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- VII Curso de Atualização de Condutas em Quadros Emergenciais começa em abril - (pág. 3) -Presidente da SMCRJ é eleito vice-presidente Leste-Sul da Associação Médica Brasileira (AMB) - (pág. 3) - Hans Dohmann, Secretário Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro fala sobre as UPAs, sobre o entrosamento dos governos municipal, estadual e federal e sobre outros desafios de sua gestão - (págs. 8 e 9) Informativo da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro Número 7 Edição Especial - 2008 / 2009 Nesta Edição: Suplemento Especial: Diretrizes da AMB - Hanseníase: Diagnóstico e Tratamento da Neuropatia Reportagem Especial Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publi- cou no dia 2 de março a RDC 08, que apresenta medidas mais rigorosas para contenção das infecções por mi- cobactérias em procedimentos cirúrgicos. Heder Murari Borba, Gerente Geral de Tecnologia em Serviço de Saúde da agência explica como os médicos podem ajudar nas questões das infecções hospitalares - (pág. 10) Relatório 2005 - 2008 Um triênio de superação Notícias da Sociedade: Entrevista:

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- VII Curso de Atualização de Condutas em Quadros Emergenciais começa em abril - (pág. 3)-Presidente da SMCRJ é eleito vice-presidente Leste-Sul da Associação Médica Brasileira (AMB) - (pág. 3)

- Hans Dohmann, Secretário Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro fala sobre as UPAs, sobre o entrosamento dos governos municipal, estadual e federal e sobre outros desafios de sua gestão - (págs. 8 e 9)

Informativo da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro Número 7 Edição Especial - 2008 / 2009

Nesta Edição:

Suplemento Especial: Diretrizes da AMB - Hanseníase: Diagnóstico e Tratamento da Neuropatia

Reportagem EspecialAgência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publi-cou no dia 2 de março a RDC 08, que apresenta medidas mais rigorosas para contenção das infecções por mi-cobactérias em procedimentos cirúrgicos. Heder Murari Borba, Gerente Geral de Tecnologia em Serviço de Saúde da agência explica como os médicos podem ajudar nas questões das infecções hospitalares - (pág. 10)

Relatório 2005 - 2008Um triênio de superação

Notícias da Sociedade:

Entrevista:

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Editorial

Presidente: Dr. Celso Ferreira Ramos Filho / 1ª Vice-Presidente: Dr. Ernesto Maier Rymer / 2º Vice-Presidente: Dr. Rui Haddad / 3º Vice-Presidente: Dr. Cleber Vargas / Secretária Geral: Dra. Marilia de Abreu Silva / 1º Secretário: Dr. Max Kopti Fakoury / 2º Secretário: Dr. Carlos Eduardo Bellizzi /Tesoureiro Geral: Dr. Lino Sieiro Netto / 1º Tesoureiro: Dr. Jose Cortines Linares / 2º Tesoureiro: Dr. Jorge Farha / Diretor de Cursos e Eventos Científicos: Dr. Octavio Fernandes da Silva Filho / Diretor de Sede: Dr. Alexandre Rouge Felipe / Diretor de Patrimônio: Dr. Samuel Cukierman / Diretor de Eventos Sociais: Dra. Loreta Burlamaqui / Diretor de Divulgação: Dra. Marisa da Silva Santos / Diretor de Previdência e Assistência: Dr. Edino Jurado da Silva / Diretor Cultural: Dr. Helio Magarinos Torres Filho / Dir. de Defesa Profissional: Dr. José Ramon Varela Blanco.

Conselheiros:Abdu Kexfe/ Adolpho Milech/ Aloisio Tibiriçá Miranda/ Ana Célia Rymer/ Ângelo Jorge dos Santos Silveira/ Antonio Claudio Goulart Duarte/ Antonio de Oliveira Albuquerque/ Armando Carvalho Amaral/ Arthur Octavio de Avila Kós/Azor José de Lima/ Bartholomeu Penteado Coelho/ Cantídio Drumond Neto/ Carlos Alberto

Diretoria

Publicação oficial da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro

Endereço: Avenida Mem de Sá, 197 - CEP: 20.230-150 / Tel.:(21) 2507-3353 / Fax.: (21) 2509-0333 / www.smcrj.org.br / e-mail: [email protected] / Coordenação Editorial: Celso Ferreira Ramos Filho, Marília de Abreu Silva e Marisa da Silva Santos (diretora de divulgação) / Jornalista Responsável : Cláudia Mendonça de Souza - MTB: 15154 / Diagramação: AW Publicidade / Fotografia: Marlene Fonseca, Nelson Duarte e arquivo / Revisora: Kátia Thomas / Estagiária: Maria Antônia M. Lopes / Tiragem: 7.000 exemplares / Publicação Trimestral / Distribuição Gratuita

Basilio de Oliveira/ Carlos José Monteiro de Brito/ Celio Abdalla/ Celso Corrêa de Barros/ Celso Ferreira Ramos/ Daniel Goldberg Tabak/ Dirce Bonfim de Lima/ Eduardo Augusto Bordallo/ Eduardo Eiras Moreira da Rocha/ Elizabeth de Souza Neves Fausto de Oliveira Campos/ Fernando Guerra Alvariz/ Flamarion Gomes Dutra/ Flavio San Juan/ Francisco Alberto Campana/ Francisco e Silva Salgado/ Isaac Israel Benchimol/ Isaac Majer Roitman/ Jacob Seldin/ José Francisco Ribeiro de Ornellas/ José Galvão Alves/ José Hermógenes Rocco Suassuna/ José Roberto Coelho da Rocha/ Juçara Árabe/ Lilian de Mello Lauria/ Luis Carlos Vieira Teixeira/ Luis Eduardo Vaz Miranda/ Luiz Cesar Povoa/ Luiz Felipe C. Branco B. de Mello/ Luiz Gallotti Povoa/ Luiz Leite Luna/ Luiz Roberto Tenório/ Marcelo Lemgruber/ Marcos Botelho da Fonseca Lima/ Marcos Esner Musafir/ Maria Ignez Castello Branco Moraes/ Maria Lucia Mascarenhas da Costa/ Mário Barreto Corrêa Lima/ Mário Jorge da Rosa Noronha/ Miguel Chalub/ Moisés Gamarski/ Nilmo Sabino de Oliveira/ Paulo Cesar Chagas Lessa/ Paulo Cesar Geraldes/ Rafael Leite Luna/ Ricardo Alcantara Granato/ Ricardo Lopes Pontes/ Roberto Horcades Figueira/ Salo Buksman/ Umberto Perrota/ Victor Augusto Louro Berbara/ Virmar Ribeiro Soares/ Walter Roriz de Carvalho/ Wilson Shcolnik/ Yvon Toledo Rodrigues

Notas

A Associação Médica Brasileira (AMB) vem a público condenar a mais nova ten-tativa do Governo Federal de facilitar a revalidação de diplomas de médicos do nosso país formados na Escola Latino-Americana de Medicina, em Cuba. A pri-meira tentativa de revalidação automáti-ca dos diplomas de brasileiros formados em Cuba foi sob a forma do Projeto de Decreto Legislativo 346/2007, banido no Legislativo após rejeição das Comissões de Educação e Cultura e de Seguridade Social e Família da Câmara Federal.

Surpreendentemente, e na contramão da Câmara Federal e das Entidades Mé-dicas, a revalidação especial para estes médicos renasceu no dia 19 de feverei-ro, sob forma da Portaria Interministe-rial nº 383 do Ministério da Saúde e da Educação, instituindo a Subcomissão de Revalidação de Diplomas expedidos por instituições de ensino estrangeiras. Inicialmente somente para medicina, a subcomissão desenvolverá um “projeto piloto”, exatamente com os alunos bra-sileiros formados em Cuba.

Não estamos aqui discutindo que os bol-sistas brasileiros da universidade cubana são selecionados por critérios ideológicos, ou seja, por indicações de partidos polí-ticos e movimentos sociais. Desejamos, isto sim, que o atual sistema de valida-ção do diploma de brasileiros formados em medicina em instituições estrangeiras comprove, por meio de avaliação de equi-valência curricular e mediante exame de conhecimento, se os candidatos têm competência ou não para cuidar da saúde da população brasileira.

Em vista desta portaria seletiva, que visa beneficiar 227 estudantes de Cuba, a AMB manifesta apoio irrestrito ao Proje-to de Decreto Legislativo nº 1380/2009, protocolado na mesa da Câmara no dia 10 de março, pelos deputados Rafael Guerra (PSDB-MG) e Lelo Coimbra (PMDB-ES), cujo objetivo é sustar a portaria inter-ministerial. Iremos nos empenhar junto à Câmara Federal contra manobras que nos escandalizam e podem vir a ter con-sequências irreversíveis no tratamento médico da população brasileira. Dr. José Luiz Gomes do AmaralPresidente do Conselho Deliberativo da AMB

Ao concluirmos a gestão 2005-2008 da So-ciedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, ressaltamos a satisfação que todos nós, membros da Diretoria, sentimos en-quanto voluntários dessa instituição cente-nária e pelos êxitos alcançados.

Como meta de nossa administração, opta-mos pela dedicação às ações que aproximas-

Nota aos brasileiros sem os sócios antigos, captassem sócios no-vos e nos auxiliassem na busca por parceiros estratégicos para a consecução de nossos objetivos.

Esse boletim é Especial porque traz o resul-tado de nossa gestão, na forma de um pe-queno Relatório de Atividades. Foi a maneira que encontramos, com os recursos de que dispomos, de prestar contas aos nossos as-sociados, parceiros e amigos.

Queremos agradecer a todos os nossos pa-trocinadores, co-patrocinadores, apoiadores aqui registrados e fazer um agradecimento especial à Unimed-Rio, parceira inseparável e filha desta casa.

Muito obrigado a todos.

Dr. Celso Ferreira Ramos FilhoPresidente da SMCRJTriênio 2005-2008

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Notícias da Sociedade

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Bacalhau da Maria

VII Curso de Atualização de Condutas em Quadros Emergenciais

Presidente da SMCRJ assume vice-presidência Leste-Sul da AMB

Estão abertas as inscrições para o VII Curso de Atualização de Condutas em Quadros Emergenciais, organizado pela SMCRJ. Desde a sua primeira edição, o curso tem recebido amplo reconhecimento dos pro-fissionais da área médica, acadêmicos de medicina e entidades de classe por seu padrão de qualidade, o que faz com que, ano após ano, a procura aumente. No ano passado, as inscrições foram encerradas semanas antes do início das aulas.

O objetivo do curso – que tem coordena-ção científica do Dr. Octavio Fernandes, Dr. Ernesto Rymer e Dr. Max Fakoury – é contribuir para a atualização profissional dos médicos e estudantes de medicina. O corpo docente é altamente capacitado e o programa cuidadosamente elaborado.

Dividido em dois grandes blocos – Emergên-cias Clínicas, que começa em abril e vai até junho, e Emergências Cirúrgicas, ministrado nos meses de agosto e setembro -, o curso acontece sempre aos sábados.

Cerca de mil pessoas compareceram à ce-rimônia de posse das novas diretorias da Associação Médica Brasileira (AMB) e Asso-ciação Paulista de Medicina (APM), no dia 24 de outubro, no salão de festas do Esporte Clube Sírio e Libanês, em São Paulo. Entre os presentes, estavam vereadores e deputa-dos, presidentes de Associações Estaduais, Conselhos Regionais, Sociedades de Espe-cialidade, além de representantes de órgãos governamentais e autoridades da área mé-dica e de saúde.

José Luiz Gomes do Amaral foi reeleito como presidente da AMB, Jorge Carlos Ma-chado Curi como presidente da APM e, para ocupar a função de vice-presidente Leste-Sul foi escolhido o presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, professor Celso Ferreira Ramos Filho.

O mandato da nova diretoria vai até 2011.

Setenta pessoas participaram da con-fraternização de fim de ano da Socie-dade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, o tradicional Bacalhau da Maria. A comemoração, promovida no dia 18 de dezembro, que lotou o Sa-lão, contou com a presença de repre-sentantes do CREMERJ, da SOMERJ, da Unicred, da Unimed-Rio, da empresa de medicina diagnóstica Diagnósticos da América, entre outros.

O Curso de Atualização foi aprovado pela Comissão Nacional de Acreditação AMB/CFM e conta com o patrocínio do SINDHERJ e da AHCRJ e com o apoio da Unimed-Rio.

Sócios da SMCRJ não pagam e residentes e acadêmicos têm descontos especiais.

Para conhecer mais detalhes do Programa do VII Curso de Atualização de Condutas em Quadros Emergenciais, acesse www.smcrj.org.br ou ligue para (21) 2507-3353.

A Unimed-Rio – representada por seu presidente, Celso Barros e por seu diretor de mercado e ex-presidente da SMCRJ, Eduardo Augusto Bordallo – patrocinou o evento, que contou ainda com o apoio da Diagnósticos da América e dos labora-tórios Lâmina e Bronstein, representados pelo diretor do DA, Dr. Octavio Fernandes.

A ausência mais lamentada foi a de Maria Brandão – idealizadora do evento –, que faleceu em 2008.

Emergências Clínicas

18 e 25 de abril e 9 de maio – Cardiologia e Pneumologia16 de maio – Hematologia e Acidentes23 de maio – Acidentes06 de junho – Nefrologia e Infectologia

Emergências Cirúrgicas

15 de agosto – Trauma22 de agosto – Trauma, Cardiologia e Pneumologia29 de agosto – Abdome agudo12 de setembro – Gastroenterologia e Oncologia Urologia e Acidentes19 de setembro – Ginecologia e Infectologia

PROGRAMAÇÃO:

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SMCRJ festeja Dia do Médico, resgata os 200 anos do ensino médico no país

e dá posse à nova Diretoria

Para comemorar o Dia do Médico, festejado em 18 de outubro, a diretoria da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro (SMCRJ) decidiu, em 2008, marcar a data com um evento mais abrangente, destacando o Bicentenário do Ensino Médico no Brasil. No dia 18 de outubro, na sede da entidade, com a presença de cerca de 200 convidados, foi realizada a cerimônia de homenagem ao Médico do Ano e aos reitores Aloísio Teixeira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Naomar Monteiro de Almeida Filho, da Universidade Federal da Bahia, faculdades primazes do país, bem como aos diretores das faculdades de Medicina de ambas as instituições, Antonio José Ledo, diretor da faculdade de Me-dicina da UFRJ e José Tavares Neto, diretor da faculdade de Medicina da Bahia – estes impossibilitados de comparecer por compromissos assumidos anteriormente.

Na abertura do evento, patrocinado por um time de peso: Unimed-RJ (patrocínio diamante), SINDHERJ e Fundação Universitária José Bonifácio (ouro), Hospital Samaritano (prata), Laboratórios Abbott, Diagnósticos da América, FunRio, Helion Povoa, Hospital Pró-Cardíaco e Unicred (bronze), o presiden-te da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, Dr. Celso Ferreira Ramos Filho, agradeceu a presença de todos os convidados, destacando os 122 anos de existência da SMCRJ e os 90 anos do prédio em que funciona, no Centro do Rio de Janeiro.

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Reconhecimento à força feminina e a quem dedicou a vida à profissão

Pela primeira vez, a homenagem ao Dia do Médico foi concedida a uma mulher, Dra. Sylvia da Silveira Mello Vargas, vice-reitora da UFRJ, que se emocionou com o reconhecimento de seu trabalho em benefício da medici-na. Sylvia agradeceu a homenagem e recebeu uma placa da SMCRJ, sendo aplaudida pelos convidados.

A solenidade também reverenciou a memória de nomes ilustres da história da medicina no Brasil, como Dr. Braz Maiolino, fundador da rede de Labo-ratórios Maiolino, falecido no dia 2 de agosto de 2008. Também receberam homenagens póstumas pelos serviços prestados ao longo de suas vidas Dr. Georges Charles de Lemos Cordeiro, que foi vice-presidente da Unimed-Rio até o fim da década de 90 e professor da UFRJ; Dr. Pedro Noleto, que foi Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, professor de Doenças Infecciosas e Parasitárias da UERJ; Dr.José Galvão, que foi chefe de Serviço do Hospital de Ipanema e professor da UNIRIO.

Foram exibidas em um telão imagens dos homenageados e apresentado um pouco de sua trajetória de conquistas na medicina brasileira. Representan-tes receberam placas da SMCRJ em honra aos médicos homenageados e já falecidos.

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Uma lembrança especial foi dedicada à Maria da Encarnação de Brito Fernandes Brandão, a Mariazinha, como era cari-nhosamente conhecida na SMCRJ, onde trabalhou ao longo de 30 anos. Maria faleceu repentinamente em 2008, deixando saudades em todos os que tiveram a oportunidade de conviver com ela.

Bicentenário do Ensino Médico no Brasil é lembrado

A solenidade do dia 18 de outubro de 2008 realizada na Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janei-ro lembrou também o Bicentenário do Ensino Médico no Brasil. O pre-sidente da SMCRJ, Dr. Celso Ramos, traçou um panorama do ensino da medicina no país. “Essa festividade tem não só o propósito de reconhe-cer o trabalho do médico no país, como também estimular um mo-mento de reflexão sobre os desafios e a complexidade da profissão nos dias de hoje, a cada momento, sur-preendida com novas descobertas tecnológicas”, acrescentou o presi-dente da SMCRJ.

Diante de um auditório lotado, o pre-sidente reeleito da SMCRJ, Celso Fer-reira Ramos Filho, também anunciou

a posse da nova diretoria da entidade para o período 2008-2011, entregando títulos de sócios honorários da entidade a Aloísio Teixeira, reitor da Univer-sidade Federal do Rio de Janeiro, Naomar Monteiro de Almeida Filho, reitor da Universidade Federal da Bahia, Antonio José Ledo, diretor da faculdade de Medicina da UFRJ e José Tavares Neto, diretor da faculdade de Medici-na da Bahia, unindo-se ao, até então, único Sócio Honorário da SMCRJ, o imortal Moacyr Scliar. Dr. Celso Ramos destacou as realizações da SMCRJ ao longo do ano, ressaltando a estabilidade financeira da instituição, as melhorias realizadas no prédio, que é patrimônio da Sociedade, e saudando os novos sócios.

Após a solenidade, a SMCRJ ofereceu um coquetel aos presentes. Entre os convidados, o Acadêmico professor Yvon Toledo Rodrigues; o presidente do CREMERJ, Luiz Fernando Moraes; Jorge Darze, presidente do Sindicato dos Médicos; Carlindo Machado, presidente da SOMERJ, entre outras autorida-des . O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, homenageado pela SMCRJ como Médico do Ano em 2007, não pôde comparecer por compromissos assumidos previamente, mas enviou um comunicado agradecendo o convite e parabenizando os médicos.

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GESTÃO 2005-2008

Após três anos de muito trabalho, temos a satisfação de apresentar aos nossos sócios e à sociedade em geral

um balanço resumido da performance dessa Diretoria durante o período 2005-2008.

A Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, que completou 123 anos em fevereiro de 2009, passou por bons e maus momentos ao longo de sua história e temos a certeza de que esse triênio faz parte de um dos bons momentos da instituição.

Desde que assumimos, desenvolvemos a Sociedade em estreita observância com os seus objetivos, dando-lhe sustentabilidade financeira. Mas foi a missão de congregar os médicos, lutar pela classe médica e pela quali-dade da Medicina, cuja prática constitui nossa força junto à comunidade médica, que confere a base de nossa valiosa tradição a ser preservada.

A qualidade dessa tradição ficou registrada por meio dos Cursos de Atualização de Condutas em Quadros Emergenciais realizados anualmente, do I Simpósio de História da Medicina e da Cirurgia do Rio de Janeiro, da Festa do Médico, do Seminário O Desafio do MRSA de Origem Comunitária e de encontros diversos. Tam-bém ficou evidente a preocupação com a recuperação e preservação do patrimônio histórico que faz parte da SMCRJ, apesar dos poucos recursos.

Todas essas ações foram divulgadas e farão parte da história da Sociedade. Ficaram registradas porque tivemos a oportunidade de retomar a publicação do Boletim Edição Médica em 2006 e reformular a homepage.

Os recursos para as melhorias patrimoniais, eventos, cursos e publicações são originados das anuidades dos associados e da inestimável parceria com inúmeras instituições e empresas, com destaque para a Unimed-Rio que, durante os três anos dessa gestão, apoiou a maioria de nossas iniciativas.

Ao fim desse Relatório, os senhores conhecerão o Balancete que evidencia a evolução no resultado alcançado por essa gestão. E, para que o resultado, seja sempre melhor, convocamos cada um de nossos sócios a se mobi-lizarem no sentido de buscarmos, juntos, um número cada vez maior de associados e parceiros.

A Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro conta com cada um de vocês.

Um abraço,Celso Ferreira Ramos FilhoPresidente

RELATÓRIO DE ATIVIDADES DA DIRETORIA 2005-2008

Mensagem do Presidente

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Uma grande instituição sobrevive ao tempo. E não são muitas as que conseguem, a exem-plo da SMCRJ, ultrapassar os 100 anos. A Diretoria 2005-2008 soube valorizar o pa-trimônio da instituição e promover, dentro da medida do possível, a sua recuperação e preservação. Assim que assumiu, uma limpeza geral foi a primeira providência. Sinteco, cortinas no salão principal e no anfiteatro, revestimento das colunas, recuperação da rede de telefonia interna e restauração de peças do acervo principal foram realizadas. O patro-cínio dos projetos estão permitindo à SMCRJ direcionar algum recurso para a realização de melhorias na Sede.

Gestão 2005-2008

Administração

Aumentar a agilidade no atendimento aos só-cios da SMCRJ foi outro desafio. As atividades internas foram revistas e a estrutura modifi-cada, com a contratação de novos profissionais mais adequados às novas necessidades. Hoje, o quadro interno de colaboradores da Sociedade conta com cinco profissionais – gerente, secre-tária, auxiliar de escritório, auxiliar de serviços gerais e copeira – e mais três consultores. A sa-ber: comunicação social, contábil e jurídico.

Apesar de a verdadeira riqueza das instituições es-

tar no material humano, o computador é o equi-pamento mais notável do nosso tempo. Sem ele todos os esforços empreendidos demandariam mais tempo e provavelmente não teriam a mesma eficácia. Sabendo disso, a Diretoria manteve foco na reestruturação e desenvolvimento da infor-mática, que mereceu novos investimentos como a instalação de Velox, sistema de roteador WiFi e a aquisição de notebook e PCs, além de filtros de linha. Atualmente, os funcionários trabalham interligados em rede, utilizando equipamentos e programas mais modernos e eficientes.

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Qualquer instituição com a proposta da Sociedade sabe que os mais importantes ins-trumentos de atuação com seus sócios e com a comunidade - além de testemunho de sua qualidade - são os fóruns que promove. É através de seminários, simpósios e cursos que a Sociedade leva o seu público-alvo a discutir, ensinar, aprender e refletir sobre a Medicina em sua forma mais ampla. E torna menos árida e mais confiante a caminhada dos futu-ros médicos de nosso estado. Na gestão 2005-2008, a Sociedade de Medicina e Cirurgia volta a se consolidar como espaço para fórum de debates sobre temas importantes para o desenvolvimento da medicina no Rio de Janeiro.

Gestão 2005-2008

Cursos, eventos científicos, outros eventos

Atualização de Condutas em Qua-dros Emergenciais

Nos três anos de gestão, foram três os cursos de Atualização de Condutas em Quadros Emergen-ciais realizados. Contando com profissionais al-tamente capacitados, o curso atraiu um número crescente de participantes – cerca de 400 no total –, chegando a formar lista de espera. Instituições de renome como a Fiocruz enviaram participantes. A Unimed-Rio foi patrocinadora e seus médicos co-operados puderam usufruir gratuitamente do cur-so. Todas as inscrições pagas foram revertidas em favor da Sociedade.

I Simpósio de História da Medicina e da Cirurgia do Rio de Janeiro

O evento científico que deu o pontapé inicial da gestão 2005-2008 foi o I Simpósio de História da Medicina e da Cirurgia do Rio de Janeiro, pensado com o objeti-vo de celebrar os 120 anos da Sociedade. Pelo porte e conteúdo, o evento atraiu 16 parceiros, entre patroci-nadores, apoiadores, co-patrocinadores e promotores. Durante dois dias inteiros, a SMCRJ reuniu, em sua sede, ilustres personalidades para refletir sobre os ca-minhos da Medicina. Foram apresentados 26 trabalhos (temas livres) e quatro mesas-redondas, abordando temas como o Associativismo Médico sob o Regi-

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me Autoritário e o Ensino e Desenvolvimento da Cirurgia. Durante o evento, foi homenageado o Acadêmico professor Aloysio de Salles Fonseca e apresentado um filme, feito em parceria com a Fiocruz. Aloysio foi presidente da SMCRJ, médi-co de oito presidentes da república, presidente do INAMPS, recusou-se duas vezes a chefiar o Mi-nistério da Saúde. Sua história se confunde com a história da Medicina no Brasil. O Dr. Aloysio nos deixou em 2007. Já a Conferência de encer-ramento foi ministrada por Moacyr Scliar, mé-dico sanitarista, escritor reconhecido e membro da Academia Brasileira de Letras, ele recebeu, na oportunidade, o título de Sócio Honorário da SMCRJ. O I Simpósio foi promovido pela SMCRJ, em parceria com a Fiocruz, Casa de Oswaldo Cruz, Sociedade Brasileira de História da Medi-cina, Faculdade Nacional de Medicina e UFRJ e contou com o apoio do CREMERJ; patrocínio da Unimed-Rio e Co-patrocínio do Abbott, Boehrin-ger Ingelheim, Hospital Copa D’Or, DST-AIDS, Livraria Leonardo da Vinci, Merck Sharp & Do-hme, Hospital Samaritano e Unicred-Rio.

O Desafio do MRSA de Origem Co-munitária

Com o objetivo de discutir o aparecimento de infecções comunitárias causadas pelo MRSA, a Sociedade organizou – sob a coordenação do Dr. Celso Ramos Filho e Dra. Simone Nouér – o even-to O Desafio do MRSA de Origem Comunitária.

Mais de 170 participantes, entre médicos, bió-logos, microbiologistas e enfermeiros, partici-param do Seminário, inicialmente previsto para 50 pessoas. O Estafilococos e sua importância na patologia humana, Terapia Antimicrobiana,

Diagnóstico e Caracterização Laboratorial e Epi-demiologia e Controle foram as palestras minis-tradas, respectivamente, pelos médicos Celso Filho, Simone Nouér, Cláudio Pereira e Marisa Santos. O Seminário contou com a promoção do CREMERJ; patrocínio do Laboratório Helion Pó-voa e do Diagnósticos da América; Co-promoção da SOTIERJ, AECIHERJ, SIERJ, SBPC/Medici-na Laboratorial, SOMERJ, Sociedade Brasileira de Medicina Tropical – Regional Rio – e apoio da AHCRJ, SINDHERJ, SINDHRio, e SENAC Rio.

Surto de Infecções Cirúrgicas Cau-sadas por Micobactéria de Cresci-mento Rápido

Uma Reunião Extraordinária do Conselho Supe-rior foi o espaço para um debate sobre o surto de infecções então noticiado nos principais veículos de comunicação. Surto de Infecções Cirúrgicas Causadas por Micobactéria de Crescimento Rá-pido foi o evento que reuniu os médicos do Con-selho de Administração da SMCRJ para atuali-zá-los sobre as últimas informações a respeito do assunto.

Dia do Médico

A Solenidade em comemoração ao Dia do Médi-co é com certeza o evento mais relevante no ca-lendário da SMCRJ e traduz a importância que a instituição confere aos médicos e à Medicina. Anualmente é escolhido um tema para o evento. Em 2006, foram os 200 anos da SMCRJ; em 2007, o tema Evolução mostrava fatos que situavam a Medicina e suas descobertas desde a fundação da Sociedade até aquele ano. Já em 2008, como

Gestão 2005-2008

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Projeto DiretrizesAssociação Médica Brasileira e Conselho Federal de MedicinaHanseníase: Diagnóstico e Tratamento da NeuropatiaAutoria: Sociedade Brasileira de Hansenologia, Academia Brasileira de Neurologia e Sociedade Brasileira de Neurofisiologia ClínicaElaboração Final: 4 de julho de 2003Participantes: Garbino JA, Nery JA, Virmond M, Stump PRN, Baccarelli R, Marques Jr W

DESCRIÇÃO DO MÉTODO DE COLETA DE EVIDÊNCIA:Esta publicação buscou incorporar as me-lhores bases de dados disponíveis à época de sua execução. No entanto, estes dados devem ser interpretados cuidadosamente; os resultados de estudos futuros podem levar às alterações nas conclusões ou reco-mendações sugeridas por este documento. Foram utilizados principalmente das bases de dados MEDLINE (U.S. National Library of Medicine) e LILACS (Literatura Latino-Ame-ricana e do Caribe em Ciências da Saúde), manuais e documentos do Ministério da Saúde do Brasil e da Organização Mundial de Saúde, teses e livros de textos relaciona-dos ao assunto.

GRAU DE RECOMENDAÇÃO E FORÇA DE EVIDÊNCIA: A: Estudos experimentais e observacionais de melhor consistência.B: Estudos experimentais e observacionais de menor consistência.C: Relatos de casos (estudos não controlados).D: Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos fisiológicos ou modelos animais.

OBJETIVOS: 1. Estas diretrizes destinam-se à abordagem prática e atualizada dos estados reacionais da hanseníase.2. Estabelecer terapêutica adequada ao pa-ciente para minimizar os danos decorrentes das reações hansênicas e os efeitos colate-rais dos fármacos empregados para o con-trole da reação.

CONFLITO DE INTERESSE:Nenhum conflito de interesse declarado.

IntroduçãoOs avanços na terapêutica da hanseníase e a implementação de novas estratégias na condução dos programas de controle re-duziram drasticamente sua prevalência em

todo o mundo1(D). Entretanto, o comprome-timento da função neural continua a ser um problema que requer atenção cuidadosa, tanto com o objetivo de se evitar ou mini-mizar a sua progressão, como para prevenir suas sequelas, as deficiências sensitivas ou sensitivo-motoras e as incapacidades e de-formidades que podem resultar desse com-prometimento neural2(B)3(D).

O comprometimento do sistema nervoso periférico antes, durante e mesmo após o término do tratamento, ou seja, a alta da medicação específica (poliquimioterapia), é responsável pela maioria das deficiências e deformidades associadas à hanseníase4(C).

Na evolução da hanseníase, os nervos peri-féricos podem ser acometidos em número e gravidade variável, de acordo com a resposta imuno-celular inerente a cada paciente5(D).

Episódios reacionais podem levar a um agra-vamento do processo inflamatório do nervo e, consequentemente, da função neural.

Por esses e outros fatores, faz-se necessário padronizar uma definição mais clara sobre as características da neuropatia da doença de Hansen, dos métodos diagnósticos dispo-níveis e de uma conduta terapêutica acessí-vel e praticável.

DefiniçãoA neuropatia da hanseníase resulta, principal-mente, de um processo inflamatório dos nervos periféricos, cuja intensidade, extensão e dis-tribuição dependem da forma clínica, da fase evolutiva da doença e dos fenômenos de agu-dização durante os episódios reacionais, ou seja, a reação tipo 1 ou reação reversa (RR) e a reação tipo 2 ou o eritema nodoso hansênico (ENH), que é uma manifestação clínica da reação tipo 26,7(D), podendo acometer ramos cutâneos ou o tronco do nervo, de maneira isolada (mo-noneuropatia) ou múltipla (mononeuropatia múltipla). Estes episódios reacionais envolvendo

os nervos são clinicamente conhecidos como neurites. Entre os outros mecanismos de lesão do sistema nervoso periférico na hanseníase deve ser considerado ainda um outro fator agravante, de natureza extrínseca, qual seja, a compressão e o aprisionamento do nervo ede-maciado por estruturas anatômicas vizinhas.

QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICONa hanseníase, há o acometimento de fibras autonômicas, sensitivas e motoras. Entre as manifestações autonômicas, destaca-se a per-da da sudorese, resultando em pele ressecada. O acometimento das fibras cutâneas resulta na perda da sensibilidade à dor, ao frio, ao ca-lor e, mais tardiamente, também ao tato8(C). Quando há lesão do tronco dos nervos perifé-ricos, há acometimento sensitivo, autonômico e motor no território do(s) nervo(s) afetado(s), resultando em perda de todas as formas de sensibilidade (dor, frio, calor, tato, parestesia e posição segmentar) e de paresia, paralisia e atrofia muscular9(C)10 (B).

A neuropatia inflamatória (neurite) pode ser aguda ou crônica11(D)12(B). As neurites agu-das se apresentam de forma abrupta, com quadro objetivo de hipersensibilidade à pal-pação, dor intensa, espontânea ou desenca-deada pela palpação13(B). Com frequência, as estruturas neurais desenvolvem edema, re-sultando em espessamento dos nervos, com alterações da função sensitiva ou sensitivo-motora, que podem ser reversíveis se houver controle do edema6(D). Já as neurites crôni-cas se caracterizam por um início insidioso e lentamente progressivo, apresentando, inicialmente, apenas leves alterações sensi-tivas, progredindo com alterações sensitivo-motoras e com sintomatologia dolorosa va-riável. A neuropatia não-dolorosa, conhecida como “neurite silenciosa”, se caracteriza por alteração da função sensitiva ou sensitivo-motora na ausência de fenômenos álgicos. O acometimento nervoso aumenta com a evo-lução da doença, com a idade do paciente e é maior nas formas multibacilares14(C).

Este encarte é parte do Edição Médica nº 7

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A presença ou ausência de dor é outro aspecto notável da neuropatia da hanseníase. A dor da neuropatia (neuralgia) pode ocorrer durante o processo inflamatório, associado ou não à com-pressão neural, ou então decorrer de sequela da neurite (dor neuropática)15(D). A distinção entre as duas situações é importante, pois implica em tratamentos particularizados. A dor pode ainda ser espontânea ou ser desencadeada pela pal-pação ou percussão do nervo (sinal de Tinel). Sensações desagradáveis podem estar presentes na ausência do estímulo (parestesias) e, ocasio-nalmente, distúrbios na percepção das sensa-ções (disestesias) são também encontrados.

O exame físico destes pacientes deve incluir:a) a palpação dos troncos nervosos, parti-cularmente do nervo ulnar, no túnel epitró-cleoolecraniano; do mediano, na face ante-rior do punho, na entrada do túnel do carpo; do tibial posterior, no túnel do tarso e do fibular, no joelho, abaixo da cabeça da fíbula até a fossa poplítea16(B). Avalia-se a forma, a consistência, e o volume do espessamento do nervo17(D), e a mobilidade do nervo du-rante o movimento articular;b) o mapeamento sensitivo do tato cutâneo, utilizando- se o conjunto de monofilamentos de náilon de Semmes – Weinstein nos terri-tórios específicos dos troncos nervosos das mãos e pés, recomendado para o programa de controle da hanseníase18,19(D). Estudos de-monstraram que este instrumento é útil para detectar e quantificar a perda sensorial20-22-

(D), permitindo avaliar resultados em seis níveis funcionais: sensibilidade normal, sen-sibilidade diminuída, sensibilidade protetora diminuída, perda da sensibilidade protetora, sensação de pressão profunda e perda da sen-sação de pressão profunda18(D); c) o teste manual de força dos músculos dos membros superiores e inferiores mais fre-quentemente acometidos, recomendado pelo programa de controle da hanseníase18,19( D). Este método é utilizado para o diagnóstico de lesões nervosas periféricas23(D), embora sua confiabilidade esteja na dependência da ha-bilidade e conhecimento do examinador22(D). Recomenda-se adotar o critério de graduação da força muscular de zero a cinco18(D).

Os resultados dos exames devem ser analisa-dos em seu conjunto. No que se refere à ocor-rência de dor neural, perda da sensibilidade e da força muscular nas mãos e pés, os critérios para suspeitar de e/ou confirmar alterações da função neural são24(D):

1. NO DIAGNÓSTICO:• A presença de dor no trajeto do nervo e/ou história de alteração da sensibilidade e/ou da força muscular, num período menor ou igual a 12 meses, comprovados no momen-to da avaliação, deverão ser tratados como caso de neurite;

• Quando na avaliação o paciente não sentir o toque do monofilamento igual ou maior que dois gramas, em dois territórios específicos de um mesmo nervo.2. EM TRATAMENTO E APÓS ALTA:• A presença de dor aguda no trajeto do nervo e/ou diminuição ou perda da sensibili-dade e/ou força muscular em comparação à última avaliação;• É considerada alteração da sensibilidade, a al-teração em dois pontos do trajeto de um mesmo nervo em comparação à avaliação anterior.As formas das neuropatias da hanseníase devem ser caracterizadas segundo o tempo de evolu-ção, o tipo de reação e a sintomatologia álgica:

1. TEMPO DE EVOLUÇÃO:• Agudas e subagudas, com menos de três me-ses de evolução (neurites);• Crônicas, com mais de três meses de evolução.

2. TIPO DE REAÇÃO:• Tipo 1 ou reação reversa (RR);• Tipo 2 ou de eritema nodoso hansênico (ENH).

3. SINTOMATOLOGIA ÁLGICA:• Dor aguda ou crônica, incluindo aquela da sequela da neurite (dor neuropática);• Neuropatia silenciosa (“neurite silenciosa”).

Diagnosticada a hanseníase, a neuropatia está sempre presente. Independentemente da presença de queixas, todos os pacientes devem obrigatoriamente ser submetidos à avaliação e monitoramento da função neu-ral, durante o tratamento e mesmo após o término da poliquimioterapia4(C).

TRATAMENTO DAS NEURITES (NEURO-PATIAS AGUDAS E SUBAGUDAS)

TRATAMENTO CLÍNICOO tratamento procura controlar as al-terações imunoinflamatórias dos episó-dios reacionais e evitar as deficiências físicas decorrentes do dano neural. Os episódios reacionais podem apresentar suas manifestações cutâneas e sistêmi-cas acompanhadas de neurite. O quadro reacional também pode manifestar-se somente com alterações neurais, con-figurando um quadro de neurite(s) isolada(s)25,26(C)27(D).

A neurite silenciosa é um quadro sem sintomatologia dolorosa. Frequente-mente, o seu diagnóstico, pela própria característica de quadro sem dor, é su-bavaliado. Recomenda-se, portanto, o acompanhamento sequencial e repeti-tivo da sensibilidade e função motora em todos os pacientes com hanseníase, a fim de se detectar e tratar precocemente a neurite silenciosa, na tentativa de evi-tar as deficiências físicas27(D).

No tratamento das neurites, as drogas preconizadas são os corticosteróides e a prednisona é a mais usada, na dose de 1 a 2 mg/kg/dia, de acordo com a avaliação clínica da sintomatologia e da gravidade do quadro19,28(D)29(C). Esta dose deve ser mantida até a regressão dos sinais e sin-tomas, quando então pode ser reduzida em 5 mg a cada duas ou três semanas, até chegar a 20 mg. Essa dosagem pode ser mantida por alguns meses, enquanto ocorre a melhora gradual, com recupera-ção da função neural.

Um número importante de deficiências pode se instalar nos pacientes com qua-dro de ENH. Os profissionais de saúde de-vem avaliar o acometimento neural nes-tes casos. Todos os pacientes com reação tipo 2 devem ter seus nervos periféricos examinados e, se for o caso, prontamen-te tratados com corticosteróides. A tali-domida é indicada no controle do ENH com lesões de pele e articulares e pode ser usada no comprometimento neuroló-gico quando da diminuição das doses de corticosteróides19(D).

O diagnóstico e tratamento dos quadros de neurites devem ser precoces, pois es-tes constituem os principais fatores para a prevenção das deficiências e deformi-dades em hanseníase. Existe estudo mos-trando que neurites com menos de seis meses de evolução respondem melhor à corticoterapia10(B). Tem-se sugerido re-gimes de corticoterapia com doses mais altas em períodos mais curtos30(D). Habitu-almente, o uso do corticosteróides é feito por via oral. Pode-se, todavia, optar pelo uso intravenoso da metilprednisolona, na dose de 1g por dia, conhecida como pul-soterapia, usada em outras neuropatias inflamatórias, como as vasculíticas11(D). Aconselha-se que este procedimento seja realizado em centros especializados, com o paciente hospitalizado ou em sistema de hospital-dia e monitorado. Está indicado para pacientes com quadro neurológico de difícil controle e/ou com sintomas muito intensos31(D). Em casos nos quais os pacien-tes estão em uso crônico de corticosterói-des orais, sem melhora, adota-se aumento significativo da dose oral ou a pulsoterapia com metilprednisolona. Esta estaria asso-ciada à resposta mais rápida32(B). Pode-se usar a dose de 1g/dia de metilprednisolo-na, durante três dias consecutivos, com re-forços mensais de 1g/dia, em dia único. Em tais casos, visando à prevenção dos efeitos colaterais, relativos à parada abrupta do uso de altas doses de corticosteróides, po-de-se utilizar doses progressivamente mais baixas de prednisona, durante 9 a 12 dias (30 mg por via oral, durante três dias; após,

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15 mg por mais três dias; após, 5 mg por mais três dias; 2,5 mg por mais três dias e interrupção). Entre o 12º e o 30º dia pós-pulsoterapia, considera-se que essa conti-nua sendo efetiva33(C).Paciente com dor não controlada e/ou crônicaO tratamento da neuropatia deve contem-plar o tratamento da dor neuropática34,35(D), requerendo a identificação do seu me-canismo gerador para definí-lo15(D). As prescrições devem ser adaptadas às neces-sidades de cada caso e a administração re-alizada regularmente e não sob demanda. A preferência deve ser dada aos medica-mentos de fácil aquisição e prescritos em escala crescente de potência36(C)37(D).

Nas dores persistentes, em pacientes com quadro sensitivo e motor normal ou sem piora, o tratamento da dor é feito exclu-sivamente com antidepressivos tricícli-cos (amitriptilina38(B), nortriptilina, imi-pramina, clomipramina), neurolépticos (clorpromazina, levomepromazina), e ou anticonvulsivantes (carbamazepina39(C), gabapentina40,41(A), topiramato, oxicar-bamazepina) - (Quadros 1,2 e 3)15(D). Tais medicamentos são exclusivamente analgé-sicos de ação central, ou seja, não promo-vem a recuperação da função neural (sen-sibilidade e motricidade). Em qualquer dos casos mencionados é necessário monitorar a função neural, pois pode haver piora da sensibilidade e/ou da força muscular42(D). Em tal situação ou na ausência de melho-ra, o paciente deve ser encaminhado aos centros de referência para avaliação de in-dicação cirúrgica. Associado ao tratamen-to da neurite, deve-se orientar repouso da articulação próxima ao nervo comprome-

tido e iniciar a prevenção de complicações secundárias, por meio de intervenções fi-sioterápicas.

TRATAMENTO CIRÚRGICOO tratamento cirúrgico de neurites é um componente coadjuvante na abordagem deste problema. Sabe-se que um dos fa-tores importantes na produção da neuro-patia é a compressão intra e extraneural. Desta forma, a finalidade da cirurgia deve ser reduzir ou eliminar a compressão42(D). O edema e a compressão intraneural res-pondem bem ao tratamento com corti-

cóides, mas a presença de estruturas ana-tômicas constritivas próximas ao nervo sugere a necessidade de sua liberação para uma melhor solução do problema de neu-rite que o paciente apresenta. Esta é uma das principais razões para que a atenção cirúrgica seja levada em consideração na atenção global desse problema43(B).

As indicações para o tratamento cirúrgi-co podem ser:a) Abscesso de nervoQuando presente ou existindo forte sus-peita de sua presença, a drenagem cirúr-gica está indicada44(D);b) Paciente com neuropatia que não res-ponde ao tratamento clínico adequado para neurite dentro de quatro semanas. Nestes casos, é fundamental ter uma ava-liação funcional inicial e em intervalos regulares (sensitiva, motora e, se possível, eletrofisiológica) para subsidiar a decisão. Se o paciente já foi tratado com dose ade-quada de corticosteróide e com talas e, mesmo assim, a função nervosa não tiver sido recuperada ou piorar em quatro se-manas, a possibilidade de cirurgia deve ser fortemente considerada43(B)45,46(C); c) Paciente com neuropatia (neurites) su-bentrante. Estes são casos que respondem bem ao tratamento com corticosteróide mas, tão logo a dose seja reduzida ou to-talmente retirada, a fase aguda recrudes-ce. Após três episódios de agravamento, está indicada a cirurgia. Novamente, o monitoramento da função neural é fun-damental, mais do que o sintoma de dor. Deve-se lembrar que um nervo destruído raramente dói47(D); d) Neurite do nervo tibial posterior. Geral-mente, a neurite neste nervo é silenciosa

e não responde bem ao tratamento com corticosteróide. A indicação de neurólise neste nervo deve ser feita de acordo com os padrões já discutidos. No entanto, es-tudos têm demonstrado que frequente-mente esta cirurgia auxilia na prevenção da ocorrência de úlceras plantares, as-sim como no próprio tratamento dessas úlceras48,49(C). Por esta razão, sua indica-ção não segue critérios rígidos, podendo ser indicada como intervenção preventiva em casos que apresentem sinais e sinto-mas mínimos e iniciais de lesão do nervo até como intervenção terapêutica nos ca-

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não poderia deixar de ser, as comemorações gi-raram em torno dos 200 anos do Ensino Médico no Brasil.

Todos os anos a Sociedade presta homenagem ao Médico do Ano, eleito em reunião do Conselho de Administração. Nos três últimos anos, foram agraciados com o título Médico do Ano, o ex-pre-sidente da SCMRJ, Acadêmico Dr. Mário Barre-to Corrêa Lima, o Ministro da Saúde José Gomes Temporão e a vice-reitora da UFRJ, professora Sylvia da Silveira Mello Vargas. Também são fei-tas homenagens póstumas a importantes nomes da Medicina que, graças a seus trabalhos desen-volvidos com seriedade, competência e ética, aju-daram a abrir caminhos para o desenvolvimento da Medicina no Rio de Janeiro. Foram eles: Dr. Felipe Cardoso, Dr. Fioravanti Di Piero, Dr. Ira-poan Pimenta, Dr. Ivan Lemgruber, Dr. Jarbas Porto, Dr. Jorge de Resende, Dr. Rafael Przytyk, Dr. Waldemar Podkameni, Dr. Aarão Benchimol, Dr. Hildebrando Monteiro Marinho, Dr. Luiz Alfredo Corrêa da Costa, Dra. Clara Gurfinkel, Dr. Geraldo A. de Almada Horta, Dr. José Hei-tor Cony, Dr. Narciso Haddad Netto, Dr. Octavio Freitas Vaz, Dr. Roberto Domingos G.Chabo, Dr. Aloysio Salles de Fonseca, Dr. Arnaldo Bomfim, Dr. José Galvão, Dr. Pedro Noleto, Dr. Braz Maio-lino e Dr. Georges Charles.

O evento é sempre prestigiado por associados, autoridades, representantes de instituições mé-dicas e formadores de opinião. A comemoração reúne anualmente no auditório Antônio Austre-gésilo mais de 200 pessoas. Um evento de pres-tígio, sem qualquer ônus para a Sociedade. Nos três últimos anos, a Solenidade do Dia do Médico foi totalmente patrocinada por parceiros estraté-gicos: Unimed-Rio, Pfizer, Hospital Samaritano, Pionnier – Assistência Médica Domiciliar, Ab-bott, FunRio, Laboratórios Helion Póvoa (NKB), LIBBS, Hospital Pró Cardíaco, Laboris, Riocen-tro, Richet Laboratórios, Laboratórios Roche, Ni-kkho, SINDHERJ, Unicred, Clínica São Vicente, Laboratórios Sérgio Franco, Fundação Universi-tária José Bonifácio e Diagnósticos da América.

Bacalhau da Maria

Momento de confraternização e encontro de lide-ranças, o tradicional Bacalhau da Maria encerra um período de atividades para a SMCRJ e reúne cerca de 70 pessoas. Diretores e conselheiros da Sociedade, dirigentes de instituições e empre-sas médicas e formadores de opinião, reúnem-se para celebrar o ano que está para se encerrar. O bacalhau contou com o patrocínio da Unimed-Rio e Diagnósticos da América – Bronstein/Lâmina.

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Gestão 2005-2008

Para comunicar-se com seus públicos, a SMCRJ decidiu buscar um profissional que pu-desse auxiliar na alavancagem dos instrumentos adequados para a consecução dos obje-tivos da nova Diretoria. Em fevereiro de 2006, teve início um trabalho de comunicação, com a volta do boletim Edição Médica, com a assessoria de imprensa para os eventos pro-movidos pela instituição, a criação de textos diversos e apresentações, o acompanhamento gráfico do serviço de terceiros, a reformulação da homepage, além da comunicação com os sócios também por meio da distribuição de brindes, diplomas etc.

Política de Comunicação

Boletim Edição Médica

Com tiragem de seis mil exemplares e patrocínio da Unimed-Rio, volta à cena o boletim Edição Mé-dica. Trimestralmente, o boletim chega aos sócios, formadores de opinião e prospects, com informa-ções administrativas da SMCRJ, novidades das diversas instituições médicas, agenda, entrevista, além de um encarte com o Projeto Diretrizes da AMB para colecionador. O veículo – que estava pa-rado desde o ano 2000 – conta hoje com 12 páginas e desperta o interesse de patrocinadores.

Homepage

A homepage da SMCRJ foi totalmente reformula-da no primeiro semestre de 2007, com o objetivo de fortalecer a integração entre seus associados, divulgar as ações da Sociedade, promover conte-údo de interesse dos formadores de opinião e tam-bém captar novos sócios. Instituições diversas já divulgam suas agendas na página eletrônica da SMCRJ.

Uma segunda reformulação para 2009 já está sen-do planejada, com o objetivo de obter maior intera-tividade com o associado.

Diploma de Sócio

Em seu 120º aniversário, a SMCRJ presenteou cada um de seus sócios com um Diploma feito es-pecialmente para a ocasião. Foi um reconhecimen-to ao sócio e, ao mesmo tempo, uma valorização à importante Sociedade centenária.

Política de brindes

A partir de 2007, foi instituída na SMCRJ uma po-lítica de reconhecimento ao associado. O cartão de Natal, com isso, tornou-se o portador de um presen-te para os sócios. Em dezembro de 2007, um marca-dor de livros de metal com a logo da Sociedade foi enviado para o endereço de correspondência de cada um dos sócios. Já em 2008, uma caneta seguiu pelos Correios junto com a mensagem de Boas Festas.

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O Balancete abaixo mostra resultado do trabalho desenvolvido pela diretoria no período 2005-2008. O documento na íntegra está à disposição de todos na Sede.

Gestão 2005-2008

Balancete da SMCRJ - 2006/2007/2008

904.77 7.237.17 56.010.61 46.783.95 123.178.47

2004 2005 2006 2007 2008Balancete - SMCRJ

DESPESAS

Total de DespesasRESULTADO DO EXERCÍCIO

RECEITAS

31/12/2004 31/12/2005 31/12/2006 31/12/2007 31/12/2008

CONTA-CORRENTE 12.374,20 17.925,30 38.999,00 39.025,80 32.937,71

APLICAÇÃO 9.119,58 7.476,07 15.382,04 64.180,04 217.015,57

Recursos em 31/12 21.493,78 25.401,37 54.381,04 103.205,84 249.953,28

ANUIDADES 61.036,81 73.198,00 63.969,55 147.114,40 228.523,27

OUTRAS RECEITAS 122.248,99 131.481,13 298.400,61 257.106,68 210.972,37

Total das Receitas 183.285,80 204.863,39 362.370,16 404.221,08 439.495,64

DEPARTAMENTO PESSOAL 73.198,00 86.854,70 96.912,48 129.295,43 99.283,69

ADMINISTRATIVAS 66.591,95 59.509,82 100.783,48 125.206,31 126.037,19

EVENTOS 39.840,08 43.053,60 98.187,08 46.475,97 64.197,58EDIÇÃO MÉDICA - - - 50.940,67 23.757,91IMPOSTOS E TAXAS 1.773,78 3.424,33 7.773,59 1.036,34 771,05BANCÁRIAS 895,22 1.083,72 1.690,22 2.864,91 637,75REPASSE SOMERJ 3.082,00 3.636,00 1.012,00 1.617,50 1.632,00

182.381.03 197.626.22 306.359.55 357.437.13 316.317.17

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C O N S E L H O S U P E R I O R

Celso Ferreira Ramos FilhoPresidenteErnesto Maier Rymer1º Vice-PresidenteRui Haddad 2º Vice-PresidenteCleber Vargas3º Vice-PresidenteMarilia de Abreu SilvaSecretária GeralMax Kopti Fakoury 1º SecretárioCarlos Eduardo Bellizzi2º Secretário Lino Siero NettoTesoureiro GeralJosé Cortines Linares1º TesoureiroJorge Farha 2º TesoureiroOctavio Fernandes da Silva Filho Diretor de Cursos e Eventos CientíficosAlexandre Rouge Felipe Diretor de SedeSamuel Cukierman Diretor de PatrimônioLoreta Burlamaqui Diretora de Eventos SociaisMarisa da Silva SantosDiretora de DivulgaçãoEdino Jurado da SilvaDiretor de Previdência e AssistênciaHelio Magarinos Torres Filho Diretor CulturalJosé Ramon Varela Blanco Diretor de Defesa Profissional

D I R E T O R I A

Abdu Kexfe Adolpho MilechAloísio Tibiriçá MirandaAna Célia RymerAna Cristina Cabral de LimaÂngelo Jorge Santos SilveiraAntonio Claudio Goulart DuarteAntonio de Oliveira AlbuquerqueArmando Carvalho AmaralArthur Octavio de Ávila KósBartholomeu Penteado Coelho

Gestão 2005-2008

Cantídio Drumond NetoCarlos Alberto Basílio de OliveiraCarlos José Monteiro de BritoCélio AbdalaCelso Corrêa de BarrosCelso Ferreira RamosDaniel Goldberg TabakDirce Bonfim de LimaEduardo Augusto BordalloEduardo Eiras Moreira da RochaElizabeth de Souza Neves Fausto de Oliveira SantosFernando Guerra AlvarizFlamarion Gomer DutraFlavio San JuanFrancisco Alberto CampanaFrancisco e Silva SalgadoIsaac Israel BenchimolIsaac Majer RoitmanJacob SeldinJosé Francisco Ribeiro de OrnellasJosé Galvão AlvesJosé Hermógenes Rocco SuassunaJosé Roberto Coelho da RochaJuçara ÁrabeLílian de Mello LauriaLuis Carlos Vieira TeixeiraLuis Eduardo Vaz MirandaFelipe C. Branco B de MelloLuiz Gallotti PovoaLuiz Leite LunaLuiz Roberto TenórioMarcelo LemgruberMarcos Botelho da Fonseca LimaMarcos Esner MusafirMaria Ignez Castello Branco MoraesMaria Lucia Mascarenhas da CostaMário Barreto Corrêa LimaMário Jorge da Rosa NoronhaMiguel ChalubMoisés GamarskiNilmo Sabino de OliveiraPaulo César Chagas LessaPaulo César GeraldesRafael Leite LunaRicardo Alcântara GranatoRicardo Lopes PontesRoberto Horcades FigueiraSalo BuksmanUmberto PerrottaVictor Augusto Louro BerbaraVirmar Ribeiro SoaresWalter Roriz de CarvalhoWilson ShcolnikYvon Toledo Rodrigues

Composição da Diretoria da SMCRJ no Triênio 2005-2008

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Entidades comemoram com seus médicos

Associação Médica Brasileira – AMB

Sociedade de Medicina do Estado do Rio de Janeiro - SOMERJ

Conselho Federal de Medicina do Estado do Rio de Janeiro – CREMERJ

Unimed-Rio

A AMB, a exemplo da SMCRJ, reuniu duas celebra-ções em um único dia. O Dia do Médico e a posse da nova diretoria. No dia 24 de outubro, a instituição reuniu no salão de festas do Esporte Clube Sírio e Libanês, em São Paulo, cerca de mil pessoas, entre representantes de órgãos governamentais, presiden-tes de Associações Estaduais, Conselhos Regionais e autoridades da área médica e de saúde. O presiden-te empossado da AMB, José Luiz Gomes do Amaral, elogiou, em seu discurso, o ex-presidente da AMB, Eleuses Paiva e o atual presidente do Conselho Fe-deral de Medicina, Edson Andrade.

Em uma demonstração de reconhecimento ao trabalho dos médicos, várias instituições reuniram seus associados – no Dia do Médico ou no fim do ano – para deixar de lado, por algumas horas, as preocupações, comemorar as conquistas alcançadas, homenagear nomes que se destacaram, agradecer o apoio de parceiros e se divertir. Entretanto, a razão de existir dessas entidades que agregam médicos nunca é esquecida. Todas têm manifestado suas apreensões com a situação da Medicina no país. A Associação Médica Brasileira, AMB, o Conselho Federal de Medicina do Estado do Rio de Janeiro – CREMERJ, a Sociedade de Medicina do Estado do Rio de Janeiro - SOMERJ e a Unimed-Rio também reuniram seus médicos em 2008 para comemorar. Abaixo, um pouco dessas celebrações.

A SOMERJ comemorou o Dia do Médico durante festa de confraternização com as sociedades filiadas, em Angra dos Reis, no dia 13 de dezembro. A entidade aproveitou a data para reunir amigos, comemorar as conquistas alcançadas em 2008 e homenagear os médicos que se destacaram por sua dedicação à Medicina, ao paciente e ao movimento as-sociativo. O dermatologista Benjamin Baptista de Almeida foi escolhido como Médico do Ano da SOMERJ 2008. Já o clínico geral e ex-presidente da SMCRJ, Eduardo Bordallo recebeu uma homenagem especial. Bordallo é delegado da AMB pela SOMERJ há 25 anos.

Um cenário de primavera emoldurou o baile promovido pelo CREMERJ em comemoração ao Dia do Médico. O Citibank Hall reuniu, no dia 18 de outubro, quatro mil

Pelo 12º ano consecutivo, a Unimed-Rio comemorou com seus médicos co-operados o Dia do Médico. Mais uma vez, o Citibank Hall abriu suas portas para a cooperativa, que reuniu cinco mil pessoas, no dia 17 de outubro. Show com Paulinho da Viola, Maria Rita, encerramento com bloco Banga-lafumenga e muita novidade.

Em seu discurso durante a festa, o pre-sidente da Unimed-Rio, Celso Barros, anunciou para todos os presentes o iní-cio da construção do primeiro hospital próprio, na Barra da Tijuca, onde tam-bém fica a sede da cooperativa. Outra boa notícia foi a antecipação das so-bras projetadas para o exercício, depois de um ano de muito trabalho e supera-ção de desafios.

pessoas que, ao som da Banda Rio Babilônia e do grupo Revelação, cantaram e dançaram até a madrugada. Na ocasião, o presidente do CREMERJ, Luís Fernando Mo-raes, concedeu a Medalha e o Diploma do Mérito CRE-MERJ ao ortopedista Sebastião Lima das Neves Filho, membro do corpo clínico do Hospital Getúlio Vargas.

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Entrevista

Até dezembro de 2008, véspera de as-sumir o cargo de Secretário Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Ja-neiro, o cardiologista Hans Fernando Rocha Dohmann acumulava duas fun-ções. O cargo de diretor do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) - órgão ligado ao Ministério da Saúde - que é referência no tratamento de doenças

cardíacas, onde implantou o programa de transplante cardíaco, com aplicação de técnicas inovadoras e o de professor da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Do Instituto se despediu, deixando outra marca em sua gestão: cumpriu em outubro de 2008 a meta anual do INC e fechou o ano com a rea-lização de 1.300 cirurgias cardíacas.

Hans coordenou o Estudo Multicêntri-co Randomizado de Terapia Celular em Cardiopatias, maior pesquisa com uso de terapia celular do mundo, com mais de 1.200 pacientes, e também equipes que realizaram os primeiros implantes do mundo de células-tronco em cora-ção e no cérebro, colocando o Brasil na vanguarda da terapia celular.

Em suas passagens pela Rede Pública, Hans implantou o programa de atendi-mento a ataques cardíacos, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, re-duzindo pela metade a média histórica de mortalidade por infarto no estado e di-

rigiu o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (IECAC), no Humaitá.

Caberá a esse médico de 43 anos, atu-ante nas áreas de cardiologia, terapia celular, gestão em saúde e membro do Conselho Superior da SMCRJ a respon-sabilidade de ajudar a tratar desse pa-ciente que há anos segue doente e no banco dos réus: a saúde pública do Mu-nicípio do Rio de Janeiro.

Menos de três meses após assumir a Secretaria, Dohmann concedeu ao Bo-letim Edição Médica a entrevista que se segue.

Edição Médica - O Senhor vinha ten-do uma carreira destacada na área de pesquisa sobre a aplicação clínica de células-tronco em Cardiologia: como fica o pesquisador, na pele de secre-tário? Em outras palavras, aquela sua atividade será interrompida?

Hans Dohmann - Hoje, o projeto de de-senvolvimento tecnológico da utilização de células mononucleares de medula ós-sea em cardiologia está em pleno curso e sou o coordenador do subestudo que aborda os pacientes com IAM. Este pro-jeto continuará em curso e esperamos um maior envolvimento do SUS munici-pal, estadual e federal do Rio de Janeiro neste projeto capitaneado pelo Ministé-rio da Saúde. Portanto, neste momento, o projeto tem interseção com o gestor do SUS no nosso município.

EM - Muitos consideram que os prin-cipais problemas operacionais da assis-tência à saúde no Rio devem-se à porta de entrada inadequada, com privilégio dos serviços de emergência (ao invés da assistência primária e ambulato-rial), à má distribuição geográfica das unidades de saúde, à obsolescência e pouca complexidade dessas unidades, e ao transbordo para a rede da cidade do Rio de Janeiro de demandas oriundas de outros municípios do Estado do Rio. Quais as soluções previstas por sua ad-ministração para estas contingências?

HD - Nosso trabalho estará muito fo-cado no aumento da rede de atenção básica, que hoje cobre, com equipes completas, apenas 3,3% da população do município. A expansão do Saúde da Família e o funcionamento de unidades básicas de saúde irão avançar para al-cançar o atendimento digno ao cidadão. O município, ampliando o Saúde da Fa-mília, aumentará a capacidade de reso-lução dos problemas de saúde e reduzirá a necessidade de hospitais. Pelo estado iremos implantar a regulação única de leitos para uma resolução mais rápida e equânime desta demanda. É importante organizar os fluxos e estruturar a por-ta de entrada única no sistema fortale-cendo a atenção primária. Nesse ponto a integração das três esferas de poder é fundamental. Enquanto a população não tiver cobertura universal de aten-ção básica, será impossível organizar a rede hospitalar para o atendimento de casos que demandem verdadeiramente a estrutura de um hospital.

A SMSDC pretende realizar prioritaria-mente a reestruturação da atenção pri-mária com o desenvolvimento de TEIAS. Dessa forma, as unidades de Atenção Primária estarão integradas aos diver-sos programas, tais como Saúde da Fa-mília (incluindo planejamento familiar), tabagismo, saúde da mulher, diabetes, hipertensão e outros, contemplando os locais em que não existe qualquer tipo de atendimento, com referência e con-trarreferência, fidelização do paciente ao médico e do médico ao paciente.

EM - As Unidades de Pronto Atendi-mento (UPA) em vias de implantação apenas desafogam as grandes emer-gências, mas não resolvem de fato a questão do direcionamento inadequado

Hans Dohmann

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da demanda por atendimento imedia-to, em detrimento de um atendimento continuado. Este direcionamento não é oriundo apenas da inexistência de uma rede de cuidados primários adequada, mas é também um fato cultural, que já contamina até mesmo a categoria mé-dica: há previsão de alguma campanha de esclarecimento e orientação quanto a isto (claro, depois de implantado o atendimento primário)?

HD - Faz parte da implantação de qual-quer projeto uma estratégia de comu-nicação que sustente as etapas críti-cas de sucesso do mesmo. Por outro lado, essa comunicação só tem sucesso quando amparada por uma tática efi-ciente que dê a percepção, por meio da experiência, de que o projeto é de fato bom para o usuário.

EM - Além da falta de uma rede de cuidados primários, o Rio de Janei-ro se ressente da falta de serviços de diagnóstico por imagem (e outros), de leitos de terapia intensiva para adul-tos e para crianças, de serviços de maternidade, de serviços de reabilita-ção e de leitos de longa permanência: quais os seus planos quanto a isto?

HD - Vários destes desafios não são exclusivos da Secretaria Municipal de Saúde e Defasa Civil (SMSDC) e sim de todo o SUS no Rio de Janeiro. Nosso papel é coordenar esta reorganização para o município de forma integrada com a Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (SESDEC), que deverá estar

coordenando a realidade do município do Rio de Janeiro com os demais mu-nicípios da zona metropolitana. Neste contexto, a participação das unidades federais é expressiva e também esta-mos certos da união de todos em torno desses objetivos.

EM - Um dos mantras das atuais gestões (federal, estadual e municipal) tem sido as perfeitas sintonia e afinidade existentes en-tre as três esferas do Governo. Entretanto, o Sistema Único de Saúde deve funcionar mesmo na hipótese de que esta uniformida-de política inexista em um dado momento ou local. A alternância democrática de go-verno é incompatível com o SUS?

HD - Não acredito que a democracia possa inviabilizar nenhuma ação de cunho social. O que aconteceu no Rio de Janeiro foi a falta de integração não só política, mas também técnica para de-senvolver um Plano Diretor para a saúde do nosso município. Uma coisa é o pla-no de governo e outra o plano de estado.

O primeiro deve se desenvolver a partir dos princípios técnicos do segundo. O poder público no Rio de Janeiro nunca desenvolveu uma política de estado para a saúde do município.

EM - A mídia costuma prestar grande atenção à inadimplência de médicose plantões, mas os médicos são apenas uma das categorias de profissionais de saúde nas unidades. São apenas os médicos a faltar ao trabalho, ou ou-tros profissionais também o fazem? Nas palavras dos Srs. Governador e Prefeito do Rio de Janeiro: apenas aos médicos falta vergonha na cara, ou outros profissionais poderiam sofrer as mesmas acusações?

HD - Não houve acusação a médicos por parte do prefeito em momento ne-nhum, nem a qualquer categoria profis-sional. Na ocasião, foi considerado que, na hipótese de haver determinadas ati-tudes fora do padrão ético das catego-rias profissionais envolvidas, e somente nesta hipótese, poderia ser então qua-lificada de forma negativa estas hipo-téticas atitudes. Muito pelo contrário, na mesma entrevista o Prefeito chamou a atenção para o papel heróico que os profissionais que estavam no trabalho desempenham para a população da nossa cidade.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitá-ria deu um importante passo para reduzir o número de infecções causadas por mico-bactérias. A RDC 08, publicada no dia 2 de março de 2009 pela ANVISA foi motivada, em particular, pela necessidade de se con-trolar o surto de contaminação por mico-bactérias de crescimento rápido; as MCR. Fruto de uma mutação genética, a bactéria é resistente à maioria dos antibióticos. En-tre os anos de 2000 e 2008, foram confir-mados 2128 casos de infecção, sendo que a rede privada de saúde do país foi responsá-vel por 80% deles.

A nova resolução estabelece normas para controle e acompanhamento de pacientes que forem submetidos a cirurgias por vídeo, mamoplastias e cirurgias plásticas. Esses pa-cientes deverão ser acompanhados durante 90 dias pelo hospital ou clínica para iden-tificar sintomas suspeitos de infecção. Para apertar mais ainda o cerco, a ANVISA quer que os casos suspeitos ou confirmados de in-fecção por micobactérias sejam informados, inclusive pelos laboratórios de análises clíni-cas - à Vigilância local e à ANVISA.

Heder Murari Borba, Gerente Geral de Tecno-logia em Serviços de Saúde da Agência Na-cional de Vigilância Sanitária, área que trata da gestão de qualidade em hospitais, explica que a partir da resolução, a esterilização dos equipamentos usados em procedimentos in-vasivos deverá ser realizada em equipamen-tos de Autoclave. Ele esclarece que, apesar de determinar a utilização da esterilização de equipamentos através do calor úmido, sob pressão, a norma não está retirando o glute-raldeído – antibacteriano líquido - do mer-cado, apenas restringindo sua atuação pois ficou evidente que para determinadas cepas de micobactérias, ele não foi eficiente. Mes-mo assim, todos os saneantes terão que fazer teste de resistência e revalidar seus registros.

Borba diz ainda que todas as etapas do pro-cessamento do instrumental cirúrgico e dos produtos para a saúde deverá seguir um pro-cedimento operacional padrão (POP) divul-gado para os funcionários e supervisionado pelo responsável pelo Centro de Material e Esterelização. “ E a responsabilidade final é do médico, que é o responsável pelo ato cirúrgico. Para conter essas infecções, preci-samos muito da parceria desse profissional.

Reportagem EspecialRDC 08: medidas de contenção para infecções por micobactérias

Ele tem dever de notificar qualquer procedi-mento que não esteja dentro das normas. É cidadania desenvolver o trabalho com qua-lidade, responsabilidade, resguardado pela norma da Vigilância Sanitária”, explica.

Conheça as medidas da RDC 08 para redução da ocorrência de infecções por Micobactérias de Crescimento Rápido - MCR em serviços de saúde

Art. 1º Esta Resolução aplica-se aos servi-ços de saúde que realizam procedimentos cirúrgicos e diagnósticos por videoscopias com penetração de pele, mucosas adjacen-tes, tecidos sub-epiteliais e sistema vascu-lar, cirurgias abdominais e pélvicas conven-cionais, cirurgias plásticas com o auxílio de ópticas, mamoplastias e procedimentos de lipoaspiração.Parágrafo único. Esta norma não se aplica ao instrumental óptico utilizado nos proce-dimentos endoscópicos para acesso às ca-vidades corporais, por orifícios naturais.Art. 2º Fica suspensa a esterilização quími-ca por imersão, utilizando agentes esterili-zantes líquidos, para o instrumental cirúr-gico e produtos para saúde utilizados nos procedimentos citados no Art. 1º.Art. 3º Os acessórios utilizados para bióp-sias ou outros procedimentos que atraves-sem a mucosa são classificados como arti-gos críticos.Art. 4º O responsável pelo Centro de Mate-rial e Esterilização - CME deve supervisionar todas as atividades relacionadas ao proces-samento de instrumentais e produtos para saúde, incluindo as realizadas por empresas terceirizadas. Parágrafo único. Cada etapa do processa-mento do instrumental cirúrgico e dos pro-dutos para saúde deve seguir um Procedi-mento Operacional Padrão - POP, elaborado com base em referencial científico. Este do-cumento deve ser amplamente divulgado no CME e estar disponível para consulta. Art. 5º É proibido o processamento de ins-trumental cirúrgico e produtos para saúde fora do CME, exceto quando realizado por empresas terceirizadas regularizadas junto à Autoridade Sanitária. Art. 6º Todo o instrumental cirúrgico e produtos para saúde que não pertençam ao serviço de saúde devem ser encaminha-dos previamente ao CME para processa-mento, obedecendo ao prazo definido por este setor.Art. 7º Os pacientes submetidos aos procedi-mentos referidos no art. 1º devem ser acom-panhados pelo serviço de saúde que realizou

o procedimento, para identificar sinais e sin-tomas sugestivos de infecção por MCR. Nos primeiros 90 dias, o acompanhamento deve ser mensal. Após este período, os pacientes devem ser orientados a procurar o serviço de saúde caso ocorra qualquer anormalidade relacionada ao procedimento cirúrgico, até completar 24 meses.Art. 8º Os casos suspeitos e confirmados de infecção por MCR devem ser informados à autoridade sanitária local e eletronicamen-te, pelo formulário de “Notificação de Infec-ção Relacionada à Assistência à Saúde por Micobacteriose não Tuberculosa”, disponível no endereço eletrônico da Anvisa (www.an-visa.gov.br).Art. 9º Os laboratórios de análises clínicas e anátomo-patológicos, públicos ou privados, devem informar os resultados positivos para MCR à autoridade sanitária local e eletro-nicamente, por formulário específico, no endereço eletrônico da Anvisa (www.anvisa.gov.br).Art. 10 O serviço de saúde deve possuir registro que permita a rastreabilidade do instrumental cirúrgico, consignado ou não, e produtos para saúde submetidos à este-rilização e utilizados nos procedimentos referidos no art. 1º. O registro deve conter minimamente o nome do instrumental ou produto para saúde, data e local de pro-cessamento e método de esterilização.Art. 11 O ciclo flash das autoclaves a vá-cuo não pode ser utilizado como rotina para o processamento do instrumental e produtos para saúde utilizados nos proce-dimentos citados no art. 1º.Parágrafo único. A utilização do ciclo flash das autoclaves a vácuo só pode ocorrer em casos de urgência, como em contamina-ção acidental de instrumental cirúrgico do procedimento em curso. Este ciclo deve ser monitorado por indicadores químicos e biológicos. Além disso, o ciclo deve ser documentado com as seguintes informa-ções: data, hora, motivo do uso, nome do instrumental cirúrgico ou produto para saúde e nome e assinatura do responsá-vel pelo procedimento. Este registro deve estar disponível para a avaliação pela Au-toridade Sanitária.Art. 12 A inobservância dos requisitos desta Resolução constitui infração de na-tureza sanitária, sujeitando o infrator ao processo e penalidades previstas na Lei nº. 6.437 de 20 de agosto de 1977, sem pre-juízo das responsabilidades civil e penal cabíveis.Art. 13 Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação.

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Acontece:

AgendaAbrilVII Curso de Atualização de Condutas Médicas em Quadros EmergenciaisData: primeiro tema a partir de 18 de abrilLocal: Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro – SMCRJInformações: (21) 2507-3353 ou www.smcrj.org.br E-mail: [email protected]

Clube de Estudos e Tratamento da Dor Associação para Estudos da Dor do Rio De Janeiro – ADERJData: março a novembroLocal: Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro – SMCRJInformações: (21) 2507-3353

Seminário Nacional Médico/MídiaData: 2 a 4 de abrilLocal: CBC – Rio de JaneiroInformações: (21) 2220-6062

XIX Jornada de Gastroenterologia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de JaneiroData: 2 a 4 de abrilLocal: CBC – Rio de JaneiroInformações: (21) 2220-6062

Seminário Nacional Médico/MídiaData: 16 e 17 de abrilLocal: Hotel Windsor Plaza CopacabanaAvenida Princesa Isabel, 263, Copacabana, Rio de JaneiroInformações: (21) 2240-6739, das 13h às 18h, ou www.fenam.org.brInscrições Gratuitas

5º Congresso Latinoamericano de Dermatologia Pediátrica Data: 16 a 18 de abrilLocal: Hotel Maksoud Plaza São PauloInformações: www.congressosladp2009.com.br

VIII Congresso Brasileiro Pediátrico de Endocrinologia e Metabologia (COBRAPEM)Data: abrilLocal: Consórcio Brasileiro de AcreditaçãoInformações: www.cbacred.org.br

MaioIV Seminário Internacional de Acreditação Acreditação Internacional – Metodologia para a Exce-lência na Qualidade Tema Central: Segurança do Paciente como Prioridade Estratégica: O que estamos fazendo? Data: 28 e 29 de maio Local: Centro de Convenções do Mercure Grand Hotel São Paulo Ibirapuera - São Paulo Informações: www.cbacred.org.br

Vice-presidente da SMCRJ foi homenageado no STM

Dr. Ernesto Rymer, vice-presidente da SMCRJ, foi condecora-do pelo Superior Tribunal Militar (STM), no dia 1º de abril, em Brasília, com o grau de Alta Distinção da Ordem do Mérito Ju-diciário Militar.

A Ordem do Mérito Judiciário Militar (OMJM) foi instituída pelo STM, em 12 de junho de 1957 e tem como objetivo distinguir pessoas ou entidades, civis e militares, que mereçam especial destaque pelas atividades ou contribuições relevantes prestadas.

O Superior Tribunal Militar foi criado em 1º de abril de 1808, por Alvará com força de lei assinado pelo Príncipe-Regente D. João e com a denominação de Conselho Supremo Militar e de Justiça. A data torna o STM o mais antigo tribunal superior do Brasil.

INCA inaugura emergência pediátrica

As crianças e os adolescentes assistidos pelo Instituto Nacional de Câncer – INCA já contam com setor voltado exclusivamente para o atendimento de emergência. No dia 24 de março, foi inaugurada a Emergência Pediátrica, que conta com ambiente adequado para o público infanto-juvenil, equipe especializada, maior agilidade e maior bem-estar, com consequentes melho-rias nos resultados dos tratamentos.

A unidade – única no Estado do Rio – funcionará 24 horas e deverá aumentar em até 25% o número de atendimentos de emergência, que hoje é de 200 por mês, segundo pessoas liga-das ao Instituto.

Com o novo setor, a expectativa é reduzir em 50% o tempo de espera dos pacientes e em 10% o número total de internações infantis. O câncer é a mais importante causa de óbito dentro da faixa etária de 1 a 18 anos. A forma mais efetiva de controlar a doença em crianças e adolescentes é o diagnóstico precoce, aliado ao tratamento adequado.

A Oncologia do INCA foi criada em 1957, sendo hoje um cen-tro de referência para o tratamento de neoplasias malignas na infância.

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