RELATÓRIO DE ATIVIDADES-PPGMP- 2013 A 2016 · - Melhoria na gestão dos recursos PROEX permitiu,...
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RELATÓRIO DE ATIVIDADES-PPGMP- 2013 A 2016
1) Histórico e Contextualização do Programa
O Programa de Pós-Graduação em Medicina Preventiva (PPGMP) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) oferece as titulações em Mestrado e
Doutorado em Ciências, área de concentração Medicina Preventiva. Desde a criação, em 1972, o programa compreende os três eixos disciplinares
fundamentais da Saúde Coletiva - Epidemiologia, Ciências Sociais e Humanas em Saúde e Política, Planejamento, Gestão e Avaliação em Saúde. Enquanto
programa de uma faculdade de medicina, recebia apenas médicos. Desde 1998, recebe graduados de todas as áreas, o que potencializou sua característica
multidisciplinar de origem.
Um dos mais tradicionais programas da área no Brasil, teve participação decisiva na formação de quadros da política de saúde e na própria constituição do
campo da Saúde Coletiva no Brasil. Exemplar desta participação é a manutenção em todos estes anos da presença de seus quadros tanto em organizações
civis como a ABRASCO quanto em órgãos governamentais da política e gestão em saúde. Esta participação também se destaca em instituições educacionais
e de pesquisa como a CAPES e o CNPq.
Nestes 44 anos, titulou 240 mestres e 197 doutores. Nossos egressos encontram-se majoritariamente trabalhando em instituições de ensino e pesquisa em
todo o Brasil, e uma parcela considerável encontra-se em posições de destaque na gestão dos diversos níveis de administração do SUS. Desde sua
instituição até hoje vem formando em nível de doutorado profissionais já contratados como docentes de muitas IES de vários estados do Brasil.
Tendo recebido o conceito 7 na avaliação do triênio 2010-12, o programa empenhou-se em manter o nível de excelência no quadriênio 2013-16, no qual
destacamos:
- A ampliação do corpo docente: no quadriênio foram credenciados seis novos docentes permanentes que se somaram aos 13 docentes permanentes, 12
dos quais nesta posição há mais de dez anos. O quadro de colaboradores foi acrescido, no quadriênio, pelo credenciamento de dois docentes de IES do
exterior e dois docentes de programas nacionais.
Impulsionada pela ampliação do corpo docente, a oferta de disciplinas e a produção geral do programa melhoraram.
- Mantivemos sem interrupção a oferta das disciplinas metodológicas tradicionais dos três eixos estruturantes da Saúde Coletiva. Estas disciplinas, além dos
alunos do PPGMP, têm, tradicionalmente, uma demanda muito grande de alunos de outros programas como os da própria USP (Medicina, Enfermagem,
Saúde Pública) e também de outras universidades como os das universidades federais.
- Introduzimos novas disciplinas que abordam objetos mais recentes da área – tal a como a disciplina “Relações entre o público e o privado no sistema de
saúde brasileiro: planos e seguros de saúde”. Reforçamos o enfoque estruturante da área com a instituição da disciplina “Saúde Coletiva: origens e
desenvolvimento em abordagem sócio-histórica”.
- A produção bibliográfica total do programa cresceu significativamente em relação ao período de avaliação anterior. O PPGMP produziu no quadriênio 711
artigos em periódicos (dos quais 273 com discentes) e 175 livros e capítulos (dos quais 40 com discentes).
- Incrementamos as atividades de internacionalização, entre as quais: três convênios de dupla titulação com programas do exterior; três coorientações de
professores de IES do exterior (já com duas titulações); coordenação de três disciplinas por professores do exterior; 10 acordos de cooperação internacional
de pesquisa e a aprovação, em 2016, do recredenciamento de dez disciplinas que serão ministradas em língua inglesa nos próximos três anos.
- Seguindo a tendência dos melhores programas internacionais, consolidamos o modelo de exame de qualificação sem a participação do orientador na
banca, já adotado desde o triênio anterior. No quadriênio, com o aval de novo regimento da universidade, introduzimos este modelo também nas bancas de
defesa. Todas as bancas – de qualificação ou defesa- têm agora três membros, sendo no mínimo dois de outros programas dos quais, no mínimo um
docente de outra universidade.
- Projetos do PPGMP mantiveram a tradicional cooperação com os sistemas de saúde por meio de contribuições para a inovação, gestão, organização e
avaliação de tecnologias de produto e de processo, conforme mostram os itens de produção técnica e o de inserção social onde estão listadas número
grande de cooperações do quadriênio, entre os quais destacamos aqui: - em inovação: Latin America Treatment and Innovation Network in Mental Health; -
em gestão: incorporação de um modelo de gestão do cuidado contínuo em IST, HIV e Hepatites Virais pelas Secretarias Estaduais de Saúde dos Estados de
Santa Catarina e São Paulo; - em assessoria: Working Group on Dengue Vaccines (WHO); - em avaliação de tecnologias: análises de custo-efetividade e
revisões sistemáticas para o Programa Nacional de Imunizações.
- Os sistemas eletrônicos de indicadores de avaliação anual do aluno e de seleção de bolsistas, introduzidos em 2015, consolidaram-se em 2016. O sistema
de avaliação anual, respondido separadamente por aluno e orientador, subsidia tanto o monitoramento do desempenho geral do corpo discente, quanto a
avaliação individual do aluno por parte do orientador. O sistema de seleção de bolsistas é aberto imediatamente após qualquer vacância de bolsas. É
reaberto, para todos os alunos no início de cada ano, quando todas as bolsas se tornam vacantes; tornando mais transparente e ágil a designação de bolsas
e a avaliação de bolsistas.
- Melhoria na gestão dos recursos PROEX permitiu, em 2016, a utilização do recurso para incremento de duas novas bolsas de doutorado e uma de
mestrado. Para as bolsas do programa, mantivemos em todo o quadriênio vacância zero. O programa conta agora com 30 bolsas (20 de doutorado e 10 de
mestrado) para uma média de cerca de 125 alunos/ano. O programa estimula a submissão a outras agências de financiamento. Ainda que o ritmo das
concessões venha visivelmente diminuído para todos os programas, tivemos, no quadriênio, 15 bolsas concedidas pela FAPESP e duas por meio de projetos
de pesquisa apoiados pelo CNPq e pelo Ministério da Saúde. A gestão dos recursos também permitiu, em 2016, o aumento das concessões de pequenos
auxílios para os alunos.
- O website do programa foi reformulado e é agora acessível também em inglês e espanhol. A infraestrutura de informática teve avanços relevantes,
destacando-se as ferramentas de vídeo conferência que permitiram o aumento das participações de docentes de outras IES do Brasil e do exterior em
bancas de qualificação e de defesa e em discussões de projetos de pesquisa comuns.
Em 2016, o PPMGP manteve-se em pleno andamento. Admitimos 29 novos discentes e tivemos 9 titulações, totalizando 42 doutorados e 40 mestrados no
quadriênio 2013-16, dois dos quais em dupla titulação com IES do exterior.
Os discentes são selecionados em fluxo contínuo de acesso. Nesta forma de ingresso, os candidatos procuram os orientadores ou a coordenação do
programa. Vários candidatos, cujo projeto ainda está “imaturo”, permanecem conectados às linhas de investigação do orientador potencial e acompanham
atividades didáticas do programa como forma de aprimorar seus projetos.
O edital de seleção é aberto para todo o ano com 50 vagas. Para a seleção, o candidato deve apresentar proficiência em inglês, CV Lattes e projeto de
pesquisa. Uma banca de dois membros da CCP conduz o processo de seleção com base em critérios explicitados nas normas do programa e atribui notas de
0 a 10 aos candidatos.
A gestão do programa é de responsabilidade da Comissão Coordenadora do Programa (CCP), composta por eleição de seis docentes (três titulares e três
suplentes) e dois representantes dos alunos, com mandato de 2 anos. Todos os membros participam da reunião mensal da CCP e compartilham as múltiplas
tarefas atribuídas à CCP, cuja competência tornou-se mais abrangente com o novo regimento da USP de 2014. Entre estas atribuições estão, por exemplo,
as deliberações relacionadas à admissão de alunos, avaliação de desempenho e exames de qualificação. Semestralmente, a CCP promove uma reunião geral
de todos os orientadores. Em conjunto com os alunos, a CCP organiza seminários de projetos quinzenais para todo o corpo discente e docente. Mantendo a
tradição interdisciplinar do programa, os seminários discutem projetos de teses e dissertações de todos os tipos de objetos e de metodologias. Os trabalhos
de teses e dissertações se inserem em projetos integrados às linhas de pesquisa do programa.
Quase todos os projetos listados nos relatórios contam com recursos de agências de fomento à pesquisa e/ou de convênios com instituições nacionais e
internacionais. A USP também concede pequenos auxílios adicionais para os projetos já financiados. Os recursos de pesquisa captados no quadriênio apenas
por docentes permanentes somam cerca de 17 milhões de reais, conforme resumo a seguir. O resumo não inclui bolsas de nenhum tipo; os recursos em
moeda estrangeira, dólar e euros, foram convertidos em reais pelas taxas de 01/03/2017.
FONTE RECURSOS CAPTADOS (em R$)
FAPESP 4.412.841
CNPQ 3.644.397
PROADI-SUS 757.500
CREMESP 500.000
National Institute of Mental Health (USA) 1.744.439
OPAS 99.920
Ministério da Saúde-SVS 286.000
Becton Dickinson Indústrias Cirúrgicas Ltda 5.021.000
Maastricht University (EU) 394.800
Convênio U. of Princeton-USP 25.315
Auxílios adicionais USP 59.600
TOTAL R$ 16.945.812
No quadriênio já foram aprovados projetos financiados cujos recursos serão disponibilizados em 2017. Entre estes, os projetos com financiamento
internacional “ Risk and protective factors for adolescent violent behaviour in Sao Paulo, Brazil” apoiado pela British Academy-Newton Foundation ( £
181.000) e o projeto “Improving the primary health care response to violence against women in low and middle income countries” , apoiado pelo Medical
Research Council - UK (£ 117.000).
Grande parte dos projetos de pesquisa conta com participantes de outras instituições, como resultado das numerosas interações com pesquisadores de
diferentes unidades da USP e de outras instituições nacionais e internacionais. Destaca-se ainda o caráter efetivamente interdisciplinar de muitos destes
projetos. Este relatório lista, em outro item todos os projetos, entre os quais estão exemplos de cooperação internacional e interdisciplinar já consolidadas
no início do quadriênio: - Global Health and the Social Studies of Medicine and Health: a Princeton-USP Collaborative Research and Teaching Program; -
Youth/Child and Cardiovascular Risk and Environmental - YCARE (FMUSP) e GENUD (UNIZAR- Universidade de Zaragoza)
Também participam dos projetos os pós doutorandos, cujo número cresceu no quadriênio. Em 2016, tivemos 15 pós doutorandos, totalizando 21 alunos no
quadriênio todos com bolsa e/ou afastamento total de funções docentes.
A quantidade e diversidade dos projetos têm gerado produção científica qualificada. Em 2016, o corpo docente publicou 153 artigos em periódicos, hoje
com 2395 citações. No quadriênio foram publicados totalizando 533 artigos (95 artigos em 2013; 130 em 2014; 155 em 2015), mantendo a proporção de
cerca de 65% em revistas A1, A2 e B1.
O ritmo da produção científica do PPGMP vem se mantendo: entre os meses de janeiro e fevereiro de 2017 os docentes do programa já tiveram 30 artigos
publicados em periódicos. Entre estes, chama à atenção, pelo ineditismo, a publicação do e artigo na revista SURGERY (SCHEFFER, MC et al. The state of the
surgical workforce in Brazil. SURGERY, v. 161, p. 556-561, 2017), produto da parceria em Demografia Médica em Cirurgia entre o docente do PPGMP Mário
Scheffer e o “The Program in Global Surgery and Social Change” da Harvard Medical School .
A quantidade de projetos, de captação de recursos, de cooperações interinstitucionais, de atividades de inserção social e de produção científica expressa a
qualificação e dedicação do corpo docente.
Dos 19 docentes permanentes, 18 são professores em dedicação exclusiva na universidade e um é professor sênior. Têm sido recredenciados pelas
instâncias de pós-graduação da FMUSP como orientadores permanentes há dez ou mais anos 13 destes docentes (68%).
A boa qualificação dos docentes permanentes pode ser indicada pelo número de bolsas de produtividade do CNPq vigentes (15), entre as quais 8 em nível 1.
No âmbito da Faculdade de Medicina da USP, a posição dos docentes permanentes indica a boa qualificação. O Programa de Incentivo à Produtividade
Acadêmica (baseado em critérios rigorosos de produção científica, docente, de extensão e de inserção institucional para a concessão de bolsas para os
docentes da FMUSP em Dedicação Exclusiva) tem concedido bolsas para todos os docentes permanentes do PPGMP.
Docentes permanentes do PPGMP são orientadores credenciados de outros programas: Ciências Ambientais/PROCAM-USP (1); Epidemiologia/FSP-USP (2);
Nutrição em Saúde Pública-FSP-USP (1), Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades -DIVERSITAS da Faculdade de Filosofia Ciência e Letras-USP (1);
Antropologia- Faculdade de Filosofia Ciência e Letras-USP (1) e Epidemiologia- UFPEL e PUC- Porto Alegre (1).
Também contribuem para o programa o grupo de docentes colaboradores que reúne, de um lado, jovens professores e de outro, professores seniores, já
consagrados neste e em outros programas de pós graduação.
2) Objetivos
a) Objetivos (geral e específicos)
O PPGMP tem como objetivo permanente a presença e desenvolvimento das três áreas da Saúde Coletiva (Epidemiologia, Ciências Sociais e Humanas em
Saúde e Política, Planejamento, Gestão e Avaliação em Saúde). Para o Mestrado, o objetivo é a formação básica nos temas e metodologias em Saúde
Coletiva, e capacitação na proposição e desenvolvimento de projetos de pesquisa, com ênfase na aptidão para revisão e síntese de literatura e utilização de
bases de dados secundários. Para o Doutorado, o objetivo é capacitar o aluno na proposição e desenvolvimento de projetos de pesquisa de forma
autônoma, com competências para a formulação de questões científicas importantes para a Saúde Coletiva, delineamento de projetos, organização de
trabalho de campo, análise e interpretação dos dados e redação de artigos científicos.
b) Perfil do Egresso
Pesquisador em Saúde Coletiva, com domínio expressivo de conhecimentos da área da Saúde Coletiva, com ênfase de atuação no ensino, na pesquisa, no
desenvolvimento tecnocientífico e na produção científica e tecnológica, tendo em vista a capacidade de análise e avaliação de políticas e sistemas de saúde,
dos processos socioculturais relacionados à saúde-adoecimento e cuidado de indivíduos e populações, de interpretação epidemiológica em saúde da
população e apreciação de processos institucionais, coletivos e individuais em educação em saúde. O egresso é capacitado e estimulado para atuar em
defesa do Sistema Único de Saúde e da Saúde Coletiva como área de conhecimento e prática.
3) Proposta Curricular
a) Estrutura Curricular
Há duas disciplinas semestrais obrigatórias para todos os alunos do PPGMP: os Seminários de Projetos em Saúde Coletiva I e os Seminários de Projetos em
Saúde Coletiva II. Os seminários, quinzenais, para todo o corpo discente e docente, discute os projetos de alunos de todos os objetos e metodologias.
A frequência a pelo menos dois semestres de seminários é obrigatória para todos os alunos. Estimula-se, porém, a máxima frequência possível aos
seminários durante todo o curso.
Além dos seminários gerais há ainda a disciplina de seminários semanais de temas de epidemiologia, obrigatória para alunos com projetos mais específicos
deste eixo. Os seminários constituíram a única atividade obrigatória do programa no quadriênio. As demais disciplinas a serem cursadas são estabelecidas
por meio de um programa específico de disciplinas para cada aluno, levando em conta a sua formação anterior, o tema da pesquisa e a necessidade de uma
formação básica em Saúde Coletiva comum a todos os alunos. A adaptação às necessidades dos alunos e dos projetos de pesquisa com que boa parte deles
cumpra um número de créditos em disciplinas maior do que o número de créditos mínimos obrigatórios de acordo com as normas da universidade (16 para
o mestrado, 24 para o doutorado direto e 8 para o doutorado após o mestrado).
As disciplinas oferecidas pelo PPGMP permitem aos alunos a formação em metodologia de pesquisa, nas perspectivas quantitativa e qualitativa, e o
aprofundamento nas vertentes necessárias ao desenvolvimento dos projetos, bem como a atualização científica em temas prioritários para a Saúde
Coletiva. Passam por processo de recredenciamento a cada 5 anos, por meio de pareceres da CCP, seguido de parecer por docente externo ao PPGMP e
aprovação pela Comissão de Pós Graduação da FMUSP. No quadriênio houve o credenciamento de novas disciplinas bem como a atualização de disciplinas
existentes.
Um total de 21 disciplinas semestrais foram oferecidas em 2016. Todos os docentes permanentes do PPGMP coordenam e ministram aulas nestas
disciplinas, que contam também com diversos docentes colaboradores e professores visitantes de outras IES nacionais e do exterior.
Todas as disciplinas do PPGMP têm muita demanda discente uma vez que, além dos alunos do programa, recebem muitos alunos dos demais programas da
FMUSP e de outras IES. O número de alunos matriculados em cada disciplina é bastante elevado, quase sempre acima de 20 por turma, em função de sua
forte ênfase metodológica, tanto para os métodos quantitativos quanto qualitativos.
São também oferecidos a todos os alunos cursos de desenvolvimento de habilidades tais como revisão e organização da bibliografia científica, capacitação
em pacotes estatísticos específicos, formação pedagógico-didática e um curso de ferramentas para elaboração e formatação de dissertações e teses, com
elementos avançados para formatação de textos e elaboração de tabelas e figuras.
b) Experiências inovadoras de formação
A integração entre o PPGMP e o programa de Iniciação Científica do Departamento de Medicina Preventiva, descrito adiante neste relatório, tem se
mostrado promissora. Todos os alunos de IC apresentam e submetem seus projetos a bancas formadas por alunos de pós graduação e pós doutorado. Os
orientadores dos alunos de IC, bem como os demais docentes do programa, participam da discussão após a fala da banca.
Neste quadriênio instituímos o Simpósio Anual dos Alunos do PPGMP. Já com quatro edições, é organizado pelos alunos na forma de um pequeno
congresso: conferências, mesas e exposição de trabalhos selecionados de alunos. Além de trabalhos de seus próprios projetos de dissertação e tese, os
alunos podem inscrever outros trabalhos dos quais são autores, como é o caso de vários alunos que participam de pesquisas de grande porte. Entre 2013 e
2016, o evento veio crescendo. Em 2016, com 80 presentes, o simpósio teve 20 trabalhos agrupados em quatro eixos temáticos. Os apresentadores
seguiram um roteiro geral comum e as apresentações foram do nível de um congresso científico. O Professor Gastão Wagner abriu o evento com a
conferência ”Desafios do SUS e a atual crise democrática”. Tivemos ainda duas mesas redondas com alunos e egressos do PPGMP: “Experiências
internacionais de pós-graduandos” e “Pós-Graduandos e os desafios da gestão em áreas da política de saúde”.
O evento tem sido muito bem avaliado pelos alunos em geral. Muitos dos expositores têm uma adicional oportunidade de discutir publicamente seu
trabalho de pós. Os alunos que participam da organização do simpósio destacam a abrangência do aprendizado obtido tanto nas questões mais
administrativas, como a captação de recursos financeiros, quanto nas mais acadêmicas como a seleção de trabalhos.
c) Ensino à distância -
4) Infraestrutura
a) Laboratórios
1. Laboratório de Modelos Assistenciais/CSE Butantã - Este laboratório dispõe de toda a infraestrutura de um centro de saúde de grande porte, voltado para
atender parte da comunidade do Distrito do Butantã, em São Paulo; desenvolve e testa tecnologias de processo em atenção primária à saúde.
2. Laboratório de Processamento de Dados Biomédicos (laboratório da Investigação Médica- LIM 39) - Integrado por 14 dos docentes permanentes do
PPGMP, esse laboratório oferece infraestrutura de pesquisa a todos os docentes e alunos do PPGMP.
3. Núcleo de Vigilância Epidemiológica/NUVE do HC-FMUSP. Este compreende duas seções: a) uma englobando os setores de produção de informação de
natureza obrigatória (doenças de notificação compulsória, registro de câncer e movimento hospitalar); b) uma voltada para a pesquisa em epidemiologia
hospitalar. As bases de dados utilizadas nas duas seções têm sido utilizadas no desenvolvimento de projetos de pesquisa do Departamento de Medicina
Preventiva e de outros departamentos da FMUSP.
4. Laboratório de Informática. Este laboratório oferece infraestrutura de informática (computadores e softwares) aos docentes e alunos do PPGMP, e
desenvolve cursos de utilização de softwares variados, destacando-se os destinados à análise estatística de bancos de dados, como o EpiInfo, STATA e SPSS.
Conta com 25 estações equipadas com os softwares acima, regularmente atualizadas com novos equipamentos.
5. Laboratório de Soro-epidemiologia/LIM 38. Integrado por cinco dos docentes permanentes do PPGMP, possui infraestrutura para análise de materiais
biológicos, incluindo biologia molecular.
b) Recursos de Informática
O programa conta com a estrutura de vídeo conferência da Faculdade de Medicina e do Complexo do Hospital das Clínicas-FMUSP. Temos utilizado este
formato para reuniões de grupos interinstitucionais de pesquisa e, especialmente a partir de 2015, para a participação de professores de outras unidades
em exames de qualificação e de defesa. O núcleo de informática da FMUSP provê a assessoria necessária para atividades de pesquisa que exijam uso de
servidores.
Internamente, o PPGMP conta com a estrutura de informática do Departamento de Medicina Preventiva. Há cerca de 150 computadores, distribuídos nos
diversos espaços de pesquisa, ensino e administração. Os equipamentos de informática são constantemente atualizados, de forma que a infraestrutura de
informática disponível é moderna e adequada. Três impressoras de porte médio e uma de grande porte atendem as atividades de docência e de pesquisa.
Quanto à comunicação virtual, há um sistema de rede interna, conectada à rede USP através de cabos de fibra ótica.
O setor de informática interno do Departamento conta com quatro técnicos que auxiliam os docentes e alunos do PPGMP nas atividades didáticas e nas
pesquisas em andamento. Promove cursos para utilização de softwares estatísticos voltados para organização e análise de bancos de dados.
c) Biblioteca
Os alunos têm acesso às facilidades das bibliotecas centrais da Faculdade de Medicina e das faculdades próximas: Faculdade de Saúde Pública e Escola de
Enfermagem da USP. Além do grande acervo de livros e periódicos, as bibliotecas promovem cursos e amplos recursos para orientação da consulta às bases
bibliográficas nacionais e internacionais. Todos os computadores do Departamento de Medicina Preventiva estão conectados à biblioteca virtual da USP
com acesso às bases e portais de dados como Medline, Lilacs, Scielo, Periódicos CAPES, ISI Web of Knowledge e Scopus.
d) Outras informações
Há sala específica para estudo e reunião dos alunos do PPGMP, com armários para objetos pessoais, 10 computadores conectados à rede USP e duas
impressoras de médio porte. Vários alunos também compartilham salas de docentes e de grupos de pesquisa.
A localização da FMUSP, no interior do chamado “quarteirão da saúde” facilita o acesso a instituições como o Complexo Hospitalar das Clínicas com seus
vários institutos, a Faculdade de Saúde Pública e a Escola de Enfermagem da USP.
5) Integração com a graduação
a) Indicadores de integração com a graduação
Todos os docentes permanentes do PPGMP participam ativamente nas atividades didáticas do curso de graduação em Medicina da FMUSP, utilizando
regularmente os produtos das pesquisas desenvolvidas no PPGMP como material didático nas disciplinas de graduação. O Departamento de Medicina
Preventiva participa atualmente de forma longitudinal em quase todo o currículo do curso de graduação em Medicina da FMUSP ministrando disciplinas no
1º, 3º, 4º e 6º anos deste curso. Diversos docentes do PPGMP são coordenadores destas disciplinas. No 1° ano são oferecidas as disciplinas MSP1010 –
Introdução à Medicina e à Saúde, co-coordenada por docente do PPGMP e com colaboração de vários docentes do PPGMP, MSP 1041 – Processo Saúde-
Doença-Cuidado I, coordenada por 2 docentes permanentes do PPGMP e contando com participação de 8 outros docentes do Programa, e MSP1290 –
Pesquisa Científica em Medicina, também coordenada por docente permanente do PPGMP e com participação de mais 7 docentes permanentes do
programa. A disciplina MPR0131 - Epidemiologia II: Estudos Epidemiológicos, oferecida para o 3º ano até 2016, era coordenada por 1 docente permanente
do PPGMP e contava com a participação de 7 docentes permanentes do programa. A disciplina Bases do Controle e Prevenção de Moléstias Transmissíveis,
oferecida ao 4º ano, também é coordenada por docente permanente do PPGMP. Completando o rol de disciplinas de graduação com envolvimento de
docentes do PPGMP, as disciplinas MPR0614 – Sistemas, Planejamento e Gestão em Saúde, coordenada por 2 docentes permanentes e a disciplina
MPR0619 - Epidemiologia Clínica coordenada por 1 docente permanente, oferecidas ao 6º ano do curso de Medicina, contam com participação de vários
docentes permanentes e colaboradores do PPGMP.
O curso de Medicina da FMUSP passa atualmente por extensa reforma curricular, iniciada com a turma de alunos ingressantes na FMUSP em 2015, que vem
mudando a filosofia da grade curricular, através da criação de unidades curriculares interdisciplinares e da redução do tempo dispendido em sala de aula,
para permitir um envolvimento mais ativo dos alunos do curso de Medicina. Os docentes do PPG em Medicina Preventiva têm participado ativamente desse
processo de reforma curricular, de forma a introduzir no novo currículo todos os conteúdos da área de Saúde Coletiva considerados como essenciais na
formação do profissional médico. Os docentes do PPGMP também estão envolvidos em programas de capacitação docente, como a oficina conduzida por
professores do “Centre for Faculty Development” da Universidade de Toronto e as reuniões do grupo “Profissão docente” coordenadas pelo Centro de
Desenvolvimento de Educação Médica da FMUSP (CEDEM).
Em 2016 foi atualizado e reeditado o livro didático “Clínica Médica” (Volume 1, 2ª edição (ISBN 97885204361410). Largamente utilizado pelos alunos do
curso médico, o livro conta com uma grande seção de Medicina Preventiva, editada pelo Professor Euclides Ayres Castilho e que contém oito capítulos de
Saúde Coletiva escritos por docentes do PPGMP.
Os docentes do PPGMP ainda desenvolvem outras atividades relacionadas à graduação em Medicina. Um dos docentes colaboradores do PPGMP é
coordenador do Programa de Tutoria dos alunos da FMUSP, em funcionamento há 11 anos na instituição e que tem como objetivo promover o
desenvolvimento pessoal e profissional dos futuros médicos. Outros docentes participam desse programa como tutores. Professores do PPGMP foram co-
fundadores e mantém constantes contribuições à Liga de Prevenção e Tratamento da Infecção por HIV/Aids - FMUSP. As ligas são tradicionais mecanismos
de “currículo paralelo” na FMUSP.
Iniciação Científica
Desde 2011 os docentes do PPGMP vêm investindo em um programa de Iniciação Científica, onde os alunos desenvolvem projetos inseridos nas linhas de
pesquisa dos docentes. Além da orientação, o programa tem também seminários mensais e um encontro anual no qual os alunos apresentam seus projetos
para uma banca constituída por alunos de pós graduação e pós doutorandos. No quadriênio 2013-2014 tivemos um total de 70 alunos, 35 dos quais com
bolsa de IC concedidas pelo programa de cotas da USP (PIBIC), FAPESP, CNPq e outros programas da universidade. O programa estimula os alunos de IC a
participar de eventos científicos. Destaca-se a apresentação de trabalhos de alunos em três congressos internacionais e os prêmios de melhor trabalho no
XXXIII Congresso Médico Universitário e no 54º Congresso Brasileiro de Educação Médica. No quadriênio, participaram do programa de IC como
orientadores 11 docentes permanentes e quatro docentes colaboradores do PPGMP.
Destaca-se e ainda, a participação dos docentes do PPGMP em atividades de graduação internacionais que serão apontadas no item específico adiante.
b) Estágio de docência
Os alunos de pós-graduação participam ativamente das disciplinas oferecidas na graduação por meio do Programa de Aperfeiçoamento de Ensino (PAE) da
USP. O estágio é obrigatório para os bolsistas e incentivado junto aos não bolsistas. Os alunos de pós-graduação, após cursarem a disciplina de preparação
pedagógica e didática, atuam como monitores nas disciplinas de graduação. O estágio é acompanhado pela Comissão do PAE da FMUSP e por apresentação
de trabalhos de conclusão.
6) Integração com a Sociedade/Mercado de trabalho (Mestrado Profissional)
a) Indicadores de integração
Os docentes do PPGMP exercem atividades de docência, orientação de estágios e de trabalhos de conclusão nos programas de Residência Médica em
Medicina Preventiva, Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade e Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva e Atenção Primária, todas
coordenadas por docentes permanentes do PPGMP
b) Estágios profissionais
Docentes do PPGMP supervisionam estágios profissionais realizados no Centro de Saúde Escola do Butantã, no Núcleo de Vigilância Epidemiológica do
Hospital das Clínicas e no Museu Histórico da Faculdade de Medicina. São instituições conectadas ao Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP e de
cuja direção participam docentes permanentes do programa.
7) Intercâmbios
a) Intercâmbios Nacionais
É difícil estimar o número destes intercâmbios que são muito dinâmicos e não contam com registros sistemáticos. É possível afirmar, contudo, que os
intercâmbios mais constantes se dão por meio das cooperações em projetos de pesquisas interinstitucionais de maior duração, tais como: os projetos da
área de avaliação Qualiaids, QualiTB e QualiAB, que reúnem docentes e alunos do PPGMP e dos programas de pós graduação da Escola de Enfermagem-
USP-Ribeirão Preto e da UNESP, UEL, UFMA e UFMT. Estes e outros intercâmbios são apontados no item de solidariedade neste relatório.
b) Intercâmbios Internacionais
Recepção de professores de universidades e centros de pesquisa do exterior
Professores colaboradores do PPGMP:
- O professor Luis Alberto Moreno Aznar (Universidad de Zaragoza) ministrou a disciplina “Estudos Epidemiológicos Multicêntricos em Doenças
Crônicas não Transmissíveis e Estilo de Vida”,) em conjunto com o professor do PPGMP Heráclito Barbosa de Carvalho em todos os anos do quadriênio;
- A professora Maria Asunción Pastor-Valero (Universidad Miguel Hernández) ministrou a disciplina “Prevenção Na Prática Clínica: Métodos Para
Avaliação De Testes Diagnósticos em conjunto com o professor do PPGMP Paulo Rossi Menezes em 2015 e 2016.
- O professor Ricardo Araya (Centre for Global Mental Health/LSHTM – Reino Unido) manteve-se no PPGMP como professor visitante bolsista do
programa Ciência sem Fronteiras em 2015 e 2016, atuando em projetos em conjunto com o professor do PPGMP Paulo Rossi Menezes. Os professores
foram responsáveis pela organização do I e II "LATIN-MH Symposia", em 2015 e 2016, eventos que contaram com palestrantes internacionais do National
Institute of Mental Health (USA) e da Universidad Peruana Cayetano Heredia, do qual participaram profissionais de saúde mental e estudantes de pós-
graduação de diversos estados do Brasil e de países da América Latina (www.latinmh.com.br).
- A professora Julia Mortimer (London School of Hygiene & Tropical Medicine- Reino Unido) ministrou a disciplina de escrita de artigos em língua
inglesa em conjunto com a professora do PPGMP Ana Flávia Lucas D´Oliveira (2013)
Participaram de reuniões científicas a convite de docentes do PPGMP
- Os pesquisadores Juan Fernadez-Alvira (Centro Nacional de Investigaciones Cardio Vasculares Carlos III,Espanha), Alba Santaliestra-Pasias (Universidade de
Zaragoza) integrando o Workshop do Projeto SAYCARE, coordenado pelo professor do PPMGP Heráclito Barbosa de Carvalho(2016).
- Os pesquisadores Gail Gilstrich (King’s College London); Carlos Moreno Leguizamon (University of Greenwich); Francisco Collazos (Universitat Autonoma
de Barcelona); Lidia Segura (Department of Health, Generalitat de Catalunya); Heinrich Geldschlager (Integrated Intervention Programme against Gender
Based Violence, Conexus Association, Barcelona); Polly Radcliffe (King’s College London); Elizabeth Hughes (University of York); Lesley Hoggart, (Open
University) no “Seminário internacional masculinidades, violência por parceiro íntimo e uso de álcool e outras drogas: estabelecendo uma rede internacional
de aprendizagem” coordenado pela professora do PPGMP Ana Flávia P. Lucas d´Oliveira (2015) .
-Os professores Clementine Lequerillier (Universidade de Paris 2), Panthéon-Assas e Stéphane Brissy (Universidade de Nantes) no “Seminário E-Democracia
Sanitária”, no âmbito da Rede Internacional de Pesquisa “Direito à Saúde e Democracia Sanitária” coordenado pelo Professor do PPGMP Fernando Aith
(2015)
- Os professores Giovanni Tognoni (Milão); Gregory Philip Marchildon (Toronto) e Javier Rey del Castilho (Madrid) e Luis Augusto Coelho Pisco (Lisboa) no
Seminário Internacional Política, Planejamento e Gestão das Regiões e Redes de Atenção à Saúde no Brasil coordenado pela Professora do PPGMP Ana Luiza
D`Avila Viana (2015)
- As pesquisadoras Ana Duarte e Rita Faria (Centre for Health Economics – CHE, Universidade de York) no "I Workshop Internacional de Avaliação de
Tecnologias em Saúde" coordenado pela professora do PPGMP Patrícia Coelho de Soárez (2014).
- No quadriênio, o programa também recebeu para reuniões de grupos de pesquisa e/ou palestras os professores: Rebecca Pearson (School of Social and
Community Medicine- Bristol University- Reino Unido) (2013 e 2015); - Elena Netsi (Warneford Hospital, Universidade de Oxford-Reino Unido) (2013 e
2016); - Anne Line Dalsgard (Aarhus University - Dinamarca) (2013); - Jesús Maria Aranaz Andrés (Hospital Universitário San Juan - Espanha) (2013) ; - ; Pilar
Melendez (Universidade de Zaragoza) (2014); - Joseph Murray (University of Cambridge, Inglaterra) (2015); - Mark Jit (London School of Hygiene and
Tropical Medicine – Reino Unido) (2016.)
Recepção de alunos do exterior
O PPGMP teve, no quadriênio, cinco alunos do exterior dos países Colômbia (2), França (1); Guiné Bissau (1) e Espanha (1). O aluno da França, titulado em
nível doutorado em 2016, foi aluno do Convênio de Dupla Titulação com a Universidade de Paris 13.
Por meio do acordo de cooperação com a Universidade de Princeton “Global Health and the Social Studies of Medicine and Health”, foram recebidos, em
2015, 3 alunos de graduação, 1 doutoranda e 1 pós-doutoranda em estágio de dois meses.
O projeto de pesquisa do PPGMP “Demografia Médica” recebeu, em estágios de sete meses quatro médicos (2 em 2015 e 2 em 2016) da Icahn School of
Medicine at Mount Sinai, New York, integrante do Program in Global Surgery and Social Change, Harvard Medical School, Boston.
Docentes do PPMGP coordenaram e ministraram em 2015 e em 2016 a disciplina “Disease prevention, health promotion and vulnerability reduction:
historical aspects, conceptual discussion and interprofessionality” (80 horas) do Programa Winter Schools, da Faculdade de Medicina da USP, que recebeu
29 alunos de graduação de escolas médicas de diversos países (Alemanha, Chile, Bolívia, Dinamarca, Estados Unidos, México, Colômbia, Peru, Reino Unido,
Holanda, Hungria, África do Sul e Ucrânia). No mesmo programa, ministraram aulas na disciplina “Principles of cancer prevention and cancer control
programmes” oferecida pelo Departamento de Radiologia da FMUSP.
Dois alunos (1 doutoranda e 1 pós-doutoranda) do Programa de Pós-Graduação do Institut Droit et Santé da Universidade de Paris 5 – Paris/Descartes
vinculados ao projeto de pesquisa “E-Democracia Sanitária” estagiaram no PPGMP por três meses. (2015)
Alunos de doutorado da Universidade de Zaragoza (1 em 2013 e dois em 2014) participaram da disciplina de pós graduação, ministrada no PPGMP pelos
professores Luis Alberto Moreno Aznar (Universidad de Zaragoza) e Heráclito Barbosa de Carvalho do PPGMP e das reuniões do grupo de pesquisa destes
docentes.
O Museu Histórico da FMUSP, integrado ao grupo de pesquisa em história da Saúde Coletiva do PPGMP, recebeu, em 2015 para estágios de um mês os
pesquisadores Alexandra Gurel (Universidade de Princeton) e Eyal Wheinberg (Universidade do Texas).
Cursos e palestras ministrados e estágios de docentes e discentes do PPGMP a universidades do exterior
- Durante todo o quadriênio, o professor José Ricardo Ayres manteve-se como docente colaborador do Instituto de Salud Colectiva da Universidad Nacional
de Lanús, Argentina, onde ministra o curso “Perspectivas epistemológicas de la epidemiologia” no Programa de Pós-Graduação (mestrado e doutorado) de
Epidemiologia e Gestão de Serviços de Saúde. Ministrou ainda, para o conjunto dos alunos da pós graduação e da especialização da área, as palestras
“Riesgo. Ejes históricos y epistemológicos. Concepto de vulnerabilidade. Modelos casuales y complejos” e “ Georges Canguilhem e a Construção conceitual
da Saúde Coletiva: história de influências e desafios atuais”.
O professor Ayres foi professor visitante da Universidade de Princeton, por seis meses, em 2014. Neste período ministrou muitas aulas e palestras para
alunos de pós graduação. Em Princeton, organizou o Seminário “Visions of care: reconstructing health practices” com a participação de professores de várias
IES dos Estados Unidos e do qual participaram as alunas de doutorado do PPGMP, Marília Otero, Gabriela Calazans, Mariana Nasser, esta última também
palestrante.
- Como é usual, vários intercâmbios estão conectados a projetos de cooperação internacional de pesquisa já formalizados ou ainda em tratativas. Entre
estes estão os seguintes exemplos:
O professor Paulo Menezes proferiu a palestra "Solving the Grand Challenges in Global Mental Health: Maintaining Momentum on the Road to Scale Up" em
Washington, em simpósio rganizado pelo National Institute of Mental Health- USA e Grand Challenges, Canada (2016)
A professora Ana Flávia Lucas D´Oliveira, proferiu a palestra “Substance misuse and IPV: Possibilities and challenges for addressing male violence in policy
and practice in Brazil” no evento “Perpetration of intimate partner violence by males in substance abuse treatment: a cross-cultural Learning Alliance-
Dissemination of project findings”, no King’s College – Reino Unido (2016)
O professor Heráclito Barbosa de Carvalho proferiu a palestra “Early Nutrition, physical activity and health”, no Workshop de Actividad Física y Salud da
Universidad de Zaragoza (Campus Huesca). O simpósio integra-se às atividades do programa de pós graduação da Faculdade de Ciências da Saúde e do
Esporte: Evaluación del Entrenamiento Físico para la Salud (2015)
A professora Maria Ines Battistella Nemes proferiu a palestra “Evaluation of HIV quality care process and ART adherence” no Center of Interdisciplinary
Reserch on AIDS (CIRA) da Yale School of Publica Health (cira.yale/events/special-guest-lecture) (2014)
A professora Alicia Matijasevich) ministrou, em Buenos Aires o Curso: “Taller de métodos de investigación epidemiológica”, organizado pela OPAS (2014)
- Palestras, seminários, aulas, também foram ministradas durante os estágios pós doutoral dos docentes Maria Fernanda Peres (University of Cambridge-UK,
2015) e Fernando Aith (Universidade de Paris 2 - Panthéon-Assas e Universidade de Paris 5 – Paris/Descartes, 2015)
- No quadriênio, estiveram em estágio de doutorado sanduíche no exterior oito alunos nas universidades: Aarhus (Dinamarca); Montreal e Toronto
(Canadá); Porto (Portugal); Zaragoza (Espanha); Harvard e Yale (Estados Unidos); College London (Reino Unido).
- Entre os pós doutorandos, cinco estiveram em estágios no exterior. Em 2006, um pós doutorando esteve em estágio de dois meses sob a supervisão da
Professora Maria Asunción Pastor-Valero da Universidade Miguel Hernadez, universidade com a qual o PPGMP teve aprovado seu mais recente convênio
de dupla titulação.
8) Solidariedade, Nucleação e Visibilidade
a) Indicadores de Solidariedade e Nucleação
O PPGP mantém intensa colaboração e intercâmbio com outros programas de pós graduação no Brasil e do exterior.
Quatro dos docentes permanentes também colaboram em outros programas como orientadores credenciados (Ciências Ambientais/PROCAM-USP;
Epidemiologia/FSP-USP; Nutrição em Saúde Pública-FSP-USP, Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades –DIVERSITAS da Faculdade de Filosofia Ciência e
Letras-USP; Antropologia- Faculdade de Filosofia Ciência e Letras-USP; Epidemiologia- UFPEL e PUC- Porto Alegre.
No quadriênio, os docentes permanentes do PPGMP foram examinadores, em outros programas do Brasil, de cerca de 150 bancas discentes (qualificação,
defesa de mestrado e doutorado) e de 13 bancas de concurso docente (ingresso; titular).
Não é possível mensurar a quantidade de cursos, aulas magnas e inaugurais, palestras e aulas a convite de outros programas que não são registrados
sistematicamente. É, porém, possível dizer que estas atividades são muito frequentes e abrangendo diversos programas da USP, de outras universidades no
estado em São Paulo e em diversos locais de todo o Brasil, como exemplificam atividades em universidades de locais tão diversos como as cidades de
Chapecó e Rio Branco.
As participações externas são especialmente frequentes nos programas da área de Saúde Coletiva com cujas equipes o PPGMP mantém cooperação em
projetos de pesquisa. São exemplos os programas de Saúde Coletiva acadêmicos CAPES 4, como o da UNESP-Botucatu e profissionais, como o da Fundação
Universitária Regional de Blumenau.
Também os projetos PROCAD com os programas de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso (encerrado oficialmente em 2013) e da
Universidade Federal do Maranhão (encerrado oficialmente em 2015) favoreceram a consolidação de parcerias de pesquisa e intercâmbios docentes e
discentes mantidos no quadriênio 2013-2016.
Quanto à nucleação, ressaltamos a posição de destaque dos nossos egressos em posições de docência (em universidades públicas e privadas, especialmente
no Estado de São Paulo), na pesquisa (como captadores de recursos em agências de fomento) e na gestão da saúde nos níveis municipais, estaduais e
federal.
No último quadriênio, dentre os egressos do mestrado e doutorado, vários assumiram cargos técnicos de gestão importantes, nos setores público e
privado, como Mariana Maleronka Ferron, Diretora do Departamento de Atenção à Saúde Indígena da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI);
Armando Antônio de Negri Filho, coordenador do Laboratório de Inovação em Planejamento, Gestão, Avaliação e Regulação de Políticas, Sistemas, Redes e
Serviços de Saúde do HCor, Augusto Mathias e Cáritas Relva Basso na assessoria técnica do Programa de DST e HIV da Prefeitura de São Paulo.
No âmbito da docência, em instituições públicas e privadas da área de saúde, Simone Almeida da Silva e Antônio Augusto Modesto, após concluírem
doutorado direto, tornaram-se professores do Curso de Atenção Primária em Saúde da Faculdade de Medicina da Cidade de São Paulo (UNICID), Fabiana
Maluf Rabacow, professora na Universidade Católica Dom Bosco, Florencio Mariano da Costa Junior, tornou-se docente permanente do Programa de Pós
graduação em "Educação Sexual" da Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara (UNESP), Carolina Luisa Alves Barbieri, Professora do Programa de Pós-
Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Católica de Santos (UNISANTOS) e Andrea Tenório, professora do curso de Medicina das Faculdades Santa
Marcelina (SP).
Nossos egressos também demonstram capacidade de envolvimento em pesquisas, com captação de recursos de agências de fomento. Como exemplo,
Mariana Arantes Nasser, egressa em 2015, é uma das coordenadoras “Linha de Cuidado para a Saúde na Adolescência e Juventude para o Sistema Único
de Saúde no Estado de São Paulo”, desenvolvido em parceria pelo Centro de Saúde Escola/FMUSP, a SES-SP e o CEBRAP, com apoio da OPAS. O projeto
conta também com o apoio da FAPESP por meio de projeto aprovado na linha PPSUS do qual é a investigadora principal. Compõem a equipe do projeto
outros egressos recentes do PPGMP como Maria Altenfelder Santos e Jan Billand.
b) Acompanhamento de Egresso
Em 2016 o programa teve 19 egressos, totalizando 82 no quadriênio.
Como é tradicional no PPGMP, professores universitários já em atuação em universidades brasileiras complementaram sua formação em nível de
doutorado. Neste quadriênio tivemos também duas professoras da Universidade Nacional de Colômbia. É também tradicional no programa que
profissionais já em importantes posições na gestão em saúde, busquem no PPGMP excelência para sua formação, como foi o caso, por exemplo dos recém
doutores Artur Olhovetchi Kalichman, Coordenador Adjunto do Programa Estadual de DST e Aids e Membro do Comitê Assessor em Terapia Antiretroviral
para Aids do Ministério da Saúde e de Marge Tenório, Coordenadora de Fomento à Pesquisa em Saúde do DECIT/MS.
De outro lado, muitos de nossos alunos, após completarem sua formação, assumiram posições acadêmicas e técnico-científicas em IES públicas e privadas,
no estado de São Paulo e em outros estados do país, tal como exemplificamos no item anterior, de nucleação.
Entre os 82 egressos no último quadriênio 62 possuem informação atualizada na Plataforma Lattes sobre o 'local atual de trabalho' e 'cargo ou função'.
Destes, 45 (72 %) informam atividades de docência e/ou pesquisa em IES públicas ou privadas e 28 (45%) atuam em cargos técnicos, vinculados à área de
saúde nos níveis municipais e estaduais e federal do SUS.
Do total de egressos no quadriênio, 86,5% publicaram em periódicos científicos nos últimos 5 anos; sendo 50% em periódicos internacionais (destacando
nos dois últimos anos American Journal of Epidemiology, Plos One, Preventive Medicine, Drug and Alcohol Dependence) e 62% em periódicos nacionais
(Revista Brasileira de epidemiologia, Revista Ciência e Saúde Coletiva, Cadernos de Saúde Pública, Saúde e Sociedade). No que se refere à participação em
livros, 44% tiveram participação em publicações de livros ou capítulos de livros.
No item 'revisor de periódicos científicos' observa-se que 41,4% dos egressos do quadriênio desenvolvem a atividade, a qual, claramente, exige experiência
e domínio geralmente alcançados em etapa avançada da formação acadêmica. Tal atividade, desenvolvida sobretudo pelos egressos do doutorado, tem se
apresentado uma boa distribuição entre periódicos nacionais no campo da Saúde Coletiva. Dentre as revistas nacionais temos: Cadernos de Saúde Pública,
Revista de Saúde Pública, Revista Brasileira de Epidemiologia, Physis, Interface, comunicação, saúde e educação, Saúde e sociedade, dentre as mais
frequentes. Dentre as internacionais observa-se o incremento da atuação dos egressos, na qual destacam-se os periódicos: American Journal of Preventive
Medicine, Plos One, BMC Public Health e BMJ Open.
c) Visibilidade
O PPGMP dispõe de página na WEB no endereço http://www.fm.usp.br/ppgmedprev, com versões em português, inglês e espanhol.
Na página é possível obter todas as informações sobre a pós-graduação, com identificação dos objetivos do programa, estrutura curricular, processos de
seleção, disciplinas oferecidas, atividades de extensão, linhas de pesquisa, financiamentos e atividades de ensino desenvolvidas pelo corpo docente do
PPGMP e links para seus currículos Lattes. O site também veicula eventos do programa como qualificações de mestrado e doutorado, defesas, seminários e
notícias na imprensa e Internet sobre as pesquisas desenvolvidas e seminários internos. A lista de dissertações e teses do PPGMP também está disponível
no site e há um link para o sistema de bibliotecas eletrônicas da USP, onde é possível obter o arquivo PDF para teses e dissertações defendidas a partir de
2003. As parcerias estabelecidas com outras instituições de ensino e pesquisa também estão listadas.
A produção científica e técnica e a inserção social dos docentes do PPGMP tem sustentado a presença no debate científico da Saúde Coletiva e do setor
saúde em geral que vem sendo veiculado por várias mídias. No quadriênio, esta presença foi muito numerosa, tanto nas mídias da universidade, tais como o
Jornal da USP, Jornal do Campus e a Revista da Faculdade de Medicina, como para órgãos da imprensa externos, tais como Folha de São Paulo, Revista Abril,
Revista Radis, Valor Econômico, Estado de São Paulo, TV Globo e TV Cultura e em algumas mídias internacionais.
Pelo ineditismo e impacto, destacamos aqui:
- A veiculação de pesquisas do PPGMP no programa “Estação Saúde: as pesquisas da USP mais perto de você”. Dirigido por um docente colaborador,
Alexandre Faisal Cury, o programa já entrevistou muitos docentes do PPGMP, entre 2015 e 2016, com um ótimo retorno da audiência, constituindo uma
“mídia do PPGMP”.
- As palestras sobre Saúde e Violência da Mulher, da docente Ana Flávia Lucas D´Oliveira, em 2016, na série “USP TALKS: aproximando a universidade da
comunidade”, em unidades do SESC e em grandes eventos patrocinados pelo Instituto AVON.
- A repercussão na mídia internacional do Guia Alimentar para a População Brasileira de 2014, elaborado por grupo de pesquisadores interinstitucional
integrado pela docente do PPGMP Renata Levy, como por exemplo, no jornal Washington Post https://www.washingtonpost.com/lifestyle/wellness/not-all-
processed-foods-are-bad-for-you-how-theyre-made-matters/2017/02/08/8b205378-ea5b-11e6-bf6f-301b6b443624_story.html)
- Artigo do discente de doutorado, Leandro Resende, sobre atividade física no jornal New York Times (https://well.blogs.nytimes.com/2016/03/29/sitting-
increases-the-risk-of-dying-early/?smid=fb-share&_r=1)
9) Inserção Social
a) Inserção Social
Como importante destaque do quadriênio deste item, apontamos a participação dos docentes do PPGMP em iniciativas relacionadas aos diversos tipos de
violência que vem sendo cada vez mais reconhecidas socialmente. Concorreu para esta participação tanto a formação original destes docentes, quanto sua
expertise acadêmica nestes temas. Vários docentes do PPGMP participaram de comissões e grupos de trabalho para propor ações positivas nos ambientes
de ensino e de convivência da instituição, combatendo a intolerância e os vários tipos de assédio na comunidade. Exemplar dos desdobramentos
institucionais destas ações positivas foi a participação de professores do PPGMP na elaboração do Código de Ética e de Proteção dos Direitos Humanos da
Comunidade FMUSP.
Um desdobramento associado peculiar foi o Projeto QUARA- Prevalência de abusos, maus-tratos e outras agressões durante a formação médica: um estudo
de corte transversal em São Paulo, Brasil, 2013, coordenado por professora do PPGMP, que envolveu vários alunos de iniciação científica da FMUSP. Além
de sua divulgação científica - que redundou em artigo em periódico e trabalhos em congresso com autoria dos alunos de IC- os resultados tiveram grande
repercussão na mídia.
De âmbito mais geral, iniciativa de docentes do PPGMP criou, em 2015, a “Rede Não Cala” de professoras e pesquisadoras da USP pelo fim da violência de
gênero e sexual na USP. Baseando-se nas pesquisas realizadas por integrantes do programa, a rede reúne hoje mais de 200 professoras de toda a
Universidade e tem realizado campanhas educativas, treinamento e acolhimento das vítimas e trabalhado propostas para mudanças no regimento e
responsabilização dos autores de violência. Trouxe à tona importante problema que está presente em instituições de ensino nacionais e internacionais e
professoras do Programa têm sido chamadas a dividir a experiência com outras Universidades brasileiras, como a USP Ribeirão preto e a UFRGS.
Em relação às atividades mais tradicionais de inserção social, o desempenho do PPGMP cresceu e se diversificou no quadriênio. São destaques:
Em assessorias, comitês e grupos técnicos do setor saúde
- A professora Hillegonda Maria Novaes, em 2015, integrou o WHO Strategic Advisory Group of Experts (SAGE) Dengue vaccine Working Group, grupo de
Trabalho estabelecido em março de 2015 pela OMS para avaliar o conhecimento disponível, identificar as lacunas de informação e formular recomendações
sobre o uso de uma vacina licenciada contra a dengue. Durante um ano a professora colaborou com os membros do SAGE: Terry Nolan, da Melbourne
School of Population and Global Health, Australia e Piyanit Tharmaphornpilas, Ministro de Saúde Pública da Tailândia e com os experts: Jeremy Farrar, do
Wellcome Trust, Reino Unido, Ananda Amarasinghe, Ministra da Saúde do Siri Lanka, Alan Barrett, da University of Texas Medical Branch, EUA, Anna Durbin,
da Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, EUA, Elizabeth Ferdinand, da University of the West Indies, Barbados, Maria Guzman, da Pedro Kouri
Tropical Medicine Institute, Cuba, Lee Ching Ng, da National Environment Agency, Cingapura, Amadou Sall, do Institut Pasteur de Dakar, Senegal, Peter
Smith, da London School of Hygiene and Tropical Medicine, Reino Unido, Wellington Sun, da U.S. Food and Drug Administration, EUA, Stephen Thomas, do
Walter Reed Army Institute of Research, EUA. O trabalho realizado pelo grupo permitiu a publicação de um “position paper”, documento da OMS resumindo
as informações básicas essenciais sobre a dengue e suas respectivas vacinas, e conclui com a posição atual da OMS sobre a sua utilização no contexto global.
- As professoras Hillegonda Maria Novaes e Patricia Coelho Soarez, que apoiam tecnicamente o Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde
PNI), concluíram, no quadriênio, relatórios técnicos de avaliação de custo-efetividade para incorporação das vacinas hepatite tipo A, varicela e HPV para a
CONITEC.
- A professora Ana Flavia Lucas D´ Oliveira integrou em 2015, o Expert Meeting – Curricula Development on Violence against Women (VAW) e o grupo “A
Consultation on the global plan of action on strengthening the role of the health systems in addressing interpersonal violence, in particular against women
and girls and against children”, organizados pela OMS em Genebra.
- O professor Euclides Ayres Castilho é membro nato da Comissão Nacional de Aids do Ministério da Saúde.
- O professor Nelson Gouveia integra Comitê Técnico Assessor da Vigilância em Saúde Ambiental da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da
Saúde. Participou, em 2015, como expert convidado do comitê assessor da OMS para iniciar os procedimentos para a atualização dos valores guias de
qualidade do ar.
- O professor José Eluf Neto integra o conselho consultivo do Instituto Nacional do Câncer-INCA do Ministério da Saúde e o conselho diretor do Instituto do
Câncer do Hospital das Clínicas da FMUSP. É diretor da Fundação Oncocentro de São Paulo.
- O professor José Ricardo CM Ayres integra o Comitê Científico de Saúde do Adolescente da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, sendo responsável,
junto com a egressa do PPGMP, Mariana Nasser, pelo projeto de desenvolvimento de Linha de Cuidado em Saúde do Adolescente para o Estado de São
Paulo
- A professora Maria Ines Battistella Nemes integra a assessoria técnica do Programa Estadual de DST, HIV/Aids e Hepatites Virais para a implantação da
Rede de Cuidado em DST, Aids e Hepatites Virais no Estado de São Paulo.
- A professora Beatriz Tess integra o Conselho de Administração da Associação Saúde da Família (ASF), organização social que faz a gestão da atenção
primária nas regiões norte, sul e centro do município de São Paulo por meio de contrato com a prefeitura. Compõe o Grupo de Trabalho “Obesidade
Infantil” do Conselho de Responsabilidade Social (CONSOCIAL) da Federação da Indústria e do Comércio do Estado de São Paulo (FIESP);
Na formação e capacitação de profissionais da saúde
- No início do quadriênio, em 2013, o Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP, credenciou como Residência Multiprofissional, o Programa de
Saúde Coletiva e Atenção Primária para Profissionais Não Medicos, de dois anos de duração. O programa é coordenado por docente permanente do PPGMP
e conta com a participação em módulos teóricos e de supervisão de grande parte de vários docentes do programa de pós graduação.
- As professoras Hillegonda Maria Dutilh Novaes e Patrícia Coelho de Soárez coordenaram, em 2015, o módulo do curso de pós-graduação lato senso
(especialização em Avaliação de Tecnologias em Saúde e Avaliação Econômica) no formato de Ensino à Distância do Instituto Nacional de Ciência e
Tecnologia para Avaliação de Tecnologia em Saúde - IATS, oferecido em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade
Federal de Goiás (UFG), Universidade de Brasília (UnB) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O curso tem com o objetivo principal promover o
fortalecimento da capacidade nacional para a tomada de decisão em saúde através de capacitação de profissionais de saúde atuando na gestão de saúde
nas esferas federal, estadual e municipal e formou 70 profissionais
- O professor Jose Ricardo Ayres organizou e ministrou, em 2016, duas edições do curso de difusão (60 hs) “Literatura e formação humanística em saúde” oferecido para profissionais de saúde.
Na assessoria a agências de fomento, editoras e revistas científicas
- A maioria dos docentes atua como consultor ad hoc para agências de fomento à pesquisa (CNPq, CAPES, FAPESP, FINEP, Ministério da Saúde), no
julgamento de projetos de pesquisa e outras demandas institucionais. Têm sido ainda responsáveis por elaboração de pareceres para fundações de apoio à
pesquisa de outros estados, como FAPERJ, FAPERGS, FAPEMIG e outras instâncias públicas (Decit/SCTIE/MS, FIOCRUZ, BIREME).
- No quadriênio, foram editores científicos ou associados
De revistas nacionais: Revista de Saúde Pública, Cadernos de Saúde Pública, Ciência & Saúde Coletiva, Interface-Comunicação Educação e Saúde, Physis,
Revista Brasileira de Epidemiologia e Serviços de Saúde, Saúde e Sociedade, Cadernos de Saúde Coletiva, Revista do Instituto de Medicina Tropical, Revista
de Medicina, Revista Brasileira de Psiquiatria, Revista de Psiquiatria Clínica.
De revistas internacionais: Journal of Epidemiology and Community Health, Tropical Medicine and International Health, Nursing Philosophy, Salud Colectiva,
Value in Health Regional Issues, World Journal of Meta-Analysis, Social Psychiatry and Psychiatric Epidemiology.
- Todos os docentes são pareceristas ad hoc de revistas nacionais e internacionais. Entre as internacionais, no quadriênio, elaboraram pareceres para os
periódicos AIDS Care, Health Policy and Planning, Journal of AIDS and HIV Research, Epidemiology, Environmental Health Perspectives, Environmental
Research, British Medical Journal, British Journal of Medical and Biological Research, International Journal Gynecology and Obstetrics, Vaccine, Expert
Review of Vaccines, Revista Panamericana de Salud Publica, Psychological Medicine, Lupus, Social Psychiatry and Psychiatric Epidemiology, BMC Neurology,
BMC Public Health, BMC Health Services Research, Current Sociology.
Na prestação de serviços à comunidade
- Três docentes do PPGMP participam diretamente da prestação de serviços de atenção primária à saúde prestada à comunidade do Butantã pelo Centro de
Saúde Escola da FMUSP.
- Docente do PPGMP coordena as atividades de vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, sistemas de informação hospitalares e indicadores
assistenciais do Hospital das Clínicas da FMUSP através do Núcleo de Vigilância em Saúde do HC-FMUSP.
- Docente do PPGMP coordena o Museu Histórico da Faculdade de Medicina, aberto ao público.
Na participação das instituições da área de Saúde Coletiva
- A professora Hillegonda Maria Dutilh Novaes foi coordenadora de Comitê de Área Saúde Coletiva no CNPQ (2013-2015) e é representante adjunta da área
de Saúde Coletiva da CAPES (2015-2016)
- O professor Moisés Goldbaun integrou, em 2013, o Comitê de Avaliação trienal (2010-2012) da CAPES
- O professor Nelson Gouveia foi Vice-Presidente da ABRASCO (2014-2015); o professor Mário Sheffer é vice-presidente da ABRASCO (desde julho 2015).
- São representantes titulares de Comissões da ABRASCO, a professora Márcia Thereza Couto Falcão (Comissão de Ciências Humanas e Sociais), o professor
Paulo R Menezes (Epidemiologia) da ABRASCO.
- Vários docentes do PPGMP compõem os Grupos de Trabalho da ABRASCO; a coordenadora e a vice-coordenadora do PPGMP integram o Fórum de Saúde
Coletiva da ABRASCO
- Vários docentes do PPGMP compõem conselhos e comissões da Associação Paulista de Saúde Pública e contribuem na organização de seus congressos.
b) Interfaces com a Educação Básica
-
10) Internacionalização
No quadriênio, o PPGMP empenhou-se em ampliar iniciativas e atividades de internacionalização. Compõem este empenho os intercâmbios internacionais e
as assessorias e consultorias internacionais já apontadas em itens anteriores. Neste item destacamos, entre as atividades dos docentes permanentes:
A consolidação e ampliação de redes internacionais de cooperação e de projetos de investigação colaborativa
- Head and Neck Cancer Epidemiology Internacional – INHANCE (Vigente desde início do quadriênio). Consórcio de grupos de pesquisa que conduzem
grandes estudos epidemiológicos para melhorar a compreensão das causas e mecanismos de câncer de cabeça e pescoço. (Professor José Eluf Neto)
- European Network of National Schizophrenia Networks studying Gene-environment Interactions- EU-GE" (Vigente desde início do quadriênio). Conduz
estudos sobre os determinantes sociais e biológicos da esquizofrenia e outras psicoses. O projeto do PPGMP, associado à rede, objetiva estimar a incidência
de EOP na região de Ribeirão Preto-SP e investigar possíveis interações entre fatores sociais e biológicos na ocorrência destes transtornos
mentais. (Professor Paulo Rossi Menezes)
- Latin America Technology and Innovation Network in Mental Health- LATIN-MH". (Vigente desde início do quadriênio). Um dos cinco hubs concedidos pelo
US-NIMH para aumentar a capacidade de investigação que pode criar melhores estratégias para reduzir a diferença de tratamento de doenças mentais em
locais com poucos recursos. Envolve pesquisadores do Peru, Equador, Guatemala e Colômbia. Objetiva também aumentar a capacidade de pesquisa em
saúde mental na região, através de um programa de formação em investigação que envolve a Universidade de São Paulo, no Brasil, a rede latino-americana
da Aliança Global para a Doença Crônica, da Universidade de Washington e da London School of Hygiene & Tropical Medicine (Professor Paulo Rossi
Menezes)
- Estudo de Saúde e Contaminação do Ar na Latino América-ESCALS (Vigente desde início do quadriênio). Utiliza um protocolo analítico comum para
investigar os efeitos da exposição à poluição atmosférica na saúde da população em diversas cidades da América Latina. É o primeiro estudo multi-países
sobre os efeitos da poluição do ar nessa região. Envolve pesquisadores de instituições no Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre), no Chile (Santiago,
Temuco e Rancágua) e no México (Cidade do México, Monterrey e Toluca). (Professor Nelson Gouveia).
- South American youth/child cardiovascular and environmental study- SAYCARE (Vigente desde início do quadriênio). Em colaboração com a Universidade
de Zaragoza-Espanha, inclui Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Peru e Colômbia envolve muitos sub-projetos relacionados ao dos fatores de risco precursores
das doenças cardiovasculares na infância e juventude. Envolve vários alunos de pós graduação de ambas as instituições, entre eles dois alunos do PPGMP
em dupla-titulação (Professor Heráclito Barbosa de Carvalho)
-Global Health and the Social Studies of Medicine and Health: Princeton-USP Collaborative Research and Teaching Program. (Vigente desde início do
quadriênio). Acordo de cooperação acadêmica entre a Universidade de Princeton e a USP, nesta envolvendo 3 unidades (FMUSP, FSP, FFLCH). Envolve
organização conjunta de eventos, intercâmbio de alunos de graduação e pós-graduação e professores. (Professor José Ricardo Ayres)
- Infant sleep hygiene counseling: a randomized controlled trial (Vigente desde 2016). O estudo avalia a eficácia de uma intervenção para melhorar a
qualidade e a duração do tempo auto-regulado de sono noturno de crianças. É uma colaboração entre o Hospital for Sick Children - Research Institute and
Department of Paediatrics, University of Toronto, Canadá, Oxford Maternal & Perinatal Health Institute International Research Fellow, Nuffield Department
of Obstetrics & Gynaecology, John Radcliffe Hospital, University of Oxford & Clinical Fellow, Department of Paediatrics, Southampton General Hospital,
Reino Unido, Programa de Pós-graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas e o Hospital da Criança Conceição do Ministério da Saúde.
(Professora Alicia Matijasevich)
-Microbiome patterns associated with specific growth trajectories in school age children: interactive effects of diet and social determinants of health.
(Vigente desde 2015). Objetiva analisar se o microbioma está associado com específicas trajetórias de crescimento ao longo da infância e puberdade em
diferentes situações socioeconômicas no Canada e Brasil. Envolve pesquisadores da Universidade de Toronto. (Professora Alicia Matijasevich)
- Consumo de alimentos ultraprocessados, perfil nutricional da dieta e obesidade em sete países (Vigentes desde 2016). O estudo, coordenado pelo
Professor Carlos Monteiro, da FSP-USP estuda o padrão de consumo de alimentos ultraprocessados e sua influência sobre o perfil nutricional da dieta e o
risco de obesidade na população do Brasil, Colômbia, Chile, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália. (Professora Renata Levy)
- Risk and protective factors for adolescent violent behaviour in Sao Paulo, Brazil. Sao Paulo Project on the Social Development of Children (Vigente desde
2016). Objetiva analisar os riscos e fatores de proteção para comportamento violento e vitimização de adolescentes no Brasil em perspectiva comparativa
com outras culturas. Conta com a parceria do Violence Research Center, Institute of Criminology, University of Cambridge-UK (Professora Maria Fernanda
Peres)
PODEMOS TENTAR RESUMIR MAIS OU MENOS ASSIM, apenas em inglês:
Current international partnerships with the Postgraduate Program - Preventive Medicine (Public Health / Collective Health)
Head and Neck Cancer Epidemiology Internacional – INHANCE. Consortium of research groups conducting major epidemiological studies to improve
understanding of the causes and mechanisms of head and neck cancer. (Professor José Eluf Neto)
Violence Research Center, Institute of Criminology, University of Cambridge-UK (Professor Maria Fernanda Peres)
Global Health and the Social Studies of Medicine and Health: Princeton-USP Collaborative Research and Teaching Program (Professor José Ricardo C. M>
Ayes)
South American youth/child cardiovascular and environmental study- SAYCARE (Universidad de Zaragoza-USP). (Professor Heráclito…..
Infant sleep hygiene counseling: a randomized controlled trial ( Hospital for Sick Children - Research Institute and Department of Paediatrics, University of
Toronto, Canadá, Oxford Maternal & Perinatal Health Institute International Research Fellow, Nuffield Department of Obstetrics & Gynaecology, John
Radcliffe Hospital, University of Oxford & Clinical Fellow, Department of Paediatrics, Southampton General Hospital, Reino Unido, Programa de Pós-
graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas e o Hospital da Criança Conceição do Ministério da Saúde. (Professora Alicia Matijasevich)
Microbiome patterns associated with specific growth trajectories in school age children: interactive effects of diet and social determinants of health (
Fica mais fácil, certo?
O estabelecimento de convênios de Dupla Titulação
- No quadriênio, o PPGMP instituiu três convênios de dupla titulação com: as Universidades de Zaragoza (1 doutorando atual; 1 doutor já titulado), a
Universidade de Paris 13 (1 doutorando titulado em 2016) e com a Universidade Miguel Hernándes, recém celebrado.
A organização de eventos científicos internacionais
- O professor Nelson Gouveia foi o presidente da 27ª Conferência Anual da Sociedade Internacional de Epidemiologia Ambiental – ISEE 2015 realizada de
30 de agosto a 03 de setembro de 2015 em São Paulo, SP, Brasil. A Sociedade Internacional de Epidemiologia Ambiental (International Society for
Environmental Epidemiology – ISEE – www.iseepi.org) é uma organização científica internacional, composta por membros de mais de 60 países e com
capítulos e grupos regionais na Europa, Mediterrâneo Ásia e América Latina. É reconhecida como centro colaborador da Organização Mundial de Saúde
(OMS). O evento contou com participantes de 45 países de todos os continentes.
- A professora Ana Luíza Viana organizou o Seminário Política, Planejamento e Gestão das Regiões e Redes de Atenção à Saúde no Brasil – Sistemas
Universais, Regionalização e Impasses Contemporâneos, que contou com a participação de Luis Pisco do Conselho Diretivo da Administração regional de
Saúde de Lisboa e Vale do Tejo/Portugal, Gregory Marchildon do Institute of Health Policy, Management and Evaluation, da University of Toronto/Canadá e
Javeir Rey del Castillo, consultor sênior do Ministério da Saúde da Espanha e Hudson Pacífico da Silva professor colaborador da École de Santé Publique de
lÚniversité de Montreal/Canadá. O seminário contou com a presença do Projeto Redes, que envolve pesquisadores de todo o Brasil e de profissionais de
saúde.
- A professora Ana Flavia Oliveira organizou o Seminário Internacional – “Masculinidades, violência por parceiro íntimo e uso de álcool e outras drogas:
estabelecendo uma rede internacional de aprendizagem” em colaboração com o King’s College London, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) no âmbito da pesquisa financiada pela FAPESP e ESRC – Reino Unido, em parceria com King’s College. Esta
pesquisa, acompanhada por uma Rede de Aprendizagem, realizou 2 Em Londres e 3 Seminários no PPGMP que congregaram pesquisadores e gestores da
área de saúde mental e violência de gênero, saúde mental, saúde do homem e saúde da mulher do Ministério da Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde
de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco para discutir os achados da pesquisa e suas implicações para a práticas de saúde.
- A professora Hillegonda Maria Novaes organizou o I Workshop Internacional de Avaliação de Tecnologias em Saúde, Centro de Investigação Translacional em Oncologia (CTO), Instituto do Câncer do estado de São Paulo (ICESP, Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) em parceria com a University of York. A professora também organizou em parceria com o Professor Mark Jit da London School of Hygiene and Tropical Medicine –LSHTM o seminário
Mathematical Modeling Of Dengue Transmission Applied To Health Economic Evaluation Studies, na FMUSP.
- O professor José Ricardo Ayres foi Vice-Presidente do Congresso e Presidente da Comissão Científica do Congresso Internacional de Humanidades e
Humanização em Saúde, na FMUSP em 2014.
- Os professores José Ricardo Ayres e Maria Fernanda Peres, colaboraram na organização e no comitê científico de iniciativas internacionais da USP, entre
elas, os eventos “World Health Summit Regional Meeting – Latin America- 2014- FMUSP& M8 Alliance” e o “Global Cities Joint Conference USP & University
of Toronto- 2014- AUCANI-USP”
11) Atividades complementares
- Os docentes do PPGMP mantêm numerosas atividades de apoio e integração com outros Programas da FMUSP, demandada por alunos e pesquisadores do
complexo Hospitalar das Clínicas e da Faculdade de Medicina, notadamente para os temas de epidemiologia, pesquisa qualitativa e avaliação tecnológica.
Destaca-se ainda no apoio ao Hospital das Clínicas as atividades do Núcleo de Vigilância em Saúde do HC-FMUSP, coordenado por docente do PPGMP, que
conta com 18 profissionais com especialização em vigilância epidemiológica, vigilância sanitária e sistemas de informação hospitalares e indicadores
assistenciais.
-Docentes do PPGMP participam ativamente das instâncias da FMUSP: Comissões de Graduação, Pós Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, Ética em
Pesquisa, Comissão Científica dos Laboratório de Investigação Médica e Comissão de Residência Médica.
- Entre 2013 e 2014 , um dos docentes do PPGMP era Presidente da Comissão de Extensão da Faculdade de Medicina e Pró-Reitor Adjunto de Cultura e
Extensão da Universidade de São Paulo. Esta comissão é responsável pela aprovação e acompanhamento de cursos de especialização, atualização e difusão,
prática profissionalizante e complementação especializada, bem como pelo apoio a programas especiais como Universidade Aberta à Terceira Idade,
Bandeira Científica, Universidade e as Profissões, atividades culturais diversas, o que tem contribuído muito para a presença da área em espaços e
atividades diversificadas, interna e externamente à USP. A atuação do docente na Pró-Reitoria de Extensão implicou a ampliação expressiva da sua área de
atuação, por meio da coordenação da Coordenadoria de Programas da USP e participação em outras comissões. A comissão também é responsável pelo
Museu da Faculdade de Medicina, que foi totalmente reformulado e cuja coordenação é de responsabilidade de docente do PPGMP responsável pela linha
de pesquisa História das Ciências e das Práticas Médicas.
12) Autoavaliação (perspectivas de evolução e tendências)
a). Informe os pontos fortes do programa
No quadriênio 2013-2016, o PPGMP expandiu seu corpo docente e suas atividades, mantendo-se como programa único de Saúde Coletiva e aprimorando
seu caráter multidisciplinar. Atualizou e renovou disciplinas, manteve a produção intelectual qualificada e o alto grau de inserção social e de colaboração
com outros programas. Teve grande incremento das atividades relacionadas à internacionalização, incluindo três acordos de dupla titulação.
Todos os docentes permanentes têm dedicação exclusiva. O corpo de colaboradores é qualificado e inclui docentes do exterior. O corpo docente tem
presença constante em congressos e instituições da área nacionais e internacionais, mantendo o PPGMP conectado com as questões nacionais e
internacionais do campo, que se evidencia, também, pela colaboração emprestada por vários de seus docentes em órgãos do SUS e do setor de C&T.
O modelo de gestão tem contribuído para a coesão do programa. Central neste modelo foi a manutenção de reuniões mensais da Comissão Coordenadora
do Programa (CCP) com a presença de seis docentes e dois representantes dos alunos. Além das muitas deliberações necessárias, esta reunião debate
questões emergentes de todo o tipo, planeja intervenções, políticas e avaliações. Para além de um colegiado representativo, a CCP constitui-se muito mais
como uma equipe de trabalho. Destaca-se deste trabalho, o investimento, no quadriênio na avaliação e monitoramento do desempenho dos discentes cujos
componentes principais foram: - a instituição de avaliação anual de desempenho padronizada por meio de questionários eletrônicos respondidos
separadamente por aluno e orientador; - o reforço do exame de qualificação como momento de efetiva e rigorosa avaliação externa dos projetos.
b) Em quais pontos o programa pode melhorar
Apesar dos avanços alcançados há necessidade de investir na consolidação e ampliação da visibilidade e das atividades de internacionalização, na melhor
harmonização da estrutura curricular e na integração entre o corpo discente.
13) Planejamento futuro
- Em relação à visibilidade: embora o PPGMP tenha herdado seu nome do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP-
instituição que o abriga e da qual somos orgulhosos membros- acreditamos que ganharíamos maior visibilidade com a mudança de nome do programa para
Saúde Coletiva. Esta proposta será amplamente discutida no programa e na FMUSP e, assim que oportuno, encaminhada para apreciação dos órgãos
superiores da USP e da CAPES.
- Em relação à internacionalização: consolidar as disciplinas ministradas em língua inglesa; utilizar mais fortemente os meios de divulgação internacional,
aprimorados em 2016 pela USP, bem como os convênios de dupla titulação e os de cooperação para atração de aluno do exterior
- Em relação à estrutura curricular: o atual modelo curricular, centralmente elaborado por cada dupla de orientador e aluno, que vimos praticando tem
produzido bons resultados. No entanto, o aumento do número e da diversidade de formação profissional dos alunos ao lado da incorporação de temas
emergentes na estrutura curricular têm indicado a necessidade de alguma reformulação. Como mantemos o fluxo contínuo de admissão de novos alunos,
algumas vezes há “desencontros” entre o cronograma das disciplinas e o do aluno. Em 2017 discutiremos com todo o corpo docente e discente
reformulação da estrutura objetivando garantir o oferecimento das disciplinas estruturantes em tempo hábil para todos os alunos, ainda que mantendo a
entrada no programa por fluxo contínuo.
- Em relação à integração entre o corpo discente: fomentar mais espaços para o intercâmbio entre os alunos influenciado negativamente pela inexistência
de “turmas” dado o padrão de fluxo contínuo de admissão.
14) Outras informações
a) Dados adicionais
Durante o quadriênio, receberam homenagens os docentes do PPGMP
Euclides Ayres de Castilho - Dedicação no enfrentamento à epidemia de HIV/AIDS nos últimos 30 anos. - Homenagem pela contribuição nos 30 anos das atividades de gestão tecnológica da FIOCRUZ Moisés Goldbaun - Homenagem na 14ª EXPOEPI. - Homenagem no 9º Congresso Brasileiro de Epidemiologia Mário Scheffer - Medalha de Mérito Pedro Ernesto pelos relevantes serviços prestados em prol da Saúde Pública, Câmara Municipal do Rio de Janeiro.