Relatos Orais - Revmo. Shibui.doc

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SOBRE ESTA PUBLICAÇÃO No dia 6 de junho de 1994, no Solo Sagrado de Kyoto, haverá um grande evento na Obra Divina - a entronização da Imagem de Dai Miroku. Em tão significativo ano, ter publicado a obra "Sôsai Shibui - O Servidor - Relatórios Orais", onde estão reunidos vários episódios sobre a Fé do Revmo. Shibui é motivo de grande alegria e gratidão para todos os que reverenciam. 1994 será um ano importantíssimo, já que nele se dará a conclusão dos três Solos Sagrados. Acredito também, que inicia-se neste ano a Grande Obra de Salvação no Mundo Material. Então, em profunda oração pela concretização da Trilogia de Miroku, precisamos nos empenhar no cultivo de uma fé que nos permita dedicar no Plano Divino. Este livro é indispensável para o aprofundamento do aprendizado sobre a edificação da fé, para servirmos de acordo com a vontade de Meishu-Sama. Não posso negar a misteriosa Vontade Divina ao observar que a dedicação do Revmo. Shibui na Obra Divina relacionava-se profundamente com a expressão "Miroku". Primeiramente, ele foi nomeado Presidente da Igreja Kannon do Japão (Nippon Kannon Kyodan) e posteriormente, tornou-se Presidente da Igreja Miroku do Japão (Nippon Miroku Kyo). Mais tarde, quando a Igreja passou a se chamar Igreja Messiânica Mundial (Sekai Kyusei Kyo), ele se tornou o responsável da Grande Igreja Miroku (Miroku Dai Kyokai), sendo a coluna de sustentação do desenvolvimento da nossa Igreja em sua fase inicial. Nessa época Meishu-Sama explicou sobre Miroku (5 6 7) da seguinte forma: - Hakone é 5, Atami é 6 e Odawara é 7. Por isso, Ele fixou a sede da Igreja Miroku na cidade de Odawara e, a partir de fevereiro de 1950, a Imagem do Altar dessa sede passou a ser a Imagem de Dai Miroku. Esta Imagem circungirou conforme o destino e agora será entronizada no Solo Sagrado Kyoto - a Terra da Tranquilidade - que representa o número 7, vindo a concretizar a Trilogia de Miroku. Isto não é outra coisa senão o misterioso Plano Divino. O Revmo. Shibui, no Mundo Espiritual, deve ser quem, mais radiante, congratula Meishu-Sama nesse momento. Através da leitura deste livro, conheci a fé inabalável do Revmo. Shibui em Meishu-Sama, que resulta em uma relação semelhante à contraposição de dois espelhos, como o Céu e a Terra, ou à sincronia das respirações. O Revmo. Shibui foi um religioso que, até o fim da sua vida, não pregou sermões. No entanto, é impossível expressar com palavras e grandeza da sua força de influência religiosa. Realmente era uma força natural, uma energia que brotava do interior do seu ser. A origem dessa energia era a fé absoluta que o levava a se dedicar por completo a Meishu-Sama. Acredito que a palavra Makoto seja o "sinônimo" da postura do Revmo. Sôsai Shibui. E nós fomos agraciados com a oportunidade única de dedicar na obra da construção do Solo Sagrado de Kyoto, de Servir na Obra Divina na Era Heisei Miroku. Prometo esforçar-me o máximo para apreender a essência da Fé do Revmo. Sôsai Shibui e dedicar com o máximo de Makoto.

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SOBRE ESTA PUBLICAO

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SOBRE ESTA PUBLICAO

No dia 6 de junho de 1994, no Solo Sagrado de Kyoto, haver um grande evento na Obra Divina - a entronizao da Imagem de Dai Miroku. Em to significativo ano, ter publicado a obra "Ssai Shibui - O Servidor - Relatrios Orais", onde esto reunidos vrios episdios sobre a F do Revmo. Shibui motivo de grande alegria e gratido para todos os que reverenciam.

1994 ser um ano importantssimo, j que nele se dar a concluso dos trs Solos Sagrados. Acredito tambm, que inicia-se neste ano a Grande Obra de Salvao no Mundo Material. Ento, em profunda orao pela concretizao da Trilogia de Miroku, precisamos nos empenhar no cultivo de uma f que nos permita dedicar no Plano Divino. Este livro indispensvel para o aprofundamento do aprendizado sobre a edificao da f, para servirmos de acordo com a vontade de Meishu-Sama.

No posso negar a misteriosa Vontade Divina ao observar que a dedicao do Revmo. Shibui na Obra Divina relacionava-se profundamente com a expresso "Miroku". Primeiramente, ele foi nomeado Presidente da Igreja Kannon do Japo (Nippon Kannon Kyodan) e posteriormente, tornou-se Presidente da Igreja Miroku do Japo (Nippon Miroku Kyo). Mais tarde, quando a Igreja passou a se chamar Igreja Messinica Mundial (Sekai Kyusei Kyo), ele se tornou o responsvel da Grande Igreja Miroku (Miroku Dai Kyokai), sendo a coluna de sustentao do desenvolvimento da nossa Igreja em sua fase inicial. Nessa poca Meishu-Sama explicou sobre Miroku (5 6 7) da seguinte forma:

Hakone 5, Atami 6 e Odawara 7.

Por isso, Ele fixou a sede da Igreja Miroku na cidade de Odawara e, a partir de fevereiro de 1950, a Imagem do Altar dessa sede passou a ser a Imagem de Dai Miroku. Esta Imagem circungirou conforme o destino e agora ser entronizada no Solo Sagrado Kyoto - a Terra da Tranquilidade - que representa o nmero 7, vindo a concretizar a Trilogia de Miroku. Isto no outra coisa seno o misterioso Plano Divino. O Revmo. Shibui, no Mundo Espiritual, deve ser quem, mais radiante, congratula Meishu-Sama nesse momento.

Atravs da leitura deste livro, conheci a f inabalvel do Revmo. Shibui em Meishu-Sama, que resulta em uma relao semelhante contraposio de dois espelhos, como o Cu e a Terra, ou sincronia das respiraes. O Revmo. Shibui foi um religioso que, at o fim da sua vida, no pregou sermes. No entanto, impossvel expressar com palavras e grandeza da sua fora de influncia religiosa. Realmente era uma fora natural, uma energia que brotava do interior do seu ser. A origem dessa energia era a f absoluta que o levava a se dedicar por completo a Meishu-Sama. Acredito que a palavra Makoto seja o "sinnimo" da postura do Revmo. Ssai Shibui. E ns fomos agraciados com a oportunidade nica de dedicar na obra da construo do Solo Sagrado de Kyoto, de Servir na Obra Divina na Era Heisei Miroku. Prometo esforar-me o mximo para apreender a essncia da F do Revmo. Ssai Shibui e dedicar com o mximo de Makoto.

Este livro a compilao dos relatos de pessoas que tiveram contato com Revmo. Shibui e tambm a primeira etapa para, futuramente, concluir a "Biografia de Ssai Shibui". Sobre a composio desta Biografia, tenho um pedido a fazer. Gostaramos de poder contar com a colaborao de todos aqueles que possuem qualquer tipo de informao ou material sobre experincias com o Revmo Ssai Shibui.

Maio de 1994

Yassuhi Matsumoro

Presidente da Igreja Messinica Mundial

MEISHU-SAMA E SSAI SHIBUI

Meishu-Sama e Ssai Shibui eram ligados por um forte lao de confiana e reverncia.

No importa qual o aspecto observado, seja a postura de dedicao total a Meishu-Sama, a dedicao monetria fora do comum ou a extraordinria fora do Johrei e de difuso, em qualquer um Ssai Shibui sobressaia-se. Esta a prova de como Ssai Shibui reverenciou e dedicou-se a Meishu-Sama como existncia absoluta e, por outro lado, compreendemos tambm que a sua fora e sua atuao eram concedidas por Meishu-Sama. A grande confiana que Meishu-Sama depositava nele atravs das palavras de Meishu-Sama:

70% do que existe em nossa Igreja atualmente, se deve ao Shibui.

Gostaramos de apresentar aqui episdios que revelam a relao de confiana e devoo entre Meishu-Sama e o Revmo. Shibui.

Primeiramente, faamos um breve apanhado histrico dos anos que sucederam ao encontro de Meishu-Sama e Ssai Shibui.

Meishu-Sama se encontrou pela primeira vez com Ssai, _________ Shibui, em 26 de janeiro de 1938. Desde o incidente de 26 de fevereiro de 1936(1), o Japo caminhava rumo ao militarismo, o que dificultou a vida do povo gerando uma situao social sombria.

Nessa poca, a me de Ssai Shibui apresentara um problema nos quadris e, pela sugesto de uma amiga, comeou a freqentar a filial Nakano do "Mtodo Okada de Tratamento pelo Shiatsu". Ao verificar o excelente resultado desse mtodo com seus prprios olhos, Ssai, acompanhado da sobrinha que padecia com crie ssea, foi at a clnica filial indagar se havia cura para o problema da sobrinha. Como ele tambm padecia com otite, seu interesse fora ainda mais aguado.

Mais tarde, como a purificao de sua sobrinha intensificara, tomou a deciso de lev-la at o Hozan-so, distrito de Setagaya, para receber o tratamento diretamente de Meishu-Sama. O irmo mais velho de Ssai Shibui tambm comeou a freqentar o Hozan-so nessa poca. Deu-se ali o primeiro e histrico encontro entre Meishu-Sama e Ssai Shibui, que tornou-se o alicerce da atual Igreja Messinica Mundial.

Na poca, Meishu-Sama costumava reunir pessoas que haviam concludo o curso de iniciao para ministrar-lhes palestras sobre a natureza das doenas, o tratamento de enfermos e etc. (tais palestras eram chamadas de Curso Especial). Na noite do dia em que se deu o encontro, havia cerca de dez pessoas participando do Curso Especial. Com o consentimento de Meishu-Sama, extraordinariamente, Ssai Shibui pode participar do Curso. Logo aps a palestra, Meishu-Sama fez uma considerao a seu respeito:

Aquele rapaz uma pessoa muito inteligente e, futuramente, ser muito til.

Realmente, o olho clnico de Meishu-Sama era motivo de admirao. Dizem que naquele dia Ssai Shibui fora ao Hozan-so para certificar-se de que tipo de pessoa era Meishu-Sama. Em apenas um encontro Ssai Shibui decidiu que ofereceria toda sua vida a esse homem. Mesmo antes de conversarem, j havia algo que unia seus coraes. Dois meses depois, no dia 21 de fevereiro, ele visitou novamente o Hozan-so e, pela primeira vez, recebeu o tratamento diretamente de Meishu-Sama. Ficou decidido tambm que, a partir do dia 1 de maro, receberia as aulas do Curso de Iniciao.

O "Mtodo Okada de Tratamento pelo Shiatsu" o resultado da viso cosmopolita de Meishu-Sama. Para desenvolv-lo Meishu-Sama aprimorou o "Mtodo de Tratamento Tinkonkishin", criado por Deguri Onisaburo - lder espiritual da Igreja Oomoto, qual fora filiado no passado - e centralizou-se no Johrei que lhe fora revelado por Deus. Ao mesmo tempo, no negligenciava os estudos sobre farmacologia e medicina. Seus frutos podem ser observados nos Ensinamentos que podemos ler atualmente.

No entanto, em dezembro de 1940, Meishu-Sama afastou-se das atividades teraputicas. Meishu-Sama tomou essa deciso para precaver-se contra a acusao de violar as leis mdicas, por parte de autoridades governamentais e policiais. A partir de ento, iniciou-se um novo estgio em suas atividades. Na verdade, a tal calamidade chamada "Represso" serviu para libertar Meishu-Sama do restrito trabalho de tratamento para sua posio mais elevada, abrangente e livre - a de orientador geral. Assim, atividades como os tratamentos ordinrios e as orientaes bsicas, at ento desenvolvidas diretamente por Meishu-Sama, passaram a ser desenvolvidas por discpulos autorizadas por Ele. Cada discpulo escolhido formou uma associao e passou a dedicar-se ao trabalho de difuso. Isso veio a ser a base do desenvolvimento e expanso organizacional da nossa Igreja. Nessa ocasio, Ssai Shibui fundou a Associao uti, posteriormente chamada de Associao Hinode (Sol Nascente) e, finalmente, de Associao Miroku.

Em 22 de janeiro de 1941 - dia do nascimento de Meishu-Sama, em registro - foram realizadas acumuladas a cerimnia de comemorao do natalcio de Meishu-Sama e de abertura da Associao uti, no Restaurante Momiji-kan do Parque Shiba, Tquio. O Momiji-kan um tradicional e renomado restaurante de comida tpica japonesa, freqentado por membros da classe mais alta, inclusive o Imperador Meiji o utilizara. Ssai Shibui preparou a melhor recepo possvel, principalmente, porque iria receber Meishu-Sama. A Associao uti realizava mensalmente uma reunio para palestras e jantar, porm, como receberia Meishu-Sama, Ssai Shibui empenhou o melhor de si para oferecer-Lhe a comida mais refinada, no melhor restaurante.

Um ano mais tarde, por ocasio da comemorao de um ano de fundao da Associao uti, em 25 de janeiro, Ssai Shibui e todos os diretores receberam a visita de Meishu-Sama na clnica de tratamento, em Shinjuku. Nessa ocasio tambm, dentro dos limites impostos pelo local, prepararam o melhor para recepcionarem Meishu-Sama. Nesse dia, Meishu-Sama outorgou um novo nome Associao uti. Doravante se chamaria Associao Hinode (Associao Sol Nascente) - para que se desenvolvesse com o mesmo vigor do sol nascente. E, utilizando cinco folhas de shikishi (papel prprio para escrever poema) preparadas por Ele mesmo, caligrafou e outorgou alguns poemas. Aps recitar os poemas especialmente compostos para esse dia, assistiram um filme no Cine Musashino e, a seguir, jantaram no restaurante Tquio Kaidan, em Shinjuku. A comida servida ali era de beleza e sabor to requintados que dizia-se que, nem mesmo pessoas com nvel de ministro do governo poderiam sabore-las.

Nesse dia Meishu-Sama escreveu o seguinte: Associao Hinode - finalmente deixaremos de dormir at tarde.

Dizem que desse dia em diante, Ele abandonou o costume de permanecer acordado at altas horas da madrugada e acordar tarde.

Os poemas compostos por Meishu-Sama naquele dia foram os seguintes:

Doravante ser uma associao criada pelo vigor do sol nascente

A Associao Hinode precursora do Mundo Komyo

Desaparece a escurido e, em seu lugar, surge a Associao Hinode

Com o nascimento da Associao Hinode, se dissipam as trevas do leste asitico

A Associao Hinode futuramente ter 2 bilhes de associados

Crio a Associao Hinode nesse momento em que a porta da rocha dos Cus comea a se abrir.

Esse encontro, graas presena de Meishu-Sama e a oportunidade de receber diretamente os Seus Ensinamentos, abriu caminho para um grande desenvolvimento. De acordo com o prprio nome, a Associao Hinode progrediu com o mesmo vigor com que o sol matinal se eleva. Jantares com grande nmero de participantes tornaram-se freqentes. Os presidentes de outras associaes tambm passaram a participar desses jantares como convidados. Aps dois anos de sua fundao, mudou de nome pela terceira vez, passando a ser chamada de Associao Miroku.

Essa mudana tambm ocorreu mediante os Ensinamentos de Meishu-Sama. Neles, consta o seguinte texto sobre Miroku:

"A Luz composta pelo elemento fogo e pelo elemento gua. Atravs da adio do elemento terra a eles, surge a atuao de fogo, gua e terra. Com os elementos fogo e gua apenas, tnhamos somente o trabalho do esprito, sem o da matria. Porm, acrescentando-se a eles o elemento terra, pela primeira vez, a fora da trilogia fogo-gua-solo se manifestar".

O SENTIDO DA DEDICAO MONETRIA

O episdio a seguir ocorreu entre 1948 e 1950. poca de plena expanso.

Os ministros dirigentes da Igreja Miroku reuniam-se todo final de ms no Hozan-so para relatar ao Reverendssimo Shibui os resultados alcanados na difuso pioneira e, tambm, juntos, prepararem a programao das visitas missionrias que o Reverendssimo deveria fazer no ms seguinte.

Naquela poca, os ministros saiam para a difuso pioneira, levando em suas mochilas Ohikari, Imagens da Luz Divina, Caligrafias de Meishu-Sama, etc. Ao voltarem traziam suas mochilas repletas de donativos. Chegavam e logo entregavam o relatrio ao Sr. Kanda, o tesoureiro. A quantidade de dinheiro era enorme, a ponto de no conseguir contar e nem guardar tudo no cofre. Ento, eles utilizavam um pequeno quarto, aos fundos do Hozan-so. Onde, primeiramente, despejavam todo o dinheiro, formando vrios montes. Depois, organizavam o dinheiro destes montes em maos e iam empilhando-os. Com as notas de cem ienes faziam maos de cinco mil. Dizem que esses maos pareciam verdadeiros tijolos. Quando terminavam de organizar todo o dinheiro, colocava-os novamente nas mochilas, que eram levadas at Meishu-Sama pelos funcionrios. E assim era tratado o dinheiro dos donativos. Ningum nunca levantou suspeita em relao a este dinheiro. Todos estavam simplesmente empenhando-se ao mximo para dedicar todo o seu Makoto a Meishu-Sama. Nada mais do que isso. Empenhavam-se com alegria, no Servir.

Perguntando ao Revmo. Shibui:

Com que sentimento devo fazer o donativo?

Respondeu-me:

Tudo o que existe neste mundo pertence a Deus Kannon (Sentido de Deus Supremo). Por isso, retirar, daquilo que recebemos atravs do trabalho, o necessrio e devolver todo o restante a Deus o correto, no ?

Assim, se este o sentimento com que se faz o donativo, conclumos que o Revmo. Shibui acreditou convictamente que Meishu-Sama, sim, o Messias que salvar o mundo e, manteve o firme propsito de dedicar-se completamente a Ele.

(Esposa de um Ministro responsvel de Igreja)

A OFERTA DAS CALIGRAFIAS

O Revmo. Shibui estava sempre se empenhando em Servir Meishu-Sama, seu sentimento estava sempre voltado para Ele. Mesmo quando estava em repouso por causa das purificaes, ns, que dedicvamos ao seu lado, podamos perceber isto nitidamente, recebendo, tambm, a oportunidade de aprender muitas coisas.

O seguinte se passou na poca da construo do Palcio de Cristal, na Terra Celestial - Atami. Meishu-Sama sempre ia inspecionar essas Obras.

Nesta poca o Revmo. Shibui tomou conhecimento de que as obras estavam tendendo a atrasarem-se, o que lhe deixou profundamente entristecido. Ele sabia que o atraso era causado por falta de verbas e lamentava:

Se ao menos eu estivesse com sade eu poderia fazer dar alguma coisa. Deixar Meishu-Sama preocupar-se assim imperdovel.

Como ele no dispunha de uma quantia to alta para oferecer naquele momento, chamou sua presena o Rev. Eiti Kanda e ordenou-lhe que devolvesse sede todas as Caligrafias recebidas de Meishu-Sam, que preenchiam dois bas (uma quantidade muito grande para a poca) e anexasse uma relao das mesmas. Ele tomou esta deciso pois, outorgando estas Caligrafias s unidades do interior, acreditava que Deus providenciaria os fundos necessrios, na medida exata.

Para o Revmo. Shibui tudo o que dizia respeito a Meishu-Sama deveria ser colocado em primeiro plano, seja qual forem as circunstncias. Meishu-Sama, as dedicaes, estavam sempre em primeiro lugar. Este foi o propsito com que ele vivia. Sua sinceridade inquebrantvel e seu nobre sentimento fazia-nos emocionar profundamente, deixando marcado em nossos coraes que agindo assim que o alicerce imutvel da Igreja ser protegido.

(Um MInistro)

A EMOO AO OFERTAR AS CALIGRAFIAS E IMAGENS

Isto se deu por volta de 1954.

Certo dia o Revmo. Shibui chamou-me ao seu aposento. Assim que entrei, com voz solene e serena ele me perguntou:

Voc no tem nada a me dizer?

Nesta poca, ele estava purificando e no conseguia fazer uma dedicao monetria satisfatria, fato que parecia o entristecer muito. Como eu nunca o tinha visto desta maneira, fiquei um pouco nervoso e, cuidando para no ofend-lo, disse:

Reverendo, por que o senhor no oferece as Caligrafias e Imagens que possui?

Sem a menor hesitao ele disse:

Sim, isso que farei.

Ento, junto com uma relao descritiva, ofereceu todas as Caligrafias e Imagens que possua. Eram mais de mil Caligrafias e cem Imagens. Por isso, anualmente na casa do Revmo. Shibui quase no h Caligrafias e Imagens. impossvel avaliar o quanto esta doao foi importante para a construo dos jardins do Solo Sagrado.

Se for por Meishu-Sama ou pelo desenvolvimento da Obra Divina, no meo esforos nem sacrifcios.

Esta era a postura do Revmo. Shibui em relao ao Servir a Meishu-Sama. Isto me despertou: "Puxa! Eu recebi a grande bno de encontrar um Mestre nico, Maravilhoso. Preciso aprender o mximo com ele. Conquistar o mximo de tesouros". Ento, vim esforando-me para absorver tudo o que meus olhos e ouvidos podiam captar. Como sou grato!

Hoje, recordando com saudades a sua pessoa, gostaria, tambm, de expressar todo meu respeito e gratido ao Revmo. Shibui.

(Um Ministro)

A ATUAO DO REVERENDSSIMO SHIBUI A DE DAIKOKU-TEN

O Revmo. Shibui por vrias vezes encarregou-se de adquirir os terrenos que Meishu-Sama desejava. Na ocasio de compra do Heikiun-so, por exemplo, grande parte da soma necessria foi oferecida por ele. Esse imvel pertencia a Kuni-no-Miya e, na poca, custou sete milhes de ienes. Esta soma foi toda propagada em notas de cem ienes e colocada em uma bolsa, a qual fui incumbido de transportar de Hakone para Minaguti, em Atami. Ao perceber a grandeza da responsabilidade que estava recebendo, orei fervorosamente rogando proteo divina para cumpri-la sem transtornos. E, graas a Deus, minhas oraes foram ouvidas. Ainda hoje, permanece ntido em minha memria o meu estado de esprito daquele momento. Eu senti que a Obra Divina doravante daria um grande salto em seu desenvolvimento, o que fez palpitar meu corao.

Aps a guerra, era o Revmo. Shibui quem se encarregava de oferecer os ternos, camisas e outros acessrios usados por Meishu-Sama. O Revmo. Shibui sabia que Meishu-Sama apreciava o tom marrom, e, para ele, no havia maior felicidade que a de ver a expresso de alegria estampada no rosto de Meishu-Sama. como se a felicidade de Meishu-Sama fosse a sua prpria felicidade.

Quando Meishu-Sama adquiria uma obra de arte, ou necessitava de dinheiro, o Revmo. Shibui sempre providenciava-o dentro do prazo. E nessas ocasies era sempre eu quem recebia a grande dedicao de transport-lo at Meishu-Sama. Dedicao, esta, que, graas proteo divina sempre foi cumprida sem que houvesse um transtorno sequer.

(Um dedicante prximo a Meishu-Sama)

REVMO. SHIBUI, UM HOMEM QUE, POR MEISHU-SAMA,

ENFRENTAVA QUALQUER SITUAO

Recebi permisso divina de ingressar na F em maro de 1945. E, no perodo entre janeiro de 1950 at a mudana e dissoluo da Igreja Miroku, tive a permisso de dedicar junto ao Revmo. Shibui. Primeiro na Sede Geral desta, em Odawara e, posteriormente, no Hozan-so de Kaminoge, distrito de Setagaya.

Este episdio ocorreu em 1954.

Nesta poca Meishu-Sama residia no Hozan-so, em Atami. Certo dia, depois das onze horas da manh, veio um telefonema do Heikiun-so para a residncia do Revmo. Shibui em Atami dizendo o seguinte:

Meishu-Sama gostaria de servir-se neste jantar do arroz e curry das Lojas Nakamura de Shinjuku, Tquio. Portanto, gostaria que duas pores fossem entregues at as dezoito horas. E diz para o pedido ser feito no nome de Okada.

Nesse dia o Revmo. Shibui e sua esposa encontravam-se no Hozan-so de Kaminoge, distrito de Setagaya, onde receberam esse comunicado. Ao receb-lo a esposa do Reverendo pareceu ficar um tanto quanto embaraada.

Isto porque, nesse dia, os meios de transportes pblicos, como trens, metrs e nibus de Tquio, estavam em greve geral, totalmente parados e, consequentemente, se no agissem rapidamente, no daria tempo. Estvamos, todos, realmente muito preocupados. Logo sua esposa transmitiu-lhe o comunicado de Atami. Ento o Revmo. Shibui disse:

Se Meishu-Sama falou que quer servir-se de curry, no importa como, temos que faz-lo chegar at Suas mos. Vamos de txi para Shinjuku, imediatamente.

Assim foi feito. Fomos em quatro, o Reverendo, sua esposa, o Rev. Kanda e eu. Sabamos que no seria fcil chegar at Shinjuku, por causa da distncia e do trnsito transtornado pela greve. Mas pudemos sentir, atravs de cada palavra sua, quo grande era o seu sentimento. O Revmo. Shibui dizia:

Se houver Makoto, impreterivelmente, receberemos a proteo divina.

Finalmente chegamos s Lojas Nakamura e, imediatamente dirigimo-nos ao proprietrio:

Meu nome Okada, de Atami e gostaria de pedir duas pores de arroz com curry (para viagem).

Mas, infelizmente, justo nesse dia era folga do setor que prepara o curry. Ainda perplexos, explicamos a situao ao proprietrio e pedimo-lhes encarecidamente para que nos atendesse. Ao que nos respondeu:

Se assim, concederei uma exceo e vou prepar-lo. Porm, preciso que esperem trs horas.

Olhando para o relgio comeamos a orar para que ficasse pronto a tempo. E no foi fcil andar pela cidade, sem nenhuma finalidade, por trs horas, s esperando o tempo passar. To logo o esperado arroz com curry ficou pronto, o Rev. Kanda tomou-o s suas mos como se fosse um tesouro e embarcou no primeiro trem, a greve acabara de encerrar-se, para Atami. Despedimo-nos dele em oraao, para que pudesse chegar a Atami dentro do horrio. Ento, sentimos uma imensa sensao de alvio, como se toda a fora dos nossos corpos, at ento tensos, houvesse se esvanecido. A comear pelo Revmo. Shibui estvamos, todos, procurando, para tal, ultrapassar qualquer situao, por mais difcil que seja, que, desta vez, por exemplo, o arroz com curry chegou a Meishu-Sama em tempo.

O sentimento do Revmo. Shibui externado em sua postura me fez emocionar do fundo do corao.

(Um Ministro)

O EMPENHO OCULTO DO REVMO. SHIBUI NAS AQUISIES DE OBRAS DE ARTE

sabido que houve momentos que Meishu-Sama padeceu pela falta de recursos para adquirir obras de arte. Todavia, quando os vendedores traziam aquelas que Meishu-Sama mais desejava, Ele sempre conseguia adquira-las. Houve casos em que fez emprstimos com terceiros. Porm, na maioria das vezes, esses recursos foram oferecidos pelo Revmo. Shibui.

(Um MInistro)

O SERVIDOR DE DEUS

A expresso "Servidor de Deus" corresponde ao que, hoje, chamamos de "ministros integrantes", mas, acredito que existe uma ligeira diferena entre elas.

Quando ouvimos a expresso"servidores de Deus", de certa forma, logo a associamos imagem daqueles que serviram ao lado de Meishu-Sama. "Os servidores", para ser preciso.

No incio da Igreja Messinica Mundial, era pouqussimo o nmero dos chamados "servidores", ministros integrantes. Na poca, as pessoas que empenharam-se no trabalho de difuso pioneira, o fizeram porque sentiram-se profundamente atrados pelo poder do mtodo teraputico de Meishu-Sama, pela Sua fora espiritual, pela Sua fora de orientao e pela Sua pessoa, em si.

Gostaramos de apresentar aqui alguns episdios que nos permitiro vislumbrar a postura dos ministros integrantes, a comear pelo Revmo. Shibui, que trilharam, naquela poca, o caminho da F como servidores de Deus.

O QUE "SERVIDOR DE DEUS"?

Na poca, os ministros integrantes eram chamados de "servidores de Deus". Mas, o Revmo. Shibui nos ensinou que tornar-se integrante no significa conseguir um emprego na Igreja. A pessoa levada a se tornar integrante pela afinidade da sua misso.

Em 1950, enquanto preparava-me para tornar ministro integrante, dedicando com todo empenho na difuso pioneira, subitamente minha me sofreu um derrame cerebral e, no resistindo, faleceu no mesmo dia. Aps o funeral, na reunio de famlia realizada, fui intensamente atacado por nossos parentes. Eles criticaram minha f, acusaram-me de matar minha me, no lhe prestando assistncia mdica e, de, alm de no trabalhar, estar tirando dinheiro e alimentos de casa.

Imediatamente, procurei o Revmo. Shibui no Hozan-so. Contei-lhe tudo que estava acontecendo e pedi-lhe orientao sobre como deveria proceder dali em diante. Ento, primeiramente, ele perguntou-me qual era meu sentimento. Respondi-lhe, ento:

Fui salvo de uma tuberculose pulmonar, foi constatado em radiografias que a mancha no pulmo havia desaparecido completamente. Aprendi ento que o Johrei no apenas um mtodo para curar doenas e, sim, para eliminar a infelicidade do mundo. Por isso, quero levar a todos aqueles que sofrem com doena, pobreza e conflito, a alegria da sade, prosperidade e da paz. Eu quero continuar pois estou completamente envolvido pelo desejo de participar da construo do Paraso Terrestre.

O Revmo. Shibui ento, carinhosamente me disse:

Se assim, venha participar do aprimoramento. E no precisa trazer nada.

Naquela poca, para participar dos aprimoramentos de dez dias era preciso oferecer dezoito litros de arroz e dois mil ienes. Alm desta permisso, recebi tambm vrias outras orientaes dele.

O Revmo. Shibui me incentivou e ensinou:

Presta-se a assistncia religiosa para solucionar a purificao das pessoas que foram conduzidas. As pessoas que nos do mais trabalho para cuidar, so aquelas com quem tivemos ligaes mais profundas na vida passada e, por isso, se reencontraram nesta vida como "mestre" e "discpulo". Por esta razo o respeito e a ordem devem ser rigorosamente respeitados.

E mais:

As pessoas que hoje servem a Deus, foram h muitas e muitas geraes passadas, as mesmas que criaram a Era da Noite. Ou seja, espiritualmente falando, possuem uma grande quantidade de pecados. E agora, com a transio para o Mundo do Dia, chegou o momento dessas pessoas resgatarem seus pecados atravs do Servir a Deus. Por isso a purificao ser mais rigorosa. Este processo se dar conforme a pessoa se elevar espiritualmente, atravs da soluo de cada uma das purificaes recebidas para purificar a alma. Assim, a purificao ser muito rigorosa, sim, mas, a alegria ao solucion-la tambm ser imensa. Haver adversidades, porm no haver somente elas. Com certeza, alegrias tambm haver. Como nosso aprimoramento se d em meio a esta alternncia, no podemos sucumbir. Devemos agir com perseverana e firmeza. Quanto mais acumulamos este tipo de experincias, melhor, pois estas sero muito teis no futuro. E mais, sempre respeite os trs princpios: 'no se precipitar', 'no se irrite', 'no seja preguioso'.

Alm disso explicou-me tambm o seguinte:

Seus parentes lhe disseram que voc est ofendendo a honra dos seus antepassados. Porm, se forem ao Mundo Espiritual, compreendero se voc realmente est o fazendo ou no. O fato de dentre seus descendentes surgir pessoas que se dedicam Obra de Deus motivo de muito orgulho para os antepassados. E, como a salvao pela religio depende, principalmente, da sua grandeza e profundidade, aceite com esprito de gratido e orgulho a permisso de se tornar um servidor e, dedique com todo empenho Obra Divina. Resumindo, tornar-se servidor de Deus, no escolher uma profisso para se sustentar. ser escolhido e utilizado, pela afinidade da misso, como elemento responsvel pelo Servir dentro da Obra Divina. Por isso muito importante no fugirmos das situaes rduas, os fatos tristes ou das coisas desagradveis e, sim, enfrent-las de frente.

Percebi ento que, uma vez entregando-se Obra Divina no possvel permanecer com o esprito de um assalariado comum.

(Um Ministro)

"O SERVIDOR DE DEUS" E O SENTIMENTO DE MAKOTO

O seguinte se passou na poca em que eu havia recebido a permisso de participar do aprimoramento no Hozan-so, mesmo no tendo um tosto sequer. Certo dia, o Revmo. Shibui e mais alguns ministros estavam recebendo Johrei em um ambiente de muita harmonia. Por coincidncia, eu tambm me encontrava nesse recinto. Aproveitei essa oportunidade ento, para perguntar ao Revmo. Shibui:

O que eu posso fazer para conseguir atrair tantas pessoas, como aqui na Igreja Miroku?

Em contrapartida ele perguntou a mim:

O que voc pensa sobre Meishu-Sama?

Respondi-lhe ento:

Meishu-Sama uma pessoa para quem posso oferecer minha prpria vida.

E ele disse:

Se voc estiver, realmente, com esta disposio, ser fcil. Ento te pergunto: o que oferecer a vida a Meishu-Sama?

Quando ouvi esta pergunta, fiquei sem palavras. Ele dirigiu-se ao Rev. Kozo (?) Okada e perguntou:

E voc, Okada, como pensa?

E ele respondeu:

Bem, quando ministro Johrei em uma pessoa que est purificando, muitas vezes fao-o apostando minha prpria vida. Empenho-me depositando minha vida, todo o meu Makoto. Procuro salvar-lhe a vida atravs do Johrei e, com meu Makoto vivificar o Makoto desta pessoa e lig-lo a Meishu-Sama, anulando a minha pessoa. assim que penso.

O Revmo. Shibui comentou ento:

isso mesmo. Acho que esse o sentido de "oferecer a vida" a Meishu-Sama. Formar pessoas que dedicam seu Makoto a Meishu-Sama, empenhando a prpria vida. Isto sim muito importante para as pessoas que servem. O que mais pode haver, alm disso?

E mais:

Quem servir no pode se tornar um 'assalariado' do Johrei ou 'operrio religioso'. Ele um modelo. por ele oferecer seu Makoto a Meishu-Sama, que sero formadas entre os membros pessoas que tambm o oferea. Se no houver a prtica, por mais que fale palavras bonitas, as pessoas no o seguiro.

Em suma, o "servidor de Deus", o "integrante" no pode trabalhar, realizar apenas as funes regulares, como um assalariado comum. O mais importante formar elementos que dedicam seu Makoto a Meishu-Sama sem temores.

E finalmente, acrescentou:

Deus e Meishu-Sama prevem e sabem tudo que fazemos. Eles esto sempre nos observando atentamente. Por mais que, superficialmente, faamos parecer que estamos dedicando com o mximo empenho, bons resultados no aparecero se, no ntimo, houver um sentimento negligente. Somente o verdadeiro sentimento de Makoto reconhecido e aceito por Deus e Meishu-Sama. Todavia, de maneira alguma deve se tornar inflexvel. Isto porque as pessoas com quem nos damos, acabam o tomando, tambm.

(Um Ministro)

O QUE APRENDI COM O REVMO. SHIBUI - "O SERVIDOR"

Relembrando o passado, para falar a verdade, o Revmo. Shibui no possua o dom da oratria, acredito que todos guardam esta mesma impresso dele. De suas palavras nos cultos mensais, por exemplo, no resta nada na memria sobre que tipos de palestras eram. Alm do mais, no havia concordncia em suas palavras. Porm, aps ouvi-las surgia no corao de todos o sentimento: "Ah! Como eu preciso Servir!"

O Revmo. Shibui quase no usava a palavra "donativo". Mesmo assim, aps suas palavras eu no conseguia voltar para casa sem antes fazer o donativo de tudo o que havia na carteira. Se assim no o fizesse, parecia que estava levando um grande prejuzo, como se estivesse me atrasando para embarcar em algo muito importante. Naquela poca era tudo muito difcil, o salrio do meu marido estava sempre atrasado e no foram poucas as vezes que fiz tudo em donativo, retornando para casa apenas com o dinheiro da passagem do trem de volta. Hoje eu penso: "Afinal, o que ser que era aquilo?" Refletindo bem, hoje chego concluso que o Revmo. Shibui, em sua plenitude, voltava-se para Meishu-Sama, ou melhor, ele se entregou de corpo e alma ao Servir, e era esse sentimento que naturalmente transmitia a ns. Em seu sentimento no havia "meio-termo", como, por exemplo, "at aqui eu dedico". Ele era total, absoluto. Quanto a dedicaes, nunca o ouvi dizendo: "voc, v dedicar". Ele nos ensinou com algo que emanava de todo o seu corpo.

(Uma Ministra)

II - SSAI SHIBUI, O JOHREI E A SENSIBILIDADE ESPIRITUAL

A fora no Johrei que Ssai Shibui possua era imensa. Todas as pessoas que receberam seu Johrei so unnimes nesta afirmao. Mesmo aqueles doentes graves que vinham recebendo Johrei dos ministros, discpulos do Reverendo, sem alcanar um bom resultado, ao receberem por poucos instantes o Johrei do Revmo. Shibui, imediatamente sentiam alvio.

O forte-fraco em relao fora no Johrei so caractersticas observadas hoje tambm. Porm, a fora no Johrei do Revmo. Shibui, mesmo naquela poca, era algo que se sobressaltava. No preciso nem dizer que ela foi a fora motriz para o desenvolvimento da Igreja Miroku.

Antes de encontrar Meishu-Sama, o Revmo Shibui participou da seita budista Guedatsu, em busca da f. Ele comeou a se preocupar em polir sua espiritualidade bem cedo. Alm das prticas da seita Guedatsu, fazia outros aprimoramentos, tais como banhar em gua fria todos os dias, pela manh orar nos templos xintosta descalo e, de vez em quando, banhar-se em cachoeiras.

Sua espiritualidade, como todos sabem, ficou evidenciada no Johrei, mas, alm deste, evidenciou-se tambm na intuio espiritual e no poder de premonio.

Existe inmeros episdios do Revmo. Shibui acerca disto.

A FORA NO JOHREI DE SSAI SHIBUI

Todos sabem que Meishu-Sama ministrava Johrei, emitindo a luz pela testa para aqueles doentes em estado grave ou em casos de emergncia. Como poderemos observar nos episdios relatados a seguir, Ssai Shibui tambm praticou essa forma de Johrei desde os tempos primrdios do consultrio teraputico, localizado em Shinjuku, aplicando-o em vrias pessoas. Esta prtica s possvel queles que possuem espiritualidade altamente desenvolvida, pois, tambm perigosa. Em casos graves de doenas nos olhos, tumores, hemorridas e outras, onde o ponto vital para ministrar Johrei se faz claro, geralmente Ssai Shibui ministrava Johrei emitindo a luz pela testa. Existe vrios episdios relacionados a isso. Nesse trabalho gostaramos de apresentar no somente os fatos em si, mas tambm, as lies durante o Johrei e outros fatos que, especialmente, no tm relao direta com o Johrei.

Grande parte dos slogans usados na diretriz da Igreja Shinsei hoje so prticas cotidianas desenvolvidas por Ssai Shibui na poca da difuso pioneira. Por maiores ou mais variadas sejam as transformaes, a Verdade, revelada atravs da expanso explosiva da nossa igreja, sempre possuir brilho universal e nos acercar. Gostaramos que este trabalho se tornasse uma oportunidade para aprimorarmos, mais uma vez, atravs do Johrei de Ssai Shibui.

A FORA NO JOHREI DO REVMO. SHIBUI

A fora que o Revmo. Shibui possua no Johrei era muito forte, a ponto de no poder ser comparada. A diferena entre seu Johrei e a dos outros ministros era sempre muito evidente.

Certa vez, o Revmo. Shibui foi comunicado sobre a forte purificao de um membro que, mesmo recebendo a diligente assistncia de Johrei dos ministros, permanecia desenganado. O Revmo. Shibui ordenou ento, para que o trouxessem sua presena, mesmo que precisasse se fazer o impossvel. Finalmente, com muito sacrifcio, os ministros conseguiram lev-lo ao Reverendssimo. Ao examinar a pessoa ele comentou:

Ah! Este caso realmente ainda impossvel para os senhores.

E em seguida ministrou-lhe Johrei pessoalmente. Ento, com um nico Johrei, a febre da pessoa abaixou e ela ficou curada. Ficamos simplesmente abismados.

(Um membro)

JOHREI - UM ESTMULO PARA A DIFUSO

Meu primeiro encontro com o Revmo. Shibui se deu por volta do final de 1947, quando participei de uma reunio com a sua presena, em Beppo. Na ocasio, eu acabara de me tornar membro e ainda no compreendia nada. Quando cheguei a palestra do Reverendo j havia comeado e o recinto estava completamente lotado. Entre os participantes havia um monge. Repentinamente esse monge sofreu um desmaio, caindo entre a platia. Ento, calmamente o Revmo. Shibui falou a todos:

No se preocupem, deixem-no assim mesmo.

E, prosseguiu a palestra ministrando-lhe Johrei. Alguns minutos mais tarde a purificao desse monge havia melhorado. Eu fiquei impressionado e perplexo com o que acabara de presenciar. Por um lado, achei tudo realmente extraordinrio, mas, por outro cheguei a duvidar se aquilo no passava de uma encenao. Mas esta dvida logo desapareceu, pois eu vi o fato com os meus prprios olhos, eu no podia neg-lo. Realmente acho que foi real. Fiquei ento a admirar; "Que fora espiritual!". "Ser que isso realmente existe?". Atrado pelo poder do Johrei, desejei profundamente tornar-me igual a ele. Considero esse episdio, emocionante e memorvel, um dos fatores que me levou a fazer difuso como integrante.

(Um Ministro)

O CHOQUE AO RECEBER A LUZ ESPIRITUAL

Quando recebamos o Johrei do Revmo. Shibui, tnhamos a impresso de estar recebendo um choque eltrico. O Johrei de Meishu-Sama ento, est acima de qualquer comentrio, mas Johrei como o Revmo. Shibui nunca vi igual. Era algo impressionante, como se a energia espiritual penetrasse intensamente no corpo fazendo-o estremecer.

Sempre que ele vinha, por vez, ministrava Johrei em umas cinco pessoas ao mesmo tempo. Ele dizia para ficarem em fila e ia ministrando, um aps outro. Na poca, a oferta de gratido pelo Johrei variava de trs mil a cinco mil ienes, uma fortuna. Para termos uma idia, na poca, por volta de 1948, um bom salrio era mais ou menos oitocentos ienes, um operrio comum recebia em torno de quinhentos ienes.

O Revmo. Shibui era um grande Reverendo. Acredito que nunca mais surgir uma pessoa como ele. Para mim, ele foi uma grande personalidade, fora do padro comum.

(Um Ministro)

A CURA EM POUCOS MINUTOS DE UMA PARALISIA INFANTIL.

Este fato ocorreu em XXX, provncia de Guifu, durante um curso de aprimoramento. O Revmo. Shibui ministrou Johrei no quadril de menina de mais ou menos trs ou quatro anos, que no andava por causa de uma paralisia infantil. Aps ministrar-lhe alguns minutos de Johrei, ele falou:

Pronto. Experimente andar.

O pai da criana colocou-a de p deixando-a apoiar em suas mos. Em seguida ela comeou a andar sozinha, pela primeira vez em sua vida.

Ento, com muita naturalidade o Reverendo comentou:

Este um caso de pseudo-paralisia. Por isso curou-se facilmente.

Todos os participantes se emocionaram profundamente. Se naquele momento houvesse algum completamente ignorante, poderia at pensar que se tratasse de representao ou algum compl. Porm, nada mais era que a pura verdade, um milagre. Pensei ento: "Eu tambm gostaria de possuir o mesmo poder de tratamento (Johrei) que ele!". Entre os participantes tambm, cresceu o desejo de conduzir o maior nmero de pessoas aos cursos de aprimoramento, incrementando a atividade de difuso.

(Um Dirigente de Igreja)

RECORDAES DO JOHREI DO REVMO. SHIBUI

Sou membro desde a poca do consultrio teraputico em XXX, Shinjuku. Casei-me no final de 1941, logo aps o incio da Segunda Guerra Mundial. Tanto eu quanto meu marido tnhamos a sade debilitada e mesmo completando dois anos de casamento, no ramos agraciados com filhos. Consultamos vrios mdicos e como o diagnstico foi unnime - seria muito difcil termos um filho - meu marido tambm ficou desapontado.

Estimulada por ele, comecei a freqentar o curso de uma professora de ikebana nas proximidades da minha casa. Alm, logicamente, das aulas de ikebana, ela se props a aplicar-me um tratamento. Ela disse:

Vou lhe aplicar um tratamento para que possa ter filhos.

E assim passou a ministrar-me Johrei todas as tardes. Com mais ou menos um ms de tratamento, comecei a ter diarrias. Ento, por indicao da professora procurei o "Consultrio de Terapia por Shiatsu e Purificao - Estilo Shibui", nas proximidades da estao Shinjuku.

Quando me sentei, pela primeira vez, diante do Revmo. Shibui para receber o tratamento, ele me disse:

Senhorita, voc to bonita, com olhos e nariz to bem definidos, mas, mesmo assim, parece muito triste. Sua sade debilitada, no ? No se preocupe, continue freqentando por algum tempo. Voc se fortalecer.

No se contendo, a professora de ikebana, que fora me acompanhando, explicou-lhe:

Reverendo, esta moa se chama Ishimaru e, j estando casada a mais de dois anos, ainda no tem filhos. Por isso, seguindo o conselho do Ministro Onishi, trouxe-a aqui.

Ao ouvir isto o Reverendo arregalou os olhos admirado,

O que?

Sua expresso facial naquele momento permanece muito clara em minha memria.

Alguns instantes mais tarde ele disse:

Que estranho! Pela minha experincia profissional assim que vejo uma mulher, logo identifico se solteira ou casada. Que coisa! Ento trata-se de uma jovem senhora! Mas, enfim, venha todos os dias.

Sua calma me tranqilizou muito. Resolvi ento, freqentar por algum tempo. Durante um ms, aps mandar meu marido para o trabalho dirigia-me para o consultrio de terapia, em Shinjuku.

Passado pouco mais de um ms, notei que estava saindo pus da junta do meu dedo do p direito. Por mais que limpasse, no parava, continuava eliminando. Comuniquei o fato ao Revmo. Shibui. Assentindo comentou:

Ah! Ento era realmente isso. Quando criana, os mdicos no disseram que a sua sade frgil era de nascena ou, que era portadora de uma espcie de tuberculose infantil? No entanto, falando pela minha experincia, acredito que se trata de uma leve crie espinhal. Mas realmente s um grande mdico descobriria isso. Bem, como voc est eliminando pus, acredito que a soluo ser rpida. Isso muito bom. No mais, no precisa se preocupar com nada. Inclusive pode tomar banho tambm.

Infelizmente no me lembro exatamente, mas, se no me engano eliminei pus pelo dedo durante dois ou trs meses.

Mais algum tempo se passou e, para meu espanto, recebi o diagnstico: "Terceiro ms de gravidez". Fui ento a uma clnica de ginecologia e obstetrcia da redondeza fazer os exames para receber o manual para gestantes. O mdico disse:

Seu corpo muito frgil e no podemos garantir que o parto ser sem riscos.

E ordenou que eu mantivesse repouso constante. Voltei para casa e logo dei incio ao repouso, evitando qualquer afazer. Dois ou trs dias depois, minha professora de ikebana veio visitar-me e disse:

O Revmo. Shibui ficou preocupado, por voc no estar vindo nesses ltimos dias, e pediu para que eu viesse ver o que aconteceu.

Ento, mais uma vez minha professora acompanhou-me at o consultrio de terapia em Shinjuku. Chegando l o Revmo. Shibui com firmeza falou:

Parece que o mdico lhe disse que o parto seria difcil, no ? No tem problemas, com meu tratamento faremos nascer sem nenhum problema. Fique tranqila e venha todos os dias.

Nesta mesma noite consultei o meu marido, chegando seguinte concluso: "J que o mdico disse que no ser possvel, vamos ento confiar no Mestre de Shinjuku". Assim, passei a freqentar Shinjuku.

Nesse meio tempo a guerra foi gradativamente agravando e ficou decidido que temporariamente eu ficaria na terra natal do meu marido, provncia de Yamaguti. Ao comunicar o fato ao Revmo. Shibui ele disse:

Tem razo. Porm, antes de partir, faa o 'curso' que oferecemos e receba o talism.

Ento, procurei o Ministro Onishi prximo minha casa, no Distrito de Setagaya, e recebi a seguinte orientao:

Converse com os seus pais o mais rpido possvel. Com certeza tudo se resolver da melhor forma.

Imediatamente enviei uma carta aos meus pais. Na carta-resposta minha me escreveu: " melhor fazer exatamente como o Mestre de Shinjuku orientar" e, dentro do envelope colocou tambm a quantia de trezentos ienes. Logo comuniquei ao Revmo. Shibui:

Meus pais enviaram-me trezentos ienes.

Ento ele disse:

Que bom! Com cem ienes, faa o curso e com os duzentos restantes, venha receber o tratamento todos os dias. Nesse meio tempo a guerra tambm se apaziguar e ns iremos at Yamaguti. Por isso, no se preocupe, fique calma e no deixe de vir.

Dessa forma, mesmo o Reverendo sendo uma pessoa muito atarefada por causa dos tratamentos, ele sempre foi muito atencioso comigo. Recebi as aulas durante uma semana e ingressei na f em maro de 1944. O talism que recebi era grande, quadrado, envolto em seda branca e veio dentro de uma linda caixa de madeira paulvnia. Neste dia o Revmo. Shibui contente repetia:

Que bom! Que bom!

E falou-me com um sorriso de pai misericordioso:

Como de nascena voc tem a sade debilitada, ser difcil encaminhar ou aplicar o tratamento a um grande nmero de pessoas, no ? Mas no se preocupe, procure faz-lo aos parentes e amigos mais prximos. No entanto, existe um belo e importante servir, outorgado somente a voc, ligado ao campo da arte e da literatura. Em breve voc receber esta misso e, atravs de seu cumprimento, sua salvao tambm.

Hoje, olhando para o passado, compreendo que, como discpulo direto de Meishu-Sama, o Revmo. Shibui era tambm, um possuidor de grande percepo espiritual, e naquele momento previra a direo que tomaria a minha vida.

Fui para a provncia de Yamaguti e l, procurei uma clnica de ginecologia e obstetrcia para fazer novos exames. Recebi, no oitavo ms de gestao ento, o seguinte diagnstico: "Apesar de estar um pouco abaixo do peso, a senhora uma gestante saudvel e normal". Finalmente, de um parto muito tranqilo, nasceu minha primeira filha. Um beb robusto, pesando cerca de 3.700 kg. Saudvel, ao ponto de duvidarem se realmente tinha nascido de mim, uma pessoa to franzina. Fomos at condecorados com o ttulo de "beb de excelente sade", na reunio para exame de sade em bebs e infantis. Os mdicos admirados diziam:

Desculpe-nos a indelicadeza, mas, considerando ser seu, este beb muito saudvel, ao ponto de causar estranheza! Ele realmente da senhora?!

Neste momento ento, veio minha mente a expresso profundamente misericordiosa do Revmo. Shibui, e o sentimento de gratido tomou conta de mim.

(Uma membro)

O JOHREI COLETIVO

Logo aps o trmino da guerra, havia uma unidade da Igreja no bairro de Kawara, distrito de Shimokyo, em Kyoto. Era este local onde o Revmo. Shibui sempre se hospedava quando visitava Kyoto. Aqui, ele orientou tambm um grande nmero de Ministros. A ocasio de suas visitas era sempre marcada por dias atarefadssimo. Eu tambm recebi aqui o Johrei coletivo do Revmo. Shibui e a lembrana daquele momento est muito viva em minha memria. E isto se deve fora maravilhosa do seu Johrei.

O Revmo. Shibui ministrava Johrei coletivo da seguinte forma: Primeiro formava cinco ou seis filas, na horizontal, com cerca de dez pessoas, em cada uma e ministrava Johrei. A seguir, o prprio Reverendo caminha por entre essas fileiras e ministrava Johrei em cada pessoa. Eu estava na ltima fila e ele ministrou-me Johrei nas costas. Nesse momento, senti como se um vento quente soprasse em minhas costas, o que me deixou muito impressionado. Pensei ento, "como o Johrei dele grandioso!".

(Um Ministro)

A MISTERIOSA FORA NO JOHREI

Na poca em que eu estava dedicando no anexo de Odawara, passei por uma grave purificao de estreitamento anal. Esta purificao foi to rigorosa que cheguei a pensar que morreria, e at comecei a me preparar para tal. Preocupado um dos funcionrios ligou para a residncia do Revmo. Shibui em Tquio. Apesar de estar muito ocupado, ele imediatamente deixou sua casa Hozan-so, no distrito de Setagaya e veio para Odawara. O Reverendo adentrou grande pressa o quarto onde eu estava repousando, e prontamente ps-se a ministrar-me Johrei na regio da virilha. A dor infernal que me assolava, como se num passe de mgica, de repente parou completamente e eu melhorei. Naquele momento, senti na pela a manifestao do mistrio "Deus vir Terra", e olhei para o Revmo Shibui como se estivesse olhando Deus, Meishu-Sama. Ainda hoje no esqueo a gratido por aquele olhar do Revmo. Shibui, de alegria e alvio por eu ter melhorado.

(Um Ministro)

RECEBENDO JOHREI COLETIVO

Puxa! Realmente voc tem muita sorte. Desta vez, receberemos o Reverendo que o orientador daquele outro, e os Ministros da regio Chubu recebero Johrei especialmente dele. Como esta uma oportunidade nica, inscreverei voc tambm. Quanto oferta de gratido pelo Johrei, que tal fazer mais ou menos tanto? Ento vou deix-lo inscrito.

E ainda, complementou o seu discurso indutivo ressaltando as qualidades e, principalmente, o Johrei maravilhoso daquele Reverendo.

Exemplificou-o ento com a perfurao de um tnel, explicando que, o Johrei que ministrvamos e recebamos no dia-a-dia poderia ser comparado fora de uma picareta, e que o Johrei desse Reverendo era como perfurar com broca. Por isso, se receb-lo ao menos uma vez, a atuao da "picareta" se tornar muito mais eficaz. Ao ouvir essa explicao vaga e nebulosa, passou rapidamente pela cabea: "Mesmo assim, um tanto caro!".

Logo pela manh do to esperado dia, pessoas j formavam fila em frente ao hall de entrada, esperando o incio da recepo. A entrar nessa fila soube de uma coisa que me deixou alterado. Alm da gratido pelo Johrei, era preciso oferecer donativo tambm, e eu no estava preparado. Limpei minha carteira e a quantia foi exata. Puxa! suei frio.

No segundo andar, o salo formado por duas salas de aproximadamente 18m cada, estava lotado, e para mim que era um novato, os presentes pareceram-me todos pessoas respeitveis. Ao ver, principalmente, aqueles jovens que tinham mais ou menos a minha idade, alegres, se movimentando de um lado para outro com muita naturalidade e desenvoltura, pensei: "Todos eles so meus antecessores" e senti-me diminuindo, com o corao acelerado. Mesmo assim, com muita astcia, consegui um lugar na primeira fila. E, principalmente enfileirados, esperamos por um bom tempo. O chefe de cerimnia comunicou:

Por gentileza, aguardem por um momento.

Mais tarde repetiu:

Mais um pouco, por favor.

E assim, ouvimos estes anncios repetidas vezes. Quando estvamos todos j cansados de esperar, o Reverendo orientador do superior do meu Ministro chegou. Dono de uma constituio fsica grande, ele vestia um palet xadrez muito vistoso que, junto sua expresso serena e alegre, seus olhos pequenos, porm de intenso brilho, fez de sua entrada no salo algo realmente marcante, principalmente por ter transformado completamente a atmosfera do recinto, radiando alegria. O chefe de cerimnia fez uma explanao sobre o objetivo daquele evento e completando, relatou brevemente que haviam sido preparados a gratido pelo Johrei e donativo, tambm. Ento, o Reverendo gargalhou desprendidamente e disse:

Que coisa tima, em dobro? Por mim no tem problema, pode ser at o triplo tambm, viu.

E todos os presentes acompanharam-no nas gargalhadas. Entretanto, meu esprito no se encontrava em tal estado.

O Reverendo limpou as mos na toalhinha mida que havia sido preparada e iniciou o Johrei coletivo. Era a primeira vez que o via ministrar Johrei. Ele movimentava o brao amplamente, em um mesmo ritmo, dobrando o cotovelo como se fosse lanar uma bola. Parecendo ajustar-se a esse ritmo, uma jovem, posicionada um pouco para trs e de travs, balanava uma grande ventarola na direo do Reverendo, de um lado para o outro, suavemente. Ao ficar de soslaio aquela cena curiosa, imediatamente dirigi meu olhar para baixo. Naquela poca recebamos o Johrei coletivo de p, primeiro na frente e, conforme recebamos o sinal, no lado esquerdo, nas costas e no lado direito do corpo. Ento, eu, que estava na primeira fila, inconscientemente, comecei a contar, pelo nmero de ps, o nmero de pessoas que estavam na mesma fila. E claro, como no era possvel contar at a extremidade da fila, fiz um clculo aproximado. Virando-me para trs, foi ainda mais difcil para contar e s pude apelar para a imaginao. Ento, multiplicando o total de pessoas por filas e colunas, pude chegar a um nmero aproximado do total de participantes presentes naquele salo. Calculei ento, quanto cada um oferecera em donativo e gratido e, consequentemente, o quanto aquele encontro estava arrecadando em dinheiro. Quer dizer, a nica coisa que passava em minha cabea era calcular o quanto custava o Johrei ministrado por esse Reverendo. Foi quando, ainda antes de concluir meus clculos, senti como se, de repente, uma rajada de vento pressionasse minhas costas. Eu no sei se nesse momento o Reverendo ministrava Johrei em minha direo ou no. S sei que perdi a fora dos braos e das pernas, acabando por dar meio passo frente. Imediatamente procurei refazer-me, mas, mesmo procurando manter uma postura de cautela, meu corpo continuava a balanar no ritmo em que o Reverendo movia seu brao durante o Johrei. Eu estava a mais ou menos dois metros do Reverendo. No era possvel que o vento que a jovem fazia com a ventarola chegasse at mim, pois ele estava direcionado para o Reverendo. Comecei ento a suar frio. A suar muito e parecia tambm que eu tinha perdido o flego. Eu no sei se existe a expresso "presso do vento" mas, a verdade que ela continuou por algum tempo e depois desapareceu. No posso afirmar ao certo qual a intensidade da fora manifestada pelo Johrei "mquina broca" do Reverendo. Mas sei que, no mnimo, jamais esquecerei o poder que baniu completamente do meu pensamento aquelas idias como: "Puxa! como caro!", "quanto custa um Johrei?", e ensinou-me que uma tolice ter a pretenso de conjeturar sobre a "as foras do mundo invisvel", sem nunca antes t-las vivenciado, por causa da minha imaturidade e escassez de experincias.

(Um Ministro)

A VISO DO REVMO. SHIBUI SOBRE A NOCIVIDADE DOS MEDICAMENTOS

O Revmo. Shibui dizia:

A medicina usa vacinas para prevenir a varola, porm, se no as usasse, acabaria-se com a tuberculose. Os remdios so quem criam as doenas. Eles as fabricam e os hospitais se tornaram sua grande instituio. Quanto maior for o progresso da medicina, maior ser o nmero de pessoas doentes.

(Um Responsvel de Igreja)

A NOCIVIDADE DOS MEDICAMENTOS E O JOHREI

Recebi a permisso de ingressar-me na f em 1945, aos 16 anos. A frase do Revmo. Shibui: "No abdmen da sua me existe uma grande fortuna" foi a razo inicial que me levou ao caminho da dedicao integral.

Em meio grande confuso do ps-guerra, sa de Osaka para fazer compras em Nagoia, passando pela casa de uma tia. Fiquei intensamente surpreso ao observar a atmosfera radiante que tomava sua casa. Almejando uma atmosfera assim para o meu lar e a cura da asma da minha me, ingressei-me na F. A partir de ento, ministrar Johrei tornou-se mais interessante que a escola e, em meio ano, consegui formar mais de dez candidatos a membro. Ento, tivemos a grande felicidade de receber em Hara - cidade de Suita - o Revmo. Shibui que veio de Kyoto para realizar a cerimnia de outorga.

Aps o trmino da cerimnia, ele ofereceu Johrei minha me, o que me deixou muito surpreso, pois tratava-se de um Reverendo muito importante. Ele encostou sua mo no abdmen da minha me e disse:

Sua me tem uma fortuna aqui dentro, heim.

Assustei-me com tal comentrio. Ento, toquei seu abdmen e percebi que era duro como uma pedra. Posteriormente, ministrei Johrei a vrias pessoas, mas nunca vi nada igual.

Minha me sofria com a asma desde a juventude e, ao invs de "fortuna", o que ela havia ingerido foram vrios tipo de medicamentos alopticos, chineses. Fizera aplicao de injees, enfim, experimentou tudo o que ouviu dizer que era bom. Dentre esses, houve um remdio chins, produzido de uma cobra venenosa da Regio de Kansai, que ela tomou durante trs anos. O que significava que, "essas coisas que estavam acumuladas em seu abdmen".

Durante o recebimento do Johrei, deu-se incio a ao purificadora. Vmito e diarria. Eram coisas que ela havia ingerido cinco ou seis anos antes de entrar para o Caminho. Pelo cheiro e pela cor do vmito, estava claro que se tratava do tal remdio base de cobra. Nesse momento, ficou bem claro para mim que os remdios ingeridos, infalivelmente, permanecem no corpo e que, algum dia, devero ser eliminados. Em meio a isso, o Revmo. Shibui me orientou:

Se voc ajudar outras pessoas, sua me ser curada.

Ou seja, se no ajudar as pessoas, no possvel receber a proteo divina. Ao compreender isso um pouco melhor, nasceu em mim a vontade de fazer difuso pioneira. Comecei, ento, pelo distrito de Akubi e, posteriormente, provncia de Hiroshima e Hyogo.

Alguns anos mais tarde, minha me comeou a eliminar uma grande quantidade de catarro da asma, de manh noite, sem parar. O quadro era crtico ao ponto de eu temer pela sua vida. Ela eliminou durante dez dias e, finalmente, as crises desapareceram por completo. Isto aconteceu quando minha me tinha 41 ou 42 anos de idade e, at seu falecimento, aos 70 anos, nunca mais teve nenhuma crise asmtica.

No existe nada mais gratificante que a purificao. A purificao da minha me e a proteo divina que pude receber, graas ao que o Revmo. Shibui me ensinou em poucas palavras, , at hoje, uma grande fora para mim.

(Um Ministro)

O PENSAMENTO DO REVMO. SHIBUI EM RELAO AO JOHREI

Por volta de fevereiro de 1948, o Revmo. Shibui veio Kyushu fazer uma palestra. Eu me emocionei muito com o que ele disse naquela ocasio. Primeiro, ele escreveu a palavra Kanzeon Bossatsu e explicou:

Olhar o mundo escuro. A divindade de nvel mais elevado tomou a forma de Bossatsu para socorrer as pessoas. E esse poder isto aqui (o Johrei).

Ele falou cerca de quinze minutos apenas, mas tive a forte impresso de que se tratava deste mundo, do mundo do Dia.

(Um Ministro)

O QUE DEUS?

Certa vez, o Revmo. Shibui me disse:

Voc consegue ver Deus? No, no ? E o ar? Tambm no, no mesmo?

Ento, voltou-se para a janela e apontou para fora:

Voc consegue ver o movimento daquele pequenino galho? Ele se mexe porque o ar, que invisvel, est em movimento.

Suas palavras me tocaram profundamente!

Alm disso, ele me ensinou:

A Igreja Messinica Mundial o milagre do Johrei e nada mais. As pessoas no a compreendero se apelarem razo ou aos sermes.

(Um Membro)

JOHREI E APERTO DE MO

O Revmo. Shibui freqentemente apertava a mo das pessoas na hora do Johrei. Em certa ocasio eu disse ao Reverendo:

Minha irm tambm j recebeu Johrei. Antes de comear o Johrei, o senhor estava fumando e apertou a mo dela. Passados quatro ou cinco minutos, ela sentiu vir da mo do senhor um calor que tomou todo o seu corpo.

Ento ele disse:

Todas as pessoas que eu aperto a mo tornam-se felizes.

verdade. Minha irm preocupava-se com os problemas de um casamento tardio. No entanto, ela fez um timo casamento e est muito feliz. Alm dela, conheo muitas outras pessoas que tornaram-se muito felizes.

(Um Ministro)