RELATÓRIO PRONTO
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UNIVAG CENTRO UNIVERSITÁRIO
GPA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E BIOLÓGICAS
CURSO DE AGRONOMIA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE RESIDÊNCIA AGRONÔMICA
REALIZADO NA EMPRESA AGRO-SOL SEMENTES
JACKSON RODRIGO BELING
Várzea Grande-MT
2011
3,0 cm – 4 linhas em branco
3,5 cm – 5 linhas em branco
11,5 cm – 15 linhas em branco
JACKSON RODRIGO BELING
RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE RESIDÊNCIA AGRONÔMICA REALIZADO NA
EMPRESA AGRO-SOL SEMENTES, CAMPO VERDE - MT
Relatório final de estágio residência agronômica apresentado ao UNIVAG Centro Universitário, como parte das exigências do GPA de Ciências Agrárias e Biológicas, curso de Agronomia, para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo.
Orientadora: Prof. MSc. Dielle Carmo de Carvalho
Várzea Grande-MT
2011
3,0 cm - margem superior
+
4,0 cm – 6 linhas em branco
3,0 cm – 4 linhas em branco
3,0 cm – 4 linhas em branco
4,0 cm - 6 linhas em branco
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................4
1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO.....................................................6
1.1 LAVOURA.............................................................................................................61.1.1 Cultura da Soja..............................................................................................6
1.1.1.1 Dessecação da Área................................................................................61.1.1.2 Tratamento de Sementes.........................................................................61.1.1.3 Plantio e Adubação...................................................................................71.1.1.4 Controle de Plantas Daninhas..................................................................81.1.1.5 Controle de Pragas...................................................................................91.1.1.6 Controle de Doenças..............................................................................101.1.1.7 Colheita da Soja.....................................................................................11
1.1.2 Cultura do Milho............................................................................................131.1.2.1 Tratamento de sementes........................................................................131.1.2.2 Plantio.....................................................................................................141.1.2.3 Adubação................................................................................................141.1.2.4 Controle de Plantas Daninhas................................................................151.1.2.5 Controle de Pragas.................................................................................151.1.2.6 Controle de Doenças..............................................................................16
1.1.3 Cultura da Algodão.......................................................................................161.1.3.1 Dessecação da Área..............................................................................161.1.3.2 Tratamento de Sementes.......................................................................171.1.3.3 Plantio.....................................................................................................181.1.3.4 Adubação................................................................................................181.1.3.5 Controle de Plantas Daninhas................................................................191.1.3.6 Controle de Pragas.................................................................................201.1.3.7 Controle de Doenças..............................................................................22
1.1.4 Aplicação de defensivos...............................................................................23
1.2 UNIDADE DE BENEFICIAMENTO DE SEMENTES - UBS................................241.2.1 Coleta de Amostra.......................................................................................241.2.2 Monitoramento do Beneficiamento...........................................................251.2.3 Monitoramento do Ensaque.......................................................................251.2.4 Monitoramento da Armazenagem..............................................................26
CONCLUSÃO............................................................................................................27
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................28
1 linha em branco
INTRODUÇÃO
O estágio residência foi realizado na Fazenda Cristalina, pertencente a
Sementes Campo Verde Ltda., com o nome fantasia de Agro-sol Sementes,
localizada a 21 km do município de Campo Verde – MT pela BR 070 Km 372 + 13
km à esquerda. Possui uma altitude privilegiada, em torno de 750 m, e uma boa
localização na região do estado e facilitando a distribuição de sementes de soja para
outras regiões produtoras.
O ramo da empresa é produção de sementes de soja, certificada ao Ministério
da Agricultura Pecuária e Abastecimento, é multiplicadora de sementes das
variedades da Fundação MT, Syngenta, Monsoy e Nideira empresa obtentora de
sementes genéticas e básica. Possui uma Unidade de Beneficiamento de Sementes
– UBS, com sistema de secagem, padronização e recurso de resfriamento de
sementes, sua capacidade de produção é de 300 mil sacos de sementes por safra.
Além da cultura da soja, a fazenda é licenciada para produzir sementes de milho
Agroeste via pivô, milho safrinha e algodão safrinha.
A área total da fazenda é de 1.367 ha, a empresa possui um sistema de
cooperados com outros produtores da região somando uma área de 10 mil ha para a
produção de sementes.
A preferência do estágio em propriedade rural com atividade direcionada a
produção de soja, algodão e milho safrinha, ocorreu devido à grande importância
econômica destas culturas no Estado do Mato Grosso.
Neste relatório estão relacionados os trabalhos e acompanhamentos
realizados entre os dias 15/12/2010 a 30/06/2011, incluindo os setores de lavoura e
unidade de beneficiamento de sementes.
O objetivo do estágio foi desenvolver e aprimorar características práticas na
atuação agronômica, contato com o produtor rural e oportunizar aos alunos
4
conhecer os procedimentos, atividades e todo o trabalho envolvido no campo,
agregando valores para a formação profissional e pessoal.
5
1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO
1.1 LAVOURA
1.1.1 Cultura da Soja
1.1.1.1 Dessecação da Área
As plantas daninhas de maior infestação encontradas na fazenda foram:
Poaia-branca (Richardia brasiliensis), Capim-amargoso (Digitaria insularis), Pé-de-
galinha (Eleusine sp.) Erva-de-santa-luzia (Chamaesyce hirta), Guanxuma
(Malvastrum coromandelianum), Erva-de-touro (Tridax procumbens), Capim-colchão
(Digitaria horizontalis). Picão-preto (Bidens pilosa), Capim-carrapicho (Cenchrus
echinatus), Tiririca (Cyperus rotundus), Trapoeraba (Commelina benghalensis) e
Corda-de-viola (Ipomoea sp).
O controle destas plantas daninhas foi realizado entre 18 a 15 dias antes do
plantio, os produtos utilizados foram, Aurora (Carfentrazone-ethyl) na dose de 0,04
L/ha + Rondup WG (Glyphosate) na dose de 1,25 kg/ha e Clorimurom (Clorimuron)
na dose de 0,06 kg/ha + Rondup WG (Glyphosate) na dose de 1,25 kg/ha, de acordo
com a infestação de cada talhão.
1.1.1.2 Tratamento de Sementes
O tratamento das sementes com fungicidas e inseticidas oferece garantia de
melhor estabelecimento da população de plantas por controlar patógenos
importantes transmitidos pelas sementes, diminuindo a chance de sua introdução
em áreas indenes e controlar fungos e pragas existentes no solo. As condições
desfavoráveis à germinação e emergência da soja, especialmente a deficiência
hídrica, tornam mais lento esse processo, expondo as sementes por mais tempo a
fungos do solo, como Rhizoctonia solani, Pythium spp., Fusarium spp. e Aspergillus
spp. (A. flavus), entre outros, que podem causar a sua deterioração ou a morte da
plântula. (EMBRAPA, 2004).
6
O tratamento de sementes é fundamental na prevenção e no controle de
diversas pragas e doenças que se manifestam na fase inicial de desenvolvimento
das plantas e que podem inviabilizar a lavoura.
Para a realização desta atividade, foi utilizado um misturador, rotativo com
eixo excêntrico, onde se colocavam as sementes de soja e os produtos (Tabela 1).
Esses produtos antes de serem colocados na caixa do misturador, foram colocados
em um balde, e misturados para homogênizar a calda, na seguinte ordem:
Inseticida, fungicida e Micronutrientes para não haver uma reação química dos
produtos, o inoculante não foi misturado com os demais produtos, tendo uma caixa
separada no misturador. Dos produtos utilizados 600 ha foram tratado com Cropstar
(Thiodicarb + Imidacloprid) + Vitavax (Thiran+carboxin) e 737 ha foram tratados com
Standak Top (Fipronil, Piraclostrobina, Thiophanate methyl).
O tratamento de sementes foi realizado um dia antes do plantio, para
preservar as bactérias contidas no inoculante e o grafite foi colocado nas caixas da
plantadeiras de 3 a 5 g/kg de semente.
Tabela 1. Produtos utilizados para o tratamento de sementes de soja na fazenda.Produto Classe Ingrediente Ativo Dose
Cropstar Inseticida (Thiodicarb + Imidacloprid)300 g/100 kg de
sementesVitavax Fungicida (Thiran+carboxin) 200 mL/100 kg de
Como Micronutrientes Co: 1,0%; Mo: 17,5%120 g/100 kg de
sementes
Biagro Inoculante(Bradyrhizobium elkanii)
Estirpe SEMIA 587 e SEMIA 5019
1 dose de 300 ml/100 kg de
sementes
Standak top Inseticida/Fungicida(Fipronil, Piraclostrobina,
Thiophanate methyl)100 ml/100 kg de
sementes
1.1.1.3 Plantio e Adubação
A área total plantada de soja na Fazenda Cristalina foi de 1367 há (Tabela
2), com cinco variedades, sendo elas, AN 8279, AN 8500, Syn 9070 RR, Syn 9074
RR, M-Soy 7639 RR.
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Foram utilizados para o plantio na fazenda três tratores John Deere 7505
com potência de 140 cv, duas plantadeiras de 12 linhas e uma de 11 linhas de
plantio.
A adubação foi efetuada de acordo com a interpretação dos resultados das
análises de solos. O Cloreto de potássio (K = 60%), conhecido como KCl, foi
aplicado a lanço 20 á 15 dias antes o plantio em todos os talhões na dose de, em
média, 143,6 kg/ha. Foi usado Fosmag na formulação 03-30-00, na linha de plantio
na média de 215 kg/ha.
Tabela 2. Relação das Variedades de Soja plantadas na fazenda.
Descrição Ciclo Variedade Área (há)
Pivô 01 Tardia AN 8279 118
Pivô 02 Tardia AN 8500 100
Pivô 03 Tardia AN 8279 120
Talhão 01 Precoce Syn 9070 RR 71
Talhão 02 Precoce SYN 9074 RR 93
Talhão 03 Precoce Syn 9070 RR 116
Talhão 04 A Precoce M-Soy 7639 RR 162
Talhão 04 B Precoce Syn 9074 RR 101
Talhão 05 A Precoce M-Soy 7639 RR 124
Talhão 05 B Precoce SYN 9074 RR 115
Talhão 06 A Tardia AN 8279 90
Talhão 06 B Tardia AN 8500 107
Talhão 07 Precoce Syn 9070 RR 48
Chácara Precoce M-Soy 7639 RR 2
Total 1367
1.1.1.4 Controle de Plantas Daninhas
Para o controle das plantas daninhas das cultivares convencionais, AN 8279
e AN 8500, as plantas daninhas encontradas nos talhões foram controladas com o
uso de pré-emergentes, Dual Gold (S-Metalocloro) na dose de 1L/ha + Gamit Star
(Clomazone) na dose de 1L/ha, no máximo 3 dias após a semeadura, após a
emergência da cultura as plantas daninhas foram controladas com os herbicidas
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Flex (Fomesafen) na dose de 0,6 L/ha + Zaphir (Imazethapir) na dose de 0,25 L/ha
com 12 dias após a emergência e Cobra (Lactofen) na dose de 0,5 l/ha + Clorimurin
(Clorimuron) na dose de 0,035 kg/ha com 28 dias após a emergência, sendo feita
duas aplicações para as áreas de maior infestação de folhas largas.
Nas áreas de menor infestação de plantas daninhas, foi realizada apenas
uma aplicação para folhas largas com herbicida Flex (Fomesafen) na dose de 0,6
L/ha + Zaphir (Imazethapir) na dose de 0,25 L/ha com 28 dias após a emergência.
Para o controle das plantas daninhas de folha estreita foram controladas com
herbicida Podium S (Clethodim + Fenoxaprop-P-ethyl) na dose de 0,8 L/ha com 30
dias após a emergência nas áreas que foram feitas duas aplicação de folha larga e
aos 15 dias após a emergência nas áreas de uma aplicação de folha larga.
Com o uso de cultivares de soja transgênica, tecnologia Roundup Ready que
possui resistência ao ingrediente ativo gliphosate, as plantas daninhas encontradas
nos talhões da fazenda foram controladas com os herbicidas Glyphotal (Glyphosate)
na dose de 2 L/ha com 12 dias após a emergência e Roundup WG (Glyphosate) na
dose de 1,5 kg/ha com 25 dias após a emergência. Nos talhões que apresentaram
baixa população de plantas daninhas foi feito apenas a primeira aplicação, não
havendo a necessidade de realizar a segunda aplicação.
1.1.1.5 Controle de Pragas
Na produção de sementes a praga de maior relevância é o percevejo
marrom (Euschistus heros), que causa danos diretamente nos grãos, acarretando na
perda do vigor da semente, podendo até inviabilizar a mesma. Levando em
consideração isto, o nível de controle adotado para este inseto, foi de sua presença
no talhão, por este motivo foram realizados altos números de aplicações e que em
alguns casos não foram suficientes. Assim um fator que tem muita importância no
controle de qualidade de sementes. Os produtos utilizados para o controle de
percevejos foram: Cefanol (Acefato) na dose de 0,5 Kg/ha, Metafós (Metamidofós)
na dose de 0,8 L/ha, Pirephos (Fenetrothion+Esfenvalerate) na dose de 0,45 L/ha,
Aquila 750 (Acefato) na dose de 0,5 L/ha. A quantidade média de aplicações para
percevejo feita na propriedade foi de cinco, em que os produtos foram usados
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alternadamente para não criar uma resistência do inseto ao princípio ativos dos
produtos.
O controle de lagartas foi realizado seguindo uma programação de
aplicações, em que alternava aplicações de inseticidas fisiológicos e inseticidas
específicos de contato e ingestão. Era feito amostragem no intervalo de três dias
utilizando o pano de batida em 10 pontos diferentes para estipular o percentual de
lagarta no talhão. No período vegetativo o nível de controle da falsa-medideira
(Pseudoplusia includens), que foi a principal lagarta de desfolha nesta safra, foi de
25% de desfolha ou 15 - 20 lagartas, e no período reprodutivo, fica entre 15% de
desfolha ou 10 - 15 lagartas. Também houve presença de Lagarta-das-maçãs
(Heliothis virescens) com maior severidade, pois além de comer folhas elas
atacavam as vagens, sendo adotado um nível de controle mais severo, de 1 a 3
lagartas durante todo ciclo da cultura.
A quantidade média de aplicações para lagarta foi de quatro aplicações de
inseticida, dentre eles: Lannate (Methomyl) na dose de 0,8 L/ha, Bazuka
(Methomyl+Metanol) na dose de 0,8 L/ha, Curyon (Profenofós+Lufenuron) na dose
de 0,3 L/ha e Match (Lufenuron) na dose de 0,3 L/ha.
Em alguns talhões houve ataques severos de mosca-branca (Bemisia
tabaci), e para o seu controle foi utilizado um inseticida orgânico a base de Nim, o
OrganicNim na dose 0,5 L/ha.
1.1.1.6 Controle de Doenças
Entre os principais fatores que limitam a obtenção de altos rendimentos em
soja estão as doenças. Aproximadamente 40 doenças causadas por fungos,
bactérias, nematóides e vírus já foram identificadas no Brasil. Esse número continua
aumentando com a expansão da soja para novas áreas e como conseqüência da
monocultura. A importância econômica de cada doença varia de ano para ano e de
região para região, dependendo das condições climáticas de cada safra. As perdas
anuais de produção por doenças são estimadas em cerca de 15% a 20%,
entretanto, algumas doenças podem ocasionar perdas de quase 100%.(EMBRAPA
2004).
10
As doenças de maior importância na propriedade foram as seguintes:
Ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), Antracnose (Colletotrichum truncatum) e
Mancha-alvo (Corynespora cassiicola).
O controle da Ferrugem asiática na safra 2009/2010 apresentou maiores
problemas, a sua proliferação é rápida e severa, na safra 2010/2011 a fazenda não
teve problema com a Ferrugem asiática, devido ao fenômeno climático La Niña,
influenciando no regime de chuva, o início das maiores precipitações se deu quando
a cultura da soja já estava no final de seu ciclo.
As variedades de ciclo tardio apresentaram maiores problemas com a
Antracnose, por terem maiores pressões de infestações da doença.
Como padrão de controle de Doenças de Final de Ciclo (DFC) foi adotado
uma seqüência de aplicações, em que a primeira aplicação foi realizada no
florescimento (R1), a segunda 20 dias após a primeira sem presença de ferrugem na
região, a terceira e a quarta (se houvesse necessidade) aplicação com 18 e 15 dias,
respectivamente. Na propriedade foram realizadas, em média, duas aplicações para
ferrugem nas variedades precoces e três nas aplicações nas variedades tardias e
duas para antracnose por talhão. As aplicações de fungicidas para ferrugem foram
feitas preventivas, e também serviram para controlar outras doenças como Mancha
olho de rã, Mancha alvo e outras.
Para o controle de doenças foram realizadas com Opera (Epoxiconazol+
Piraclostrobina) na dose de 0,5 L/ha, Priori Xtra (Azostrobyna + Ciproconazol) na
dose de 0,3 L/ha, e com Streak 500 (Carbendazin) na dose de 0,5 L/ha.Todas as
aplicações de fungicidas foram feiras juntamente com um adjuvante Aller na dose de
0,05 L/ha.
1.1.1.7 Colheita da Soja
A colheita ocorreu entre janeiro de 2011 a março de 2011. As variedades de
ciclo precoce foram as primeiras a serem colhidas e, posteriormente, de ciclo tardio.
Durante a colheita, era feito uma amostragem de pré-colheita alguns dias
antes da área ser colhida e encaminhada para analises no Laboratório de Sementes
da empresa, esta amostra tinha por finalidade obter os níveis de danos por
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percevejo e por umidade, além de mensurar o percentual de umidade, considerado
um fator importante para o início da colheita.
Após a aprovação da área para semente, era iniciada a colheita, e todas as
condições de campo eram observadas como: temperatura de início da atividade,
ponto de inserção da primeira vagem, brilho das sementes, umidade das vagens que
favorece o desprendimento do grão, entre outros. Todas estas condições servem
como base para a regulagem das máquinas, seja ela na altura do molinete, abertura
do côncavo e rotação de trabalho. Dando preferência na utilização de colheitadeiras
com sistema axial, pois estas danificam menos a semente.
Também era realizado o Teste de Hipoclorito, este tinha o objetivo de
analisar o percentual de dano mecânico ocasionado pela colheitadeira. O teste era
feito no início da colheita, em que uma amostra de 200 g era retirada no momento
do descarregamento da colheitadeira no caminhão. Eram selecionadas 100
sementes e imersas na solução de hipoclorito (950 ml de água + 50 ml de água
sanitária) durante cinco minutos, após este período era feita a contagem das
sementes rompidas. A quantidade de sementes danificadas representava o
percentual de dano mecânico provocado pelo maquinário.
A empresa adotava a seguinte medida: para colheitadeiras com sistema
axial o limite tolerado para o teste de hipoclorito era de 4%, enquanto para
colheitadeiras com sistema de cilindros o limite era de 8%.
Quando era encontrados valores acima do tolerado, o responsável técnico
juntamente com o maquinista regulavam a altura do molinete, a abertura do côncavo
e a rotação de trabalho.
Em condição normal de colheita, as regulagens das maquinas são as
seguintes: abertura do côncavo de 7 a 8 e a rotação do cilindro de 440 a 460 Rpm
para as máquinas Case 2388 e com uma unidade abaixo de 18%.
Foram utilizadas três colheitadeiras Case, com sistema axial. Para produção
de sementes, os grãos colhidos nas margens dos talhões, no alto dos terraços e em
reboleiras de plantas daninhas eram destinadas para fins industriais. A produtividade
média da fazenda foi de 3.534 kg/ha ou 58.9 sc/ha.
12
1.1.2 Cultura do Milho
1.1.2.1 Tratamento de sementes
Todas as sementes de milho adquiridas para o plantio vieram tratadas com
inseticidas e fungicida (Tabela 3), mas foi estabelecida, pelo responsável técnico da
lavoura, a adição de mais um inseticida e fungicida (Tabela 4) devido a presença de
coró na lavoura. Durante o tratamento, foi utilizado um misturador, rotativo com eixo
excêntrico, onde se colocavam as sementes e os produtos mencionados. Após a
mistura, as sementes saíam do misturador com perfeita distribuição e cobertura. Os
funcionários envolvidos nesta operação faziam o uso de (EPI) Equipamento de
Proteção Individual.
Tabela 3. Produtos do tratamento de sementes de milho adquirido para o plantio.
Produto Classe Ingrediente Ativo Dose Alvo
Maxim XLFungicida
sistêmico de contato
Fludioxonil + Metalaxil-M
1,0 ml/kgPodridão do colmo
K-Obiol 25 EC
Inseticida de contato e ingestão
Deltametrina 0,08 ml/kg
Sitophtlus spp,
Tribolium spp,
Actellic 500 EC
Inseticida de contato e ingestão
Pirimifós-metílico 0,016 ml/kg
Caruncho dos
cereais, gorgulho e traça-
dos-cereais
Tabela 4. Produtos utilizados para o tratamento de sementes de milho na fazenda.
Produto Classe Ingrediente Ativo Dose AlvoStandak
TopInseticida/Fungicida
(Fipronil,Piraclostrobina, Thiofanato Methyl)
0.1 L/kg Coró
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1.1.2.2 Plantio
O plantio ocorreu no período entre o dia 10 de janeiro a 25 de março de
2011. A área total plantada de milho safrinha na Fazenda Cristalina foi 812 ha
(Tabela 5), com seis híbridos, sendo eles: AS 1575, AS 1596, AG 9010 YD, AG 8088
VT-PRO, AG 7078 e AG 9040.
Para o plantio foram utilizados três tratores John Deere modelo 7505 de 140
cv para o plantio. As plantadeiras possuíam 8 linhas de distribuição e espaçamento
entre linhas de 0,7 m.
A regulagem da plantadeira foi realizada antes do início do plantio, em que
para a regulagem do adubo o trator percorria 50 metros de distância utilizando a
velocidade de plantio, de 7,5 km/h, e feita a pesagem de adubo. Para a regulagem
da semente o trator percorria uma distancia de 10 metros de distância utilizando a
mesma velocidade da regulagem do adubo, e era feita a contagem das sementes
deixadas no solo, de acordo com o número de sementes/m linear e kg de adubo/m a
plantadeira era regulada através das relações de catraca ou engrenagem.
A profundidade da semeadura foi de 4-5 cm, sendo conferida após o plantio
para detectar possíveis erros.
Tabela 5. Relação de híbridos de milho safrinha na fazenda Cristalina.
Descrição Híbrido Ciclo Densidade (Pl/ha) Área (ha)
Talhão 01 AG 8088 VT-PRO Precoce 60000 71
Talhão 02 AG 8088 VT-PRO Precoce 60000 93
Talhão 03 AS 1596 Precoce 60000 61
Talhão 04 AG 7078 Precoce 60000 101
Talhão 05 AS 1575 Precoce 56000 239
Talhão 06 AG 9040 Hiper Precoce 56000 197
Talhão 07 AG 9010 YD Hiper Precoce 60000 48 Total 812
1.1.2.3 Adubação
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A adubação utilizada para o plantio de milho foi um formulado 06-16-16, na
dose de 120 kg/ha no sulco de plantio e de cobertura foi realizada apenas uma
parcela, sendo de 120 kg/ha de uréia, no estádio de quatro folhas.
As aplicações de uréia foram realizadas nas horas mais frescas do dia e
quando o dia apresentava-se nublado. A interrupção dos trabalhos somente ocorria
nas horas mais quentes, com temperaturas acima de 28°C, pois nestas condições
há possibilidades da uréia ser volatilizada ou causar queima nas folhas das plantas.
1.1.2.4 Controle de Plantas Daninhas
O controle das plantas daninhas: carrapicho de carneiro – (Acanthospermum
hispidum), erva de santa luzia (Chamaesyce hirta), picão preto (Bidens pilosa),
trapoeraba (Commelina benghalensis) e corda de viola (Ipomoea triloba) foi
realizado um dia após o plantio, utilizando-se 2,0 L/ha de Glifós Plus (Glifosato) e 1,0
L/ha de Dual Gold, um herbicida seletivo de pré−emergência do grupo químico
Cloroacetanilida. Após 15 dia de emergência foi aplicado o produto Atrazina Atanor
(Atrazina) na dose de 2 L/ha e Soberan (Tembotriona) na dose de 0,12 L/ha
juntamente com o adjuvante Aller na dose de 0,05 L/ha, este diminui a tensão
superficial, adesão na superfície foliar e facilita a penetração do herbicida,
diminuindo os efeitos das condições adversas como o estágio avançado das plantas
infestantes, lavagem pela chuva, evaporação e deriva.
1.1.2.5 Controle de Pragas
O monitoramento de pragas no milho safrinha era realizado 2 vezes por
semana. Para cada talhão era feito quatro a cinco pontos amostrais aleatoramente,
cada ponto era composto por duas linhas de cinco metros de comprimento, nele
realizava a contagem do total de plantas e de plantas atacadas por pragas, assim
obtinha o percentual de infestação por ponto. A partir desse levantamento era feito a
recomendação para aplicação de inseticida. Dentre as pragas encontradas, a
lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) se destacou com maior ocorrência.
Além dessa, ocorreu a presença de pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis) e
vaquinha (Diabrotica speciosa).
15
Para os talhões de milho convencional foram realizada duas aplicações de
inseticidas, a primeira foi realizada 15 dias após a emergência, quando já havia
sinais de ataque de lagarta, utilizando-se Lannate (Methomyl) na dose de de 0,8
L/ha um inseticida sistêmico e de contato, do grupo químico
metilcarbamato de oxima, e Match (Leferunom) na dose de 0,3 L/ha de ação
fisiológica do grupo químico Benzoiluréia e a segunda aplicação, foi realizada no
pré-pendoamento ( V10- V12), utilizando-se apenas um inseticida de ação
fisiológica, Match (Lufenuron) na dose de 0,3 L/ha. Para os híbridos de milho
Yieldgard, com tecnologia Bt e VT-PRO, foi realizado apenas uma aplicação no pré-
pendoamento (V10-V12), com um inseticida de ação fisiológica, sendo Match
(Lufernuron) na dose de 0,3 L/ha.
1.1.2.6 Controle de Doenças
Durante o ciclo, a cultura foi afetada pelos patógenos Mancha foliar
(Helminthosporium turcicum), Cercosporiose (Cercosporazeae maydise) e Mancha
de phaeosphaeria (Phaeosphaeria maydis).
Para o controle destas doenças foi realizada apenas uma aplicação de
fungicida em todos os talhões de milho no período do pré-pendoamento. O produto
utilizado foi Priori Xtra (Piraclostrobyna+ Ciproconazol) na dose de 0,5 L/ha
juntamente com adjuvante Aller na dose de 0,05 L/ha.
1.1.3 Cultura da Algodão
1.1.3.1 Dessecação da Área
As plantas daninhas de maior infestação encontradas nos talhões foram:
Leiteiro (Euphorbia heterophylla), Pé-de-galinha (Eleusine sp.), Erva-de-santa-luzia
(Chamaesyce hirta), Capim-colchão (Digitaria horizontalis). picão-preto (Bidens
pilosa), Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus), Tiririca (Cyperus rotundus),
Trapoeraba (Commelina benghalensis) e Corda-de-viola (Ipomoea sp).
16
O controle destas ervas daninhas foi realizado entre 2 a 5 dias antes do
plantio, os produtos utilizados foram o Flumizyn (Flumioxazib) na dose de 0,05 Kg/ha
+ Gliphotal (Glyphosate) na dose de 3 L/ha em todos talhões.
1.1.3.2 Tratamento de Sementes
O tratamento de sementes é fundamental na prevenção e no controle de
diversas pragas e doenças que se manifestam na fase inicial de desenvolvimento
das plantas e que podem inviabilizar a lavoura.
Todas as sementes de algodão adquiridas para o plantio vieram tratadas
com inseticidas e fungicida (Tabela 6), mas foi estabelecida, pelo responsável
técnico da lavoura, a adição de mais um Fungicida, Inseticida e produto para
proteção das sementes de algodão, contra a ação fitotóxica do herbicida clomazone
(Tabela 7). Durante o tratamento, foi utilizado um misturador, rotativo com eixo
excêntrico, onde se colocavam as sementes e os produtos mencionados. Após a
mistura, as sementes saiam do misturador com perfeita distribuição e cobertura. Os
funcionários envolvidos nesta operação faziam o uso de (EPI) Equipamento de
Proteção Individual.
Tabela 6: Produtos do tratamento de sementes de algodão adquirido para o plantio.
PodutoIngredinte
AtivoDose/20 Kg
sementeAlvo
Gaucho Imidacloprid 0.5 kg Pulgão e TripesPoncho Clotianidina 0.45 L Pulgão e Tripes
Euparen M 500 WP
Tolyfluanid 0.15 kgFusariose, Ramulose
Tombamento,
Derosal PlusCarbendazin +
0.6 LTombamento,
FusarioseThiran e Danping-off
Tabela 7: Produtos utilizados no tratamento de sementes de algodão na fazenda
Poduto Ingredinte AtivoDose/20
kg semente
Alvo
Priori Azoxystrobin 0.4 L Tombamento
Karate Zeon 250 CS Lambda-cialotrina 0.1 L Coró
Permit Star Dietholate 0.8 L Proteger de sementes
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1.1.3.3 Plantio
O plantio ocorreu no período entre o dia 24 de janeiro a 14 de fevereiro de
2011 sobre resteva de soja. A área total plantada de algodão safrinha foi de 455 ha
(Tabela 8), com duas variedades, sendo elas Fiber Max 910 e Fiber Max 993.
Foram utilizados para o plantio na fazenda 3 tratores John Deere 7505 com
potência de 140 cv, três plantadeiras de cinco linhas de plantio, com espaçamento
de 0.76 m.
Tabela 8. Relação das Variedades de Algodão plantadas na fazenda.
Descrição Variedade Área (ha)
Pivô 01 Fiber Max 910 118
Pivô 03 Fiber Max 910 120
Talhão 04 Fiber Max 910 162
Talhão 03 Fiber Max 993 55
1.1.3.4 Adubação
A adubação foi efetuada de acordo com a interpretação dos resultados das
análises de solos. O Cloreto de potássio (K = 60%), conhecido como KCl, foi
aplicado a lanço 3 a 5 dias antes o plantio em todos os talhões na dose de, em
média, 130 kg/ha e na linha de plantio foi utilizado Fosmag na formulação 03-30-00
em média de 165 kg/há.
Também foi realizado a aplicação de Gesso, aplicado a lanço 5 dias antes
do plantio em todos os talhões na dose de 500 kg/ha. O interesse pelo uso de gesso
para diminuir o problema da acidez subsuperficial do solo, suprimento de cálcio e
redução da toxidez do alumínio no subsolo.
A adubação de cobertura foi realizada em três parcelas, sendo a primeira
aplicação utilizado Sulfato de amônia na dose de 180 kg/ha, realizado 25 dias após
a emergência, a segunda aplicação foi utilizado uréia + potássio na formulação 25-
18
00-25 na dose de 185 kg/ha, realizado 34 dias após a emergência e a terceira
aplicação foi utilizado uréia na dose de 180 kg/ha, 45 dias após a emergência. Para
a aplicação das coberturas foi utilizado um trator Jhon Derr 7505 com potência de
140 cv e um distribuidor de fertilizantes Hercules com capacidade de 10000 kg.
As aplicações de uréia foram realizadas nas horas mais frescas do dia e
quando o dia apresentava-se nublado. A interrupção dos trabalhos somente ocorria
nas horas mais quentes, com temperaturas acima de 28°C, pois nestas condições
há possibilidades da uréia ser volatilizada ou causar queima nas folhas das plantas.
Também foi feito a aplicação de micro e macro nutrientes via pulverização,
com os seguintes produtos: Manphós (N 157 g/L, P2O5 157 g/L, S 74,58 g/L, Cu 7,58
g/L, B 7,58 g/L, Mn 94,20 g/L e Zn 40,03 g/L), Fortune (N 256 g/L, P2O5 64 g/L, K2O
64 g/L Mo 1,28 g/L, Cu 0,64 g/L, B 2,56 g/L, Mn 2,56 g/L e Zn 6,40 g/L), Hidrofol
( Mn 134 g/L e S 84 g/L), e Acido Bórico (B 99.9 %), as aplicações destes produtos
foram feitas juntamente com os fungicidas e inseticidas. A tabela abaixo mostra as
datas das aplicações.
Tabela 9. Data de aplicação de Produtos FoliaresProduto/ Dose 1ᵃ Aplicação 2ᵃ Aplicação 3ᵃ Aplicação
Manphos (1,5 L/ha) +35 Dae 55 Dae #
Fortune (1,0 L/ha)
Hidrofol (1,0 L/ha) 45 Dae 65 Dae #
Ácido Borico (0.5 kg/ha) 55 Dae 65 Dae 80 DaeDae= Dias após a emergência.
1.1.3.5 Controle de Plantas Daninhas
Com o uso de cultivares de algodão convencional, as plantas daninhas
encontradas nos talhões foram controladas com o uso de pré-emergente, Gamit Star
(Clomazone) na dose de 0,75 L/ha aplicado no máximo 3 dias após a semeadura.
Após a emergência da cultura as plantas daninhas de folha larga e também tiguera
de soja, foram controladas com os herbicidas Envok (Trifloxysulfuron sodium) na
dose de 4 g/ha + Staple (Piritiobaque-sódico) na dose de 0,15 L/ha com 25 dias
após a emergência, sendo feita uma seqüencial para o Pivô 01 sete dias após a
primeira aplicação, devido maior infestação de folhas largas.
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Após o controle das plantas daninhas de folha larga, as plantas daninhas de
folha estreita foram controladas com Select (Clethodim) na dose de 0,35 L/ha com
35 dias após a emergência.
Após a aplicação dos herbicidas teve uma nova infestação de plantas
daninhas, sendo necessário um novo controle, como as plantas de algodão já
estavam fechando as linhas a aplicação com pulverizador não conseguiria atingir as
plantas daninhas, a aplicação do herbicida foi realizado com jato dirigido. Os
produtos utilizados foram Atrazina Atanor (Atrazina) na dose de 2 L/ha + Flumizym
(Flumioxazib) na dose de 0,05 Kg/ha, juntamente com óleo mineral Assit na dose de
0,5 L/ha, utilizando bicos do tipo leque AVI 110 02, com volume de aplicação de 150
L/ha, com o auxílio de dois tratores Ford 7630.
O controle de plantas daninhas de forma geral foi bem sucedido, com
ressalva ao (pivô 1), por algumas plantas daninhas apresentarem resistência aos
herbicidas, como Leiteiro (Euphorbia heterophylla) e Picão-preto (Bidens pilosa),
sendo necessário a realização de uma capina manual.
1.1.3.6 Controle de Pragas
As pragas são um dos fatores mais importantes, que afetam diretamente a
produtividade da cultura, do plantio à colheita. As pragas de maior importância na
propriedade foram as seguintes: Lagarta rosca (Agrotis ipsilon), Pulgão do
algodoeiro (Aphis gossypii), Mosca branca (Bemisia tabaci), Tripes (Frankliniella
schultzei), Curuquêre (Alabama argillácea), Falsa medideira (Pseudoplusia
includens), Spodoptera (Sphodopetera Sp), Lagartas da maça (Heliothis virescens),
Ácaro rajado (Tetranychus urticae), Percevejo manchador (Dysdercus ruficollis),
Percevejo castanho (Scaptocoris castanea) e Bicudo do algodoeiro ( Anthonomus
grandis), por isso é necessário fazer um planejamento de controle e dos problemas
que possam vir a ocorrer na lavoura.
O monitoramento de pragas na cultura do Algodoeiro é uma ferramenta
fundamental para tomada de decisão e para se evitar índices elevados de prejuízo,
era feito amostragem no intervalo de três dias, caminhando em zig-zag por
diferentes pontos e avaliando um determinado numero de plantas de acordo com o
estágio da cultura, da emergência até os 40 dias de emergido avaliava-se 50 pontos
com 10 plantas por ponto, de 40 a 80 dias após a emergência 50 pontos com 5
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plantas e após 80 dias de emergido 50 pontos com 2 plantas, para estipular o
percentual de pragas no talhão e o nível de controle.
O controle de pragas foi realizado seguindo as porcentagens de infestação
nas avaliações e uma programação de aplicação de inseticidas (Tabela 10), em que
alternava aplicações de inseticidas fisiológicos e inseticidas específicos de contato e
ingestão.
A quantidade média de aplicações para pulgão foi de cinco, para mosca
branca foi de três, lagartas foi de nove e ácaro rajado foi de quatro aplicações de
inseticidas. Para o controle de bicudo foi feito uma programação com baterias de
aplicação. Cada bateria foi realizada três aplicações de inseticidas com intervalo de
sete dias uma da outra, totalizando três baterias. A primeira foi realizada com 35
dias após a emergência, a segunda foi realizada com 75 dias após a emergência e a
terceira realizada com 125 dias após a emergência. Na propriedade foi a primeira
safra de algodão, porém, as pragas aparecem todo ano com muita intensidade, com
destaque para a lagarta Falsa medideira (Pseudoplusia includens) e Percevejo
castanho (Scaptocoris castanea), sendo realizado um levantamento e constatando a
presença de 20 a 40 percevejos por metro linear (Reboleiras), trazendo grandes
prejuízos, com uma opção de controle foi o uso de sulfato de amônia, para tentar
repelir o inseto, devido o enxofre.
Tabela 10: Produtos utilizados no controle das pragas de Algodão na Fazenda.Poduto Ingredinte Ativo Dose Alvo
Saurus Acetamiprid0.15 kg/ha
Pulgão, Tripes e Mosca Branca
Mospilan Acetamiprid0.15 kg/ha
Pulgão, Tripes e Mosca Branca
Lannate BR Metomyl 1 L/haLagata das Maças, Curuquerê
Falsa Medideira
Endossufam Endossufan 2,5 L/ha Bicudo, Curuquerê,
Pulgão e Ácaro Rajado
Pirephos ECFenitrothion +
0,45 L/haBicudo e
Esfenvalerate Falsa Medideira
Safety Etofenprox 0,5 L/ha Bicudo
Curacron 500 Profenofós 1 L/haCuruquerê, Lagarta das Maças,
Pulgão e Falsa Medideira
Curyon 550 ECLufenuron +
0,6 L/haCuruquerê, Lagarta das Maças,
Profenofós Pulgão e Falsa Medideira
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Ferus Parathion Methyl 1,5 L/haLagarta das Maças e
Curuquerê,
Tracer Espinosade 0,08 L/haLagata das Maças, Curuquerê
Falsa Medideira
Premio Chlorantraniliprole 0,1 L/haCuruquerê, Lagarta das maças,Spodoptera e Falsa medideira
Mirza 480 SC Triflumuron 0.05L/ha Curuquerê e Spodoptera
Macth EC Lufenuron 0,3 L/haCuruquerê, Lagarta das maças,Spodoptera e Falsa medideira
Nufos 480 EC Clorpirifós 1 L/haCuruquerê, Spodoptera
e Lagarta Rosca
Afitrix Benfuracarb 0,45 L/haPulgão e
Mosca Branca
Zelus SC Clotianidina 0,5 L/ha Pulgão
Polo 500 SC Diafentiuron 0,5 L/haCuruquerê, Mosca brancaPulgão e Ácaro Rajado
Grimictin Abamectina 0,5 L/haCuruquerê, Ácaro Vermelho
Ácaro Rajado
Karate Zeon 250 CS Lambda-cialotrina 0,1 L/haBicudo, Curuquerê, SpodopteraLagarta das Maças e L. Rosada
Marshal Star Carbosulfano 0,45 L/ha Pulgão
1.1.3.7 Controle de Doenças
O cerrado brasileiro, apresenta amplas condições de clima favoráveis ao
desenvolvimento de doenças que afetam a cultura do algodoeiro. Algumas doenças
consideradas pouco expressivas nas regiões tradicionalmente produtoras
despontam no cerrado, podendo ocasionar perdas consideráveis à produção, caso
não sejam tomadas as medidas de controle necessárias em tempo hábil.
( EMBRAPA 2003).
As doenças de maior importância na propriedade foram: Ramularia
(Ramularia areola) e Ramulose (Colletotrichum gloeosporioides).
Como padrão de controle preventivo e curativo foi adotado uma seqüência
de cinco de aplicações de fungicida (Tabela 11), em que a primeira aplicação foi
realizada com 40 dias após a emergência, a segunda, terceira, quarta e quinta
aplicação 15 a 18 dias após a primeira com a presença de ramularia na cultura.
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O controle da Ramularia apresentou maiores problemas no seu controle, a
sua proliferação é rápida e severa. Já em relação a Ramulose, não teve problema.
Todas as aplicações de fungicidas foram feiras juntamente com um adjuvante Aller
na dose de 0,05 L/há.
Tabela 11: Cronograma de aplicação de Fungicidas na cultura do algodão. Poduto Ingredinte Ativo Dose Alvo
1ᵃ Priori Xtra Azoxystrobin + Ciproconazol0.3
L/haRamulária e Ramulose
2ᵃ Score Difenoconazole0.3
L/haRamulária e Ramulose
3ᵃ Mertin + Metamitrona +0.5
L/haRamularia e
Cercobin 500 SC Thiophanate methyl0.6
L/haRamulose
4ᵃ Emerald Tetraconazole0.5
L/haRamulária e Ferrugen
5ᵃ Mertin + Metamitrona0.5
L/haRamulária e
Cercobin 500 SC Thiophanate methyl0.6
L/haRamulose
1.1.4 Aplicação de defensivos
Para a realização desta atividade foi utilizado um pulverizador Gladiador,
Stara Sffil, com capacidade de 2300 L, 27 metros de barra, Gps e piloto automático.
Para a aplicação de herbicidas o volume de aplicação utilizado foi de 76-100 L/ha
com um bico tipo leque AVI 110 02, para inseticidas e fungicidas o volume de
aplicação utilizado foi de 92-115 L/ha.
Também foram realizadas aplicações de inseticida e fungicida aéreas, por
uma empresa terceirizada, com volume de aplicação de 10 L/ha com bico do tipo
turbo atomizador.
No momento das aplicações também era observado todas as condições
climáticas, como, temperatura, unidade relativa e velocidade do vendo, aplicando
nos momentos mais favoráveis.
23
1.2 UNIDADE DE BENEFICIAMENTO DE SEMENTES - UBS
As atividades executadas neste setor acompanharam praticamente todo o
trajeto da semente de soja no seu beneficiamento, desde sua chegada da lavoura à
UBS até seu armazenamento como: Coleta de amostras, monitoramento do
beneficiamento, monitoramento do ensaque e monitoramento do aramazenamento.
1.2.1 Coleta de Amostra
As cargas de soja destinadas para semente antes de serem descarregadas
na moega, passava por uma conferencia visual da mesma, observando a quantidade
de grãos verdes, ardidos, quebrados, entre outros, e quando reprovada esta soja era
encaminhada para fins de indústria, essa aprovação era realizada pelo encarregado
da UBS ou do responsável técnico.
Após a aprovação da carga era realizada a coleta da amostra, composta por
seis pontos amostrais, com o auxílio de um coletor tipo Aste de 1,70 m de
comprimento. Com esta amostra, após a sua homogeneização, era mensurado o
percentual de impureza e umidade, quando o valor de impureza e umidade fosse
superior a 2% e 18%, respectivamente, estaria fora dos padrões pré-estabelecidos
para semente e o responsável técnico era comunicado sobre o resultado para definir
o destino da carga.
A cada três cargas de cada cultivar por cooperado, era formado uma
amostra de, aproximadamente, 500 g, para análise de pós-colheita realizada no
Laboratório de Sementes.
1.2.2 Monitoramento do Beneficiamento
Após a secagem, as sementes passavam por uma pós-limpeza e logo em
seguida pela mesa padronizadora, esta por sua vez separava a carga pelo tamanho
da semente através de peneiras diferentes.
Durante o processo de beneficiamento, a soja passava pela caixa de espiral,
onde as sementes redondas, consideradas de boa qualidade, desciam pelo canal
24
central da espiral, e direcionadas para a caixa de espera das mesas densimétricas.
As sementes deformadas, de baixa qualidade, desviavam do canal, dirigindo para o
silo de descarte.
A mesa densimétrica é o próximo destino da semente após a espiral, nela a
soja era separada pelo seu peso, sendo que as sementes com maior peso ou maior
densidade são consideradas sementes de boa qualidade e eram direcionadas para a
caixa de resfriamento, enquanto as sementes com menor peso eram direcionadas
para o silo de descarte. A regulagem da mesa densimétrica era realizada quando
estava ligada, cada variedade possuía uma regulagem diferente, portanto era
necessário um monitoramento constante.
Era feito o acompanhamento da umidade das sementes nas mesas
densimétricas, em que era feita a amostragem de cada mesa densimétrica,
classificadas por peneira, e anotadas nas fichas suas respectivas umidades a cada
hora.
A UBS da empresa possui um resfriador dinâmico, com o objetivo de resfriar
a semente beneficiada para o ensaque. Este resfriador era ligado quando a sua
caixa resfriadora era cheia de sementes e desligada quando a temperatura do seu
interior alcançava os 15°C.
A técnica do resfriamento consiste na insuflação de ar frio através da massa
de sementes, e trazendo grandes benéficos no armazenamento da semente,
mantendo a qualidade física e nutricional dos grãos, evita do desenvolvimento de
fungos, manutenção do vigor e da germinação e garantia de uma semente de alta
qualidade.
1.2.3 Monitoramento do Ensaque
Após o processo de resfriamento as sementes eram transferidas para uma
caixa de armazenamento da balança, que possui um sistema eletrônico de
pesagem. No momento da pesagem realizava-se a verificação do ensaque das
sementes de variedades transgênicas e convencional, tomando o cuidado para que
não ocorresse troca de embalagens. Também era observado o peso de cada saco,
em que era de 40 kg.
25
A identificação do lote das sementes era realizada por uma impressora
posicionada na lateral da esteira com o foco na lateral do saco e com as devidas
informações do lote ensacado.
A balança possui um local de coleta de amostra de cada saco, assim tendo
uma amostra representativa de cada lote beneficiado, servindo para a realização de
analises de qualidade e testes de germinação.
1.2.4 Monitoramento da Armazenagem
A UBS possui duas Unidades de Armazenamento de Sementes – UAS, com
capacidade de armazenagem de, aproximadamente, 320 mil sacas. Era feito o
acompanhamento da temperatura e da umidade dos armazéns em três horários
diferentes do dia, com o auxilio de termômetro digital.
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CONCLUSÃO
O estágio residência surge como uma oportunidade de conviver em meio a
cadeia do agronegócio e colocar em prática seus conhecimentos teóricos adquiridos
no curso de Engenharia Agronômica, tendo grande importância na formação
acadêmica, profissional e pessoal para a minha carreira. Todas as atividades e
desafios renderam compromissos com o futuro, consciência da ética profissional e
estímulos para seguir em frente com a potencial atividade agrícola do nosso estado.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EMBRAPA SOJA. Tecnologias de Produção de Soja Região Central do Brasil 2009/2010. Londrina: Embrapa Soja, 2009.
SILVA, N.M. Seja o doutor de seu algodoeiro. Informações Agronômicas. Piracicaba: POTAFOS, 1996.
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