consumidores. "Essas alterações precisam ser anunciadas de uma vez. Se não, instala-se uma boataria no mercado que não contribui para restabelecer a confiança dos empresários no governo", diz Couri.Sobre a promessa do ministro de respeitar a TJLP dos contratos antigos, o presidente do Simpi diz que é necessário que isso seja formalizado, pois "não há garantias de que os bancos irão cumprir com essa regra", afirma ele.DemandaSegundo França, as concessões de crédito dos bancos públicos e privados passam também por um problema de demanda. "A retração do crédito também está ocorrendo pelo viés da demanda. A desconfiança no cenário econômico reduziu os projetos de investimentos das empresas", diz ele. No Índice de Disposição do Empresário da Fecomercio, a intenção de investimento passou de 106,7 pontos em janeiro de 2014, para 88,8 pontos no mesmo mês deste ano.França informa também que os desembolsos do BNDES às micro e pequenas do comércio teve queda de 10%, considerando os períodos de janeiro a novembro de 2013 e 2014.

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Demanda de empresas por crédito no Brasil sobe em janeiro, diz Serasa

Busca por crédito aumentou 6,4% na comparação com o mês de dezembro.Resultado foi impulsionado pela recomposição de estoques do início de ano.A procura de empresas brasileiras por crédito em janeiro teve alta de 6,4% ante o mesmo mês do ano passado, e subiu 12,3% na comparação com dezembro, informou nesta quinta-feira (19) o Serasa Experian.Segundo economistas do Serasa, o resultado foi impulsionado pela movimentação típica de recomposição de estoques no começo do ano após as vendas de Natal.No entanto, os economistas afirmaram em comunicado que a busca ocorreu principalmente entre micro e pequenas empresas, "podendo significar que, diante da maior seletividade e rigor creditício junto às instituições financeiras, dado o atual quadro econômico mais adverso, as micro e pequenas empresas estejam buscando fontes alternativas de financiamento como o crédito mercantil".No detalhamento por porte, a busca por crédito cresceu 7,5% entre micro e pequenas empresas, que impulsionaram a alta do indicador em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado.Entre empresas de médio porte houve queda de 10,2% na procura por crédito em janeiro sobre um ano antes, e entre grandes companhias a busca diminuiu 0,9% na mesma base.Na análise setorial, a demanda por crédito no comércio subiu 8,9% e no setor de serviço cresceu 6,3% em janeiro contra igual mês de 2014. Já a procura por crédito na indústria teve queda de 2,9%.

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Micro e pequenas empresas puxam alta da demanda por crédito em janeiro

A demanda das empresas por crédito aumentou 6,4% em janeiro, na comparação com o mesmo período do ano passado, e subiu 12,3% ante dezembro, de acordo com levantamento da Serasa Experian, para quem essa elevação se deve à recomposição de estoques, típico de início de ano após as vendas do Natal.O aumento na demanda foi puxado por micro e pequenas empresas, segundo a Serasa. Isso pode significar que, diante da maior seletividade das instituições financeiras, as MPEs estejam buscando fontes alternativas de financiamento, como o crédito mercantil.A demanda por crédito das MPEs aumentou 7,5% na comparação com janeiro e subiu 13,1% ante dezembro. Nas médias empresas, a procura cresceu apenas 1,9% no primeiro mês do ano ante dezembro, mas caiu 10,2% ante janeiro de 2014. Já nas grandes empresas houve retração de 0,4% na demanda por crédito em janeiro na comparação com dezembro e recuo de 0,9% ante janeiro de 2014..Empresas de todos os setores econômicos registraram elevação na demanda por crédito no primeiro mês do ano. A maior alta ocorreu na indústria, com crescimento de 15,5% frente a dezembro. No comércio a elevação foi de 12,2% ao passo que no setor de serviços o crescimento foi de 11,9%.Em comparação com o mesmo mês do ano passado, o comércio exibiu a maior elevação na demanda por crédito: 8,9%, seguida pelos serviços, em que a alta foi de 6,3%. Na indústria houve retração de 2,9%.A demanda empresarial por crédito em janeiro cresceu mais acentuadamente na região Sul, com expansão de 13,8% ante dezembro, seguida de perto pelas altas de 12,6% e de 12,4% ocorridas no Sudeste e no Nordeste, respectivamente. No Centro-Oeste o crescimento foi de 10,5% e, por fim, na região Norte, houve alta de 8,8%.Na relação com o mesmo período do ano passado, o crescimento da procura por crédito foi maior na região Norte, de 13,7%. No Centro-Oeste a alta foi de 8,8%, no Sul de 7,7%, no Nordeste de 6,5% e, por fim, de apenas 2,4% na região Sudeste.

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Cuidado com os bancos!

Quem disse que banqueiro só ganha dinheiro? Na conjuntura atual, o cenário não está bom nem para esse setor, que ano após ano, vem demonstrando rentabilidade recorde. No entanto, a página foi virada e espera-se receitas menores. O motivo? Expectativa de aumento da inadimplência, menor nível de crescimento do crédito e ainda a contaminação da operação Lava Jato. Alguns analistas projetam, inclusive, que a exposição do setor financeiro brasileiro à cadeia de fornecedores da Petrobras e às empresas ligadas à Lava Jato, supere a casa de R$ 130 bilhões.“O escândalo de corrupção na Petrobras pode deteriorar a capacidade de pagamento das grandes empreiteiras citadas na operação “Lava-Jato”, bem como os fornecedores da Petrobras lato sensu, que concedem seus recebíveis em garantia das operações de empréstimos bancários. Presume-se, a partir daí, que os provisionamentos dos bancos deverão ser elevados no início de 2015”, afirma o analista da Lopes Filho, João Augusto Frota Salles. Já no final de janeiro, os bancos passaram a limitar empréstimos a empresas envolvidas no escândalo.Mas o rombo da Lava Jato não é o único. Diante da expectativa para 2015 de baixo crescimento, contemplando ajustes fiscais, bem como inflação e dólar pressionados, o Sistema Financeiro deve enfrentar dificuldades como repiques de inadimplência, margens pressionadas e desaceleração no crescimento do crédito, seja pela ampliação do risco, seja pela redução da demanda. A grande preocupação é a qualidade do crédito das instituições financeiras e o nível de provisões, diante da tendência de crescimento do índice de inadimplênciaNa avaliação de Salles, as instituições mais impactadas são os bancos públicos e os de pequeno e médio porte. Os bancos públicos registraram forte expansão em suas carteiras de crédito nos últimos anos. Nos últimos dozes meses findos em novembro de 2014, o saldo de crédito do Sistema evoluiu 11,8%, puxado pelos bancos públicos, cuja taxa foi de 17,7%, enquanto os bancos privados perfizeram 5,3% e os de capital estrangeiro 6,5%.Quanto aos bancos de pequeno e médio porte, estas instituições exibem maiores dificuldades de diversificar ativos e passivos, deixando-os mais sensíveis a oscilações de conjuntura. “Afora isso, a maior concorrência dos bancos grandes pressiona suas margens financeiras, cenário que deverá permanecer no médio prazo”, destaca Salles. Sobre a exposição à operação da Lava Jato, três bancos de pequeno porte, tentaram colocar “panos quentes” na situação ao afirmarem a analistas que suas exposições são pequenas e que as empresas envolvidas têm capacidade de pagamento.

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Ele complementa que, por outro lado, os bancos de grande porte contam com diversificação de receitas, como, por exemplo, tarifas de conta corrente, cartões e seguros. Em paralelo, efetuaram fortes ajustes operacionais, remetendo à melhoria de eficiência, afora apresentarem adequados índices de solvência e Basiléia.Quando até o sistema financeiro é ameaçado, o que sobra para os meros mortais?TempestadeNa trilha das denúncias da operação Lava-jato, a Petrobras enfrenta um grande adversário: seus acionistas, que iniciam na Justiça uma corrida em busca de perdas resultantes de graves "falhas" na administração da companhia. No Brasil, investidores de vários estados e diferentes perfis – inclusive pessoas que adquiriram os papéis da estatal com recursos do FGTS – ajuízam ações a fim de serem ressarcidos pela desvalorização da empresa no mercado. A própria CVM abriu, em dezembro, um inquérito administrativo para apurar a responsabilidade de executivos envolvidos em denúncias de corrupção. Embora no país não exista uma jurisprudência para casos assim, nos Estados Unidos, o escritório de advocacia Wolf Popper considera que a ação civil pública ajuizada contra a empresa em seu país supere os US$ 100 milhões, num cálculo conservador. Os dados são da Revista RI.Grande demais para quebrar?Segundo o consultor, Hovani Argeri, o caso Petrobras remete à discussão sobre o conceito to big to fail, ou grande demais para quebrar. De acordo com o relatório de sustentabilidade da empresa, somente em 2013, a companhia negociou com cerca de 18 mil fornecedores de bens e serviços, por meio de mais de 5,6 mil contratos e cerca de 200 mil pedidos avulsos, totalizando aproximadamente R$ 88 bilhões (90% destinados a contratações de serviços e 10% a bens). Somente esse valor corresponde a quase 2% do PIB. Os números impressionam, mesmo quando não são considerados o faturamento de toda a cadeia ligada à estatal. “O grande problema no Brasil é a certeza da impunidade: os processos são longos, quase intermináveis para, no final, ninguém ser punido. Por esse motivo, o desfecho da operação Lava Jato é tão aguardado. Quiçá sirva de exemplo para que a postura ilibada torne-se a regra de ouro entre os gestores brasileiros, ainda que conquistada pela certeza da pena”, afirma.

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Economia

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Seis anos após início da crise, economia mundial segue fragilizada

A crise de dimensão global instalada a partir de 2008 nos países capitalistas avançados terminou por rebaixar a capacidade de crescimento do conjunto das economias no mundo. E, com isso, as consequências sociais não deixaram de se manifestar, como o aprofundamento das desigualdades entre pobres e ricos, pobreza, desemprego e redução da qualidade de vida, inclusive da classe média.O mundo se prepara para algo inédito. Segundo estimativas existentes, possivelmente o conjunto de pessoas que compreendem o 1% mais rico do mundo deverá deter mais riqueza que a soma dos 99% da população do planeta.Se comparar os períodos anterior (2000-2008) e posterior (2009-2014) à crise de dimensão global de 2008, percebe-se claramente como houve queda importante no patamar de expansão das economias no mundo. No período pré-crise, por exemplo, a economia mundial crescia 4,1% como média anual, ao passo que no período posterior à crise reduziu para 2,9% ao ano, em média. Com isso, a taxa média de crescimento no período após o ano de 2008 passou a ser cerca de 70% do que vinha registrando até a crise.Nos países ricos, o retrocesso no ritmo de expansão apresenta-se ainda mais evidente. A partir de 2009, o ritmo médio de expansão anual do conjunto de países representados pelos Estados Unidos, Japão e da União Europeiapassou a ser de apenas 38% do observado na fase anterior à crise de dimensão global.A situação mais grave ocorre no conjunto dos países constitutivos da chamada zona do euro, que em 2014 ainda não conseguiu retornar ao nível da produção estabelecido em 2008. Os Estados Unidos, por exemplo, registram crescimento médio anual de menos da metade do apresentado até 2008, enquanto o Japão apontou para apenas 33% do que se contabilizou no período anterior à crise.Mesmo nos países que constituem os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), houve também influência negativa da crise de dimensão global. Antes de 2008, o crescimento médio anual era de quase 8%, ao passou que decaiu para quase 5% a partir de 2009. Isto é, 60% da taxa de expansão verificada no pré-crise.O melhor desempenho dos Brics entre os períodos considerados ocorreu na Índia, que registra após 2009 o crescimento médio anual equivalente a 89% da taxa de expansão da produção verificada até o ano de 2008. Na sequência, constata-se o caso da China, com variação média anual de 8,6% entre 2009 e 2004 ante 10,4% registrada no período de 2000 – 2008. Ou seja, 17% menor na fase pós 2008 do que o período imediatamente anterior.

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O pior desempenho desde o ano de 2009 foi verificado na Rússia, que apresenta ritmo de crescimento médio anual de somente 16% do verificado entre 2000 e 2008. Na sequência da Rússia, observa-se a África do Sul, cujo crescimento médio anual foi 60% inferior desde 2009 se comparado ao estabelecido entre os anos de 2000 e 2008.Por fim, a situação brasileira, que se apresenta numa posição intermediária à Índia e China e à Rússia e África do Sul. Entre os anos de 2009 e 2014, o Brasil registra taxa de expansão média anual do Produto Interno Bruto(PIB) equivalente a 59% do verificado no período pré-crise de dimensão global.Isso, considerando que em 2014, a variação do PIB tenha sido de 0,1%, o que significaria taxa média anual de expansão econômica de 2,2% desde 2009. Entre os anos de 2000 e 2008, a taxa média anual de crescimento foi de 3,7%.Diante disso, percebe-se que nos seis anos após a instauração da crise de dimensão global, em 2008, a economia do mundo segue fragilizada, com baixo potencial de crescimento e piora nos indicadores sociais. Para países considerados “baleia”, que possuem extenso território e grande população, como no caso do Brasil, a defesa do mercado interno se transforma no principal ativo, capaz de permitir maior grau de autonomia para a ativação e sustentação do ritmo de expansão econômica com menores consequências sociais.

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Economia global começa 2015 em situação melhor que em 2014, avalia G-20

O grupo das 20 maiores economias do mundo, o G-20, deixa a primeira reunião de cúpula econômica com uma avaliação positiva sobre o atual estágio da economia global. Em entrevista final do evento, o vice-primeiro-ministro da Turquia, Ali Babacan, resumiu a avaliação das 20 potências afirmando que "no geral, comparando com o começo de 2014, estamos em uma melhor".Essa melhora acontece especialmente pelas economias desenvolvidas. "O crescimento de países como os Estados Unidos e Reino Unido está muito melhor que no ano passado. Na zona do euro, o desemprego parou de crescer e há ligeira queda", disse.Sobre o Japão, a avaliação é que os indicadores ainda não se consolidaram, mas a perspectiva é positiva e a expectativa de crescimento é maior que no ano passado. A única ressalva foi feita sobre a qualidade da criação de empregos em alguns países, como os Estados Unidos.

Sobre mercados emergentes, o anfitrião Babacan evitou comentários mais duros a despeito do processo de desaceleração visto em muitas economias, como a China, Rússia e Brasil. "O desempenho geral continua positivo e grande parte do crescimento global vem dos emergentes", disse. Ele reconheceu, porém, que o desempenho "é diferente de país para país". "Mas o cenário geral é de maior crescimento que nos desenvolvidos", disse.Ao avaliar a situação das maiores potências desenvolvidas e do grupo dos emergentes, o político turco disse que o mundo continua vivendo um cenário "que não permite complacência".

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Mercado prevê crescimento zero do PIB e inflação de 7,15% em 2015

As estimativas do mercado financeiro para este ano continuam piorando. Segundo pesquisa conduzida pelo Banco Central na semana passada com mais de 100 economistas de instituições financeiras, o crescimento da economia deve ser zero em 2015; e a inflação deve atingir a marca de 7,15% – a maior em 11 anos.A expectativa do mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, que estava em 7,01% na semana retrasada, subiu para 7,15% na última semana. Foi a sexta alta seguida na estimativa para a inflação de 2015. Se confirmada, a taxa de 7,15% será a maior desde 2004, quando ficou em 7,6%. Para 2016, a previsão do mercado ficou estável em 5,60%.Com isso, a estimativa do mercado para o IPCA de 2015 segue acima do teto do sistema de metas. A meta central de inflação para este ano e para 2016 é de 4,5%, com tolerância de dois pontos para mais ou para menos. O teto do sistema de metas, portanto, é de 6,5%. Em 2014, a inflação somou 6,41%, o maior valor desde 2011.Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação oficial do país, medida pelo IPCA, ficou em 1,24% em janeiro, depois de avançar 0,78% em dezembro do ano passado. Essa foi a taxa mensal mais alta desde fevereiro de 2003, quando ficou em 1,57%. Em 12 meses, o indicador acumula alta de 7,14% – a maior desde setembro de 2011, quando o índice atingiu 7,31%.

Cenário para a inflação em 2015

Segundo analistas, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressionam os preços em 2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.O governo, para reorganizar as contas públicas, informou que não fará mais repasses para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) neste ano, antes estimados em R$ 9 bilhões. Com isso, a alta da energia elétrica neste ano pode chegar a até 40% em 2015.

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Ao mesmo tempo, também anunciou o aumento da tributação sobre os combustíveis, o que pode gerar um aumento de mais de 8% na gasolina e de 6,5% no diesel nas próximas semanas. Com isso, os chamados "preços administrados", segundo o próprio Banco Central, devem subir pelo menos 9,3% em 2015, o maior aumento desde 2004 – quando avançaram 9,77%. O peso dos preços administrados no IPCA é de cerca de 25%.

PIB zero

Ao mesmo tempo em que elevaram sua estimativa de inflação para mais de 7% neste ano, os economistas do mercado financeiro também reduziram novamente sua previsão para o crescimento da economia brasileira em 2015.Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015, os economistas baixaram a estimativa de alta de 0,03% para zero na última semana – na sexta queda consecutiva. Para 2016, a estimativa de expansão da economia permaneceu em 1,50% de alta na semana passada.O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o crescimento da economia.No fim de outubro, o IBGE informou que a economia brasileira saiu por pouco da recessão técnica no terceiro trimestre de 2014 – quando o PIB cresceu 0,1% na comparação com o trimestre anterior. De janeiro a setembro, a economia teve expansão de 0,2% frente ao mesmo período do ano passado. Já no acumulado em quatro trimestres até setembro, a alta foi de 0,7%.Em janeiro, durante encontro reunião do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que espera um PIB "flat" (próximo de zero) neste ano. Ele anunciou, nas últimas semanas, aumentos de tributos e medidas para conter gastos públicos com o objetivo de resgatar a confiança na economia brasileira.

Taxa de juros

Para a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, que avançou recentemente para 12,25% ao ano, a expectativa do mercado é de 12,5% ao ano no fim de 2015 – o que pressupõe um novo aumento na taxa Selic. Para o término de 2016, a previsão do mercado é de que juros somem 11,5% ao ano.A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, o BC tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. Em 2015 e 2016, a meta central é de 4,5% e o teto é de 6,5%.

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Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros

Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2015 permaneceu em R$ 2,80 por dólar. Para o término de 2016, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou estável em R$ 2,90 por dólar.A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2015 ficou estável em US$ 5 bilhões. Para 2016, a previsão de superávit comercial avançou de US$ 10,5 bilhões para US$ 12 bilhões.Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil avançou de US$ 59,2 bilhões para US$ 60 bilhões. Para 2016, a estimativa dos analistas para o aporte ficou caiu de US$ 60 bilhões para US$ 59,5 bilhões.

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Brasil prepara estratégia para atrair mais dólares

O Brasil pretende anunciar até abril uma nova estratégia para aumentar o investimento na economia. A promessa está sendo feito pela delegação brasileira nas reuniões fechadas do grupo das 20 maiores economias do mundo, o G-20.Sobre o cenário externo, o Brasil faz um diagnóstico cauteloso. A comitiva brasileira afirma que a diferença de passo entre o Banco Central Europeu e o Banco do Japão – que vêm relaxando a política monetária – e o Federal Reserve –que deve iniciar o aumento do juro nos próximos trimestres – pode gerar um saldo final positivo para emergentes.A alta do investimento faz parte do receituário perseguido por Brasília para tentar reativar a demanda. Aos demais países, o Brasil tem explicado que a atual inflação alta faz parte do “custo” para reequilibrar a economia.Durante as reuniões do G-20 em Istambul, o Brasil demonstra apoio à iniciativa dos anfitriões turcos, que defendem medidas para alavancar o investimento em todo o grupo. Entre os brasileiros, representantes do Banco Central afirmam que o país deverá anunciar em um horizonte de dois meses uma iniciativa para tentar acelerar os volumes investidos na economia.Não foram informados detalhes sobre o plano brasileiro, mas o G-20 discute o tema e outros países podem anunciar iniciativas semelhantes. Uma das propostas da Turquia é adotar uma meta de aumento do investimento para um período de três anos à frente para todos os países do grupo. A iniciativa, porém, encontra resistência entre alguns membros do G-20. Na delegação brasileira, o discurso passa pela análise de que o “primeiro grande passo” para melhorar o investimento no país é o “reforço da confiança nas políticas públicas”.

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Levy admite que economia brasileira pode ter encolhido em 2014

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu, nesta quarta-feira (18), numa palestra para investidores, em Nova York, que a economia brasileira pode ter encolhido em 2014. O ministro voltou a prometer o reequilíbrio das contas públicas.Também nesta quarta, instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central previram pela primeira vez a possibilidade de uma retração da economia em 2015, de 0,42%.A previsão de inflação para este ano é de 7,27%. A meta do Banco Central é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para mais e para menos.A informação original, divulgada pela assessoria do ministro Levy, dava a entender que ele tinha feito uma previsão de encolhimento para 2015, mas depois a assessoria se corrigiu e esclareceu que estava se referindo ao ano passado.

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Mercado avalia que economia brasileira deve encolher em 2015

Investidores e analistas do mercado financeiro estimam que a economia deve encolher 0,42% em 2015. Os números estão no Boletim Focus divulgado semanalmente pelo Banco Central. A produção industrial deve encolher 0,43%, informa a publicação.Para a inflação apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o mercado elevou a taxa de 7,15% para 7,27%. A expectativa é que o dolar feche o ano cotado a R$ 2,90 e a taxa básica de juros fique em 12,75% ao ano. Os preços administrados, que são controlados pelo governo como as tarifas de luz e a gasolina, têm elevação estimada em 10% ante os 9,48% previstos anteriormente.O mercado financeiro não está otimista em relação à Dívida Líquida do Setor Público, que deve passar de 37,2% para 38% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas do país.O déficit em conta corrente, um dos principais indicadores das contas externas, deve permanecer em US$ 78 bilhões, segundo a estimativa do mercado, com o saldo da balança comercial previsto em US$ 5 bilhões e os investimentos estrangeiros diretos, em US$ 60 bilhões.

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Xeque-mate chinês impõe nova política no Brasil

Crescimento menor do gigante asiático exige que o Brasil reduza dependência de vendas de minério e itens agrícolasA mudança de rumo no modelo da economia chinesa, mais voltado, agora, para o consumo e com taxas de crescimento abaixo de dois dígitos, impacta fortemente nos rumos da política econômica brasileira. A desaceleração do gigante asiático já teve efeito brusco no preço das commodities – produtos minerais e agrícolas cotados no mercado internacional –, contribuindo para alterar o resultado da balança comercial. Por outro lado, o aumento da renda familiar chinesa permite reduzir a discrepância entre os custos de produção dos dois países. A saída do Brasil para retomar o crescimento, segundo especialistas, é incentivar o desenvolvimento industrial para melhorar a competitividade no exterior, tornando-se menos dependente do agronegócio e do minério de ferro.Até 2007, a China era só o terceiro destino das exportações brasileiras, com apenas 6,7% do volume total, atrás de Estados Unidos (15,6%) e Argentina (6,7%). O aumento dos investimentos em infraestrutura e no setor imobiliário impulsionaram a demanda por commodities, principalmente o minério de ferro. De lá para cá, a maior demanda resultou em um troca-troca no topo do ranking do comércio internacional: a China lidera desde 2008, com 18% do total exportado pelo Brasil. No comparativo entre 2007 e 2013, o volume negociado com o país asiático subiu de US$ 10,74 bilhões para US$ 46 bilhões, alta de 328%. No ano passado, com o recuo de preços, as exportações foram de US$ 40,6 bilhões.Minas Gerais também tem na China o seu maior parceiro comercial, destino da maior estrela da pauta de vendas externas do estado, o minério de ferro. De acordo com a Coordenadoria Especial de Comércio Exterior da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, a China comprou 23,9% do total exportado por Minas em 2014, até novembro. O percentual corresponde a quase o mesmo que importaram dos mineiros juntos Estados Unidos (11,4%), Japão (7%) e Alemanha (5,9%). Isso contribui para que o item minérios metalúrgicos seja disparado o principal da pauta de exportação do estado, com 32% da receita total.O pesquisador do Brics Policy Center e professor de Relações Internacionais da PUC-RJ Paulo Wrobel afirma que é normal o sobe e desce do preço das commodities no mercado internacional. O problema, segundo ele, é que a economia brasileira tornou-se altamente dependente de alguns produtos

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O resultado foi o déficit da balança comercial no ano passado. O total importado superou o exportado em US$ 3,93 bilhões, pior resultado desde 1998 e primeiro negativo desde que o PT assumiu a Presidência da República. “Nada contra ser um exportador de commodity, mas não dá para ser só um exportador de commodity”, afirma Wrobel.No relatório “China: os impactos no Brasil de um novo modelo de crescimento”, o economista Artur Passos, do Itaú BBA, mostra que o consumo de soja apresentou alta de 116% entre 2000 e 2008. A produção de aço teve ainda mais forte crescimento, de 298% no período, resultando em maior demanda por minério de ferro. “O estímulo à demanda global impulsionou os preços internacionais de commodities, que subiram 227% no período”, diz o estudo. A mudança no modelo chinês, no entanto, faz a demanda por ferro desacelerar.O pesquisador do Brics Policy Center vê boa oportunidade de o Brasil inverter a lógica de exportação brasileira, com maior foco em produtos manufaturados. Mas isso está longe de ser algo imediato. Antes, é preciso forte recuperação da indústria, tornando-a mais competitiva. A exportação de produtos transformados em vez de brutos possibilitaria maior retorno financeiro, pondo fim ao que Wrobel chama de lógica colonialista (exportação de matéria-prima e importação de manufaturados).CUSTO BRASIL Entrar no mercado chinês é algo mais complexo devido aos custos de produção. A retomada da parceria com os Estados Unidos poderia ser algo mais fácil. “Por que o Brasil não procurou ou insistiu em algum tipo de acordo comercial com os Estados Unidos? Só vejo motivo pelo viés ideológico”, afirma o pesquisador do Brics Policy Center.O economista do Itaú BBA Artur Passosressalta que o incentivo ao consumo familiar também é acompanhado do aumento de renda. Com isso, a diferença entre salários na China e no Brasil se reduz. Em 2006, a razão do salário médio do chinês para o brasileiro era de 15,8%, enquanto em 2013 subiu para 30,3%, segundo o relatório do banco. “Não é preciso chegar a 100%. Mas a diminuição da distância possibilita que alguns setores possam equiparar a produtividade”, afirma. E acrescenta: “Apesar dos potenciais impactos negativos sobre o saldo comercial e sobre os investimentos, o rebalanceamento da economia chinesa apresenta uma oportunidade para a indústria brasileira, particularmente para o setor manufatureiro”.

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Marcha à ré

O crescimento econômico da China pode desacelerar para um intervalo entre 6,9% e 7,1% neste ano, num momento em que o país enfrenta riscos de deflação, previu, ontem, o chefe do departamento de pesquisas do banco central chinês, Lu Lei. Ele disse que a destinação de investimentos a ativos fixos na segunda maior economia do mundo deve esfriar ainda mais em 2015, em razão de problemas no mercado imobiliário e da queda no investimento estatal.A maior incerteza de médio prazo para a economia é o risco de queda generalizada dos preços.

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Poupança deve perder para inflação em 2015

O investidor que deixou suas economias na poupança perdeu para a inflação em janeiro. A previsão é que isso se repita em boa parte do ano. A caderneta só deve voltar a ficar atraente quando a inflação recuar e os juros das demais aplicações caírem, cenário fora do radar em 2015.Em janeiro, a poupança rendeu 0,59% – bem abaixo do IPCA (índice oficial de inflação) de 1,24%, a maior taxa desde fevereiro de 2003. Nos últimos 12 meses, a caderneta perdeu menos: subiu 7,05%, ainda abaixo da inflação de 7,14%. A previsão para 2015 é que a poupança renda 7,44%. Já a projeção do mercado para o IPCA está hoje em 7,15%, mas tem subido semanalmente – no fim de 2014, a estimativa era de 6,53%.Em 2014, a poupança já dava sinais de fraqueza, com ganho de 0,63 ponto percentual acima da inflação, o quarto menor desde o Plano Real. “O cliente precisa entender o quanto ele pode ganhar em uma aplicação com a mesma segurança da poupança, mas com rentabilidade maior”, afirma Einar Rivero, gerente da consultoria Economática.Foi o caso do advogado André Leão, que decidiu variar seus investimentos e aproveitar a Selic (taxa básica de juros) de 12,25% de olho na compra de um apartamento. “Tenho cerca de R$ 60 mil e decidi aplicar em fundos com risco moderado porque a poupança rende pouco.” Entre os investimentos escolhidos, estão fundos multimercado, que misturam renda fixa e ações. Leão também investiu em aplicações que remuneram pelo CDI.Com a perspectiva de crescimento fraco, o investidor pode se refugiar na renda fixa. O menor risco de errar é com papéis e fundos pós-fixados, com retorno atrelado à Selic.

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Polícia suíça faz operação no HSBC e caso Petrobras é incluído no processo

A Justiça suíça abriu uma investigação por lavagem de dinheiro contra o banco HSBC e policiais fazem uma operação de busca e apreensão na sede e em diversos escritórios da instituição em Genebra na manhã desta quarta-feira.O processo foi aberto depois que uma rede de jornais revelou que o banco havia ajudado 100 mil clientes de todo o mundo a abrir contas na Suíça e fugir do controle de seus países.Mais de 8,7 mil contas têm uma relação com clientes brasileiros, entre eles ex-funcionários da Petrobras. Na manhã desta quarta, a polícia de Genebra indicou que fez uma operação de busca e apreensão no banco para coletar dados, computador e documentos. A acusação é de "lavagem de dinheiro agravado". O procurador do processo informou que as contas relativas ao caso Petrobras também serão investigadas.O processo foi liderado pelos procuradores Olivier Jornot e Yves Bertossa, filho de um ex-procurador que, em 2001, abriu os casos de investigação relacionados com as contas de Paulo Maluf.— Nós viemos garantir o sequestro de todos os dados bancários para avaliar o eventual crime de lavagem de dinheiro — afirmou Olivier Jornot. Segundo ele, a operação vai durar todo o dia em vários escritórios do HSBC espalhados por Genebra.O procurador confirmou que o caso brasileiro também estará dentro do processo:— Vamos fazer uma análise geral de todas as acusações existentes. Por enquanto, não quero me pronunciar sobre um ou outro caso, mas todos os que foram indicados nos documentos que chegaram à imprensa serão investigados.

DepoimentosA Justiça de Genebra indicou que deve chamar funcionários e banqueiros do HSBC a prestar depoimento nos próximos dias. Alguns deles são suspeitos de terem ajudado clientes a cometer "atos de lavagem" ou de ter participado desses crimes.O escândalo que ficou conhecido como Swissleaks expôs não apenas o HSBC, mas todo o sistema financeiro suíço que, por décadas, ajudou clientes de todo o mundo a trazer suas fortunas para Genebra e Zurique.Com as revelações, as autoridades suíças passaram a ser questionada sobre seu silêncio diante das acusações. O banco HSBC, por exemplo, insiste que essas acusações "fazem parte do passado" e que a instituição passou por uma transformação desde 2007.Entre os clientes destacados pelas revelações estão criminosos, traficantes de drogas e armas, ditadores, nobrezas, cantores e esportistas.

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Protestos indicam que negociação salarial será mais tensa em 2015

Estagnação da economia e risco de racionamentos de água e luz ameaçam empregos e benefícios dos trabalhadoresO ano começou com os trabalhadores nas ruas, protestando contra salários atrasados, demissões em massa e corte de benefícios. Enfrentamento será a marca de 2015. A estagnação da economia que pode virar recessão, as obras paradas da Petrobras e a ameaça de racionamento de água e luz vão tornar mais difícil para o trabalhador brasileiro negociar com os patrões, e a rua será o campo de batalha. “Vamos sentir saudades de 2014”, afirmou José Silvestre, coordenador de Relações Sindicais do Dieese, citando o ano que deve ter fechado com a economia estagnada, segundo projeções do mercado.A mobilização dos operários ficou evidente na última semana. Centenas de trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) fecharam a Ponte Rio-Niterói por duas horas na terça-feira passada. Dois dias depois, a milhares de quilômetros dali, em Rio Grande (RS), metalúrgicos de estaleiros da região também fecharam ruas e estradas para protestar contra a redução nas encomendas.A luta por salários melhores não vai cessar diante da situação do país, segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas. “Sempre que não há desenvolvimento do país, a argumentação dos patrões é de que não há como dar aumento. Vamos para o enfrentamento. Eles não contam o lucro que acumularam nos últimos anos. Vamos para greve, na busca de ganhos reais. A campanha salarial este ano vai exigir mais da categoria sindical”, afirmou ele, ressaltando que as manifestações devem continuar. “Os trabalhadores têm que defender seus direitos. Demitiu, parou. Tirou direito, parou.”Em São Paulo, são os metalúrgicos do ABC que se mobilizam para manter os empregos e ganhos reais de renda. Já tiveram vitórias. Depois de pôr mais de 10 mil na Via Anchieta, fechando-a nos dois sentidos, em meados de janeiro, conseguiram suspender as 800 demissões em fábricas da Volks e da Mercedes-Benz. A data-base da categoria é no segundo semestre, o que dá fôlego para aguardar que a economia reaja.“O governo só tem dado notícia ruim. Não há contrapartida às medidas restritivas, como uma política industrial de incentivo. Dessa maneira, não há como o empresário recuperar sua confiança. E se o patrão não tem confiança no futuro, vai dificultar a vida do trabalhador. O ano será difícil”, afirmou Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

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Ano difícilO coordenador de Relações Sindicais do Dieese, José Silvestre, diz que será um ano difícil para os trabalhadores conseguirem ganhos reais. A parcela de acordos com aumentos acima da inflação deve cair em relação a 2014, e o próprio reajuste deve diminuir. A inflação alta dificulta o cenário.

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Brasileiro está inseguro com economia de 2015, aponta estudo

Segundo pesquisa da Kantar Worldpanel, 42% dos consumidores estão preocupados com o aumento dos preços e a inflação do paísUm levantamento feito pela Kantar Worldpanel apontou que o brasileiro ainda teme a situação econômica que viverá em 2015, o que, como consequência, está gerando uma série de incertezas e um maior cuidado com o seu orçamento.Segundo a pesquisa, a confiança no país no ano passado era de 81%. Hoje, o índice é 13% menor, 68%.Em grau de importância, o brasileiro se preocupa com a falta de segurança e o excesso de violência (64%), saúde e estado físico (49%), aumento de preços e inflação (42%), aquecimento global (33%) e com a crise econômica do país (22%).Mesmo com essas incertezas, o estudo apontou que os consumidores não fazem questão de abrir mão de algumas categorias durante suas compras. Ainda segundo a pesquisa, produtos considerados 'premium' e que ajudam na praticidade do dia a dia ainda são prioridade no carrinho do brasileiro.Sobre vendas, o estudo mostrou que cada vez mais os consumidores querem praticidade, atenção ao escolher seus produtos e inovação. No entanto, 73% dos entrevistados consideram os preços muito altos, além de não terem tempo para ficar nas lojas pesquisando promoções ou produtos mais baratos.Em contra partida, 66% gostam de receber informações na hora de comprar, saber os benefícios e a melhor maneira de usar os produtos. Ainda segundo o estudo, 61% dos consumidores têm o orçamento limitado e comparam os preços entre os pontos de venda.O estudo apontou que a atenção dada ao consumidor é essencial para que ele volte ao estabelecimento. Para se ter uma ideia, 50% dos consumidores reclamaram desta falta de atenção, outros 44% são experimentadores e dizem não conseguir provar os produtos antes de comprar, e 42% afirmam que sempre estão em busca de novidades e comprando produtos novos para provar.

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Governo nega confisco da caderneta de poupança; PF vai investigar boato

Segundo Fazenda, informações estariam circulando em mídias sociais. 'Tais informações são totalmente desprovidas de fundamento', informou.O Ministério da Fazenda divulgou nota à imprensa nesta sexta-feira (13) para dizer que não procedem as informações, que estariam circulando em mídias sociais, de que haveria risco de o governo confiscar a caderneta de poupança, ou aplicações financeiras, dos brasileiros."Tais informações são totalmente desprovidas de fundamento, não se conformando com a política econômica de transparência e a valorização do aumento da taxa de poupança de nossa sociedade, promovida pelo governo, através do Ministério da Fazenda", acrescentou o governo.Em nota, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou que determinou à Polícia Federal "a imediata e rigorosa apuração da origem dos boatos que circulam nas redes sociais relacionados à caderneta de poupança".

Confisco em 1990Houve um confisco da poupança no Brasil em 1990. O processo foi comandado pela então ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Mello, no início do governo do presidente Fernando Collor de Mello. Foram bloqueados a poupança e todas as aplicações financeiras da época acima de NCZ$ 50 mil (cruzados novos) - cerca de R$ 6 mil.A medida gerou reação extremamente negativa na sociedade brasileira, que ficou sem dinheiro para honrar seus compromissos, e gerou falência de empresas.

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Governo prepara pacote trabalhista que deve somar R$ 10 bi, diz ministro

O governo federal prepara mais um pacote envolvendo programas trabalhistas que deve somar, entre aumento de arrecadação e corte de gastos, R$ 10 bilhões neste ano. Em visita à sede da Força Sindical, em São Paulo, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou nesta segunda-feira (9) que entre as medidas estão o aumento de fiscalização nas empresas e a redução de despesas com programas relacionados à saúde do trabalho. Os detalhes das ações devem ser anunciados até março.Apesar de procurar reduzir despesas em mais programas trabalhistas, o ministro afirmou aos sindicalistas que "não vai haver redução de investimentos em benefícios sociais". Na sede da central sindical, Dias ouviu muitas críticas relacionadas a regras que já foram alteradas, como a de concessão do seguro-desemprego.Segundo Dias, cerca de R$ 2,7 bilhões seriam obtidos com o incremento da fiscalização eletrônica. Esse tipo de ação aumenta o universo de empresas fiscalizadas, coibindo inadimplência e fraude no pagamento de contribuições, como o FGTS.A fiscalização eletrônica foi lançada em abril do ano passado. Na ocasião, o ministério informou que ela se restringiria ao pagamento do FGTS. Depois, seria expandida para o cumprimento de cota de aprendizes, dimensionamento de serviços especializados em segurança, prevenção de acidentes de trabalho, etc. O governo estima que só no FGTS a sonegação seja de 7% a 8% dos valores pagos, que somaram R$ 94 bilhões em 2013, no dado mais recente disponível.Segundo Dias, a fiscalização eletrônica também deve ajudar a elevar a cobrança de multas das empresas que desrespeitam as regras trabalhistas.O ministro ainda afirmou hoje que outros R$ 2,6 bilhões viriam da formalização de 500 mil trabalhadores. Segundo ele, existem hoje cerca de 14 milhões a 15 milhões de trabalhadores nessa situação. Ele não detalhou como vai colocar todo esse contingente no mercado formal.Em outra frente, o Ministério vai tentar reduzir os gastos relacionados à saúde do trabalho, que custam algo em torno de R$ 70 bilhões por ano. "Vamos nos debruçar sobre as planilhas para saber o que pode ser otimizado", afirmou..

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Economia encolheu 0,15% em 2014

retração em cinco anos, segundo o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), prévia do PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia. A pesquisa divulgada ontem pelo Banco Central (BC) apontou contração de 0,15% no ano passado, sem ajuste sazonal. Na comparação de dezembro com novembro, houve recuo de 0,55%.Se os dados do IBC-Br forem confirmados pelo PIB, o desempenho da economia brasileira em 2014 será o pior desde 2009, época na qual o País registrou retração de 0,33%, seguida por expansões consecutivas até 2013, com crescimento de 2,49% do PIB.“Esta retração é fruto da política macroeconômica de combate à inflação com aumento da taxa de juros, espécie de ‘remédio amargo’ que repercute na economia como um todo. E já estamos em um cenário de economia em baixa”, afirma Nicolino Trompieri, coordenador de Contas Regionais do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).Segundo o economista, os resultados do baixo crescimento se refletem ao consumo, na medida em que o crédito fica mais caro e os investimentos mais escassos. “odos os fatores convergem para que tenhamos um 2015 apertado”, complementa.

RetomadaA retomada do crescimento econômico virá com a ajuda da iniciativa privada, disse o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em reunião com empresários do varejo. De acordo com a assessoria de imprensa do ministério, Levy destacou a contribuição do setor varejista para a recuperação da economia brasileira.O ministro pediu a união de esforços e lembrou que o varejo pode ajudar atrair investimentos e a retomar o crescimento. Ao sair da reunião, a presidenta do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Luiza Helena Trajano, disse que a melhoria do ambiente de negócios, com a redução da burocracia, reduz custos e representa a chave para recuperação da confiança empresarial em um ano de dificuldades econômicas.

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Emprego na indústria de SP fica abaixo do esperado em janeiro

O número de contratações pela indústria paulista em janeiro ficou abaixo da média histórica para o mês, com ao menos 6,5 mil novos empregados, segundo pesquisa de Nível de Emprego da Fiesp e do Ciesp, divulgada nesta quinta-feira (12).O setor manufatureiro paulista encerrou o mês com queda de 0,38%, na amostra com ajuste sazonal. Dos 22 setores avaliados, 13 informaram contratações, seis anotaram demissões e três ficaram estáveis.A indústria de produtos de borracha e de material plástico contratou 1.960 novos funcionários, seguida pelo setor de preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados, com 1.105 admissões.Já a indústria de confecção de artigos de vestuário e acessórios se destacou no campo das demissões do mês com o fechamento de 1.152 postos de trabalho. Já o segmento de produtos de minerais não metálicos demitiu 988 funcionários. O setor de açúcar e álcool fechou 353 vagas no primeiro mês do ano, o equivalente a uma queda de 0,01%.RegiõesNo levantamento de janeiro, 15 regiões registraram contratações, outras 15 informaram fechamento de vagas e seis ficaram estáveis. No interior paulista, a região de Araçatuba subiu 2,61% no emprego, influenciada pelos setores de produtos alimentícios (3,79%) e de artefatos de couro e calçados (4,35%). Sertãozinho também contratou no mês passado e avançou 1,56%, estimulado pelos segmentos de máquinas e equipamentos (7,04%) e de produtos alimentícios (0,64%).A indústria de Botucatu registrou alta de 1,1%, com contratações nos setores de produtos alimentícios (2,33%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (7,49%). No campo das demissões, a região de Santa Bárbara d´Oeste registrou queda de 3,34%, influenciada por fortes perdas na indústria de produtos alimentícios (-37,76%) e demissões no setor de produtos têxteis (-1,05%).São Carlos também se destacou com declínio de 2,57%, em meio ao fechamento de vagas nos segmentos de produto de metal, exceto máquinas e equipamentos (-4,76%) e de máquinas e equipamentos (-2,58%). Limeira fechou janeiro em baixa de 2,07%, abatida por demissões nos setores de produtos de minerais não-metálicos (-23,68%) e de veículos automotores.

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Governo vai elevar multa para emprego informal

O Ministério do Trabalho e Emprego anunciou ontem que pretende aumentar o valor da multa cobrada de empregadores que contratam funcionários sem assinar a carteira de trabalho. O governo também vai apertar a fiscalização em todo o país. Como resultado das medidas, o Executivo espera elevar em R$ 5,2 bilhões as receitas dos fundos FGTS, FAT e da Previdência Social neste ano.Hoje, a multa cobrada do empresário que tem funcionários sem registro é de R$ 402,53. “A multa está 20 anos defasada”, disse o secretário de Inspeção do Trabalho, Paulo Sérgio de Almeida. Ele não informou o novo valor a ser cobrado. O ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou que um projeto de lei com a proposta de reajuste será enviado à Casa Civil em até 15 dias. Posteriormente, o texto segue para análise do Congresso.O ministério estima haver cerca de 14 milhões de pessoas na informalidade, o que resulta em uma sonegação de R$ 80 bilhões ao ano. Em 2015, a meta é formalizar 400 mil trabalhadores. Para isso, haverá mobilização de todos os auditores fiscais do trabalho, além de uma nova etapa de fiscalização eletrônica, com cruzamento de dados prestados pelas empresas.Mesmo prometendo uma ampliação da fiscalização in loco, o ministro afirmou ter um déficit de 1 mil auditores. “Não se pergunta quanto vai custar contratar mais dez [auditores], tem que perguntar quanto vai render [cada um]”, disse, ao defender um novo concurso.

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Franquias

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Pesquisa aponta um crescimento de 8,52% no mercado de franquias

Franchising gerou mais de 155 mil novas vagas de emprego; alimentação, saúde, beleza e educação são destaquesMarcas paranaenses estão cruzando divisas e fronteiras, consolidando o papel do estado no mercado de franquias, onde ocupa o terceiro lugar no ranking nacional em número de empresas franqueadoras e o primeiro da região sul, segundo os dados da Associação Brasileira de Franchise (ABF). Nos próximos dias, a rede Apolar Imóveis inaugura a primeira franquia da marca fora do Brasil. A unidade terá sede em Miami, para onde um executivo do grupo já migrou a fim de tocar os negócios, segundo Jean Michel Galiano, um dos diretores da rede Apolar.Galiano conta que a ideia de franquear a marca surgiu há 20 anos. “Como nossa empresa é familiar, primeiro tivemos de convencer nosso pai, o fundador da empresa”, recorda. “Hoje já temos mais de 90 lojas distribuídas estrategicamente no Paraná e Santa Catarina”, contabiliza o executivo. O processo foi cauteloso, segundo Galiano, porque a Apolar é uma rede de imobiliárias que trabalha com a franquia de princípios e valores. Abrir uma franquia da Apolar custa entre R$ 70 mil a R$ 125 mil, dependendo do tamanho da loja.Mais recente no processo de franquias, a rede de salões Lady& Lord se prepara para lançar até o fim deste ano a franquia do Centro de Formação da marca. Apesar de ser ainda considerada um marca franqueada nova — o processo começou em 2011 —, a rede já tem 16 lojas funcionando no modelo de franquia e uma própria instaladas em Florianópolis, Maringá, Tocantins (Palmas), Pará (Marabá) e Amapá (Macapá). O segmento é apontado como um dos promissores pela Rizzo Franchise, empresa de consultoria no setor de franquias.Kyrlei Boff, proprietário da marca, conta que a ideia de franquear o Lady&Lordnasceu há pelo menos 15 anos. “Mas o segmento é muito ‘caseiro’, então eu tive que observar melhor o mercado para poder formatar melhor um sistema de franquias para o salão”, revela o empresário.Por conta das particularidades deste segmento, a franquia do Lady&Lord precisou se adaptar aos regionalismo. Ele cita como exemplo, a ala masculina dos salões no Tocantis. Como o homem de lá costuma usar mais serviços que os do Paraná, como o de coloração, foi necessário criar um espaço reservado maior para que os existentes nos salões do Sul. “Aqui o grisalho no homem é bem-vindo. Já no Tocantins, não. Mas o homem de lá, assim como daqui, não gosta de ficar exposto enquanto passa por procedimentos estético”, explica.

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Diante dessas diversidades, a rede precisou criar três formatos de franquias. A mais simples, a Compact Beauty, oferece todos dos serviços do salão, com excessão de estética. A Soft Beauty, uma intermediária, tem como proposta preparar os salões do interior para tornarem-se franqueados da marca, e a BeautyWellness, para espaços acima de 500 m² e que oferece os serviços de um salão completo. “Esse cuidado foi necessário também por causa dos preços, que em cada região são diferentes”, revela Boff. Uma franquia do Lady&Lord custa de R$ 120 mil a R$ 1, 08 milhão.SOBEOs setores em alta para investir numa franquia em 2015Alimentação, especialmente os negócios que fazem DeliverySaúde & Beleza, que ofereçam serviços rápidos e de conveniênciaSetor de Educação & Treinamento, que estão inovando em cursos para aprimoramento do conhecimento e profissionalização.DESCE

Os setores em baixa para investir numa franquia em 2015Microfranquias do setor de Limpeza & ConservaçãoFranquias fomentadas pelo modismo, como sorveterias, paleterias e esmalterias.Fonte: Rizzo Franchise

O franchise nos últimos 10 anosFaturamento2003 R$ 29,044 bilhões2013 R$ 115,582 bilhõesnúmero de redes de franquias2003 6782013 2.703número de unidades franqueadas2003 56.5642013 114.409número de empregos2003 509.0762013 1.029.681Fonte: ABF

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Interior do país é mercado promissor para franquias

A alta imobiliária nos grandes centros, associada ao aumento da renda da classe C e ao potencial de consumo dos moradores das cidades fora das regiões metropolitanas, tem acarretado na migração do franchising para o interior do país. Hoje, uma em cada quatro franquias brasileiras está fora das capitais e das regiões metropolitanas, o que faz dessa região um expressivo mercado a ser explorado por empreendedores.Segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) levantados com exclusividade para o Sebrae, 75% das marcas associadas à instituição estão nas capitais e nas regiões metropolitanas e apenas 25% nas cidades do interior do país.No entanto, pesquisa do Sebrae mostra o alto potencial de consumo no interior e, para incentivar o processo de interiorização de franquias e capacitar empreendedores fora das capitais, o Sebrae e a ABF firmaram um convênio que vai levar cursos sobre franchising para 120 cidades brasileiras em 2015 e 2016.Serão realizados 337 cursos Entendendo Franchising em 19 estados para capacitar potenciais franqueados e franqueadores. O conteúdo inclui conceitos de franquia, vantagens e desvantagens do sistema, mitos e verdades e aspectos legais do franchising.O Sebrae também vai orientar os empreendedores sobre como escolher uma franquia e analisar o investimento necessário para a abertura do negócio. A meta é atender pelo menos 25 mil pessoas.Existe um enorme potencial de consumo nas cidades do interior do país e, por isso, o Sebrae está preocupado em levar capacitação para esses empreendedores.Levantamento realizado pela instituição mostra que o consumo fora das capitais e regiões metropolitanas soma R$ 827 bilhões ao ano, o equivalente a 38% do total do consumo no país.“De cada R$ 10 gastos no Brasil, R$ 4 correspondem ao consumo efetuado no interior. Esse cenário confirma a existência de um ambiente promissor para os pequenos negócios, na medida em que metade da população brasileira vive nessas cidades e essas regiões vêm apresentando um crescente desenvolvimento econômico”, ressalta o presidente nacional do Sebrae, Luiz Barretto.Para a presidente da ABF, Cristina Franco, o trabalho conjunto refletirá em avanços econômico-sociais relevantes para o país. “A interiorização do franchising e a educação são dois dos pilares da atuação da ABF, daí a importância de unirmos a nossa expertise à do Sebrae para levarmos o conhecimento sobre o franchising e o empreendedorismo a todo o Brasil”, declara.

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A expansão dos cursos é uma oportunidade de capacitar quem tem interesse e quem já abriu uma franquia, mas ainda precisa de orientação, e empresários que têm um negócio e querem se transformar em franqueados.“O setor de franchising é um dos menos arriscados para quem está iniciando suas atividades como empreendedor na medida em que ele aproveita marcas já consagradas no mercado e recebe o know how do franqueador em gestão e operação”, ressalta Barretto. “A expansão das franquias pelo interior também traz novas oportunidades de emprego, gerando mais renda para a população”, completa o presidente do Sebrae.

De norte a sulOs cursos serão ministrados no Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.A capacitação terá duração aproximada de oito horas.Além dessa ação, o convênio também prevê a capacitação dos empreendedores por meio de seis cursos do Ensino a Distância (Gestão Financeira, Gestão de Pessoas, Atendimento a Cliente, Merchandising e Publicidade, Custos e Preço de Venda e Indicadores de Desempenho), que são gratuitos e estarão disponíveis a partir deste ano.

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Estudo

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Consumo Consciente

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Anexo 1

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Fim