Renascer44

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DESTAQUES EDIÇÃO ESPECIAL Janeiro Junho 2014 RENASCER boletim informativo Distribuição Gratuita | Publicação Trimestral | Nº 44 Santa Casa da Misericórdia de Sines www.scmsines.org 498º Aniversário 498º Aniversário pág. 4 pág. 4 À Conversa com… Augusto Canaça À Conversa com… Augusto Canaça pág. 10 pág. 10 SERVIÇO DE FISIOTERAPIA ABRE AO PÚBLICO No âmbito do projecto Misericórdia Saúde, a Santa Casa reorganizou o Serviço de Fisioterapia criando condições para a sua abertura ao exterior. Assim, desde dia 2 de Abril, além dos utentes da Instituição, quem necessitar de tratamentos de fisioterapia pode recorrer à Santa Casa da Misericórdia de Sines. O Gabinete de Fisioterapia funciona junto ao Lar Anexo I, de segundafeira a sábado, entre as 12h e as 20h, mediante marcação. Durante a manhã o atendimento é exclusivo para utentes da Instituição. (Continua na página 3) Hóquei Solidário Hóquei Solidário pág. 8 pág. 8

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Boletim Informativo Nº44. Edição Especial de Janeiro a Junho de 2014.

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DESTAQUES

EDIÇÃO ESPECIAL 

Janeiro 

Junho 

2014 RENASCER b o l e t i m i n f o r m a t i v o

Distribuição Gratuita | Publicação Trimestral | Nº 44 

Santa Casa da Misericórdia de Sines www.scmsines.org 

498º Aniversário498º Aniversário pág. 4pág. 4

À Conversa com… Augusto CanaçaÀ Conversa com… Augusto Canaça pág. 10pág. 10

SERVIÇO DE FISIOTERAPIA ABRE AO PÚBLICO

No  âmbito  do  projec‐

to Misericórdia Saúde, 

a Santa Casa reorgani‐

zou o Serviço de Fisio‐

terapia  criando  condi‐

ções para  a  sua  aber‐

tura  ao  exterior. 

Assim, desde dia 2 de 

Abril,  além  dos  uten‐

tes  da  Instituição, 

quem  necessitar  de 

tratamentos  de  fisio‐

terapia  pode  recorrer 

à Santa Casa da Mise‐

ricórdia  de  Sines.  O 

Gabinete de Fisiotera‐

pia  funciona  junto  ao 

Lar Anexo I, de segun‐

da‐feira  a  sábado, 

entre as 12h e as 20h, 

mediante  marcação. 

Durante  a  manhã  o 

atendimento  é  exclu‐

sivo  para  utentes  da 

Instituição. 

(Continua na página 3) Hóquei SolidárioHóquei Solidário pág. 8pág. 8

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É  do  conhecimento  de 

todos que a grande maio‐

ria  dos  utentes  da  nossa 

Santa  Casa  são  idosos. 

Quando  dão  entrada  nos 

lares, a maior parte, apre‐

senta limitações a nível de 

locomoção  que  é  funda‐

mental  combater  recor‐

rendo  a  tratamentos  de 

fisioterapia.  Associado  a 

isto  está  o  facto  de  em 

Sines  escassearem,  ou 

não  existirem  mesmo, 

Serviços  de  Fisioterapia  o 

que  implica  dispendiosas 

e  cansativas  deslocações 

para  o  concelho  vizinho 

de Santiago do Cacém.  

Por tudo  isto, nos últimos 

anos,  tem  sido  propósito 

da  Mesa  Administrativa 

desenvolver  o  Serviço  de 

Fisioterapia  da  SCMS  de 

modo a abri‐lo ao público. 

Recentemente  foi  dado 

mais um passo  importan‐

te na  concretização deste 

objectivo.  Adquirimos 

novos equipamentos atra‐

vés de uma candidatura a 

fundos  comunitários, 

reinstalamos o serviço em 

duas novas salas e reorga‐

nizamo‐lo de modo a pro‐

porcionar  o  atendimento 

ao público em geral, além 

do  atendimento  aos  nos‐

sos  utentes.  Desde  Abril 

quem necessitar de  trata‐

mentos  de  fisioterapia 

pode  recorrer  à  Santa 

Casa,  sendo  este  serviço 

uma mais‐valia  para  toda 

a população. 

Até final do ano, a expan‐

são  deste  serviço  conti‐

nuará, passando a  funcio‐

nar  no  Lar  Prats  Sénior. 

Neste edifício, actualmen‐

te  em  construção  depois 

um  interregno,  está  pre‐

vista  a  criação  de  uma/

duas  salas  de  fisioterapia 

pensadas  de  raiz  para 

receber  este  serviço  fun‐

damental a nível interno e 

externo. 

Em todo este processo de 

modernização  do  Serviço 

de  Fisioterapia,  há  um 

pormenor que não quere‐

mos  descurar  que  é  o 

atendimento  prioritário  e 

de  qualidade  aos  nossos 

utentes.  A  fisioterapia 

para  eles  é  um mecanis‐

mo  que  atenua  as  suas 

fragilidades  de  saúde  e 

lhes  devolve  esperança  e 

ânimo para suportar algu‐

ma perda de capacidades. 

Como  esta  edição  do 

Renascer  coincide  com  o 

início  do  período  de 

férias,  não  poderia  tam‐

bém deixar de desejar aos 

nossos  colaboradores 

umas “Boas Férias”, e que 

cada  um  aproveite  para 

descansar  e  “recarregue 

baterias”,  desfrutando  da 

melhor  forma o  seu  tem‐

po  livre.  O  trabalho  que 

desenvolvemos, apesar de 

compensador,  é  esgotan‐

te, pelo que o período de 

férias é  fundamental para 

nos  retemperarmos e  tra‐

zermos  energias  renova‐

das  para  respondermos 

com afecto e qualidade às 

necessidades  dos  nossos 

utentes.  

RENASCER 

bo l e t im i n fo rmat i vo

Propriedade, Edição e Impressão SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SINES  

Periodicidade  Trimestral  

Número  44  

Edição EDIÇÃO ESPECIAL ‐ Janeiro | Junho  2014  

Director Luís Maria Venturinha de Vilhena  

Redacção  Rita Camacho  

Revisão de Texto  José Mouro, Rita Camacho  

Fotografia Rita Camacho, João Craveira e Silva,  Tiago Canhoto e Eva Zambujo 

 Grafismo | Montagem | Paginação  Ricardo Batista, Rita Camacho  

Tiragem  300 exemplares  

Depósito legal  325965/11  

Distribuição  Gratuita 

Ficha Técnica

RENASCER b o l e t i m i n f o r m a t i v o

ED

ITO

RIA

L

Luís Maria Venturinha de Vilhena Provedor da Misericórdia de Sines

Page 3: Renascer44

SERVIÇO DE FISIOTERAPIA ABRE AO PÚBLICO

RENASCER 

bo l e t im i n fo rmat i vo

A equipa de fisioterapeutas actualmente em funções na Santa Casa 

Anteriormente o Serviço de Fisiote‐

rapia  funcionava  só durante  a  tar‐

de,  de  segunda  a  sexta‐feira,  e  os 

equipamentos  existentes  eram 

escassos  e  obsoletos.  Os  novos 

equipamentos,  adquiridos  através 

de  Fundos  Europeus,  permitiram 

modernizar  o  serviço,  que  agora 

está  apetrechado  com  o  que  de 

melhor  existe  no mercado.  Guido 

Marinho, o fisioterapeuta da Santa 

Casa,  refere  mesmo  que 

«decidimos apostar num serviço de 

fisioterapia  diferente  do  que  já 

existia, por isso adquirimos equipa‐

mentos  que  não  são  fáceis  de 

encontrar noutros centros de  fisio‐

terapia,  sobretudo  aqui  no  Litoral 

Alentejano.  Temos,  por  exemplo, 

um aparelho de ondas de choques 

radiais muito  utilizado  para  quem 

tem  problemas  de  calcificações, 

fibroses  ou  outras  patologias  no 

ombro.  Conseguimos  excelentes 

resultados com este aparelho, pois 

aparecem‐nos  aqui  pessoas  que 

não  conseguem  levantar  o  braço 

ou pentear‐se e ao fim de algumas 

sessões já são capazes de o fazer.» 

Nesta  reorganização do  serviço de 

Fisioterapia,  a  principal  preocupa‐

ção da  Instituição  foi  a de melhor 

servir os utentes, mas também cor‐

responder  às  necessidades  do 

público,  oferecendo‐lhe  um  novo 

serviço,  que  é  igualmente  uma 

mais‐valia para a Santa Casa. Assim 

que o novo Lar Prats Sénior estiver 

concluído, o Serviço de Fisioterapia 

será  transferido para as novas  ins‐

talações. 

De  acordo  com  o  Provedor  da 

Misericórdia de Sines, Luís Venturi‐

nha, a aquisição de novos equipa‐

mentos e a abertura do Serviço de 

Fisioterapia ao exterior «é um pro‐

jecto antigo da Instituição, pensado 

porque,  por  um  lado,  os  nossos 

utentes  têm  grande  necessidade 

deste  tipo  de  tratamentos  e,  por 

outro, porque em Sines quase não 

existe oferta ao nível de  tratamen‐

tos  de  fisioterapia.  Assim,  temos 

todas as condições para prestar um 

bom serviço a este nível e estamos 

a contribuir para aumentar o aces‐

so da população a serviços de rea‐

bilitação preventiva e curativa.»  

(Continuação da página 1)

Marquesa de tracção para tratamento de proble‐

mas de coluna. 

Horário de Funcionamento 

De segunda‐feira a sábado, das 09h às 20h (sob marcação)  

Contactos 

Morada: Avenida 25 de Abril  

Telf.: 269630460 (Geral SCMSines) | 269870326 (Fisioterapia) 

Telem.: 961276477 (Fisioterapia) 

E‐mail: [email protected] |[email protected]  

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RENASCER 

bo l e t im i n fo rmat i vo

Actuação dos “Tem Avondo” 

Dia  22  de  Fevereiro,  a  Santa  Casa  da 

Misericórdia  de  Sines  completou  498 

anos.  Também  nesta  data,  as  nossas 

valências  Lar  “A  Âncora”  e  “Porto 

d´Abrigo”  festejaram os  seus aniversá‐

rios, 13 e 11 anos respectivamente. As 

comemorações  decorreram  no  Salão 

Social da Instituição repleto de utentes, 

colaboradores,  familiares,  irmãos, 

voluntários  e  amigos  da  Misericórdia 

de Sines. 

O programa iniciou‐se com um discurso 

do Provedor da Santa Casa, Luís Ventu‐

rinha, ao qual se seguiu uma homena‐

gem  a  três  funcionárias  que  este  ano 

completam 25 anos ao serviço da Insti‐

tuição. É o reconhecimento pelo traba‐

lho e dedicação de toda “uma vida” em 

prol da solidariedade social. 

A grande atracção da tarde foi a música 

dos “Tem Avondo”, um conjunto musi‐

cal que  faz parte do Grupo de Anima‐

ção  Cultural  de  São  Domingos  e  que 

assenta  o  seu  repertório  em  canções 

tradicionais  alentejanas.  Facilmente 

reconhecíveis pela plateia, as melodias 

foram  sendo  trauteadas  e  aplaudidas 

com alegria e entusiasmo pelos presen‐

tes.  

A  terminar  realizou‐se um  lanche  con‐

vívio, onde não faltou o bolo de aniver‐

sário, os “Parabéns a Você” e o soprar 

das velas, com votos de muito sucesso 

para a maior Instituição de Solidarieda‐

de Social do concelho de Sines. 

498º ANIVERSÁRIO

O momento em que todos cantaram os parabéns à Misericórdia  Discurso do Provedor, Luís Venturinha 

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bo l e t im i n fo rmat i vo RENASCER 

Luís Venturinha considerou que «foi um 

dia  de  aniversário  genuíno  e  simples, 

com  uma  comemoração  organizada 

para  quem  vive  o  dia‐a‐dia  da Miseri‐

córdia.»  De  acordo  com  as  suas  pala‐

vras, a Santa Casa «teve a preocupação 

de trazer um conjunto de cantares alen‐

tejanos  que  é  sempre  do  agrado  dos 

utentes,  que  se  sentiram  felizes  e 

recompensados  por  este  dia, mostran‐

do‐se  alguns  deles  emocionados  por 

assistirem  a  uma  actuação  com músi‐

cas que  tão bem conhecem». Luís Ven‐

turinha  salientou  ainda  que  é  positivo 

fazer‐se 498 anos: «são quase 500 anos 

que  transformam  a  Santa  Casa  num 

símbolo histórico do concelho, que deve 

ser  apadrinhado  e  acarinhado  por 

todos os  sinienses». O Provedor desta‐

cou  também  «a  entrega,  dedicação  e 

espírito de equipa de todos os colabora‐

dores  na  organização  da  iniciativa”  e 

terminou  referindo  com  orgulho  que 

«foi um dia bem passado, sem grandes 

‘pompas’, mas que transmitiu alegria e 

satisfação  às  pessoas.  A  Misericórdia 

está, por  tudo  isto, de Parabéns  e que 

assim continue para bem de todos».  

MENSAGEM DE ANIVERSÁRIO DO PROVEDOR

OS “TEM AVONDO”

Os  “tem  avondo”  são  um 

grupo  musical  oriundo  de 

São Domingos,  concelho de 

Santiago  do  Cacém,  que 

interpreta musicas  tradicio‐

nais  alentejanas.  Integram 

este grupo Vasco Santos, na 

voz e viola, Gonçalo Cercas, 

na  voz  e  baixo,  Pedro  Ale‐

xandre, na viola e Luís Gami‐

to na voz principal, ferrinhos 

e  pinhas.  Fazem  parte  do 

Grupo de Animação Cultural 

de  São  Domingos,  uma 

colectividade  que  existe 

desde  finais  dos  anos  70  e 

que  se  dedica  a  organizar 

actividades desportivas, tea‐

trais e musicais. 

Luís Gamito considerou que 

«a  actuação  na  Santa  Casa 

correu  bem,  foi  uma  tarde 

muito agradável quer para o 

grupo o grupo tentou trans‐

mitir. Os idosos foram muito 

receptivos, viveram as músi‐

cas  e  captaram  aquilo  que 

tentámos  transmitir  com 

esta  nossa  actuação.  Foi 

também  a  oportunidade  de 

relembrar  vivências  e  tem‐

pos  de  antigamente.  Agra‐

decemos  à  Santa  Casa  o 

convite,  pois  fomos  muito 

bem recebidos.»  

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RENASCER 

bo l e t im i n fo rmat i vo

25 ANOS AO SERVIÇO DA SCMS Tal  como  tem  sido  hábito  nos  últimos 

anos, no dia do aniversário da  institui‐

ção, 22 de Fevereiro, a Santa Casa pres‐

ta  homenagem  às  funcionárias  que 

completam 25 anos de serviço, oferen‐

do‐lhes  uma  lembrança.  Este  ano  as 

homenageadas  foram  Lília  Gonçalves, 

Dulcinea Silva e Dolores Baião,  ficando 

aqui o testemunho de quem já dedicou 

um  quarto  de  século  a  servir  o  próxi‐

mo. 

 

Lília Gonçalves, 47 anos, Auxiliar de 

Acção Educativa no Infantário 

“Capuchinho Vermelho” 

 

«Vim para a Santa Casa através da D. 

Edite,  que  fazia  parte  da  direcção.  Fui 

logo para o Infantário desempenhar as 

funções que ainda hoje mantenho.  Foi 

a  minha  primeira  experiência  com 

crianças. No  início  tinha  algum  receio 

porque era um trabalho de grande res‐

ponsabilidade,  mas  com  ajuda  das 

colegas  e  com  o  passar  do  tempo  fui 

ganhando  confiança.  Cada  vez  gosto 

mais daquilo que  faço  e  vou  tentando 

sempre fazer o melhor que posso.  

O  dia‐a‐dia  de  trabalho  depende  da 

idade das  crianças. Actualmente estou 

na  sala  dos  bebés,  que  têm  idades  a 

partir dos 5 meses e dependem de nós 

para  tudo. Com meninos de 4, 5 anos 

fazem‐se  mais  actividades,  apesar 

deles  também  precisarem  muito  de 

nós. 

Quando se faz o balanço de 25 anos de 

serviço  é  impossível  dizer  tudo.  Eu  já 

tomei  conta  de  crianças  que  hoje  nos 

confiam  os  seus  filhos  e  isso  faz‐me 

sentir quase uma avó. O trabalho conti‐

nua a ser tão gratificante como no pri‐

meiro  dia  e  continua  também  a  ser 

uma aprendizagem. Todos os dias ensi‐

namos  alguma  coisa,  mas  também 

aprendemos. Eu agradeço aos meninos 

e às minhas colegas, porque este é um 

trabalho  de  equipa.  E  posso  dizer  que 

continuo  a  gostar muito  de  trabalhar 

aqui.  O  que  mais  gosto  mesmo  é  de 

sentir que uma criança se sente feliz.  

Há histórias que nos marcam, principal‐

mente quando as  famílias das crianças 

necessitam de ajuda. Muitas vezes em 

minha  casa  penso  naquilo  que  alguns 

meninos  poderão  ter  ou  não  para 

comer. E até já aconteceu juntarmo‐nos 

aqui no Infantário para ajudar algumas 

famílias com bens essenciais. Com boa 

vontade temos conseguido sempre aju‐

dar quem necessita. 

Quanto ao futuro tento pensar num dia 

de  cada  vez.  Penso  igualmente  que  o 

dia de amanhã pode ser sempre melhor 

que o de hoje e que é bom chegar aos 

25 anos de  serviço.  É de  louvar que a 

Santa  Casa  continue  de  pé  com  todas 

as  valências  que  tem,  facto  que  não 

deve ser fácil. Espero igualmente seguir 

o exemplo da minha  colega de  sala, a 

Ludovina, que já tem mais de 60 anos e 

continua a trabalhar cá. Espero que sim 

e faço por isso.» 

 

Dulcinea Silva, 49 anos, Ajudante de 

Lar no Lar “Anexo II” 

 

«Foi  através  do  Provedor  da  altura,  o 

Senhor Vicente, que fui convidada a vir 

trabalhar  para  cá.  Assim  que  falaram 

comigo  disseram‐me  logo  para  me 

apresentar no dia seguinte às 8 horas e 

Entrega de Lembranças às funcionárias homenageadas 

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bo l e t im i n fo rmat i vo RENASCER 

PUB 

assim  fiz. Nunca  tinha  trabalhado com 

idosos,  mas  hoje  eles  são  como  uma 

família e é aqui que me sinto bem. Faço 

sempre  o meu melhor,  só  não  faço  se 

não  puder.  O  dia‐a‐dia  de  trabalho 

depende  do  turno  que  fizermos,  mas 

fazemos  de  tudo  um  pouco,  desde 

levantar os utentes, dar‐lhes a refeição, 

fazer as camas, tratar da higiene deles, 

das  roupas  e  arrumar  a  sala  de  refei‐

ções. 

A Misericórdia mudou muito nestes 25 

anos. Quando para cá vim só havia um 

carrinho de mão e hoje está uma obra 

feita e ainda bem que assim é porque 

hoje há mais apoios e mais assistência, 

principalmente médica.  

Até me  reformar  conto  cá  continuar  e 

não ponho de parte a hipótese de ficar, 

mesmo  depois  disso,  caso  necessitem 

de mim. Tenho muito boas recordações 

do  meu  trabalho,  principalmente  dos 

idosos.  Há  muitas  carinhas  boas  que 

têm  passado  por  aqui  e  que  quando 

partem nos deixam saudade.» 

 

Dolores Baião, 62 anos, Ajudante de 

Lar no Lar Prats 

 

«Vim trabalhar para a Santa Casa por‐

que  estavam  muitas  funcionárias  de 

baixa e eu precisava de trabalhar. Vim, 

e  fiquei  até  hoje!  As  minhas  funções 

têm  sido  sempre  as mesmas,  sou  aju‐

dante  de  lar.  O  dia‐a‐dia  de  trabalho 

começa  pela  higiene  dos  utentes  e 

depois pelas refeições e arrumação dos 

quartos. Além disso, ajudamos os uten‐

tes naquilo que eles necessitam, sobre‐

tudo aqueles que estão acamados.  

Adoro  o  trabalho  que  faço.  Quando, 

por exemplo, é para  ir de  férias, estou 

sempre  ansiosa, mas  depois  fico  logo 

com  vontade  de  regressar. Os  utentes 

já  são a nossa  família. Passamos mais 

tempo  com  eles  do  que  as  suas  pró‐

prias famílias e apegamo‐nos muito.  

Quando vim para  cá a Santa Casa era 

muito  diferente  do  que  é  hoje,  princi‐

palmente  os  espaços.  O  quintal  era 

uma  horta  enorme,  as  salas  de  estar 

eram mais pequenas. Agora está  tudo 

muito diferente. 

Tenho muitas  recordações  de  pessoas 

que já morreram, e que a partida delas 

me deixou muito triste. Passamos o dia 

aqui  com  eles.  Uns  têm  um  feitio 

melhor, outros pior… São como nós e já 

sabemos  que  num  local  como  este 

temos de ter paciência.  

Gostei muito de ser homenageada. Fica 

uma  lembrança para o resto da minha 

vida  e  é um orgulho  fazer  25 anos  de 

serviço.  Pode  ser  um  pequeno  gesto, 

mas que para nós vale muito.»   

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OPINIÕES

HÓQUEI SOLIDÁRIO

RENASCER 

bo l e t im i n fo rmat i vo

No dia 30 de Março a equipa sénior 

do  Hóquei  Clube  Vasco  da  Gama 

recebeu e venceu o Benfica B por 4‐

1, num jogo a contar para a 16ª Jor‐

nada da  III Divisão do Campeonato 

Nacional de Hóquei em Patins. Este 

podia  ter sido um  jogo  igual a  tan‐

tos outros, no entanto, o gesto soli‐

dário  do  Hóquei  Clube  Vasco  da 

Gama  fez  a diferença. Por  vontade 

dos  seus  dirigentes,  jogadores  e 

treinadores a receita do jogo rever‐

teu a  favor dos meninos do  Lar de 

Rapazes  “A  Âncora”  da  Santa  Casa 

da  Misericórdia  de  Sines.  O  Pavi‐

lhão esteve cheio  tendo  sido anga‐

riado  o  valor  total  de  575  euros, 

que  foram oferecidos na totalidade 

aos meninos do Lar “A Âncora”. 

As equipas do Benfica e do Vasco da Gama com os meninos do Lar “A Âncora” 

Nuno Martins, Treinador do Hóquei Clube Vasco da Gama e Técnico no Lar “A Âncora”  

«Foi  importante  vencer  o 

Benfica para continuarmos 

a sonhar com a subida de 

divisão.  Sabíamos  que  ia 

ser  complicado, mas  con‐

seguimos  contrariar  o 

favoritismo  do  Benfica  B. 

Temos todo o mérito nesta 

vitória  e  a  nossa  terra 

merece.  As  pessoas  uni‐

ram‐se  em  torno  do 

hóquei  e  do  apoio  ao  Lar 

“A  Âncora”  e  foi  muito 

importante  termos  tido  o 

pavilhão cheio.» 

 

António Bernardo,  Presidente do Hóquei Clube Vasco da Gama  

«A  receita na porta  foi de 

490 euros e, além disso, os 

pais  dos  atletas  mais 

jovens  venderam  bolos  e 

angariaram mais 85 euros. 

Agradeço  à  Dona  Isabel 

Plácido que  foi quem  teve 

a  ideia.  Era  um  dia  difícil 

em  que  havia  futebol  em 

Sines, a equipa de  futebol 

sénior do Benfica tinha um 

jogo  importante,  tudo  à 

mesma hora, mas tivemos 

uma boa casa. Gostava de 

salientar  que  só  pagou 

bilhete quem quis e notou‐

se  que  as  pessoas  quise‐

ram  ajudar.  Pensámos 

desde  logo  ajudar  uma 

associação de Sines, doan‐

do  a  receita  deste  jogo  e 

lembrámo‐nos  do  “Lar  A 

Âncora”, porque 4 dos nos‐

sos atletas que vivem nes‐

ta Instituição. A presidente 

do  nosso  Concelho  Fiscal 

propôs  esta  situação  em 

reunião de direcção, todos 

concordaram, e assim aju‐

dámos estes meninos, que 

muito merecem.»  

 

Mónica Venturinha, Directora Técnica do  Lar “A Âncora”   

«Consideramos esta inicia‐

tiva  muito  positiva.  Já 

Page 9: Renascer44

 

bo l e t im i n fo rmat i vo RENASCER 

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SINES 

Avenida 25 de Abril, n.º 2 

Apartado 333 

7520‐107 SINES 

Site: www.scmsines.org 

Email: [email protected]  

Provedoria 

Tel. 269630462 | Fax. 269630469  

Email: [email protected] 

Horário de Atendimento: 09h00‐13h00 | 14h00‐16h00  

Secretaria 

Tel. 269630460 | Fax. 269630469  

Email: [email protected] 

Horário de Atendimento: 09h00‐13h00 | 14h00‐16h00  

Infantário “Capuchinho Vermelho” 

Telem. 967825287  

Email: [email protected]  

Horário de Funcionamento: 07h45‐19h45 

Acção Social (Lares, Centro de Dia, Apoio Domiciliário) 

Tel. 269630460 | Fax. 269630469 

Email: [email protected] 

Horário de Atendimento: Quartas e Sextas‐feiras  

09h00‐13h00 | 14h00‐17h00  

Serviço de Fisioterapia 

Tel. 269 630460 (Geral Scmsines) | 269 870326 | 961276477 

Email: [email protected] 

Horário de Atendimento: Segunda a Sextas‐feira 

09h00‐13h00 | 14h00‐20h00 (sob marcação)  

Outros Contactos:  

Animação: 

[email protected]   

Gabinete de Informação: 

gab‐[email protected]   

Gabinete de Psicologia: 

gab‐[email protected]   

Recursos Humanos: 

[email protected]  

Informações Úteis

estamos  habituados  a  ter 

esta atenção por parte do 

Hóquei  Clube  Vasco  da 

Gama, uma vez que já nos 

apoiam  garantindo  a 

alguns dos meninos a prá‐

tica gratuita desta modali‐

dade,  além  de  os  apoia‐

rem  também  no  usufruto 

de  viagens  e  disponibili‐

zando  equipamento.  Esta 

iniciativa  em  particular 

vem  então  no  seguimento 

deste apoio que  já aconte‐

ce  há  bastante  tempo. 

Obviamente ficámos muito 

satisfeitos  por  se  lembra‐

rem  de  nós,  pelo  esforço 

em  nos  ajudarem  e  pelo 

valor  angariado.  Em  con‐

junto  com os nossos uten‐

tes  decidimos  utilizar  este 

dinheiro  para  pagar  parte 

de  uma  viagem  à  Isla 

Mágica  em  Sevilha,  que 

pretendemos  fazer  no 

Verão de forma a enrique‐

cer  ainda  mais  as  férias 

destes meninos.  Agradeço 

mais  uma  vez  ao  Hóquei 

Clube Vasco da Gama por 

se lembrar do Lar “A Ânco‐

ra”  e  por  fazer  parte  da 

vida  destes  meninos  dia‐

riamente.»  

A entrega simbólica do donativo aos responsáveis e utentes do Lar 

“A Âncora” 

Page 10: Renascer44

Augusto  dos  Ramos  Canaça 

ou Augusto Candeias como é 

mais  conhecido na  sua  terra 

natal, nasceu em Santa Mar‐

garida da Serra, concelho de 

Grândola,  num  local  chama‐

do Monte do Balinho, decor‐

ria então o ano de 1929. Foi 

no  dia  9  de  Maio  que  sua 

mãe,  Maria  das  Candeias, 

deu à luz o quarto filho, após 

o  qual  ainda  se  seguiram 

outros  três.  Augusto  Canaça 

recorda  por  isso  uma  infân‐

cia passada numa casa cheia 

e  sempre  com  o meio  rural 

como  cenário.  «Tenho  uma 

vaga  ideia dos meus  tempos 

de infância. O que me lembro 

melhor  é  da  escola,  em  que 

não  era  lá  grande  aluno. 

Levava  bastante  pancada 

para  aprender  a  tabuada. 

Além  disso,  eu  era  de  uma 

família  pobre,  não  tinha 

hipótese de  levar uma perdiz 

ou um coelho para oferecer à 

professora  e  por  isso  tinha 

um  tratamento  diferente. 

Além  dos  tempos  de  escola, 

também  não  me  saíram  da 

ideia os namoricos e os jogos 

ao peão, à malha e ao chin‐

quilho.»  Sobre  a  escola 

Augusto  Canaça  acrescenta: 

«o pouco que sei aprendi em 

adulto.  Desisti  da  escola  na 

terceira  classe  e  a  recorda‐

ção mais  forte que me  ficou 

tem  a  ver  com  o  facto  de 

levarmos  palmatoadas  nas 

mãos  até  elas  ficarem  dori‐

das.  Eram  tempos  duros.» 

Tempos duros esses que não 

mudaram  quando,  ainda 

jovem,  começou a  trabalhar. 

«A  partir  dos meus  10  anos 

já ajudava o meu pai naquilo 

que fosse necessário, mas foi 

aos 17 que comecei a ganhar 

dinheiro. Tinha como  tarefas 

carregar  lenha e tirar cortiça 

com  uma  enchó  ou  uma 

faca. E não é para me gabar, 

mas era um artista a fazê‐lo. 

Tirava  cortiça  depressa  e 

bem!»  Uns  anos mais  tarde 

Augusto  Canaça  começou  a 

fazer outros trabalhos no cul‐

tivo  do  arroz  e  do  trigo. 

«Sofri  muito  no  tempo  em 

que  trabalhei na agricultura. 

Eram  trabalhos  pesados,  de 

sol a sol, trabalhava‐se o ano 

todo  naquilo  que  houvesse 

para  fazer.  E  ganhávamos 

‘jornas’ de miséria. Ainda me 

lembro que a primeira  jorna 

que ganhei foi de 18 escudos. 

Hoje em dia ganha‐se muito 

mais e não se dá valor.» 

Aos 20 anos de idade, Augus‐

10 

RENASCER 

bo l e t im i n fo rmat i vo

Á CONVERSA Á CONVERSA COMCOM... ... Augusto CanaçaAugusto Canaça

Page 11: Renascer44

to  Canaça  deu  outro  passo 

importante  na  vida,  indo 

morar  sozinho.  «O  meu  pai 

era  muito  exigente  e  isso 

levou‐me  a  sair  de  casa. 

Havia grande diferença entre 

o valor que ele me pagava e 

o  valor  que  pagava  a  um 

rapaz que fazia o mesmo tra‐

balho  que  eu.  Isso  parecia‐

me mal.  Além  disso,  todo  o 

dinheiro que ganhava dava‐o 

para casa e eu achava que já 

era  tempo  de  ter  as minhas 

coisinhas.»  Esta  nova  etapa 

de  vida  foi  uma  fase  feliz 

para Augusto Canaça que  se 

manteve  solteiro  até  aos  27 

anos. «Era eu que fazia tudo 

lá  em  casa  e  ‘não  ficava  a 

dever  nada  a  uma  mulher’. 

Sempre  fui  muito  desenras‐

cado. Depois quando casei é 

que  já  foi  diferente.  Uma 

mulher  em  casa  dá  logo 

outra  alegria.»  Quando 

casou Augusto Canaça traba‐

lhava  na  Junta  de  Freguesia 

de Santa Margarida da Serra. 

Limpava  caminhos  e bermas 

e mais tarde trabalhou como 

coveiro. Pouco tempo depois 

decidiu  mudar‐se  com  a 

esposa  para  o Montijo.  «Fui 

procurar  uma  vida  melhor. 

No  Montijo,  eu  e  a  minha 

esposa  trabalhámos  numa 

fábrica  de  peixe.  Era  uma 

grande fábrica, que chegou a 

empregar  800  pessoas. 

Ganhava‐se  pouco  mas  era 

um trabalho certo e o Monti‐

jo  era  uma  terra  com muita 

coisa  e  muita  gente.  Nem 

cheguei a sentir saudades de 

Grândola. Gostei muito desta 

mudança.» 

Alguns  anos  mais  tarde, 

Augusto Canaça viveu aquela 

que  terá  sido  a maior  aven‐

tura da sua vida. Durante um 

ano  e  meio  foi  emigrante. 

«Fui para França numa épo‐

ca  em que  iam para  lá mui‐

tos  portugueses  clandestina‐

mente.  O  meu  irmão  já  lá 

estava e eu decidi ir também. 

Lembro‐me que  fui de carro. 

Foi  um  dia  e meio  de  cami‐

nho.  Fui  trabalhar  para  a 

construção civil e algum tem‐

po  depois  a  minha  mulher 

também  para  lá  foi,  traba‐

lhar  nas  limpezas.  Mas  as 

coisas  não  correram  bem. 

Tive de arranjar trabalho por 

mim próprio, sem falar a  lín‐

gua  deles.  Mas  tinha  uma 

bicicleta, andava de um  lado 

para  outro  e  onde  via  uma 

grua  ia pedir  trabalho. Vivia 

nos  arredores  de  Paris. 

Mudei  de  trabalho  várias 

vezes e não tive sorte com os 

patrões  que  encontrei.  Por 

fim houve mesmo um desen‐

tendimento  com  o meu  últi‐

mo  patrão  que  me  fez  vir 

embora  sem  ninguém  dar 

por  isso.  Voltámos  de  com‐

boio e só com as nossas rou‐

pinhas às costas.» 

Regressados  de  França, 

Augusto  Canaça  e  a  esposa, 

fixaram  residência  em Grân‐

dola,  ele  a  trabalhar  como 

pedreiro,  ela  como domésti‐

ca. Mas pouco tempo depois 

a  vida  reservou  a  Augusto 

Canaça aquele que  terá  sido 

o  momento  mais  triste  da 

sua vida. A sua esposa adoe‐

ceu e acabou por  falecer. «A 

morte  da  minha  mulher  foi 

uma  tristeza  muito  grande 

para  mim.  Gastei  todo  o 

dinheiro que tinha para salvá

‐la, mas não  foi possível. Ela 

foi  uma  óptima  companhei‐

ra. Ajudava‐me muito e tive‐

mos  um  casamento  muito 

feliz.  Só  faltaram  os  filhos, 

mas  infelizmente  não  os 

pudemos ter. Não há um úni‐

co  dia  que  não  pense  nela. 

Na  altura  em  que  a  minha 

mulher  morreu  já  estava 

reformado, vivia em Grândo‐

la e vendia cautelas.» A acti‐

vidade de cauteleiro é, aliás, 

uma  das  recordações  felizes 

de  Augusto  Canaça  que 

relembra  «vendia  cautelas 

em  Grândola  e  nos  arredo‐

res.  Ia  de  motorizada.  Foi 

uma actividade que começou 

por brincadeira, era um pas‐

satempo,  mas  às  tantas  já 

tinha  os meus  clientes  fixos. 

Onde  fazia bom dinheiro era 

no  restaurante  “A  Chaminé” 

porque  paravam  lá  muitas 

excursões.  Vendi  cautelas 

durante 24 anos, mas infeliz‐

mente  nunca  vendi  a  sorte 

grande.» 

As  circunstâncias  da  vida 

levaram  Augusto  Canaça  a 

casar uma segunda vez. Esse 

casamento  atenuou  a  triste‐

za que dele  se  tinha  apode‐

rado  quando  enviuvou. 

Entretanto  Augusto  Canaça 

voltou  a  ficar  viúvo  e  após 

11 

 

bo l e t im i n fo rmat i vo RENASCER 

Dançar é uma das paixões de Augusto Canaça  

Page 12: Renascer44

12 

RENASCER 

bo l e t im i n fo rmat i vo

um  terceiro  relacionamento, 

que não correu como espera‐

va,  decidiu  vir  viver  para  o 

Lar Anexo II da Santa Casa da 

Misericórdia de Sines. «Estou 

aqui há já 15 anos. Vim para 

cá  porque  já  conhecia  este 

Lar.  Nem  tudo  é  bom,  o 

melhor  mesmo  é  ter  um 

quarto só para mim. Quando 

para  cá  vim  ainda  vendia 

cautelas e corria aí os cantos 

todos.  Conheci muita  gente, 

incluindo  algumas  namora‐

das.» Apesar desta não ser a 

sua  terra  Augusto  tem  um 

carinho  especial  por  Sines. 

«Gosto  desta  terra,  é  um 

sítio  com  gente  dada  e  de 

coração aberto.» Apesar dis‐

so,  não  esquece  a  sua  terra 

natal.  «Fui  criado  numa 

aldeia  simples  e  pobrezinha, 

onde hoje só vivem emigran‐

tes e, se não  fossem eles, se 

calhar  a  aldeia  já  nem  exis‐

tia.  Nos  meus  tempos  de 

criança viviam  lá umas 2000 

pessoas.  Hoje  nem  sequer 

tenho  vontade  de  lá  ir,  por‐

que dá‐me  tristeza ver  todas 

aquelas  casas  caídas  ou  a 

cair.  Ainda  assim  não  há 

nada  como  a  nossa  terra. 

Abandonei  Santa Margarida 

da  Serra  há  50  anos,  mas 

gosto muito da minha terra.» 

Recordar os seus 85 anos de 

vida  faz  com  que  Augusto 

Canaça  traga  à  lembrança 

momentos  bons  e  maus. 

Entre o mau, está por exem‐

plo  o  ciclone  de  1941. 

«Lembro‐me desse dia como 

se  fosse  hoje.  Era  sábado, 

tínhamos  ido  à  escola  para 

rezar. Fazíamos  isso todos os 

sábados.  Como  estava  mau 

tempo a professora mandou‐

nos  embora mais  cedo.  Pelo 

caminho  apanhámos  muito 

mau  tempo.  Vimos  árvores 

cair  e  quase  íamos  voando 

tal  era  o  vento  que  fazia.  A 

minha mãe  cozia  pão  nesse 

dia…  ficou  tudo  estragado 

porque  as  rajadas  de  vento 

não deixaram o forno funcio‐

nar como deve ser.» 

Entre o bom, Augusto Cana‐

ça  destaca,  por  exemplo,  os 

bailes,  sinónimo  de  diverti‐

mento  puro  entre  todos  os 

da sua geração. «Aos fins‐de‐

semana  faziam‐se  grandes 

bailes  por  onde  calhasse. 

Vinham  acordeonistas  do 

Algarve,  os  bailes  duravam 

até de manhã e entre moços 

e  moças  não  faltava  nin‐

guém.  Eu  gostava  e  gosto 

muito  de  dançar  e  até  digo 

mais,  as moças  deixavam‐se 

encantar  pelos  meus  olhos 

claros. Não havia nem baile, 

nem moça  que me  escapas‐

se. Até me lembro de um ver‐

so que se cantava nos bailes. 

Dizia assim: 

Já fui a Lourenço Marques 

Que é mais  longe que o Bra‐

sil 

Vi terras americanas 

Cidades, oitenta mil» 

No  final,  o  balanço  de  uma 

vida é positivo para Augusto 

Canaça. Este  idoso não hesi‐

ta em afirmar «a minha vida 

não foi das piores. Se tivesse 

sido  um  homem  de  sorte 

hoje estava  rico. E eu  traba‐

lhei  muito  e  procurei  essa 

sorte.  Mas  ela  teimou  em 

não  aparecer…  paciência… 

ficaram  as  histórias  para 

contar.»  

Espaço Informativo da Santa Casa da Misericórdia de Sines na Rádio Sines 

TERÇAS-FEIRAS 11:15 | SEXTAS-FEIRAS 15:40 | DOMINGOS depois das 09:00

Augusto Canaça com cerca de 60 anos 

Page 13: Renascer44

13 

 

bo l e t im i n fo rmat i vo RENASCER 

ANIMAÇÃO SOCIOCULTURAL - DIAS DIFERENTES No primeiro semestre de 2014 o Serviço de Animação  Socio‐

cultural organizou diversos passeios e  saídas envolvendo os 

idosos dos Lares e Centro de Dia da Santa Casa. Estas activi‐

dades  proporcionam  dias  diferentes  aos  idosos  que  assim 

fogem  à  rotina  e  têm  oportunidade  de  sair  da  Instituição, 

recordar  locais  que  conhecem  e  contactar  com  outras  pes‐

soas.  

 

 

 

 

 

 

27 de Março ‐ Convívio no Centro Social do Carvalhal 

16 de Abril – Visita ao Badoca Safari Park 

15 de Maio – Convívio na Casa do Povo do Cercal do Alentejo 

22 de Maio – Intercâmbio de Misericórdias em Santiago do Cacém 

4 de Junho – Visita ao Santuário de Fátima 

25 de Junho – Piquenique no Rio da Figueira 

26 de Março ‐ Visita ao Palácio Quinta da Bacalhoa (Azeitão) 

Page 14: Renascer44

14 

 

bo l e t im i n fo rmat i vo RENASCER 

PASSEIO EM CADEIRAS DE RODAS

No dia 28 de Maio, o Serviço de Anima‐

ção Sociocultural organizou uma  inicia‐

tiva  inédita,  ao  levar  um  grupo  de  23 

utentes em cadeira de  rodas a passear 

pela  cidade  de  Sines. Os  utentes  com 

dificuldades  de  locomoção  são  os  que 

menos  vezes  passeiam,  por  isso,  esta 

actividade  foi  muito  importante  para 

lhes proporcionar um dia diferente. Os 

utentes  percorreram  as  ruas  de  Sines 

até  ao  Jardim  do  Rossio  e  passaram 

também na Pastelaria Vela D’Ouro que 

gentilmente ofereceu um pequeno  lan‐

che aos nossos utentes. 

A realização deste passeio só  foi possí‐

vel  graças  à  colaboração  dos  voluntá‐

rios da Santa Casa e de alguns colabora‐

dores que, mesmo não estando de ser‐

viço, se ofereceram para colaborar com 

o  Serviço  de  Animação.  Esta  é  sem 

dúvida uma  iniciativa a repetir, sempre 

que as condições meteorológicas o per‐

mitam.  

O grupo reunido no Jardim do Rossio 

Muitos voluntários colaboraram neste passeio 

A GNR ajudou a garantir a segurança dos utentes  O grupo pouco antes de chegar à Pastelaria Vela D’Ouro 

Page 15: Renascer44

No dia 6 de Abril realizou‐se mais uma 

edição da Procissão do Senhor dos Pas‐

sos organizada em conjunto pela Paró‐

quia e pela Santa Casa da Misericórdia 

de  Sines.  Como  já  vem  sendo  hábito 

esta  procissão  incluiu  dois  cortejos,  o 

do  Senhor  dos  Passos  e  o  da  Senhora 

das Dores que percorreram as  ruas da 

cidade  numa  manifestação  de  fé  que 

reconstitui  os  últimos  acontecimentos 

da vida de Jesus Cristo. 

A Procissão contou com bastantes par‐

ticipantes  incluindo a Banda Filarmóni‐

ca da SMURSS, a Fanfarra dos Bombei‐

ros Voluntários de Sines, o Grupo Coral 

da Misericórdia de  Santiago do Cacém 

e o Grupo Coral da Santa Casa da Mise‐

ricórdia de Sines. 

A  Procissão  do  Senhor  dos  Passos  é 

uma  tradição  muito  antiga  na  Igreja 

Católica, que nasceu  com os primeiros 

cristãos  que  pensaram  desde  logo 

reconstituir, de acordo com o que ficou 

escrito  pelos  apóstolos,  aquilo  que 

aconteceu  a  Jesus Cristo. Na época da 

Quaresma  realiza‐se  então  a  Procissão 

do  Senhor  dos  Passos  que  reconstitui, 

de  forma resumida, os passos do sofri‐

mento de Jesus Cristo desde a sua con‐

denação  até  à  sepultura.  De  acordo 

com o Padre Abílio Raposo, pároco de 

Vila Nova de Santo André e um dos par‐

ticipantes nesta Procissão, há um Passo 

fundamental  neste  percurso  que  é  o 

encontro  de  Jesus  com  sua mãe.  Esta 

acompanha todo o itinerário percorrido 

por Jesus Cristo, como qualquer mãe, e 

a  determinada  altura  os  olhares  de 

ambos cruzam‐se e os dois seguem jun‐

tos  até  ao  final  da  Procissão,  que  no 

caso de Sines, termina na Igreja Matriz. 

A  Procissão  do  Senhor  dos  Passos  é 

uma  tradição bastante antiga em Sines 

que depois de interrompida durante 50 

anos foi retomada em 2007 por um gru‐

po  de  fiéis  entre  eles  o  Padre  Pereira, 

pároco de Sines e Porto Covo e o Padre 

Abílio  Raposo,  também  membro  dos 

Órgãos Sociais da SCMS. O retomar des‐

ta  Procissão  aconteceu  de  forma  bas‐

tante  positiva  e,  de  ano  para  ano,  ela 

vai  ganhando  mais  adeptos.  O  Padre 

Abílio  refere mesmo  que  «nos  últimos 

anos  tem‐se  assistido  a  um  ressurgir 

das tradições e, no caso da Procissão do 

Senhor  dos  Passos,  há  a  ambição  de 

que  cada  vez mais  pessoas  participem 

nela e abracem esta  tradição que está 

na génese de Sines e que é  importante 

que não acabe.»  

 

bo l e t im i n fo rmat i vo RENASCER 

15 

PROCISSÃO DO SENHOR DOS PASSOS

O andor do Senhor dos Passos 

O encontro entre o Senhor dos Passos e a N. Sr.ª das Dores 

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16 

RENASCER 

bo l e t im i n fo rmat i vo

COLABORADORES EM FORMAÇÃO A  formação  interna  dos 

colaboradores  da  Santa 

Casa  é  uma  preocupação 

para a direcção da  Institui‐

ção que, em parceria com a 

União  das  Misericórdias 

Portuguesas e  com o  Insti‐

tuto de Emprego e  Forma‐

ção  Profissional,  tem 

desenvolvido  várias  acções 

de  formação  subordinadas 

a  diferentes  temas.  Desde 

início  do  ano  já  se  realiza‐

ram  ou  estão  a  decorrer 

acções  de  formação  nas 

áreas  de  Práticas  de  Segu‐

rança, Higiene  e  Saúde  no 

Trabalho, Gestão  de  Stress 

e Gestão de Conflitos, Aco‐

lhimento e Encaminhamen‐

to  e  Cuidados  Básicos  ao 

nível  da  Alimentação  e  da 

Mobilidade.  Estas  acções 

de  formação estão  sempre 

relacionadas  com  o  dia‐a‐

dia da Santa Casa e abran‐

geram até ao momento 84 

colaboradores.  As  acções 

decorrem  nas  instalações 

da Santa Casa, grande par‐

te delas em horário laboral, 

sendo  este  outro  aspecto 

que demonstra a importân‐

cia  dada  pela  direcção  à 

formação  dos  colaborado‐

res.  

Exercício prático da formação em Segurança no Trabalho 

BAILE DE SANTO ANTÓNIO Dia 13 de Junho, a Misericór‐

dia  comemorou  o  Dia  de 

Santo  António  organizando 

um  baile  popular  no  Salão 

Social,  com  o  acordeonista 

Eliseu  Braz. Muitos  utentes, 

familiares,  colaboradores  e 

voluntários  marcaram  pre‐

sença neste evento que teve 

como  objectivo  comemorar 

os Santos Populares. No final 

do  Baile  foi  servido  um  lan‐

che  a  todos  os  presentes 

cujo  petisco mais  apreciado 

foram  os  tradicionais  cara‐

cóis.  Além  dos  utentes  da 

Misericórdia  de  Sines,  este 

baile contou com a presença 

de utentes da Santa Casa da 

Misericórdia  de  Santiago  do 

Cacém  e  da  Associação  de 

Bem‐Estar  Social  de  Santa 

Cruz.  

O baile decorreu durante toda a tarde do dia 13 de Junho 

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bo l e t im i n fo rmat i vo RENASCER 

17 

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18 

RENASCER 

bo l e t im i n fo rmat i vo

COMEMORAÇÕES DE CARNAVAL Sendo  Sines  uma  cidade 

onde o Carnaval  tem grande 

tradição,  a  Misericórdia 

comemora estes dias de folia 

com  diferentes  actividades 

que envolvem  todos os  seus 

utentes.  

Este  ano,  as  comemorações 

começaram a 28 de Feverei‐

ro, dia em que as crianças do 

Infantário  “Capuchinho  Ver‐

melho”  participaram  em 

mais uma edição do Carnaval 

dos  Pequeninos,  iniciativa 

organizada pela Junta de Fre‐

guesia  de  Sines.  Os  alunos 

mais  velhos  do  Infantário 

desfilaram  as  suas máscaras 

de  minions,  uns  divertidos 

bonecos  animados  amarelos 

que  assumem  a  função  de 

capangas ao serviço de ambi‐

ciosos  vilões. Apesar  do  frio 

que  se  fez  sentir  nesse  dia, 

os  idosos dos Lares e Centro 

de Dia da Instituição também 

participaram no Carnaval dos 

Pequeninos,  assistindo  ao 

desfile das crianças das esco‐

las do concelho de Sines. 

O  Baile  de Máscaras  Sénior, 

realizado dia 29 de Fevereiro 

no Salão do Povo  com orga‐

nização  da  Junta  de  Fregue‐

sia de Sines, também contou 

com  a  participação  de  um 

grupo  de  utentes  dos  Lares 

da Misericórdia. Esta foi uma 

oportunidade  para  os  uten‐

tes passearem e para contac‐

tarem  com outros  idosos do 

concelho,  tendo  como moti‐

vação  a  comemoração  do 

Carnaval. 

No dia 3 de Março, realizou‐

se no Salão Social da Miseri‐

córdia  o  tradicional  Baile  de 

Carnaval  com  a presença de 

utentes,  colaboradores, 

voluntários,  órgãos  sociais  e 

amigos  da  Instituição.  O 

acordeonista  João do Carmo 

animou a tarde na Misericór‐

dia,  que  teve  como  ponto 

alto o concurso de máscaras 

entre os idosos presentes. As 

profissões  deram  tema  ao 

concurso deste ano, por isso, 

o baile contou com a presen‐

ça de um bombeiro, um polí‐

cia,  uma  enfermeira,  um 

caçador, um juiz, uma profes‐

sora,  um  pastor,  uma  cozi‐

nheira  da  cortiça,  também 

conhecida por  “cuca” e nem 

sequer  faltaram os  trabalha‐

dores  e  o  engenheiro  das 

obras.  Além  dos  utentes  da 

Misericórdia  de  Sines,  parti‐

ciparam  neste  baile  utentes 

da  Santa  Casa  da Misericór‐

dia de  Santiago do Cacém  e 

da Misericórdia de Grândola.  

Na terça‐feira gorda, dia 4 de 

Março, um grupo de utentes 

dos Lares da Santa Casa tam‐

bém  assistiu  ao  desfile  do 

corso de Carnaval na compa‐

nhia  de  alguns  funcionários 

da Instituição. 

Estes  dias  foram  assim  dias 

diferentes vividos com gran‐

de  intensidade  por  todos 

os nossos utentes.  

Vencedores do concurso de máscaras 

ENCOMISERICÓRDIAS Realizou‐se  dia  12  de Abril  em 

Gouveia  a  5ª  edição  do 

“Encomisericórdias  –  Encontro 

Nacional  de  Coros  das Miseri‐

córdias Portuguesas”. Depois de 

9  anos  de  interregno  voltou  a 

realizar‐se  este  evento,  que 

anteriormente  já  tinha  tido 

lugar  em  Santo  Tirso, Gouveia, 

Fundão  e  Santiago  do  Cacém. 

Estiveram  presentes  15  grupos 

corais  de  diferentes Misericór‐

dias,  entre  eles  o  Grupo  Coral 

da  Santa  Casa  da Misericórdia 

de  Sines.  Os  grupos  actuaram 

no  Teatro‐Cine  de  Gouveia  e, 

apesar de cada um ter apresen‐

tado  apenas  3  músicas,  o 

espectáculo  revelou‐se  bastan‐

te dinâmico dando a conhecer a 

diversidade dos repertórios dos 

grupos que tanto apresentaram 

temas  populares  como  outros 

mais  eruditos.  Este  encontro 

revelou‐se  um  sucesso  tendo 

ficado prometida uma nova edi‐

ção em 2015 na Golegã.  Actuação do Grupo Coral da SCMS 

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No último Natal a Reboport presenteou a nossa Instituição com a oferta de colchas e mantas que já estão a ser utilizadas no 

Lar Anexo I. Esta oferta foi o mote para que fosse feita uma redecoração deste Lar que deixou os nossos utentes muito satis‐

feitos. Obrigada Reboport!  

19 

 

bo l e t im i n fo rmat i vo RENASCER 

BREVES

DONATIVO DE ALIMENTOS Mais  uma  vez  a  Artlant  PTA,  com  sede  no 

concelho  de  Sines,  demonstrou  ser  uma 

empresa solidária ao doar 95kg de alimentos 

à Misericórdia de  Sines.  São pequenos  ges‐

tos como este que  fazem a diferença e que 

tornam  especiais  empresas  como  a  Artlant 

PTA. Esta produz PTA, um composto químico 

destinado ao fabrico de polímeros de poliés‐

ter maioritariamente utilizados no sector ali‐

mentar (embalagens de PET) e no sector têx‐

til  (fibras).  A  Artlant  é  das mais modernas 

fábricas de PTA da Europa e emprega  cerca 

de 150 trabalhadores. Obrigada Artlant!  

NOVOS TÊXTEIS DECORAM LAR “ANEXO I”

25 DE ABRIL Este ano, no dia 25 de Abril, o Dia 

da Liberdade, os utentes da Santa 

Casa receberam a visita da Fanfar‐

ra  dos  Bombeiros  Voluntários  de 

Sines  que,  durante  a  manhã, 

actuou no Pátio da Instituição. Este 

grupo,  composto  na  maioria  por 

crianças e jovens, tem uma ligação 

muito  próxima  à  Misericórdia  já 

que alguns dos meninos do Lar “A 

Âncora”  integram  a  Fanfarra  dos 

Bombeiros  Voluntários  de  Sines. 

Depois da actuação da Fanfarra, os 

elementos da Mesa Administrativa 

da Santa Casa ofereceram cravos a 

todos os utentes.  

OFERTA DE LIVROS A Associação HeArt Portugal ofereceu, 

no  dia  2  de  Maio,  um  conjunto  de 

livros  aos  utentes  da Misericórdia  de 

Sines. Estes  livros, doados pela Dinali‐

vro  e  pela  Editorial  Presença,  foram 

entregues directamente aos idosos por 

Susana  Romão,  membro  desta  Asso‐

ciação. A HeArt é uma Associação sem 

fins  lucrativos que está agora a dar os 

seus primeiros passos e cujo objectivo 

é levar, gratuitamente, a arte e a litera‐

tura aos mais carenciados.  

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20 

RENASCER 

bo l e t im i n fo rmat i vo

PUB 

AGRADECIMENTO   

O “Renascer” agradece a todos os patrocinadores e amigos que contribuíram para que este meio de comunicação da nossa Instituição se tornasse uma realidade. 

Uma vez que é nosso objectivo melhorar gradualmente a forma e os conteúdos deste boletim informativo, assim como aumentar a sua tiragem e, consequentemente, divulgá‐lo junto de um público cada vez mais vasto, revela‐se de grande 

importância o apoio destes e de outros patrocinadores. 

Obrigada por nos ajudarem a sermos melhores!  

 

 CEMETRA

Centro de Medicina do Trabalho da Área de Sines 

Rua Júlio Gomes da Silva, n.º 15   7520‐219 SINES Tel.: 269633014    Fax: 269633015 

E‐mail: [email protected] Site: www.cemetra.pt