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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012 UNILEVER BRASIL

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RELATÓRIO DESUSTENTABILIDADE 2012UNILEVER BRASIL

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A versão resumida do Relatório de Sustentabilidade 2012 da Unilever pode ser acessada aqui. O docu-mento traz informações contex-tualizadas sobre o nosso desem-penho socioambiental, ações e iniciativas nas manufaturas e não manufaturas, nos temas da nossa Matriz de Materialidade.

PERFIL

ESTRATÉGIA

GOVERNANÇA CORPORATIVA

NOSSOS PÚBLICOS

MELHORANDO A SAÚDE E O BEM-ESTAR

REDUZINDO O IMPACTO AMBIENTAL

MELHORANDO AS CONDIÇÕES DE VIDA E TRABALHO

PESSOAS

RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO

PROCESSO DE RELATO

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MENSAGEM DO PRESIDENTE

LIDERANÇA NO VAREjO

NEGóCIOS

CATEGORIAS E MARCAS

FáBRICAS E OPERAÇÕES

DESTAqUES DO PERíODO

RECONHECIMENTOS

perfilunilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumárioperfilunilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

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GRI 1.1 e 1.2

mensagem do presidente

Pelo décimo ano consecutivo publicamos o Relatório de Sustentabi-lidade da Unilever Brasil. E este é o momento em que apresentamos a você e ao mercado os nossos esforços no ano que passou.

A Unilever Brasil consolidou seu modelo de negócio em 2012 e reafirmou sua posição como a segunda maior operação da com-panhia no mundo. Encerramos o ano com um faturamento de R$ 13,6 bilhões e um crescimento muito expressivo no período. Ao mesmo tempo reduzimos o nosso impacto ambiental e somamos uma série de outras conquistas relacionadas ao nosso Plano de Sustentabilidade. Dois anos depois do lançamento do Plano, pos-so dizer que estamos dando uma importante contribuição para a meta global de dobrar o tamanho do negócio ao mesmo tempo em que reduzimos o impacto ambiental.

No pilar ambiental, diminuímos em 12% o consumo de água em nossas manufaturas e zeramos o envio de resíduos sólidos para aterros em quatro de nossas fábricas. Também superamos a meta de substituição dos freezers Kibon com nova tecnologia, de menor impacto ambiental.

Avançamos ainda nos outros dois pilares do Plano de Sus-tentabilidade, aprimorando o perfil nutricional dos nossos pro-dutos alimentícios e fortalecendo o relacionamento com clien-tes e fornecedores.

Na cadeia de suprimentos, investimos no mapeamento, en-gajamento e monitoramento dos nossos parceiros comerciais e nos destacamos pela aquisição de 100% do óleo de palma de fornecedores membros do RSPO (Roundtable Sustainable Palm Oil), iniciativa internacional que discute e promove boas práticas no setor. Também fomos a primeira empresa a comprar créditos de açúcar, ratificando nosso apoio para a produção sustentável de insumos que utilizamos em nossos produtos.

Temos muitas iniciativas em andamento, em todas as áreas, des-de o desenvolvimento de novos produtos até as fases de distribuição e pós-consumo. Mas ainda temos muito para aprender, e mais ainda para fazer. Isso ficou claro em junho de 2012, quando a alta lideran-ça da Unilever global e do Brasil se encontrou na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, para acompanhar uma série de diálogos e reforçar publicamente nosso compromisso com as questões da sustentabilidade.

Uma das grandes conquistas da conferência foi ressaltar a im-portância das empresas no processo de definição de metas e com-promissos futuros. Assumimos a parte que nos cabe, e é exatamente isso que este relatório procura mostrar aos nossos diversos públicos de relacionamento, com metas e compromissos, cumpridos e ainda em andamento.

Ressalto, ainda, que temos o desafio de educar e despertar a consciência do consumidor, por meio da força e do alcance das nossas marcas. Elas são um poderoso canal de comunica-ção, e também têm a função de mostrar que a sustentabilidade é um caminho viável para melhorar a vida das pessoas, no presente e no futuro.

Pensando nisso, olho para 2013 e vejo que temos que continuar fazendo o que fizemos até aqui: manter o Plano de Sustentabilidade no coração do nosso negócio e seguir trabalhando com a consciência de que todos se beneficiam com as nossas conquistas.

As prioridades são as mesmas: continuar crescendo acima do mercado, em uma taxa que permita dobrar o negócio no curto prazo, cortando o impacto ambiental mês a mês, com objetivos e medições muito claros. E divulgarmos anualmente todos os resultados, com equilíbrio e transparência, como mostra este relatório.

Boa leitura!

Fernando FernandezPresidente, Unilever Brasil

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liderança no varejoHá mais de 80 anos no país e líder de mercado em várias categorias, a unilever brasil segue como a segunda maior operação da companhia no mundo

Somos uma empresa anglo-holandesa com presença em 190 países e atuação em quatro grandes categorias de bens de con-sumo: cuidados pessoais, alimentos, limpeza e refreshment (be-bidas de soja e sorvetes). Com a divisão Food Solutions, nossas atividades se estendem também ao segmento de alimentação fora do lar, que oferece produtos para restaurantes, hotéis, cate-rings e estabelecimentos diversos.

Presente no Brasil há 83 anos, a Unilever possui hoje 25 marcas que, juntas, oferecem mais de 700 produtos ao mer-cado nacional, como Omo, Comfort, Fofo, Seda, Lux, Kibon, Hellmann’s, Knorr, Becel, Maizena, AdeS, Dove, Axe, Close Up e Rexona. Líderes nos segmentos de detergentes em pó, deso-dorantes, bebidas de soja e sorvetes, entre outros, alcançamos 100% dos lares brasileiros, servindo cerca de 200 milhões de pessoas no país, pelo menos uma vez, ao longo de um ano. A cada segundo, cerca de 200 produtos da Unilever são consumi-dos no território nacional.

Segunda maior operação da companhia no mundo, com fa-turamento anual de R$ 13,6 bilhões, a Unilever Brasil tem sede em São Paulo (SP), onde também estão quatro escritórios e um

Centro de Inovação e Pesquisa com Clientes (CiiC – Customer Insight and Innovation Center). Contamos com nove unidades de manufatura em operação, instaladas em quatro estados (São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco e Goiás), e 23 centros de dis-tribuição nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, responsáveis pela entrega de nossos produtos aos clientes.

Até o fim de 2012, nossa equipe era composta de 13.273 fun-cionários, distribuídos nas operações de manufatura, escritórios, centros de inovação, centros de distribuição e pontos de venda nos quais comercializamos nossos produtos – como supermer-cados, farmácias e lojas de conveniência, entre outros. Mais de 90% da nossa produção é voltada para o mercado interno, mas, como parte da rede global da companhia, também atendemos países na América do Sul e outros continentes.

Compromisso global, atuação loCal

Nos últimos anos, temos fortalecido nosso comprometimen-to com práticas de gestão, comunicação e negócios voltados ao

desenvolvimento sustentável. Com o lançamento do Plano de Sustentabilidade da Unilever, concebido globalmente e tradu-zido em compromissos pelas subsidiárias ao redor do mundo, pretendemos influenciar a transformação do modo de vida das pessoas para um consumo consciente e responsável, especial-mente dos nossos públicos estratégicos (funcionários, clientes, consumidores e fornecedores, entre outros), ao mesmo tempo em que promovemos a redução do nosso impacto ambiental, o aumento do impacto social e o crescimento da companhia.

Nossa visão é um reflexo desse posicionamento: trabalhar para criar um futuro melhor significa contribuir para uma in-dústria de bens de consumo responsável, capaz de atender às necessidades do mercado sem deixar de promover questões im-portantes, como o consumo consciente e a qualidade de vida.

milhões de brasileiros são servidos por nossos produtos pelo menos uma vez ao longo de um ano

GRI 1.2, 2.1, 2.2, 2,3, 2.4, 2.5, 2.7, 2.8 e eC9

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GRI 2.8, 4.8, 1.2, dMa eC Presença de Mercado

Por isso, temos iniciativas apoiadas na missão social de produ-tos nos quais investimos fortemente nos últimos anos, como o purificador de água Pureit e o sabonete antibacteriano Lifebuoy, além de outras marcas que já nasceram com um foco defini-do, como a bebida de soja AdeS, a linha Becel e os produtos de cuidados para roupas concentrados, como Omo, Surf, Comfort e Fofo (veja mais em www.unilever.com.br/sustentabilidade).

Maior desafio da companhia hoje, a meta de dobrar de tama-nho reduzindo o impacto ambiental continua sendo uma busca e uma conquista diária em nossas atividades no Brasil. Registra-mos avanços na redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e aprimoramos o monitoramento de impactos relaciona-dos ao consumo de água e à geração de efluentes líquidos e re-síduos sólidos.

Um dos compromissos é zerar o envio de resíduos sólidos para aterros sanitários, nas manufaturas e nos escritórios, pro-cesso que ganhou força ao longo de 2012. Também buscamos um olhar mais próximo de toda a cadeia de valor envolvida em nos-sos produtos e processos, com práticas responsáveis de gestão de pessoas e fornecedores, governança e relacionamento com consumidores e clientes. Mais informações estão disponíveis ao longo deste relatório.

food solutions

Além de nossos produtos comercializados em pontos de ven-da, também atuamos no segmento de alimentação fora do lar

VISãO

Trabalhamos para criar um futuro melhor todos os dias. Ajudamos as pessoas a se sentirem bem, bonitas e a aproveitar mais a vida com marcas e serviços que são bons para elas e para os outros.Vamos inspirar as pessoas a adotar pequenas atitudes di-árias, que, somadas, podem fazer uma grande diferença para o mundo.Vamos desenvolver novas formas de fazer negócios que nos permitirão dobrar o tamanho da nossa com-panhia ao mesmo tempo em que reduzimos nosso impacto ambiental.

NO MUNDO » Operações em 190 países » Mais de 400 marcas, 14 das quais capazes de gerar mais

de 1 bilhão de euros em vendas por ano » Crescimento de 6,9% em 2012 » 2 bilhões de pessoas usam ao menos um produto da

Unilever por dia » 171 mil funcionários » 160 mil fornecedores » 252 fábricas » Liderança de mercado em sete categorias: temperos,

chás, maionese e margarinas, molhos, sorvetes, cuida-dos para a pele e desodorantes.

NO BRASIL » Faturamento de R$ 13,6 bilhões em 2012 » 9 fábricas em quatro estados (SP, MG, GO e PE) » 200 produtos consumidos por segundo » 86% dos lares impactados por nossos produtos ao mês

(e 100% ao ano) » 13.273 funcionários » Cerca de 6 mil fornecedores » Liderança de mercado em 10 das 13 categorias em que atua » 60 novos produtos lançados em 2012

NOSSA PRESENÇA

por meio da Unilever Food Solutions. Presente em 74 países, en-tre os quais o Brasil, essa divisão oferece produtos – ingredien-tes, entradas e sobremesas – para restaurantes, hotéis, serviços de bufê e estabelecimentos diversos.

A área também é responsável por uma plataforma de serviços que inclui consultoria e soluções na produção de cardápios. No Brasil, oferecemos mais de 90 itens de nosso portfólio na Food Solutions, incluindo marcas como Kibon, Hellmann’s, Knorr e Arisco. Algumas fórmulas, como a de Meu Arroz, passaram por mudanças específicas para o uso na cozinha industrial.

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GRI 2.8, eC1, dMa eC desempenho econômico

O faturamento da Unilever Brasil encerrou o ano de 2012 em R$ 13,6 bilhões. Tal desempenho reflete a presença das nossas marcas no país e a liderança que ocupamos em diversos seg-mentos de atuação, como os de detergentes em pó, produtos de higiene pessoal e bebidas.

A versão em líquido concentrado de Omo, lançada em 2010, já alcançou 50% de participação no mercado de líquidos. O sa-bão em pó está presente em 78% dos lares brasileiros e também temos mais de 60% de mercado na categoria de bebidas de soja. Na categoria de cabelos, esse índice é de aproximadamente 30%, com expectativa de chegar a 35% até 2015.

Diante do cenário econômico na Europa e do aumento do custo das commodities, os países emergentes também reafirmaram sua importância para as contas da companhia. O grupo, que inclui ainda a China e a Índia, teve um aumento de 11% nas vendas e, atualmente, contribui com 55% do faturamento total da Unilever no mundo.

Em 2012, registramos avanços em categorias e regiões es-tratégicas para o negócio no país, e estabelecemos metas es-

pecíficas de crescimento para os próximos anos, com foco na expansão em mercados que têm se fortalecido – acompanhando a saída de milhares de brasileiros da linha da pobreza e o maior acesso da população ao mercado de bens de consumo.

Por conta de nossa natureza jurídica, no entanto, não divul-gamos informações detalhadas sobre o desempenho econômico por país. Dados relacionados a valores, beneficiários, acionistas e custos são considerados estratégicos e por isso são confiden-ciais. Sob responsabilidade da divisão global, essas informações determinam a lucratividade da companhia e estão associadas ao seu posicionamento junto aos concorrentes da indústria de bens de consumo. Além disso, a variação do desempenho econômico local pode motivar eventuais comparações com o desempenho global da organização, impactando no valor de suas ações em bolsas internacionais. No relatório da Unilever global, disponível em www.unilever.com, são fornecidas informações de desempe-nho por região (Américas, Europa Ocidental, Ásia, África, Europa Central e Leste).

RENOVAÇãO CONTíNUA

Em consonância com o Plano de Sustentabilidade Unile-ver, nossa estratégia de negócio está focada, também, na renovação permanente do portfólio e na busca por inova-ções capazes de reduzir o impacto ambiental. Ao longo de 2011 e 2012, investimos na renovação de 70% dos nossos produtos, de modo que possamos ampliar nossa presença de mercado – incluindo os segmentos em que ocupamos posição de liderança. Com foco em produtos cada vez melhores e soluções cada vez mais rápidas, queremos ainda levar novas marcas para novos mercados. Também buscamos inovações focadas em aspectos de sustentabilidade que trazem resultado positivo para o negócio, como os sachês de sabonetes líquidos e os produtos líquidos concentrados, que têm custo mais com-petitivo e geram retorno ao mesmo tempo em que reduzem os resíduos associados ao consumo.

a força que vem do brasildesempenho dos negócios da unilever no país reflete busca por novos mercados e investimento na renovação

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GRI 2.2, 2.5

ao alCanCe de todosPercepção de nossa marca corporativa tem crescido junto à presença nos lares dos consumidores

Ao mesmo tempo em que possuímos uma marca corporativa cada vez mais conhecida pelos brasileiros – com mais de 87% de reconhecimento, segundo pesquisa do Instituto Ipsos realizada em 2011 –, comercializamos marcas que fazem parte do dia a dia de nossos consumidores há décadas, como Lux, Dove, Rexona, Omo e Kibon.

Hoje, a Unilever Brasil alcança 86% dos lares nacionais no pe-ríodo de um mês com seus produtos e linhas. Além disso, sete das nossas marcas estão no ranking do Top of Mind, no qual Omo é destaque absoluto desde os anos 1990. Além de líder na categoria sabão em pó desde 1991, também ocupa a primeira posição na categoria Top do Top desde 1993, quando foi criada para reunir os produtos mais lembrados pelo consumidor.

Categorias e marCasAlImentos CuIdAdos pessoAIs

RefReshment (soRvetes e bebIdAs) lImpezA

*a linha lipton é comercializada no brasil em parceria com a Pepsico.

*

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A unilever brasil alcança 86% dos lares brasileiros no período de um mês e ocupa posição de liderança em várias categorias em que atua. sete de nossas marcas estão no top of mind, no qual omo é destaque desde 1990.

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GRI 2.3, 2.8

onde estamos presentes nossas nove fábricas e 23 centros de distribuição garantem o abastecimento de mercados em todo o brasil

Encerramos o ano de 2012 com nove plantas industriais no Bra-sil, distribuídas pelos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Pernambuco. Além das fábricas, temos 23 Centros de Distribuição (CDs), localizados nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, de onde nossos produtos são enviados às instalações de nossos clientes. Para as categorias de limpeza, cuidados pessoais e alimen-tos, dispomos de quatro CDs dentro de fábricas e sete externos – si-tuados em regiões estratégicas para atender diferentes mercados locais. Na categoria de sorvetes, em que o transporte de produtos é mais complexo e demanda maior capilaridade, temos 12 CDs.

Como principais mudanças operacionais entre os anos de 2011 e 2012, transferimos parte da produção de sabão em pó do Sudeste para o Nordeste (fábrica de Igarassu) e, no fluxo inverso, parte da produção de sorvetes do Nordeste para o Sudeste. Essas iniciativas estão no escopo de um projeto de melhoria na distribui-ção e abastecimento dos mercados locais e de redução de impactos ambientais associados à logística.

Outra alteração significativa ocorreu com a desativação do escritório JK2, na região da Vila Olímpia, em São Paulo, que ser-

via de base para a divisão regional. Com o programa de horá-rio flexível e de home office na Unilever Brasil, aplicável a mais de 1,3 mil postos de trabalho, pudemos reunir todas as equipes no escritório JK1, localizado no mesmo bairro. Cerca de 1.900 pessoas foram unificadas em apenas um escritório, e 300 fun-cionários foram transferidos do JK2 para o JK1. Foram mobili-zados mais de 400 terceiros para a realização dessa tarefa, sem registro algum de acidente de trabalho. Durante a mudança, removemos um total de 5 toneladas de material para descarte dos escritórios JK1 e JK2, além de equipamentos e móveis que foram reaproveitados em outras localidades. A redução de im-pacto estimada é significativa: se todo o público elegível ao home office adotasse este modelo, a Unilever Brasil deixaria de emitir 200 toneladas de CO2 por ano, considerando carros a gasolina.

Em 2012, não encerramos nem abrimos novas fábricas. Algumas marcas pertencentes à Unilever, como Lipton, Becel e Cif, seguem sendo fabricadas ou distribuídas por empresas parceiras.

se todo o público elegível ao regime de trabalho remoto na unilever brasil adotasse este modelo, deixaríamos de emitir cerca de 200 t de Co2 por ano.

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GRI 2.8

são pAulo01 Vinhedo

02 Valinhos Sorvetes03 Valinhos Cuidados Pessoais

04 Indaiatuba

mInAs GeRAIs05 Pouso Alegre

peRnAmbuCo07 Ipojuca08 Garanhuns09 Jaboatão dos

Guararapes10 Igarassu

GoIás06 Goiânia

01 vinhedoinício das operações 1978produtos fabricados Amaciantes (Comfort e Fofo), Xampus e Condicionadores (Seda, Suave, Dimension, Dove, TRESemmé e Clear), Desodorante roll-on (Dove, Rexona e Axe), sabonetes líquidos (Lux, Lifebuoy e Dove), Loções hidratantes (Dove e Vasenol)funcionários 742região Distrito IndustrialCertificações ISO 9001 (desde 1999), ISO 14001 (desde 1999), TPM1

02 valinhos sorvetesinício das operações 1970produtos fabricados Sorvete take home (potes Kibon) e Impulso (picolés Kibon)funcionários 1.339 (Sorvetes+Cuidados Pessoais)região UrbanaCertificações ISO 9001 (desde 2001), ISO 14001 (desde 2001), TPM

03 valinhos Cuidados pessoaisinício das operações 1895produtos fabricados Sabonete em barra (Dove, Lux, Vinólia, Lifebuoy e Fofo)funcionários 1.339 (Sorvetes+Cuidados Pessoais)região UrbanaCertificações ISO 9001 (desde 2001), ISO 14001 (desde 2001), TPM

04 indaiatubainício das operações 1982

produtos fabricados Detergente em pó (Brilhante, Omo e Surf)funcionários 622região Distrito IndustrialCertificações ISO 9001 (desde 2001), ISO 14001 (desde 2001), TPM

05 pouso alegreinício das operações 1975produtos fabricados Bebida à base de soja (AdeS), Caldos (Arisco e Knorr), Sopas (Arisco e Knorr), Tempero em pó (Knorr)funcionários 1.020região Distrito IndustrialCertificação TPM

06 goiâniainício das operações 1969produtos fabricados Maionese (Arisco e Hellmann’s), molho de salada (Hellmann’s), mostarda (Arisco e Hellmann’s), temperos em pó e pasta (Arisco), sobremesas Carte D’Or, Food Solutions (Knorr Caldos, Arisco caldos, Knorr temperos, molhos quentes, Knorr Preparados), Knorr Meu Arrozfuncionários 1.004região Distrito IndustrialCertificação TPM

07 ipojuCainício das operações 2005produtos fabricados Amaciante (Comfort e Fofo), creme dental (Close Up e Pepsodent, exclusivo para exportação), desodorante spray (Axe

e Rexona), xampu, condicionador, creme para pentear (Seda), creme para tratamento (Seda), linha TRESemmé funcionários 450região Distrito IndustrialCertificações ISO 9001 (desde 2003), TPM

08 garanhunsinício das operações 1991produtos fabricados Amido de milho (Maizena), farinha de milho com farinha de arroz para o preparo de mingaus (Arrozina), mistura à base de amido de milho para o preparo de mingaus (Cremogema), xarope de glucose (Karo) e coberturas (Karo)funcionários 185região Distrito Industrial

09 jaboatão dos guararapesinício das operações 1999produtos fabricados Sorvete take home (potes Kibon e Sorvane) e Impulso (picolés Kibon), copos (Kibon)funcionários 1.025região Distrito Industrial

10 igarassuinício das operações 1997produtos fabricados Detergente em pó (Ala, Brilhante, Omo e Surf)funcionários 337região Distrito IndustrialCertificação ISO 9001 (desde 2004)

fábriCas no brasil

1. Total Perfeição da Manufatura.

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Destaques De 2012 NO BRasIL

Melhorando a Saúde e o BeM-eStar » Em Bem-Estar e Higiene, lançamos o Unilever Health Institu-

te (Instituto de Saúde Unilever), divisão especializada que nos aproxima de consumidores, especialistas e profissionais da área de higiene e saúde.

» Avançamos nos diálogos setoriais sobre a redução de sódio nos alimentos, com a assinatura de acordo entre a Asso-ciação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia) e o Ministério da Saúde. O objetivo é reduzir o teor de sódio de temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais. A proposta é retirar 8,8 mil toneladas de sódio desses alimen-tos até 2020.

» Aprimoramos o perfil nutricional de alguns produtos alimen-tícios, além de iniciar o patrocínio a projetos como o Meu Prato Saudável.

» Diversas ações centradas em Lifebuoy ao longo de 2012 dis-seminaram a importância da lavagem das mãos, atingindo mais de 5,7 milhões de pessoas no Brasil. A iniciativa envol-veu parcerias com a Pastoral da Criança e o Ministério da Saúde, e mobilizou funcionários voluntários para uma grande ação no dia 15 de outubro, quando se comemora o Dia Mun-dial de Lavar as Mãos.

reduzindo o iMpacto aMBiental » Reduzimos o consumo de água em 12% ao longo do ano. » Na gestão de resíduos sólidos, conseguimos zerar o en-

vio de resíduos sólidos para aterro gerados nas plan-tas de Indaiatuba (SP), Goiânia (GO), Pouso Alegre (MG) e Vinhedo (SP) e superamos a meta de substituição das refrigeradoras Kibon para 2012. Encerramos o período com 100% dos componentes sendo reutilizados e/ou reci-clados no final da vida útil.

» Formalizamos nosso posicionamento de apoiar debates sobre o consumo consciente com o lançamento da pesquisa “O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consu-mo sustentável”, elaborada pelo Ministério do Meio Am-biente, em parceria com outras empresas.

» Os principais executivos da Unilever global e nacional – in-cluindo os presidentes Paul Polman (global) e Fernando Fernandez (Brasil) – compareceram à Rio+20. Na confe-rência mundial, lançaram manifesto público reafirmando o posicionamento da companhia a respeito de temas voltados ao desenvolvimento sustentável.

Melhorando aS condiçõeS de Vida e traBalho » O programa Compras Responsáveis aprimorou a gestão de

parceiros, e um questionário distribuído aos nossos quase 6 mil fornecedores abordou temas relacionados aos direitos humanos e à sustentabilidade.

» No âmbito do Programa Integrare, o resultado dos negócios foi 29% superior ao do ano anterior.

» No Brasil, iniciamos a compra de certificados de açúcar de origem sustentável e damos suporte à produção de 3,2 mil toneladas, o que corresponde a 6% do nosso gasto anual com a aquisição desse insumo.

MetaS e coMproMiSSoS

A Unilever tem como compromisso monitorar o desem-penho de todas as suas operações ao redor do mundo em relação às principais metas do Plano de Sustentabilidade. Para isso, todos os anos as subsidiárias relatam as ações desenvolvidas para colaborar com o cumprimento das me-tas quantitativas e qualitativas do documento, distribuídas em torno dos três pilares de atuação.Os resultados são compilados no Relatório de Pro-gresso do Plano de Sustentabilidade Unilever, pu-blicado após o primeiro trimestre de cada ano com dados do período anterior. Disponível em http://www.unilever.com.br/sustentabilidade, o docu-mento reúne as principais metas e seu estágio atual nas operações globais.

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GRI 2.10

os prêmios de 2012Mais uma vez, figuramos entre as empresas-modelo do Guia exame de sustentabilidade. Veja as premiações que recebemos ao longo do ano

Como reflexo das práticas que desenvolvemos na cadeia e em nossas operações, recebemos alguns reconhecimentos de re-levância em 2012. Em novembro, a Unilever Brasil voltou a ser destaque no Guia Exame de Sustentabilidade, promovido pela revista Exame, como uma das 20 empresas-modelo – as organi-zações são avaliadas por sua capacidade de promover modelos mais sustentáveis de negócios.

Ao longo do texto, o guia ressaltou aspectos como o uso de recursos naturais, em que nossa avaliação alcançou nota 9,4, muito acima da nota média das empresas, de 5,9. Isso ocorreu em função de programas e metas da Unilever Brasil para mo-nitorar o consumo de água, papel, energia elétrica e combustí-veis fósseis. Em gestão de sustentabilidade, nossa nota também chegou a 9,2, ante 5,9 da média geral, por conta de estruturas como o comitê de sustentabilidade.

Ainda em 2012, a Unilever foi reconhecida pela Abrafarma como um dos cinco melhores fornecedores gerais e o melhor em higiene e beleza no mercado brasileiro. Veja, a seguir, a lista completa de prêmios que recebemos no período.

pRêmIo posIção entIdAde

Guia exame de sustentabilidade unilever no ranking das 20 empresas-modelo revista Exame

best Companies for leadership Melhor empresa para liderança na américa latina Hay Grupo

Melhores empresas para trabalhar unilever na lista de 150 companhias Você S/A

empresas dos sonhos dos jovens brasileiro unilever entre as 10 empresas Companhia de talentos

as Mais admiradas do brasil unilever na lista de 10 empresas mais admiradas e vencedora da categoria Higiene e limpeza Carta Capital

top of Mind omo (20ª vez a marca mais lembrada, junto à Coca-Cola) e marcas rexona, lux, Kibon, seda e Hellmann’s no ranking datafolha

Continua

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perfil

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a Marca mais Forte do brasil omo foi eleita a marca mais forte revista Istoé Dinheiro

as empresas mais sustentáveis segundo a mídia unilever vencedora da categoria Higiene e limpeza revista Imprensa

empresas que Melhor se Comunicam com Jornalistas unilever vencedora revista Negócios da

Comunicação

Parceiros do ano unilever vencedora abrafarma

reclame aqui – Qualidade no atendimento

Melhor serviço de atendimento na categoria Higiene e limpeza reclame aqui

trade awards 2012-2013 unilever dutchan

Prêmio nova de beleza Xampu e condicionador para cabelos danificados de tresemmé entre os produtos mais bem avaliados revista Nova

Prêmio novas Conquistas unilever vencedora da categoria Master com diamantes Farmácias Pague Menos

Materialidade no brasil – Como as empresas relatam os temas relevantes

unilever ficou no grupo de 17 empresas que apresentaram o melhor processo de materialidade, de acordo com pesquisa que considerou as informações disponíveis no relatório de sustentabilidade

report sustentabilidade

GRI 2.10

unilever entre as empresas--modelo em sustentabilidade pelo Guia exame

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Plano de SuStentabilidade

estratégia

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GRI 1.2

A principal orientação estratégica da Unilever no Brasil e no mundo é crescer de tamanho reduzindo o impacto ambiental das nossas atividades e operações até o ano de 2020. Esse desafio permanente é, também, a grande diretriz do Plano de Sustenta-bilidade da Unilever, lançado em 2010 pela divisão global e ado-tado pelas várias subsidiárias ao redor do mundo, e da estraté-gia Unilever Brasil 2012 (UB2012), divulgada em 2008.

Na prática, essas políticas sinalizam que desejamos avançar de forma expressiva em todos os mercados em que atuamos, com base na inovação, na diversificação do nosso portfólio e na construção de vínculos de longo prazo com fornecedores, clien-tes, instituições e funcionários. Nossa estratégia de negócio traz, ainda, a necessidade de nos aproximarmos cada vez mais do consumidor, fortalecendo a marca corporativa, e investirmos em inovações capazes de manter nossa liderança em segmen-tos estratégicos – e cada vez mais competitivos.

Todos os anos a Unilever renova 70% do portfólio. Mantivemos a liderança em categorias importantes para o negócio no Brasil, como sorvetes, desodorantes, bebidas à base de soja e sabão em pó. Nesta última, destacamo-nos não só pela forte presença de Omo em todo o mercado nacional, como também pela participa-ção de produtos como Ala em outras regiões brasileiras.

Outro foco de investimento recente, que põe em prática nossa ideia de aliar negócios e boas práticas socioambientais, é o seg-mento de líquidos concentrados – que, hoje, contempla as marcas de detergentes Omo e Surf e de amaciantes Fofo e Comfort. Ten-dência em vários países, esse mercado foi introduzido no Brasil pela Unilever e traz vantagens competitivas importantes, como economia de preço e de matérias-primas na fabricação – gasta--se menos com água, embalagem e transporte, por exemplo.

Em 2012, tornamo-nos líderes na categoria de líquidos no Brasil, que representa 13,5% do mercado de detergentes – no

O caminhO até 2020Expandir os negócios ao mesmo tempo em que reduzimos o impacto ambiental é nosso principal objetivo estratégico para os próximos anos

qual a participação dos concentrados cresceu 77% em relação a 2011 (leia mais em Reduzindo o Impacto Ambiental). Esses re-sultados mostram, ainda, a conexão entre nossas estratégias de sustentabilidade e negócios e nossos consumidores, que ado-tam hábitos mais responsáveis ao utilizar produtos que geram menor impacto ambiental.

O ano de 2012 marcou ainda o encerramento da UB2012, estratégia lançada em 2008 com o objetivo principal de tornar a Unilever Brasil a segunda maior operação da companhia em quatro anos. Objetivo cumprido no campo de negócios, temos agora a missão de trazer outros pontos da UB2012, amparados pelo Plano de Sustentabilidade, para todas as etapas de nossas atividades, como o crescimento sustentável e a transformação cultural nas operações, tendo como base a inovação e a constru-ção de relações sólidas com nossos públicos de interesse.

estratégia

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» Lançamento do planejamento estratégico UB2012 estabelece metas e compromissos em cinco pilares de atuação e propõe o crescimento do negócio até 2012, mantendo o impacto am-biental similar ou inferior a 2007.

» Começam as Jornadas UB2012, com o propósito de alinhar os valores pessoais dos colaboradores aos valores da companhia. Para promover a mudança de cultura, três aspectos são espe-cialmente trabalhados: conectar-se com a estratégia de negó-cio, conectar-se consigo mesmo e conectar-se com o time.

» A Unilever Brasil passa a realizar seu inventário de emissões de gases de efeito estufa com base na metodologia do GHG Protocol, adotada internacionalmente.

» Formação do Comitê de Sustentabilidade, responsável por im-plementar a governança socioambiental da Unilever Brasil.

» Trabalho de diálogo com diferentes públicos tem início com foco no engajamento e no aprimoramento da gestão da empresa.

» Unilever global anuncia nova visão corporativa, que estabele-ce o compromisso de dobrar o tamanho da companhia redu-zindo o impacto ambiental.

» No Brasil, lançamos uma estratégia específica que determina que as emissões de gases de efeito estufa em 2012 devem ser menores ou iguais, em valores absolutos, às de 2007.

» Assinamos o Pacto de Sustentabilidade do Walmart, que pro-põe melhorias e parcerias para reduzir os impactos do varejo.

» Iniciamos um trabalho de engajamento com cerca de 60 for-necedores para desenvolver soluções conjuntas, com foco em sustentabilidade.

» Elaboramos a Matriz de Materialidade para levantar os as-pectos mais relevantes para a empresa, segundo a percepção dos nossos principais públicos.

estratégiaunilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

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» Reestruturação do Comitê de Sustentabilidade, com destaque para a inserção de lideranças das principais áreas da compa-nhia em sua composição e para o estabelecimento de com-promissos e metas socioambientais.

» Lançamento do Plano de Sustentabilidade da Unilever, que define metas e compromissos para as operações globais da companhia em torno de três pilares: Melhorando a Saúde e o Bem-Estar, Reduzindo o Impacto Ambiental e Melhorando as Condições de Vida e Trabalho.

» Lançamento da campanha Cada Gesto Conta, que, por meio da marca corporativa, engajou consumidores brasileiros na ado-ção de pequenos hábitos que, juntos, podem fazer a diferença.

» Início do programa Por um Planeta mais Limpo, focado em inovações nas marcas de detergentes em pó e amaciantes, e lançamento de Omo Líquido Concentrado.

» A Unilever Brasil consegue reduzir em 43% o consumo de energia, em 37% o uso de água e em 89% a geração de resí-duos não recicláveis no período entre 1995 e 2010.

» A missão social de Lifebuoy chega ao Brasil com parcerias para incentivar o hábito de lavar as mãos.

» Tem início o projeto de reciclagem de desodorantes aerossóis em parceria com o Pão de Açúcar.

» Pela primeira vez, o relatório de sustentabilidade da Unilever Brasil é verificado por uma terceira parte.

» O Plano de Sustentabilidade é disseminado internamente com ações que alcançam 91% dos funcionários da companhia no Brasil.

» Começamos a mapear os impactos das fábricas na biodiver-sidade e aderimos ao Movimento Empresarial pela Conserva-ção e Uso Sustentável da Biodiversidade (MEB), com compro-missos e objetivos para os anos seguintes.

» Lançamento do Programa Compras Responsáveis (Responsi-ble Sourcing), que permite a gestão dos fornecedores da com-panhia de acordo com critérios socioambientais.

» Pelo quarto ano consecutivo, atingimos a meta de encerrar o período com volume absoluto de emissões de gases de efeito estufa inferior a 2007, mesmo com o aumento de produção.

» Aumentamos a aquisição de matérias-primas de fontes sus-tentáveis e passamos a comprar 100% do óleo de palma no Brasil de fornecedores membros do RSPO (Roundtable Sus-tainable Palm Oil), iniciativa internacional que promove boas práticas no setor.

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» A Unilever Brasil assume a liderança nacional no segmento de produtos líquidos, que ajudou a consolidar no Brasil por meio de detergentes e amaciantes líquidos concentrados.

» Alcançamos faturamento de R$ 13,6 bilhões durante o ano e conseguimos ampliar nossa participação de mercado em seg-mentos críticos, ligados às nossas práticas de sustentabilida-de, como os de sabonetes antibacterianos e de purificadores.

» Zeramos o envio de resíduos para aterros sanitários nas fá-bricas de Goiânia, Indaiatuba, Vinhedo e Pouso Alegre, valori-zando métodos mais adequados de disposição, como recicla-gem e compostagem.

» Projetos de ecoeficiência nas fábricas e operações da Unile-ver permitem a redução no consumo de água em 12% ao lon-go do ano.

» Os principais executivos da Unilever global e nacional, incluin-do os presidentes Paul Polman (global) e Fernando Fernan-dez (Brasil), participam da Rio+20 e lançam manifesto público reafirmando o posicionamento da companhia a respeito dos temas da sustentabilidade.

» Assinatura de acordo setorial envolvendo a Abia e o Ministério da Saúde propõe a redução de sódio nos alimentos, com me-tas para 2020. Objetivo é retirar 8,8 mil toneladas do insumo em temperos, caldos, cereais e margarinas vegetais.

» No Brasil, iniciamos a compra de certificados de açúcar de origem sustentável e oferecemos suporte à produção de 3,2 mil toneladas com a aquisição desses créditos.

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GRI 2.1, 2.2, 4.16

PlanO de SuStentabilidade Nossa estratégia propõe metas socioambientais e traz olhar para todo o ciclo de vida

O ano de 2012 foi importante para consolidar o Plano de Sus-tentabilidade Unilever como o documento de referência, orien-tação e posicionamento sobre o nosso modelo de negócios e es-tratégia de crescimento.

No período, reafirmamos a importância do plano com diver-sas práticas e iniciativas, internas e externas. Fortalecemos a estrutura de governança por meio do Comitê de Sustentabilida-de; abordamos a sustentabilidade em nossa pesquisa de clima, com impacto direto em todos os mais de 13 mil funcionários da Unilever; com os fornecedores, aprimoramos os sistemas de monitoramento e gestão, além de organizar encontros de enga-jamento e fortalecer programas como o Compras Responsáveis (Responsible Sourcing – leia mais em Gestão de Fornecedores); com relação aos clientes, demos continuidade a grandes par-cerias, especialmente aquelas que envolvem boas práticas de logística e distribuição dos nossos produtos.

Institucionalmente, também avançamos no diálogo com en-tidades setoriais e órgãos do governo. Exercemos participação relevante em eventos como a Conferência das Nações Unidas

sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) e reforçamos par-cerias para divulgar campanhas de saúde, higiene, meio am-biente e outros temas por meio dos nossos produtos e marcas (leia mais em Governos e Instituições).

No eixo de comunidades, avançamos no mapeamento dos stakeholders que se relacionam com as fábricas da Unilever, uma etapa que nos apoiará na gestão de impactos e é o primeiro passo rumo a um diálogo efetivo com as pessoas presentes no entorno das unidades industriais no país (leia mais em Nossos Públicos).

aS diretrizeS dO PlanO

Por meio do Plano de Sustentabilidade, estabelecemos metas atreladas ao negócio e às operações da organização, como reduzir o teor de gordura saturada, açúcar e sódio dos nossos produtos ali-mentícios, estimular a mudança de hábitos por uma qualidade de vida melhor, reduzir as emissões de gases poluentes, o consumo de água e a geração de resíduos sólidos nas operações de manufa-

tura, aprimorar nossa gestão de pessoas, crescer de modo susten-tável com nossos fornecedores e promover o consumo consciente.

Essas diretrizes são adaptadas à realidade de cada país. No Brasil, já havíamos tornado públicos nossos compromissos de sus-tentabilidade desde o lançamento da estratégia UB2012, em 2008. No entanto, o Plano de Sustentabilidade contribuiu ainda mais para estruturarmos uma governança sólida em relação ao tema, sob a coordenação do próprio Comitê, e organizarmos nossas iniciativas em torno de três pilares de atuação – que se desdobram em proje-tos e metas para as fábricas, escritórios e demais braços operacio-nais da companhia (para ler o plano na íntegra, clique aqui).

Em 2011, também construímos nossa Matriz de Materialidade, que identificou os temas críticos ligados ao negócio e às diferentes re-alidades locais (leia mais em Processo de Relato). Com a definição dos assuntos prioritários para a gestão, estabelecemos metas e um plano de ação, ambos com participação e acompanhamento do Comitê de Sustentabilidade, a principal instância de governança em relação ao tema, que reúne executivos das várias áreas da companhia para ga-rantir o cumprimento dos objetivos do Plano de Sustentabilidade.

estratégia

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InstâncIas de decIsão

transparêncIa, ÉtIca e prátIcas de Gestão

códIGos, prIncípIos e compromIssos

governança corporativa

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GRI 2.6, 4.1, 4.2, 4.3, 4.5, 4.7, 4.9

InstâncIas de decIsãoEstrutura de governança no Brasil conta com comitês como o de Sustentabilidade, que apoia a inserção do tema na gestão do negócio

A Unilever Brasil, subsidiária do grupo Unilever, é uma em-presa de capital fechado no país e conta com uma estrutura de governança que segue as diretrizes da matriz anglo-holandesa. Como parte de um grupo presente em mais de 190 países, com negócios e operações de naturezas distintas, estamos estrutu-rados em três instâncias de decisão: global, regional (no nosso caso, América Latina) e local – termo que, na Unilever, é usado para designar as operações nacionais.

A instância responsável pela tomada de decisão varia de acor-do com o processo. As grandes negociações com fornecedores, por exemplo, acontecem em nível global e regional. Nossas ma-nufaturas no Brasil também respondem para o regional, enquanto algumas áreas dos escritórios se reportam para a estrutura local.

Nosso mais alto órgão de governança no Brasil é o Conselho Executivo, formado pela Presidência e oito Vice-Presidências. Em 2012, o cargo de Vice-Presidente de Comunicação Corporativa, que também acumulava a coordenação da área para a America Latina, foi transferido para a Argentina, mas o reporte da Direto-ria de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade se manteve,

também, ao Presidente da companhia no Brasil, o argentino Fer-nando Fernandez, que está nesse cargo desde setembro de 2011.

Responsável pelas decisões estratégicas da companhia no Brasil, o Conselho mantém diálogo com as esferas regional e global e não possui membros independentes ou não executivos. Atualmente, não possuímos um conselho externo em nossa es-trutura local de governança. O apoio aos diversos processos é feito com a constituição de comitês de gestão, que auxiliam os executivos em temas e casos específicos – como o de Sustenta-bilidade e o de Crise. Para definir a composição da alta gestão, recorremos às diretrizes globais da Unilever e consideramos as qualificações e experiências dos executivos no longo prazo.

A estruturação da nossa estratégia UB2012 e a implementa-ção global do Plano de Sustentabilidade fortaleceram a inclusão de critérios socioambientais nas esferas de decisão da compa-nhia. Como consequência, o desempenho de nossas lideranças – gerentes, diretores e vice-presidentes, por exemplo – é definido também pelo desempenho em sustentabilidade, e não apenas a partir das metas de negócio (leia mais em Metas e Compromissos).

As entregas de cada liderança em relação aos temas prio-ritários da Unilever Brasil definem sua remuneração variável. Em 2012, mantivemos a meta – aplicável a alguns líderes – de publicação deste Relatório de Sustentabilidade GRI A+ checked até o fim do primeiro trimestre de 2012, como ferramenta para mensurar o comprometimento e a evolução da governança em sustentabilidade. A análise de questões ambientais, contem-plando aspectos como emissões, consumo de água, resíduos e biodiversidade, manteve-se como uma das medições do desem-penho e consequente remuneração das lideranças nas fábri-cas, e metas ligadas ao Plano de Sustentabilidade, como as da missão social de Lifebuoy e de aprimoramento nutricional, por

composIção do conselho executIvo

» Presidente » VP Cadeia de Suprimentos* » VP Vendas* » VP Finanças* » VP Recursos Humanos » VP Jurídico* » VP Higiene e Beleza » VP Produtos de Limpeza » VP Alimentos, Bebidas e Sorvetes

* Cargos responsáveis, também, pela área na América Latina.

governança corporativa

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GRI 4.1, 4.5; 4.7; 4.9, 4.10

exemplo, também têm impacto na análise de desempenho da liderança. Como resultado de uma política para eliminar exces-sos e simplificar processos, fortalecida em 2012, também foram estabelecidas metas para reduzir o desperdício de materiais em nossas unidades.

comItê de sustentabIlIdade

O Comitê de Sustentabilidade foi reestruturado em 2010 para fortalecer a governança do tema e integrar os aspectos da sus-tentabilidade às instâncias de tomada de decisão. O objetivo do grupo é assegurar a disseminação do Plano Global de Sustenta-bilidade nas áreas, bem como acompanhar e encaminhar metas e indicadores de sustentabilidade, reportando-se ao Conselho Executivo. Além disso, o comitê serve como canal de comunica-ção interna e externa da companhia para questões de natureza de sustentabilidade e desenvolve planos de comunicação e enga-jamento com os principais públicos de relacionamento.

O comitê reúne lideranças de diversas áreas da companhia – Ju-rídico, Compras, Mídia, Vendas, Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SHE, na sigla em inglês), Cadeia de Suprimentos, Pesquisas com o Consumidor, Desenvolvimento e Inovação, Finanças, Recursos Humanos, Marketing e Sustentabilidade. Essa composição diver-sificada é uma forma de abordar desafios inerentes à natureza da operação, como as práticas de gestão ambiental nas manufaturas, ecoeficiência na logística, comunicação responsável e gestão de fornecedores.

Nossas práticas de governança têm avançado no eixo socioambiental: com participação de diversas lideranças, o Comitê de Sustentabilidade se reúne mensalmente para discutir políticas e práticas relacionadas ao tema.

Dois de nossos vice-presidentes do Conselho Executivo – de Cadeia de Suprimentos e de Vendas – também fazem parte do grupo, para garantir que suas decisões sejam levadas para co-nhecimento do Conselho. Os membros do comitê não recebem remuneração adicional pela participação nas reuniões.

As reuniões ocorrem mensalmente e a diretoria de Susten-tabilidade e parte dos membros do comitê participam ainda da reunião do Conselho Executivo, conforme necessário.

comItê de crIse

Mais antigo órgão de apoio à gestão, o Comitê de Crise é convocado quando potenciais riscos relacionados ao negócio são identificados. Liderado pela área de Comunicação Externa, o grupo aciona executivos de áreas-chave, como Jurídico, SHE, Qualidade e Cadeia de Suprimentos, para discutir questões crí-

ticas, minimizar impactos e propor ações corretivas. Além des-sas áreas, também podem ser convocadas, de acordo com a natureza do tema, as equipes de Marketing, Vendas, Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), Desenvolvimento e Inovação, Sustentabilidade e Recursos Humanos, entre outras.

Ao final das análises, enviamos um resumo das informações ao Conselho e às diretorias envolvidas da Unilever Brasil. Além do time corporativo, possuímos comitês de crise em todas as nossas operações e fábricas. Nesse caso, os grupos, compostos de gerentes e diretores de todas as áreas, devem solucionar pro-blemas de natureza local. Quando o caso não é solucionado pelo consenso, o comitê central é acionado.

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GRI 4.6, SO3, DMA SO Corrupção

transparêncIa, étIca e prátIcas de gestãoOs mecanismos e códigos para assegurar os padrões globais de conduta em todas as nossas operações

A Unilever Brasil dispõe de uma série de ferramentas, entre códigos, políticas, treinamentos e canais de comunicação, para assegurar que a nossa estrutura de governança funcione de acor-do com os padrões globais de ética e conduta da Unilever. Tam-bém aplicamos, no Brasil, uma série de instrumentos destinados à qualificação dos nossos líderes, como a avaliação de desem-penho, e temos mecanismos estruturados para evitar conflito de interesses e casos de corrupção nas operações.

Além de serem selecionados com base nas competências e experiências, nossos executivos passam por um ciclo de avalia-ção de desempenho nos mesmos moldes dos demais níveis pro-fissionais da Unilever Brasil. Uma das metas de desempenho pode ser o resultado da Pesquisa de Clima Organizacional da companhia (GPS, na sigla em inglês), realizada a cada dois anos, que aborda tópicos como a tomada de decisão, o gerenciamento da área e o respeito aos princípios da companhia por parte da liderança. Preenchido por todos os colaboradores, o questio-nário impacta na remuneração dos executivos, já que a satisfa-ção das equipes é sua responsabilidade direta. A última edição

ocorreu em 2012 e registrou a participação de 87% dos colabora-dores da Unilever Brasil.

Em relação à prevenção da corrupção e a temas como con-flito de interesses, suborno e desvios de ética e conduta, dispo-mos do Código de Princípios de Negócios, que orienta todas as práticas da companhia (leia mais em Códigos, Princípios e Com-promissos), inclusive as tomadas de decisão da alta gestão, os contratos que assinamos com parceiros e as responsabilidades de nossas equipes. Temos um comitê estruturado para analisar as denúncias de comportamento e violações às diretrizes desse documento dentro da companhia. Todos os casos de descum-primento do código são investigados e envolvem ações discipli-nares que podem incluir até demissão.

Realizamos quatro treinamentos para tratar do tema anticor-rupção no Brasil. Um deles é destinado a todos os funcionários administrativos e apresenta um conteúdo conciso, alinhado ao Código de Princípios de Negócios, sobre posturas anticompetiti-vas. Foram realizadas 957 horas desse treinamento. Outro módu-lo, que aborda especificamente o assunto anticorrupção, totalizou

Dispomos de uma série de ferramentas, entre códigos, políticas, treinamentos e canais de comunicação, para assegurar que a nossa estrutura de governança funcione de acordo com os padrões globais de ética e conduta da Unilever.

3.556 horas de treinamento e contou com a participação de 98% dos gestores e 26,2% dos funcionários com cargo abaixo do nível de gerência – correspondentes a 100% dos profissionais elegí-veis ao treinamento. As áreas de Suprimentos e Vendas, que são mais críticas por lidarem de forma mais intensa com o público externo, tiveram dois módulos específicos desse treinamento, que também impactou 100% dos funcionários elegíveis a esse tipo de capacitação.

Não desenvolvemos capacitações anticorrupção para fornece-dores, mas todas as contratações exigem que nossos parceiros concordem com o termo em que dizem estar cientes do Código de Princípios de Negócios, que aborda temas como corrupção, respeito à integridade humana e condições de trabalho. No perí-odo, todos os nossos colaboradores também participaram de um

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GRI 4.4, SO2, SO4, DMA LA Relação entre os trabalhadores e a governança

treinamento online que abordou diversos temas, como direitos humanos e corrupção.

Dispomos de um canal hotline para o recebimento de de-núncias em que os casos podem ser relatados de forma anôni-ma, sendo investigados e direcionados pelo comitê do Código de Princípios de Negócios, que reúne profissionais de diversas áreas da Unilever Brasil, como Jurídico e Recursos Humanos (leia mais em Códigos, princípios e compromissos). Em 2012, não registramos nenhuma denúncia específica do tema corrupção em nossos canais.

Não possuímos avaliações formais de riscos de corrupção e fraude em nossas operações; no entanto, realizamos anualmente estudos para análise e revisão de nossos controles internos, em consonância com as diretrizes da Lei Sarbanes-Oxley, cobrindo 100% das operações no país. Essa revisão conta com a avaliação de uma empresa de auditoria independente.

dIálogo com a gestão

Em 2012, a liderança da Unilever aprimorou a comunicação com o público interno. Dois novos canais foram lançados, para que todo funcionário pudesse ter acesso com mais clareza aos resultados da Unilever Brasil. O presidente passou a produzir ví-deos regulares em que divulga as principais conquistas de cada trimestre. Os vídeos, muito mais dinâmicos e acessíveis, substi-tuíram os comunicados por escrito. Pesquisas com funcionários realizadas após a exibição desses conteúdos apontam que mais

de 95% concordam que ter acesso a esse tipo de informação em vídeo facilita a exposição e o entendimento da mensagem. Os funcionários também passaram a dispor de um novo ca-nal para dialogar diretamente com a presidência, um chat virtual em que o presidente da companhia responde a perguntas. Foram realizados dois eventos dessa natureza em 2012, sendo que mais de 60% dos participantes vieram das equipes de escritórios e cerca de 23%, das fábricas. Os principais resultados, perguntas e respostas foram publicados no Boletim Interno Semanal (BIS), divulgado via intranet entre os funcionários. Em pesquisa com alguns dos participantes, para analisar a efetividade da ferra-menta, foi identificada avaliação positiva superior a 90% (leia mais em Pessoas). Outras ferramentas que envolvem a participação dos funcio-nários incluem a Cipa (Comissão Interna de Prevenção a Aciden-tes), que discute questões de segurança ocupacional com mem-bros de vários níveis hierárquicos da Unilever; e a Reunião Aberta, encontro presencial promovido semestralmente pela presidência para comunicar dados de desempenho e estratégias relevantes.

Por sua natureza jurídica, a Unilever Brasil não possui acio-nistas nem investidores. No entanto, caso um investidor tenha qualquer dúvida ou recomendação sobre os negócios no Brasil, tais questões são direcionadas aos conselhos da alta gestão glo-bal – que avaliam e encaminham recomendações à presidência da subsidiária.

Em 2012, lançamos chats interativos e vídeos com a presidência, para aproximar o público interno da alta gestão.

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governança corporativaunilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

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GRI 4.8, HR3, HR4

Todas as nossas práticas, internas ou externas, são geridas e desenvolvidas com base no Código de Princípios de Negócios, do-cumento que apresenta os principais valores, percepções e cren-ças da empresa a respeito de diversos temas, como honestidade, integridade, ética, respeito e valorização dos direitos humanos e sociais e da legislação brasileira.

Mais que um documento de orientação, o Código assegura a comunicação transparente no nosso modelo de governança e é a principal ferramenta para a Unilever Brasil desenvolver ações e negócios responsáveis do ponto de vista socioambiental e ético ao longo de toda a sua cadeia de valor. Além do conteúdo, disponível na intranet para consulta dos funcionários, também realizamos treinamentos e reciclagens sobre o Código anualmente, contem-plando todos os colaboradores, incluindo a alta gestão. Todo novo profissional também tem, em seu módulo de integração, uma capacitação presencial específica sobre o documento. Em 2012, realizamos 3.438 horas de treinamentos online sobre o Código

de Princípios de Negócios, focados em políticas e procedimentos relativos a direitos humanos relevantes para a operação; e 1.751 horas de treinamento presencial com o mesmo enfoque na área de vendas e promotores.

A disseminação e a aplicação das diretrizes previstas no do-cumento são feitas pelo Comitê do Código de Princípios de Negó-cios, ligado a um comitê global da companhia dedicado ao mes-mo tema. Além de receber denúncias sobre a gestão da empresa e a postura dos funcionários, o grupo tem a responsabilidade de encaminhar e monitorar seu cumprimento – trabalho que tam-bém é feito pelas gerências seniores das áreas.

Composto da Presidência da Unilever Brasil e dos vice-pre-sidentes de Recursos Humanos, Finanças e Jurídico, o comitê monitora os casos mensalmente, por meio de um sistema ge-renciado pela área de Gestão de Riscos com apoio da área jurídi-ca. Dependendo da natureza e dimensão do caso, são acionadas outras áreas da companhia.

códIgos, prIncípIos e compromIssosDireitos humanos, práticas comerciais e relações com as comunidades são alguns temas priorizados e formalizados em nossos documentos de orientação

Os casos relatados são analisados sem que se viole a identidade do denunciante e só resultam em medidas punitivas (podendo, inclusive, culminar no desligamento dos funcionários denunciados) após registro formal da ocorrência – via conversa com a liderança ou com os membros do comitê ou, ainda, por meio da área de Recursos Humanos. Há duas maneiras de fazê--lo, neste último caso: localmente, por telefone, e-mail ou cor-reio, ou globalmente, por meio da Linha Direta do Código, que é atendida em Londres e registra 90% das denúncias.

Em 2012, recebemos 17 denúncias referentes a possíveis casos de discriminação e assédio (racial, gênero, idade etc.) e bullying. Nenhum desses casos foi comprovado e nenhuma des-sas denúncias gerou ações judiciais. No período, também regis-tramos 110 denúncias por meio de nossos canais relacionados ao Código. Três desses casos foram comprovados e dois resultaram em sanções administrativas.

Para assegurar a ética e a boa conduta nas operações, realizamos mais de 3,4 mil horas de treinamentos online sobre o Código de Princípios de Negócios.

governança corporativa

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Page 27: RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012 UNILEVER BRASIL · unilever brasil RelAtRIo de sustentAbIlIdAde 2012 voltar ao sumário GRI 2.8, 4.8, 1.2, dMa eC Presença de Mercado Por isso,

códIgo de prIncípIos de negócIos unIlever

padrão de condutaConduzimos nossas operações com honestidade, integridade,

abertura e com respeito pelos direitos humanos e interesses de nossos funcionários. Nós também respeitaremos os interesses legítimos daqueles com quem mantemos relações.

obedIêncIa à leIAs companhias da Unilever e seus funcionários estão obriga-

dos a atuar em conformidade com as leis e os regulamentos dos países nos quais operamos.

FuncIonárIosA Unilever está comprometida com a diversidade no ambiente

de trabalho, caracterizado por confiança e respeito mútuos, onde todos se sintam responsáveis pelo desempenho e pela reputação de nossa empresa.

Recrutaremos, empregaremos e promoveremos funcionários somente com base nas qualificações e habilidades necessárias para o trabalho a ser executado.

Comprometemo-nos em oferecer condições seguras e sau-dáveis de trabalho para todos os funcionários. Não utilizaremos nenhuma forma de trabalho forçado, compulsório ou infantil.

Estamos comprometidos a trabalhar junto com nossos funcio-nários para desenvolver e enriquecer as capacidades e habilida-des de cada indivíduo. Nós respeitamos a dignidade do indivíduo e a liberdade dos funcionários de se associarem livremente. Nós

manteremos boa comunicação com colaboradores através de in-formações sobre a empresa e de procedimentos de consulta.

consumIdoresA Unilever está comprometida com o fornecimento consis-

tente de marcas de produtos e serviços que ofereçam valor em termos de preço e qualidade, e que sejam seguros em seu uso normal. Os produtos e serviços serão rotulados, anunciados e comunicados de forma precisa e correta.

acIonIstasA Unilever conduzirá suas operações de acordo com princí-

pios internacionalmente aceitos de boa governança corporativa. Proveremos informações confiáveis, de forma regular e oportuna, sobre nossas atividades, estrutura, situação financeira e desem-penho para todos os nossos acionistas.

parceIros de neGócIoA Unilever está comprometida em estabelecer relacionamen-

tos que sejam mutuamente benéficos com nossos fornecedores, clientes e parceiros de negócio. Em nossas operações, espera-mos que nossos parceiros sigam princípios de negócio consis-tentes com os nossos.

envolvImento com a comunIdadeA Unilever busca ser uma empresa cidadã de confian-

ça e, como parte integral da sociedade, cumprir nossas res-ponsabilidades em relação às sociedades e comunidades nas

quais operamos.

atIvIdades públIcasAs companhias da Unilever são estimuladas a promover e de-

fender seus legítimos interesses de negócio.A Unilever cooperará com governos e outras organizações, di-

retamente ou através de entidades, como associações de classe, no desenvolvimento de propostas de leis ou outros regulamentos que possam afetar interesses legítimos de negócio.

A Unilever não apoia partidos políticos, nem contribui para o financiamento de grupos cujas atividades visam promover inte-resses de partidos políticos.

o meIo ambIenteA Unilever está comprometida com a promoção de melhorias

contínuas na gestão do nosso impacto ambiental e com o objetivo de longo prazo do desenvolvimento sustentável.

A Unilever trabalhará em parceria com outros para promover cuidados ambientais, aumentar o entendimento de questões am-bientais e disseminar boas práticas.

InovaçãoNós respeitaremos as preocupações de nossos consumidores

e da sociedade ao aplicarmos inovação científica com o objetivo de atender às necessidades dos consumidores. Trabalharemos com sólida base científica, aplicando padrões rigorosos de segu-rança aos produtos.

GRI GRI 4.8

governança corporativa

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Page 28: RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012 UNILEVER BRASIL · unilever brasil RelAtRIo de sustentAbIlIdAde 2012 voltar ao sumário GRI 2.8, 4.8, 1.2, dMa eC Presença de Mercado Por isso,

GRI 4.8, HR3, HR4, DMA EN, SO e PR Conformidade, DMA SO Concorrência desleal

concorrêncIaA Unilever acredita na concorrência vigorosa, mas leal, e apoia

o desenvolvimento de leis adequadas para regulamentá-la. As companhias e os funcionários da Unilever conduzirão suas ope-rações em conformidade tanto com os princípios da concorrência justa quanto com todas as normas aplicáveis.

InteGrIdade de neGócIosA Unilever não dá nem recebe subornos diretos ou indiretos,

nem qualquer outra vantagem imprópria visando a ganhos fi-nanceiros ou de negócio. Nenhum empregado poderá oferecer, dar ou receber nenhum presente ou pagamento que seja ou que possa ser interpretado como suborno. Qualquer solicitação ou oferta de suborno deve ser rejeitada de imediato e reportada à administração.

Os registros contábeis e documentos da Unilever devem des-crever com precisão e refletir a natureza das transações sub-jacentes. Nenhuma conta, fundo ou ativo não revelado ou não registrado será estabelecido ou mantido.

conFlItos de InteressesTodos os funcionários da Unilever devem evitar atividades pes-

soais ou interesses financeiros que possam constituir um conflito de interesses para com suas responsabilidades na empresa.

Funcionários da Unilever não devem buscar ganhos pessoais ou para terceiros através do abuso de suas posições.

conFormIdade – monItoramento – relatórIosConformidade com esses princípios é um elemento essencial

no sucesso de nossos negócios. O Board da Unilever é respon-sável por garantir que esses princípios sejam aplicados na com-panhia como um todo. O CEO é responsável pela implementa-ção desses princípios e recebe o suporte de seu Corporate Code Committee, presidido pelo Chief Legal Officer. Os membros do Comitê são o Group Secretary, o Chief Auditor, o Senior Vice Pre-sident HR e o Senior Vice President Communications. O Global Code Officer é o Secretário do Comitê. Trimestralmente o Comitê apresenta atualizações ao Corporate Responsibility & Reputation e ao Audit Committee; a cada seis meses se reporta ao Unilever Executive e uma vez por ano, ao Board.

A responsabilidade do dia a dia é delegada às gerências se-niores de todas as regiões, funções e companhias operacionais. Elas são responsáveis pela implementação desses princípios, se necessário, por meio de diretrizes mais detalhadas, adaptadas às necessidades locais e apoiadas pelos Regional Code Committees, incluindo o Regional General Counsel junto com os represen-tantes de todas as funções e categorias relevantes. A garantia da conformidade é dada e monitorada a cada ano. A conformi-dade com o Código está sujeita à revisão por parte do Board, com suporte do Corporate Responsibility & Reputation Commit-tee e com suporte do Audit Committee para questões financeiras e contábeis.

Quaisquer violações ao Código devem ser reportadas de acor-do com os procedimentos especificados pelo Chief Legal Offi-cer. O Board da Unilever não criticará a gerência por nenhuma

perda de negócios que resultar da adesão a esses princípios e outras políticas e instruções obrigatórias. O Board espera que seus funcionários prestem atenção ou chamem a atenção de suas gerências seniores sobre quaisquer violações ou suspei-ta de violação a esses princípios. Foram tomadas medidas para que os funcionários possam relatar essas eventuais violações, de forma confidencial, sem que nenhum deles sofra consequências decorrentes de fazê-lo.

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Page 29: RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012 UNILEVER BRASIL · unilever brasil RelAtRIo de sustentAbIlIdAde 2012 voltar ao sumário GRI 2.8, 4.8, 1.2, dMa eC Presença de Mercado Por isso,

Todas as nossas práticas são geridas e desenvolvidas com base em nosso Código de Princípios de Negócios, que apresenta os principais valores, percepções e crenças da empresa.

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voltar ao sumárIogovernança corporatIvaunIlever brasIl RELAtóRIO DE SuStENtABILIDADE 2012

Page 30: RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012 UNILEVER BRASIL · unilever brasil RelAtRIo de sustentAbIlIdAde 2012 voltar ao sumário GRI 2.8, 4.8, 1.2, dMa eC Presença de Mercado Por isso,

GRI 4.8, 4.12, EC9

nossos compromIssos

Global e localmente, somos signatários de pactos e iniciativas ligados aos nossos segmentos de negócio e diretrizes socioam-bientais. Nos últimos anos, temos fortalecido nossa presença em rodas de discussão sobre temas como cadeias sustentáveis de fornecimento, aprimoramento nutricional, combate às desigual-dades e promoção da saúde e da qualidade de vida.

No Brasil, participamos de uma série de iniciativas setoriais da indústria de bens de consumo. Veja, abaixo, a lista dos com-promissos e programas de que somos signatários:

GlobaIs » Pacto Global da Organização das Nações Unidas: estamos

comprometidos com os dez princípios do pacto no cotidiano de nossas operações e fazemos anualmente o relato de nos-so progresso no desenvolvimento desses temas.

» Roundtable Sustainable Palm Oil (Mesa-Redonda de Óleo de Palma Sustentável): tem o objetivo de “promover o cresci-mento e uso de óleo de palma sustentável, através da coope-ração na cadeia de abastecimento e de diálogo aberto entre as partes interessadas”. Neste fórum, são definidas metas de produção baseadas em processos sustentáveis para o óleo de palma. O compromisso faz parte da estratégia do Plano Global de Sustentabilidade da Unilever – que define como meta obter 100% de matéria-prima agrícola de fonte sustentável certificada até 2015.

» Roundtable on Responsible Soy – RTRS (Programa Global de Soja

Sustentável): a Associação Internacional de Soja Responsável é uma iniciativa formada por múltiplas partes que visa facilitar um diálogo global sobre uma produção de soja que seja economica-mente viável, socialmente equitativa e ambientalmente sólida. A RTRS oferece às partes interessadas (produtores, organizações sociais, empresas e indústria) a oportunidade de desenvolver de forma conjunta soluções globais em prol de uma produção res-ponsável de soja. Esse compromisso também faz parte da estra-tégia do Plano Global de Sustentabilidade da Unilever, que define como meta obter 100% da soja em grão de fonte sustentável ate 2014 e 100% do óleo de soja até 2020. Esse projeto visa apoiar esforços dos produtores de soja no mundo inteiro em atender às demandas crescentes dos consumidores para comprar soja que não estiver contribuindo com a perda da biodiversidade ou com as emissões de gases de efeito estufa (GEE).

» Greenhouse Gas Protocol (GHG Protocol ou Protocolo de GEE): utilizamos o protocolo internacional como ferramenta para medir o cumprimento da nossa meta, determinada pela estratégia UB2012, de ter em 2012 o nível de emissão de ga-ses de efeito estufa menor ou igual às emissões de 2007.

» World Heart Federation (Federação Mundial do Coração): promove a melhoria na saúde cardíaca.

» Global Alliance for Improved Nutrition (Aliança Global para Aprimoramento da Nutrição): trabalha para a cocriação de novas abordagens para a fortificação de nutrientes.

» FDI World Dental Federation (Federação Global de Odontolo-gia): promove a melhoria na saúde bucal.

» Global Public-Private Partnership for Handwashing (Parceria

Público-Privada Global para Lavagem de Mãos): incentiva o hábito de lavar as mãos com sabonete.

» Unicef: escolhido em 2011 como uma das ONGs parceiras globais para melhorar o saneamento nos países em desen-volvimento, por meio da iniciativa do Unicef chamada Co-munidade de Abordagens para o Saneamento Total (“Cats”), um programa de mudança de comportamento que promove boas práticas de higiene, ajuda a criar demanda de acesso a instalações sanitárias e a sensibilização para a crise do saneamento.

» Save the Children: escolhida em 2011 como uma das ONGS parceiras globais, para salvar e melhorar a vida das crianças em todo o mundo em busca de melhorar o acesso aos pro-fissionais de saúde e às vacinas que salvam vidas, e garantir que mais crianças e mães sejam alcançadas pela saúde de alto impacto e por programas de nutrição.

» Oxfam: escolhida em 2011 como uma das ONGs parceiras globais, vai melhorar vidas em todo o mundo através de pro-gramas destinados a capacitar os indivíduos e a oferecer uma boa nutrição, além da água potável e limpa.

» PSI: escolhida em 2011 como uma das ONGs parceiras glo-bais, com foco na melhoria da saúde das crianças e das fa-mílias através da realização de intervenções de mudança de comportamento focadas na lavagem das mãos, acesso à água potável e saneamento.

» WFP – World Food Program (Programa Alimentar Mundial da ONU): escolhido em 2011 como uma das ONGs parceiras glo-bais, através do Projeto Laser Beam, uma parceria público-

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Page 31: RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012 UNILEVER BRASIL · unilever brasil RelAtRIo de sustentAbIlIdAde 2012 voltar ao sumário GRI 2.8, 4.8, 1.2, dMa eC Presença de Mercado Por isso,

-privada que visa criar um modelo escalável e sustentável para melhorar a saúde, a nutrição e os meios de subsistên-cia em Bangladesh e na Indonésia.

» World Economic Forum (Fórum Econômico Mundial): somos um dos principais líderes do Fórum Global, que acontece todo mês de janeiro, na Europa.

locaIs » Compromisso Público de Publicidade Responsável: docu-

mento voluntário que reúne grandes empresas de alimentos e bebidas do Brasil. Promove debates sobre responsabilida-de e ética na comunicação dirigida às crianças.

» Programa Brasileiro GHG Protocol: para a realização de nosso inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE), adota-mos a metodologia GHG Protocol, atualmente a mais utilizada no mundo, com algumas adaptações à realidade brasileira.

» Movimento Empresarial pela Biodiversidade – Brasil (MEEB): tem a proposta de liderar a participação do setor empresarial no processo de construção do Plano Brasileiro, com metas de acordo com a realidade do país, visando à conservação e ao uso sustentável da biodiversidade até 2020.

» Pacto pela Sustentabilidade do Walmart: somos signatários desse compromisso, que incentiva a sustentabilidade na ca-deia de suprimentos.

» Empresa Amiga da Criança: participamos do programa criado em 1995 pela Fundação Abrinq, com o objetivo de mobilizar empresas para que suas ações beneficiem os direitos assegu-rados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.

» Cenaids (Conselho Empresarial Nacional para a Preven-ção do HIV/Aids): somos empresa fundadora do Cenaids, conselho que tem como missão mobilizar o setor empresa-rial para o enfrentamento da epidemia de HIV/Aids fortale-cendo o exercício da responsabilidade social e a sustentabili-dade das empresas.

» Movimento Limpeza Consciente: projeto desenvolvido pela Abipla (Associação Brasileira da Indústria de Produtos de Limpeza e Afins) para incentivar práticas de sustentabilidade no setor de Produtos de Limpeza.

» Movimento +Mulher 360 (Movimento Empresarial pelo De-senvolvimento Econômico da Mulher): alinhado com os Princípios de Empoderamento das Mulheres da ONU, o mo-vimento propõe uma visão 360 graus do empoderamento feminino, abordando a atuação das mulheres em todos os seus papéis. Também propõe trabalhar o equilíbrio de gêne-ro e o empreendedorismo de forma abrangente, em todas as esferas de atuação das companhias.

» Iniciativa Voluntária com o Ministério do Meio Ambiente: assinada em novembro de 2011, com a presença da Minis-tra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, no âmbito do Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS), do Ministério do Meio Ambiente, visa estimular e engajar outras empresas e setores a substituírem o gás refrigerante usado nos freezers comerciais por gases com menor contribuição ao aquecimento global.

» Pacto na Mão Certa: iniciativa da ONG Childhood Brasil que visa mobilizar governos, empresas e organizações do tercei-

ro setor em torno do enfrentamento mais eficaz da explora-ção de crianças e adolescentes nas rodovias brasileiras.

» Rede de Mulheres Brasileiras Líderes pela Sustentabilida-de: tem o objetivo de atrair e mobilizar mulheres líderes que atuam em empresas públicas e privadas, em órgãos governa-mentais ou multilaterais, bem como em organizações não go-vernamentais, interessadas nas questões da sustentabilidade.

Nossa participação em movimentos e compromissos setoriais está em consonância com os temas que consideramos prioritários para a indústria no país.

GRI 4.12

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Page 32: RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012 UNILEVER BRASIL · unilever brasil RelAtRIo de sustentAbIlIdAde 2012 voltar ao sumário GRI 2.8, 4.8, 1.2, dMa eC Presença de Mercado Por isso,

Consumidores

Clientes

Comunidades

investimento soCial

Governos e instituições

PrÁtiCas setoriais

Nossos públicos

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Page 33: RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012 UNILEVER BRASIL · unilever brasil RelAtRIo de sustentAbIlIdAde 2012 voltar ao sumário GRI 2.8, 4.8, 1.2, dMa eC Presença de Mercado Por isso,

32GRI 4.14, 4.15, 4.16, 4.17

Um olhar para a cadeia de valorNos últimos cinco anos, investimos em ações para aprimorar o diálogo com diversos públicos no Brasil, mas ainda temos o desafio de levar essa proposta para todas as nossas unidades e operações

A necessidade de aliarmos a condução dos negócios a práticas responsáveis é uma questão que se estende a toda a cadeia de valor. Nos últimos cinco anos, estruturamos diálogos, ações de engajamento e parcerias com nossos vários públicos estratégi-cos no Brasil, envolvendo funcionários, consumidores, clientes, fornecedores, comunidades de entorno, acadêmicos e institui-ções do governo.

Ao pensar em todo o ciclo de vida do produto, desde a fase de pesquisa e desenvolvimento até o pós-consumo, criamos condi-ções de identificar os principais stakeholders que exercem influ-ência nos negócios da Unilever Brasil e são impactados por eles em cada um dos processos desse ciclo.

O primeiro levantamento, realizado em 2008, definiu três pú-blicos prioritários naquele momento: funcionários, fornecedores e clientes. Promovemos, então, uma ação de engajamento volta-da para os funcionários e reforçada pela posterior disseminação do Plano de Sustentabilidade da Unilever. Junto com nossos for-necedores, trabalhamos a redução dos impactos associados à produção e à cadeia de valor. E, com o apoio dos nossos clientes, olhamos para a necessidade de reduzir nossa pegada de emis-

sões, sobretudo na questão logística, e de adotar ações que es-tão além dos muros de nossas fábricas e escritórios.

Outros públicos com os quais nos relacionamos, como go-vernos, consumidores, acadêmicos e comunidades de entor-no das fábricas, também têm sido contemplados por iniciati-vas. Para nossos consumidores, mantivemos a estratégia de promover a educação para o consumo consciente por meio de campanhas apoiadas por nossas marcas e produtos (leia mais em Consumidores). Com entidades do governo, mantivemos parcerias que trazem ganhos para todas as partes envolvidas, como o apoio a campanhas dos ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, entre outros órgãos governamentais (leia mais em Governos e Instituições).

Em 2012, com o objetivo de prestar contas e engajar nossos stakeholders, realizamos o evento “Plano Global de Sustentabili-dade - Um ano depois”, ocorrido em 25 países – incluindo o Bra-sil –, no qual apresentamos o relatório de progresso de um ano do Plano de Sustentabilidade Unilever (veja a publicação completa aqui, em português). O evento discutiu os resultados e avanços das nossas metas de sustentabilidade e contou com a participa-

ção de diversos stakeholders da companhia, como palestrantes ou ouvintes.

Um desafio para o fUtUro

Em 2011, revisamos a Matriz de Materialidade, que reúne e sistematiza os temas prioritários para a gestão da empresa, segundo nossos públicos no Brasil. Para estruturá-la, realiza-mos consultas presenciais e telefônicas com mais de 50 pes- soas, entre especialistas, fornecedores, representantes de ONGs e funcionários, chegando a oito questões críticas para a Unilever Brasil (leia mais em Processo de Relato).

Esse processo foi o primeiro passo para fortalecermos o diálogo com nossos stakeholders. Em 2012, o trabalho teve continuidade com um projeto piloto em quatro unidades fabris, a fim de levan-tar os principais públicos de relacionamento da empresa nessas localidades. A perspectiva é que o projeto sirva de base para de-senvolver ações de engajamento nos próximos anos, em conso-nância com nossa estratégia de sustentabilidade.

Nossos públicosUNilever brasil relatório de susteNtaBilidade 2012 voltar ao sUmário

Page 34: RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012 UNILEVER BRASIL · unilever brasil RelAtRIo de sustentAbIlIdAde 2012 voltar ao sumário GRI 2.8, 4.8, 1.2, dMa eC Presença de Mercado Por isso,

As relações que estabelecemos com os consumidores trazem informações fundamentais para aprimorarmos a qualidade dos nossos produtos e operações no país. Oferecemos diversos ca-nais de atendimento e relacionamento com esse público, orien-tamo-nos por documentos e códigos internos e externos, reali-zamos pesquisas para identificar tendências e comportamentos e abordamos de diversas maneiras uma questão essencial para o negócio da companhia no Brasil e no mundo, que é a educa-ção para o consumo consciente.

A Unilever conta com uma equipe responsável pela gestão e análise dos atendimentos realizados nos diversos canais, pe-los quais podemos identificar reclamações e dúvidas comuns, coletar opiniões e identificar melhorias em nossas marcas e produtos. Duas políticas embasam nossas práticas com os con-sumidores: o Código de Princípios de Negócios e o Código de De-fesa do Consumidor. Também seguimos uma política global da companhia a respeito de privacidade e, desde 2008, aplicamos a Política de Tratamento de Reclamações, que orienta nossa abor-dagem nos contatos com consumidores e clientes.

A equipe de atendimento é composta dos colaboradores de uma empresa terceirizada, que totaliza mais de 120 atenden-tes, além de um parceiro que atua na logística e na prestação de consultoria especializada, que envolve outros 153 colabora-dores. A coordenação e gestão do relacionamento são feitas por 15 funcionários da própria Unilever Brasil, que também atuam diretamente em casos de maior complexidade, que não são so-lucionados nos canais convencionais.

A principal ferramenta de contato do consumidor com a Uni-lever Brasil é o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor), feito por meio de telefone, e-mail e carta. Também contamos com fanpages e perfis de nossas marcas em redes como Face-book e Twitter, que se estabeleceram como um importante ins-trumento de diálogo nos últimos anos.

Em 2012, desenvolvemos uma ferramenta online que apre-senta respostas aos principais questionamentos dos consumi-dores. O autoatendimento é disponibilizado 24h por dia nos si-tes das nossas principais marcas. Hoje, os novos consumidores respondem por cerca de 84% dos atendimentos, o que nos traz o

desafio de entender e saber trabalhar a partir de dúvidas e con-siderações bastante distintas.

Também dispomos de uma ferramenta de comunicação direta, o portal Vital, como parte do programa de relacionamento do mesmo nome. O canal traz textos com dicas, informações, receitas e orien-tações sobre nossos produtos, práticas de bem-estar e hábitos di-versos, e as leitoras podem ser convidadas a participar de atividades que promovemos em nossos espaços de interação, como o Espa-ço Gourmet, que permite a experimentação de nossos produtos e o contato entre profissionais da Unilever e seus consumidores e clien-tes (leia mais em Melhorando a Saúde e o Bem-Estar).

Uma das principais funções da área de atendimento, em con-junto com a equipe de Consumer Market Insights (CMI), é coletar informações para compreender as expectativas e necessidades de quem utiliza nossas marcas e produtos. Desse modo, elabo-ramos relatórios semanais e mensais, com base em uma fer-ramenta estatística, que nos fornecem as bases para promover melhorias, novas estratégias de comunicação e marketing, ino-vações e ações comerciais.

Outras áreas da companhia, como Mídia, Pesquisa e De-senvolvimento, Qualidade e Logística, também são envolvidas nesse processo. Como exemplos práticos, realizamos mudan-ças recentes nos sabonetes Lux e Dove Líquido a partir de con-

ConsumIdoRes

coNtato permaNeNterelacionamento com consumidores acontece em vários níveis e por diferentes motivos – do consumo consciente à melhoria dos nossos produtos

GRI 4.14

Nossos públicos

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unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

Page 35: RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012 UNILEVER BRASIL · unilever brasil RelAtRIo de sustentAbIlIdAde 2012 voltar ao sumário GRI 2.8, 4.8, 1.2, dMa eC Presença de Mercado Por isso,

GRI Pr5

tatos dos nossos consumidores, e modificamos o rótulo dos cremes de tratamento Seda em função de reclamações sobre sua legibilidade.

Para aprimorar nosso conhecimento sobre os consumido-res, realizamos, em 2012, por meio da área de SAC, uma análise de mais de 1,2 mil contatos feitos por meio de nossos canais para identificar o que significam os termos felicidade e beleza. Com isso, pudemos obter informações importantes para nossas categorias e marcas. Em geral, os pedidos de orientação sobre os produtos são o principal tema dos consumidores.

O prazo para troca de produtos é de dois dias úteis, para capi-tais, e cinco dias úteis, para o interior. Nesses casos, o material é recolhido e enviado à fábrica de origem, para elaboração de uma análise técnica, cujo resultado divulgamos em 30 dias, no máximo. O tempo de resposta para contatos via e-mail, por sua vez, é de até 72 horas. Caso haja registro de alguma alergia ou reação supostamente ligada a nossos produtos, encaminhamos o consumidor a uma consultoria médica especializada.

Por contar com diversos colaboradores terceiros, a estrutura de atendimento representa um grande desafio para a manuten-ção dos padrões de qualidade e gestão das relações da Unile-ver. Por isso, investimos em treinamentos e capacitações que buscam a integração desses profissionais à cultura da empresa. Como reflexo, nossa taxa de rotatividade na operação de atendi-mento é de cerca de 5%, metade da média do mercado.

Em 2012, lançamos o SAC Academy (Academia do SAC), um programa destinado às equipes de atendimento terceirizadas que passou a centralizar o ciclo de capacitações sobre nossas

marcas, categorias e produtos. Durante mais de 23 horas de treinamento, abordamos tópicos fundamentais para que o pro-fissional do SAC esteja preparado para atender o consumidor e esclarecer suas dúvidas. Uma das ações do período foi o desen-volvimento de uma equipe especializada e própria para atendi-mento de ocorrências relacionadas ao purificador Pureit.

Na montagem dos cursos e módulos, recorremos a consulto-rias especializadas em dermatologia, para os cuidados com pele e cabelo, por exemplo, e também abordamos temas como o Pla-no de Sustentabilidade, além de tópicos relevantes do Código de Defesa do Consumidor. Todos os profissionais conhecem o por-tfólio da Unilever e são informados com antecedência sempre que algum lançamento ou inovação é colocado do mercado. Em 2012, estabelecemos uma premiação, em parceria com a em-presa que realiza nosso atendimento de SAC, para reconhecer os melhores profissionais da equipe. Realizamos, ainda, um trei-namento com esses parceiros, para dialogar sobre os resultados que atingimos ao longo do ano e discutir possíveis melhorias no serviço.

Em 2012, a Unilever Brasil também deu início a uma par-ceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Se-nai), cujo objetivo é realizar estudos sobre reclamações de manchas em roupa feitas por consumidores via SAC. Nesse trabalho, analisaremos os contatos com mais profundidade, para identificar o grau de interferência dos nossos produtos na produção de manchas e sua relação com outros elementos – como processo de lavagem, dosagem ou uso combinado com outros produtos.

satisfação No ateNdimeNto

Ao longo de 2012, reduzimos a equipe de atendimento em função da queda do volume de contatos registrados, que foi infe-rior ao ano de 2011, quando também registramos redução nesse indicador. Ao mesmo tempo, mantivemos os índices de satisfa-ção e registramos melhorias no atendimento por e-mail, canal em que temos investido nos últimos anos, por considerá-lo uma importante ferramenta para posicionar a Unilever e esclare-cer nossos consumidores de forma objetiva sobre suas dúvidas e considerações. No total, registramos 722.524 atendimentos, mais de 50% deles por e-mail, 38% por telefone e 5% via redes sociais. Desse total, 220 mil manifestações geraram algum de-sencadeamento.

Nos contratos que firmamos com a empresa parceira no SAC, estabelecemos índices mínimos de satisfação para essas ma-nifestações: 85%, para telefone e carta; e 70%, para e-mail. Em 2012, esses números ficaram estáveis em comparação ao ano anterior, com média geral de 80%. O índice de satisfação nos atendimentos por e-mail encerrou o período em 75% (proporção de consumidores que avaliam o serviço com notas 8, 9 ou 10). Nos atendimentos por telefone, o índice atingiu 96%.

preseNça Na rede

Uma resposta ágil e orientada é extremamente relevante para a prevenção e gestão de riscos de imagem aos quais nossas

Nossos públicos

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Page 36: RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012 UNILEVER BRASIL · unilever brasil RelAtRIo de sustentAbIlIdAde 2012 voltar ao sumário GRI 2.8, 4.8, 1.2, dMa eC Presença de Mercado Por isso,

marcas estão expostas. Por isso, nos últimos cinco anos, refor-çamos nossa presença nas redes sociais e sites de relaciona-mento, com perfis, contas e fanpages no Twitter e no Facebook, gerenciados e monitorados por uma empresa parceira sob a co-ordenação da nossa equipe corporativa.

Nossa presença no meio digital contempla hoje diversas pági-nas no Facebook e contas no Twitter (veja relação ao lado), sempre voltadas para alguma mensagem das nossas 25 marcas – entre as quais a marca corporativa. Este é um instrumento estratégico para dialogarmos com nossos consumidores, trabalharmos os diversos aspectos de um produto e respondermos a críticas e considerações sobre sua composição, aplicação e funcionamento. Hoje, os aten-dimentos pelas redes sociais representam 5% do total de contatos e registraram um aumento em relação a 2011, confirmando uma tendência já sinalizada anteriormente.

Como regra, o consumidor que entra em contato pelas no-vas mídias recebe o mesmo tratamento dado ao usuário do SAC. Mas, pelo próprio perfil e alcance desses veículos, nossos canais virtuais abrem espaço para questionamentos específicos, que ganham repercussão rapidamente e exigem critério no encami-nhamento das respostas.

Em 2012, registramos, em nossas fanpages, diversos depoimen-tos sobre nossas práticas de patrocínio a programas de reality show e personalidades do esporte mundial, como o jogador de futebol Neymar. Outro contato que atingiu grande repercussão, em meados de novembro, envolveu um consumidor de AdeS. Com base no laudo elaborado por nossa fábrica de Pouso Alegre (MG), apontamos que o defeito não teve relação com problemas de qualidade da fabricação,

tendo sido provavelmente causado por lacre violado ou longo tempo de abertura da embalagem.

Também voltamos a registrar questionamentos de internautas sobre nossas práticas com animais. Reforçamos nosso posiciona-mento de que, no Brasil e na maioria dos países onde a Unilever atua, não realizamos testes em animais. Isso acontece apenas em países onde a legislação local exige tais testes e não existe alter-nativa segura a eles.

Perfis no Twitter:twitter.com/axebrtwitter.com/Ades_Brasiltwitter.com/beceloficialtwitter.com/ShampooCleartwitter.com/Dove_Brasiltwitter.com/hellmannsbrasiltwitter.com/kibonbrtwitter.com/knorrbrasiltwitter.com/LifebuoyBRtwitter.com/Omobrasiltwitter.com/rexonamentwitter.com/rxt_oficialtwitter.com/rexonawomentwitter.com/UnileverBrasiltwitter.com/SedaOficialtwitter.com/KnorrBrasil

Fanpages no Facebook:www.facebook.com/adesbrasilwww.facebook.com/axebrwww.facebook.com/Becelbrwww.facebook.com/BrilhanteBrasilwww.facebook.com/clearanticaspa

www.facebook.com/closeupbrasilwww.facebook.com/mundodecomfortwww.facebook.com/dovewww.facebook.com/hellmannsbrasilwww.facebook.com/kibonbrwww.facebook.com/CompromissoLifebuoywww.facebook.com/LuxBrasilwww.facebook.com/omobrasilwww.facebook.com/rexonawomenbrwww.facebook.com/rexonamenbrwww.facebook.com/SedaOficialwww.facebook.com/desafiopureitwww.facebook.com/FofoBrasilwww.facebook.com/Fruttarebrwww.facebook.com/tresemmebrwww.facebook.com/KnorrBrasil?ref=ts&fref=tswww.facebook.com/Magnum?ref=ts&fref=tswww.facebook.com/RexonaTeensBrwww.facebook.com/unilever

Presença virtual

nos últimos anos, reforçamos nossa atuação nas mídias sociais e sites de relacionamento com perfis, contas e fanpages voltadas para mensagens das nossas marcas.

pesqUisas com o coNsUmidor

A área de pesquisas com o consumidor – Consumer Ma-rket Insights (CMI) – é responsável pela análise das tendên-cias, comportamentos, percepções e hábitos de consumo das pessoas que utilizam nossos produtos. Assim como as demais esferas de gestão da Unilever, possui equipes local (Brasil), regional (América Latina) e global, e tem a atribuição de de-senvolver soluções e orientar inovações específicas para cada mercado e região do negócio, além de monitorar nossas mar-cas e seu posicionamento.

A equipe brasileira de CMI atua em parceria com o SAC e se baseia no Plano Estratégico de Entendimento (Strategic Unders-tanding Plan), que orienta as estratégias da companhia para o

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entendimento do mercado de consumo. Também realiza pesqui-sas qualitativas e quantitativas com diversos públicos, contem-plando as marcas de alimentos, bebidas e sorvetes, cuidados pessoais e limpeza. Dessa forma, podemos identificar oportuni-dades de negócio por categoria, região do país e público, além de observar mudanças de hábitos de consumo com antecedência, para projetar inovações.

Nosso trabalho de pesquisa envolve diversos espaços, como os pontos de venda dos clientes, o Estúdio Gourmet, o Centro de Pesquisa e Inovação com Clientes (CiiC, na sigla em inglês) e os domicílios de consumidores que concordam em colaborar co-nosco. Também organizamos atividades como a Consumer Week (Semana do Consumidor), convidando pessoas para participar de atividades e painéis diversos. Nacionalmente, nossas principais ferramentas são as auditorias de varejo, os painéis de domicílio e os monitoramentos de comunicação.

Desenvolvemos estudos pontuais, por meio de parcerias com outras empresas do setor, para analisar hábitos de consumo, re-giões e segmentos de mercado específicos. Em 2012, por exem-plo, iniciamos um trabalho para avaliar a força do mercado de produtos líquidos no Brasil, tendo em vista nosso investimento em produtos de limpeza concentrados.

Inovações recentes da Unilever são resultados de ações nesse sentido, com foco no entendimento do consumidor. O lançamento dos produtos da linha Meu Arroz, por exemplo, ocorreu após um es-tudo em que identificamos que a falta de tempo, o hábito de pre-paração diário do arroz e o uso de temperos prontos (como caldos) eram constantes no dia a dia dos consumidores brasileiros.

edUcação para o coNsUmo coNscieNte

O consumo consciente é um tema crítico para a indústria de bens de consumo e uma questão prioritária para a companhia. Aparece com relevância em nossa Matriz de Materialidade e é uma das diretrizes do Plano de Sustentabilidade. Estudos rea-lizados pela Unilever global mostram que precisamos agir em todas as fases do ciclo de vida do produto para atingir as metas com as quais nos comprometemos.

O trabalho sugere que cerca de 68% das emissões de gases de efeito estufa de alguns produtos estão associadas à fase de uso. Isso se deve principalmente à necessidade de aquecimento da água para lavar a roupa, prática comum em países desenvolvidos, para cozi-nhar e, também, para tomar banho. Por isso, procuramos apoiar os consumidores atuando em diversas frentes de comunicação, que também ressaltam, além dos aspectos ambientais durante o uso e pós-consumo, os benefícios de alguns produtos para a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas.

A fanpage da campanha Cada Gesto Conta, lançada em 2010 com o objetivo de sensibilizar e inspirar as pessoas a adotar pe-quenas atitudes que, juntas, podem fazer uma grande diferença, registrou, até dezembro de 2012, mais de 200 mil fãs. Aos pou-cos, o conceito chegou à Unilever global e às demais subsidiárias ao redor do mundo. Essa campanha foi gradativamente incorpo-rada à estratégia e ao posicionamento global da companhia ao longo de 2012.

Outra frente envolve parcerias com o Ministério da Saúde para inserir, nas embalagens dos nossos produtos, mensagens sobre

bons hábitos de saúde, higiene e alimentação (leia mais em Gover-nos e Instituições). Isso é especialmente adotado em produtos com atributos sociais – como Lifebuoy e Pureit – ou desenvolvidos com aspectos nutricionais, como é o caso de AdeS.

Essa relação também se estende a ONGs e membros da cadeia de clientes, que amplificam nossas mensagens e atingem mais pú-blicos e consumidores. Dois exemplos são as parcerias com o Ins-tituto Akatu em diversos projetos relacionados ao tema e, em al-guns de nossos clientes, as iniciativas que reforçam a importância da oferta de produtos com menor impacto socioambiental.

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ClIentes

Na mesma direçãoutilizamos nossa presença em mais de 400 mil pontos de venda para engajar nossos vários parceiros em projetos de sustentabilidade

Os produtos da Unilever estão presentes em mais de 400 mil pontos de venda em todo o Brasil, entre supermercados, farmá-cias e lojas de vizinhança, entre outros. É uma cadeia expressiva de clientes, que traz facilidades e desafios, e exige uma agenda conjunta para minimizar impactos e otimizar processos.

Na Unilever, esse relacionamento é conduzido por uma equi-pe de 4 mil pessoas, divididas entre os times comerciais (respon-sáveis pelo diálogo e captação de parceiros) e funcionários que atuam nos pontos de venda (fazendo atividades promocionais e de orientação ao lojista e ao consumidor).

Desde a implantação do Plano de Sustentabilidade, temos re-forçado a comunicação dos nossos valores e da nossa cultura de negócios na cadeia de clientes por meio dos Joint Sustainability Plans (JSP, na sigla em inglês), ou Planos Conjuntos de Sustenta-bilidade. O objetivo é discutir parcerias e implementar ações que tragam benefícios ambientais e econômicos para todas as partes

envolvidas. Abordamos temas como a redução das emissões na cadeia de suprimentos, com projetos de frota compartilhada e oti-mização da ocupação dos caminhões (leia mais no quadro).

Em 2012, nosso principal avanço nesse sentido foi a assinatura de um Plano de Negócios com o Grupo Pão de Açúcar, iniciativa li-derada pelas áreas de Logística e Vendas. Mapeamos a pegada de emissões em nossos processos e fluxos comerciais, do transporte das fábricas aos centros de distribuição da Unilever, e do percurso dessas instalações aos centros de distribuição e pontos de venda do cliente. Para isso, aplicamos os dados do nosso inventário de 2011 e identificamos um volume relevante de emissões nas rotas entre os centros de distribuição e pontos de venda. Nesse plano, também acordamos a continuidade e expansão de iniciativas de redução de emissão e custos na logística.

Também testamos, ao longo do ano, um projeto para otimi-zar o acondicionamento de pallets de diferentes categorias de

produtos em caminhões que levam nossa produção aos centros de distribuição dos nossos clientes. No Nordeste, começamos a aplicar um sistema semelhante, que visa à melhoria na ocu-pação do caminhão, praticado até então apenas no estado de São Paulo. No CiiC, organizamos um evento com um de nossos maiores clientes, do estado do Pará, para que ele conhecesse nosso Plano de Sustentabilidade e considerasse a adoção de projetos conjuntos de ecoeficiência. De forma voluntária, esse parceiro produziu informativos sobre economia de água e ofer-tou Omo líquido concentrado para incentivar a ação.

Em 2012, também mantivemos os projetos já estruturados com nossos clientes de maior porte, como as Estações de Re-ciclagem Pão de Açúcar Unilever, há 11 anos em operação (leia mais em Resíduos), e o Pacto de Sustentabilidade, assinado com a rede Walmart em 2009.

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alGuns Projetos Com Clientes

backhaul – Parceria com alguns de nossos clientes de gran-de porte (como Carrefour e Walmart) permite o compartilha-mento de frotas e a redução de custos e emissões de gases de efeito estufa na logística (leia mais em Emissões). Em 2012, acrescentamos três novas rotas.

projeto torre – Ajustes no padrão de armazenamento manual de itens que são enviados para o Grupo Pão de Açúcar, com a alocação de diferentes produtos no mesmo pallet.

Com isso, eliminam-se pallets da operação e diminui-se o nú-mero de viagens, reduzindo custos. Implantado em quatro es-tados ao longo de 2012.

pegada ambiental – Projeto realizado com o Grupo Pão de Açúcar. Analisou, ao longo do ano, as rotas utilizadas no transporte de nossos produtos, no intuito de calcular emis-sões de CO2 no transporte entre nossos centros de distribui-ção e as lojas do cliente.

ceNtro de iNovação e pesqUisa de clieNtes (ciic)

O Centro de Inovação e Pesquisa de Clientes (ou CiiC, sigla para Consumer Insight and Innovation Center) foi inaugurado em 2010 na cidade de São Paulo com a proposta de buscar solu-ções e realizar testes de eficiência na comunicação dos nossos produtos. Primeiro espaço de interação com clientes estrutu-rado pela Unilever na América Latina, o CiiC nos permite reunir parceiros para analisar e modificar estratégias de negócio e co-municação por meio de estudos e simulações de ponto de venda.

Ao longo do ano, representantes de redes de hipermercados, supermercados, farmácias, pequenos varejos e outros segmen-tos foram convidados para treinamentos e testes sobre a dispo-sição de produtos em gôndolas e prateleiras. Também estuda-

mos formas de comunicar nossa proposta e nossas marcas com maior eficiência com ações de merchandising e reordenação dos produtos. No total, realizamos 126 visitas no espaço ao longo de 2012, envolvendo clientes do grande varejo e representantes de redes de farmácia, conveniência e parceiros regionais de atacado.

Construído com material reciclável ou reciclado e técnicas de eficiência energética e de consumo de água, o CiiC também recebe treinamentos de altos executivos e serve de espaço para testar novas ferramentas de gestão e layout de lojas e materiais. Como muitos procedimentos são feitos de forma digital, reduzi-mos a quantidade de papel e de resíduos a zero.

Parcerias com clientes permitiram o desenvolvimento de soluções conjuntas de logística que nos ajudam a reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

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mantemos um diálogo amplo com vários públicos de relacionamento. em parceria com outras instituições, falamos ao consumidor sobre consumo consciente. também desenvolvemos projetos com clientes para reduzir nossa pegada ambiental e utilizamos a força de nossas marcas em campanhas do governo.

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GRI eC8, so1, dMa so Comunidades locais

ComunIdades

a vez da maNUfatUraCom unidades industriais em várias regiões do país, temos o desafio de avançar de modo mais consistente no relacionamento com as comunidades locais

As nove fábricas da Unilever no Brasil se localizam em quatro estados de três diferentes regiões do país. Essa presença nos traz a necessidade de olhar para as operações da manufatura e estruturar canais abertos de relacionamento com as comunida-des locais – um desafio abordado no Plano de Sustentabilidade e apontado também no trabalho de levantamento de públicos, que começamos a conduzir em 2012.

Temos enfrentado o desafio de engajar as comunidades ins-taladas no entorno com projetos como o mapeamento e consulta de públicos, a avaliação de impactos socioambientais e econô-micos associados ao negócio e o uso de mecanismos de levanta-mento ambiental.

Uma dessas ferramentas é o Laia (Levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais), procedimento-padrão e obrigatório para todas as unidades da Unilever. Apesar do foco ambiental, esse re-latório também pode trazer aspectos sociais ligados às comuni-

dades de entorno. Esse levantamento se baseia em obrigações legais e outros critérios-padrão do Sistema de Gestão Ambiental e de Saúde e Segurança que utilizamos, o Framework Standards.

Na parte de mapeamento de públicos, evoluímos em 2012 com um projeto para identificar os stakeholders que se relacio-nam com as operações industriais da Unilever. Com o apoio de uma consultoria externa e dando continuidade às consultas da Matriz de Materialidade, observamos os principais aspectos e questões que envolvem o relacionamento da Unilever com go-vernos, comunidades, instituições e entidades vizinhas às nos-sas instalações.

Para isso, realizamos consultas a lideranças de quatro ope-rações: Igarassu, Valinhos, Pouso Alegre e Vinhedo. Essa ati-vidade representa um primeiro passo para nos aproximarmos e entendermos os temas mais relevantes para cada uma das manufaturas. O trabalho terá continuidade ao longo de 2013,

como parte de nossas ações de engajamento e relacionamento com stakeholders.

programas de relacioNameNto com a comUNidade

Para entrar em contato com a companhia, nossos vizinhos podem nos acionar via SAC (Serviço de Atendimento ao Con-sumidor) ou presencialmente, na portaria das fábricas. Ope-rações como Garanhuns, Goiânia, Igarassu, Valinhos, Vinhedo e Pouso Alegre contam com processos formais para tratar re-clamações da comunidade local. Outras, como a de Indaiatu-ba e Ipojuca, além de Goiânia, desenvolvem atividades educa-tivas com a comunidade e familiares para disseminar práticas de sustentabilidade.

Nossos públicos

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GRI eC8, so1

Ainda nas fábricas, uma importante ação para estreitar a re-lação com o entorno é o Programa Conviver, executado de for-ma estruturada na unidade de Valinhos, que possui manufaturas responsáveis pela fabricação de sorvetes e cuidados pessoais. Criado em 1992, o Conviver propõe a comunicação com gover-nos, entidades e a sociedade civil organizada, a criação de pro-jetos socioambientais e educativos com a comunidade, além de frentes para gerir os impactos locais. Em 2012, a distância das plantas e problemas estruturais internos nos impediram de avançar de modo consistente na adoção do programa, mas de-senhamos uma estratégia unificada para as fábricas, que deve ser fortalecida a partir de 2013.

No segundo semestre de 2012, também iniciamos um tra-balho piloto com comunidades no entorno das nossas fábricas que utilizará uma metodologia que busca a transformação das cidades em modelos mais sustentáveis. O foco é aprimorar o re-lacionamento com as comunidades em questões de sustentabi-lidade e desenvolvimento local. O piloto do programa tem início em 2013 e ocorrerá nas cidades de Valinhos (SP) e Pouso Alegre (MG), com possibilidade de expansão para todas as fábricas após dois anos de atividade. A ideia é mobilizar colaboradores inte-ressados em trabalhar como agentes de mudança, fomentando o desenvolvimento da região em que vivem.

A Unilever também é patrocinadora da Enactus, organização internacional sem fins lucrativos que fomenta o empreendedo-rismo e a formação de líderes empresariais socialmente res-ponsáveis por meio do trabalho voluntário de universitários em comunidades com necessidades específicas. Ao mesmo tempo

em que ajudam essas comunidades a encontrar soluções criati-vas e sustentáveis para seus problemas, os jovens desenvolvem aptidões e ampliam suas chances de iniciar a vida profissional em renomadas corporações.

Novas iNstalações

Também temos buscado avançar em nossas práticas de re-lacionamento em instalações que estão em fase de construção. Uma ferramenta que identifica os impactos das nossas opera-ções, desenvolvida por um grupo de trainees em 2011 e revisada e aplicada ao longo de 2012, permite a mensuração de impactos nas comunidades e a definição de planos de ação. Essa ferramenta foi utilizada em Pouso Alegre (MG) em razão da construção de um novo centro de distribuição (CD) e, com ela, estamos elaborando um plano de relacionamento com a comunidade local.

Com 87 mil metros quadrados e responsável pela geração de cerca de mil empregos, entre postos de trabalho próprios da Unilever e dos parceiros diretos, o espaço se tornará um dos maiores centros de distribuição da companhia. Desde o início do projeto, a construtora responsável pela obra se reuniu com membros da vizinhança e representantes da área de Meio Am-biente da prefeitura local, para discutir temas como poluição ambiental e geração de tráfego nos viadutos e vias de acesso próximos. O CD de Pouso Alegre está sendo construído de acor-do com as normas da certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design), que pressupõe a adoção de prá-

ticas de construção civil que consideram aspectos da susten-tabilidade. A previsão para o início das operações é o terceiro trimestre de 2013. Se obtiver o certificado, esta será a terceira instalação da Unilever a receber o Leed.

Nossos públicos

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IMPACTOS IDENTIFICADOS EM 2012

Veja, a seguir, alguns impactos que foram observados pelas comunidades de entorno por meio dos nossos canais de co-municação:

Igarassu – A fábrica foi procurada, durante o ano, pela Agên-cia Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH), que visitou as linhas de produção e fez recomendações de melho-rias para a liderança e as equipes locais de SHE (Segurança, Saúde e Meio Ambiente, na sigla em inglês). No entanto, não foi registrada nenhuma multa pelos órgãos ambientais, tam-pouco reclamação ou denúncia de moradores das comunida-des de entorno.

Valinhos – A unidade realiza anualmente monitoramento de ruído ambiental no entorno da área fabril e há pontos, no pe-ríodo noturno, que interferem nos parâmetros avaliados. Não recebemos reclamações da comunidade, mas o monitoramen-to motivou projetos de mitigação que devem ser executados em 2013. Por meio do canal de comunicação com a comunidade, há registros de outras reclamações pontuais, tratadas dentro do sistema de gestão ambiental da empresa.

Pouso Alegre – Por conta da construção de um novo Centro de Distribuição (CD) no município, a Unilever está aplicando uma ferramenta, desenvolvida por seus trainees, para mensurar os impactos sobre a vizinhança da nova operação. Em 2012, de-senvolvemos ações de relacionamento e comunicação, como reuniões abertas e encontros com as lideranças locais. Em 2013, após o início da operação, a ferramenta será novamente aplicada para mensurar os diferentes impactos em cada etapa do negócio.

Gestão de impactos nas comunidades ainda é um desafio para a Unilever Brasil, sobretudo nas operações fabris. Em 2012, avançamos no mapeamento de públicos dessas operações.

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InVestImento soCIal

apoio estratégicoincentivamos projetos e iniciativas que amplificam nossas diretrizes globais para a sustentabilidade

Nossas ações de investimento social privado no Brasil estão alinhadas às estratégias e diretrizes da Unilever global. Centrali-zamos essa atuação em duas frentes: a primeira fica sob a coor-denação do Instituto Unilever, que avalia projetos aprovados por leis de incentivo fiscal; a segunda é centrada em nossas marcas e contempla investimentos e patrocínios diretos da companhia.

A principal diretriz para os investimentos prevê o apoio a pro-jetos, parceiros e iniciativas que tenham aderência a nossos va-lores, estratégias e objetivos socioambientais e de negócio, com foco em nossos temas mais relevantes de gestão – como nutri-ção, saúde, educação para o consumo consciente, redução de impactos ligados ao ciclo de vida dos produtos e práticas res-ponsáveis na cadeia de valor. Também priorizamos programas que viabilizem o diálogo com nossos múltiplos stakeholders e abordem aspectos como bem-estar, autoestima, desenvolvi-mento socioeconômico e educação ambiental.

Todas as avaliações envolvem a equipe multifuncional do Ins-tituto Unilever e das áreas de marketing da Unilever Brasil, che-cando a natureza de nossos parceiros e a conformidade à legis-lação brasileira, bem como a aderência ao negócio. O Código de Princípios de Negócios, o Plano de Sustentabilidade Unilever e nossas políticas de comunicação de marca são as diretrizes para seleção dos projetos.

No ano de 2012, nosso investimento social totalizou cerca de R$ 11,3 milhões, valor 26% maior que o investido no ano ante-rior. Do total, cerca de R$ 2,5 milhões foram aplicados por meio de leis de incentivo fiscal, como a Lei Rouanet e a Lei de Incen-tivo ao Esporte.

Uma das iniciativas mais antigas que nossa marca corporati-va apoia é o Programa Vôlei Social Unilever. Dirigido para crian-ças e adolescentes do Paraná e do Rio de Janeiro, foi criado em 1997 e tem o objetivo de promover a autoestima, o desenvolvi-

mento humano e a inclusão social por meio da prática esporti-va. Quatro princípios (responsabilidade, respeito, cooperação e autonomia) são priorizados ao longo do trabalho realizado com crianças e jovens de 7 a 15 anos, sob a coordenação do Instituto Compartilhar, presidido pelo técnico de vôlei Bernardo Rezende, que mantém parceria com o governo estadual do Paraná e com a Prefeitura do Rio de Janeiro.

Ao longo de 15 anos, já impactamos mais de 95 mil crianças e adolescentes em três estados (Paraná, Rio de Janeiro e São Pau-lo) com atividades esportivas e educativas. Atualmente presente em dois estados, o projeto contemplou, em sua programação de 2012, a capacitação de mais de 1.480 professores e o atendimen-to direto a mais de 2.600 crianças e adolescentes. Mais informa-ções sobre o projeto: www.facebook.com/unilevervolei.

Outra forma de realização de investimentos sociais, de di-mensão global, é a Unilever Foundation (Fundação Unilever), cuja

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estruturação foi anunciada no Fórum Econômico Mundial, orga-nizado em Davos, na Suíça, em janeiro de 2012. Com uma rede fixa de parceiros que inclui entidades como World Food Program (WFP), Save the Children, Oxfam, PSI e Unicef, a fundação tem a missão de contribuir para a melhoria na qualidade de vida das pessoas em relação a temas como higiene, saneamento básico, acesso a água potável, nutrição e autoestima.

No Brasil, já possuímos trabalhos nesse sentido com a Save the Children, representada pela Fundação Abrinq pelos Direi-tos da Criança e do Adolescente. Com o Unicef, estamos tra-balhando para lançar uma parceria em 2013, com base nos princípios do projeto global. O objetivo é atuar com a articula-ção de governos municipais, comunidades e escolas, pela me-lhoria da condição de saneamento básico em algumas regiões específicas do Brasil (veja mais informações do projeto global em www.domestosforunicef.com).

Outro programa de relevância, que apoiamos por meio da nossa marca mais reconhecida pelo consumidor no Brasil, é o Omo Pelo Direito de Ser Criança. Desde 2008, a iniciativa reco-nhece atividades que instituições de ensino Infantil e Fundamen-tal I desenvolvem para valorizar o ato de brincar, em consonância com a nossa proposta de que marcas como Omo devem incenti-var e disseminar posicionamentos a favor da qualidade de vida e do bem-estar das pessoas.

Na última edição do prêmio, cujos resultados foram divulgados no início de 2012, recebemos inscrições de mais de 700 escolas de 395 municípios, 7% do total de municípios do Brasil. Foram reco-nhecidas práticas de 18 instituições de ensino, públicas e privadas, a

maioria da região Sudeste. Em 2013, o premio passará por um pro-cesso de reformulação, a ser concluído em meados de 2014. Mais informações sobre o programa podem ser encontradas na página oficial (http://www.pelodireitodesercrianca.com.br).

Em 2012, nossa marca AdeS também apoiou o projeto “Lê pra mim?”, que incentiva a leitura infantil por meio de encontros literários com personalidades. Ao longo de quatro dias, mais de 1,2 mil crianças foram impactadas pela iniciativa, que transfor-ma humoristas, atores e professores em contadores de história. Ao final de cada sessão, todos os participantes ganharam um livro e uma unidade de AdeS.

Por meio da marca Kibon, também desenvolvemos um pro-jeto de entrada e desenvolvimento da comunidade local na ci-dade do Rio de Janeiro. No âmbito da iniciativa, patrocinamos a construção de instalações para a ONG Educap (Espaço Demo-crático de União, Convivência, Aprendizagem e Prevenção), que oferece diversos cursos com temáticas sugeridas pelos próprios moradores, como inglês com foco em turismo, vida financeira, informática, empreendedorismo e preparação para o mercado de trabalho. Mais de 280 pessoas foram atendidas regularmente pelo programa durante o ano.

ação InVestImento Pessoas ImPaCtadas

doação de produtos r$ 9.256.191,76 769.849

investimento direto r$ 6.621.038,49 3.208.227

investimento via leis de incentivo (rouanet; lie, FdCa)

r$ 2.550.321,00 187.408

total r$ 18.427.551,25 4.165.484

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outros Projetos

Por meio do Instituto Unilever, também apoiamos as seguintes iniciativas, que foram executadas em 2012 ou transcorrerão em 2013:

Programas alfasol: A Associação Alfabetização Solidária (AlfaSol), organização da sociedade civil que visa ao fortalecimento e ao desenvolvimento social com práticas educativas sustentáveis, reali-za diversos projetos, como o Educação e Iniciação Profissional Juvenil para Ocupações Administrati-vas, Logística e Comércio e Varejo. Formalizamos o patrocínio a essa iniciativa em 2011 e o projeto está em execução até maio de 2013, atendendo cerca de 600 jovens. Em 2012, re-alizamos mais uma doação, que será aplicada na iniciativa “Educação profissional juvenil em Logís-tica” em 2013.

Praça vai à escola: Promove a educação socio-ambiental gratuita e a inclusão de crianças e adolescentes por meio de atividades educativas e

transformadoras, visando à defesa, preservação e conservação do meio ambiente e à promoção do desenvolvimento sustentável. Implementado pelo Instituto Verdescola, organização não governamen-tal que promove a conscientização socioambiental.

turma da lancheira: O projeto, executado em 48 es-paços de ensino na cidade de São Paulo ao longo do ano, atingiu mais de 17 mil pessoas com ações de conscientização a respeito da escolha de alimentos e da adoção de hábitos de vida mais saudáveis.

Programa Vôlei social unilever: Apoiamos o Tor-neio Internúcleos de Voleibol do Estado do Paraná, que busca promover a autoestima e o desenvolvi-mento humano por meio do esporte. A iniciativa é parte do Programa Social Vôlei Unilever, em parce-ria com o Instituto Compartilhar.

Galinha Pintadinha – o musical: Apresentado em São Paulo e no Rio de Janeiro ao longo do ano, o

espetáculo reúne ações interativas, de caráter lúdico, e apresenta a música “Lava a mão”, que orienta sobre uma das formas mais simples de prevenir doenças por meio da higiene básica. No total, as 189 apresentações do espetáculo reuniram 81.608 pessoas nas duas capitais.

Cine lifebuoy – sessão magia disney: Como parte da celebração do Dia Mundial de Lavar as Mãos em 2012, Lifebuoy e Disney promoveram um pro-jeto para democratizar o acesso ao cinema para a população de baixa renda. Clássicos Disney foram exibidos em oito cidades do Nordeste brasileiro, nos estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco, Pa-raíba, Rio Grande do Norte e Ceará.

Risadaria: A ser executada em 2013, a iniciativa reúne diversas plataformas – como literatura, ci-nema, TV, rádio, internet, cartum, teatro, fotogra-fia, circo, stand-up comedy e documentários – para valorizar ações voltadas ao riso.

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nossos investimentos preveem o apoio a projetos, empresas e parcerias que tenham aderência aos nossos valores e objetivos.

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GRI so5, dMa so Políticas Públicas

GoVeRnos e InstItuIções

a UNilever Na esfera pública diálogo com municípios, estados e Federação leva nossa participação e influencia em políticas setoriais e ações do governo

Entendemos que o relacionamento com governos e institui-ções públicas deve refletir e amplificar nosso posicionamento a respeito das várias questões que envolvem a sustentabilidade. Queremos ter voz ativa em discussões regulatórias e setoriais, e para tanto contamos com uma área estruturada de Assuntos Governamentais e Relações Externas.

A equipe se reporta diretamente à alta gestão e tem a atribuição de dialogar com os diversos stakeholders institucionais da companhia, como governos municipais, es-taduais e federal, bem como as associações setoriais brasi-leiras. Manter um relacionamento próximo com esses gru-pos nos permite participar e influenciar de forma positiva nos debates sobre aspectos regulatórios da indústria, como a Po-lítica Nacional de Resíduos Sólidos, e auxiliar o poder público na realização de campanhas educativas que tenham aderência ao nosso negócio e possam ser veiculadas em nossas marcas e produtos.

O tema e a dimensão da discussão determinam o caminho que adotamos nesse relacionamento – diálogo direto ou via as-sociação setorial. Nas questões regulatórias que concernem aos governos estadual e federal, geralmente atuamos em par-ceria com entidades como Abipla (Associação Brasileira de Produtos de Limpeza e Afins), ABA (Associação Brasileira de Anunciantes), Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação) e Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos).

Em muitas dessas associações, nossos executivos ocupam cargos consultivos (leia mais em Nossas Práticas Setoriais). No entanto, também desenvolvemos parcerias diretas com o go-verno federal para disseminar mensagens e campanhas por meio de nossas marcas e produtos. Para questões concernen-tes às nossas operações, fábricas e centros de distribuição, também podemos atuar de maneira direta no diálogo com os governos municipal e estadual, quando necessário.

CamPanhas fedeRaIs

Nosso relacionamento direto com o governo federal envol-ve, na maioria dos casos, o apoio a campanhas institucionais e educativas desenvolvidas pela União. Aproveitamos os inúmeros canais de comunicação que temos, incluindo as embalagens de nossos produtos, para transmitir mensagens sobre saúde, bem--estar e responsabilidade socioambiental, inserindo informa-ções que ajudam a conscientizar nossos consumidores.

Um dos parceiros mais antigos é o Ministério da Saúde. Desde 2007, somos reconhecidos como empresa “Parceira da Saúde” por atuarmos em parceria na divulgação de campanhas de pre-venção a doenças e problemas relacionados aos hábitos inade-quados de higiene e à má nutrição, por exemplo. Comunicamos mensagens nas embalagens de Omo com orientações sobre a campanha nacional de vacinação contra paralisia infantil; nas marcas Maizena e Cremogema, apoiamos a campanha a favor

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da amamentação e, em AdeS (embalagens de 200 ml), durante 2012 utilizamos selos informando sobre a importância da reali-zação do teste do pezinho para recém-nascidos.

No pilar de limpeza e higiene, as ações de saúde utilizam o sa-bonete antibacteriano Lifebuoy, cuja missão social envolve o há-bito frequente e correto de lavar as mãos pelo menos cinco vezes ao dia. Em 15 de outubro de 2012, durante as comemorações do Dia Mundial de Lavar as Mãos, realizamos atividades nos meios de comunicação, promovemos ações de voluntariado dos colabo-radores e, com parceiros como a Pastoral da Criança, apoiamos atividades itinerantes e de entrega de materiais educativos (leia mais em Melhorando a Saúde e o Bem-Estar).

Também desenvolvemos ações periódicas com o Ministério do Meio Ambiente. Nosso principal compromisso é participar ativamente com iniciativas que podem ser incluídas no Plano de Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS), lançado em no-vembro de 2011. Uma das atividades incluídas nesse Plano foi a substituição do gás refrigerante em 80% das conservadoras dos sorvetes Kibon até 2020, em parceria com nosso fornece-dor de freezers Metalfrio.

A meta para substituição do gás refrigerante em 20% dos equipamentos até o fim de 2012 foi superada, uma vez que en-cerramos o período com 62% das conservadoras já usando o gás R290 (leia mais em Emissões). A meta de reutilização e/ou recicla-gem dos componentes no final da vida útil das conservadoras, de 20% até o fim de 2012, também foi superada. Encerramos 2012 com 100% dos componentes sendo reutilizados e/ou reciclados no final da vida útil (leia mais em resíduos).

Um bom exemplo de reutilização de materiais é um processo de reciclagem para as placas de poliuretano, usadas como iso-lantes térmicos nos freezers. Esse material é transformado em placas finas de plástico, usadas na confecção de diversos itens, como recipientes para receber as embalagens pós-consumo em ambientes da casa – o banheiro, onde os consumidores não têm o hábito de separar as embalagens, é um exemplo. O material também foi utilizado no brinde de final de ano que a Unilever enviou para diversos stakeholders.

Em 2012, formalizamos também nosso posicionamento de apoiar debates sobre o consumo consciente com o lançamento da pesquisa “O que o brasileiro pensa do  meio ambiente  e do consumo sustentável”, elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com outras empresas, entre as quais a Unilever. Lançado durante a Rio+20, o documento analisa os hábitos e comportamentos do consumidor brasileiro e sua percepção sobre o comprometimento setorial com práticas sustentáveis.

a UNilever Na rio+20

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), realizada em junho de 2012, mobilizou a alta direção da Unilever Brasil e global. O presidente das opera-ções brasileiras, Fernando Fernandez, o presidente global, Paul Polman, e executivos do Brasil e da Inglaterra participaram dos principais encontros da conferência.

Antes do encontro, a Unilever preparou um manifesto que foi apresentado publicamente pelos executivos das operações glo-bais, reafirmando o posicionamento da companhia e nossas ex-pectativas em relação ao envolvimento do meio empresarial e da indústria de bens de consumo na promoção do desenvolvimento sustentável. O texto aborda cinco assuntos prioritários: desma-tamento; fontes sustentáveis e mudança climática; segurança alimentar, água, saneamento e higiene; resíduos e reciclagem; e consumo sustentável.

O documento aponta os principais riscos e oportunidades associados ao negócio e à atividade das empresas ao redor do mundo, mostrando nossos compromissos e a forma com que go-vernos, empresas e entidades da sociedade civil devem se com-prometer para a redução de impactos e para a maior qualidade de vida da população mundial. Também reforçamos a necessidade do comprometimento de todos os agentes e partes interessadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs). Leia o manifesto na íntegra em www.unilever.com.br/sustentabilidade.

Durante a Rio+20, a Unilever apresentou os progressos do Pla-no de Sustentabilidade e estimulou o debate sobre a importância da adoção de práticas socioambientais mais efetivas e consis-tentes no meio empresarial. Participamos também de diversas mesas-redondas, que discutiram temas como as atividades dos pequenos agricultores e a valorização e o desenvolvimento dos agentes da nossa cadeia de fornecimento.

GRI so5, eN27

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PRátICas setoRIaIs

qUestão de ordemrelação com associações setoriais nos traz força e representatividade nas principais discussões de políticas públicas do país

A Unilever busca representatividade e participação ativa nas principais discussões nacionais sobre questões de meio ambien-te, sustentabilidade e responsabilidade empresarial nos setores em que atua. Temas críticos do negócio que estão passando por revisões nas inúmeras legislações aplicáveis, como rotulagem, publicidade infantil, disposição de resíduos sólidos e reciclagem, entre outros, são debatidos por representantes das empresas do setor e parceiros.

Atualmente, participamos de diversos projetos e discussões relacionados à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Sancionada em 2010, a nova política, elaborada após anos de debates entre o governo, as empresas da indústria de bens de consumo e diversas esferas da sociedade civil, aponta mudan-ças na forma pela qual os resíduos são descartados, recolhidos, dispostos, tratados e gerenciados no país. O cronograma prevê a implementação gradual de várias medidas, como a regulari-zação de aterros sanitários, e obrigatoriedades diversas para as

empresas entre os anos de 2012 e 2014, além da meta de am-pliar para 20% a reciclagem do lixo seco no Brasil até 2020.

O posicionamento da Unilever nos grupos de discussão da PNRS acontece por meio das entidades setoriais das quais par-ticipamos, como a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) e a Abipla (Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins). Essas e outras organizações se reúnem no âmbito do Cempre (Compro-misso Empresarial pela Reciclagem), responsável pela articula-ção dos debates com o governo e do qual somos cofundadores.

Ao longo de 2012, vários assuntos foram discutidos na esfera do Cempre, com foco nas perspectivas para a adaptação das empre-sas à nova legislação e nos preparativos para um possível acordo setorial. Nesse sentido, as negociações nos segmentos de higie-ne pessoal e limpeza tiveram avanços importantes no período. Um exemplo é o fortalecimento do programa Dê a Mão para o Futuro, resultado da parceria entre a Abihpec, a Abipla e diversas empre-

sas, que visa à implantação de uma rede de coleta seletiva no Brasil com base no conceito de responsabilidade compartilhada.

O programa envolve empresas que buscam soluções adequa-das para a gestão de resíduos sólidos urbanos, em linha com a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Nesse grupo, procuramos influenciar governos e ajudar na estruturação de organizações de catadores de recicláveis, contribuindo para a inclusão social dessas pessoas e colaborando para a redução dos impactos de diversos produtos de bens de consumo.

O projeto já está funcionando regularmente no Rio de Janeiro e no Paraná, e, em 2012, foi assinado um acordo com o governo de São Paulo para que as iniciativas passem a ser realizadas em alguns municípios do Estado. Durante o ano, foram proces-sados e comercializados pelas cooperativas 21.838 toneladas (Paraná) e 255,8 toneladas (Rio de Janeiro) de material reciclá-vel. Mais informações sobre o projeto podem ser acessadas em www.maoparaofuturo.org.br.

Outra ação conjunta que vai ao encontro das determinações da nova lei são as Estações de Reciclagem Pão de Açúcar Uni-lever, que consistem em um modelo viável de recebimento e envio gratuitos dos resíduos sólidos a cooperativas. Com isso, reduzimos o volume de lixo nos aterros, geramos novos postos de trabalho e incentivamos consumidores a promover a correta destinação de resíduos.

GRI so5

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GRI 4.13

PartiCiPação em assoCiações e orGanismos

assoCIações e Conselhos

aBa (1969) – Associação Brasileira de Anunciantes – A Unilever ocupa o cargo de presidente dos Comitês de Relações Governa-mentais, Jurídico, de Gestão de Mídia & Marketing Digital e a vice--presidência do comitê de sustentabilidade.

aberje (1972) – Associação Brasileira de Comunicação Empresa-rial – Empresa associada.

abia (1963) – Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação – somos membros do Conselho Consultivo, da Diretoria e também participamos do Grupo Técnico Regulatório, no qual as legislações são revisadas pelo setor, e também em parceria com o Governo/Anvisa. Participamos das reuniões do Grupo Técnico Tributário para análise da legislação tributária e, eventualmente, para a toma-da de ações perante o Governo para defesa dos interesses do setor.

abihpec (1995) – Associação Brasileira da Indústria de Hi-giene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos – Além de integran-te da Diretoria, participamos dos Grupos de Trabalho de Meio Ambiente, Comércio Exterior e Técnico Regulatório. Este últi-

mo é responsável pela revisão das legislações sanitárias (por exemplo, simplificação dos processos de registro de produtos na Anvisa). A revisão é feita em parceria com o Governo/An-visa. Participamos das reuniões do Grupo Técnico Tributário para análise da legislação tributária e, eventualmente, para a tomada de ações perante o Governo para defesa dos interesses do setor.

abipla (1976) – Associação Brasileira de Produtos de Limpeza e Afins – Presidimos esta entidade e também estamos presen-tes na Diretoria e nos Grupos de trabalho de Meio Ambiente, Trabalhista, Tributário e Técnico Regulatório. Este último é res-ponsável pela revisão das legislações sanitárias (por exemplo, simplificação dos processos de registro de produtos na Anvisa). A revisão é feita em parceria com o Governo/Anvisa. Partici-pamos das reuniões do Grupo Técnico Tributário para análise da legislação tributária e, eventualmente, para a tomada de ações perante o Governo para defesa dos interesses do setor. Participamos também do Grupo de Relações Trabalhistas.

aBmn (2001) – Associação Brasileira de Marketing e Negócios – Empresa associada.

adial (2002) – Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Es-tado de Goiás – Somos associados e fazemos parte do Conselho de Administração como Conselheiro Vice-Presidente.

aevi (2010) – Associação Empresarial de Vinhedo – Representante da unidade de Vinhedo participa mensalmente nas reuniões.

assesuape (2009) – Associação das Empresas de Suape – Empresa associada.

associação eCR Brasil (1997) – Associação Efficient Consumer Response Brasil – Somos associados e presidimos a representa-ção da indústria nesta entidade.

CeBds (2012) – Conselho Empresarial Brasileiro pelo Desenvol-vimento Sustentável – Grupo que reúne companhias instaladas no país para discutir, disseminar e avaliar boas práticas de gestão cor-porativa alinhadas a conceitos de sustentabilidade.

Cenaids (1998) – Conselho Empresarial Nacional de Prevenção ao HIV/Aids – A Unilever é uma das empresas fundadoras do Conselho e participa periodicamente das reuniões do Cenaids.

coNtiNUa

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Ciesp (1934) – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo – In-tegrante da Diretoria.

Conar (1980) – Conselho Nacional de Autorregulamentação Publi-citária – A Unilever participa como 2º vice-presidente da Diretoria da Entidade e também como membro do Conselho de Ética.

ean Brasil (1987) – Associação Brasileira de Automação – Empre-sa associada.

oRGanIzações da soCIedade CIVIl

Cempre (1992) – Compromisso empresarial para Reciclagem –  A Unilever é uma das empresas fundadoras do Cempre e participa ativamente de suas reuniões. Já ocupou duas vezes a presidência da organização e atualmente atua como um dos membros do Con-selho de Administração.

Instituto akatu para o Consumo Consciente (2010) – A Unilever é uma das empresas apoiadoras do Akatu, que nos dá suporte em nossas ações relacionadas a Consumo Consciente.

Instituto ethos (1999) – Instituto Ethos de Empresas e Responsa-bilidade Social – Empresa associada Instituto Integrare (2006) – Desenvolvemos o Programa Integrare, que busca incorporar micro e pequenas empresas em nossos negócios. Participa-mos como membro do Conselho Consultivo e também lide-rando o pilar de novas empresas associadas. WWf (2010) – Fazemos parte do Clube Corporativo como empresa parceira da WWF Brasil.

ConsóRCIo InteRmunICIPal

Consórcio PCJ (1996) – Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí – Integrante do Conselho de Consorciados e participante dos Encontros e Reuniões do Grupo Técnico de Empresas Consorciadas.

CâmaRas de ComéRCIo

Britcham (1995) – Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil – Empresa associada.

dutcham (1952) – Câmara de Comércio Holando-Brasileira – Em-presa associada.

sIndICatos

sicongel (1997) – sindicato da Indústria alimentar de Congela-dos, supercongelados, sorvetes, Concentrados e liofilizados do estado de são Paulo – Somos empresa associada e ocupamos a Vice-Presidência da categoria de Sorvetes.

sipatesp (1941) – sindicato da Indústria de Perfumaria e artigos de toucador no estado de são Paulo – Somos empresa associada e participamos das reuniões do Grupo Técnico Tributário para análise da legislação tributária e, eventualmente, para a tomada de ações perante o Governo para defesa dos interesses do setor.

sipla (1988) – sindicato nacional das Indústrias de Produtos de limpeza – Somos empresa associada e participamos das reuniões do Grupo Técnico Tributário para análise da legislação tributária e, eventualmente, para a tomada de ações perante o Governo para defesa dos interesses do setor.

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Nutrição

Saúde e higieNe

Lifebuoy

Pureit

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A metA de um bilhãoQueremos melhorar a qualidade de vida de um bilhão de pessoas até 2020 mudando os hábitos de higiene, e recomendando a lavagem das mãos pelo menos cinco vezes ao dia

Como empresa que desenvolve e produz gêneros alimentícios e produtos de cuidados pessoais, líder de mercado e com alcance em todos os lares brasileiros, a Unilever tem a responsabilidade de priorizar negócios que permitam a melhoria dos padrões de vida, a promoção da saúde e da higiene e a elevação da autoes-tima e do bem-estar das pessoas. Temos um papel importante na disseminação de hábitos mais saudáveis de alimentação, por meio do perfil nutricional dos nossos produtos e da adesão a campanhas de informação e conscientização.

Nossa atuação no eixo Melhorando a Saúde e o Bem-Estar ocorre em duas esferas: na comunicação de nossos produtos, em que buscamos ressaltar seus atributos e qualidades prin-cipais, seja do ponto de vista nutricional ou de promoção da hi-giene, da saúde e do bem-estar; e na realização de campanhas e ações apoiadas em nossas principais marcas, com destaque para Lifebuoy, Pureit e Becel – que, respectivamente, são capa-zes de trazer à tona debates sobre a correta lavagem de mãos,

o acesso á água pura, tratada e limpa e a prevenção de doenças cardiovasculares.

O Plano de Sustentabilidade Unilever possui uma série de me-tas globais para o pilar Melhorando a Saúde e o Bem Estar, apre-sentadas para os anos de 2012, 2015 e 2020. Para norteá-las, te-mos o compromisso de, até 2020, auxiliar mais de um bilhão de pessoas a tomar atitudes para melhorar sua saúde e seu bem-es-tar. No eixo de Saúde e Higiene, pretendemos levar água potável para 500 milhões de pessoas e impactar um bilhão de habitantes com ações para incentivar a adoção de hábitos mais higiênicos. No de Nutrição, vamos dobrar nosso portfólio de produtos de per-fil nutricional aprimorado até o ano de 2020.

Globalmente, alcançamos avanços significativos nesse pilar, conforme dados do Relatório de Progresso do Plano de Susten-tabilidade, disponível em www.unilever.com.br/sustentabilidade.

Também adotamos metas nacionais com base nas diretrizes do Plano de Sustentabilidade e nos atributos de nossas marcas

e produtos comercializados no Brasil. Atuamos por meio de ini-ciativas, projetos e práticas de comunicação, e devemos contri-buir para o cumprimento dos objetivos propostos ao impactar cerca de 75 milhões de pessoas com ações ligadas a Lifebuoy, por exemplo.

Influenciamos nossos stakeholders em iniciativas setoriais, com encontros e práticas de comunicação dirigidas a profissio-nais de saúde, órgãos públicos e entidades comprometidas com a saúde e a higiene no país; internamente, trabalhamos para lançar produtos e comunicações diversas que estejam alinhadas às nos-sas diretrizes e estratégias de negócio e sustentabilidade.

Para assegurar a correta transmissão de informações sobre nossos produtos e estratégias, mantemos uma rede de diálogo com profissionais de saúde. Além de visitá-los periodicamente, buscamos convidá-los para eventos e workshops focados na dis-cussão de temas como alimentação saudável, novos hábitos e promoção da qualidade de vida.

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NoSSaS MetaS gLobaiS

Saúde e higieNe » Até 2020, levaremos água potável para 500 milhões de

pessoas (Pureit). » Até 2015, nossa marca Lifebuoy pretende mudar o com-

portamento de higiene de 1 bilhão de consumidores na Ásia, na África e na América Latina, divulgando os benefí-cios da correta lavagem das mãos.

» Por meio de nossas marcas de creme dental, mudare-mos o comportamento de 50 milhões de pessoas em relação à saúde bucal até 2020.

» Com a marca Dove, queremos ajudar 15 milhões de jo-vens a melhorar sua autoestima.

Nutrição » Estamos comprometidos em melhorar a composição de

gordura nos nossos produtos, reduzindo o nível de gorduras saturadas, tanto quanto possível, e aumentando cada vez mais os níveis de gorduras essenciais. Para 2012, tínhamos a meta de fazer nossas margarinas líderes de mercado ter menos de 33% de gordura saturada em sua composição. No período, mais de 90% das nossas principais margarinas (em

volume) continham menos de 33% de gorduras saturadas como proporção de gordura total.

» Remover a gordura trans: em 2012, cumprimos a meta de tornar todos os nossos produtos livres da gordura trans proveniente de óleos vegetais parcialmen-te hidrogenados.

» Reduzir açúcar: já reduzimos os níveis de açúcar de nossos chás prontos para beber. Até 2020, reduziremos mais 25%.

» Reduzir as calorias: até 2014, 100% de nossos sorvetes infantis terão 110 kcal ou menos por porção. Em 2012, 60% do portfólio atingiu essa meta.

» Redução de sódio: até 2015, reduziremos até 25% de sódio em todas as nossas categorias de produtos alimentícios.

» Informações sobre alimentação saudável: nosso objeti-vo é oferecer rótulos com informações bastante claras e simples para ajudar os consumidores a fazer escolhas certas para uma dieta nutricionalmente equilibrada. To-dos os nossos produtos na Europa e na América do Norte fornecem informações nutricionais completas. Em 2012, Austrália, Nova Zelândia e América Latina já forneciam o rótulo com informações nutricionais completas.

Veja o andamento dos compromissos em http://www.unilever.com.br/sustentabilidade.

Ações nas frentes de nutrição e saúde e higiene buscam, respectivamente, melhorar o perfil de nossos produtos de alimentação e disseminar hábitos mais saudáveis nos locais em que atuamos.

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Nutrição

menos sódio, menos gordurA, menos AçúcArAprimorar nosso portfólio de alimentos, com perfil nutricional adequado e de acordo com as necessidades do consumidor, é um desafio permanente

A Unilever trabalha de forma a aprimorar o perfil nutricional de seus produtos para compor e oferecer uma dieta equilibrada ao consumidor no Brasil e no mundo. Nosso portfólio de alimentos, que inclui marcas como Becel, Knorr, Hellmann’s e Maizena, tem foco em três questões prioritárias na agenda da saúde pública brasileira: a deficiência de nutrientes, a obesidade e o sobrepeso, e o consumo excessivo de sódio.

A gestão desses temas é coordenada pelas áreas de Nutrição e Pesquisa e Desenvolvimento, que dão atenção especial às fases de inovação. O objetivo é lançar produtos com índices reduzidos ou recomendáveis de quatro ingredientes – gorduras trans, gor-duras saturadas, açúcar e sódio -, segundo a Organização Mun-dial da Saúde e, também, entidades de nutrição. As equipes re-gional e brasileira trabalham juntas nesse sentido, de forma que nossas marcas e produtos estejam em concordância com os te-mas críticos no Brasil. Também contamos com o apoio da área de

Pesquisas com o Consumidor (Consumer Market Insights – CMI), que busca entender as expectativas e necessidades dos nossos consumidores (leia mais em Consumidores).

Em 2012, tivemos avanços significativos na redução do só-dio presente em nossos produtos, tema que, além de previsto em nossas metas globais, entrou na agenda pública brasileira após a assinatura de um acordo técnico, em agosto do mes-mo ano, entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia). O compromisso, que dá sequência a uma iniciativa multissetorial iniciada em 2008, envolve a redução da quantidade de sódio em diversas catego-rias de alimentos, entre temperos, caldos e margarinas, e faz parte do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, do governo fede-ral. A ideia é retirar mais de 8,7 mil toneladas do componente do mercado brasileiro até 2020 – o equivalente a 378 cami-

nhões do tipo truck, com capacidade máxima para 23 tonela-das, totalmente carregados.

Nossa participação nos debates, como membros da Abia, permitiu identificar campos de melhoria e pontos de diálogo en-tre a estratégia do governo e nosso próprio Plano de Sustenta-bilidade – que prevê 25% de redução de sódio em toda a nossa categoria de alimentos. Alcançamos, já em 2012, melhorias em alguns produtos, como os cubos de caldos Frango Assado e os caldos em geral, com redução de sódio de aproximadamente 2% em relação a sua composição original.

Além disso, as inovações e lançamentos ao longo do ano com a marca Knorr, como as linhas Meu Bife, Purê de Batatas Instan-tâneo e Minha Carne Assada, estão de acordo com os limites de sódio estabelecidos em nossos compromissos próprios e seto-riais. Na divisão Unilever Food Solutions, que comercializa pro-dutos como Meu Arroz, também identificamos, em parceria com

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Gri FP4

uma empresa de cozinha industrial, redução significativa no uso de sal nas receitas, acima de 15%.

Consideramos que nossas metas para os próximos anos estão evoluindo na direção correta, e buscamos compartilhar nossas experiências sempre que possível com nossos parceiros e con-correntes. Mais do que lançar linhas especiais no mercado, temos o compromisso de adequar a composição dos produtos que co-mercializamos e lançamos às diretrizes setoriais, da companhia, nacionais e internacionais. Para isso, nossa prioridade é permitir que as marcas e produtos da Unilever tragam um perfil nutricio-nal de qualidade e flexível em todas suas variações.

Em âmbito global, também reduzimos significativamente o nível de sódio dos nossos produtos nos últimos oito anos. Nossa meta de longo prazo é atingir a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelece o limite diário de inges-tão de 5 gramas de sal.

Também temos, desde 2009, a Estratégia de Redução de Só-dio Unilever Brasil, que propõe metas específicas para dissemi-nar a ingestão diária máxima de 5 gramas de sal como padrão de consumo. Já alcançamos reduções significativas em nossos produtos no país nos últimos anos.

O tema é especialmente desafiador por conta das preferên-cias dos consumidores de cada país – que devemos contornar com inovações e melhorias pontuais, junto aos nossos concor-rentes, de forma a não prejudicar a condução dos negócios e a satisfação de quem utiliza nossas marcas.

Como problemas críticos relacionados à saúde pública bra-sileira, identificamos duas questões que refletem a necessidade

de aprimorarmos o perfil nutricional das linhas alimentícias: o sobrepeso e a obesidade, por um lado, e a deficiência de nutrien-tes essenciais, por outro.

Dados da última Pesquisa de Orçamentos Familiares, divul-gada em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que cerca de 60% dos brasileiros adultos são obesos ou têm sobrepeso. A questão da deficiência de nutrien-tes, por sua vez, ainda está muito ligada à subnutrição e atin-ge mais de 170 milhões de crianças no mundo. Nacionalmente, atinge 6% da população infantil, uma redução de 73% entre 1974 e 2009, segundo dados do estudo “O panorama da desnutrição no Brasil nas últimas quatro décadas”, lançado pela Fundação Abrinq – Save the Children.

Na Unilever, acreditamos que temos um papel importante e podemos contribuir para a mudança desse quadro de diver-sas maneiras. Além de aprimorar o perfil dos nossos produtos, tornando-os peças importantes para uma alimentação mais ba-lanceada por meio de programas como o de Aprimoramento Nu-tricional (leia mais adiante), envolvemo-nos em frentes que estu-dam, analisam e buscam aprimorar os hábitos de alimentação da população brasileira.

Em setembro de 2012, a Unilever Brasil passou a patrocinar uma iniciativa pioneira nesse sentido: o programa Meu Prato Saudável. Com o objetivo de observar como o brasileiro prepara suas refeições e conscientizá-lo sobre modos de torná-las mais nutritivas e saudáveis, o projeto, coordenado pelo Latinmed e pelo Instituto do Coração (Incor), é apoiado por nossa marca cor-porativa, por meio do Unilever Health Institute (UHI – ou Instituto

de Saúde Unilever – leia mais sobre ele a seguir), e pelas marcas AdeS, Becel e Hellmann’s.

Apenas na primeira fase, o Meu Prato Saudável im-pactou mais de 70 mil pessoas no estado de São Pau-lo com atividades presenciais, materiais educativos, um site (www.meupratosaudavel.com.br) e um aplicativo para iPhone e para a rede Facebook, em que há diversas informações sobre o preparo de refeições e dicas para os consumidores. Em 2013, o programa deve chegar ao estado do Rio de Janeiro e, gradativa-mente, às demais regiões brasileiras.

Outra iniciativa que apoiamos é o site “Ame o Coração”, uma iniciativa para conscientizar a população sobre que métodos e

Além de aprimorar o perfil nutricional dos nossos produtos, envolvemo-nos em frentes que estudam, analisam e buscam melhorar os hábitos de alimentação dos brasileiros.

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hábitos alimentares podem ser adotados para prevenir doen-ças cardiovasculares. Estatísticas, histórias de vida e orienta-ções podem ser encontradas na página, que conta com o apoio de nossa marca Becel. O site www.ameocoracao.com.br será inserido em um portal de conteúdo de grande circulação, de forma a ampliar seu alcance.

Em 2012, também patrocinamos, por meio da marca AdeS, a peça Turma da Lancheira, iniciativa que tem o objetivo de levar in-formações sobre alimentação saudável para crianças dos Centros Educacionais Unificados (CEUs) da cidade de São Paulo.

ProgrAmA de APrimorAmento nutricionAl

Desde 2003, a Unilever Brasil desenvolve o Programa de Aprimoramento Nutricional (NEP, ou Nutrition Enhancement Programme), parte de uma iniciativa global para aprimorar o perfil de nossos alimentos em relação a componentes como açúcar, sódio, gorduras saturadas e gorduras trans – conside-rados potencialmente prejudiciais à saúde pela Organização Mundial de Saúde (OMS), quando consumidos em excesso.

Tivemos uma grande evolução na melhoria dos produtos de

Em 2012, 61% dos nossos produtos de varejo estavam de acordo com as diretrizes do Programa de Aprimoramento Nutricional, que define melhorias em relação aos níveis de açúcar, sódio e gorduras saturadas e trans.

varejo que atendem aos critérios do NEP. Em 2011, 45,5% dos produtos de varejo estavam em conformidade com os limites de açúcar, gordura saturada, gordura trans e sódio. Em 2012, 61% dos produtos de varejo estavam de acordo com o NEP. Para a categoria de Food Solution, que teve sua primeira avaliação em 2012, 48% de seu portfólio atende aos critérios do NEP.

Atualmente, 100% das nossas bebidas à base de soja, cre-mes vegetais e bebidas lácteas atendem aos critérios do NEP. A categoria de dressings, que contempla produtos como maio-nese, catchup, mostarda e molho para salada, possui 75,8% de adequação ao NEP, enquanto a categoria de caldos, sopas e temperos possui 70,9% de adequação. Em relação à categoria de sorvetes, estamos trabalhando constantemente para redu-zir as quantidades de gordura saturada e açúcar.

Além de todo o trabalho para reduzir a quantidade de açúcar, gordura saturada, gordura trans e sódio, procuramos fortificar alguns alimentos com nutrientes importantes para o organismo, como as vitaminas e minerais. A Unilever possui uma Política de Fortificação de alimentos e bebidas que exige, entre outros requerimentos, que sejam levantadas informações sobre a in-cidência de deficiências da população em questão, bem como a melhor forma de veiculação do nutriente a ser adicionado, para

Gri FP4, FP6, FP7, DMA SO Acesso a alimentos saudáveis

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que a fortificação seja a mais eficiente possível. Essa busca é um trabalho conjunto entre as áreas de Nutrição e Pesquisa e De-senvolvimento. A maioria das decisões, nesse sentido, é desen-volvida regionalmente, pelo time América Latina, mas conta com participação ativa das equipes do Brasil e adaptações de acordo com as necessidades locais.

Hoje, no Brasil, os principais produtos que recebem fortificação são as bebidas à base de soja AdeS, tanto da linha Frutas quanto da Original e Saborizados; Maizena fortificada, Arrozina e Cremoge-ma recebem adição de vitaminas e minerais; cremes vegetais Becel Original e Becel Sabor Manteiga têm adição de vitaminas, e Becel Pro-Activ, de fitoesterol; bebidas lácteas Becel têm adição de óleos vegetais que contêm ômegas 3 e 6.

unilever heAlth institute (instituto de sAúde unilever)

Em uma iniciativa pioneira da companhia, lançamos, em 2012, o Unilever Health Institute (UHI), divisão especializada no diálogo com consumidores, especialistas e profissionais da área de higiene e saúde. Esse passo traz um avanço significati-vo em nossas relações, uma vez que, além de trabalhar aspec-tos de nutrição, podemos utilizar algumas de nossas marcas de cuidados com a pele e beleza como veículos da nossa estra-tégia para a sustentabilidade.

Na página do Instituto na internet(www.unileverhealthinstitute.com.br), apresentamos pesquisas científicas, notícias e entrevistas com profissionais, além de reforçarmos os benefícios de alguns dos nossos produtos.

O Unilever Health Institute também dialoga com entidades e organizações globais, para apoiar programas que discutam te-mas de saúde, higiene e nutrição. Por meio da divisão, a Unilever apoiou um estudo da União Internacional de Ciências da Nutri-ção (International Union of Nutrition Science), para entender os hábitos de alimentação da população e as barreiras e oportuni-dades para promover mudanças de comportamento. Somente no Brasil, mais de mil pessoas foram consultadas. Os resultados da pesquisa devem ser publicados em 2013 e sinalizam a impor-tância da conscientização dos consumidores para a adoção de melhores hábitos de vida.

iniciativa pioneira lançada em 2012, o unilever Health institute é uma divisão especializada no diálogo com consumidores, especialistas e profissionais das áreas de saúde e higiene.

Gri FP4, FP6, FP7

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a promoção da saúde é um dos focos do Plano de Sustentabilidade. trabalhamos com a comunicação dos nossos produtos e realizamos campanhas que ajudam as pessoas a mudar hábitos e comportamentos.

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Em âmbito global, a Unilever também está comprometida com uma série de metas relacionadas à promoção de bons hábitos de higiene. Acreditamos que o melhor caminho é recorrer ao próprio negócio, utilizando nossas marcas em ações de comunicação para focar a prevenção de doenças potencialmente fatais, como diarreia e infecções respiratórias, e a qualidade de vida. Essa é uma prática que nos acompanha desde o início do negócio: em 1890, William Lever, um dos fundadores da companhia, lançou Lifebuoy com a proposta de levar bons hábitos de higiene para a vida das pessoas.

As metas globais do Plano de Sustentabilidade em Saúde e Higiene, que devem ser alcançadas entre os anos de 2015 e 2020, estão vinculadas a temas críticos em diversos mercados, sobretudo em países em desenvolvimento da África, da Ásia e da América Latina. Alguns exemplos são o acesso à água potável, o hábito da lavagem de mãos, a saúde bucal e a questão da auto-estima (leia mais em Melhorando a Saúde e o Bem-Estar).

Como segunda maior operação da Unilever no mundo, temos grande responsabilidade nos resultados globais em sustentabi-

lidade. Utilizamos o alcance de nossas marcas para comunicar mensagens capazes de conscientizar o consumidor e melhorar sua condição de saúde e qualidade de vida. No Brasil, elegemos as marcas Pureit e Lifebuoy como prioridades para tratar duas questões críticas nesse sentido: o acesso à água limpa e tratada e a lavagem das mãos.

Desde 2010, quando relançamos Lifebuoy no Brasil, busca-mos o engajamento dos nossos parceiros – sociedade civil, enti-dades e governos estaduais e federal – na missão social promo-vida globalmente pela marca: a de impactar crianças, famílias e comunidades em situação de pobreza, incentivando-as a aderir ao hábito de lavagem periódica das mãos.

Como parceiros do Ministério da Saúde desde 2007 (leia mais em Governos e Instituições), incentivamos a abordagem desse tema nas campanhas e iniciativas do governo. Há dados que comprovam sua relevância: a falta de água potável e de sanea-mento básico, aliada à baixa frequência de lavagem das mãos, é responsável por 3% das mortes ocorridas no mundo, por ano.

Esses problemas também estão associados a 18% das mortes infantis em função de infecções respiratórias agudas e diarrei-cas. No Brasil, as regiões Norte e Nordeste concentram mais de 50% das mortes de crianças por diarreia.

Diante desse cenário, usamos o Lifebuoy para criar uma agenda pública sobre o tema e desenvolver ações em parceria com a Pastoral da Criança (leia mais em Lifebuoy). Paralelamen-te, comemoramos globalmente o Dia Mundial de Lavar as Mãos, instituído em mais de 80 países e comemorado em 15 de outu-bro. Trouxemos essa data, também, para o Brasil.

Outro tema relevante na agenda da saúde pública brasileira é o acesso da população à água tratada. Segundo dados do Censo 2010 do IBGE, cerca de 83% dos domicílios brasileiros estão ligados à rede de abastecimento; os outros 17% ainda buscam água em po-ços, lagos, córregos e nascentes, entre outros meios. Embora apon-tem avanços significativos nos últimos anos, os dados indicam que a questão ainda é desafiadora: anualmente, 28 mil brasileiros mor-rem em decorrência do consumo de água contaminada, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em 2011, passamos a abordar a questão da água tratada por meio da nossa marca de purificador Pureit. Lançado com o pro-pósito de impactar 500 milhões de pessoas ao redor do mundo, ampliando o acesso à água limpa, pura e tratada, o produto co-meçou a ser utilizado em nossos trabalhos com a Pastoral da Criança ao longo de 2012. Durante o ano, investimos na comuni-cação da marca e passamos a oferecê-la, também, no mercado de varejo, de forma a ampliar seu entendimento pelo consumi-dor e sua capacidade de gerar valor (leia mais em Pureit).

SAúdE E HiGiENE

A fAvor do bem-estArAproveitamos o alcance dos nossos produtos para levar mensagens sobre a importância dos bons hábitos de higiene aos consumidores

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LifEbuoy

mudAnçA de comPortAmentoUm dos produtos mais antigos da Unilever, sabonete antibacteriano foi relançado no Brasil para disseminar o hábito de lavar as mãos

Lançado em 1890 por um dos fundadores da Unilever e um dos produtos mais antigos da companhia, o sabonete antibacteriano Lifebuoy foi relançado no Brasil em 2010 com uma nova proposta: disseminar a importância do hábito da lavagem das mãos como método simples e eficaz para prevenir doenças e combater a mor-talidade infantil. Essa missão conta com a parceria da Pastoral da Criança desde a entrada do produto no mercado brasileiro, pela qual os voluntários da entidade ajudam a disseminar informações à população de baixa renda sobre a importância de fazer da higiene um hábito comum.

Esse trabalho é essencial para alcançarmos a meta ambiciosa de Lifebuoy, que pretende melhorar a qualidade de vida de um bilhão de pessoas na Ásia, na África e na América Latina até 2015, por meio da mudança dos hábitos na higiene. Para tanto, trabalhamos com diver-sas atividades e, ao mesmo tempo em que abordamos a importância dos hábitos frequentes de higiene com adultos e crianças das comu-nidades assistidas, fazemos doações anuais de sabonetes para que os voluntários da Pastoral distribuam os produtos para as famílias de baixa renda. Em 2010, essas ações impactaram 70 mil famílias

com crianças de 0 a 6 anos. Em 2011, o número cresceu para 150 mil famílias e, em 2012, chegou a 225 mil famílias.

Ainda em 2012, a Pastoral realizou uma pesquisa nos muni-cípios que participaram de campanha sobre o hábito de lavar as mãos e que contaram com o apoio de Lifebuoy. O objetivo foi iden-tificar a relação entre o trabalho da entidade e o índice de consul-tas infantis em postos de saúde locais, por conta de doenças como diarreia e infecções. O levantamento, feito em 214 comunidades de 14 estados atendidos, apontou uma redução de 10,9% nas visi-tas aos postos de saúde.

Outra iniciativa relevante no período foram as ações reali-zadas por conta do Dia Mundial de Lavar as Mãos, que pro-movemos desde 2011 e ajudamos a inserir na agenda pública brasileira. Com o apoio de diversos parceiros, incluindo o Mi-nistério da Saúde, utilizamos a data para promover o debate, reforçando a importância do hábito e da conscientização da po-pulação. Com ações de comunicação, estimamos ter impactado 5.769.232 pessoas com mensagens educacionais no dia 15 de outubro de 2012. No Brasil, realizamos atividades não somente via meios de comunicação, mas, também, por voluntariado e com parceiros como a Pastoral da Criança, atividades itineran-tes e de entrega de materiais educativos.

As redes sociais também são uma importante ferramenta para cumprirmos a missão social de Lifebuoy. Periodicamente,

realizamos campanhas em que cada clique no botão “curtir” resulta em uma doação para a Pastoral. Em 2012, totalizamos 200 mil doações por conta dessa iniciativa. Em 2011, foram 89 mil doações.

mAis forçA no mercAdo

Além dos resultados positivos do trabalho social apoiado na marca, o desempenho de Lifebuoy como negócio também regis-trou um avanço importante em 2012. Nossa participação de mer-cado na categoria de antibacterianos dobrou, e ainda há muito espaço para crescer, sobretudo na região Nordeste, em função de problemas de infraestrutura – região em que nossa missão social se mostra especialmente relevante.

Com foco na comunicação responsável, que se dirige às fa-mílias e ao público infantil de maneira educativa (leia mais em Responsabilidade sobre o Produto), mantivemos nossas inser-ções publicitárias e patrocínios em canais como Discovery Kids e em produções de ficção destinadas ao público infantil. Consi-deramos que essas práticas estão em consonância com nossas políticas globais e compromissos relacionados à publicidade infantil, uma vez que utilizamos a marca para promover men-sagens sobre o correto hábito de lavar as mãos.

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PurEit

A missão de PureitPurificador capaz de eliminar 99,9% de vírus, bactérias e germes foi concebido para melhorar o acesso das pessoas à água tratada

Lançado na Índia em 2008, dois anos antes da divulgação do nosso Plano de Sustentabilidade, Pureit é uma marca desen-volvida com base na proposta de auxiliar a população a obter e consumir água tratada. Com foco em países e regiões que ainda enfrentam dificuldades de infraestrutura e acesso à água segura, com índices elevados de doenças causadas por água contaminada e uma rede pública restrita de abastecimento, o purificador chegou ao Brasil em 2011 com a proposta de inserir esse tema na agenda pública de saúde.

A opção por iniciar as vendas do produto na Índia – mercado crítico para a companhia no que concerne à qualidade da água – está ligada às suas propriedades: a principal característica de Pureit é sua capacidade de realizar um processo completo de pu-rificação, eliminando 99,9% dos vírus, bactérias e germes presen-tes nesse ambiente, além de hormônios e metais pesados. O pro-

cesso contempla tanto a filtragem quanto a clorificação da água em um produto portátil, que permite ao consumidor ter acesso à água tratada em qualquer lugar.

Os diferenciais do Pureit em relação aos seus concorrentes ainda contemplam a independência de energia para operar e o sistema automático de travamento, que impede a passagem de água quando a purificação não ocorre mais do modo correto – mo-mento em que é preciso trocar a peça responsável pelo processo. A estimativa é que a incidência de doenças diarreicas caia 50% com o uso do purificador.

No lançamento de Pureit no Brasil, reforçamos a ideia do du-plo benefício para o consumidor – que passa a ter controle sobre a origem da água que bebe e, ao mesmo tempo, economiza o que gastaria com a compra de água mineral. Como consequência, há redução de impacto ambiental na fase de consumo, com menor

uso de embalagens, e de geração de resíduos e emissões decor-rentes do transporte de garrafas d’água de plástico.

Durante o primeiro ano, para entendermos as necessidades e nos aproximarmos dos consumidores, adotamos uma estratégia de vendas distinta dos procedimentos que adotamos usualmente – via cadeia de clientes. Assim, apostamos na venda direta como meio de inserir Pureit no mercado brasileiro, estabelecemos par-ceria com a Jequiti, empresa experiente nesse segmento, e capa-citamos cerca de 160 mil pessoas para promover o produto.

Em 2012, decidimos mudar o modelo comercial e passamos a oferecer o purificador nos pontos de venda dos nossos clientes. Até o final do ano, algumas redes de hipermercados do Sudeste já possuíam unidades de Pureit à venda. Em 2013, pretendemos estender a presença do purificador em pontos de venda de ou-tras regiões do Brasil.

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APoio à PAstorAl dA criAnçA

O trabalho que desenvolvemos com Lifebuoy e a parceria com a Pastoral da Criança nos últimos anos nos inspirou a esten-der nossa atuação nas comunidades de baixa renda e a envol-ver a marca Pureit em ações com objetivos bem específicos. Com foco no desenvolvimento infantil, a Pastoral, que atende 1,2 milhão de famílias em todo o país, trabalha conteúdos re-ferentes à importância da água limpa para a saúde e também recebe apoio de Pureit para realizar ações e atendimentos em situações de emergência.

Entre 2011 e 2012, doamos mil unidades do purificador às comunidades atendidas pela Pastoral e ajudamos cerca de 4 mil pessoas de comunidades impactadas por enchentes no Paraná (Paranaguá e Foz do Iguaçu) e no Acre (Brasileia). Além das doações, nosso trabalho também incluiu a orienta-ção sobre os problemas da água não tratada para as comuni-dades atendidas.

Outros trabalhos, de caráter preventivo, foram realizados ao longo de seis meses em comunidades de Maceió (AL) e Para-naguá (PR). A Pastoral recolheu dados e informações de mo-radores locais e constatou a redução de 6,2% na proporção de crianças com diarreia nas nove localidades estudadas. Embo-ra os resultados não possam ser exclusivamente creditados à

A parceria com a Pastoral nos permite alcançar a população brasileira com ações educativas e de prevenção, focadas na melhoria da qualidade de vida.

ação com Pureit, pudemos identificar, na prática, alguns bene-fícios do acesso à água limpa e tratada pela população.

Outra ação com Pureit lançada em 2012 é a Água Solidária, página de apoio na rede social Facebook que contribui para que as pessoas possam disseminar as causas de problemas com a água e enviar mensagens para voluntários e famílias que, juntos, devem receber cerca de 3,5 mil purificadores ao longo de 2013.

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melhorAndo A sAúde e o bem-estArunilever brAsil relAtóriO De SUStentABiliDADe 2012 voltAr Ao sumário

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Água

EmissõEs dE gasEs dE EfEito Estufa

EmissõEs atmosféricas

rEsíduos sólidos

EfluEntEs

EnErgia

gEstão da biodivErsidadE

matEriais utilizados

voltar ao sumárioimpacto ambiental

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a busca por eficiêncianosso compromisso de dobrar de tamanho reduzindo o impacto ambiental se reflete em como abordamos vários aspectos, como emissões, geração de resíduos e consumo de água

Um dos principais compromissos assumidos no Plano de Sustentabilidade da Unilever é reduzir pela metade os impactos ambientais das nossas atividades e operações, da extração de insumos ao pós-consumo. Ao mesmo tempo, também queremos dobrar o tamanho do nosso negócio, o que nos impõe o desa-fio de desenvolver soluções cada vez mais eficientes em termos de gestão e monitoramento, além de investimentos no próprio processo produtivo. Para cumprir nossas metas, também temos que engajar nossos parceiros, clientes e fornecedores em rela-ção aos compromissos que assumimos.

No pilar Reduzindo o Impacto Ambiental, quatro aspectos são prioridades globais da Unilever: emissões de gases de efeito es-tufa, consumo de água, geração e destinação de resíduos e re-cursos sustentáveis. Temos metas de médio e longo prazos para cada um desses temas, definidas pela divisão global da compa-nhia, e também desenvolvemos ações nas esferas locais e regio-nais para cumprirmos nossos compromissos.

Localmente, nos últimos anos, mapeamos os avanços e de-safios que enfrentamos até agora, investimos em ferramentas de gestão e identificamos os temas mais importantes para o negócio, a partir da percepção dos nossos diversos públicos de relacionamento. Este processo, chamado de Materialidade (leia mais em Processo de Relato), confirmou que, no Brasil, a emissão de GEE e o consumo de água também são aspectos relevantes para a Unilever.

A redução de consumo de água – assim como a geração de resíduos – é prioridade há mais de 20 anos nas operações de manufatura, com resultados consistentes desde então. Em re-lação à emissão de GEE, este continua sendo um dos maiores desafios da Unilever por conta da própria natureza do nosso ne-gócio. Com a meta de dobrar o tamanho da companhia diminuin-do o impacto ambiental, estudamos novas tecnologias e procedi-mentos que permitam processos produtivos mais eficientes. Em 2012, por exemplo, a unidade de Pouso Alegre (MG) inaugurou

uma caldeira que utiliza biomassa para gerar energia, alcançan-do aproximadamente 30% de redução nas emissões diretas da fábrica nos quatro últimos meses do ano, quando comparada ao mesmo período de 2011 (leia mais em Emissões).

Para atingirmos nossas metas e cumprirmos nossos compromissos, também é fundamental o envolvimento de clien-tes, fornecedores e consumidores em ações que se estendem ao longo de toda a cadeia. Para fortalecer essa orientação estraté-gica, a Unilever global estruturou, em 2012, um grupo para com-partilhar experiências entre as operações e equipes ao redor do mundo. Um dos focos é a busca de ecoeficiência na cadeia de distribuição. Outro busca incentivar o consumo e o uso de pro-dutos que promovam menor impacto ambiental, a exemplo de algumas soluções que lançamos no mercado nos últimos anos – como os detergentes e amaciantes líquidos concentrados.

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Gestão inteGrada

Em 2012, também demos continuidade às práticas e iniciativas que ganharam corpo desde a estruturação do Plano de Sustentabi-lidade da Unilever, lançado em 2010. Dessa forma, ampliamos a in-teração entre o Comitê de Sustentabilidade, nosso principal organis-mo de governança socioambiental no Brasil, e a área de SHE (Safety, Health and Environment, ou Segurança, Saúde e Meio Ambiente), que responde pela gestão dos temas ambientais e de segurança nas não manufaturas e faz a ponte entre as fábricas e o comitê.

Além dos encontros mensais do Comitê, que avalia a evolução dos indicadores e direciona a estratégica da sustentabilidade na empre-sa, promovemos encontros trimestrais entre os líderes de SHE das operações de manufatura, não manufatura e da área de SHE regio-nal (América Latina). Nessas ocasiões, chamadas de Community of Practice (COP), são apresentados os avanços e dificuldades de cada unidade, com o objetivo de buscar uma evolução conjunta nos indica-dores ambientais.

Como reflexo dos nossos aprendizados, priorizamos no COP temas que estão em linha com nossas práticas de gestão e co-municação da sustentabilidade. A biodiversidade, por exemplo, foi uma questão central dos compromissos divulgados nos dois úl-timos relatórios da Unilever e uma das prioridades da agenda de 2012. Outro aspecto relevante no período foi a gestão de resíduos em algumas fábricas, em concordância com os debates da Polí-tica Nacional de Resíduos Sólidos e com as nossas diretrizes de reduzir o volume de resíduos, aprimorando seus modos de desti-nação e tratamento.

Avançamos ainda no monitoramento dos indicadores am-bientais, atualmente feito por meio de três sistemas. O primei-ro, mais antigo, é o EPR (Environmental Performance Reporting, na sigla em inglês, ou Relatório de Desempenho Ambiental), ferramenta global que reúne dados de performance das opera-ções de manufatura, enviados mensalmente às equipes de SHE. Com base nesse relatório, a Unilever acompanha os avanços de suas metas e compromissos e pode comparar o desempenho das operações ao redor do mundo. No Brasil, também possuí-mos um sistema baseado no EPR para coletar informações das operações de não manufatura – escritórios, centros de pesquisa e desenvolvimento, regionais de vendas e merchandising, bem como centros de distribuição.

O segundo sistema, que coleta indicadores ambientais e so-ciais da Global Reporting Initiative (GRI) nas manufaturas, foi im-

plementado em 2011 e trouxe melhorias de gestão e monitora-mento dos dados. Obedecendo às métricas dessa metodologia, que, a rigor, seguimos desde 2006, a ferramenta permite a coleta trimestral dos principais indicadores ambientais e, nos demais casos, a consolidação das informações é feita anualmente.

Dispomos, ainda, de um terceiro sistema, que recebe men-salmente os dados do nosso inventário de emissões de GEE no Brasil, elaborado de acordo com a metodologia GHG Protocol.

impactos das fábricas

As nove fábricas da Unilever Brasil estão distribuídas pelos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Pernambuco. Como em toda atividade fabril, a influência direta e indireta que elas

A redução dos impactos promovidos por nossas operações é prioridade, tanto para fábricas quanto para escritórios e centros de vendas e distribuição.

GRI dMa en Conformidade

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exercem sobre o meio ambiente e as comunidades locais exige controle, monitoramento e ações específicas para evitar e mini-mizar impactos ambientais e sociais.

O consumo de água, por exemplo, é um dos aspectos relevantes para a categoria de alimentos, por conta da fabricação de bebidas como AdeS e sorvetes Kibon, ou ainda em função da necessida-de de promover mais lavagens nas linhas de produção. Por isso, operações como Pouso Alegre (MG) e Valinhos (SP) contribuem de forma significativa para os indicadores relacionados ao tema.

Em relação às emissões, os detergentes em pó respondem por boa parte dos gases de efeito estufa dispersados na atmos-fera. A fábrica de Indaiatuba, no interior de São Paulo, responde por 40% do nosso volume de produção e é responsável por cerca de 40% das emissões diretas (escopo 1) na Unilever Brasil. Isso ocorre em função da torre de sopragem, tecnologia que permite a transformação da massa de detergente em pó.

Outra fábrica relevante nesse aspecto é a de Valinhos, a maior emissora por tonelada produzida, que responde por aproxima-damente 30% das emissões de GEE da Unilever Brasil, em fun-ção, principalmente, da utilização de vapor para a produção de sabonetes em barra e sorvetes.

desempenho em 2012

Nos últimos anos, conseguimos melhorar o desempenho de indicadores prioritários para a gestão ambiental na Unilever Bra-sil. Evoluímos na gestão de resíduos, com medidas para melho-

rar a destinação dos materiais resultantes dos nossos proces-sos. Na questão da biodiversidade, mapeamos os impactos das fábricas em áreas de proteção e as espécies ameaçadas, com avanços importantes nos nossos compromissos. Cumprimos a meta de desenvolver planos de ação para todas as unidades, e a maioria dos projetos já foi executada (leia mais em Biodiversidade).

O consumo relativo de água registrou redução de 12% no pe-ríodo, como resultado, principalmente, de mudanças na gestão e nas operações das fábricas de Jaboatão dos Guararapes, Goi-ânia e Valinhos. As duas últimas contribuíram ainda de forma significativa para diminuir a geração de efluentes da Unilever Brasil, indicador que encerrou 2012 com uma redução de 9% na comparação com o ano anterior.

Em relação às emissões de GEE, não foi possível atingir nos-sa meta de manter o indicador abaixo dos valores de 2007, em volume absoluto, por causa de mudanças no coeficiente de cál-culo utilizado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (leia mais em Inventário de Emissões). Considerando apenas as emissões diretas (escopo 1), no entanto, observamos avanços importantes nos últimos anos e registramos uma queda de 10% em 2012, em relação a 2007. Esse desempenho é consequência da adoção de medidas de ecoeficiência e do investimento em novas tecnolo-gias, como a nova caldeira da fábrica de Pouso Alegre (MG), que utiliza biomassa para a geração de vapor, o que influenciou posi-tivamente no resultado.

Outro aspecto prioritário para a gestão ambiental na Unilever Brasil, a geração de resíduos sólidos evoluiu em 2012 com a re-dução do envio de materiais para aterros sanitários, em concor-

Em 2012, zeramos o envio de resíduos sólidos para aterro em quatro fábricas. Também alcançamos redução de 12% no consumo de água e avançamos na gestão da biodiversidade.

dância com nossa estratégia de sustentabilidade. As fábricas de Goiânia, Indaiatuba, Vinhedo e Pouso Alegre atingiram a marca de aterro zero no período e as outras plantas estão atuando para atingir esse objetivo. Não conseguimos, porém, alcançar as me-tas de redução da geração de resíduos não perigosos, uma vez que nosso foco foi melhorar a destinação, e não diminuir o volu-me (veja mais em Resíduos Sólidos). Sobre a geração de resíduos perigosos, ficamos dentro da meta nas unidades de manufatura e não manufatura.

Veja, na página seguinte, nosso desempenho nas metas am-bientais traçadas para o ano de 2012 no último relatório de sus-tentabilidade.

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desempenho nas metas ambientais – 2012

IndIcAdoR Escopo/áREA META cuMpRIdA? StatuS

emissões de Gee escopos 1, 2 e 3 total 2012 menor ou igual a 2007 (257 mil tCo2e)

devido ao aumento do fator de eletricidade do MCt, aumentamos nossas emissões em 13% em relação a 2011. o aumento em relação a 2007 foi de apenas 1%.

Água Manufatura redução de 5%o consumo absoluto de água foi 12% menor; nas manufaturas, caiu de 1,47 m3/t produzida para 1,29 m3/t produzida.

Água não manufatura redução de 4% registramos aumento de 11% no consumo relativo. leia mais em Água.

resíduos perigosos Manufatura redução de 5% a geração foi reduzida de 0,32 kg/t

produzida para 0,27 kg/t produzida.

resíduos perigosos não manufatura redução de 5% redução de 21%, de 0,0075 kg/t para 0,0059

kg/t vendida.

resíduos não perigosos Manufatura redução de 5%

Houve aumento na geração, de 46,60 kg/t produzida para 46,86 kg/t produzida. leia mais em resíduos sólidos.

resíduos não perigosos não manufatura redução de 4%

o volume cresceu de 3,22 kg/t produzida para 3,95 kg/t produzida. leia mais em resíduos sólidos.

biodiversidade Manufatura

implementar planos de ação nas fábricas para gestão dos impactos na biodiversidade

Veja os avanços, compromissos e andamentos dos planos em biodiversidade.

A redução na geração de resíduos perigosos, dentro e fora das fábricas, foi uma das principais conquistas no ano de 2012.

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no pilar Reduzindo o Impacto Ambiental, trabalhamos com quatro prioridades globais: emissões de GEE, consumo de água, geração e destinação de resíduos e recursos sustentáveis.

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GRI en26, dMa en Produtos e serviços

Do mesmo modo, os amaciantes são capazes de gerar econo-mia significativa de água. Se todos os consumidores de Comfort e Fofo migrassem para a versão concentrada, a economia anual seria de 75 milhões de litros. Somente o amaciante Comfort con-centrado permitiu à Unilever alcançar, até o fim de 2012, econo-mia de 22,2 milhões de litros de água por ano – o suficiente para abastecer mais de 2 mil lares no Brasil ao longo de um mês.

Nesse contexto, a Unilever foi pioneira no lançamento de de-tergentes e amaciantes líquidos concentrados no Brasil e, em 2012, tornamo-nos líderes no segmento de detergentes líquidos, que representa 13,5% do mercado total de detergentes – no qual a participação dos concentrados cresceu 77%, se comparada a 2011. Entre 2010 e 2012, lançamos diversos produtos na catego-ria, como o próprio Surf Líquido Concentrado, Omo Líquido Su-per Concentrado e os amaciantes Comfort e Fofo concentrados. Como forma de atrair gradativamente os usuários para essa li-nha de produtos, também lançamos uma versão do Omo Líqui-do. Em 2012, lançamos embalagens de 2 litros de Comfort e Fofo concentrados, contribuindo para a redução de impactos.

A estratégia para divulgação desses itens conta com uma po-lítica de preços favorável e ações diretas nos pontos de venda, com as quais ressaltamos as características dessas inovações. Os indicativos de que esse segmento de mercado ganhará força no Brasil apoiam nosso plano de negócio.

Outra frente importante para reduzir impactos ambientais é nas categorias de alimentos e sorvetes, nas quais conseguimos

promover diversas melhorias no consumo de materiais de em-balagens. Há diversos estudos em curso para reduzir a geração de resíduos sem comprometer a qualidade dos produtos e as entregas para o consumidor. Algumas mudanças foram implan-tadas já em 2012, conforme mostra o quadro a seguir.

Na categoria de cuidados pessoais, lançamos a versão refil para os sabonetes Lux e Lifebuoy, com embalagens que conso-mem 70% menos plástico por tonelada de produto produzido, em relação às versões originais.

menor impacto no consumo

Boa parte do impacto ambiental dos nossos produtos está li-gada à fase de consumo, segundo estudo conduzido pela Unilever global em 14 países. Com base em um indicador que calcula as emissões de gases de efeito estufa ao longo do ciclo de vida do pro-duto, identificamos que 68% da nossa pegada ambiental em ga-ses de efeito estufa está associada à fase de uso pelo consumidor.

Esse tipo de informação foi importante para repensarmos o de-senvolvimento de alguns produtos e propormos mudanças na fa-bricação, na inovação e nos hábitos de quem utiliza nossas marcas.

Tendência em vários países, esses produtos representam uma oportunidade para a indústria adotar critérios mais susten-táveis em seus processos produtivos, trazendo benefícios para diversas partes envolvidas. Com impactos inferiores na produção e no transporte, por causa da maior concentração e do peso e do volume reduzidos das embalagens, a categoria também ocupa menos espaço nos pontos de venda e na casa dos consumidores.

O processo de fabricação e as etapas de distribuição, bem como as características no modo de usar, permitem que os líqui-dos concentrados reduzam as emissões de CO2. Outros aspectos, como água e resíduos, também apresentam ganhos: a versão concentrada de Omo, por exemplo, utiliza 34% menos água por produto, em relação aos líquidos diluídos. Isso representa uma economia de 12,6 milhões de litros por ano, o que corresponde a 1.260 caminhões-pipa. A versão concentrada de Omo também utiliza 48% menos plástico por dosagem e produz 43% menos resíduos sólidos no pós-consumo.

A comercialização de líquidos concentrados permite a redução da nossa pegada ambiental, promovendo maior eficiência na produção e formas mais responsáveis de consumo.

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GRI en26

InIcIATIvAs pARA REdução dE IMpAcTos nos pRoduTos – EMbAlAGEns

REduçõEs obTIdAs

Produto Pote Kibon 2 l (todas as variantes). redução da gramatura da camada de papelão usada sob os quatro potes

redução de 13% no consumo anual do material

Produto Pote Kibon 2 l recife (todas as variantes). redução da gramatura e peso das luvas de papel-cartão

redução de 17,8% no consumo anual do material

Produto Pote Kibon 2 l (todas as variantes). novo fornecedor de potes com redução de peso

redução de 5,8% no consumo anual do material

Produto Pote Kibon 1,8 l recife (todas as variantes). redução da gramatura e peso das luvas de papel-cartão

redução de 17,8% no consumo anual do material

lançamento da variante de 170 g de Close-up gel dental

neste caso se fizermos um comparativo entre a variante de 90 g (atual) e a variante de 170 g, temos uma redução de quase 17% de material de embalagem por quantidade de produto

InIcIATIvAs pARA REdução dE IMpAcTos nos pRoduTos – EMbAlAGEns

REduçõEs obTIdAs

Produto Knorr Meu arroz. redução da gramatura do cartucho (de 250 g/m2 para 225 g/m2)

redução de 43,9% no consumo anual de toneladas de cartucho

Produto Knorr Meu arroz. Mudança do material do sachê de alumínio para boPP metalizado

redução de 5,5% no consumo anual do material

Produto Knorr Meu Feijão. otimização da coluna da caixa de embarque

redução de 55% no consumo anual de toneladas de papelão

Produto ades 1,5 l (todas as variantes). redução da coluna da caixa de embarque, com consequente redução de peso

redução de 11,2% no consumo anual do material

Produto Mini eskibon/Chicabon. Mudança de estrutura do papel cartão de triplex para duplex com redução de gramatura e peso

redução de 7,4% no consumo anual do material

Produto Pote Kibon 2l (todas as variantes). redução da gramatura e peso da luva de papel-cartão

redução de 11,4% no consumo anual do material

buscamos reduzir o consumo de embalagens nas principais inovações que lançamos no mercado. confira, ao lado, alguns resultados.

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unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumárioimpacto ambiental

GRI DMA EN Geral, EN30

InvestImentos e gastos ambIentaIs (em ReaIs) ToTal 2011 ToTal 2012

Custos de disposição de resíduos, tratamento de emissões e de mitigação 11.073.756,02 14.494.050,61

Tratamento e disposição de resíduos 8.863.502,68 12.766.631,24

Tratamento de emissões 600.189,15 674.419,58

Equipamentos e Materiais 1.592.279,41 680.351,83

Seguro Responsabilidade Ambiental 3.353,98 80.257,96

Mitigação e remediação de acidentes ambientais 14.430,80 292.390,00

Custos de prevenção e gestão ambiental 3.566.968,70 49.329.485,04

Gastos com o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa 69.757,50 44.695,42

Treinamentos na área ambiental e Educação Ambiental 114.424,50 123.156,80

Serviços de Gestão Ambiental 1.121.729,78 466.375,06

Certificados de Sistemas de Gestão 105.248,42 102.799,40

Atividades de Gestão Ambiental 3.832,00 128.733,31

Pesquisa e Desenvolvimento 17.783,45 50.056,00

Instalação de Tecnologias 2.117.010,61 48.253.446,30

Compras Verdes 18.000,00 160.222,75

Prevenção Ambiental com Remediação 21.000,00 -

Despesas com proteção ambiental 292.471,15 235.975,17

Proteção Ambiental com Prevenção 63.113,00 -

outros Custos 229.358,15 235.975,17

TOTAL 14.933.195,87 64.059.510,82Nota: Identificamos um erro no reporte do ano de 2011, na soma total dos custos. Também encontramos um erro no total de custos com “Tratamento de Emissões”, que foi corrigido neste relato.

InvestImentos ambIentaIs

Em 2012, a Unilever investiu mais de R$ 64 milhões em práticas e projetos de proteção, gestão e redução de impacto ambiental. Os principais custos estão relacionados às atividades de tratamento e disposição de resíduos – já que uma de nossas propostas é melhorar e tornar mais eficiente a destinação desses materiais – e ao desen-volvimento de novas tecnologias.

Em relação aos resíduos, o custo foi maior em função de melho-rias no controle de gastos da área de não manufatura e de diversas mudanças e avanços na destinação de resíduos nas manufaturas, dentro do projeto Aterro Zero, o que demandou maior investimento.

Em 2012, reduzimos o investimento em equipamentos e mate-riais porque nossas plantas de Indaiatuba e Pouso Alegre não tive-ram custos com substituições e mudanças ao longo do ano. Em re-lação a novas tecnologias, o foco foi na planta de Indaiatuba, onde foram instaladas novas linhas de embalagens e promovidas diversas melhorias e manutenções.

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Prioridade para a Unilever global e para as operações locais da companhia, a gestão de resíduos tem o objetivo principal de redu-zir a geração de materiais para destruição e envolver a cadeia de valor em ações de melhoria na destinação e tratamento.

No Plano de Sustentabilidade, a gestão de resíduos é foco de di-versos compromissos e metas da companhia. Até 2020, o total de re-síduos enviados para eliminação deve ser igual ou inferior aos níveis de 2008, o que representa 80% de redução por tonelada produzida e 70% de redução absoluta na comparação com 1995. Isso exige um forte investimento em tecnologias e processos que gerem menos resíduos na produção e contemplem procedimentos estruturados nas diversas fases do ciclo de vida do produto.

Os produtos descontinuados ou com problemas de qualidade, por exemplo, são tratados em duas operações, uma no Nordeste e outra no Sudeste, que fazem a descaracterização dos itens e o descarte ambientalmente correto. Desde 2011, os produtos não adequados para consumo da categoria de alimentos são enca-

minhados, majoritariamente, para compostagem. Em todas as operações de manufatura, nossa prioridade em

2012 foi a melhoria na destinação, com foco no objetivo de zerar os materiais enviados a aterros sanitários em algumas unida-des. No final do período, quatro fábricas haviam atingido a mar-ca: Goiânia, Vinhedo, Pouso Alegre e Indaiatuba.

As manufaturas do Nordeste, com metas específicas nesse aspecto, esbarram na dificuldade de encontrar parceiros quali-ficados para a reciclagem de materiais. Por isso, as unidades de Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes e Garanhuns estão desenvolvendo um plano focado na gestão de fornecedores da região. O mapeamento local foi iniciado em 2012 (leia mais em Melhorando as Condições de Vida e Trabalho) e devemos ter avan-ços nesse sentido já no próximo ciclo de relato.

Em relação às operações de não manufatura, nosso foco é a melhoria das formas de tratamento e disposição e, também, a re-dução do consumo de material. Um exemplo é o projeto para re-

duzir o uso de papel nos escritórios, desenvolvido pelos trainees, cuja aplicação ocorreu ao longo de 2012. Ainda, temos o desa-fio de aprimorar o monitoramento em outros espaços, como os centros de distribuição, que muitas vezes são gerenciados por terceiros – e também dependem de ações de engajamento para alcançar melhores resultados.

Essas e outras questões são tratadas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que propõe uma série de altera-ções na forma pela qual a indústria, o governo e a sociedade lidam com o assunto (leia mais em Nossas Práticas Setoriais). A nova legislação aponta mudanças na forma pela qual os resídu-os são descartados, recolhidos, dispostos, tratados e gerencia-dos no país. O cronograma prevê a implementação gradual de várias medidas, como a regularização de aterros sanitários, e obrigatoriedades diversas para as empresas entre os anos de 2012 e 2014, além da meta de ampliar para 20% a reciclagem do lixo seco no Brasil até 2020.

REsíduos sólIdos

mais reciclaGem, melhor destinaçãoCom a meta de reduzir pela metade os resíduos associados ao descarte de nossos produtos até 2020, investimos em tecnologia, processos e engajamento de clientes e fornecedores

GRI dMa en emissões, efluentes e resíduos

Page 75: RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012 UNILEVER BRASIL · unilever brasil RelAtRIo de sustentAbIlIdAde 2012 voltar ao sumário GRI 2.8, 4.8, 1.2, dMa eC Presença de Mercado Por isso,

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As novas exigências legais e os compromissos que assumimos no longo prazo também nos levam a buscar o envolvimento de toda a cadeia em projetos de sustentabilidade, como as Estações de Reciclagem Pão de Açúcar Unilever, programa em parceria com um de nossos clientes que já permitiu a coleta de mais de 64 mil toneladas de materiais recicláveis (veja mais na página 80).

desempenho em 2012

Em relação às metas que estabelecemos para o ano, regis-tramos bons resultados na redução da geração de resíduos pe-rigosos. Nas manufaturas, atingimos nossa meta, sobretudo em função da diminuição da produção de resíduo de piche no refino de glicerina da fábrica de Valinhos. Para isso, desenvolvemos di-versas ações, como a redução de intervalo das trocas de lonas nos filtros, garantindo o descarte da parte pastosa/sólida e o re-torno da líquida para reprocesso, a redução do período de lim-peza, a manutenção das lonas e do filtro e a revisão dos padrões de operação. A fábrica de Goiânia também registrou redução no indicador, por causa das mudanças operacionais ocorridas em 2011 com o negócio de atomatados.

Nas demais fábricas, houve aumento na geração de resíduo perigoso na unidade de Jaboatão dos Guararapes, principalmen-te por conta da entrada de novos compressores na área de uti-lidades, com maior consumo de óleo lubrificante. Em Igarassu, também houve impacto em função de campanhas de vacinação realizadas pela equipe de Saúde. Em Garanhuns e Pouso Ale-

gre, houve troca de lâmpadas por versões mais econômicas ou que estavam queimadas. Na unidade de Indaiatuba, o aumento ocorreu por causa da manutenção dos equipamentos e da des-tinação de lâmpadas anteriormente armazenadas. No entanto, esses aumentos não impactaram no resultado geral.

Nas operações de não manufatura, o volume de resíduos pe-rigosos teve redução de 21% em função da menor demanda de desativação de conservadoras de sorvete – processo de destrui-ção de equipamentos antigos, ultrapassados ou com problemas técnicos que impedem o seu funcionamento.

Em relação aos resíduos não perigosos, tivemos dificuldade para alcançar as metas traçadas para o ano; de modo geral, o foco foi a melhoria da destinação de resíduos e não a diminuição de volume. Nas manufaturas, mantivemos nível semelhante ao registrado em 2011, com uma redução de 48% do volume de re-síduos destinados para aterro sanitário.

A fábrica que registrou melhor resultado foi Valinhos, sobre-tudo por conta do número menor de testes na inovação de pro-dutos da linha de sorvetes. Em Garanhuns, a redução foi conse-quência de um trabalho para melhorar a segregação de sobras de alimentos no refeitório, além de melhorias na eficiência das máquinas e de caça-perdas – o que diminuiu as perdas de amido (enviado para ração animal) e de material de embalagem (en-viado para reciclagem). Na fábrica de Igarassu, realizamos uma campanha para redução do consumo de alimentos ao longo de uma semana.

Em Ipojuca, no entanto, registramos aumento na geração de material orgânico por causa do acréscimo de 14% na quantidade

de funcionários. Além disso, ampliamos a retirada de lodo de nossa ETE, o que impactou no envio para compostagem de re-síduo. Em Pouso Alegre, foram registrados problemas de efi- ciência nas linhas, quedas de energia e quebras, e, em Vinhedo, a razão principal do aumento foi a limpeza para impermeabiliza-ção da lagoa de tratamento de efluentes, aumentando geração de lodo biológico.

Em não manufaturas, houve aumento expressivo porque, em 2012, passamos a monitorar os resíduos não perigosos gerados pela área de Merchandising. Não atingimos a meta de redução, mesmo não considerando na análise a meta traçada para os ma-teriais produzidos pela área, devido ao aumento de resíduos de produtos não adequados para consumo que foram descaracteri-zados em nossos CDs.

Até 2020, o total de resíduos enviados para eliminação deve ser igual ou inferior aos níveis de 2008, o que representa 70% de redução absoluta em relação a 1995.

GRI dMa en emissões, efluentes e resíduos

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unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumárioimpacto ambiental

GRI EN22

Geração e destinação de resíduos

Resíduos GeRados poR opeRação

RepResentatIvIdade – peRIGosos

RepResentatIvIdade – não peRIGosos

RepResentatIvIdade – total de Resíduos

2010 2011 2012 2010 2011 2012 2012

Garanhuns 0,13% 0,29% 0,38% 0,18% 0,39% 0,32% 0,32%

Goiânia 0,23% 0,24% 0,03% 56,51% 8,76% 7,35% 7,31%

Igarassu 0,06% 0,00% 0,06% 0,25% 1,14% 1,00% 1,00%

Indaiatuba 0,20% 0,21% 0,74% 1,61% 2,50% 2,65% 2,63%

Pouso Alegre 2,03% 1,77% 2,69% 24,32% 49,73% 53,00% 52,73%

Jaboatão dos Guararapes 0,55% 0,50% 2,47% 4,22% 11,02% 9,81% 9,77%

Ipojuca 0,00% 0,00% 0,02% 0,93% 1,96% 2,54% 2,52%

Valinhos 80,71% 74,83% 67,97% 7,61% 14,09% 10,98% 11,29%

Vinhedo 11,34% 19,98% 23,53% 2,13% 4,31% 4,64% 4,75%

Não manufatura 4,74% 2,16% 2,10% 2,24% 6,10% 7,71% 7,68%

GeRação específIca de Resíduos poR opeRação

Resíduos peRIGosos

(kG/t pRoduzIda)

Resíduos não peRIGosos

(kG/t pRoduzIda)

total de Resíduos (kG/t pRoduzIda)

2011 2012 2011 2012 2011 2012

Garanhuns 0,05 0,06 11,89 8,98 10,08 9,04

Goiânia 0,01 0,00 43,72 42,89 43,73 42,89

Igarassu 0,00 0,00 9,68 7,06 9,68 7,06

Indaiatuba 0,00 0,01 3,18 3,48 3,18 3,49

Pouso Alegre 0,04 0,05 173,29 188,71 173,33 188,76

Jaboatão dos Guararapes 0,05 0,23 165,55 166,86 165,60 167,09

Ipojuca 0,00 0,00 35,70 47,63 35,70 47,63

Valinhos 2,35 1,93 67,87 56,63 70,22 58,55

Vinhedo 0,51 0,47 16,84 16,97 17,35 17,44

Total Manufatura 0,32 0,27 46,60 46,85 46,53 47,13

Não manufatura (kg/ t comercializada) 0,01 0,01 3,22 3,95 3,10 3,96

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unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

transporte de resíduos periGosos

A Unilever não importa nem exporta resíduos perigosos. Quando realizamos o transporte de resíduos de um município para outro, o objetivo é oferecer uma destinação ambientalmente mais adequada, nem sempre disponível próxima às fábricas.

Em 2012, o total de resíduo perigoso transportado registrou au-mento por conta da maior geração em Pouso Alegre e, também, do aumento do número de fornecedores em São Paulo que atende essa operação. Em 2011, Jaboatão dos Guararapes não enviava resíduos para outro estado, o que também justifica o aumento.

A maior parte dos resíduos gerados pela fábrica de Garanhuns é destinada para coprocessamento em empresas no estado de Pernambuco. Uma menor quantidade é enviada para incinera-ção e o óleo lubrificante utilizado em nossos equipamentos se-gue para Piracicaba (SP), para rerrefino. Pouso Alegre transporta seus materiais para São Paulo, sobretudo, por conta da qualidade de serviço do fornecedor, que atende à legislação e aos padrões internos da Unilever.

resíduos periGosos transportados (t)1 

  2010 2011 2012

resíduos perigosos transportados e tratados (kg)/tonelada produzida 0,0105 0,0058 0,0142

(1) alteramos os dados de histórico, pois houve uma correção do cálculo, que considerava todas as destinações.

poRcEnTAGEM poR TIpo dE dEsTInAção dE REsíduos

pERIGosos não pERIGosos REpREsEnTATIvIdAdE – ToTAl dE REsíduos

2010 2011 2012 2010 2011 2012 2012

Compostagem 0,00% 0,00% 0,00% 9,35% 19,51% 19,49% 19,38%

ração animal 0,00% 0,00% 0,00% 36,08% 49,09% 50,74% 50,46%

reutilização 13,05% 22,01% 28,75% 40,31% 7,96% 4,64% 4,77%

rerrefino 2,71% 2,87% 4,55% 0,00% 0,00% 0,00% 0,02%

reciclagem 3,73% 14,63% 56,15% 7,70% 13,76% 15,99% 16,21%

incineração 1,73% 0,48% 1,25% 0,54% 1,21% 0,00% 0,01%

Coprocessamento 76,78% 57,01% 7,19% 0,00% 0,00% 2,59% 2,61%

aterro sanitário 2,01% 3,24% 2,12% 4,48% 6,32% 4,35% 4,33%

outros 0,00% 0,01% 0,09% 1,53% 2,14% 2,21% 2,20%

GRI en22, en24

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unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

MATERIAIs uTIlIzAdos

foco no reaproveitamentoentre 2011 e 2012, unilever brasil identificou aumento de 30% no uso de material reciclado entre seus fornecedores mais significativos

O uso de materiais pela Unilever Brasil é uma das ferramen-tas mais importantes para monitorarmos nossa base de recur-sos e alcançarmos as metas globais de uso de fontes renováveis com que nos comprometemos, em linha com nosso Plano de Sustentabilidade.

Em 2012, voltamos a aplicar a metodologia utilizada no Re-latório de Sustentabilidade 2010 para calcular, entre nossos for-necedores de itens produtivos, a proporção de materiais que ad-quirimos que são renováveis ou utilizam materiais provenientes de reciclagem.

Os resultados obtidos a partir desse método de cálculo apon-taram que a categoria de produtos de cuidados pessoais e com o lar representa a maior fatia da utilização de materiais recicla-

dos em nossas matérias-primas. Um importante fator para isso são as restrições legais para utilização de material reciclado em contato com produtos alimentícios, ligados às categorias de sor-vetes e alimentos.

Em comparação com os resultados de 2011, as mudanças po-dem se explicar principalmente na mudança do critério de esco-lha de fornecedores a serem consultados – cerca de 54, em 2012. Alcançamos resultados positivos ao longo do ano (veja tabelas).

Considerando a análise por spend (gastos) e os fornecedores que responderam em 2012 e 2011 à nossa pesquisa, temos um aumento de 30% no total de uso de material reciclado, que está em linha com a política da Unilever de aumentar o consumo de materiais mais sustentáveis.

dialogamos com nossos fornecedores de itens produtivos de modo permanente, para avaliar e estimular o uso de material reciclado em seus processos produtivos.

GRI en2, dMa en Materiais

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unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

GRI en1, en2

total por cateGoria - insumos/ matérias primas

2012 2011

TonElAdAs pEçAs lITRos TonElAdAs pEçAs lITRos

alimentos 120.238 0 0 110.957 188.200 0

sorvetes 9.640 0 0 10.781 955.128 279.793

HPC 411.173 4.994.933 0 986.494 0 0

total 541.051 4.994.933 0 1.108.232 1.143.328 279.793

total por cateGoria - embalaGens

2012 2011

TonElAdAs METRos pEçAs TonElAdAs METRos pEçAs

alimentos 2.099 2.995.920 1.296.607.215 112 3.751.006 1.928.247

sorvetes 653 0 170.465.534 0 10.945.320 324.228

HPC 893 0 2.577.792.608 360 28.129.532 5.414.747

total 3.645 2.995.920 4.044.865.357 472 42.825.858 7.667.223

materiais usados provenientes de reciclaGem

  pEçAs REcIclAdAs uTIlIzAdAs

% MATERIAIs pRovEnIEnTEs dE REcIclAGEM

Foods 40.751.733 3%

iCe 6.803.352 4%

HPC 62.986.003 2%

total 110.541.087 3%

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unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumárioimpacto ambiental

Volume total de materiais (insumos + embalagens) e percentual (renoVáVel e não renoVáVel), por categoria

 2012 2011

t metros peças t metros peçasFoods 122.337 2.995.920 1.296.607.215 111.069 3.751.006 2.116.447% não renovável Foods 2% 100% 52% 0% 78% 39%% renovável Foods 98% 0% 48% 100% 22% 61%ICE 10.293 0 170.465.534 10.781 10.945.320 1.279.356% não renovável ICE 0% - 83% 0% 100% 19%% renovável ICE 100% - 17% 100% 0% 81%HPC 412.066 0 2.582.787.541 986.855 28.129.532 5.414.747% não renovável HPC 82% - 65% 81% 89% 61%% renovável HPC 18% - 35% 19% 11% 39%TOTAL 544.696 2.995.920 4.049.860.290 1.108.705 42.825.858 8.810.550% não renovável TOTAL 62% 100% 62% 72% 91% 49%% renovável TOTAL 38% 0% 38% 28% 9% 51%

Volume de materiais e percentual (renoVáVel e não renoVáVel), por tipo (insumo e embalagens)

2012 2011

t metros peças Litros t metros peças Litros

iNsUmos

Total 541.051 0 4.994.933 0 1.108.232 0 1.143.328 279.793Renovável 38% - 4% - 28% - 97% 100%

Não renovável 62% - 96% - 72% - 3% 0%

emBaLaGeNsTotal 3.645 2.995.920 4.044.865.357 0 472 42.825.858 7.667.223 1Renovável 51% 0% 38% - 7% 9% 44% 50%Não renovável 49% 100% 62% - 93% 91% 56% 50%

Gri EN1, EN2

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unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

GRI en26, en27 e eC9, dMa en Produtos e serviços, dMa sC bio-combustíveis

pRoGRAMA EsTAçõEs dE REcIclAGEM pão dE AçúcAR unIlEvER

solução conjuntaPrograma em parceria com um de nossos clientes já permitiu a coleta de mais de 64 mil toneladas de materiais recicláveis

Desde 2001, a principal iniciativa da Unilever na etapa final do ciclo de vida do produto é o Programa Estações de Reciclagem Pão de Açúcar Unilever, que permite ao consumidor dar a corre-ta destinação a embalagens, frascos e materiais diversos, como papel, vidro, plástico, metal e óleo de cozinha.

Desenvolvido em parceria com um de nossos clientes no Brasil, o programa está presente em oito estados e no Distrito Federal, com estações instaladas em 124 lojas do varejo. As marcas Omo, AdeS, Knorr, Seda, Rexona e Comfort patrocinam a iniciativa.

As estações são construídas com material reciclado e funcionam como Postos de Entrega Voluntária (PEVs). Dessa forma, apoiam a cadeia com benefícios socioeconômicos e ambientais, conforme preconiza a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Em onze anos, coletamos mais de 64 mil toneladas de mate-riais para reciclagem. Somente em 2012, foram mais de 12 mil toneladas, 14% a mais do que no ano anterior. Após o descarte dos materiais, doamos o volume total a 37 cooperativas parcei-ras, o que gera postos de trabalho diretos e indiretos e beneficia mais de 1,7 mil famílias por mês.

Desde 2007, coletamos mais de um milhão de litros de óleo, sendo que grande parte é encaminhada para a produção de bio-combustível. Já os aerossóis, coletados nas lojas Pão de Açú-car em São Paulo desde 2010, representam um desafio para a indústria: a correta destinação dessas embalagens, compostas de alumínio e de uma série de gases que são submetidos a alta pressão no interior dos frascos, exige alto consumo de energia e o desenvolvimento de parceiros especializados na descaracteri-zação dos produtos. Presente em 16 lojas, a coleta de aerossóis já alcançou 6,5 toneladas em cerca de dois anos.

Acreditamos que esse projeto traz uma contribuição impor-tante para a destinação correta de resíduos na indústria, espe-cialmente se olharmos sob a perspectiva da responsabilidade compartilhada. Os diversos agentes envolvidos são beneficiados no processo: a companhia, como fabricante, que reduz o im-pacto ambiental de seus produtos; nosso cliente, como varejo, que colabora para a gestão de resíduos do seu negócio; nossos consumidores, que fazem a correta destinação de seus resíduos domésticos; e os parceiros da cadeia de reciclagem, que comer-cializam material a preço competitivo e, assim, têm a oportuni-dade de desenvolver um negócio com benefícios ambientais e socioeconômicos para todos os elos da cadeia.

resultados – estações de reciclaGem pão de açúcar unilever

estações 124

Presença no brasiloito estados + distrito Federal34 municípios

Cooperativas parceiras 37

Postos de trabalho (diretos e indiretos) gerados 1.731

Volume total coletado (2001-2012) 64.449.947,3 kg

Volume total coletado (2012) 12.505.569,0 kg

Volume total coletado (2011) 10.953.008,7 kg

óleo coletado em 2012 319.508,8 l ou 287.557,9 kg

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Em âmbito global, comprometemo-nos a reduzir pela metade o impacto dos gases de efeito estufa exercido por nossos produtos em todo o ciclo de vida até 2020.

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unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

EMIssõEs dE GAsEs dE EfEITo EsTufA

um desafio para toda a cadeiainiciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa envolvem os processos produtivos e os impactos da cadeia de valor

Em âmbito global, a Unilever se compromete a reduzir pela metade o impacto dos gases de efeito estufa exercido pelos pro-dutos em todo o ciclo de vida até 2020. É uma meta que se torna ainda mais ambiciosa se considerarmos as conclusões do estu-do coordenado pela divisão global, que sugere que, ao longo do ciclo de vida, as fases mais críticas são a obtenção e manipula-ção de matéria-prima e o consumo dos nossos produtos. Juntas, elas respondem por 94% das emissões de GEE. Somente 6%, de acordo com os dados do levantamento, estariam ligados à fabri-cação, ao transporte e ao descarte.

Esses números não refletem algumas peculiaridades da realidade brasileira – não usamos água quente para lavar rou-pas, como acontece em muitos países europeus, por exemplo, e o modal rodoviário é o principal meio para o transporte de car-gas e passageiros no Brasil –, mas nos trazem um olhar impor-tante para toda a cadeia de valor. Por isso, procuramos melhorar os indicadores em todas as etapas do ciclo de vida do produ-

to, desde o desenvolvimento, os processos fabris baseados em tecnologias e fontes de energia sustentáveis, até a distribuição. Nesse sentido, também trabalhamos com a utilização de veícu-los e modais logísticos mais eficientes, em parceria com nossos fornecedores e distribuidores, e a promoção da mudança de há-bito dos consumidores de nossas marcas.

No Brasil, conquistamos avanços importantes nos últimos anos, tanto no monitoramento e gestão de indicadores quanto na redução da pegada de emissão no ciclo de vida. Em 2012, en-cerramos o prazo da nossa meta traçada ainda em 2008, na es-tratégia UB2012: chegar ao fim do ano com volume de emissões de GEE inferior (em volume absoluto) ao ano de 2007, nível que vínhamos mantendo desde 2008.

Registrarmos ótimos resultados ao longo desses anos, e mantivemos as emissões em níveis inferiores a 2007 no período entre 2008 e 2011. No entanto, não foi possível atingir essa meta em 2012, sobretudo por causa do aumento de 134% no coefi-

ciente que utilizamos para calcular as emissões de eletricidade, fornecido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (leia mais em Inventário de Emissões).

O bom desempenho que observamos nos últimos anos é re-sultado da concentração de esforços na ecoeficiência das manu-faturas e atividades logísticas, e no desenvolvimento de parce-rias e projetos com fornecedores e clientes ao redor do Brasil, com foco em atributos de sustentabilidade.

Em relação à cadeia de fornecimento, temos programas es-truturados de engajamento e avaliação que consideram aspec-tos socioambientais (leia mais em Melhorando as Condições de Vida e Trabalho); nossos clientes também são permanentemente engajados sobre suas responsabilidades e atividades logísticas, especialmente na hora de distribuir nossos produtos em seus centros de distribuição e pontos de venda (leia mais em Clien-tes). Do mesmo modo, os consumidores são constantemente convidados a adotar hábitos que reduzem as emissões de GEE,

GRI dMa en emissões, efluentes e resíduos

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GRI dMa en transporte, en18, en26, en29, eC2

como a utilização de produtos líquidos concentrados, por meio de ações de comunicação e da atuação dos promotores de ven-da. Na cadeia de distribuição, avançamos com a estruturação de um grupo global, sediado na Suíça, dedicado à discussão e à troca de experiências de redução de impacto.

Em 2012, implementamos melhorias em algumas fábricas, com destaque para a caldeira de biomassa em Pouso Alegre (leia no quadro), que permitiu uma redução significativa no nível de emissões. Outras unidades que utilizam biocombustíveis nas caldeiras são Garanhuns e Goiânia.

De modo geral, essas iniciativas estão em linha com uma es-tratégia que considera riscos e oportunidades de negócios rela-cionados à questão socioambiental. O Plano de Sustentabilidade Unilever também aborda a questão das mudanças climáticas e, no Brasil, um projeto desenvolvido pelos trainees tratou o tema sob a perspectiva das diretrizes GRI.

Todas as esferas foram consideradas e estudadas para levan-tar os riscos e as oportunidades identificadas com as mudanças ambientais e regulatórias, e o surgimento de novas tecnologias, por exemplo. Na prática, calculamos as implicações financeiras desses riscos e oportunidades, mas não divulgamos as informa-ções por considerá-las estratégicas. Além disso, a área de SHE concluiu, em 2011, o roadmap de emissões de CO2, que nos permi-te identificar tendências e oportunidades de médio e longo prazos.

menor impacto na loGística

Desde a fabricação até o ponto de venda, nossos produtos circulam entre fábricas, centros de distribuição e instalações de nossos clientes. Por isso, observamos diferentes fases da cadeia para desenvolver um plano de redução da nossa pegada de car-bono na logística, que, hoje, representa mais de 50% do impacto de CO2 da empresa – conforme dados do nosso Inventário de Ga-ses de Efeito Estufa.

No Plano de Sustentabilidade da Unilever, assumimos o com-promisso de reduzir 40% da nossa intensidade de emissões da logística até 2020. Assim, desenvolvemos uma série de projetos com nossos clientes, fornecedores e outros parceiros, visando à otimização do transporte para reduzir a quilometragem rodada e à maior ocupação dos veículos (leia mais em Clientes).

Em 2012, conseguimos evitar a emissão de 16.129 tCO2e, volume equivalente a 268 caminhões que deixaram de rodar. Veja, a seguir, alguns dos projetos de eficiência logística que contribuíram para os resultados ao longo de 2012.

cIRcuITo EsTáTIco E BackhaulDesde 2005, desenvolvemos e aprimoramos um novo modelo de

transporte de mercadorias, conhecido como circuito estático, que consiste no estabelecimento de conexões entre trechos por meio de “rotas fechadas”, com ciclos periódicos e volumes predefinidos. Com isso, é possível reduzir o número de viagens com cargas vazias e diminuir os custos logísticos entre todos os envolvidos, desde a Unilever até seus parceiros de distribuição.

Eficiência nas fÁbricas

Ações adotadas nas manufaturas em 2012 permitiram a redução de 3.688 toneladas equivalentes de CO2 em nos-so total de emissões. Em Garanhuns (PE), registramos queda no indicador, com redução de 18,04 CO₂e, resul-tante de iniciativas para reduzir o consumo de energia, da otimização do uso de equipamentos elétricos (como compressores de ar e sistemas de ventilação forçada) e da adoção de óleo vegetal – utilizado como combustível da caldeira da planta desde 2011. Em Pouso Alegre (MG), alcançamos resultados positi-vos com a troca de nossas caldeiras de óleo combustível (BPF) por uma movida a biomassa. Essa nova tecnologia foi capaz de gerar, desde sua instalação, em agosto de 2012, redução de 3.569 t de CO₂e, devido à economia de 67% de óleo BPF. Com uso de cavaco de madeira, o equi-pamento, composto de uma chaminé de 30 metros e um silo com capacidade de 800 metros cúbicos, ampliou a matriz de energia limpa da fábrica. Em Indaiatuba (SP), o desligamento dos compressores no horário de pico (18h às 21h) também gerou uma re-dução de 89,79 t de CO₂e (leia mais em Energia).

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unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

Com esse modelo, evitamos que um caminhão leve uma carga para a região Nordeste e retorne vazio a uma unidade em Minas Ge-rais, por exemplo. O trajeto de volta é preenchido com cargas de produtos que abastecem o mercado no fluxo inverso, atendendo a empresas parceiras. Ao final de 2012, contávamos com 16 circuitos estáticos ativos no Brasil.

Outra iniciativa importante é o backhaul, que também consiste em circuitos estáticos, porém envolvendo nossos clientes. Encer-ramos 2012 com 11 rotas funcionando nesse sistema, em parceria com nossa cadeia.

Juntos, os projetos de circuito estático e backhaul permitiram à Unilever Brasil deixar de emitir, em 2012, 664,6 toneladas de CO₂e em relação a 2011. Na prática, isso significa que 11 cami-nhões deixaram de rodar entres as instalações da Unilever e/ou de empresas parceiras.

bitrEmEm atividade desde 2011, esse sistema permite a combinação de

veículos de carga, sendo que cada veículo possui um total de sete eixos, para transportar um volume duas vezes maior em relação a uma carreta comum. Com isso, operamos com menos viagens e re-duzimos o consumo de combustível e as emissões de GEE em quase 50%. Em 2012, passamos a utilizar mais uma rota, totalizando três circuitos entre as regiões Sudeste e Sul. Foi possível, com isso, evi-tar a emissão de 307 toneladas de CO₂e, em relação a 2011, o equi-valente a cinco caminhões que deixaram de rodar.

rEalocação dE produçãoTrês projetos executados pela Unilever Brasil permitiram a

aproximação entre os setores produtivos e nossos clientes, re-duzindo as distâncias decorrentes de transferências e vendas. Em um deles, a produção de detergente em pó foi parcialmen-te realocada de Indaiatuba (SP) para Igarassu (PE), de forma a abastecer o mercado local.

No sentido inverso, uma de nossas linhas de sorvete foi transferida de Jaboatão dos Guararapes (PE) para Valinhos (SP), e uma linha de xampu (Seda) saiu de Ipojuca (PE) para Vinhedo (SP). Com essas transferências, foi possível evitar a emissão, até setembro de 2012, de 4.649,5 tCO₂e – ou 77 caminhões que dei-xaram de circular.

otimização dE transportESete projetos trataram da otimização de carga em nossos

processos logísticos ao longo de 2012: dois focados em trans-ferências – ou seja, no transporte entre nossas fábricas e cen-tros de distribuição ou entre os próprios centros – e outros cinco em vendas, no traslado entre nossos centros e as instalações de clientes (leia mais em Clientes). O foco também foi reduzir a ocio-sidade e os quilômetros rodados pelos veículos.

No traslado de transferência, unificamos o planejamento de cargas de produtos de cuidados domésticos e pessoais, para permitir a ocupação máxima de caminhões sem deixar de aten-der às normas de qualidade dos processos logísticos.

Nas ações de vendas, nosso objetivo foi unir as cargas que são demandadas, evitando viagens ociosas, e determinar perfis de

veículo conforme a categoria do cliente para realizar entregas, uti-lizando frotas conforme o volume de carga. Em 2012, os projetos permitiram uma redução de 1.851 tCO2e em relação ao ano anterior, o equivalente a 30 caminhões que deixaram de circular.

modais altErnativosA infraestrutura e as características geográficas do Brasil

representam um grande desafio para a adoção de modais al-ternativos, de menor impacto ambiental, em nossos processos logísticos. O controle rígido para a manutenção da qualidade e a eficiência das nossas entregas, aliado à viabilidade financei-ra, levou-nos a descontinuar o transporte por modal ferroviário, que era adotado em algumas rotas.

Um dos sistemas que utilizamos é o transporte por cabota-gem, que alterna os modelos rodoviário e hidroviário. Hoje, apli-camos rotas entre as cidades de Santos (SP), Ipojuca (PE) e For-taleza (CE), além de Manaus (AM), com redução nas emissões estimada em 8.657 tCO2e em 2012, quando comparada com a mesma distância percorrida em rodovias – ou o equivalente a 144 caminhões que deixam de circular.

conservadoras Kibon

Para reduzir o consumo de energia e as emissões de GEE li-gadas às nossas operações de não manufatura, estamos substi-tuindo, em nossa cadeia logística, todos os refrigeradores Kibon nos pontos de venda por equipamentos com uma nova tecno-

GRI en18, en26, en29

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unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

GRI en16 e en17, dMa en emissões, efluentes e resíduos

logia, que utiliza um gás com 99% menos potencial de aqueci-mento global. Desde 2011, essa iniciativa virou compromisso, por meio de uma parceria entre a Unilever e o Ministério do Meio Ambiente (leia mais em Governos e Instituições).

As novas conservadoras operam com o gás refrigerante R290, que não afeta a camada de ozônio e tem impacto muito menor para o efeito estufa do que os outros gases utilizados em siste-mas similares, como o R404 e o R134. A meta de curto prazo que havíamos delineado, que previa a substituição do gás refrigerante em 20% dos equipamentos até o fim de 2012, foi superada: ao fim do ano, 62% das conservadoras já utilizavam o gás R290.

Do mesmo modo, atingimos e superamos a meta de reutiliza-ção e reciclagem de componentes ao fim da vida útil dos equipa-mentos, que era de 20% até o fim de 2012. Alcançamos 100% de reciclagem de materiais, com destaque para o poliuretano.

inventário de emissões

Principal ferramenta para a gestão de nossas emissões de gases de efeito estufa no Brasil, nosso inventário de emissões é, desde 2008, elaborado com base no GHG Protocol – metodologia internacionalmente reconhecida que permite a análise histórica e a definição de métricas para mensurar a pegada de carbono das operações.

Gradativamente, ampliamos a abrangência de nosso inven-tário; hoje, ele contempla não apenas nossas emissões diretas e provenientes da compra de energia elétrica (escopos 1 e 2), mas também as emissões indiretas (escopo 3), como as origi-nadas na logística de distribuição de produtos em nossos ter-ceiros contratados para esse fim. Possuímos a classificação de nível Ouro, que conquistamos pela primeira vez em 2010, o que

atesta a confiabilidade dos dados do inventário, que passa por auditoria externa.

Em 2012, não cumprimos a meta de manter nossas emissões de GEE abaixo do valor absoluto do ano de 2007. O fator que mais contribuiu para esse desempenho foi o aumento de 134% no coeficiente que utilizamos para calcular as emissões de eletrici-dade, fornecido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Se o fator de conversão tivesse se mantido em linha com o dos úl-timos anos, teríamos alcançado esse objetivo com tranquilidade (leia mais em Inventário de Emissões). Em 2012, as emissões da Unilever Brasil ficaram 1% acima do período de referência. Em relação a 2011, porém, nosso total de emissões aumentou 13%, totalizando 258.872,43 toneladas de CO₂e.

coMpARATIvo dAs EMIssõEs dE GAsEs dE EfEITo EsTufA 2011/2012

vARIAção AbsoluTA EM tco2e

vARIAção pERcEnTuAl

escopo 1 3.798 4%

escopo 2 22.740 166%

escopo 3 3.862 1%

total 30.399 11%

EMIssõEs dIRETAs E IndIRETAs dE GAsEs dE EfEITo EsTufA (tco2e)

2007 2008 2009 2010 2011 2012

escopo 1 107.111 105.077 96.952 100.055 92.015 95.813

escopo 2 21.722 21.310 11.551 25.566 13.676 36.416

escopo 3 127.860 125.433 114.080 129.261 122.782 126.644

total 256.693 251.820 222.582 254.882 228.473 258.872

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GRI en16 e en17

emissões por escopo e operação (t de co2 equivalente)

  Escopo 1 Escopo 2 Escopo 3% EM RElAção

Ao ToTAl dE EMIssõEs

Garanhuns 17 121 469 0,2%

Goiânia 619 1.035 0 1%

igarassu 3.178 870 226 2%

indaiatuba 36.762 3.698 0 16%

Pouso alegre 11.433 2.223 256 5%

Jaboatão dos Guararapes 2.652 1.844 431 2%

ipojuca 751 557 0 1%

Valinhos 28.748 3.717 0 13%

Vinhedo 2.917 955 0 1%

Manufatura 87.078 15.021 1.382 40%

distribuição 7.218 20.958 125.217 59%

Vendas 960 6 0 0,4%

Pesquisa e desenvolvimento, escritórios 557 431 45 0,4%

não manufatura 8.735 21.395 125.261 60%

total 95.813 36.416 126.644 100%

Elaboramos o inventário de emissões com base no GHG protocol desde 2008 e ampliamos sua abrangência gradualmente. Hoje, contemplamos as emissões diretas, provenientes da compra de energia elétrica (escopos 1 e 2), bem como as indiretas, como as originadas na distribuição de produtos de terceiros (escopo 3).

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áGuA

motivo de ação e atençãoinvestimento em sistemas de reúso e outras iniciativas de ecoeficiência ajudaram a reduzir o consumo deste recurso essencial para a fabricação de vários produtos da unilever

Em suas 190 operações ao redor do mundo, a Unilever busca a redução do consumo de água em todas as fases do ciclo de vida do produto, com foco na plantação de matérias-primas, na fa-bricação e no uso doméstico pelo consumidor. Esse objetivo leva em conta a escassez do recurso em diversas partes do mundo – inclusive em países em desenvolvimento, onde a empresa tem procurado crescer – e considera, como mercados prioritários, China, México, Indonésia, Índia, África do Sul, Turquia e Estados Unidos.

Apesar de o Brasil não fazer parte desse grupo, o assunto é uma questão prioritária para as operações da empresa no país, sobretudo por conta da escassez na região Nordeste, do baixo acesso da população à água tratada e limpa e da situação de estresse hídrico em locais afetados pela degradação ambiental. Outro ponto sensível é o impacto da ocupação urbana ou indus-trial, como acontece com as bacias hidrográficas dos rios Ca-pivari, Jundiaí e Piracicaba, onde estão instaladas, respectiva-mente, nossas plantas de Valinhos, Vinhedo e Indaiatuba.

A gestão da água na Unilever Brasil se divide entre projetos de ecoeficiência nas fábricas, escritórios, centros de pesquisa e desenvolvimento e distribuição, e ações educativas voltadas aos nossos consumidores, para estimular o uso responsável do re-curso na hora de manusear nossos produtos.

O Plano de Sustentabilidade da Unilever traz alguns dados globais que indicam a relevância da atuação centrada nesses dois eixos: em nossas análises, identificamos que o consumo de água no ciclo de vida dos nossos produtos está intimamente ligado à etapa de uso (50%) e, também, ao cultivo de matérias--primas de origem agrícola. A maior parte da nossa pegada está associada à categoria de detergentes e amaciantes (38%), se-guida de produtos de higiene pessoal, como sabonetes, gel para banho e itens de cuidados com a pele (37%).

Em relação ao consumidor, a Unilever Brasil busca desenvolver produtos que necessitem de menor quantidade na hora do uso e, também, que exijam menos água em sua composição – caso dos produtos de limpeza líquidos e concentrados, por exemplo.

As unidades que mais requerem água em seus processos produtivos são as da categoria de alimentos, por conta de sua composição e da necessidade de limpezas e lavagens a mais nas linhas de produção, para garantir a qualidade. Internamente, também temos projetos de eficiência operacional e conscienti-zação dos funcionários.

Em 2012, tivemos uma redução de 12% no consumo relativo de água em relação a 2011, ante uma meta de 5%. Esse resultado foi influenciado principalmente pelas fábricas de Goiânia, Valinhos e Jaboatão dos Guararapes. As duas primeiras tiveram parte de suas operações modificadas no início de 2011, com a venda do ne-gócio de atomatados para a Cargill e o encerramento da produção de margarinas, respectivamente. Mesmo assim, na comparação entre os meses em que já não contávamos com essas operações, a redução foi de 24% e 8%, respectivamente.

A única fábrica que apresentou aumento significativo do con-sumo absoluto de água foi Vinhedo, causado, principalmente, pelo aumento da produção. Outra influência de menor importância foi um projeto de qualidade que demandou maior volume de água para limpeza e sanitização das linhas de envase.

Em relação às operações de não manufatura, tivemos um au-mento de 11% no indicador relativo, por causa do aumento con-siderável no consumo de água dos centros de distribuição. Um vazamento na válvula de entrada de água e a limpeza da caixa d’água no CD Nilcen e o maior número de funcionários no CD Louveira são fatos que contribuíram de forma significativa para não atingirmos a meta de reduzir o consumo em 4%, em metros cúbicos por tonelada produzida, nesses locais.

GRI dMa en Água

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Em todas as operações de manufatura, nossa prioridade em 2012 foi a melhoria na destinação de resíduos sólidos. no final do período, conseguimos zerar o envio de materiais para aterro sanitário em quatro fábricas.

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GRI en8

Outras operações de não manufatura que registraram au-mento no consumo de água foram os escritórios JK2 e Rocha-verá. Isso ocorreu por causa do aumento da demanda dos usuá-rios, predominantemente no uso do ar condicionado.

Em relação ao consumidor, a Unilever Brasil busca desenvol-ver produtos que necessitem de menor quantidade na hora do uso e, também, que exijam menos água em sua composição – caso dos produtos de limpeza líquidos e concentrados, por exemplo.

Em 2012, aumentamos percentualmente o uso de água sub-terrânea e reduzimos o uso das demais fontes, principalmente por causa das operações de Pouso Alegre, Valinhos e Jaboatão dos Guararapes. Pouso Alegre teve uma redução proporcional do consumo de água de abastecimento e um aumento propor-cional do consumo de água subterrânea. Isso ocorreu por cau-sa do maior controle nas linhas de produção de AdeS e Knorr e da gestão diária desse indicador. Com isso, diminuímos a com-pra de água de emergência, que tem um custo mais elevado, e continuamos atendendo ao tempo de descanso para os poços, determinado pelo órgão ambiental, e às vazões outorgadas.

Valinhos aumentou o consumo proporcional de água subter-rânea e reduziu o de água superficial. Isso aconteceu por conta do maior volume de reúso na fábrica de sabonetes e na estação de tratamento, que utilizam água superficial. Em relação à água subterrânea, utilizada na fabricação de sorvetes, o maior con-sumo ocorreu em função do aumento da produção em 2012. Em Jaboatão dos Guararapes, o aumento do consumo de água sub-terrânea ocorreu por causa da reativação de um poço.

porcentaGem do total de consumo de áGua por operação

opERAção 2010 2011 2012

Garanhuns 0% 0% 0% 

Goiânia 44% 22% 17%

igarassu 1% 1% 2%

indaiatuba 6% 8% 8%

Pouso alegre 15% 24% 28%

Jaboatão 9% 13% 11%

ipojuca 1% 2% 2%

Valinhos 15% 16% 16%

Vinhedo 7% 10% 12%

não manufatura1 2% 3% 4%

1. Valores alterados em relação ao último relatório devido a erro de cálculo.2. revisamos o histórico de água de abastecimento de indaiatuba considerando o consumo de água mineral.

consumo relativo (m3/t)

2011 2012

Garanhuns 0,23 0,17

Goiânia 3,43 2,59

igarassu 0,39 0,28

indaiatuba2 0,30 0,30

Pouso alegre 2,58 2,61

Jaboatão dos Guararapes 6,14 4,92

ipojuca 0,94 0,95

Valinhos 2,32 2,19

Vinhedo 1,19 1,21

total manufatura 1,47 1,29

total não manufatura 0,06 0,06

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GRI en26, en8

consumo  relativo de áGua por fonte nas manufaturas (m3/t produzida)

2010 2011 2012

Água de superfície (rios, lagos, áreas úmidas, oceanos) 1,08 0,55  0,42 

Água subterrânea 0,66 0,71  0,74

abastecimento municipal ou outras empresas de abastecimento

0,11 0  0,13

percentual de áGua utilizado por fonte (manufaturas e não manufaturas)

2010 2011 2012

Água de superfície (rios, lagos, áreas úmidas, oceanos) 56% 36%  31%

Água subterrânea 35% 47% 55% 

abastecimento municipal ou outras empresas de abastecimento

9% 17%  14% 

fontes por unidade

2011 2012

supERfIcIAl subTERRânEA AbAsTEcIMEnTo supERfIcIAl subTERRânEA AbAsTEcIMEnTo

Garanhuns 0% 100% 0% 0% 100% 0%

Goiânia 100% 0% 0% 100% 0% 0%

igarassu 0% 100% 0% 0% 100% 0%

indaiatuba 91% 9% 0% 90% 9% 1%

Pouso alegre 0% 93% 7% 0% 97% 3%

Jaboatão dos Guararapes

0% 34% 66% 0% 40% 60%

ipojuca 0% 0% 100% 0% 0% 100%

Valinhos 45% 49% 6% 44% 53% 3%

Vinhedo 0% 100% 0% 0% 100% 0%

não Manufatura 0% 0% 100% 0% 0% 100%

unilever 36% 47% 17% 31% 55% 14%

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ações para reduzir o consumo

» Goiânia – Inspeção de vazamentos por meio de check list de parada de fábrica; campanha de conscientização ambiental; reutilização de água pós-tratamento e troca por torneiras com sensor na entrada da fábrica.

» Jaboatão – Inspeções periódicas de funcionários da ETE (Estação de Tratamento de Efluentes) ao setor de manufatu-ra e campanhas educativas; projeto de melhoria na linha de moldados, que consiste na individualização do banho para desenformar os picolés.

» Valinhos – Reúso de água nas seguintes atividades: homoge-neizador de sorvete, ETE, retrolavagem dos filtros da ETA (Es-tação de Tratamento de Água) e condensadores de sabonetes.

» Garanhuns – Campanhas educativas e de conscientização sobre uso racional de água; atividades de caça-vazamentos; monitoramento diário do consumo de água para identificação de possíveis desvios e otimização do processo de limpeza das linhas e tanques Karo.

» Igarassu – Melhoria no gerenciamento, que passou a ser diário, permitindo a identificação mais rápida de desvios, acompanha-mento do funcionamento e manutenção dos instrumentos, e aumento da reutilização de efluentes por meio da restrição de saída destes.

GRI en26, en8, dMa en Água

reúso e reciclaGem

Consideramos o reúso e a reciclagem de água elementos fun-damentais para reduzir nossos indicadores de consumo, mesmo com o aumento de produção. Em 2012, conseguimos aumentar dois pontos percentuais do nosso índice de recirculação de água, chegando a 9% – resultado da ampliação do reúso nas opera-ções que recorrem a essa prática.

A fábrica de Valinhos foi a que mais contribuiu para melhorar o indicador, ao aprimorar a reutilização em diversos processos, como as próprias atividades de tratamento de efluentes, retro-lavagem de filtros e de condensadores e homogeneizadores de sorvetes. Em Vinhedo, que também teve uma contribuição impor-tante, o aumento do reúso também se deve às atividades na ETE e ao melhor reaproveitamento da água na lavagem dos filtros.

Em Pouso Alegre, aplicamos a reutilização nos homogeneiza-dores, assim como o retorno automático da água do condensado da caldeira e a reutilização de água na ETE. Na fábrica de Igaras-su, ampliamos a produção de detergente em pó, processo que também permite a reutilização de água. Com isso, zeramos a geração de efluentes industriais e conseguimos reutilizar 100% dessa água no processo produtivo. Em Ipojuca, adquirimos uma nova bomba para ampliar o reúso em jardins e banheiros, mas o índice de reutilização caiu por causa da redução da produção e, por consequência, do volume de efluente que poderia ser trata-do e reutilizado.

captação e impactos sobre fontes hídricas

A água utilizada nos nossos processos produtivos é captada de fontes subterrâneas e superficiais, além de recorrermos re-gularmente ao abastecimento de concessionárias. Todas as ope-rações cumprem o determinado em outorga e seguem a legisla-ção dos órgãos ambientais, no intuito de não impactar as fontes que utilizam.

porcentaGem de áGua reciclada/reutilizada em relação ao total consumido  2010 2011 2012

total unilever 11% 7% 9%

Garanhuns 0% 0% 0%Goiânia 16% 3% 5%igarassu 0% 6% 13%indaiatuba 57% 61% 63%Pouso alegre 0% 1% 1%Jaboatão dos Guararapes 0% 0% 0%

ipojuca 19% 20% 18%Valinhos 0% 1% 6%Vinhedo 2% 4% 6%não manufatura 0% 0% 0%

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GRI en9, en10, dMa en Água

De acordo com os critérios GRI, exercemos impactos signifi-cativos sobre cinco fontes hídricas utilizadas por nossas fábricas. Em duas delas, Garanhuns e Igarassu (PE), captamos mais de 5% da vazão do corpo hídrico subterrâneo. Em Indaiatuba, Valinhos e Goiânia, captamos água de fontes superficiais localizadas em Áreas de Preservação Permanente (APPs), conforme definição da legislação brasileira.

Todas as fontes que exploramos têm alto valor para as comuni-dades do entorno, exceto Valinhos, onde nosso estudo indicou que há alta disponibilidade do recurso na região. Em relação ao valor da biodiversidade, não consideramos alto nos aquíferos que utilizamos por serem lugares com baixa incidência de luz e desenvolvimento de vida. No caso dos dois recursos hídricos superficiais, eles possuem médio e baixo valor de biodiversidade e por isso são classificados

como “Classes III e IV”, segundo a legislação nacional.Nas outras cinco fontes hídricas que utilizamos, não podemos

afirmar que nosso impacto é significativo. Os aquíferos não ficam em área de proteção, porém não temos informação se consumimos mais de 5% do volume do corpo d’água. Somente em Pouso Alegre (MG) há estudos que comprovam que nossa captação não impacta de forma significativa o lençol freático.

RETIRAdAs sIGnIfIcATIvAs

RETIRAdA dA fonTE é 5% ou MAIs do voluME MédIo AnuAl

cApTAção TEM AlTA pRobAbIlIdAdE dE cAusAR IMpAcTo, sEGundo EspEcIAlIsTAs

coRpos d’áGuA dE cApTAção EsTão EM áREAs pRoTEGIdAs?

TIpo dE fonTEvoluME do coRpo dE cApTAção (M³/H)

voluME cApTAdo (M³/H)

vAloR dA bIodIvERsIdAdE do coRpo d’áGuA

vAloR/IMpoRTâncIA dA fonTE pARA coMunIdAdE locAl

total de fontes significativas devido a esse aspecto

2nenhuma fonte tem alta probabilidade de causar impactos significativos.

3nenhuma fonte com alto valor de biodiversidade

7 com alto valor

Garanhuns 9%

não. respeita a determinação pelo órgão ambiental em outorga para que a captação não cause impacto.

não aquífero (água subterrânea) 11,2 0,96 baixo valor –

aquífero

alto valor (baixo volume disponível à comunidade local)

Goiânia 0,02% não. respeita a determinação do órgão ambiental. aPP

rio Meia Ponte (Captação superficial)

565.200 130 baixo valor – Classe 4

alto valor (baixa qualidade da água na região, ex: poluição e assoreamento)

fontes hídricas afetadas pelas operações da unilever brasil

continua

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*observação: ipojuca tem apenas água de abastecimento.

GRI en9

RETIRAdAs sIGnIfIcATIvAs

RETIRAdA dA fonTE é 5% ou MAIs do voluME MédIo AnuAl

cApTAção TEM AlTA pRobAbIlIdAdE dE cAusAR IMpAcTo, sEGundo EspEcIAlIsTAs

coRpos d’áGuA dE cApTAção EsTão EM áREAs pRoTEGIdAs?

TIpo dE fonTEvoluME do coRpo dE cApTAção (M³/H)

voluME cApTAdo (M³/H)

vAloR dA bIodIvERsIdAdE do coRpo d’áGuA

vAloR/IMpoRTâncIA dA fonTE pARA coMunIdAdE locAl

igarassu 11% não. respeita a determinação do órgão ambiental. não aquífero (água

subterrânea) 40,72 4,56 baixo valor – aquífero

alto valor (baixo valor a comunidade local)

indaiatuba2% não. respeita a determinação

do órgão ambiental. aPPrio Jundiaí (Captação superficial)

3.340,8 70 baixo valor – Classe 4

alto valor (baixa disponibilidade de água subterrânea na região)nd não. respeita a determinação

do órgão ambiental. não aquífero (água subterrânea) nd 5,8 baixo valor –

aquífero

Pouso alegre nd não. respeita a determinação do órgão ambiental. não aquífero (água

subterrânea) nd nd baixo valor – aquífero

alto valor (baixa disponibilidade de água subterrânea na região)

Jaboatão dos Guararapes nd não. respeita a determinação

do órgão ambiental. não aquífero (água subterrânea) nd 558 baixo valor –

aquífero

alto valor (baixa disponibilidade de água subterrânea na região)

Valinhos

nd não. respeita a determinação do órgão ambiental. não aquífero (água

subterrânea) nd 21 baixo valor – aquífero Médio valor (alta

disponibilidade na região)nd não, respeita a determinação

do órgão ambiental. aPPCórrego invernada de Valinhos (Captação superficial)

nd 16 Médio valor – Classe 3

Vinhedo nd não, respeita a determinação do órgão ambiental. não aquífero (água

subterrânea) nd 36 baixo valor – aquífero

alto valor (baixa disponibilidade de água subterrânea na região)

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Em 2012, mudanças na gestão e nas operações de algumas fábricas permitiram uma redução de 12% no consumo relativo de água, na comparação com 2011. A meta para o período era 5%.

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EfluEnTEs

para usar de novoações para melhorar o tratamento e a reutilização de água reduziram a geração de efluentes em 9%

Nossas práticas de gestão de efluentes envolvem ações para melhorar o tratamento e reduzir a geração nas nossas opera-ções – o que também é impactado pelas metas de consumo de água. Temos como compromisso fazer o descarte preservando a qualidade do corpo d’água utilizado, em consonância com nor-mas nacionais de meio ambiente.

Considerando todas as operações da Unilever no Brasil, a ge-ração de efluentes é uma questão mais importante para a cate-goria de alimentos. Por isso, Goiânia, Pouso Alegre, Jaboatão dos Guararapes e Valinhos estão entre as plantas que mais in-fluenciam esse indicador.

Além de monitorarmos a quantidade de efluentes descartada em todas as nossas operações, também acompanhamos os mé-todos e a qualidade de tratamento de cada unidade, e estende-mos esse controle para as empresas que também contratamos para tratar nossos efluentes.

Em 2012, reduzimos em 9% a geração de efluentes, resultado decorrente, principalmente, de melhorias adotadas nas fábricas de Goiânia e Valinhos. Na primeira, modificamos o processo de drenagem e tornamos possível retirar substâncias que antes se diluíam no corpo líquido, encaminhando-as para o coprocessa-mento. Em Valinhos, o resultado foi influenciado pela implemen-tação do reúso de água em processos da Estação de Tratamento de Efluentes, na produção de sabonetes e na retrolavagem de filtros e homogeneizadores de sorvetes. A instalação de um tan-que de equalização melhorou a estabilidade dos processos bio-lógicos e também contribuiu para os resultados positivos.

Outras operações que tiveram reduções significativas em re-lação à geração de efluentes foram Garanhuns, onde adotamos diversas ações para reduzir o consumo (leia mais em Água), e Ipojuca, que diminuiu a produção, padronizou o processo de la-vagem e aprimorou o monitoramento diário da geração.

As únicas operações que aumentaram significativamente o volume de efluentes foram Indaiatuba e Igarassu. Na primeira, ti-vemos problemas de infiltração de água de chuva nas redes cole-toras, que se misturava com o efluente a ser tratado. Em Igaras-su, instalamos uma ETE e passamos a controlar os efluentes que antes eram enviados para uma fossa séptica e infiltrados no solo.

GRI dMa en emissões, efluentes e resíduos

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GRI en21

métodos de tratamento

  2010 2011 2012

  QuAnTIdAdE dEscARTAdA* (M³)

dEscARTEs EM ETEs ExTERnAs

(M³/Ano)

QuAnTIdAdE dEscARTAdA (M³)

dEscARTEs EM ETEs ExTERnAs

(M³/Ano)

QuAnTIdAdE dEscARTAdA (M³)

dEscARTEs EM ETEs ExTERnAs

M³/Ano

Garanhuns (1) 7.245 - 7.381 70 5.107,70 49

1 - tratamento interno: tratamento anaeróbio em fossas sépticas e posterior lançamento no solo através de um sistema de valas de infiltração. 2 - tratamento externo: lodo tratado por ete externa e posteriormente compostado.

Goiânia 1.399.443 - 552.057 - 447.358,83 - ete: tratamento primário e secundário com lagoas biológicas.

igarassu (2) - 956 - 1.472 8.540,00 558,68 lodo ativado.

indaiatuba 21.070 - 23.019 - 30.664,00 - tratamento físico-químico e biológico.

Pouso alegre 378.979 586 401.686 315,85 395.646,53 - tratamento químico e biológico.

Jaboatão dos Guararapes 242.500 - 280.199 - 293.767,00 6.615 tratamento físico-químico, seguido de lodos

ativados por aeração prolongada.

ipojuca 17.307 - 15.642 - 8.565,10 - tratamento primário, físico-químico e biológico.

Valinhos 283.502 21.605 210.434 19.837 147.719,00 16044 tratamento físico-químico e biológico.

Vinhedo (3) 41.000 - 33.153 608 34.312,00 210 tratamento industrial: tratamento físico-químico e tratamento biológico.

total 2.391.046 23.147 1.523.571 22.303 1.371.680 23.477  (1) o volume de efluente externo de 2011 foi revisado, pois o lodo tratado em ete estava sendo gerido como resíduo e não efluente.(2) o volume de igarassu foi mensurado através da média de m3/dia de efluente tratados na ete. o hidrômetro será instalado em 2013.(3) efluentes tratados externamente não foram reportados pela operação de Vinhedo em 2011, com isso tivemos que revisar o histórico da operação.

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GRI en21, en25

Para assegurar a qualidade do efluente tratado, monitora-mos alguns padrões de qualidade, como a demanda química de oxigênio (DQO). Considerando todas as operações no Brasil, re-gistramos uma redução de cerca de 60% da DQO, influenciada, sobretudo, por Jaboatão e Valinhos.

Alguns fatores que contribuíram para esse desempenho em Jaboatão foram o treinamento do time responsável pelo trata-mento, o cumprimento do plano de manutenção dos equipamen-tos da ETE, a modernização nos sopradores de ar e os trabalhos de conscientização dos funcionários da manufatura. Em Vali-nhos, também realizamos treinamento com a equipe que opera a estação de tratamento e implementamos um tanque de equa-lização que melhorou a estabilidade do processo biológico, além de estabelecermos controles operacionais como testes de ban-cadas e automação da ETE.

Outras operações que tiveram redução significativa na DQO foram Igarassu, Goiânia e Pouso Alegre. Nesta última, a queda é decorrente da alteração de destinação do efluente, que antes ia para a ETE, e agora é transformado em ração animal – uma destinação de resíduos. Em Goiânia, o resultado é reflexo da re-dução no volume de efluentes.

Os dois aumentos importantes nesse indicador ocorreram nas fábricas de Indaiatuba e Vinhedo. Na primeira, houve aumento no volume de efluente; na segunda, executamos obras de expansão da ETE, concluídas na metade do ano, o que também permitiu maior eficiência no tratamento dos efluentes industriais.

dQo (kG/T pRod) 2011 2012

Garanhuns 0,46 0,526

Goiânia 0,31 0,286

igarassu 0,01 0,002

indaiatuba 0,00 0,003

Pouso alegre 0,21 0,098

Jaboatão 6,54 2,137

ipojuca 0,02 0,023

Valinhos 0,48 0,181

Vinhedo 0,01 0,008

total 0,34 0,13

corpos hídricos

De acordo com os critérios da GRI, todas as nossas opera-ções, com exceção de Garanhuns e Igarassu, impactam signifi-cativamente os corpos d’água porque lançam seus descartes em rios. Esse descarte não representa 5% da vazão do corpo d’água – com exceção de Ipojuca, que utiliza um riacho que não é perene – e segue o que é determinado em outorga pelo órgão ambiental.

Os efluentes gerados pelas atividades da Unilever também obedecem parâmetros superiores aos previstos pela resolução Conama 430/2011, que regula esse aspecto. De acordo com a classificação do órgão ambiental, apenas o Córrego Ribeirão Pi-nheiro e o Rio Capivari, onde Valinhos e Vinhedo fazem seus des-cartes, são considerados sensíveis. O primeiro é um rio que tem como função a proteção de comunidades aquáticas e o consumo humano após tratamento; o segundo tem a função de abasteci-mento humano após tratamento. Já os demais corpos hídricos utilizados em nossos descartes podem ter funções apenas de navegação e paisagística, sendo considerados menos sensíveis.

Com base nessas informações e nas opiniões de especialis-tas, é possível afirmar que apenas os corpos d’água onde Vali-nhos e Vinhedo despejam seus efluentes têm alto e médio valor de biodiversidade, respectivamente.

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GRI en25

descarte de efluentes em corpos d’áGua

coRpos d’áGuA AfETAdos

dEscARTEs dE 5% ou MAIs do voluME MédIo AnuAl do coRpo d’áGuA

coRpos d’áGuA consIdERAdos sEnsívEIs

IdEnTIfIcAção do coRpo d’áGuA REcEpToR

voluME MédIo do coRpo REcEpToR (M³/H)

voluME dEscARTAdo (M³)

vAloR dA bIodIvERsIdAdE

Goiânia 0,01% não – Classe 4 rio Meia Ponte 565.200 56

baixo valor pela classificação e pesquisas realizadas com a ana e uFG

indaiatuba 0,07% não – Classe 4 rio Jundiaí 3.340,80 2,225 baixo valor pela classificação

Pouso alegre 0,37% não – Classe 4Córrego Patinho, afluente do rio sapucaí-mirim

12.672,00 47baixo valor pela classificação e pesquisas realizadas com a ana

Jaboatão dos Guararapes nd não – Classe 4 rio tejipió nd 35 baixo valor pela classificação

ipojuca simrecurso hídrico sensível com vazão insuficiente e sem classificação.

riacho tabatinga nd 1,625 baixo valor

Valinhos 0,04% sim – Classe 2 Córrego ribeirão Pinheiro 43.560 17 alto valor pela

classificação

Vinhedo 0,08% sim – Classe 3 rio Capivari 5.279,40 4

Médio Valor, porque as condições de oxigênio são relativamente maiores que as de classe 4

obs.: Garanhuns e igarassu não lançam efluente em corpo hídrico.

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GRI en12, en14, dMa en biodiversidade

bIodIvERsIdAdE

ação e preservaçãoPlanos lançados em 2012 têm o objetivo de reduzir os impactos das operações no entorno das nossas fábricas

Com operações distribuídas por diversos biomas brasileiros, temos a responsabilidade de mitigar os impactos que exerce-mos sobre o entorno, considerando aspectos como fauna e flora, conservação de recursos hídricos, despejo de efluentes e áreas de proteção ambiental permanente.

Fortalecemos esse compromisso a partir de 2010, inspira-dos pelo Plano de Sustentabilidade e por meio de iniciativas nacionais e internacionais, como o Movimento Empresarial pela Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade (MEB – www.mebbrasil.org.br), que estabelece uma série de compro-missos relativos à conservação e ao desenvolvimento sustentá-vel. Somos signatários e participamos desse grupo desde 2011.

No Brasil, nossas ações voltadas à biodiversidade estão nas operações de manufatura, por conta da localização e dos impac-

tos de nossas fábricas. Com exceção de Igarassu, todas essas unidades têm áreas protegidas ou restauradas. Além disso, to-das as áreas são, predominantemente, para fabricação de pro-dutos. Especificamente, as unidades Garanhuns, Goiânia, Jabo-atão e Suape não utilizam solo subsuperficial ou subterrâneo. As outras fábricas possuem pequenas áreas no subsolo, que são utilizadas, por exemplo, para estacionamento, poço de captação, instalações elétricas e hidráulicas, fossas de esgoto sanitário, leito de secagem, entre outros.

Os principais impactos na biodiversidade causados pelas ope-rações da Unilever são poluição, conversão de hábitat e redução de espécies animais e vegetais, todos reversíveis (veja tabela na página 108).

espécies ameaçadas

Nos anos de 2011 e 2012, durante nosso mapeamento de biodiversidade nas manufaturas, identificamos oito espécies da fauna e da flora ameaçadas ou em risco de extinção, de acordo com listas nacionais e da IUCN (International Union for Conser-vation of Nature). Nas áreas das fábricas de Valinhos, Vinhedo, Igarassu, Indaiatuba e Jaboatão dos Guararapes, não foi identifi-cada nenhuma espécie ameaçada ou com risco de extinção.

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GRI Gri en11, en12, en13, en15

unIdAdEposIção EM RElAção à áREA pRoTEGIdA E à áREA dE AlTo índIcE dE bIodIvERsIdAdE foRA dA áREA pRoTEGIdA

TAMAnHo dA unIdAdE opERAcIonAl EM kM2 vAloR dA bIodIvERsIdAdE1

Garanhuns dentro da área administrada pela organização 0,73

alto Valor: - ecossistema terrestre e água doce. - resolução Conama nº 31/1994 – Área de Vegetação secundária em estágio médio de regeneração e presença de nascente. - espécie draposa-do-campo (Lycalopex vetulus), em caráter de menor preocupação segundo a iuCn.

Goiânia dentro da área administrada pela organização 0,07

alto Valor: - Projeto de recomposição Florestal de aproximadamente 5 anos – estágio de regeneração inicial. - uma espécie da fauna: udu-de-coroa-azul (Momotus momota) em caráter de ameaça de extinção (ibama, 2003).- uma espécie da fauna: cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) em caráter de menor preocupação segundo a iuCn.

igarassu ausência de área protegida 0,095 não há área protegida dentro e/ou fora do site.

indaiatuba Área de aPP dentro da área da manufatura 0,027

baixo Valor: - termo de Compromisso de recuperação ambiental em andamento junto a Cetesb (Processo nº 82.401/2011): em 2012 foram plantadas 4309 mudas nativas na área de aPP na margem do site e estamos fazendo monitoramento e manutenção dele.

continua

localização e situação das áreas proteGidas

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GRI en11, en12, en13, en15

unIdAdEposIção EM RElAção à áREA pRoTEGIdA E à áREA dE AlTo índIcE dE bIodIvERsIdAdE foRA dA áREA pRoTEGIdA

TAMAnHo dA unIdAdE opERAcIonAl EM kM2 vAloR dA bIodIvERsIdAdE1

Pouso alegre dentro da área administrada pela organização 0,31

alto Valor: - Vegetação secundária em estágio inicial de regeneração e plantio de compensação em aPP. - uma espécie da fauna: lontra (Lontra longicaudis) em caráter de vulnerabilidade segundo Copam nº 147/2010.- três espécies da flora: (guanandi, copaíba, marinheiro do brejo) em caráter de quase ameaça de acordo com res. sMa nº 08/2008.

Jaboatão dos Guararapes (Jaboatão)

Área de aPP dentro da área da manufatura = 0,004 0,011

baixo Valor: - ecossistema terrestre. - resolução Conama nº 10/93 e Conama nº 31/94, vegetação da área de aPP classifica-se como secundária em estágio inicial de regeneração. Plantio de mudas na aPP (rio tejipió) de aproximadamente 4 anos.

ipojuca Área de aPP fora da manufatura 0,07

alto Valor: - resolução Conama nº 10/1993 área de vegetação secundária em estágio inicial de recuperação. - uma espécie da flora: (Melocactus violaceus) em caráter vulnerável de acordo com a iuCn.

Valinhos Área de aPP dentro da área da manufatura 0,25baixo Valor: - ecossistema terrestre e água doce. - Projeto de compensação ambiental sob aprovação do órgão ambiental.

Vinhedo Área de aPP dentro da área da manufatura 0,11baixo Valor: - ecossistema terrestre e água doce. - Projeto de Compensação ambiental na aPP (rio Capivari). em andamento.

(1) utilizamos como critério de valor de biodiversidade o estágio de regeneração da área eo isolamento no caso da nascente. também consideramos o número de espécies ameaçadas por nível de risco (en15).

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GRI en13

manufaturas e as áreas proteGidas

opERAção áREA/pRojETo

TAMAnHo (kM2) dA áREA pRoTEGIdA E locAlIzAção

pRoTEGIdA ou REcupERAdA?

volunTáRIA ou coMpulsóRIA?

sITuAção (Ao fInAl do pERíodo RElATAdo)

o REsulTAdo dAs MEdIdAs dE REsTAuRAção foI ApRovAdo poR EspEcIAlIsTAs ExTERnos?

pARcERIAs (pARA pRoTEGER ou REsTAuRAR)

Jaboatão aPP 0,004 Zona industrial recuperada Compulsória

Plantio de mudas na aPP (rio tejipió) de aproximadamente 4 anos.

sim não há parcerias

Pouso alegre aPP 0,025 Zona Periurbana recuperada Voluntária restauração em

andamento. sim não há parcerias

Garanhuns

duas áreas: uma aPP e uma área de alto índice de biodiversidade

0,56 Zona Periurbana Protegidas Parte compulsória e

parte voluntária

Área de Vegetação secundária em estágio médio de regeneração – Conama nº 31/94 e presença de nascente.

sim não há parcerias

Goiânia aPP 0,015 Área Mista recuperada Compulsória

Projeto de recomposição Florestal de aproximadamente 5 anos – estágio de regeneração inicial.

sim. realização de dois (2) termos de ajustamento de Conduta – taCs. elaborados pela Conflora e aprovados pela secretaria do Meio ambiente e dos recursos Hídricos – seMarH.

abordamos esse tema na sipat (em parceria com a Cargill) e campanha do dia do Meio ambiente em 2012.

continua

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103

unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

opERAção áREA/pRojETo

TAMAnHo (kM2) dA áREA pRoTEGIdA E locAlIzAção

pRoTEGIdA ou REcupERAdA?

volunTáRIA ou coMpulsóRIA?

sITuAção (Ao fInAl do pERíodo RElATAdo)

o REsulTAdo dAs MEdIdAs dE REsTAuRAção foI ApRovAdo poR EspEcIAlIsTAs ExTERnos?

pARcERIAs (pARA pRoTEGER ou REsTAuRAR)

ipojuca

aPP (área adjacente)

0,015 Zona industrial recuperada Compulsória

Vegetação secundária em estágio inicial de recuperação – aPP (área adjacente).

sim não há parcerias

reserva legal 0,1 Zona industrial recuperada Compulsória

Vegetação secundária em estágio inicial de recuperação – aPP (área adjacente).

sim não há parcerias

Vinhedo aPP 0,82 Zona industrial recuperada Voluntária

Projeto de Compensação ambiental na aPP (rio Capivari) foi realizado em 2012.

sim, aprovado pela Cetesb (Processo nº 05/00039/05). não há parcerias

indaiatuba aPP 0,042 Zona industrial recuperada Compulsória

em 2012 foram plantadas 4.309 mudas nativas na área de aPP na margem do site.

sim, termo de Compromisso de recuperação ambiental com a Cetesb (Processo nº 82.401/2011)

não há parcerias

Valinhos aPP0,021 Zona Comercial Geral

Protegida Compulsóriaem andamento um projeto de compromisso e recuperação ambiental.

sim, em andamento um projeto de compromisso e recuperação ambiental junto com a Cetesb.

não há parcerias

GRI en13

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GRI en12

Identificamos os principais impactos e compromissos associados à biodiversidade, fizemos a tabulação e o cruzamento com os indicadores do tema e traçamos planos de ação para cada fábrica.

impactos siGnificativos na biodiversidade

unidade natureza dos impactos

Poluição: emissões atmosféricas (fixa e estacionária) e lançamento de efluentes

Conversão de hábitats: alteração da fisionomia vegetal, perda de maciços florestais

redução de espécies: Perda de espécies da fauna e flora

Garanhuns sim sim não

Goiânia sim sim sim

igarassu sim sim sim

indaiatuba não (1) sim sim

Pouso alegre sim sim sim

Jaboatão dos Guararapes sim sim sim

ipojuca sim sim sim

Valinhos sim sim sim

Vinhedo sim sim sim

(1) não é considerado um impacto significativo.

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GRI en14, dMa en biodiversidade

planos de ação

Em 2012, demos continuidade a um trabalho iniciado no ano anterior, com o apoio de uma consultoria especializada, que re-sultou no mapeamento do entorno das operações industriais. O objetivo foi identificar os principais impactos e compromissos associados, por meio de inspeções de campo, obtenção de infor-mações do histórico temporal de ocupação da manufatura pros-pectada e seu entorno imediato, bem como da coleta de indica-dores bióticos e abióticos in situ e ex situ (ou seja, no local e fora dele). Após a obtenção e coleta de dados em campo e escritório, reuniões e preleção, efetuamos a tabulação e o cruzamento dos principais indicadores de biodiversidade, com ênfase nos com-partimentos ambientais de interesse.

Com isso, traçamos e implementamos planos de ação para cada fábrica, com cumprimento até o fim de 2012, monitorados trimestralmente pela equipe de SHE (veja tabela nas próximas páginas). Para 2013, criaremos um comitê formado por repre-sentantes de diversas áreas da companhia, com a atribuição de discutir assuntos da biodiversidade que se relacionam com o nosso negócio.

Essas recomendações vieram do estudo que avaliou a qua-lidade ambiental do solo, do ar, da fauna e da flora, dos recur-sos hídricos superficiais e subterrâneos, considerando, ainda, as opiniões dos nossos funcionários e da população do entor-no. Utilizamos, como referência para esse trabalho, a legisla-ção ambiental vigente e normativas técnicas aplicáveis ao meio abiótico e biótico, bem como índices de qualidade de vida. Além

 fábRIcAs coMpRoMIssos Rs 2011 REsulTAdo do coMpRoMIsso ouTRos REsulTAdos

Garanhuns

1. Preservação da nascente e recursos hídricos subterrâneos.

2. Controle de incêndios florestais e proteção de divisas.

1. Monitoramento da presença de transeuntes. 2. Monitoramento da área de vegetação em volta da fábrica para identificação de quaisquer focos de fumaça/fogo; abertura de aceiro em local crítico.

Conforme o indicador en15, nesse site encontra-se uma espécie de menor preocupação, segundo a lista da iuCn. Para aumentar a conscientização dos funcionários em relação ao assunto, incluímos informações na integração da fábrica. também colocamos informações sobre essa questão no cronograma de treinamento da manufatura. além disso, mantemos placas de sinalização sobre proibição de matar ou maltratar os animais nos acessos da fábrica.

continua

disso, periodicamente as fábricas realizam levantamento de as-pectos e impactos ambientais, os quais podem levantar questões relevantes no aspecto biodiversidade.

No Brasil, não publicamos relatórios públicos para falar es-pecificamente do tema de biodiversidade, uma vez que essa co-municação é feita junto com os demais indicadores neste relató-rio de sustentabilidade.

planos de ação

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GRI en14

GoiâniaPromover campanhas em prol da proteção do meio ambiente para terceiros e comunidades locais.

a fábrica realizou as seguintes campanhas: 1. realização da Campanha do dia Mundial da Água, na qual focamos o risco da escassez, o nosso papel e o impacto de uma poluição na biodiversidade local; 2. Criação do “espaço Verde”, dentro da fábrica, para visitação e busca de diversos informativos ambientais (ex.: lPPs orientadoras com “flagras” de coleta seletiva feita inadequadamente pela operação; mapeamento de pontos/locais na fábrica onde estamos perdendo água, vapor e ar comprimido; notícias da atualidade sobre meio ambiente em Goiânia, no brasil e no mundo, entre outras); 3. lançamento do Projeto Zero landfill (aterro Zero), que tem tratado oportunidades de melhoria na geração, segregação e destinação de resíduos, melhorias na gestão e mudanças de hábitos; 4. semana integrada de Qualidade de Vida: integração entre unilever, outra empresa do condomínio e prestadores em que falamos sobre biodiversidade e sustentabilidade, visando à preservação dos recursos naturais e do meio ambiente.

- Conforme o indicador en15, nesse site encontra-se uma espécie em ameaça e outra de menor preocupação, segundo a lista da iuCn. Para conscientização, a manufatura colocou informações sobre essa espécie na integração de funcionários e familiares. - Para reduzir riscos de atropelamento de pessoas e animais, foi instalado controle de velocidade e semáforo na via de acesso da manufatura.

igarassu 1. investigação de passivo ambiental – matriz solo. 2. recomposição florestal.

1. a manufatura realizou a investigação do passivo. o relatório ainda está sob análise. 2. as ações de recomposição florestal serão realizadas em 2013.

realização de monitoramento diário da integridade das divisas e cercamento da manufatura, proibição de alimentar os animais para evitar a entrada de transeuntes e animais de estimação dentro da fábrica.

indaiatuba recomposição florestal da aPP.

em 2012 foram plantadas 4.309 mudas nativas na área de aPP na margem do site. Para garantir o crescimento adequado das mudas, que pode ser prejudicado no período de chuvas, é realizado monitoramento e manutenção contínua. essa ação foi realizada em decorrência de um taC, no entanto, fomos além do solicitado pelo governo. em um espaço onde foi solicitado o plantio de 54 mudas, 99 foram plantadas.

 

continua

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GRI en14

ipojuca

adequação do lançamento dos efluentes líquidos em conformidade com a resolução Conama 430/2011.

atendemos ao compromisso e estamos em conformidade com a legislação mencionada.

- Conforme o indicador en15, nesse site encontra-se uma espécie em caráter de vulnerabilidade, segundo a lista da iuCn. Para conscientização em relação a essa espécie, foram inseridas informações na integração nas instalações. - Foram abertos aceiros para prevenir possíveis incêndios florestais. - Campanha com os funcionários e plantio de 70 mudas na reserva legal, superando assim a exigência legal de 20.

Jaboatão dos Guararapes

1. adequação do lançamento de efluentes líquidos em conformidade com a resolução Conama 430/2011, bem como serviços de remoção de entulhos no curso d’água – rio tejipió. 2. reavaliação do Projeto de recomposição Florestal da aPP.

1. atendemos ao primeiro compromisso e estamos em conformidade com a legislação mencionada. além disso, avaliamos a viabilidade da retirada de resíduos externos aos corpos d’água, no entanto, essa ação não se mostrou viável. 2. a recomposição em andamento apresenta desenvolvimento dentro do previsto. a manufatura realiza retirada de capim e mato que podem estar competindo com as espécies plantadas.

o programa de gestão de resíduos foi revisado. nesse contexto, foi necessário comprar coletores e treinamentos de conscientização.

Pouso alegre

1. adequação do lançamento de efluentes líquidos em conformidade com a resolução Conama 430/2011. adequação do Plano de amostragem no Córrego Patinho. 2. recomposição Florestal em aPP. 3. investigação confirmatória de passivo ambiental da matriz solo e do aquífero freático raso (já em andamento).

1. atendemos ao primeiro compromisso e estamos em conformidade com a legislação mencionada. Podemos garantir que todas as nossas análises de efluentes e do corpo d’água superam os parâmetros estabelecido por lei. 2. em relação à recomposição florestal, em 2012 plantamos mais de 500 árvores nativas na área de aPP do site e fizemos uma cerca viva para evitar a entrada de transeuntes e animais domésticos. 3. investigação confirmatória de passivo ambiental da matriz solo e do aquífero freático raso já concluída.

- Conforme en15, nesse site encontra-se uma espécie em caráter de vulnerabilidade e três quase ameaçadas, segundo a lista da iuCn. Para conscientização em relação ao tema, a manufatura incluiu informações na integração e em ativações e divulgações para a fábrica. - Para reduzir riscos de atropelamento de pessoas e animais, foi instalada uma travessia elevada de pedestres e semáforo na via de acesso da manufatura. - a manufatura prevê a abertura de aceiros para combate de possíveis incêndios ambientais em 2013.

continua

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unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

GRI en14

Valinhos - recomposição florestal de aPP (já em andamento).

a manufatura apresentou à Cetesb a proposta de recomposição florestal no início de 2012. realizamos estudos que mostraram que a compensação externa trará um benefício maior do que se fosse feita internamente. Com isso, o órgão ambiental determinou que apresentássemos um plano de compensação externo numa proporção 10 vezes maior do que seria dentro da fábrica. esse plano será apresentado ao órgão no início de 2013.

Vinhedo - recomposição florestal de aPP (já em andamento).

o projeto de recuperação em aPP foi iniciado em 2012 de maneira voluntária com espécies nativas. em 2013 temos o plano de fazer outros replantios.

Page 110: RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012 UNILEVER BRASIL · unilever brasil RelAtRIo de sustentAbIlIdAde 2012 voltar ao sumário GRI 2.8, 4.8, 1.2, dMa eC Presença de Mercado Por isso,

109

Reduzimos em 54% o total de emissões de cfc por tonelada produzida nas não manufaturas, resultado que se deve especialmente à diminuição do número de conservadoras de sorvete no período.

unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

Page 111: RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012 UNILEVER BRASIL · unilever brasil RelAtRIo de sustentAbIlIdAde 2012 voltar ao sumário GRI 2.8, 4.8, 1.2, dMa eC Presença de Mercado Por isso,

110

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GRI en19, en20, dMa en emissões, efluentes e resíduos

EMIssõEs ATMosféRIcAs

controle dos impactosem 2012, ampliamos o monitoramento de materiais particulados emitidos pelas fábricas e registramos avanços em indicadores das não manufaturas

A estratégia para reduzir nosso impacto ambiental inclui me-didas para controlar as emissões de gases destruidores da ca-mada de ozônio, bem como de óxidos de enxofre, óxidos nitrosos e materiais particulados.

Minimizar a emissão de gases refrigerantes, por exemplo, é uma questão relevante para a empresa nos processos fabris, nos centros de distribuição (em função dos aparelhos de ar con-dicionado) e nos pontos de venda (que mantêm nossas conser-vadoras de sorvete). As substâncias destruidoras da camada de ozônio são monitoradas pelas equipes, tanto nas operações de manufatura quanto em pontos de venda e centros de distribui-ção. Os dados são relatados em CFC11 (Clorofluorcarboneto), medida usada para comparar várias substâncias com base em seu potencial relativo de destruição do ozônio.

Em 2012, registramos redução de 54% no total de emissões de CFC por tonelada produzida nas não manufaturas, em função da diminuição do número de conservadoras que utilizam o gás refrigerante 141 B.

emissão de cfc11 (em G/t produto comercializado ou produzido)

  2010 2011 2012

Manufatura (g/t produzida) 0,067 0,048 0,051

não manufatura (g/t comercializada) 0,004 0,014 0,006

emissões atmosféricas

2010 2011  2012 

sox (emissão kg/t produzida) 0,03 0,031 0, 020

nox (emissão kg/t produzida) - 0,045 0,021

Material particulado (emissão kg/t produzida) - 0,031 0,082

VoC - 0,0002 0,0002

Em relação aos óxidos de enxofre (SOx), associados à quei-ma de combustíveis das caldeiras em nossas manufaturas e da torre de sopragem em Indaiatuba, conseguimos alcan-çar redução de 36% no total de emissões no Brasil. As melho-rias foram mais significativas, sobretudo, em Pouso Alegre, por conta da instalação de uma caldeira movida a biomassa, em substituição a duas caldeiras movidas a óleo (leia mais em Emissões).

A fábrica de Valinhos também teve uma contribuição importan-te para essa queda, por conta de uma redução no volume produzi-do da ordem de 9% – fato que diminuiu o consumo de gás natural em 21% (a única fonte de emissão de SOx e NOx). Além disso, até abril de 2011, a manufatura de margarina ainda estava em opera-ção, o que exigia uma queima maior de gás natural no processo.

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Nossas emissões de material particulado (MP), no entanto, registraram um aumento acentuado no período, de 162%. O re-sultado é decorrente, em especial, da operação da fábrica de In-daiatuba e sua torre de sopragem – onde a última medição de emissões atmosféricas foi realizada em um momento de baixa vazão, comprometendo a eficiência dos processos e a medição de materiais particulados. Além disso, em 2012 passamos a mo-nitorar as emissões de Igarassu, o que também contribuiu para o aumento.

Em Garanhuns, registramos redução nas emissões de mate-rial particulado e SOx, em função das variações do teor de enxo-fre das cargas de óleo vegetal recebidas – as de baixo teor pre-valeceram, causando um impacto positivo sobre o indicador. As emissões de material particulado caíram pela metade por causa da substituição do combustível da caldeira.

Na fábrica de Goiânia, houve menos emissão de SOx e foi man-tido o nível de material particulado, dados que ainda refletem a venda de parte da produção de tomates para a Cargill, em 2011.

Em Vinhedo, a emissão de SOx varia de acordo com o com-bustível utilizado (gás natural e gasolina), sendo que estes também oscilam conforme o volume de produção. Em 2012, a produção foi 12% maior do que no ano anterior, e tivemos pro-blemas com o abastecimento de gás natural na rede, o que nos levou a utilizar óleo diesel na caldeira, gerando impacto direto na emissão de SOx.

Em 2012, estendemos o controle das emissões de NOx às operações de Jaboatão dos Guararapes e Vinhedo, que passa-ram a acompanhar esses dados – Pouso Alegre e Valinhos já

faziam o monitoramento. Em Valinhos, controlamos também as emissões de compostos orgânicos voláteis (VOCs), poluentes tó-xicos e carcinogênicos que prejudicam a saúde.

metodoloGia usada para calcular o volume dessas emissões atmosféricas

sox

Garanhuns, Goiânia, Pouso alegre, Jaboatão, ipojuca, Valinhos e Vinhedo

Padrão empresarial de emissão por consumo de combustível.

igarassu Medição direta

indaiatuba

Coletas realizadas conforme metodologia da ePa/abnt/Cetesb/nbr 8969, nbr 12020, 5282 nbr 10700, nbr 10701/Cetesb l9.221, epamethod 03b/Cetesb l9.210.

noxPouso alegre e Valinhos Medições realizadas em um estudo anual em kg/h ×

a quantidade de trabalho da caldeira em horas mês.

Jaboatão dos Guararapes Medição direta

Mp Pouso alegre e Valinhos Medições realizadas em um estudo anual em kg/h × a quantidade de trabalho da caldeira em horas mês.

voc Valinhos Medições realizadas em um estudo anual em kg/h × a quantidade de trabalho da caldeira em horas mês.

GRI en20

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GRI Gri en3, dMa en energia

EnERGIA

por uma matriz mais limpaFoco da gestão ambiental na área de energia é aumentar a participação das fontes renováveis e incentivadas

A utilização de fontes de energia renováveis é uma busca per-manente da Unilever Brasil em suas operações de manufatura e não manufatura. Até 2010, aumentamos a representatividade do uso de combustíveis renováveis, como óleo vegetal, etanol e biomassa em nossa matriz energética de consumo direto, mas essa tendência se alterou em 2011, principalmente por causa da venda de parte de nossa operação de Goiânia (GO), cuja principal base eram as caldeiras movidas a biomassa.

Mesmo nesse novo cenário, continuamos focados em melho-rar a participação das fontes renováveis em nossas operações, sobretudo nas operações de manufatura. Nessas unidades, de-senvolvemos projetos de substituição de combustíveis e, nos escritórios e centros de distribuição, conscientizamos nossos funcionários a respeito do uso racional de energia em suas ati-vidades diárias.

Hoje, as plantas que mais consomem energia são Indaiatuba, Goiânia, Valinhos e Pouso Alegre, por conta da natureza de seus processos produtivos. Nesta última, registramos um avanço de

relevância em relação à matriz energética: a substituição das caldeiras que utilizam óleo BPF por uma movida a biomassa – que entrou em operação em setembro de 2012 – permitiu uma redução de 36% no consumo de energia não renovável da fábri-ca, em relação a 2011, e de 4% no total das manufaturas.

Por questões estratégicas, divulgamos apenas dados rela-tivos, e não o consumo total de energia. Para as manufaturas, apresentamos os valores em GJ/tonelada produzida; para não manufaturas, em GJ/t comercializada.

desempenho em 2012

Em nossas manufaturas, registramos uma redução de 8,6% no consumo de energia não renovável (Escopo 1) em relação a 2011. Esse resultado se deve, principalmente, a melhorias no consumo de gás natural da fábrica de Indaiatuba, com a oti-mização de vazão da produção, e às mudanças operacionais

de Valinhos – que, em 2011, ainda teve indicadores impactados pelo negócio de margarinas, desativado em abril daquele ano. A exceção é a fábrica de Igarassu, onde houve um aumento no consumo de gás natural por causa do aumento na produção, para melhor atender à demanda da região Nordeste. Porém, esse aumento não foi significativo para o resultado total das manufaturas.

Em Garanhuns, o consumo de energia não renovável foi re-duzido em 42%, em função de melhorias na produção, tendên-cia também verificada na fábrica de Pouso Alegre, por conta da diminuição no uso de óleo BPF na caldeira – substituída pela caldeira movida a biomassa em agosto de 2012.

Em relação à energia renovável, em 2012 houve uma redu-ção no consumo de biomassa nas caldeiras da fábrica de Goi-ânia, que ainda teve resultados em 2011 impactados pela linha de atomatados, vendida para a Cargill. As unidades de Igarassu e Vinhedo também tiveram variação significativa, mas não im-pactaram no indicador consolidado de todas as operações. Na

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primeira, reduzimos o consumo de biodiesel no período por con-ta do não funcionamento da pá mecânica. Em Vinhedo, tivemos queda no consumo de etanol porque o veículo que utiliza esse combustível não está sendo utilizado. Em contrapartida, a fábri-ca de Pouso Alegre registrou um aumento importante por causa da instalação da caldeira de biomassa, também sem influência no indicador.

O consumo previsto no Escopo 2, proveniente da aquisição de energia elétrica e térmica, registrou aumento em 2012. A maior parte desse consumo está nos centros de distribuição e nas conservadoras de sorvete nos pontos de venda. Entre as fábricas, Indaiatuba e Valinhos utilizam o maior percentual de energia na Unilever, seguidas por Pouso Alegre e Jaboatão dos Guararapes.

Considerando o uso de energia direta e indireta (GJ por to-nelada produzida ou comercializada), a redução nas manufatu-ras foi de 5% e o aumento nas operações de não manufatura, de 28%. Esse crescimento é decorrente, sobretudo, do consumo de eletricidade das conservadoras de sorvete, que subiu com a compra de mais equipamentos ao longo do ano, ao mesmo tem-po em que diminuíram as desativações dos refrigeradores. Além disso, reavaliamos com o fornecedor o fator de consumo de ele-tricidade por modelo de conservadora, o que também influen-ciou no resultado do período.

consumo total de enerGia (escopos 1 e 2)

2010 2011 2012

Manufatura (GJ/t produzida) 1,614 1,231 1,165

não manufatura (GJ/t comercializada) 0,471 0,557 0,653

escopo 1 – porcentaGem de enerGia renovável e não renovável utilizada

2010 2011 2012

renovável 42% 18% 21%

não renovável 58% 82% 79%

Nas não manufaturas, reduzimos em 42% nosso total de ener-gia não renovável, com iniciativas como a redução de consumo de gasolina em nossa frota de vendas de sorvetes, por conta da Política de Etanol (leia mais em Emissões), implantada em 2011. Essa política contribuiu significativamente para termos um au-mento de 44% no consumo de energia renovável. Além disso, também reduzimos o consumo em nossas operações de assis-tência técnica, pois parte da frota foi terceirizada em 2012.

GRI Gri en3, en4

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consumo de enerGia direta discriminado por fonte de enerGia primária – total unilever

EnERGIA não REnovávEl (Gj) – Escopo 1 2010 2011 2012

Gj/T pod (MAn)

Gj/T coMER (nM)

REpREsEnTATIvIdAdE dE cAdA fonTE

Gj/T pod (MAn)

Gj/T coMER (nM)

REpREsEnTATIvIdAdE dE cAdA fonTE

Gj/T pod (MAn)

Gj/T coMER (nM)

REpREsEnTATIvIdAdE dE cAdA fonTE

óleo diesel 0,003 0,000 0,3% 0,002 0,000 0,2% 0,000 0,000 0,1%

Gasolina 0,001 0,015 1,1% 0,000 0,029 3,0% 0,000 0,008 0,9%

óleo combustível 0,069 - 5,6% 0,071 - 8,0% 0,045 - 5,5%

Gás natural 0,600 0,000 48,1% 0,601 0,000 67,2% 0,571 - 68,9%

GlP 0,015 0,023 2,8% 0,010 0,026 3,8% 0,008 0,023 3,8%

subtotal de energia não renovável 0,688 0,038 57,9% 0,683 0,054 82,2% 0,625 0,031 79,1%

GRI Gri en3

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EnERGIA REnovávEl (Gj) – Escopo 1

2010 2011 2012

Gj/T pod (MAn)

Gj/T coMER

(nM)

REpREsEnTATIvIdAdE dE cAdA fonTE

Gj/T pod (MAn)

Gj/T coMER

(nM)

REpREsEnTATIvIdAdE dE cAdA fonTE

Gj/T pod (MAn)

Gj/T coMER

(nM)

REpREsEnTATIvIdAdE dE cAdA fonTE

biomassa 0,503 - 40% 0,131 - 15% 0,132 - 16%

óleo vegetal 0,003 - 0% 0,002 - 0% 0,000 - 0%

etanol 0,000 0,020 1% 0,000 0,028 3% 0,000 0,041 5%

biodiesel 0,000 0,000 0% 0,000 0,000 0% 0,000 0,000 0%

subtotal energia renovável 0,506 0,020 42% 0,133 0,028 18% 0,133 0,041 21%

total de energia direta Gerada e Consumida (GJ) – escopo 1

1,194 0,059 0,816 0,083 0,757 0,072  

EnERGIA (Gj) – Escopo 2 2010 2011 2012

  MAnufATuRA nM MAnufATuRA nM MAnufATuRA nM

energia gerada e produzida/t prod. comerc. 0,421 0,413 0,414 0,606 0,408 0,581

escopo 2: energia proveniente da aquisição de eletricidade ou energia térmica pela empresa.

GRI en3, en4

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GRI en3, en4, dMa en energia

EnERGIA RElATIvA (Gj/T) – Escopo 2 – poR unIdAdE

ToTAl ElETRIcIdAdE

Gj/T pRod

pERcEnTuAl dE REpREsEnTATIvIdAdE

dE cAdA unIdAdE

Garanhuns 0,19 0%

Goiânia 0,32 3%

igarassu 0,34 2%

indaiatuba 0,26 10%

Pouso alegre 0,43 6%

Jaboatão dos Guararapes 1,62 5%

ipojuca 0,58 2%

Valinhos 1,00 10%

Vinhedo 0,19 3%

Manufaturas 0,41 41%

distribuição 0,57 57%

r&d, Ho, Gs 0,01 1%

nM 0,58 59%

enerGias renováveis e incentivadas

Compramos energia incentivada para as operações de manu-fatura e, nas atividades de não manufatura, adquirimos apenas energia do grid. Segundo o Balanço Energético Nacional de 2012 (ano-base 2011), apenas 11% dessa energia não é renovável.

A busca por soluções no campo de energia renovável é re-forçada em nossas manufaturas de maior impacto. Nossa meta para 2012 era alcançar 100% de compra de energia incentivada nas fábricas de Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes e Pouso Alegre. Nenhuma dessas cumpriu o objetivo, porque pre-cisam recorrer ao mercado para suprir suas necessidades ener-géticas e não encontraram 100% de energia incentivada disponí-vel para aquisição.

Escopo 2 – poR unIdAdE

pERcEnTuAl dE ElETRIcIdAdE

consuMIdA do GRID

pERcEnTuAl dE ElETRIcIdAdE

consuMIdA dE fonTEs

IncEnTIvAdAs

Garanhuns 100% 0%

Goiânia 99% 1%

igarassu 3% 97%

indaiatuba 41% 59%

Pouso alegre 3% 97%

Jaboatão dos Guararapes 3% 97%

ipojuca 7% 93%

Valinhos 42% 58%

Vinhedo 3% 97%

Manufaturas 30% 70%

distribuição 100% 0%

r&d, Ho, Gs 99,7% 0,3%

nM 99,7% 0,3%

um dos principais desafios para alcançar 100% de compra de energia incentivada, nas fábricas, é a dificuldade de aquisição dessa modalidade no mercado.

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GRI en5, en7, dMa en energia

35%, uma vez por semana; e outros 7%, duas vezes por semana. Levando em consideração esse estudo, a distância que deixou de ser percorrida com base na média amostral das distâncias das moradias até o escritório e considerando que essa população se desloque, principalmente, com carro a gasolina, é possível al-cançar uma redução de aproximadamente 1.500 GJ no consumo, evitando, ainda, a emissão de 100 tCO2e.

Outra iniciativa que também nos apoia para redução de consu-mo de energia e emissão de GEE são as salas de telepresença, no entanto, não foi possível estimar quantitativamente esse benefício.

incentivo ao etanol

Nossa Política de Etanol completou um ano em setembro de 2012 e, desde o seu lançamento, evitou a emissão de aproxi-madamente 2.200 tCO2e, o equivalente a 36 caminhões rodando ao longo de um ano. A proposta torna obrigatória, sempre que viável, a utilização de combustíveis renováveis em nossa frota de veículos no Brasil, evitando a gasolina e estimulando o uso do etanol. Identificamos a viabilidade econômica e ambiental dessa prática por meio de estudos e, com a nossa capilaridade nas re-giões brasileiras, conseguimos compensar oscilações de preço e disponibilidade associadas à sazonalidade do combustível.

Toda a frota de veículos da Unilever é flex, e os cerca de 1.130 funcionários que os dirigem, entre vendedores de HPF (linha de higiene e beleza) e assistentes técnicos, têm a utilização do etanol como condição de ressarcimento para os custos com combustível.

ações para redução no consumo

Diversos projetos em conservação e eficiência nas manufatu-ras permitiram à Unilever Brasil reduzir 6.239 GJ no consumo de energia em 2012. Em Garanhuns, evitamos um gasto de 947 GJ de eletricidade com a otimização do uso de equipamentos elétri-cos de alto consumo (compressores de ar e sistema de ventila-ção forçada) e a maior eficiência na produção de Karo.

Em Indaiatuba, alcançamos uma redução de 392 GJ/mês e 4.713 GJ no ano por conta de ações como o desligamento de com-pressores no horário de pico (das 18h às 21h). Outros projetos na fábrica contemplam o rodízio no descarregamento de caminhões, diminuindo o tempo de consumo de energia elétrica dos compres-sores, a caça a vazamentos de vapor e ar comprimido, que inter-ferem no acionamento dos compressores para a geração de ener-gia, e a revisão dos padrões de operação das torres de secagem.

Em Pouso Alegre, ainda desenvolvemos projetos simples, como a retirada de lâmpadas em excesso nas áreas externas e de produção, a automatização de esteiras na produção de Knorr, a instalação de sensores de presença e timers em locais de pou-ca utilização e reparos de vazamentos de ar comprimido e vapor, além de isolamentos térmicos.

Em relação à redução de energia indireta, o principal ganho, durante o ano, foi o incentivo à prática de home office para fun-cionários a partir do nível de coordenação de nosso principal escritório, em São Paulo. Em pesquisa realizada meses após a adoção da prática, no meio do ano, constatamos que 21% do público elegível faz uso do home office até duas vezes por mês;

projetos de melhoria contínua nas fábricas nos permitiram evitar um consumo de energia de mais de 6 mil Gj durante o ano.

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Gestão de fornecedores

compras responsáveis

enGajamento de fornecedores

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Um dos objetivos globais da Unilever é contribuir para o de-senvolvimento socioeconômico de todas as comunidades e países em que opera. Esse compromisso está formalizado em nosso Plano de Sustentabilidade, que propõe a qualificação e o apoio aos agentes da cadeia de fornecimento como caminho para me-lhorar o padrão de vida e trabalho dos nossos fornecedores.

Além de nossos grandes parceiros comerciais, trabalhamos com centenas de milhares de pequenos negócios – entre agricul-tores e microempresários – nos mais de 190 países em que es-tamos instalados. Trata-se de um público que apresenta grande potencial para aumentar sua qualificação e produtividade, e que pode trazer um impacto positivo para nossos negócios e opera-ções, bem como para outros elos da cadeia de valor.

Hoje a Unilever tem mecanismos estruturados para auxiliar esse público no crescimento e na adoção de práticas que este-jam em linha com nossas diretrizes socioambientais. No pilar Melhorando as Condições de Vida e Trabalho, nosso Plano de Sustentabilidade mapeou as frentes que devemos adotar, entre os anos de 2010 e 2020, para alcançar nossos objetivos. Por um

lado, temos como meta para 2020 alcançar mais de 500 mil pe-quenos agricultores e distribuidores de pequena escala em nossa cadeia de suprimentos.

Por outro, devemos chegar ao fim da década com 100% de nossa fonte de matéria-prima agrícola sustentável, aspecto que envolve tanto a nossa abordagem da cadeia de fornecimento quanto as nossas práticas de gestão ambiental. Essa meta se torna especialmente relevante se levarmos em conta que 3% da produção de óleo de palma e 1% da de soja em todo o mundo são compradas pela Unilever todos os anos.

Outro ponto contemplado nesse pilar é a gestão de pessoas, ao valorizar temas como diversidade, desenvolvimento e segu-rança no ambiente interno, de forma a tornar nossos funcioná-rios parceiros estratégicos para o crescimento da companhia (leia mais em Pessoas).

Outra responsabilidade da Unilever Brasil é desenvolver me-canismos de gestão, engajamento e qualificação de fornecedores que ajudem no cumprimento das diretrizes estratégicas. Por isso, nossas ações na cadeia são uma prioridade que registrou avan-

ços importantes entre os anos de 2010 e 2012.Desde 2011, avançamos no nosso programa de engajamento

de fornecedores no Brasil, incluindo parceiros de diversas ca-tegorias, como logística e itens produtivos, em ações de troca de experiências e conhecimentos sobre boas práticas socioam-bientais. Também aprimoramos nossos mecanismos de gestão, seleção e avaliação, com base em sistemas como o programa Compras Responsáveis (Responsible Sourcing) e o Sedex.

Outro ponto relevante, durante o ano, foi a aplicação, junto à cadeia de 6 mil fornecedores no país, de um questionário que busca coletar dados das empresas a respeito de boas práticas, contemplando temas como direitos humanos, trabalho infantil e escravo e gestão ambiental (leia mais em Gestão de Fornecedores).

nossas metas Globais

Fornecedores – Até 2020, reuniremos mais de 500 mil pequenos agricultores e distribuidores em nossa cadeia de suprimentos.

Recurso sustentável – Até 2020, 100% da nossa fonte de matéria-prima agrícola será sustentável.

Público interno – Até 2020, reduziremos a taxa de fre-quência de acidentes registrados em nossas fábricas e escritórios em até 50%, comparado ao ano de 2008.

CresCimento CompartilhadoAções na cadeia têm o objetivo de fomentar o desenvolvimento de fornecedores e dos nossos próprios negócios – de forma sustentável

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GRI EC6, FP2, DMA HR Práticas de investimento e processos de compra, DMA SC Comércio justo e compensação pelo trabalho

Gestão de FoRnecedoRes

trabalho em várias frentesCom quase 6 mil parceiros no Brasil, Unilever desenvolve diversas ações para engajá-los em seus compromissos socioambientais

cateGoRIa de FoRnecedoR

númeRo de FoRnecedoRes

Itens produtivos 508

Itens não produtivos 5.396

Serviços logísticos 188

Total 6.092

forneCedores no brasilPROPORÇÃO DE GASTOS COM FORNECEDORES LOCAIS

2010 2011 2012

99% 99% 89%Nota: a base de cálculo para itens produtivos foi alterada em 2012, realizada pelo valor real de gasto (spend) com fornecedores, refletindo na variação.

No Brasil, nossa cadeia de fornecedores é composta de aproxima-damente 6 mil empresas de diferentes portes, categorias e regiões, instaladas no país e em outros mercados com os quais negociamos. A gestão desses parceiros e a compra de insumos podem aconte-cer em três âmbitos: nacional (Brasil), regional (América Latina) ou global. Por conta da otimização de custos e da homogeneização da qualidade dos produtos adquiridos em grande volume, a maioria dos processos é gerida nas esferas regional e global.

Três categorias centrais compõem nosso total de fornecedores: itens produtivos (insumos usados na fabricação de nossos produtos, como embalagens, ingredientes, químicos e commodities), logísticos (que nos apoiam no armazenamento e distribuição da produção e de algumas matérias-primas) e itens não produtivos (como fornecedores de máquinas, materiais de escritório e equipamentos, por exemplo).

Consideramos locais todos os fornecedores que possuem operações instaladas no Brasil. Hoje, os gastos com fornecedores locais de itens produtivos equivalem a 89% do volume de compra. Desse total, 62% fornecem matérias-primas e 38%, embalagens. Até 2014, nossa meta é realizar um mapeamento e compreender

a localização dos fornecedores por região do país, considerando se suas instalações estão nas regiões metropolitanas ou Estados de nossas operações, por exemplo.

A seleção de nossos fornecedores, realizada nas três esferas de governança, tem como critérios centrais o desenvolvimento de boas praticas de sustentabilidade, a competitividade dos custos e a qualidade dos serviços prestados. Buscamos utilizar forne-cedores regionais ou globais quando determinados insumos não são encontrados nacionalmente ou os fornecedores não atendem aos critérios mencionados. Nesses casos, os principais insumos vêm da Ásia, Europa e Estados Unidos. Os avanços em relação ao mapeamento de fornecedores estão em Compras Responsáveis.

Em 2012, para identificar o percentual de volume de compra em conformidade com os padrões da Unilever, realizamos uma análise a partir dos gastos com fornecedores. Essa análise foi realizada considerando que 20% dos fornecedores representam 80% dos gastos (leia mais em Compras Responsáveis).

A seleção dos nossos fornecedores faz parte da ges-tão global e é trabalhada por meio de diversos programas,

como o Partner to Win (Parceiro para vencer, em tradução livre), que estabelece relacionamentos de longo prazo com fornecedores estratégicos, e o Responsible Sourcing (Com-pras Responsáveis), que inclui diversos mecanismos de ges-tão e monitoramento dos parceiros que consideramos críticos em determinados tópicos socioambientais (leia mais em Com-pras Responsáveis).

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GRI FP2, DMA SC Proteção aos recursos naturais, DMA SC Rastreabilidade

No âmbito local, nossa estrutura conta com uma equipe es-pecializada no desenvolvimento da cadeia de valor, com ações de engajamento, avaliação e capacitação que estão em consonân-cia com o Plano de Sustentabilidade e a estratégia do negócio. A área de Compras também mantém um relacionamento direto com esse público, e possui uma política estruturada que contem-pla as etapas de seleção, gestão, monitoramento e avaliação.

Em 2012, nossos principais avanços ocorreram no diálogo e no monitoramento desses parceiros estratégicos (veja mais em Engajamento de Fornecedores). Também avançamos no conheci-mento das práticas dessas empresas ao aplicar um questioná-rio focado em direitos humanos, práticas trabalhistas e outros temas de sustentabilidade, para que nossos 6 mil fornecedores nos apresentem seus compromissos e diretrizes.

parCeiros CertifiCados

Em nosso Plano de Sustentabilidade, uma das metas mais complexas em relação às práticas de compras é a obtenção de 100% da matéria-prima agrícola de fontes sustentáveis e reno-váveis, certificadas até o ano de 2020. Essa meta engloba as dez matérias-primas agrícolas de maior volume – as chamadas Top 10 –, que correspondem a 70% do volume global. Consideramos esse compromisso desafiador, uma vez que dois terços de todas as nossas aquisições de insumos globais vêm de fontes agrícolas. Para atingir essa meta, portanto, buscamos trabalhar com forne-cedores comprometidos com boas práticas de sustentabilidade

ao redor do mundo. Algumas das normas que estão alinhadas ao pilar Sustainable Sourcing são: Rainforest Alliance; Round Table on Responsible Soy Association (RTRS); Roundtable on Sustaina-ble Palm Oil (RSPO); Bonsucro (açúcar); e FSC.

Hoje, 3% da produção mundial anual de óleo de palma, 1% da de soja, 12% da de chá preto e 6% da de tomates são compradas pela companhia, o que aponta a dimensão dos impactos positivos que podemos promover engajando nossos fornecedores. Em rela-ção ao óleo de palma, que representa 17% do total de compras de insumos agrícolas mundialmente na Unilever, a meta é ainda mais ousada: toda nossa aquisição será de fontes certificadas até 2015.

No Brasil, 100% do óleo de palma é adquirido de fornecedores membros do RSPO (Roundtable on Sustainable Palm Oil), organi-zação internacional que reúne produtores, distribuidores e outros stakeholders interessados em promover o uso desse insumo de forma sustentável. Ao adquirir certificados do RSPO, a Unilever contribui para o mercado de bônus nesse segmento e para o pró-prio desenvolvimento e disseminação de boas práticas no setor.

Da mesma forma, quase 100% do papel e papelão que uti-lizamos provêm de florestas manejadas de forma sustentável e certificadas pelos selos FSC (Forest Stewardship Council) ou PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certifica-tion). Em 2012, a Unilever aderiu também ao Global Traceabi-lity System (GTS), programa auditável para consulta de volume de fornecimento de materiais (papel e papelão) certificados e não certificados.

Em relação à soja, nossas práticas seguem a mesma orien-tação que adotamos na aquisição dos insumos citados acima.

Compramos certificados da Round Table on Responsible Soy As-sociation (RTRS), que equivalem a 95% do óleo de soja e da soja adquiridos para a produção da Unilever no Brasil.

Em 2012, realizamos um encontro com cinco produtores im-portantes para os nossos negócios na fábrica de Pouso Alegre (MG), onde produzimos a bebida de soja AdeS, para engajá-los a respeito de nossa meta de atingir 100% de matéria-prima agríco-la de fonte sustentável. Responsáveis por 35% de nossa demanda anual de soja, os fornecedores conheceram nossa produção e o processo de beneficiamento do insumo.

Também em 2012, fomos a primeira empresa no mundo a comprar créditos de açúcar da Bonsucro, associação que desen-volve um programa de certificação para a indústria sucroalcoolei-ra a fim de promover boas práticas socioambientais. No período, oferecemos suporte a produção sustentável de  3,2 mil toneladas de açúcar com a compra desses créditos. Até 2016, 100% de nos-sas compras de açúcar virão de fonte sustentável e certificada Bonsucro, com metas anuais de 15 mil (2013), 30 mil (2014) e 40 mil toneladas (2015).

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GRI FP1

Por meio do Programa Integrare, negociamos R$ 5,56 milhões com 21 empresas de pequeno e médio portes em 2012 – 29% a mais que no ano anterior.

pequenos e médios forneCedores

Nossas ferramentas de inserção de pequenos e médios for-necedores na cadeia estão centradas, no Brasil, no Programa Integrare. Sob a coordenação da ONG que leva o mesmo nome, a iniciativa inclui mais de 110 grandes empresas, dentre as quais a Unilever Brasil, interessadas em atrair fornecedores perten-centes a minorias socioeconômicas para sua rede de negócios.

No total, temos 53 cadastros de fornecedores Integrare ativos em nossa base de parceiros. A maioria desses parceiros desen-volve serviços e produtos como brindes, materiais de comuni-cação e ações de organização de eventos. Em 2012, o volume de negócios intermediados pela ONG atingiu R$ 5,56 milhões, 29% a mais do que no ano anterior – superando a meta estabelecida para 2012 em 18%. No total, durante o ano 21 empresas fizeram negociações com a Unilever, que participa do programa desde 2007 e vem ampliando o valor total de negociações com esses empreendedores.

Co-makers

Em determinadas categorias, como as de limpeza doméstica e de alimentos, alguns produtos também são parcialmente fabrica-dos por fornecedores. Esses parceiros, denominados co-makers, geralmente estão instalados perto das fábricas da Unilever Brasil e são responsáveis pela preparação de alguns dos materiais que compõem nossas marcas, linhas e produtos.

Hoje, temos 15 empresas trabalhando nesse formato, repre-sentando cerca de 3% da cadeia. A parceria pode ocorrer de dois modos: no primeiro, a Unilever compra os produtos acabados do fornecedor e é responsável, apenas, por sua caracterização (em-balagens), acondicionamento e venda. No segundo, compramos os insumos que o próprio fornecedor utilizará para produzir e embalar o produto final.

Com foco no controle de qualidade e na garantia de que os produtos fabricados por esses fornecedores terão os mes-mos padrões da nossa linha de fabricação, estruturamos uma equipe responsável por gerir essas parcerias e realizar visitas periódicas às fábricas, no intuito de verificar a conformidade às nossas práticas.

Todas as fábricas de co-makers passam por auditorias dos nossos times de Qualidade e de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SHE). Analisamos os resultados e indicadores em reuniões periódicas, em que estabelecemos planos de ação e melhoria (100% de nossos co-makers possuem planos dessa natureza), com vistas à qualificação da cadeia, à manutenção de nossos padrões de qualidade, à melhoria de custos e opor-tunidades de negócios.

A categoria de Alimentos possui oito fornecedores, Cuida-dos Pessoais, três, e Higiene, cinco. Apenas um deles é fornece-dor comum entre Higiene e Cuidados Pessoais. Em 2012, todos os co-makers foram auditados e estão aprovados ou aguardando a emissão do relatório da auditoria realizada. Não há casos de terceiros que foram reprovados.

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melhorando as Condições de vida e trabalho

Processos como o compras Responsáveis nos permitem mapear, monitorar e controlar aspectos que contemplam questões sociais, ambientais e trabalhistas.

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GRI HR1, HR2, HR6, HR7, EC6, DMA HR Práticas de investimento e processos de compra, trabalho infantil e trabalho escravo

Uma das exigências da Unilever Brasil com relação aos nos-sos fornecedores é que todos estejam de acordo com as normas nacionais e internacionais, com a legislação brasileira e com as nossas políticas socioambientais e de negócio. Todas as ordens de compra também pedem o aceite, por parte do contratado, do Código de Conduta e Princípios da companhia. No documento, há trechos que tratam da questão do respeito aos direitos humanos em todas as nossas operações (leia mais em Governança Corpo-rativa). Houve também uma operação de investimento, em 2012, referente à construção do novo site de Pouso Alegre, que incluiu esse mesmo processo. Apuramos casos de não conformidade com o Código e interrompemos, caso seja necessário, contratos com fornecedores que eventualmente descumpram suas diretrizes.

Além do Código, inserido como anexo nos processos de con-tratação, a elaboração dos pedidos de compra da empresa tam-bém contempla, em caso de contratos-padrão, que já possuem cláusulas pré-aprovadas pela área Jurídica, cláusulas específicas sobre direitos humanos, trabalho escravo e trabalho infantil.

Nossos procedimentos para assegurar práticas responsáveis em nossa cadeia de fornecimento consideram a gestão e o mo-nitoramento dos parceiros comerciais de acordo com seu porte, localização e segmento de atuação. Em 2012, demos continuida-de à implementação, no Brasil, da plataforma Unilever Supplier Qualification System (USQS), desenvolvida para organizar a ges-tão de todos os fornecedores de itens produtivos e de alguns de itens não produtivos e de logística.

A USQS reúne o cadastro da nossa cadeia de suprimentos e ajuda a área de Compras a compreender melhor os potenciais ris-cos de compra de determinados insumos e materiais em todas as regiões, além de incentivar esse público a melhorar seus padrões e acelerar o processo de qualificação dos nossos parceiros. To-dos os fornecedores de itens produtivos da Unilever Brasil devem estar cadastrados no sistema USQS, porém nem todos finaliza-ram o processo todo até o fim de 2012. A plataforma compreende três etapas (registro, avaliação e auditoria), e cada etapa deve ser cumprida segundo a criticidade identificada do fornecedor.

Como subprocesso desse sistema, o programa Compras Res-ponsáveis (Responsible Sourcing), também da Unilever global e voltado para todos os parceiros na cadeia de itens produtivos, é aplicado no Brasil desde 2011. Com o Compras Responsáveis, passamos a mapear, monitorar e controlar aspectos relevantes de cerca de 600 empresas, contemplando, sobretudo, questões sociais, ambientais e trabalhistas.

Essa classificação possui diferentes níveis de risco e, para os mais altos, é obrigatória a realização de auditorias. Esses proce-dimentos começaram a ser feitos em 2011 e, em 2012, 202 forne-cedores da Unilever Brasil foram classificados como de alto risco e 72, como de médio risco. Nossa meta era ter 100% dos fornece-dores aprovados até o fim de 2012, mas o prazo foi estendido até março de 2013. No encerramento do período, o índice de aprova-ção no sistema do Compras Responsáveis atingiu 80% das em-presas que fornecem para o Brasil ou não precisam de aprovação.

Dentro do subprocesso Compras Responsáveis, os fornece-dores de alto e médio riscos também devem se cadastrar no sis-tema Sedex (Supplier Ethical Data Exchange, ou Intercâmbio de Dados de Fornecedores Éticos), sendo que, em caso de alto risco, as informações são avaliadas presencialmente nas auditorias. Desenvolvido pela AIM (Associação das Indústrias de Marcas), o Sedex avalia a conformidade dos nossos parceiros em rela-ção a questões de sustentabilidade diversas – como integridade, gestão ambiental, saúde e segurança e relações trabalhistas. Essa avaliação não contempla empresas de itens não produtivos, por enquanto.

comPRas ResPonsáveIs

risCo CalCuladoProgramas globais implementados no Brasil avaliam e monitoram o desempenho socioambiental dos fornecedores mais críticos para o negócio

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GRI HR2, DMA HR Não discriminação

Atualmente, não descredenciamos fornecedores por conta de desempenho não satisfatório no Sedex, uma vez que o principal objetivo desse subprocesso é identificar pontos críticos e elaborar planos de ação em conjunto com os parceiros para revertê-los. No entanto, todos os fornecedores de itens produtivos têm de estar aprovados pelo sistema. Aqueles que não são aprovados na primeira avaliação podem ter uma autorização especial para fornecer por um período determinado, até que se adéque e seja avaliado novamente.

qualidade assegurada

Além dos aspectos socioambientais contemplados pelo Res-ponsible Sourcing, a Unilever Brasil também faz avaliações de qualidade dos nossos fornecedores por meio do Supplier Quality Assurance (SQA, na sigla em inglês, ou Sistema de Aprovação de Qualidade de Fornecedores). Assim como o Responsible Sour-cing, o SQA também é um subprocesso da plataforma USQS, que tem o objetivo de analisar os insumos que chegam às fábricas com base em protocolos internacionais e práticas de produção aceitas globalmente. Com isso, garantimos que todo o volume comprado pela Unilever está de acordo com tais normas.

Os produtos considerados de médio a alto risco de contami-nação microbiológica, em especial os da categoria de alimentos, passam ainda por uma auditoria externa, feita por consultoria especializada, para assegurar a qualidade do processo de fabri-cação do fornecedor.

Toda a nossa cadeia de fornecimento de itens produtivos pas-sa pelo SQA, sendo que os da categoria de médio risco, que re-presentam 38% do total, passam por auditoria a cada dois anos, e os 14% que fornecem materiais altamente críticos passam por esse processo todos os anos. Cerca de 77% das empresas que fornecem para o Brasil estão aprovadas pelo SQA ou não preci-sam passar pela aprovação dele.

monitoramento em direitos humanos

A Unilever Brasil disponibiliza um disque-denúncia para que sejam reportados à companhia eventuais casos de abuso e não conformidade em direitos humanos em nossos fornecedores. Desde 2012, iniciamos um mapeamento mais detalhado dos nos-sos fornecedores em relação ao tema.

Nossa primeira ação nesse sentido foi a elaboração de um questionário, enviado a todos os 6 mil fornecedores no Brasil, que contemplou diversos assuntos de direitos humanos, meio ambiente e práticas trabalhistas, como trabalho infantil, forçado ou escravo, liberdade de associação, práticas de remuneração e treinamentos em aspectos de direitos humanos para funcionários.

Para elaborar o questionário, levamos em conta documentos como nosso Código de Princípios de Negócios, normas interna-cionais de trabalho e direitos humanos e as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), que orientam nossos processos de re-lato e gestão da sustentabilidade. Ao final, obtivemos resposta de 282 fornecedores, 135 dos quais de itens produtivos.

Em 2012, não tivemos nenhum caso reportado direta ou indire-tamente à companhia sobre abusos em direitos humanos, por meio do disque-denúncia que disponibilizamos para esse tipo de caso.

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A participação dos fornecedores em ações que reduzam im-pactos socioambientais ao longo da cadeia e do ciclo de vida dos nossos produtos é elemento essencial para o cumprimento do Plano de Sustentabilidade Unilever. Desde 2009, estruturamos um programa de engajamento que ganhou força nos últimos dois anos e tem nos ajudado a pensar em soluções conjuntas de efi-ciência e responsabilidade socioambiental.

Nossas atividades destinadas aos fornecedores são centradas nas Engagement Waves, ou Ondas de Engajamento, que ocorrem anualmente e são compostas de encontros com alguns forne-cedores mais significativos – tanto em relação à qualidade do serviço prestado quanto à sua importância estratégica para a Unilever Brasil.

Durante os encontros, nossos parceiros conhecem as metas da Unilever para o ano de 2020, com base no Plano de Sustenta-bilidade, bem como a respectiva evolução de cada uma delas, e são convidados a colaborar ativamente para esses compromis-sos, pensando em soluções eficientes de negócio e boas prá-

ticas de sustentabilidade que podem ser adotadas por eles e pela Unilever.

Na primeira etapa de engajamento, ocorrida em 2010, reunimos 60 fornecedores de itens produtivos, que, conjun-tamente, geraram 45 ideias de melhorias operacionais ligadas à sustentabilidade.

Em 2011, retomamos o engajamento e evoluímos em dois aspectos: aderência ao programa Partner to Win (Parceiro para Vencer), da Unilever global; e ampliação para duas categorias de fornecedores – itens produtivos e logísticos – na seleção para o programa. Na ocasião, participaram 35 parceiros e foram elabora-dos 35 projetos – um deles foi implementado em 2011 e três no ano seguinte. Também consultamos 13 representantes de oito forne-cedores ao longo da elaboração de nossa Matriz de Materialidade, que aponta os principais temas críticos de gestão da companhia segundo seus stakeholders (leia mais em Processo de Relato).

Em 2012, realizamos um workshop com 64 fornecedores para incentivá-los e orientá-los a respeito da prática de comunicação

de desempenho socioambiental, tomando como base as diretri-zes da Global Reporting Initiative (GRI), utilizadas pela Unilever Brasil em seus processos de relato. Independentemente da pu-blicação do Relatório de Sustentabilidade, entendemos que os indicadores propostos pela GRI são muito úteis para a boa go-vernança, para a garantia de controle da cadeia de suprimentos e para a consequente imagem reputacional que se constrói.

Outra ação importante no período foi o workshop com foco no engajamento desse público, no qual falamos sobre o Plano de Sustentabilidade da Unilever, nossas metas, compromissos e ações. Na ocasião, reunimos 35 fornecedores e apresentamos as experiências e avanços de gestão obtidos a partir de um mo-nitoramento mais sistemático dos indicadores e aspectos socio-ambientais da companhia. Nessa oportunidade, a Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Samyra Crespo, compartilhou três principais des-taques da pasta: as atribuições da sua Secretaria, a Conferencia Mundial Rio+20 e o PPCS – Plano de Produção e Consumo Sus-tentável, que incentivou vários parceiros presentes a identificar oportunidades de parceria.

enGajamento de FoRnecedoRes

na onda das boas prátiCasPrograma estimula o compartilhamento de ideias e conhecimentos com fornecedores para discutir entraves e soluções para as operações conjuntas

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Perfil dos funcionários

saúde e segurança

desenvolvimento de Pessoas

engajamento de funcionários

Programa feel good

nossos benefícios

diversidade

relações trabalhistas

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Na Unilever Brasil, há diversos aspectos que envolvem a gestão de pessoas. Nossas ações têm foco na satisfação dos funcionários, na melhoria do clima interno, na retenção e desenvolvimento de ta-lentos e lideranças, na qualificação dos profissionais, na diversidade e na promoção da saúde e da segurança ocupacional nas operações.

Nossa abordagem segue as diretrizes globais da companhia e reflete o compromisso com as metas do negócio e de sustentabi-lidade. O principal foco de atenção, atualmente, é atrair e reter os melhores profissionais do mercado brasileiro, um desafio comum a muitas empresas presentes no país.

Para desenvolver planos de melhoria, valorizamos a comu-nicação interna e o diálogo com as equipes por meio de ferra-mentas como a Pesquisa de Clima Organizacional (Global People Survey, ou GPS, na sigla em inglês), avaliada também pela alta gestão. Incentivamos o aproveitamento interno e criamos uma cultura de desempenho com base na análise e revisão periódica de metas entre funcionários e lideranças.

Essas ações envolvem todas as áreas da empresa e contem-plam desde as manufaturas até os escritórios, centros de distri-

buição e pontos de venda. Um dos objetivos é reduzir a rotativi-dade no quadro de pessoal, sobretudo em cargos de liderança.

Outra iniciativa relevante é o Programa de Trainees, que, além de formar os futuros líderes da companhia, estimula a produção de projetos focados em sustentabilidade, engajando-os na abor-dagem da empresa sobre o tema (leia mais em Desenvolvimento). Hoje, mais de 20% da alta gestão da Unilever Brasil é compos-ta de ex-trainees. Isso reafirma nosso propósito de incentivar a construção de carreiras sólidas dentro da companhia, priorizando o preenchimento de cargos de liderança com recursos internos.

Periodicamente, realizamos pesquisas de mercado para ga-rantir a competitividade da Unilever em termos salariais. Com foco na retenção de talentos, também aplicamos ferramentas de remuneração variável, com destaque para o Programa de Parti-cipação nos Resultados (PPR).

Em 2012, alcançamos alguns avanços em relação a progra-mas como o Feel Good, em especial no pilar Feel Free, com a im-plementação do nosso programa de jornada flexível – que torna mais de 1,3 mil funcionários (mais de 9% do nosso quadro) ele-

gíveis a trabalhar no sistema de home office ou com flexibilidade de horários. Em 2012, 88% dos funcionários elegíveis utilizaram alguma prática de trabalho flexível. Esse projeto foi importante para que pudéssemos reduzir nossa estrutura operacional, desa-tivando um de nossos escritórios em São Paulo e concentrando as equipes no edifício JK1.

No Brasil, também iniciamos a implementação de uma nova plataforma para o Plano de Desenvolvimento Pessoal (PDP), sis-tema de avaliação 360 graus aplicável às lideranças da compa-nhia. Na comunicação interna, avançamos no uso de recursos de teleconferência, reduzindo viagens e permitindo maior in-teração entre as equipes ao redor do Brasil, sem a necessida-de de deslocamento.

Em relação às ações de saúde e segurança, avançamos nas metas de redução de acidentes. Nosso Índice de Frequência de Acidentes com Lesão (TRFR, sigla do inglês Total Recordable Fre-quency Rate), por meio do qual estabelecemos as metas e cons-truímos o histórico das informações sobre o tema, ficou em torno de 0,65 em 2012, abaixo da meta para o ano, de 1,14. O destaque

bem capital Gestão de pessoas na unilever brasil tem foco no desenvolvimento e satisfação dos funcionários, na retenção de talentos, na diversidade e na promoção da saúde e segurança ocupacional

GRI dMa la emprego

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foram as manufaturas, dentre as quais Garanhuns, Ipojuca e Vi-nhedo registraram zero acidente – com exceção das ocorrências que só dependem de primeiros socorros.

Nossa planta de Vinhedo ainda foi reconhecida pela Unilever global como uma das unidades de referência em segurança (leia mais em Saúde e Segurança). Em âmbito mundial, temos como meta reduzir a taxa de frequência de acidentes em até 50%, to-mando como base o ano de 2008.

A redução da rotatividade permanece como principal desafio da Unilever Brasil. Em 2012, como acontece todos os anos, iden-tificamos os profissionais-chave para a empresa e continuamos investindo na retenção desses talentos. Os cargos de liderança críticos para a estratégia do nosso negócio também estão ma-peados e a revisão deles ocorre quando necessária. Nosso índi-ce de perdas significativas de funcionários com possibilidade de ascensão de cargo, monitorado para orientar a política de apro-veitamento interno, ficou em 1,6%, abaixo da meta-limite esta-belecida, de 2%, e abaixo do ano de 2011.

Pesquisa de climaUma das principais ferramentas para orientar a gestão de

pessoas na Unilever Brasil é a Global People Survey (GPS), pes-quisa de clima organizacional. A cada dois anos, realizamos a consulta a todos os funcionários da empresa nas fábricas, escri-tórios, centros de distribuição e pontos de venda do Brasil, com o objetivo de identificar questões críticas e avanços sob a pers-pectiva do público interno. Além disso, também aplicamos a GPS Pulse, destinada a níveis gerenciais e acima, que monitora alguns

aspectos da pesquisa bianual e é realizada em anos intercalados à GPS. A última Pulse ocorreu em 2011.

Em 2012, a GPS foi realizada e alcançou um índice de engaja-mento de 77%, com 87% de participação dos funcionários. Pela primeira vez, falamos claramente sobre o tema da sustentabili-dade para toda a companhia – em 2010, usávamos o termo Res-ponsabilidade Social Corporativa.

Pelo levantamento, observamos que 79% dos funcionários concordam com as questões relacionadas à sustentabilidade, afirmando estar satisfeitos com a inclusão do tema em todos os aspectos do negócio e perceber como a sustentabilidade pode contribuir para os objetivos da companhia. Segundo eles, também há incentivo à adoção de práticas de trabalho ambientalmente corretas, como economia de energia e separação dos resíduos sólidos para reciclagem.

Na avaliação, considerou-se que a Unilever realiza um bom trabalho nas comunidades onde está presente. Por meio da GPS, também voltamos a levantar pontos de melhoria que orientarão a gestão e a estratégia da empresa, dando continuidade ao trabalho de monitoramento da GPS Pulse de 2011, destinada às lideranças.

Em 2012, registramos uma taxa de acidentes de 0,65, abaixo da meta de 1,14, e alcançamos a marca de zero acidente em três fábricas.

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PERfIl dos funcIonáRIos

presença nacionalnossas equipes estão distribuídas por todo o território brasileiro, em fábricas, escritórios, centros de distribuição e operações comerciais

Em 2012, mantivemos um número de funcionários estável em comparação ao ano anterior, com cerca de 13,2 mil pessoas. Nos-sas equipes estão distribuídas por todo o território nacional, em fábricas, centros de distribuição e pesquisa, escritórios e nas ati-vidades de vendas e assistência técnica. A maior parte dos fun-cionários está na região Sudeste, onde também se localiza nossa sede administrativa.

Todas as contratações são feitas em sistema de jornada integral, e priorizamos o regime CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) em todas as operações. Não utilizamos trabalhadores autônomos em nossas tarefas, exceto em casos de prestação de serviço específico, como consultoria.

No período, também buscamos avançar no mapeamento e aná-lise dos profissionais terceirizados, contratados, sobretudo, para atividades como limpeza, segurança, atendimento ao consumidor no SAC, transporte e distribuição de mercadorias e funcionários.

Mapeamos nossos principais contratos e buscamos, sempre que possível, estender nossas políticas e procedimentos para esses parceiros. A contratação de serviços, por exemplo, envolve uma série de políticas de gestão e a ciência a respeito do Código de Princípios de Negócios (leia mais em Governança Corporativa e em Gestão de Fornecedores).

A Unilever Brasil dispõe de política específica para a contrata-ção de terceiros, que é de responsabilidade de cada área gestora da companhia. Em 2012, nosso volume de terceiros diminuiu significa-tivamente; encerramos o período com 3 mil parceiros atuando em nossas instalações.

Em 2012, alguns níveis funcionais tiveram reduções em relação a 2011. Isso ocorreu principalmente por conta de uma nova organi-zação da operação no final das linhas de produção das fábricas de Goiânia e Pouso Alegre, bem como em função da reestruturação da escala de trabalho nas fábricas de Indaiatuba e Valinhos.

Temos buscado aprimorar nossa gestão sobre os profissionais terceirizados, distribuídos em diversas áreas, como sAc, limpeza, segurança e transporte. Em 2012, 3 mil parceiros atuaram em nossas operações.

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GRI la1

perfil da equipe

númERo dE colAboRAdoREs PoR conTRATo dE EmPREGo 2010 2011

2012

HomEns mulHEREs

tempo determinado 527 615 460 346

tempo indeterminado 11.537 13.024 9.060 3.407

total por gênero - - 9.520 3.753

total 12.064 13.639 13.273

númERo dE colAboRAdoREs PoR TIPo dE EmPREGo 2010 2011

2012

HomEns mulHEREs

Jornada integral 12.064 13.639 9.520 3.753

Meio período 0 0 0 0

total por gênero - - 9.520 3.753

total 12.064 13.639 13.273

númERo dE colAboRAdoREs PoR nívEl funcIonAl

2010 2011 2012

ToTAl HomEns mulHEREs HomEns mulHEREs

diretoria 122 75 48 72 49

Gerência 503 276 245 277 255

administrativo 4.761 4.948 1.912 4.915 2.003

Produção 6.407 4.444 1.266 3.999 1.179

aprendizes 83 41 28 109 35

Trainees 57 31 29 29 36

estagiários 131 124 172 119 196

total por gênero - 9.939 3.700 9.520 3.753

total 12.064 13.639 13.273

terceiros  - 4.713  3.000

total (com terceiros) - 18.352 16.273

númERo dE colAboRAdoREs PoR REGIão 2010 2011

2012

HomEns mulHEREs

região sul 298 707 574 144

região sudeste 7.363 8.525 5.966 2.521

regiões Centro-oeste e norte* 2.230 1.705 1.046 377

região nordeste 2.173 2.702 1.934 711

total por gênero - - 9.520 3.753

total 12.064 13.639 13.273

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GRI la1, la2

TurnoverEm relação aos índices de rotatividade, o principal desafio é

reduzir o volume de desligamentos por ano e ampliar as políticas de retenção de talentos, sobretudo em cargos de liderança. Em 2012, o número de desligamentos foi de 2,8 mil, ante mais de 3,5 mil em 2011. Em geral, nossas operações não são influenciadas de modo expressivo por aspectos de sazonalidade. Somente a operação de sorvetes, na fábrica de Jaboatão, registra movimen-tação de pessoas no período do verão, com cerca de 100 a 150 contratações, em função das demandas de mercado e do aumen-to de produção.

númERo ToTAl dE TRAbAlHAdoREs dEslIGAdos, PoR GênERo

2010 2011 2012

HomEns mulHEREs HomEns mulHEREs HomEns mulHEREs

total por gênero 1.751 664 2.602 909 2.038 792

total 2.415 3.511 2.830

rotatividade na unilever brasil

númERo ToTAl dE novos EmPREGAdos conTRATAdos E quE foRAm dEslIGAdos no mEsmo PERíodo dE RElATo, PoR GênERo

2012

HomEns mulHEREs

total por gênero 216 91

total 307

número e taxa de desligamento e admissão, por gênero (2012)

  ToTAl dE dEslIGAdos TAxA dE dEslIGAmEnTo ToTAl dE AdmITIdos TAxA dE AdmIssão

Homens 2.038 15% 1.686 13%

Mulheres 792 6% 894 7%

total 2.830 21% 2.580 19%

continua

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númERo ToTAl dE TRAbAlHAdoREs dEslIGAdos, PoR fAIxA ETáRIA 2010 2011 2012

abaixo de 30 anos 1.317 1.675 1.479

entre 30 e 50 anos 1.037 1.671 1.253

acima de 50 anos 61 165 98

total 2.415 3.511 2.830

númERo ToTAl dE novos EmPREGAdos conTRATAdos E quE foRAm dEslIGAdos no mEsmo PERíodo dE RElATo, PoR fAIxA ETáRIA 2012

abaixo de 30 anos 211

entre 30 e 50 anos 95

acima de 50 anos 1

total 307

(1) o número de contratados era monitorado em faixa etária diferente (até 25; 25 a 35; 35 a 50; acima de 50). Foi feita uma estimativa dividindo a categoria “25 a 35” igualmente entre as categorias anterior (até 25) e seguinte (35 a 50), readequando as categorias.

número e taxa de desligamento e admissão, por faixa etária (2012)

  ToTAl dE dEslIGAdos

TAxA dE dEslIGAmEnTo

ToTAl dE AdmITIdos¹

TAxA dE AdmIssão

abaixo de 30 anos 1.479 11% 1.697 13%

entre 30 e 50 anos 1.253 9% 873 7%

acima de 50 anos 98 1% 11 0%

total 2.830 21% 2.580 19%

(1) o número de contratados era monitorado em faixa etária diferente (até 25; 25 a 35; 35 a 50; acima de 50). Foi feita uma estimativa dividindo a categoria “25 a 35” igualmente entre as categorias anterior (até 25) e seguinte (35 a 50), readequando as categorias.

númERo ToTAl dE TRAbAlHAdoREs dEslIGAdos, PoR REGIão 2010 2011 2012

região sul 34 97 166

região sudeste 1.450 1.703 1.518

região Centro-oeste e norte² 728 1.133 459

região nordeste 203 578 687

total 2.415 3.511 2.830

(2) Por haver baixa população de trabalhadores na região norte, esta foi consolidada à região Centro-oeste nos dados referentes à rotatividade.

continua

GRI la2

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númERo dE dEslIGAmEnTo dE novos conTRATAdos, PoR REGIão 2012

região sul 19

região sudeste 188

regiões Centro-oeste e norte² 34

região nordeste 66

total 307

(2) Por haver baixa população de trabalhadores na região norte, esta foi consolidada à região Centro-oeste nos dados referentes à rotatividade.

número e taxa de desligamento e admissão, por região (2012)

  ToTAl dE dEslIGAdos

TAxA dE dEslIGAmEnTo

ToTAl dE AdmITIdos

TAxA dE AdmIssão

região sul 166 1% 181 1%

região sudeste 1.518 11% 1.533 12%

regiões Centro- -oeste e norte² 459 3% 209 2%

região nordeste 687 5% 657 5%

total 2.830 21% 2.580 19%

Para reduzir os índices de rotatividade, temos investido na atração e retenção de talentos nas diversas áreas da companhia. como resultado, o total de desligamentos em 2012 foi inferior ao de 2011.

GRI la2

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Realizamos pesquisas de mercado periodicamente para garantir a competitividade da unilever em termos salariais. com foco na retenção de talentos, também aplicamos ferramentas de remuneração variável, como o Programa de Participação nos Resultados.

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GRI la7

sAúdE E sEGuRAnçA ocuPAcIonAl

ações para minimizar riscosPrevenção de acidentes e gestão de riscos enfatizam a importância da cultura da segurança e saúde no ambiente de trabalho

A gestão da Saúde e Segurança Ocupacional em cada uma das nossas operações fabris é responsabilidade das áreas de Saúde e de SHE (sigla em inglês para Safety, Health, Environment, ou Segurança, Saúde e Meio Ambiente).

A cada dois meses, esses temas são discutidos no Comitê Central de SHE, liderado pelo presidente da Unilever Brasil e composto de lideranças das áreas de Vendas, Recursos Humanos e Jurídico, entre outras. Esse fórum tem a atribuição de discu-tir estratégias e iniciativas em relação à saúde e segurança dos funcionários, assim como acompanhar a implementação e comu-nicação das ações às operações da companhia.

A estrutura de atuação dessas áreas divide-se em manufatu-ras, que incluem todas as unidades fabris, e não manufatura, que envolvem os centros de distribuição, escritórios, equipes de Ven-das, Merchandising e Pesquisa e Desenvolvimento. Esse trabalho segue as diretrizes globais da Unilever, que preconizam a melhoria contínua do sistema de gestão e norteiam um programa com base no comportamento seguro, com o propósito de garantir a integri-dade física dos nossos colaboradores e prestadores de serviço.

O sistema de gestão, chamado Framework Standards (FWS), é desenvolvido com base em normas e diretrizes internacionais, como ISO 14001 e OHSAS 18001. Estruturado em 17 tópicos, o FWS direciona a gestão de diversos temas ambientais e de se-gurança das nossas atividades. Com essa metodologia, melho-ramos as condições estruturais, identificamos aspectos e impac-tos ambientais, riscos ocupacionais, bem como as legislações aplicáveis, e ainda traçamos diretrizes que buscam assegurar que todo funcionário esteja capacitado para minimizar riscos e prevenir acidentes.

Dentre as ações centradas na mudança de comportamento das equipes e na promoção da cultura da segurança no ambiente de trabalho, implementamos o programa BBS (do inglês Behavior Based Safety, ou comportamento baseado em segurança), que hoje se transformou no programa institucional BeSafE (Behavior Safety Excellence).

Com o apoio de uma consultoria especializada, estruturamos uma estratégia aplicável a todas as operações – manufatura e não manufatura – para promover a mudança de hábitos dos nos-

sos funcionários. A implantação do BeSafE, dando continuidade ao BBS – programa desenvolvido em parceria com a Dupont e que já figurava em sete manufaturas e nas operações de vendas e merchandising – deve ter todas as fases de gestão estabelecidas em todas as operações nos próximos dois anos. Como diretriz principal, o programa preconiza o engajamento da alta lideran-ça para o tema da segurança, a partir do qual são implementa-das ações de mudança de cultura, inclusive fora das instalações das fábricas.

Nos últimos anos, conquistamos avanços importantes nessa direção e caminhamos de forma consistente para atingirmos a meta de reduzir em 50% o número de acidentes de trabalho até 2020, em relação a 2008. Encerramos 2012 com uma taxa de fre-quência de acidentes de 0,65 no país, medida via Índice de Fre-quência de Acidentes com Lesão (TRFR, sigla do inglês Total Re-cordable Frequency Rate) – portanto abaixo da nossa meta para o ano, de 1,14. Ao todo, três das nove manufaturas instaladas no Brasil (Garanhuns, Ipojuca e Vinhedo) registraram zero acidente, excluindo-se as ocorrências que só exigem primeiros socorros.

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GRI la7

Pouso Alegre registrou a menor frequência desde quando o indi-cador começou a ser monitorado, em 2002, com uma redução de 77% em relação a 2010. Goiânia também teve um bom desempe-nho, com redução de 61% no TRFR – de 1,59 em 2011 para 0,63 em 2012.

Dentre as unidades que registraram zero acidente, Vinhedo, no interior de São Paulo, também obteve um reconhecimento importante em 2012, por conta do índice reduzido de ocorrências e de suas campanhas de segurança. A unidade foi reconheci-da como a vencedora do prêmio de segurança (Unilever Safety Awards), promovido pela Unilever global e apresentado durante o evento Global Compass Awards. Concorrendo com todas as uni-dades industriais da companhia ao redor do mundo, Vinhedo ven-ceu os outros finalistas, da Índia e da Polônia, com seu programa de construção de cultura de segurança entre os funcionários, que resultou em um índice de zero acidente (exceto primeiros socorros) ao longo de mais de dois anos.

Uma das iniciativas adotadas nesse sentido é o programa An-jos da Guarda, que tem como objetivo eliminar os comportamen-tos críticos que podem levar uma pessoa a sofrer acidente e foi replicado em outras fábricas do Brasil e da América Latina. Em 2012, ele foi implementado pela fábrica de Goiânia, por exemplo, onde foram observadas 7.552 observações comportamentais. O diretor da unidade de Vinhedo, Rodnei Moraes, recebeu o prêmio das mãos do presidente global, Paul Polman.

atuação em não manufatura

Atualmente, um dos principais desafios da gestão em saúde e segurança da Unilever Brasil está associado às operações de não manufatura, nas quais temos a oportunidade de trabalhar as ques-tões de comportamento seguro dos funcionários de maneira estru-turada, por meio de um programa que assegure que todas as pes-soas estejam capacitadas para minimizar riscos e evitar acidentes.

Essa orientação é especialmente relevante nos locais em que a nossa atuação é bastante restrita, como os pontos percorridos pe-las equipes de merchandising e vendas que se encontram fora das nossas instalações. Por isso, a importância do estabelecimento do programa BeSafE – em continuação ao BBS – nessas operações.

Nesse aspecto, a área mais crítica é a de merchandising. Por atuar em um ambiente não controlado pela Unilever, essas equi-pes estão expostas a riscos específicos, que dependem das con-dições das instalações dos nossos clientes e parceiros. Para re-duzir esses riscos e dar maior força a programas preventivos e de orientação, foi implementado o Comitê de Merchandising em 2012, a fim de identificar melhorias e sistematizar a atuação de segurança para a prevenção de acidentes desses profissionais. No período, o comitê ganhou capilaridade e envolveu mais áreas da companhia, abrindo espaço para a implementação de uma série de ferramentas para aprimorar a gestão do tema.

Ainda assim, tivemos uma fatalidade no período, em decor-rência de um acidente de trabalho com um de nossos promotores de vendas, na região Norte do país. Ele trabalhava em um ponto de venda, dentro do depósito de um cliente, e sofreu uma queda

de escada. Como prática estabelecida da Unilever, após o inci-dente nosso time de Saúde prestou toda a assistência à família do colaborador e, paralelamente, foi criado um time de SHE para merchandising, a fim de identificar melhorias para a segurança desses profissionais.

Dentro das nossas instalações, conquistamos alguns avanços no campo da saúde e segurança em espaços como os centros logísticos, de pesquisa e desenvolvimento e escritórios. Nenhum acidente foi registrado nesses locais ao longo do ano, excluindo--se os que exigem primeiros socorros. Isso contribuiu para redu-zirmos em 33% a incidência de acidentes em nossas operações de não manufatura no Brasil.

No período, também mantivemos o programa Direção Segura, que monitora e orienta os motoristas da companhia a respeito da redução de riscos de acidentes de trânsito. Realizamos trei-namentos para direção segura e orientações sobre itens obriga-tórios para os veículos da frota da Unilever, como air bag e freios ABS. Em 2012, capacitamos mais de 450 pessoas com funções elegíveis. Também estabelecemos o Comitê de Direção Segura, liderado pelo Vice-Presidente de Vendas, com foco na melhoria da gestão. O órgão tem abrangência nacional e também conta com representante das manufaturas.

saúde ocupacional

Na área de Saúde Ocupacional, nosso foco é a promoção da qualidade de vida e a prevenção de doenças ocupacionais. A ges-

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GRI la7, la8

tão do tema é responsabilidade da área de Saúde Ocupacional, que tem o objetivo de adequar o ambiente de trabalho e torná-lo mais confortável e saudável para as nossas equipes.

Esse trabalho é norteado pelos padrões da Unilever e contem-pla um plano de gestão de riscos que considera os termos das Normas Regulamentadoras da legislação brasileira, com adapta-ções estruturais para que não fiquemos restritos apenas ao que pede a lei. Nas fábricas, por exemplo, nosso sistema de gestão conta com uma ferramenta que identifica e reconhece os riscos por grupos homogêneos de exposição, o que permite a identificação e adoção de medidas de controle, a fim de se obter uma operação e um ambiente de trabalho seguros. Esse sistema é revisado anu-almente e, à medida que avançamos nos controles, tornamo-nos cada vez mais críticos e minuciosos no gerenciamento dos riscos.

Para enfatizar a prevenção de acidentes e doenças laborais, também organizamos treinamentos anuais sobre riscos ocupa-cionais, abordando temas como proteção respiratória, riscos quí-micos, educação em saúde auditiva e ergonomia, entre outros. O foco em Educação em Saúde é reforçado nos treinamentos e reciclagens realizados com os grupos homogêneos de funcio-nários, ou ainda no momento da integração de novos colabora-dores. Temas específicos e relacionados à promoção da saúde são trabalhados ainda em campanhas corporativas predefinidas, como o Dia Mundial da Saúde e o Dia Mundial sem Tabaco, entre outros. Nosso desafio é cobrir 100% dos colaboradores expostos a riscos específicos.

Nas fábricas, outras campanhas são desenvolvidas de acordo com as necessidades locais, como prevenção da dengue, tuber-

culose, pressão arterial, doenças graves e outros temas. Dicas de saúde também são divulgadas em nossos murais, jornal ele-trônico BIS (com circulação nacional) e TV interna, como forma de oferecer uma comunicação ativa e objetiva para temas impor-tantes, tais como epidemias, hábitos saudáveis, risco cardíaco, diabetes, Aids e tabagismo.

Em relação às equipes de não manufatura, expostas a situa-ções que apresentam riscos à ergonomia, sobretudo associados à postura, quase todos os colaboradores foram treinados nos úl-timos quatro anos e tiveram seus postos de trabalho ajustados. Essas ações se somam a práticas já estabelecidas e estruturadas na Unilever, como o Programa de Ginástica Laboral e orientações de postura.

Em 2012, concretizamos o planejamento realizado para o perí-odo e mantivemos os controles de saúde de acordo com o Progra-ma de Controle de Medicina e Saúde Ocupacional (PCMSO). Tam-bém monitoramos os riscos ocupacionais conforme o Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais (PPRA) e analisamos os pla-nos de assistência médica e odontológica, identificando desvios e pontos de atuação para uma gestão mais focada e assertiva.

taxa de lesões e acidentes de trabalho

índIcEs dE conTRolE unIlEvER(dAdos monIToRAdos GlobAlmEnTE)

2010 2011 2012

trFr: tl: taxa de lesões¹ 2,03 0,8 0,65

acidentes com afastamentos (lta) 11 16 15

acidentes nos quais houve a restrição à função atual (rWC) 10 4 1

acidentes que precisaram de cuidados médicos (MtC) 12 12 8

acidentes que precisaram somente de primeiros socorros (FaC) 140 101 84

taxa niFr² 0,67 0,41 0,31

iG (Índice de Gravidade)³ 0,27 0,31 0,34

(1) Cálculo realizado com número de lesões/total de horas trabalhadas × 1.000.000 (não estão incluídas pequenas lesões que requerem primeiros socorros).

(2) Índice de acidentes de trânsito com funcionários, sem lesão, expresso em 1 milhão de quilômetros rodados.

(3) Calculado pelos dias perdidos devidos a doenças gerais (não incluindo lesões e doenças ocupacionais) dividido pelo número efetivo médio de funcionários.

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GRI la7

TAxA dE dIAs PERdIdos (TdP)

TAxA dE dIAs PERdIdos2010 2011 2012

8,00 5,59 8,55

taxa de dias perdidos entre mulheres nd nd 8,41

taxa de dias perdidos entre homens nd nd 7,12

TAxA dE dIAs PERdIdos, PoR unIdAdE oPERAcIonAl E GênERo GERAl mulHEREs HomEns

Garanhuns 7,96 0,00 9,44

Goiânia 30,47 36,53 27,50

igarassu 0,24 0,00 0,27

indaiatuba 58,08 0,00 65,21

recife 2,96 0,00 4,58

Pouso alegre 5,87 8,33 5,06

suape 0,00 0,00 0,00

Valinhos 4,72 6,05 4,01

Vinhedo 0,00 0,00 0,00

nM 5,33 9,56 0,84

tdP = número de dias perdidos/total de horas trabalhadas × 200.000

TAxA dE lEsõEs PoR GênERo

TAxA dE lEsõEs2010 2011 2012

2,21 1,35 1,21

taxa de lesões entre mulheres nd nd 1,45

taxa de lesões entre homens nd nd 1,12

número de lesões/total de horas trabalhadas × 200.000

taxa de lesões por unidade operacional

TAxA dE lEsõEs, PoR unIdAdE oPERAcIonAl E GênERo GERAl mulHEREs HomEns

Garanhuns 2,34 0,00 2,78

Goiânia 1,68 1,57 1,73

igarassu 3,77 5,41 3,52

indaiatuba 1,09 0,00 1,22

recife 0,93 1,10 0,84

Pouso alegre 2,61 2,63 2,60

suape 1,69 1,06 1,98

Valinhos 1,27 1,41 1,19

Vinhedo 1,42 2,79 0,95

nM 0,85 1,29 0,67

continua

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unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumáriopessoas

continua

taxa de absenteísmo

taxa de absenteísmo*

2010 2011 2012

1.662 1.908 1.834

taxa de absenteísmo entre mulheres

nd nd 932

taxa de absenteísmo entre homens

nd nd 387

número de dias perdidos por lesões, doenças ocupacionais e outras doenças/total de horas trabalhadas × 200.000* Considera dias perdidos por lesões, doenças ocupacionais e outras doenças.

TAxA dE AbsEnTEísmo, PoR unIdAdE oPERAcIonAl E GênERo

GERAl mulHEREs HomEns

Garanhuns 2.898 nd nd

Goiânia 5.866 5.965 5.818

igarassu 701 nd nd

indaiatuba 2.453 nd nd

recife 2.877 5.291 1.554

Pouso alegre 3.418 nd nd

suape 3.190 nd nd

Valinhos 1.874 nd nd

Vinhedo 2.535 nd nd

nM 922 76 7

lesões entre terceiros

númERo dE lEsõEs EnTRE TERcEIRos

2010 2011 2012

nd 36 362

número de lesões entre terceiros mulheres nd nd 241

número de lesões entre terceiros homens nd nd 94

* Considera acidentes do trabalho e de trajeto ao trabalho.

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número de lesões entre terceiros, por unidade operacional e gênero GERAl mulHEREs HomEns

Garanhuns 1 nd nd

Goiânia 10 1 9

igarassu 6 1 5

indaiatuba 2 0 2

recife 13 0 13

Pouso alegre 10 5 5

suape 7 1 6

Valinhos 7 3 4

Vinhedo nd nd nd

nM 306 230 50

ToTAl dE dIAs PERdIdos EnTRE TERcEIRos 2010 2011 2012

nd 312 90

número de lesões entre terceiros mulheres nd nd 19

número de lesões entre terceiros homens nd nd 41

* Considera dias perdidos por acidentes do trabalho e de trajeto ao trabalho.

total de dias perdidos entre terceiros, por unidade operacional e gênero

GERAl mulHEREs HomEns

Garanhuns 15 nd nd

Goiânia 0 0 0

igarassu 3 3 0

indaiatuba 0 0 0

recife 29 0 29

Pouso alegre nd nd nd

suape 15 nd nd

Valinhos 9 2 7

Vinhedo 0 nd nd

nM 19 14 5

GRI la7

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Além dos treinamentos, também promovemos ações educativas, de prevenção e de atendimento na área de saúde e segurança. Essas ações envolvem iniciativas específicas e contemplam familiares diretos dos nossos funcionários.

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GRI la8, dMa la saúde ocupacional e segurança

apoio ao trabalhador

Além dos treinamentos, também promovemos ações educati-vas, de prevenção e de atendimento relacionadas ao eixo de saúde e segurança para nossos funcionários. Algumas atividades, espe-cialmente as que têm foco em prevenção e tratamento de doen-ças, contemplam os familiares diretos do público interno, mas não se estendem às comunidades sob influência da Unilever no Brasil.

Essas ações envolvem iniciativas específicas para temas como tabagismo, prevenção de doenças cardiovasculares, saúde pre-ventiva e comportamentos de risco e saúde bucal, e orientam nossos colaboradores por meio do Portal de Saúde, disponível na intranet, e da nossa recém-lançada plataforma Unilever Health Institute (Instituto de Saúde Unilever) (http://www.unileverheal-thinstitute.com.br).

Dentre as principais iniciativas de atendimento, o Programa Crescer oferece orientação financeira, jurídica, psicológica e so-cial a todos os funcionários e seus dependentes. Presente em seis fábricas e três escritórios, o Crescer contempla também as equipes de Vendas e dos centros de distribuição da Unilever. Ma-joritariamente, presta atendimentos relacionados à questão de saúde e, em paralelo, os funcionários também têm uma equipe de atendimento da consultoria parceira, composta de médicos, enfermeiros e técnicos.

A gestão dos planos de assistência médica e odontológica é outro foco de atenção da área de Benefícios, no intuito de melho-rar a qualidade de vida e monitorar o uso dos planos e as doenças e riscos mais comuns entre nossos funcionários e dependentes.

Em relação aos terceiros, promovemos em 2012 o Encontro com Motoristas, realizado nas cidades de Contagem (MG) e Pi-nhais (PR), que reuniu 209 caminhoneiros para engajá-los sobre os procedimentos de trabalho da Unilever e discutir questões como saúde e qualidade de vida. Em quatro dias de evento (dois em cada cidade), os motoristas passaram por consultas médi-cas que avaliaram fatores de risco cardiovascular, como pres-são arterial, glicemia, peso e IMC, entre outros. Os participantes também receberam uma cartilha com informações e orientações sobre o dia a dia da atividade, como cuidados para fazer uma via-gem segura, atendimento ao cliente, inspeção do veículo e dicas para uma vida saudável e equilibrada.

Por meio do Programa crescer, presente em diversas operações fabris e de não manufatura, oferecemos orientação financeira, psicológica, jurídica e social aos nossos colaboradores.

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GRI eC7

dEsEnvolvImEnTo

mais foco no público internoProcessos de avaliação, treinamentos e capacitações dão ênfase às necessidades de cada área ou operação e reforçam o compromisso da empresa com o desenvolvimento dos funcionários

Para garantir que as equipes estejam integradas à cultura da empresa, participando do seu crescimento, a Unilever Brasil tem mecanismos de gestão que contemplam desde as etapas de contratação até os programas de desenvolvimento e avaliação dos funcionários.

Por conta da dispersão geográfica e das diferentes naturezas das operações de manufatura e não manufatura, o recrutamento de funcionários da Unilever Brasil é coordenado pela área de Re-cursos Humanos e desenvolvido por consultorias especializadas.

De acordo com a região e as qualificações exigidas para cada cargo, valorizamos a contratação de mão de obra nas comunida-des de entorno e priorizamos a admissão de moradores locais sempre que possível. Nossa principal diretriz de gestão, no en-tanto, é realizar o recrutamento primeiramente com mão de obra interna – ou seja, priorizar os funcionários da própria companhia para ocupar os cargos disponíveis, investindo na construção de carreiras longas e prósperas dentro da companhia.

Dependendo do tipo de operação – fábricas, regionais de ven-

das, centros de distribuição, escritórios –, temos proporções de funcionários locais que chegam a 80% do time. O restante da equipe está concentrado em cargos de liderança – diretoria, co-ordenação ou gerência –, que participam das nossas políticas de transferência de moradia ou promoção, conforme seus planos de carreira.

Em vários casos, a contratação local corresponde a 95% dos trabalhadores que moram no entorno da unidade de trabalho. O percentual indicado corresponde ao negócio da Unilever no Brasil.

O alcance global da companhia, por outro lado, contribui para a promoção do intercâmbio de profissionais. Encerramos o ano de 2012 com 66 brasileiros trabalhando em outras subsidiárias da Unilever ao redor do mundo; no Brasil, há 28 funcionários es-trangeiros em cargos de liderança.

Em relação ao desenvolvimento do público interno, acredita-mos que os processos de avaliação, combinados a treinamentos e capacitações com ênfase nas necessidades de cada área ou ope-ração, são um caminho importante para entender os pontos de

mEmbRos dA comunIdAdE locAl (2012)

EmPREGAdos AlTA GERêncIA*

Vinhedo 98% 54%

Valinhos 64% 50%

Goiânia 79% 38%

Garanhuns 99% 0%

indaiatuba 98% 30%

Pouso alegre 94% 0%

igarassu 40% 0%

suape 36% 20%

Média geral 76% 24%

* a definição de “alta gerência” corresponde aos cargos de Gerente de Área, Gerente de Fábrica e Gerente de regionais de Vendas.

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GRI la10, la11, la12, la15, dMa la treinamento e educação

melhoria que nossos gestores e equipes devem abordar. Nosso compromisso é apoiar os funcionários para que seu crescimento exceda o crescimento do negócio.

Como principal ferramenta de avaliação, temos o Performan-ce Development Plan, ou Plano de Desenvolvimento de Perfor-mance (PDP), que é aplicado pela Unilever há mais de sete anos. A ferramenta permite a avaliação de todos os funcionários, que traçam um plano de desenvolvimento com o apoio de seu supe-rior imediato, assumindo metas e objetivos ligados ao desenvolvi-mento de sua carreira. Estagiários e terceiros passam por outros processos de análise de desempenho.

Para determinados públicos, elaboramos modelos próprios baseados no PDP. Os cargos administrativos, de níveis gerenciais e de diretoria utilizam um sistema chamado Talent Online Plus à hora da avaliação. No caso dos promotores de vendas, em função de sua dispersão geográfica, utilizamos planilhas que reprodu-zem a ferramenta. Nas fábricas, aplicamos o PDP-F, que, em 2012, foi disseminado para mais unidades.

Também apoiamos nossos funcionários por meio de treina-mentos, elaborados para desenvolver habilidades gerais e espe-cíficas para os diferentes postos de trabalho da empresa. Alguns módulos, como os que contemplam temas relacionados a direitos humanos e sustentabilidade, são aplicáveis a todas as equipes de gerência ou acima. Todo novo funcionário também passa por capacitações específicas focadas em nosso Plano de Sustentabi-lidade e no funcionamento da empresa.

Contamos ainda com treinamentos obrigatórios voltados para a qualidade e segurança dos funcionários e da companhia. Essas

capacitações também são oferecidas para os terceiros que atuam em nossos prédios e fábricas, e têm duração aproximada de uma hora. Em 2012, oferecemos um total de 425 mil horas de treina-mento, com destaque para as horas por funcionário das equipes administrativa e de trainees (veja tabela).

Como prática de incentivo à retenção e ao desenvolvimento dos profissionais, temos uma política de remuneração variável para os funcionários que inclui o Plano de Participação nos Re-sultados (PPR) e bônus gerenciais. Além disso, há metas e ob-jetivos que impactam no desempenho das lideranças, contem-plando temas como a satisfação das equipes e o cumprimento de entregas de sustentabilidade alinhadas aos nossos planos e estratégias (leia mais em Governança Corporativa).

Outro foco dessa política é a retenção de profissionais após licenças, sobretudo a licença-maternidade, concedida por um período de seis meses, dois a mais que o previsto na legislação. Em 2012, 169 mulheres solicitaram essa licença (incluindo as que saíram em 2011 e retornaram no ano seguinte) e apenas uma não voltou ao trabalho após o nascimento do filho. Do total de mulhe-res que usufruíram do benefício no período, 22 não estão mais na companhia (13%). Esses desligamentos ocorreram por conta de desempenho, por reorganização da estrutura ou por escolha das próprias funcionárias.

Também buscamos reintegrar as pessoas que saíram de li-cença-maternidade assim que retornam às atividades profissio-nais, de forma a mantê-las engajadas na cultura da empresa e permitir a condução plena de suas atividades familiares e extra-profissionais. O índice de rotatividade desse público é semelhante

horas de treinamento/2012

cATEGoRIA funcIonAl

cARGA HoRáRIA

ToTAl

ToTAl dE func.

HoRAs PoR func.

diretoria 1.896,65 121 15,67

Gerência 12.926,40 532 24,30

adm. 374.430,50 6.918 54,12

operacional 25.708,90 5.178 4,97

aprendizes 3.342,75 144 23,21

Trainees 2.440,75 65 37,55

estagiários 4.573,55 315 14,52

total 425.319,50 13.273 32

ao geral da Unilever Brasil. Como parte desse incentivo, possu-ímos um berçário para crianças de 0 a 2 anos no edifício-sede da Unilever (escritório JK1) e oferecemos cursos para gestantes e palestras relacionadas a temas de infância e juventude. Nas demais unidades, oferecemos auxílio-creche.

No caso da licença-paternidade, estamos em acordo à le-gislação, que prevê cinco dias de licença após o nascimento do filho. Porém, não há uma política ou um acompanhamento formal neste caso.

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líderes do futuro

Em atividade há mais de 40 anos, o Programa de Trainees da Unilever Brasil é uma das ferramentas mais importantes de atração e formação de mão de obra qualificada para os cargos de liderança. Anualmente, realizamos um processo seletivo que contempla, em média, 46 mil inscrições para selecionar jovens talentos, que são integrados e capacitados para todas as esferas de gestão e negócio da companhia.

Hoje, cerca de 21% dos cargos da alta gestão são ocupados por antigos participantes do programa, que possui extensão de três anos; da mesma forma, 43% das vagas em cargos gerenciais e de diretoria que abrimos durante o ano de 2012 foram pre-enchidas por colaboradores que já estavam na empresa, o que reflete nossa estratégia de priorizar a construção de carreiras de longo prazo.

O Programa de Trainees tem como meta o desenvolvimento de liderança média e sênior para o médio e longo prazos. Para isso, buscamos engajá-los no cumprimento de nossas prioridades e estratégias de negócios e, também, relacionadas à sustentabili-dade, de forma que estejam comprometidos com nosso plano de crescer reduzindo o impacto ambiental.

Como parte do plano de desenvolvimento de competências gerenciais, todos os trainees passam, um ano e meio após o in-gresso na companhia, por uma etapa denominada Módulo de Ge-renciamento de Projetos, que contempla a elaboração de inicia-tivas para treinamento nas ferramentas e técnicas de gestão de projetos da Unilever Brasil.

Desde 2009, passamos a integrar essa etapa ao Plano de Sus-tentabilidade, definindo temas e prioridades que serão o conte-údo desses projetos. Essa prática dá à companhia uma grande capacidade de resposta a indicadores ou questões que precisam ser avaliados e solucionados.

Elaborados e aprovados pelo Comitê de Sustentabilidade, que é responsável pela avaliação final de cada projeto, os assuntos nesse módulo contemplam as diversas unidades de manufatura e não manufatura. Como critério central, elegemos o alinhamento do projeto aos temas mais relevantes da empresa, de acordo com o Plano de Sustentabilidade e a Matriz de Materialidade brasilei-ra. Também consideramos a importância de iniciativas que visam aprimorar nossas ferramentas de gestão e ajudam na abordagem de alguns indicadores monitorados internamente.

Durante dois meses, os trainees se reúnem em grupos para desenvolver projetos que tragam as questões da sustentabilidade para a estratégia do negócio. Ao final, o Comitê de Sustentabili-dade avalia cada projeto e seleciona os que têm maior viabilidade

técnica e financeira de execução, definindo um plano de ação para que sejam implantados na companhia no ano seguinte.

Como exemplo, uma das propostas apresentadas em 2011 deu início a um projeto piloto para avaliar os impactos da instala-ção de uma operação da Unilever nas comunidades de entorno – fábricas, centros de distribuição ou escritórios, sem distinção. A ferramenta estuda os efeitos do nosso negócio nos campos social, ambiental e econômico, e começou a ser implantada em 2012, durante as obras do novo centro de distribuição construído na cidade de Pouso Alegre (MG).

Em 2012, o Comitê de Sustentabilidade avaliou cinco projetos desenvolvidos pelos trainees. As iniciativas trataram dos temas Monitoramento de Fornecedores, Educação para o Consumo Consciente, Sustentabilidade em Vendas, Aterro Zero e Impactos na Comunidade. Após avaliação e adaptações pontuais, todos os projetos foram selecionados e começam a ser implementados já em 2013.

Programa de Trainees permite aos futuros líderes da unilever brasil acessar conhecimentos e elaborar propostas de eficiência focadas em sustentabilidade. Hoje, 21% dos cargos da alta gestão são ocupados por antigos participantes do programa.

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Em 2012, aprofundamos o processo de disseminação do Plano de sustentabilidade e aproximamos seu conteúdo do cotidiano das equipes. Também mantivemos uma rotina de treinamento para todos os novos colaboradores.

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GRI 4.15, 4.16

EnGAjAmEnTo

pensamento integradotreinamento e comunicação entre as equipes reforçam a disseminação das diretrizes estratégicas e favorecem a criação de uma cultura única em torno das nossas metas e objetivos

Desde 2008, com o planejamento estratégico proposto pela UB2012, conduzimos um processo de transformação da cultura do nosso negócio, com o objetivo de engajar os diversos públicos de relacionamento e desenvolver um modelo de crescimento que também permita a redução de impactos socioambientais. En-tendemos que a participação de todas as equipes das fábricas, escritórios, centros logísticos e regionais de vendas na condução desse processo é essencial.

Por isso, desde o início de 2011, logo após o lançamento do Plano de Sustentabilidade, nosso foco foi engajar as pessoas e tornar nossas diretrizes conhecidas internamente, para que aos poucos fizessem parte do cotidiano dos negócios.

Ao final do primeiro ano, alcançamos um resultado positivo: engajamos 91,2% do público interno, em um trabalho que envol-veu uma série de ferramentas online e presenciais para atingir-mos todas as equipes, inclusive as que trabalham fora de nossas instalações, como as de vendas e merchandising. Formatamos o conteúdo de acordo com a área de atuação dos funcionários, de

forma que todos pudessem assimilar as orientações do plano e contextualizá-las de acordo com a sua própria atividade.

Em 2012, aprofundamos esse processo e aproximamos o con-teúdo do plano ao cotidiano das equipes, alcançando 100% dos funcionários. Como no ano anterior, mantivemos uma rotina de treinamentos para todos os novos colaboradores, para informá--los sobre as metas e objetivos que a Unilever Brasil deve cum-prir desde a fase de integração.

Um dos principais desafios, nesse sentido, é aliar os projetos que a Unilever Brasil desenvolve para a redução de impacto so-cial e ambiental à conscientização do público – que deve obser-var aspectos em sustentabilidade nas diversas funções exercidas na companhia. A área de Sustentabilidade promove reuniões e apresentações periódicas com as equipes para engajá-las nos compromissos da companhia.

Essa prática se alia às ações institucionais. Nos escritó-rios, implantamos projetos para reduzir o consumo de água e promover a coleta seletiva nos ambientes internos, bem como

para diminuir os gastos com papel. Também inserimos os te-mas socioambientais mais relevantes nas reuniões rotinei-ras de lideranças, equipes e fábricas, sempre que possível, para integrá-los às discussões a respeito da condução dos negócios e operações.

Em consonância com nossa meta global de redução de im-pressões, desenvolvemos ações em âmbito nacional, para todos os usuários de computadores da Unilever, que envolvem o enga-jamento das equipes na redução de impacto. Entre 2011 e 2012, realizamos uma campanha que foi responsável, em apenas três meses, por uma redução média de 10% no volume total de im-pressões no edifício-sede da Unilever Brasil – o que corresponde a cerca de 140 mil páginas impressas a menos por mês.

Em comparação ao período de setembro a dezembro de 2011, os quatro últimos meses de 2012 tiveram redução de 23% no vo-lume total, o equivalente a 400 mil páginas impressas a menos em um mês. Nossa meta global é reduzir o consumo de papel em 30% per capita em nossos 21 principais mercados até 2015.

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Essa ação também foi reforçada por um projeto de trainees, implementado em 2012, que visou à conscientização dos colabo-radores e à consequente redução do número de páginas impres-sas nos diferentes escritórios e unidades da Unilever. O trabalho avaliou os gastos com impressão da empresa, o impacto ambien-tal que isso gera e propôs a adoção de pequenos gestos para re-duzir custos e material de escritório. Também apontou possíveis soluções para diminuir as impressões em áreas específicas, com a adoção de meios eletrônicos para armazenar e transmitir infor-mações – como no caso dos pedidos de reembolso e solicitações para as transportadoras e fornecedores.

canais de comunicação

A área de Comunicação Interna da Unilever está estruturada para contribuir para a aspiração de crescimento dos negócios sustentáveis da companhia, por meio do envolvimento e da par-ticipação ativa dos nossos funcionários.

O relacionamento da empresa com seus profissionais é apoia-do por diversos canais de comunicação, presenciais e eletrônicos, que visam criar e manter conexões entre o público interno e a estratégia corporativa, reforçando o compromisso de todos com o desenvolvimento sustentável.

Veja ao lado alguns canais importantes:

bIs!: newsletter semanal enviada por e-mail a todos os fun-cionários que têm acesso ao e-mail da Unilever (cerca de 6 mil).Inside.unilever: intranet da companhia, atualizada diariamente.quadros de avisos: murais de notícias fixados nos escritórios, fábricas, regionais de venda e centros de distribuição, atuali-zados semanalmente.Revista Encontro: publicação trimestral distribuída aos fun-cionários da companhia, abordando temas variados com maior profundidade. Formato padronizado globalmente, in-cluindo matérias globais que são publicadas nas revistas de todos os países. Pela primeira vez, a revista alcançou 100% dos funcionários, ao ser entregue também na casa dos promotores de venda. Em março de 2012, o lançamento da versão eletrônica da Encontro permitiu uma redução de 50% no volume de revistas impressas distribuídas nas fábricas e escritórios. Cerca de 90% das pessoas que trabalham nes-ses locais concordaram com a ideia de reduzir o número de edições impressas.

Tvs corporativas: televisões disponíveis nos andares dos es-critórios administrativos disponibilizam conteúdos internos em forma de texto e vídeos, além de notícias externas.campanhas internas: divulgação de temas variados em for-mato de campanhas institucionais.E-mail corporativo: e-mail interno, pelo qual são enviados di-versos comunicados e através do qual os funcionários podem entrar em contato com a área de comunicação para solicitar informações, sanar dúvidas e mandar sugestões.Chat com o presidente: foram realizados dois encontros dessa natureza em 2012, com participação aberta a todos os funcionários. As perguntas foram dirigidas diretamente ao presidente, com interação em tempo real, e as respostas e questões foram divulgadas no BIS.vídeos do presidente: divulgados trimestralmente para todos os funcionários da Unilever Brasil, em substituição às comu-nicações de resultado enviadas por e-mail, reúnem informa-ções do desempenho da companhia ao final de cada período. Em 2012, o presidente da Unilever Brasil gravou cinco vídeos.

GRI 4.16

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fEEl Good

trabalho flexívelem 2012, programa de bem-estar da unilever concentrou esforços no desenvolvimento de regimes e rotinas de trabalho que permitam maior qualidade de vida e flexibilidade, sem comprometer o desempenho

Presente nas principais operações da Unilever no Brasil, o programa Feel Good existe desde 2004 e permite aos funcioná-rios desenvolver diversas atividades de lazer, bem-estar e saúde, com o objetivo de promover um ambiente saudável e motivador de trabalho.

Com base em seis pilares (veja quadro), desenvolvemos, nos escritórios e fábricas, programas que vão do incentivo à prática de esportes e à leitura a palestras sobre qualidade de vida e cultura. Em 2012, conseguimos preencher 31% das vagas que oferecemos aos nossos funcionários anualmente, ante 36% no ano anterior.

Desde 2011, concentramos nossos esforços na comunicação e nas práticas para fortalecer o pilar Feel Free, cujo objetivo central é permitir ao funcionário desenvolver regimes e rotinas de tra-balho que permitam maior flexibilidade e qualidade de vida, sem comprometer seu desempenho, com base no conceito de Agile Work (trabalho ágil, em tradução livre).

Com regimes de trabalho flexível e home office, para funções administrativas e cargos de liderança, acreditamos que o colabo-rador pode desempenhar suas atividades normalmente e montar sua própria rotina profissional, encaixando-a em suas necessi-dades e demandas pessoais. Ao longo de 2012, fortalecemos a implantação do Feel Free, sobretudo em nossas operações de escritório, e mapeamos um total de mais de 900 funcionários elegíveis ao benefício. Com isso, alcançamos adesão de mais de 30%, considerando gerentes e superiores.

A política de trabalho flexível foi essencial para conseguirmos, em 2012, desativar o escritório JK2, no bairro da Vila Olímpia, em São Paulo. Com 300 funcionários, a unidade, que abrigava parte das operações regionais da Unilever, foi transferida para o escritório JK1, onde já contávamos com 1,3 mil funcionários. Também reor-denamos as salas e espaços de reunião, para permitir atividades de tele e videoconferência e reduzir a necessidade de deslocamentos.

Com essa medida, concluída em novembro de 2012, acredi-tamos ter alcançado resultados positivos no impacto ambien-tal de nossas atividades – com menor consumo de energia, por exemplo –, na qualidade de vida dos funcionários e na redução de custos operacionais.

Essa percepção se refletiu nos resultados da pesquisa GPS – segundo os dados, 78% dos funcionários da empresa no Brasil concordam que conseguem ter um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Na consulta aos participantes do Feel Free, realiza-da ao final de 2012, ainda identificamos que 81% dos funcionários aderiram com mais frequência às práticas de trabalho flexível durante o ano e, também, que 88% dos funcionários elegíveis re-correm a ao menos uma modalidade (home office ou flexibilidade de horário) durante sua rotina profissional.

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Pilares do feel good

feel free – Oferece ao funcionário alternativas de trabalho flexível, o que possibilita equilibrar a vida profissional e a pes-soal. Funciona por meio de implementação do home office e do sistema de horário flexível.feel fresh – Incentiva a prática de exercícios físicos e do cui-dado com o corpo, com atividades como treinos de corrida e caminhada, ioga, pilates, shiatsu, acompanhamento nutricio-nal e aulas de dança. A maioria das atividades acontece nas instalações da Unilever, em São Paulo, mas também há ações externas.feel fun – Estimula a criatividade colocando as pessoas em contato com coisas que as farão pensar, rir, divertir-se e descontrair-se durante o trabalho, como aulas de canto e de expressão corporal.feel Easy – Fornece benefícios na prestação de serviços, por meio da parceria com estabelecimentos comerciais, e oferece

uma loja exclusiva da Unilever, com preços diferenciados com o objetivo de facilitar o dia a dia dos funcionários.feel Good Kids – Trata da relação com os filhos, fortalecendo o elo familiar. Entre as ações, oferecemos um berçário para crianças de 0 a 2 anos no edifício-sede da Unilever (escritório JK1, em São Paulo), além de cursos para gestantes e pales-tras com especialistas em infância e juventude. Além disso, anualmente ocorre o Unilever Kids, evento em que filhos de funcionários conhecem o lugar de trabalho dos pais.feel Alive – Oferecemos palestras e círculo de leituras com o objetivo de possibilitar ao funcionário entrar em contato com assuntos que promovam o autoconhecimento.

Prioridade em 2012, o pilar feel free ampliou as políticas de trabalho flexível e home office entre nossos colaboradores. Até o fim do ano, alcançamos mais de 30% de adesão.

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GRI la3, la11

nossos bEnEfícIos

pacote completoPolítica de benefícios reforça o vínculo da unilever com os funcionários e estimula a construção de carreiras sólidas na companhia

Para atrair e reter os melhores profissionais do mercado, adotamos uma política estruturada de benefícios que se esten-de aos nossos colaboradores diretos e contempla apoio médico, financeiro e profissional especializado, além de auxílios diversos, licenças e subsídios de alimentação e transporte.

Com um mercado cada vez mais aquecido, a Unile-ver Brasil tem priorizado benefícios que estimulem a construção de carreiras sólidas dentro da companhia. Asse-guramos o desenvolvimento dos funcionários durante suas atividades e oferecemos programas para o planejamento de sua aposentadoria.

Atualmente, nossos benefícios se estendem a todos os cola-boradores sob regime CLT, com exceção do check-up médico, que se restringe às lideranças, e do plano de aquisição de ações, para diretores, vice-presidentes e presidência. Os terceiros que atuam

dentro das operações da Unilever Brasil são submetidos à polí-tica de benefícios das companhias empregadoras contratadas, enquanto os estagiários seguem regras de contrato específicas. Não possuímos empregados contratados em regime de meio pe-ríodo ou temporário.

Para auxiliar os funcionários a planejar o momento da apo-sentadoria, desenvolvemos, desde 2009, o Vital&Idade – Progra-ma de Planejamento para Aposentadoria. Para participar do pro-grama, o funcionário deve ter idade igual ou superior a 53 anos. No ano de 2012, foram investidos aproximadamente R$ 63.000, com benefícios diretos para 37 funcionários, número próximo ao do ano anterior. O Vital&Idade não oferece ajuda financeira aos colaboradores, mas é apoiado por uma consultoria parceira, que presta serviços na administração e planejamento dos workshops, palestras e outras atividades.

nossos benefíciosbEnEfícIo dIsTRIbuIção

estacionamento para veículos algumas localidades

auxílio-Creche ou Creche algumas localidades

Vale-refeição ou refeitório todos

Ônibus fretados algumas localidades

seguro de Vida acidentes Pessoais estagiários

Plano de aquisição de ações diretoria, vice-presidentes e presidente

Vale-alimentação unidade Goiânia

Check-up Médico Gerentes

assistência odontológica todos

seguro de Vida em Viagens internacionais todos

Plano de assistência Médica na aposentadoria todos

Convênio-Farmácia todos

Programas de Medicina Preventiva todos

exame Período anual todos

auxilio-Filho excepcional todos

continua

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GRI eC3

auxilio-Funeral todos

reconhecimento por tempo de serviço 15 e 25 anos todos

Cesta de natal, brinquedos de natal todos

Compra de Produtos da empresa todos

auxílio para compra de material escolar todos

Vale-transporte todos

seguro de vida todos

Plano de saúde todos

Cobertura para incapacidade/invalidez todos

licença-maternidade/paternidade todos

Fundo de aposentadoria todos

plano de pensão

A UnileverPrev – Sociedade de Previdência Privada – é uma entidade fechada de previdência complementar, sem fins lucrati-vos, cujo objetivo é oferecer e administrar benefícios de aposen-tadoria complementares aos de previdência social e do Programa de Assistência Médica para Aposentados.

O plano desenvolvido pela UnileverPrev propõe a contribuição variável em diferentes níveis, de acordo com a faixa salarial, que prevê a concessão de benefício de aposentadoria normal (aos 60 anos de idade e três anos de participação no programa) e ante-cipada (entre 55 e 59 anos e 11 meses de idade e três anos de integração ao plano). Além disso, também é oferecido o benefí-cio mínimo e auxílio-doença, benefício por invalidez, pensão por morte e institutos legais obrigatórios (autopatrocínio, diferimen-to, resgate e portabilidade).

Além de oferecer a oportunidade de participação em um plano de previdência privada, a Unilever faz uma contrapartida de 100% sobre o valor de contribuição do funcionário, sendo o valor máxi-mo determinado pelo salário-base do funcionário. Em novembro de 2012, o fundo contava com reservas de R$ 2 bilhões. A entidade segue o Código de Princípios de Negócios da Unilever e orienta seus gestores a selecionarem os investimentos com recursos do plano alocando-os, preferencialmente, em empresas que incor-poram valores socioambientais, além de adotarem altos padrões de governança corporativa e transparência em suas operações.

nossa política de benefícios é um dos principais instrumentos para valorizar talentos e ampliar a satisfação das equipes.

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dIvERsIdAdE

a importância da inclusão Principal objetivo em relação ao tema é desenvolver um ambiente aberto à multiplicidade e que caracterize toda a diversidade da sociedade brasileira

O tema diversidade é uma das questões críticas para a gestão de pessoas na Unilever Brasil. Nosso principal objetivo em rela-ção ao tema é desenvolver um ambiente interno aberto à multi-plicidade, caracterizando, em nossas operações, a complexidade da sociedade brasileira. Desde 2010, contamos com um Comitê de Diversidade que reúne lideranças responsáveis por pensar em ações de inclusão nos diferentes cargos e áreas da companhia em torno de três eixos: gêneros, inclusão (social e de pessoas com deficiência) e estilos de liderança.

Em 2011, iniciamos um trabalho de mapeamento da diversi-dade na Unilever Brasil, que se estendeu ao longo de 2012 por ser um dos focos estratégicos da empresa. Nossa principal meta é alcançar o equilíbrio de gêneros até o ano de 2015, ampliando a presença de mulheres, sobretudo, em cargos de liderança. No entanto, durante o ano aumentamos a participação feminina em praticamente todos os níveis; o destaque é a diretoria, que aumen-tou em 6% a participação de mulheres (veja quadros).

diversidade na unilever brasil

PERcEnTuAl dE funcIonáRIos, PoR GênERo2011 2012

HomEns mulHEREs HomEns mulHEREs

diretoria 61% 39% 55% 45%

Gerência 53% 47% 52% 48%

administrativo 72% 28% 71% 29%

Produção 78% 22% 75% 25%

aprendizes 59% 41% 77% 23%

Trainees 52% 48% 47% 53%

estagiários 42% 58% 42% 58%

total 73% 27% 71% 29%

continua

GRI la13, dMa la diversidade e igualdade de oportunidades

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GRI eC5, la13, dMa la remuneração igualitária entre homens e mulheres

númERo ToTAl E PERcEnTuAl dE PEssoAs com dEfIcIêncIA

2011 2012

númERo ToTAl% (Em RElAção

Ao ToTAl nA cATEGoRIA)

númERo ToTAl% (Em RElAção

Ao ToTAl nA cATEGoRIA)

diretoria 0 0% 0 0%Gerência 0 0% 1 0%administrativo 251 2% 239 3%Produção 194 1%  193 4%aprendizes 0 0% 1 0%Trainees 0 0% 0 0%estagiários 0 0% 0 0%total 445 3%  434 3%

PERcEnTuAl dE funcIonáRIos, PoR fAIxA ETáRIA (%)

2011 2012

ATé 30 Anos

EnTRE 30 E 50 Anos

AcImA dE 50 Anos

ATé 30 Anos

EnTRE 30 E 50 Anos

AcImA dE 50 Anos

diretoria 0% 89% 11% 0% 92% 8%

Gerência 16% 77% 7% 14% 78% 8%

administrativo 45% 51% 3% 43% 53% 4%

Produção 37% 56% 7% 33% 57% 10%

aprendizes 100% 0% 0% 100% 0% 0%

Trainees 100% 0% 0% 98% 2% 0%

estagiários 99% 1% 0% 100% 0% 0%

total 42% 53% 5% 39% 55% 6%

Para isso, muitos programas e planos de desenvolvimento de carreira dão ênfase ao público feminino, que, hoje, já está equili-brado ou caminhando para o equilíbrio em alguns postos, como os de trainees e cargos de média liderança. Cabe ressaltar, no entanto, que oferecemos condições iguais de desenvolvimento de carreira e que não há distinção salarial entre homens e mulheres na Unilever.

Eventuais diferenças entre cargos de mesmo nível hierárqui-co estão associadas a outros fatores, como tempo de serviço e aquisição de bônus por desempenho, sem relação com a questão de gênero. No público administrativo, por exemplo, a proporção salarial é positiva para as mulheres. Isso ocorre em função do maior número de funcionárias ocupando cargos de coordenação, por exemplo. Na equipe de produção, ocorre o contrário, com salários ligeiramente mais elevados para o sexo masculino, em função da predominância de homens em cargos de hierarquia elevada na estrutura.

Em 2012, o menor salário praticado pela Unilever foi 1,15% maior que o salário mínimo nacional; 0,67% dos funcionários re-cebem esse valor, sendo 0,15% do sexo masculino e 0,52%, do feminino.

Nossa principal ferramenta de engajamento do público inter-no feminino é o programa global Women’s International Network (WIN, ou Rede Internacional de Mulheres), que propõe uma rede de compartilhamento de experiências e conhecimentos, com o objetivo de incentivar a ascensão profissional e o estabelecimento de planos de carreira.

Em 2012, mantivemos um calendário de encontros organiza-dos na cidade de São Paulo, com a participação de funcionários

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GRI la14

proporção salarial – gênero

REmunERAção médIA PoR cATEGoRIA funcIonAl

2011 2012

PRoPoRção H/m

PRoPoRção H/m

diretoria 88% 96,94%

Gerência 100% 105,66%

administrativo 108% 63,81%

Produção 100% 142,36%

Trainees 100% 100,96%

estagiário 141% 104,91%

aprendiz 107% 102,21%

– homens e mulheres – de diferentes posições, como gerências e diretorias. Convidamos especialistas nacionais e internacionais para discutir temas como a presença feminina nas organizações e a diversidade nas lideranças corporativas, entre outros. Além disso, organizamos grupos de networking, com a presença de até 15 mulheres cada, para discutir tópicos relacionados aos eventos do WIN no Brasil. Em 2012, realizamos quatro encontros, com participação de 160 pessoas, sendo 119 mulheres.

Também demos continuidade aos programas de aconselha-mento, estruturados em 2011 para capacitar funcionárias com potencial de ascensão de cargo dentro da companhia. Com foco

em profissionais elegíveis para cargos de diretoria e vice-pre-sidência, o Programa de Mentoring elabora duplas (uma líder acompanhada de um membro da alta gestão) que desenvolvem planos de desenvolvimento ao longo de um ano. A atividade é realizada 70% no local de trabalho, 20% em atividades de mento-ring e 10% em treinamentos, leituras e cursos. Cerca de 19% das funcionárias elegíveis aderiram a essa iniciativa ao longo do ano.

Nos níveis de gerência, foi montado o Programa de Coaching, com capacitação técnica de profissionais, entre homens e mu-lheres, que possuem potencial para assumir cargos de gerência ou que foram promovidos recentemente. Em 2012, 51% dos fun-cionários elegíveis participaram do programa.

Com isso, nossos indicadores de gênero apresentaram algu-mas melhorias recentes. Entre os trainees, por exemplo, a pro-porção de mulheres é de 54%, aumento de seis pontos percen-tuais em relação ao ano de 2011. Nos cargos de gerência, as

mulheres ocupam 47% dos cargos. No entanto, alguns níveis, como administrativo, permanecem desafiadores para a empresa.

Em relação à inclusão social, ainda não atingimos o mínimo de contratação de pessoas com deficiência, exigido por lei (5% do total de funcionários, no caso das companhias com mais de mil colaboradores). Em parte, isso se deve à natureza das nos-sas atividades, mas também encontramos muita dificuldade para alocação desses profissionais nas unidades fabris – que limitam muitos tipos de deficiência e restringem ainda mais nossas op-ções. Além disso, independentemente da natureza ou do setor de atuação, há no Brasil uma grande escassez de mão de obra de pessoas com deficiência, especialmente da qualificada.

Para evoluir nesse campo, mais do que ter o apoio de con-sultorias de recursos humanos para captar esses profissionais, identificamos a necessidade de desenvolver nosso público interno e valorizar a inserção da pessoa com deficiência de modo efetivo,

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A busca por um ambiente interno que reflita a diversidade da sociedade brasileira tem estimulado investimentos na inclusão de mulheres em cargos de liderança, bem como na valorização de minorias étnicas e sociais.

para que ela possa construir uma carreira na companhia. Desen-volvemos uma parceria com a empresa Proton para que nossos funcionários possam indicar pessoas com deficiência para pro-cessos seletivos da companhia. Fornecendo apenas o nome e contato, os indicados passarão por um processo de seleção.

Em 2012, mantivemos a inclusão de jovens de comunidades brasileiras em situação de pobreza, por meio do Projeto de Inclu-são Social. Desenvolvido com o apoio de ONGs, institutos e con-sultorias especializadas, o programa trabalha com a capacitação de jovens e oferece subsídio integral na formação educacional (materiais didáticos, mensalidades de cursos, bolsa-auxílio, au-xílio para transporte etc.), para que possam ingressar na com-panhia por meio de programas de estágio.

Desde a sua criação, em 2004, já passaram pelo programa mais de 50 jovens, sendo que 73% concluíram o processo de formação. Cerca de 47% dos que se formaram foram efetivados como funcionários da companhia. O índice de retenção desses profissionais é superior a 70%. Em 2012, 29 jovens participaram das atividades do projeto de inclusão.

Sempre que possível, também buscamos atrair profissio-nais dos locais em que estamos instalados por meio do próprio negócio, formando-os para atender às nossas necessidades de produção e às demandas de mercado. Em Indaiatuba (SP), por exemplo, estabelecemos uma parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para que 60 alunos do curso técnico em Química da instituição pudessem ter aulas dentro da nossa planta, no mesmo município. Essa prática será estendida para outras operações a partir de 2013.

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Projeto de inclusão social, desenvolvido com o apoio de onGs e outros parceiros, trabalha com a capacitação de jovens e oferece subsídio integral.

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GRI la4, la5, la6, la9, Hr5, FP3, dMa Hr liberdade de associação

RElAçõEs TRAbAlHIsTAs

pelo interesse de todosrelação com sindicatos se apoia em práticas que buscam a defesa mútua dos interesses da empresa e do seu público interno

A Unilever Brasil mantém relacionamento com cerca de dez sindicatos representantes das principais categorias de funcioná-rios da empresa. Nossas práticas de comunicação têm base na transparência e na defesa mútua dos interesses da companhia e de seu público interno. Acreditamos que esse diálogo tem sido positivo: em 2012 e 2011, não registramos nenhuma paralisação, conflito laboral ou greve em nossas operações.

Embasamos todas as políticas com sindicatos e associações de classe em nosso Código de Princípios de Negócios, de forma a desenvolver uma rede de trocas sistemática. Todas as decisões estratégicas da companhia que afetam nossas equipes são infor-madas às entidades.

Estabelecemos uma política de fazê-lo com no mínimo três meses de antecedência, havendo casos de comunicação com antecedência maior (até um ano ou mais), caso haja alteração significativa na rotina das equipes. No entanto, as cláusulas dos acordos e convenções coletivas não estabelecem um prazo for-mal para que essas mudanças sejam comunicadas.

Em 2012, mantivemos a parceria com essas organizações e tivemos como principais ações os diálogos relativos às mudan-ças operacionais de nossas fábricas, como a transferência de produção entre as regiões Sudeste e Nordeste, contemplando as categorias de sabão em pó e sorvetes, como parte de nossa estratégia de crescimento (leia mais em Fábricas e Operações), e a implementação do conceito de Ideal Factory (Fábrica Ideal) em Valinhos (SP).

Nessa fábrica, iniciamos a comunicação dos funcionários so-bre as mudanças um ano e meio antes. Reforçamos às equipes, aos sindicatos e ao poder público local a garantia de todos os direitos dos trabalhadores, e conseguimos realocar dez pessoas nas unidades de Indaiatuba e Vinhedo, de um total de 94 desli-gamentos. O mesmo ocorreu em Pouso Alegre, onde houve uma redução de 80 postos de trabalho por causa do projeto de automa-ção do final de todas as linhas de produção. Muitas pessoas foram reaproveitadas em vagas que estavam abertas ou acabaram se beneficiando pelas promoções que estavam previstas. Em Goiâ-

nia, tivemos 290 desligamentos, todos realizados com o cuidado necessário e de acordo com os procedimentos da companhia.

Outros focos foram a organização de sessões para tirar as dú-vidas das equipes sobre verbas rescisórias, a garantia de alguns benefícios para até 12 meses após o desligamento e o acompa-nhamento de todas as homologações.

Durante o ano de 2012, o percentual de trabalhadores abran-gidos por acordo de negociação coletiva alcançou 100%. Man-temos relacionamento com dez sindicatos que representam as principais categorias dos nossos funcionários, e consideramos que nossas operações não expõem riscos à liberdade de associa-ção aos nossos profissionais. Por isso, não há medidas concretas de apoio ou estímulo aos direitos de livre associação.

Os acordos sindicais de que participamos contemplam diver-sas questões, como a realização de exames médicos e laborato-riais e o direito dos funcionários à recusa ao trabalho por conta de riscos graves ou iminentes, em linha com questões de segu-rança e saúde no ambiente de trabalho.

Também possuímos representação e grupos estruturados li-gados ao tema, como a Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e o Sesmet (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho), além de realizarmos treinamentos de segurança em diversas frentes. Todos os nossos colaboradores são atendidos pelas Cipas, presentes em todas as unidades de negócio. Nas áreas de vendas e merchandising, a estrutura da comissão é regional.

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responsabilidade pelo produto

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Práticas no ciclo de vida

Marketing e comunicação resPonsável

legislação e rotulagem

responsabilidade pelo produtounilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

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responsabilidade pelo produto

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GRI 4.11, dMa Pr saúde e segurança do cliente, dMa sC Minimização de toxidade, dMa sC organismos Geneticamente Modificados

Nossas marcas e produtos estão presentes na vida de milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Lidamos todos os dias com a saúde, a alimentação, a segurança e o bem-estar dos consumido-res, e isso nos traz uma responsabilidade que está além do rígido controle sobre todos os processos e operações, da fase de inova-ção até o descarte. Para qualquer empresa da indústria de bens de consumo, especialmente alimentícia e de cuidados pessoais, essa é uma questão essencial para a preservação do próprio negócio.

Na Unilever, as práticas para assegurar a qualidade do que produzimos se estendem às várias fases do ciclo de vida dos pro-dutos, da criação e desenvolvimento até a rotulagem, fabricação, armazenamento, distribuição, comunicação de marca, venda e consumo. Obrigatoriamente, seguimos padrões que garantem que todo lançamento da empresa esteja de acordo com diretrizes globais de nutrição e saúde.

Realizamos testes com produtos e embalagens para eliminar riscos e avaliar seu desempenho e qualidade ao longo de todos os processos. Nas fábricas, temos programas internos que permi-tem a checagem de amostras e sistemas de segurança capazes de identificar anormalidades durante a fabricação. Obedecemos às normas da indústria e desenvolvemos métodos próprios para armazenagem e distribuição conforme cada categoria de produto; nas fases de rotulagem, comunicação e venda, atuamos conforme nosso Código de Princípios de Negócios, políticas internas e a legislação brasileira e internacional, a fim de assegurar a trans-missão de informação confiável às pessoas.

Sempre que alguma anormalidade chega ao nosso conheci-mento via SAC, mídias sociais e e-mails das marcas, analisamos e investigamos o caso, enviamos o produto à fábrica, elaboramos um laudo sobre o problema relatado e efetuamos a troca ou res-

sarcimento do consumidor, além de adotar medidas corretivas na produção, caso seja confirmada alguma falha interna (leia mais em Consumidores). Além da equipe de atendimento, possuímos consultorias especializadas em nossas categorias de limpeza doméstica, alimentos e cuidados pessoais, que prestam aten-dimento a quem entra em contato conosco por meio dos canais do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) e relata algum tipo de reação.

Nosso maior desafio, porém, não se restringe ao aspecto da qualidade. Como preconizam as diretrizes do Plano de Susten-tabilidade Unilever, devemos engajar e dialogar de forma ativa com todos os atores da nossa cadeia de valor, de forma que eles considerem aspectos ambientais, econômicos e sociais na aná-lise dos impactos durante o ciclo de vida do produto.

Nesse sentido, procuramos envolver toda a cadeia em ações de eficiência e responsabilidade. Isso significa que, ao sair de uma fábrica, o produto tem de chegar às mãos do consumi-dor conforme nossos padrões globais de qualidade, indepen-dentemente do seu trajeto e da localidade em que está sendo comercializado. Por isso, a necessidade de envolver sempre o trabalho de clientes, fornecedores e parceiros comerciais nesses processos.

Nossas políticas também determinam o uso de matérias-pri-mas e insumos permitidos pela legislação dos países em que atuamos. Não aplicamos, no entanto, o Princípio da Precaução, que preconiza a não utilização de determinados produtos ou in-gredientes sobre os quais haja incertezas científicas, como é o caso dos transgênicos.

a qualidade está no controlePreservar nosso próprio negócio nos traz uma responsabilidade que está além do rígido monitoramento dos processos e operações

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responsabilidade pelo produto

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GRI Pr1, FP5

práticas no ciclo de vida

Como companhia com negócios e operações globais, a Unilever possui práticas relacionadas ao ciclo de vida de seus produtos que envolvem diferentes esferas de gestão. Processos relacionados à cadeia de fornecimento, inovação e algumas questões de logísti-ca e distribuição, por exemplo, estão sob a responsabilidade da equipe regional. No Brasil, todas as nossas ações são baseadas no cumprimento das diretrizes globais e em documentos como o Código de Princípios de Negócios, o Plano de Sustentabilidade e nossas diretrizes relativas à comunicação dos produtos, além da legislação brasileira.

Veja abaixo nossas ações de gestão de impactos em cada eta-pa do ciclo de vida de nossos produtos.

inovaçãoO desenvolvimento de novos produtos alimentícios, de cuida-

dos com o lar ou de higiene pessoal é coordenado pela área de Pesquisa e Desenvolvimento, que possui equipes de gestão local, regional e global, obedecendo à nossa estrutura de governança. De acordo com a categoria e suas especificidades, as inovações são submetidas a uma avaliação no Seac (Safety and Environ-mental Assurance Centre, ou Centro de Excelência em Segurança e Meio Ambiente), localizado na Inglaterra.

Nossos especialistas e cientistas analisam todos os aspectos do produto, da composição química à natureza da embalagem e o design, para verificar sua adequação às normas e padrões vigentes nos mercados em que será comercializado. Também

aplicamos testes alergênicos e dermatológicos, para identificar possíveis riscos ao consumidor durante o uso e o manuseio.

Aspecto crítico nesse processo, a avaliação das embalagens envolve questões como durabilidade e qualidade – essencial para a manutenção do produto, especialmente na categoria de alimen-tos – e também considera aspectos socioambientais. Testamos a resistência e analisamos de que forma os materiais podem ser acondicionados, para garantir seu manuseio e conservação no caminho da fábrica ao consumidor.

Na categoria de alimentos, realizamos pesquisas para mensu-rar os impactos positivos e negativos dos nutrientes, com atenção especial à quantidade de sódio, gorduras e açúcares dos produtos.

FabricaçãoA execução das etapas produtivas, a definição da cadeia de for-

necedores de insumos e tecnologias e o estabelecimento de progra-mas de gestão com os clientes são responsabilidades das divisões regional e local. Além das práticas para identificação e controle de pontos críticos de processo, adotadas ao longo do ano, todas as uni-dades produtivas asseguram a qualidade do produto por meio de verificações de rotina nas linhas de produção, utilizando um padrão chamado internamente de CRQS (Consumer Relevant Quality Stan-dard, sigla em inglês para Padrões de Qualidade Relevantes para o Consumidor). Essa análise consiste em avaliações sensoriais e das propriedades físico químicas do produto, garantindo que nada saia das fábricas com qualquer desvio de qualidade.

Nossos processos também se baseiam em normas especí-ficas para cada categoria, definidas ou aplicadas pela Unilever

global. Algumas fábricas, como as de Vinhedo, Valinhos, Indaia-tuba, Ipojuca e Igarassu, possuem certificação ISO 9001 e são reavaliadas anualmente para manter esse padrão. Em 2012, nos-sa planta de Vinhedo recebeu o reconhecimento global Unilever Safety Awards (Prêmio de Segurança da Unilever), que premia as melhores manufaturas da companhia ao redor do mundo no aspecto de saúde e segurança.

Em todas as nossas fábricas, a qualidade e segurança alimen-tar nas linhas de produção é garantida por dois processos: o QVP (Quality Verification Program, na sigla em inglês, ou Programa de Verificação da Qualidade), realizado anualmente nas manufatu-ras e não manufaturas, e o OQR (Operational Quality Review, ou Revisão Operacional da Qualidade), realizado nas operações que respondem ao QVP e têm maior vulnerabilidade no período. Es-ses programas estabelecem procedimentos de manuseio, higiene e controle nas operações, garantindo a checagem, a avaliação e a conformidade do produto final. Em 2012, realizamos auditorias internas OQR nas unidades de Vinhedo e Goiânia.

Outro foco de atenção da Unilever são os co-makers, forne-cedores responsáveis por parte da nossa produção (leia mais em Melhorando as Condições de Vida e Trabalho). Em algumas linhas, como as de xampu e condicionadores, devemos realizar auditorias periódicas em nossos parceiros, para verificar sua conformidade em relação às normas de qualidade e segurança. Em caso de não cumprimento das diretrizes, desenvolvemos ações de melhoria que devem ser executadas sob nossa supervisão.

O ano de 2012 foi marcado ainda pela preparação das uni-dades fabris para a certificação segundo a norma internacional

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responsabilidade pelo produto

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GRI Pr1, FP5

Nossas práticas contemplam todas as fases do ciclo de vida dos produtos, com foco na segurança do consumidor e na qualidade permanente das entregas.

de segurança alimentar (FSSC 22000), que acontecerá em 2013. Tal preparação contou com os programas de manutenção dos certificados atuais, além de revisões dos Guias de Boas Práticas de Manufatura para cada categoria de produto e de auditorias internas realizadas pela equipe global, de forma a identificar e solucionar possíveis pontos críticos para a qualidade e segurança alimentar dos nossos produtos.

armazenamento e distribuiçãoNesta etapa, envolvemos nossos profissionais e parceiros res-

ponsáveis pelo acondicionamento e envio dos produtos, além da cadeia de clientes que também realiza parte da distribuição.

O acondicionamento dos produtos é pensado de acordo com a categoria e com as normas sanitárias do Brasil e do exterior, no caso das que são obedecidas pela Unilever global. Controlamos a temperatura desses materiais e garantimos que estejam sempre livres de pragas.

Os pallets e caixas são armazenados em Centros de Distri-buição (CDs) geridos pela Unilever ou por terceiros, e higieniza-dos periodicamente. Em 2012, avançamos no desenvolvimento de uma política de co-store, a partir de testes reais, que permite o armazenamento de produtos de cuidados pessoais e higiene doméstica junto aos de alimentos, sem comprometer a qualidade ou a segurança. Com isso, ganhamos flexibilidade nos centros de distribuição ao armazenar as cargas sem risco de perda de qualidade do produto.

A fase de distribuição também é alvo especial de atenção para que os caminhões estejam higienizados e transportem cargas

sem interação entre categorias, para não oferecer risco à quali-dade dos produtos. Também temos padrões para o recebimen-to e estocagem dos materiais nos centros logísticos do restante da cadeia. Para isso, engajamos nossos fornecedores e clientes, para que atendam aos nossos padrões. Desde 2011, possuímos um protocolo de critérios de confecção das paletizações, que de-fine a altura máxima dos pallets e o peso e a dimensão máximos das caixas de embarque, entre outros temas.

Realizamos auditorias anuais em todos os nossos Centros de Distribuição. Nesses procedimentos, identificamos oportunidades de melhoria e não conformidades diversas. Elaboramos NQs (No-tificações de Qualidade), enviadas por funcionários e líderes à ges-tão da Unilever para indicar quando os produtos são recebidos fora de especificação. Esses documentos são discutidos mensalmente em fóruns com a participação de diversas áreas da companhia.

Para 2013, o desafio é iniciar a política de co-ship (o transporte conjunto de produtos de higiene e beleza com alimentos), redu-zindo os custos e as emissões de CO2.

venda e Pós-consumoAs etapas finais do ciclo de vida de nossos produtos contem-

plam a comercialização nos pontos de venda e seu uso e destina-ção final pelo consumidor. Antes de chegar aos lares brasileiros, os produtos são armazenados e colocados nos pontos de venda. Nossas equipes distribuídas por todo o Brasil trabalham aspectos de higiene, qualidade e segurança nesses espaços, em parceria com nossa cadeia de clientes, com os quais elaboramos treina-mentos para orientar o manuseio de produtos e embalagens.

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responsabilidade pelo produto

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GRI Pr1, Pr5, FP9, FP10, dMa sC bem-estar animal

Ao longo do ano, também realizamos cinco auditorias em pontos de venda em todo o país para avaliar a qualidade dos produtos e marcas Unilever nas gôndolas dos supermercados, farmácias e demais unidades, com base no protocolo global Con-sumer Relevant Quality Standards (CRQS). A garantia da qualida-de é especialmente relevante para algumas categorias – como a de sorvetes, que depende do armazenamento em refrigeradoras que permitam a manutenção de sua textura e sabor.

Em 2012, a área de Qualidade desenvolveu trabalhos para o controle e a manutenção de temperaturas na cadeia de distri-buição; no segundo semestre, iniciamos um trabalho com um de nossos maiores clientes para acompanhar as conservadoras Kibon. Em 2013, a ideia é desenvolver projetos semelhantes com foco na bebida AdeS, focando aspectos de qualidade na cadeia e nos pontos de venda.

Na etapa de pós-consumo, acreditamos que o bom relacio-namento com o consumidor é fundamental para gerir e reduzir os impactos do negócio. Por isso, recebemos críticas, dúvidas, sugestões e reclamações diariamente por meio do SAC, mídias sociais e e-mails. Os dados são compilados por categoria, anali-sados e apresentados às áreas da companhia em reuniões men-sais, de forma que possamos trabalhar em melhorias e inova-ções com base nas percepções dos consumidores (leia mais em Consumidores).

Já desenvolvemos diversas modificações em embalagens com base nas manifestações recebidas de consumidores. Em 2012, implementamos a comercialização de bisnagas de menor tamanho das pastas de dente Close Up. A mudança foi realizada

ao longo de 2011, após registros de contatos no SAC a respeito da suposta presença de bolhas de ar na embalagem. Com a medida, reduzimos a geração de resíduos em mais de 7%.

Ainda em 2012, reduzimos consideravelmente o número de reclamações associadas ao Meu Frango Assado, fortalecendo a selagem e resistência da bolsa plástica que envolve o produto. Outras questões apresentadas ao SAC foram tratadas em con-junto com o time de Pesquisa e Desenvolvimento a fim de ave-riguar as principais queixas dos consumidores e providenciar revisões de processos que pudessem assegurar a saúde e se-gurança das pessoas.

Com relação à reclamação, em algumas regiões, com a com-pra de sorvete danificado por conta de derretimento, foi elabo-rado em 2012 um plano de ação para readequar os aparelhos e evitar o mau uso deles. O plano contemplou ações internas para a cadeia fria de distribuição e para a equipe de promotores que estão nas lojas e pontos externos com os clientes, como treinamentos para manutenção das conservadoras de sorvete e acondicionamento correto do produto. O resultado foi uma redu-ção de 12% nas reclamações por problemas decorrentes de der-retimento. Em 2013, o projeto tem continuidade com a inclusão de mais clientes no escopo e mais treinamentos internos com a equipe envolvida com o processo de sorvete.

testes com animais

No Brasil, a Unilever não realiza testes em animais. A compa-nhia trabalha em colaboração com outras empresas e centros de pesquisas brasileiros no sentido de desenvolver métodos alternativos de testes, que forneçam informações necessárias para uma avaliação segura do produto e do ingrediente, sem o uso de animais vivos.

Em âmbito global, existe uma diretriz para restringir a apli-cação de testes, excetuando-se apenas os casos em que são exigidos pela legislação do país – geralmente motivada nas ra-ras circunstâncias em que não exista disponibilidade de méto-dos alternativos e seguros (testes em laboratórios ou modelos computadorizados). Trabalhamos com pesquisas internacio-nais e diversos grupos para compartilhar nossa experiência e encorajá-los a aceitar métodos inovadores

Em linha com sua política de transparência, a Unilever re-força o empenho na eliminação total de testes com animais em seus produtos, igualmente comprometida com a se-gurança dos seus consumidores, dos seus funcionários e também do público em geral, procurando sempre oferecer produtos seguros e que não agridam o meio ambiente.

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responsabilidade pelo produtounilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

A posição de segundo maior anunciante do Brasil só reforça a nossa responsabilidade sobre a comunicação dos nossos produtos e temas como a publicidade infantil.

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responsabilidade pelo produto

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GRI Pr6, Pr7, dMa Pr Comunicação e Marketing

MARketING e coMuNIcAção mensagem clarao investimento em publicidade e atividades promocionais reflete o tamanho da nossa empresa e envolve um tema crítico para a indústria de bens de consumo

Em 2012, a Unilever Brasil manteve a posição de segunda maior companhia do país em volume de anúncios, com um au-mento de 17,5% no volume de investimentos. Ao longo do ano, destinamos R$ 3,05 bilhões à publicidade e propaganda, segundo o Ibope, nas diferentes mídias disponíveis – entre os canais ele-trônicos e digitais e ações de merchandising nos pontos de venda. A forte atividade promocional, que reflete a dimensão do nosso negócio, impõe uma grande responsabilidade: a de que tenha-mos uma postura alinhada com nosso Plano de Sustentabilidade e nossa Matriz de Materialidade brasileira, que incluem temas como o consumo consciente e a promoção de boas práticas de comunicação como prioridades estratégicas para a companhia.

Todo novo anúncio ou campanha realizado por nossas mar-cas é submetido a uma avaliação consultiva de diversas áreas, como Jurídico e Nutrição, para garantir a conformidade legal e a coerência do discurso a ser apresentado ao consumidor. Cabe às lideranças das marcas avaliar os pareceres e decidir pela di-vulgação ou não das peças.

Seguimos uma série de diretrizes e compromissos para asse-gurar que nossas comunicações tragam informações contributi-vas para a promoção de bons hábitos de consumo e para a aqui-sição de conhecimento. Internamente, possuímos políticas sobre o tema em nosso Código de Princípios de Negócios e, também, nos Princípios Globais de Marketing de Alimentos e Bebidas da Unilever, revisados periodicamente para garantir a conformidade de nossas práticas em relação a essa categoria.

Nesse documento, abordamos temas como a comunicação do perfil nutricional dos produtos, a divulgação de dados somen-te com comprovação científica e o compromisso de só anunciar aspectos relevantes para a dieta do consumidor. Globalmente, também somos signatários de diversos pactos e acordos de pu-blicidade (leia mais em Nossas Práticas Setoriais).

Buscamos sempre estar em sintonia com as demandas e dis-cussões da realidade brasileira, aderindo a iniciativas e compro-missos do próprio país. Nesse sentido, temos participação ativa no Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Co-

nar) – alguns de nossos executivos ocupam cargos consultivos na entidade – e seguimos suas normas na hora de elaborar a comunicação de nossas marcas e produtos. As áreas de Assuntos Governamentais e Jurídica também acompanham os debates na esfera legislativa e contribuem para eles, antecipando possíveis modificações nas normas brasileiras de marketing voltadas à in-dústria de bens de consumo.

Como parte do nosso relacionamento com o Conar, acatamos e apoiamos decisões e recomendações do órgão que estejam ligadas à restrição, ao pedido de ajustes ou mesmo à retirada do ar de nos-sas propagandas. Em 2012, a Unilever Brasil não recebeu nenhuma multa significativa em relação a comunicações de marketing; no en-tanto, recebemos 14 representações no Conar ao longo do ano – em 2011 foram 11 –, em função da repercussão de campanhas ligadas a marcas como Hellmann’s (maionese e catchup), AdeS, Keratinology, Lux, Axe, TRESemmé, Close Up e Omo.

Dessas representações, quatro resultaram em ajustes em nossas propagandas, seis casos foram arquivados sem necessi-

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responsabilidade pelo produto

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GRI so5

dade de alteração, após defesa da Unilever, e nenhuma resultou na retirada de anúncios do ar. Ao final do ano, um caso ainda es-tava em recurso no Conselho e quatro aguardavam julgamento em primeira instância. Alguns de maior repercussão envolveram as campanhas de Hellmann’s sobre os benefícios nutricionais da maionese, em peça que comparava as propriedades do produto e do azeite; por decisão do Conar, optamos por alterar os anúncios.

As representações do Conar são originadas por consumidores ou concorrentes da indústria de bens de consumo, que eventu-almente questionam a veracidade ou a natureza das nossas co-municações. A Unilever Brasil também registra representações contra outras empresas, quando identifica não conformidades em suas práticas; em 2012, questionamos sete anúncios de três companhias.

Além do Conar, também podemos ser acionados diretamente por entidades e organizações que tratem de temas associados à publicidade e às nossas práticas de comunicação. Em 2012, por exemplo, recebemos uma notificação do Instituto Alana, que questionou as inserções de Lifebuoy na novela “Carrossel”, exibi-da no SBT. Realizamos reunião com representantes da entidade, para esclarecimento da missão social da marca Lifebuoy (veja mais na página 61).

publicidade infantil

Em relação à publicidade infantil, temos como princípio pro-duzir peças de comunicação que estejam aliadas à promoção da melhoria da qualidade de vida, seja na alimentação, nos hábitos de higiene ou nos comportamentos cotidianos. Não minimiza-mos preço, não incentivamos as crianças a persuadir seus pais a comprar nossos produtos e procuramos sempre deixar claro o papel dos adultos e responsáveis sobre a orientação do perfil nutricional dos nossos produtos.

Em concordância com nossos Princípios Globais de Marketing de Alimentos e Bebidas, não fazemos propaganda direcionada a crianças menores de 6 anos de idade e temos reduzido as prá-ticas destinadas ao público infantojuvenil desde 2008 em todo o nosso portfólio.

As comunicações da categoria de alimentos são destinadas somente para a faixa etária de 6 a 12 anos, em casos de produtos que estejam em linha com nosso Programa de Aprimoramento Nutricional (NEP, na sigla em inglês), com índices reduzidos de gorduras, açúcar e sódio.

Desde 2009, somos signatários do Compromisso Público de Publicidade Responsável, que destaca alguns temas críticos re-lacionados à responsabilidade e à atuação das companhias da in-dústria de bens de consumo na comunicação dirigida a crianças.

Um dos nossos principais produtos, nesse sentido, é o sabo-nete antibacteriano Lifebuoy. Com peças no canal a cabo Dis-covery Kids, presente no site www.discoverykidsbrasil.com/life-buoy e em campanhas para produções televisivas como a novela

comPromissos

Em relação à publicidade infantil, a Unilever Brasil se compromete a:

» não transmitir mensagens enganosas; » não interferir na influência parental; » não encorajar crianças a pressionar seus pais ou res-

ponsáveis a comprar produtos; » não sugerir pressão de tempo ou de preço; » não encorajar hábitos alimentares não saudáveis; » não ofuscar a fronteira entre promoção e conteúdo.

“Carrossel”, do SBT, a marca busca transmitir mensagens sobre a importância do hábito de lavar as mãos às crianças e suas fa-mílias, apoiada em sua missão social. Dessa forma, considera-mos que a publicidade de Lifebuoy está alinhada às diretrizes do Plano de Sustentabilidade Unilever e aos nossos compromissos em publicidade infantil.

Por meio da marca, também patrocinamos o espetáculo mu-sical Galinha Pintadinha, que já circulou por diversas capitais bra-sileiras. Com ações interativas, de caráter lúdico, e com a música “Lava a mão”, que orienta sobre os benefícios dos bons hábitos de higiene, nossa proposta é dialogar com as famílias e incentivar cuidados básicos para prevenir doenças e infecções.

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responsabilidade pelo produto

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unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

GRI Pr3, Pr4, FP8, dMa Pr rotulagem de produtos e serviços

LeGIsLAção e RotuLAGeM

informação ao consumidorobedecemos regulamentações brasileiras na comunicação de nossos produtos e, internamente, aplicamos políticas mais rígidas que o exigido por lei

Além de oferecer produtos fabricados com base em proce-dimentos rigorosos de qualidade e segurança, a Unilever Brasil tem como compromisso oferecer a informação correta aos seus consumidores.

Nossas práticas em relação à rotulagem de produtos estão em consonância com a legislação brasileira e trazem informa-ções sobre aspectos como ingredientes – tanto de alimentos como de produtos de cuidados pessoais e limpeza –, manuseio seguro dos produtos, descarte, impactos ambientais associados ao uso e ao descarte e terceirização da fabricação, entre outros.

Em nossas operações, também aplicamos políticas sobre uso de materiais e controle de níveis que, geralmente, são mais rígi-das que as legislações vigentes. Essas políticas são regularmente atualizadas por especialistas em cada tema, baseadas em pes-quisas científicas e regulamentações.

Em 2012, não foram registrados, na Unilever Brasil, casos significativos de não conformidade com regulamentos e códi-gos voluntários relacionados a informações e rotulagem de pro-dutos e serviços.

Em relação aos nossos produtos alimentícios, apresentamos nossos ingredientes de acordos com normas e resoluções nu-tricionais, além da legislação vigente e dos acordos setoriais de que participamos.

Além das exigências legais, o que define os nutrientes dos produtos da organização são os programas de melhorias do per-fil nutricional, como o Programa de Aprimoramento Nutricional (NEP). A avaliação feita pelo NEP se estende a todos os produtos e reúne critérios que estabelecem limites para as quantidades de nutrientes potencialmente deletérios para a saúde e que contri-buem para o desenvolvimento de doenças crônicas e obesidade,

com foco em gorduras saturada e trans, sódio e açúcar (leia mais em Melhorando a Saúde e o Bem-Estar).

Além disso, com base nas metas de Nutrição do Plano de Sus-tentabilidade da Unilever, os teores de sal, açúcar e gordura satu-rada devem ser reduzidos nos produtos; a gordura trans, por sua vez, deve ser removida, e as gorduras essenciais, como ômegas 3 e 6, aumentadas. Também temos metas externas de redução de sódio, definidas em acordo entre a Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação) e o Ministério da Saúde.

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responsabilidade pelo produto

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unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

GRI Pr3

resoluções e pareceres técnicos adotados pela unilever brasil

teMA NoRMA

terceirização de componentes do produto ou serviço decreto nº 7.212/2010

Conteúdo, principalmente com respeito a substâncias que possam gerar um impacto ambiental ou social

resolução nº 180, de 3 de outubro de 2006

uso seguro do produto ou serviço

resolução-rdc nº 3, de 18 de janeiro de 2012 resolução-rdc nº 16, de 12 de abril de 2011 resolução-rdc nº 55, de 10 de novembro de 2009 resolução-rdc nº 40, de 5 de junho de 2008 resolução-rdc nº 211, de 1° de julho de 2005 resolução-rdc nº 360, de 20 de dezembro de 2003 resolução-rdc nº 259, de 20 de setembro de 2002 lei n 10.674, de 16 de maio de 2003 decreto n° 4680/pr, de 24 de abril de 2003

disposição do produto e impactos ambientais/sociais

resolução nº 180, de 3 de outubro de 2006 resolução-rdc nº 163, de 11 de setembro de 2001

outros

Parecer técnico nº 5, de 21 de dezembro 2010 Parecer técnico nº 4, de 21 de dezembro 2010 Parecer técnico nº 1, de 28 de maio de 2004 (atualizado em 20/5/2005)Parecer técnico nº 5, de 28 de setembro de 2001

Além de protocolos técnicos e das normas legais, dispomos de diretrizes próprias para aprimorar o perfil nutricional de nossos produtos.

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Materialidade

declaração de garantia

Índice gri

processo de relato

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GRI 2.9; 3.1; 3.2; 3.3; 3.5; 3.6; 3.7; 3.8; 3.10; 3.11

processo de relato

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Novo ciclo de comuNicaçãoNeste décimo relatório publicado pela Unilever Brasil, comunicamos nosso desempenho e nossos principais compromissos socioambientais

Em continuidade ao ciclo de comunicação de desempenho socioambiental da Unilever Brasil, publicamos nosso décimo Relatório de Sustentabilidade, que contempla o período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2012. Mais uma vez, utilizamos as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI) para a estru-turação do relato, metodologia que adotamos pela primeira vez em 2006. Como principal avanço, em 2012 passamos a uti-lizar a versão G3.1, que agrega novos indicadores e informa-ções em aspectos como diversidade e relações trabalhistas.

Sob a coordenação do Comitê de Sustentabilidade desde 2010, o processo é uma importante ferramenta de gestão para a companhia e, mais uma vez, atingiu o nível de aplicação A+, com verificação de nível de aplicação pela GRI. Neste relatório, reu-nimos e tornamos públicas informações que remetem ao nosso desempenho socioambiental em todas as operações da Unilever no Brasil – fábricas, escritórios e centros de distribuição.

O processo de coleta dos dados e indicadores é feito pela equi-pe gestora, com a participação de lideranças das áreas de Susten-

tabilidade e de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SHE, na sigla em inglês). A apuração envolve representantes de todas as áreas da companhia, incluindo Compras, Pesquisa e Desenvolvimento, Jurí-dico, Marketing, Finanças, Nutrição e Recursos Humanos.

Para definir os conteúdos que compõem este relatório, vol-tamos a realizar um cruzamento entre os temas presentes no Plano de Sustentabilidade da Unilever, em seus três pilares (Melhorando a Saúde e o Bem-Estar, Reduzindo o Impacto Am-biental, Melhorando as Condições de Vida e Trabalho), e os te-mas mais relevantes para nossa gestão e comunicação segun-do a percepção dos nossos públicos estratégicos, levantados a partir do processo de Materialidade (leia mais em Materialidade).

O escopo das informações quantitativas e qualitativas não sofreu alterações significativas, com exceção da unificação das atividades de nossos escritórios JK1 e JK2 no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo, resultando no fechamento do segundo em novembro, o que impactou nossa estrutura operacional. Tam-bém registramos algumas transferências de produção entre

as fábricas do Sudeste e do Nordeste, nas linhas de sorvetes e detergentes em pó. Em alguns indicadores, ampliamos o esco-po de dados informados em função de aspectos das diretrizes GRI G3.1 – por exemplo, no que concerne aos indicadores que tratam de diversidade e práticas de remuneração.

Tivemos aprendizados importantes ao longo dos últimos processos de relato, o que também se reflete em nossa gestão da sustentabilidade. Os desafios e as dificuldades no reporte de alguns dados e indicadores nos levaram ao desenvolvimento de projetos internos para aprimorar nossa gestão. Implanta-mos, por exemplo, uma ferramenta de gestão de impactos nas comunidades antes, durante e depois de uma nova instalação da Unilever Brasil, resultado de um dos projetos socioambien-tais de nossos trainees. Em 2012, a metodologia começou a ser aplicada na construção do novo Centro de Distribuição em Pou-so Alegre (MG) (leia mais em Comunidades).

Também evoluímos na comunicação de alguns dos nos-sos temas críticos, como a questão de relacionamento com as

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GRI 3.4; 3.5; 3.7; 3.9

processo de relato

172

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comunidades de entorno e a dos impactos das operações na biodiversidade brasileira – que estão sendo mapeados e ana-lisados, com resultados e metas comunicados neste relatório. Mantivemos a resposta aos indicadores do Suplemento Setorial de Alimentos, que diz respeito a um dos eixos centrais do nosso negócio, e buscamos melhorias, também, no reporte e na ges-tão de indicadores de direitos humanos.

Em relação à obtenção de dados, 2012 foi o primeiro ano em que conseguimos implantar um sistema de coleta prévia de indicadores, no intuito de aprimorar o rastreamento dos da-dos e analisar tendências ao longo do ano em algumas áreas. Com apoio de uma consultoria e sob a coordenação da área de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SHE), avaliamos nosso desempenho periodicamente com a metodologia da GRI, ago-ra integrada à nossa gestão ambiental – e já contemplada pela ferramenta interna EPR (Environmental Performance Repor-ting, ou Relatório de Desempenho Ambiental). O EPR é utilizado mensalmente para monitorar e apoiar a gestão das operações em temas como consumo de energia e água, emissões e gera-ção de resíduos e efluentes.

Os métodos estão especificados nos indicadores e procu-ram manter séries históricas de pelo menos três anos. Os va-lores absolutos não são divulgados por considerarmos infor-mações estratégicas. Porém, muitos números são divulgados com relação ao volume de produtos fabricados (no caso das manufaturas) e comercializados (no caso das não manufatu-ras). Essa unidade de medida relativa está presente em diver-sos cálculos, especificados ao longo do relatório (x/toneladas produzidas), com o objetivo de manter a comparação de seus resultados e impactos.

No início do processo de relato, voltamos a realizar encontros e oficinas com as equipes gestoras de diversas áreas, de forma a orientá-las sobre as respostas dos indicadores e as formas de obtenção de evidências e informações complementares.

Assim como no ano anterior, esse processo foi submeti-do a verificação externa, assegurando nível A+ de aplicação conforme as diretrizes GRI, e à checagem de nível de aplica-ção da própria GRI. Nossa declaração de garantia foi nova-mente realizada pela BSD Consulting, que verificou as infor-mações relatadas e nos apoiou na identificação de avanços

e pontos de melhoria que ainda precisamos trabalhar nos próximos ciclos.

Nosso Relatório de Sustentabilidade é uma importante ferramenta de gestão, mas também é o principal veículo de prestação de contas para os nossos diversos públicos de rela-cionamentos – incluindo fornecedores, clientes, funcionários, membros do Comitê de Sustentabilidade, consumidores, gover-nos, instituições, comunidades e ONGs, mas não se limitando a eles. A participação dos leitores, com sugestões, dúvidas, crí-ticas e considerações sobre nosso processo de relato da sus-tentabilidade, é valorizada pela equipe responsável e pode ser realizada pelo e-mail [email protected].

Este relatório será publicado em duas versões: um PDF com o conteúdo completo e uma versão resumida em formato digi-tal, ambos disponíveis para download no site da Unilever Brasil. Nesta última, tratamos somente dos temas que dizem respeito à Matriz de Materialidade, no intuito de apresentar aos nossos stakeholders um resumo de nossas principais iniciativas, estra-tégias e desafios em relação às questões mais relevantes para a natureza do negócio.

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GRI 3.5; 4.14; 4.15; 4.17

processo de relato

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MateRIalIdade

Gestão de prioridadesAlém de mapear temas críticos, iniciamos em 2012 um projeto de consulta aos públicos de relacionamento das nossas fábricas

Consideramos que o desenvolvimento da Matriz de Materialidade é uma das principais ferramentas para a Unilever Brasil aprimorar e monitorar práticas de relacionamento e negócio que estejam em linha com o Plano de Sustentabilidade da companhia e com as ex-pectativas dos nossos stakeholders. Mais que um instrumento para definir temas prioritários de relato, consideramos que os processos de materialidade – que realizamos desde o ano de 2008, com dife-rentes níveis de complexidade – têm sido essenciais para o encami-nhamento de nossas ações e estratégias para a sustentabilidade.

A matriz mais recente foi elaborada em 2011 e teve como principal desafio trazer, para a gestão, um mapeamento do cenário nacional que pudéssemos aliar às diretrizes do Plano de Sustentabilidade, de forma a encontrar abordagens próprias para as operações no Brasil.

A orientação de cruzar temas relevantes segundo as expec-tativas e as necessidades dos nossos públicos estratégicos, aspectos da realidade brasileira e os desafios e compromissos

que assumimos globalmente foi trabalhada em um processo de diálogo, que envolveu encontros presenciais e consultas telefô-nicas a mais de 40 pessoas – entre fornecedores, consumido-res, especialistas, clientes e representantes de ONGs –, além da consulta interna a mais de 20 lideranças de diversas áreas da companhia, como Recursos Humanos, Vendas, Marketing, Jurídico, e do Comitê de Sustentabilidade.

Gradualmente, com o mapeamento e a análise de questionários e dos assuntos que cada público considerou mais relevantes, iden-tificamos oito temas prioritários para a gestão da sustentabilidade na Unilever Brasil. Como reflexo de nossas experiências e aprendi-zados ao longo dos últimos ciclos de relato, alguns temas se re-petem desde nossa primeira materialidade – é o caso de questões como o controle de resíduos, os impactos ambientais nos proces-sos produtivos e a redução de impactos nas fases pós-consumo.

Outros, como a gestão de fornecedores baseada em critérios de sustentabilidade e a educação para o consumo consciente,

teMas prioritários da Unilever Brasil

1. Educação para o consumo consciente e novos hábi-tos de consumo

2. Inclusão de critérios socioambientais nos processos de tomada de decisão e no cotidiano dos negócios

3. Desenvolvimento de critérios de sustentabilidade para a seleção, a avaliação e a gestão de fornecedo-res, e de parcerias multissetoriais, quando aplicável

4. Desenvolvimento de práticas para minimizar o impacto ambiental durante o uso e o pós-consumo do produto, incluindo a gestão de resíduos sóli-dos, conforme estabelecido pela Lei Nacional de Resíduos Sólidos

5. Redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) em toda a cadeia de operações

6. Gestão dos impactos ambientais dos processos pro-dutivos e análise dos impactos em todo o ciclo de vida dos produtos

7. Conscientização e engajamento do público interno em sustentabilidade

8. Comunicação transparente e práticas de marketing e propaganda responsáveis além dos critérios legais, especialmente para crianças

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GRI 4.16; 4.17

processo de relato

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surgiram na matriz de 2011, sinalizando as novas necessidades e desafios para os quais devemos nos preparar e posicionar. Os oito temas (veja quadro) mantêm relação estreita com os pilares do Plano de Sustentabilidade, o que viabiliza a adoção de estra-tégias unificadas e reconhecidas por nossa matriz. O trabalho de consolidar esses temas e alinhá-los às diretrizes globais foi coordenado pelo Comitê de Sustentabilidade.

Consideramos que abordar e tratar as questões relevantes que identificamos ao longo da construção da Matriz de Materia-lidade é um processo de longo prazo; em função disso, optamos por dar continuidade a esse trabalho com o mapeamento dos públicos das nossas operações de manufatura do Brasil. Com o objetivo de aprimorar nossa gestão de temas críticos, adap-tando-a às necessidades e contextos de cada uma das fábricas instaladas no Brasil, iniciamos um projeto piloto que contem-plou mapeamentos em fontes secundárias – como veículos de imprensa, órgãos públicos e documentos de referência da Uni-lever ou externos –, questionários online e consultas telefônicas às nossas lideranças nas fábricas de Igarassu (PE), Pouso Ale-gre (MG), Valinhos (SP) e Vinhedo (SP).

O processo buscou subsídios para entendermos de que for-ma se dá o relacionamento com as comunidades de entorno das plantas, que públicos se relacionam (ou deveriam se re-lacionar) com a Unilever Brasil de forma mais permanente e quais os principais avanços e desafios desse diálogo em cada uma das localidades ou operações avaliadas. Também analisa-mos de que forma o Plano de Sustentabilidade da Unilever foi disseminado entre o público interno de cada uma dessas opera-

ções. Nesta fase piloto, entramos em contato com os gerentes de RH e SHE das quatro fábricas contempladas e obtivemos percepções importantes para orientar nossas práticas futuras de diálogo e engajamento com públicos estratégicos.

Para além daqueles stakeholders com os quais nos relacio-namos de forma mais sistemática, como clientes, fornecedores, funcionários e consumidores, acreditamos que a companhia pode estreitar laços, sobretudo, com as comunidades nas quais nossas operações fabris estão inseridas.

Faz parte de nossa perspectiva de aprimoramento da gestão utilizar o diálogo estabelecido ao longo dos processos de ma-terialidade e consulta aos públicos das operações como ferra-mentas de engajamento e comunicação, no intuito de integrar de modo efetivo a sustentabilidade a nossas práticas na cadeia de valor. Em 2013, vamos rever os temas da materialidade apenas internamente, sem envolver um processo de consulta de públicos externos, como divulgamos no relatório de 2011. O objetivo para o próximo ciclo é dar continuidade e concluir o trabalho de mapeamento de stakeholders das unidades fabris, iniciado em 2012, o que nos permitirá estruturar um processo mais amplo e representativo de consulta, dando maior consis-tência à próxima materialidade.

Faz parte da nossa perspectiva de aprimoramento da gestão utilizar o diálogo aberto nos processos de materialidade e consulta aos públicos das operações como ferramentas de engajamento e comunicação.

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A BSD Consulting realizou a verificação independente do processo de elaboração do Relatório de Sustentabilidade de 2012 da Unilever Brasil, desenvolvido de acordo com as dire-trizes da GRI G3.1 (Global Reporting Initiative). O processo de verificação aconteceu pelo terceiro ano consecutivo e tem o ob-jetivo de proporcionar às partes interessadas da Unilever Brasil uma opinião independente sobre: a qualidade do relatório; os processos de engajamento com stakeholders; a aderência aos princípios da AA1000AS 2008; e a gestão de sustentabilidade da companhia.

independênciaTrabalhamos de forma independente e asseguramos que

nenhum integrante da BSD mantém contratos de consultoria ou outros vínculos comerciais com a Unilever Brasil. A BSD Consul-ting é licenciada pela AccountAbility como provedor de garantia (AA1000 Licensed Assurance Provider), sob o registro 000-33.

nossa coMpetênciaA BSD Consulting é uma empresa especializada em susten-

tabilidade. Os trabalhos foram conduzidos por uma equipe de profissionais experientes e capacitados em processos de verifi-cação externa.

responsaBilidades da Unilever Brasil e da BsdA elaboração do Relatório de Sustentabilidade, bem como

a definição de seu conteúdo é de responsabilidade da Unilever Brasil. A avaliação do relatório e a conferência do nível de apli-cação GRI foram objeto de trabalho da BSD.

escopo e liMitaçõesO escopo de nossos trabalhos inclui as informações da ver-

são completa do Relatório de Sustentabilidade 2012 da Unilever Brasil, pelo período coberto pelo relatório. O processo de verifi-cação independente foi conduzido de acordo com o padrão AA-1000AS 2008 (AA1000 Assurance Standard 2008), na condição de verificação do Tipo 1, proporcionando um nível moderado de assurance. O processo abrange a avaliação da aderência do pro-cesso de prestação de contas da Unilever Brasil aos três princí-pios: Inclusão, Materialidade e Capacidade de Resposta.

MetodologiaA abordagem de verificação do processo AA1000 consistiu em:

» Avaliação do conteúdo do Relatório de Sustentabilidade 2012; » Entendimento do processo de geração de informações

para o Relatório de Sustentabilidade, considerando proces-so de engajamento e definição da materialidade; » Pesquisa de informações públicas sobre o setor e a com-panhia (imprensa, sites e bases legais); » Visita realizada na unidade de Vinhedo, no estado de São Paulo, para avaliar a gestão e os controles dos indicadores da unidade; » Entrevistas com executivos, gestores e funcionários de áreas-chave em relação à relevância e o contexto das in-formações para o relato e gestão; » Quando relevante, confirmação de informações sobre o desempenho de sustentabilidade com o corpo diretivo da companhia; e » Com base em testes amostrais, confirmação de informa-ções do Relatório de Sustentabilidade com documentação--suporte, relatórios gerenciais internos e correspondên-cias oficiais.

priNcipais coNclusões – priNcípios aa1000as

Na visão da BSD Consulting, em 2012 a Unilever Brasil de-monstrou evolução na gestão de sustentabilidade, abordando

declaração de GaraNtia

processo de relato

175

unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

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o tema de forma transversal nas diferentes áreas da empresa. Ressalta-se a importância de manter e ampliar o esforço para a consolidação do tema em seus processos de gestão. O engaja-mento de stakeholders está sendo aprimorado por meio do ma-peamento das partes interessadas em unidades operacionais.

priNcipais coNclusões sobre a aderêNcia aos priNcípios aa1000as 2008

1. inclUsão – aBorda a participação de stakeholders no desenvolviMento de UM processo de gestão de sUstentaBilidade transparente e estratégico.

Em 2012, o processo de engajamento foi focado no mapea-mento de partes interessadas de unidades operacionais, repre-sentando uma evolução na priorização de stakeholders.

A Unilever possui alianças estratégicas com grandes parceiros comerciais. É importante avaliar a abordagem de engajamento para identificar a possibilidade de ampliar o relacionamento com pequenos varejistas e fornecedores, estimulando a adoção de práticas de gestão sustentáveis em sua cadeia. Do ponto de vista interno, é preciso manter e ampliar as iniciativas de engajamento do público interno para garantir o alinhamento estratégico.

O próximo Relatório de Sustentabilidade poderá demonstrar de que forma o engajamento com stakeholders contribui para a gestão da sustentabilidade na Unilever por meio da apresenta-

ção de ações desenvolvidas para os temas relevantes e resulta-dos atingidos.

2. Materialidade (oU relevância) – assUntos necessários para qUe os stakeholders toMeM conclUsões soBre o deseMpenho econôMico, social e aMBiental da organização.

O processo de avaliação de temas materiais evoluiu em 2012, com o mapeamento de stakeholders nas unidades opera-cionais. A continuidade desse processo deverá contemplar uma nova avaliação de temas relevantes junto aos stakeholders prio-ritários da Unilever, considerando: o contexto da sustentabili-dade (eventos positivos e negativos), mudanças significativas na organização, impactos passados e futuros, conflitos e dilemas entre grupos de stakeholders ou unidades operacionais.

A Unilever se posiciona de forma consistente em relação aos temas críticos e dilemas do setor. Um exemplo é a apresenta-ção de metas claras em relação à diminuição de sódio nos seus produtos, bem como ações programadas para atingir as me-tas. Além disso, destacam-se ações relacionadas à agricultura sustentável através da compras de matérias-primas de origem comprovadamente sustentável, e ao desenvolvimento de produ-tos mais sustentáveis.

O relatório de sustentabilidade menciona alguns riscos so-cioambientais, tais como riscos quanto aos direitos humanos na cadeia de valor e riscos relacionado às mudanças climáticas. O

conteúdo pode evoluir na apresentação de uma gestão de risco estruturada e integrada à gestão da sustentabilidade.

3. capacidade de resposta – aBorda as ações toMadas pela organização eM decorrência de deMandas especÍficas de stakeholders.

Assim como o relatório anterior, o Relatório de Sustentabili-dade de 2012 está alinhado com o Plano de Sustentabilidade da companhia e com as demandas de seus stakeholders. A aderên-cia às diretrizes GRI G3.1 é adequada, contemplando os princi-pais temas materiais.

Em 2012, observou-se um aprimoramento no sistema de coleta de indicadores. O processo de coleta dos indicadores ambientais foi estruturado pela intranet, possibilitando uma in-teração maior entre o corporativo e as unidades operacionais. A consolidação de indicadores sociais apresentou melhorias com o envolvimento direto das unidades, porém, é importante esta-belecer um processo formal único para garantir a qualidade e a padronização das informações.

Com exceção das informações ambientais, de saúde e se-gurança, e trabalhistas, ressalta-se a importância de sistema-tizar a coleta dos indicadores GRI ao longo do ano, propician-do o monitoramento contínuo, e integração das áreas com o processo de relato e a melhoria da qualidade das informações apresentadas.

O relatório apresenta metas claras em relação aos temas materiais da Unilever Brasil. Entre elas estabeleceu até 2015 a meta de ter 100% de fornecedores agrícolas sustentáveis,

processo de relato

176

unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

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de acordo com critérios predefinidos. A meta é mais ousada do que a estabelecida pela Unilever Global, que tem o prazo até 2020.

A Unilever demonstra compromisso com a melhoria contínua da gestão de sustentabilidade ao utilizar os resultados do pro-cesso de assurance, definir e implementar ações prioritárias.

nÍvel de aplicação gri-g3.1Seguindo as orientações das diretrizes GRI-G3.1, a BSD

declara que o relatório de sustentabilidade de 2012 da Unilever Brasil S.A. é classificado como Nível de Aplicação A+. O rela-tório apresenta informações sobre itens relacionados ao perfil da empresa e descreve os processos de gestão e abordagens da sustentabilidade. São fornecidas informações relacionadas a todas as categorias, aspectos e indicadores: econômico, am-biental, direitos humanos, práticas trabalhistas, sociedade e responsabilidade pelo produto, além dos indicadores do Suple-mento Setorial Food Processing.

São Paulo, 18 de março de 2013.

BSD Consulting (Brasil)

processo de relato

177

unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

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processo de relato

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unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

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processo de relato

179

unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

IndIcadoRes GeRaIs G3.1 Resposta dIReta páGInanível de Resposta

pacto Global

1.1. Mensagem da presidência Algumas informações sobre tendências econômicas são consideradas estratégicas e, por isso, não são publicadas. Mais detalhes sobre a estratégia e o desempenho de sustentabilidade da Unilever podem ser conferidos em http://www.unilever.com.br/sustentabilidade.

3 Completo

1.2. Impactos, riscos e oportunidades

3; 4; 5 e 15

Parcial

2.1. Nome da organização 4 e19 Completo

2.2. Marcas, produtos e/ou serviços

4; 7 e 19 Completo

2.3. Estrutura operacional 4; 9 Completo

2.4. Localização da sede da organização

4 Completo

2.5. Atuação geográfica 4 Completo

2.6. Natureza jurídica 21 Completo

2.7. Mercados atendidos 4 Completo

2.8. Porte da organizaçãoDados relacionados a valores, beneficiários, acionistas e custos são considerados estratégicos e, por isso, confidenciais.

4 a 6; 9 e 10

Completo

IndIcadoRes GeRaIs G3.1 Resposta dIReta páGInanível de Resposta

pacto Global

2.9. Mudanças no ano 171 Completo

2.10. Prêmios e certificações 12 e 13 Completo

3.1. Período coberto pelo relatório

171 Completo

3.2. Relatório anterior 171 Completo

3.3. Periodicidade 171 Completo

3.4. Dados para contato 172 Completo

3.5. Definição do conteúdo 171 a 173 Completo

3.6. Limite do relatório 171 Completo

3.7. Escopo do relatório 171 e 172 Completo

3.8. Base para a elaboração do relatório

171 Completo

3.9. Técnicas de medição e bases de cálculos

172 Completo

3.10. Reformulações de informações

171 Completo

3.11. Mudanças significativas 171 Completo

íNdice GriConfira a localização e o nível de resposta dos indicadores GRI que apresentamos neste relato

O índice será ajustado a partir do Checklist Index finalizado.

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processo de relato

180

unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

IndIcadoRes GeRaIs G3.1 Resposta dIReta páGInanível de Resposta

pacto Global

3.12. Sumário GRI 179 Completo

3.13. Verificação externa 175 Completo

4.1. Governança 21 e 22 Completo

4.2. Identificação de se o presidente do mais alto órgão de governança é também um executivo

21 Completo

4.3. Conselheiros independentes 21 Completo

4.4. Canais de comunicação com o conselho

24 Completo

4.5. Remuneração por sustentabilidade

21 e 22 Completo

4.6. Conflitos de interesse 23 Completo

4.7. Qualificações de conselheiros

21 e 22 Parcial

4.8. Valores, códigos e princípios internos

5; 25 a 27; 29

Completo

4.9. Atuação do conselho 21 e 22 Completo

4.10. Autoavaliação do conselho 22 Completo

4.11. Princípio da precaução 161 Completo

4.12. Cartas, princípios e iniciativas

29 e 30 Completo

4.13. Participação em associações

50 e 51 Completo

IndIcadoRes GeRaIs G3.1 Resposta dIReta páGInanível de Resposta

pacto Global

4.14. Relação de stakeholders32 e 33; 173

Completo

4.15. Identificação de stakeholders

32; 148; 173

Completo

4.16. Engajamento dos stakeholders

19; 32; 148 e 149; 174

Completo

4.17. Demandas de stakeholders32; 173 e 174

Completo

aboRdaGeM de Gestão – deseMpenho econôMIco (ec)

Desempenho econômico 6 Completo

Presença de mercado 5 Completo

Impactos econômicos indiretos 4 Parcial

ec1. DVA

Como companhia de capital fechado no Brasil, a Unilever Brasil não divulga informações detalhadas relacionadas ao seu desempenho econômico no país. Essas informações são confidenciais, sob responsabilidade da Unilever Global, pois são consideradas estratégicas.

6 Completo

ec2. Mudanças climáticas 83 Completo

ec3. Plano de pensão 153 Completo

ec4. Subsídios

Como incentivos e política tributária são um diferencial competitivo, esses dados são considerados estratégicos e, por isso, confidenciais.

Completo

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processo de relato

181

unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

IndIcadoRes GeRaIs G3.1 Resposta dIReta páGInanível de Resposta

pacto Global

ec5. Relação salário-mínimo interno/local

155 Completo 1

ec6. Gastos com fornecedores locais

120 e 124 Completo

ec7. Contratação local 144 Completo 6

ec8. Investimentos em infraestrutura

Em 2013, haverá um projeto-piloto em duas manufaturas para identificar potenciais ações de engajamento com a comunidade. Um grupo de trabalho com membros de diferentes áreas foi formado para conduzir os projetos. Em 2012, não houve um processo formal para direcionar investimentos em infraestrutura a partir de demandas locais específicas.

40 a 44 Completo

ec9. Impactos econômicos indiretos

Em 2013, haverá um projeto-piloto em duas manufaturas para identificar potenciais ações de engajamento com a comunidade. Essas ações poderão ajudar a identificar impactos econômicos indiretos locais.

4; 29; 80 Parcial

aboRdaGeM de Gestão – deseMpenho aMbIental

Materiais 77 Completo

Energia112; 116 e 117

Completo

Água87; 91 e 92

Completo

Biodiversidade 99; 105 Completo

IndIcadoRes GeRaIs G3.1 Resposta dIReta páGInanível de Resposta

pacto Global

Emissões, efluentes e resíduos73 e 74; 82; 85; 95; 110

Completo

Produtos e serviços 70; 80 Completo

Conformidade 27; 66 Completo

Transporte 83 Completo

Geral 72 Completo

en1. Materiais utilizadosO volume de insumos diretos presentes no produto final é uma informação confidencial e, portanto, não é reportada.

78 e 79 Completo 8

en2. Materiais provenientes de reciclagem

77 a 79 Completo 8 e 9

en3. Consumo de energia direta 112 a 116 Completo 8

en4. Consumo de energia indireta

113; 115 e 116

Completo 8 e 9

en5. Energia economizada 117 Completo 8

en6. Produtos e serviços ecoeficientes

Os produtos da Unilever têm foco em redução de energia durante a produção e no pós-consumo. Em 2012, não tivemos iniciativas para fabricar produtos com redução de energia.

Completo

en7. Redução do consumo de energia

117 Completo

en8. Água retirada por fonte 89 a 91 Completo 8 e 9

en9. Fontes hídricas afetadas 92 e 93 Completo 8

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processo de relato

182

unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

IndIcadoRes GeRaIs G3.1 Resposta dIReta páGInanível de Resposta

pacto Global

en10. Água reciclada e reutilizada 92 Completo 8

en11. Áreas protegidas 100 e 101 Completo 8

en12. Impactos na biodiversidade

99 a 101; 104

Completo 8

en13. Hábitats protegidos ou restaurados

100 a 103 Completo

en14. Gestão de impactos na biodiversidade

99; 105 a 108

Completo

en15. Lista vermelha da IUCN 100 e 101 Completo

en16. Emissões diretas de gases do efeito estufa

85 e 86 Completo 8

en17. Emissões indiretas de gases do efeito estufa

85 e 86 Completo 8

en18. Redução de emissões de gases de efeito estufa

83 e 84 Completo 7, 8 e 9

en19. Camada de ozônio 110 Completo 8

en20. NOx, SOx e outras emissões

110 e 111 Completo 8

en21. Descarte de água 96 e 97 Completo 8

en22. Peso total de resíduos 75 e 76 Completo 8

en23. Derramamentos significativos

Não houve derramamentos significativos no período. Consideramos significativo o derramamento que cause alterações persistentes ou pontualmente significativas na qualidade do corpo d’água.

Completo 8

IndIcadoRes GeRaIs G3.1 Resposta dIReta páGInanível de Resposta

pacto Global

en24. Resíduos perigosos transportados

76 Completo

en25. Corpos d’água e hábitats afetados

97 e 98 Completo

en26. Mitigação de impactos de produtos/serviços

70 e 71; 80; 83 e 84; 90 e 91

Completo 7, 8 e 9

en27. Produtos e embalagens recuperados

Nossa gestão de resíduos acompanha as discussões que projetam um acordo setorial, conforme requer a PNRS. No relatório de 2013 publicaremos novas informações a respeito dos diálogos setoriais.

48 e 80 Completo 8 e 9

en28. Não conformidade ambiental

Não houve registro de multas por não conformidade com leis e regulamentos ambientais.

Completo 8

en29. Impactos de transportes 83 e 84 Completo 8

en30. Investimentos e gastos em proteção ambiental

72 Completo 7, 8 e 9

aboRdaGeM de Gestão – pRátIcas tRabalhIstas

Emprego 128 Completo

Relação entre os trabalhadores e a governança

24 Completo

Saúde ocupacional e segurança 143 Completo

Treinamento e educação 145 Completo

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processo de relato

183

unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

IndIcadoRes GeRaIs G3.1 Resposta dIReta páGInanível de Resposta

pacto Global

Diversidade e igualdade de oportunidades

154 Completo

Remuneração igualitária entre homens e mulheres

155 Completo

la1. Perfil dos funcionários 131 e 132 Completo

la2. Taxa de rotatividade 132 a 134 Completo 6

la3. Benefícios aos funcionários 152 Completo

la4. Negociação coletiva 159 Completo 1, 2 e 3

la5. Prazo mínimo para notificação com antecedência de mudanças operacionais.

159 Completo

la6. Comitês de segurança e saúde

159 Completo 1, 2 e 3

la7. Doenças ocupacionais, dias perdidos e óbitos

136 a 141 Completo 1

la8. Programas de prevenção de doenças graves

138; 143 Completo 1

la9. Acordos com sindicatos sobre saúde e segurança

159 Completo 1

la10. Média de horas por treinamento por ano

As horas de treinamentos contabilizadas não foram divididas por gênero. Essa informação estará disponível no próximo relatório.

145 Completo 6

la11. Aprendizagem contínua 145; 152 Completo

IndIcadoRes GeRaIs G3.1 Resposta dIReta páGInanível de Resposta

pacto Global

la12. Desenvolvimento de carreira

100% dos funcionários recebem regularmente análises de desempenho e desenvolvimento de carreira.

145 Completo

la13. Diversidade

A Unilever ainda está ajustando o reporte deste indicador. A discriminação por gênero dos membros do conselho, PCDs e grupos etários será feita no próximo relatório.

154 e 155 Completo 1 e 3

la14. Proporção de salário homens/mulheres

156 Completo 1, 2 e 3

la15. Retorno ao trabalho e taxas de retenção após licença-maternidade/paternidade, por gênero.

A Unilever fez o reporte deste indicador pela primeira vez. Como estamos tratando das licenças que aconteceram em 2012, e portanto ainda não temos uma base histórica, não há um reporte para o número de funcionárias que se mantiveram por 12 meses após o seu regresso.

145 Completo

aboRdaGeM de Gestão – dIReItos huManos

Práticas de investimento e processos de compra

120 e 124 Completo

Não discriminação 125 Completo

Liberdade de associação 159 Parcial

Trabalho infantil 124 Parcial

Trabalho forçado ou análogo ao escravo

124 Parcial

Práticas de segurança 184 Completo

Avaliação 184 Completo

Page 185: RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012 UNILEVER BRASIL · unilever brasil RelAtRIo de sustentAbIlIdAde 2012 voltar ao sumário GRI 2.8, 4.8, 1.2, dMa eC Presença de Mercado Por isso,

processo de relato

184

unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

IndIcadoRes GeRaIs G3.1 Resposta dIReta páGInanível de Resposta

pacto Global

Remediação 184 Completo

hR1. Cláusulas sobre direitos humanos em contratos de investimento

124 Completo

hR2. Fornecedores avaliados em direitos humanos

124 e 125 Completo1, 2, 3 e 4

hR3. Treinamento em direitos humanos

25; 27 Completo

hR4. Casos de discriminação na empresa

25; 27 Completo 1, 2 e 3

hR5. Liberdade de associação

A Unilever trará, no próximo relatório, um mapeamento mais preciso sobre os fornecedores mais críticos com relação à liberdade de associação e negociação coletiva.

159 Parcial 1, 2 e 3

hR6. Trabalho infantil

A Unilever trará, no próximo relatório, um mapeamento mais preciso sobre os fornecedores mais críticos com relação ao trabalho infantil.

124 Parcial 1, 2 e 3

hR7. Trabalho forçado ou escravo

A Unilever trará, no próximo relatório ,um mapeamento mais preciso sobre os fornecedores mais críticos com relação ao trabalho forçado ou análogo ao escravo.

124 Parcial 1, 2 e 3

IndIcadoRes GeRaIs G3.1 Resposta dIReta páGInanível de Resposta

pacto Global

hR8. Treinamento em aspectos de direitos humanos para pessoal de segurança

A segurança patrimonial na Unilever é feita por duas empresas terceirizadas, que treinam seus funcionários em temas relacionados a direitos humanos. Em 2012, 100% do quadro de vigilância foi submetido a um treinamento, com carga horária de seis horas, que aborda questões como: direitos humanos e relações humanas no trabalho, prática da afirmação dos direitos humanos e atendimento adequado e prioritário a pessoas com deficiência.

Completo

hR9. Violações de direitos indígenas

A Unilever não possui operações em regiões de área indígena.

Não Material

hR10. Percentual e número total de operações que tenham sido analisadas quanto aos riscos relacionados a direitos humanos e/ou os impactos desses riscos

A Unilever conta com práticas preventivas relacionadas a direitos humanos, como treinamentos e disseminação do Código de Princípios, dos canais de denúncia e da estrutura preparada para gerir essas questões. Não há uma avaliação formal específica nas operações relacionada a direitos humanos, embora as iniciativas preventivas sejam subsídios de avaliação.

Completo

hR11. Número de reclamações relacionadas com os direitos humanos arquivadas, encaminhadas e resolvidas através de mecanismos formais de reclamação

No total, recebemos 72 reclamações, todas apuradas. Nenhum caso foi comprovado e, por isso, as reclamações foram arquivadas.

Completo

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processo de relato

185

unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

IndIcadoRes GeRaIs G3.1 Resposta dIReta páGInanível de Resposta

pacto Global

aboRdaGeM de Gestão – socIedade

Comunidades locais 40 Completo

Acesso a alimentos saudáveis 57 Completo

Corrupção 23 Completo

Políticas públicas 47 Completo

Concorrência desleal 27 Completo

Conformidade 27 Completo

so1. Gestão de impactos

Os programas de engajamento da comunidade local na Unilever não contam com comitês de consulta pública (comunitária), que incluam grupos vulneráveis, ou ainda conselhos ou comitês de saúde com representação externa. Os programas estão descritos no relatório, bem como as unidades em que estão implementados.

40 e 41 10

so2. Avaliações de riscos de corrupção

24 Completo 10

so3. Treinamento anticorrupção 23 Completo 10

so4. Casos de corrupção 24 Completo 10

so5. Políticas públicas e lobbies47 a 49; 167

Completo 10

IndIcadoRes GeRaIs G3.1 Resposta dIReta páGInanível de Resposta

pacto Global

so6. Contribuições a partidos políticos

A Unilever não apoia partidos nem organizações políticas, assim como não realiza campanhas políticas para funcionários, como esclarece o Código de Princípios da empresa.

Completo

so7. Concorrência desleal

Não há registro de ações judiciais significativas pendentes ou encerradas em 2012 por concorrência desleal, práticas de truste e monopólio.

Completo

so8. Não conformidade com leis e regulamentos (tributos, trabalhistas, fraudes)

Não há casos significativos, no ano de 2012, que tenham resultado em multa ou penalidade.

Completo

so9. Operações com impactos potenciais significativos ou impactos negativos reais sobre as comunidades locais

Em 2013, haverá um projeto-piloto em duas manufaturas para identificar potenciais ações de engajamento com a comunidade. Um grupo de trabalho com membros de diferentes áreas foi formado para conduzir os projetos.

42 e 43 Parcial

so10. Medidas de prevenção e mitigação implementadas nas operações com significativo potencial ou impactos negativos reais sobre as comunidades locais

Em 2013, haverá um projeto-piloto em duas manufaturas para identificar potenciais ações de engajamento com a comunidade. Um grupo de trabalho com membros de diferentes áreas foi formado para conduzir os projetos.

42 e 43 Parcial

aboRdaGeM de Gestão – ResponsabIlIdade sobRe o pRoduto

Saúde e segurança do cliente 161

Rotulagem de produtos e serviços 168

Comunicação e marketing 166

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processo de relato

186

unilever brasil relatório de sustentabilidade 2012 voltar ao sumário

IndIcadoRes GeRaIs G3.1 Resposta dIReta páGInanível de Resposta

pacto Global

Conformidade 27

pR1. Avaliação de impactos 162 a 164 Completo

pR2. Não conformidade – saúde e segurança do produto

Em 2012, não registramos nenhum caso significativo de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados aos impactos causados por produtos e serviços na saúde e segurança.

Completo

pR3. Rótulos de produtos 168 e 169 Completo

pR4. Não conformidade – rotulagem

168 Completo

pR5. Satisfação do cliente34 e 35; 38; 164

Completo

pR6. Adesão às normas – comunicação e marketing

166 Completo

pR7. Não conformidade – comunicação e marketing

166 Completo

pR8. Violação de privacidade Não material

pR9. Não conformidade – fornecimento e uso de produtos

Não há casos significativos, no ano de 2012, que tenham resultado em multa ou penalidade.

Completo

abordaGem de Gestão – abastecimeNto (sc)

Proteção aos recursos naturais 121 Completo

Minimização de toxicidade 161 Completo

Comércio justo 120 Completo

IndIcadoRes GeRaIs G3.1 Resposta dIReta páGInanível de Resposta

pacto Global

Compensação justa pelo trabalho 120 Completo

Rastreabilidade 121 Completo

Organismos geneticamente modificados (OGMs)

161 Completo

Bem-estar animal 164 Completo

Biocombustíveis 80 Completo

Fp1. Percentagem de volume comprado de fornecedores em conformidade com política de terceirização da organização

122 Completo

Fp2. Percentagem de volume comprado que está em conformidade com a credibilidade e normas de produção responsável internacionalmente reconhecidas

120 e 121 Completo

Fp3. Porcentagem de tempo trabalhado perdido por causa de conflitos laborais e/ou greves

159 Completo

Fp4. Natureza, alcance e eficácia de programas e práticas que envolvam acesso a estilos de vida saudáveis e alimentos saudáveis

56 a 58 Completo

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processo de relato

187

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IndIcadoRes GeRaIs G3.1 Resposta dIReta páGInanível de Resposta

pacto Global

Fp5. Percentagem do volume de produção fabricado em locais certificados no sistema de gestão de segurança alimentar

162 e 163 Completo

Fp6. Percentagem do volume total de vendas de produtos de consumo com redução de gordura saturada e trans, sódio e adição de açúcares

57 e 58 Completo

Fp7. Percentagem do volume total de vendas de produtos de consumo com aumento de ingredientes nutritivos

57 e 58 Completo

Fp8. Políticas e práticas de comunicação aos consumidores sobre ingredientes e informações nutricionais além das exigências legais

168 Completo

Fp9. Percentagem e total de animais criados e/ou transformados, por espécie e tipo de raça

Por conta da natureza de nossos produtos de alimentação, não adquirimos animais vivos ou para abate, e sim subprodutos – como farinha de peixe e carne em pó – utilizados nas receitas de sopas e caldos. De qualquer forma, todos os fornecedores dessas matérias-primas nos informaram possuir alguma política de bem-estar animal relacionada ao transporte ou ao abate deles.

164 Completo

IndIcadoRes GeRaIs G3.1 Resposta dIReta páGInanível de Resposta

pacto Global

Fp10. Políticas e práticas, por espécie e raça, relacionadas com alterações físicas e uso de anestésico

Por conta da natureza de nossos produtos de alimentação, não adquirimos animais vivos ou para abate, e sim subprodutos – como farinha de peixe e carne em pó – utilizados nas receitas de sopas e caldos. De qualquer forma, todos os fornecedores dessas matérias-primas nos informaram possuir alguma política de bem-estar animal relacionada ao transporte ou ao abate deles.

164 Completo

Fp11. Percentagem e total de animais criados e/ou transformados, por espécie e raça, por tipo de habitação

Não material

Fp12. Políticas e práticas em matéria de antibióticos, anti-inflamatórios, hormônios e/ou tratamentos para crescimento, por espécie e raça

Não material

Fp13. Número total de casos de descumprimentos significativos de leis e regulamentos, e a aderência aos padrões voluntários relacionados às práticas de transporte, manejo e abate dos animais terrestres e aquáticos

Não material

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processo de relato

188

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Consultoria GRI, redação e edição Report Sustentabilidade

RevisãoAssertiva Produções Editoriais

Projeto gráfico, diagramação e produção gráfica Report Comunicação

AssuranceBSD Consulting

FotografiaAcervo UnileverNa LataUNPHOTO/Nicole Algranti (pág. 20)

Família tipográficaFF Din, Albert-Jan Pool e Erik Spiekermann, 1994.

[email protected]

CS – Comitê de SustentabilidadeCE – Conselho Executivo(em ordem alfabética)

Time de SustentabilidadeCristiane LourençoÉrica IkunoJorge KostrischJuliana Nunes CSLaís RochaLígia Camargo CS

ConteúdoAlessandra Rondinelli CSAna AguileraAna Cortez CSAna CortopassiAna Paula CandidoAna Paula DuarteAnderson Hass Anderson RochaAnderson Utembergue CSAndrea Salzano CS

Betania GattaiBruno CarramenhaCarla SchuchmannCaroline LimaCarolina ReisCecília Dias CSClaudia Cavalcante Claudio WeschlerCrisley OliveiraCristiana AmaralDaianne GalvãoDaniela BombonattiEduardo Reis CE Elaine MolinaElizabeth Vargas CSFabiola CarvalhoFernanda MarquesFernando BigliazziFernando Fernandez CEFernando PradoFernando Rodrigueiro CSGabriela JacobGilberto SoaresGisele Pavin

Jeicy Caldas Jessica CustodioJoana Rudiger Jose AndreosiJosé Negrete CS/CEJuliana BarrichelloJuliana Marra CSJuliana TorresJúlio Campos CS/CEKarina ZimerfeldKatrin WredeLeonice FerreiraLuciana TudeiaLudmila LopezMarcelo MontovaneliMaria Luisa Lopez CSMaria Luisa Orlando CSMariana AngerameMarina YokoMauricio PintoMeire OdloakMiguel OrtizMilton BrandtNelcina Tropardi CS

Newman Debs CEPaula Lopes Paulo SouzaRafael ZanettiRaul Fernando RodriguezRenata ColtroSergio Castro Sueli CagliariThaís MoreiraThaisa ProniThaíssa ProniUwe Hagemann Vannessa SilvaVanessa ToroVanessa VilarViviane FeitozaZelia Martini

créditos

Page 190: RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012 UNILEVER BRASIL · unilever brasil RelAtRIo de sustentAbIlIdAde 2012 voltar ao sumário GRI 2.8, 4.8, 1.2, dMa eC Presença de Mercado Por isso,